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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais
Faculdade de Administração e Finanças
Luana Paula de Souza Barros
Estudo Comparativo na Área de Contabilidade Gerencial entre
Brasil, México e Espanha
Rio de Janeiro
2008
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Luana Paula de Souza Barros
Estudo Comparativo na Área de Contabilidade Gerencial entre
Brasil, México e Espanha
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em
Ciências Contábeis da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro, como requisito parcial para obtenção
do Grau de Mestre. Área de concentração: Controle
de Gestão.
Orientador: Prof. Dr. Josir Simeone Gomes
Rio de Janeiro
2008
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FICHA CATALOGRÁFICA
B277 Barros, Luana Paula de Souza.
Estudo comparativo na área de Contabilidade Gerencial
entre Brasil, México e Espanha / Luana Paula de Souza
Barros. – 2008.
252 f. : il.
Orientador: Prof. Dr. Josir Simeone Gomes.
Dissertação apresentada ao curso de Mestrado (Ciências
Contábeis) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, 2008.
1. Contabilidade Gerencial. 2. Brasil. 3. México. 4
Espanha. I. Gomes, Josir Simeone. II. Universidade do
Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Administração e
Finanças. III. Título.
CDU 658.1511
Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a repodução total ou parcial
desta dissertação.
_______________________________ _______________________
Assinatura Data
DEDICATÓRIA
A Deus, à Ildete Barros, minha mãe e exemplo de amor, a Paulo Barros, meu
querido pai, à Ana Gabriela, minha amada irmã, a Jefferson Siqueira, amor da minha
vida e a meus queridos amigos.
AGRADECIMENTOS
Pela concretização desse sonho, os seguintes agradecimentos são
necessários:
Primeiramente, agradeço a Deus por ter me inspirado e me guiado pelos
caminhos que Ele preparou para mim, além de ter me dado saúde e forças nos
momentos em que precisei. Além disso, por ter permitido a realização desse sonho.
Sem Ele na minha vida, eu nada poderia ter feito!
Aos meus pais, pelo amor e incentivo em todos os momentos e à minha irmã
Ana Gabriela pela compreensão e carinho.
Ao meu namorado e amigo incondicional, Jefferson Siqueira, que ao longo
desta caminhada soube compreender-me e apoiar-me nos momentos difíceis,
principalmente quando precisei estar ausente para dar prioridade à realização deste
trabalho. Adicionalmente, agradeço a toda família dele pelo carinho e compreensão.
A todos os colegas da turma de 2006, pelos momentos que vivenciamos
juntos e pela amizade, especialmente às grandes amigas que ganhei: Giselle
Carvalho, Janaina Senra e Savana Fraulob. Além disso, à minha grande amiga
desde a graduação e que continuou sendo uma benção na minha vida durante o
Mestrado: Aline Filgueiras. Que possamos continuar publicando muitos artigos juntas
e apresentando trabalhos em Congressos nacionais e internacionais!
Ao professor Doutor Josir Simeone Gomes, meu orientador e coordenador do
Mestrado, pelos conhecimentos transmitidos e pela sua dedicação ao Programa de
Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, que imprimiu maior qualidade ao curso,
cobrando dos professores e alunos, dedicação, seriedade e cumprimento dos prazos
acordados. Além disso, por ter me presenteado com o tema deste trabalho.
Aos membros da banca examinadora, professores doutores José Ricardo
Maia de Siqueira (FACC/UFRJ) e Francisco José dos Santos Alves (UERJ), pelo
tempo, experiência e atenção dispensados à leitura desta dissertação e por
aceitarem participar desta banca examinadora.
À professora Nazlhe Faride Cheín Schekaibán da Universidade do México e
ao professor Vicente Ripoll Feliu da Universidade da Espanha, pelo envio das
informações essenciais para a realização deste trabalho.
Ao professor Doutor José Augusto Veiga Marques do Programa de Mestrado
da FACC/UFRJ, pelo grande exemplo que tem sido para a minha vida desde que o
conheci e pelos conselhos, dicas e conhecimentos transmitidos.
A todos os professores do Mestrado em Ciências Contábeis da FAF/UERJ,
pelo aprendizado e aos funcionários pelo apoio administrativo, especialmente a D.
Heloisa pela sua paciência com os mestrandos e dedicação ao Mestrado.
Ao professor José Francisco de Souza, diretor da Faculdade de
Administração e Finanças, ao professor Josir Simeone Gomes, meu orientador, e a
Petrobras, por ter viabilizado a minha participação no X Congresso Internacional de
Custos em Lyon (França) durante o Mestrado. Foi uma experiência marcante na
minha vida acadêmica e profissional!
Ao Gerente Executivo da Petrobras, Marcos Menezes, pelo apoio e incentivo
à elaboração de artigos, apresentação de trabalhos técnicos, educação continuada e
difusão do conhecimento na Petrobras. Ao meu gerente Carlos Macena e ao meu
coordenador Marvino pela compreensão nos momentos em que precisei me
ausentar do trabalho para realizar atividades acadêmicas e pelo incentivo à
realização desta pesquisa.
À Marianna Zattar, que através do serviço prestado pela Biblioteca da área de
Serviços Compartilhados da Petrobras, realizou o trabalho de normalização e
revisão deste trabalho.
A minhas grandes amigas Elaine Naus e Joyce Lopes, que estiveram comigo
durante os cursos de formação da Eletrobras e Petrobras e com quem eu sempre
pude contar com o carinho e a amizade.
Ao grupo de amigas da Igreja Assembléia de Deus da Penha que sempre
estiveram orando por mim: Ana Clara, Thaisa, Karen, Irene, Stephania, Suellen,
Mary, Carla, Karina, Camila, Suelen, Valéria, Joice, Joyce, Luciana, Liana, Marla,
Marcela, Jéssica, Tathiana, Lívia, Christiane, Mary Khati, Fernanda, Cátia, Raquel e
Brenna.
Finalmente, a todos que contribuíram de alguma forma para a elaboração
deste traballho.
RESUMO
BARROS, Luana Paula de Souza. Estudo comparativo na área de Contabilidade
Gerencial entre Brasil, México e Espanha
. 2008. 252f. Dissertação (Mestrado em
Ciências Contábeis) Faculdade de Administração e Finanças, Universidade do
Estado do Rio da Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.
Nas últimas décadas, a área de Contabilidade Gerencial tem sofrido
mudanças, tanto qualitativa como quantitativa que a tem convertido na protagonista
da área contábil e uma das principais ferramentas da gestão empresarial.
Atualmente, ter uma estratégia de desenvolvimento implica não somente conhecer a
natureza de um negócio; é também utilizar a informação que seja adequada para a
tomada de decisões e que pode beneficiar tanto a empresa como seus acionistas,
empregados, fornecedores e clientes. O objetivo deste trabalho consistiu em realizar
uma análise comparativa da publicação de trabalhos relacionados com a área de
Contabilidade Gerencial em revistas de prestígio do Brasil, México e Espanha,
realizando uma revisão das mesmas a partir de 1999 até 2005, com o propósito de
identificar como evolui a pesquisa, materializada nas publicações da área objeto de
estudo nos três países e dessa forma, conhecer os avanços e tendências na
Contabilidade Gerencial. Para atender os objetivos propostos, este estudo
caracterizou-se como descritivo, delineado por meio de pesquisa bibliográfica,
documental e pesquisa de campo. No presente trabalho, a população abrangeu o
conjunto de revistas científicas e profissionais de Contabilidade nos três países
estudados (Brasil, Espanha e México). A amostra foi composta por 21 revistas
selecionadas, sendo sete revistas de cada país. A opção por esse meio, ao invés da
análise de publicações de livros ou manuais, deve-se à tradicional demora do
período de estudo e sua difusão. Através deste estudo, percebe-se que as
tendências têm variado conforme as mudanças estruturais das necessidades
empresariais, objeto de interesse pelo qual se realiza este tipo de trabalho, que
serve para melhorar os sistemas e o desempenho das organizações.
Palavras-chave: Contabilidade Gerencial. Brasil. México. Espanha.
ABSTRACT
In the last decades, the area of Management Accounting has suffered
changes, such qualitative as quantitative that it has converted it into the protagonist
of the contabil area and one of the main tools of the enterprise management.
Currently, to have a development strategy not only implies to know the nature of a
business; it is also to use the information that is adjusted for the decisions making
and that can benefit such the company as its shareholders, employees, suppliers and
customers. The aim of this study consisted of realizing a comparative analysis of the
publication of papers related with the area of Management Accounting in magazines
of prestige of Brazil, Mexico and Spain, through a revision of the same ones from
1999 up to 2005, with the intention of identify as the research evolves, materialized in
publications of the area object of study in the three countries and this way, know the
advances and trends in the Management Accounting. To attend the considered
objectives, this study it was characterized as descriptive, delineated by means of
bibliographical research, documentary and research of field. In the present work, the
population enclosed the set of scientific and professional magazines of Accounting in
the three studied countries (Brazil, Spain and Mexico). The sample was composed
for 21 selected magazines, being seven magazines of each country. The option for
this way, instead of the publication analysis of books or manuals, must it the
traditional delay it period of study and its diffusion. Through this study, is perceived
that the trends have varied according to the structural changes of the enterprise
needs, object of interest for which it is realized this type of work, that serves to
improve the systems and the performance of the organizations.
Keywords: Management Accounting. Brazil. Mexico. Spain.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Quadro 1
Linhas de pesquisa e temas em Contabilidade Gerencial..
25
Quadro 2
Sugestão para o plano de ensino de Contabilidade
Gerencial..............................................................................
47
Quadro 3 Diferenças entre o custeio por absorção e o ABC............... 75
Quadro 4 Revistas brasileiras selecionadas........................................ 122
Quadro 5 Revistas mexicanas selecionadas....................................... 122
Quadro 6
Revistas espanholas selecionadas......................................
123
Quadro 7 Nº de artigos brasileiros por revista/ano...............................
124
Quadro 8
Nº de artigos mexicanos por revista/ano..............................
125
Gráfico 1
Linhas de pesquisa de Contabilidade Gerencial – revistas
brasileiras.............................................................................
125
Quadro 9
Nº de artigos espanhóis por revista/ano...............................
125
Gráfico 2
Linhas de pesquisa de Contabilidade Gerencial revistas
mexicanas............................................................................
126
Gráfico 3
Linhas de pesquisa de Contabilidade Gerencial revistas
espanholas...........................................................................
126
Quadro 10
Preocupação investigadora do Brasil – Maior a Menor……
130
Gráfico 4
Linhas de pesquisa de Contabilidade Gerencial 1999
2005 – Brasil........................................................................
131
Quadro 11
Preocupação investigadora do México – Maior a menor….
132
Gráfico 5
Linhas de pesquisa de Contabilidade Gerencial 1999
2005 – México......................................................................
132
Quadro 12
Preocupação investigadora da Espanha – Maior a Menor.
133
Gráfico 6
Linhas de Pesquisa de Contabilidade Gerencial 1999
2005 - Espanha...................................................................
134
Quadro 13
Frequência das linhas de pesquisa de Contabilidade
Gerencial – Global……………………..………………………
135
Gráfico 7
Frequência das linhas de pesquisa de Contabilidade
Gerencial – Global................................................................
135
Quadro 14
Preocupação investigadora global – Maior a Menor…..…..
136
Gráfico 8
Linhas de pesquisa de Contabilidade Gerencial – 1999 –
2005 – Global.......................................................................
136
Gráfico 9
Evolução da preocupação investigadora – 1999 – 2005 –
Brasil ………………………………………………….………...
138
Gráfico 10
Evolução da preocupação investigadora – 1999 – 2005 –
México …………………………………………………………..
139
Gráfico 11
Evolução da preocupação investigadora – 1999 – 2005 –
Espanha ..............................................................................
140
Gráfico 12
Evolução da preocupação investigadora – 1999 – 2005 –
Global...................................................................................
141
Gráfico 13
Comparação entre Brasil, México e Espanha – 1999 –
2005.....................................................................................
142
Gráfico 14
Nº de artigos brasileiros por revista/ano……………….…….
143
Gráfico 15
Nº de artigos mexicanos por revista/ano……………….……
144
Gráfico 16
Nº de artigos espanhóis por revista/ano……………………..
145
Quadro 15
Percentual de participação de cada revista – Maior a
Menor……………………………………………………………
147
Gráfico 17
Frequência de artigos publicados por cada revista da
amostra………………………………………………………….
148
Gráfico 18
Linhas de pesquisa em Contabilidade Gerencial –
frequência……………………………………………………….
149
Gráfico 19
Linhas de pesquisa em Contabilidade Gerencial - %..........
152
Gráfico 20
Linhas de pesquisa em Contabilidade Gerencial - %...........
152
LISTA DE SIGLAS
ABC -
Activity Based Costing
ABM -
Activity Based Management
AECA - Associação Espanhola de Contabilidade e Administração de
Empresas
BSC -
Balanced Scorecard
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CFC - Associação Brasileira de Normas Técnicas
CIF - Custos Indiretos de Fabricação
CVL - Custo-volume-lucro
EIASM -
European Instituite for Advanced Studies in Management
ENANPAD - Encontro nacional dos programas de pós-graduação em
administração
EVA -
Economic Value Added
FASB -
Financial Accounting Standards Board
IFAC -
International Federation of Accountants
IMA -
Institute of Management Accounting
INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia
ISO -
International Organization for Standardization
JIT -
Just in Time
MVA -
Management Value Added
NAA -
National Association of Accountants
TI - Tecnologia da Informação
TOC -
Theory of Constraints
TQC -
Total Quality Control
TQM -
Total Quality Management
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................................13
Contextualização.....................................................................................................13
Caracterização do problema ..................................................................................14
Objetivo da pesquisa ..............................................................................................14
Objetivo geral............................................................................................................15
Objetivos específicos
................................................................................................15
Relevância do estudo .............................................................................................16
Delimitação do trabalho..........................................................................................17
Estrutura do estudo ................................................................................................17
1 A CONTABILIDADE GERENCIAL E SUAS LINHAS DE PESQUISA...19
1.1 Origem e evolução histórica da Contabilidade Gerencial .................19
1.2 Linhas de pesquisa em Contabilidade Gerencial...............................25
1.2.1 Contabilidade de custos ..........................................................................27
1.2.2 Marco conceitual da Contabilidade Gerencial .........................................30
1.2.3 Custos para planejamento, controle e tomada de decisões....................37
1.2.4 Pesquisa e docência em Contabilidade Gerencial ..................................44
1.2.5 Contexto e papel atual da Contabilidade Gerencial.................................50
1.2.6 Novas perspectivas e variáveis da Contabilidade Gerencial...................58
1.2.7 Modelo de custos ABC/ ABM ..................................................................71
1.2.8 Custos de qualidade e aplicações práticas .............................................77
1.2.9 Contabilidade Gerencial estratégica........................................................84
1.2.10 Contabilidade Gerencial no setor público................................................90
1.2.11 Projeções setoriais da Contabilidade Gerencial......................................96
1.2.12 História da Contabilidade Gerencial........................................................99
1.3 A pesquisa contemporânea em Contabilidade Gerencial................100
1.4 A Contabilidade Gerencial no Brasil, México e Espanha.................103
1.4.1 Contabilidade Gerencial no Brasil .........................................................104
1.4.2 Contabilidade Gerencial no México.......................................................107
1.4.3 Contabilidade Gerencial na Espanha....................................................111
1.4.3.1 Áreas e matérias dos documentos publicados......................................113
1.4.3.2 Tendência e trabalhos em curso da comissão ......................................116
1.4.3.3 Aplicações setoriais da Contabilidade Gerencial...................................116
1.4.3.4 Entidades públicas e sem fins lucrativos...............................................116
1.4.3.5 Novas técnicas e perspectivas da Contabilidade Gerencial..................117
1.5 Resumo ................................................................................................118
2 METODOLOGIA ...................................................................................119
2.1 Aspectos metodológicos....................................................................119
2.1.1 Tipologia da pesquisa............................................................................119
2.1.2 População e amostra.............................................................................121
2.1.3 Coleta e tratamento dos dados..............................................................123
2.1.4 Limitações do método ...........................................................................128
2.2 Resumo ................................................................................................128
3 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.......................................................129
3.1 Representatividade das linhas de pesquisa de Contabilidade
Gerencial..............................................................................................130
3.1.1 Representatividade de cada linha de pesquisa nos países - Individual.130
3.1.1.1 Brasil .....................................................................................................130
3.1.1.2 México...................................................................................................132
3.1.1.3 Espanha ................................................................................................133
3.1.2 Representatividade de cada linha de pesquisa nos três países – Global
....
..............................................................................................................135
3.2 Comparação da quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial
publicada por ano em cada país........................................................137
3.2.1 Comparação da quantidade de artigos de contabilidade gerencial
publicada por ano em cada país ...........................................................137
3.2.1.1 Brasil .....................................................................................................138
3.2.1.2 México...................................................................................................139
3.2.1.3 Espanha ................................................................................................140
3.2.2 Comparação da quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial
publicada por ano de forma global ........................................................141
3.2.3 Comparação da quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial
publicada por ano entre Brasil, México e Espanha................................142
3.2.4 Comparação da quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial
publicada por ano em cada revista........................................................143
3.2.4.1 Revistas brasileiras ...............................................................................143
3.2.4.2 Revistas mexicanas...............................................................................144
3.2.4.3 Revistas espanholas .............................................................................145
3.3 Percentual de participação de cada revista no total de artigos
publicados nos três países.................................................................147
3.4 Análise comparativa entre os três países e discussão dos resultados
..............................................................................................................148
3.5 Resumo ................................................................................................153
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES............................154
REFERÊNCIAS.......................................................................................................162
APÊNDICE A - REVISTAS BRASILEIRAS............................................................174
ANEXO A – REVISTAS MEXICANAS....................................................................188
ANEXO B - REVISTAS ESPANHOLAS.................................................................221
13
INTRODUÇÃO
Na introdução deste trabalho serão abordados os seguintes assuntos: a
contextualização do tema, a caracterização do problema, o objetivo da pesquisa
(geral e específico), a relevância do estudo, a delimitação do trabalho, bem como a
forma como está estruturado este estudo.
Contextualização
Segundo Gomes e Ripoll (1998), na metade da década de 80 ocorreu a
separação definitiva da Contabilidade Gerencial e conseqüentemente, da
Contabilidade de Custos. A única preocupação dessas Contabilidades se baseava
no cálculo do custo de produção para satisfazer informações financeiras.
Sem um horizonte definido, tal como foi mencionado em Ripoll Feliú (1992)
foram realizadas as traduções dos livros de Johnson e Kaplan (1987) Relevance
Lost” para “La Contabilidad de Costes: Auge y Caída de la Contabilidade de
Gestión”, de McNAIR, Mosconi e Norris (1989) e Beyond the Botton Line para
“Crisis y Revolución de la Contabilidad Interna y de los Sistemas de Información”, e
se começa a destacar que algo estava ocorrendo na nova forma de entender a
gestão dos custos na empresa.
Este processo de “encaixe” dentro da disciplina contábil começou a se
manifestar, como mencionado em Ripoll Feliú e Montagud et al. (1991), a partir do
artigo de Kaplan (1984), quando muito da literatura anglo-saxônica de Contabilidade
Gerencial enfocava a necessidade de adaptar a informação útil para a tomada de
decisões aos novos conceitos do ambiente empresarial que havia motivado o
reconhecimento do Sistema de Produção de Toyota.
O objeto do presente trabalho trata de refletir a evolução do interesse dos
pesquisadores na área de Contabilidade Gerencial em três países: Brasil, México e
Espanha.
14
Caracterização do problema
Tendo em vista a importância da Contabilidade Gerencial, será realizado um
estudo comparativo entre Brasil, México e Espanha, de forma a responder às
seguintes questões:
Quais os assuntos na área de Contabilidade Gerencial que
despertam mais interesse nos pesquisadores e profissionais no Brasil,
México e Espanha?
Como evolui o interesse dos pesquisadores ao longo do tempo nos
três países, tendo em vista as mudanças que ocorrem na Contabilidade
Gerencial?
Quais as revistas que mais publicam assuntos relacionados à área de
Contabilidade Gerencial no Brasil, México e Espanha?
Qual a relação existente, em termos de proximidade ou afastamento,
entre os assuntos abordados na área de Contabilidade Gerencial no
Brasil, México e Espanha?
A resposta às questões formuladas deverá explicitar o interesse dos
pesquisadores desses países, bem como a evolução do mesmo, materializado nas
publicações da área objeto de estudo.
Objetivo da pesquisa
Para atender adequadamente a problemática aplicada, os objetivos a seguir
foram perseguidos ao longo deste estudo.
15
Objetivo geral
O objetivo geral deste estudo consiste em realizar uma análise comparativa
das publicações de trabalhos relacionadas com a área de Contabilidade Gerencial
em revistas de prestígio do Brasil, México e Espanha, realizando uma revisão das
mesmas a partir de 1999 até 2005, com o propósito de identificar como evolui a
pesquisa, materializada nas publicações da área objeto de estudo nos três países e
dessa forma, conhecer os avanços e tendências na Contabilidade Gerencial.
Objetivos específicos
Com a finalidade de atingir o objetivo geral, o estudo apresenta os seguintes
objetivos específicos em relação à amostra selecionada:
Apresentar a representatividade de cada uma das 12 linhas de
pesquisa de Contabilidade Gerencial, segundo a agrupação realizada
por Ripoll Feliú (2005), em cada um dos três países analisados, a fim
de verificar os assuntos relacionados à área de Contabilidade
Gerencial que despertam mais interesse nos pesquisadores de cada
país;
Analisar a quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial
publicada em cada ano do período estudado (1999-2005), a fim de
verificar a evolução do interesse dos pesquisadores ao longo do tempo
em cada país; e
Identificar os periódicos contábeis que mais publicam assuntos
relacionados à Contabilidade Gerencial na amostra das revistas
brasileiras, mexicanas e espanholas selecionadas, a fim de detectar
aqueles que mais dedicam atenção à área estudada.
16
Relevância do estudo
Nas últimas décadas, a área de Contabilidade Gerencial tem sofrido
mudanças, tanto qualitativa como quantitativa que a tem convertido na protagonista
da área contábil e uma das principais ferramentas da gestão empresarial.
Atualmente, ter uma estratégia de desenvolvimento implica não somente conhecer a
natureza de um negócio; é também utilizar a informação que seja adequada para a
tomada de decisões e que pode beneficiar tanto a empresa como seus acionistas,
empregados, fornecedores e clientes.
Este trabalho surgiu como conseqüência do estudo apresentado por Alonso et
al. (1984) sobre linhas de pesquisa em Contabilidade, em que se destacava a
significativa posição que ocupava a Contabilidade Gerencial. A partir deste, surgiram
vários artigos e comunicações, entre eles: Castelló et al. (1985), Ripoll Feliú (1992),
Ripoll Feliu e Simeone (1998), Aparisi et al. (1998), Alcoy et al. (2001), Ripoll Feliu e
Chein (2005), que continuaram analisando a evolução da Contabilidade Gerencial no
contexto internacional.
De acordo com esses estudos, percebe-se que as tendências têm variado
conforme as mudanças estruturais das necessidades empresariais, objeto de
interesse pelo qual se realiza este tipo de trabalho, que serve para melhorar os
sistemas e o desempenho das organizações.
Em outros trabalhos, Ripoll Feliu manifestou como a pesquisa e sua difusão
em nível de revistas especializadas na temática que está sendo estudada tem sido
liderada em grande parte pela área anglo-saxônica que, como acontece com outros
temas costuma marcar as diretrizes nas linhas de pesquisa. Esta informação se
materializa no número de revistas especializadas, volume de trabalhos realizados e
conteúdo dos temas de pesquisa, tanto a nível teórico como empírico.
Nesse contexto, devemos considerar o caminho que tem levado a
Contabilidade Gerencial e suas diferentes esferas de conhecimento, assim como as
tendências dos profissionais e pesquisadores em Contabilidade, pois os mesmos
influenciam em muitos aspectos da vida empresarial. Esse tipo de análise, ajuda em
grande parte nos avanços que experimenta o ambiente das organizações, além de
melhorar a gestão das mesmas para a otimização dos recursos materiais,
tecnológicos e humanos.
17
Delimitação do trabalho
Neste tópico, aborda-se a delimitação do trabalho do ponto de vista
geográfico e temporal.
Quanto à limitação geográfica, pode-se dizer que este estudo objetiva uma
análise comparativa entre apenas três países. Isso se deve ao fato do mesmo ter
sido realizado com base na pesquisa de Chein e Ripoll Feliu (2005), cujo objetivo foi
realizar uma análise comparativa das publicações de trabalhos relacionados com a
Contabilidade Gerencial nas revistas de maior prestígio da Espanha e México
através de uma agrupação de 12 linhas de pesquisa que contêm 76 temas sobre a
Contabilidade Gerencial. Sendo assim, o presente estudo amplia essa pesquisa
através da inclusão das revistas brasileiras para uma comparação entre os três
países.
Quanto à limitação temporal, pode-se dizer que para a realização deste
trabalho optou-se pelo período de sete anos (1999-2005), tendo em vista que foi o
período estudado na pesquisa de Chein e Ripoll Feliu (2005) e os dados do México
e da Espanha utilizados neste trabalho são provenientes dessa pesquisa.
Estrutura do estudo
Após a apresentação da contextualização, a caracterização do problema, os
objetivos da pesquisa, a relevância do estudo e a delimitação do trabalho,
apresenta-se a estrutura deste estudo, que se distribui por quatro capítulos.
No capítulo 1, o estudo envolve o referencial teórico dos aspectos conceituais
relacionados à origem e evolução histórica da Contabilidade Gerencial, suas linhas
de pesquisa, a pesquisa contemporânea em Contabilidade Gerencial e a
Contabilidade Gerencial no Brasil, México e Espanha. Esse embasamento conceitual
serve de sustentação para o desenvolvimento da pesquisa.
O capítulo 2 caracteriza-se pela apresentação dos temas de caráter
metodológico que envolve o processo de elaboração deste trabalho. Sendo assim,
18
nesse capítulo são abordadas a tipologia da pesquisa, a população e amostra, os
mecanismos de coleta e tratamento dos dados e as limitações do método utilizado
para o desenvolvimento da pesquisa.
No capítulo 3, são apresentados e discutidos os resultados da pesquisa, bem
como a tendência individual e global dos três países estudados: Brasil, México e
Espanha.
Por fim, no capítulo 4 são apresentadas as considerações finais e as
recomendações para futuras pesquisas.
19
1 A CONTABILIDADE GERENCIAL E SUAS LINHAS DE PESQUISA
Para proporcionar uma melhor compreensão do referencial teórico, este
capítulo está subdividido em quatro partes: a primeira apresenta um breve relato
sobre a origem da Contabilidade Gerencial e a evolução histórica da mesma; a
segunda apresenta as linhas de pesquisa da Contabilidade Gerencial; a terceira
aborda a pesquisa contemporânea em Contabilidade Gerencial e por último, a
quarta parte apresenta a Contabilidade Gerencial nos três países estudados: Brasil,
México e Espanha.
1.1 Origem e evolução histórica da Contabilidade Gerencial
A Contabilidade é a ciência social que tem por objetivo medir os aspectos
quantitativos e qualitativos do patrimônio de quaisquer entidades. Constitui um
instrumento para gestão e controle e é uma atividade fundamental na vida
econômica.
Para Marion (2006, p. 26), o objetivo principal da Contabilidade é permitir a
cada grupo principal de usuários a avaliação da situação econômica e financeira da
entidade, num sentido estático, bem como fazer inferências sobre suas tendências
futuras.
Segundo Martins (2003, p. 19-21), até a Revolução Industrial (século XVIII),
praticamente só existia a Contabilidade Financeira, que foi desenvolvida na Era
Mercantilista e estava bem estruturada para servir as empresas comerciais. Com o
advento da indústria, a função do contador tornou-se mais complexa e começou-se,
então, a formação dos critérios de avaliação de estoques no âmbito industrial. Nesse
período, os valores dos fatores de produção passaram a compor o custo dos
produtos e surge a partir da Contabilidade Financeira, a Contabilidade de Custos.
Devido ao crescimento das empresas, a Contabilidade de Custos passou a ser
concebida como uma forma eficiente de auxílio no desempenho empresarial.
Sendo assim, a Contabilidade de Custos nasceu da Contabilidade Financeira,
quando da necessidade de avaliar os estoques das indústrias. A Contabilidade
20
Gerencial nasceu da Contabilidade de Custos devido ao crescimento das empresas,
que passou a exigir um maior controle para fornecer auxílio na tomada de decisões.
Segundo Atkinson et al. (2000, p. 37), a Contabilidade Financeira é o
processo de elaboração de demonstrativos financeiros para públicos externos:
acionistas, credores e autoridades governamentais. Esse processo é muito
influenciado por órgãos regulamentadores e fiscalizadores, bem como por
exigências da auditoria externa.
Para Martins (2003, p. 21), a Contabilidade de Custos tem duas funções
relevantes: o auxílio ao controle e a ajuda às tomadas de decisões. No que diz
respeito ao controle, sua missão é fornecer dados para estabelecimento de padrões
e orçamentos para posterior comparação dos valores realizados com os
anteriormente definidos. No que tange à decisão, seu papel reveste-se de suma
importância, pois consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes
que dizem respeito às conseqüências de curto e longo prazo. Dessa forma, a
Contabilidade de Custos fornece informações para a Contabilidade Financeira e
para a Contabilidade Gerencial.
A Contabilidade Gerencial deve fornecer informações econômicas para a
clientela interna: funcionários, gerentes intermediários e executivos seniores. Esse
processo deve ser direcionado pelas necessidades informacionais dos indivíduos
internos da empresa e deve orientar suas decisões operacionais e de investimentos.
O IMA (Institute of Management Accounting) define Contabilidade Gerencial
como sendo o processo de identificação, mensuração, acumulação, análise,
preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras utilizadas pela
gerência das Organizações para planejar, avaliar, controlar e assegurar o uso
adequado dos seus recursos (ATKINSON et al., 2000).
A Contabilidade Gerencial é um dos instrumentos mais poderosos para
subsidiar a administração de uma empresa. Seus relatórios abrangem os diferentes
níveis hierárquicos e funcionam como ferramentas indispensáveis nas tomadas de
decisões, causando forte influência no processo de planejamento estratégico
empresarial e no orçamento.
Ricardino Filho (1999) destaca três teorias para o surgimento da
Contabilidade Gerencial:
21
A primeira teoria trata do aparecimento da Contabilidade Gerencial
após a Segunda Guerra Mundial. Vários autores citados por
Ricardino Filho (1999), como: Keller (1957), Garrison (1976), Haynes,
Warren e Massie (1961) e inclusive Johnson que, juntamente com
Kaplan, viria a estabelecer novas origens para a Contabilidade
Gerencial e Financeira, manifestaram-se sobre o tema relatando que
a origem da Contabilidade Gerencial é muito recente e a atribuem,
dentre outros fatores, ao aumento da competição empresarial, a
busca pela redução de custos, ao rápido avanço tecnológico e,
inclusive, à troca intensiva de conhecimento profissional;
A segunda teoria relaciona o surgimento da Contabilidade Gerencial
à Revolução Industrial. Ela se apóia na obra de Johnson e Kaplan,
denominada de “The Relevance Lost”, publicada em 1987, em que os
referidos autores demonstram que as técnicas utilizadas na
Contabilidade Gerencial eram conhecidas desde, pelo menos, 1925;
A terceira teoria está embasada principalmente em pesquisas
realizadas pelos ingleses, preponderantemente na década de 90,
relacionando as origens da Contabilidade Gerencial a procedimentos
contábeis para fins gerenciais, em uso na Inglaterra desde o século
XIII.
Ricardino Filho (1999, p. 248-253), concluiu que a Contabilidade Gerencial,
desde sua origem, qualquer que seja a data, sempre teve como objetivo prover seus
usuários de informações para gerenciamento das atividades. Ocorrendo, ao longo
do tempo, alterações e não marcos iniciais da Contabilidade Gerencial.
Segundo Garrison e Noreen (2001, p. 5-6), as raízes da Contabilidade
Financeira estão na Revolução Industrial do século XIX, momento em que as
empresas eram fortemente controladas por uns poucos proprietários
administradores, os quais obtinham empréstimos através das suas relações e dos
seus bens pessoais. Não existia, portanto, necessidade de elaborar demonstrativos
financeiros, ao contrário da Contabilidade Gerencial, que era relativamente
sofisticada, fornecendo informações essenciais para o gerenciamento da produção
primitiva em larga escala de têxteis, aço e outros produtos. Após a virada do século,
22
devido às pressões exercidas sobre as companhias pelo mercado de capitais, pelos
credores, organismos reguladores e imposto de renda, surgiu a necessidade da
Contabilidade Financeira.
Durante muitas décadas, os contadores trabalharam para garantir que as
exigências da Contabilidade Financeira fossem atendidas e para que seus relatórios
fossem apresentados tempestivamente. Com isso, as práticas da Contabilidade
Gerencial estagnaram. Até meados da década de 1980, as práticas de Contabilidade
Gerencial não se distinguiam muito daquelas utilizadas antes da Primeira Guerra
Mundial, contudo, nos últimos anos, novas forças econômicas produziram muitas
inovações importantes.
Nota-se que há uma contradição entre os autores no que diz respeito à
origem da Contabilidade Gerencial. Enquanto Martins (2003, p. 19) afirma que até a
Revolução Industrial existia a Contabilidade Financeira e que a partir daí surgiu a
Contabilidade de Custos e a Gerencial, Garrison e Noreen (2001, p. 5) afirmam que
as raízes da Contabilidade Financeira estão na Revolução Industrial, momento em
que necessidade de elaborar os demonstrativos financeiros, e que a
Contabilidade Gerencial já era relativamente sofisticada.
De acordo com Johnson e Kaplan (1996, p. 5), antes do início do século XIX,
praticamente todas as transações de troca eram realizadas entre o empresário-
proprietário e indivíduos que não faziam parte da organização, ou seja, tanto a
administração quanto o comércio eram exercidos pelo proprietário do
empreendimento e não existiam níveis gerenciais ou empregados assalariados por
longos prazos. Naquele contexto, indicadores de sucesso eram facilmente obtidos:
“o empresário-proprietário tinha de arrecadar mais dinheiro das vendas aos clientes
do que pagava aos fornecedores dos insumos de produção, primariamente mão-de-
-obra e matéria-prima” (JOHNSON; KAPLAN, 1996, p. 5).
Com a Revolução Industrial, surgiu a possibilidade de produção em grande
escala, empregados assalariados para longos prazos, empresas com vários níveis
hierárquicos e sistemas operacionais mais complexos. Com o advento das estradas
de ferro, começaram a surgir grandes empresas, que eram administradas por
gestores contratados, os quais recebiam remuneração com base em indicadores que
sintetizassem a eficiência da mão-de-obra e matéria-prima, ou seja, essas empresas
passaram a necessitar de sistemas de Contabilidade de Custos mais efetivos.
23
Com o desenvolvimento da economia, através da melhoria nos transportes e
comunicações, grandes organizações surgiram. Essas organizações possuíam
atividades operacionais ainda mais complexas, nas quais não eram suficientes os
sistemas de Contabilidade de Custos e foram necessárias inovações nos sistemas
de informação como um todo. E assim, em constante evolução, novas necessidades
deram origem à Contabilidade Gerencial.
Schmidt (2000, p. 112-113) também acredita que o crescimento dos negócios
em tamanho, em complexidade e em diversificação geográfica, ocorrido no século
XIX foi a causa dos administradores aperfeiçoarem seus sistemas contábeis para
apoiar várias decisões gerenciais, incluindo planejamento, avaliação e controle de
uma organização.
No que diz respeito ao processo evolutivo da Contabilidade Gerencial, o IFAC
(International Federation of Accountants) apresenta os quatro estágios, a saber:
O primeiro estágio compreende o período anterior a 1950; enfatizava
a determinação dos custos e do controle financeiro através da
utilização de técnicas de Contabilidade de Custos e orçamento;
O segundo estágio foi de 1950 até 1965; a ênfase estava no
fornecimento de informações para o planejamento e controle, por
meio da utilização de técnicas como análise de decisão e
Contabilidade por responsabilidade;
O terceiro estágio iniciou em 1965 e durou até 1985; a atenção
estava direcionada para a redução de desperdícios dos recursos
despendidos nos processos de negócios, obtida através do uso de
técnicas de gerenciamento de custo e análise do processo;
O quarto estágio teve início em 1985 e dura até os dias de hoje; o
foco deslocou-se para a criação de valor por meio da utilização
efetiva dos recursos e das tecnologias (GRZESZEZESZYN;
FERREIRA, 2004).
Quanto ao posicionamento da Contabilidade Gerencial, Siegel e Sorensen
(1999) destacam que, em pesquisa realizada em 1980, os resultados apresentaram
que a Contabilidade Gerencial funcionava como um órgão de staff”, fora do
24
ambiente de tomada de decisões da empresa, efetuando apenas atividades de apoio
como controle de custos, preparação de orçamentos e confecção de relatórios
padronizados. Em pesquisa semelhante, realizada em 1999, este quadro se alterou,
evidenciando que a Contabilidade Gerencial tinha passado de um órgão de apoio
para um parceiro na tomada de decisões. Atualmente, segundo esses autores, os
profissionais passam menos tempo elaborando relatórios, e mais tempo analisando
e interpretando informações.
Vários estudos citados por Ittner e Larcker (2001), mostram que nas duas
décadas posteriores a 1960, os sistemas contábeis gerenciais não deveriam ser
universais, mas apropriado à realidade de cada organização conforme seu ambiente
externo, seu desenvolvimento tecnológico, sua competitividade estratégica, sua
missão e as características da indústria em que cada organização está inserida.
Para Atkinson et al. (2000), foi a partir do século XX, período marcado pela
competitividade global e por mudanças revolucionárias na gestão operacional, que
as empresas sentiram necessidade de informações gerenciais contábeis diferentes e
melhores. Inevitavelmente, esse processo acarretou profundas mudanças que
impactaram os sistemas de controle gerencial. Otley (1994, apud MARTINEWSKI,
2003) cita, dentre as mais relevantes, o aumento da incerteza e o porte das
organizações.
As diferenças ocasionadas pelas mudanças no ambiente passam por um novo
elenco de valores aceitos pelas pessoas, por inovações nas formas de organização
social, pela valorização do conhecimento, pelo fortalecimento do capitalismo, pela
desregulamentação de mercados, por novas formas de financiamento das
economias, pela intensificação da acumulação de capital, pelas novas estruturas de
fluxos dos recursos financeiros, pela intensificação do processo de comunicação
decorrente do desenvolvimento tecnológico, etc. (GUERREIRO; PEREIRA; LOPES,
2004, p. 2).
Conseqüentemente, a Contabilidade Gerencial obteve significativo destaque.
Sendo assim, a informação gerencial contábil atualmente requerida necessita dar
suporte ao processo de alocação de todos os recursos (humanos, físicos e
financeiros), além do monitoramento e controle das diversas operações exercidas
pelas empresas.
Segundo Martins (2003, p. 22), a Contabilidade moderna preocupa-se em
criar sistemas que sejam mais eficientes e eficazes, no intuito de permitir melhorias
relacionadas ao gerenciamento da organização de uma forma geral, com ênfase em
duas importantes tarefas: controle e decisão.
25
1.2 Linhas de pesquisa em Contabilidade Gerencial
Segundo um estudo realizado por Chein e Ripoll Feliu (2005), a Contabilidade
Gerencial pode ser dividida em 12 linhas de pesquisa, as quais agrupam 76 temas.
Neste tópico, serão abordadas essas linhas de pesquisa, bem como os principais
temas de cada linha.
O quadro 1 evidencia a agrupação utilizada por Chein e Ripoll Feliu (2005).
I. CONTABILIDADE DE CUSTOS
1. Custo de Produção.
2. Materiais. Mão-de-obra. Custo Indireto de Produção (CIP). Amortizações.
3. Capacidade. Atividade / Sub-atividade.
4. Desperdícios. Produção conjunta.
5. Custos. Sistemas. Modelos. Desenho.
6. Sistemas convencionais de custos (completo, variável).
7. Impacto nas contas anuais e normas fiscais.
II. MARCO CONCEITUAL DA CONTABILIDADE GERENCIAL
1. Plano de contas de custos. Representação Contábil.
2. Relação entre a Contabilidade Financeira, Gerencial e outras disciplinas.
3. Marco Conceitual.
4. Normalização. Harmonização.
III. CUSTOS PARA PLANEJAMENTO, CONTROLE E TOMADA DE DECISÕES
1. Custo Padrão. Análise das variações.
2. Planejamento. Controle de custos.
3. Tomada de decisão. Alise CVL.
4. Instrumento de controle e o papel do especialista em Contabilidade Gerencial.
5. Painéis. Informação financeira e não-financeira. Indicadores.
Balanced Scorecard.
6. Prazo médio de amadurecimento.
7. Controle interno. Auditoria de Gestão. Controle de Gestão. Casos.
8. Produtividade. Competitividade.
IV. PESQUISA E DOCÊNCIA EM CONTABILIDADE GERENCIAL
1. Pesquisa.
2. Ensino/Doncia.
3. Pesquisa/Doncia.
4. Estudos empíricos.
V. CONTEXTO E PAPEL ATUAL DA CONTABILIDADE GERENCIAL
1. Novos desenvolvimentos: o processo de mudança.
2. Fatores comportamentais: Sociais. Culturais. Ambientais. Estruturais. Motivacionais.
3. Tecnologias da Informão.
4. Instrumentalização matemática aplicada.
5. Aspectos Internacionais. Multinacionais.
6. Custos dos Departamentos: Financeiros. Marketing. P&D. Comercial. Recursos Humanos.
7. Teoria Institucional. Ciclo de vida organizacional.
VI. NOVAS PERSPECTIVAS E VARIÁVEIS DA CONTABILIDADE GERENCIAL
1. Custos Ambientais.
26
2 Custeio meta (target costing).
3. Teoria das restrições (TOC).
4. Capital Intelectual e Gestão do Conhecimento.
5. Otimização dos custos. Racionalização/ Redução / Redesenho / Reengenharia Contábil.
6. Painel Integral.
7. Ciclo de vida.
8. Implicações do JIT, TQC e das novas tecnologias.
9. Teoría da agência.
10. Preço de transferência. Determinação de preços.
VII. MODELO DE CUSTOS ABC/ABM
1. Sistema de Gestão e de Custeio baseados em atividades.
2. Análise comparativa: ABC com sistemas convencionais.
3. Pressupostos. Tomada de decisões.
4. Pesquisa e aplicações ABC/ABM.
5. Evolução crítica (ABC/ABM).
6. ABC/ABM com novas tecnologias (EVA, TOC...)
VIII. CUSTOS DA QUALIDADE E APLICAÇÕES PRÁTICAS
1. Cálculo dos custos da qualidade e da não-qualidade.
2. Aplicações. Implantações. Setores empresariais.
3. Modelos de qualidade e qualidade total.
4. Pesquisa empírica.
5. Medição, controle, tecnologia e informação.
IX. CONTABILIDADE GERENCIAL ESTRATÉGICA
1. Enfoque e conteúdo.
2. Apoio da direção.
3. Tomada de decisão.
4. Análise e gestão dos custos.
5. Clientes/Fornecedores.
6. Competitividade e melhoria connua.
7. Aplicações.
8. Mercados competitivos.
X. SETOR PÚBLICO
1. Cálculo de Custos. Sistemas de Custos.
2. Planejamento, controle e tomada de decisões.
3. Indicadores de gestão.
4. Análise de atividades.
5. Administração local.
6. Sáude Pública.
7. Aplicações. Qualidade.
XI. PROJEÇÕES SETORIAIS DA CONTABILIDADE GERENCIAL
1. Indústrias: Construtora. Naval. Automobilística. Siderúrgica. Mineral. Qmica.
2. Tecnologia. Invovação. Processo de modernização.
3. Agrícola/Criação de Gado.
4. Comerciais e Serviços: Hospitais. Hotéis. Autoveis. Telecomunicações. Transporte.
5. Entidades Bancárias. Financeiras. Seguradoras.
6. Universidades. Escolas.
7. Entidades não lucrativas.
8. Outras.
XII. HISTÓRIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL
1. Catedrais
27
2. Escolas de Comércio.
3. Alemanha.
Quadro 1 – Linhas de pesquisa e temas em Contabilidade Gerencial
Fonte: Adaptado de Chein e Ripoll Feliu (2005, p. 13-15)
Convém destacar que foram acrescentados ao quadro, três assuntos
relevantes na área de Contabilidade Gerencial: Balanced Scorecard, Teoria
Institucional e Ciclo de vida organizacional. Esses assuntos têm sido discutidos em
artigos recentes na área de Contabilidade Gerencial e foram abordados pelos “Top
25 Hottest Articles” na área objeto de estudo, segundo a edição de Abril / Junho de
2007 da Accounting, Organizations and Society.
1.2.1 Contabilidade de custos
Segundo Hansen e Mowen (2003), a Contabilidade de Custos tenta satisfazer
objetivos de custeio para a Contabilidade Financeira e Gerencial. Quando a
Contabilidade de Custos é usada para cumprir com um objetivo da Contabilidade
Financeira, ela mensura e avalia custos de acordo com os princípios contábeis
generalizadamente aceitos. Quando usada para propósitos internos, a Contabilidade
de Custos fornece informações de custos sobre produtos, clientes, serviços,
projetos, atividades, processos e outros detalhes que podem ser de interesse da
gerência. As informações sobre custos que são fornecidas têm um papel de apoio
importante para o planejamento, controle e tomadas de decisão.
O custo de produção representa o custo total de fabricação de produtos
completados durante o período. A maioria das companhias industriais divide os
custos de fabricação em três categorias: materiais diretos, mão-de-obra direta e
Custos Indiretos de Fabricação (CIF). Abordaremos a seguir cada uma dessas
categorias:
Os materiais diretos são aqueles que se tornam parte integrante do produto
acabado e que podem ser física e adequadamente identificados a ele.
O termo mão-de-obra direta é reservado aos custos da mão-de-obra que
podem ser facilmente identificados às unidades do produto.
28
Segundo Garrison e Noreen (2001), os custos indiretos de fabricação (CIF)
compreendem todos os custos de fabricação, exceto materiais e mão-de-obra
diretos. Abrange itens como materiais indiretos, mão-de-obra indireta, manutenção e
reparos de equipamento de produção, aquecimento e energia, imposto predial,
depreciação e seguro das instalações fabris.
O custo indireto de fabricação somado à mão-de-obra direta é denominado
custo de conversão. A origem dessa expressão está no fato desses custos
ocorrerem na transformação dos materiais em produtos acabados. A mão-de-obra
direta somada aos materiais diretos é chamada de custo primário.
Os custos não-fabris geralmente se classificam em duas categorias: custos de
comercialização (marketing) ou de vendas e custos administrativos.
Para Garrison e Noreen (2001, p. 29), os custos de comercialização
compreendem todos os custos necessários para se conseguir pedido dos clientes e
para entregar-lhes os produtos acabados ou serviços. Esses custos muitas vezes
são chamados de custos de obter e atender pedido. São exemplos de custos de
comercialização: propaganda, expedição, viagens de vendas, comissões de vendas,
salários de vendas e custos de armazenamento de produtos acabados.
Para Hansen e Mowen (2003), os custos administrativos abrangem todos os
custos associados com a administração geral da organização, que não podem ser
razoavelmente atribuídos para marketing, ou para a produção. São exemplos de
custos administrativos: os salários da alta gestão, honorários legais, a impressão do
relatório anual, a contabilidade geral e pesquisa e desenvolvimento.
Como as organizações são formadas por pessoas que possuem diferentes
interesses e perspectivas, torna-se necessário um sistema para motivar o
desempenho em direção aos objetivos dos “stakeholders”, buscando-se a
congruência de objetivos.
Para Oliveira (1999, p. 41), sistema é “um conjunto de partes integrantes e
interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado
objetivo e efetuam determinada função”. Sendo assim, o sistema representa um
modelo pelo qual se deve executar uma determinada tarefa.
Para Hansen e Mowen (2003, p. 60) “o sistema de informações de
Contabilidade de Custos é um subsistema da gestão de custos projetado para
atribuir custos aos produtos individuais, serviços e outros objetos, como especificado
pela gestão”. Para relatórios financeiros externos, o sistema de Contabilidade de
29
Custos deve atribuir custos a produtos de forma a avaliar estoques e determinar o
custo das vendas. Além disso, essas atribuições precisam estar em conformidade
com as regras e convenções estabelecidas.
Segundo Martins (2003, p. 357) “o sucesso de um sistema de informação
depende do pessoal que alimenta e o faz funcionar”. Isto se deve ao fato de se
utilizar informações geradas por diversos setores ou, departamentos, procurando
alcançar uma integração, em prol do processo decisório da organização.
Para Horngren, Sunden e Stratton (2004, p. 108) “sistema de gestão de
custos é um conjunto de ferramentas e técnicas que identificam como as decisões
da gestão afetam os custos”. Para fazer isso, primeiro mensura os custos dos
recursos consumidos na realização das atividades da organização e, então, avalia
os efeitos sobre os custos das mudanças naquelas atividades. Os propósitos
básicos de um sistema de custos são fornecer:
Medidas agregadas do valor do estoque e custos dos produtos
manufaturados para relatórios externos para investidores, credores e
outros interessados externos.
Informação de custo para decisões gerenciais estratégicas.
Informação de custo para controle operacional.
Conforme Zanella (1993, p. 9) o sistema de custos é “um dos instrumentos
que o administrador pode utilizar para revitalizar a estrutura interna de controle da
empresa, assegurando o domínio de todos os fatores que interferem nas
operações”.
Hansen e Mowen (2003, p. 58) enfatizam que “as informações de custos
produzidas pelo sistema de informações de gestão de custos precisam ser úteis e
benéficas para a organização como um todo”. Logo, um sistema de gestão de custos
de alta qualidade deve ter uma perspectiva da organização toda.
As informações de custos são importantes para o processo de tomada de
decisão de gestores em muitas áreas distintas da organização. Dessa forma, para
que a decisão seja fundamentada, é imprescindível que essas informações sejam
precisas e confiáveis.
30
O sistema de gestão de custos deve ser integrado, tanto quanto possível, com os
sistemas operacionais da organização. A integração reduz o armazenamento e uso
redundante de dados, melhora o momento oportuno das informações e aumenta a
eficiência de se produzir informações confiáveis e precisas. Um sistema integrado de
gestão de custos sugere uma necessidade da administração de enfatizar a gestão
de custos para toda a cadeia de valores. A cadeia de valores é o conjunto de
atividades necessárias para projetar, desenvolver, produzir, comercializar, distribuir e
prestar serviços a um produto (o produto pode ser um serviço). (HANSEN; MOWEN,
2003, p. 59).
É fundamental que haja um reconhecimento explícito de que o sistema de gestão de
custos deve ser projetado para apoiar as necessidades da gestão de custos de
funções não-financeiras, tais como o projeto do produto, engenharia, compras,
produção, marketing, vendas, serviços ao cliente e distribuição. Esses amplos
objetivos de projeto podem exigir muito mais do sistema de gestão de custos do que
a saída da informação que simplesmente satisfaz as exigências externas de
relatórios. (HANSEN; MOWEN, 2003, p. 59).
Sendo assim, o sistema de custos, importante elemento para o controle de
gestão, não pode ser importado de outra empresa congênere, ainda que, apresente
inúmeras semelhanças. Cada organização deve desenvolver seu próprio sistema,
considerando suas particularidades operacionais e de gestão, para que ele se
configure como um importante sistema de controle na empresa que o adota.
1.2.2 Marco conceitual da Contabilidade Gerencial
Santos et al. (2006, p. 9) definem Contabilidade Gerencial como:
o processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação,
interpretação e comunicação de informações tempestivas (passadas, presentes e/ou
futuras) relevantes e úteis, para auxiliar os gestores das organizações no processo
decisório das operações diárias e do planejamento de operações futuras
.
A partir desse conceito, e conseqüentemente de muitos outros que lhe
serviram de base, o objetivo da Contabilidade Gerencial parece perfeitamente claro:
gerar informações relevantes e úteis para auxiliar os gestores no processo de
planejamento, controle e tomada de decisão nas operações cotidianas da atividade
empresarial e nas projeções de operações futuras.
Atkinson et al. (1997), Anthony (1979 apud PADOVEZE, 2000), bem como
Hansen e Mowen (2001, p. 28) argumentam que a Contabilidade Gerencial se
preocupa especificamente com a forma como informações sobre custos e outras
31
informações financeiras e não-financeiras devem ser usadas para o planejamento,
controle e tomada de decisão.
A Contabilidade Gerencial preocupa-se também com a efetiva utilidade da
informação, ou seja, com sua capacidade de gerar valor para garantir o sucesso das
organizações. Segundo Horngren, Sunden e Stratton (2004, p. 2), os
administradores usam essas informações para escolher, comunicar e implementar
estratégias, coordenar o projeto do produto, a produção e as decisões de
comercialização.
Para Horngren, Sunden e Stratton (2004), a Contabilidade Gerencial é
eficiente quando fornece informações estratégicas que permitem planejar, controlar,
tomar melhores decisões, comunicá-las e determinar a melhor maneira de
implementá-las para a produção e a comercialização de um produto ou serviço.
Schmidt (2000, p. 112) afirma que “o estudo e a prática da Contabilidade
Gerencial foram desenvolvidos para [...] fornecer as informações necessárias para a
tomada de decisões gerenciais”.
Garrison e Noreen (2001) tratam do objetivo da Contabilidade Gerencial na
seguinte argumentação:
Contabilidade Gerencial trata do modo como o administrador deve utilizar a
informação contábil na sua organização. O administrador precisa de informação para
a realização de três funções básicas em uma organização: (1) planejamento das
operações, (2) controle das atividades e (3) tomada de decisões. O objetivo da
Contabilidade Gerencial é mostrar o tipo de informação necessária, onde obtê-la e
como os gerentes podem empregá-la no exercício das suas obrigações de
planejamento, controle e decisão.
Em desacordo com a linha de raciocínio dos autores citados anteriormente,
Padoveze (2000, p. 30) destaca que:
A função-objetivo da Contabilidade Gerencial de criação de valor para os acionistas
é um conceito objetivo, pois pode ser mensurado economicamente. A criação do
valor para o acionista centra-se na geração do lucro empresarial, que, por sua vez, é
transferido para os proprietários da entidade, que genericamente estamos
denominando de acionistas.
Para Iudícibus (1998, p. 21) a Contabilidade Gerencial, num sentido mais
profundo, está voltada única e exclusivamente para a administração da empresa,
procurando suprir informações que se encaixem de maneira válida e efetiva no
modelo decisório do administrador.
32
Kaplan e Atkinson (1989 apud RICARDINO, 2005, p. 15) defendem que os
sistemas de Contabilidade Gerencial deveriam fornecer informações para ajudar os
administradores nas suas atividades de planejamento e controle, incluindo como
atividades típicas nas organizações “a coleta, classificação, processamento, análise
e comunicação de informações aos gestores”, atividades essas que devem ser
executadas de forma oportuna, eficiente e eficaz para motivar e prestar assistência
aos gestores na consecução de seus objetivos organizacionais.
Barros (2005, p. 109) argumenta que a Contabilidade Gerencial deve
enquadrar-se não apenas na visão utilitária da Ciência Contábil, como, também, na
visão econômica, voltando-se, portanto, ao atendimento das necessidades dos
usuários internos. Desse modo, deve ser identificada pelos seguintes objetivos:
gerar informações específicas, precisas e atualizadas; buscar formas mais
aprimoradas de avaliação patrimonial sob o aspecto econômico, sem restringir-se
apenas ao aspecto financeiro; aliar-se a outras áreas de conhecimento para
complementar a informação contábil.
De forma geral, a Contabilidade Gerencial deve definir as seguintes
estratégias de ação: participar do desenvolvimento de ferramentas de automação
que permitam melhor execução das atividades contábeis, com maior agilidade,
flexibilidade e precisão; buscar parcerias com outras áreas de conhecimento, que
contribuam para a criação de indicadores e modelos de avaliação e contabilização
de intangíveis; estruturar um sistema contábil descentralizado, mas integrado, que
atenda às necessidades dos clientes nos níveis operacional e estratégico; aprimorar
a forma de comunicação das informações contábeis através de interpretações mais
assimiláveis; adequar os produtos gerados pela Contabilidade às expectativas,
desejos e exigências dos clientes.
Segundo Schmidt (2000, p. 113), vários fatores geraram a necessidade de
desenvolvimento de novos métodos de administração e controle. Além disso, no
campo social, com a propagação de organizações sem fins lucrativos, ocorreu um
aumento na demanda por informações para fins de controle e planejamento.
Schmidt (2000, p. 115) cita diversos trabalhos desenvolvidos que tratam de alguns
pontos abrangidos pela Contabilidade Gerencial tais como: custos, sistemas de
alocação de custos, fluxo de caixa descontado, impacto das informações contábeis
no comportamento dos empregados, avaliação de desempenho, sistemas de
controle, orçamentos empresariais, dentre outros.
33
Para Iudícibus (1998, p. 22), a Contabilidade Gerencial detalha de forma
analítica, apresenta e classifica de forma a diferenciar as técnicas e procedimentos
adotados pela Contabilidade Financeira, pela Contabilidade de Custos e pela
Análise Financeira e de Balanços. Esse autor inclui na área de abrangência da
Contabilidade Gerencial os seguintes pontos: lucro empresarial, avaliação de
desempenho, custos para avaliação, controle e tomada de decisões, informações
contábeis para decisões especiais, avaliação do patrimônio e técnicas de custeio.
Jiambalvo (2002) destaca as questões relativas a custos e sistemas de
custeio, a relação custo-volume-lucro, orçamento e descentralização e avaliação de
desempenho. Horngren, Sunden e Stratton (2004) também destacam as questões
relativas ao foco na tomada de decisão, custos, sistemas de custeio e orçamento.
Warren, Reeve e Fess (2003) enfatizam as questões relativas a custos e
sistemas de custeio, a relação custo-volume-lucro, orçamento, análise e avaliação
de desempenho, análise diferencial, precificação do produto e análise de
investimento.
Padoveze (2005) estrutura seus livros sobre Controladoria com a maioria dos
tópicos citados pelos autores que estudam Contabilidade Gerencial.
Moscove, Simkin e Bagranoff (2002, p. 28) destacam que “Contabilidade de
custos, orçamento e estudo de sistemas são três componentes de um sistema
contábil gerencial de uma companhia”. Dessa forma, resumem os aspectos que
caracterizam a Contabilidade Gerencial:
Focaliza o fornecimento de informações contábeis para clientes
internos, como a administração, mais do que para investidores
externos e credores;
As informações não são reguladas por princípios contábeis
generalizadamente aceitos, nem sua apresentação é obrigatória; Elas
são mais voltadas para as perspectivas futuras;
Os relatórios incluem tanto dados qualitativos quanto dados
quantitativos;
É influenciada por muitas disciplinas (de negócios e outras), como
economia, ciências comportamentais e métodos quantitativos;
34
As informações são flexíveis e freqüentemente envolvem relatórios
não rotineiros.
O aumento contínuo da competitividade e a luta pela sobrevivência têm
forçado tanto acadêmicos como empresários e gestores a refletirem sobre a eficácia
dos atuais sistemas gerenciais. No campo acadêmico, o crescente aumento da
competição e os questionamentos sobre a relevância da Contabilidade Gerencial
levaram dois acadêmicos norte-americanos, John K. Shank e Vijay Govindarajan, a
publicarem um livro intitulado “A Revolução dos Custos”. Existem indícios na
literatura de que essa Revolução dos Custos surgiu em ambos os lados do Oceano
Atlântico, particularmente, no Reino Unido e nos Estados Unidos da América.
Para Shank e Govindarajan (1997, p.1), o surgimento da Gestão Estratégica
de Custos representa apenas uma extensão natural da Contabilidade Gerencial. A
passagem da Contabilidade de Custos à Análise Gerencial de Custos constituiu um
passo relevante no desenvolvimento desta disciplina, portanto, esta evolução deve
continuar para a Gestão Estratégica de Custos.
Por volta da década de 80, Kaplan e Johnson (1996) assinalavam a
obsolescência dos sistemas de Contabilidade Gerencial. Assim, afirmavam que
nesta era de rápida mudança tecnológica, de vigorosa competição global e
doméstica, os sistemas de Contabilidade Gerencial estão deixando de fornecer
informações úteis, oportunas para as atividades de controle de processos, avaliação
do custo dos produtos e avaliação de desempenho dos gerentes. Dessa forma, uma
Contabilidade Gerencial que não atendia às necessidades dos gestores exigiu o
desenvolvimento de instrumentos gerenciais capazes de apoiar o processo decisório
face à estratégia das empresas, auxiliando os gestores na condução dos negócios
em um mercado crescentemente competitivo, fornecendo-lhes informações que
possam fortalecer suas posições nos seus respectivos segmentos de atuação.
Segundo Shank e Govindarajan (1997), a Gestão Estratégica de Custos é
definida como o uso estratégico de dados de custos para desenvolvimento e
formulação de estratégias gerenciais superiores que possam maximizar o
desempenho da gestão global da empresa. Cooper e Slagmulder (2003) apresentam
a Gestão Estratégica de Custos como sendo “a aplicação de técnicas de gestão de
custos de modo que melhorem simultaneamente a posição estratégica de uma firma
35
e reduzam seus custos”. Não se trata somente de reduzir os custos a fim de
melhorar a estrutura de custos em relação à concorrência, mas fortalecer o
posicionamento estratégico da empresa no mercado em que compete.
Para Shank e Govindarajan (1997, p.13), o surgimento da Gestão Estratégica
de Custos resulta da mistura de três temas subjacentes, cada um retirado da
literatura sobre gestão estratégica:
Análise da cadeia de valor;
Análise de posicionamento estratégico;
Análise de direcionadores de custos.
Segundo Porter (1989, p. 31) “a cadeia de valores desagrega uma empresa
nas suas atividades de relevância estratégica para que se possa compreender o
comportamento dos custos e as fontes existentes e potenciais de diferenciação”.
Assim, uma empresa ganha vantagem competitiva, executando estas atividades
estrategicamente importantes de uma forma mais barata, ou melhor do que a
concorrência.
De acordo com Miranda (2002, p. 202) a questão da sobrevivência no
mercado competitivo de hoje impõe as empresas a incluírem esta análise nos seus
programas de gerenciamento de custos e a este respeito afirma que:
a visão da cadeia de valor nasceu a partir da constatação de que, para sobreviver de
forma competitiva, a organização deve gerenciar suas atividades de que pertence a
uma cadeia de atividades que transcende as barreiras legais que a definem (visão
legalista que define a pessoa jurídica) e que, dependo da maneira como se relaciona
com as demais empresas que executam as atividades relevantes da cadeia, a
organização pode construir uma cadeia de valor, ou, em outros termos, uma cadeia
de produção eficiente.
Segundo Prahalad e Ramaswamy (2002), o conceito de cadeia de valor,
criado por Michael Porter nos anos 80, proporcionou aos administradores uma
moldura integrada para identificar e gerir custos de planejamento, produção,
marketing, distribuição e suporte a bens e serviços.
O propósito desta análise, segundo Porter (1989, p.58), é examinar os custos
dentro destas atividades e não os custos da empresa como um todo.
A análise da cadeia de valor é essencial para determinar exatamente onde, na
cadeia do cliente, o valor pode ser aumentado ou os custos reduzidos. Portanto,
36
esta análise representa um instrumento importante para identificar as fontes da
vantagem competitiva. (SHANK; GOVINDARAJAN, 1997, p.62).
Ainda referente ao uso da cadeia de valor para fins de gestão de custos,
Lunkes (2004, p. 126) assegura que o enfoque da cadeia de valor fornece uma
alavancagem significativa para o gerenciamento dos custos.
Para Shank e Govindarajan (1997, p. 18-19), na Gestão Estratégica de
Custos, o papel da análise de custos difere de inúmeras formas, dependendo de
como a empresa escolha competir. O projeto de gestão ou controle de custos é
função da estratégia básica escolhida pela empresa. Diferenças na estratégia
causam diferenças na gestão de custos. Neste contexto, o posicionamento
estratégico pode influenciar de modo significativo o papel da análise de custos.
Para Hansen e Mowen (2001, p. 424) “o posicionamento estratégico é o
processo de seleção da combinação ótima das três abordagens estratégicas gerais.
A combinação é selecionada com o objetivo de criar uma vantagem competitiva
sustentável”.
Em termos de vantagem competitiva, Porter (1985 apud HANSEN; MOWEN;
2001, p. 424) afirma que há três estratégias gerais que têm sido identificadas:
liderança de custos, diferenciação de produtos e focalização.
Liderança de custos. O objetivo de uma estratégia de liderança em
custos é oferecer um valor melhor ou igual aos clientes a um custo
menor do que aquele oferecido pelos competidores;
Diferenciação. Uma estratégia de diferenciação busca aumentar o
valor ao cliente ao aumentar o que recebe (realização do cliente).
Uma vantagem competitiva é criada ao oferecer algo para o cliente
que não é oferecido pelos competidores;
Focalização. Uma estratégia de focalização envolve selecionar ou
enfatizar, um conjunto de clientes ou segmento de mercado, no qual
competir. Uma possibilidade é selecionar os mercados e clientes que
parecem mais atraentes do que outros.
No processo de Gestão Estratégica de Custos, a análise de direcionadores de
custos representa um fator importante para desenvolvimento e formulação de
estratégias competitivas. Convencionalmente, tomou-se como fator gerador do custo
o volume, considerado uma forma pobre de explicar o comportamento dos custos.
No gerenciamento estratégico, sabe-se que o custo é causado ou direcionado, por
37
muitos fatores que se inter-relacionam de formas complexas (SHANK;
GOVINDARAJAN, 1997, p.21).
Segundo Riley (1987 apud SHANK; GOVINDARAJAN, 1997, p. 23), o
comportamento dos custos das atividades de valor dividem-se em duas categorias:
estruturais e de execução. Os custos estruturais resultam de escolhas estratégicas
como escala, escopo, experiência, tecnologia e complexidade, enquanto os custos
de execução dizem respeito ao consumo de recursos para fazer de forma correta as
coisas.
Neste sentido, Hansen e Mowen (2001, p. 427) afirmam que “os
direcionadores de execução são de interesse e ênfase mais recente. Um esforço
gerencial considerável está sendo despendido para melhorar a maneira como as
coisas estão sendo feitas em uma organização”.
Marinho (1999, p. 47) define os direcionadores de custos de execução como
sendo os determinantes da posição de custo de uma empresa que depende de sua
capacidade de executar de forma bem sucedida. Acrescenta que esses
direcionadores podem ser: envolvimento da força de trabalho, gestão da qualidade
total, utilização da capacidade, eficiência do layout das instalações, configuração do
produto e exploração de ligações com fornecedores e/ou clientes para a cadeia de
valor da empresa.
Muitos consultores em estratégia afirmam que o campo da análise estratégica de
custos está mudando muito rapidamente em direção aos direcionadores de
execução porque as observações oriundas das análises baseadas em
direcionadores estruturais são, com muita freqüência, ultrapassadas. (SHANK;
GOVINDARAJAN, 1997, p. 25).
1.2.3 Custos para planejamento, controle e tomada de decisões
O contador de custos é responsável por gerar informações financeiras
necessárias pela empresa para a elaboração de relatórios internos. Assim, ele é
responsável por coletar, processar e relatar informações que ajudarão os gerentes
nas suas atividades de planejamento, controle e tomada de decisões.
O planejamento é a atividade administrativa de formulação detalhada da ação
para se realizar um fim em particular. Portanto, o planejamento requer o
38
estabelecimento de objetivos e a identificação dos métodos para atingir esses
objetivos.
Os processos de monitorar a implementação de um plano e de tomar as
ações corretivas quando necessário são chamados de controle. Normalmente, o
controle é conseguido mediante feedback.
O feedback é a informação que pode ser usada para avaliar ou corrigir as
etapas que estão sendo feitas para implementar um plano. Baseado no feedback,
um gerente pode decidir deixar a implementação continuar como está, tomar uma
medida corretiva ou fazer algum replanejamento. Sendo assim, é uma parte crítica
da função de controle. É aqui que a Contabilidade tem um papel vital, pois os
relatórios contábeis fornecem feedback ao comparar dados planejados com os
dados reais.
Tomada de decisão é o processo de escolher entre alternativas competitivas.
Essa função administrativa está entrelaçada com planejamento e controle. Um
gerente não consegue planejar sem tomar decisões. Gerentes precisam escolher
entre objetivos e métodos competitivos para cumprir os objetivos escolhidos.
Decisões podem ser melhoradas se as informações sobre as alternativas forem
coletadas e tornadas disponíveis aos gerentes. Um dos principais papéis do sistema
de informações contábeis é fornecer informações que facilitem a tomada de decisão.
Os custos são apropriados à produção, não pelo seu valor efetivo (ou real),
mas por uma estimativa do que deveriam ser (custo-padrão). As diferenças entre
custo-padrão e o custo real são objeto de análise da Contabilidade de Custos, com o
objetivo de controle dos gastos e medida de eficiência.
Para Crepaldi (2004, p. 180) custo-padrão é um custo estabelecido pela
empresa como meta para os produtos de sua linha de fabricação, levando-se em
consideração as características tecnológicas do processo produtivo de cada um, a
quantidade e os preços dos insumos necessários para a produção e o respectivo
volume desta. Segundo esse autor, existem três tipos de custo-padrão: ideal,
estimado e corrente.
O custo-padrão ideal é um custo determinado da forma mais científica
possível pela engenharia de produção da empresa, dentro de condições ideais de
qualidade dos materiais, de eficiência da mão-de-obra, com o mínimo de desperdício
de todos os insumos envolvidos. Pode ser considerado como uma meta de longo
prazo da empresa (CREPALDI, 2004, p. 180).
39
O custo-padrão estimado é aquele determinado simplesmente através de uma
projeção da média dos custos observados no passado, sem qualquer preocupação
de se avaliar se ocorreram ineficiências na produção (CREPALDI, 2004, p. 180).
O custo-padrão corrente situa-se entre o ideal e o estimado. Para fixá-lo, a
empresa deve proceder a estudos para uma avaliação da eficiência da produção, ao
contrário do estimado. Por outro lado, ao contrário do ideal, leva em consideração as
deficiências que reconhecidamente existem, mas que não podem ser sanadas pela
empresa, pelo menos a curto e médio prazos. Este tipo de custo-padrão é o mais
adequado para fins de controle (CREPALDI, 2004, p. 180).
O custo real é o custo efetivo incorrido pela empresa num determinado período. Se o
custo real for superior ao custo-padrão, a variação aí ocorrida será considerada
desfavorável, uma vez que o custo efetivo foi maior que o estabelecido como meta
para a empresa. Se ocorrer o contrário, a variação será considerada favorável, uma
vez que a empresa apresentou custo menor que o estabelecido como meta
(CREPALDI, 2004, p. 181).
Sendo assim, Crepaldi (2004, p. 182) diz que o custo-padrão é um
instrumento muito poderoso para que a empresa tenha controle sobre seus custos,
comparando os que deveriam ser (custo-padrão) com os que efetivamente
ocorreram (custo real). Ao analisar as razões das diferenças, a empresa pode
descobrir se está utilizando um volume maior de materiais do que deveria, se pagou
preço adequado por estes materiais, se está havendo desperdícios, etc. Além disso,
ao detectar as ineficiências, a empresa terá diante de si um quadro adequado para
determinar de que forma poderá cortar custos e aumentar sua lucratividade
Os orçamentos também desempenham um papel crucial no planejamento e
controle. Segundo Hansen e Mowen (2003, p. 246), orçamentos são as expressões
quantitativas dos planos, em temos físicos ou financeiros, ou ambos. Quando usado
para o planejamento, o orçamento é um método de traduzir as metas e as
estratégias de uma organização em termos operacionais. Quando usado para
controle, compara os resultados reais com os resultados planejados e guiam as
operações de volta para o rumo correto, se necessário.
Para Horngren, Sunden e Stratton (2004, p. 230), os principais benefícios do
orçamento são os seguintes:
Compelem os gestores a pensar no futuro pela formalização de suas
responsabilidades para planejar;
40
Fornecem expectativas definidas, que são a melhor estrutura para
julgar o desempenho subseqüente;
Ajudam os gestores na coordenação de seus esforços, de modo que
os planos das subunidades da organização satisfaçam os objetivos
da organização como um todo.
A análise custo-volume-lucro (CVL) propicia uma ampla visão financeira do
processo de planejamento, examinando o comportamento das receitas totais, dos
custos totais e do lucro, à medida que ocorre uma mudança no nível de atividade.
Maher (2001, p. 432) reforça a importância da análise CVL para determinar como
uma expansão das facilidades de produção e as correspondentes alterações nos
custos impactam o lucro.
Para Martins (2003, p. 255-256), não existe custo ou despesa eternamente
fixos. São fixos dentro de certos limites de oscilação da atividade. Em diversas
empresas, os únicos custos realmente variáveis são as matérias-primas, não sendo
o consumo delas, muitas vezes, proporcional ao grau de produção. Como as
empresas não oscilam tão facilmente o seu volume de atividade, uma
simplificação da análise do comportamento dos custos e despesas fixos e variáveis.
Com relação ao custo de mão-de-obra direta e indireta de um período,
Iudícibus (1998, p. 142) relata que existe uma série de problemas no Brasil, dentre
os quais o elevado custo de contratação e recrutamento. Isso não possibilita que os
empresários ajustem prontamente sua força de trabalho às flutuações de demanda.
O ponto de equilíbrio, na ótica de Horngren, Foster e Datar (2000, p.45), é o
nível de atividade em que as receitas totais e os custos totais se igualam, ou seja, o
lucro é igual a zero.
Garrinson e Noreen (2001, p. 168) destacam que inadequadamente a análise
do CVL é mencionada como simples análise do ponto de equilíbrio, o qual ele
destaca apenas como um elemento da análise CVL.
Outros elementos muito utilizados na análise CVL são:
Margem de Contribuição - MC:
é o que sobra da receita de vendas após a dedução dos custos e despesas
variáveis. Dessa forma, seria o montante disponível para cobrir os custos e
41
despesas fixas e, em seguida, prover os lucros do período (GARRISON; NOREEN,
2001, p.164).
Alavancagem Operacional:
é a medida do grau de sensibilidade do lucro líquido em relação às variações
percentuais das vendas. Funciona como um multiplicador, ou melhor, se ela é alta,
um pequeno aumento percentual nas vendas pode produzir um grande aumento
percentual no lucro líquido. É calculada pelo resultado da divisão entre a margem de
contribuição e o lucro líquido. (GARRISON; NOREEN, 2001, p. 173).
O termo Balanced é utilizado para enfatizar o equilíbrio existente entre
objetivos de curto e longo prazo, medidas financeiras e não-financeiras, entre
indicadores de ocorrência e tendência e entre perspectivas adotadas pelos sistemas
de gestão, enquanto que o termo
Scorecard foi utilizado para ressaltar a forma como
os resultados dos períodos passaram a ser demonstrados.
O Balanced Scorecard (BSC), desenvolvido por Kaplan e Norton (1992),
resultou das necessidades de captar toda a complexidade da performance na
organização e tem sido ampla e crescentemente utilizado em empresas e
organizações. Entre suas contribuições estão a composição e a visualização de
medidas de performance que reflitam a estratégia de negócios da empresa.
Para Kaplan e Norton (1996), o BSC deve levar à criação de uma rede de
indicadores de desempenho que deve atingir todos os níveis organizacionais,
tornando-se, assim, uma ferramenta para comunicar e promover o comprometimento
geral com a estratégia da corporação.
Hauser e Katz (1998, p. 517) advertem: “toda métrica, independente da forma
utilizada, irá afetar ações e decisões. Mas, evidentemente, escolher a certa é crítico
para o sucesso”. Neste sentido, para Kaplan e Norton (1993) cada perspectiva
necessita de seu próprio e distinto conjunto de medidas de performance, as quais
precisam ser específicas de acordo com as características e necessidades de cada
empresa.
Segundo Norreklit (2003), o Balanced Scorecard atualmente recebe muita
atenção. Esse autor analisa os significados pelos quais os autores do BSC têm
criado esta atenção. Isso é o resultado da nova e convincente teoria, ou é
meramente o resultado da retórica persuasiva, onde a teoria convincente difere da
retórica persuasiva nos conceitos e reclamações baseadas na argumentação? O
42
autor conclui que o texto não é tão convincente como persuasivo e no final, discute
as razões e as conseqüências que deveriam seguir dos resultados da análise.
Na concepção de Olve, Roy e Wetter (2001) os principais benefícios
conseguidos pela implementação do BSC estão relacionados com:
Fornecer a gerência um controle de dimensões estratégicas;
Comunicar, de forma clara, qual o benefício individual de cada
funcionário para a organização;
Discutir como os investimentos relacionados com o desenvolvimento
de competências, relacionamento com clientes e tecnologias de
informação resultarão em benefícios futuros;
Criar oportunidades para um aprendizado sistemático a partir de
fatores importantes para o sucesso da organização;
Criar conseqüência sobre o aspecto de que nem todas as decisões e
investimentos realizados pela empresa vão ter resultados imediatos
de aumentos dos lucros ou redução dos custos;
Encontrar maneiras de mostrar o que a empresa é e pode fazer para
complementar ao que usualmente é divulgado em relatórios
financeiros.
Segundo Gomes e Salas (2001, p. 42), nas décadas de 80 e 90 emergiu um
interesse crescente dos pesquisadores nas relações existentes entre o contexto
social e a organização social e o funcionamento da organização e, em especial, no
processo de controle. Até meados dos anos 70, as considerações sobre o meio
social mostraram-se muito racionais, centradas em seus aspectos externos,
sobretudo na imperiosa adaptação dos sistemas de controle às diversas situações
exógenas, necessárias para a garantia da sobrevivência das próprias organizações.
A crescente internacionalização da gestão empresarial e o auge dos modelos
econômicos neoliberais promoveram um sólido desenvolvimento de concepções
tecnocráticas e racionais da contabilidade gerencial, estimulando um crescente foco
na relação estreita com o contexto sociocultural, econômico e político (GOMES;
SALAS, 2001, p. 43). Naturalmente, as novas correntes começaram um
43
questionamento sobre as visões anteriores, criticando a insuficiente explicação do
processo de valores e crenças organizacionais.
Supunha-se que a função da contabilidade de gestão era regular e estabilizar as
organizações, assumindo que ela atua com neutralidade e objetividade. A prática de
contabilidade de gestão podia ser definida como um elo entre uma série de valores,
de ideais de comportamento esperado e a legitimação de relações de poder que
estão influenciadas muito diretamente pelo modelo ideológico, social e político de
uma determinada sociedade (GOMES; SALAS, 2001, p. 43).
A premissa básica é a de que importantes ligações entre o ambiente, a
estratégia, a estrutura organizacional e o controle gerencial e que um ajuste
congruente destas variáveis é essencial para o desempenho. (MACINTOSH, 1994,
p. 87) .
Com base nesta concepção, o controle gerencial passa a ser considerado a
partir de duas perspectivas: uma perspectiva estratégica e uma perspectiva
organizacional. Na primeira, trata-se de facilitar a adaptação estratégica da
organização em seu ambiente ou contexto social. Na segunda, trata-se de assegurar
que toda organização se oriente conjuntamente na direção dos objetivos dos
membros da alta administração.
Macintosh (1994) argumenta que as organizações agem sobre seu ambiente
através do planejamento estratégico, ao invés de simplesmente adaptar-se ao
mesmo. Assim, a estratégia deve ser um plano para mostrar como uma empresa
pretende competir em seu ambiente, incluindo os mecanismos de coordenação e
controle necessários para implementar o plano.
A partir da perspectiva do controle estratégico, Atkinson et al. (2000) afirma
que a contabilidade gerencial necessita articular-se com as opções estratégicas
escolhidas pelas empresas para tornar-se um colaborador importante, visando o
sucesso da organização. Neste sentido, a medidas de desempenho estratégico
devem proporcionar ações que estejam orientadas para manutenção e melhoria
contínua da posição competitiva da organização. Para tanto, a geração de
informação a cerca do contexto social e competitivo ocupa lugar de destaque.
sob a perspectiva do controle organizacional, Berry, Broadbent e Otley
(1995) abordam que o controle diz respeito a todos, quer se trate de um gerente na
direção de um departamento, do presidente de uma multinacional tentando controlar
suas empresas, ou apenas um indivíduo afetado pela as atividades que ocorrem
dentro de uma organização. Enfim, o controle organizacional refere-se ao desenho
44
de instrumentos e ao exercício de ações que estejam direcionadas a influenciar no
comportamento das pessoas que fazem parte da organização.
Dentro deste contexto, o que irá definir a adoção de um ou outro sistema de
controle serão as características da organização e do contexto social. Sendo que a
dimensão da organização, a relação de propriedade, a cultura, as relações
interpessoais, o grau de descentralização e a formalização das atividades
compreendem as características da organização; enquanto o grau de dinamismo e a
concorrência moldam o contexto social.
1.2.4 Pesquisa e docência em Contabilidade Gerencial
O reconhecimento das deficiências na formação do futuro profissional contábil
veio reforçar a consciência da necessidade de contribuir para que o processo de
melhoria aconteça em menor espaço de tempo possível.
Para Nossa e Mazoco (2001, p. 2), parece existir a consciência no meio
acadêmico-contábil de que apenas conhecendo o conteúdo da Contabilidade
Financeira não é suficiente para o exercício pleno da profissão contábil. Conclui-se,
assim, que são necessários conhecimentos mais genéricos do arcabouço teórico-
prático-contábil das principais disciplinas, incluindo a Contabilidade Gerencial.
A disciplina Contabilidade Gerencial também pode ser encontrada na
bibliografia com outras denominações, como: Contabilidade Decisorial,
Contabilidade Administrativa ou ainda Contabilidade de Gestão.
Essa disciplina caracteriza-se como uma especialização da Contabilidade que
se utiliza de várias técnicas e procedimentos adotados em outros ramos da
Contabilidade como: Contabilidade Financeira, Contabilidade de Custos e Análise
das Demonstrações Financeiras. A Contabilidade Gerencial possui um diferencial
em dar a esses procedimentos um tratamento mais analítico, com apresentação e
classificação distintas, objetivando o fornecimento de informações relevantes e
confiáveis de maneira a auxiliar os gestores na tomada de decisão.
45
A Contabilidade Gerencial tem como principal fundamento o uso da
informação contábil no processo decisório, que é de fundamental importância para o
planejamento e controle gerencial.
O envolvimento da Contabilidade Gerencial com outros ramos como a
Contabilidade Financeira, Contabilidade de Custos e Análise das Demonstrações
Financeiras é uma necessidade inerente, considerando o caráter autônomo que se
deseja atribuí-la, uma vez que está fundamentada no uso de um sistema de
informações contábeis como ferramenta a ser usada pela administração.
Segundo Drucker (1990, p. 66), o objetivo da Contabilidade Gerencial é
“integrar a produção na estratégia dos negócios”.
O processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação e
comunicação de informações financeiras utilizadas pela administração para
planejamento, avaliação e controle dentro de uma organização e para assegurar e
contabilizar o uso apropriado de seus recursos. (ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS
CONTADORES DOS ESTADOS UNIDOS apud PADOVEZE, 2000, p. 25).
Diversos autores preocupam-se em delimitar onde termina a Contabilidade de
Custos e começa a Contabilidade Gerencial. Por apresentar maior clareza,
apresenta -se a delimitação feita por Padoveze (1992, p. 20) que argumenta:
A Contabilidade de Custos, então, foi a que deixou mais evidente a necessidade de
a administração se valer dos esquemas de acumulação de dados dispostos no
sistema de informação contábil para o gerenciamento empresarial. Diante disto,
podemos dizer que o nascimento da disciplina Contabilidade Gerencial se deu por
prolongamento da disciplina Contabilidade de Custos, razão pela qual grande parte
dos temas de Contabilidade Gerencial é baseado em Contabilidade de Custos.
A busca da eficiência gerencial parece não ser uma preocupação recente,
pois está de acordo com os Princípios da Administração Científica preconizados por
Taylor (1890 apud PADOVEZE, 1999, p. 43), cuja sistemática dependia da
informação contábil como sustentação na tomada de decisão. A partir de então, os
aspectos evolutivos sobrepõem-se combinando, adaptando, reformando e
adicionando técnicas com o objetivo de ajustar-se às inovações inerentes ao
ambiente empresarial.
Essa afirmativa coaduna com a observação de Padoveze (1999, p. 43) com
relação à evolução da Contabilidade Gerencial que, a partir do final da década de
1940, preocupava-se em indicar com precisão o custo e controle financeiro, fazendo
uso das técnicas da Contabilidade de Custos. Nas décadas seguintes, observa-se a
46
inserção da tecnologia da informação como ferramenta para o controle e
planejamento. Define-se nesse estágio, a preocupação com a análise da decisão e
com a responsabilidade gerencial. Na década de 1980, valorizava-se a redução do
desperdício de recursos usando tecnologia de análise de processo e administração
estratégia de custos. Já na década de 1990, com o domínio da tecnologia da
informação, o enfoque principal passa a ser a geração de valor com utilização efetiva
dos recursos.
Padoveze (1992) relata em seu trabalho de Dissertação de Mestrado, aqui
utilizada por representar significativa contribuição, que após vivenciar em sala de
aula o ensino de Contabilidade Gerencial e preocupado com a maneira como a
disciplina era ministrada e principalmente com relação ao seu conteúdo, resolveu
discutir o assunto em sua Dissertação e questionar a disciplina Contabilidade
Gerencial em vários aspectos, que são:
Conteúdo programático, mesmo baseado na bibliografia específica
existente, é adequado?
A metodologia expositiva é definitivamente inadequada para essa
disciplina?
A única metodologia confiável é a de seminários?
A Contabilidade Gerencial é uma ‘colagem’ das demais disciplinas de
Contabilidade e Finanças?
Existe, de fato, como disciplina, a Contabilidade Gerencial?
A partir desses aspectos e questionamentos desenvolveu um trabalho de
pesquisa com os seguintes objetivos:
reestudar o conteúdo programático e a bibliografia que lhe
suporte;
verificar novos enfoques para tratamento didático dos temas e do
conteúdo programático;
apresentar uma série de exemplos sobre os itens do conteúdo
programático, evidenciando os aspectos relevantes a serem
trabalhados pelo professor em sala de aula;
47
possibilitar a alternativa de aulas expositivas, caso as condições do
discente torne essa metodologia necessária.
Após estudo detalhado dos sumários dos livros-textos de Contabilidade
Gerencial, verificou que os temas foram sendo construídos basicamente a partir das
disciplinas: Contabilidade Financeira ou Básica, Contabilidade de Custos, Análise de
Balanços, Administração Financeira e Orçamentos e Métodos Quantitativos
Aplicados à Contabilidade.
Os temas originários dessas disciplinas representam aproximadamente 78%
do total dos capítulos, sendo o restante, 22%, identificados como próprios da
Contabilidade Gerencial. Assim, a adequação proposta para o conteúdo
programático desenvolveu-se a partir do levantamento realizado nos sumários,
objetivando reunir todos os temas tradicionais e mais freqüentes de Contabilidade
Gerencial.
E nessa pesquisa Padoveze (1992) conclui que quando questiona a
Contabilidade Gerencial como disciplina autônoma está se considerando que as
demais disciplinas apresentam seus temas de forma isolada, enquanto a finalidade
da Contabilidade Gerencial é reapresentar os temas abordados de forma
integrada e sistêmica. Segundo Gil (1994, p. 34) o plano de ensino é constituído da:
previsão das atividades a serem desenvolvidas ao longo de um ano ou semestre.
Constitui, portanto, um marco de referência para as ações do professor voltadas
para o alcance dos objetivos da disciplina. Representa também um instrumento para
identificar a relação da disciplina com as disciplinas afins e com o curso tomado de
forma global
.
Nossa e Mazoco (2001), com base nas reflexões sobre o conteúdo da
disciplina Contabilidade Gerencial somadas a outras experiências, apresentou uma
sugestão para o plano de ensino dessa disciplina, conforme a seguir:
PLANO DE ENSINO
1. IDENTIFICAÇÃO
Ano/Semestre: Prof.:
Disciplina:
Contabilidade Gerencial Turma:
Período: Turno:
Noturno/Diurno
NOME DA
INSTITUIÇÃO
DE ENSINO
48
2. CARGA HORÁRIA: 60 horas
3. CARACTERÍSTICAS DO CURSO: Graduação de Ciências Contábeis
4. OBJETIVOS
4.1 Complementar a fundamentação básica estudada em Contabilidade de Custos II
ou Análise de Custos;
4.2 Preparar o aluno com solidez conceitual que o possibilite absorver as mudanças
futuras, com aptidão a desenvolver com segurança o pensamento crítico,
raciocínio lógico e habilidades na solução de problemas dentro do complexo que
envolve a Contabilidade Gerencial;
4.3 Capacitar o aluno com uma visão global e integrada da Contabilidade Gerencial
em relação aos outros ramos da Contabilidade, permitindo avaliar o importante
papel que a informação contábil exerce na gestão das empresas;
4.4 Possibilitar ao aluno a oportunidade de desenvolver trabalhos práticos que o
propicie operar em situações reais junto às empresas, aplicando os princípios e
técnicas da Contabilidade Gerencial como instrumento de gerência, ou seja,
planejamento, execução e controle.
5. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
5.1 A Contabilidade Gerencial e o Sistema de Informação Contábil
5.1.1 Caracterização da Contabilidade Gerencial.
5.1.2 Utilização da Contabilidade como ferramenta de administração
5.1.3 Atividades e características do Contador Gerencial .
5.1.4 Áreas abrangidas pela Contabilidade Gerencial e seus limites em relação a
outros ramos da contabilidade
5.1.5 Sistema de Informação Contábil (UEP, ABC e GECON)
5.1.6 Estrutura das Informações (Contas Contábeis, Centros de Custos, Centro de
lucros e de investimentos, Linhas de produtos, Dados quantitativos e Análise
das despesas)
5.1.7 Contabilidade por responsabilidade. Área de responsabilidade. Preço de
transferência. Avaliação de desempenho.
5.2 Gerenciamento Contábil Global
5.2.1 Formação do preço de venda
5.2.2 Preço de venda a vista e a prazo
5.2.3 Análise Custo/Volume/Lucro; Ponto de Equilíbrio e Alavancagem Operacional
5.2.4 Custo Padrão/Preço de Reposição
5.4.1 Formação de Estoques
5.3 Estrutura e Análise dos Demonstrativos Contábeis
5.3.1 Estrutura Contábil
5.3.2 Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultados
5.3.3 Fluxo de Fundos e Fluxo de caixa
5.3.4 Lucro empresarial e variações de preços – correção Integral
5.3.5 Alavancagem Financeira
5.4 Orçamento e Controle
5.4.1 Planejamento empresarial
5.4.2 Orçamento e suas técnicas com aplicação de Métodos Quantitativos
5.4.3 Padrões e avaliação de desempenho
5.4.4 Projeção de balanço e resultados
5.4.5 Incorporação da inflação nas projeções
49
5.4.6 Projeção de resultados em moeda constante
5.5 Informações Contábeis para Decisões Especiais
5.5.1 Planejamento de aquisição de ativos
5.5.2 Custos de oportunidade
5.5.3 Fazer ou comprar?
5.5.4 Técnicas de administração de produção e estoques tqc, jit, toc, mrp, lotes
econômicos
5.6
Tópicos Contemporâneos
5.6.1 Avaliação de empresas
5.6.2 Contabilidade Ambiental
5.6.3. Balanço Social
5.6.4 Ferramentas gerenciais
5.6.5 Balanced Scorecard
6 – ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM
6.1 Aulas expositivas dialogadas
6.2 Atividades individuais e em grupos acompanhadas de leituras orientadas
6.3 Exercícios e casos práticos para soluções individuais ou em pequenos grupos
6.4 Casos práticos com visitas às empresas para coleta de dados
6.5 Seminários para apresentação dos casos práticos
6.6 Leitura complementar
6.7 Planilha eletrônica
7 – RECURSOS INSTRUCIONAIS
7.1 Lousa
7.2 Flip-chart
7.3 Retroprojetor
7.4 Canhão
7.5 Equipamentos de vídeo
8 – ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO
8.1 DO ENSINO
8.1.1 Pela observação do grau de interesse dos alunos no aprendizado
8.1.2 Pela capacidade de análise crítica, visão global e integrada da contabilidade
gerencial
8.1.3 Pela capacidade de articulação entre a teoria e a prática dos procedimentos
propostos
8.1.4 Pelo acompanhamento nas resoluções dos exercícios e nas atividades
propostas
8.1.5 Pela avaliação do docente
8.2 DA APRENDIZAGEM
8.2.1 Grau de alcance dos objetivos estabelecidos
8.2.4 Possibilidade de elaboração pessoal pelos alunos
8.2.5 Avaliação formativa através da aplicação de exercícios, estudos de casos,
seminários, testes individuais e/ou em grupos
8.2.6 Aplicação de provas individuais
8.2.7 Freqüência, provas e notas de acordo com as normas
9- BIBLIOGRAFIA PARA O PLANO DE ENSINO
ARANTES, Nélio. Sistemas de gestão empresarial: conceitos permanentes na
administração de empresas válidas. São Paulo: Atlas, 1994.
50
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DE SÃO PAULO. Curso de
contabilidade gerencial
. São Paulo: Atlas, 1993.
CREPALDI, Silvio Aparecido.
Contabilidade gerencial: teoria e prática. São Paulo:
Atlas, 1998.
HORNGREN, Charles T.
Introdução à contabilidade gerencial. Tradução José
Ricardo Brandão Azevedo. Rio de Janeiro: PHB – Prentice Hall do Brasil, 1985.
IUDÍCIBUS, Sérgio de.
Contabilidade gerencial. 6 ed. São Paulo: Atlas, 1998.
KAPLAN, Robert S.
et alii. Contabilidade gerencial. Tradução de André Olímpio M.
Du Chenoy Castro. São Paulo: Atlas, 2000.
KAPLAN, Robert S., NORTON, David P.
A estratégia em ação: balanced scorecard.
Tradução de Luiz E. Trindade Frazão Filho. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
LEITE, Hélio de Paula.
Contabilidade para administradores. São Paulo: Atlas, 1997.
PADOVEZE, Clóvis Luiz. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de
informação contábil. São Paulo: Atlas, 1997.
PIZZOLATO, Nélio Domingues.
Introdução à contabilidade gerencial. São Paulo:
Makron Books, 1998.
Quadro 2 - Sugestão para o plano de ensino de Contabilidade Gerencial
Fonte: Nossa e Mazoco (2001, p. 18-22)
O plano ora proposto deve levar em consideração as possíveis adaptações de
acordo com a metodologia da instituição de ensino que o adotar, bem como em
relação ao tempo disponível para a disciplina. Isso, principalmente quanto às
observações dos itens constante da ementa, tomando o cuidado de evitar
sobreposição de assuntos e/ou adoção de enfoque específico para os objetivos da
Contabilidade Gerencial.
1.2.5 Contexto e papel atual da Contabilidade Gerencial
As principais características do atual ambiente social e empresarial
constituem-se em fatores indutores de processos de mudanças. Em tese, as
empresas são induzidas por esses fatores a implementar processos profundos de
mudanças na sua forma de atuação, no seu modelo de gestão de negócios, nos
seus instrumentos gerenciais e, portanto, na Contabilidade Gerencial.
A despeito da existência de fatores indutores para a modernização da
Contabilidade Gerencial, ela pouco tem se modificado. Diversos autores e
pesquisadores têm alertado para o problema do que se pode denominar de
“estabilidade da Contabilidade Gerencial”, chamando a atenção para o fato de que a
pesquisa contábil tem tido pouco impacto na prática empresarial e para as
diferenças existentes entre o que diz a teoria e o que é feito na prática. Diversos
51
trabalhos, desde o início da década de 90, de forma direta ou indireta, abordam esse
tema, destacando-se: Otley (1984), Choudhury (1986), Johnson e Kaplan (1987),
Edwards e Emmanuel (1990), Cohen e Paquette (1991), Brigth et al. (1992), Emore
e Ness (1991), Green e Amenkhienan (1992), Ask e Ax (1992), Drury et al. (1993),
Scapens e Roberts (1994), Scapens (1994), Covaleski, Dirsmith e Samuel (1996),
Evans e Ashworth (1996), Libby e Waterhouse (1996), Granlund e Lukka (1998),
Burns (2000), Burns e Scapens (2000), e Granlund (2001).
Scapens (1994) e Burns (2000) mencionam que o conhecimento teórico no
âmbito da Contabilidade Gerencial é fortemente orientado pela teoria neoclássica da
firma e que essa teoria não se constitui em referencial teórico adequado para
explicar o desenvolvimento de sistemas de Contabilidade Gerencial. A essa idéia se
contrapõe a visão da “Teoria Institucional”, na qual a Contabilidade é enfocada como
uma instituição que dá sentido a determinado grupo social.
A Teoria Institucional é uma abordagem sociológica que tem sido aplicada na
área contábil para explicar o paradoxo estabelecido. Essa teoria, refutando as
premissas da teoria neoclássica, que têm orientado a abordagem normativa da
Contabilidade Gerencial, a considera como uma instituição dentro da empresa, isto
é, uma rotina formada por hábitos que sentido a determinado grupo de pessoas,
sendo esta rotina amplamente aceita de forma inquestionável.
Scapens (1994) afirma que o conjunto de idéias contidas na Teoria
Institucional estrutura um arcabouço intelectual mais adequado para o entendimento
dos sistemas de Contabilidade Gerencial do que a estrutura conceitual do modelo
neoclássico. Segundo esse autor, a abordagem institucional não deve ser
considerada nem a única, nem a melhor abordagem, porém se apresenta como uma
estrutura válida para o entendimento das práticas contábeis gerenciais como rotinas
institucionalizadas e para explorar a interação entre a Contabilidade Gerencial e
outras instituições sociais.
Burns e Scapens (2000) utilizam os conceitos de hábitos, rotinas e instituições
para sugerir como as práticas contábeis podem se tornar rotineiras e através do
tempo começarem a fazer parte do conjunto das pressuposições e crenças
inquestionáveis da organização (taken for granted), ou seja, pressuposições e
crenças profundamente instaladas no grupo social e aceitas de forma automática, de
forma que as pessoas nem cogitam indagar sobre elas. Práticas contábeis e rotinas
emergentes podem ser caracterizadas como institucionalizadas quando elas se
52
tornam amplamente aceitas na organização e quando elas se tornam formas
inquestionáveis de controle gerencial. Não se pode afirmar que toda a Contabilidade
se torna rotineira e institucionalizada, porém existe um forte potencial para que isso
ocorra. Dessa forma, a Contabilidade Gerencial como uma instituição corresponde a
um conjunto de rotinas institucionalizadas e aceitas na organização, devendo-se
observar que a Contabilidade Gerencial tanto é moldada quanto impacta outras
instituições no âmbito da organização.
De forma geral, o sistema de Contabilidade Gerencial pode ser visto como
uma importante rotina no âmbito das organizações ou, ainda, a Contabilidade
Gerencial pode ser enfocada como um conjunto fortemente estruturado de rotinas.
Os orçamentos são elaborados, a performance monitorada e relatórios produzidos
de um modo regular e rotineiro através de regras e procedimentos claramente
especificados. A Contabilidade Gerencial estabelece uma estrutura fundamental
para que os eventos econômicos sejam apresentados e representados para os
membros da organização. A performance organizacional é reportada tanto
internamente como externamente de acordo com regras e convenções. Os eventos
econômicos não falam por si mesmos; as atividades organizacionais são vistas pelas
pessoas de acordo com a lógica da mensuração contábil.
Além de prover os meios para representar o desempenho, as regras e os
procedimentos da Contabilidade também definem os direitos dos grupos de
indivíduos (donos, financiadores, gestores, trabalhadores etc.) e estabelecem as
diretrizes para a implementação de ações (alocação de recursos, decisões
operacionais, decisões de preços etc.). Nesse contexto, mais do que adotar na
Contabilidade Gerencial os preceitos da teoria convencional, ou seja, como geradora
de informações para a tomada de decisões racionais para a maximização do lucro,
pode ser explorada a extensão com que a Contabilidade Gerencial pode prover uma
base institucional para a tomada de decisões e estruturar a formação de crenças e
expectativas. A questão é o entendimento de como as práticas da Contabilidade
Gerencial proporcionam coerência social, bem como significado ao comportamento
organizacional, permitindo aos indivíduos e grupos dentro da organização dar
significado às suas atividades do dia-a-dia. Quando as práticas contábeis se tornam
rotinas institucionalizadas, seus papéis no processo organizacional e na tomada de
decisões são totalmente aceitos pelos membros da organização. A Contabilidade,
53
dessa forma, se torna um mecanismo que sentido às atividades empresariais,
sendo utilizado como mediador de potenciais conflitos dentro da organização.
Por outro lado, a referida institucionalização pode não ser sempre
prontamente alcançada. Podem existir conflitos e resistência sobre novos sistemas
contábeis e, ainda, a Contabilidade pode não ser a forma dominante de controle
organizacional.
As pesquisas na área de Contabilidade, na primeira metade do século XX,
foram direcionadas para o “como fazer”, buscando demonstrar a melhor forma de
demonstração do patrimônio das entidades. Como ainda encontrava-se em sua fase
inicial, buscava-se o estado da arte em relação a métodos e modelos contábeis.
O surgimento de novas tecnologias, aliado aos paradigmas emergentes
provenientes da internacionalização da economia, fez com que a Contabilidade
fosse alçada do campo predominantemente técnico para a análise detalhada com
fundamentação científica. Esta fundamentação, na visão de alguns pesquisadores,
tornou-se necessária para que se pudesse embasar os novos eventos econômicos
que foram surgindo com a evolução do mercado de capitais e com a mudança no
perfil das necessidades crescentes dos usuários externos.
Segundo Kothari (2001), a partir da década de 1960 os pesquisadores
contábeis passaram a utilizar a metodologia positiva para pesquisa em
contabilidade, tendo seu início a partir da publicação do trabalho de Ball e Brown
(1968), que analisou as relações entre mercado de capital e demonstrações
financeiras. Deste trabalho original, surgiram vários trabalhos utilizando-se da
metodologia positiva, que praticamente dominou o cenário acadêmico contábil nas
décadas de 1970 e 1980, com estudos na área de análise fundamentalista, testes de
eficiência dos mercados, funções da Contabilidade em contratos e processos
políticos e a respeito da regulamentação dos processos de divulgação.
Para Hendriksen e Van Breda (1999), tanto as teorias indutivas quanto as
teorias dedutivas podem ser descritivas (positivas) ou prescritivas (normativas). Esta
visão dicotômica, entre teorias prescritivas e descritivas, não se mostrou adequada,
uma vez que outras formas de se realizar pesquisas em Contabilidade, como a
metodologia institucional, a aplicação do método sociológico à Contabilidade.
Também podem ser realizadas pesquisas através da análise do processo histórico
da Contabilidade, visando realizar inferências a partir de uma análise dos ambientes
54
interno e externo das organizações através de um método de pesquisa de fatos
passados.
As análises sobre os fatores que proporcionaram a uma organização atingir
determinada performance econômica, portanto, devem levar em consideração os
sinais emitidos pelos agentes que formam as organizações, não agindo apenas sob
os interesses econômicos, mas pautada também pelas decisões e escolhas
pessoais de cada indivíduo que forma esta organização, inclusive na área contábil
financeira.
Segundo Raposo e Ferreira (1997) a estrutura, o desenvolvimento e o
comportamento das organizações podem ser diagnosticados por meio dos modelos
de “Ciclo de Vida Organizacional”, os quais ajudam a compreender a complexidade
do crescimento e os efeitos que provocam nas empresas. Segundo esses autores,
grande parte da literatura sobre ciclo de vida é baseada em atributos estáticos e se
conhece muito pouco sobre a evolução da estrutura, dos processos, dos padrões de
aprendizagem e tomada de decisão durante o percurso da empresa do estágio de
criação para a maturidade.
Analisando vários autores sobre ciclo de vida das organizações, constatou-se
que eles apresentam uma variabilidade considerável e que todos incluem algumas
dimensões relacionadas com o contexto e a estrutura da empresa.
Nos modelos, verificou-se que as dimensões contextuais incluem idade da
empresa, seu tamanho, sua taxa de crescimento e os desafios enfrentados. Na
dimensão estrutural são incluídos a forma da estrutura, sua formalização, a
centralização, a diferenciação vertical e o número de níveis da empresa.
Para Daft (1999) o fenômeno do ciclo de vida é importante para que se
conheçam os problemas enfrentados pelas organizações e como os administradores
podem responder de uma forma positiva para levar a empresa ao estágio seguinte.
Segundo Lezana (2001, p. 40) o “processo evolutivo de uma empresa
compreende uma série de etapas que devem ser superadas, desde a criação até a
empresa se transformar numa instituição efetivamente consolidada”. Para esse
autor, “qualquer modelo de ciclo de vida compreende as etapas que uma empresa
atravessa durante sua vida, incluindo nascimento, fracasso, decadência e
estabilização”.
55
Reynolds (1994 apud Lezana, 2001) denomina o ciclo de vida como o
processo empresarial, dividido em três grandes fases: a concepção, a fase de
gestação e nascimento e a fase da infância e crescimento.
Lezana (2001) cita o modelo funcional de Scott e Bruce (1987) no qual a
empresa passa pelas fases: inicial, de sobrevivência, de crescimento, de expansão e
de maturidade.
Segundo Daft (1999), no modelo de Greiner (1972) as organizações evoluem
através de quatro estágios: empresarial (não-burocrático), de coletividade
(préburocrático), de formalização (burocrático) e de elaboração (muito burocrático).
De acordo com Macedo (1993), Kaufmann (1990) compara as empresas aos
organismos vivos, os quais passam pelos estágios de infância, crescimento,
maturação e renovação e que na passagem entre os estágios crises de
crescimento. Os fatores que fundamentam a empresa e que influem no ciclo de vida
são a cultura corporativa, o poder, a autoridade, as mudanças culturais, o
planejamento e os recursos humanos.
Para Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) o ciclo de vida pode ser
característico de todas as organizações e algumas podem viver mais do que outras.
O ciclo de vida organizacional pode ser entendido por estágios de desenvolvimento
e estabilidade da empresa.
uma estreita relação entre as características da personalidade do empreendedor
e o crescimento e desenvolvimento de sua empresa. Essas características são
determinantes para que a organização supere cada fase do seu ciclo de vida
(LEZANA, 2001, p. 56).
Lezana (2001, p. 58) expõe que modificar essas características não é um
processo simples e diz que adquirir conhecimento e experiência é uma prática
constante na vida das pessoas. O autor enfatiza que “todas as características da
personalidade que influenciam o comportamento podem ser modificadas a partir da
utilização de processos e instrumentos adequados”.
Esclarece que em cada estágio do ciclo de vida a empresa precisa atender a
um conjunto de necessidades. À medida que a empresa evolui, suas necessidades
se modificam, exigindo diferentes formas de intervenção sobre os fatores de sucesso
dos estágios.
As intervenções devem ser vistas como ações para fortalecer os fatores de
êxito e suas inter-relações.
56
Lezana (2001) ressalta que a compreensão da necessidade de mudança é o
fator essencial para a solução eficaz do problema entre as características do
empreendedor e sua adequação ao desenvolvimento no ciclo de vida da empresa.
Adizes (1998) enfatiza que a flexibilidade e a controlabilidade são indicativos
do crescimento ou envelhecimento de uma organização. As organizações jovens são
flexíveis e durante seu crescimento podem envelhecer mostrando sinais de
controlabilidade. Entretanto, ele deixa claro que o tamanho e a idade da empresa
não são causas de seu envelhecimento e crescimento.
Afirma que o trabalho da gerência é levar a organização de um estágio para
outro. Porém, a empresa não terá que passar pelo estágio de maturidade e se
passar pode revertê-lo para que fique no estágio de plenitude.
O autor enfatiza que as organizações precisam resolver problemas e os
classifica em normais e anormais. Os problemas normais são aqueles que podem
ser resolvidos pela própria empresa. Os problemas anormais impedem que a
empresa mude de estágio e podem levá-la à morte, necessitando de ajuda externa
para solucioná-los.
Adizes (1998) caracteriza os ciclos de vida das organizações em estágios de
crescimento: namoro, infância, toca-toca, adolescência, plenitude e estabilidade. O
envelhecimento passa pelas fases de aristocracia, burocracia incipiente, burocracia
e a morte.
A primeira fase do crescimento é o namoro. A empresa não está formalizada,
existindo na mente do idealizador. Nessa fase é estabelecido o compromisso do
empreendedor com ele mesmo e com outras pessoas, assumindo os riscos do
negócio.
A fase da infância é caracterizada pela busca de resultados, os quais são
traduzidos em vendas e lucros, pois os riscos devem ser aniquilados. A fase de
criação lugar à ação. A empresa tem poucas diretrizes, sistemas, procedimentos
e orçamentos formalizados.
Na fase toca-toca a empresa, que era uma idéia, está em funcionamento com
o problema do fluxo de caixa resolvido e vendas aumentando. O orgulho pelo
sucesso da empresa toma conta do fundador e este se acha apto a enfrentar novos
desafios em áreas totalmente desconhecidas e tudo isto se deve às vendas que
aumentam rapidamente. Nesta fase se dá o início da adolescência.
57
Adizes (1998) caracteriza a adolescência como o segundo nascimento da
empresa e este é um renascimento emocional. A empresa surge longe do seu
fundador, se tornando independente, sendo doloroso e mais prolongado que o
nascimento na fase da infância. As atitudes, dentro da empresa, são a velha guarda
contra a jovem guarda. As metas organizacionais, os sistemas de remuneração e os
incentivos são inconsistentes. Os motivos para as dificuldades nesse estágio são:
delegação de autoridade, mudança de liderança e transposição de metas.
O estágio de Plenitude é caracterizado pelo autocontrole e flexibilidade da
organização. Suas características são: sistemas e estrutura organizacional funcional,
visão e criatividade formalizadas, orientação para resultados, satisfação das
necessidades dos clientes, planejamento e perseguição dos planos, superação de
expectativas de desempenho, manutenção do crescimento das vendas, lucratividade
e geração de novas organizações crianças.
A plenitude não significa que a empresa alcançou o seu destino, ela ainda
está crescendo, sendo, portanto um processo e não o fim. A organização plena, que
não fomentar seu impulso para solucionar problemas, pode entrar em estabilidade, o
que pode levar ao declínio.
A organização em processo de envelhecimento passa por quatro estágios: a
organização estável, a aristocracia, a burocracia incipiente e a burocracia e morte.
A organização estável caracteriza-se pela diminuição da flexibilidade e da
criatividade. A regularidade e o método prevalecem com abordagens e
procedimentos conservadores. Suas características são: expectativas menores de
crescimento e de conquistar novos mercados, tecnologias e regiões inexploradas,
concentra-se nas realizações do passado ao invés de visualizar o futuro, desconfia
das mudanças e recompensa àqueles que fazem o que lhes é mandado e está mais
interessada nas relações interpessoais do que em riscos.
No estágio da aristocracia, o comportamento da empresa é caracterizado por
baixo nível de inovação interna. A inflexibilidade, gerada inicialmente na fase de
plenitude diminui a capacidade de gerar resultados de longo prazo. Sua capacidade
de satisfazer necessidades de curto prazo também é prejudicada, com isso os
resultados imediatos passam a ser as metas da empresa.
A organização aristocrática busca, nas fusões e aquisições, novas tecnologias
e mercados em expansão. Para isto, optam por empresas no estágio toca-toca,
assim como podem ser adquiridas. Segundo Adizes (1998), estudos sobre
58
conglomerados apontam que em grande parte dos casos estudados não houve o
efeito sinérgico esperado devido ao choque de culturas.
No estágio burocrático e de morte, a empresa não gera recursos próprios em
grau suficiente e sua vida é mantida por mecanismos artificiais. Suas características
são: sistemas numerosos com baixa funcionalidade, concentração em si mesma e
não em seu ambiente, falta de senso de controle e clientes precisando criar
mecanismos complexos para contornarem os sistemas burocráticos para
trabalharem com a organização.
A preocupação da organização burocrática é com os sistemas, estruturas,
normas e procedimentos. Entretanto, estes não são funcionais com baixo resultado
operacional. A formalização é excessiva e a divisão do trabalho é gigantesca com
uma forte especialização. O cliente não é o seu foco e sua atenção é com a
organização interna.
Para a identificação do estágio de vida da organização, Adizes (1998) expõe
que a identificação dos problemas típicos permite dizer em que estágio a empresa
se encontra. Entretanto, alguns problemas do estágio anterior ou posterior podem
ser identificados no estágio que a empresa se encontra.
Desta forma, a empresa pode estar iniciando uma fase do ciclo de vida, estar
no meio ou no final da fase. Os problemas remanescentes podem impedir que uma
organização siga adiante no ciclo de vida.
1.2.6 Novas perspectivas e variáveis da Contabilidade Gerencial
Os clientes de hoje estão exigindo novos produtos e serviços a uma taxa
crescente. A intensidade da competição internacional forçou muitas empresas a
aumentar a velocidade de inovações de novos produtos e serviços para
comercializá-los a um custo mais baixo. Felizmente, também estão sendo
desenvolvidas inovações nos métodos de Contabilidade Gerencial, como
ferramentas para mensurar e avaliar o desempenho de atividades de projeto e
desenvolvimento do produto.
59
Neste tópico, serão abordadas algumas inovações recentes na Contabilidade
Gerencial, tais como: Custos Ambientais, Custeio-meta (Target Costing), Teoria das
Restrições (TOC), Custo do Ciclo de Vida do Produto, Just in Time (JIT), Preço de
Transferência e Teoria da Agência.
Para Hansen e Mowen (2003, p. 564) as políticas ambientais têm um impacto
não apenas sobre as práticas de negócios, mas também sobre a Contabilidade das
empresas. Na verdade, muitas delas gastam centenas de milhões de dólares a cada
ano em atividades ambientais. Porém, muitas vezes, as decisões ambientais são
tomadas com pouco apoio do sistema de informações da gestão de custos.
Freqüentemente, são tomadas apenas para cumprir os regulamentos ambientais. No
entanto, uma abordagem pró-ativa é mais promissora em termos de prevenção de
danos ambientais e simultaneamente, em redução de custos. O surgimento dessa
abordagem significa que a gestão dos custos ambientais está se tornando um
assunto de alta prioridade e intenso interesse.
Para que haja uma gestão eficaz dos custos, é necessário que informações
de custos ambientais sejam fornecidas à gestão. Para fornecer essas informações
financeiras, é necessário definir, medir, classificar e atribuir os custos ambientais aos
processos, produtos e outros objetos de custo de interesse.
Segundo Hansen e Mowen (2003, p. 567), os “Custos Ambientais” são custos
incorridos porque existe ou pode existir uma qualidade ambiental. Assim, os
custos ambientais estão associados com a criação, detecção, correção e prevenção
da degradação ambiental.
Com essa definição, os custos ambientais podem ser classificados em quatro
categorias, segundo Hansen e Mowen (2003):
Custos de prevenção ambiental: são os custos de atividades
executadas para prevenir a produção de contaminantes e/ou
desperdício que poderia causar danos ao meio ambiente. Exemplos
de atividades de prevenção incluem as seguintes: avaliação e
seleção de fornecedores, avaliação e seleção de equipamentos de
controle da poluição, projeção de processos e produtos para reduzir
ou eliminar os contaminadores, treinamento de empregados, estudos
dos impactos ambientais, auditoria de riscos ambientais e
desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental.
60
Custos de detecção ambiental: são os custos de atividades
executadas para determinar se produtos, processos e outras
atividades dentro da empresa estão cumprindo as normas ambientais
apropriadas. Exemplos de atividades de detecção são atividades de
auditorias ambientais, inspeção de produtos e processos,
desenvolvimento de medidas de desempenho ambiental e medição
de níveis de contaminação.
Custos das falhas ambientais internas: são custos de atividades
executadas porque contaminantes e desperdício foram produzidos,
mas não foram descarregados no meio ambiente. Assim, esses
custos são incorridos para eliminar e gerir contaminantes e
desperdícios uma vez produzidos. Exemplos desses custos são as
atividades de operação de equipamento para minimizar ou eliminar
poluição, tratamento e descarte de materiais tóxicos e manutenção
de equipamentos para poluição.
Custos de falhas ambientais externas: são os custos de atividades
executadas após descarregar contaminantes e desperdício no meio
ambiente. Das quatro categorias de custos ambientais, essa
categoria é a mais devastadora. Exemplos de atividades de falhas
externas são: limpar lago poluído, limpar manchas de petróleo, limpar
solo contaminado e indenizar danos pessoais relacionados ao meio
ambiente.
Num mercado altamente competitivo, a sobrevivência da empresa está
diretamente relacionada à fixação de um preço justo para um composto de
marketing que realmente proporcione o que os consumidores desejam.
Para atingir a satisfação dos clientes com novos produtos a custos baixos, foi
desenvolvida a técnica “Custeio-Meta” (target costing), que é o maior custo que se
pode incorrer em um produto ou serviço, considerando-se que o mercado oferece o
preço de venda e os gestores determinam a margem de lucro, ou rentabilidade
esperada.
Segundo Crepaldi (2004, p. 258), o custeio-meta é uma técnica usada para
administrar estrategicamente a margem de lucro pretendida pela organização,
transformando o custo em um insumo no processo de desenvolvimento do produto e
61
não em seu resultado. A organização estabelece seu custo-meta, estimando o preço
de venda, e subtraindo deste a margem de contribuição desejada.
O segredo, então, é projetar o produto de modo que satisfaça aos clientes e
possa ser fabricado dentro de seu custo-meta. Caso não seja possível enquadrar os
custos do novo projeto dentro do custo-meta, o projeto pode ser descartado por não
atender ao preço-alvo que o mercado consumidor está disposto a pagar.
Segundo Atkinson et al. (2000, p. 679), o custeio-meta tem sido usado nas
empresas japonesas por mais de uma década. Uma pesquisa realizada pela Kobe
University, em 1992, mostrou que daqueles que responderam à pesquisa, 100%
fabricam equipamento de transporte, 75% fabricam equipamentos de precisão, 88%
fabricam produtos elétricos e 83% deles usam o custeio-meta.
Scarpin (2000) destaca que existem diferenças quanto ao sistema de
informações relacionado ao target costing e a abordagem tradicional. São elas:
No que se refere ao relacionamento com o ambiente externo, o target
costing interage com esse ambiente para responder às necessidades
do mercado e do consumidor; a abordagem tradicional simplesmente
ignora o ambiente externo, medindo internamente suas ineficiências;
No tocante ao número de variáveis consideradas, o target costing
considera os muitos relacionamentos complexos entre funções e
através da cadeia de valor, enquanto a abordagem tradicional não
considera esses relacionamentos.
No que se relaciona com a forma dos ajustes, o target costing ajusta
os custos antes que eles ocorram, enquanto a abordagem tradicional
ajusta seus custos depois de incorridos, baseando-se em
informações de variabilidades;
Com relação aos objetivos de ajustes ou controle, o target costing
quer a melhoria contínua do custo, tanto para os consumidores
quanto para produtores em todo o ciclo de vida, diferentemente da
abordagem tradicional, que mantém os custos em limites
preestabelecidos por padrões ou orçamentos.
62
Segundo Crepaldi (2004, p. 266), para obter o valor que pode ser fornecido
pelo custeio-meta, os gestores precisam administrar a dinâmica da capacidade para
criar oportunidades de eficiências operacionais, bem como administrar o
desempenho financeiro melhorado que resulta dessas mudanças.
Os conceitos da “Teoria das Restrições” (Theory of Constraints - TOC) foram
desenvolvidos pelo físico israelense Eliyahu Goldratt na década de oitenta, com o
objetivo de apresentar os fundamentos para a criação e implementação de um
sistema computacional capaz de suportar problemas e resolvê-los no nível do chão
de fábrica.
De acordo com os pressupostos presentes na Teoria das Restrições, restrição
é qualquer fator que limita um sistema em conseguir maior desempenho em relação
a sua meta. Fazendo-se uma analogia com uma corrente, restrição seria o elo mais
fraco. “Todo sistema possui pelo menos uma restrição ou toda corrente possui
sempre um elo mais fraco” (GRANADOS; SOUZA, 2003).
Para Garrison e Noreen (2001, p. 13), uma restrição é qualquer coisa que
impeça a obtenção daquilo que se deseja. Todas as pessoas e todas as
organizações enfrentam pelo menos uma restrição, de modo que não é difícil
encontrar exemplos delas. Você pode não ter tempo suficiente para estudar
inteiramente todas as matérias e sair com os amigos no fim de semana, e, assim, o
tempo é que é a sua restrição. A United Airlines dispõe de um número limitado de
portões de embarque disponíveis no seu congestionado setor no aeroporto de
O´Hare, de modo que os portões são a sua restrição.
Podem-se encontrar dois tipos de restrição: a primeira física, ou seja,
restrição de recurso que engloba mercado, fornecedor, máquinas, materiais, pedido,
projeto e pessoas sendo um gargalo, um caso particular de restrição que tem
capacidade insuficiente. Portanto, recurso gargalo seria aquele cuja capacidade é
inferior à demanda colocada nele. Ao contrário, recurso não-gargalo é aquele cuja
capacidade é maior que a demanda colocada nele, portanto não restringe a atuação
do sistema.
A segunda é a restrição de política, que é formada por normas,
procedimentos e práticas usuais do passado, que restringe a empresa de aumentar
seus lucros. As políticas são, no geral, respostas a uma problemática ocorrida
muito tempo e são quase sempre aceitas e seguidas sem pensar. As restrições
63
resultantes de políticas podem ser de difícil identificação e se identificadas não são
fáceis de elevar.
Conforme Cogan (1999), algumas das prescrições da Teoria das Restrições
não são novas, como é o caso da maximização do ganho por unidade de restrição e
do uso dos resultados sobre a base do custeio variável, mas que a contribuição da
TOC em seu todo é interessante e merece um destaque no universo da gestão
estratégica de custos.
O processo descrito por Goldratt (1994), foi desenvolvido com o intuito de
capacitar as empresas a reconhecerem sistematicamente os principais elementos do
sistema que devem ser aprimorados, a fim de se melhorar o desempenho da
organização como um todo, por meio de procedimento simples e intuitivo, constituído
por cinco passos denominado de processo decisório da Teoria das Restrições, que
são:
1. Identificar as restrições ou gargalos do sistema, uma vez que o
resultado global da empresa depende da utilização do recurso
restrição;
2. Explorar as restrições do sistema, visando maximizar a utilização
das restrições do sistema e, conseqüentemente, o resultado global
da empresa;
3. Subordinar tudo à decisão anterior, tendo em vista que os recursos,
não restrição, devem ter seu nível de utilização subordinado ao
nível de utilização do recurso restrição, de maneira a não
comprometer a máxima utilização deste recurso e a obtenção do
lucro máximo;
4. Elevar as restrições do sistema, visando aumentar a capacidade das
restrições por meio da elevação da capacidade do sistema como
um todo. Em geral, ao se elevar à capacidade do recurso,
aparecerão outras restrições, uma vez que sem restrições o lucro é
infinito;
64
5. Se nas etapas anteriores uma restrição for quebrada, volte à etapa
número um, mas não permita que a inércia se torne uma restrição
no sistema.
Corbett (1997) completa ainda dizendo que usando esse processo pode-se
concentrar os esforços nos poucos pontos de um sistema que determinam seu
desempenho (nas suas restrições), e assim pode-se melhorar significativamente seu
desempenho no curto prazo. Pode-se dizer que todo sistema tem uma restrição,
caso contrário seu desempenho seria infinito (a lucratividade da empresa seria
infinita).
O início de todo o processo passa a ser a identificação da restrição ou das
restrições do sistema para se determinar o fator limitante. Conhecido os elementos
de restrição do sistema é preciso explorar ao máximo os recursos disponíveis para,
só então, dar seqüência ao processo.
Após a definição de como as restrições serão exploradas, os recursos não
limitadores (não-restrição) deverão ser subordinados às restrições do sistema, ou
seja, as necessidades das restrições é que determinaram o programa de produção
das não-restrições, as quais deverão fornecer tudo o que as restrições precisam na
medida exata, nem mais nem menos, para que não haja perda de recursos.
Conforme Souza et al. (2004), se a meta de toda organização com fins
lucrativos é ganhar dinheiro hoje e sempre, torna-se imperativo ter-se indicadores de
desempenho financeiro que meçam o grau de atendimento da meta. A TOC, dessa
maneira, se concentra em três variáveis: ganho, inventário e despesas operacionais.
Ganho corresponde ao índice no qual o sistema gera dinheiro por meio das
vendas. Representa a diferença entre as vendas reais e o custo do material direto,
sendo este considerado como a única despesa variável. Segundo Cogan (1999),
corresponde à margem de contribuição do custeio variável onde todas as despesas
são fixas à exceção do material direto.
Inventário / Investimento – corresponde a todo o dinheiro que o sistema
investe na compra de coisas que o sistema pretende vender.
Despesas Operacionais corresponde a todo dinheiro que o sistema gasta
para transformar inventário em ganho, ou seja, são os custos de conversão,
incluindo todo os custos com empregados, sejam diretos ou indiretos.
65
A TOC faz uso integrado destas três medidas como fatores para tomada de
decisão. Elas devem sempre se voltar para o impacto global dentro da empresa,
devendo, portanto, serem sempre analisadas conjuntamente.
Desse modo, a TOC surge como uma contraposição à antiga Contabilidade
de Custos, na medida em que foca suas metas e objetivos no lucro total da empresa.
Entender os “Custos do Ciclo de Vida” de um produto ou serviço ou os custos
dos produtos incorridos antes, durante ou após o ciclo de fabricação é crítico.
Dado o rápido desenvolvimento de novos produtos com ciclos de vida
menores, algumas empresas têm desenvolvido uma abordagem mais abrangente ao
custeio do produto, o que chamamos de custeio do ciclo de vida total.
Para Atkinson et al. (2000, p. 676), um sistema de custeio do ciclo de vida
total fornece informações para os gerentes entenderem e administrarem os custos
por meio de estágios do projeto, do desenvolvimento, da fabricação, do marketing,
da distribuição, da manutenção, dos serviços e da distribuição de um produto.
O ciclo de vida do produto tem uma amplitude maior que o espaço de tempo
que vai entre a pesquisa do produto e o dia em que não se quiser mais produzi-lo ou
vendê-lo, pois o produto continua existindo, continua sendo utilizado e consumindo
os custos; isto é, o ciclo de vida do produto continua, e vai até o completo
desaparecimento do bem.
Para Ostrenga et al. (1997), existem três formas de analisar o ciclo de vida de
um produto, que são: visão do fabricante, visão mercadológica e visão do cliente.
Na visão do fabricante, o ciclo de vida do produto é determinado pelas fases
de investigação da viabilidade e projeto do conceito, projeto detalhado, produção
dos protótipos, produção inicial, produção e/ou prestação plena, serviços pós-venda
e retirada ou abandono. Nestas fases, o fabricante investe em pesquisas que visam
à identificação errônea dos custos de produtos ou serviços (custos da qualidade e
custos de oportunidade) e às avaliações incorretas da lucratividade.
Os princípios contábeis generalizadamente aceitos exigem que os custos
sejam contabilizados à medida que são incorridos, mas para fins gerenciais os
custos de pesquisa e desenvolvimento deverão ser amortizados ao longo da vida do
produto, pois para um produto ou serviço ser lucrativo, deverá cobrir todos os custos
desde a pesquisa e desenvolvimento até a descontinuação e descarte.
O volume de vendas determina a classificação dos estágios da visão
mercadológica. Sob esta ótica, Kotler (1996) identifica quatro estágios no custeio do
66
ciclo de vida do produto no mercado; a) introdução: produtos desconhecidos.
necessidade de investimentos em marketing e promoções; b) crescimento: produto
pouco conhecido. investimentos em marketing e promoções em demonstrações,
experimentação, embalagens promocionais para sedimentar a imagem; c)
maturidade: imagem do produto sedimentada. Os investimentos em marketing e
promoções são para manter a participação no mercado; e d) declínio e abandono:
vendas e imagem em queda, produto obsoleto, investimentos em marketing e
promoções para reduzir preços e conseqüente desova de estoques, fazer caixa e
preparar a substituição.
Na visão do cliente, identifica-se o custo inicial de compra, os custos de
operação e manutenção do produto ou serviço e o custo de alienação, reutilização,
reciclagem, remanufatura e descontinuação ou descarte.
Então, pode-se afirmar que o ciclo de vida de um produto compreende o
período que vai desde a fase de pesquisas das necessidades do mercado até o
descarte final.
O “Custeio do ciclo de vida” é a prática de se organizar os custos de acordo
com os estágios da vida de um produto ou serviço e usar esse perfil para se tomar
decisões a respeito do mesmo (OSTRENGA et al., 1997, p 286). Este método visa
antecipar os resultados que a empresa poderá obter antes de iniciar a produção e
comercialização, e também o valor que o consumidor irá desembolsar para adquirir e
utilizar o produto. No custeio do ciclo de vida, a mensuração do retorno poderá
evidenciar, principalmente, itens como menor gasto em manutenção, ausência de
defeitos de fabricação, menor consumo de energia ou combustível. Em se tratando
de produtos destinado ao processo produtivo (equipamentos), o retorno poderá ser
baseado em técnicas estatísticas e matemáticas, as quais identificam o potencial
futuro de receitas durante a vida econômica.
O valor atual ou valor presente do investimento, representado pela fórmula
VP=VF/(1+i)
n
, é determinado pelo fluxo de caixa (receitas e despesas), utilizando-se
a taxa que o investidor deseja conseguir como rendimento ao realizar algum
investimento. Quando se trata de bens de consumo, não receitas durante a vida
útil do bem. Poderá haver valor residual que gera receitas no momento da venda, ao
término da vida econômica. Este valor reduz o custo total para o proprietário.
Porter (1989), afirma que não é fácil mensurar o retorno monetariamente. É
preciso primeiro comparar o preço de mercado de produtos substitutos e com
67
funções idênticas ao produto em análise, e Rocha (1999) discorre ainda sobre a
necessidade de avaliar os benefícios intangíveis ocorridos em função do uso, como
o ego, desempenho, satisfação, durabilidade, e depois os tangíveis, como consumo
de energia, combustível, rendimento operacional, entre outros.
Segundo Horngren, Sunden e Stratton (2004, p. 20), as mudanças na
tecnologia produziram mudanças na filosofia gerencial. A mais importante e recente,
que conduz ao aumento de eficiência das fábricas nos Estados Unidos, tem sido a
adoção da filosofia
Just-in-time” (JIT), cuja essência é eliminar o desperdício. Os
gestores tentam:
Reduzir o tempo que os produtos despendem no processo de
produção;
Eliminar o tempo que os produtos despendem nas atividades que não
adicionam valor (como tempo de inspeção e de espera).
Para Atkinson et al. (2000, p. 435), um sistema de manufatura
just in time
requer a produção de um bem ou serviço apenas quando o cliente, interno ou
externo, solicitá-lo. A produção em just in time requer um layout do produto com um
fluxo contínuo, uma vez que a produção começou. Isso significa que deve haver
uma redução significativa nos custos de setup, a fim de eliminar a necessidade de
produzir em lotes; portanto, os sistemas de processamento devem ser confiáveis.
A produção JIT tem duas implicações principais para a Contabilidade
Gerencial. Primeira, a Contabilidade Gerencial deve apoiar o movimento da
produção JIT, monitorando, identificando e comunicando aos tomadores de decisão
as causas das demoras, os erros e os desperdícios no sistema. Medidas importantes
da confiabilidade de um sistema JIT incluiriam estes fatores de eficiência do ciclo de
fabricação:
1.Taxas de defeito;
2.Tempo dos ciclos;
3.Porcentagem de entregas no prazo;
4.Precisão de ordem;
5.Produção efetiva como porcentagem da produção planejada;
68
6.Tempo de máquina disponível efetivo comparado com o tempo de
máquina disponível planejado.
Atkinson et al. (2000, p. 439) diz que sistemas de produção convencional
enfatizam as taxas de utilização de mão-de-obra e de máquina que encorajam a
produção de grandes lotes que geram quantidades de estoques que conduzem a
longos tempos de ciclo de produção. Então, as taxas convencionais de produtividade
de mão-de-obra e de máquina são incompatíveis com a filosofia JIT, na qual se
espera que os operadores produzam o que é pedido quando é pedido e na hora
certa. Segunda, o processo administrativo da Contabilidade Gerencial é simplificado
pela produção JIT porque existem menos estoques para monitorar e informar.
Segundo Garrison e Noreen (2001, p. 6), a abordagem JIT pode ser utilizada
tanto nas empresas comerciais quanto nas industriais, mas apresenta efeitos mais
profundos nestas últimas, que mantêm três espécies de estoque matérias-primas,
produtos semi-acabados e produtos acabados.
Muitas empresas empregaram o JIT com grande sucesso. Entre as maiores
companhias que utilizam o sistema encontram-se a Bose, a Goodyear, a
Westinghouse, General Motors, Hughes Aircraft, Ford Motor Company, Black and
Decker, Chrysler, Borg-Warner, John Deere, Xerox, Tektronix e Intel.
Os principais benefícios do JIT são os seguintes:
O capital de giro é favorecido pela recuperação mais rápida dos
recursos investidos em estoques;
Os espaços anteriormente utilizados como estoques são liberados
para outros usos, mais produtivos;
O tempo de produção é reduzido, resultando em produção
potencialmente maior e resposta mais rápida aos clientes;
As taxas de defeitos são reduzidas, resultando em menor desperdício
e maior satisfação do cliente.
Em razão de vantagens como essas apresentadas, a cada ano mais
companhias estão adotando o JIT. A maioria, contudo, acha que a mera redução
dos estoques não é suficiente. Para continuarem competitivas em um mundo de
69
negócios constantemente mutável e cada vez mais competitivo, elas precisam
empenhar-se na busca da melhoria contínua.
O Preço de Transferência” é um conjunto de ferramentas e métodos (regras)
usados pela empresa para distribuir as receitas conjuntamente arrecadadas entre os
centros de responsabilidade. Essas regras podem ser muito arbitrárias se há um alto
grau de interação entre os centros de responsabilidade individuais.
Segundo Atkinson et al. (2000, p. 615), um centro de responsabilidade é uma
unidade de empresa da qual um gerente é responsável pelo controle na forma de
custo (centro de custo), receita (centro de receita), lucros (centro de lucro), ou
retorno sobre o investimento (centro de investimento).
Segundo Horngren, Sunden e Stratton (2004, p. 338) muitos poucos
problemas surgem em organizações descentralizadas, quando todos os segmentos
são independentes um do outro. Os gestores do segmento podem, então, focalizar
apenas seus próprios segmentos, sem ferir a organização como um todo. Em
contraste, quando os segmentos interagem muito, uma possibilidade aumentada
de que o que é melhor para um, prejudique o outro o suficiente para ter efeito
negativo na organização inteira. Tal situação pode ocorrer quando um segmento
fornece produtos ou serviços a outro e cobra dele um preço de transferência. Os
preços de transferência são os montantes cobrados por um segmento de uma
organização, pelos produtos ou serviços que fornece a outros segmentos da mesma
organização. Geralmente, o preço está associado com materiais, peças ou produtos
acabados. O preço de transferência significa receita para o segmento produtor do
produto ou serviço, e custo para o segmento adquirente.
Segundo Atkinson et al. (2000, p. 633), as empresas escolhem entre quatro
abordagens diferentes para o preço de transferência: baseadas no custo, mercado,
negociação e administração.
Se os mercados externos existem para a intermediação (transferência) de
produtos ou serviços, então os preços de mercado são a base mais apropriada para
estimar o valor das mercadorias ou serviços transferidos entre os centros de
responsabilidade. O preço de mercado provê uma estimativa independente do
produto ou serviço transferido e provê como cada centro de lucro contribuiu para o
lucro total ganho pela empresa na transação.
Quando um bem ou serviço transferido não tem um preço de mercado bem
definido, uma alternativa a se considerar é transferência de valor baseado no custo.
70
Alguns valores de transferência mais comuns são custo variável, custo variável mais
algum percentual de mark-up sobre o custo variável, custo fixo e custo fixo mais
algum percentual de mark-up sobre o custo fixo.
Na ausência de preços de mercado, algumas empresas permitem aos centros
de responsabilidade de recepção e abastecimento negociar preços de transferência
entre eles. Os preços de transferência negociados refletem a perspectiva inerente da
controlabilidade nos centros de responsabilidade, uma vez que cada divisão é, no
final das contas, responsável pelo preço de transferência que negociam. O preço de
transferência negociado e decisões de produção, porém, podem refletir as
habilidades relativas da negociação de ambas as partes, em vez de considerações
econômicas.
As empresas, freqüentemente, usam o preço de transferência administrado
quando uma transação particular acontece sempre. Porém, tais valores não refletem
nem as puras considerações econômicas, como fazem os preços de transferência
baseados no mercado ou nos custos, nem as considerações de responsabilidade,
como fazem os preços de transferência negociados.
Segundo Cardoso, Carmo e Aquino (2007, p. 386) a Contabilidade Gerencial
muito se ocupa com as máximas da economia neoclássica, resumindo a
discussão à busca da maximização de lucro pela relação custo-volume-lucro.
As vertentes contratuais da firma, como a “Teoria da Agência”, propuseram à
área de Contabilidade Gerencial “abrir a caixa-preta” e ver o que acontece dentro,
afinal, podem assim vir a conhecer realmente os direcionadores da eficiência da
caixa-preta, além de quantidade produzida.
Segundo Cardoso, Carmo e Aquino (2007, p. 389), o problema de
desalinhamento de interesses entre o proprietário da firma e seus gerentes e demais
funcionários foi discutido em 1932, por Berle e Means, em The Modern
Corporation and Private Property. Uma profícua literatura se desenvolveu a partir
daí, criando conceitos como risco moral, assimetria de informação, sinalização e
custos de agência.
A idéia central é que o proprietário da firma (Principal) delega a administração
da empresa a um gerente (Agente), que deveria atuar no interesse dele, Principal. O
proprietário da firma, reclamante do resíduo de todas as suas atividades (ou lucro
econômico), ao delegar decisões a um Agente ou grupo de agentes, esperaria que
tal Agente atuasse plenamente alinhado com seu interesse. Contudo, se assumimos
71
a natureza individualista dos agentes, existe a propensão de que eles atuem em
primeira instância no seu próprio interesse, o que pode não representar os melhores
resultados para o Principal.
O gerente, sabendo que suas ações não são conhecidas plenamente pelo
Principal, dada a assimetria informacional, pode usar os recursos da empresa sem o
mesmo zelo que o Principal, afinal, o lucro (ou prejuízo) não impacta seu bem estar,
tanto quanto impacta o do Principal, a quem o resíduo da firma pertence.
O texto de Jensen e Meckling (1976) ficou conhecido como um dos principais
trabalhos na literatura de
Agency por explicitar os custos empregados pela firma
para mitigar expropriações de valor, bem como por estruturar uma teoria de
propriedade da firma. Eles definem três tipos de custos de agência: os custos de
gerar incentivos ou delinear o comportamento, os custos de monitoramento e as
perdas residuais.
Assim, o foco da Teoria da Agência é dado principalmente à proteção dos
direitos de propriedade, no caso sobre o resíduo da firma, o direito do Principal. Esse
resíduo, se não protegido, pode ser reduzido por ações (deliberadas ou não) por
parte do (s) Agente (s).
A teoria tem sido aplicada tanto para estudos de controle interno, como
esquemas de remuneração variável e governança corporativa, quanto para controle
intrafirmas, como
franchising, terceirização (outsourcing) e integração vertical.
1.2.7 Modelo de custos ABC/ ABM
Crepaldi (2004, p. 221) diz que diante do crescente avanço tecnológico e
metodológico dos últimos tempos e do conseqüente aumento da competitividade,
surgiu a necessidade do aumento da qualidade, da economia do tempo e da
redução dos custos por parte das empresas, a fim de evitarem a perda de espaço no
mercado. Aliado a esse avanço, os custos indiretos aparecem como decorrência
imediata daquele, a crescimento galopante. Foi em virtude desses problemas que
nasceu um método que revolucionou o gerenciamento empresarial: o Custeio ABC.
72
O método ABC (Activity Based Costing) é um conjunto de conceitos e
técnicas para custeio de produtos, serviços, clientes e outros objetos que a empresa
deseja determinar quanto custa. Esse método parte do princípio que são as
atividades da empresa, isto é, as tarefas que a empresa executa (treinar,
supervisionar, produzir, emitir pedidos de clientes, movimentar materiais, etc.) e não
os produtos e serviços em si que consomem os recursos da empresa (tempo de
trabalho, materiais, equipamentos, etc.). Logo, para montar um sistema de custos, a
empresa deve primeiramente mapear suas atividades e em seguida atribuir os
diversos custos (salários, materiais, aluguel, depreciação) a esse conjunto de
atividades. Numa etapa posterior, então, o custo de cada atividade é atribuído aos
produtos e serviços conforme a demanda que cada produto ou serviço exerce sobre
a atividade.
Foi pela ênfase dada ao estudo de um método analítico, sem uso de
arbitramentos aleatórios, eficaz e de rápida promoção de decisões, que o Custeio
ABC ganhou tanto mérito e repercussão no mundo.
A História do ABC, de acordo com Johnson (1992), teve início em trabalhos
desenvolvidos nos Estados Unidos, mais precisamente na General Electric, no início
da década de 60, sendo que após isto ele foi devidamente codificado por um
professor da Harvard Business School, chamado Robin Cooper, isto já na década de
70.
O objetivo principal do surgimento do ABC, segundo Nakagawa (1994) foi o
de suprir as falhas dos métodos tradicionais de custeio, no que tange à alocação dos
custos indiretos aos produtos. Entretanto, devemos sempre estar atentos que o ABC
não foi desenvolvido com a pretensão de substituir os sistemas tradicionais de
custos, mas sim, para auxiliar no gerenciamento de custos e melhoria de
desempenho, de acordo com Compton (1996).
O sistema de custeio ABC permite melhor visualização dos custos através da análise
das atividades executadas dentro da empresa e suas respectivas relações com os
objetos de custos. Nele, os custos tornam-se visíveis e passam a ser alvos de
programas para a sua redução e de aperfeiçoamento de processos, auxiliando,
assim, as organizações a tornarem-se mais lucrativas e eficientes. Com seu poder
de assinalar as “causas” que levam ao surgimento dos custos, o ABC permite aos
gerentes uma atuação. (MAUAD; PAMPLONA, 2002, p. 08).
Para Mendes e Hildebrand (1997), o Custeio Baseado em Atividades pode ser
aplicado, também, aos custos diretos, principalmente à mão-de-obra direta, e é
73
recomendável que o seja; mas não haverá, nesse caso, diferenças significativas em
relação aos chamados sistemas tradicionais: custeio por absorção e custeio variável.
A diferença fundamental está no tratamento dados aos custos indiretos.
Informações sobre custos vêm sendo preferencialmente utilizadas como
medida de desempenho organizacional e operacional, uma vez que sintetizam a
performance de uma série de atividades, ás vezes incomuns, através de uma única
unidade (monetária); o que permite a comparação interna e externa e, se
necessário, a tomada de medidas corretoras ou potencializadoras.
Sistema de custeio para fins gerenciais que disponibiliza informações
econômicas para a tomada de decisões operacionais e estratégicas trata-se de uma
das mais poderosas estratégias empresariais dos últimos anos, através da qual as
companhias cortam desperdícios, melhoram serviços, avaliam iniciativas de
qualidade, impulsionam para o melhoramento contínuo e calculam, com adequada
precisão, os custos dos produtos.
Segundo Crepaldi (2004, p. 224), os principais objetivos de um sistema de
gerenciamento de custos com base nas atividades (ABC) estão relacionados com a
facilidade e precisão que a administração terá para:
Apurar e controlar seus custos reais de produção e, principalmente,
os custos indiretos de fabricação (overhead);
Identificar e mensurar os custos da não-qualidade (falhas internas e
externas, prevenção, avaliação, etc.);
Levantar informações sobre as oportunidades para eliminar
desperdícios e aperfeiçoar atividades;
Eliminar / reduzir atividades que não agregam ao produto;
Identificar os produtos e clientes mais lucrativos;
Subsidiar o redimensionamento da plataforma de vendas
(distribuidores e revendedores);
Melhorar substancialmente sua base de informações para tomada de
decisões;
Estabelecer um conjunto de indicadores de performance capaz de
medir a eficiência e a eficácia empresarial sob os aspectos produtivo,
comercial, financeiro e societário.
74
Seja qual for a vantagem competitiva que a empresa pretenda criar e sustentar, a
gestão da cadeia de valor é fundamental, uma vez que permite identificar as
atividades estrategicamente relevantes. Usando a cadeia de valor, não se torna
visível o peso dos custos de produção da empresa no valor final dos custos para o
comprador, como se reconhece que as diversas atividades não são independentes,
mas interdependentes (CREPALDI, 2004, p. 225).
De acordo com Atkinson et al. (2000, p. 77) o custeio baseado em atividade é
o sistema de custeio de produtos que atribui os custos de apoio aos produtos na
proporção da demanda que cada produto exerce sobre várias atividades. Esse
sistema rejeita aquela suposição de arbitrariedade utilizada nos sistemas de custeio
tradicional. Em vez disso, desenvolve a idéia de direcionadores de custo que vincula,
diretamente, as atividades executadas aos produtos fabricados.
Nesta mesma linha de pensamento, Nakagawa (2000), considera que a
atividade é um processo (ou produção de projetos ou serviços) que combina
adequadamente pessoas, tecnologias, materiais, métodos e seu ambiente
(denominados fatores da produção), com o objetivo de convertê-los em produtos ou
serviços. Dentro da análise das atividades, deve-se também definir os
direcionadores de custos relativos às atividades.
Nakagawa (2000, p. 74) explicita direcionador de custos como “mecanismo
para rastrear e indicar os recursos consumidos pelas atividades, caso em que é
chamado de cost driver de recursos”.
Em outras palavras, pode-se afirmar que o direcionador é que determinará
qual o valor dos custos consumidos por cada atividade. É de fundamental
importância que o direcionador represente realmente esta relação entre a atividade e
o consumo de recursos por ela sacrificados.
O objeto de custo é o produto ou serviço que irá receber os custos. O objeto
de custo receberá os custos com base nas informações prestadas pelo custeio ABC,
através da análise dos recursos e das atividades e a partir destas por meio de
rastreamento realizado pelos direcionadores de custos. Em síntese, podemos
chamar o objeto de custo de produto acabado ou serviço realizado (prestado), que
obterá o seu valor por meio deste rastreamento elaborado pelo ABC.
As principais diferenças entre o custeio tradicional por absorção e o custeio
ABC podem ser constatadas no quadro a seguir:
75
Custeio Tradicional por Absorção Custeio ABC
Custos Os produtos consomem os
recursos, que são mensurados
como custos.
As atividades consomem os
recursos; os produtos consomem
as atividades, que geram custos.
Direcionadores
de custo
São atributos do produto.
Exemplos: horas de mão-de-obra;
horas-máquina; consumo de
materiais.
São atributos das atividades.
Exemplos:
set up de máquinas;
número de vezes que ocorre a
armazenagem.
Custo indireto Rateado com base no volume
produzido.
Apropriado às atividades,
conforme determinados
direcionadores de custos.
Atividades Nem todas as atividades são
relacionadas aos volumes
produzidos. Exemplos:
set up das
máquinas; gastos com manutenção;
recebimento de materiais.
Separação entre as atividades
que adicionam valor ao produto e
as que não adicionam valor ao
produto.
Bases para
rateio do custo
indireto
Normalmente horas de mão-de-
obra direta.
Não rateio; apropriação de
custos indiretos pelas atividades
consumidas pelos produtos.
Quadro 3 – Diferenças entre o custeio por absorção e o ABC
Fonte: Crepaldi (2004, p. 231).
A hierarquia de custos ABC, aplicável a despesas relativas a produção, marketing e
pesquisa e desenvolvimento permite que todas as despesas organizacionais sejam
mapeadas em um nível hierárquico e organizacional específico, no qual é possível
estabelecer causa e efeito. (KAPLAN; COOPER, 1998, p. ?).
Para Crepaldi (2004, p. 232), o estudo acerca das atividades poderá facilitar a
identificação do nível de detalhamento que busca na implantação do sistema ABC,
pois desse gerenciamento é que serão definidos os seguintes aspectos do sistema:
escopo, objetivos, produtos, equipe de implantação e os recursos que serão
destinados aos processos do ABC. O escopo refere-se à abrangência da atuação do
sistema, se apenas em um departamento, ou produto, ou em toda a empresa.
Inicialmente, as empresas usam o custeio baseado em atividades para
analisar os dados financeiros históricos. Elas atribuem às despesas operacionais, do
período mais recente, aos produtos e serviços produzidos e aos clientes servidos em
tal período. Esse processo capacita os gerentes a conhecerem os custos efetivos
das atividades e dos processos executados e a lucratividade dos produtos, serviços
e clientes, referentes ao último período. Segundo Atkinson et al. (2000, p. 53), essas
informações tornam-se base para ações, conhecidas como Gestão Baseada em
Atividades (ABM), no próximo período. ABM inclui as seguintes tomadas de decisão:
76
Modificar preços, mix de produtos e mix de clientes;
Melhorar o relacionamento com fornecedores e clientes;
Aprimorar o desenho de produtos e serviços;
Executar as atividades com eficiência;
Eliminar certas atividades que não criam qualquer valor para os
clientes.
Para Crepaldi (2004, p. 234), a Gestão Baseada em Atividades (ABM) é um
processo administrativo que usa a informação fornecida por uma análise dos custos
baseados em atividade para melhorar a lucratividade da empresa. A ABM inclui a
execução mais eficiente das atividades, eliminando a necessidade de executar
certas atividades que não adicionam valor para os clientes, melhorando o projeto e
desenvolvendo melhores relações com clientes e fornecedores. A meta ABM é
atender às necessidades dos clientes, deixando-os satisfeitos, ao mesmo tempo em
que reduz a demanda por recursos organizacionais.
Segundo Horngren, Sunden e Stratton (2004, p. 128), a Gestão Baseada em
Atividades (ABM) se caracteriza pelo uso de um sistema ABC como ferramenta para
ajudar na tomada de decisão estratégica e melhorar o controle operacional de uma
organização. Em termos mais amplos, a gestão baseada em atividades busca
melhorar o valor recebido pelos clientes e os lucros, ao identificar oportunidades
para melhorias na estratégia e nas operações.
A metodologia ABM baseia-se em duas visões básicas: a visão do processo e
a visão da alocação de custos. Essas duas visões são suportadas pela identificação
dos recursos utilizados pela organização e sua alocação às atividades que
consomem esses recursos mediante direcionadores de custos primários. Em
seguida, mediante os direcionadores de custos secundários identificaremos os
relacionamentos entre as atividades e entre as atividades e objetos de custo. Dessa
forma, pela consolidação dos objetos de custo dentro da ABM, implantamos a visão
de alocação de custos e, pela consolidação das atividades por processos
empresariais, obtemos a visão de processos (CREPALDI, 2004, p. 235).
77
ABM é um conjunto de medidas interligadas que podem ser tomadas com base
em melhores informações, com informações provenientes de sistemas de custeio
baseado em atividades. (COOPER; KAPLAN, 2000, p. 15).
Portanto, o Custeio Baseado em Atividades (ABC) permite que a empresa
defina seus custos em termos de atividades e processos e a Gestão Baseada em
Atividades (ABM) de posse desses dados, identifica as oportunidades para melhoria
do processo.
Para Armstrong (2002), o custeio baseado em atividades (ABC) e a gestão
baseada em atividades (ABM) são atualmente as ferramentas da indústria lucrativa,
com pelo menos seis grandes operações de consultoria devotada totalmente para a
promoção deles. Ambas as técnicas representam a maior extensão da prestação de
contas na corporação moderna, dentro da zona previamente definida nos termos
contábeis. Os mecanismos dependem do tratamento do departamento de
staff como
um produtor em massa de atos repetidos da rotina do serviço (atividades)
performados para custos de objetos particulares, usualmente produtos. Tratando
essas atividades como indicadores de performance, orçamentos de folha de
pagamento podem ser relacionados a volume de atividades. Esse tratamento de
departamentos de staff no qual rotinas não iniciadas almejam vantagens
competitivas nos campos tal como gerenciamento de recursos humanos ou
marketing ocorrem porque eles não podem ser acomodados sem a linguagem de
prestação de contas imposta pela ABM. Segundo esse autor, esses argumentos são
concretizados através de um exame do tratamento da ABM.
1.2.8 Custos de qualidade e aplicações práticas
O crescimento das transações em negócios internacionais durante as
décadas recentes é um fenômeno que virtualmente tem conectado todos os países,
cada vez mais, tornando-os dependentes do comércio e dos investimentos
internacionais. O aumento do comércio internacional de produtos, serviços e
tecnologia, assim como o aumento de investimentos estrangeiros, são as forças
direcionadoras da internacionalização dos negócios.
78
No contexto da globalização de mercados, e da conseqüente expansão dos
negócios internacionais, um desejo comum das empresas, independentemente
de suas origens: o de alavancar operações e resultados. A relativa eliminação das
fronteiras e barreiras na esfera de atuação das empresas, aliada ao expressivo
avanço nas tecnologias de produção e comunicação, tem resultado na existência de
um mercado cada vez mais competitivo e exigente.
É nesse contexto que se manifesta Mondem (1999, p. 19), afirmando que:
Hoje em dia, a competição entre as empresas transcende fronteiras, uma vez que
elas competem nos mercados internacionais. Em resumo, toda essa competição tem
um objetivo comum: oferecer produtos com qualidade que agradem aos
consumidores a preços acessíveis. Esse tipo de competição está se tornando cada
vez mais árduo na arena do mercado globa
l.
Corroborando o entendimento de Mondem (1999) e Nakagawa (2000)
destaca que nas duas últimas décadas do século passado o recrudescimento da
competição global tem sido de tal ordem que as empresas vêm sendo compelidas a
se comprometerem seriamente com a chamada filosofia de excelência empresarial.
A questão da excelência destacada por Nakagawa também tem sido
reconhecida por outros pesquisadores. Hansen e Mowen (2001), por exemplo,
destacam que a melhoria contínua e a eliminação de desperdício são os dois
princípios básicos que governam um estado de excelência na manufatura. Tais
autores complementam que a excelência na manufatura é a chave para a
sobrevivência no ambiente atual de competitividade de classe mundial.
Dentre os vários fatores que caracterizam o estágio de excelência destacado
por Nakagawa (2000) e Hansen e Mowen (2001), e ainda no âmbito do acirramento
da competição global, Fawcett, Calantone e Roath (2000) destacam que custo e
qualidade são os seus focos primários, por serem eles demandados por
consumidores globais, e correspondem aos fundamentos sobre os quais outras
capacidades competitivas são construídas. Tal reconhecimento decorre da
constatação de que os clientes, cada vez mais, anseiam e privilegiam produtos
revestidos com a qualidade por eles desejada e ao menor preço.
Porter (1989) trata desses atributos no contexto do estabelecimento de
estratégias empresariais que objetivam a criação de uma vantagem competitiva
sustentável. Para assegurar o atendimento ao requisito da qualidade, as empresas
têm se dedicado à certificação do sistema por meio do atendimento às
79
determinações das normas ISO. Quanto aos custos decorrentes, sejam eles
originados pelos gastos realizados para a obtenção da qualidade, ou pela falta dela,
a preocupação deve ser a mesma.
Tem sido reconhecido pela literatura contábil que a variável ‘custos’, em seu
contexto geral, influencia de forma determinante na dimensão de resultados.
Portanto, a sua gestão é um pré-requisito para a eficácia organizacional, visto
possibilitar a obtenção de uma economia de custos eficaz, com benefícios para a
empresa e seus clientes. Obviamente que isso também é aplicável com relação aos
custos da qualidade em particular.
Ao tratar da prática empresarial quanto ao planejamento e controle dos custos
da qualidade, trata-se da discussão de aspectos que envolvem e sustentam a
continuidade das organizações.
Apesar do grande destaque dado nas últimas décadas à implantação de
sistemas da qualidade, atingindo ela o status de alta relevância entre aqueles
elementos que constituem a gestão estratégica empresarial, deve ser reconhecido
que a questão da qualidade já vem sendo discutida com muito mais antecedência.
O conceito de Total Quality Control (TQC) foi introduzido por Armand V.
Feigenbaum, através de um artigo publicado em 1957 na revista Industrial
Quality
Control
; em seguida, em 1961 publicou um livro, intitulado Total Quality Control:
engeneering and management. (ROBLES JUNIOR, 2003, p.21).
Wilbur (2002, p.75) também se manifesta no mesmo sentido, ao afirmar que
“Os princípios que fundamentam os atuais procedimentos dos sistemas da qualidade
estão largamente baseados nos desenvolvimentos iniciados mais de 50 anos por
alguns poucos pesquisadores, como, por exemplo, W. Edwards Deming”.
Apesar do destaque que é dado ao fenômeno da globalização como o
principal indutor para as iniciativas quanto aos sistemas da qualidade, tendo em vista
as exigências impostas por um mercado caracterizado por uma concorrência mais
acirrada, um evento mais pontual, e parte integrante de tal globalização, também
tem merecido destaque na literatura pertinente. Trata-se da agressiva iniciativa das
empresas japonesas que incorporaram a questão da qualidade como uma estratégia
diferenciada para a época.
De fato, nos anos 1970 e 1980, os japoneses desencadearam uma revolução
global na eficácia operacional, introduzindo práticas pioneiras, como a gestão da
80
qualidade total e melhoria contínua. Em conseqüência, os fabricantes japoneses
desfrutaram, durante muitos anos, de substanciais vantagens de custo e qualidade.
Tal vantagem competitiva japonesa, em conseqüência, passou a ser uma
ameaça à continuidade das demais empresas concorrentes. A partir de tal
constatação, o tema qualidade passou, de forma mais efetiva, a fazer parte da
agenda de todas as empresas preocupadas em assegurar a sua continuidade no
cumprimento de sua missão.
Fawcett, Calantone e Roath (2000, p. 475) sustentam tal constatação, ao
afirmarem que “Qualidade emergiu como uma vital prioridade competitiva em
resposta à invasão japonesa ocorrida no final dos anos de 1970 e início dos anos de
1980”.
Tal reconhecimento também pode ser encontrado em Sakurai (1997, p. 130)
quando este afirma que “Made in Japan, anteriormente objeto de desdém, é
atualmente uma marca de distinção. Os japoneses são os líderes reconhecidos da
moderna revolução mundial da qualidade”.
A influência da iniciativa japonesa também é destacada por Robles Junior
(2003). Cita o autor que Deming (1990), o qual alcançou notória proeminência em
virtude de sua atuação no Japão, na década de 1950, profetizou que em breve o
país conquistaria o mercado mundial, o que foi plenamente confirmado.
Uma decorrência natural da internacionalização da economia, provocadas
pelo fenômeno da globalização, e além daquelas destacadas na introdução deste
tópico, foi a preocupação em harmonizar, em nível mundial, alguns procedimentos
no âmbito das empresas.
Isso tem sido verificado em diversas áreas, como, por exemplo, na
harmonização das práticas contábeis, conforme destacado por Castro (2001) e CFC
(2005). No âmbito dos procedimentos direcionados a assegurar um padrão desejado
de qualidade, isso não tem sido diferente. A criação da International Organization for
Standardization (ISO) ratifica tal entendimento.
Oliveira e Melhado (2004) destacam que a ISO é uma entidade não
governamental, criada em 1947, com sede em Genebra, Suíça. Ela tem como
objetivo promover o desenvolvimento da normalização e atividades relacionadas
com a intenção de facilitar o intercâmbio internacional de bens e desenvolver a
cooperação nas esferas intelectual, científica, tecnológica e de atividade econômica.
81
Como decorrência, têm-se o surgimento das Normas ISO, as quais representam um
padrão mundial de referência em relação à gestão da qualidade.
Os membros que compõem a ISO são os representantes das entidades
máximas de normalização nos respectivos países associados, como o Instituto
Nacional de Metrologia (INMETRO), no caso do Brasil. Tais representantes, por
meio da atuação dos respectivos comitês técnicos no Brasil a Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), são responsáveis pelos trabalhos técnicos
necessários à estrutura, emissão e atualização das referidas normas, as quais
devem ser observadas pelas entidades credenciadas para os trabalhos de
certificação.
Diversos são os pesquisadores que contribuíram para o surgimento e
evolução dos sistemas da qualidade. Robles Junior (2003), ao citar que as empresas
têm-se preocupado com a qualidade do produto desde os primórdios da era
industrial, vai ao encontro da abordagem dada pela mais recente versão das normas
ISO, ao afirmar que o que pode ser considerado mais ou menos recente é a
preocupação com o processo, o que redunda nos conceitos da Total Quality Control
(TQC). Nesse processo de evolução, Robles Junior (2003) destaca as contribuições
de Crosby, Deming, Juran, Feigenbaum, Shewhart e Taguchi, entre outros.
A gestão dos custos da qualidade tem sido, algumas décadas, incluída na
agenda do que se convencionou denominar gestão estratégica de custos. Isso é
uma decorrência natural do fato de que a gestão da qualidade total também passou
a integrar as estratégias empresariais que objetivam assegurar o estabelecimento de
vantagem competitiva frente aos seus concorrentes.
No âmbito da gestão estratégica, Wright, Kroll e Parnell (2000) fazem ampla
abordagem a respeito, destacando a dedicação à qualidade, à inovação de
processo, à inovação de produto e à alavancagem por meio da perícia e da imagem
organizacionais, classificando-os como modos pelos quais as organizações podem
diferenciar seus produtos e serviços. sob a perspectiva da gestão estratégica de
custos, Shank e Govindarajan (1997) destacam a importância da medição e análise
de custos da qualidade no contexto dos fatores direcionadores dos custos das
atividades empresariais.
Apesar de Deming (1990) entender que a análise dos custos da qualidade é
pura perda de tempo, que para ele os benefícios de um efetivo programa de
qualidade total são tão evidentes que as empresas fariam melhor se dedicassem
82
tempo e dinheiro no seu aperfeiçoamento, conforme destacam Shank e
Govindarajan (1997) e Robles Junior (2003), diversos outros pesquisadores da área
da qualidade total tem posicionamento contrário. Entre esses últimos encontram-se,
por exemplo, Juran e Gryna (1991), Crosby (1994) e Feigenbaum (1994). Entendem
eles que a coleta e a análise periódicas dos custos da qualidade monitoram a
eficácia do sistema da qualidade quanto a custos, ao mesmo tempo em que
direcionam iniciativas para o seu aperfeiçoamento.
Nas obras relacionadas à gestão de custos e Contabilidade Gerencial
também é identificado um entendimento geral favorável de diversos pesquisadores
quando à necessidade e benefícios decorrentes do controle dos custos da
qualidade. Dentre tais pesquisadores pode-se citar Horngren, Foster e Datar (2000),
Atkinson et al. (2000), Maher (2001), Rust, Zahorik e Keiningham (1993). De fato,
para tais autores a gestão dos custos da qualidade é um pré-requisito para o
alcance da eficácia dos sistemas da qualidade.
A utilização da mensuração e gestão dos custos da qualidade também estão
presentes nas normas ISO. Sendo assim, a utilização dos termos ‘convém’ e ‘pode
ser’, pela referida norma, aliado à interpretação de Oliveira e Melhado (2004),
conduz à conclusão de que a adoção de procedimentos direcionados ao controle
dos custos da qualidade não é um item obrigatório para a certificação do sistema da
qualidade. Em sendo assim, trata-se mais de um procedimento sugerido e
considerado como recomendável e oportuno.
Não obstante tal interpretação, Moori e Silva (2001) entendem que a
obrigatoriedade está caracterizada, e que a mesma passou a existir a partir da
edição da nova versão das normas ISO, no ano de 2000.
Independentemente da obrigatoriedade ou não de adoção de tais
procedimentos no âmbito das normas ISO, para fins deste estudo prevalece a
premissa de que a eficácia do sistema de gestão da qualidade não pode prescindir
de um adequado sistema de planejamento e controle dos custos relacionados.
Assume-se, portanto, o mesmo entendimento de pré-requisito defendido pelos
diversos autores pesquisados.
A forma de mensurar e avaliar os custos da qualidade depende muito da
classificação e estrutura que se pretende adotar em relação a eles.
83
O termo custos da qualidade assumiu significados diferentes para pessoas
diferentes. Alguns os compararam aos custos para se atingir a qualidade. Outros
equipararam o termo aos custos para o funcionamento do Departamento de
Qualidade. A interpretação a que chegaram os especialistas em qualidade foi
equiparar os ‘custos da qualidade’ com o custo da qualidade (principalmente os
custos para se encontrar e corrigir o trabalho defeituoso). (JURAN; GRYNA, 1991, p.
86)
Para os fins deste estudo, adotar-se-á a classificação mais freqüentemente
encontrada nas obras relacionadas a custos da qualidade. Trata-se da classificação
desenvolvida por Feigenbaum (1994), também encontrada, entre outras, na obra de
Crosby (1994), Juran e Gryna (1991) e Rust, Zahorik e Keiningham (1993).
Para Feigenbaum (1994) os custos de controle são medidos em duas partes:
(1) Custos de Prevenção, que evitam ocorrência de defeitos e não-conformidades e
compreendem gastos com a qualidade para, antes de tudo, evitar produtos
insatisfatórios; incluem, entre outros, os custos de engenharia da qualidade e
treinamento de funcionários para a qualidade; (2) Custos de Avaliação, que
abrangem custos de manutenção dos níveis da qualidade da companhia através de
análises formais da qualidade do produto; envolve custo como inspeção,
confirmação externa, auditorias da qualidade e outros gastos similares.
os custos provenientes de falha no controle, causados por materiais e
produtos que não atendem às especificações, são igualmente medidos em duas
partes: (1) Custos de Falha Interna, que incluem custos da qualidade insatisfatória
dentro da companhia, tais como material refugado, danificado e retrabalhado; (2)
Custos da Falha Externa, que abrangem custos da qualidade insatisfatória situados
na parte externa da companhia, tais como falhas provenientes do desempenho do
produto e reclamações dos clientes.
Da configuração dada por Feigenbaum (1994) pode-se inferir que em uma
empresa ideal, a plena eficácia dos investimentos realizados no primeiro grupo
fariam com que os valores do segundo grupo tendessem a zero.
Ainda no entendimento de Feigenbaum (1994), os custos da qualidade
constituem as bases por meio das quais investimentos em programas da qualidade
podem ser avaliados em termos de melhoramento de custos, aumento da
lucratividade e outros benefícios originados por esses programas. Em essência, os
custos da qualidade constituem a base fundamental para a economia dos sistemas
da qualidade.
84
A participação da Contabilidade no processo de registro dos custos da
qualidade é enfaticamente recomendada por Crosby (1994, p. 133), ao afirmar que
Todos os cálculos devem ser feitos pelo departamento de contabilidade, o que
garante a integridade da operação”. A participação da Controladoria também
mereceu destaque de Crosby. Ao tratar da avaliação do custo da qualidade o autor
destaca que “é provável que as estimativas iniciais sejam indecisas (embora baixas),
de modo que é preciso obter cifras mais acuradas. Quem deve fornecê-las é o
controller (...) fazer com que o controller estabeleça o custo da qualidade afasta
qualquer suspeita do cálculo”.
Diversos estudos tem sido publicados enfatizando a expressividade dos
custos provocados pela falta de qualidade de produtos e serviços.
Estudos mostram que os custos da qualidade das companhias americanas variam
de 10 a 20% das vendas totais, enquanto os especialistas indicam que esses custos
deveriam situar-se na faixa de 2 a 4% (GARRISON; NOREEN, 2001, p. 627).
Dentre outros estudos, destaca-se o apresentado por Imberman (2001),
originado da pesquisa realizada pela Dun e Bradstreet junto a empresas norte-
americanas de diversos segmentos industriais, divulgado em fevereiro de 2001,
evidenciando um custo provocado pela falta da qualidade equivalente a 7,2%, em
média, contra um lucro líquido médio da ordem de 3,2%. Portanto, significativos.
1.2.9 Contabilidade Gerencial estratégica
Estudiosos e pesquisadores vêm publicando sobre os aspectos estratégicos
da Contabilidade Gerencial. Isso pode ser observado a partir da apresentação dos
seus objetivos e finalidades. Para Horngren, Foster e Datar (2000), o objetivo da
Contabilidade Gerencial, dentre outros é fornecer informações para formulação das
estratégias gerais, implicando numa perspectiva de longo prazo. Assim, inclui
decisões acerca do desenvolvimento de inovações e de produtos, bem como
investimentos em ativos tangíveis e intangíveis (marcas, patentes, recursos
humanos, dentre outros).
85
O International Federation of Accountants IFAC (1998, p. 99) afirma que a
Contabilidade Gerencial está inserida no processo de gestão, fornecendo
informações para:
controlar as atividades correntes de uma organização;
planejar estratégias, táticas e operações futuras;
otimizar o uso dos recursos;
medir e avaliar o desempenho;
reduzir a subjetividade no processo de tomada de decisões; e
melhorar a comunicação interna e a externa.
Shank e Govindarajan (1997, p. 5) consideram que a Contabilidade Gerencial
participa do processo cíclico estratégico, no qual se constitui a administração, a
saber:
formular estratégias;
comunicar essas estratégias a toda a organização;
desenvolver e pôr em prática as táticas para implementar as
estratégias; e
desenvolver e implementar controles para monitorar as etapas de
implementação da estratégia e depois o sucesso no alcance das
metas estratégicas.
A Contabilidade, mais especificamente no aspecto gerencial, enquanto
sistema de informações, encontra-se em todas as etapas de desenvolvimento da
estratégia.
Para Bromwich (1990), a característica de estratégica atribuída à
Contabilidade Gerencial pode ser justificada considerando duas teorias econômicas:
a primeira diz que o produto é valorizado de acordo com os seus atributos e
características oferecidos ao consumidor. Lancaster (1979 apud BROMWICH, 1990)
os produtos como um conjunto de características que são avaliadas pelo
mercado; a segunda repousa num conjunto de conhecimentos sobre economia da
86
organização industrial que correspondem à teoria dos mercados disputáveis, a qual
apresenta as condições para estratégias de preço e produção, buscando
sustentação diante de uma potencial competição, concentrando-se sobre condições
de custo conforme Baumol, Panzar e Willing (1988 apud BROMWICH, 1990).
Dixon (1998) argumenta que a Contabilidade Gerencial é influenciada pelas
decisões estratégicas, pois estas devem ser redigidas em linguagem e técnicas
contábeis, caso se queira monitorar e controlar o gerenciamento estratégico.
Informa, ainda, que a formulação e o desenvolvimento das estratégias dependem de
informações que podem ser fornecidas pela Contabilidade Gerencial, como estrutura
de custos, estratégias de preços e produtos, volumes e participação no mercado dos
competidores, entre outras. Contudo, Bromwich (1989 apud DIXON, 1998) e Wilson
(1991 apud DIXON, 1998) argumentam que a Contabilidade Gerencial deve assumir
uma postura estratégica por meio de relatórios com informações do ambiente
externo.
Procurando advogar em prol da Contabilidade Estratégica, Brouthers e
Roozen (1999) apontam as principais deficiências dos sistemas de Contabilidade
Financeira e Gerencial convencional:
tendência a confiar em informações financeiras para inúmeras
aplicações;
utilizam principalmente informações históricas;
fornecem informações relativas às atividades internas da empresa,
não explorando informações do ambiente externo, como a dos
competidores;
a pouca orientação para o futuro é obtida com uma simples
extrapolação do passado.
Brouthers e Roozen (1999) informam que a Contabilidade Estratégica atua
fornecendo informações necessárias para as seguintes funções estratégicas:
análise ambiental;
geração de estratégia alternativa;
seleção de estratégia alternativa;
87
planejamento da implementação da estratégia;
controle do processo de gerenciamento estratégico.
Um outro aspecto é que a Contabilidade Gerencial Estratégica contribui para
a obtenção de vantagem competitiva sustentável. Entretanto, Cooper (1996)
argumenta que em mercados onde as empresas negociam praticamente os mesmos
produtos e são capazes de absorver rapidamente inovações das concorrentes,
essas acabam por criar vantagens competitivas temporárias, por meio das quais
procuram obter lucro.
O primeiro a cunhar o termo Contabilidade Gerencial Estratégica foi
Simmonds (1981 apud GUILDING; CRAVENS; TAYLES, 2000, p. 116) que a define
como “a provisão e análise de dados da Contabilidade Gerencial sobre um negócio e
os seus competidores para uso no desenvolvimento e monitoramento da estratégia
de negócio”.
A provisão e análise de informações financeiras sobre o mercado do produto,
estrutura de custos da firma, custo dos competidores e o monitoramento das
estratégias da empresa e aquelas dos seus competidores sobre vários períodos.
(BROMWICH, 1990, p. 28).
Ward (1996 apud PADOVEZE, 2003) comenta que a Contabilidade Gerencial,
para responder à administração estratégica, deve ser capaz de fornecer as
informações financeiras necessárias dentro de um tempo adequado. Padoveze
(2003) define Controladoria Estratégica como: [...] a atividade de Controladoria que,
através do sistema de informação contábil, abastece os responsáveis pelo
planejamento estratégico da companhia com informações tanto financeiras quanto
não-financeiras, para apoiar o processo de análise, planejamento, implementação e
controle da estratégia organizacional.
O foco para Contabilidade Gerencial Estratégica destacado nas definições é a
estratégia empresarial, cabendo a formulação, planejamento e controle, procurando
participar efetivamente do sucesso empresarial.
No trabalho de Martins (1998 apud PADOVEZE, 2003), foram apresentados
os fundamentos e os enfoques de atuação da Controladoria ou Contabilidade
Estratégica. Os fundamentos são:
atenção a todos os stakeholders;
88
preocupação com o longo prazo;
uso de informações financeiras e não-financeiras (produtividade,
qualidade, satisfação dos clientes e funcionários, dentre outras); e
foco constante no ambiente externo.
A Contabilidade Estratégica atua sobre informações relativas a:
competidores: custos, rentabilidade, preços de venda, capacidade
produtiva;
clientes: satisfação em relação aos concorrentes, motivos dos
negócios não realizados e outras informações;
funcionários: satisfação, absenteísmo, imagem da empresa junto a
potenciais funcionários, produtividade, e outras;
fornecedores: evolução da qualidade, capacidade produtiva e
situação financeira, grau de satisfação com os fornecedores;
macro-ambiente: conjunturas, política e sócio-econômica,
relacionadas com a empresa, indicadores de mercado externo,
importações, câmbio e outras;
acionistas: satisfação, valor da empresa e outras.
Embora o entendimento do que venha a ser Contabilidade Gerencial
Estratégica dentre a maioria dos estudiosos pesquisados tenha aspectos comuns
(foco no ambiente externo, no marketing, nos competidores).
Contabilidade Gerencial Estratégica é um campo emergente no qual os limites são
desconhecidos e, ainda, não visão unificada do que é ou como pode
desenvolver-se. A literatura existente no campo é discordante e desarticulada.
(GUILDING; CRAVENS; TAYLES, 2000, p. 116)
A discussão é alimentada por Lord (1996) que argumentou, por meio de um
estudo de caso, que práticas e técnicas apresentadas como sendo de Contabilidade
Gerencial Estratégica podem ser encontradas em muitas empresas, fazendo parte
do gerenciamento operacional e, em muitos casos, não são coletadas e ou usadas
pela Contabilidade Gerencial.
Entretanto, a existência da Contabilidade Gerencial Estratégica passa pela
postura estratégica dos contadores ou controllers quando estes ganham importância
no processo decisório estratégico. Esse raciocínio é corroborado por Simmonds
89
(1986), Bromwich e Bhimani (1994 apud ROSLENDER; HART, 2002), Ferreira
(1992), e Iudícibus, Martins e Gelbk (2001), que entendem que o posicionamento do
contador ou controller na empresa faz com que a Contabilidade ganhe importância
no processo de administração estratégica.
As práticas de Contabilidade Gerencial Estratégica podem ser inúmeras e
variadas. trabalhos que relacionam a Contabilidade Gerencial e os investimentos
da empresa (CAWENBERGH et al., 1996; SHANK, 1996; CARR; TOMKINS, 1996)
ou ainda abordam o
Balanced Scorecard (KAPLAN; NORTON, 1997). Guilding,
Cravens e Tayles (2000) tomaram por referência os trabalhos de Simmonds (1986),
enfoque em marketing, Bromwich (1990), enfoque em competidores e Wilson (1995
apud GUILDING; CRAVENS; TAYLES, 2000), enfoque no longo prazo, para
determinar parâmetros para discernir as práticas de Contabilidade Gerencial
Estratégica, os quais são:
orientação para o mercado ou ambiental;
enfoque sobre competidores; e
orientação para o futuro de longo prazo.
Assim, parametrizado Guilding, Cravens e Tayles (2000) abstraíram 12
práticas de Contabilidade Gerencial Estratégica, a saber: custeio dos atributos,
avaliação da marca, monitoração da marca, avaliação do custo dos competidores,
monitoração da posição competitiva, avaliação dos competidores baseada em
demonstrações financeiras publicadas, custeio do ciclo de vida, custeio da
qualidade, custeio estratégico, precificação estratégica, custeio meta, custeio da
cadeia de valor.
Ferreira, Silva e Santos (2007) realizaram um estudo para medir o grau de
compreensão e uso do termo “Contabilidade Estratégica” e o mérito de determinadas
práticas consideradas de Contabilidade Estratégica, de acordo com a percepção dos
docentes de programas de pós-graduação stricto sensu em Contabilidade no Brasil.
Adicionalmente, os resultados obtidos foram comparados com pesquisas realizadas
com controllers em nível nacional e internacional. Trata-se de um estudo descritivo,
delineado por meio da utilização de questionário com questões fechadas e
pontuadas em escala Likert. A amostra contou com a participação de 43
respondentes, de um universo de 104 professores ministrantes de disciplina de
90
Contabilidade e representantes dos programas de pós-graduação stricto sensu em
Ciências Contábeis. A margem de erro foi de 10%, para um nível de confiança de
90%. Na escala de variação de 1 a 7, a média para o nível de percepção dos
docentes quanto à compreensão do termo “Contabilidade Estratégica” ficou em 5,14,
aliado a um uso menos intenso, com média de 4,02. Esses resultados sugerem que
a temática ainda não é totalmente pacífica, podendo-se dizer que se trata de uma
abordagem emergente na Contabilidade.
Em relação às práticas de Contabilidade Estratégica, os resultados apontam
como medidas que podem levar as empresas a obter e manter vantagens
competitivas. No estudo comparativo, as médias obtidas no estudo com os docentes
foram maiores do que os estudos realizados com os controllers no Brasil e em nível
internacional, mostrando, intuitivamente, que os docentes teriam uma melhor
compreensão do tema do que os controllers. Entretanto, testes não-paramétricos
indicaram não haver diferenças estatísticas significativas entre as médias obtidas.
1.2.10 Contabilidade Gerencial no setor público
A existência da Contabilidade de Custos, analítica ou de gestão nas
organizações públicas e privadas, é muito importante. Seus objetivos são:
Elaboração de informação sobre o processo de custos, tanto os correspondentes às
atividades internas como às funções, ou ainda aos serviços prestados ao exterior e
aos investimentos realizados. (...) Elaboração de informação para a análise e
controle de gestão, com indicadores de eficácia ao alcance dos objetivos planejados
e eficiência na utilização dos recursos. (ALMEIDA, 2000)
Um dos objetivos das entidades do setor público é a apresentação de
informações analíticas sobre receitas, despesas, crédito público e resultados úteis
para o processo de planejamento e tomada de decisões, tanto sob o aspecto político
como em relação à gestão e ao controle.
Portanto, qualquer reflexão sobre a prática de sistema de custos na
administração pública deve ser precedida do estudo das regras de negócio e de
algumas características que o distingue das entidades privadas, entre as quais se
destacam:
91
As organizações públicas são basicamente entidades prestadoras de
serviço, nas quais o custo não está relacionado a uma receita efetiva,
uma vez que seu financiamento decorre em grande medida do
recolhimento de impostos pagos pelos cidadãos que, por sua vez,
não obtêm uma contrapartida individual e direta em produtos ou
serviços.
Muitos dos outputs das ações desenvolvidas são intangíveis:
conseqüentemente, apresentam dificuldades de avaliação.
Em que pese tais dificuldades, a Contabilidade de Custos é importante para o
setor público na formação dos custos das atividades e programas, ao possibilitar o
conhecimento sobre os efeitos econômicos do orçamento, tanto a curto como em
longo prazo, com a produção de informações para o planejamento, o controle e a
tomada de decisões.
A produção de informações para o planejamento é um fator importante a ser
considerado na implantação da Contabilidade de Custos, bem como para o
entendimento integral do processo e das etapas inter-relacionadas, que se iniciam
com a definição de objetivos e terminam com a alocação dos recursos para que as
metas estabelecidas sejam alcançadas.
No que se refere ao controle, a Contabilidade de Custos pode resultar em um
interessante instrumento de controle da economia, eficiência e eficácia no
desenvolvimento das atividades dos entes públicos, por meio da determinação dos
desvios produzidos, que deverão ser analisados com a devida cautela, pois não
devemos esquecer a possibilidade de ocorrer a denominada ineficiência planificada
que, paradoxalmente, pode ter origem exatamente na falta de uma Contabilidade de
Custos.
A produção de informações para auxílio ao processo decisório, por sua vez,
fará da Contabilidade de Custos o maior pilar de apoio para auxiliar os
administradores nas seguintes ações:
Decidir entre produzir e prestar serviços ou terceirizar sua execução;
Calcular e justificar o valor das taxas e preços públicos a serem
cobrados;
92
Facilitar a elaboração dos orçamentos;
Medir a eficiência, eficácia, economia, sub-atividades ou sobre-
atividades;
Fundamentar o valor dos bens produzidos pelo órgão para uso
próprio ou bens de uso comum do povo;
Apoiar decisões sobre continuar responsável pela produção de
determinado bem, serviço ou atividade ou entregar a entidades
externas;
Facilitar informação a entidades financiadoras de produtos, serviços
ou atividades;
Comparar custos de produtos ou serviços similares entre diferentes
órgãos do setor público;
Determinar o valor pelo qual deve ser registrado contabilmente um
ativo que está sendo produzido pela própria administração.
Para implantar uma Contabilidade de Custos que resposta para as
diversas questões abordadas acima é necessário que os administradores públicos
façam o reexame permanente de suas missões e identifiquem o processo de
negócios. Com tais informações, a escolha entre as diversas opções recairá no
sistema de custeamento ABC, por ser o que melhor identifica as atividades
relacionadas aos processos inerentes a um produto ou serviço, pois o próprio
orçamento, segundo a ótica funcional e programática, é concebido mediante a
alocação dos recursos consumidos pelos projetos, atividades ou operações
especiais.
A utilização dos conceitos de custo nas entidades governamentais é
importante para conhecer a formação dos custos das atividades, programas e
projetos com a conseqüente contribuição para o conhecimento dos efeitos
econômicos, financeiros e políticos sobre o cidadão.
É conveniente proceder à classificação de custos em relação ao volume de
atividades, com o objetivo de poder analisar melhor qual a origem dos desvios
produzidos ao final de cada período de apuração. Além disso, os desvios entre as
quantidades inicialmente orçadas e as reais podem ter origem em múltiplos fatores,
nem sempre relativos aos problemas gerenciais, como por exemplo:
93
fatores políticos – alocação dos recursos segundo as prioridades;
fatores econômicos e demográficos índices de desemprego e o
aumento da população constituem fatores que ampliam a demanda
de recursos públicos;
fontes de recursos limitações constitucionais ao poder de tributar
que dificultam o aumento da base tributária.
É fundamental desenhar um sistema coerente de Contabilidade
Governamental, que leve em consideração as características internas e externas da
entidade pública, de tal forma que facilite a alocação de recursos nas distintas
atividades, bem como a apropriação dos custos.
Com o estudo de tais fatores, os gestores públicos poderão identificar a
verdadeira ação dos responsáveis pela geração de custos e iniciar uma efetiva
redução dos custos, eliminando desperdícios e rompendo com a lógica perversa de
que a equação financeira do Tesouro pode ser movimentada pelo aumento da
base tributária ou pela obtenção de empréstimos.
Os novos tempos de moeda estável revelam que a utilização das técnicas de
custeamento permitirá que os administradores passem a enfocar a redução de
custos como uma alternativa viável para o equilíbrio das contas públicas.
Apesar das inúmeras vantagens com a implantação de um sistema de
custeamento com indicadores de gestão, é preciso estudar as vinculações
constitucionais para determinadas áreas, como educação e saúde, pois atualmente,
face à inexistência de uma contabilidade de custos, é possível que os entes públicos
estejam gastando cada vez mais recursos e diminuindo, a cada ano, as metas
físicas.
Ao tratar das dificuldades de implantação de um sistema integrado de
gerência com o propósito de avaliar os custos para o alcance das metas, SILVA
(2004) esclarece:
Sem dúvida, é mais fácil medir custos e benefícios que sejam sensíveis a uma
avaliação do mercado do que medir os custos verdadeiros ou o verdadeiro valor dos
efeitos mais intangíveis da atividade governamental que não está sujeita à avaliação
do mercado. (SILVA, 2004).
Que importa gastar, por exemplo, R$ 500 milhões em educação para atender
ao percentual exigido pela Constituição se o número de estudantes pode estar
94
diminuindo a cada ano e, mesmo os que saem da escola, não sabem ler nem contar
adequadamente? De que vale aumentar as despesas com saúde se o número de
pacientes atendidos diminui a cada exercício? Esta é uma situação que deve ser
solucionada a partir da conscientização dos administradores para a implantação da
Contabilidade de Custos.
Silva (1997) esclarece que a articulação entre Orçamento e Contabilidade
somente será possível, na medida em que a Contabilidade Governamental mantiver
coerência entre a nomenclatura contábil (ativo, passivo, receita e despesa) e a
estrutura do orçamento (receitas, despesas e crédito público), de tal modo que
possibilite a comparabilidade dos registros contábeis com a movimentação
orçamentária.
A integração dos procedimentos contábeis com a execução orçamentária
deve levar em conta a aplicação do princípio de competência, para as despesas, e
da realização, para as receitas. Não basta a classificação apenas pelo aspecto
financeiro, mas principalmente pela finalidade das despesas, visto que alguns
projetos e atividades acumulam parcelas de gastos que não deveriam, no momento
da sua ocorrência orçamentária e financeira, integrar o resultado do exercício por se
referirem a vários períodos, processos ou atividades. O seu custo, portanto, deveria
ser distribuído por mais de um período.
A Contabilidade Governamental reconhece os gastos pelo aspecto
financeiro, considerando que os mesmos diminuem as disponibilidades ou
aumentam o passivo. O aspecto econômico é enfocado pela rígida classificação em
despesas correntes e de capital, que pouco contribuem para a melhoria do sistema
de informações gerenciais e de custos.
Observada sob o enfoque de custos, verifica-se que a classificação atual das
despesas dificulta a geração de informações de custos dos produtos ou serviços.
Não fornece os elementos necessários para identificar os gastos de consumo
imediato e aqueles que devem constituir elementos do ativo e nem aprecia a
pertinência de um custo em relação aos recursos que consome e nem às atividades
que são inerentes.
Os indicadores funcionam como medidores da execução das atividades
comparadas a padrões pré-estabelecidos ou com atividades realizadas por outras
áreas da organização pública ou mesmo com atividades realizadas por entidade
95
congêneres representadas por outras esferas estaduais ou municipais
(benchmarking).
Os indicadores de desempenho podem ser utilizados para medir a qualidade
dos produtos ou serviços, bem como podem indicar a satisfação dos usuários. A
análise desses indicadores leva ao aperfeiçoamento de equipamentos e
procedimentos (atividades e processos) para melhor atender a esses mesmos
usuários. Além de indicar a eficiência na utilização dos recursos responde às
seguintes questões:
Como estamos fazendo?
Por que estamos fazendo?
Como podemos melhorar?
Na administração pública, conforme foi observado, existe grande
dificuldade para implantar qualquer sistema de acumulação de custos que conjugue
a classificação das despesas constante do orçamento (institucional, funcional
programática e por natureza), de utilização obrigatória nos entes públicos com a
implementação do sistema de custos ABC. Entretanto, o estudo do sistema
orçamentário e da metodologia do sistema ABC deve levar ao desenho de um fluxo
de informações para a obtenção do custo sem o abandono da classificação legal das
despesas atualmente vigente.
O estudo do método ABC permite dizer que existe um consenso quanto à sua
contribuição para uma melhor apropriação dos custos indiretos: facilita a redução
dos custos e produz ampla informação para o planejamento estratégico das
organizações.
No âmbito do setor público, o custeamento baseado em atividades é
importante para as organizações que tenham todos ou alguns dos seguintes
atributos:
altos custos indiretos;
pessoal com pouca confiança nas informações de custos produzidas;
ampla diversificação das atividades operacionais;
ampla linha de produtos e serviços prestados;
96
variações significativas em volume dos lotes de produção;
mudanças nas atividades através do tempo, não refletidas no sistema
contábil.
De qualquer forma, é de supor que a nova tecnologia em matéria de
informação produzirá refinamentos nos sistemas de custo. No mínimo se pode
esperar uma melhor aplicação dos custos indiretos e no máximo um uso intensivo do
custeio baseado em atividades.
1.2.11 Projeções setoriais da Contabilidade Gerencial
Na área de Contabilidade Gerencial, verifica-se um grande número de
trabalhos realizados dentro de um determinado setor: indústrias, hospitais, entidades
bancárias, universidades, etc. Dessa forma, este tópico aborda alguns estudos sobre
ferramentas de Contabilidade Gerencial aplicadas a determinados setores.
Castro et al. (2007) realizaram um estudo que propõe um modelo de gestão
estratégica para redes de varejo farmacêutico, fundamentado no Balanced
Scorecard (BSC). A base metodológica do modelo proposto está centrada no estudo
de caso das Farmácias Pague Menos, a maior rede do varejo farmacêutico em
número de estabelecimentos e capilaridade em âmbito nacional e uma das maiores
em faturamento do país. A pesquisa visa identificar as estratégias através da análise
da matriz SWOT e indicar alguns fatores relevantes que podem contribuir ou
dificultar o desenvolvimento do BSC como sistema de gerenciamento de estratégia.
Para a análise do ambiente externo e interno e validação do mapa estratégico foram
entrevistados 17 principais executivos da rede, incluindo o seu fundador e presidente
e todos os diretores. Foram obtidos 23 objetivos estratégicos e 31 indicadores no
desenvolvimento do BSC e do mapa estratégico, contribuindo para fornecer uma
visão integrada das estratégias organizacionais.
Vesco et al. (2007) realizaram um estudo para verificar se as cooperativas
agropecuárias do estado do Paraná utilizam centros de responsabilidade e preços
de transferência na avaliação de desempenho. O tema relativo à descentralização
97
de atividades nas empresas por meio dos centros de responsabilidade gera a
liberdade na tomada de decisões dos gestores que lideram cada departamento. Não
as decisões de custos e receitas, mas as decisões relativas aos investimentos
desses centros, com o objetivo de maximizar os resultados das empresas. As
análises efetuadas por meio de questionários às cooperativas agropecuárias
paranaenses demonstram que a descentralização administrativa é evidente,
sendo utilizados diversificados tipos de centros de responsabilidade. Os modelos de
preço de transferência também são utilizados pelas cooperativas, tornando as
medidas de desempenho das entidades, imprescindíveis à continuidade e eficácia
das mesmas. Considerando as limitações da pesquisa, pôde-se constatar que os
centros de responsabilidade são artefatos utilizados com mais freqüência pelas
cooperativas, tanto como medidas de desempenho financeiras, como não
financeiras. Já no quesito preço de transferência, o mais utilizado pelas cooperativas
é o custo histórico (full cost), o qual poderia ser melhor gerido pelos responsáveis.
A Tecnologia da Informação (TI) tornou-se um poderoso instrumento
impulsionador de mudanças em diversos setores da economia e isso não é diferente
para os Bancos. O investimento intenso em novas tecnologias tem alterado a forma
como os Bancos prestam seus serviços. Em função disso, os departamentos de TI
nos Bancos passaram a ser de fundamental importância para se alcançar diversos
objetivos estratégicos nestas organizações. O problema é que nem sempre os
responsáveis pelo consumo dos recursos de TI são, efetivamente, conhecidos
dentro destas companhias. É natural que haja a centralização da atividade de TI e
também, por causa disso, que os custos acabem sendo “represados” apenas nos
departamentos de TI, inviabilizando a identificação dos responsáveis pelo consumo.
Sendo assim, um estudo realizado por Bezerra et al. (2007), teve como objetivo
propor um modelo de sistema de cobrança interno para os departamentos de TI.
Para tanto, realizou-se uma pesquisa exploratória em um único caso com tratamento
qualitativo. Foi desenvolvido um modelo que utiliza o método de Custeio Baseado
em Atividades para criação de uma “fatura gerencial” que segrega o consumo de
recursos de TI em: plataforma alta e baixa, serviços específicos e o consumo com
projetos em andamento fazendo com que os responsáveis pelo consumo sejam
identificados.
As Instituições Federais de Ensino Superior são agentes essenciais para o
desenvolvimento social e econômico do País, no entanto os recursos públicos
98
aplicados nas universidades públicas são insuficientes para atender a demanda da
sociedade. Dado o valor destas instituições e a escassez de recursos, o estudo
realizado por Magalhães et al. (2007) teve como propósito apurar o custo por aluno
no ensino de graduação da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Os dados, para
atender a este objetivo, foram obtidos por meio de revisão de literatura, relatórios
contábeis e relatórios gerados pela Central de Processamento de Dados da
Instituição. O tratamento dos custos obedeceu à sistemática do custeio por absorção
e o regime de competência. O custo médio por aluno, apurado para o ano de 2004,
foi da ordem de R$ 8.965,91. O Curso de Zootecnia apresentou o custo por aluno
mais elevado (R$ 17.022,79), enquanto o Curso de Matemática apresentou o menor
valor (R$ 3.948,59). A mensuração de custo por aluno da UFV contribui para o uso
eficiente dos recursos públicos pela Universidade, servindo, também, de subsídio
para avaliação de desempenho e para o planejamento orçamentário. Além disso,
fornece orientação quanto ao modo como a Instituição pode expandir sem onerar o
custo, assim como a melhor forma de aproveitar a sua estrutura física.
Os problemas financeiros, administrativos e de estrutura organizacional
destacam-se entre aqueles mais apresentados pela área de saúde do Brasil. Mesmo
com o aumento dos recursos financeiros, os hospitais do país continuam
endividando-se. Isso se deve, em geral, ao crescimento dos custos dos serviços
prestados por essas organizações, impulsionado pelo grande avanço da tecnologia
nos tratamentos médicos e pela cobrança de incorporação desses avanços.
Contudo, os problemas financeiros dos hospitais não se restringem somente à
insuficiência de recursos. A presença de profissionais não qualificados em gestão
empresarial pode acarretar erros no processo de tomada de decisões estratégicas
que, conseqüentemente, podem provocar situações de escassez de recursos e de
endividamento nessas organizações. Diversos estudos realizados no Brasil
apresentam o Sistema de Custeio Baseado em Atividades como a ferramenta mais
adequada para a gestão dos custos em hospitais. O trabalho realizado por Souza et
al. (2007) identificou e analisou as atividades desenvolvidas em Farmácias
Hospitalares com o intuito de validar a modelagem do Sistema ABC neste setor. O
método de pesquisa adotado foi o estudo de caso descritivo. Os resultados indicam
que as atividades são idênticas nos três estudos de casos, validando a modelagem
de aplicação do Sistema ABC em hospitais.
99
1.2.12 História da Contabilidade Gerencial
Ricardino Filho (1999) destaca três teorias para o surgimento da
Contabilidade Gerencial:
A primeira teoria trata do aparecimento da Contabilidade Gerencial
após a Segunda Guerra Mundial. Vários autores citados por
Ricardino Filho (1999), como: Keller (1957), Garrison (1976), Haynes,
Warren e Massie (1961) e inclusive Johnson que, juntamente com
Kaplan, viria a estabelecer novas origens para a Contabilidade
Gerencial e Financeira, manifestaram-se sobre o tema relatando que
a origem da Contabilidade Gerencial é muito recente e a atribuem,
dentre outros fatores, ao aumento da competição empresarial, a
busca pela redução de custos, ao rápido avanço tecnológico e,
inclusive, à troca intensiva de conhecimento profissional;
A segunda teoria relaciona o surgimento da Contabilidade Gerencial
à Revolução Industrial. Ela se apóia na obra de Johnson e Kaplan,
denominada de “The Relevance Lost”, publicada em 1987, em que os
referidos autores demonstram que as técnicas utilizadas na
Contabilidade Gerencial eram conhecidas desde, pelo menos, 1925;
A terceira teoria está embasada principalmente em pesquisas
realizadas pelos ingleses, preponderantemente na década de 90,
relacionando as origens da Contabilidade Gerencial a procedimentos
contábeis para fins gerenciais, em uso na Inglaterra desde o século
XIII.
Ricardino Filho (1999, p. 248-253), concluiu que a Contabilidade Gerencial,
desde sua origem, qualquer que seja a data, sempre teve como objetivo prover seus
usuários de informações para gerenciamento das atividades. Ocorrendo, ao longo
do tempo, alterações e não marcos iniciais da Contabilidade Gerencial.
No tópico 1.1 deste trabalho foi abordado de forma mais extensa a origem e a
evolução histórica da Contabilidade Gerencial.
100
1.3 A pesquisa contemporânea em Contabilidade Gerencial
Vejamos um breve histórico da pesquisa recente em Contabilidade Gerencial
nos EUA e no Reino Unido.
Segundo Cardoso, Carmo e Aquino (2007, p. 409), as pesquisas em
Contabilidade Gerencial nos EUA e no Reino Unido caminharam na década de 70
até os dias atuais, paralelamente, com alguns pontos de interação. Enquanto a
norte-americana focou uma abordagem mais econômica, privilegiando um maior
grau de formalização matemática e uso de econometria, a escola inglesa, através da
interação de diversas áreas, como sociologia, psicologia e economia, trilhou uma
abordagem mais eclética, com uso de estudos de campo.
Tais características podem ser observadas nos periódicos com predominância
de cada grupo de pesquisadores.
Segundo Cardoso, Carmo e Aquino (2007, p. 410) um dos pontos de
interação foi o início da abordagem comportamental. No início dos anos 70, Anthony
Hopwood desenvolveu durante seu Ph.D. em Chicago, um considerável estudo
comportamental da efetividade das mensurações contábeis do desempenho. Em
meados dos anos 70, David Otley, em seu Ph.D. em Manchester, replicou o trabalho
de Hopwood na avaliação de desempenho, o que veio a não confirmar o trabalho de
Hopwood, justificando que a abordagem da teoria da contingência poderia explicar
tais diferenças. A pesquisa em contabilidade comportamental no Reino Unido seguiu
os moldes da linha norte-americana. Já em meados dos anos 80, surgiram na
academia inglesa, contribuindo com fortes influências da teoria social, sociologia,
economia política e teoria organizacional na contabilidade gerencial.
Pesquisadores de base econômica no Reino Unido iniciaram a pesquisa na
teoria da contingência com uso de questionários, mas, pela falta de resultados e
dificuldades metodológicas persistentes, mudaram para pesquisa de campo,
interessados na efetividade organizacional.
Para Cardoso, Carmo e Aquino (2007, p. 410), no Reino Unido, na década de
80, as empresas concorreram com as escolas de business pelos especialistas, o que
diminuiu a permanência de pesquisadores na academia. Assim, professores das
melhores escolas de negócios do Reino Unido foram chamados para preencher tais
101
lacunas, o que deu maior interdisciplinaridade à área no Reino Unido, comparado
com os EUA.
Dessa forma, no Reino Unido, as abordagens da teoria da contingência e da
economia neoclássica foram substituídas por abordagens mais sociológicas e
políticas, vindas da teoria social européia. Em 1971, a fundação do EIASM
(European Instituite for Advanced Studies in Management) fortaleceu essa relação
entre pesquisadores em accounting e aqueles de sociologia organizacional.
Contudo, a influência econômica ainda é forte na escola inglesa.
Em 1976, a teoria da agência estava entrando no foco central nos EUA,
preponderantemente de forma analítica. Em 2001, Richard Lambert merece
destaque pelo tratamento analítico dado em três diferentes ambientes
informacionais. Nesse espaço de tempo, muito foi produzido envolvendo o tema
remuneração de executivos e incentivos de forma geral.
Robert Kaplan (Harvard) e seus colegas, nos EUA, chocam a academia com
o Relevance Lost, em 1987, e causam um frisson nos pares ingleses. Esse trabalho
intensificou o diálogo entre as escolas inglesa e norte-americana, e incentivou o
crescimento da pesquisa em história da contabilidade, com a fundação do
Accounting, Business and Financial History, no Reino Unido, em 1990.
Kaplan posicionou-se a favor de mais estudos de caso e menos ênfase em
análises econômicas quantitativas. Nesse movimento, nos EUA, surgiram temas
como ABC, ABM, incorporação de métodos japoneses de gestão de custos,
contabilidade estratégica e outros.
Contudo, os pares ingleses, céticos com o jeito
Harvard de estudos de caso”,
alertaram que os pares norte-americanos precisavam aumentar o rigor metodológico
na condução de estudos de caso. Com o tempo, os pares ingleses começaram a
explicar a inserção das ferramentas gerenciais e as mudanças sociais que estavam
trazendo. O foco saiu da discussão operacional e foi para estratégia, organização,
governança e avaliação de desempenho.
Questões como orçamento (budget) foram analisadas por Otley e Hopwood, e
recentemente Otley discutiu práticas gerenciais como EVA e BSC. Em 1980, Otley
sugeriu que o próprio desempenho poderia ser uma variável contingente ao uso de
sistemas de controle.
O tema mensuração de desempenho tem proliferado tanto no Reino Unido
quanto nos EUA. Enquanto nos EUA, os escritos sobre BSC têm enfocado a técnica
102
na distribuição de riqueza para os acionistas, os seja, os shareholders, como Kaplan
e Norton (1996), os pares ingleses têm focado a questão na distribuição e equilíbrio
de resíduos entre todos os interessados, ou seja, os stakeholders, como Sunder
(1996).
Para Cardoso, Carmo e Aquino (2007, p. 412), para quem deseja iniciar os
estudos e pesquisas em contabilidade gerencial, duas leituras podem servir como
ponto de partida. Primeiro, Joan L. Luft e Michael D. Shields, professores da
Michigan State University. Em “Mapping Management Accounting: Graphics and
Guidelines for Theory-Consistent Empirical Research”, mapearam a pesquisa em
contabilidade gerencial nos seis principais periódicos em contabilidade. Segundo,
especificamente a pesquisa em orçamento, Luft e Shields, como co-autores de Mark
Covaleski (
University of Wisconsin), em “Budgeting Research: three theorical
perspectives and criteria for selective integration”, resumiram as três vertentes na
pesquisa em budget: econômica, sociológica e psicológica.
Segundo Young (2003), membros do Financial Accounting Standards Board
(FASB) e o staff deles estão continuadamente engajados na variedade de esforços
individuais que o trabalho desta entidade é objeto de valor, apropriado, útil e correto.
Esse autor enfatiza os esforços persuasivos que são empregados nos padrões de
contabilidade oficiais. Estes documentos fazem mais do que simplesmente detalhar
novos requerimentos técnicos contábeis. Os textos têm expressado um particular
ponto de vista sobre a significância dos eventos e atividades que ocorrem durante o
processo de edição da norma e os numerosos esforços para persuadir leitores a
aceitarem esta perspectiva. Em particular, o autor argumenta que o FASB emprega
estratégias retóricas nos padrões de contabilidade que constrói (e tenta nos
persuadir) que um padrão específico é bom, que alternativas e possíveis críticas de
padrões é que constrói o FASB como um bom emissor de normas. Essas estratégias
ajudam a construir padrões como produtos técnicos e trabalham para manter a
objetividade da Contabilidade.
Ahrens e Chapman (2006) argumentam uma distintiva abordagem prática
teórica para considerar o papel da contabilidade gerencial na constituição das
organizações. Os autores enfatizam os caminhos pelos quais membros
organizacionais ativamente reconstituem o sistema de controle gerencial deles
desenhando-os como um recurso dividido. Traçando as práticas através de atores
sociais em uma cadeia de restaurantes entende-se e mobiliza-se a Contabilidade
103
para contribuir nos caminhos específicos para os quais eles lembram como os
objetivos das unidades organizacionais deles. Situando o inter-relacionamento entre
técnicas e interpretações de processos contábeis no campo maior das práticas
organizacionais, os autores elaboraram os caminhos pelos quais sistemas de
controle gerencial como estrutura de intencionalidade formam e são formados por
normas e entendimentos divididos.
Ahrens e Chapman (2006) argumentam que a teoria, método, metodologia e
conhecimento adquiridos no estudo de campo qualitativo estão interligados através
do desenvolvimento de hipóteses no campo. Os autores desenvolveram o
argumento deles através de uma discussão de estudo de campo qualitativo
específico em Contabilidade Gerencial. Além disso, enfatizam em particular o papel
da teoria em pesquisa qualitativa como relação para expressão de uma realidade
subjetiva mais do que o esclarecimento de um objetivo. Considerando essa
subjetividade, os autores discutem os caminhos pelo qual a pesquisa qualitativa traz
disciplina ao pesquisador, permitindo a eles avaliar a confiabilidade da conta deles.
A intenção dos autores foi desenvolver uma base mais apropriada para o julgamento
dos estudos de campo qualitativo ao invés de noções emprestadas da metodologia
positivista.
Por último, novas questões estão sendo levantadas em termos de discussão
do paradigma vigente. Entre elas, o tema “desempenho” tem sido discutido
epistemologicamente no “Barbados Group”. O grupo procura por uma definição
ontológica, um novo paradigma para o que seria “desempenho” e inclui nomes como
Michael Jensen, Christopher Ball, Joseph J. DiMaggio e Michael Zimmerman.
1.4 A Contabilidade Gerencial no Brasil, México e Espanha
Neste tópico, serão abordado aspectos relevantes da Contabilidade Gerencial
no Brasil, México e Espanha.
104
1.4.1 Contabilidade Gerencial no Brasil
Otley (1994) enfatiza que, num ambiente cada vez mais volátil e incerto, os
instrumentos preditivos de planejamento, deveriam proporcionar condições para as
organizações atuarem de maneira mais eficiente na controlabilidade de seu futuro.
Dessa maneira, em teoria, cada vez mais existiria oportunidade para o uso dos
instrumentos gerenciais. Scapens (1994), desde longa data, tem persistido em uma
discussão muito significativa sobre o distanciamento entre a teoria e a prática nas
pesquisas sobre a contabilidade gerencial. A sua motivação para a continuidade do
tema está relacionada com a perspectiva de que o nível de incerteza poderia e
deveria ser diminuído pela disponibilização de informações. Hansen, Otley e Vander
Stede (2003) corroboram o exposto por Scapens no que diz respeito à distância
entre teoria e prática. Em outras palavras, o tempo tem passado e a questão ainda
continua importante e não resolvida. Ao contrário, questiona-se o fato de que a
contabilidade gerencial foi desenhada para as grandes empresas apenas.
Nas salas de aula, os professores ensinam que as organizações têm que
contar com vários tipos de recursos para manter as suas vantagens competitivas, as
quais são fatores importantes para o sucesso. Estes recursos são compostos por
uma grande variedade de elementos, tais como sistemas de informação, conceitos
econômico-financeiros, modelos e estruturas organizacionais. Esse conjunto será
denominado COMPONENTES, os quais afetam as práticas gerenciais. Cada
organização pode ser caracterizada por dado perfil de COMPONENTES, que
indicam o perfil de um tipo de organização. Significa dizer que algumas organizações
dispõem de inúmeros COMPONENTES, enquanto que outras não os têm. De outra
forma, aquilo que uma organização considera ser seu plano estratégico não contém,
necessariamente, todos os ingredientes que outra entidade utiliza. Dessa maneira,
surge a necessidade de ser feito um inventário daquilo que está sendo utilizado
pelas organizações a partir da contabilidade gerencial como suporte ao processo
decisório.
Algumas pesquisas têm sido desenvolvidas com enfoque metodológico
restrito, em termos de abrangência populacional, ou restrições em termos de
amostra ou mesmo foco muito limitado no que se refere a entender a contabilidade
gerencial. Isto pode ser explicado por seu histórico, ou seja, poucas décadas de
105
desenvolvimento, o que, em termos de massa crítica, é muito pouco. Essa foi a
grande motivação para o desenvolvimento de pesquisas sobre esse tema, já que um
inventário da utilização dos componentes da contabilidade gerencial, comparado
com o referencial teórico, permite a apuração da aderência da utilização em relação
ao desenvolvimento conceitual, como o primeiro passo para o entendimento do
estágio atual de desenvolvimento da área no Brasil.
Nesse sentido, em termos de foco do estudo realizado por Frezatti (2005), as
organizações de médio e grande porte foram tratadas, dado que as organizações de
pequeno porte apresentam uma série de dificuldades em termos de obtenção de
informações confiáveis. A pergunta de pesquisa foi a seguinte: qual o nível de
aderência que as empresas brasileiras de médio e grande porte têm em relação ao
arcabouço teórico dos elementos da contabilidade gerencial? Nessas condições, a
pesquisa teve como objetivo estudar o mercado brasileiro, especificamente as
empresas de médio e grande porte, no que se refere à existência dos
COMPONENTES referenciados pelos autores que tratam da contabilidade gerencial,
mensurando a intensidade de sua utilização, denominado no texto de nível de
aderência, para classificar as empresas de acordo com seus perfis de utilização. Os
objetivos específicos da pesquisa realizada por Frezatti (2005) foram: Identificar a
população de empresas brasileiras de médio e grande porte; Identificar, nas várias
organizações, a extensão de COMPONENTES da contabilidade gerencial como
descritos na literatura, a fim de apurar o nível de aderência; Estruturar e coletar os
dados que permitam trazer resposta à questão de pesquisa; e Identificar os
agrupamentos de organizações (os clusters) e analisar os vários perfis das
organizações brasileiras de médio e grande porte.
Os principais fatores que justificaram esta pesquisa foram: dado que são
escassos os estudos empíricos nesta área, esta contribuição é significativa, pois,
após a revisão da literatura, gera subsídios para entendimento do status quo da
gestão das empresas em termos de utilização de COMPONENTES, podendo trazer
benefícios para a melhoria do desempenho dos gestores; uma proporção
significativa das entidades estudadas tem ações comercializadas no mercado. Um
entendimento mais profundo do tema em questão é crítico para que o mercado
financeiro se sinta mais confiante sobre investimento futuro. Pode-se afirmar que tais
recursos proporcionam apoio à governança corporativa, aspecto de especial
interesse no mercado em que as organizações atuam. Dado que a contabilidade
106
gerencial pode contemplar dimensões diferentes para pessoas diferentes, a análise
do assunto ajudará a identificar os vários agrupamentos sobre os quais a prática da
contabilidade gerencial se desenvolve.
Em termos de estrutura, o trabalho levou em conta: Revisão da literatura no
sentido de abranger os estudiosos do tema; Design da pesquisa especificando a
natureza do estudo, a população, a definição de amostra, variáveis de interesse,
subpopulações e fonte das informações; Análise das variáveis e dos agrupamentos;
Principais agrupamentos de perfis, apresentando o resultado da aplicação da técnica
de
cluster sobre a amostra disponível; e Conclusões.
Os agrupamentos de perfis da contabilidade gerencial são importantes para
que se possa entender o
status quo das organizações e tentar prever tendências ou
oportunidades. A preocupação de Scapens (1994) leva em conta a necessidade de
entender o grau de aderência encontrada, bem como as causas da não aderência.
Embora o estudo de Frezatti (2005) não faça qualquer tentativa para generalizar as
conclusões, alguns comentários foram oferecidos.
Pode ser entendido que a economia brasileira é composta de organizações
que estão vivendo diferentes estágios da contabilidade gerencial, e que essas
diferenças são significativas. O agrupamento 5 representou o perfil de relativa maior
aderência à visão conceitual disponível no momento. No outro extremo, encontrou-
se aquele com menor aderência, no agrupamento 1. Isso não significa que o
primeiro tenha todos os COMPONENTES e o último não. Significa que são
agrupamentos que utilizam de maneiras e intensidades distintas os referidos
COMPONENTES. Como conseqüência dessa percepção, os agentes podem
identificar oportunidades de desenvolvimento, as empresas podem fazer
comparações dentro dos seus setores e questionamentos sobre perdas de
oportunidades podem ser feitos;
Com relação ao agrupamento 5, dada a aderência das variáveis, está claro
que é caracterizado por uma consistência forte entre as questões estratégicas e
táticas. A consistência entre planejar e controlar também é claramente presente
neste agrupamento. O oposto pode ser achado no agrupamento 1, onde os
ELEMENTOS enfatizados não são integrados ou relacionados de um modo
sinérgico.
Os agrupamentos indicaram diferenças significativas dentro do “estado de
arte” das entidades. O bloco intermediário (2, 3 e 4) tem semelhanças e diferenças
107
que não se compensam e que devem ser estudadas com mais profundidade para
permitir um entendimento mínimo das causas.
A associação entre porte da entidade e o agrupamento com a maior
aderência ao arcabouço conceitual foi observada. Na verdade, para a amostra
considerada, essa é a única associação indiscutível. Esse é um aspecto a ser
considerado em um processo de reflexão por parte dos pesquisadores, indicando
que o desenvolvimento da contabilidade gerencial continua sendo
preponderantemente absorvido pelas organizações de maior porte, sendo lenta e
menos evidenciada a proliferação para as demais. Esse fenômeno não é apenas
verificado no Brasil, mas também relatado por vários pesquisadores (Scapens e
Otley, por exemplo). De qualquer maneira, é importante saber quais os motivos da
não utilização.
Nenhuma associação entre setor econômico e agrupamento foi encontrada na
análise, o que não foi uma surpresa para Frezatti (2005), dada a distribuição
verificada.
As variáveis analisadas podem ser segmentadas em tradicionais e as mais
recentes, também denominadas mais avançadas. A análise das variáveis mostrou
que as contribuições mais recentes são aquelas que têm menor aderência, ou seja,
são as menos praticadas. Levando-se em conta que algumas são disponíveis de
longa data, num ambiente cada vez mais complexo em que a informação permite a
redução da incerteza, seria de esperar uma maior aderência. Algumas delas são:
custo-padrão (32% de aderência), EVA como parte do sistema de gestão de valor e
como controle orçamentário (29 e 28% respectivamente), ABC (15% de aderência),
BSC (15% de aderência) e MVA (13% de aderência).
1.4.2 Contabilidade Gerencial no México
Segundo Chein (2007, p. 5), a Contabilidade no México se formaliza a partir
da fundação da Escola Mercantil estabelecida pelo Tribunal do Comércio da cidade
do México. A partir desse momento, se capacitou de forma elementar, pessoal para
o registro e organização de algumas empresas. Não obstante, esta escola se viu na
108
necessidade de fechar suas portas devido à falta de fundos pela guerra que no ano
de 1847 foi tida com os EUA.
Por outro lado, por decreto de Antonio Lopez de Santa Ana, então presidente
do México, se fundou a Escola de Comércio em 28 de janeiro de 1845. Mesmo com
seus problemas, esta escola permaneceu até o império de Maximiliano. Mais tarde,
no período presidencial de Don Benito Juárez, em 15 de julho de 1868, foi
inaugurada a Escola Superior do Comércio e Administração, fato que inicia a
reorganização da instrução pública (Mancera, 2000).
Assim, se foram formalizando normativos e programas de estudos para, deste
modo, iniciar as carreiras de Contador Privado, o que posteriormente devido à
necessidade dos profissionais dessa disciplina, se criou no ano de 1905 a carreira
de Contador Público na escola anteriormente mencionada.
Ainda quando os estudos desses eram considerados elementares, resolveram
a problemática existente. A partir do ano de 1917, um grupo de Contadores
Titulados decide agrupar-se profissionalmente constituindo o nome de “Associação
de Contadores Públicos”. Dado o êxito da associação, decidem fundar no ano de
1923 o Instituto de Contadores Públicos Titulados do México.
A partir de então, a agrupação tem se preocupado em estabelecer o perfil
profissional do contador público com as características que dentro do dia a dia, tem
exigido a mudança no ambiente empresarial do México e do mundo.
Cabe acrescentar que com a chegada dos investimentos estrangeiros, a
instalação de plantas produtivas havia gerado a necessidade de atualizar e
homologar a prática contábil e assim, satisfazer as exigências das empresas que,
com tecnologia e sistemas distintos, impuseram uma forma de contabilização por
meio da qual, se alcançaram os objetivos que se havia estabelecido.
A Contabilidade Gerencial nasce no México, mais precisamente desses
investimentos, entre os quais se encontram a General Motors Co., empresa que no
ano de 1920 teve em sua direção financeira Donaldson Brown que, segundo Duarte
(2001), teve uma grande contribuição para a ciência econômica, iniciando assim as
finanças modernas.
Deste modo, se inicia o uso das ferramentas de gestão criadas por Brown e
Sloan entre as quais estava o cumprimento da finalidade da filosofia operacional:
“controle centralizado com responsabilidade centralizada“ (GM, 2005). Isto é, para
EVIA (2006), a responsabilidade que têm os administradores das divisões locais,
109
para tomar suas próprias decisões, sem ter que buscar uma autorização superior
quanto a preço, cesta de produtos, relação com os clientes, desenho dos produtos,
aquisição de materiais e processos operacionais apropriados.
Segundo EVIA (2006), com o estabelecimento da planta da General Motors
no ano de 1937, estes sistemas chegaram ao México implementando novas formas
de gestão, ativando e atualizando os conhecimentos sobre as distintas estratégias
que derivaram de outras empresas devido a atualização educacional que se gerou
pelo interesse de dar um serviço adequado às mesmas, por meio da capacitação e
treinamento profissional dos que ingressavam na carreira da Contadoria Pública.
Segundo Johnson (1978), como foi mencionado em parágrafos anteriores, as
novas ferramentas empregadas pela General Motors, marcaram o início da
Contabilidade Gerencial no México, as quais entre outras coisas, indicaram a
elaboração de relatórios de vendas, relatórios de desempenho anual, incluindo
rendimentos sobre o investimento e se foram agregando pouco a pouco, alguns
conceitos mais, os quais ajudaram a gerar informação confiável, evoluindo assim, a
Contabilidade Gerencial mediante o enfoque do custo-benefício.
Para Johnson e Kaplan (1987) a complexidade dos processos de custeio
levou à busca de meios mais simples para o cálculo dos custos, assim se iniciou o
emprego do método de valorização dos estoques, passando pelos cálculos dos
custos diretos de produção, deixando de lado os custos indiretos de fabricação, os
quais ao serem identificados pelos gestores começaram a ser calculados por meio
de rateio e, deste modo, se incluíram também no programa de estudo dos futuros
profissionais que, na década de 1940, incluíam somente as técnicas de valorização
de estoques como a única atividade desempenhada pela Contabilidade de Custos.
Por outro lado, os acontecimentos históricos que marcaram a pauta para
mudanças e evoluções dentro da Contabilidade Gerencial, se identificam a partir do
pós-guerra, momento no qual, se empreende a reconstrução da Ásia e Europa. O
Japão iniciou sua estratégia copiando sistemas provados, que o levaram a ser a
segunda maior economia do mundo. Isto é, empregou o que hoje em dia se conhece
como Benchmarking Competitivo. Assim, na Toyota Motor Company se começaram
a implementar sistemas de controle de produção e controle estatísticos da produção
de outras técnicas dentro do “Sistema de produção Toyota”, onde nasce o sistema
de manufatura Just in Time (JIT).
110
As inovações haviam provocado que se obtivesse resultados positivos, os
quais se passaram a conhecer a partir do simpósio denominado “Contabilidade
Administrativa para os Noventas” realizado nos EEUU no ano de 1986, organizado
pelo
Institute of Management Accountants (IMA), a Harvard University Business
Schoool e a
National Association of Accountants (NAA), que de acordo com Cotton
(2005), se considera o marco da Contabilidade Gerencial, devido ao que se
apresentaram novos aportes como a Contabilidade Estratégica de Custos (SCM) e
outras, das quais se podem mencionar: 1- Custeio Baseado em Atividades (ABC); 2-
Administração baseada em atividades (ABM); 3-
Balanced Scorecard (BSC) como
uma forma não financeira de medida de desempenho e, 4- Sistemas de Qualidade e
Administração do Tempo, como pode ser a
Total Quality Management (TQM).
Vale ressaltar que são apenas algumas das que tem mais aceitação no
âmbito dos negócios por sua aplicação prática, devido à utilidade da informação que
proporcionam.
A Contabilidade Gerencial no México se deve enfrentar como um desafio.
Esta situação deve ser encarada a fim de conseguir o melhoramento da gestão
empresarial e, deste modo, gerar o desenvolvimento das empresas dentro de um
marco de competitividade e benefício no médio e longo prazo.
Os pontos considerados são derivados das sinergias mundiais, portanto, se
apresenta como necessidade imediata o poder contar com dados e informações que
permitam a tomada de decisões de maneira adequada, fundamentada sobre toda a
realidade que vive as empresas dentro do seu ambiente econômico-financeiro, sem
deixar de lado as necessidades que se apresentam entre o pessoal que se tem
empregado para conseguir os alvos das mesmas.
Por outro lado, as reformas estruturais do marco institucional público, têm
gerado uma transformação do aspecto macroeconômico, derivado este da forte
dependência do financiamento externo que, motivou a convergência para reformas
na matéria de comércio, finanças e liberação de capital (ESCAITH, 2004).
Assim, se tem gerado as mudanças na matéria de administração pública que
marcam a pauta para a obtenção do denominado novo modelo de gestão: inter-
relação de sistemas e centralização normativa e descentralização operativa. Esta
nova ordem pública permite apresentar uma imagem de confiança e credibilidade
tanto no âmbito doméstico como no internacional.
111
Deste modo, as tendências em Contabilidade Gerencial no México,
apresentam a necessidade de mudanças estruturais dentro das pequenas e médias
empresas ao médio e longo prazo, isto é, a manipulação dos sistemas de custos e
gestão que permitem a competitividade ante a abertura internacional, buscar
mercados novos, oferecendo produtos de qualidade e com níveis de competitividade
que permitam o crescimento ordenado, com melhores e maiores benefícios.
Faz-se necessário, a implementação dos programas dentro da empresa, que
promovem a inovação e desenvolvimento tecnológico, impulsionar o uso de novas
ferramentas de gestão e interesse pela mudança, gerando com isto o melhoramento
das atividades.
Cabe acrescentar, que dentro das grandes empresas no México se tem
trabalhado com sistemas de gestão que tem sido adaptado dos sistemas dos EUA,
situação derivada dos investimentos desse país no México e, como conseqüência,
isto tem motivado entre as empresas de menor tamanho que os dão serviço, ter que
adotar e adaptar seus sistemas aos efeitos de cumprir com o normativo dessas
empresas e poder obter a contratação.
Ademais, se deve considerar o estabelecimento de sistemas que permitam o
controle e contabilização do capital intelectual, como forma de reconhecer as
habilidades do pessoal com que se conta e as necessidades de capacitação que a
empresa pode ter.
Cabe acrescentar, incluir dentro dos programas de estudo de graduação e
pós-graduação, matérias que permitam conhecer as ferramentas atuais da
Contabilidade Gerencial, que incluam uma nova forma de implementação, motivando
assim, a mudança estrutural desde as aulas universitárias.
1.4.3 Contabilidade Gerencial na Espanha
Um dos meios possíveis, dentre outros, para descrever a evolução da
Contabilidade Gerencial na Espanha, pode ser tomando como referência, por um
lado, as pesquisas e pronunciamentos que através dos correspondentes
documentos publicados vem sendo desenvolvido na Espanha desde o ano de 1988,
112
a Comissão de Princípios de Contabilidade Gerencial da AECA (Associação
Espanhola de Contabilidade e Administração de Empresas), assim como, por outro
lado, os Eventos, Encontros, que tem sido organizado, tanto a nível nacional como
internacional, além dos estudos empíricos e publicação de livros e artigos que tem
sido realizada durante os anos que esta Comissão tem desenvolvido seu trabalho.
Vale ressaltar previamente que a AECA é uma entidade de caráter
profissional privada, mas que está declarada de utilidade pública na Espanha.
Dentro da AECA foram desenvolvidas suas várias Comissões, que realizam
trabalho de pesquisa e normatização, uma das quais é a Comissão de Princípios de
Contabilidade Gerencial.
A finalidade desta Comissão é investigar sobre áreas distintas e matérias
relativas à Contabilidade Gerencial, difundindo os correspondentes resultados, com
o objetivo de fomentar e apoiar as melhorias nos sistemas de informação e gestão
das empresas, bem como facilitar um incremento de sua produtividade e
competitividade nos mercados.
A Comissão de Contabilidade Gerencial está formada atualmente por trinta e
oito membros, pertencentes tanto ao âmbito universitário como profissional e
empresarial. Uma boa parte de seus integrantes são catedráticos e professores
universitários de Universidades e Escolas de negócios de toda a geografia
espanhola. O restante dos membros pertencem a empresas, tanto industriais, como
de serviços de consultoria, assim como entidades bancárias e de seguros, havendo
também membros de entidades públicas.
Os temas mais atuais da Contabilidade Gerencial que têm sido abordados por
parte da citada Comissão, estão divididos em cinco grandes áreas:
Cálculo dos custos e valorização dos produtos.
Planejamento e Controle Gerencial
Aplicações Setoriais
Entidades públicas
Novas técnicas e perspectivas da Contabilidade Gerencial
113
1.4.3.1 Áreas e matérias dos documentos publicados
Em primeiro lugar, vamos nos referir aos temas e matérias abordados nos
documentos já publicados, para focarmos posteriormente nos trabalhos em curso.
A) Cálculo dos custos e valorização dos produtos
Nesta área se tem abordado até o momento as seguintes matérias:
A Contabilidade de Custos: Conceito e metodologia básicos
(Documento nº 3 -1991)
Materiais: Valorização, atribuição e controle. (Documento nº 5 - 1992)
Mão de obra: Valorização, atribuição e controle. (Documento 6 -
1993)
Custos diretos de produção: Localização, registro e controle.
(Documento nº 7- 1993)
Os custos conjuntos e comuns na empresa. (Documento nº 8- 1993)
B) Planejamento e Controle Gerencial.
Nesta área se tem abordado sucessivamente as quatro matérias seguintes:
A Contabilidade de Gestão como instrumento de Controle
(Documento nº 2 - 1990)
O processo orçamentário da empresa (Documento nº 4 - 1992)
Custo padrão e análise dos desvios (Documento nº 12 - 1995)
Indicadores para a gestão empresarial (Documento nº 17- 1998)
114
C) Aplicações Setoriais.
Nesta área se tem abordado projeções e aplicações da Contabilidade
Gerencial em distintos setores empresariais. Até o momento se tem abordado e
emitido princípios sobre cinco setores empresariais, os quais se encontram a seguir:
A Contabilidade Gerencial nas entidades bancárias (Documento 9
- 1994)
A Contabilidade Gerencial nas empresas de seguro (Documento
10- 1994)
A Contabilidade Gerencial nos centros sanitários (Documento 14-
1997)
A Contabilidade Gerencial nas empresas agrárias (Documento nº 20 -
1999)
A Contabilidade Gerencial nas empresas elétricas (Documento 22
- 2001)
A Contabilidade Gerencial nas empresas construtoras (Documento nº
25 - 2001)
A Contabilidade Gerencial nas empresas de fabricação de
automóveis (Documento nº 28 - 2004)
Contabilidade Gerencial nas empresas hoteleiras (Documento 30-
2005)
A Contabilidade Gerencial nas empresas do sistema portuário
espanhol (Documento nº 31- 2006)
O Controle de Gestão nas empresas descentralizadas (Documento nº
32 - 2006).
D) Entidades públicas e sem fins lucrativos.
A Comissão tem publicado até o momento os seguintes Documentos
relacionados com a Contabilidade Gerencial no âmbito das entidades públicas e sem
fins lucrativos:
115
A Contabilidade Gerencial nas entidades públicas (Documento 15-
1997)
Indicadores de gestão para as entidades públicas (Documento nº 16 -
1997)
A Contabilidade Gerencial nas entidades sem fins lucrativos
(Documento nº 24 - 2001).
Um sistema de indicadores de gestão para as prefeituras.
(Documento nº 26 - 2002).
E) Novas técnicas e perspectivas da Contabilidade Gerencial.
Nesta área se enquadram diversas matérias e documentos que têm em
comum conteúdo relativo a novas técnicas, ferramentas, perspectivas e projeções
metodológicas da Contabilidade Gerencial. São quatro as matérias que têm sido
abordadas neste âmbito através de seus Documentos:
Custos de Qualidade (Documento nº 11 - 1995)
Contabilidade de Gestão Ambiental (Documento nº 13 - 1996)
O Sistema de Custeio Baseado em Atividades (Documento 18 -
1998)
A Teoria das Restrições na Contabilidade Gerencial (Documento
21- 2000)
Gestão Estratégica de Custos (Documento nº 23 - 2001)
Contabilidade Gerencial para a tomada de decisões (Documento
27- 2003)
A Gestão de Projetos: Um modelo de Contabilidade Gerencial
(Documento nº 29 - 2004).
116
1.4.3.2 Tendência e trabalhos em curso da comissão
Ao tratar das perspectivas e tendências da Contabilidade Gerencial, e mais
concretamente dos desenvolvimentos previstos dos correspondentes trabalhos da
Comissão da AECA, temos que ressaltar que estes desenvolvimentos estão
centrados fundamentalmente em algumas das cinco áreas destacadas
anteriormente, especialmente as três seguintes:
1.4.3.3 Aplicações setoriais da Contabilidade Gerencial
Uma das tendências mais claras dos sistemas de informação, tanto na
Espanha como em outros países, radica em realizar projeções didáticas e
metodológicas, as mais específicas e próximas dos distintos setores empresariais. É
por esse motivo que uma parte importante dos trabalhos presentes e futuros da
Comissão de Contabilidade Gerencial se concentra na linha de Documentos
setoriais, como os mencionados a seguir:
A Contabilidade Gerencial no Sistema Portuário Espanhol
A Contabilidade Gerencial nas empresas comerciais
A Contabilidade Gerencial nas empresas descentralizadas
A Contabilidade Gerencial nas empresas de Telecomunicações
A Contabilidade Gerencial nas Universidades
1.4.3.4 Entidades públicas e sem fins lucrativos
A importância crescente da racionalização da gestão das entidades públicas,
assim como o importante desenvolvimento que está experimentando a nível mundial
a sociedade civil e as entidades sem fins lucrativos, presume um importante e atual
117
desafio para o desenvolvimento futuro da Contabilidade Gerencial. Neste âmbito,
vale ressaltar que a Comissão da AECA está elaborando e debatendo o seguinte
conteúdo de futuros Documentos:
A Contabilidade Gerencial nas Universidades. As Universidades constituem
organizações complexas com processos de atividades muito importantes
socialmente, e economicamente significativos e diversificados, cujos outputs
fundamentais são a docência universitária e a pesquisa.
Neste sentido, é muito importante o conhecimento detalhado dos custos e
informações sobre indicadores relacionados com este tipo de entidade. É por esse
motivo que ao abordar a problemática da Contabilidade Gerencial das entidades
universitárias se pode abordar entre outros os seguintes temas: a) Análise das
atividades em uma universidade; b) Análise do processo de tomada de decisões; c)
Os custos da atividade universitária; d) Estrutura de um modelo geral de custos; Os
centros de custos e seu consumo de recursos; f) Os ingressos na universidade; g)
Tipos de informações geradas pelo sistema contábil; h) A evolução da qualidade na
universidade; i) Os indicadores de controle na universidade.
1.4.3.5 Novas técnicas e perspectivas da Contabilidade Gerencial
Das diversas incorporações que a Contabilidade Gerencial vem
experimentando de forma notória em seu acervo didático e metodológico, podemos
destacar a relativa à Gestão Estratégica de Custos, projeção muito significativa
dessa disciplina, sobre a qual está sendo elaborado pela Comissão um Documento,
e no qual se trata de contemplar a gestão dos custos com uma perspectiva mais
ampla, tanto no tempo como no espaço, e na qual se têm concepções como os
sistemas de criação de valor, a posição estratégica da empresa, o ciclo de vida do
produto, etc.
Pensamos, finalmente, que esta projeção da Contabilidade Gerencial é uma
das que mais estão se desenvolvendo e estendendo nos próximos anos, tanto no
contexto nacional como no internacional.
118
1.5 Resumo
Este capítulo apresentou o referencial teórico dos aspectos conceituais
relacionados à origem e evolução histórica da Contabilidade Gerencial, suas linhas
de pesquisa, a pesquisa contemporânea em Contabilidade Gerencial e a
Contabilidade Gerencial no Brasil, México e Espanha. Esse embasamento conceitual
serviu de sustentação para o desenvolvimento do estudo.
No próximo capítulo, serão abordados temas de caráter metodológico que
envolveu o processo de elaboração deste trabalho.
119
2 METODOLOGIA
Neste capítulo, serão abordados temas de caráter metodológico que envolveu
o processo de elaboração deste trabalho. Sendo assim, serão abordadas a tipologia
da pesquisa, a população e amostra, os mecanismos de coleta e tratamento dos
dados e as limitações do método utilizado para o desenvolvimento do estudo.
2.1 Aspectos metodológicos
Neste tópico serão abordados os aspectos metodológicos da pesquisa.
Sendo assim, serão abordadas a tipologia da pesquisa, a população e amostra, os
mecanismos de coleta e tratamento dos dados e as limitações do método utilizado
para o desenvolvimento do estudo.
2.1.1 Tipologia da pesquisa
Visando permitir que os objetivos propostos atendam à problemática
estabelecida, esta pesquisa caracteriza-se como descritiva e delineada por meio de
pesquisa bibliográfica, documental e pesquisa de campo, de acordo com a tipologia
dada por Collis e Hussey (2005), Gil (2002), Lakatos e Marconi (2002), e Santos
(1999).
Segundo Collis e Hussey (2005), a pesquisa descritiva é a pesquisa que
descreve o comportamento dos fenômenos. É usada para identificar e obter
informações sobre as características de um determinado problema ou questão. Os
dados compilados costumam ser quantitativos e técnicas estatísticas são geralmente
usadas para resumir as informações. A pesquisa descritiva vai além da pesquisa
exploratória ao examinar um problema, uma vez que avalia e descreve as
características das questões pertinentes.
120
Inicialmente, para coletar, selecionar, analisar e interpretar os principais
conceitos que tangenciam a Contabilidade Gerencial tais como, as bases conceituais
sobre a origem e evolução histórica da mesma e as linhas de pesquisa da
Contabilidade Gerencial, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, a qual ofereceu suporte
e fundamentação teórica ao estudo.
Segundo Gil (2002), do ponto de vista dos procedimentos técnicos adotados,
esta pesquisa pode ser classificada como bibliográfica e documental. Para esse
autor, a pesquisa bibliográfica é elaborada a partir de material publicado,
constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material
disponibilizado na Internet. Lakatos e Marconi (2002) consideram a pesquisa
bibliográfica uma coletânea de trabalhos realizados, capazes de fornecer dados
atuais e relevantes sobre o tema.
No referencial teórico deste estudo foram abordados os principais temas de
cada linha de pesquisa, de acordo com os livros dos principais autores de
Contabilidade Gerencial, artigos em periódicos e anais em congressos científicos.
Para Gil (2002), a pesquisa documental é elaborada a partir de materiais que
não receberam tratamento analítico. Este estudo utilizou-se de artigos publicados em
periódicos e realizou uma classificação por ano e por linha de pesquisa, ou seja, os
dados foram analisados e tratados a fim de realizar uma análise comparativa entre
os 3 países estudados .
Santos (1999) acrescenta à classificação apresentada por Gil, destacando a
caracterização das pesquisas segundo as fontes de informação. Neste caso, esta
pesquisa pode ser classificada como pesquisa de campo. Segundo esse autor,
pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como
ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e
interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente,
objetivando compreender e explicar o problema pesquisado.
121
2.1.2 População e amostra
Este estudo está centrado numa pesquisa realizada por Chein e Ripoll Feliu
(2005), cujo objetivo foi realizar uma análise comparativa das publicações de
trabalhos relacionados com a Contabilidade Gerencial nas revistas de maior
prestígio da Espanha e México, efetuando uma revisão a partir do ano de 1999 até o
primeiro semestre de 2005, com o propósito de identificar os trabalhos da área
objeto de estudo que tem chamado a atenção dos pesquisadores e profissionais de
ambos os países.
No presente estudo, a população abrange o conjunto de revistas científicas e
profissionais de Contabilidade nos três países estudados (Brasil, Espanha e México).
A amostra é composta por 21 revistas selecionadas, sendo sete revistas de cada
país. A opção por esse meio, ao invés da análise de publicações de livros ou
manuais, deve-se à tradicional demora do período de estudo e sua difusão.
Para a amostra representativa da publicação na área de Contabilidade
Gerencial na Espanha e no México, utilizou-se da amostra de revistas constante no
estudo de Chein e Ripol Feliu (2005).
No caso do Brasil, a amostra foi composta pelo número equivalente de
revistas do México e da Espanha (sete revistas), utilizando-se o critério do Qualis da
CAPES. Foram selecionadas sete revistas de Contabilidade enquadradas em
categorias indicativas de qualidade A, B e C.
O sistema Qualis é o resultado do processo de classificação dos veículos
utilizados por programas de pós-graduação para a divulgação da produção
intelectual de seus docentes e alunos. Tal sistema foi concebido pela Capes para
atender a necessidades específicas da avaliação da pós-graduação. Os periódicos
científicos são enquadrados em categorias indicativas da qualidade - A, B ou C e do
âmbito de circulação dos mesmos (internacional, nacional ou local).
Os periódicos editados no Brasil são classificados segundo o seguinte
conjunto de critérios de qualidade: a) normalização; b) publicação; c) circulação e
visibilidade; d) autoria e conteúdo; e) gestão editorial, e f) qualidade percebida dos
artigos publicados. Periódicos exclusivamente eletrônicos são também avaliados
quanto às suas características especiais, por exemplo: requisitos e facilidade de
acesso ao sítio; visualização, informações disponíveis e mecanismos de busca
122
existentes no sítio; disponibilidade de textos integrais; estatísticas de acesso ao sítio
etc.
As revistas selecionadas para este estudo aparecem relacionadas nos quadros
4, 5 e 6.
BASE – REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DA UNISINOS
CONTABILIDADE VISTA E REVISTA
REVISTA CONTEMPORÂNEA DE CONTABILIDADE
REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO MACKENZIE
REVISTA DE CONTABILIDADE E FINANÇAS – USP
REVISTA PENSAR CONTÁBIL – CRC/RJ
UNB CONTÁBIL
Quadro 4 - Revistas brasileiras selecionadas
Fonte: O autor
O critério de seleção dos periódicos contábeis que constam no quadro 4 levou
em consideração os periódicos classificados na área de Contabilidade,
Administração e Turismo da CAPES, enquadrados em categorias indicativas da
qualidade A, B ou C, de âmbito de circulação nacional.
Sendo assim, todas as revistas da amostra são de circulação nacional e
quanto à categoria indicativa de qualidade, pode-se dizer o seguinte: as revistas
BASE, Administração Mackenzie e Contabilidade e Finanças possuem qualis A. A
revista Contabilidade Vista e Revista possui qualis B e as demais revistas da
amostra (Contemporânea de Contabilidade, Pensar Contábil e UNB Contábil)
possuem qualis C.
ADMINÍSTRATE HOY
CONTADURÍA Y ADMINISTRACIÓN
DIRECCIÓN ESTRATÉGICA
EMPRENDEDORES
REVISTA CONTADURÍA PUBLICA
SEGMENTO
VÉRTICE UNIVERSITARIO
Quadro 5 - Revistas mexicanas seleccionadas
Fonte: CHEIN (2007, p. 11).
123
HARVARD DEUSTO FINANZAS Y CONTABILIDAD
PARTIDA DOBLE
REVISTA DE CONTABILIDAD.
REVISTA DE ECONOMÍA Y EMPRESA
REVISTA ESPAÑOLA DE FINANCIACIÓN Y CONTABILIDAD
REVISTA IBEROAMERICANA DE CONTABILIDAD Y GESTIÓN
TÉCNICA CONTABLE
Quadro 6 - Revistas espanholas selecionadas
Fonte: CHEIN (2007, p. 11).
Ainda que seja pelo seu perfil, as publicações se editam com diferenças
temporais. Assim, pode-se dizer que o interesse profissional pelas mesmas que
levou a utilizá-las como fonte de informação.
2.1.3 Coleta e tratamento dos dados
Os dados coletados foram os artigos de Contabilidade Gerencial publicados
no período de 1999 a 2005 na amostra de 21 revistas selecionadas nos três países
estudados. A pesquisa dos artigos foi realizada na Internet e em Bibliotecas. A
identificação dos artigos de Contabilidade Gerencial foi realizada mediante uma
análise das palavras-chave dos artigos publicados na amostra selecionada.
A opção pelos artigos publicados em periódicos deve-se ao fato de ser o meio
mais atualizado em relação à difusão da pesquisa, que, se analisarmos as
publicações de livros e manuais, estes vêm com certo atraso devido à demora que
implica o processo de edição.
Para a realização da pesquisa foi utilizada a agrupação de Chein e Ripoll
Feliu (2005), a qual consta de 12 linhas de pesquisa que contêm 76 temas sobre a
Contabilidade Gerencial na qual se apóia o estudo para a classificação realizada. Na
pesquisa de Chein e Ripoll Feliu (2005) foi realizada uma comparação da
preocupação investigadora em Contabilidade Gerencial entre México e Espanha.
Sendo assim, o presente estudo amplia essa pesquisa através da inclusão das
revistas brasileiras para uma comparação entre os três países.
Todos os artigos foram analisados e separados por ano e por cada uma das
12 linhas de pesquisa. No entanto, convém destacar que surgiram algumas
124
dificuldades ao classificar os artigos entre as linhas de pesquisa fixadas, posto que
alguns deles podem ser enquadrados em duas ou mais áreas, devido ao conteúdo
do mesmo. Por isso, os artigos foram classificados de acordo com o que foi
considerado o tema central.
Em seguida, foi analisado o número de artigos de Contabilidade Gerencial
publicado em cada um dos sete anos (1999-2005) por cada revista utilizada na
amostra de cada país. Dessa forma, pode-se conhecer a revista que dedica mais
atenção à área de Contabilidade Gerencial em cada um dos três países estudados.
Desse modo, apresenta-se o número de artigos encontrados nas revistas
brasileiras (quadro 7), mexicanas (quadro 8) e espanholas (quadro 9) em cada ano
do período estudado, bem como os respectivos gráficos que foram elaborados com
o intuito de demonstrar a freqüência das 12 linhas de pesquisa em cada uma das
sete revistas selecionadas nos três países estudados. As doze linhas de pesquisa
foram abordadas no capítulo 1 deste trabalho, bem como sua composição encontra-
se demonstrada no quadro 1.
Quadro 7 – Nº de artigos brasileiros por revista/ano
Fonte: Elaboração própria. a. Revisada sem artigos de Contabilidade Gerencial b. Não disponível c. Sem
edição na data da revisão. d. Não se editava. Total de artigos no Brasil: 127.
REVISTA 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999
BASE - REVISTA DE ADM. E
CONTABILIDADE DA UNISINOS
4 2 d d d d d
CONTABILIDADE VISTA E
REVISTA
6 9 9 3 3 6 4
REVISTA CONTEMPORÂNEA DE
CONTABILIDADE
4 3 d d d d d
REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO
MACKENZIE
1 2 a 1 a 3 d
REVISTA DE CONTABILIDADE E
FINANÇAS – USP
2 2 3 4 1 a 3
REVISTA PENSAR CONTÁBIL
CRC/RJ
4 6 7 1 3 8 6
UNB CONTÁBIL 1 2 4 3 a 3 4
125
0
2
4
6
8
10
12
14
Base
Vista
e
Re
v
i
s
ta
Con
t
empo
n
e
a
Mackenz
i
e
Co
n
ta
b
e
F
in
a
n
ç
a
s
Pensar Contábil
U
NB Co
n
tá
b
il
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
XII
Gráfico 1 – Linhas de pesquisa de Contabilidade Gerencial – revistas brasileiras
Fonte: O autor
Quadro 8 – Nº de artigos mexicanos por revista/ano
Fonte: CHEIN (2007, p. 13). a. Revisada sem artigos de Contabilidade Gerencial b. Não disponível c. Sem
edição na data da revisão. d. Não se editava. Total de artigos no México: 466.
Gráfico 2 – Linhas de pesquisa de Contabilidade Gerencial – revistas mexicanas
Fonte: CHEIN (2007, p. 13).
REVISTA 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999
ADMINÍSTRATE HOY 15 20 16 18 40 11 5
CONTADURÍA Y ADMINISTRACIÓN 3 5 5 3 6 11 b
DIRECCIÓN ESTRATÉGICA 7 10 9 12 b b b
EMPRENDEDORES 3 40 31 32 36 24 b
REVISTA CONTADURÍA PÚBLICA 4 4 6 5 1 a a
SEGMENTO 1 3 6 12 5 5 1
VÉRTICE UNIVERSITARIO c 3 6 6 7 9 20
126
Quadro 9 – Nº de artigos espanhóis por revista/ano
Fonte: CHEIN (2007 p. 12). a. Revisada sem artigos de Contabilidade Gerencial b. Não disponível c. Sem
edição na data da revisão. d. Não se editava. Total de artigos na Espanha: 406.
Gráfico 3 – Linhas de pesquisa de Contabilidade Gerencial – revistas espanholas
Fonte: Chein (2007 p. 12)
Nos gráficos, pode-se observar a tendência da maioria das revistas do estudo
e o interesse por cada linha de pesquisa.
Percebe-se o interesse das revistas espanholas pela linha IX. Contabilidade
Gerencial Estratégica, seguida pela linha VI. Novas Perspectivas e Variáveis da
Contabilidade Gerencial.
REVISTA 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999
HARVARD DEUSTO FINANZAS Y
CONTABILIDAD
3 11 19 18 25 18 13
PARTIDA DOBLE 2 10 a 16 18 16 10
REVISTA DE CONTABILIDAD a 1 2 1 4 1 3
REVISTA DE ECONOMÍA Y
EMPRESA
b b 15 12 11 11 12
REVISTA ESPAÑOLA DE
FINANCIACIÓN Y CONTABILIDAD
4 8 5 13 7 7 11
REVISTA IBEROAMERICANA DE
CONTABILIDAD Y GESTIÓN
8 15 20 d d d d
TÉCNICA CONTABLE 2 6 11 13 11 1 12
127
No caso do México, a linha IX tem a porcentagem mais alta de interesse em
todas ou quase todas as revistas, seguida pela linha V. Contexto e Papel Atual da
Contabilidade Gerencial.
Quanto ao Brasil, verifica-se uma preocupação maior com a linha III. Custos
para Planejamento, Controle e Tomada de Decisões, seguida pela linha VI. Novas
Perspectivas e Variáveis da Contabilidade Gerencial.
Posteriormente, serão realizadas as seguintes análises com o objetivo de
apresentar a tendência global e individual de cada país, de acordo com os
resultados obtidos:
Representatividade de cada uma das 12 linhas de pesquisa em cada
um dos três países analisados, a fim de verificar os assuntos
relacionados à área de Contabilidade Gerencial que despertam mais
interesse nos pesquisadores de cada país;
Comparação da quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial
publicada em cada ano do período analisado (1999-2005), a fim de
verificar a evolução do interesse dos pesquisadores ao longo do
tempo em cada país e de forma global;
Identificação das revistas que mais publicam assuntos relacionados à
Contabilidade Gerencial, através da ordenação das revistas
brasileiras, mexicanas e espanholas, em função da porcentagem de
participação que cada uma possui no total de artigos publicados na
amostra de 21 revistas selecionadas nos três países.
Comparação dos três países estudados quanto ao nível de interesse
dos pesquisadores de cada país em cada uma das 12 linhas de
pesquisa, a fim de verificar a relação existente, em termos de
proximidade ou afastamento, entre os assuntos abordados no Brasil,
México e Espanha.
128
2.1.4 Limitações do método
Quanto às limitações do método, a utilização de um número pequeno de
revistas em cada país, não garante a representatividade das revistas em cada ano e
país. Além disso, por se tratar de um segmento, pode ser que o perfil da revista seja
outro.
Além disso, não tivemos acesso ao número médio de artigos publicados por
cada revista mexicana e espanhola. Sendo assim, diferenças na quantidade de
artigos publicados na amostra de revistas de cada país, podem ser atribuídas à
diferença no número médio de artigos publicados por cada revista da amostra dos
três países estudados.
Uma outra limitação do método é a utilização de apenas sete anos para
realizar a comparação entre os três países. Para se obter uma melhor conclusão,
teria que ser analisado um período maior.
2.2 Resumo
Neste capítulo, foram abordados temas de caráter metodológico que envolveu
o processo de elaboração deste trabalho. Sendo assim, apresentamos a tipologia da
pesquisa, a população e amostra, os mecanismos de coleta e tratamento dos dados
e as limitações do método utilizado para o desenvolvimento do estudo.
No próximo capítulo, serão apresentados e discutidos os resultados da
pesquisa, bem como a tendência individual e global dos três países estudados:
Brasil, México e Espanha.
129
3 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo, serão apresentados e discutidos os resultados da pesquisa,
bem como a tendência individual e global dos três países estudados: Brasil, México
e Espanha. Sendo assim, o mesmo encontra-se dividido em quatro partes.
Na primeira, mostra-se a representatividade de cada linha de pesquisa nos
três países (Brasil, Espanha e México) de forma individual e global.
Na segunda parte, realiza-se uma comparação da quantidade de artigos de
Contabilidade Gerencial publicada na amostra de revistas selecionadas em cada
ano do período analisado (1999 – 2005) nos três países de forma individual e global.
Dessa forma, pode-se analisar a evolução da preocupação investigadora na área de
Contabilidade Gerencial nos três países. Além disso, apresentam-se mais duas
análises: uma comparação entre os três países da publicação na área de
Contabilidade Gerencial em cada ano do período analisado e uma comparação da
quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial publicada por ano em cada revista
brasileira, mexicana e espanhola.
Na terceira parte, apresenta-se uma ordenação das revistas brasileiras,
mexicanas e espanholas, em função da porcentagem de participação que cada uma
possui no total de artigos publicados (999 artigos) na amostra de 21 revistas
selecionadas nos três países (sete revistas de cada país), a fim de identificar as
revistas que mais publicam assuntos relacionados à Contabilidade Gerencial.
Na quarta parte, os resultados do trabalho são discutidos, bem como é
realizada uma análise comparativa entre os três países quanto às linhas de pesquisa
de Contabilidade Gerencial mais estudadas em cada país, a fim de verificar a
relação existente, em termos de proximidade ou afastamento, entre os assuntos
abordados na área de Contabilidade Gerencial no Brasil, México e Espanha.
130
3.1 Representatividade das linhas de pesquisa de Contabilidade Gerencial
Neste tópico, será apresentada a posição que cada linha de pesquisa ocupa
em cada um dos países estudados individualmente e de forma global, considerando
a soma da freqüência dos três países em cada linha de pesquisa.
3.1.1 Representatividade de cada linha de pesquisa nos países - Individual
Neste tópico será apresentada a representatividade de cada linha de
pesquisa em cada um dos países analisados (Brasil, México e Espanha) de forma
individual.
3.1.1.1 Brasil
Código Linha de pesquisa %
III Custos para planejamento, controle e tomada de decisões 19%
VI Novas Perspectivas e variáveis da Contabilidade Gerencial 15%
VII Modelo de custos ABC/ABM 14%
XI Projeções setoriais da Contabilidade Gerencial 14%
I Contabilidade de Custos 10%
V Contexto e papel atual da Contabilidade Gerencial 10%
IX Contabilidade Gerencial Estratégica 7%
X Setor Público 6%
II Marco Conceitual da Contabilidade Gerencial 2%
VIII Custos da qualidade e aplicações práticas 1%
XII História da Contabilidade Gerencial 1%
IV Pesquisa e Docência em Contabilidade Gerencial 0%
Quadro 10 – Preocupação investigadora do Brasil – Maior a Menor
Fonte: O autor
131
I
10%
II
2%
III
20%
IV
0%
V
10%
VI
15%
VII
14%
VIII
1%
X
6%
XI
14%
XII
1%
IX
7%
Gráfico 4 – Linhas de Pesquisa de Contabilidade Gerencial – 1999 – 2005 – Brasil
Fonte: O autor
No caso do Brasil, a tendência que se observa nas diferentes linhas de
pesquisa foram apresentadas no quadro 10 e gráfico 4. A linha III. Custos para
planejamento, controle e tomada de decisões é a que possui a maior porcentagem
com 19% dos trabalhos publicados; Em seguida, temos a linha VI. Novas
perspectivas e variáveis da Contabilidade Gerencial com uma porcentagem de 15%;
Depois, com uma porcentagem muito próxima, as linhas VII. Modelo de custos
ABC/ABM e XI. Projeções setoriais da Contabilidade Gerencial se apresentam com
14%, enquanto a linha I. Contabilidade de Custos e a linha V. Contexto e papel atual
da Contabilidade Gerencial alcançam o percentual de 10%.
Em segundo plano, se apresenta a linha IX. Contabilidade Gerencial
Estratégica com 7%, seguida pela linha X. Setor Público com 6%, enquanto a linha
II. Marco Conceitual da Contabilidade Gerencial apresenta um percentual de 2%. Por
último, apresentam-se as linhas VIII. Custos da qualidade e aplicações práticas e XII.
História da Contabilidade Gerencial com 1%. Vale ressaltar que nas revistas
brasileiras estudadas não foram encontrados artigos que abordasse temas da linha
IV. Pesquisa e Docência em Contabilidade Gerencial.
132
3.1.1.2 México
Código Linha de pesquisa %
IX Contabilidade Gerencial Estratégica 40%
V Contexto e papel atual da Contabilidade Gerencial 17%
XI Projeções setoriais da Contabilidade Gerencial 9%
VIII Custos da qualidade e aplicações práticas 8%
III Custos para planejamento, controle e tomada de decisões 8%
VI Novas Perspectivas e variáveis da Contabilidade Gerencial 6%
IV Pesquisa e Docência em Contabilidade Gerencial 4%
I Contabilidade de Custos 3%
VII Modelo de custos ABC/ABM 2%
II Marco Conceitual da Contabilidade Gerencial 2%
X Setor Público 1%
XII História da Contabilidade Gerencial 0%
Quadro 11 – Preocupação investigadora do México – Maior a menor
Fonte: CHEIN (2007 p. 16)
I
3%
II
2%
III
8% IV
4%
V
17%
VI
6%
VII
2%
VIII
8%
IX
40%
X
1%
XI
9%
XII
0%
Gráfico 5 – Linhas de Pesquisa de Contabilidade Gerencial – 1999 – 2005 – México
Fonte: CHEIN (2007 p. 17)
No México, observa-se no quadro 11 e gráfico 5, que a linha IX. Contabilidade
Gerencial Estratégica é a que tem o percentual mais alto, ocupando a primeira
posição com 40%. Em seguida, a linha V. Contexto e papel atual da Contabilidade
Gerencial se apresenta em segundo lugar com a porcentagem de 17%.
Posteriormente, temos a linha XI. Projeções Setoriais da Contabilidade Gerencial
com 9% e as linhas VIII. Custos da qualidade e aplicações práticas e III. Custos para
planejamento, controle e tomada de decisões, ambas com 8%.
133
A sexta posição é ocupada pela linha VI. Novas Perspectivas e variáveis da
Contabilidade Gerencial com 6%, seguida pela linha IV. Pesquisa e Docência em
Contabilidade Gerencial, que obteve o percentual de 4%. Por outro lado, o interesse
varia nas linhas: I. Contabilidade de Custos com 3%, VII. Modelo de custos
ABC/ABM e II. Marco Conceitual da Contabilidade Gerencial, ambas com 2%.
Nas últimas posições aparecem as linhas X. Setor Público e XII. História da
Contabilidade Gerencial com 1% e 0%, respectivamente.
Vale ressaltar que no caso do México, na linha IX. Contabilidade Gerencial
Estratégica existe uma grande diversidade de temas relacionados com o apoio à
direção das empresas, o qual se apresenta na linha V. Contexto e papel atual
Contabilidade Gerencial. Além disso, a tendência centrada na linha IX. Contabilidade
Gerencial Estratégica decorre da preocupação da direção das organizações em
favorecer e aproveitar os recursos de forma otimizada, melhorar a competitividade e
a qualidade, assim como implantar sistemas de melhoria contínua. Isso decorre, em
parte, das mudanças no meio empresarial, tecnológico e financeiro que se tem vivido
no âmbito dos negócios, além das constantes mudanças na norma fiscal.
3.1.1.3 Espanha
Código Linha de pesquisa %
IX Contabilidade Gerencial Estratégica 19%
VI Novas Perspectivas e variáveis da Contabilidade Gerencial 17%
XI Projeções setoriais da Contabilidade Gerencial 16%
III Custos para planejamento, controle e tomada de decisões 11%
V Contexto e papel atual da Contabilidade Gerencial 10%
IV Pesquisa e Docência em Contabilidade Gerencial 6%
VII Modelo de custos ABC/ABM 5%
VIII Custos da qualidade e aplicações práticas 4%
II Marco Conceitual da Contabilidade Gerencial 4%
X Setor Público 4%
I Contabilidade de Custos 3%
XII História da Contabilidade Gerencial 1%
Quadro 12 – Preocupação investigadora da Espanha – Maior a Menor
Fonte: Chein (2007 p. 15)
134
I
3%
II
4%
III
11%
IV
6%
V
10%
VI
17%
VII
5%
VIII
4%
IX
19%
X
4%
XI
16%
XII
1%
Gráfico 6 – Linhas de Pesquisa de Contabilidade Gerencial – 1999 – 2005 - Espanha
Fonte: Chein (2007 p. 16)
No caso da Espanha, a tendência que se observa nas diferentes linhas de
pesquisa foram apresentadas no quadro 12 e gráfico 6. A linha IX. Contabilidade
Gerencial Estratégica é a que possui a maior porcentagem com 19% dos trabalhos
publicados; Em seguida, temos a linha VI. Novas perspectivas e variáveis da
Contabilidade Gerencial com uma porcentagem de 17%. Depois, com uma
porcentagem muito próxima, a linha XI. Projeções setoriais da Contabilidade
Gerencial se apresenta na terceira posição com 16%. Em seguida, a linha III. Custos
para planejamento, controle e tomada de decisões apresenta-se na quarta posição
com um percentual de 11% e a linha V. Contexto e papel atual da Contabilidade
Gerencial alcança o percentual de 10%, ficando na quinta posição.
Em segundo plano, se apresenta a linha IV. Pesquisa e Docência em
Contabilidade Gerencial com 6%, seguida pela linha VII. Modelo de Custos
ABC/ABM com 5%. As linhas VIII. Custos da qualidade e aplicações práticas, II.
Marco Conceitual da Contabilidade Gerencial e XII. História da Contabilidade
Gerencial ficam com o percentual de 4%. Nas últimas posições aparecem as linhas
I. Contabilidade de Custos e XII. História da Contabilidade Gerencial com 3% e 1%,
respectivamente.
135
3.1.2 Representatividade de cada linha de pesquisa nos três países – Global
Linhas de Pesquisa Freqüência %
I – Contabilidade de Custos 37 4%
II – Marco Conceitual da Contabilidade Gerencial 28 3%
III – Custos para planejamento, controle e tomada de decisões 105 11%
IV – Pesquisa e Docência em Contabilidade Gerencial 45 5%
V – Contexto e papel atual da Contabilidade Gerencial 140 14%
VI – Novas perspectivas e variáveis da Contabilidade Gerencial 111 11%
VII – Modelo de custos ABC / ABM 47 5%
VIII – Custos de qualidade e aplicações práticas 54 5%
IX – Contabilidade Gerencial Estratégica 272 27%
X – Contabilidade Gerencial no setor público 29 3%
XI – Projeções setoriais da Contabilidade Gerencial 124 12%
XII – História da Contabilidade Gerencial 7 1%
Total 999 100%
Quadro 13 – Frequência das linhas de pesquisa de Contabilidade Gerencial – Global
Fonte: O autor
Gráfico 07 – Frequência das linhas de pesquisa de Contabilidade Gerencial – Global
Fonte: O autor
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
XII
0
50
100
150
200
250
300
136
Código Linha de pesquisa %
IX Contabilidade Gerencial Estratégica 27%
V Contexto e papel atual da Contabilidade Gerencial 14%
XI Projeções setoriais da Contabilidade Gerencial 12%
VI Novas Perspectivas e variáveis da Contabilidade Gerencial 11%
III Custos para planejamento, controle e tomada de decisões 11%
VIII Custos da qualidade e aplicações práticas 5%
VII Modelo de custos ABC/ABM 5%
IV Pesquisa e Docência em Contabilidade Gerencial 5%
I Contabilidade de Custos 4%
X Setor Público 3%
II Marco Conceitual da Contabilidade Gerencial 3%
XII História da Contabilidade Gerencial 1%
Quadro 14 – Preocupação investigadora global – Maior a Menor
Fonte: O autor
I
4%
II
3%
III
11%
IV
5%
V
14%
VI
11%
VII
5%
VIII
5%
IX
26%
X
3%
XI
12%
XII
1%
Gráfico 08 – Linhas de pesquisa de Contabilidade Gerencial – 1999 – 2005 – Global
Fonte: O autor
De acordo com as informações fornecidas pelos quadros 13 e 14 e gráficos 7
e 8, pode-se observar que em termos globais um grande interesse pela linha IX.
Contabilidade Gerencial Estratégica, a qual apresenta um percentual de 27%. Em
seguida, a linha V. Contexto e papel atual da Contabilidade Gerencial apresenta-se
com um percentual de 14%, enquanto que a linha XI. Projeções setoriais da
Contabilidade Gerencial apresenta um percentual de 12%. As linhas VI. Novas
perspectivas e variáveis da Contabilidade Gerencial e III. Custos para planejamento,
controle e tomada de decisões ficam com um percentual de 11%. Em seguida, as
linhas VIII. Custos da qualidade e aplicações práticas, VII. Modelo de custos
ABC/ABM e IV. Pesquisa e Docência em Contabilidade Gerencial apresentam um
percentual de 5%. A linha I. Contabilidade de Custos fica com um percentual de 4%
137
e as linhas X. Setor Público, II. Marco Conceitual da Contabilidade Gerencial e XII.
História da Contabilidade Gerencial são as que apresentam o percentual mais baixo,
com 3%, 3% e 1%, respectivamente.
De acordo com outros estudos (Ripoll Feliu e Simeone, 1998; Alcoy et al.,
2001), percebe-se que as tendências têm variado conforme as mudanças estruturais
das necessidades empresariais, objeto de interesse pelo qual se realiza este tipo de
estudo, que serve para melhorar os sistemas e o desempenho das organizações.
Em outros trabalhos, Ripoll Feliu manifestou como a pesquisa e sua difusão
em nível de revistas especializadas na temática que está sendo estudada tem sido
liderada em grande parte pela área anglo-saxônica que, como acontece com outros
temas costuma marcar as diretrizes nas linhas de pesquisa. Esta informação se
materializa no número de revistas especializadas, volume de trabalhos realizados e
conteúdo dos temas de pesquisa, tanto a nível teórico como empírico.
3.2 Comparação da quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial
publicada por ano em cada país
Neste tópico será realizada uma comparação da quantidade de artigos de
Contabilidade Gerencial publicada em cada ano do período analisado (1999-2005), a
fim de verificar a evolução do interesse dos pesquisadores ao longo do tempo em
cada país e de forma global. Adicionalmente, será realizada uma comparação da
quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial publicada por ano em cada
revista.
3.2.1 Comparação da quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial publicada
por ano em cada país
Neste tópico será realizada uma comparação da quantidade de artigos de
Contabilidade Gerencial publicada por ano em cada país, a fim de verificar a
138
evolução do interesse dos pesquisadores do Brasil, México e Espanha na área de
Contabilidade Gerencial no período de 1999 a 2005.
3.2.1.1 Brasil
0
5
10
15
20
25
30
1
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Gráfico 09 – Evolução da preocupação investigadora – 1999 – 2005 – Brasil
Fonte: O autor
O gráfico 9 mostra a evolução da preocupação investigadora no Brasil ao
longo do período analisado (1999 2005). Percebe-se que entre os anos de 1999 e
2000, houve um crescimento na quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial
publicados. Entretanto, esse número foi reduzido substancialmente no ano de 2001.
A partir de 2001 e até 2004, a quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial
publicada teve um período de crescimento e em 2005 houve uma queda, entretanto
a quantidade de artigos publicados nesse ano permaneceu em um bom nível,
considerando a média de artigos de Contabilidade Gerencial publicado por ano
durante o período analisado.
139
3.2.1.2 México
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Gráfico 10 – Evolução da preocupação investigadora – 1999 – 2005 – México
Fonte: O autor
O gráfico 10 mostra a evolução da preocupação investigadora na área de
Contabilidade Gerencial no México ao longo do período analisado (1999 a 2005). De
1999 a 2001, houve um crescimento significativo das publicações na área de
Contabilidade Gerencial. De 2001 a 2004, a publicação de artigos se manteve em
um nível elevado, entretanto esse nível foi reduzido de forma significativa em 2005.
140
3.2.1.3 Espanha
0
10
20
30
40
50
60
70
80
1
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Gráfico 11 – Evolução da preocupação investigadora – 1999 – 2005 – Espanha
Fonte: O autor
O gráfico 11 mostra a evolução da preocupação investigadora na área de
Contabilidade Gerencial na Espanha ao longo do período analisado (1999 a 2005).
Em 1999, a Espanha tinha um número significativo de artigos de Contabilidade
Gerencial sendo publicado e esse número teve uma pequena queda em 2000. De
2000 a 2001 houve um crescimento significativo e o número de artigos de
Contabilidade Gerencial publicado nas revistas selecionadas foi mantido em um
nível elevado até 2003. Entretanto, esse nível foi reduzido em 2004 e a queda foi
ainda maior de 2004 para 2005.
141
3.2.2 Comparação da quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial publicada
por ano de forma global
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
1
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Gráfico 12 – Evolução da preocupação investigadora – 1999 – 2005 – Global
Fonte: O autor
O gráfico 12 mostra a evolução da preocupação investigadora na área de
Contabilidade Gerencial de forma global ao longo do período analisado (1999 a
2005). Percebe-se que a publicação de artigos na área de Contabilidade Gerencial
teve uma fase de crescimento de 1999 a 2001. De 2001 a 2004, a publicação foi
mantida em um nível elevado. Entretanto, uma significativa redução na
quantidade de artigos publicados no ano de 2005.
142
3.2.3 Comparação da quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial publicada
por ano entre Brasil, México e Espanha
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Brasil
México
Espanha
Gráfico 13 – Comparação entre Brasil, México e Espanha – 1999 – 2005
Fonte: O autor
No gráfico 13, mostra-se uma comparação entre os três países da quantidade
de artigos de Contabilidade Gerencial publicada em cada ano do período analisado
(1999 a 2005). No ano de 1999, a Espanha publicava uma boa quantidade de
artigos de Contabilidade Gerencial, enquanto que o Brasil e o México, ainda possuía
uma publicação pequena nessa área. No ano de 2000, o Brasil apresenta um
pequeno crescimento, enquanto o México apresenta um crescimento de mais de
100% da sua publicação na área de Contabilidade Gerencial e ultrapassa a
quantidade de artigos publicados na Espanha. De 2001 a 2005, percebe-se que a
maior publicação na área de Contabilidade Gerencial pertence à amostra de revistas
mexicanas selecionadas. Em segundo lugar, está a Espanha e por último, o Brasil.
No que diz respeito à quantidade de artigos publicados na área de
Contabilidade Gerencial, as revistas brasileiras publicam muito pouco em
comparação com as revistas mexicanas e espanholas. Prova disso é que no período
de 1999 a 2005, foram encontrados 466 artigos relacionados à área de
Contabilidade Gerencial nas revistas mexicanas, 406 artigos nas revistas
143
espanholas e apenas, 127 artigos nas revistas brasileiras. No entanto, convém
destacar que não tivemos acesso ao número médio de artigos publicados por cada
revista mexicana e espanhola. Sendo assim, o número inferior de artigos
encontrados na amostra de revistas brasileiras em relação às revistas mexicanas e
espanholas, pode ter ocorrido devido à diferença no número médio de artigos
publicados por cada revista da amostra de cada país.
3.2.4 Comparação da quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial publicada
por ano em cada revista
Neste tópico será realizada uma comparação da quantidade de artigos de
Contabilidade Gerencial publicada por ano em cada revista. a fim de verificar as
revistas que dedicam maior atenção a assuntos relacionados à Contabilidade
Gerencial.
3.2.4.1 Revistas brasileiras
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
BASE
VISTA E REVISTA
CONTEMPORÂNE
A
MACKENZIE
CONT. E
FINANÇAS USP
PENSAR
CONBIL
UNB CONBIL
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Gráfico 14 – Nº de artigos brasileiros por revista/ano
Fonte: O autor
144
No gráfico 14, mostra-se a quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial
publicada em cada ano por cada revista brasileira que compõe a amostra da
pesquisa. Dessa forma, pode-se verificar a evolução da preocupação investigadora
na área de Contabilidade Gerencial de cada revista.
As revistas brasileiras que mais se destacam pela quantidade de artigos de
Contabilidade Gerencial publicada são as revistas Vista e Revista e Pensar Contábil.
Nas demais revistas, foram encontrados poucos artigos relacionados à área de
Contabilidade Gerencial no período estudado.
A Vista e Revista apresentou uma queda na quantidade de artigos publicados
nos anos de 2001 e 2002, mas obteve um crescimento muito grande nos anos de
2003 e 2004. a Pensar Contábil, publicou a sua maior quantidade de artigos de
Contabilidade Gerencial nos anos de 2000 e 2003 e a menor quantidade de artigos
foi apresentada nos anos de 2001 e 2002.
3.2.4.2 Revistas mexicanas
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
ADMINÍSTRATE
HOY
CONT Y
ADMINISTRACIÓN
DIRECCIÓN
ESTRATÉGICA
EMPRENDEDORE
S
CONTADURÍA
PÚBLICA
SEGMENTO
RT.UNIVERSIT
ARIO
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Gráfico 15 – Nº de artigos mexicanos por revista/ano
Fonte: O autor
145
No gráfico 15, apresenta-se a quantidade de artigos de Contabilidade
Gerencial publicada em cada ano por cada revista mexicana que compõe a amostra
da pesquisa. Dessa forma, pode-se verificar a evolução da preocupação
investigadora na área de Contabilidade Gerencial de cada revista.
As revistas mexicanas que mais se destacam pela quantidade de artigos de
Contabilidade Gerencial publicada são as revistas Emprendedores e Adminístrate
Hoy. Nas demais revistas, foram encontrados poucos artigos relacionados à área de
Contabilidade Gerencial no período estudado, comparada à quantidade de artigos
publicados por essas duas revistas.
Entre 2000 e 2004, a revista Emprendedores manteve seu nível de publicação
de artigos de Contabilidade Gerencial elevado. No entanto, no ano de 2005 houve
uma queda brusca no seu nível de publicação na área de Contabilidade Gerencial.
A revista Adminístrate Hoy obteve um crescimento na quantidade publicada
de 1999 a 2001 e esse último foi o grande destaque, pois foi o ano em que a revista
mais publicou artigos de Contabilidade Gerencial. Entre 2002 e 2005, o seu nível de
publicação foi mantido em níveis menores, porém razoáveis se comparados a outras
revistas mexicanas.
3.2.4.3 Revistas espanholas
0
5
10
15
20
25
30
HARVARD
DEUSTO
PARTIDA DOBLE
REVISTA DE
CONTABILIDAD
ECONOMÍA Y
EMPRESA
ESPAÑOLA DE
FINANCIACIÓN
IBEROAMERICAN
A
CNICA
CONTABLE
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Gráfico 16 – Nº de artigos espanhóis por revista/ano
Fonte: O autor
146
No gráfico 16, apresenta-se a quantidade de artigos de Contabilidade
Gerencial publicada em cada ano por cada revista espanhola que compõe a amostra
da pesquisa. Dessa forma, pode-se verificar a evolução da preocupação
investigadora na área de Contabilidade Gerencial de cada revista.
As revistas espanholas que mais se destacam pela quantidade de artigos de
Contabilidade Gerencial publicada são as revistas Harvard Deusto e Partida Doble.
As demais revistas apresentam um número menor de artigos relacionados à área de
Contabilidade Gerencial no período estudado.
A revista
Harvard Deusto apresentou um período de crescimento da
quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial publicados entre 1999 e 2001, e
esse último foi o ano em que a revista mais publicou artigos de Contabilidade
Gerencial. Em 2002 e 2003, o nível de publicação foi reduzido, porém permaneceu
em um nível bem razoável. Entretanto, esse nível foi reduzido de forma substancial
em 2004 e 2005.
A publicação na área de Contabilidade Gerencial apresentou uma tendência
semelhante na revista
Partida Doble. O período de crescimento foi de 1999 a 2001 e
o período no qual obteve uma queda significativa da publicação na área de
Contabilidade Gerencial foi nos anos de 2004 a 2005.
147
3.3 Percentual de participação de cada revista no total de artigos publicados
nos três países
Revista Freqüência %
EMPRENDEDORES 166 17%
ADMINÍSTRATE HOY 125 13%
HARVARD DEUSTO 107 11%
PARTIDA DOBLE 72 7%
ECONOMÍA Y EMPRESA 61 6%
TÉCNICA CONTABLE 56 6%
ESPAÑOLA DE FINANCIACIÓN 55 6%
VÉRTICE UNIVERSITARIO 51 5%
IBEROAMERICANA 43 4%
VISTA E REVISTA 40 4%
DIRECCIÓN ESTRATÉGICA 38 4%
PENSAR CONTÁBIL 35 4%
CONT Y ADMINISTRACIÓN 33 3%
SEGMENTO 33 3%
CONTADURÍA PÚBLICA 20 2%
UNB CONTÁBIL 17 2%
CONT. E FINANÇAS – USP 15 2%
REVISTA DE CONTABILIDAD 12 1%
CONTEMPORÂNEA 7 1%
MACKENZIE 7 1%
BASE 6 1%
TOTAL 999 100%
Quadro 15 – Percentual de participação de cada revista – Maior a Menor
Fonte: O autor
O quadro 15 apresenta um ranking do percentual de participação de cada
revista da amostra na quantidade de artigos publicados nos três países estudados
no período de 1999 a 2005.
As revistas que publicaram a maior quantidade de artigos de Contabilidade
Gerencial, contribuindo de forma efetiva para este estudo foram as revistas
mexicanas Emprendedores e Adminístrate Hoy, as quais apresentaram um
percentual de 17% e 13%, respectivamente. Ou seja, as duas revistas mexicanas
são responsáveis pela publicação de 30% dos artigos publicados no período
analisado (1999-2005).
A terceira posição é ocupada pela revista espanhola Harvard Deusto, a qual
apresentou um percentual de 11%.
Vale ressaltar que a revista brasileira que ocupa a posição mais alta no
ranking é a Vista e Revista, que ocupa a décima posição, contribuindo com 4% dos
148
artigos publicados na amostra representativa da publicação na área de
Contabilidade Gerencial nos três países estudados.
Apresenta-se a seguir uma representação gráfica da quantidade de artigos
publicados por cada revista da amostra para compor os 999 artigos analisados neste
estudo.
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
1
EMPRENDEDORES ADMISTRATE HOY
HARVARD DEUSTO PARTIDA DOBLE
ECONOMÍA Y EMPRESA TÉCNICA CONTABLE
ESPAÑOLA DE FINANCIACIÓN RT.UNIVERSITARIO
IBEROAMERICANA VISTA E REVISTA
DIRECCIÓN ESTRATÉGICA PENSAR CONTÁBIL
CONT Y ADMINISTRACIÓN SEGMENTO
CONTADUA PÚBLICA UNB CONTÁBIL
CONT. E FINANÇAS – USP REVISTA DE CONTABILIDAD
CONTEMPORÂNEA MACKENZIE
BASE
Gráfico 17 – Frequência de artigos publicados por cada revista da amostra
Fonte: O autor
3.4 Análise comparativa entre os três países e discussão dos resultados
Neste tópico, são apresentados os resultados encontrados nos três países
estudados (Brasil, México e Espanha) relacionados com o nível de interesse de cada
país em cada uma das 12 linhas de pesquisa. Além disso, realiza-se uma análise
comparativa e os resultados encontrados são discutidos.
149
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII
Brasil
México
Espanha
Gráfico 18 – Linhas de pesquisa em Contabilidade Gerencial – frequência
Fonte: O autor
No gráfico 18, pode-se analisar a tendência das linhas de pesquisa de acordo
com o interesse dos pesquisadores em cada um dos três países. Dessa forma,
observa-se um grande interesse pela linha de pesquisa IX. Contabilidade Gerencial
Estratégica, seguida pela linha VI. Novas perspectivas e variáveis da Contabilidade
Gerencial no caso da Espanha. Verifica-se também que a linha IX é a que possui a
porcentagem mais alta de interesse dos pesquisadores no México, seguida pela
linha V. Contexto e papel atual da Contabilidade Gerencial. Quanto ao Brasil, a linha
de pesquisa de maior interesse é a III. Custos para planejamento, controle e tomada
de decisões, seguida pela linha VI. Novas perspectivas e variáveis da Contabilidade
Gerencial.
Com relação à linha I. Contabilidade de Custos, percebe-se um pequeno
interesse dos pesquisadores e o gráfico 18 nos mostra que esse interesse é similar
nos três países, considerando-se a quantidade de artigos publicados em cada país.
No entanto, em termos percentuais, o Brasil é o país que mais se interessa por esta
linha de pesquisa.
A linha II. Marco Conceitual da Contabilidade também apresenta um baixo
nível de interesse nos pesquisadores dos três países. Em termos de quantidade de
artigos publicados, pode-se dizer que a Espanha é a maior interessada nessa linha
de pesquisa, seguida pelo México.
No que diz respeito à linha III. Custos para planejamento, controle e tomada
de decisões, o interesse dos pesquisadores é maior, comparado com as linhas I e II,
150
entretanto ainda é pequeno, se comparado com as linhas em que os pesquisadores
têm maior interesse. Em termos de quantidade de artigos publicados, a Espanha é a
que possui maior interesse nessa linha de pesquisa, seguida pelo México. No
entanto, em termos percentuais, o Brasil é o país maior interessado nesta linha de
pesquisa.
Quanto à linha IV. Pesquisa e Docência em Contabilidade Gerencial percebe-
se que não muito interesse dos pesquisadores e o maior interesse por essa linha
é verificado na Espanha, seguida pelo México. Vale ressaltar que na amostra das
revistas brasileiras selecionadas não foram encontrados artigos classificados nesta
linha de pesquisa.
A linha V. Contexto e papel atual da Contabilidade Gerencial desperta um
interesse mediano nos pesquisadores. Neste caso, o México mostra-se mais
interessado por essa linha de pesquisa, seguido pela Espanha.
Com relação à linha VI. Novas perspectivas e variáveis da Contabilidade
Gerencial pode-se dizer que os pesquisadores também apresentam um nível médio
de interesse. Nessa linha de pesquisa, em termos da quantidade de artigos
publicada, a maior interessada é Espanha, seguida pelo México. No entanto, em
termos percentuais, o Brasil assume a segunda posição.
A linha VII. Modelo de Custos ABC/ABM desperta um pequeno interesse nos
pesquisadores dos três países. Em termos da quantidade de artigos publicados,
verifica-se um número maior na Espanha. Entretanto, se considerarmos o percentual
que os artigos classificados nesta linha representa da quantidade de artigos
publicados em cada país, o Brasil demonstra maior interesse.
No que tange à linha VIII. Custos da qualidade e aplicações práticas, percebe-
se um maior interesse dos pesquisadores do México, seguido pela Espanha. De um
modo global, há pouco interesse dos pesquisadores dos três países por essa linha.
A linha IX. Contabilidade Gerencial Estratégica é a que merece maior
destaque, pois recebe o maior interesse dos pesquisadores do México e da
Espanha. A maior quantidade de artigos publicados na área de Contabilidade
Gerencial no México (186 artigos – 40% do total) está classificada nesta linha, assim
como os da Espanha (77 artigos 19% do total). Vale ressaltar que no caso do
México, na linha IX uma grande diversidade de temas relacionados ao apoio da
direção das empresas e estes se apresentam relacionados dentro da linha V.
Contexto e papel atual da Contabilidade Gerencial. No caso do Brasil, a linha IX
151
desperta pouco interesse nos pesquisadores e apenas 7% de seus artigos estão
classificados nesta linha.
A linha X. Setor Público recebe pouco interesse dos pesquisadores. A
preocupação com essa linha nos três países é similar e a Espanha é o país que
apresentou a maior quantidade de artigos publicados nesta linha.
Quanto à linha XI. Projeções setoriais da Contabilidade Gerencial, pode-se
afirmar que os pesquisadores dos países estudados possuem um interesse mediano
nesta linha. A maior quantidade de artigos classificados nesta linha pertence à
Espanha, seguida pelo México. No entanto, em termos percentuais, o Brasil
apresenta um interesse na linha XI maior que o México, assumindo a segunda
posição.
Por último, a linha XII. História da Contabilidade Gerencial possui o menor
interesse dos pesquisadores nos três países. A quantidade de artigos publicados
classificados nesta linha é mínima e em termos percentuais representa 1% das
publicações brasileiras e espanholas e 0% das publicações mexicanas.
A seguir, apresenta-se um gráfico de comparação entre os três países da
importância de cada linha de pesquisa em termos percentuais. Os gráficos 19 e 20
melhor representam a tendência de cada país, pois a quantidade de artigos
publicados na área de Contabilidade Gerencial difere de um país para outro. Além
disso, a quantidade encontrada no Brasil (127 artigos) está muito aquém da
quantidade de artigos encontrados nos outros dois países, pois no México obteve-se
um total de 466 artigos e na Espanha foram encontrados 406 artigos.
152
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII
Brasil
México
Espanha
Gráfico 19 – Linhas de pesquisa em Contabilidade Gerencial - %
Fonte: O autor
O gráfico 20 apresenta a importância relativa de cada linha de pesquisa em
cada um dos três países estudados, conforme segue:
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
Brasil México Espanha
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
XII
Gráfico 20 – Linhas de pesquisa em Contabilidade Gerencial - %
Fonte: O autor
Vale ressaltar que este tipo de análise, ajuda em grande parte nos avanços
que experimenta o ambiente das organizações, além de melhorar a gestão das
mesmas para a otimização dos recursos materiais, tecnológicos e humanos.
153
3.5 Resumo
Neste capítulo, foram apresentados e discutidos os resultados da pesquisa,
bem como a tendência individual e global dos três países estudados: Brasil, México
e Espanha. Sendo assim, o mesmo foi dividido em quatro partes. Na primeira,
mostrou-se a representatividade de cada linha de pesquisa nos três países (Brasil,
Espanha e México) de forma individual e global. Na segunda parte, realizou-se uma
comparação da quantidade de artigos de Contabilidade Gerencial publicada na
amostra de revistas selecionadas em cada ano do período analisado (1999 2005)
nos três países de forma individual e global. Na terceira parte, foram identificadas as
revistas que mais publicam assuntos relacionados à Contabilidade Gerencial e na
quarta, os resultados do trabalho foram discutidos, bem como foi realizada uma
análise comparativa entre os três países quanto às linhas de pesquisa de
Contabilidade Gerencial mais estudadas em cada país.
No próximo capítulo, serão apresentadas as considerações finais e as
recomendações para futuras pesquisas.
154
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES
O objetivo deste trabalho consistiu em realizar uma análise comparativa da
publicação de trabalhos relacionados com a área de Contabilidade Gerencial em
revistas de prestígio do Brasil, México e Espanha, realizando uma revisão das
mesmas a partir de 1999 até 2005, com o propósito de identificar como evolui a
pesquisa, materializada nas publicações da área objeto de estudo nos três países e
dessa forma, conhecer os avanços e tendências na Contabilidade Gerencial.
Nas últimas décadas, a área de Contabilidade Gerencial tem sofrido
mudanças, tanto qualitativa como quantitativa que a tem convertido na protagonista
da área contábil e uma das principais ferramentas da gestão empresarial.
Atualmente, ter uma estratégia de desenvolvimento implica não somente conhecer a
natureza de um negócio; é também utilizar a informação que seja adequada para a
tomada de decisões e que pode beneficiar tanto a empresa como seus acionistas,
empregados, fornecedores e clientes.
Este trabalho surgiu como conseqüência do estudo apresentado por Alonso et
al. (1984) sobre linhas de pesquisa em Contabilidade, em que se destacava a
significativa posição que ocupava a Contabilidade Gerencial. A partir deste, surgiram
vários artigos e comunicações, entre eles: Castelló et al. (1985), Ripoll Feliu (1992),
Ripoll Feliu e Simeone (1998), Aparisi et al. (1998), Alcoy et al. (2001) e Ripoll Feliu
e Chein (2005), que continuaram analisando a evolução da Contabilidade Gerencial
no contexto internacional.
No que diz respeito à pesquisa contemporânea na área de Contabilidade
Gerencial, vale destacar a importância de alguns trabalhos recentes publicados em
periódicos da Accounting, Organizations and Society. Na edição de Abril / Junho de
2007 foram divulgados os “Top 25 Hottest Articles” na área de Contabilidade
Gerencial e alguns desses artigos foram incluídos neste trabalho.
Dentre os trabalhos recentes da Accounting, Organizations and Society,
encontra-se a pesquisa de Ahrens e Chapman (2006), que argumenta uma distintiva
abordagem prática teórica para considerar o papel da contabilidade gerencial na
constituição das organizações. Os autores enfatizam os caminhos pelos quais
membros organizacionais ativamente reconstituem o sistema de controle gerencial
deles, desenhando-os como um recurso dividido. Situando o inter-relacionamento
155
entre técnicas e interpretações de processos contábeis no campo maior das práticas
organizacionais, os autores elaboraram os caminhos pelos quais sistemas de
controle gerencial como estrutura de intencionalidade formam e são formados por
normas e entendimentos divididos.
Em outra pesquisa, Ahrens e Chapman (2006) argumentam que a teoria,
método, metodologia e conhecimento adquiridos no estudo de campo qualitativo
estão interligados através do desenvolvimento de hipóteses no campo. Os autores
desenvolveram o argumento deles através de uma discussão de estudo de campo
qualitativo específico em Contabilidade Gerencial. Além disso, enfatizam em
particular o papel da teoria em pesquisa qualitativa como relação para expressão de
uma realidade subjetiva mais do que o esclarecimento de um objetivo. Considerando
essa subjetividade, os autores discutem os caminhos pelo qual a pesquisa
qualitativa traz disciplina ao pesquisador. A intenção dos autores foi desenvolver
uma base mais apropriada para o julgamento dos estudos de campo qualitativo ao
invés de noções emprestadas da metodologia positivista.
Para Armstrong (2002), o custeio baseado em atividades (ABC) e a gestão
baseada em atividades (ABM) são atualmente as ferramentas da indústria lucrativa,
com pelo menos seis grandes operações de consultoria devotada totalmente para a
promoção deles. Ambas as técnicas representam a maior extensão da prestação de
contas na corporação moderna, dentro da zona previamente definida nos termos
contábeis. Tratando essas atividades como indicadores de performance, orçamentos
de folha de pagamento podem ser relacionados a volume de atividades. Esse
tratamento de departamentos de staff no qual rotinas não iniciadas almejam
vantagens competitivas nos campos tal como gerenciamento de recursos humanos
ou marketing ocorrem porque eles não podem ser acomodados sem a linguagem de
prestação de contas imposta pela ABM.
Quanto à representatividade de cada uma das 12 linhas de pesquisa nos três
países analisados, observou-se um grande interesse pela linha de pesquisa IX.
Contabilidade Gerencial Estratégica, seguida pela linha VI. Novas perspectivas e
variáveis da Contabilidade Gerencial no caso da Espanha. Verificou-se também que
a linha IX é a que possui a porcentagem mais alta de interesse dos pesquisadores
no México, seguida pela linha V. Contexto e papel atual da Contabilidade Gerencial.
Quanto ao Brasil, a linha de pesquisa de maior interesse é a III. Custos para
156
planejamento, controle e tomada de decisões, seguida pela linha VI. Novas
perspectivas e variáveis da Contabilidade Gerencial.
Algumas pesquisas foram desenvolvidas com enfoque metodológico restrito,
em termos de abrangência populacional, ou restrições em termos de amostra ou
mesmo foco muito limitado no que se refere a entender a contabilidade gerencial.
Isto pode ser explicado por seu histórico, ou seja, poucas décadas de
desenvolvimento, o que, em termos de massa crítica, é muito pouco. Essa foi a
grande motivação para o desenvolvimento de pesquisas sobre esse tema, já que um
inventário da utilização dos componentes da contabilidade gerencial, comparado
com o referencial teórico, permite a apuração da aderência da utilização em relação
ao desenvolvimento conceitual, como o primeiro passo para o entendimento do
estágio atual de desenvolvimento da área no Brasil.
Em pesquisa realizada por Oliveira (2002), na qual o objetivo foi analisar as
características dos periódicos brasileiros de Contabilidade, o levantamento das
características das publicações analisadas revelou que a observação das normas,
internacionalmente reconhecidas, para a apresentação de periódicos, de fascículos
e de artigos, ainda é incipiente. Do levantamento das características dos artigos
publicados, no período de 1990 a 1999, em cinco periódicos nacionais de
Contabilidade intencionalmente selecionados, observou-se que a maioria dos
autores são docentes, evidenciando que ainda é nas universidades que se origina a
maioria das pesquisas contábeis, reflexo da carência de centros de pesquisa
contábil, dos mecanismos de incentivo à pesquisa e da pressão pela divulgação
delas nas Instituições de Ensino Superior. Considerou-se que, como os autores com
pós-graduação são a maioria, isso reforça a importância desses veículos de
comunicação e de seu conteúdo para a comunidade científica nacional. As cinco
áreas temáticas privilegiadas com maior percentual de trabalhos foram:
Contabilidade Gerencial, Contabilidade Financeira, Teoria da Contabilidade,
Educação e Pesquisa Contábil e Contabilidade de Custos. Os temas mais
abordados nos periódicos evidenciam uma mudança no paradigma contábil,
realçando a importância da Contabilidade Gerencial e das pesquisas sobre esse
tema, bem como o interesse dos pesquisadores sobre os assuntos a ela
relacionados. Além disso, foi destacado pela autora que produzir artigos e periódicos
de melhor qualidade constitui um desafio para os cientistas contábeis brasileiros.
157
Segundo Frezatti (2000), que realizou um trabalho cujo objetivo foi identificar
características de algumas das principais tendências observadas pelas revistas
científicas que veiculam temas de interesse da classe contábil na língua inglesa,
existe espaço para publicações, tanto em termos da abertura de um grande número
de revistas, como pela freqüência de publicação e mesmo disponibilidade de espaço
para as várias áreas tratadas. O autor observou que poucos foram os artigos de
pesquisadores brasileiros encontrados nos últimos dois anos na língua inglesa. Por
outro lado, foram encontrados artigos em revistas americanas e européias, de
acadêmicos de outros países, notadamente menores e com menos expressão
acadêmica do que o Brasil, e cuja primeira língua também não é o inglês. Como se
vê, o tema é amplo, importante e merece por parte da comunidade acadêmica mais
atenção do que tem recebido a fim de que se aumente e aperfeiçoe, não apenas o
número, mas também a qualidade dos trabalhos dos estudiosos brasileiros. A
perspectiva de um esforço coletivo, e não apenas isolado, passa pela maior
agressividade no acesso a publicações em veículos internacionais não como
leitores passivos, mas também como partícipes da melhoria e da divulgação
internacional da pesquisa em contabilidade, principalmente aquela que é feita no
Brasil.
Cardoso, Pereira e Guerreiro (2004) objetivaram traçar um perfil da pesquisa
em custos no âmbito da temática de contabilidade e controle gerencial do
ENANPAD, um evento científico brasileiro de alta qualidade, desde a sua
inauguração como área autônoma em 1998 até 2003. A análise consistiu
inicialmente na revisão de 170 artigos aceitos na temática e, depois, na seleção dos
32 artigos específicos de custos. Foram pesquisados os temas abordados, os
métodos de pesquisa adotados, os segmentos da área de custos estudados, a
filiação acadêmica dos autores e o tipo de bibliografia consultada. Os resultados
evidenciaram como ponto central dois fatores: (i) um forte crescimento quantitativo
da temática de contabilidade, passando do patamar de 40 trabalhos submetidos em
1998 para 191 trabalhos em 2003, com reflexos quantitativos relevantes na área de
custos; e (ii) que este crescimento quantitativo não foi acompanhado, na mesma
proporção, pelo crescimento qualitativo dos trabalhos na área de custos. A maior
contribuição deste trabalho foi retratar o estado da arte da pesquisa em
contabilidade de custos, uma das linhas de pesquisas apresentadas neste trabalho.
158
Com a finalidade de mostrar o estágio da Contabilidade Gerencial na
atualidade, realiza-se uma comparação entre os assuntos das pesquisas realizadas
recentemente e os assuntos publicados nas revistas brasileiras, mexicanas e
espanholas.
Os artigos recentes enfatizam a importância de temas como o sistema de
controle gerencial, o custeio baseado em atividades (ABC) e a gestão baseada em
atividades (ABM). Esses temas foram abordados no referencial teórico deste
trabalho e foi analisada a sua importância em cada um dos países estudados, tendo
em vista que sistema de controle gerencial é um assunto que está classificado na
linha III. Custos para planejamento, controle e tomada de decisões, bem como as
ferramentas ABC e ABM estão classificadas na linha VII. Modelo de Custos
ABC/ABM.
Os pesquisadores brasileiros dedicam bastante importância à linha III. Custos
para planejamento, controle e tomada de decisões, a qual possui a maior
porcentagem dos trabalhos publicados nas revistas brasileiras selecionadas com
19%. No que diz respeito à linha VII. Modelo de Custos ABC/ABM, esta também
desperta bastante interesse, visto que 14% das publicações brasileiras foram
classificadas nessa linha, sendo a terceira linha de maior interesse dos
pesquisadores brasileiros.
Além disso, vale ressaltar que o livro “Controle de Gestão: uma abordagem
contextual e organizacional” de autoria de Gomes e Salas (2001), já procurava
refletir os últimos adiantamentos observados no final do século passado na área de
Contabilidade Gerencial e sistemas de controle, marcadamente os apresentados em
congressos e/ou publicados sob a forma de livros ou artigos, objetivando preencher
uma lacuna percebida no cenário ibero-americano (acadêmico e empresarial),
notadamente carente de publicação e pesquisa sobre o tema controle gerencial. Os
autores despertam o interesse no leitor por alguns aspectos, normalmente ausentes
na literatura sobre contabilidade de gestão e sistemas de controle, conduzindo-o a
experiências reais vividas por algumas organizações, apresentadas sob a forma de
estudos de casos. Além dos indicadores de controle de natureza essencialmente
financeiros, encontrados na quase totalidade das referências a sistemas de controle,
o livro procura chamar a atenção para outras variáveis consideradas relevantes no
desenho e operacionalização dos sistemas de controle de gestão que são o
contexto social e a cultura organizacional.
159
Quanto ao México, verifica-se pouca preocupação por parte dos
pesquisadores com relação aos temas atuais abordados na Accounting,
Organizations and Society, visto que 8% dos artigos publicados nas revistas
mexicanas estão classificados na linha III. Custos para planejamento, controle e
tomada de decisões e somente 2% estão classificados na linha VII. Modelo de
Custos ABC/ABM. Conforme os resultados apresentados neste estudo, a maior
preocupação dos pesquisadores do México na área de Contabilidade Gerencial diz
respeito aos temas classificados na linha IX. Contabilidade Gerencial Estratégica.
Cabe acrescentar, que dentro das grandes empresas no México se tem
trabalhado com sistemas de gestão que tem sido adaptado dos sistemas dos EUA,
situação derivada dos investimentos desse país no México e, como conseqüência,
isto tem motivado entre as empresas de menor tamanho que os dão serviço, ter que
adotar e adaptar seus sistemas aos efeitos de cumprir com o normativo dessas
empresas e poder obter a contratação. Ademais, se deve considerar o
estabelecimento de sistemas que permitam o controle e contabilização do capital
intelectual, como forma de reconhecer as habilidades do pessoal com que se conta
e as necessidades de capacitação que a empresa pode ter. Além disso, incluir
dentro dos programas de estudo de graduação e pós-graduação, matérias que
permitam conhecer as ferramentas atuais da Contabilidade Gerencial, que incluam
uma nova forma de implementação, motivando assim, a mudança estrutural desde
as aulas universitárias.
No caso da Espanha, 11% dos artigos publicados nas revistas espanholas
selecionadas foram classificados na linha III. Custos para planejamento, controle e
tomada de decisões e apenas 5% foram classificados na linha VII. Modelo de Custos
ABC/ABM, o que mostra pouca preocupação dos pesquisadores da Espanha com
essa linha. Verifica-se que a Espanha, assim como o México está mais preocupada
com temas relacionados à Contabilidade Gerencial Estratégica.
Um dos meios possíveis, dentre outros, para descrever a evolução da
Contabilidade Gerencial na Espanha, pode ser tomando como referência, por um
lado, as pesquisas e pronunciamentos que através dos correspondentes
documentos publicados vem sendo desenvolvido na Espanha desde o ano de 1988,
a Comissão de Princípios de Contabilidade Gerencial da AECA (Associação
Espanhola de Contabilidade e Administração de Empresas), assim como, por outro
lado, os Eventos, Encontros, que tem sido organizado, tanto a nível nacional como
160
internacional, além dos estudos empíricos e publicação de livros e artigos que tem
sido realizada durante os anos que esta Comissão tem desenvolvido seu trabalho.
Dentro da AECA foram desenvolvidas suas várias Comissões, que realizam
trabalho de pesquisa e normatização, uma das quais é a Comissão de Princípios de
Contabilidade Gerencial. A finalidade dessa Comissão é investigar sobre áreas
distintas e matérias relativas à Contabilidade Gerencial, difundindo os
correspondentes resultados, com o objetivo de fomentar e apoiar as melhorias nos
sistemas de informação e gestão das empresas, bem como facilitar um incremento
de sua produtividade e competitividade nos mercados. Os temas mais atuais da
Contabilidade Gerencial que têm sido abordados por parte da citada Comissão,
estão divididos em cinco grandes áreas: Cálculo dos custos e valorização dos
produtos, Planejamento e Controle Gerencial, Aplicações Setoriais, Entidades
públicas e Novas técnicas e perspectivas da Contabilidade Gerencial. Na área
Planejamento e Controle Gerencial, o tema mais abordado é a Contabilidade de
Gestão como instrumento de controle. No entanto, das diversas incorporações que a
Contabilidade Gerencial vem experimentando de forma notória em seu acervo
didático e metodológico, podemos destacar a relativa à Gestão Estratégica de
Custos, projeção muito significativa dessa disciplina, sobre a qual está sendo
elaborado pela Comissão um Documento, e no qual se trata de contemplar a gestão
dos custos com uma perspectiva mais ampla, tanto no tempo como no espaço, e na
qual se têm concepções como os sistemas de criação de valor, a posição estratégica
da empresa, o ciclo de vida do produto, etc.
Baseado neste trabalho, outros aspectos relacionados ao tema podem ser
explorados em futuras pesquisas acadêmicas. Dentro do universo de estudos
possíveis, recomendam-se os seguintes:
Estender a pesquisa aos países anglo-saxões, tendo em vista que a
análise comparativa realizada neste trabalho envolveu três países
latinos;
Realizar uma análise comparativa com outros países latinos;
Ampliar o número de revistas da amostra a fim de tentar garantir a
representatividade das revistas em cada ano e país;
161
Ampliar o período estudado, a fim de verificar a evolução do interesse
dos pesquisadores na área de Contabilidade Gerencial em um
período de tempo maior.
162
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crescem e morrem e o que fazer a respeito. São Paulo: Pioneira, 1998.
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ZANELLA, Luiz Carlos. Administração de custos em hotelaria. Caxias do Sul:
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174
APÊNDICE A - Revistas Brasileiras
1. REVISTA BASE
Ano Mês Nome do Artigo Tema Autor
2005 Janeiro
Otimização de resultados
econômicos em empresas
industriais que utilizam os sistemas
de custeio e de gestão abc/abm
combinados com o eva
VII
José Eduardo
Prudêncio Tinoco,
Juracy Vieira de
Carvalho
2005 Maio
Avaliação do capital intelectual na
perspectiva da tridimensionalidade
da linguagem contábil
VII
Romualdo Douglas
Colauto e Ilse Maria
Beuren
2005 Setembro
Gestão estratégica de custos: uso
da engenharia reversa na análise
dos custos de concorrentes
IX
Daniel Bartz, Tarcisio
Staudt, Marcos
Antonio de Souza
2005 Setembro
O balanced scorecard e o
alinhamento organizacional: um
estudo de casos múltiplos
III
Eduardo Santos
Galas, Vera Maria
Rodrigues Ponte
2004 Setembro
O custeio variável e o custeio-alvo
como suportes às decisões de
investimentos no desenvolvimento
de novos produtos
VI
Evandir Megliorini,
Reinaldo Guerreiro
2004 Setembro
Configuração informacional na
gestão da cadeia de valor e
utilização de Business Intelligence
(BI)
VI
Adolfo Alberto Vanti,
André Rauter, Fábio
Dal-Soto, Moacir
Santos
175
2. REVISTA CONTABILIDADE VISTA E REVISTA
Ano Mês Nome do Artigo Tema Autor
2005 Abril
Custos de Comercialização da
Exportação de Cafés Especiais
por uma Cooperativa do Sul de
Minas Gerais
XI
Josmária Lima
Ribeiro De Oliveira
Sidney Lino De
Oliveira
Antônio Artur De
Souza
2005 Abril
A Contabilidade Gerencial como
Instrumento Eficaz para a
Sobrevivência no Mercado
Competitivo
III
Geová José Madeira
Katia Fernandes
Teixeira
Maura Fernandes
Teixeira
2005 Agosto
Análise da Aplicabilidade do
Sistema ABC em Hospitais e
Congêneres
VII
Simone Letícia
Raimundini
Antônio Artur De
Souza
Ernani Mendes
Botelho
Mirian Aparecida
Micarelli Struett
Luciano Gomes Dos
Reis
2005 Agosto
As Dificuldades de Mensuração e
Conseqüente Divulgação nas
Demonstrações Contábeis do
Capital Intelectual: uma reflexão
teórica
VI
Luciano Gomes Dos
Reis
2005 Agosto
Aplicabilidade do Custeio
Baseado Em Atividades em
Hospitais
VII
Atair Ferreira Da
Costa Junior
Antônio Artur De
Souza
Renata Drumond
Pinto Coelho
2005 Agosto
Aplicação do Activity Based
Costing no Setor de Maternidade
de uma Organização Hospitalar
VII
Flávia Defrein
Wensing
Ilse Maria Beuren
Fabiano Maury
Raupp
Andréa Durieux
2004 Abril
Quadro de Controle Estratégico:
uma proposta
IX
Carlos Honorato
Schuch Santos
Giovana Savitri Pasa
Magda Medianeira
Reginato Bassanesi
Patrícia Rodrigues
Da Rosa
176
2004 Abril
O Uso da Programação Dinâmica
pela Contabilidade De Custos na
Otimização de Recursos
Escassos
VI
Fabiano Maury
Raupp
Artur Roberto De
Oliveira Gibbon
Ilse Maria Beuren
2004 Agosto
Balanced Scorecard (BSC): uma
contribuição à contabilidade
gerencial
III
Délcio Duque
Moraes
Fernando Celso De
Campos
2004 Agosto Gestão Estratégica de Custos IX
Marco Antônio
Lauschner
Dra. Ilse Maria
Beuren
2004 Agosto
Análise da Aplicabilidade do
Sistema de Custeio Baseado em
Atividades em um Hospital
Público
VII
Mirian Aparecida
Micarelli Struett
Antônio Artur De
Souza
Simone Letícia
Raimundini
2004 Agosto
Análise dos Fatores Envolvidos
na Estimação de Custos e
Formação de Preço das
Empresas de Auditoria
I
Josmária Lima
Ribeiro De Oliveira
Antônio Artur De
Souza
Carlos Maurício
Vieira
2004 Dezembro
Avaliação de Mecanismos para
Análise de Custos em
Investimentos Ambientais
III
André Luiz Ricco
Maísa De Souza
Ribeiro
2004 Dezembro
Custos Hospitalares: uma
proposta de implantação
XI
Geová José Madeira
Maura Fernandes
Teixeira
2004 Dezembro
Estimação de Custos para a
Importação
I
Josmária Lima
Ribeiro De Oliveira
Antônio Artur De
Souza
Sidney Lino De
Oliveira
Karuza Antunes
Morais
2003 Abril
Contabilidade e Gestão da Saúde
Pública
X
Denise De Queiroz
Ferreira
2003 Abril
Análise do Estado Atual da
Gestão Financeira em Hospitais
Públicos no Brasil
X
Simone Letícia
Raimundini
Antônio Artur De
Souza
2003 Agosto
Indicadores de Desempenho
como Instrumento de Avaliação
da Gestão Ambiental
III
Vera Sirlene
Leonardo
177
2003 Agosto
Gestão de Custos num Hospital
de Santa Cruz do Sul, RS
XI
Patrícia Rodrigues
Da Rosa
Carlos Honorato
Schuch Santos
2003 Agosto
Indicadores de Desempenho
Empresarial Divulgados por
Empresas Norte-Americanas
III
Luiz Carlos Miranda
Juliana Matos De
Meira
Cláudio De Araújo
Wanderley
Ana Carolina
Miranda Da Silva
2003 Novembro
O Plano de Contas Contábil como
Indutor da Transparência
Operacional e Instrumento para
Tomada de Decisões
II
Fernanda Das Neves
Ramos
Rogério Mário
Fernandes
Silvério Antônio Do
Nascimento
Simone Martins
Abreu
2003 Dezembro
Perfil do Gestor de Custos: um
estudo do setor de confecções de
João Pessoa
XI
Aldo Leonardo
Cunha Callado
Luiz Carlos Miranda
Antonio André Da
Cunha Callado
2003 Dezembro
Orçamento Participativo:
instrumento de democratização
da administração pública
X
Denise Queiroz
Ferreira
2003 Dezembro
Sistema de Suporte à Decisão
para a Gestão do Conhecimento
em Formação de Preços
VI
Antonio Artur De
Souza
Márcio Noveli
Karla R. Brunaldi
João Otávio M
Endrici
Carlos Hegeto Junior
2002 Agosto
Existe de Fato uma Contabilidade
Gerencial?
II
Carlos Werner Dos
Santos
Geraldo José
Pinheiro
José Fermo, Luís
Cunha
2002 Dezembro
O Balanced Scorecard e seu
Impacto na Contabilidade
Gerencial
III
Maria Elizabeth
Pereira Kraemer
2002 Dezembro
A Contabilidade como Sistema de
Apoio à Decisão
III
Délcio Duque Morais
Geová José Madeira
2001 Abril
Contabilidade de Gestão em
Empresas Internacionalizadas:
algumas evidências de empresas
brasileiras
III
Josir Simeone
Gomes
André Luis
Martinewski
178
2001 Abril
Custo Hospitalar: uma reflexão
sobre implantação e
necessidades
XI
Carlos Alberto Serra
Negra
Elizabete Marinho
Serra Negra
2001 Agosto
A Necessidade do Planejamento
Estratégico nas Organizações
Contábeis
IX
Vidigal Fernandes
Martins
2000 Abril
Contabilidade Decisorial: a
decisão de produção
III
José Wagner Morais
De Paiva
Rui Américo Mathiasi
Horta
2000 Abril
Geração, Comunicação e
Utilização das Informações de
Custos
III
Antônio Robles
Júnior
José Carlos Marion
2000 Abril
Sistema de Informação Contábeis
Fundamentado no Custeamento
Baseado Em Atividades (ABC –
Activity Based Costing)
VII
Maria Elisabeth
Pereira Kraemer
2000 Agosto
Fatores que Influenciam a
Estimação de Custos e Formação
de Preços em Empresas que
Fabricam sob Encomenda
I
Antônio Artur De
Souza
Claudiane G. Aguilar
Daniela N. Nogueira
2000 Agosto
Cálculo da Depreciação de
Máquinas e Equipamentos com a
Aplicação do Método do Custo
Anual Uniforme Equivalente e da
Interpolação Linear Associado ao
Direcionador de Custo Tempo
I
Patrícia Vieira
Wagner
Verônica De Miglio
Moura
Ilse Maria Beuren
2000 Dezembro
Controle Social do Orçamento-
programa: um enfoque da
administração pública municipal
X
Paulolinto Pereira
Patrícia Siqueira
Varela
1999 Março
As Decisões Empresariais e o
Sistema de Informações
Contábeis: uma abordagem com
vistas à análise de performance
financeira
III
Antônio Dias Pereira
Filho
1999 Setembro
A Contabilidade de Custos e a
Terceirização: um estudo do setor
eletroeletrônico
XI
Cristina O. Da Cruz
E Possas
Ingrid De Souza
Siqueira
Antônio Artur De
Souza
1999 Setembro
Fatores Relevantes da Franquia
na Análise dos Custos e
Rentabilidade para o Franqueado
III
Kátia Cristina Coelho
Ilse Maria Beuren
1999 Setembro
Contabilidade Gerencial: uma
necessidade de mudança
operacional
V
Maria Elisabeth
Pereira Kraemer
179
3. REVISTA CONTEMPORÂNEA DE CONTABILIDADE
Ano Mês Nome do Artigo Tema Autor
2005 Janeiro
Metodologias para Avaliar o
Desempenho Organizacional:
Revisão e Proposta de uma
Abordagem Multicritério
V Ademar Dutra
2005 Julho
Custos Universitários: um Estudo
Multicaso
XI
José Francisco
Bernardes, Mestre;
Nélson Colossi, Dr.;
Thiago Coelho Soares,
Mestrando
2005 Julho
Estimativa de Custos de
Importação da Loja Elétrica
XI
Me. Josmária Lima
Ribeiro de Oliveira, Dr.
Antônio Artur de Souza
e Me. Sidney Lino de
Oliveira
2005 Julho
Proposta de Integração dos
Planejamentos Estratégico e
Operacional ao Balanced
Scorecard: O Caso de uma Rede
de Empresas
III
Ariovaldo Mambrini, Drª
Ilse Maria Beuren,
Romualdo Douglas
Colauto
2004 Janeiro
O ABC em uma empresa de
desenvolvimento de Software: um
estudo de caso
VII
Dr. Antônio Diomário
de Queiroz , Renato
Costa e Sônia Maria da
Silva Gomes
2004 Janeiro
Gestão de Custos em Escritório de
Advocacia
XI
Dr. Altair Borgert e Dra.
Bernadete Pasold
2004 Julho
O Papel da Contabilidade no
Provimento de Informações para a
Avaliação do Desempenho
Empresarial
V
Dra. Valdirene
Gasparetto
180
4. REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO MACKENZIE
Ano Mês Nome do Artigo Tema Autor
2005 Julho
Fatores que interferem na
implantação de um modelo de gestão
estratégica baseado no Balanced
Scorecard: estudo de caso em uma
Instituição Pública
III
Eduardo Santos
Gala Sérgio
Henrique Arruda
Cavalcante Forte
2004 Janeiro
Análise contratual sob a óptica da
economia dos custos de transação: a
relação entre uma cooperativa
hortícola e uma rede de
supermercados no estado de
Pernambuco
XI
Reginaldo José
Carlini Júnior
Cléber Luis
Ferreira Dantas
2004 Julho
A gestão de competências e a
obtenção de vantagem competitiva
sustentável em organizações
bancárias
VI
Carla Patrícia
Bahry
Suzana da Rosa
Tolfo
2002 Julho
Planejamento Estratégico da
Tecnologia de Informação Alinhado
ao Planejamento Estratégico de
Empresas
V
Denis Alcides
Resende e Aline
França de Abreu
2000 Janeiro
Utilização de indicadores de
desempenho para a tomada de
decisões estratégicas: um sistema de
controle
III
Adalberto Américo
Fischmann e
Moises Ari Zilber
2000 Janeiro
Supply chain como um fator de
geração de valor: uma aplicação do
cenceito de EVA
VI
Roberto Giro
Moori, Leonardo
Fernando Cruz
Basso e Wilson
Toshiro Nakamura
2000 Janeiro
Métodos de custos adotados pela
indústria farmacêutica e suas
influências na decisão de promover
um produto
I
Armando
Berdinadelli,
Walter Miyabarra e
Sílvio Papadiuk
181
5. REVISTA DE CONTABILIDADE E FINANÇAS DA USP
Ano Mês Nome do Artigo Tema Autor
2005 Maio
TESTES EMPÍRICOS SOBRE O
COMPORTAMENTO ASSIMÉTRICO
DOS CUSTOS NAS EMPRESAS
BRASILEIRAS
I
Otávio Ribeiro
de Medeiros
Patrícia de
Souza Costa
César Augusto
Tibúrcio Silva
2005 Maio
CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES
(ABC) APLICADO AOS PROCESSOS
DE COMPRA E VENDA DE
DISTRIBUIDORA DE MERCADORIAS
VII
Rodney
Wernke
2004 Janeiro
CUSTEIO BASEADO EM ATIVDADES
APLICADO À PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS MÉDICOS DE
RADIOLOGIA
VII
Simeão Antônio
Silveira Brasil
2004 Maio
AUDITORIA NO SECTOR PÚBLICO:
UM INSTRUMENTO PARA A
MELHORIA DA GESTÃO PÚBLICA
X
Maria da
Conceição da
Costa Marques
/ José Joaquim
Marques de
Almeida
2003 Maio
PRÁTICAS DE CONTABILIDADE
GERENCIAL ADOTADAS POR
SUBSIDIÁRIAS BRASILEIRAS DE
EMPRESAS MULTINACIONAIS
V
Marcos Antônio
de Souza
Lázaro Plácido
Lisboa
Wellington
Rocha
2003 Maio
O TRATAMENTO CONTÁBIL DO
CAPITAL INTELECTUAL EM
EMPRESAS COM VALOR DE
MERCADO SUPERIOR AO VALOR
CONTÁBIL
VI
Joel Marques
de Oliveira
Ilse Maria
Beuren
2003 Setembro
MODELO DE APURAÇÃO DE
RESULTADO DE REDES DE VAREJO
SOB O ENFOQUE DA GESTÃO
ECONÔMICA - GECON
VI
Vera Maria
Rodrigues
Ponte
2002 Janeiro
DA CONTABILIDADE À
CONTROLADORIA: A EVOLUÇÃO
NECESSÁRIA
XII
Nilton Cano
Martin
2002 Janeiro
UMA CONTRIBUIÇÃO À DISCUSSÃO
SOBRE A AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO DAS INSTITUIÇÕES
FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR -
UMA ABORDAGEM DA GESTÃO
ECONÔMICA
XI
Luis Paulo
Guimarães dos
Santos
182
2002 Maio
CAPITAL INTELECTUAL: VERDADES
E MITOS
VI
Maria Thereza
Pompa
Antunes
Eliseu Martins
2002 Setembro
O USO DO CUSTEIO BASEADO EM
ATIVIDADES - ABC (ACTIVITY BASED
COSTING) NAS MAIORES EMPRESAS
DE SANTA CATARINA
VII
Ilse Maria
Beuren
Ari Roedel
2001 Janeiro
A CONTABILIDADE GERENCIAL E OS
MÉTODOS MULTICRITERIAIS
III
Rodney
Wernke
Antonio Cezar
Bornia
1999 Maio
AUDITORIA DE GESTÃO: UTILIZAÇÃO
DE INDICADORES DE GESTÃO NO
SETOR PUBLICO
X
Ivan Ricardo
Guevara
Grateron
1999 Maio
O PAPEL DA CONTABILIDADE
GERENCIAL NO PROCESSO
EMPRESARIAL DE CRIAÇÃO DE
VALOR
V
Clóvis Luiz
Padoveze
1999 Setembro
ANÁLISE DE VARIAÇÕES DE CUSTO-
PADRÃO: EXISTE AFINAL VARIAÇÃO
MISTA?
I
Reinaldo
Guerreiro
Armando
Catelli
183
6. REVISTA PENSAR CONTÁBIL
Ano Mês Nome do Artigo Tema Autor
2005 Fevereiro
APLICAÇÃO DE MÉTODOS
QUANTITATIVOS NA
SEGREGAÇÃO DO CUSTO MISTO
EM SEUS COMPONENTES FIXOS E
VARIÁVEIS
I
Hilton de Araújo
Lopes
2005 Fevereiro
CONTROLADORIA ESTRATÉGICA:
FOCANDO O FUTURO DA
ORGANIZAÇÃO
IX
Patrícia Aparecida
Vieira
José Alberto
Teixeira da Silva
2005 Maio
A FUNDAMENTAÇÃO CIENTÍFICA
DO MÉTODO DE
CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADE
COM BASE NA
TEORIA NEOPATRIMONIALISTA
VII
Marco Antônio
Amaral Pires
2005 Agosto
ATUAÇÃO DO CONTROLLER NO
SETOR HOTELEIRO:ALGUMAS
CONSIDERAÇÕES À LUZ DA
LITERATURA
XI
André da Costa
Ramos
Frederico A. de
Carvalho
2004 Fevereiro
Relatórios Contábeis Gerados pela
Controladoria
para o Controle de Gestão: um
estudo de caso
em uma Empresa de Construção Civil
III
Samira Augusta
Vieira
Fabiano Maury
Raupp
Ilse Maria Beuren
2004 Maio
A história das métricas de avaliação
de desempenho
III
Andréia Fátima
Fernandes Limeira
José Carlos
Sardinha
2004 Maio
A Contribuição do Balanced
Scorecard
para a Evidenciação Contábil
III Eurídice Mamede
2004 Maio
O planejamento como base da
contabilidade para a gestão pública
X
Cleber Batista de
Sousa
Daniel Gerhard
Batista
Nilton de Aquino
Andrade
2004 Agosto
A Importância do Controle Interno
para a Gestão de Empresas
III
Antônio Nunes
Pereira
2004 Agosto
Seleção de investimentos com
otimização de recursos escassos
através de um modelo de integração
entre a programação dinâmica e o
EVA
VI
Fabiano Maury
Raupp
Ilse Maria Beuren
2003 Janeiro
Sistema Integrado de Gestão - A
Revolução
V
184
2003 Janeiro
Gerenciamento de custos em
ambientes de manufatura avançada:
O desafio da nova era
V
2003 Janeiro
Critério de custeio:
Qual é o melhor para a sua empresa?
I
Antônio Carlos
Cunha Menezes
José Argemiro da
Silva
Pedro Marlus
Cavalcante de A.
Estrela
2003 Janeiro
Determinação de custos no mundo
moderno:
A escolha de critérios para definição
dos vetores de custo no sistema abc
VII
José Carlos
Sardinha
Álvaro da Silva e
Abrantes
Fábio Brasil
Carvalho da
Fonseca
2003 Fevereiro
A Ausência da Taxionomia na
Contabilidade de Custos: Uma
Proposta de Estudo
I
José Carlos
Sardinha
Artur Olavo Ferreira
Heber Luiz de
Souza
2003 Maio
Gestão dos Custos da Qualidade
Ambiental
VIII
Maria Elisabeth
Kraemer
2003 Agosto
A REDUÇÃO DOS CUSTOS DE
UMA EMPRESA
INDUSTRIAL ALICERÇADA NO
GERENCIAMENTO DE
PROCESSOS
VI
Marco Aurélio
Batista de Sousa
Fabiano Maury
Raupp
Ilse Maria Beuren
2002 Maio
SISTEMAS DE CUSTOS EM
EMPRESAS PRESTADORAS
SERVILÇOS PROFISSIONAIS DE
AUDITORIA : UM ESTUDOS DE
CASO
XI
2001 Fevereiro
Custos na Gestão de Negócios
Ecoturísticos
XI
Flávio de São
Pedro Filho
2001 Fevereiro O Custeio ABC e suas Aplicações VII
Carlos Eduardo
Barros Leite
2001 Maio
Impacto das estratégias na estrutura
de Custos e Retroalimentação
Proativa: um Estudo de Caso
IX
Guilherme Teixeira
Portugal
2000 Fevereiro
Geração, Comunicação e Utilização
das Informações de Custos
III
Antônio Robles
Júnior
José Carlos Marion
2000 Fevereiro
A Soja e o Custo do Desperdício da
Colheita no Serrado do Oeste da
Bahia
I Antônio dos Santos
2000 Fevereiro
Uma Necessidade de Mudança
Operacional na Contabilidade
Gerencial
V
Maria Elizabeth
Pereira Kraemer
185
2000 Fevereiro Sistemas Integrados V Pedro Schubert
2000 Maio
Sistema de Gestão Permite Reduzir
Custos de Empresa
VI
Maria Elisabeth
Pereira Kraemer
2000 Agosto
Custos Emergentes na Contabilidade
Ambiental
VI
Sebastião
Bergamini Junior
2000 Agosto
A Evidenciação dos Passivos
Ambientais
VI
Eurídice Soares
Mamede de
Andrade
2000 Agosto
"A Contabilidade como um
Instrumento de Gestão Ambiental e
Empresarial, e sua Contribuição à
Melhoria da Qualidade de Vida
Planetária"
VI
Regiane L. Silveira
Queiroz Eliseu
Silveira Queiroz
1999 Março
Contabilidade Gerencial - Sistemas
de Informação e Controle
V
Cláudio Ulysses
Ferreira Coelho
1999 Março
A Empresa Estatal - A Necessidade
de Revisão nas Práticas de Gestão
X
Oswaldo Meyer
Fleury
1999 Abril Indicadores de Desempenho III Roberto Boclin
1999 Agosto Gerenciamento de Custos III
Maria Elizabeth
Pereira Kraemer
1999 Agosto
Desmistificando o Capital Intelectual
na Contabilidade
VI Antonio dos Santos
1999 Agosto Contabilidade Estratégica IX Luiz Lins
186
7. REVISTA UNB CONTÁBIL
Ano Mês Nome do Artigo Tema Autor
2005 Janeiro
Agrupamentos dos Perfis da
Contabilidade Gerencial no Brasil
II Fabio Frezatti
2004 Janeiro
Medidas utilizadas na avaliação do
desempenho da área de
suprimentos: Um estudo exploratório
V
Jeronymo José
Libonati e LUiz Carlos
Miranda
2004 Julho
Proposta de gestão estratégica de
custos fundamentada no custeio
baseado em atividades para um flat
service
IX
Fábio Monteiro e Ilse
Maria Beuren
2003 Janeiro
Custos no processo de tomada de
decisão em empresas rurais
XI
Antônio André Cunha
Callado e Aldo
Leonardo Cunha
Callado
2003 Julho
O custeio baseado em atividade
para apuração dos custos de uma
organização hospitalar
VII
Romualdo Douglas
Colauto & Ilse Maria
Beuren
2003 Julho
Análise da Aplicação do Sistema de
custeio baseado em atividades em
hospitais públicos
VII
Miriam Aparecida
Micarelli Struett,
Antônio Artur de
Souza, Simone
Leticia Raimundini e
Ernani Mendes
Botelho
2003 Julho
Aplicabilidade das informações de
custo em hospitais universitários: O
caso do Hospital Universitário de
Brasília
XI
Patrícia de Souza
Costa & Beatriz
Fátima Morgan
2002 Janeiro
Custo histórico e custo histórico
corrigido: Um estudo das empresas
brasileiras
I
César Augusto
Tibúrcio Silva
2002 Janeiro
Análise do Custeio por atividades e
do custo meta sob a abordagem da
avaliação da informação, em
contexto estratégico
VII Marcelo Aida
2002 Julho
Utilização do Activity Based Costing
- ABC e do Economic Value Added -
EVA para avaliação do resultado das
atividades
VII
Cláudio de Araújo
Wanderley, Juliana
Matos de Meira &
Luiz Carlos Miranda
2000 Janeiro
Gestão de Custos para pequenas
organizações industriais
XI
Antônio C. Callado e
Aldo C. Callado
2000 Janeiro
A depreciação de máquinas e
equipamentos apurada com a
aplicação do método do custo anual
uniforme equivalente e o
direcionador de custo tempo
I
Patrícia V. Wagner,
Verônica de M. Moura
e Ilse Maria Beuren
187
2000 Julho
Análise de custos das empresas de
transporte rodoviário de passageiros:
Abordagem econométrica utilizando
funções de produção
XI
Edwin Pinto de la
Sota Silva, Adelaida
Pallavicini Fonseca &
Otávio Medeiros
1999 Janeiro
Sistema de informações gerenciais -
O caso da Cotrijal
V
Sandra Luana
Warken e Gilson
Frederico Witte
1999 Janeiro
Problema de Agência: teoria e
aplicações
VI
Edilberto Carlos
Pontes Lima
1999 Julho
Vantagens e desvantagens da
mensuração do lucro econômico:
uso do Economic Value Added -
EVA
VI
Ângela Bockmann
Siqueira
1999 Julho Decisão Estratégica em custo IX
César Augusto
Tibúrcio Silva
188
ANEXO A – Revistas Mexicanas
1. REVISTA ADMINÍSTRATE HOY
Año Mes Nombre del Artículo Autor
2004 Noviembre Misión Organizacional: Defina su
concepto de negocio
Flores Hernández,
Víctor Flint
2004 Noviembre Contabilidad de Costos ¿Confiable
para tomar decisiones?
Vázquez González,
Edilberto
2004 Septiembre Análisis estratégico par el desarrollo de
la PYME
Ballerina Ríos,
Francisco.
2004 Septiembre Cultura Organizacional y como
cambiarla
García Córdoba,
Fernando; Vilchis
Fuentes, Jesús
2004 Julio Vertientes Alternas de Estructura
Organizacional
Franklin Fincowski,
Enrique Benjamín
2004 Julio Función para desplegar Calidad Delgado Hernández,
David Joaquín
2004 Junio Créditos Hipotecarios: Costos y
Características
Vázquez Gutiérrez,
Leonor
2004 Junio Métodos para la Valuación de
Empresas
Adam Siade, Juan
Alberto
2004 Mayo Ideas para las Organizaciones Reza Trosino, Jesús
Carlos
2004 Mayo Participación en la Organización del
Trabajo, Flexibilidad y Control
González Sánchez,
Ignacio
2004 Abril Desarrollo Organizacional y Calidad
total una Familia Disfuncional
Robledo Ruiz, Edgardo
189
2004 Marzo PYMES: Deficiencias Administrativas Rodríguez Valencia,
Joaquín
2004 Febrero Costo de Capital Hernández Méndez,
Marcelo
2004 Febrero Innovación Tecnológica, una Razón
estratégica
Martínez de los Santos,
Isora A.
2003 Diciembre La Conciencia de la Calidad Mugueda Magaña,
Pablo
2003 Octubre Trabajo en Equipo; Estrategia de
Excelencia Empresarial
Reza Trosino, Jesús
Carlos
2003 Octubre Intragob: Un Modelo de Calidad Espiricueto Islas, Ma.
Esther
2003 Septiembre Desarrollo de Grupos Ibargüengoitia, Patricia
2003 Septiembre Nivel de Servicios: ¿Cómo
determinarlo y caracterizarlo?
Toirac García,
Alexander Carballo;
Borges, Idalmir
2003 Agosto Como Determinar, Evaluar y Mejorar la
Estructura Financiera Organizacional
Vázquez Jiménez,
Imelda L.; Ochoa Jaime,
Blanca R.; Celaya
Figueroa, Roberto
2003 Agosto ISO 9001-2000; El Ciclo de la Calidad Rosales González,
Roberto
2003 Agosto Modelo de Gestión de Micro-Pequeñas
Empresas basado en la Cadena de
Valor
Colin Flores, Carlos
Gabriel
2003 Julio La Norma ISO 9000-2000 Rosales González,
Roberto
2003 Julio El cuerpo y sus Indicadores de
Comportamiento Organizacional
Pino Durán, Milagros
190
2003 Mayo Control de Calidad Preventivo: El
Enfoque JT
Morales Camarena, Jair
Gabriel
2003 Mayo Productividad Global de Máquina:
Como sacar el Mejor Provecho del
Equipo
López Rivera, José
2003 Mayo La Creatividad y la Innovación en la
Empresa
Palafox de Anda,
Gustavo
2003 Abril Los procesos Estratégicos en la
Empresa
Palafox de Anda,
Gustavo
2003 Marzo Calidad en Servicios Palafox de Anda,
Gustavo
2003 Marzo La Naturaleza de la Administración
Estratégica
Vidal Bonifaz, Rosario
2002 Noviembre Asegura la Calidad en tu Empresa para
que todo marche mejor
Mendieta Corona, Ana
Lilia
2002 Noviembre El costo para las Pymes por no
cubrirse ante una devaluación
Morales Castro, Arturo
2002 Septiembre Creando Riqueza Humana o Física Pérez Peregrino, Efrén
2002 Septiembre Programa para Mejorar la Calidad y la
Competitividad en la Empresa
Carballo Borges,
Idalmis; Toirac García,
Alexander; Mendieta
Corona, Ana Lilia
2002 Julio Control de Gestión: Proyección
Estratégica y Diagnóstico 2ª. Parte
Carballo Borges,
Idalmis; Toirac García,
Alexander; Mendieta
Corona, Ana Lilia
2002 Julio Estrategia Sistemática en Selección de
Personal por Competencias Laborales
Toirac García,
Alexander
2002 Junio Control de Gestión: Proyección
Estratégica y Diagnóstico: Diseño y
Aplicación de un Enfoque Integrado.
1ª. Parte
Mendieta Corona, Ana
Lilia
191
2002 Junio Empowerment y Liderazgo Herrera Avendaño,
Carlos Eduardo
2002 Mayo Sistemas de Gestión de Calidad 3ª.
parte
Montaño Sánchez,
Francisco
2002 Mayo Downsizing o Paradigma de la
Realidad
Franklin Fincowsky,
Enrique Benjamín
2002 Abril La Determinación de Objetivos:
Importancia
Olivares Ramírez,
Bernabé
2002 Abril Diagnóstico de un Sistema de Calidad
según Normas ISO 9000: Aplicación de
una metodología
Toriac García,
Alexander; Carballo
Borges, Idalmis;
Mendieta Corona, Ana
Lilia
2002 Abril La Cultura Organizacional como Factor
de Competitividad
Forteza Vargas, Juan
Luís
2002 Marzo Estrategias de Sobrevivencia en el
Pequeño comercio
García de León,
Campero Salvador
2002 Marzo Sistemas de Gestión de la Calidad:
Requisitos. 2ª. Parte
Montaño Sánchez,
Francisco Arturo
2002 Enero Sistemas de Gestión de la Calidad:
Fundamentos y vocabulario. 1ª. Parte
Montaño Sánchez,
Francisco Arturo
2002 Enero El Plan Estratégico de la Consultoría Montes Barreto, Ramón
2002 Enero Proyección Estratégica: Metodología y
Aplicación
Toirac García,
Alexander
2001 Diciembre Procesos de Transferencia,
Asimilación e Innovación Tecnológica:
Repercusión en empresas de países
en vías de desarrollo
Toirac García,
Alexander
2001 Diciembre Sistemas de Manufacturas: Push
contra Pull
Reynosa M., Luís
Fernando
192
2001 Noviembre Cultura Organizacional y Poder
Simbólico ¿Aprenderemos a crear
organizaciones mejores?
Carrada-Bravo, Teodoro
2001 Noviembre Sistemas de Información y Control en
la Empresa
Fleitman Schvarcer,
Jack
2001 Octubre Ética en los Negocios: un modelo
interactivo responsable
Viguri Bretón, Carlos
2001 Octubre Planeación de la Producción. La
Importancia de la Planeación de la
Producción en la Empresa
Fleitman Schvarcer,
Jack
2001 Octubre Administración de Compras y
Suministros
Montaño Sánchez,
Francisco Arturo
2001 Septiembre Creatividad y Organización. La
Creatividad en el Contexto de los
Estudios Organizacionales
Saldaña Rosas,
Alejandro
2001 Septiembre Creatividad en la Planeación. La
reunión de Reflexión y Diseño
Jiménez, Jaime
2001 Septiembre Liderazgo Creativo en las
Organizaciones que Aprenden
Dabadub, Lilian
2001 Septiembre Evaluación de Organizaciones:
Diagnóstico y Auditoria Administrativa
Reza Borja, Gabriela
2001 Septiembre Modelo Holístico Empresarial Alday Echavarría,
Alberto Santiago
2001 Septiembre Auditoria Administrativa del Sistema de
Personal
Rodríguez Valencia
Joaquín
2001 Agosto Competitividad a Partir del Capital
Intelectual
Gómez Hernández,
Luís; Ramírez Chavero,
Iván
2001 Agosto Auditoria de la Calidad Montaño Sánchez,
Francisco A.
193
2001 Agosto Factores Críticos de Competitividad
Empresarial: como conocerlos,
especificarlos y reforzarlos
Barssé Casas, Victor M.
2001 Agosto Los Costos en la Toma de Decisiones Montaño Sánchez,
Francisco Arturo
2001 Agosto Puesto por Comparación de Factores Varela Juárez, Ricardo
2001 Agosto Como Desarrollar el Plan de
Producción
Lerma Kirchner,
Alejandro E.
2001 Julio Liderazgo de Servicios Bugeda Magaña, Pablo
2001 Junio Estrategias de Planeación para
Alcanzar el Éxito
Delgado Hernández,
David Joaquín; Morales
Camarena, Jair Gabriel;
Suárez Rocha, Javier;
Vite Arroyo, Mario
Daniel
2001 Junio Modelo de Puntos: ¡Valuación de
Puestos!
Varela Juárez, Ricardo
2001 Junio El Nivel Adecuado de Inventarios Montaño Sánchez,
Francisco Arturo
2001 Mayo Éxito Competitivo a Través de la
Estrategia
Gómez Hernández, Luís
2001 Mayo Administración de las Operaciones de
la Producción
Montaño Sánchez,
Francisco Arturo
2001 Mayo La Administración de los Sistemas de
Salud. El derecho y la Salud.
Aarún Ramé, Jesús
Lorenzo; Montes-
Barreto, Ramón
2001 Abril El Modelo de Grados Predeterminados Varela Juárez, Ricardo
2001 Abril Calidad y Satisfacción al Cliente Montaño Sánchez,
Francisco Arturo
194
2001 Marzo Como Elaborar un Plan de Negocios Fleitman Schvarcer,
Jack S.
2001 Marzo Juntas Efectivas: Directivos
Satisfechos
Carrada-Bravo, Teodoro
2001 Marzo Tratadistas de la Calidad Montaño Sánchez,
Francisco A.
2001 Marzo Capacidad de Producción de la
Empresa
Montaño Sánchez,
Francisco Arturo
2001 Febrero Competitividad Sostenible: Las Cuatro
Dimensiones Básicas. 1ª Parte
Barssé Casas, Víctor
2001 Febrero Valuación de Puestos Varela Juárez, Ricardo
2001 Enero El Humanismo como Modelo de
Cultura Empresarial. “Sin Valores
Crecerá la Mediocridad”
Carrada-Bravo, Teodoro
2001 Enero Alianzas Estratégicas y Fusiones. Los
Nuevos Enfoques de Organización
Empresarial
Morales Castro, Arturo
2001 Enero Cecklist para Tiempos de Crisis. Lo
que los Empresarios y Consultores
Debemos Hacer
López Solano, Eduardo
2001 Enero La Prueba del ADN Humano, ¿Una
nueva opción para legar a la calidad
total en las empresas?
Aurioles González, Ma.
Esther
2001 Enero ISO: Organización Internacional para la
Estandarización
Montaño Sánchez,
Francisco Arturo
2001 Enero Consideraciones Prácticas para la
Administración de Riesgos
Peraza Talavera, Héctor
Raúl
2000 Diciembre El Elemento Humano, Base para
Consolidar una Empresa de Clase
Mundial
Castrejón Cruz-
Márquez, Carlos
195
2000 Diciembre Outsourcing: La Subcontratación en el
Mundo Cambiante del Trabajo.
Espiricueto Islas, Ma.
Esther
2000 Octubre Como Formar Equipos de Trabajo
Autodirigidos
Bustamante, Marco
Tulio
2000 Octubre Equipos Efectivos para la
Competitividad en las Empresas
Barssé Casas, Víctor M.
2000 Octubre Mejora Continua o Mejora Discontinua Oropeza Beivide, Tirso
Alejandro
2000 Octubre El Resultado de las Interacciones Velázquez Mastreta,
Gustavo
2000 Septiembre Subcontratación de Procesos
Industriales. Mecanismos de
Promoción y Enlace
García de León
Campero, Salvador
2000 Septiembre Administración Estratégica:
Implantación
Pérez Canal, Carlos
Alberto
2000 Agosto Buy Out. El valor de Unir Esfuerzos Herrera Avendaño,
Carlos E.
2000 Junio Metodología para el Análisis de las
Empresas
Herrera Avendaño,
Carlos E.
2000 Mayo Perfil de las Organizaciones que
Aprenden
Reza Trasino, Carlos
1999 Diciembre Contabilidad Administrativa. La
Adaptación Requerida en la Pequeña y
Mediana Empresas
Rodríguez Valencia,
Joaquín
1999 Diciembre Desarrollo Organizacional en las
Empresas
Reza Trasino, Carlos
1999 Diciembre Calidad Total Morales Castro, Arturo
196
1999 Diciembre El Trabajo en Equipo una Estrategia
poderosa para Mejorar el Desempeño
de las Empresas
Martínez de los Santos,
Isora
1999 Noviembre Elementos y Manifestaciones de la
Cultura Organizacional
García Córdova,
Fernando; Flores
Santillán, Juan Manuel
197
2. REVISTA CONTADURÍA Y ADMNISTRACIÓN
Año Mes Nombre del Artículo Autor
2004 Sep.-Dic. Propuesta de un proceso educativo de
habilidades del pensamiento como
estrategias de aprendizaje en las
organizaciones
Montoya Pérez, Luz
María
2004 Sep.-Dic. Trayectoria tecnológica y ciclo de vida de
las empresas: una interpretación
metodológica acerca del rumbo de la
innovación
Jasso Villazul, Javier
2004 May.-Ago. Política ambiental y su impacto en la
innovación tecnológica y organizativa: el
reciclaje de vehículos automotores
Álvarez Medina, Ma. De
Lourdes
2004 May.-Ago. Las aproximaciones organizacionales.
Caracterización, objeto y problemática
Rendón Cobián,
Marcela; Montaño
Hirose, Luis
2004 Ene.-Mar. Identidad ocupacional y género en
Telmex: El caso de las operadoras de la
central San Juan
Tunal Santiago,
Gerardo; Pérez Pérez,
Gabriel
2003 Oct.-Dic. La administración: entre la
profesionalización y la cientificidad
Silva Camarena, Juan
Manuel
2003 Abr.-Jun. Competencias centrales y ventaja
competitiva: el concepto, su evolución y
su aplicabilidad
Álvarez Medina, Ma. De
Lourdes
2003 Abr.-Jun. El cambio mundial de la siderurgia.
Enfoque de comportamiento económico,
tecnológico y comercial de las últimas
décadas del siglo XX
Cruz Soto, Luis Antonio
2003 Abr.-Jun. Revisión crítica al ABC y a los nuevos
métodos de costeo
Castellanos Elías, Julio
2003 Ene.-Mar. Modernización Productiva y flexibilidad
laboral en Telmex
Tunal Santiago,
Gerardo
2002 Jul.-Sep. Cambios en la industria automotriz frente
a la globalización: el sector de
autopartes en México
Álvarez Medina, Ma. De
Lourdes
198
2002 Abr.-Jun. Administración, ciencia, técnica y
tecnología
Padrón Martínez,
Claudia Liliana
2002 Abr.-Jun. Gestión medioamabiental y auditoría Marques de Almeida,
Jose Joaquim; Da costa
Marques Ma. Da
Conceicao
2001 Oct.-Dic. Medición del valor del capital intelectual Fuentes Cataño
Yolanda; Hernández
Garnica Cleotilde
2001 Jul.-Sep. Prospectiva y normatividad del medio
ambiente para la industria siderúrgica
nacional
Valdés Hernández, Luis
Alfredo
2001 Abr.-Jun. Los círculos de control de calidad en
empresas de manufactura en México
Reyes Aguilar,
Primitivo; Simón
Domínguez, Nadima
2001 Abr.-Jun. Inversiones adicionales por costos de no
calidad
Escobedo Pérez, Jesús
2001 Ene.-Mar. El compromiso personal hacia la
organización y la intención de
permanencia: algunos factores para su
incremento
Arias Galicia, Fernando
2001 Ene.-Mar. El sistema de autodiagnóstico
Empresarial: una herramienta para
mejorar la competitividad
Velázquez Pardo,
Silvia; Macías Herrera
Santiago
2000 Oct.-Dic. Revisión de la jungla de la teoría
administrativa
Koontz, Harlod,
traducción de
2000 Oct.-Dic. Análisis de la relación entre cooperativas
cultura y desarrollo local: Los casos de
España, India y Bangladesh
Flores-Crespo, Pedro
2000 Jul.-Sep. La consultoría en administración como
una tecnología de investigación:
Alternativa del ISEOR y su aplicación en
la UAM-Xochimilco
Fernández Ruvalcaba,
Martha M.; Andrade
Romo, Salvador
2000 Jul.-Sep. ISO 14000: un sistema de administración
ambiental con oportunidades para
contadores y otros consultores
Label, Wayne A.
traducción de
Escobedo Perez, J.
Jesús
199
2000 Jul.-Sep. Como mejorar la competitividad de la
empresa latinoamericana por medio de
la estrategia ambiental
Pratt, Lawrence
2000 Abr.-Jun. Modelos organizacionales y Crisis: La
experiencia reciente de Japón
Montaño Hirose, Luis
2000 Abr.-Jun. El concepto de las anarquías
organizadas en el análisis organizacional
Solís, Pedro C.; López
Villarreal, Blanca E.
2000 Abr.-Jun. Competitividad y estrategia: el enfoque
de las competencias esenciales y
enfoque basado en los recursos
Morales González Ma.
Antonia; Pech Várguez,
José Luís
2000 Ene.-Mar. ¿Hay dos modelos (teórico-descriptivo y
técnico-prescriptivo) del proceso
administrativo?
Arias Galicia, Fernando
2000 Ene.-Mar. En torno a los modelos de “proceso”
administrativo teórico-descriptivo y
técnico-prescriptivo: réplica a la crítica de
Arias Galicia
Ríos Salía, Jorge
2000 Ene.-Mar. Una exploración inicial sobre la
naturaleza de la administración y de la
teoría administrativa
Gómez Urquiza, Mario
Gabriel
200
3. REVISTA DIRECCIÓN ESTRATÉGICA
Año Mes Nombre del Artículo Autor
2005 Dic.-Feb. Diseño de Nuevos Productos: Una Actividad
Multidisciplina
Gigola, Cristina;
Romero, Sergio;
Romero, Omar
2005 Dic.-Feb. La Ciencia Básica ¿Elemento Esencial en el
Desarrollo Del País?
Sudarsky, Daniel
2005 Dic.-Feb. Redefiniendo la Estrategia del Real Estate…
El Resurgimiento del Negocio de la Abuela
Casbañares, Jorge
2005 Dic.-Feb. La Administración Estratégica de
Actividades (ABM) Realmente Efectiva
Cervantes, Sergio
2004 Sep.-
Nov.
¿Igualdad en la empresa? Gestión de la
diversidad
2004 Sep.-
Nov.
Estabilidad y permanencia en la empresa
familiar
2004 Jun.-
Ago.
¿Al Borde de un Colapso?
Redimensionando la Ética de Negocios en
el Nuevo Entorno Corporativo
Castañares, Jorge
2004 Jun.-
Ago.
Comunicación de Riesgos y Seguridad
Industrial
Pérez Floriano,
Lorena
2004 Jun.-
Ago.
Comunicar el Cambio García, Erick
2004 Jun.-
Ago.
¿La Responsabilidad Social es para mí?
¿Es para mi Empresa?
Cosio, Carlos
2004 Mar.-
May.
Líderes ¿Nacen o se Hacen? Hernández, Ricardo
2004 Mar.-
May.
Benchmarking de Procesos Logisticos Antún, Juan Pablo;
Ojeda, Lilia
2004 Mar.-
May.
Liderazgo ¿Quién Puede Ejercerlo? De Orduña, José
María
2004 Mar.-
May.
La Gerencia Estratégica como
Fortalecedora de la Gerencia
Artigas, Wiledys
2003 Sep.-
Nov.
Creatividad y Grupos Creativos Chiesa, Giulio
2003 Sep.-
Nov.
Servicio, factor del éxito en la creación de
negocios
2003 Jun.-
Ago.
Los Retos del Nuevo Directivo Público
2003 Jun.-
Ago.
Gobierno Corporativo
201
2003 Mar.-
May.
Cómo valuar su capital intelectual
2003 Mar.-
May.
Gobierno Corporativo
2003 Mar.-
May.
El recuento de los daños
2003 Mar.-
May.
Dirección de Equipos Auto-regulados
2003 Mar.-
May.
Calidad ISO 9000:2000
2002 Dic.-Feb. Ignore el valor de su negocio:
Administración estratégica de tecnologías
de información
2002 Dic.-Feb. Un nuevo enfoque para la planeación
estratégica
2002 Dic.-Feb. Cómo valuar su capital intelectual
2002 Dic.-Feb. Antes de decidir, ¡simule!
2002 Sep.-
Nov.
Las contradicciones del cambio
2002 Sep.-
Nov.
Valores del empresario
2002 Sep.-
Nov.
La Bio-Estrategia
2002 Sep.-
Nov.
Tecnología, negocios y medio ambiente
2002 Sep.-
Nov.
Reduzca costos sin afectar su empresa
2002 Jun.-
Ago.
¿Cómo hacer que la gente se ponga la
camiseta?
2002 Mar.-
May.
Convierta su presupuesto tradicional en una
herramienta poderosa de planeación y
control
2002 Mar.-
May.
Administre mejor sus proyectos. 12 pasos
básicos para el éxito
202
4. REVISTA EMPRENDEDORES
Año Mes Nombre del Artículo Autor
2004 Nov.-
Dic.
Comprender los conceptos económicos
básicos puede ayudarle en la dirección
de su empresa
Sauza Godínez, Isabel
2004 Nov.-
Dic.
El control de inventarios Foncerrada López,
Carlos
2004 Nov.-
Dic.
Reglas para tener éxico en los
proyectos
Castro Martínez,
Antonio; Rosado Zúñiga,
Angélica
2004 Nov.-
Dic.
En busca del strategos Nava Condarco, Carlos
2004 Nov.-
Dic.
Impacto del ERP en las organizaciones Mejía Estañol, Raúl
2004 Nov.-
Dic.
Más sobre estrategias Romero Pérez, María
Dolores; Flores
Vázquez, Norma
Angélica; Calderón
Fortis, María de Lourdes
2004 Nov.-
Dic.
Auditoría operacional y Auditoría al
desempeño
2004 Sep.-
Oct.
Reflexiones sobre productividad Medina Ortiz, Carlos C.
2004 Sep.-
Oct.
La asociación de pequeñas y medianas
empresas mejoran la productividad
Mercado Gasca, Ignacio
2004 Sep.-
Oct.
Hablando de calidad ¿Cómo construir
un indicador simple de eficiencia en
empresas de servicios
Rodríguez Franco,
Jesús; Pierdant
Rodríguez, Alberto I.
2004 Sep.-
Oct.
¿ISO 9001:2000 es una moda o un
medio?
Fuentes Fernández,
Enrique
2004 Sep.-
Oct.
Proceso de detección de necesidades
de capacitación
Jiménez, Carlos
203
2004 Sep.-
Oct.
Los audaces chinos saben más
economía y calidad que los mexicanos
¿Por qué los productos chinos se
venden tanto?
Castro Martínez,
Antonio
2004 Sep.-
Oct.
¿Qué beneficios tiene la certificación? El
caso del Contador Público
Sánchez Rodríguez,
Benjamín
2004 Sep.-
Oct.
Herramientas estadísticas para el
control de calidad
Valdés Hernández, Luis
Alfredo
2004 Sep.-
Oct.
EMA, primera entidad de acreditación
de gestión privada en México
2004 Sep.-
Oct.
Certificación en competencia laboral
para consultor y capacitador
García Sahagún, María
Concepción
2004 Sep.-
Oct.
La calidad en la industria de la
construcción
Monfiel, Daniel
2004 Sep.-
Oct.
Gestión de Calidad Aplicada a
Hostelería y Restauración
2004 Jul.-
Ago.
La idea de un negocio en un mundo de
constantes cambios
Mendoza Moheno,
Jessica; Hernández
Calzada, Martín Aubert
2004 Jul.-
Ago.
Las tendencias en la organización del
Trabajo
González Sánchez;
Ignacio
2004 Jul.-
Ago.
Capital humano: asunto crítico en la
sociedad de la información
Carreón, Juan
2004 Jul.-
Ago.
Apuntes sobre e-logística Casati San Miguel;
Susana B.
2004 May.-
Jun.
Los 10 mandamientos del jefe de
recursos humanos
Bastida Salomón;
Héctor Daniel
2004 May.-
Jun.
Reflexiones sobre la administración de
la salud en el trabajo
Puente Lomelín, Arturo
2004 May.-
Jun.
El caso de una empresa en la
exportación de "Mezcal a Taiwan"
Olivares Chapa,
Alejandro
204
2004 May.-
Jun.
Ventajas competitivas de las PyMEs Vega Escalante, Horacio
2004 May.-
Jun.
El Caso de ACHTLI, S.A. de C.V.
Mazapanes mexicanos de calidad para
la exportación
2004 May.-
Jun.
Mercado de trabajo y valuación de
capital humano
Rodríguez Tepezano,
José Luis
2004 Mar.-
Abr.
Coaching empresarial: ¿qué es? Villavicencio Ayub, Erika
R.
2004 Mar.-
Abr.
¿La violación o internacionalización?
Caso: Chihuahua. La administración de
recursos humanos internacionales en la
industria maquiladora
García Bencomo, Myrna
Isela; Reyes López,
José Gerardo; etal
2004 Mar.-
Abr.
La planeación de personal y sus
variables en la capacitación
Puig López, Gema
2004 Mar.-
Abr.
¡Haz de tu empresa un equipo! Romero Pérez, María
Dolores; Flores
Vázquez, Norma
Angélica
2004 Mar.-
Abr.
Construya organizaciones que aprenden Rodríguez Tepezano,
José Luis
2004 Mar.-
Abr.
Capacitación en acción: caso práctico.
El punto de vista del asesor externo
Correa Montejo, Andy
Javier
2004 Mar.-
Abr.
¿Para qué sirve el índice de rotación de
personal?
Ríos Vázquez, Claudia
Irene; Vargas
Rodríguez, Elizabeth;
Gutiérrez Flores, Víctor
2004 Mar.-
Abr.
El nuevo papel de los recursos humanos
en las organizaciones
Rodríguez Tepezano,
José Luis
2004 Ene.-
Feb.
Estrategias de matriz FODA. ¡Entérese
y utilícelas!
Ortega Castro, Alonso
2004 Ene.-
Feb.
¿Cuál es el diseño organizacional que
usted prefiere?
Rodríguez Tepezano,
José Luis
205
2004 Ene.-
Feb.
Conceptos básicos sobre la fidelización
de clientes. Y ahora, ¿cómo conservo a
mis clientes?
2003 Nov.-
Dic.
Organización, estructura y comunicación
en pocas palabras
Durand Bautista, Silvia
Adriana
2003 Nov.-
Dic.
La nueva función de la gerencia
financiera
Castro, René; Cedeno
Jeysy
2003 Nov.-
Dic.
Información un recurso invaluable.
Como protegerla
Carrillo, Jorge
2003 Nov.-
Dic.
Pland de negocios de exportación de
joyería en plata fina. Taller de los
Ballesteros
Leal Pérez, Héctor
2003 Nov.-
Dic.
La fábrica del conocimiento. Los
tiempos cambian (La educación abierta
y a distancia)
Montero Montiel,
Gabriela
2003 Sep.-
Oct.
Oportunidades de outsourcing para
PYMES en el ramo de los servicios
sociales
2003 Sep.-
Oct.
Experiencia de outsourcing al IMSS.
Outsourcing: oportunidades para las
PYMES. Una forma moderna de gestión
empresarial
Gómez Rodríguez; José
Antonio
2003 Sep.-
Oct.
Las PYMES también requieren de
outsourcing: un caso práctico
Pérez Flores, Jorge
2003 Sep.-
Oct.
Outsourcing. Subcontratación José Valenzuela,
Adriana
2003 Sep.-
Oct.
Subcontratación y aprendizaje
organizacional
Hernández Domínguez,
Enriqueta
2003 Sep.-
Oct.
Aspectos relevantes para lograr un
outsourcing exitoso (subcontratación)
López del Valle, Sergio
2003 Sep.-
Oct.
La otra cara de la moneda. La
administración del outsourcing
Tarsch, Simon
2003 Sep.-
Oct.
La importancia del outsourcing como
mecanismo de exportaciones
Olivares Chapa,
Alejandro; Antonio
Meza, Alma Ivette
206
2003 Sep.-
Oct.
Para outsourcing en publicidad, diseño y
exposiciones
González García, Héctor
Javier
2003 Jul.-
Ago.
Competencias laborales para la
productividad y la competitividad
Manzanilla López de
Llergo, Lorenzo
2003 Jul.-
Ago.
Benchmarking, como estrategia de
mejora para las empresas
Romero Pérez, Ma.
Dolores; Flores
Vázquez, Norma
Angélica; Calderón
Fortis, Ma. de Lourdes
2003 Jul.-
Ago.
Las estrategias modernas de
administración
Castro Martínez,
Antonio; García
Guzmán, Omar; Cortés
Piña, Erick César; León
Gómez, Miralda
2003 Jul.-
Ago.
La empresa y sus sistemas de
información
Camargo Salinas, César
Augusto
2003 May.-
Jun.
La competitividad como factor de
desarrollo: el punto de vista del
empresario
Polevnsky Gurwitz,
Yeidokol
2003 May.-
Jun.
Una experiencia en la aplicación del
benchmarking para mejorar la calidad
en el servicio al cliente
Mejía Estañol, Raúl
2003 May.-
Jun.
¿Qué es la calidad para el consumidor? Benaque Rojas, María
Luisa
2003 May.-
Jun.
Sistemas financieros automatizados
hechos a la medida de su microempresa
(parte 5a de 5)
Bribiesca Correa,
Graciela
2003 May.-
Jun.
¿Incremento de productividad con base
en compensación variable?
Varela Juárez, Ricardo
2003 Mar.-
Abr.
Las maquiladoras mexicanas sin
transferencia de tecnología. Resultados
de una entrevista
Mota Palomino, Lizbeth
Patricia
2003 Mar.-
Abr.
Culturas de alta confianza en las
organizaciones
Chávez, Juan Carlos
2003 Mar.-
Abr.
Administración y responsabilidad social Gómez Velasco,
Marcelino
207
2003 Mar.-
Abr.
Controle los presupuestos de los
departamentos de su empresa con un
modelo en hojas electrónicas
Rodríguez Franco,
Jesús; Pierdant
Rodríguez, Alberto I.;
Guevara Pietrak, Iván
2003 Mar.-
Abr.
La utilidad del "Brand Equity", o valor de
marca
Benaque Rojas, María
Luisa
2003 Mar.-
Abr.
La Gerencia de marca Velasco M., Carlos A.
2003 Ene.-
Feb.
Calculando sus costos con Excel Rodríguez Franco,
Jesús; Pierdant
Rodríguez, Alberto I.;
Guevara Pietrak, Iván
2003 Ene.-
Feb.
El ABC para el Reclutamiento y
Selección en las Micro y Pequeñas
Empresas
Raya Sánchez, Ma.
Angélica
2002 Nov.-
Dic.
La consultoría… un camino para
resolver problemas
Urzúa Vega, David
2002 Nov.-
Dic.
La Administración de tecnología, un
proceso estratégico. Comentario al caso
PEMEX Exploración y producción (PEP)
Torres Solís, José
Ramón; Mendizabal
Cruz
2002 Nov.-
Dic.
La transferencia del sistema tecnológico
en las empresas
Valdés Hernández, Luis
Alfredo
2002 Nov.-
Dic.
116 oportunidades de negocio para
exportar
González Ramírez,
Héctor Javier
2002 Sep.-
Oct.
Si su negocio es Exitoso ¡Franquícielo! González Ramírez,
Héctor Javier
2002 Sep.-
Oct.
Ahora usted evalue la calidad de
algunas franquicias de comida rápida
González Ramírez,
Héctor Javier
2002 Sep.-
Oct.
Teriyaki San. Franquicias a la Mexicana Diez de Bonilla, Patricia
2002 Sep.-
Oct.
¿Su empresa, desarrolla y transmite
conocimiento? Cómo desarrollar y
transmitir el conocimiento para crecer
Rodríguez Franco,
Jesús; Pierdant
Rodríguez, Alberto Isaac
208
2002 Sep.-
Oct.
Para Exportar… ¿Cómo vender en el
extranjero?
Olivares Chapa,
Alejandro; Villanueva
Jiménez, Victor Octavio
2002 Jul.-
Ago.
El reporte de visitas de ventas Grabinsky Steider, Salo
2002 Jul.-
Ago.
Ventas: función esencial en la empresa Alderete Peña, Teresa
2002 Jul.-
Ago.
En ventas Industriales, conocer para
vender
Tanda Castillo, Manuel
2002 Jul.-
Ago.
Excelencia en capacitación de negocios
- Promoción Empresarial
2002 Jul.-
Ago.
Administración de ventas: El camino
para la venta profesional
Mejía Estañol, Raúl
2002 Jul.-
Ago.
Sáquele jugo al conocimiento de su
empresa ¿Cómo generar y organizar el
conocimiento tácito?
Rodríguez Franco,
Jesús; Pierdant
Rodríguez, Alberto Isaac
2002 Jul.-
Ago.
Las Relaciones Públicas una
herramienta invaluable para vender
Castro Martínez,
Antonio
2002 May.-
Jun.
La responsabilidad de crear confianza
y… creer
Grabinsky Steider, Salo
2002 May.-
Jun.
Hablando de responsabilidad social
2002 May.-
Jun.
Responsabilidad Profesional Gallegos Zacarías, Ana
María
2002 May.-
Jun.
¿De verdad quieres entrar al juego? La
responsabilidad de ser empresario
Castro Gómez, Adolfo
Miguel
2002 May.-
Jun.
La formación de la administración del
conocimiento, una nueva herramienta
para crecer
Pierdant Rodríguez,
Alberto I.; Rodríguez
Franco, Jesús
2002 May.-
Jun.
¡La comunicación organizacional es más
que un juego!
Durand Bautista, Silvia
Adriana
209
2002 May.-
Jun.
Administración de las pequeñas y
medianas empresas. Retos y Problemas
ante la Nueva Economía Global
Barragán Codina, José
N.; Pagán, José A.
2002 Mar.-
Abr.
15 Pasos para abrir um negocio Martínez García,
Francisco; González
Zepeda, Christian;
Onofre Hernández,
Pablo A.
2002 Mar.-
Abr.
Empresas al borde de un ataque de
cambios
Martínez García,
Francisco; Araiza
Solano, Jorge
2002 Mar.-
Abr.
S.O.S. Empresarial, apoyos a
microempresas
Martínez García,
Francisco;González
Zepeda, Christian
2002 Mar.-
Abr.
Sistemas financieros automatizados
hechos a la medida de su microempresa
Bribiesca Correa,
Graciela
2002 Ene.-
Feb.
El medio a planear y los negocios
familiares
Grabinsky Steider, Salo
2002 Ene.-
Feb.
Manual práctico del comerciante
electrónico
Olivares Chapa,
Alejandro
2002 Ene.-
Feb.
Las diez lecciones de Jeff Bezos. 25 tips
para que hagan "click" em su web
Aragón Silva, José
Rodrigo
2002 Ene.-
Feb.
Solución de modelos de optimización
lineal con Excel
Pierdant Rodríguez,
Alberto Isaac
2002 Ene.-
Feb.
Empowerment Franklin Fincowsky,
Enrique Benjamín
2001 Nov.-
Dic.
"Un gran dolor de cabeza". Adquirir
equipo y maquinaria adecuada para el
tamaño y tipo de empresa (última parte)
Castro Martínez,
Antonio
2001 Nov.-
Dic.
Sistemas Financieros Automatizados
Hechos a la Medida de su
Microempresa (Tercera parte de cinco)
Bribiesca Correa,
Graciela
2001 Nov.-
Dic.
Los 22 mayores errores de los
administradores
Sandoval, Rudy
2001 Sep.-
Oct.
Calidad en el servicio Mejía Estañol, Raúl
210
2001 Sep.-
Oct.
"Un gran dolor de cabeza". Adquirir
equipo y maquinaria adecuada para el
tamaño y tipo de empresa
Castro Martínez,
Antonio
2001 Sep.-
Oct.
Auditoría de recursos humanos Romero P., Ma. Dolores;
Flores V., Norma;
Calderón F., Lourdes
2001 Sep.-
Oct.
Sistemas financieros automatizados
hechos a la medida de su empresa
Bribiesca Correa,
Graciela
2001 Sep.-
Oct.
Centro UNAM-BANCOMEXT. España.
Oportunidades de exportación
Martínez García,
Francisco; Olivares
Chapa, Alejandro
2001 Jul.-
Ago.
La administración como un sistema
político
José Valenzuela,
Adriana
2001 Jul.-
Ago.
La importancia del derecho en las
organizaciones del siglo XXI
Dorantes Hernández,
Patricia M.; Ontiveros
Jurico, Humberto Javier
2001 Jul.-
Ago.
Importancia de realizar procesos de
adecuación en las organizaciones
Moreno Ocaña, Andrés
2001 Jul.-
Ago.
"Un gran dolor de cabeza". Adquirir
equipo y maquinaria adecuada para el
tamaño y tipo de empresa
Castro Martínez,
Antonio
2001 Jul.-
Ago.
Sistemas financieros automatizados
hechos a la medida de su empresa
Bribiesca Correa,
Graciela
2001 Jul.-
Ago.
La protección a la propiedad industrial:
un elemento importante en la estrategia
competitiva de las empresas modernas
González, Iris
2001 May.-
Jun.
Reflexiones sobre el enfoque clásico de
la administración
Torres Carrasco, Ruth
2001 May.-
Jun.
Más sobre filosofía de la administración.
La organización como uma máquina
José Valenzuela,
Adriana
2001 May.-
Jun.
Importancia de realizar procesos de
adecuación en las organizaciones
Moreno Ocaña, Andrés
2001 May.-
Jun.
Control de inventarios: Una función más
allá de contar los artículos de un
pequeño negocio
Castro Martínez,
Antonio
211
2001 May.-
Jun.
Determinación de plan de vida y carrera
en la administración de personal
García Morales,
Rolando
2001 May.-
Jun.
Protegiendo a sus recursos humanos Hernández y Lozano,
Antonio
2001 May.-
Jun.
Practique su inglés: Teaching to think.
An Introduction to the Use of Cases
2001 May.-
Jun.
Un plan de negocios de comercio
electrónico
Martínez García,
Francisco
2001 Mar.-
Abr.
Filosofía de la administración. La
organización como una prisión de la
mente (4a. Parte)
José Valenzuela,
Adriana
2001 Mar.-
Abr.
Algunas reflexiones sobre el concepto
de organización
Moreno Ocaña, Andrés
2001 Mar.-
Abr.
El advenimiento de la administración
científica "En el proceso de
productividad y condiciones de trabajo"
Ontiveros Junco,
Humberto Javier;
Dorantes Hernández,
Patricia M.
2001 Mar.-
Abr.
Cómo desarrollar la creatividad en los
negocios
Durand Bautista, Silvia
Adriana
2001 Mar.-
Abr.
Empresario: proteja a sus recursos
humanos… y protéjase de ellos
Hernández y Lozano,
Antonio
2001 Mar.-
Abr.
Genética y administración de personal Torres Solís, José
Ramón
2001 Mar.-
Abr.
Inventarios y control de inventarios.
Talón de Aquiles de las pequenas
empresas
Castro Martínez,
Antonio
2001 Mar.-
Abr.
Simulación del punto de equilibrio como
análisis de contribución y márgenes en
una empresa utilizando Excel
Bribiesca Correa,
Graciela
2001 Ene.-
Feb.
Filosofía de la administración. La
organización como una cultura (3ª.
parte)
José Valenzuela,
Adriana
2001 Ene.-
Feb.
Cómo desarrollar la creatividad en los
negocios (1a. parte)
Durand Bautista, Silvia
Adriana
212
2001 Ene.-
Feb.
Administración con base en la calidad
total, un enfoque para la aplicación en la
micro, pequeña y mediana empresa
Mejía Estañol, Raúl
2001 Ene.-
Feb.
El almacén, un área olvidada de la
empresa, pero un lugar que nos cuesta
mucho dinero si no lo cuidamos
Castro Martínez,
Antonio
2001 Ene.-
Feb.
El análisis de puestos Romero Pérez, Ma.
Dolores; Flores
Vázquez, Norma
Angélica; Calderón
Fortis, Ma. de Lourdes
2001 Ene.-
Feb.
Practique su inglés: Working with
creative people. 1st part
2000 Nov.-
Dic.
Filosofía de la administración. La
organización como un organismo vivo
(2a parte)
José Valenzuela,
Adriana
2000 Nov.-
Dic.
Auditoría administrativa: aspectos
fundamentales
Franklin Fincowsky,
Enrique Benjamín
2000 Nov.-
Dic.
Los principios fundamentales de la
dirección japonesa
2000 Nov.-
Dic.
PNL: Programación neurolingüistica:
¿una herramienta útil en la
administración?
Moreno Díaz Couder,
Salvador
2000 Sep.-
Oct.
Filosofía de la administración (1a parte) José Valenzuela,
Adriana
2000 Sep.-
Oct.
Código de barras, un elemento
indispensabe en la logística y la
comercialización global
Castro M., Antonio;
Esparza R., Rosa María
2000 Sep.-
Oct.
Aspectos descuidados de la
capacitación en la pequeña empresa
García Morales,
Rolando
2000 Jul.-
Ago.
La administración pública para el 2000 Preciado Gutiérrez, José
Luis
2000 Jul.-
Ago.
El licenciado en administración en la
función de producción/operación
Corral Gallardo, Samuel
2000 Jul.-
Ago.
Mantenimiento: una función olvidada,
que es indispensable en las operaciones
cotidianas e industriales
Castro, Antonio;
Esparza, Rosa María
213
2000 Jul.-
Ago.
Tips financieros. Estratégias de
outsourcing
López del Valle, Sergio
2000 May.-
Jun.
Construyendo una nueva cultura
empresarial en México
Gómez Hernández, Luis
2000 May.-
Jun.
Estrategia política para el cambio en
competitividad nacional: fuerzas a favor
y fuerzas en contra
Colburn, Forrest;
Sánchez, Fernando
2000 May.-
Jun.
La administración para la calidad total
en las empresas sin importar su tamaño
Valdés Hernández, Luis
Alfredo
2000 May.-
Jun.
Desarrollo organizacional Blancas Martínez, Luis
Felipe
2000 May.-
Jun.
Estrategias del outsourcing
(subcontratación)
López del Valle, Sergio
2000 Mar.-
Abr.
La visión empresarial de México en el
nuevo milênio
Yañez Solloa, Vicente
2000 Mar.-
Abr.
La empresa mexicana y las verdades
culturales
Ibargúengoitia y R.,
Patricia
2000 Mar.-
Abr.
Practique su inglés. Trilogía TQM para
establecer un sistema de administración
para la calidad total
Mahoney, Francis X.;
Thor, Carl G.
2000 Ene.-
Feb.
La administración para la calidad total
en las empresas sin importar su tamaño
Valdés Hernández, Luis
Alfredo
2000 Ene.-
Feb.
La fuerza de la función de compras en
las MYPES
Castro Martínez,
Antonio
2000 Ene.-
Feb.
El manejo de los inventarios en un
ambiente de incertidumbre
López del Valle, Sergio
2000 Ene.-
Feb.
Rotación de personal Blancas Martínez, Luis
Felipe
2000 Ene.-
Feb.
Practique su inglés. Negociación más
allá del estilo "ganar-ganar"
Mitchell, Brian
214
5. REVISTA CONTADURÍA PÚBLICA
Año Mes Nombre Del Artículo Autor
2004 Noviembre Gestión de Recursos
2004 Mayo Oportunidades y retos de la Contaduría
Pública
2004 Enero Análisis de las principales condiciones
regulatorias en el ámbito mundial en
matéria de gobierno corporativo
2004 Enero Responsabilidad de los administradores de
sociedades mexicanas
2003 Diciembre Consideraciones para el futuro inmediato en
la industria automotriz mexicana
2003 Octubre Administración integral del riesgo
2003 Julio Recursos Humanos
2003 Junio Industria Del Turismo
2003 Mayo Nuevas reglas de Gobierno Corporativo
2003 Abril Mejoras prácticas corporativas
2002 Diciembre Riesgos y Oportunidades
2002 Octubre Calidad en la Contaduría Pública
2002 Septiembre Administración de riesgos
2002 Mayo Fortalezas y áreas de oportunidad
2002 Marzo Gobernabilidad Corporativa
2001 Octubre Función del auditor como asesor de
negocios
215
6. REVISTA SEGMENTO
Año Mes Nombre del Artículo Autor
2004 Ago.-Oct. ¿Es rentable medir la satisfacción del
cliente?
2004 May.-Jul. Hoy un Adventor no es un cliente
2004 Feb.-Abr. La Investigación cualitativa como
herramienta de Innovación
2003 Nov.-Ene. Estudios de Imagen y Posicionamiento
2003 Ago.-Oct. EFFIE México 2003: Efectividad Creativa
2003 May.-Jul. Construcción de la Estrategia: Los Blancos
Móviles. El itinerario de los grupos objetivo
2003 Feb.-Abr. Grupo Posadas: Un Servicio más allá del
Hospedaje
2003 Feb.-Abr. CRM y la Empresa Centrada en el Cliente
2003 Feb.-Abr. ¿Por qué se Perdió al Cliente?
2002 Nov.-Dic. Sesiones de Grupo en Línea
2002 Nov.-Dic. Sabritas Investiga Cómo hacerte Sonreir
2002 Sep.-Oct. Sobresaturación de Mensajes, ¿Amenaza u
Oportunidad para las Marcas?
2002 Jul.-Ago. American Express: La Llave del Servicio
2002 Jul.-Ago. Aproveche al Máximo su CAPACIDAD
2002 Jul.-Ago. Promover lo intangible
2002 May.-Jun. Jumex Distribución que da vida
2002 May.-Jun. Administración de la Cadena de Suministros
2002 May.-Jun. Administración por categorías, el reto de un
Objetivo Compartido
216
2002 Mar.-Abr. La Lealtad de los Clientes y su Medición
2002 Mar.-Abr. El empaque como Herramienta Estratégica
2002 Enero Efectos de la Franquicia en la Globalización
2001 Noviembre CINEMEX: El Consumidor hace la Magia
2001 Septiembre EPSI: La Diferencia es la Experiencia
2001 Julio Rompiendo Esquemas, Cambiando
Paradigmas
2001 Marzo Modelos de Negocio en la Nueva Economía
2001 Enero El Proceso Creativo
2000 Noviembre Satisfacción con Valor
2000 Septiembre Investigación Cualitativa: Una Reflexión
2000 Marzo Bimbo: Distribución de Clase Mundial
2000 Marzo Mercadotecnia y Logística: ¿Divorcio o
Reconciliación?
2000 Enero Bancomer: Una Estrategia con Enfoque
1999 Abril Gerencia de Marca
217
7. REVISTA VÉRTICE UNIVERSITARIO
Año Mes Nombre del Artículo Autor
2004 Ene.-Mar. Innovación y Competitividad: El Sistema
Regional de Innovación
Flores Varela,
Ramona
2004 Ene.-Mar. La utilización de los Presupuestos como
Instrumentos de Decisión por parte de los
Gerentes de las Empresas
Rascón Dórame,
Luis; Meza Sánchez,
Arturo Alejandro
2004 Ene.-Mar. Las Pequeñas y Medianas Empresas
(PYMes) en el Proceso de Transformación
Productiva: Crecimiento con Innovación
Tecnológica
Olivares Leal,
Armando
2003 Oct.-Dic. El cambio y las organizaciones Cabrera Murillo, Ana
María
2003 Oct.-Dic. Importancia de los costos en la
Microindustria
Felix Enríquez,
Sergio; Trasviña
Soto, Irma Cecilia
2003 Oct.-Dic. La renovación continua en el manejo de los
inventarios
Andrade Paco,
Josefina
2003 Oct.-Dic. Sistema Integral de Control y Evaluación de
la Gestión Gubernamental
Gastelum Castro,
Ismael Mario
2003 Jul.-Sep. Factores de riesgo para la economía
mexicana
Parra Castro, Javier
2003 Jul.-Sep. Sistemas de información basados en
computadoras para la Administración en las
Organizaciones
Ochoa Medina, Ivone
Edith
2002 Oct.-Dic. Distribución: la "P" olvidada Mendoza Acuña,
Martin F.
2002 Oct.-Dic. La Cultura de la Calidad Flores Preciado,
Juan
2002 Jul.-Sep. Kaizen o Mejoramiento Continuo: Cambio
para Mejorar
Trasviña Soto, Irma
Cecilia
218
2002 Jul.-Sep. La Influencia de la Cultura en el
Funcionamiento y la Eficiencia
Organizacionales
Ortega Rangel,
Rodrigo
2002 Abr.-Jun. Las organizaciones y el conocimiento Borjas García, Jorge
Edgardo
2002 Abr.-Jun. El posmodernismo en las empresas De la Rosa Leal,
María Eugenia
2001 Oct.-Dic. La gestión en la economía global Minjarez Salas,
Marco Antonio
2001 Jul.-Sep. La empresa y su organización Oloño León,
Everardo
2001 Jul.-Sep. Alianzas estratégicas en Sonora Meza Sánchez
Laurel, Arturo
2001 Abr.-Jun. Desarrollo de equipos de trabajo Medellín Palencia,
Alejandro
2001 Abr.-Jun. Información organizacional ecológica De la Rosa Leal,
María Eugenia
2001 Ene.-Mar. Nuevos modelos de predicción en la
administración
Gálvez Medina,
Ernesto
2001 Ene.-Mar. La búsqueda de información estratégica en
las pequeñas y medianas empresas
Ochoa Ruiz, Josefina
2000 Oct.-Dic. Cultura de calidad para la microempresa
del sector comercio
Huerta Jiménez,
Yolanda
2000 Oct.-Dic. La evolución de la administración financiera
y su objetivo perenne
Oloño León,
Everardo
2000 Jul.-Sep. Dimensionamiento de la computación
organizacional en la toma de decisiones de
las empresas
Ochoa Ruiz, Josefina
219
2000 Abr.-Jun. Los factores productivos en el desarrollo
económico
Parra Castro, Javier
2000 Abr.-Jun. Las marcas y su importancia Figueroa González,
Luis Fernando
2000 Abr.-Jun. El departamento de compras, un "as"
estratégico para las empresas sonorenses
Urrutia Cruz, Horacio
2000 Ene.-Mar. Expectativas empresariales por técnicas de
recursos humanos
Meza Sánchez
Laurel, Arturo
2000 Ene.-Mar. Influencia de la Automatización de
información en la efectividad de la toma de
decisiones en las empresas
Ochoa Ruiz, Josefina
2000 Ene.-Mar. Costeo a base de actividades, Técnica ABC Andrade Paco,
Josefina
1999 Oct.-Dic. La predicción de los ciclos económicos Erquizio Espinal,
Alfredo
1999 Oct.-Dic. Herencia empresarial "Compañía industrial
y explotadora de maderas, S.A."
Gracida Romo, Juan
José
1999 Jul.-Sep. La productividad y el factor humano Inzunza Inzunza,
Vicente
1999 Jul.-Sep. La incertidumbre ambiental, el gran reto de
la empresa
Ochoa Ruiz, Josefina
1999 Jul.-Sep. Calidad total. Una alternativa de
organización del trabajo
Robles Ibarra, Juan
Carlos
1999 Jul.-Sep. Formación, desarrollo y administración de
equipos
Medellín Palencia,
Alejandro
1999 Abr.-Jun. Los retos de la globalización Ordaz Alvarez, Arturo
220
1999 Abr.-Jun. Desarrollando empresas exitosas a través
de productos competitivos, el enfoque de la
metodologia QFD
Molina Miranda,
Jesús Manuel
1999 Ene.-Mar. Administración aplicada a la PYME: ¿en
qué consiste?
Camargo Mireles,
Francisco
1999 Ene.-Mar. Propuesta de modelo de análisis de
administración de recursos naturales
Coronado Quintana,
José Angel
1998 Diciembre Visión Estratégica De la Rosa Leal,
María Eugenia
1998 Diciembre La Contabilidad por Actividades, la
Excelencia Empresarial y Mejora Continua
Aguirre Villegas,
Jesús Manuel
221
ANEXO B - Revistas Espanholas
1. REVISTA HARVARD DEUSTO FINANZAS Y CONTABILIDAD
Año Mes Nombre del Artículo Temas Autor
2005 Ene.-
Feb.
Planificación Financiera y
Presupuestos como Herramientas
de Gestión.
III.2 y 5 Gahagan Jim.
2005 Ene.-
Feb.
Control y Sucesión en la Empresa
Familiar
III.7 Sancho Carlos.
2005 Ene.-
Feb.
Caso Práctico: La Planificación
Estratégica y la Implantación del
Cuadro de Mando Integral del
Sistema Portuario Español.
III.5;
IV.2;
XI.4
Ripoll Feliú Vicente,
aparisi Caudeli José
Antionio, Maganto
López Julián.
2004 Nov.-
Dic.
La Esencia del Cuadro de Mando III.4 Muñiz Luis.
2004 Nov.-
Dic.
La Valoración de los Intangibles en
una Empresa de Internet.
I.5;
V.3;
VI.4;
Lozano Gutiérrez
Ma. Carmen,
Fuentes Martín
Federico.
2004 Sept.-
Oct.
El "Outsourcing" en la Gestión
Financiera y Contable.
I.5;
V.3;
VI.4;
Hayward Cathy.
2004 Sept.-
Oct.
La Planificación Estratégica en las
Entidades sin Ánimo de Lucro.
I.5;
IX.4
Soldevila i García
Pilar.
2004 Jul.-
Ago.
La Propuesta de Valor y el Sistema
de Costes ABC: La Matriz de Valor.
VII.1 Urrutia de Hoyos
Ignacio.
2004 Jul.-
Ago.
Caso Práctico:El Cuadro de Mando
Integral en una Pequeña Empresa.
IV.4;
VI.6
Alonso Mollar
Eduardo.
2004 May-
Jun.
Fusiones y Adquisiciones como
Modelos de Crecimiento.
V.1 Llaudet Óscar, Sabé
Jordi.
2004 May-
Jun.
Cuadro de Mando Integral: Modelo
Orientativo para una PYME.
VI.6 Alonso Mollar
Eduardo.
222
2004 Ene.-
Feb.
El Lado Oculto de los Intangibles:
Activos y Pasivos Ligados a la
Sostenibilidad.
VI.4;
IX.1
García-Ayuso
Manuel, Larrinaga
Carlos.
2004 Ene.-
Feb.
¿Qué es la Estrategia Impulsada por
los Rendimientos?
IX.4 Frigo Mark L., Litman
Joel.
2004 Ene.-
Feb.
La Gestión Estratégica en la
Creación de Valor para las
Empresas.
IX.6 Aguilar Omar.
2003 Nov.-
Dic.
Los Activos Intangibles: Presente y
Futuro de su Contabilización.
VI.4 Fernández
Rodríguez emilia,
González Díaz
Belén.
2003 Nov.-
Dic.
Hagamos Bien las Cosas (incluso
Planificar)
III.2 Carnicero Eusebi.
2003 Nov.-
Dic.
Hacia unas Previsiones Evolutivas
Eficaces.
III.2 Montgomery Phil.
2003 Nov.-
Dic.
La Necesidad de los Presupuestos
Financieros.
III.2 Bailey Adam.
2003 Nov.-
Dic.
La Inteligencia Competitiva en la
Planificación Estratégica y
Financiera.
III.2;
IX.6
Tena Millán Joaquín,
Comai Alessandro.
2003 Nov.-
Dic.
La Planificación y el Aprendizaje
Organizativo: El ejemplode EDF
GDF Services en Francia.
III.2;
V.5;
IX.4
Gómez Marie-
Leandre.
2003 Nov.-
Dic.
El Diseño de un sistema de Control
de Gestión.
III.7;
VI.5
Muñiz Luis.
2003 Sept.-
Oct.
Ventajas de la Implantación del
ABC: el Caso Barclays.
III.7;
VII.4
Porteous John.
2003 Sept.-
Oct.
La Innovación en la Gestión y
Elaboración de Presupuestos.
III.2;
V.1
Latimer Michael F.
223
2003 Sept.-
Oct.
Medición y Gestión del Rendimiento
de Ventajas de los Sistemas de
Indicadores Integrados.
I.5;
VI.5
Martínez Ramos
Miguel.
2003 May-
Jun.
Seis Sigma: Hacia la Perfección de
la Mejora del Rendimiento.
VIII.5;
IX.6
Lucier Gregory T.
Seshadri Sridhar.
2003 May-
Jun.
Crear Valor Mediante el Comercio
Electrónico.
V.1 y 3 Chen Y. Al,
Ingraham Laura R.,
Jenkins J. Gregory.
2003 May-
Jun.
Los Requisitos de la Nueva
Economía.
V.1 Glassman David.
2003 May-
Jun.
La Adaptación de los Sistemas de
Contabilidad de Costes al Nuevo
Entorno.
I.5; III.1 Drury Colin, Tayles
Mike.
2003 Mar.-
Abril
Cultivar el Talento Financiero dentro
de la Empresa.
III.5;
V.2
Archer Eric, Morgan
Robert.
2003 Mar.-
Abril
Claves del Éxito de la Inversión
Socialmente Responsable.
IX.2 Sánchez Pablo,
Rodríguez Miguel
Ángel, Ricart Joan
Enric.
2003 Mar.-
Abril
Incorporar la Estrategia al Cuadro de
Mando Integral.
VI.6;
IX.2
Brewer Peter.
2003 Ene.-
Feb.
Hacia unos Presupuestos
Dinámicos.
III.2 Bourne Mike, Neely
Andy, Heyns
Herman.
2003 Ene.-
Feb.
La Creación de Valor en la Empresa
y los "Stakeholders".
VI.9;
IX.6
Lorca Fernández
Pedro.
2002 Nov.-
Dic.
Como Superar la Resistencia al
Cambio.
V.1 y 2 Gunn Bob.
2002 Nov.-
Dic.
La Evaluación de la Eficiencia de los
Servicios Públicos.
VIII.5;
IX.6;
X.3
Navarro Galera
Andrés, Buendía
Carrillo Dionisio.
224
2002 Nov.-
Dic.
El Cuadro de Mando Integral y su
Aplicación al Control de la Gestión
en las Administraciones Públicas.
III.5;
X.7
Rodríguez Bolívar
Manuel P., Ortiz
Rodríguez David.
2002 Sept.-
Oct.
"Credit Management": Hacia una
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VIII.3;
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Santandereu Eliseu,
Bosch Nadal
Francisco.
2002 Sept.-
Oct.
El "Controler" en Grandes Empresas
Descentralizadas: Estudio de un
Caso.
III.7;
X.2
Bonsón Ponte E.,
Escobar Rodríguez
T., Martínez Ramos
M., Serrano
Domínguez F.
2002 Sept.-
Oct.
El Papel de la Gestión de Costes por
Actividades en la Determinación del
Valor del Cliente (II).
VII.4;
IX.4
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Schroeck Michael J.,
Letendre Rick A.,
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2002 Jul.-
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Evolución de la Figura del "Controler
en la Empresa".
III.7;
IX.2
Bonsón Ponte E.,
Escobar Rodríguez
T., Martínez Ramos
M., Serrano
Domínguez F.
2002 Jul.-
Ago.
Las Funciones del "Credit
Manager"y el Departamento de
Créditos.
III.7;
IX.5
Santandereu Eliseu.
2002 Jul.-
Ago.
El Papel de la Gestión de Costes por
Actividades en la Determinación del
Valor del Cliente (I).
VII.4;
IX.4
Ness Joseph A.,
Schroeck Michael J.,
Letendre Rick A.,
Douglas Willmar J.
2002 Jul.-
Ago.
Presente y Futuro del Cuadro de
Mando Integral.
VI.6 Entrevista con
Robert Kaplan.
2002 May-
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Los Directivos y los Equipos de
Trabajo.
V.2;
IX.1
Finely Michael.
2002 May-
Jun.
Decisiones Estratégicasy Creación
de Valor.
VIII.5;
IX.3
2002 May-
Jun.
Herramientas para la Gestión de las
Entidades sin Ánimo de Lucro:
Adaptación del Plan General de
Contabilidad.
V.6;
IX.2;
XI.7
Amiano Bonatxea
Iratxe.
2002 Mar.-
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La Gestión Eficaz de Equipos
Virtuales.
V.2 y 3 Lee-Kelley Liz.
225
2002 Mar.-
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Claves para la Implantación del
Cuadro de Mando Integral.
III.5 Fernández
Terricabras Alberto.
2002 Mar.-
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Los Sistemas de Información
Basados en la Estrategia.
IX. 4 y
7
López Viégla
Alfonso.
2002 Mar.-
Abril
El Modelo Integrado EFQM & BSC:
Transformando Estrategia en Acción
Excelente.
VIII.5;
IX.7
Trullenque
Francisco, Liquete
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2002 Mar.-
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Los Requisitos de la Nueva
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VI.1 Glassman David.
2001 Nov.-
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Más Allá del Proceso
Presupuestario.
III.2;
IX.1
Hope Jeremy, Fraser
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2001 Nov.-
Dic.
El Futuro de la Contabilidad de
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V.1 Burns John, Yazdifar
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2001 Nov.-
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Algunas Reflexiones Sobre la
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I.5;
VI.4
Vega Montserrat,
Bonilla Ma. Jesús,
Santos Cebrián
Mónica.
2001 Sept.-
Oct.
Los Costes Medioamentales en la
Empresa.
VI.1 Bonilla Priego María
Jesús, Molero López
Juan José, Sevillano
Martín Francisco J.
2001 Sept.-
Oct.
Activos y Pasivos Derivados de la
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V.6;
II.2
Moreno Campos
Inés.
2001 Jul.-
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La Función de los "Controllers" en
Equipos Multidisciplinares.
III.4;
V.2
Siegel Gary.
2001 Jul.-
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Tendencias en la Práctica de
Gestión de Costes.
V.1 Oldman Alf, Mills
roger, Bellis Jones
Robin.
2001 Jul.-
Ago.
La Práctica del Cálculo del Coste
por Producto.
I.1 y 5 Lucas Mike.
226
2001 Jul.-
Ago.
La Reducción de Costes y la
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I.1;
IX.5
Camaleño simón Ma.
Cristina.
2001 Jul.-
Ago.
Planificación Desarrollo y Nueva
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III.2;
IX.1
Benedetti Craig.
2001 May-
Jun.
Gestión Estratégica y Control IX.1;
III.7
Allen Daved.
2001 May-
Jun.
La Práctica de la Gestión Basada en
la Creación de Valor.
VIII.5;
IX.3
Francis Graham,
Minchington Clare.
2001 May-
Jun.
Organizar su Empresa para la
Evolución de Internet.
V.3;
IX.2
Epstein Marc. J.
2001 May-
Jun.
Presupuestos e Internet. III.2;
V.3
Simon Gary.
2001 May-
Jun.
Racionalización de Costes y
Portales B2B.
I.5; V.3 Boot Rupert.
2001 May-
Jun.
Difusión de las Innovaciones en
Gestión de Costes.
I.5; V.1 Smith Malcolm.
2001 May-
Jun.
Identificación y Asignación de los
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Empresa.
VI.1 Bonilla Priego María
Jesús.
2001 Mar.-
Abril
Los Tipos de Personalidad de los
"Controlers".
III.4 Blais William.
2001 Mar.-
Abril
La Gestión y el Valor para el
Accionista.
II.2 Cooper Stuart,
Crowther David,
Davis Ted, Davies
Matt.
2001 Mar.-
Abril
Sistemas ABC que Sirvan para la
Determinación Estratégica de
Costes y la Mejora Operativa.
VII.4;
IX.4
Cooper Robin,
Slagmulder Regine.
227
2001 Mar.-
Abril
La Medición del Rendimiento Ofrece
Resultados.
VIII.5 Dritna Ralph.
2001 Mar.-
Abril
La Eficacia de los Diferentes
Sistemas de Gobierno Corporativo.
VIII.5;
IX.2
Macey Jonathan R.
2001 Ene.-
Feb.
El Papel de los Directores
Financieros.
III.4 Allen David.
2001 Ene.-
Feb.
El Gobierno de la Empresa y el
Mercado de Control.
III.4;
IX.8
Gurriarán Ramón.
2001 Ene.-
Feb.
La Eficacia de los Diferentes
Sistemas de Gobierno Corporativo
(I)
IX.2 Macey Jonathan R.
2000 Nov.-
Dic.
El Directivo Financiero y el
Márketing en la Empresa.
III.4;
V.6
Bliley Linda M.
2000 Nov.-
Dic.
Hacia la Superación del Sistema
Tradicional de Elaboración de
Presupuestos.
III.2;
V.1
Hope Jermy, Graser
Robin.
2000 Nov.-
Dic.
El Proceso Prsupuestario en el Siglo
XXI
III.2 Fanning John
2000 Nov.-
Dic.
La Comunicación y Presentación de
Presupuestos.
III.2 Stanke Catherine M.
2000 Nov.-
Dic.
Esquema Práctico del Sistema de
Costes Basado en las Actividades.
VII.1 Robles Paramio
María Paz.
2000 Sept.-
Oct.
Aplicación del Cuadro de Mando
Integral en Lilly.
III.5;
XI.1
Martín Felipe Jesús.
2000 Jul.-
Ago.
Crear Cualidades de Liderazgo V.2 y 6 Messmer Max.
228
2000 Jul.-
Ago.
El ·Outsourcing" en el Área de
Finanzas
I.5; II.2; Vilaclara Pont Luis.
2000 Jul.-
Ago.
Los Sistemas de Creación y
Medición de Valor.
I.5 Vega Fernández
Javier.
2000 Jul.-
Ago.
La Gestión de Costes a Través de
un Sistema de Coste Objetivo en un
Ambiente de Certeza e
Incertidumbre (II).
I.5; III.3 Rodríguez Pérez
Alicia.
2000 May-
Jun.
La Selección del socio en una "Joint-
Venture".
III.3 Rajadell Carreras
Manuel.
2000 May-
Jun.
Una Perspectiva Estratégica del
Valor Económico Añadido.
IX.2 McLaren Josie.
2000 May-
Jun.
El Cuadro de Mando Integral:
Algunas Reflexiones.
VI.6 Camaleño Simón
Ma. Cristina.
2000 May-
Jun.
El Cuadro de Mando Integral:
Algunas Reflexiones.
Camaleño Simón
Ma. Cristina.
2000 Ene.-
Feb.
Los "Controllers" del Futuro Serán
"Socios" del Negocio.
III.4;
IX.2
Scheumann Jon.
2000 Ene.-
Feb.
Las Competencias Fundamentales
en el Proceso de Creación de Valor
de la Empresa.
IX.4 y 6 Scott Mark C.
2000 Ene.-
Feb.
La Gestión Interorganizativa de
Costes.
I.5;
IX.4
Cooper Robin,
Slagmulder Regine.
2000 Ene.-
Feb.
La Gestión de Costes a Través de
un Sistema de Coste Objetivo en un
Ambiente de Certeza e
Incertidumbre (I).
I.5; III.3 Rodríguez Pérez
Alicia.
229
2. REVISTA PARTIDA DOBLE
Año Mes Nombre del Artículo Temas Autor
2005 Marzo El Control Interno Operativo del
Área de Compras.
III.7 Hernández -Mora José
Antonio, Hernández
Fernández Joaquín.
2005 Marzo Diferencia entre Gastos y
Costes Ambientales: Su
incidencia en las Empresas de
Aguas.
IV.1;
VI.1;
XI.4
Pérez alemán
Jerónimo, Déniz José
Juan, Bona Sánchez
Carolina.
2004 Octubre El Cálculo de Costes en los
Hospitales Públicos Españoles:
Ventajas e Inconvenientes de
los Modelos Utilizados
I.5;
IV.4;
XI.4
Monge Lozano Pedro
2004 Septiembre La Gestión Basada en las
Actividades en las Entidades no
Lucrativas.
VII.4;
XI.7
Ruiz Lozano
Mercedes, Tirado
Valencia Pilar.
2004 Jul.-Agosto Limitaciones de la Contabilidad
Frente a las Obligaciones
Ambientales.
VI.1 López Gordo Ma.
Gloria, Rodríguez
Ariza Lázaro.
2004 Jul.-Agosto Desarrollo de la Metodología del
Modelo ABC: El Caso de las
Autoridades Poruarias.
VII.4;
XI.4
Cavero Rubio José A.
Sansalvador Sélles
Manuel E.
2004 Junio Con Don Florenrtino ¿El Madrid
se estiona con Tino? (II)
Analizando Contablemente el
Color del Balance Blanco.
Gay Saludas José
María
2004 Mayo Activos Naturales y Costes
Ambientales.
VI.1 Senés García Belén,
Rodríguez Bolívar
Manuel Pedro.
2004 Mayo Con Don Florenrtino ¿El Madrid
se estiona con Tino? (I)
Analizando Contablemente el
Color del Balance Blanco.
Gay Saludas José
María
2004 Abril Activos Intangibles Visibles:
Identificación y Reconocimiento
Contable.
VI.4 Ramírez Córcoles
Yolanda
2004 Abril El Capital Intelectual de la
Empresa.
VI.4 Monclús salamero Ana
Ma.
230
2004 Abril El Conocimiento como Principal
Activo Intangible: Tratamiento
Contable.
VI.4 Castilla Polo
Francisca, Chamorro
Rufián Eva Ma.
2004 Marzo Las Memorias de Sostenibilidad
de la Global Reporting Initiative
II.1;
VI.1
Archel Domenech
Pablo
2004 Marzo El Control Interno: La Garantía
del Sistema contable para la
Gestión y la Auditoría.
III.7 Vidal Hernández-Mora
José Antonio.
2002 Diciembre Implantación de un ERP: El
Valor Añadido a la Empresa.
IX.7 Muñiz González Luis.
2002 Diciembre Plan de Contingencias:
Elaboración, Desarrollo y
Gestión.
IX.7 Martínez Juan Gaspar.
2002 Diciembre SPempres@, Alternativa del
Mercado a los ERPs.
IX.7 Jiménez Javier.
2002 Noviembre Coste y Valoración de
Productos.
I.1 Garrido Gómez
Antonio.
2002 Noviembre Normativa Contable del Coste
de Producción.
I.1; II.4 Ortega Julio A.
2002 Noviembre Calidad e ISO 9000:
Experiencias en Servicios
Públicos.
VIII.3;
X.7
Rodríguez Prieto
Beatriz.
2002 Jul.-Agosto Sistemas de Retribución
Variable e Indicadores de
Control de Gestión
III.7 Prat Ramón, Muñíz
Luis.
2002 Mayo Un Sistema de Indicadores de
Control de Gestión para
Asesorías.
III.7 Muñiz González Luis.
2002 Mayo La Implantación de Sistemas de
Costes Totales de la Calidad:
Una Propuesta Metodológica.
IV.3;
VIII.4
Sansalvador Sellés
Manuel E., González
Carbonell José
Francisco.
231
2002 Mayo La Reflexión sobre el Coste
Óptimo de la Calidad.
VIII.1 Sansalvador Sellés
Manuel E., Serrrano
Maeo Cristina.
2002 Abril Indicadores de Calidad en el
Sector Asegurador.
VIII.5;
XI.5
Millan Aguilar Adolfo,
Muñoz Colomina Clara
Isabel.
2002 Abril Indicadores de Capital
Intelectual: El caso de las
Entidades de Crédito.
VI.4;
XI.5
Nevado Peña
Domingo, López Ruiz
Víctor Raúl.
2002 Abril Las Entidades Financieras: El
Modelo de Creación de Valor.
VII.1;
XI.5
Gómez López
Roberto.
2002 Febrero Los Sistemas de Control de
Calidad de la Auditoría en la
U.E.
VIII.5;
X.3
Alvarado Riquelme
María, Rivero
Menéndez José Ángel.
2002 Febrero Cómo Crear un Departamento
de Normas, Procedimientos y
Oraganización.
II.4;
V.1
Mesa Orama Jesús,
López Cardoso Fñelix,
Iduarte ayra Lourdes.
2002 Febrero El Control Interno y la Calidad
de la Información Financiera.
III.5 y
7; IV.1
Herrador Alcaide
Teresa C., de los Ríos
Sastre Susana.
2001 Diciembre De la Contabilidad por
Ordenador al ERP: Una Nueva
Forma de Entender la
Contabilidad.
V.1 Sevillano Martín
Javier.
2001 Diciembre El Concepto ERP: Enterprise
Resource Management.
V.1 Miranda Navarro
Alfonso
2001 Noviembre Capital Intelectual y Gestión del
Conocimiento: Problemática
Contable.
IV.3;
VI.4
Gallardo Vázquez
Dolores.
2001 Octubre El Cuadro de Mando Integral y
el Crecimiento Empresarial.
III.4;
VI.6
Amat Salas Oriol,
Miquel Hernández
Joan, Fontrodona
Jordi, Fontana Isabel
2001 Septiembre La Situación Actual del Modelo
ABC.
VII.5 Covero Rubio José
Antonio, Trigueros
Pina José Antonio.
232
2001 Septiembre El Grafocoste: ¿Un Gráfico del
Proceso Productivo?
I.1 López Cruces
Francisco, López
Godoy Manuel
2001 Septiembre Procedimiento para la
Imputación de Costes: Un Caso
Práctico.
I.5;
IV.1
Molinero Gutiérrez
Frumen.
2001 Septiembre Sistemas de Gestión Ambiental
en la Empresa.
IV.1;
VI.1
Fernández Cuesta
Carmen.
2001 Septiembre El Nuevo Marco Medioambiental
Europeo: Implicaciones para la
Contabilidad.
II.1;
IV.1;
VI.1
Archel Domench
Pablo.
2001 Septiembre Pasos hacia una Información
Contable Medioambiental
Obligatoria.
IV.1;
VI.1
Llull Gilet Antoni.
2001 Jul.-Agosto La Gestión por Procesos y el
Lenguaje IDEFO.
I.5;
IV.1
Costa Estany Josep M.
2001 Jul.-Agosto Casos Empresariales de
Gestión por Procesos: en las
Entidades Bancarias.
I.5;
XI.5
Sáenz Martínez
Josune.
2001 Jul.-Agosto
Casos Empresariale de Gestión
por Procesos: Empresas de TI.
I.5;
XI.4
Keiffer Mark.
2001 Jul.-Agosto La Gestión Documental. IX.4 Herranz Paloma
2001 Jul.-Agosto Un Caso Práctico de Sistemas
de Gestión Documental: Gotta.
IV.4;
IX.4
Garcia Rafael.
2001 Jul.-Agosto La Gestión por Procesos y la
Contabilidad.
I.5 Serrano Moracho
Francisco.
2001 Abril Análisis de las Desviaciones en
Costes: ¿Cómo Utilizar la
Programación Lineal Difusa?
III.1;
V.3
Reig Mullor Javier,
González Francisco
Javier, Cavero Rubio
Jose Antonio.
233
2001 Abril Envases y Embalajes: Gestión,
Contabilidad y Auditoría.
I.V;
IV.4
Muñoz Colomina Clara
Isabel, Millán Aguilar
Adolfo.
2000 Diciembre El Procurement: Una Nueva
Estrategia en la Gestión de
Compras.
IX.5 Somoscarrera
Fernando.
2000 Diciembre El Comercio Electrónico en el
Contexto Contable y
Organizativo.
V.3;
IX.4
García-Ordaz
Mercedes, Luna
Huertas Paula,
Marínez López José,
del Pozo Barajas
Rafael, Ruiz del
Castillo José Carlos.
2000 Noviembre La Información Contable sobre
el Capital Humano.
II.4;
VI.4
Sierra Molina
Guillermo J., Moreno
Campos Inés.
2000 Noviembre Los sistemas de Información y la
Reorganización de las
Empresas (II)
III.5;
IX.7
Fernández Fenrández
Florencio.
2000 Octubre Costes de la Prevención de
Riesgos Laborales.
V.6 Tejada Ponce Ángel,
Pérez Morote rosario,
Rojas Tercero José
Antonio.
2000 Octubre ¿Como Medir el Capital
Intelectual de una Empresa?
I.5;
VI.4
Nevado Peña
Domingo, López Ruiz
Víctor Raúl.
2000 Octubre Los Sistemas de Información y
la Reorganización de las
Empresas (I)
III.5;
IX.7
Fernández Fenrández
Florencio.
2000 Septiembre El Cuadro de Mando Integral
Una Herramienta para el Control
de Gestión.
III.5;
VI.6
Aparisi Caudely José
Antonio, Ripoll Feliú
Vicente M.
2000 Jul.-Agosto Las Funciones Actuales del
"Controller".
II.2;
III.4
Muñiz González Luis.
2000 Jul.-Agosto Docencia, Investigación y
Práctica de la Contabilidad de
Gestión.
IV.2 y
3
Escobar Pérez
Berabé, Lobo Gallardo
Antonio.
2000 Jul.-Agosto La Formación Universitaria en
Contabilidad: Por un Cambio de
Contenido.
IV.3 Martín Bueno José.
234
2000 Junio Medio Ambiente: Un Reto para
el Auditor Financiero.
III.7;
VI.1
Martínez Gonzalo José
M.
2000 Mayo El control Interno ante los
Precios de Transferencia
Internacionales.
III.7;
VI.10
Mosqueda Almanza
Rubén.
2000 Mayo El Plan de Mejora de la Función
Pñublica: Su Aplicación en
Empresas Públicas.
IX.6;
X.2
Camaleño Simon
Cristina.
2000 Mayo La Nueva Gestión Pública: New
Public Management.
VI.5;
X.2
Fernández Rodríguez
Emilia.
2000 Abril El Informe Hampel sobre el
"Gobierno Corporativo": el
"Combined Code".
IX.1 Chércoles Blazquez
Javier.
235
3. REVISTA DE CONTABILIDAD
Año Mes Nombre del Artículo Temas Autor
2004 Mejora Continua y Benchmarking
Interno Aplicados a la Gestión de
Costes: Experiencia en un Grupo
Multinacional.
I.5;V.5;
IX.6
Escobar Pérez B.,
González
González J. Ma.,
Lobo Gallardo A.
2003 Propuesta Metodológica para la
aplicación del Benchmarking a través
de Indicadores: Una Investigación
Empírica en Administraciones Locales.
II.1;
IV.4;
X.5
Navarro Galera A.,
Oritz Rodríguez D.
2003 Normativa Reguladora de la Gestión,
Control y Revisión Contables del
Banco Público Municipal de Valencia a
Finales del Siglo XVI y Comienzos del
XVII
II.4;
IV.3;
X.2 XII
Mayordomo
García-Chicote F.
2002 Análisis y Control de Gestión de los
Costes de Calidad en las Entidadaes
de Crédito.
VIII.5;
XI.5
Marín Hernández
S., Hernández
Carreño Ma. F.
2001 Tendencias Metodológicas en la
Investigación en Contabilidad de
Gestión.
II.2;
V.1
Escobar Pérez B.,
Lobo Gallardo A.
2001 El Grafocoste Multinivel: Una Técnica
para la Cartografía de los Procesos
Productivos.
I.1 y 5 López Cruces F.,
López Godoy M.
2001 Algunos Determinantes de la
Información Medioambiental Divulgada
por las Empresas Españolas
Cotizadas.
VI.1;
XI.8
Archel Domench
P., Lizarraga Dallo
F.
2001 Una Exploración Empírica de los
Facatores que Condicionan la Actitud
Frente a la Contabilidad Ambiental.
IV.4;
VI.1
Páez Sandubete J.
Ma.
2000 El Marco Normativo en la Auditoría de
Gestión: Una Propuesta de Normas
para la Evaluación de la Gestión.
II.4 González Bravo
Ma. I.
236
4. REVISTA DE ECONOMÍA Y EMPRESA
Año Mes Nombre del Artículo Temas Autor
2003 Sept.-
Dic.
Competencia y Supervivencia
Organizativa: Una Revisión de las
Líneas de Investigación Surgidas en
Ecología Organizativa.
IV.1;
VI.1
Moyano Fuentes
José, Nuñez Nickel
Manuel.
2003 Sept.-
Dic.
Las Relaciones de Agencia y la
Gestión de la Empresa Familiar:
Revisión Teórica de su Eficacia y
Eficiencia Frente a las Empresas no
Familiares.
III.8;
VI.9;
XI.8
Pertusa Orega Eva
María, Rienda
García Laura.
2003 Sept.-
Dic.
Valentín Ramos: Franquicia y
Estrategia de Crecimiento.
IX.1 Ferradas Moreira
Enrique, Vargas
Sánchez Alfonso.
2003 Mayo-
Ago.
La Dirección del conocimiento en el
Proceso Estratégico Emergente de
la Empresa: Infomación,
Complejidad e Imaginación en la
Espiral del Conocimiento.
V.1;
VI.4;
XI.8
Bueno Campos
Eduardo, Salmador
Sánchez Ma. Paz.
2003 Mayo-
Ago.
Aportaciones del Conocimiento a la
Tecnología.
V.6; VI.4 Fernández
Esteban, Pérez-
Bustamante
Guillermo.
2003 Mayo-
Ago.
Transferencia de Flujos de
Conocimiento en Empresas
Multinacionales: Implicaciones para
la Gestión del Conocimiento.
V.1; VI.4 Ordóñez de Pablos
Patricia.
2003 Mayo-
Ago.
El Modelo General de Valoración de
Start ups (SGVM): Un enfoque del
Capial Intelectual.
I.5; VI.4 Martins Rodríguez
Blanca.
2003 Mayo-
Ago.
Nuevas Aportaciones en la
Construcción del Paradigma del
Capital Intelectual.
V.1; VI.4 Viedma Marti José
María.
2003 Mayo-
Ago.
Vinculaciones Entre Tipos de
Conocimiento Relevantes para la
Gestión de la I + D en
Universidades: Análisis de un Caso.
IV.3;V.6;
XI.6
Rodríguez
Castellanos Arturo,
Charterina Abando
Jon, Hartman
Patrick.
2003 Enero-
Abril
La Difusión de Innovaciones en la
Industria Frigorífica.
V.6; Badía Roig
Carmina, Sabaté
Prats Pere, Ruiz
González Manuel.
2003 Enero-
Abril
La Adopción el EDI en la Industria
Auxiliar de Automoción: Estudio de
Factores Determinantes.
IV.4;
V.1; XI.1
Martínez Sánchez
Ángel, Pérez Pérez
Manuela.
237
2003 Enero-
Abril
Proceso de Predesarrollo de
Nuevos Productos: Antecedentes y
Consecuencias.
IV.1; V.1 Benito torres José
Leandro, Varela
González José
Antonio.
2003 Enero-
Abril
Fuentes de Financiación e Inversión
en I + D: Análisis para la Gran
Empresa Manufacturera Española.
V.6; XI.1 Correa Rodríguez
Alicia, Acosta
Molina Miguel,
Barrios del Pinoi
Idaira.
2003 Enero-
Abril
Los Riesgos del Outsourcing de
Sistemas de Información: Un
Estudio en las Mayores Empresas
Españolas.
I.5; V.3;
XI.8
González Ramírez
Ma. Reyes, Gascó
Gascó José Luis,
Llopis Taverner
Joan.
2003 Enero-
Abril
El Coste de la Cadena de Valor del
Producto Agroalimentario.
Diferencias Percibidas pr el
Agricultor Individualy el Asociado.
I.1; XI.3 García Pérez Ana
Ma., Oreja
Rodríguez Juan
Ramón, González
Dávila Enrique.
2002 Sept.-
Dic.
Presiones Sectoriales y Estrategia
Competitiva Internacional: Análisis
del Proceso de Ajuste e Impacto
Sobre los Resultados.
V.5; IX.6 Claver Cortés
Enrique, Quer
Ramón Diego,
Moina Azorín José
Francisco.
2002 Sept.-
Dic.
La Estrategia de Externalización
como Fuente de Ventaja
Competitiva.
IX.6 Espino Rodríguez
Tomás Fco.
2002 Sept.-
Dic.
Acciones Competitivas como
Información y su Efecto en la
Respuesta de los Rivales. Un
Estudio Comparado de los Sectores
Alimentario y Químico.
IV.1;
IX.6;
XI.1 y 3
Otero Neira Ma.
Carmen.
2002 Sept.-
Dic.
La Difusión del Teletrabajo: Estudio
de Percepciones Sobre las
Capacidades de la Empresa.
IV.1;
V.1; XI.8
Pérez Pérez
Manuela, Martíenz
Sánchez Ángel, de
Luís Carnicer Ma.
Pilar.
2002 Sept.-
Dic.
Teorías que Justifican el Uso de
Franquicia: Contraste Empírico.
I.5; II.4
IV.4;
Moro Prieto Maria
Antonia.
2002 Mayo-
Ago.
Análisis Institucional de la Difusión
de Estrategias de Downsizing.
I.5; IV.1;
IX.7
Fernánez Alles
María de la Luz,
Valle Cabrera
Ramón, de la Calle
durán Carmen.
2002 Mayo-
Ago.
Gestión del Conocimiento y Equipos
Transnacionales: Papel de las
Prácticas de Recursos Humanos.
V.5 y 6
VI.4
Ordóñez de Pablos
Patricia.
238
2002 Mayo-
Ago.
El Modelo de Gestión Propuesto por
la Organización Internacional del
Trabajo para la Prevención de los
Riesgos Laborales.
II.4; V.6 Ruibio Romero
Juan Carlos,
Benavides Velasco
Carlos A.
2002 Mayo-
Ago.
Comportamientos de Ciudadanía
Organizacional: Un Estudio de sus
Antecedentes
IV.1;
IX.1
Rego Arménio,
Ingelmo Marta.
2002 Ene.-
Abril
Las Relaciones Interorganizativas:
Una Revisión de la Literatura.
IV.1;
IX.1
Medina Muñoz Rita
D.
2002 Ene.-
Abril
Las Relaciones de subcontratación
en la Industria Electrónica
Española: Evidencias Empíricas.
I.5; IV.4;
XI.1
López Bayon
Susana.
2002 Ene.-
Abril
Las Pequeñas Firmas Industriales y
la cooperación Estatégica con los
Proveedores.
IX.5 Marco Lajara
Bartolomé, García
Lillo Francisco,
Molina Azorín José
Francisco.
2001 Sept.-
Dic.
Fundamentos para el Desarrollo de
una Teoría Administrativa de la
Gestión de la Calidad Total.
II.4;
VIII.2
Albacete Sáez
Carlos A,, Fuentes
Fuentes María del
Mar.
2001 Sept.-
Dic.
Un Instrumento de Evaluación de
los Resultados Derivados de la
Implantaciónde la Dirección de la
Calidad.
IV.1;
VIII.2
Escrig Tena Ana
Belén, Bou Llusar
Juan Carlos.
2001 Sept.-
Dic.
Gestión y Control de Calidad en la
Empresa Agroalimentaria de
Castilla y León. Un Estudio
Empírico.
IV.4;
VIII.5;
XI.3
Mures Quintana M.
Jesús., Huerga
Castro Carmen.
2001 Sept.-
Dic.
La Capacidad de Respuesta
Corporativa hacia los Empleados
Mediante la Gestión de Alto
Compromiso.
IX.2 y 4 de Saá Pérez
Petra, Déniz Déniz
Maria de la Cruz
2001 Sept.-
Dic.
Estrategia, Liderazgo y Calidad
Total. Estudio de Caso.
IV.1;
VIII.3;
IX.7
Albors José.
2001 Mayo-
Ago.
La Repercusión del Outsourcing en
los Responsables de Sistemas de
Información el Caso de las
Universidades Públicas Españolas.
I.5; IV.1;
XI.6
Claver Cortés
Enrique, González
Ramírez Ma.
Reyes, Gascó
Gascó José Luis,
Llopis Taverner
Juan.
2001 Mayo-
Ago.
El Balanced Scorecard como
Vehículo para el Cambio
Organizativo.
V.1; VI.6 Martínez Ramos
Miguel, Alcarria
Jaime José.
239
2001 Ene.-
Abril
La dirección de los Grupos de Intrés
en la Nueva era del Conocimiento:
La Importancia de una Adecuada
Estructura Organizativa.
III.3;
VI.4;
IX.7
Déniz Déniz Maria
de la Cruz, Zárraga
Oberty Celia.
2001 Ene.-
Abril
Factores Inductores del
Comportamiento Medioambiental en
las Empresas Industriales
Españolas.
VI.1;
XI.1
del Río González
Jesús Ángel,
Junquera
Cimadevilla Beatriz.
2001 Ene.-
Abril
Revisión Crítica de la Fase de
Diferenciación del Proceso de
Diseño Organizativo.
IV.1;
IX.7
Camps Torres
Joaquín.
2001 Ene.-
Abril
El Estudio de Casos Explicativo.
Una Reflexión.
IV.1 Chiva Gómez
Ricardo.
2000 Sept.-
Dic.
Análisis Dinámico de los Acuerdos
de Franquicia: Crecimiento y
Estructura de Propiedad.
IX. 4 y 7 López Fernández
Begoña, González-
Busto Múgica
Begoña, Álvarez
Castaño Yolanda.
2000 Sept.-
Dic.
Alianzas Estratégicas y Gestión del
Conocimiento: Una Experiencia
Alemana.
V.5;
VI.4;
IX.1
Benavides Velasco
Carlos A.,
Quintanta Garacía
Cristina.
2000 Sept.-
Dic.
Factores Culturales y Políticos en la
Selección de un Sistema de
Información en una Joint-Venture
Internacional. Estudio de Caso.
I.5; IV.4;
V.2 y 5;
Escobar Pérez
Bernabé, Frresneda
Guentes Silvia,
Lobo Gallardo
Antonio.
2000 Mayo-
Ago.
Factores Relacionados con la
Recuperación de la Inversión en la
Certificación ISO 9000
I.7;
VIII.4
Escanciano García-
Miranda Carmen.
2000 Mayo-
Ago.
Análisis Empírico de la Incidencia
de la Normativa ISO 9000 en la
Rentabilidad Económica de las
Empresas.
II.4;
VIII.4
Heras Saizarbitoria
Iñaki, Ochoa
Laburu Carlos,
Arana Pérez Pilar.
2000 Mayo-
Ago.
Identificación de los Factores de
Éxito en Empresas Certificadas.
VIII.4;
IX.2
Conca Flor José
Francisco, Llopis
Taverner Juan, Tarí
Guilló Juan José.
2000 Mayo-
Ago.
Innovación y Gestión del Cambio. V.1 Batle Lorente F.J.,
Gil Estallo Ma. dels
A., Giner de la
Fuente F. Celma
Benaiges Ma.
2000 Mayo-
Ago.
El Caso de Cora, la Mayor Fresera
de Europa. Estudio de Caso.
I.5; IV.4;
XI.3
Vargas Sanchez
Alfonso.
240
2000 Enero-
Abril
Patrones de Cambio Estratégico y
Aprendizaje Tecnológico en
Pequeñas y Medianas Empresas
Coreanas
V.3;
IX.4;
XI.8
KimYoungbae, Lee
Byungheon.
2000 Enero-
Abril
Administración del Cambio con un
Enfoque de Implicación y
aprendizaje de los Empleados. Un
Experimentarium como Foro de
Aprendizaje.
IV.1;
V.1; IX.6
Busk Kofoed Lise,
Rosenorn Torben.
2000 Enero-
Abril
La Innovación Tecnológica como
Estrategia de Crecimiento en una
Pequeña empresa Brasileña de
Productos Lácteos.
V.1, 3 y
5; IX.7
Marques Vieira
Luciana, Barbosa
Lima Ma.
Aparecida, Evaldo
Fensterseifer
Jaime.
241
5. REVISTA ESPAÑOLA DE FINANCIACION Y CONTABILIDAD
Año Mes Nombre del Artículo Temas Autor
2004 Oct.-
Dic.
Diseño y Comunicación de
Instrumentos de Medición del
Rendimiento en el Marco de la
Nueva Gestión Pública.
II.1;
X.2
Álvarez López José
Ma. Carlos, Lillo
Criado Juan Luis.
2004 Oct.-
Dic.
Manipulación contable y Calidad del
Auditor. Un Estudio Empírico de la
Realidad Española.
III.7;
IV.4
Navarro Garcia
Juan Carlos,
Martínez Conesa
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2004 Oct.-
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Configuration, Design and Uses of
Management Control Systems in
International Equitiy Joint Ventures:
A Theroretical and Empirical Study.
III.2;
IV.4
Porporato Daher
Marcela María
(Tesis Doctoral).
2004 Jul.-
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Los Costes Intangibles de la Calidad:
Propuesta Metodológica de
Cuantificación.
IV.1;
VIII.1
Salvador Sellés
Manuel Enrique,
Reig Mullor Javier,
Cavero Rubio José.
2004 Jul.-
Sept.
El Uso de los Sistemas de
Información y Control de Gestión por
los Equipos Directivos: Efectos en la
Implantación de la Estrategia.
III.5;
IV.4;
IX.3
Naranjo-Gil David
(Tesis Doctoral).
2004 Abril-
Junio
Calidad, un Nuevo Concepto clave
en el Desenlace del Proceso de
Armonización Contable Internacional.
II.3;
V.5;
VIII.2
Zorio Grima Ana,
García Benau Maria
Antonia, Pucheta
Martínez María
Consuelo.
2004 Abril-
Junio
Verificación Empírica y Método del
Caso: Revisión de algunas
Experiencias en Contabilidad de
Gestión a la Luz de su Metodología.
IV.3 y
4
Azofra Palenzuela
Valentín, Prieto
Moreno Begoña,
Santidrián Arroyo
Alicia.
2004 Abril-
Junio
Las Empresas de Transporte de
Viajeros por Carretera: Una
Propuesta de Modelo Informativo
Contable Externo.
III.5;
IV.4;
IX.3;
XI.4
Suárez Falcón
Heriberto (Tesis
Doctoral).
2003 Abril-
Junio
La Valoración, por Analistas
Financieros, de la Utilidad de la
Infomación Contable Sobre el Capital
Humano.
III.5;
IV.4
VI.4
Camúñez Ruiz José
Antonio, Moreno
Campos Inés,
Sierra Molina
Guillermo J.
2003 Abril-
Junio
La Divulgación de la Información
social y Medioambiental de la Gran
Empresa Española en el Período
1994-1998.: Situación Actual y
Perspectivas.
IV.4;
VI.1;
XI.8
Archel Domench
Pablo.
242
2003 Ene.-
Mar.
Medición y Comparación
Internacional de los Costes de
Administración para el Afiliado en las
Cuentas Individuales de
Capitalización.
I.5;
V.5;
XI.5
Devesa Carpio J:E:,
Rodríguez Barrera
R., Vidal Melá C.
2003 Ene.-
Mar.
Activos Intangibles Internamente
Generados: Reconocimiento y
Valoración del Capital Humano en
los Clubes Profesionales de Fútbol.
IV.4;
VI.6
Serrano Domínguez
Francisco (Tesis
Doctoral).
2003 Ene.-
Mar.
Internalización de la Variable
Medioambiental: Respuesta
Estratégica Cambio Organizativo e
Implicación de los Sistemas de
Información Contable para la
Gestión. Estudio de Un caso
Múltiple.
III.5;
IV.4;
V.1;
VI.1
Crespo Soler
Cristina (Tesis
Doctoral).
2002 Oct.-
Dic.
Un Modelo de Asignación de Costes
Compartidos en Situaciones de
Economías de Escala.
I.5;
IV.3
Cruz Rambaud
Salvador, Valls
Martínez María del
Carmen.
2002 Sep.-
Oct.
El Impacto de las Adquisiciones
Transnacionales Sobre los Sistemas
de Control: El Caso de TESA.
III.7;
IV.4;
XI.1
Escobar Pérez
Bernabé, Lobo
Gallardo Antonio.
2002 Sep.-
Oct.
La Divulgación de la Información
Sobre Intangibles en Internet:
Evidencia Internacional.
IV.3 y
4; V.3
y 5;
VI.4
Gandía Cabedo
Juan Luis.
2002 Sep.-
Oct.
Medida de la Calidad: Adaptación de
la Escala Servqual al Ámbito
Financiero.
VIII.2 y
3; IX.5
Canals Saurina
Carmen.
2002 Sep.-
Oct.
Barreras para la Implantaciónde un
Modelo ABC: El Caso de las
Autoridades Portuarias Españolas.
IV.4;
VII.4;
XI.4
Cavero Rubio José
Antonio,
Sansalvador Sellés
Manuel Enrique,
Reig Mullor Javier.
2002 Sep.-
Oct.
El Cuadro de Mando como
Herramienta para el Control de
Gestión: El Estudio de un Caso.
III.7;
IV.4
Escobar Rodríguez
Tomás.
2002 Sep.-
Oct.
Variables que Influyen en el Diseño,
Implantación y Control del Sistema
de Costes y Gestión Basado en las
Actividades. Estudio de un Caso.
I.5;
III.7;
IV.4
Tamarit Aznar
Carmen (Tesis
Doctoral)
2002 Sep.-
Oct.
El Capital Intelectual en Contabilidad
Fianaciera: Natualeza,
Reconocimiento y Divulgación.
II.4;
IV.4;
VI.4
Sierra Fernández
Montserrat (Tesis
Doctoral)
243
2002 Abril-
Junio
Modelo Borroso del Control de
Gestión de Materiales.
I.5;
III.7
Reig Mullor Javier,
González Carbonel
José Francisco.
2002 Ene.-
Mar.
Estudios de Costes en la Renta de la
Pólvora de Nueva España ante la
Implanación de un Nuevo Sistema de
Gestión (1766-1785).
I.5; XII. Núñez Torrado
Miriam.
2002 Ene.-
Mar.
Implicciones Teóricas y
Metodológicas de la Evolución de la
Invetigación en la Contabilidad de
Gestión.
II.3;
IV.1
Escobar Pérez
Bernabé, Lobo
Gallardo Antonio.
2002 Ene.-
Mar.
Auditoría de Gestión Pública: Una
Propuesta Metodológica.
II.3;
III.7;
IV.4
Alejos Garmendia
Beatriz (Tesis
Doctoral).
2002 Ene.-
Mar.
Contabilidad Medioambiental y
Desarrollo Sostenible en el Sector
Turístico.
IV.4;
VI.1;
XI.4
Llull Gilet Antoni.
(Tesis Doctoral).
2001 Oct.-
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Problemática Contable de los Daños
en el Medioambiente. El Caso del
Sector Agrario.
VI.1;
XI.3
Sabaté Prats Pere.
2001 Oct.-
Dic.
Reacción del Mercado de Acciones
Español Ante Anuncios de Carácter
Medioambiental: Una aplicación del
Estudio de Eventos.
II.2;
IV.1;
VI.1
Verona Martel
María Concepción.
2001 Oct.-
Dic.
Utilidad de los Cuestionarios Como
Indicadores para la Medición de la
Calidad del Servicio: Un Análisis
Empírico.
II.3;
IV.4;
VIII.5;
Gimeno Zuera
Javier, Ruiz-Olalla
Corcuera M.
Carmen.
2001 Oct.-
Dic.
Fusiones y Adquisiciones:
Implicaciones de los Sistemas
Contables de Gestión en los
Procesos de Integración y Cambio
Socio-Cultural.
IV.4;
V.2
Barrachina Palanca
Mercedes (Tesis
Doctoral).
2001 Jul.-
Sept.
La Gestión del Tiempo en el Entorno
Productivo: El Caso de la Real
Fábrica de Tabacos de Sevilla (1744-
1790).
I.1;
IV.1;
XII
Gutiérrez Hidalgo
Fernando, Romero
Funez Dominga.
2001 Jul.-
Sept.
Diseño e Implantacióndel Cuadro de
Mando Estratégico: El Caso de Tres
Empresas Multinacionales.
III.5;
IV.1;
V.5
Fernández-
Revuelta Pérez
Luis, Ask Urban.
2001 Jul.-
Sept.
El Reporting Medioambiental como
Práctica Institucional: Su Proceso de
Difusión en una Empresa Eléctrica.
II.3;
IV.4;
VI.1;
XI.1
Correa Ruiz
Carmen (Tesis
Doctoral).
2000 Oct.-
Dic.
El Control de Gestión en
Organizaciones sin Ánimo de Lucro.
El Caso Particular de los Colegios de
III.7;
IV.4;
XI.7
Soldevila i Garcia
Pilar (Tesis
Doctoral).
244
Economistas de España.
2000 Oct.-
Dic.
Cambio Contable e Intensidad
Competitiva: Estudio de un Caso.
IV.4;
V.1;
IX.6
Araújo Pinzón
Pedro (Tesis
Doctoral).
2000 Abril-
Junio
La Valoración de las Quejas como
Aproximación al Coste Total de la
Calidad.
III.1 y
3
Sansalvador Sellés
Manuel E.,
Gonzálaez
Carbonella José F.
2000 Abril-
Junio
La Contabilidad en la Interacción
Empresa-Medioambiente. Su
Contribución a la Gestión
Medioambiental.
II.2;
VI.1
Llena Macarulla
Fernando (Tesis
Doctoral).
2000 Abril-
Junio
El Proceso de Captación de los
Costes de Marketing (Interrelación
Contabilidad-Marketing), Estudio del
Caso AINIA (Instituto Tecnológico
Agroalimentario.
IV.1;
V.6;
XI.3
Alcoy Sapena Pablo
(Tesis Doctoral)
2000 Abril-
Junio
Influencia de la Cultura Sobre la
Contabilidad. Una Aproximación
Conceptual y Empírica
II.3;
IV.4;
V.2
Casca Galán Ma.
del Mar (Tesis
Doctoral).
2000 Ene.-
Mar.
El Cuadro de Mando como
Instrumento de Control en la Gestión
Social: Recursos Humanos y Medio
Ambiente.
III.5 y
7; V.2;
VI.1
Benegas Ochovo
Regino, Nevada
Peña Domingo,
Tejada Ponce
Ángel.
245
6. REVISTA IBEROAMERICANA DE CONTABILIDAD DE GESTIÓN
Año Mes Nombre del Artículo Temas Autor
2004 Jul.-
Dic.
Gestión de la Calidad de los Servicios
Sanitarios: Caso de Autoevaluación
Según el EFQM.
VIII.5;
X.6
Zardoya Alegría Ana
I., Guevara Braterón
Ricardo, García
Bernal Javier, Marzo
Navarro Mercedes.
2004 Jul.-
Dic.
Una Proyección de la Contabilidad de
Dirección Estratégica en la Promoción
Inmobiliaria.
IX.1 y 4 Blanco Ibarra Felipe.
2004 Jul.-
Dic.
Controlar los Costes para Competir:
Una Imperiosa Necesidad de las
Explotaciones Tabaqueras Españolas.
I.5;
IX.6;
XII
Muñoz Colomina
Clara Isabel, Cano
Monetero Elisa
Isabel.
2004 Jul.-
Dic.
Un Análisis de la Flexibilidad del
Cuadro de Mando Integral (CMI) en
su Adaptación a la Naturaleza de las
Organizaciones.
III.5;
IX.7
Santos Cebrián
Mónica, Fidalgo
Cerviño Esther.
2004 Jul.-
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Una Nueva Visión del Cuadro de
Mando Integral para el Sector Público.
VI.6;
X.2
Barros da Silva Filho
Joao Batista,
Rodríguez González
Ricardo.
2004 Jul.-
Dic.
Los Indicadores de Gestión en el
Ámbito Municipal: Implantación
Evolución y Tendencias.
VI.5;
X.3
Prado Lorenzo José
Manuel, García
Sánchez Isabel Ma.
2004 Jul.-
Dic.
La Relación ente el Cambio Cultural y
la Contabilidad de Gestión. El Caso
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V.2;
IV.1
Amat Salas oriol,
Oliveras Sobrevias
Ester.
2004 Jul.-
Dic.
Importancia de la Teoría de las
Limitaciones en la Contabilidad de
Gestión.
VI.3 Iglesias Sánchez
José Luis.
2004 Ene.-
Jun.
Algunas Puntualizaciones
Metodológicas Respecto a la
Asignación de Costes en el Sistema
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I.5; II.4;
VII.4
Machado Cabezas
Ángel.
2004 Ene.-
Jun.
Diseño e Implantación del Sistema
Activity Based Costing en el Sector
Hotelero: Estudio de un Caso.
IV.4;
VII.4;
XI.4
Sánchez Rebull M.
Victoria.
2004 Ene.-
Jun.
Modelamiento de la Información para
un Sistema de Costos Basado en
Actividades (ABC).
VII.4 Schmal Simón
Rodolfo,Vorphal
Albrecht Urzula.
246
2004 Ene.-
Jun.
Diseño de los Precios de
Transferencia como Estrategia para la
Evaluación de la Gestión
VI.10;
IX.4
Zardoya Alegría Ana
Isabel, Cosenza José
Paulo.
2004 Ene.-
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O Valor Criado na Empresa, como
Elemento Estrategico de Gestao
IX.4 Fernandes Ferreira
Rogério.
2004 Ene.-
Jun.
Cash Management: Análisis Empírico
de una Cultura Fianciera.
II.2;
IV.4
Iturralde Jainaga
Txomin, Maseda
García Amalia, Ruiz
de Agirre Leire San
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2004 Ene.-
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Estudio sobre la Implantación de la
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IV.1;
V.6
Montesinos Julve,
Escuder Vallés,
García Benau, Giner
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Felliú, Sánchez
Tomás, Serra
Salvador, Vela
Pastor.
2003 Jul.-
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Estudio Comparativo de los Diferentes
Sistemas o Modelos de Costes
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Públicos Españoles.
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XI.4
Monge Lozano
Pedro.
2003 Jul.-
Dic.
El Paradigma de Calidad Reformada
en el Sector Público Universitario.
VIII.3;
XI.6
Roccaro Isabel
Esther.
2003 Jul.-
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Gestión de los Costes de Calidad y
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4
Miñarro Quiñonero
Diego, García Pérez
de Lerma Domingo.
2003 Jul.-
Dic.
Un Nuevo Enfoque de la Gestión de la
Calidad en Base a la Metodología
TOC.
VIII.3;
V.1
Iglesias Sánchez
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2003 Jul.-
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¿Cómo Avanzar en la Investigación
Empírica en Contabilidad de Gestión?
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V.1
Lorca Fernández
Pedro, García Díez
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2003 Jul.-
Dic.
El Balanced Scorecard. Estudio del
Proceso de Implantación en una
Mediana Empresa.
III.5;
IX.7
Martínez Ramos
Miguel, Heredia
álvaro José Antonio.
2003 Jul.-
Dic.
El Cost Accounting Standads Board,
Historia, Actividad y Principales
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I.5;
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Casas Novas Jorge
Luis.
247
2003 Ene.-
Jun.
Aspectos que Influyen en las
Diferencias Internacionales en Materia
de Contabilidad de Gestión.
V.2 y
5;
Amat Oriol, Falguera
Jordi, Puig Xavier,
Soldevilla Pilar.
2003 Ene.-
Jun.
Una Revisión de la Literatura
Internacional sobre el Sistema
ABC/ABM: Aspectos Teóricos y
Empresariales.
V.5;
VII.4
Tamarit Carmen,
Ripoll Vicente.
2003 Ene.-
Jun.
La Contabilidad de Getión en
Argentina: Aspectos Profesionales y
Académicos.
IV.2;
V.5;
XI.6
Ruiz de Chávez
Salvador, Escobedo
Jesús.
2003 Ene.-
Jun.
La Formación Académica en
Contabilidad de Gestión del Contador
Público Mexicano.
IV.2;
V.5;
XI.6
Ruiz de Chávez
Salvador, Escobedo
Jesús.
2003 Ene.-
Jun.
Evolución y Perspectivas de la
Contabilidad de Gestión en Cuba.
IV.2;
V.5;
XI.6
Armenteros Marta,
Vega Falcón Vladimir.
2003 Ene.-
Jun.
Contabilidad de Gestión y Gestión
Contable en Colombia: Una
Proyuección en los Servicios Públicos
Domiciliarios.
IV.3;
X.5
Mantilla Samuel
Alberto.
2003 Ene.-
Jun.
La Contabilidad de Gestión en
Portugal.
IV.2;
V.5;
XI.6
Fernandes Ferreira
Rogério, Fernandes
Leonor.
2003 Ene.-
Jun.
La Contabilidad de Gestión en los
Paradigmas de Administración
Medioambiental.
VI.1 Manuel Gil Jorge.
2003 Ene.-
Jun.
El Diseño de Cuadro de Mando
Inegral en Empresas Agrarias.
VI.6;
XI.3
Rodríguez Ricardo.
2003 Ene.-
Jun.
La Cuantificación del Factor Trabajo
en Escenarios de Crisis e Inflación.
V.6 Asuga Carolina.
2003 Ene.-
Jun.
Contabilidad de Gestión y Procesos
de Concentración Empresarial:
Repercusiones Organizativas y
Sociales de las Fusiones y
Adquisiciones.
V.2;
IX.2
Escobar Bernabé,
González José Ma.,
Lobo Antonio.
2003 Ene.-
Jun.
Características de las Empresas que
Utilizan el Sistema ABC/ABM en
España: Una Proyección Empírica.
IV.4;
VII.4;
XI.8
Castelló emma,
Lizcano Jesús.
248
2003 Ene.-
Jun.
Importancia del Control
Presupuestario en el Contexto de la
Implementación Estratégica:
Relfexiones y Resultados Empíricos.
III.1;
IV.4;
IX.7
Greiner Oliver.
249
7. REVISTA TECNICA CONTABLE
Año Mes Nombre del Artículo Temas Autor
2005 Marzo. El Balanced Scorecard o
Cuadro de Mando Integral y el
Cuadro de Mando Tradicional:
Principales diferencias.
III.5;
VI.6
Santos Cebrián
Mónica, Fidalgo
Cerviño Esther.
2005 Marzo. Modelo de Costes
Tradicionales. Modelo de
Costes ABC, el caso de las
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VII.2;
XI.1
Cavero Rubio Jose
A.
2004 Octubre Aportaciones desde la
contabilidad de Gestión a la
Nueva Información Financiera
sobre Activos Intangibles
III.5;
VI.4
Pérez Calderón
Esteban.
2004 Septiembre ¿Cómo Diseñar un Sistema de
costes Basado en las
Actividadaes ABC?: Un caso
práctico.
VII.4 Ruiz Lozano
Mercedes, Tirado
Valencia Pilar
2004 Septiembre Actuales tendencias en la
Gestión Empresarial: su
adaptación contable (II)
V.1 Muñoz Dueñas Pilar
2004 Septiembre ¿Cuál es la Aplicación Real de
los Sistemas de Gestión de la
Producción?: Un Estudio
Aplicado
IV.4 Climent Serrano
Salvador
2004 Julio-Agosto Actuales tendencias en la
Gestión Empresarial: su
adaptación contable (I)
V.1 Muñoz Dueñas Pilar
2004 Febrero La Gestión de los Costes de
Calidad: Estudios Empíricos.
VIII.4 Miñarro Quñonero
Diego
2003 Diciembre El Modelo ABC: Una aplicación
en la Industria de Extracción de
Aceite de Oliva.
VII.4;
XI.1
Camacho Miñano
Maria del mar,
Nuñez Nickel
Manuel y Moyano
Fuentes José
2003 Noviembre Evolución y Práctica del
Informe de Control Inerno
Contable.
III.7 Tanarro Nemiña
Fernando
2003 Octubre La Universidad Pública
Española diseño de un
Sistema de Costes.
I.5;
XI.6
Cervera Oliver
Mercedes
250
2003 Octubre Los Flujos de Información
como soporte para la Gestión
Empresarial.
III.5;
IX.1
Moro Prieto Maria
Antonia
2003 Octubre Hacia un Renovado Marco
Conceptual del Coste de
Calidad Total: Formulación y
Problemática Contable.
II.3;
VIII.1
Fernández Álvarez
Carlos Alberto
2003 Septiembre Registro contable de los
Inmateriales Generados
Internamente: El caso de los
Recursos Humanos.
VI.4 Ordóñez Solana
Celia
2003 Junio La Reingeniería de Procesos
de Negocio y la Contabilidad
de Gestión.
VI.5 Escobar Pérez
Bernabé, González
González José
María.
2003 Mayo ¿Cómo Efectuar un Contro
Interno Adecuado para la
Tesorería?
III.7 Vidal Hernández-
Mora José Antonio,
de la Villa Sanz
Domingo
2003 Abril El Proceso de Gestión de las
O.N.G.
XI.7 Älvarez Pérez
Mónica, Cárcaba
García Ana.
2003 Marzo. Perspectiva Organizativa y
Social enn la Implantación de
un Sistema de Costes ABC
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IX.1 Älvarez López Jose,
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2001 Mayo El Presupuesto y la
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2001 Abril La Importancia del Coste Total
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2001 Enero Influencia de los Costes de
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2000 Junio Medición y Valoración del
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