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De acordo com OLIVEIRA (2005), a evaporação no município de Uberaba é
constante e alta, sendo que na estação seca triplica de valor, época em que a
precipitação é baixa. Em áreas de clima tropical, como é o caso de Uberaba, com uma
estação chuvosa, de outubro a maio, há condições para a reposição das águas do
lençol, para que a realimentação das águas do rio ocorra na estiagem. As nascentes
são os locais em que o nível hidrostático ou lençol freático atinge a superfície. Se a
estiagem é prolongada, podem até secar, mas, em compensação, nas chuvas o volume
de água aumenta o que demonstra que o volume está diretamente relacionado com a
água da chuva (Tabela 3).
Tabela 3. Evaporação em mm do município de Uberaba (OLIVEIRA, 2005).
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAIS
1999 126,3 115,6 112,4 151,3 188,9 189,5 251,7 372,3 323,9 288,4 224,4 182,8 2.527,5
2000 124,1 118,5 123,2 188,8 200,7 246,3 254,2 338,2 222,4 320,1 173,1 145,6 2.455,2
2001 161,5 146,9 149,7 172,9 159,9 188,1 265,5 271,9 232,6 194,9 128,1 122,4 2.194,4
2002 115,0 77,9 136,7 186,1 157,5 187,9 188,9 290,9 224,4 320,3 137,9 142,7 2.166,2
2003 80,6 108,1 95,8 116,9 130,7 108,6 221,2 209,3 214,8 191,6 122,2 118,2 1.718,0
Média 121,5 113,4 123,6 163,2 167,5 197,5 236,3 296,5 243,6 263,1 157,1 142,3 2.225,7
2.1.2- Geologia e geomorfologia
As rochas sedimentares que ocorrem na região Triângulo Mineiro pertencem à
grande feição geotectônica Bacia Sedimentar do Paraná. Esta se acha representada
unicamente pela sua seqüência mesozóica, constituída pelos grupos São Bento e
Bauru. Como parte do grupo São Bento ocorre na região as formações Botucatu e
Serra Geral, enquanto que as formações Adamantina, Uberaba e Marília fazem parte do
grupo Bauru. As unidades geológicas da Bacia Sedimentar do Paraná assentam-se
sobre unidades pré-cambrianas dos grupos Araxá e Canastra. Estas, por sua vez,
repousam sobre um embasamento cristalino, de idade arqueana, denominado
Complexo Basal Goiano (BRASIL, 1983).