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__________________________________________________________________________
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA
ESTUDO QUÍMICO E FARMACOLÓGICO DE Senna reticulata
Willd.
(sin. Cassia reticulata Willd.)
ROGÉRIO NUNES DOS SANTOS
FORTALEZA – CEARÁ
2007
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__________________________________________________________________________
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA
ESTUDO QUÍMICO E FARMACOLÓGICO DE Senna reticulata
Willd.
(sin. Cassia reticulata Willd.)
ROGÉRIO NUNES DOS SANTOS
Tese submetida à Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Química Orgânica, como
requisito para a obtenção do Título de Doutor.
Orientadora:
Profa. Dra. Maria Goretti de Vasconcelos Silva
FORTALEZA – CEARÁ
2007
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__________________________________________________________________________
Tese submetida à coordenação do Curso de Pós-Graduação
em Química Orgânica da Universidade Federal do Ceará,
como requisito para obtenção do Título de Doutor
__________________________________________
Rogério Nunes dos Santos
TESE APROVADA EM / /
EXAMINADORES:
________________________________
Banca Examinadora
_________________________________
Banca Examinadora
________________________________
Banca Examinadora
_________________________________
Banca Examinadora
_________________________________
Banca Examinadora
__________________________________________________________________________
A Deus, à minha família
e a todos os amigos
__________________________________________________________________________
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo dom da minha vida.
Aos meus pais Francisco Bezerra e Francisca Nunes pelos ensinamentos, dedicação e amor
que sempre proporcionaram em minha vida.
As minhas irmãs Renata Bezerra, Rosângela Bezerra pelo apoio e carinho.
A minha esposa Jackeline pelo incentivo e por estar ao meu lado nas horas difíceis.
Em especial, a Prof
a
. Maria Goretti Vasconcelos Silva, pela oportunidade, amizade, confiança
e orientação durante toda minha vida acadêmica.
Aos professores do curso de Pós-Graduação em Química Orgânica da Universidade Federal
do Ceará, pela contribuição direta na minha formação acadêmica ou indireta com incentivo e
motivação durante o curso.
Ao prof. Francisco José de Abreu Matos, pela sua incansável dedicação ao estudo de plantas
medicinais, informações, sugestões e amizade.
E como não poderia esquecer neste momento, aos meus colegas do LPN, que compartilharam
de maneira intensa todo o desenrolar de minha vida acadêmica; Roberto, Márcio, Fábio,
Sales, Ludmila, Leopoldina, Edângelo, Amélia, Marilac, Leandro, Alexandre e Rodrigo.
Aos meus amigos; Daniel, Rivelilson e Márcio.
Ao PADETEC e CENAUREMN, pela obtenção dos espectros.
Ao CNPq, CAPES e FUNCAP pelo apoio financeiro.
A todos que citei ou não minha sincera gratidão.
__________________________________________________________________________
SUMÁRIO
Lista de Figuras------------------------------------------------------------------------------- x
Lista de Tabelas------------------------------------------------------------------------------ xiv
Lista de Quadro------------------------------------------------------------------------------- xviii
Lista de Fluxogramas------------------------------------------------------------------------ xx
Lista de Abreviaturas------------------------------------------------------------------------ xxi
Resumo---------------------------------------------------------------------------------------- xxii
Abstract----------------------------------------------------------------------------------------
xxiii
CAPÍTULO I
1 – INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------------
2
CAPÍTULO II
2– CONSIDERAÇÕES BOTÂNICAS --------------------------------------------------
5
2.1- Considerações Botânicas sobre a Família Leguminosae-------------------------- 5
2.2- Considerações Botânicas sobre o gênero Senna----------------------------------- 7
2.3- Considerações Botânicas de gênero Senna reticulata (Willd)--------------------
8
CAPÍTULO III
3– LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO--------------------------------------------- 12
3.1- Considerações sobre as antraquinonas----------------------------------------------- 12
3.2- Biossíntese de antraquinonas --------------------------------------------------------- 13
3.2.1- Biossíntese de antraquinonas via chiquimato- mevalonato---------------------
13
3.2.2- Biossíntese de antraquinonas via acetato malonato-- --------------------------- 15
3.3- Levantamento bibliográfico de antraquinonas pertencente aos gêneros Senna,
Cassia e Chamaecrista---------------------------------------------------------------------- 17
CAPÍTULO IV
4 – DETERMINAÇÃO ESTRUTURAL-------------------------------------------------
58
4.1- Estudo dos constituintes químicos fixos de Senna reticulata---------------------
58
4.2- Determinação Estrutural de EXC1-1-------------------------------------------------
63
4.3- Determinação Estrutural de EXC1-2------------------------------------------------- 74
4.4- Determinação Estrutural de EXC2-3------------------------------------------------- 85
4.5- Determinação Estrutural de EXC2-4------------------------------------------------- 94
__________________________________________________________________________
4.6 - Identificação estrutural de EXC2-5-------------------------------------------------- 104
4.7 - Identificação estrutural de EXC2-6-------------------------------------------------- 109
4.8 - Identificação estrutural de EXC3-7-------------------------------------------------- 113
4.9 - Determinação estrutural de EXC3-8------------------------------------------------ 119
4.10 - Determinação estrutural de EXC3-9----------------------------------------------- 125
4.11 - Identificação estrutural de EXC3-10-----------------------------------------------
138
4.12 - Identificação estrutural de EXC3-11-----------------------------------------------
142
4.13 – Derivatização do crisofanol -------------------------------------------------------- 151
CAPÍTULO V
5- PARTE EXPERIMENTAL------------------------------------------------------------- 157
5.1- Material Vegetal ----------------------------------------------------------------------- 157
5.1.1- Coleta---------------------------------------------------------------------------------- 157
5.2- Métodos Cromatográficos ------------------------------------------------------------ 157
5.2.1- Cromatografia gravitacional em Coluna (CC)----------------------------------- 157
5.2.2- Cromatografia em camada delgada (CCD)--------------------------------------- 157
5.3- Técnicas espectroscópicas ------------------------------------------------------------ 158
5.3.1- Espectrometria na região do infravermelho (IV)--------------------------------- 158
5.3.2- Espectrometria de massa (EM)----------------------------------------------------- 158
5.3.3-
(RMN
1
H) e de carbono (RMN
13
C ) ----------------------------------------------------- 159
5.4- Métodos para obtenção dos dados físicos------------------------------------------- 160
5.4.1- Ponto de fusão (pf)------------------------------------------------------------------- 160
5.4.2- Rotação óptica ------------------------------------------------------------------------
160
5.5- Estudo dos constituintes fixos de Senna reticulata --------------------------------
161
5.5.1- Obtenção dos extratos de Senna reticulata -------------------------------------- 161
5.5.2- Estudo dos ésteres metílicos dos ácidos graxos do caule S. reticulata------- 161
5.5.2.1- Obtenção dos ácidos graxos livres do caule de Senna reticulata------------ 161
5.5.2.2- Obtenção dos ésteres metílicos de Senna reticulata -------------------------- 163
5.5.3- Tratamento cromatográfico de EXC1 (Folhas)-----------------------------------
164
5.5.3.1-Fracionamento de F01-05---------------------------------------------------------- 164
5.5.3.2-Fracionamento cromatográfico de F9-10A-------------------------------------- 165
5.5.3.3- Isolamento de EXC1-1------------------------------------------------------------ 166
__________________________________________________________________________
5.5.3.4- Isolamento de EXC1-2------------------------------------------------------------ 166
5.5.4-Tratamento cromatográfico de EXC2 (caule)------------------------------------- 168
5.5.4.1-Tratamento cromatográfico da fração C2A------------------------------------- 168
5.5.4.2- Tratamento cromatográfico da fração C4-11B--------------------------------- 169
5.5.4.3- Isolamento de EXC2-3 ----------------------------------------------------------- 170
5.5.4.4- Tratamento cromatográfico da fração C18-B --------------------------------- 170
5.5.4.5- Isolamento de EXC2-4 ----------------------------------------------------------- 171
5.5.4.6- Identificação de EXC2-5---------------------------- ----------------------------- 171
5.5.4.7- Tratamento cromatográfico da fração C21-30B ------------------------------ 172
5.5.4.8- Identificação de EXC2-6 --------------------------------------------------------- 173
5.5.5- Tratamento cromatográfico de EXC3 (cascas)----------------------------------- 175
5.5.5.1- Tratamento cromatográfico da fração CS3------------------------------------- 175
5.5.5.2- Isolamento de EXC3-7 e EXC3-8----------------------------------------------- 176
5.5.5.3- Isolamento de EXC3-9 ----------------------------------------------------------- 177
5.5.5.4- Identificação de EXC3-10--------------------------------------------------------
177
5.5.5.5- Tratamento cromatográfico da fração CS4------------------------------------- 177
5.5.5.6- Isolamento de EXC3-11---------------------------------------------------------- 178
5.6- Derivatização do crisofanol-----------------------------------------------------------
180
5.6.1-Reação de redução-------------------------------------------------------------------- 180
5.6.2-Procedimento reacional-------------------------------------------------------------- 180
CAPÍTULO VI
6- ESTUDO FARMACOLÓGICO DE SENNA RETICULATA----------------------- 182
6.1- Análise do potencial antioxidante dos extratos etanólicos e substâncias
isoladas de S. reticulata-------------------------------------------------------------------- 182
6.1.1-Método DPPH------------------------------------------------------------------------- 182
6.1.2-Método DHBA------------------------------------------------------------------------ 184
6.2-Análise da atividade antitumoral de Senna reticulata------------------------------ 186
6.2.1-Método MTT -------------------------------------------------------------------------- 186
6.3-Análise da atividade antiparasitária de Senna reticulata---------------------------
187
6.4-Ensaio de atividade anticonvulsivante do crisofanol------------------------ ------
188
6.4.1-Análise do efeito do crisofanol na atividade enzimática da catalase do
hipocampo de ratos adultos ---------------------------------------------------------------- 188
__________________________________________________________________________
6.4.2-Análise da atividade anticonvulsivante do crisofanol---------------------------- 190
6.4-Análise da atividade antibacteriana do crisofanol---------------------------------- 191
CAPÍTULO VII
7- CONCLUSÃO---------------------------------------------------------------------------- 195
CAPÍTULO VIII
8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS------------------------------------------------- 198
ANEXOS -------------------------------------------------------------------------------------
213
__________________________________________________________________________
LISTA DE FIGURAS
Figura 01- Fotografia de Senna reticulata com detalhe do fruto, flor,
inflorescências e sementes---------------------------------------------------------------
09
Figura 02- Distribuição geográfica da espécie Senna reticulata ------------------- 10
Figura 03- Esqueleto básico da antraquinona ----------------------------------------- 12
Figura 04- Antraquinonas do gênero Cassia------------------------------------------- 54
Figura 05- Antraquinonas do gênero Senna ------------------------------------------- 55
Figura 06- Padrão de substituição oxigenada presente no esqueleto
antraquinônico dos gêneros Cassia, Senna e Chamaecrista------------------------- 56
Figura 07- Cronograma de EXT2-1S-------------------------------------------------- 58
Figura 08- Espectro de massas do éster metílico do ácido tetradecanóico --------
60
Figura 09- Espectro de massas do éster metílico do ácido 9-hexadecenóico ----- 60
Figura 10- Espectro de massas do éster metílico do ácido hexadecanóico --------
60
Figura 11- Espectro de massas do éster metílico do ácido heptadecanóico -------
60
Figura 12- Espectro de massa do éster metílico do ácido 9,12-octadecadienóico
61
Figura 13- Espectro de massa do éster metílico do ácido octadecanóico --------- 61
Figura 14- Espectro de massa do éster metílico do ácido octadecanóico --------- 61
Figura 15- Espectro de massa do éster metílico do ácido nonadecanóico ------- 61
Figura 16- Espectro de massa do éster metílico do ácido eicosanóico ------------ 62
Figura 17- Espectro de massa do és ter metílico do ácido docosanóico ---------- 62
Figura 18- Espectro de massa do éster m etílico do ácido tetracosanóico ------ 62
Figura 19- Possíveis estruturas de EXC1-1-------------------------------------------- 65
Figura 20- Espectro
1
H,
13
C-COSY (HMQC) de EXC1-1--------------------------- 66
Figura 21- Espectro
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC1-1--------------------------- 67
Figura 22- Antraquinona 1,8-dihidroxi-3-metilantraquinona (crisofanol)---------
68
Figura 23- Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EXC1-1---------------
70
Figura 24- Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EXC1-1------------------ 71
Figura 25- Expansão do espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EXC1-1 --
71
Figura 26- Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EXC1-1------------ 72
Figura 27- Espectro de RMN
13
C-DEPT 135° (125 MHz, CDCl
3
) de EXC1-1---
72
Figura 28- Espectro de massas de EXC1-1-------------------------------------------- 73
__________________________________________________________________________
Figura 29- Possibilidade estrutural de EXC1-2 --------------------------------------- 75
Figura 30- Espectro
1
H,
13
C-COSY (HMQC) de EXC1-2--------------------------- 76
Figura 31- Sub-Espectros
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC1-2 -------------------- 77
Figura 32- Sub-Espectros
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC1-2 -------------------- 78
Figura 33- Antraquinona 1,8-dihidroxi-3-metil-6-metoxiantraquinona -----------
79
Figura 34- Espectro de absorção na região do infravermelho (IV) de EXC1-2 -- 81
Figura 35- Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EXC1-2 ------------
82
Figura 36- Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EXC1-2 ------------------
83
Figura 37- Sub-espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EXC1-2 ------------ 83
Figura 38- Espectro de massas de EXC1-2 ------------------------------------------- 84
Figura 39- Possibilidade estrutural de EXC2-3 --------------------------------------- 86
Figura 40- Espectro
1
H,
13
C-COSY (HMQC) de EXC2-3----------------------------
87
Figura 41- Espectro
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC2-3 --------------------------- 88
Figura 42- Espectro de absorção na região do infravermelho (IV) de EXC2-3--- 90
Figura 43- Espectro de RMN
1
H (500 MHz, DMSO-d
6
) de EXC2-3 ------------- 91
Figura 44- Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, DMSO-d
6
) de EXC2-3 ------- 92
Figura 45- Espectro de RMN
13
C – DEPT 135º de EXC2-3-------------------------
92
Figura 46- Espectro de massas de EXC2-3-------------------------------------------- 93
Figura 47- Possibilidade estrutural de EXC2-4--------------------------------------- 96
Figura 48- Espectro
1
H,
13
C-COSY (HMQC) EXC2-4------------------------------- 96
Figura 49- Espectro
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC2-4 e expansão ------------- 97
Figura 50- Antraquinona 1,6,8-trihidroxi-3-metilantraquinona (Emodina)------- 98
Figura 51- Espectro de absorção na região do infravermelho (IV) de EXC2-4--- 100
Figura 52- Espectro de RMN
13
C (125 MHz, DMSO-d
6
) de EXC2-4 -------------
101
Figura 53- Espectro de RMN
1
H (500 MHz, DMSO-d
6
) de EXC2-4 ------------- 102
Figura 54- Espectro de massas de EXC2-4------------------------------------------- 103
Figura 55- Esteróides b-sitosterol e estigmasterol-----------------------------------
104
Figura 56- Espectro de RMN
1
H (300MHz, CDCl
3
) de EXC2-5------------------- 106
Figura 57- Espectro de RMN
13
C (75MHz, CDCl
3
) de EXC2-5------------------- 107
Figura 58- Espectro de RMN DEPT 135
o
EXC2-5---------------------------------- 108
Figura 59- Triterpenos
a
-amirina e
b
-amirina---------------------------------------
109
Figura 60- Espectro de RMN
13
C (125MHz, CDCl
3
) de EXC2-6------------------ 111
Figura 61- Espectro de RMN DEPT 135
o
EXC2-6----------------------------------- 112
__________________________________________________________________________
Figura 62- Possibilidade estrutural de EXC3-7--------------------------------------- 113
Figura 63- Espectro
1
H,
13
C-COSY (HMQC) de EXC3-7--------------------------- 114
Figura 64- Espectro
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC3-7----------------------------
115
Figura 65- 1,3,8-trihidroxiantraquinona------------------------------------------------ 116
Figura 66- Espectro de RMN
13
C-BB e DEPT 135
o
de EXC3-7 -------------------
117
Figura 67- Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EXC3-7 ------------------
118
Figura 68- Possibilidade estrutural de EXC3-8 --------------------------------------- 119
Figura 69- Espectro
1
H,
13
C-COSY (HMQC) de EXC3-8----------------------------
120
Figura 70- Espectro
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC3-8----------------------------
121
Figura 71- Antraquinona 1,6,8-trihidroxi-3-metoxiantraquinona-------------------
122
Figura 72- Espectro de RMN
13
C-BB e DEPT 135
o
de EXC3-8--------------------
123
Figura 73- Espectro de RMN
1
H (500MHz, DMSO-d
6
) de EXC3----------------- 124
Figura 74- Proposta da estrutura básica de EXC3-9---------------------------------- 128
Figura 75- Possibilidades estrutural X1 e X2 de EXC3-9--------------------------- 128
Figura 76- Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EXC3-9---------------
131
Figura 77- Espectro de RMN
1
H (300MHz, CD
3
OD) de EXC3-9------------------
132
Figura 78- Espectro de RMN
13
C (75MHz, CD
3
OD) e DEPT 135
o
de EXC3-9--
135
Figura 79- Espectro
1
H,
13
C-COSY (HMQC) de EXC3-9----------------------------
134
Figura 80- Espectro
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC3-9----------------------------
135
Figura 81- Espectro de massas de EXC3-9-------------------------------------------- 136
Figura 82- Esteróides
b
-sitosterol e estigmasterol glicosilados--------------------
137
Figura 83- Espectro de RMN
1
H (500MHz, C
5
D
5
N) de EXC3-10----------------- 138
Figura 84- Espectro de RMN
13
C (125MHz, C
5
D
5
N) de EXC3-10---------------- 139
Figura 85- Espectro de RMN DEPT 135
o
EXC3-10--------------------------------- 140
Figura 86- Proposta estrutural de EXC3-11--------------------------------------------
141
Figura 87- Estrutura isoladas de Senna reticulata e Senna martiana --------------
142
Figura 88- Espectro de RMN
1
H (500MHz, CDCl
3
) de EXC3-11 -----------------
145
Figura 89- Espectro de RMN
13
C – BB (125 MHz, CDCl
3
) de EXC3-11---------
146
Figura 90- Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EXC3-11- 147
Figura 91- Espectro
1
H,
13
C-COSY (HMQC) de EXC3-11-------------------------- 148
Figura 92- Espectro
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC3-11 e expansões
(Principais correlações).------------------------------------------------------------------- 149
Figura 93- Espectro de Massas de EXC3-11------------------------------------------ 150
__________________________________________________________________________
Figura 95- Espectro de RMN
1
H (500MHz, CDCl
3
) de EXC1-1R e expansão-- 153
Figura 96- Espectro de RMN
13
C – BB (125 MHz, CDCl
3
) de EXC1-1R-------- 154
Figura 97- Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EXC1-1R-
154
Figura 98- Espectro de correlação heteronuclear a mais de uma ligação de
EXC1-1R------------------------------------------------------------------------------------ 155
Figura 99- Representação gráfica da avaliação da atividade antioxidante de S.
reticulata pelo método DPPH------------------------------------------------------------
183
Figura 100- Representação gráfica da avaliação da atividade antioxidante de
Senna reticulata pelo método DHBA.--------------------------------------------------
185
Figura 101- Efeitos do crisofanol (0,5 e 1,0 mg/kg) na atividade da catalase no
hipocampo de camundongos adultos após estado epiléptico induzido por
pilocarpina.--------------------------------------------------------------------------------- 190
__________________________________________________________________________
LISTA DE TABELAS
Tabela 01- Antraquinonas o oxigenadas dos Gêneros Senna, Cassia e
Chamaecrista descritas na literatura------------------------------------------------------
18
Tabela 02- Antraquinona mono-oxigenada dos Gêneros Senna, Cassia e
Chamaecrista descritas na literatura ------------------------------------------------------ 18
Tabela 03- Antraquinonas di-oxigenadas dos Gêneros Senna, Cassia e
Chamaecrista descritas na literatura------------------------------------------------------ 19
Tabela 04- Antraquinonas tri-oxigenadas dos Gêneros Senna, Cassia e
Chamaecrista descritas na literatura ------------------------------------------------------ 24
Tabela 05- Antraquinonas tetra-oxigenadas dos Gêneros Senna, Cassia e
Chamaecrista descritas na literatura ------------------------------------------------------ 32
Tabela 06- Antraquinonas penta-oxigenadas dos Gêneros Senna, Cassia e
Chamaecrista descritas na literatura ------------------------------------------------------ 36
Tabela 07- Antraquinonas hexaoxigenadas dos Gêneros Senna, Cassia e
Chamaecrista descritas na literatura ------------------------------------------------------ 44
Tabela 08- Modelos de biantraquinonas (tetra-oxigenadas) descritas na literatura
para a família Leguminosae----------------------------------------------------------------- 46
Tabela 09- Modelos de biantraquinonas (penta-oxigenadas) descritas na
literatura para a família Leguminosae-----------------------------------------------------
47
Tabela 10- Modelos de biantraquinonas (hexa-oxigenadas) descritas na literatura
para a família Leguminosae-----------------------------------------------------------------
49
Tabela 11- Modelos de biantraquinonas (octa-oxigenadas) descritas na literatura
para a família Leguminosae-----------------------------------------------------------------
51
Tabela 12- Outras antraquinonas descritas na literatura para a família
Leguminosae--------------------------------------------------------------------------------
52
Tabela 13- Teor (%) de ácidos graxos nos óleos fixos do caule de S.reticulata----
59
Tabela 14- Deslocamentos químicos de (d
C
) RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
), para
EXC1-1 com padrão de hidrogenação obtido pela comparação dos espectros
DEPT 135° com o RMN
13
C-BB----------------------------------------------------------
64
__________________________________________________________________________
Tabela 15- Deslocamento químico de RMN
13
C e seus respectivos hidrogênios
mostrados pelo espectro de HMQC, bem como as correlações a longa distância
(HMBC) de EXC1-1.------------------------------------------------------------------------
68
Tabela 16- Dados de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) de EXC1-1 comparados com
dados da literatura---------------------------------------------------------------------------- 69
Tabela 17- Deslocamento químico de RMN
13
C e seus respectivos hidrogênios
mostrados pelo espectro de HMQC, bem como as correlações à longa distância
(HMBC) de EXC1-2.------------------------------------------------------------------------ 79
Tabela 18- Comparação do deslocamento químico de carbono-13 (d
C
) (125
MHz, CDCl
3
) de EXC1-2 com dados da literatura -------------------------------------
80
Tabela 19- Comparação do deslocamento químico de carbono-13 (d
C
) de EXC1-
1 com EXC2-3-------------------------------------------------------------------------------- 86
Tabela 20- Deslocamento químico de RMN
13
C e seus respectivos hidrogênios
mostrados pelo espectro de HMQC, bem como as correlações à longa distância
(HMBC) de EXC2-3.------------------------------------------------------------------------ 89
Tabela 21- Comparação do deslocamento químico de carbono 13 (d
C
) (125 MHz,
CDCl
3
) de EXC1-2 com EXC2-4 (125 MHz, DMSO-d
6
)------------------------------ 95
Tabela 22- Deslocamento químico de RMN
13
C e seus respectivos hidrogênios
mostrados pelo espectro de HMQC, bem como as correlações à longa distância
(HMBC) de EXC2-4.------------------------------------------------------------------------ 98
Tabela 23- Comparação dos deslocamentos químicos de carbono-13 (d
C
) (125
MHz, DMSO-d
6
) de EXC2-4 com dados da literatura ---------------------------------
99
Tabela 24- Dados de RMN
13
C (CDCl
3
) de EXC2-5 comparados com dados da
literatura para as substâncias
b
-sitosterol e estigmasterol.------------------------------
105
Tabela 25- Dados de RMN
13
C (CDCl
3
) de EXC2-6 comparados com dados da
literatura para as substâncias
a
-amirina e
b
-amirina.-----------------------------------
110
Tabela 26- Deslocamento químico de RMN
13
C e seus respectivos hidrogênios
mostrados pelo espectro de HMQC, bem como as correlações à longa distância
(HMBC) de EXC3-7.------------------------------------------------------------------------ 116
Tabela 27- Deslocamento químico de RMN
13
C e seus respectivos hidrogênios
mostrados pelo espectro de HMQC, bem como as correlações à longa distância
(HMBC) de EXC3-8.------------------------------------------------------------------------ 122
__________________________________________________________________________
Tabela 28- Deslocamentos químicos de (d) RMN
13
C (75 MHz, CD
3
OD), para
EXC3-9 com padrão de hidrogenação obtido pela comparação dos espectros
DEPT 135° com o RMN
13
C-BB.---------------------------------------------------------- 127
Tabela 29- Deslocamento químico de RMN
13
C e seus respectivos hidrogênios
mostrados pelo espectro de HMQC, bem como as correlações a longa distância
(HMBC) de EXC3-9. ----------------------------------------------------------------------- 129
Tabela 30- Dados de RMN
13
C (75 MHz, CD
3
OD) de EXC3-9 comparados com
dados da literatura----------------------------------------------------------------------------
130
Tabela 31- Deslocamento químico de RMN
13
C e seus respectivos hidrogênios
mostrados pelo espectro de HMQC, bem como as correlações a longa distância
(HMBC) de EXC3-11. ---------------------------------------------------------------------- 143
Tabela 32- Comparação dos dados de RMN
13
C de EXC3-11 com os dados da
literatura-------------------------------------------------------------------------------------- 144
Tabela 33 - Deslocamento químico de RMN
13
C e as correlações a longa
distância (HMBC) de EXC1-1R.---------------------------------------------------------- 152
Tabela 34- Obtenção dos extratos etanólicos de Senna reticulata--------------------
161
Tabela 35- Dados resultantes do tratamento cromatográfico do extrato etanólico
das folhas de Senna reticulata (EXC1). ------------------------------------------------ 164
Tabela 36- Dados resultantes do tratamento cromatográfico em gel de sílica da
fração F 01-05 das folhas de Senna reticulata.----------------------------------------- 165
Tabela 37- Dados resultantes do tratamento cromatográfico de F9-10A------------
166
Tabela 38- Dados resultantes do tratamento cromatográfico da fração CHCl
3
de EXC2--------------------------------------------------------------------------------------
168
Tabela 39- Dados resultantes do tratamento cromatográfico em gel de sílica da
fração C2A.-----------------------------------------------------------------------------------
169
Tabela 40- Dados resultantes do tratamento cromatográfico da fração C4-11B----
170
Tabela 41- Dados resultantes do tratamento cromatográfico da fração C18B-1----
171
Tabela 42- Dados resultantes do tratamento cromatográfico da fração C21-30B-- 172
Tabela 43- Dados resultantes do tratamento cromatográfico de EXC3.------------- 175
Tabela 44- Dados resultantes do tratamento cromatográfico em gel de sílica da
fração CS3------------------------------------------------------------------------------------ 176
__________________________________________________________________________
Tabela 45- Dados resultantes do tratamento cromatográfico da fração CS4-------- 178
Tabela 46- Absorbância do extrato etanólico das folhas; caule e constituintes
isolados de S. reticulata a 515 nm --------------------------------------------------------
183
Tabela 47- Porcentagem de inibição dos extratos estudados sobre o ácido
salicílico na formação do 2,3-DHBA e 2,5-DHBA (%).-------------------------------
185
Tabela 48- Atividade antitumoral do extrato etanólico de Senna reticulata-------- 186
Tabela 49- Inibição da formação do NADH frente ao crisofanol-------------------- 188
Tabela 50- Alterações comportamentais após tratamento com crisofanol na dose
0,5 e 1,0 mg/Kg.------------------------------------------------------------------------------
191
Tabela 51- Efeitos do crisofanol na dose (0,5 mg/kg) em bactérias gram
positivas e negativas------------------------------------------------------------------------ 192
Tabela 52- Efeitos do crisofanol na dose (1,0 mg/kg) em bactérias gram
positivas e negativas------------------------------------------------------------------------ 192
Tabela 53- Efeitos do crisofanol na dose (1,5 mg/kg) em bactérias gram
positivas e negativas------------------------------------------------------------------------ 192
Tabela 54- Efeitos do crisofanol na dose (2,0 mg/kg) em bactérias gram
positivas e negativas------------------------------------------------------------------------ 193
__________________________________________________________________________
LISTA DE QUADROS
Quadro 01- Possíveis caminhos de fragmentação para EXC1-1 no espectrômetro
de massa----------------------------------------------------------------------------------------- 73
Quadro 02- Possíveis caminhos de fragmentação para EXC1-2 no espectrômetro
de massa----------------------------------------------------------------------------------------- 84
Quadro 03- Possíveis caminhos de fragmentação para EXC2-3 no espectrômetro
de massa----------------------------------------------------------------------------------------- 93
Quadro 04- Possíveis caminhos de fragmentação para EXC2-4 no espectrômetro
de massa-----------------------------------------------------------------------------------------
103
Quadro 05- Possíveis caminhos de fragmentação para EXC3-11 no espectrômetro
de massa-----------------------------------------------------------------------------------------
150
__________________________________________________________________________
LISTA DE ESQUEMAS
Esquema 01- Rota biossintética de antraquinonas via chiquimato-mevalonato---
13
Esquema 02- Rota biossintética de antraquinonas via acetato-malonato---------- 16
Esquema 03- Atividade da catalase com peróxido de hidrogênio------------------ 189
__________________________________________________________________________
LISTA DE FLUXOGRAMAS
Fluxograma 01- Saponificação da fração EXC2-1 do caule de Senna
reticulata-------------------------------------------------------------------------------------
162
Fluxograma 02- Metilação da fração saponificável de Senna reticulata---------- 163
Fluxograma 03- Obtenção de EXC1-1 e EXC1-2------------------------------------ 167
Fluxograma 04- Obtenção de EXC2-3; EXC2-4; EXC2-5 e EXC2-6 ------------
174
Fluxograma 05- Obtenção de EXC3-7, EXC3-8, EXC3-9, EXC3-10, EXC3-11
e EXC3-12----------------------------------------------------------------------------------
179
__________________________________________________________________________
LISTA DE ABREVIATURAS
BB
Broad-Band
CGL/EM Cromatografia Gás-Líquido acoplada a Espectrometria de Massas
RMN
1
H Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio-1
RMN
13
C Ressonância Magnética Nuclear do Carbono-13
HMBC Heteronuclear Mutiple Band Correlation
HMQC Heteronuclear Mutiple Quantum Coherence
DEPT Distortionless Enhancement by Polarization Transfer
EM Espectrometria de Massas
J Constante de acoplamento
Sin Sinonímia
COSY Correlation Spectroscopy
IE Impacto Eletrônico
IK Indice Kóvats
CGL Cromatografia Gás-Líquido
CCD Cromatografia em Camada Delgada
IV Infravermelho
pf Ponto de fusão
UV Ultravioleta
DHBA Ácido diidroxibenzóico
DPPH Difenil-Picril-Hidrazil
CENAUREMN Centro Nordestino de Aplicação e Uso de Ressonância Magnética Nuclear
__________________________________________________________________________
RESUMO
Este trabalho descreve a investigação fitoquímica de Senna reticulata Willd.,
(Leguminoseae), popularmente conhecida no Ceará como mangerioba grande, que tem uso na
medicina popular no tratamento de doenças do fígado, reumatismo e cólicas menstruais. Os
gêneros Senna, Chamaecrista e Cassia foram investigados a partir de seus compostos
antraquinônicos relatados na literatura até os dias atuais, no interesse de se traçar um perfil,
que contribuísse com distinção química dos mesmos que até alguns anos eram confundidos
devido as suas grandes semelhanças botânicas. O tratamento cromatográfico dos extratos
etanólicos das folhas, caule e cascas de Senna reticulata possibilitou o isolamento e
identificação de seis antraquinonas, um flavonóide e uma biantrona, a identificação da mistura
de dois triterpenos e dois fitoesteróis glicosilados e em forma livre. Outra etapa do trabalho
foi dedicada ao estudo farmacológico de S. reticulata, que através de ensaios analisou o
potencial antioxidante, a atividade antiparasitária, antibacteriana e anticonvulsivante dos
extratos etanólicos das cascas, folhas, caule e substâncias isoladas da referida espécie. As
determinações estruturais foram realizadas através de análises espectroscópicas tais como:
espectroscopia na região do infravermelho, de ressonância magnética nuclear de hidrogênio-1
e carbono-13, incluindo técnicas bidimensionais do tipo
1
H,
13
C-COSY (
n
J
CH
, n = 1, 2 e 3)
com detecção inversa, espectrometria de massas e comparação com dados da literatura.
__________________________________________________________________________
ABSTRACT
This work decrib the phytochemical investigations of Senna reticulata Willd.,
(Leguminoseae), popularly known as “mangerioba grande” in the Brazilian Northeastern.
Medicinal plant used for of liver illnesses, for rheumatism and menstrual pains. The genera
Senna, Chamaecrista and Cassia were investigated from to from your compounds
anthraquinones told in the literature until the current days, in the interest of tracing a profile,
that contributed with chemical distinction of the same ones that to some years they were
confused due your great botanical similarities. The chemical studies of ethanol extract of
leaves, trunk and trunk bark of S. reticulata, making possible the isolation and identification
of six anthraquinones, one flavone and one bianthrone, a mixture of two triterpenes and two a
mixture of glucosilated and free β-sitosterol and stigmasterol. Another stage of the work was
dedicated to the study pharmacologic of S. reticulata, that through rehearsals analyzed the
antioxidant potential, the activity antiparasite, antibacterials and anticonvulsant of the extracts
ethanol the leaves, trunk and trunk bark and isolated substances of the referred species. The
molecular structures of compounds were elucidated by spectroscopic methods such as
infrared, mass epectrometry, and nuclear magnetic resonance including special pulse
sequences such as
1
H,
13
C-COSY (
n
J
CH
, n = 1, 2 e 3) with inverse detection and comparison
with literature data.
Introdução - Senna reticulata Willd. 1
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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
Introdução - Senna reticulata Willd. 2
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1 – INTRODUÇÃO
Desde o início dos tempos o homem vem buscando na natureza soluções para o
combate de enfermidades e patologias que cercam seu cotidiano. Isto pode ser constatado
desde que o homem pré-histórico observava os atos dos animais doentes quando ingeriam
determinadas espécies de plantas instintivamente e após um certo tempo ele se curava ou seu
sofrimento era amenizado. A partir destes exemplos de cura, o homem empenhou-se na
gradativa descoberta a respeito das plantas medicinais. Os índios e povos antigos contribuíram
para a seleção de plantas medicinais, seguindo um modelo parecido de observação, no
entanto, acrescido de manipulação e experimentação. A experimentação chegou a ocasionar
várias intoxicações, pois neste método eram escolhidas plantas desconhecidas para combater
determinadas patologias cujos, resultados em sua maioria eram negativos.
Com a interferência do homem civilizado, utilizou-se o método de busca de meios
para a cura de doenças e epidemias que assolavam as cidades no início do século XX. O
estudo de plantas medicinais desenvolveu-se com muita aplicabilidade, facilitado pelo
desenvolvimento da química experimental em meados do século XIX, o que levou às
experiências de extração de princípios ativos vegetais. Sabendo-se então que as plantas
desempenhavam papel importante nos males existentes na sua vida cotidiana, o homem
moderno começou a se interessar em aplicar preparados de plantas medicinais para as
enfermidades que o viessem acometer, segundo a experiência popular.
Atualmente, cerca de 40% dos medicamentos em uso utilizam produtos naturais
como fonte de seus princípios ativos. Este mercado movimenta anualmente 315 bilhões de
dólares [VOMERO, 2001]. Nos países em desenvolvimento da América Latina, e em
particular no Brasil, a percentagem de utilização de produtos naturais pela população vem
aumentando substancialmente, revelando a importância do conhecimento da química das
plantas utilizadas para estes fins, visando a validação terapêutica destas espécies. No entanto,
vasta quantidade de espécies de plantas brasileiras permanece sem qualquer estudo químico
ou biológico, representando um potencial econômico valioso inexplorado. Considerando as
drogas derivadas de plantas em uso em vários países, 74% foram descobertas através de
estudos químicos dirigidos para o isolamento de constituintes químicos fontes naturais usados
na medicina tradicional. Exemplos clássicos desta estratégia incluem os glicosídeos cardíacos
de Digitalis purpurea L., o antimalárico quinina de Chincona spp, os analgésicos codeína e
Introdução - Senna reticulata Willd. 3
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morfina de Papaver somniferum L.
e o rupununina, anticoncepcional obtido da Ocotea rodiei,
árvore nativa da floresta amazônica [VIEIRA, 1999].
No interesse de se buscar novos compostos bioativos com potencial farmacológico, o
presente trabalho relata o estudo fitoquímico de Senna reticulata Willd, uma espécie
pertencente á família das Leguminosas, conhecida popularmente como mangerioba grande ou
maria mole.
O levantamento bibliográfico no Chemical Abstract e Web of Science revelou
raríssimos estudos fitoquímicos para a espécie Senna reticulata Willd, porém foi possível
encontrar um vasto estudo com as espécies pertencentes ao gênero Senna, onde várias classes
de compostos estão presentes nestas espécies. Dentre as classes de compostos citadas, temos:
flavonóides, alcalóides, terpenos e principalmente antraquinonas nas formas monomérica e
dimérica, livres e glicosiladas. A literatura relata também algumas atividades biológicas para
as espécies deste gênero, como: larvicida, antifúngica, antivirótica, anticâncer, laxativas e
antioxidantes, dentre outras.
Esta tese traz uma breve descrição botânica da espécie estudada, uma pesquisa
bibliográfica sobre os compostos da classe antraquinônica isolados de espécies pertencentes
aos gêneros Cassia, Senna e Chamaecrista nos últimos 70 anos, informações farmacológica
dos extratos das partes da planta e de substâncias isoladas, além da descrição dos processos de
isolamento, e da determinação estrutural dos compostos isolados.
Considerações Botânicas - Senna reticulata Willd. 4
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CONSIDERAÇÕES BOTÂNICAS
CAPÍTULO II
Considerações Botânicas - Senna reticulata Willd. 5
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2 – CONSIDERAÇÕES BOTÂNICAS
2.1-Considerações botânicas sobre a família Leguminosae
A família Leguminoseae possui uma ampla distribuição geográfica, representada por
cerca de 750 gêneros e mais de 18.000 espécies, espalhadas em todo o mundo, especialmente
nas regiões tropicais e subtropicais subordinadas a três subfamílias (Caesalpinioideae,
Mimosoideae e Fabaceae sinônimo Papilonoideae) [WINK, 2003]. As espécies das
subfamílias Caesalpinioideae e Mimosoideae são, principalmente, tropicais, e as da Fabaceae
encontram-se mais freqüentemente nas regiões temperadas, abrangendo espécies com
características morfológicas consideradas mais avançadas dentro das Leguminoseae. Em 1984
foi determinado que as três subfamílias das leguminosas, por possuírem algumas diferenças
anatômicas e pelo grande número de espécies que cada subfamília possuía, passassem a ser
classificadas como famílias. No entanto, a partir de 1988, Arthur Cronquist e colaboradores
passaram a recomendar que a classificação anterior, ou seja, Caesalpinoideae, Mimosoideae e
Fabaceae voltassem a ser classificadas como subfamílias, pois as diferenças anatômicas eram
poucas em comparação à quantidade de semelhanças estruturais que estas possuíam.
[BARROSO, 1984; CRONQUIST, 1988].
Segundo JOLY (1985), a família Leguminosae é constituída por:
Plantas de hábito muito variado, desde grandes árvores das matas
tropicais, subarbustos, ervas anuais ou perenes e também muitas
trepadeiras; vivem nos mais variados ambientes, em diferentes latitudes e
altitudes. As folhas são sempre de disposição alterna, compostas, pari ou
imparipenadas, com estípulas e estipelas às vezes transformadas em
espinhos. Flores variadas, sempre cíclicas, de simetria radial até
fortemente zigomorfas. Frutos variados, em geral legume, seco, deiscente
por duas valvas ou tipo lomento, seco e indeiscente ou de pericarpo mais
ou menos carnoso. Semente ás vezes envoltas em mucilagem ou polpa
doce, ou com arilo ou ainda com testa duríssima.
Considerações Botânicas - Senna reticulata Willd. 6
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De modo geral, caracterizam-se as Leguminoseae como ervas anuais ou perenes,
eretas, prostradas, difusas ou escandentes, subarbustos, arbustos eretos, sarmentos ou
escandentes, e árvores de pequeno, médio ou grande porte, com sistema radicular bem
desenvolvido e predominância da raiz principal sobre suas ramificações. Quase todas as
espécies da família apresentam simbiose de suas raízes com bactérias do gênero Rhizobium e
semelhantes, que fixam o nitrogênio da atmosfera, uma característica ecológica de extrema
importância. Também são de grande importância econômica pela produção de alimentos
como: soja (Glycine max); ervilha (Pisum sativum); feijão (Phaseolus vulgaris) e alfafa
(Medicago sativa) [FARIA, et al., 1989].
Considerações Botânicas - Senna reticulata Willd. 7
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2.2-Considerações botânicas sobre o gênero Senna Mill
O gênero Senna Mill. pertence à tribo Cassieae Bronn, subtribo Cassinae Irwin &
Barneby. A subtribo Cassinae compreende três gêneros: Cassia L., Senna e Chamaecrista
Moench. As espécies de Chamaecrista e Senna eram incluídas em Cassia s.l. até o tratamento
taxonômico de Irwin & Barneby (1981), quando estes neros foram separados. Senna
distingue-se de Cassia principalmente pelos filetes retos, mais curtos ou até duas vezes o
comprimento das anteras, pelas anteras basifixas e pela presença de nectários extraflorais na
maioria das espécies. Por outro lado, Senna difere de Chamaecrista principalmente pela
ausência de bractéolas (excepcionalmente presentes), pelo androceu zigomorfo e pelos
legumes que podem ser indeiscentes [IRWIN & BARNEBY, 1981 e 1982].
O gênero Senna é constituído por:
Árvores, arbustos ou subarbustos. Folhas paripinadas, multijugas, raro
escamiformes; folíolos opostos; ráquis foliar e pecíolo com ou sem
glândulas; estípulas de formas variadas, persistentes ou caducas. Flores
amarelas ou alaranjadas, dispostas em racemos ou panículas; brácteas
caducas ou persistentes; bractéolas ausentes; cálice com 5 sépalas,
desiguais; corola zigomorfa ou assimétrica, com 5 pétalas; androceu com
6 ou 7 estames férteis em dois grupos heteromorfos, com anteras
poricidas e 3 estaminódios adaxiais; ovário glabro ou pubescente.
Legumes cilíndricos, comprimidos ou quadrangulares, retos ou curvos,
endocarpo seco ou pulposo, deiscentes ou indeiscentes. Sementes 1-2-
seriadas, rômbicas, ovais, oblongas ou orbiculares, castanhas, negras ou
oliváceas [RODRIGUES, 2005].
Considerações Botânicas - Senna reticulata Willd. 8
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2.3-Considerações botânicas de Senna reticulata (Willd.)
Senna reticulata Willd. (sin. Cassia reticulata) (Figura 01, p. 09) é uma espécie
pertencente à família Leguminoseae (Caesalpiniacea), popularmente conhecida como
mangerioba grande. É uma árvore usada no Brasil, na medicina popular para o tratamento de
obstruções do fígado, no combate ao reumatismo e em irregularidades menstruais.
Considerada como uma árvore pioneira das áreas abertas das planícies da Amazônia, Senna
reticulata, cresce muito rápido e adapta-se facilmente em planícies inundadas. Devido ao seu
rápido crescimento, assumi um papel como uma erva daninha lenhosa, pois impede a
formação de pastos, prejudicando a principal fonte de economia da região [PAROLIN, 2001].
De acordo com PIO CORRÊA (1984), Senna reticulata Willd. é descrita como:
Arbusto ereto e glabro, podendo alcançar até 12ms. de altura; ramos
vigorosos; estípulas lanceoladas, acuminadas, até 2cts.; pecíolos fortes e
glandulosos; folhas pinadas, grandes, de 30-90cts. de comprimento, ou
ainda mais, compostas de 6-14 pares de folíolos curtíssimo-peciolados,
ovados até oblongos, obtusos nas duas extremidades, de 5-17cts. de
comprimento, os dos pares superiores obovados e muito maiores que os
dos pares inferiores, às vezes ineqüiláteros, membranosos, distintamente
nervados; ráquis angulosa, pulverulenta, achatada na parte superior e com
uma crista transversal saliente conecta aos folíolos opostos; flores
grandes, amarelo-citrino, disposta em racimos alongados nas axilas
superiores ou no ápice dos ramos; sépalas de 1ctm., sépalas ovadas de
2cts.e brácteas cor-de-laranja; fruto vagem bivalve quase preta, coriopse
deiscente, tendo em toda extensão longitudinal uma grande ala crenulada
e muito saliente; sementes em forma de castanhas, compridas, achatadas,
disposta paralelamente aos septos.
Considerações Botânicas - Senna reticulata Willd. 9
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Fruto (b)
Sen
na reticulata
(a)
Inflorescências (d)
Semente (e)
Flores (c)
Parte aérea
S. reticulata
Figura 01 – Fotografias de S. reticulata (a) com destaque do fruto (b), flor (c), inflorescências
(d) e sementes (e).
Considerações Botânicas - Senna reticulata Willd. 10
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A espécie Senna reticulata distribui-se geograficamente em quase toda América
Latina (Figura 02, abaixo) sendo considerada pantropical, ou seja das 260 espécies
conhecidas 200 ocorrem no Continente Americano.
Figura 02 – Distribuição geográfica da espécie Senna reticulata
l Países: Belize, El Salvador, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Trinidad e
Tobago, Panamá, Cuba, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela, Bolívia e
Brasil.
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 11
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LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO
CAPÍTULO III
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 12
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3 - LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO
3.1 Considerações sobre antraquinonas
As antraquinonas constituem o grupo mais numeroso das quinonas naturais. São
quinonas tricíclicas derivados do antraceno com grupo cetônico em C-9 e C-10 (Fig. 03,
abaixo). Apresentam-se geralmente como substâncias cristalinas de cor amarela, vermelha ou
laranja e estão distribuídas largamente no reino vegetal, desde as plantas superiores até aos
fungos e liquens. Várias antraquinonas de procedência animal são registradas na literatura,
podendo-se citar dentre elas, o ácido carmínico, extraído das fêmeas da colchinilha
(Dactylopius coccus Costa) utilizado como corante desde os tempos dos incas até os dias de
hoje. As indústria alimentícia e cosmética movimentando no comércio mundial cerca de 75
milhões de dólares por ano destas substâncias [MORAES, 2005].
Figura 03 – Esqueleto básico da antraquinona
As antraquinonas geralmente apresentam substituintes em várias posições do
esqueleto básico (Figura 03) principalmente grupos hidroxila, metoxila, metila e açúcares. As
diferentes propriedades que são conferidas às estruturas das antraquinonas podem ser
correlacionadas com a posição em que os substituintes estão dispostos no esqueleto
antraquinônico. Quando os substituintes hidroxila estiverem nas posições 1 e 2, o composto
apresentará propriedades corantes, no entanto se estiverem nas posições 1 e 8 apresentarão
principalmente propriedades laxativas [ACCAME, 2000]. Contudo, atualmente é verificada
uma grande diversidade de atividades biológicas para as antraquinonas; como herbicida,
anticarcinogênica fungicida, helminticida, antipsoriática, moluscicida, bactericida,
antiparasitária e tuberculostática [SILVA, 1987; MBWAMBO et al., 2004; KINGH et al.,
2006]. Em plantas superiores, as antraquinonas estão distribuídas em cerca de 300 espécies
pertencentes a uma grande diversidade de famílias botânicas, principalmente em quatro
famílias fornecedoras das conhecidas drogas purgativas. Estas famílias são: Polygonaceae
(Ruibarbo), Liliaceae (Aloes), Leguminoseae (Sene) e Rhamnaceae (Cáscara sagrada)
[THOMSON, 1971].
O
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1a
4a
5a
8a
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 13
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3.2 Biossíntese de antraquinonas
A rota biossintética das antraquinonas se divide em duas vias: Via chiquimato-
mevalonato (Rubiaceae, Gesneriaceae, Escrofulariaceae, Verbenaceae, Bignoniaceae) e via
acetato-malonato (Polygonaceae, Rhamnaceae, Leguminosae, fungos e líquens).
3.2.1 Biossíntese de antraquinonas via chiquimato-mevalonato
As antraquinonas naturais, que são isoladas de plantas superiores podem ser
diferenciadas pela presença de substituintes nos anéis aromáticos. Antraquinonas que
possuem substituintes em apenas um anel aromático são formadas através de uma via mista
chiquimato-mevalonato. Esta rota biossintética se inicia quando o ácido chiquímico incorpora
três átomos de carbono com auxílio de ATP e da enzima EPSP, dando origem a um precursor
intermediário C
10
. Posteriormente este intermediário perde duas moléculas de ácido fosfórico
por duas reações de eliminação, uma 1,2 em seguida uma 1,4, para das origem ao ácido
corísmico, um composto importante da via chiquimato.
O ácido corísmico sofre várias reações como mostrado no Esquema 01, até a formação
do ácido 1,4-dihidroxinaftóico que em seguida sofre prenilação para a formação do terceiro
anel. Como etapas finais observa-se modificações como descarboxilação, hidroxilação e
metilação [DEWICK, 2002] (Esquema 01, p. 13).
Esquema 01 – Rota biossintética de antraquinonas via chiquimato-mevalonato
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 14
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Continuação- Esquema 01
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 15
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3.2.2 Biossíntese de antraquinonas via acetato-malonato
O caminho biossintético que leva a formação de antraquinonas substituídas nos dois
anéis é através da via acetato-malonato. Esta via biossintética envolve a condensação de uma
unidade de acetilcoenzima A como iniciador e sete unidades de malonilcoenzima A como
continuador, conduzindo a uma cadeia poli-b-cetometilênica e originando a antrona
(intermediário hipotético 1 ou 2) que em seguida sofre oxidação em C
10
e C
9
a uma
antraquinona (crisofanol, fisciona, endocrocina ou emodina). A diversidade de derivados
antraquinônicos desta classe se origina a partir de modificações no precursor formal. O
esquema 02 ilustra a biossíntese da emodina, fisciona e crisofanol que são antraquinonas
muito tempo conhecidas e utilizadas por suas propriedades purgativas e que ocorrem em
plantas popularmente e comercialmente conhecidas como senna, cascara sagrada, frangula,
ruibarbo e aloes. [DEWICK, 2002] (Esquema 02, p. 16).
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 16
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
OOH OH
crisofanol
enolização
oxidação
H
2
O
CO
2
NADPH
O
O O O
O O O
COSCoA
O
O
O
intermediário hipotético 1
intermediário hipotético 2
O
O O O
CO
2
H
O O O
CO
2
H
HO
reões aldólicas
-
H
2
O
H
2
O
endocrocina
O
O
HO
OH OH
CO
2
H
CO
2
O
O
HO
OH OH
emodina
O
O
MeO
OH OH
f
i
s
c
i
o
n
a
SAM
O-metilação
do fenol
descarboxilação
facilitado pela
hidroxila orto
Esquema 02 – Rota biossintética de antraquinonas via acetato-malonato.
CH
3
C
SCoA
O
+
7
CH
2
C
SCoA
O
CO
2
COSCoA
O O O
O O O
O
O
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 17
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
3.3 Levantamento bibliográfico sobre antraquinonas pertencente aos gêneros
Senna, Cassia e Chamaecrista.
O levantamento bibliográfico realizado utilizando as ferramentas de busca
SciFinder
â
Scholar
TM
versão 2006 e Scopus, permitiu encontrar os metabólitos secundários
do tipo antraquinônico, pertencentes aos gêneros Senna, Cassia e Chamaecrista queo
descritos na literatura até o ano de 2006. Esses gêneros são os grandes detentores de
antraquinonas da família Leguminosae que até alguns anos eram confundidos devido as suas
grandes semelhanças botânicas.
As antraquinonas encontradas (Tabelas 1-12) foram agrupadas de acordo com o grau
de oxigênios dos substituintes diretamente ligados ao esqueleto antraquinônico resultando em
um total de 146 estruturas diferentes, sendo 02 para antraquinonas não oxigenadas, 01 para
antraquinona monoxigenada, 22 para antraquinonas dioxigenadas, 35 para antraquinonas
trioxigenadas, 21 para antraquinonas tetraoxigenadas, 39 para antraquinonas pentaoxigenadas,
07 para antraquinonas hexaoxigenadas, 02 para biantraquinonas tetraoxigenadas, 04 para
biantraquinonas pentaoxigenadas, 05 para biantraquinonas hexaoxigenadas, 02 para
biantraquinonas octaoxigenadas e 06 para outras antraquinonas (di, tri e tetraoxigenada). A
estas foram acrescidas as antraquinonas descritas neste trabalho para as quais não havia ainda
relato no gênero Senna. A nomenclatura das antraquinonas foi baseada na rota biossintética de
antraquinonas via acetato-malonato uma vez que as mesmas pertencem a família
Leguminosae.
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 18
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
O
OH
CHO
OHC
O
O
COOH
TABELA 01 –Antraquinonas não oxigenadas descrita na literatura nos Gêneros Senna,
Cassia e Chamaecrista.
9,10-Antraquinona
Senna obtusifolia [SUNG et al., 2004]
2-Carboxiantraquinona
Cassia tora [KIM et al., 2004]
TABELA 02 – Antraquinona monoxigenada descrita na literatura nos Gêneros Senna, Cassia
e Chamaecrista
3,7-Diformil-1-hidroxiantraquinona
Senna obtusa [SEKAR et al.,1999]
O
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1a
4a5a
8a
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 19
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 03Antraquinonas dioxigenadas descritas na literatura nos Gêneros Senna, Cassia
e Chamaecrista
1,4-Di-hidroxiantraquinona
Senna obtusifolia [SUNG et al., 2004]
1,2-Di-hidroxiantraquinona
(alizarina)
Senna obtusifolia [SUNG et al., 2004]
1,8-Di-hidroxiantraquinona
(crisazina)
Cassia corymbosa [RUIZ et al., 1997]
Senna obtusifolia [SUNG et al., 2004]
8-O-glicopiranosil-1,8-di-hidroxi-3-
hidroximetilenoantraquinona
Senna angustifolia [KINJO et al., 1994]
5-Metoxi-2-metil-1-O-
a
-L-ramnosilantraquinona
Cassia tora [RAI e KUMARI, 2005]
O
O
OH
OH
O
O
OH OH
O
O
O OH
CH
2
OH
glc
O
HO
CH
3
HO
OH
OCH
3
O
O
CH
3
O
S
R
R
R
S
O
O
OH
OH
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 20
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 03 –Continuação
3-Carboxi-1,8-di-hidroxiantraquinona
(rheina)
Cassia angustifolia [SATO et al., 1999]
Cassia fastuosa [KRAMBECK et al., 1985]
Cassia fistula [BAHORUN et al., 2005]
Cassia javanica [CHAUDHURI et al., 1987]
Cassia tora [SHABANA et al., 2000; KIM et
al., 2004]
Senna alata [YAGI et al., 1998; NGUYEN
et al., 2002]
Senna didymobotrya [ALEMAYEHU et al.,
1989]
1-Hidroxi-8-metoxi-3-metilantraquinona
(crisofanol 8-metil éter )
Cassia obtusifolia [GUO et al., 1998]
Senna lindheimeriana [BARBA et al., 1992]
1,8-Di-hidroxi-3-metilantraquinona
(crisofanol)
Cassia alata [CHATSIRIWEJ et al., 2006]
Cassia angustifoia [SATO et al., 1999]
Cassia biflora [HEMLATA et al., 1995]
Cassia fistula [BAHORUN et al., 2005]
Cassia glauca [TIWARI e MISRA, 1993]
Cassia javanica [CHAUDHURI et al., 1987]
Cassia mimosoides [MUKHERJEE et al.,1986]
Cassia obtusifolia [GUO et al., 1998]
Cassia occidentalis [RAI e SHOK, 1983; KUO et
al., 1996]
Cassia pudibunda [MESSANA et al., 1991]
Cassia pumila [FATAWI et al., 1986]
Cassia siamea [KOYAMA et al., 2001; LEDWAN
e SINGH, 2004]
Cassia singueana [ROQUE et al., 1968]
Cassia tora [RAI e KUMARI, 2005; SHABANA et
al., 2000]
Chamaecrista greggii [BARBA et al., 1994]
Senna didymobotrya [ALEMAYEHU et al., 1996]
Senna lindheimeriana [BARBA et al., 1992]
S. longiracemosa [ALEMAYEHU et al., 1993]
Senna martiana [MACEDO, 2006]
Senna racemosa [MENA et al., 2002]
Senna reticulata [SANTOS, 2007]
Senna rugosa [BARBOSA, 2004]
S. septentrionalis [ALEMAYEHU et al., 1997]
1-Hidroxi-5-metoxi-2-metilantraquinona
Cassia tora [RAI e KUMARI, 2005]
O
O
OHOH
CH
3
OH O OH
O
COOH
O
O
OHCH
3
O
CH
3
O
OOCH
3
OH
CH
3
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 21
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 03 –Continuação
1-(O-
b
-gentiobiosil)-8-hidroxi-3-
metilantraquinona
(1-O-
b
-gentiobiosídeo crisofanol)
Cassia obtusifolia [LI et al., 2006]
Cassia siamea [LU et al., 2001]
Cassia tora [RAGHUNATHAN et al., 1974]
1-[O-
b
-D-glicopiranosil-(1è3)-O-
b
-D-
glicopiranosil-(1è6)-
b
-D-glicopiranosil]-8-
hidroxi-3-metilantraquinona
Cassia obtusifolia [LI et al., 2004]
3-Acetil-1,8-di-hidroxiantraquinona
Cassia fistula [LEE et al., 2001]
1,5-Di-hidroxi-3-metilantraquinona
(ziganeina )
Cassia alata [RAI e PRASAD, 1994]
Cassia fistula [LEE et al., 2001]
Cassia italica [KAZMI et al., 1994]
O
OH
HO
HO
O
O
O
CH
3
OH
O
O
HO
OH
OH
OH
R
S
S
R
R
R
S
S
R
S
O
OH
HO
HO
O
O
O
CH
3
OH
O
O
HO
OH
OH
O
O
OH
OH
OH
OH
H
R
S
S
R
R
R
S
S
R
S
S
R
S
S
R
O
O
OH
CH
3
OH
O
O
OH OH
C
O
CH
3
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 22
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 03 –Continuação.
3-Carbinol-1,8-di-hidroxiantraquinona
(aloe-emodina)
Cassia alata [CHATSIRIWEJ et al., 2006]
Cassia angustifoia [SATO et al., 1964]
Cassia fastuosa [KRAMBECK et al., 1985]
Cassia fistula [LEE et al., 2001]
Cassia obtusifolia [GUO et al., 1998]
Cassia tora [MAITY e DINDA, 2003; KIM
et al., 2004]
Senna alata [YAGI et al., 1998; NGUYEN et
al., 2002]
Senna didymobotrya [ALEMAYEHU et al.,
1996]
Senna martiana [MACEDO, 2006]
Senna reticulata [SANTOS, 2007]
4-(3-Acetil-2,6-di-hidroxi-4-metoxifenil)-1,8-di-
hidroxi-2-metilantraquinona
(knifolona)
Senna didymobotrya [ALEMAYEHU et al
.,
1995]
3-Formil-1-hidroxi-8-metoxiantraquinona
Cassia fistula [RANI e KALIDHAR, 1998]
1-Hidroxi-6-metoxi-3-metilantraquinona
Cassia obtusifolia [GUO et al., 1998]
8-Hidroxi-1-metoxi-3-metilantraquinona
Cassia obtusifolia [GUO et al., 1998]
1,8-Dimetoxi-3-metilantraquinona
Cassia obtusifolia [GUO et al., 1998]
OH OHO
O
CH
3
HO OH
OCH
3
O
O
O
OCH
3
OH
C
H
O
O
O
OH
CH
3
CH
3
O
O
O
OCH
3
CH
3
OH O
O
OCH
3
CH
3
OCH
3
O
O
OH OH
CH
2
OH
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 23
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 03 –Continuação.
5-Hidroxi-2-metil-1-O-rutinosil
antraquinona
Cassia alata [RAI e PRASAD, 1994]
8-Hidroxi-6-metoxi-3-metil-1-O-rutinosil
antraquinona
Cassia glauca [RAI e ROY, 1991]
8-(
b
-D-Glicopiranosil)-1-hidroxi-3-
carbinolantraquinone
Cassia angustifolia [KINJO et al., 1994]
1,3-Di-hidroxi-2-metilantraquinona
(rubiadina)
Cassia multijuga [TIWARI e SINGH, 1983]
O
OH
HO
HO
O
O
O
O
O
OH
OH
OH
OH
CH
3
H
3
C
S
R
R
R
R
R
S
S
R
S
O
O OH
CH
3
OH
O
HO
HO
OH
O
O OOH
HO
HO
R
S
S
R
S
O
OH
HO
HO
O
O
O
O
O
OH
OH
OHH
3
C
CH
3
CH
3
O
OH
S
R
R
R
R
R
S
S
R
S
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 24
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 04–Antraquinonas trioxigenadas descritas na literatura nos Gêneros Senna,
Cassia e Chamaecrista.
1,6,8-Tri-hidroxi-3-metilantraquinona
(emodina)
Cassia alata [CHATSIRIWEJ et al., 2006]
Cassia corymbosa [RUIZ et al., 1997]
Cassia fistula [BAHORUN et al., 2005]
Cassia javanica [CHAUDHURI et al., 1987]
Cassia laevigata [SINGH et al., 1980]
Cassia occidentalis [KUO et al., 996; RAI e
SHOK, 1983]
Cassia pumila [FATAWI et al., 1986]
Cassia siamea [KOYAMA et al., 2001;
ABDALLAH et al., 1994]
Cassia tora [RAI et al., 2005; SHABANA et
al., 2000; CHOI et al., 1996; KIM et al., 2004]
Senna alata [YAGI et al., 1998]
S. didymobotrya [ALEMAYEHU et al., 1996]
Senna lindheimeriana [BARBA et al., 1992]
Senna multiglandulosa [ABEGAZ et al., 1994]
Senna reticulata [SANTOS, 2007]
S. septentrionalis [ALEMAYEHU et al., 1997]
1,3-Di-hidroxi-6-metoxi-7-metilantraquinona
Cassia obtusa [SEKAR et al., 1999]
1, 8-Di-hidroxi-6-metoxi 3-metilantraquinona
(fisciona)
Cassia angustifolia [SATO et al., 1999]
Cassia biflora [HEMLATA e KALIDHAR,1995]
Cassia glauca [TIWARI e MISRA, 1993]
Cassia marginata [DUGGAL e MISRA, 1982]
Cassia obtusifolia [GUO et al., 1998]
Cassia occidentalis [KUO et al., 1996; RAI e
SHOK, 1983]
Cassia pumila [FATAWI et al., 1986]
Cassia siamea [ABDALLAH et al., 1994]
Cassia tora [SHABANA et al., 2000; KIM et
al., 2004]
Chamaecrista greggii [BARBA et al., 1994]
Senna bicapsulares [VALIENTE et al., 2003]
Senna birostris [VILA et al., 2003]
Senna didymobotrya [ALEMAYEHU e
ABEGAZ, 1996; ALEMAYEHU et al., 1997]
Senna lindheimeriana [BARBA et al., 1992]
S. longiracemosa [ALEMAYEHU et al., 1993]
S. multiglandulosa [ALEMAYEHU et al., 1996]
Senna racemosa [MENA et al., 2002]
Senna reticulata [SANTOS, 2007]
Senna rugosa [BARBOSA et al., 2004]
S. septentrionalis [ALEMAYEHU et al., 1997]
Senna sophera [ALEMAYEHU et al., 1998]
OH O OH
CH
3
O
HO
O
O
OHOH
CH
3
CH
3
O
O
O
OH
OH
CH
3
CH
3
O
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 25
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 04 –Continuação.
1, 8-Di-hidroxi-6-metoxi-3-metiliantraquinona
(isofisciona)
Senna longiracemosa [ALEMAYEHU et al.,
1993]
1,6-Di-hidroxi-8-metoxi-3-metilantraquinona
(questina)
Cassia siamea
[ABDALLAH et al., 1994]
Cassia tora
[SHABANA et al., 2000]
Senna lindheimeriana
[BARBA et al., 1992]
8-β-D-Glicopiranosil-1,6-di-hidroxi-3-metil
antraquinona
(8-O-β-D-Glicopiranosil emodina)
Senna angustifolia [KINJO et al., 1994]
1,7,8-Tri-hidroxi-3-metilantraquinona
(nataloe-emodina)
Senna longiracemosa
[ALEMAYEHU et al.,
1993]
3-Carboxi-1,8-di-hidroxi-7-metoxiantraquinona
(ácido parientínico)
Senna didymobotrya [ALEMAYEHU et al.,
1989]
2,8-Di-hidroxi-1-metoxi 3-metilantraquinona
(obtusifolina)
Cassia obtusifolia
[GUO et al., 1998]
Cassia tora
[SHABANA et al., 2000]
O
O
OHOH
CH
3
CH
3
O
O
O
OHCH
3
O
CH
3
HO
O
O
OHHO
CH
3
HO
O
O
OHHO
COOHCH
3
O
O
O
OH OCH
3
OH
CH
3
O
O
HO CH
3
O OH
R
S
R
S
S
O
OH
HO
HO
HO
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 26
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 04 –Continuação.
1-(O-β-Gentiobiosil)-6,8-di-hidroxi-3-
metilantraquinona
(1-O-β-gentiobiosídeo emodina)
Cassia obtusifolia [LI et al., 2006]
1-β-D-Glicopiranosil-8-hidroxi-6-metoxi-3-
metilantraquinona
(1-O-β-D-glicosídeo fisciona)
Cassia occidentalis
[LAL et al., 1973]
1,8-Di-hidroxi-6-metoxi-3,7-
dimetilantraquinona
(7-metilfisciona)
Cassia fistula [DAS e JOGI, 1998]
Cassia singueana [MUTASA e KAHN, 1990]
1-Hidroxi-6,8-dimetoxi-3-metilantraquinona
(questina 6-metil éter)
Cassia tora [KIM et al., 2004]
O
OH
HO
HO
HO
O
O
OH O
CH
3
O CH
3
R
S
R
S
S
O
O
OH OH
CH
3
O CH
3
H
3
C
O
OH
HO
HO
O
O
O
CH
3
OH
O
O
HO
OH
OH
OH
HO
R
S
S
R
R
R
S
S
R
S
O
O
OCH
3
OH
CH
3
O CH
3
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 27
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 04 –Continuação.
3-Carbinol-1,6,8-tri-hidroxiantraquinona
(citreoroseina)
Cassia fistula [LEE et al., 2001]
1,4,8-Tri-hidroxiantraquinona
(5-hidroxiquinizarina)
Cassia fistula [LEE et al., 2001]
2-Carboxi-1,6,8-tri-hidroxiantraquinona
Cassia corymbosa [RUIZ et al., 1997]
1-Hidroxi-6,8-dimetoxi-2,3-
dimetilantraquinona
Cassia grandis [VERMA et al., 1997]
2-β-D-Glicopiranosil-8-hidroxi-1-metoxi-3-metilantraquinona
Cassia tora [CHOI et al., 1996]
O
O
OH OH
CH
2
OHHO
O
O
OH OH
OH
O
O
OH OH
HO
COOH
O
O
OCH
3
OH
CH
3
CH
3
CH
3
O
O
OH
OH
OH
OH
O
O
OH OCH
3
CH
3
O
S
R
S
S
R
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 28
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 04 –Continuação.
1,5-Di-hidroxi-8-metoxi-2,3-
dimetilantraquinona
Cassia grandis [AMBASTA et al., 1996]
3-Formil-1,2,8-tri-hidroxiantraquinona
(alquinona)
Cassia alata [YADAV e KALIDHAR, 1994]
1,5-Di-hidroxi-7-metoxi-3-metilantraquinona
Cassia italica [OGUNKUNLE et al., 2006]
2-Formil-1,3,8-tri-hidroxiantraquinona
Cassia alata [HEMLATA e KALIDHAR, 1994]
2-
b
-D-Glicopiranosil-5,7-dimetoxi-3-
metilantraquinona
Cassia grandis [SIDDIQUI et al., 1993]
1,8-Di-hidroxi-6-metoxi-2-metilantraquinona
Cassia mimosoides [MUKHERJEE et al.,1987]
O
O
OCH
3
OH
CH
3
CH
3
OH
O
O
OH OH
OH
C
O
H
O
O
OH
CH
3
OH
CH
3
O
O
O
OH OH
C
O
H
OH
O
OH
OH
OH
OH
O
O
CH
3
O
OCH
3
CH
3
O
S
R
S
S
R
O
O
OH OH
CH
3
O
CH
3
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 29
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
HO
HO
OH
O
O
OHO
OH
CH
3
S
S
R
S
O
HO
HO
OH
O
O
OHO
CH
3
CH
3
O
S
S
R
S
TABELA 04 –Continuação.
1,8-Di-hidroxi-2-metil-3-
neohesperidosilantraquinona
Cassia sophera [JOSHI et al., 1985]
1,8-Di-hidroxi-2-metil-3-O-rutinosil
antraquinona
Cassia multijuga [TIWARI e SINGH, 1983]
8-α-L-Arabiopiranosil-1,3-di-hidroxi-2-
metilantraquinona
Cassia marginata [DUGGAL e MISRA, 1982]
1-Hidroxi-6-metoxi-3-metil-8-α-L-
xilopiranosilantraquinona
(8-O-α-L-xilopiranosídeo fisciona)
Cassia marginata [DUGGAL e MISRA, 1982]
S
R
S
S
R
S
R
R
R
S
O
O
OHOH
CH
3
O
O
OH
OH
OH
O
O
CH
3
OH
OH
OH
H
S
R
S
S
R
R
R
R
R
S
O
O
OHOH
CH
3
O
OH
OH
OH
O
O
O
CH
3
OH
HO
HO
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 30
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 04 –Continuação.
8-α-L-Arabinopiranosil-1,6-di-hidroxi-3-
metilantraquinona
(8-O-α-L-arabinopiranosídeo emodina)
Cassia marginata [DUGGAL e MISRA, 1982]
8-β-D-Galactopiranosil-1-hidroxi-6-metoxi-3-
metilantraquinona
Cassia leavigata [SINGH et al., 1980]
8-O-β-D-galactopiranosil-(1®4)-O-β-D-
galactopiranosil-1-hidroxi-6-metoxi-3-
metilantraquinona
Cassia laevigata [TIWARI e SINGH, 1979]
1,6-Di-hidroxi-3-metil- 8-O-
a
-L-
ramnosilantraquinona
Cassia javanica [TIWARI e SINGH, 1979]
O
HO
HO
OH
O
O
OHO
HO CH
3
S
S
R
S
O
OH
HO
HO
HO
O
O
OH
O
H
3
CO CH
3
R
S
R
S
R
R
S
R
S
O
O
OH
O
H
3
CO CH
3
O
OH
HO
O
HO
O
H
OH
HO
HO
HO
R
S
R
S
R
R
R
R
R
S
O
O
OH
O
HO CH
3
O
OH
HO
HO
CH
3
S
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 31
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 04 –Continuação.
1-β-D-Glicopiranosil-6,8-di-hidroxi-3-
metilantraquinona
Cassia angustifolia [KHORANA e
SANGHAVI, 1964]
1-Hidroxi-8-metoxi-2-metil-3-O-
a
-L-ramnosil
antraquinona
Cassia reginera [TIWARI e SINGH, 1979]
1,3,8-Tri-hidroxiantraquinona
Senna reticulata [SANTOS, 2007]
O
OH
HO
HO
HO
O
O
OH O
HO CH
3
R
S
R
S
S
OH O OH
OH
O
R
S
R
S
O
O
OCH
3
OH
CH
3
O
O
CH
3
OH
OH
OH
R
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 32
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 05 Antraquinonas tetraoxigenadas descritas na literatura nos Gêneros Senna,
Cassia e Chamaecrista.
7,8-Di-hidroxi-1,6-dimetoxi-3-
metilantraquinona
Chamaecrista greggii [BARBA et al., 1994]
1-Hidroxi-6,7,8-trimetoxi-3-metilantraquinona
Chamaecrista greggii [BARBA et al., 1994]
1,7-Di-hidroxi-6,8-dimetoxi-3-
metilantraquinona
Chamaecrista greggii [BARBA et al., 1994]
1,5,8-Tri-hidroxi-6-metoxi-3-
metilantraquinona
(xantorina)
Cassia angustifolia [GUPTA et al., 1998]
Senna lindheimeriana [BARBA et al., 1992]
Senna sophera [ALEMAYEHU et al., 1998]
1,3-Di-hidroxi-2-isoprenil-6,8-dimetoxi
antraquinona
Cassia fistula [DAS e TRIPATHI, 2000]
Cassia marginata [GUPTA et al., 1989]
2-Hidroxi-1,6,8-trimetoxiantraquinona
Cassia renigera [RANI e KALIDHAR, 1997]
O
O
OH
CH
3
H
3
CO
OCH
3
HO
O
O
OCH
3
OH
CH
3
H
3
CO
H
3
CO
O
O
CH
3
H
3
CO
OH
OH
OH
O
O
OCH
3
OH
CH
3
H
3
CO
HO
O
O
OCH
3
OH
OHCH
3
O
O
O
OCH
3
OCH
3
CH
3
O
OH
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 33
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 05 –Continuação
1,2,6,8-Tetra-hidroxi-3-metilantraquinona
(alaternina)
Cassia tora [CHOI et al., 1996]
1,8-Di-hidroxi-6-metoxi-2-metil-3-O-
rutinosilantraquinona
Cassia multijuga [TIWARI e SINGH, 1983]
8-α-L-Glicopiranosil-1,5,6-tri-hidroxi-3-
metilantraquinona
Chamaecrista greggii [BARBA et al., 1994]
2-β-D-Glicopiranosil-1,6,8-tri-hidroxi-3-
metilantraquinona
Cassia tora [LEE et al., 1998]
O
O
OH OH
CH
3
OH
HO
S
R
S
S
R
O
OH
OH
HO
HO
O
O
O OH
CH
3
HO
OH
O
OH
OH
OH
O
O
OH OH
CH
3
HO
O
OH
S
R
S
S
R
O
O
OHOH
CH
3
O
CH
3
S
R
S
S
R
O
OH
OH
OH
O
O
O
CH
3
OH
HO
HO
R
R
R
R
S
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 34
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 05 –Continuação.
1-Hidroxi-6,8-dimetoxi-2-metil-3-O-rutinosil
antraquinona
Cassia marginata [SINGH, 1987]
1-β-D-Glicopiranosil-3-hidroxi-6,8-dimetoxi-2-
metilantraquinona
Cassia auriculata [RAI et al., 1997]
1,3-Di-hidroxi-6,8-dimetoxi-2-
metilantraquinona
Cassia javanica [SINGH, 1988]
1,8-Di-hidroxi-6,7-dimetoxi-2-
metilantraquinona
Cassia nodosa [YADAV et al., 1998]
1,6,8-Tri-hidroxi-3-metoxiantraquinona
Senna reticulata [SANTOS, 2007]
7,8-Di-hidroxi-1,6-dimetoxi-2-
metilantraquinona
Cassia greggii [GONZÁLEZ, 1992]
S
R
S
S
R
O
O
OCH
3
CH
3
O
CH
3
OH
O
OH
HO
HO
HO
O
O
O
OCH
3
OH
CH
3
O
CH
3
OH
O
O
OH OH
CH
3
O
CH
3
CH
3
O
R
R
R
R
S
S
R
S
S
R
O
O
OCH
3
OH
CH
3
O
CH
3
O
OH
OH
OH
O
O
HO
HO
OH
OH
O
OH O OH
OCH
3
O
HO
O
O
OCH
3
CH
3
OH
HO
CH
3
O
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 35
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 05 –Continuação.
3-β-D-Glicopiranosil-1,5,8-tri-hidroxi-2-
metilantraquinona
Cassia marginata [SINGH, 1987]
2-β-D-Glicopiranosil-1,4-di-hidroxi-5-metoxi-3-
metilantraquinona
Cassia nodosa [SINHA et al., 1986]
1,3,8-Tri-hidroxi-6-metoxi-2-
metilantraquinona
Cassia multijuga [TIWARI e MISRA, 1983]
1,5,6,8-Tetra-hidroxi-3-metilantraquinona
(5-hidroxiemodina)
Cassia javanica [TIWARI e RICHARDS, 1979]
1,5,6-Tri-hidroxi-3-metil-8-O-
a
-L-ramnosilantraquinona
Cassia javanica [TIWARI e RICHARDS, 1979]
O
OH
OH
OH
O
O
OH OH
CH
3
O
HO
OH
R
S
S
R
S
O
OH
OH
OH
O
O
OH
CH
3
O
OH
OHOCH
3
S
R
S
S
R
O
O
OH OH
CH
3
O
CH
3
OH
O
O
OH OH
HO CH
3
OH
R
R
R
S
S
O
O
OH
CH
3
HO
OH
O CH
3
HO
OH
OH
O
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 36
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 06 Antraquinonas pentaoxigenadas descritas na literatura nos Gêneros Senna,
Cassia e Chamaecrista.
1-Hidroxi-2,6,7,8-tetrametoxi-3-
metilantraquinona
Senna lindheimeriana [BARBA et al., 1992]
8-Hidroxi-1,4,6,7-tetrametoxi-3-
metilantraquinona
Chamaecrista greggii [BARBA et al.,1994]
1,8-Di-hidroxi-4,6,7-trimetoxi-3-
metilantraquinona
Chamaecrista greggii [BARBA et al.,1994]
1-Hidroxi-4,6,7,8-tetrametoxi-3-
metilantraquinona
Chamaecrista greggii [BARBA et al., 1994]
1,6-Di-hidroxi-4,7,8-trimetoxi-3-
metilantraquinona
Chamaecrista greggii [BARBA et al., 1994]
1,4,6-Tri-hidroxi-7,8-dimetoxi-3-
metilantraquinona
Chamaecrista greggii [BARBA et al., 1994]
O
O
OCH
3
OH
CH
3
H
3
CO
OCH
3
H
3
CO
O
O
OH OCH
3
CH
3
H
3
CO
OCH
3
H
3
CO
O
O
OH OH
CH
3
H
3
CO
OCH
3
H
3
CO
O
O
OCH
3
OH
CH
3
H
3
CO
OCH
3
H
3
CO
O
O
OCH
3
OH
CH
3
HO
OCH
3
H
3
CO
O
O
OCH
3
OH
CH
3
HO
OH
H
3
CO
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 37
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 06 –Continuação.
1,7-Di-hidroxi-4,6,8-trimetoxi-3-
metilantraquinona
Chamaecrista greggii [BARBA et al., 1994]
1-Hidroxi-4,6-dimetoxi-7,8-metilenodioxi-3-
metilantraquinona
Chamaecrista greggii [BARBA et al., 1994]
1-Hidroxi-3-hidroximetileno-4,6,7,8-
tetrametoxiantraquinona
Chamaecrista greggii [BARBA et al., 1994]
1,7-Di-hidroxi-3-hidroximetileno-4,6,8-
trimetoxiantraquinona
Chamaecrista greggii [BARBA et al., 1994]
1,6-Di-hidroxi-3-hidroximetileno-4,7,8-
trimetoxiantraquinona
Chamaecrista greggii [BARBA et al., 1994]
8-Hidroxi-1,4,6,7-tetrametoxi-3-
metilantraquinona
Cassia greggii [GONZÁLEZ, 1992]
O
O
OH OCH
3
OCH
3
OCH
3
OH
HOH
2
C
OCH
3
O
O
CH
3
CH
3
O
CH
3
O
OCH
3
OH
O
O
OCH
3
OH
CH
3
CH
3
O
OCH
3
HO
O
O
O OH
CH
3
CH
3
O
OCH
3
O
CH
2
O
O
OCH
3
OH
CH
2
OHCH
3
O
OCH
3
CH
3
O
O
O
OCH
3
OH
CH
2
OHHO
OCH
3
CH
3
O
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 38
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 06 –Continuação.
4,6,8-Tri-hidroxi-1,7-dimetoxi-3-
metilantraquinona
Cassia greggii [GONZÁLEZ, 1992]
7,8-Di-hidroxi-1,4,6-trimetoxi-3-
metilantraquinona
Cassia greggii [GONZÁLEZ, 1992]
4-Hidroxi-1,6-dimetoxi-7,8-metilenodioxi-3-
metilantraquinona
Cassia greggii [GONZÁLEZ, 1992]
2-Hidroxi-1,6,7,8-tetrametoxi-3-
metilantraquinona
(criso-obtusina)
Cassia obtusifolia [GUO et al., 1998]
Cassia tora [CHOI et al., 1996; SHABANA
et al., 2000]
3-Carboxi-1,4,8-tri-hidroxi-6,7-dimetoxi-2-metilantraquinona
(ácido fistúlico)
Cassia fistula [BAHORUN et al., 2005]
OCH
3
O
O
CH
3
CH
3
O
HO
OH
OH
OCH
3
O
O
CH
3
HO
CH
3
O
OCH
3
OH
OCH
3
CH
3
O
CH
3
O
OH
O
CH
2
O
O
O
O
OCH
3
CH
3
O
CH
3
O
OCH
3
OH
CH
3
O
O
COOH
CH
3
O
CH
3
O
OH
OH OH
CH
3
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 39
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
O
OH
OH
CH
3
OCH
3
CH
3
O
CH
3
O
O
O
CH
3
OH
OCH
3
OCH
3
CH
3
O
CH
3
O
TABELA 06 –Continuação.
3-
b
-D-Glicopiranosil-1-hidroxi-6,7,8-trimetoxi-
2-metilantraquinona
Cassia grandis [SIDDIQUI et al., 1993]
2-β-D-Glicopiranosil-1,4,8-tri-hidroxi-6-
metoxi-3-metilantraquinona
Cassia grandis [SIDDIQUI et al., 1993]
2,8-Di-hidroxi-1,6,7-trimetoxi-3-
metilantraquinona
(obtusina)
Cassia obtusifolia [TAKIDO et al., 1960]
Cassia tora [SHABANA et al., 2000; CHOI
et al., 1996]
2,6,8-Tri-hidroxi-1,7-dimetoxi-3-
metilantraquinona
(aurantio-obtusin)
Cassia obtusifolia [TAKIDO et al., 1960]
Cassia tora [SHABANA et al., 2000; CHOI
et al., 1996]
1,2-Di-hidroxi-6,7,8-trimetoxi-3-
metilantraquinona
(1-desmetilcrisoobtusina)
Cassia tora [SHABANA et al., 2000]
1-Hidroxi-3,6,7,8-tetrametoxi-2-
metilantraquinona
Cassia javanica [SANGHI et al., 1999]
O
OH
OH
OH
OH
O
O
CH
3
O
CH
3
O
OH
OH
OH
S
R
S
S
R
O
O
OH
CH
3
O
CH
3
O
OCH
3
OH
CH
3
O
O
OH OCH
3
OH
CH
3
CH
3
O
HO
OHO
O
O
CH
3
O
CH
3
O
OCH
3
CH
3
O
OH
OH
OH
OH
R
R
S S
S
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 40
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
OH
OH
O
O
HO
HO
O
O
CH
3
OH
OH
OH
OH
HO
O
O
OHOCH
3
CH
3
O
CH
3
O
CH
3
O
S
R
S
R
R
R
R
R
R
R
R
R
S
S
S
S
R
S
S
R
O
OH
OH
OH
OH
O
O
CH
3
O
HO CH
3
OH OCH
3
O
TABELA 06 –Continuação.
3-[O-
a
-Ramnopiranosil-(1®6)-O-
b
-D-glicopiranosil-(1®6)-
b
-D-galactopiranosil]-1-hidroxi-
6,7,8-trimetoxi-2-metilantraquinona
Cassia occidentalis [CHAUHAN et al., 2001]
2-
b
-D-Glicopiranosil-6,8-di-hidroxi-1,7-dimetoxi-3-metilantraquinona
Cassia tora [SHABANA et al., 2001]
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 41
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
R
S
S
S
S
R
S
R
R
O
OH
OH
OH
O
O
H
OH
OH
OH
OH
O
O
CH
3
CH
3
O
CH
3
O OCH
3
OCH
3
O
S
TABELA 06 –Continuação.
1-[O-
a
-Ramnopiranosil--(1®6)-O-
b
-D-glicopiranosil-(1®6)-
b
-D-galactopiranosil]-3,6,7,8-
tetrametoxi-2-metilantraquinona
Cassia occidentalis [CHAUHAN et al., 2001]
1-[2-O-
b
-D-Mannopiranosil-
b
-D-alopiranosil]-3,6,7,8-tetrametoxi-2-metilantraquinona
Cassia javanica [SANGHI et al., 1999]
S
R
S
R
R
R
R
R
R
R
R
R
S
S
S
O
O
H
3
CO OCH
3
CH
3
H
3
CO
OCH
3
O
O
HO
HO
O
O
OH
OH
O
O
CH
3
HO
OH
HO
OH
OH
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 42
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
O
OCH
3
OH
OCH
3
OH
HO
O
O
CHCH
3
O
CH
3
O OCH
3
OCH
3
CH
3
CH
3
OH
O
OH
OH
OH
OH
O
O
OHOH
CH
3
O
HO
OCH
3
S
R
S
R
R
S
O
OH
OH
OH
OH
O
O
OHOCH
3
O
CH
3
CH
3
O
CH
3
O
R
S
S
R
O
O
CH
3
OHOCH
3
CH
3
O
CH
3
O
OH
O
O
CH
3
OH
OH
OH
OH
CH
3
O
TABELA 06 –Continuação.
1,7,8-Tri-hidroxi-2,3-dimetoxiantraquinona
Cassia obtusifolia [GUO et al., 1998]
1-Hidroxi-2-isopropil-3,6,7,8-
tetrametoxiantraquinona
Cassia angustifolia [GUPTA et al., 1998]
3-
b
-D-Galactopiranosil-1,7,8-tri-hidroxi-1-
metoxi-2-metilantraquinona
Cassia grandis [VERMA et al., 1996]
2-
b
-D-Glicopiranosil-1-hidroxi-6,7,8-
trimetoxi-3-metilantraquinona
Cassia siamea [ABDALLAH et al., 1994]
1,4-Di-hidroxi-6,7,8-trimetoxi-2-
metilantraquinona
Cassia javanica [VERMA et al., 1994]
1,3,5,8-Tetra-hidroxi-6-metoxi-2-
metilantraquinona
Cassia javanica [SING, 1988]
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 43
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
O
CH
3
OH
OH
OH
OH
CH
3
O
O
O
OH
CH
3
OCH
3
OH
HO
OHCH
3
O
O
O
OH
CH
3
OCH
3
CH
3
O
OHHO
O
O
CH
3
OH
OCH
3
OH
OCH
3
CH
3
O
TABELA 06 –Continuação.
1,3,5,8-Tetra-hidroxi-7-metoxi-2-
metilantraquinona
Cassia javanica [SING, 1988]
1,2,5,6-Tetra-hidroxi-7,8-dimetoxi-3-
metilantraquinona
Cassia sophera [MALHOTRA e MISRA,
1982]
1,2,7-Tri-hidroxi-6,8-dimetoxi-3-
metilantraquinona
Cassia sophera [MALHOTRA e MISRA, 1982]
1,8-Di-hidroxi-3,5,7-trimetoxi-2-
metilantraquinona
Cassia renigera [TIWARI e SINGH, 1979]
4,8-Di-hidroxi-1,6,7-trimetoxi-3-
metilantraquinona
Chamaecrista greggii [BARBA et al., 1994]
1,4,6,7,8-Pentametoxi-3-metilantraquinona
Chamaecrista greggii [BARBA et al., 1994]
OCH
3
O
O
CH
3
CH
3
O
CH
3
O
OH
OH
OCH
3
O
O
CH
3
CH
3
O
CH
3
O
OCH
3
OCH
3
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 44
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
O
OHOH
OH OH
CH
3
OH
CH
3
O
O
O
OHOH
OH
CH
3
OH
OCH
3
CH
3
O
O
O
OHOH
OH
CH
3
OH
CH
3
O
CH
3
O
O
O
OH
CH
3
OH
OCH
3
CH
3
O
CH
3
O
OH
O
O
OHOCH
3
OH
CH
3
OH
OCH
3
HO
O
OH
OH
OH
OH
O
O
OH
OCH
3
OH
CH
3
O
CH
3
O
CH
3
O
S
S
S
R
R
TABELA 07 – Antraquinonas hexaoxigenadas descritas na literatura nos Gêneros Senna,
Cassia e Chamaecrista
1,2,4,8-Tetra-hidroxi-6-metoxi-3-
metilantraquinona
(grandisona)
Cassia grandis [VERMA et al., 1997]
2-
b
-D-Glicopiranosil-1,4-di-hidroxi-5,6,7-
trimetoxi-3-metilantraquinona
Cassia grandis [VERMA e SINHA, 1996]
1,2,4,8-Tetra-hidroxi-5,6-dimetoxi-3-
metilantraquinona
Cassia grandis [SINHA e VERMA, 1994]
1,3,5,8-Tetra-hidroxi-6,7-dimetoxi-2-
metilantraquinona
Cassia grandis [VERMA e SINHA, 1994]
1,2,4-Tri-hidroxi-5,6,7-trimetoxi-3-
metilantraquinona
Cassia grandis [VERMA e SINHA, 1994]
1,2,4,7-Tetra-hidroxi-5,8-dimetoxi-3-
metilantraquinona
Cassia javanica [SINHA e VERMA, 1994]
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 45
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
O
OH
OH
CH
3
O
CH
3
O
OH
O
CH
3
OH
OH
OH
O
CH
3
S
R
R
S
R
TABELA 07 – Continuação
1,5,8-Tri-hidroxi-6,7-dimetoxi-2-metil-3-O-
a
-L-ramnosilantraquinona
Cassia renigera [TIWARI e SINGH, 1979]
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 46
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 08 –Modelos de biantraquinonas (tetraoxigenadas) descritas na literatura para a
família Leguminosae
1,1’,8,8’-Tetra-hidroxi-3,3’-dimetil-2,2’-biantraquinona
Cassia siamea [KOYAMA et al., 2001]
1,1’,8,8’-Tetra-hidroxi-3,3’-dimetil-4,4’-biantraquinona
Cassia occidentalis [TIWARI e SINGH, 1977]
Cassia siamea [CHATTERJEE e BHATTACHARJEE, 1964]
OH O OH
CH
3
O
OH O OH
O
CH
3
O
O
OH OH
CH
3
O
O
H
3
C
OH OH
1
2
3
4
5
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
7'
8'
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 47
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 09 –Modelos de biantraquinonas (pentaoxigenadas) descritas na literatura para a
família Leguminosae
1,1’,6,8,8’-Penta-hidroxi-3,3’-dimetil-2,2’-biantraquinona
(cassiamin A)
Cassia fistula [LEDWANI e SINGH, 2006]
Cassia montana [SREERAMULU et al., 1999]
Cassia siamea [LEDWANI e SINGH, 2004; KOYAMA et al., 2001]
7’-Cloro-1,1’,6’,8,8’-penta-hidroxi-3,3’-dimetil-2,2’-biantraquinona
Cassia siamea [KOYAMA et al., 2001]
1,1’,6,8,8’-Penta-hidroxi-3,3’-dimetil-2’,7-biantraquinona
Cassia siamea [KOYAMA et al., 2001]
OH O OH
CH
3
O
HO
OH O OH
O
CH
3
1
2
3
4
5
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
7'
8'
OH O OH
CH
3
O
OH O OH
O
HO CH
3
1
2
3
4
5
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
7'
8'
OH O OH
CH
3
O
OH O OH
O
CH
3
OH
Cl
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 48
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 09 –Continuação
1,1’,6,8,8’-Penta-hidroxi-3,3’-dimetil-4,4’-biantraquinona
Cassia siamea [CHATTERJEE e BHATTACHARJEE, 1964]
O
O
OH OH
CH
3
O
O
H
3
C OH
OH OH
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 49
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 10 – Modelos de biantraquinonas (hexaoxigenadas) descritas na literatura para a
família Leguminosae
1,1’,6,6’,8,8’-Hexahidroxi-3,3’-dimetil-2,6’-biantraquinona
(madagascarin)
Cassia montana [SREERAMULU et al., 1999]
1,1’,6,6’,8,8’-Hexa-hidroxi-3,3’-dimetil-2,2’-biantraquinona
(cassiamin B)
Cassia montana [SREERAMULU et al., 1999]
Cassia siamea [KOYAMA et al., 2001]
8-β-D-Glicopiranosil-1,1',8'-trihidroxi-6,6'-dimetoxi-3,3’-dimetil-5,7’-biantraquinona
(torososide A)
Cassia torosa [KITANAKA e TAKIDO, 1995]
OH O OH
CH
3
O
HO
OH O OH
O
HO CH
3
OH O OH
CH
3
O
HO
OH O OH
O
CH
3
OH
O
O
H
3
C
OH OH
OCH
3
O
O
H
3
CO
O
OH
H
3
C
O
HO
OH
OH
CH
2
OH
1
3
5
1'
3'
5'
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 50
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 10 – Continuação
1,1',8,8'-Tetra-hidroxi-6,6'-dimetoxi-3,3’,7,7’-tetrametil-5,5’-biantraquinona
(trachipona)
Cassia trachypus [DELLE et al., 1991]
1,1',8,8'-Tetra-hidroxi-6,6'-dimetoxi-3,3’-dimetil-5,7’-biantraquinona
(5,7'-bifisciona)
Cassia floribunda [ALEMAYEHU et al., 1988]
Senna multiglandulosa [BERHANU et al., 1994]
Senna sophera [ALEMAYEHU et al., 1998]
O
O
OH OH
OCH
3
O
O
H
3
CO CH
3
OH OH
CH
3
H
3
C
H
3
C
O
O
H
3
C
OH
OH
OCH
3
O
O
HO
HO
OCH
3
CH
3
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 51
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 11 –Modelos de biantraquinonas octaoxigenadas descritas na literatura para a
família Leguminosae
1,1’,3,3’-Tetra-hidroxi-6,6’,8,8’-tetrametoxi-2,2’-dimetil-4,4’-biantraquinona
Cassia siamea [SINGH et al., 1992]
1,1’,3,3’8,8’-Hexa-hidroxi-6,6’-dimetoxi-2,2’-dimetil-4,4’-biantraquinona
Cassia hirsuta [SINGH e SINGH, 1986]
O
O
OH OH
OHH
3
CO
CH
3
O
O
OCH
3
OHOH
H
3
C
HO
O
O
OH
OHCH
3
O
OCH
3
CH
3
O
O
OCH
3
OCH
3
OH
H
3
C
HO
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 52
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 12 –Outras antraquinonas descritas na literatura para a família Leguminosae
10-(Crisofanol-7-il)-10-hidroxicrisofanol-9-
antrona
Senna longiracemosa [ALEMAYEHU et
al.,1993]
10-(Fisciona-7-il)-10-hidroxicrisofanol-9-
antrona
Senna didymobotrya [ALEMAYEHU et
al.,1996]
9-(Fisciona-7'-il)-5,10-di-hidroxi-2-metoxi-7-
metil-1,4-antraquinona
(sengulona)
S. multiglandulosa [ABEGAZ et al.,1994]
Senna sophera [ALEMAYEHU et al., 1998]
9-(Fisciona-7'-il)-5,10-di-hidroxi-7-metoxi-2-
metil-1,4-antraquinona
(isosengulona)
S. multiglandulosa [ABEGAZ et al., 1994]
Senna sophera [ALEMAYEHU et al., 1998]
OOH OH
CH
3
O
O
OH
CH
3
OH
OH
CH
3
O
CH
3
O
O OH OH
CH
3
O
CH
3
OH
O
OHCH
3
O
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1'
2'
3'
4'
5'
6'
7'
8'
CH
3
O
OH OH O
CH
3
O
CH
3
OH
O
OHCH
3
O
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1
3
5
7
OOH OH
CH
3
O
O
OH
CH
3
OH
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
10
9
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 53
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
TABELA 12 –Continuação.
(Anhydrophlegmacin-9,10-quinone)
S. multiglandulosa [ABEGAZ et al., 1994]
5,10-Di-hidroxi-2-metil-9-(fisciona-7'-il)-1,4 -
antraquinona
S. didymobotrya [ALEMAYEHU et al., 1996]
O levantamento revelou que a quantidade de espécies do gênero Cassia estudadas
(73,5%) (Figuras 04, p. 54) é superior as dos outros dois gêneros, Senna e Chamaecrista
26,1% e 0,4%, respectivamente. Em decorrência o número de antraquinonas isoladas neste
gênero também é bem maior (69,7%), que em Senna (22,5%) (Figuras 05, p. 55) e
Chamaecrista (7,8%).
Observa-se claramente uma similaridade acentuada na substituição do esqueleto
antraquinônico na posição 1,8 e 1,6,8 para os três gêneros analisados, sendo este tipo de
substituição, a mais frequente para os generos Cassia e Senna (Figuras 06, p. 56).
Antraquinonas foram identificadas em uma especie de Chamaecrista, produzindo
majoritariamente antraquinonas 1,2,6,7,8-pentaoxigenadas, cuja presença foi também
detectada em uma única espécie de Cassia: Cassia greggii, sugerindo pela análise dos dados
observados, que o nome da espécie neste caso seria mais apropriadamente citada como
Chamaecrista greggi e não Cassia o que está de acordo com Cameron, 1998 indicando que
Chamaecrista greggii é o nome atualmente aceito para Cassia greggii. Antraquinonas 1,3,6,8-
tetraoxigenadas, bem como 1,3,6,7,8 pentaoxigenadas foram isoladas somente do gênero
Cassia e não se observando nenhum padrão de substituição que ocorresse somente em
espécies de Senna.
OH
OHCH
3
O
O
O
OH
CH
3
CH
3
O
O
OH
CH
3
OH
OH OH O
CH
3
O
CH
3
OH
O
OHCH
3
O
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 54
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Cassia alata Cassia angustifolia Cassia auriculata
Cassia biflora Cassia corymbosa Cassia fastuosa
Cassia fistula Cassia floribunda Cassia glauca
Cassia grandis Cassia greggii Cassia hirsuta
Cassia italica Cassia javanica Cassia laevigata
Cassia marginata Cassia mimosoides Cassia montana
Cassia multijuga Cassia nodosa Cassia obtusa
Cassia obtusifolia Cassia occidentalis Cassia pudibunda
Cassia pumila Cassia renigera Cassia siamea
Cassia singueana Cassia sophera Cassia tora
Cassia torosa Cassia trachypus
Figura 04 – Antraquinonas do gênero Cassia
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 55
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
0
2
4
6
8
10
12
S.alata S.angustifolia S.bicapsularis
S.birostris S.didymobotrya S.lindheimeriana
S.longiracemosa S.martiana S.multiglandulosa
S.obtusa S.obtusifolia S.racemosa
S.reticulata S.rugosa S.septentrionalis
Figura 05 – Antraquinonas do gênero Senna
Levantamento Bibliográfico - Senna reticulata Willd. 56
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 06 – Padrão de oxigenação presente no esqueleto antraquinônico dos gêneros Senna,
Cassia e Chamaecrista
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 57
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
DETERMINAÇÃO ESTRUTURAL
CAPÍTULO IV
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 58
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4 – DETERMINAÇÃO ESTRUTURAL
4.1- Estudo dos constituintes químicos fixos de Senna reticulata
O extrato etanólico (EXT2) do caule de Senna reticulata após tratamento
cromatográfico, apresentou na fração hexânica EXT2-1 uma grande quantidade de um
material viscoso de coloração amarelada. Segundo técnica usual (Fluxogramas 01 e 02, p.
162 e 163), a fração EXT2-1 após saponificação (EXT2-1S) foi metilada e analisada em
CGL/EM fornecendo o cromatograma mostrado na Figura 07 (p. 58). A interpretação dos
respectivos espectros de massas com o auxílio dos respectivos Indices de Kovat simulados em
comparação com dados da espectroteca possibilitou a identificação de onze ácidos graxos,
conforme a Tabela 13 (p. 59), através dos espectros de massas dos ésteres metílicos dos
respectivos ácidos (Figuras 08-18, p. 60-62). Os componentes majoritários (80,71%) de
EXT2-1S foram identificados como sendo o ácido hexadecanóico (palmítico) com 27,45%, o
ácido 9,12-octadecadienóico (linoleico) com 44,52% e o ácido octadecanóico (esteárico) com
8,74%.
Figura 07- Cromatograma de EXT2-1S
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 59
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 13 – Teor (%) de ácidos graxos na fração lipídica do caule de S. reticulata
Constituintes
Nome comum
IK
EXT2 (%)
Ácido tetradecanóico Mirístico 1728 0,78
Ácido 9-hexadecenóico Palmitoleico 1928 0,64
Ácido hexadecanóico Palmítico 1970 27,45
Ácido heptadecanóico
Margarítico
2055 2,42
Ácido 9,12-octadecadienóico Linoleico 2094 44,52
Ácido octadecanóico Esteárico 2124 8,74
Ácido 10-nonadecenóico - 2139 2,37
Acido nonadecanóico Nondecílico 2160 0,57
Ácido eicosanóico
Araquídico
2338 1,03
Ácido docosanóico Behênico 2510 1,90
Ácido tetracosanóico Lignocérico 2669 1,96
TOTAL
92,38
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 60
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
H
3
C(CH
2
)
12
COO CH
3
H
3
C(CH
2
)
14
COO CH
3
H
3
C(CH
2
)
15
COO CH
3
CH (C H
2
)
7
CO O C H
3
CH
3
(C H
2
)
5
CH
Figura 08- Espectro de massas do éster metílico do ácido tetradecanóico (mirístico)
Figura 09- Espectro de massas do éster metílico do ácido 9-hexadecenóico (palmitoleico)
Figura 10- Espectro de massas do éster metílico do ácido hexadecanóico (palmítico)
Figura 11- Espectro de massas do éster metílico do ácido heptadecanóico (margarítico)
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 61
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
C H (C H
2
)
7
C O O C H
3
C H C H
2
C HC H
3
(C H
2
)
4
C H
CH
3
(CH
2
)
16
COO CH
3
C H (C H
2
)
8
CO O C H
3
CH
3
(C H
2
)
7
CH
CH
3
(CH
2
)
17
COO CH
3
Figura 12-Espectro de massas do éster metílico do ácido 9,12-octadecadienóico (linoleico)
Figura 13- Espectro de massas do éster metílico do ácido octadecanóico (esteárico)
Figura 14- Espectro de massas do éster metílico do ácido 10-nonadecenóico
Figura 15- Espectro de massas do éster metílico do ácido nonadecanóico (nondecílico)
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 62
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
CH
3
(CH
2
)
18
CO O CH
3
CH
3
(CH
2
)
22
COO CH
3
CH
3
(CH
2
)
20
COO CH
3
Figura 16- Espectro de massas do éster metílico do ácido eicosanóico (araquídico)
Figura 17- Espectro de massas do és ter metílico do ácido docosanóico (behênico)
Figura 18- Espectro de massas do éster m etílico do ácido tetracosanóico (lignocérico)
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 63
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4.2 Determinação estrutural de EXC1-1
O tratamento cromatográfico da fração hexânica obtida do extrato etanólico das
folhas de Senna reticulata, segundo o Fluxograma 03, p. 167, levou ao isolamento de um
sólido de coloração alaranjada, com uma faixa de fusão de 192,6 a 194,8
o
C, que em teste
preliminar [MATOS, 1998], revelou a presença de composto da classe antraquinônica. O
sólido solúvel em CHCl
3
, foi denominado EXC1-1.
O espectro de absorção na região do infravermelho (IV) de EXC1-1 (Figura 23, p.
70), apresentou uma banda centrada em 3434 cm
-1
relacionada a deformação axial da ligação
O–H (n
O-H
), em 3047 cm
-1
de deformação axial C–H de carbono sp
2
(n
=CH
), duas bandas
referentes a carbonilas, sendo uma em 1677 cm
-1
(n
C=O
) e a outra em 1627 cm
-1
(n
C=O
)
possivelmente quelada, duas outras bandas em 1566 e 1474 cm
-1
de deformação axial da
ligação C=C de aromáticos (n
C=C
), uma banda intensa em 1273 cm
-1
relacionada a deformação
axial da ligação C–O (n
C-O
) de fenóis ou éteres aromáticos, além de bandas em 1086, 1024,
839 e 752 cm
-1
de deformação angular da ligação C–H de sistema aromático.
O espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) (Figuras 24 e 25, p. 71), de EXC1-1
apresentou sinais em d
H
7,84 (1H, dd, J = 9,5 Hz e 1,9 Hz) e d
H
7,31 (1H, dd, J = 10 Hz e 1,9
Hz), característico de hidrogênio aromático com acoplamento orto e meta, em d
H
7,67 (1H, t,
J = 10,5 Hz) sinal característico de hidrogênio com acoplamento orto. Também apresentou,
sinais em forma de multipletos em d
H
7,66 (1H, m) e 7,11 (1H, m) referentes a hidrogênios
aromáticos posicionados em posição meta. Foi possível observar um sinal simples em d
H
2,47
(3H, s), além de sinais simples localizados em região de desproteção, em d
H
12,02 (1H, s) e
12,12 (1H, s) que podem ser relacionados a duas hidroxilas queladas por ligação de
hidrogênio.
O espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EXC1-1 (Figura 26, p. 72)
mostrou quinze linhas espectrais, das quais, de acordo com regras empíricas para
deslocamento químico de
13
C, uma referia-se a absorção de carbono metílico provavelmente
ligado a anel aromático (d
C
22,4). Foi possível também observar dois sinais na região de
carbono carbonílico d
C
182,0 e 192,6 (este deslocamento em região de desproteção é
consistente com a presença de uma carbonila quelada ou biquelada). Na região característica
de carbonos sp
2
foram observados doze sinais, dos quais os carbonos com deslocamento em
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 64
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
d
C
162,9 e 162,6 referiam-se a carbonos aromáticos oxigenados. Foi possível observar ainda
na região de aromáticos, em comparação com o espectro RMN
13
C - DEPT 135º (Figura 27,
p. 72), a presença de cinco carbonos metínicos (CH) e por diferença entre os espectros de
RMN
13
C-BB e DEPT 135º, nove carbonos não hidrogenados (C). Com os dados até aqui
apresentados foi possível propor para EXC1-1, segundo a Tabela 14 (abaixo), a fórmula
molecular C
15
H
10
O
4
, cujo índice de deficiência de hidrogênio foi igual a onze.
Tabela 14 Deslocamentos químicos de (d
C
) RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
), para EXC1-1
com padrão de hidrogenação obtido pela comparação dos espectros DEPT 135°
com o RMN
13
C-BB.
C
CH CH
3
TOTAL
192,7
137,1 22,4
182,2
124,7
162,9
124,5
162,6
121,5
149,5 120,1
133,8
133,5
116,1
113,9
C
9
C
5
H
5
CH
3
C
15
H
8
C-oxigenado: 4
C
15
H
10
O
4
O espectro de massas de EXC1-1 (Figura 28, p. 73), apresentou o pico do íon
molecular m/z 254 daltons, que em comparação com os dados mencionados na Tabela 14,
confirma a fórmula molecular C
15
H
10
O
4
.
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 65
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
As absorções, em d
C
182,21 e 192,77 atribuídas a dois grupos carbonilas, indicam
fortemente o caráter antraquinônico para EXC1-1 que dentre os fenóis naturais
(flavonóides, xantonas e antraquinonas) somente os antraquinônicos apresentam duas
carbonilas.
O número de substituintes ligados ao esqueleto antraquinônico pode ser observado no
deslocamento químico de dois carbonos oxigenados em d
C
162,9 e 162,6 que possivelmente
estão ligados as hidroxilas e um não hidrogenado em d
C
149,5 possivelmente ligado a metila,
caracterizando uma trissubstituição no esqueleto antraquinônico.
O tripleto em d
H
7,67, com acoplamento orto, observado no espectro de RMN
1
H para
um hidrogênio sugere que um dos núcleos antraquinônicos seja monossubstituído, o que
confirma para os seus hidrogênios vicinais os acoplamentos orto e meta observados. Da
mesma forma os dois hidrogênios mostrados como multipletos com acoplamento meta devem
estar intercalados pelo grupamento metila uma vez que as duas hidroxilas, por seus
deslocamentos químicos, podem estar interagindo com as carbonilas por ligação de
hidrogênio. Diante deste fato chegou-se a duas possíveis estruturas (1 e 2 ,Figura 19, p.
abaixo) para EXC1-1.
(1) (2)
Figura 19- Possíveis estruturas de EXC1-1
O
O
OH OH
CH
3
O
O
OH
CH
3
OH
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 66
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
A correlação de todos os hidrogênios com os seus respectivos carbonos para EXC1-1,
foi confirmada pela análise do espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C-COSY à uma ligação (HMQC) (Figura 20, p. abaixo e Tabela 15, p. 68), mostrando
os seguintes acoplamentos: hidrogênios em d
H
2,47; 7,11; 7,31; 7,66; 7,67; 7,84; com os
carbonos em d
C
22,4; 124,5; 124,7; 121,5; 137,1 e 120,1 respectivamente.
Figura 20–Espectro de RMN 2D
1
H,
13
C-COSY (CDCl
3,
125 x 500MHz) (HMQC) de EXC1-1.
O
O
OHOH
CH
2
H
H
H
H
H
H
2
4
5
6
7
Me
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 67
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear a mais de uma ligação
1
H,
13
C-COSY (HMBC) (Figura 21, p. 67 e Tabela 15, p. 68) possibilitou a identificação
inequívoca de EXC1-1 com estrutura (2). As correlações dos hidrogênios H-4 e H-5 com o
carbono carbonílico (C10) a três ligações, dentre outras, descartaram a hipótese estrutural (1).
Figura 21- Espectro de RMN 2D
1
H,
13
C-COSY (CDCl
3,
125 x 500MHz) (HMBC) de EXC1-1.
O
O
OOH
CH
3
H
H
H
H
H
H
10
9
4
5
a
b
c
d
e
f
g
h
i
j
m
O
O
OO
CH
3
H
H
H
H
H
HH
o
p
q
n
r
O
O
OO
CH
2
H
H
H
H
H
HH
H
s
t
u
v
x
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 68
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
O
OH OH
CH
3
1
2
3
45
6
7
8
9
10
4a
9a
8a
10a
Tabela 15 Deslocamentos químicos de RMN
13
C e seus respectivos hidrogênios mostrados
pelo espectro HMQC, bem como as correlações a longa distância (HMBC) de
EXC1-1.
HMQC
HMBC
Carbono
d
C
d
H
2
J
CH
3
J
CH
1 162,9 - 12,02 -
2 124,5 7,11 (1H, m) - 7,66; 2,47
3 149,5 -
2,47 -
4 121,5 7,66 (1H, m) - 7,11; 2,47
4
a
133,5 - - -
5 120,1 7,84 (1H, dd, J = 10 Hz e 1,9 Hz) - 7,31
6 137,1 7,67 (1H, t, J = 10 Hz) - -
7 124,7 7,31 (1H, dd, J = 10 Hz e 1,9 Hz) - 7,84; 12,12
8 162,6 - 12,12 7,67
8
a
116,1 - - 7,84; 12,12
9 192,7 - - -
9
a
113,9 - - 7,66; 7,11; 12,02
10 182,2 - - 7,84; 7,66
10
a
133,8 - - 7,67
Me 22,4 2,47 (3H, s) - 7,11; 7,66
OH 12,02 (1H, s)
OH 12,12 (1H, s)
Com a comparação dos dados de RMN
13
C da literatura com a estrutura (2) (Tabela
16, p. 69) foi possível afirmar que EXC1-1 tratava-se da antraquinona denominada 1,8-Di-
hidroxi-3-metilantraquinona, conhecida como crisofanol (Figura abaixo).
Figura 22 Antraquinona 1,8-Di-hidroxi-3-metilantraquinona (crisofanol)
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 69
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 16 – Dados de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) de EXC1-1 comparados com dados da
literatura [DAGNE e STEGLICH, 1984].
Carbono
d
EXC1-1 d
Literatura
1 162,9 162,4
2 124,5 124,5
3 149,5 149,3
4 121,5 121,4
4a 133,5 133,2
5 120,1 119,9
6 137,1 136,9
7 124,7 124,3
8 162,6 162,7
8a 116,1 115,8
9 192,7 192,5
9a 113,9 113,7
10 182,2 181,9
10a 133,8 133,6
Me 22,4 22,3
Embora, a antraquinona EXC1-1 (2), 1,8-Di-hidroxi-3-metilantraquinona, se
encontre registrada na literatura como crisofanol, é a primeira vez que seu isolamento a partir
de Senna reticulata é relatado, sendo portanto, inédita para espécie.
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 70
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
O
CH
3
HO
HO
Figura 23 – Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EXC1-1
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 71
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 24 - Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EXC1-1
Figura 25-Expansão do espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EXC1-1 (7,0-8,0 ppm)
O
O
OH
OH
CH
3
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 72
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 26 – Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EXC1-1
Figura 27 – Espectro de RMN
13
C-DEPT 135° (125 MHz, CDCl
3
) de EXC1-1
O
O
OH
OH
CH
3
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 73
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 28 – Espectro de massas de EXC1-1
Quadro 01 -Possíveis caminhos de fragmentação para EXC1-1 no espectrômetro de massas
O
O
OHOH
CH
3
m/z 254
m/z 239
O
O
OHOH
m/z 226
O OHOH
CH
3
m/z 211
O OHOH
OHOH
m/z 183
OHOH
CH
3
m/z 198
OHOH
CH
2
m/z 197
m/z 127
m/z 197
OH
OH
OH
m/z 155
m/z 169
OH
CO
CO CO
CO
CO
CO
H
CO
CH
3
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 74
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4.3- Determinação estrutural de EXC1-2
O extrato etanólico das folhas de Senna reticulata levou, após sucessivas
cromatografias em coluna (Fluxograma 03, p. 167), levou ao isolamento de um sólido
amorfo de coloração amarelada, com uma faixa de fusão de 204,3 a 206,2°C, que em teste
preliminar [MATOS, 1998], apresentou resultados indicativos de ser um composto de
natureza antraquinônica. O sólido solúvel em CHCl
3
, foi denominado EXC1-2.
O espectro de absorção na região do infravermelho (IV) de EXC1-2 (Figura 34, p.
81), apresentou uma banda larga centrada em 3433 cm
-1
relacionada à deformação axial de
ligação O–H (n
O-H
), bandas em 2923 e 2847 cm
-1
de deformação axial de ligação C-H, duas
bandas referentes a carbonilas (n
C=O
), uma em 1728 cm
-1
e a outra em 1627 cm
-1
possivelmente quelada, duas outras bandas em 1566 e 1424 cm
-1
de deformação axial da
ligação C=C de sistema aromático (n
C=C
), uma banda em 1368 cm
-1
relacionada à deformação
angular C-H (n
C-H
) possivelmente de um grupamento metila, bandas em 1160, 1103 e 1033
cm
-1
de deformação axial de ligação C-O (n
C-O
) e duas bandas em 758 e 610 cm
-1
de
deformação angular de ligação O-H (n
O-H
).
O espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) (Figura 36 e 37 p. 83) mostrou um sinal
em d
H
2,46 (3H, s) referente a três hidrogênios de um grupo metila, um sinal em d
H
3,95 (3H,
s) referente a três hidrogênios de uma metoxila, mostrou quatro sinais na região de
hidrogênios de sistema aromático sendo um singleto em d
H
7,64 (1H), três dubletos em d
H
7,09 (1H, d, J = 0,5 Hz), 7,38 (1H, d, J = 2,5 Hz) e 6,70 (1H, d, J = 2,5 Hz), referentes a
hidrogênios meta posicionados. Foi possível observar também dois singletos, em d
H
12,12
(1H, s) e 12,32 (1H, s), referentes a hidroxilas queladas por ligação de hidrogênio.
O espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EXC1-2 (Figura 35, p. 82)
mostrou dezesseis linhas espectrais, entre as quais, a absorção em d
C
22,4 referia-se a um
carbono metílico provavelmente ligado a anel aromático; um sinal em d
C
56,3 possivelmente
de carbono metílico oxigenado. Das quatorze linhas espectrais restantes, características de
carbonos sp
2
, duas foram associadas a carbonilas possivelmente conjugadas (d
C
191,0 e
182,3), outras três a carbonos oxigenados (d
C
162,7; 165,4 e 166,8) e as demais
correspondiam-se a carbonos de um sistema aromático.
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 75
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
O
OH
CH
3
CH
3
O
OH
(3)
Os dados espectrais de EXC1-1 e EXC1-2 apresentavam uma certa semelhança. Ao se
comparar os espectros de RMN
1
H de ambos, foi possível observar que enquanto EXC1-1
apresentava um sistema aromático com hidrogênios orto e meta posicionados, EXC1-2
apresentava apenas hidrogênios aromáticos meta posicionados. Através da comparação dos
espectros de RMN
13
C-DEPT 135° de EXC1-1 e EXC1-2, foi possível observar que dos
quatorze carbonos de natureza sp
2
de EXC1-2, quatro eram hidrogenados, enquanto EXC1-1
apresentava apenas cinco carbonos hidrogenados. A diferença observada no espectro de
massas do pico íon molecular de EXC1-2 para EXC1-1 era apenas 30 daltons. (Figura 38, p.
84 e quadro 02, p. 84). Este fato se tornou um forte indicativo que EXC1-2 poderia apresenta
um substituinte a mais que EXC1-1.
A possibilidade de EXC1-2 ser uma antraquinona 1,8-Di-hidroxilada com esqueleto
idêntico a EXC1-1 diferenciando-se apenas pela presença de um grupamento metoxila de tal
forma que apresentasse apenas hidrogênios meta posicionados, nos levou a estrutura 3
(Figura 29, abaixo).
Figura 29 – Possibilidade estrutural de EXC1-2
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 76
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a uma ligação
(HMQC) de EXC2 (Figura 30, p.76) possibilitou atribuir os deslocamentos dos hidrogênios
em d
H
7,09 (H-2), 7,64 (H-4), 7,38 (H-5) e 6,70 (H-7) aos seus respectivos carbonos em d
C
124,7 (C-2), 121,5 (C-4), 108,4 (C-5) e 107,0 (C-7) respectivamente, assim como a absorção
do hidrogênio em d
H
2,46 (H-Me) com o carbono em d
C
22,4 (C-Me) e o do hidrogênio em d
H
3,95 (H-OMe) com o carbono em d
C
56,3 (C-OMe).
Figura 30 – Espectro de RMN 2D
1
H,
13
C-COSY (CDCl
3,
125 x 500MHz) (HMQC) de EXC1-2
O
O
OH OH
CH
2
CH
2
O
H
HH
H
H
H
1
2
3
4
4a
6
8
8a
9
9a
10
10a
5
7
a
b
c
d
e
f
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 77
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
O
OH OH
CH
3
CH
3
O
H
HH
H
1
2
3
4
4a
6
8
8a
9
9a
10
10a
5
7
a
b
c
d
e
f
g
h
O
O
OH OH
CH
3
CH
3
O
H
HH
H
1
2
3
4
4a
6
8
8a
9
9a
10
10a
5
7
i
j
l
m
n
o
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear a mais de uma ligação
1
H,
13
C-COSY (HMBC) (Figuras 31 e 32, p. 77 e 78) possibilitou a identificação inequívoca
de EXC1-2 com estrutura (3). Dentre as correlações
reveladas (Tabela 17, p. 79), as que confirmaram as
posições dos substituintes no esqueleto 1,8-
dihidroxiantraquinônico, mostraram que os hidrogênios
H-5, H-7 e os da metoxila correlacionava-se com o
carbono C-6; os hidrogênios H-2 e H-4 correlacionavam-se com o carbono metílico enquanto
os hidrogênios H-5 e H-4 correlacionavam-se com o carbono carbonílico C-10.
Figura 31– Sub-Espectros
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC1-2 (d
C
110-125 e d 160-180)
O
O
OHOH
CH
3
CH
3
O
1
2
3
4
5
6
7
8 9
10
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 78
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 32 – Sub-Espectros
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC1-2 (diversas expansões)
O
O
OH OH
CH
3
CH
3
O
H
HH
H
1
2
3
4
4a
6
8
8a
9
9a
10
10a
p
q
O
O
OH OH
CH
2
CH
2
O
H
HH
H
H
H
1
2
3
4
4a
6
8
8a
9
9a
10
10a
5
7
u
r
s
t
v
x
z
y
w
&
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 79
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
O
OH OH
CH
3
CH
3
O
1
2
3
45
6
7
8
9
10
4a
9a
8a
10a
Fisciona
Tabela 17–Deslocamento químico de RMN
13
C e seus respectivos hidrogênios mostrados
pelo espectro de HMQC, bem como as correlações à longa distância (HMBC) de
EXC1-2.
HMBC
Carbonos
d
C
d
H
2
J
CH
3
J
CH
1 162,7 - 7,09 e 12,12 -
2 124,7 7,09 (d, J = 0,5 Hz) - 12,12; 2,46 e 7,64
3 148,7 - 2,46 -
4 121,5 7,64 (sl) - 7,09 e 2,46
4
a
133,4 - - -
5 108,4 7,38 (d, J = 2,5 Hz) - 6,70
6 166,8 - 7,38; 7,70 3,95
7 107,0 6,70 (d, J = 2,5 Hz) - 12,32 e 7,38
8 165,4 - 6,70 e 12,32 -
8a 110,5 - - 12,32; 6,70 e 7,38
9 191,0 - - -
9a 113,9 - 12,12 7,09 e 7,64
10 182,3 - - 7,38 e 7,64
10a 135,5 - 7,38 -
Me
22,4 2,46 (s) - 7,09 e 7,64
MeO 56,3 3,95 (s) - -
OH 12,12 (1H,s)
OH 12,32 (1H,s)
Com a comparação dos dados de RMN
13
C da literatura [MESELHY, 2003] com a
estrutura (3) (Tabela 18, p. 80), foi possível afirmar que EXC1-2 tratava-se da antraquinona
1,8-Di-hidroxi-3-metil-6-metoxiantraquinona, conhecida como fisciona (Figura abaixo).
Figura 33–Antraquinona 1,8-Di-hidroxi-3-metil-6-metoxiantraquinona (Fisciona)
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 80
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 18 Comparação do deslocamento químico de carbono 13 (d
C
) (125 MHz, CDCl
3
)
de EXC1-2 com dados da literatura [MESELHY, 2003].
Carbono
d
EXC1-2 d
Literatura
1 162,7 162,5
2 124,7 124,5
3 148,7 148,5
4 121,5 121,3
4a 133,4 133,3
5 108,4 108,2
6 166,8 166,6
7 107,0 106,8
8 165,4 165,2
8a 110,5 112,7
9 191,0 190,8
9a 113,9 113,7
10 182,3 182,0
10a 135,5 135,3
Me 22,4 22,2
OMe 56,3 56,1
Embora, a antraquinona EXC1-2 (3), 1,8-Di-hidroxi-3-metil-6-metoxiantraquinona
(Fisciona) se encontre registrada na literatura, é a primeira vez que seu isolamento a partir
de Senna reticulata é relatado, sendo portanto, inédita para espécie.
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 81
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
O
CH
3
OCH
3
HO
HO
Figura 34 – Espectro de absorção na região do infravermelho (IV) de EXC1-2
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 82
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
O
OH OH
CH
3
CH
3
O
1
2
3
45
6
7
8
9
10
4a
9a
8a
10a
Fisciona
Figura 35 – Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EXC1-2
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 83
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
O
OH OH
CH
3
CH
3
O
1
2
3
45
6
7
8
9
10
4a
9a
8a
10a
Fisciona
Figura 36 – Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EXC1-2
Figura 37 – Sub-espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) faixa de 6,4 -7,8 ppm de EXC1-2
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 84
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 38 – Espectro de massas de EXC1-2
Quadro 02 -Possíveis caminhos de fragmentação para EXC1-2 no espectrômetro de massa
O
O
OHOH
CH
3
CH
3
O
m/z 284
m/z 269
O
O
OHOH
CH
3
O
m/z 256
O OHOH
CH
3
CH
3
O
m/z 241
O OHOH
CH
3
O
OHOH
CH
3
O
m/z 213
OHOH
CH
2
O
CH
3
O
m/z 255
m/z 255
OH
OH O
CH
3
O
OH
CH
3
O
m/z 185
CO
CO
CO
CO
CO
H
CO
CH
3
O
O
OHOH
CH
3
m/z 254
CH
2
O
m/z 226
O OHOH
CH
3
OHOH
CH
3
m/z 198
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 85
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4.4-Determinação estrutural de EXC2-3
O tratamento cromatográfico de subfrações do extrato etanólico do caule de Senna
reticulata Willd. possibilitou o isolamento de um sólido amorfo de cor laranja, com faixa de
fusão de 220,3–224,0 °C, denominado EXC2-3 (Fluxograma 04, p. 174).
O espectro de absorção na região do infravermelho (IV) de EXC2-3 (Figura 42, p.
90), apresentou uma banda centrada em 3414 cm
-1
relacionada à deformação axial da ligação
O–H (n
O-H
), em 3079 e 2927 cm
-1
bandas de deformação axial de ligação C-H, duas bandas
referentes a carbonilas, em 1674 cm
-1
(n
C=O
) e 1627 cm
-1
(n
C=O
), duas outras bandas em 1573
e 1459 cm
-1
de deformação axial da ligação C=C de sistema aromático (n
C=C
), uma banda em
1087 cm
-1
de deformação axial de ligação C-O (n
C-O
) e duas bandas em 754 e 695 cm
-1
de
deformação angular de ligação O-H (n
O-H
).
Com relação ao espectro de RMN
1
H (500 MHz, DMSO-d
6
) de EXC2-3 (Figura 43,
p. 91), foi possível observar a presença de um singleto em d
H
4,62 (2H, s), possivelmente de
hidrogênio ligados a carbono oxigenado e cinco sinais na região de hidrogênios aromáticos
em d
H
7,28 (1H, s), 7,36 (1H, d, J = 7,8 Hz), 7,68 (1H, s), 7,70 (1H, t, J = 7,8 Hz) e 7,78 (1H,
d, J = 7,8 Hz).
Os espectros de RMN
13
C-BB e DEPT 135° (125 MHz, DMSO-d
6
) de EXC2-3
(Figuras 44 e 45, p. 92) apresentaram uma grande similaridade com os dados espectrais de
EXC1-1. Das quinze linhas espectrais observadas, a grande discrepância encontrada foi em
relação ao deslocamento químico de um carbono metilênico possivelmente oxigenado, em d
C
62,1 que em EXC1-1 apresentava-se em d
C
22,4 referindo-se a um carbono metílico (Tabela
19, p. 86).
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 86
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 19 Comparação dos deslocamentos químicos de carbono 13 (d
C
) de EXC1-1 com
EXC2-3
Carbonos
EXC1-1 (d
C
)
EXC2-3 (d
C
)
1 162,9 161,6
2 124,5 120,9
3 149,5 153,5
4 121,5 116,9
4
a
133,5 133,2
5 120,1 119,1
6 137,1 137,2
7 124,7 124,6
8 162,6 161,9
8a 116,1 116,0
9 192,7 191,3
9a 113,9 114,5
10 182,2 181,6
10a 133,8 133,4
Substituintes
22,4 62,1
O espectro de massas de EXC2-3 (Figura 46, p. 93) apresentou o pico do íon
molecular m/z 270 daltons que em comparação com o pico íon molecular de EXC1-1 (254
daltons) foi possível afirmar que o substituinte de EXC2-3 está ligado a uma hidroxila
(CH
2
OH) e com a análise dos acoplamentos dos hidrogênios foi possível chegar a uma
proposta estrutural (Estrutura 5).
Figura 39 – Possibilidade estrutural de EXC2-3
( 5 )
O
O
OH OH
CH
2
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 87
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a uma ligação
(HMQC) de EXC2-3 (Figura 40, abaixo) possibilitou atribuir os deslocamentos químicos dos
hidrogênios em d
H
4,62 (HO-CH
2
); 7,36 (H-7); 7,78 (H-6); 7,70 (H-5); 7,68 (H-4) e 7,69 (H-
2). aos seus respectivos carbonos em d
C
62,1(Me-OH);124,6 (C-7); 137,2 (C-6); 119,1 (C-5);
116,9 (C-4) e 120,9 (C-2).
Figura 40 Espectro de RMN 2D
1
H,
13
C-COSY (DMSO-d
6,
125 x 500 MHz) (HMQC) de
EXC2-3
.
O
O
OH OH
CH
2
OH
H
HH
H
H
1
2
3
4
4a
6
8
8a
9
9a
10
10a
5
7
a
b
c
d
e
f
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 88
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Com a obtenção do espectro de HMBC (Figura 41, abaixo) (Tabela 20, p. 89) foi
possível afirmar que EXC2-3 tratava-se de uma antraquinona semelhante a EXC1-1,
diferenciando apenas no substituinte do carbono C-3, que em EXC2-3 caracterizou-se pela
presença de um carbono metilênico hidroxilado.
Das correlações reveladas, foi possível observar que os hidrogênios do carbono
metilênico correlacionavam-se com os carbonos C-2, C-3 e C-4 confirmando que o mesmo se
encontrava meta posicionado em relação à hidroxila do carbono C-1.
Figura 41– Espectro de RMN 2D
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC2-3
a
b
f
5
7
l
m
1
2
3
4
4a
6
8
8a
9
9a
10
10a
O
O
OH OH
CH
2
OH
H
H
HH
H
e
c
d
h
i
j
O
O
OH OH
CH
2
OH
H
H
HH
H
g
n
o
5
7
1
2
3
4
4a
6
8
8a
9
9a
10
10a
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 89
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 20–Deslocamento químico de RMN
13
C e seus respectivos hidrogênios mostrados
pelo espectro de HMQC, bem como as correlações à longa distância (HMBC) de
EXC2-3.
HMBC
Carbono
d
C
d
H
2
J
CH
3
J
CH
1 161,6 - - -
2 120,9 7,28 (1H, s) - 4,62; 7,68
3 153,5 -
4,62 -
4 116,9 7,68 (1H, s) 4,62; 7,28
4a 133,2 - - -
5 119,1 7,70 (1H, d, J = 7,8 Hz) - 7,36
6 137,2 7,78 (1H, t, J = 7,8 Hz) - -
7 124,6 7,36 (1H, d, J = 7,8 Hz) - 7,70
8 161,9 - - 7,78
8a 116,0 - - 7,36; 7,70
9 191,3 - - -
9a 114,5 - - 7,69; 7,68
10 181,6 - - 7,68
10a 133,4 - - 7,78
CH
2
OH 62,1 4,62 (2H, s) - -
Com base nos dados obtidos, foi possível chegar a conclusão de que EXC2-3, tratava-
se de uma antraquinona conhecida como aloe-emodina, que embora, a antraquinona se
encontre registrada na literatura, é a primeira vez que seu isolamento a partir de Senna
reticulata é relatado, sendo portanto, inédita para espécie.
Aloe-emodina
O
O
OH OH
CH
2
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 90
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 42
Espectro de absorção na região do infravermelho (IV) de EXC2
-
3
OH O
O
OH
CH
2
OH
1
2
3
45
6
7
8
9
10
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 91
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 43–Espectro de RMN
1
H (500 MHz, DMSO-d
6
) de EXC2-3 e expansão d (7,0 -8,0)
OH O
O
OH
CH
2
OH
1
2
3
45
6
7
8
9
10
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 92
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 44 –Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, DMSO-d
6
) de EXC2-3
Figura 45 – Espectro de RMN
13
C – DEPT 135º de EXC2-3.
OH O
O
OH
CH
2
OH
1
2
3
45
6
7
8
9
10
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 93
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 46 – Espectro de massas de EXC2-3
Quadro 03 -Possíveis caminhos de fragmentação para EXC2-3 no espectrômetro de massa.
O
O
OHOH
CH
2
OH
m/z 270
m/z 252
O
O
OHOH
m/z 224
O OHOH
OHOH
m/z 196
CO
CO
H
CO
H
2
O
OH
m/z 168
CO
m/z 242
OOH OH
CH
2
OH
OH
O
OH
CHOH
m/z 241
m/z 241
OH O
OH
CO
m/z 213
OH
OH
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 94
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4.5-Determinação estrutural de EXC2-4
Do caule de Senna reticulata Willd. foi possível o isolamento, a partir de sucessivas
colunas de gel de sílica do extrato etanólico, de um sólido amorfo alaranjado com faixa de
fusão de 263,1 a 265,0 °C denominado EXC2-4 (Fluxograma 04, p. 174).
O espectro de absorção na região do infravermelho (IV) de EXC2-4 (Figura 51, p.
100), apresentou uma banda centrada em 3439 cm
-1
relacionada à deformação axial da ligação
O–H (n
O-H
), bandas de deformação axial de ligação C-H em 2932 e 2860 cm
-1
, duas bandas
referentes a carbonilas, em 1657 cm
-1
(n
C=O
) e 1634 cm
-1
(n
C=O
), duas outras bandas em 1568
e 1481cm
-1
de deformação axial da ligação C=C de sistema aromático (n
C=C
), uma banda em
1391cm
-1
relacionada à deformação angular C-H (n
C-H
) possivelmente de um grupamento
metila, banda em 1287 de deformação axial de ligação C-O (n
C-O
) e uma banda em 766 cm
-1
de deformação angular de ligação O-H (n
O-H
).
O espectro de RMN
1
H (500 MHz, DMSO-d
6
) (Figura 53, p. 102) mostrou um sinal
em d
H
2,42 (3H, s) referente aos hidrogênios de um carbono metílico, mostrou quatro sinais
na região de hidrogênios de sistema aromático [d
H
6,60 (1H, d, J = 2,3 Hz); 7,13 (1H, d, J =
2,3 Hz); 7,18 (1H, d, J = 0,5 Hz) e 7,51 (1H, d, J = 0,5 Hz)] além de sinais simples em campo
baixo [d
H
11,37, 12,02 e 12,09]. O espectro de RMN
13
C-BB (125MHz, DMSO-d
6
) de EXC2-4
(Figura 52, p. 101) mostrou quinze linhas espectrais, das quais, a absorção em d
C
22,4 referia-se
a um carbono metílico provavelmente ligado a anel aromático, as demais absorções,
características de carbonos sp
2
, associavam-se a carbonilas em d
C
189,7 e 181,4
possivelmente conjugadas, a três carbonos oxigenados em d
C
165,5; 164,4 e 161,4 e as demais
correspondiam-se a carbonos de um sistema aromático.
Os dados espectrais de EXC1-2 e EXC2-4 apresentavam uma certa semelhança. Ao
serem comparados, os espectros de RMN
1
H de EXC1-2 e EXC2-4, foi possível observar que
ambos possuíam em seus sistemas aromático hidrogênios meta posicionados. Na comparação
dos espectros de RMN
13
C (Tabela 21, p. 95) de EXC1-2 e EXC2-4, foi possível observar a
ausência de um sinal de carbono oxigenado em d
C
56,3 para EXC2-4. O espectro de massas de
EXC2-4 revelou pico íon molecular de 270 daltons (Figura 54 e Quadro 04, p. 103), que em
comparação com o pico do íon molecular de EXC1-2 (284 daltons) foi possível verificar que
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 95
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
O
OH
CH
3
HO
OH
(6)
EXC2-4 poderia ter a mesma estrutura de EXC1-2 diferenciando apenas no grupo metoxila
que em EXC2-4 poderia ser uma hidroxila.
Tabela 21 – Comparação do deslocamento químico de carbono 13 (d
C
) (125 MHz, CDCl
3
) de
EXC1-2 com EXC2-4 (125 MHz, DMSO-d
6
)
Carbonos
EXC1-2 (d
C
) EXC2-4 (d
C
)
1 162,7 161,41
2 124,7 124,12
3 148,7 148,26
4 121,5 120,49
4
a
133,4 132,84
5 108,4 108,75
6 166,8 165,54
7 107,0 107,93
8 165,4 164,43
8a 110,5 108,98
9 191,0 189,73
9a 113,9 113,39
10 182,3 181,41
10a 135,5 135,13
Me
22,4 21,49
OMe
56,3 -
De acordo com os dados espectrais de RMN unidimensional e EM, sugeriu-se a
possibilidade estrutural (Figura 47, p. 96) para e EXC2-4.
Figura 47 – Possibilidade estrutural de EXC2-4
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 96
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a uma ligação
(HMQC) de EXC2-4 (Figura 48, p. 96) possibilitou atribuir os deslocamentos químicos dos
hidrogênios em d
H
2,42 (H-Me); 6,60 (H-7); 7,13 (H-5); 7,51 (H-4) e 7,18 (H-2) aos seus
respectivos carbonos em d
C
21,4 (C-Me); 107,9 (C-7); 108,7 (C-5); 120,4 (C-4) e 124,1 (C-2).
Figura 48 – Espectro de RMN 2D
1
H,
13
C-COSY (HMQC) de EXC2-4
A confirmação que EXC2-4 tratava-se de uma antraquinona trioxigenada nos carbonos
C-1, C-6 e C-8 provenientes de grupos hidroxilas, veio através da obtenção do espectro de
RMN
1
H,
13
C-COSY (HMBC) que dentre as correlações reveladas mostrou que os hidrogênios
H-5 e H-7 correlacionavam-se com o carbono C-6, com correlacionava-se com o mesmo; o
O
O
OH OH
CH
2
HO
H
HH
H
H
1
2
3
4
4a
6
8
8a
9
9a
10
10a
5
7
a
b
c
d
e
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 97
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
hidrogênio H-5 correlacionava-se com o carbono C-10 e o hidrogênio H-7 correlacionava-se
com os carbonos C-8 e C-8
a
(Figuras 49, abaixo) (Tabela 22, p. 98).
Figura 49–Espectro de RMN 2D
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC2-4 e expansão (d100-125)
d
g
o
O
O
OH OH
CH
3
HO
H
HH
H
1
2
3
4
4a
6
8
8a
9
9a
10
10a
e
q
s
t
a'
r
c
y
n
z
a
b
f
h
5
7
i
j
l
m
O
O
OH OH
CH
3
HO
H
HH
H
1
2
3
4
4a
6
8
8a
9
9a
10
10a
x
u
v
w
p
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 98
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
O
OH OH
CH
3
HO
1
2
3
45
6
7
8
9
10
4a
9a
8a
10a
Tabela 22–Deslocamentos químicos de RMN
13
C e seus respectivos hidrogênios mostrados
pelo espectro HMQC, bem como as correlações à longa distância (HMBC) de
EXC2-4.
HMBC
Carbonos
d
C
d
H
2
J
CH
3
J
CH
1 161,41 - 7,18 e 12,02 -
2 124,12 7,18 (d, J = 0,5Hz) - 12,02; 2,42 e 7,51
3 148,26 - 2,46 -
4 120,49 7,51 (d, J = 0,5Hz) - 7,18 e 2,42
4
a
132,84 - - -
5 108,75 7,13 (d, J = 2,3Hz) - 11,37
6 165,54 - 6,60; 7,13 e 11,37
-
7 107,93 6,60 (d, J = 2,3Hz) - 7,13 e 12,09
8 164,43 - 6,60 e 12,09 -
8a 108,98 - - 12,09; 6,60 e 7,13
9 189,73 - - -
9a 113,39 - - 7,18; 7,51 e 12,02
10 181,41 - - 7,13 e 7,51
10a 135,13 - - -
Me
21,49 2,42 (s) - 7,18 e 7,51
Com a comparação dos dados de RMN
13
C da literatura [MESELHY, 2003] com a
estrutura (4) (Tabela 23, p. 99), foi possível afirmar que EXC2-4 tratava-se da antraquinona
1,6,8-trihidroxi-3-metilantraquinona, conhecida como emodina. (Figura abaixo).
Figura 50–Antraquinona 1,6,8-Tri-hidroxi-3-metilantraquinona (Emodina)
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 99
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 23Comparação dos deslocamentos químicos de carbono 13 (d
C
) (125 MHz, DMSO-
d
6
) de EXC2-4 com dados da literatura [MESELHY, 2003].
Carbono
d
EXC2-4 d
Literatura
1 162,7 162,5
2 124,7 124,5
3 148,7 148,5
4 121,5 121,3
4a 133,4 133,3
5 108,4 108,2
6 166,8 166,6
7 107,0 106,8
8 165,4 165,2
8a 108,9 110,7
9 191,0 190,8
9a 113,3 113,7
10 182,3 182,0
10a 135,5 135,3
Me 22,4 22,2
OMe 56,3 56,1
Embora, a antraquinona se encontre registrada na literatura, é a primeira vez que seu
isolamento a partir de Senna reticulata é relatado, sendo portanto, inédita para espécie.
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 100
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
1287
3439
2932
1634
1657
1391
1568
1481
766
0
20
40
60
80
100
39978511711557194223282714310034853871
%T
Figura 51 – Espectro de absorção na região do infravermelho (IV) de EXC2-4
OH O
O
OH
CH
3
HO
1
2
3
45
6
7
8
9
10
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 101
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 52–Espectro de RMN
13
C (125 MHz, DMSO-d
6
) de EXC2-4 e expansão d (100-190)
OH O
O
OH
CH
3
HO
1
2
3
45
6
7
8
9
10
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 102
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 53 – Espectro de RMN
1
H (500 MHz, DMSO-d
6
) de EXC2-4 e expansão d
H
(6,6-7,6)
OH O
O
OH
CH
3
HO
1
2
3
45
6
7
8
9
10
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 103
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 54 – Espectro de massas de EXC2-4
Quadro 04 -Possíveis caminhos de fragmentação para EXC2-4 no espectrômetro de massa.
O
O
OHOH
CH
3
HO
m/z 270
m/z 253
O
O
OHOH
CH
3
m/z 242
O OHOH
CH
3
HO
m/z 225
O OHOH
CH
3
OHOH
CH
3
m/z 197
OHOH
CH
2
HO
m/z 213
m/z 213
OH
OH
HO
CO
CO
CO
CO
OH
OHOH
CH
3
HO
m/z 214
OH
HO
m/z 185
H
CO
H
2
O
OH
m/z 167
m/z 149
H
2
O
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 104
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4.6- Identificação estrutural de EXC2-5
Após tratamento cromatográfico do extrato etanólico do caule de Senna reticulata, foi
possível, dentre outras, a obtenção da fração FC-22 (Fluxograma 04, p. 174) denominada
EXC2-5. Este material apresentou-se como um sólido de cor branca, amorfo, solúvel em
clorofórmio e com faixa de fusão 130,9-134,1
o
C.
O espectro de RMN
1
H (300 MHz) de EXC2-5, (Figura 56, p. 106) exibiu multipletos
em d
H
4,98-5,20 (m) característico de hidrogênios olefínicos, assim como multipleto em d
H
3,48-3,58 (m) característicos de hidrogênios ligados a carbono sp
3
oxigenado (carbono
carbinólico), e na região de d
H
0,71-3,00 vários sinais típicos de hidrogênios ligados a
carbonos saturados.
O espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz), (Figura 57, p. 107) apresentou 42 linhas
espectrais sendo que alguns sinais sugerem representar mais de um átomo de carbono. Na
comparação com os dados de RMN
13
C-DEPT 135° (Figura 58, p. 108) com os dados de
13
C,
verificou-se que a absorção em d
C
140,7 correspondia a carbono não hidrogenado enquanto
em d
C
121,9; 129,5 e 138,5 associavam-se a carbonos metínicos e em d
C
72,0 uma absorção
correspondente a carbono metínico oxigenado.
O valor dos deslocamentos químicos e a funcionalização assim observados, aliados ao
grande número de sinais característicos de grupos CH e CH
2
sugeriram que EXC2-5 era uma
mistura de dois compostos de natureza esteroidal. As comparações através de CCD com um
padrão e dos dados obtidos para EXC2-5 com os da literatura [CHANG, 2000] (Tabela 24,
p. 105) para o
b
-sitosterol e o estigmasterol (Figura, abaixo), esteróides cuja ocorrência é
comum em plantas, evidenciaram que EXC2-5 tratava-se de uma mistura desses dois
compostos.
Figura 55- Esteróides b-sitosterol e estigmasterol
HO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
-sitosterol
b
HO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
Estigmasterol
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 105
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 24–Dados de RMN
13
C (CDCl
3
) de EXC2-5 comparados com dados da literatura
[CHANG, 2000] para as substâncias
b
-sitosterol e estigmasterol.
Carbono
C(n)
EXC2-5 (d
C
)
(b-sitosterol)
Literatura (d
C
)
(b-sitosterol)
EXC2-5 (d
C
)
(Estigmasterol)
Literatura (d
C
)
(Estigmasterol)
1 37,5 37,2 37,5 37,4
2 29,1 31,6 29,1 31,7
3 72,0 71,8 72,0 73,1
4 42,5 42,3 37,5 38,3
5 141,0 140,7 141,0 139,8
6 121,9 121,7 121,9 122,8
7 31,9 31,9 31,9 32,0
8 32,1 31,9 32,1 32,0
9 50,4 50,1 50,4 50,3
10 36,7 36,5 36,7 36,7
11 21,4 21,1 21,4 21,1
12 40,0 39,8 40,0 39,8
13 42,4 42,3 42,5 42,3
14 56,2 56,7 56,3 56,9
15 24,5 24,3 24,6 24,5
16 28,4 28,2 28,4 28,9
17 57,0 56,0 57,1 56,1
18 12,0 11,8 12,2 12,1
19 19,3 19,4 19,3 19,3
20 36,3 36,1 40,7 40,6
21 19,2 19,0 20,0 21,1
22 34,2 33,9 138,5 138,5
23 26,3 26,1 129,5 129,5
24 46,1 45,8 51,4 51,4
25 29,4 29,1 32,1 32,0
26 19,0 18,7 19,0 19,0
27 19,6 19,8 20,0 21,1
28 21,3 22,0 25,6 25,5
29 12,3 11,9 12,4 12,2
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 106
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 56 – Espectro de RMN
1
H (300MHz, CDCl
3
) de EXC2-5
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 107
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 57 – Espectro de RMN
13
C (75MHz, CDCl
3
) de EXC2-5
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 108
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 58 – Espectro de RMN DEPT 135
o
EXC2-5
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 109
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4.7-Identificação estrutural de EXC2-6
A fração EXC2-6, isolada do extrato etanólico das cascas de Senna reticulata
apresentou-se como sólido branco amorfo, solúvel em clorofórmio com faixa de fusão 139-
143°C, que em teste de Lieberman – Buchard conforme técnica usual [MATOS, 1988]
revelou presença de triterpeno (Fluxograma 04, p. 174).
O espectro de RMN
13
C BB (125MHz, CDCl
3
) (Figura 60, p. 111) de EXC2-6 em
comparação com o espectro de RMN
13
C-DEPT135° (Figura 61, p. 112), revelou absorções
em d
C
145,2 (C), 139,5(C); 124,4 (CH) e 121,7 (CH), característicos de carbonos sp
2
olefínico. Estes dados juntamente com o sinal de carbono metínico oxigenado em d
C
79,0
conforme a literatura [MENDES, 1999] podem ser considerados característicos de carbonos
de triterpenos pentacíclicos com esqueleto olean-12-eno e urs-12-eno respectivamente. A
literatura [SOUZA, 1981] relata que misturas de triterpenos destas classes são comuns e
muitas vezes tidas como substâncias puras, sua separação não é viável e o método de análise
mais adequado para a mistura é a espectroscopia de RMN
13
C.
Desta forma as absorções de EXC2-6 em comparação com os sinais de RMN
13
C de
a
e
b
-amirina da literatura [MENEZES, 1998] (Tabela 25, p. 110) possibilitou a identificação
de EXC2-6, como uma mistura dos dois triterpenos pentacíclicos (Figura 59, p. 109). Estas
duas substâncias estão sendo relatadas pela primeira vez em S. reticulata.
HO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19 21
22
23 24
25 26
27
28
2
9
3
0
20
HO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23 24
25 26
27
28
29
3
0
a-amirina
b
-amirina
Figura 59- Triterpenos
a
-amirina e
b
-amirina
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 110
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 25–Dados de RMN
13
C (CDCl
3
) de EXC2-6 comparados com dados da literatura
[MENEZES, 1998] para as substâncias
a
-amirina e
b
-amirina.
Carbono
C(n)
EXC2-6 (d
C
)
(
a
-amirina)
Literatura (d
C
)
(
a
-amirina)
EXC2-6 (d
C
)
(
b
-amirina)
Literatura (d
C
)
(
b
-amirina)
1 38,7 38,7 38,6 38,7
2 22,9 22,2 27,2 27,3
3 77,4 78,3 79,2 79,0
4 39,6 38,7 39,8 38,8
5 55,1 55,2 55,1 55,3
6 18,3 18,3 18,3 18,5
7 32,9 32,9 32,6 32,8
8 40,0 40,0 37,1 38,8
9 47,7 47,7 47,6 47,7
10 36,9 36,9 36,90 37,6
11 23,7 23,3 23,9 23,6
12 124,4 124,3 121,7 121,8
13 139,5 139,3 145,2 145,1
14 42,0 42,0 41,7 41,8
15 29,7 28,7 26,9 27,0
16 26,6 26,6 26,1 26,2
17 33,7 33,7 32,3 32,5
18 59,0 58,9 47,6 47,4
19 39,6 39,6 47,2 46,9
20 39,8 39,6 31,2 31,1
21 31,0 31,2 33,3 33,9
22 41,5 41,5 38,8 37,2
23 28,1 28,1 28,4 28,2
24 15,5 15,6 15,6 15,5
25 15,6 15,6 15,7 15,6
26 16,8 16,8 16,8 16,9
27 23,3 23,3 25,9 26,0
28 28,1 28,1 28,4 28,4
29 17,1 17,4 33,40 33,1
30 21,4 21,3 23,7 23,6
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 111
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 60 – Espectro de RMN
13
C (125MHz, CDCl
3
) de EXC2-6
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 112
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 61 – Espectro de RMN DEPT 135
o
EXC2-6
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 113
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4..8-Determinação estrutural de EXC3-7
O tratamento cromatográfico do extrato etanólico do caule de Senna reticulata Willd.
forneceu, dentre outras, uma fração na qual após ser submetida à cromatografia em camada
delgada utilizando placas preparativas foi possível o isolamento de um sólido amarelado
escuro com faixa de fusão 283-285°C denominado EXC3-7 (Fluxograma 05, p. 179).
O espectro de RMN
1
H (500 MHz, DMSO-d
6
) (Figura 67, p. 118) mostrou cinco
sinais na região de hidrogênios de sistema aromático em d
H
7,39 (1H, d, J = 8,8 Hz); 7,71
(1H, d, J = 8,8 Hz); 7,73 (1H, sl); 7,81 (1H, t, J = 8,8 Hz) e 8,10 (1H, sl).
O espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, DMSO-d
6
) de EXC3-7 (Figura 66, p. 118)
mostrou quatorze linhas espectrais todas características de carbonos sp
2
, das quais, as
absorções em d
C
180,9 e 191,3 associavam-se a carbonilas possivelmente conjugadas, em d
C
161,1; 161,4 e 165,4 a três carbonos oxigenados e as demais correspondiam a carbonos de um
sistema aromático que em comparação com o espectro de RMN
13
C-DEPT 135
o
(Figura 66,
p. 118), foi possível verificar que cinco eram metínicos e os demais não hidrogenados.
Na comparação de EXC3-7 com as demais antraquinonas identificadas em S.
reticulata foi possível sugerir, de acordo com o padrão de acoplamento mostrado no espectro
de RMN
1
H, que EXC3-7 poderia possuir um esqueleto idêntico ao 1,8-Di-
hidroxiantraquinona com apenas um substituinte meta posicionado em relação uma das
hidroxilas (Proposta estrutural, Figura 62, p. 113).
Figura 62 – Proposta estrutural de EXC3-7
OH O OH
OH
O
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 114
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C-COSY a uma
ligação (HMQC) (Figura 63, p. 114, Tabela 26, p. 116) de EXC3-7 permitiu correlacionar as
absorções dos hidrogênios em d
H
8,10 (H-4); 7,71 (H-5); 7,73 (H-2); 7,39 (H-7); 7,81(H-6)
com seus respectivos carbonos em d
C
118,8 (C-4); 119,4 (C-5); 124,1 (C-2); 125,2 (C-7) e
138,2 (C-6).
Figura 63 Espectro de RMN 2D
1
H,
13
C-COSY (HMQC) de EXC3-7
O
O
OH OH
OH
H
H
HH
H
1
2
3
4
4a
6
8
8a
9
9a
10
10a
5
7
a
b
c
d
e
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 115
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
A disposição dos grupamentos hidroxilas no esqueleto antraquinônico foi marcado
principalmente ao perceber que apenas um dos carbonos carbonílicos correlacionava-se com
hidrogênios (carbono C-10 com os hidrogênios H-4 e H-5) caracterizando o esqueleto 1,8-
dihidroxiantraquinônico. As correlações dos hidrogênios H-2 e H-4, meta posicionados, com
os carbono C-4 e C-2 respectivamente, confirmaram a presença do grupamento hidroxila no
carbono C-3. As correlações a mais de uma ligação obtidas do espectro de RMN
1
H,
13
C-
COSY (HMBC) (Figura 64, p. 115) (Tabela 26, p. 116) confirmaram a proposta estrutural
atribuída para EXC3-7.
Figura 64– Espectro de RMN 2D
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC3-7
O
O
OH OH
OH
H
H
H
H
H
1
2
3
4
4a
5
6
7
8
8a
9
9a
10
10a
g
h
i
l
j
m
n
q
p
O
O
OH OH
OH
H
H
H
H
H
1
2
3
4
4a
5
6
7
8
8a
9
9a
10
10a
a
b
c
e
d
f
o
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 116
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 26–Deslocamentos químicos de RMN
13
C e seus respectivos hidrogênios mostrados
pelo espectro de HMQC, bem como as correlações à longa distância (HMBC) de EXC3-7.
HMQC
HMBC
Carbonos
d
C
d
H
2
J
CH
3
J
CH
1 161,10 - 7,73 -
2 124,13 7,73 (sl) - 8,10
3 165,46 - 8,10 e 7,73 -
4 118,83 8,10 (sl) - 7,73
4
a
133,73 - - -
5 119,42 7,71 (d, J = 8,8 Hz) - 7,39
6 138,23 7,81 (t, J = 8,8 Hz) - -
7 125,23 7,39 (d, J = 8,8 Hz) - 7,71
8 161,42 - 7,39 7,81
8a 116,15 - - 7,39 e 7,71
9 191,30 - - -
9a 118,54 - - 8,10 e 7,73
10 180,98 - - 7,71 e 8,10
10a 133,21 - - 7,71
Embora, a antraquinona 1,3,8-Tri-hidroxiantraquinona (Figura 16, p. 116) se
encontre registrada na literatura, é a primeira vez que seu isolamento a partir de Senna
reticulata é relatado, sendo portanto, inédita para espécie.
Figura 65–1,3,8-Tri-hidroxiantraquinona
O
O
OH OH
OH
1
2
3
4
4a
5
6
7
8
8a
9
9a
10
10a
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 117
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 66 –Espectro de RMN
13
C-BB e DEPT 135
o
(125 MHz, CDCl
3
) de EXC3-7
O
O
OH OH
OH
1
2
3
4
4a
5
6
7
8
8a
9
9a
10
10a
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 118
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 67 – Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EXC3-7 e expansão (7,4 -8,2 ppm)
O
O
OH OH
OH
1
2
3
4
4a
5
6
7
8
8a
9
9a
10
10a
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 119
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4.9-Determinação estrutural de EXC3-8
O tratamento cromatográfico de subfrações do extrato alcoólico das cascas de Senna
reticulata. forneceu, dentre outras, uma fração que após purificação em cromatografia
preparativa (Fluxograma 05, p. 179), resultou em um sólido amarelado, denominado EXC3-
8, em forma de agulhas com faixa de fusão de 288-290 °C.
O espectro de RMN
1
H (500 MHz, DMSO-d
6
) (Figura 124, p. 73) mostrou um sinal
intenso em d
H
3,89 (3H, s), quatro sinais na região de hidrogênios de sistema aromático em d
H
6,85 (1H, d, J = 2,0 Hz); 7,14 (1H, d, J = 2,0 Hz); 7,69 (1H, sl); 8,05 (1H, sl) e um sinal largo
em d
H
11,98.
O espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, DMSO-d
6
) de EXC3-8 (Figura 72, p. 123)
mostrou quinze linhas espectrais, que em comparação com o espectro de RMN
13
C-DEPT
135
o
(Figura 72, p. 123), foi possível dissernir que quatorze eram características de carbonos
sp
2
,
sendo que quatro eram de carbonos metínicos e o restante de carbonos não hidrogenados,
e uma característica de carbono metílico oxigenado em d
C
56,4. Das absorções observadas,
duas em d
C
180,6 e 189,5 associavam-se a carbonilas possivelmente conjugadas, e em d
C
161,1; 164,6; 165,4 e 166,3 associavam-se a carbonos oxigenados.
Os dados espectrais de EXC3-8 incluindo o padrão de acoplamento observado no
espectro de RMN
1
H, quando comparados com os dados espectrais das outras antraquinonas
isoladas de Senna reticulata, apresentavam certas semelhanças. A hipótese que EXC3-8
poderia ser outra antraquinona de esqueleto idêntico ao 1,8-dihidroxiantraquinona
diferenciando na presença e/ou disposição dos substituintes, nos levou a proposta estrutural 7
(Figura 68, p. 119).
Figura 68 – Possibilidade estrutural de EXC3-8
OH O OH
OCH
3
O
HO
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 120
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C-COSY a uma
ligação (HMQC) (Figura 69, p. 120, Tabela 27, p. 122) de EXC3-8 permitiu correlacionar as
absorções dos hidrogênios em d
H
6,85 (H-2); 7,14 (H-4); 8,05 (H-5); 7,69 (H-7) e 3,90 (H-
Me) com seus respectivos carbonos em d
C
107,6 (C-2); 108,5 (C-4); 118,9 (C-5); 124,3 (C-7)
e 56,4 (C-Me).
Figura 69 – Espectro de RMN 2D
1
H,
13
C-COSY (HMQC) de EXC3-8
O
O
OH OH
O
HO
H
HH
H
CH
2
H
1
2
3
4
4a
6
8
8a
9
9a
10
10a
5
7
b
c
a
d
e
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 121
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Os dados espectrais obtidos do espectro de RMN
1
H,
13
C-COSY (HMBC) (Figura, 70,
p. 120) (Tabela 27, p. 122) confirmaram a proposta estrutural atribuída para EXC3-8. As
correlações dos hidrogênios H-2 e H-4 e os da metoxila com carbono C-3 (d
C
166,38) e dos
hidrogênios H-5 e H-7 com o carbono C-6 (d
C
165,46) foram decisivas na confirmação de
EXC3-8.
Figura 70– Espectro de RMN 2D
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC3-8
O
O
OH OH
OCH
3
HO
H
HH
H
1
2
3
45
6
7
8
9
10
4a
8a
9a
10a
n
o
p
q
r
a
j
l
m
O
O
OH OH
OCH
3
HO
H
H H
H
1
2
3
45
6
7
8
9
10
4a
8a
9a
10a
b
c
d
e
f
g
h
i
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 122
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 27–Deslocamento químico de RMN
13
C e seus respectivos hidrogênios mostrados
pelo espectro de HMQC, bem como as correlações à longa distância (HMBC) de
EXC3-8.
HMQC
HMBC
Carbonos
d
C
d
H
2
J
CH
3
J
CH
1 164,62 - 6,85 -
2 107,68 6,85 (d, J = 2,0 Hz) - 7,14
3 166,38 - 6,85 e 7,14 3,90
4 108,54 7,14 (d, J = 2,0 Hz) - 6,85
4
a
134,69 - - -
5 118,93 8,05 (sl) - 7,69
6 165,46 - 7,69 e 8,05 -
7 124,30 7,69 (sl) - 8,05
8 161,10 - 7,69 -
8a 118,23 - - 7,69 e 8,05
9 189,55 - - -
9a 110,13 - - 6,85 e 7,14
10 180,60 - 7,14 e 8,05
10a 133,48 - - -
OMe 56,48 3,90 (sl) - -
Embora, a antraquinona 1,6,8-Tri-hidroxi-3-metoxiantraquinona (Figura 71, p. 122)
se encontre registrada na literatura, é a primeira vez que seu isolamento a partir de Senna
reticulata é relatado, sendo portanto, inédita para espécie.
Figura 71–Antraquinona 1,6,8-Tri-hidroxi-3-metoxiantraquinona
OH O OH
OCH
3
O
HO
1
2
3
45
6
7
8 9
10
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 123
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 72 –Espectro de RMN
13
C-BB e DEPT 135
o
(125 MHz, DMSO-d
6
) de EXC3-8
OH O OH
OCH
3
O
HO
1
2
3
45
6
7
8 9
10
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 124
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 73–Espectro de RMN
1
H (500 MHz, DMSO-d
6
) de EXC3-8 e expansão d
H
(6,8 -8,2)
OH O OH
OCH
3
O
HO
1
2
3
45
6
7
8 9
10
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 125
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4.10-Determinação estrutural de EXC3-9
Do extrato etanólico das cascas de Senna reticulata, foi possível o isolamento, a partir
de sucessivas colunas de gel de sílica do extrato etanólico, de um sólido amorfo amarelado
com faixa de fusão 276,1- 278,3
o
C denominado EXC3-9 (Fluxograma 05, p. 179)
O espectro de absorção na região do infravermelho (IV) de EXC3-9 (Figura 76, p.
131), revelou a presença de uma larga banda centrada em 3447 cm
-1
relacionada a deformação
axial da ligação O–H (n
O-H
), em 2930 cm
-1
de deformação axial C–H (n
C-H
), revelou também
uma banda em 1659 cm
-1
referente a carbonila
a
-
b
-insaturada (n
C=O
) provavelmente quelada
com hidroxila, e uma banda em 1616 cm
-1
associada ao estiramento C=C; revelou ainda
bandas esqueletais em 1566, 1512 e 1466 cm
-1
provavelmente de sistema aromático (n
C=C
) e
bandas relacionadas ao estiramento C-O de fenóis ou éteres aromáticos (n
C-O
) 1258 e 1180
cm
-1
.
O espectro de RMN
13
C-BB (75 MHz, CD
3
OD) de EXC3-9 (Figura 78, p. 133)
mostrou treze linhas espectrais todas características de carbonos sp
2
. De acordo com o valor
de deslocamento químico o sinal em d
C
177,5 compatível com carbonila conjugada enquanto
os sinais em d
C
165,74; 162,64; 160,69 e 158,46 são característicos de carbonos oxigenados.
A comparação do espectro de RMN
13
C - DEPT 135º (Figura 78, p. 133) com o
espectro RMN
13
C-BB de EXC3-9, mostrou a presença de quatro carbonos metínicos
(4 x CH), sendo que dois desses carbonos com linhas espectrais de grande intensidade em
relação às demais, e nove carbonos não hidrogenado (9 x C).
EXC3-9 revelou em seu espectro de RMN
1
H (300 MHz, CD
3
OD) (Figuras 77, p.
132), dois dubletos centrados em d
H
8,10 (2H, d, J = 8,5 Hz) e 6,92 (2H, d, J = 8,8 Hz) que
podem ser relacionados a um sistema aromático para substituído e dois outros sinais duplos
em d
H
6,40 (1H, d, J = 1,8 Hz) e 6,19 (1H, d, J = 1,8 Hz) que podem ser relacionados a um
sistema aromático meta substituído.
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 126
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O padrão de deslocamento de dois pares de hidrogênios vicinais gerou um sistema de
acoplamento orto de anel aromático para substituído, justificando assim a intensidade de duas
linhas espectrais para dois carbonos metínicos com mesma absorção, totalizando quinze
carbonos para EXC3-9.
De acordo com os dados até o presente discutidos, é possível sugerir para EXC3-9 a
fórmula molecular parcial C
15
H
10
O
5
(Tabela 28, pg 127), que apresenta um índice de
deficiência de hidrogênio (IDH) igual a onze. Considerando a presença, na estrutura de
EXC3-9, de um anel aromático para substituído e de uma carbonila, os seis índices de
deficiência restantes, que estão na região de carbonos sp
2
de anéis aromáticos e distribuídos
em oito carbonos, deverão corresponder a dois sistemas aromáticos. Após a obtenção do pico
do íon molecular m/z 286 daltons de EXC3-9 (Figura 81, p. 136) foi possível a retificação da
fórmula molecular para C
15
H
10
O
6
, o que
sugeriu que um dos sistemas aromáticos restantes
poderia ser heterocíclico.
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 127
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 28 –Deslocamentos químicos de (d) RMN
13
C (75 MHz, CD
3
OD), para EXC3-9 com
padrão de hidrogenação obtido pela comparação dos espectros DEPT 135° com
o RMN
13
C-BB.
C
CH TOTAL
177,5
130,8 (2x)
165,7
116,4 (2x)
162,6
99,4
160,6
94,6
158,4
148,3
137,2
123,9
104,7
1 x (C=O)
5 x (C-O)
3 x (C)
6 x (CH=)
C
9
O
5
C
6
H
6
C
15
H
6
O
5
+
4 x (H)
C
15
H
6
O
5
+
O
C
15
H
10
O
6
Os dados discutidos até o presente momento, sugerem para EXC3-9 a possibilidade
estrutural de fenóis e/ou éteres do tipo flavonoídicos ou xantônicos. No entanto, o número de
carbonos sp
2
pertencentes aos sistemas aromáticos descarta a possibilidade de EXC3-9 ser
uma xantona. Diante deste fato sugeriu-se que EXC3-9 teria como esqueleto básico uma
estrutura flavonoídica com quatro substituintes hidroxilas de acordo com a Figura 74 (p.
128).
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 128
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 74- Proposta da estrutura básica de EXC3-9
O padrão de acoplamento dos hidrogênios (orto e meta) e a equivalência de carbonos
obtidos nos espectros de RMN
1
H e
13
C de EXC3-9 respectivamente, permitiu associar os
substituintes R
1
e R
2
como hidroxilas. Esse fato gerou duas possibilidades estrutural, X1 e X2
(Figura 75, abaixo) para EXC3-9.
Figura 75- Possibilidades estrutural X1 e X2 de EXC3-9
As atribuições dos deslocamentos químicos dos átomos de carbonos e hidrogênios
ligados entre si, foram baseados no espectro de RMN bidimensional de correlação
heteronuclear
1
H,
13
C-COSY à uma ligação (HMQC) (Figura 79, p. 134 e Tabela 29, p. 129)
que permitiu associar claramente as absorções dos hidrogênios em d
H
8,10; 6,92; 6,40 e 6,19
aos respectivos carbonos em d
C
130,8; 116,4; 94,6 e 99,4.
O
O
R
6
R
1
R
2
R
3
R
4
R
5
OH
OH
OH
OH
O
O
OH
OHH
HO
OH
H
X
2
2
3
4
4a
5
6
7
8
8a
1'
2'
3'
4'
5'
6'
O
O
OH
OHHO
H
OH
H
X
1
2
3
4
4a
5
6
7
8
8a
1'
2'
3'
4'
5'
6'
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 129
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
O
O
OH
OHH
HO
OH
H
X
2
2
3
4
4a
5
6
7
8
8a
1'
2'
3'
4'
5'
6'
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear a mais de uma ligação
1
H,
13
C-COSY (HMBC) (Figura 80, p. 135 e Tabela 29, p. 129) possibilitou a identificação
inequívoca de EXC3-9 com estrutura (X2). As
correlações a três ligações dos hidrogênios H-6 e
H-8 com o carbono C-4a, e a duas ligações do
hidrogênio H-8 com carbono C-8a, além de não ser
observado principalmente a correlação do carbono
carbonílico, descartaram a hipótese estrutural (X1).
Tabela 29 Deslocamento químico de RMN
13
C e seus respectivos hidrogênios mostrados
pelo espectro de HMQC, bem como as correlações a longa distância (HMBC) de
EXC3-9.
HMQC
HMBC
Carbono
d
C
d
H
2
J
CH
3
J
CH
2 148,3 - 3,93 e 8,10
3 137,2 - -
4 177,5
- -
4a 104,7 - 6,19 e 6,40
5 162,6 6,19 -
6 99,4 6,19 (d, J = 1,8 Hz) - 6,40
7 165,7 6,19 e 6,40 -
8 94,6 6,40 (d, J = 1,8 Hz) - 6,19
8a 158,4 6,40 -
1’ 123,9 - 6,92
2’ 130,8 8,10 (d, J = 8,5 Hz) - -
3’ 116,4 6,92 (d, J = 8,5 Hz) - 6,92
4’ 160,6 6,92 8,10
5’ 116,4 6,92 (d, J = 8,8 Hz) - 6,92
6’ 130,8 8,10 (d, J = 8,8 Hz) - -
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 130
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Com a comparação dos dados de RMN
13
C da literatura [BIN, L. 2002] com a
estrutura (X2) (Tabela 29, p. 130), foi possível afirmar que EXC3-9 tratava-se do flavonóide
denominado 3,4’,5,7-Tetra-hidroxiflavona conhecida como Campferol
Tabela 30Dados de RMN
13
C (75 MHz, CD
3
OD) de EXC3-9 comparados com dados da
literatura [BIN, L. 2002].
Carbono
C(n)
EXC3-9
d
13C
Literatura
d
13C
2 148,3 147,0
3 137,2 136,4
4 177,5 176,4
4a 104,7 103,9
5 162,6 161,8
6 99,4 99,0
7 165,7 165,1
8 94,6 94,3
8a 158,4 157,6
1’ 123,9 123,0
2’ 130,8 130,3
3’ 116,4 116,2
4’ 160,6 160,2
5’ 116,4 116,2
6’ 130,8 130,3
Embora, o flavonóide EXC3-9 (X2), 3,4’,5,7-Tetra-hidroxiflavona, se encontre
registrada na literatura como Campferol, é a primeira vez que seu isolamento a partir de
Senna reticulata é relatado, sendo portanto, inédita para espécie.
O
O
OH
OH
HO
OH
2
3
4
4a
5
6
7
8
8a
1'
2'
3'
4'
5'
6'
Campferol
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 131
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 76 – Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EXC3-9
O
O
HO
OH
HO
OH
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 132
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 77-Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CD
3
OD) e expansão d (6,0-8,5) de EXC3-9
O
O
OH
OH
HO
OH
2
3
4
4a
5
6
7
8
8a
1'
2'
3'
4'
5'
6'
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 133
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 78 - Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CD
3
OD) e DEPT 135
o
de EXC3-9
O
O
OH
OH
HO
OH
2
3
4
4a
5
6
7
8
8a
1'
2'
3'
4'
5'
6'
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 134
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 79 - Espectro de RMN 2D
1
H,
13
C-COSY (HMQC) de EXC3-9
O
OOH
HO
OH
OH
H
H
H
H
H
H
2
3
4
5
6
7
8
1
'
2
'
a
b
c
c
d
d
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 135
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 80 – Espectro de RMN 2D
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC3-9
O
OOH
HO
OH
OH
H
H
H
H
H
H
2
3
4
5
6
7
8
1
'
2
'
a
c
d
f
j
l
p
q
O
OOH
HO
OH
OH
H
H
H
H
H
H
2
3
4
5
6
7
8
1
'
2
'
b
g
h
i
m
o
f
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 136
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 81 – Espectro de massas de EXC3-9
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 137
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4.11- Identificação estrutural de EXC3-10
EXC3-10 foi isolada do extrato etanólico das cascas de Senna reticulata sob a forma
de em sólido branco amorfo (Fluxograma 05, p. 179), solúvel em piridina com faixa de fusão
296-298 °C.
O espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz), (Figura 84, p. 139) apresentou entre outras
linhas espectrais, seis sinais na faixa de d
C
64,3-80,7 características de carbonos oxigenados
que foram atribuídos a um possível composto glicosilado quando observados no espectro de
RMN
1
H (500 MHz) (Figura 83, p. 138) vários sinais na faixa em d
H
3,96-4,60.
A análise de EXC3-10 em CCD em comparação com amostra padrão da mistura dos
esteróides glicosilados
b
-sitosterol e estigmasterol associados aos dados espectrais de RMN
1
H e
13
C (Figura 85, p. 139), permitiram determinar que EXC3-10 se tratava da mistura das
respectivas substâncias (Figura 82, abaixo).
Figura 82- Estrutura dos esteróides
b
-sitosterol e estigmasterol glicosilados
R = Gli
RO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
-sitosterol
b
( )
22
Estigmasterol
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 138
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 83 – Espectro de RMN
1
H (500MHz, C
5
D
5
N) de EXC3-10
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 139
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 84 – Espectro de RMN
13
C (125MHz, C
5
D
5
N) de EXC3-10
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 140
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 85 – Espectro de RMN DEPT 135
o
EXC3-10
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 141
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4.12- Identificação estrutural de EXC3-11
A substância EXC3-11 caracterizou-se como um sólido amorfo de cor amarela,
solúvel em clorofórmio, com faixa de fusão de 207,8-210,3 °C e [a]
D
20
= -33
o
(c 0,2; CHCl
3
),
que foi obtido a partir do tratamento cromatográfico do extrato etanólico das cascas de Senna
reticulata (Fluxograma 05, p. 179).
O espectro de RMN
1
H [500 MHz, CDCl3] (Figura 88, p. 145) de EXC3-11,
revelou sinais em forma de singletos em d
H
2,24 (3H, s); 2,37 (3H, s); 4.49 (2H, s); 5,76 (1H,
sl); 6,18 (1H, sl); 6,67 (1H, sl); 6,73 (1H, sl); 11,65 (1H, s); 11,72(1H, s); 11,80 (1H, s) e
11,90 (1H, s) dubletos em d
H
6,36 (1H, d, J = 8,0); 6,75 (1H, d, J = 7,9); 6.88 (1H, d, J = 8,0)
e 6,95 (1H, d, J = 7,9) e sinais de tripletos em d
H
7,49 (1H, t, J = 7,9) e 7,36 (1H, t, J = 8,0).
Ao observarmos os deslocamentos de RMN
13
C [125 MHz, CDCl
3
] (Figura 89, p.
146), foi possível verificar que as linhas espectrais apareciam dobradas, indicando que a
substância EXC3-11, tratava-se de uma mistura ou de uma substância dimérica.
A comparação dos dados espectrais de EXC3-11 com os de EXC1-1 mostrou uma
grande semelhança, apresentando de forma relevante apenas à ausência de um carbono
carbonílico que em EXC1-1 aparecia em d
C
182,2. Após obtenção dos dados de
RMN
13
C-DEPT 135º de EXC3-11 (Figura 90, p. 1477) e comparação principalmente dos
deslocamentos químicos dos carbonos metínicos em d
C
135,6; 135,9; 147,52 e 147,77 com os
deslocamentos químicos de C-6 (d
C
137,1) e C-3 (d
C
149,5) de EXC1-1 foi possível propor
para EXC3-11 a estrutura esqueletal da biantrona de EXC1-1 (Figura 86, abaixo).
Figura 86- Proposta estrutural de EXC3-11
O
O
H
3
C
OH OH
OH OH
CH
3
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 142
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Após a obtenção do espectro de massas de EXC3-11 (Figura 93, p. 150), que
forneceu o pico do íon molecular m/z 478, e pico base m/z 239 (Quadro 05, p. 150) reforçou
a proposta estrutural de EXC3-1 ser uma biantrona do crisofanol.
Após obtenção dos espectros bidimensionais (Tabela 31, p. 143) de correlação
heteronuclear
1
H,
13
C-COSY à uma ligação (HMQC) (Figura 91, p. 148) e a mais de uma
ligação (HMBC) (Figura 92, p. 149), ficou evidenciado que EXC3-11 era realmente a
biantrona do crisofanol. As correlações dos hidrogênios H-4 (d
H
6,18) e H-5 (d
H
6,75) ao
carbono C-10 (d
C
56,5) e H-4’(d
H
5,76) e H-5’(d
H
6,36) ao carbono C-10’ (d
C
56,5) foram
determinantes na confirmação estrutural de EXC3-11.
EXC3-11 foi comparada com dados da dados da literatura [MACEDO, 2006] (Tabela
32, p
,
144) em que uma biantrona inédita (Figura 87, abaixo) foi isolada de Senna martiana.
Figura 87 Estrutura isoladas de Senna reticulata (EXC3-11) e Senna martiana
1'''
2'''
3'''
4'''
5'''
6'''
6''
5''
4''
3''
2''
1''
10a
10
9a
9
8a
8
7
6
5
4a
4
3
2
1
10'a
10'
9'a
9'
8'a
8'
7'
6'
5'
4'a
4'
3'
2'
1'
O
HO
OH
OH
O
H
O
OH
O
OH
HO
H
O
O
O
HO
OH
OH
CH
3
HO
CH
3
OOH OH
Me
O OH
Me
OH
1
2
3
4
4a
5
6
7
8
8a
9
9a
10
10a
10'
9'
1'
2'
3'
4'
4'a
5'
6'
7'
8'
8'a
10'a
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 143
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 31 Deslocamentos químicos de RMN
13
C e seus respectivos hidrogênios mostrados
pelo espectro de HMQC, bem como as correlações a longa distância (HMBC) de
EXC3-11.
HMQC HMBC C (n)
d
C
d
H
2
J
CH
3
J
CH
C
1 162
,
40 - HO-1; H-2
1’ 162
,
56 - HO-1’; H-2’
3 147
,
77 - Me-3
3’ 147
,
52 - Me-3’
4a 141
,
18 - H-10’
4a' 139
,
92 - H-10
8 162
,
12 - HO-8 H-6
8’ 162
,
22 - HO-8’ H-6’
8a 117
,
40 - H-5; H-7; HO-8; H-10
8a' 116
,
92 - H -5’; H-7’; HO-8’; H-10’
9 191
,
97 -
9’ 191
,
90
- - -
9a 114
,
80 - H-2; H-4; H-10
9a' 114
,
27 - H-2’; H-4’; H-10’
10a 142
,
36 - H-6; H-10’
10a' 141
,
25 - H-6’; H-10
CH
2 117
,
26 6
,
73 (sl) HO-1; Me-3; H-4
2’ 117
,
26 6
,
67 (sl) HO-1’; Me-3’; H-4’
4 121
,
27 6
,
18 (sl) H-2; Me-3; H-10
4’ 121
,
47 5
,
76 (sl) H-2’; Me-3’; H-10’
5 119
,
50 6
,
75 (1H, d, J = 7
,
9) H-7; H-10
5’ 119
,
59 6
,
36 (1H, d, J = 8
,
0) H-7’; H-10’
6 135
,
91 7
,
49 (1H, t, J = 7
,
9)
6’ 135
,
59 7
,
36 (1H, t, J = 8
,
0)
7 117
,
10 6
,
95 (1H, d, J = 7
,
9) H-5
7’ 117
,
18 6
,
88 (1H, d, J = 8
,
0) H-5’
10 56
,
58 4
,
49 (1H, s) H-4; H-5;
10’ 56
,
58 4
,
49 (1H, s) H-4’; H-5’; H-10
Me-3 22
,
27 2
,
37 (3H, s) H-; H-4
Me-3’ 22
,
15 2
,
24 (3H, s) H-2’; H-4’
HO
1 - 11
,
72 (s) - -
1’ - 11
,
65 (s) - -
8 - 11
,
90 (s) - -
8’ - 11
,
80 (s) - -
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 144
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 32 Comparação dos dados de RMN
13
C de EXC3-11 com os dados da literatura
[MACEDO, 2006]
.
RMN
13
C
C (n) (EXC3-11)
d
C
(SMCD2)
d
C
C
1 162
,
40 162
,
45
1’ 162
,
56 162
,
90
3 147
,
77 148
,
93
3’ 147
,
52 148
,
14
4a 141
,
18 149
,
04
4’a 139
,
92 146
,
49
8 162
,
12 162
,
64
8’ 162
,
22 162
,
17
8a 117
,
40 117
,
45
8a' 116
,
92 117
,
26
9 191
,
97 194
,
32
9’ 191
,
90
194
,
32
9a 114
,
80 115
,
12
9a' 114
,
27 116
,
26
10 - 76
,
83
10’ - 76
,
77
10a 142
,
36 146
,
50
10a' 141
,
25 149
,
09
CH
2 117
,
26 117
,
66
2’ 117
,
26 117
,
86
4 121
,
27 118
,
91
4’ 121
,
47 120
,
10
5 119
,
50 118
,
80
5’ 119
,
59 117
,
61
6 135
,
91 136
,
16
6’ 135
,
59 136
,
97
7 117
,
10 117
,
98
7’ 117
,
18 117
,
78
10 56
,
58 -
10’ 56
,
58 -
Me-3 22
,
27 22
,
52
Me-3’ 22
,
15 22
,
52
Embora, a biantronona EXC3-11, crisofanol-10,10’-biantrona, se encontre
registrada na literatura, é a primeira vez que seu isolamento a partir de Senna reticulata é
relatado, sendo portanto, inédita para espécie.
6'
OOH OH
Me
O OH
Me
OH
1
2
3
4
4a
8
6
7
8
8a
9
9a
10
10a
10'
9'
1'
2'
3'
4'
4'a
5'
7'
8'
8'a
10'a
EXC3-11
1'''
2'''
3'''
4'''
5'''
6'''
6''
5''
4''
3''
2''
1''
10a
10
9a
9
8a
8
7
6
5
4a
4
3
2
1
10'a
10'
9'a
9'
8'a
8'
7'
5'
4'a
4'
3'
2'
1'
O
HO
OH
OH
O
H
O
OH
O
OH
HO
H
O
O
O
HO
OH
OH
CH
3
HO
CH
3
6'
SMCD2
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 145
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 88 – Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EXC3-11 e expansão.
O
O
H
3
C
OH OH
OH OH
CH
3
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 146
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 89 - Espectro de RMN
13
C – BB (125 MHz, CDCl
3
) de EXC3-11
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 147
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 90 – Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EXC3-11
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 148
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 91 – Espectro de RMN 2D
1
H,
13
C-COSY (HMQC) de EXC3-11 e expansão
O
H
OH OH
H
O
H
3
C
OH OH
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
CH
3
a
b
d
e
f
g
h
i
j
l
m
n
o
1
2
'
2
4
4
'
5
5
'
6
6
'
7
7
'
10
10
'
d
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 149
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 92– Espectro de RMN 2D
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC3-11e expansão.
O
H
OH OH
H
O
H
3
C
OH OH
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
CH
3
1
2
'
2
4
4
'
5
5
'
6
6
'
7
7
'
10
10
'
a
b
c
d
e
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 150
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 93– Espectro de Massas de EXC3-11
Quadro 05–Possíveis caminhos de fragmentação para EXC3-11 no espectrômetro de massa
m/z 211 (70 %)
OH OH
Me
1
2
3
4
4a
8
6
7
8
8a
9a
10
10a
m/z 239 (100 %)
OH OH
Me
OH
Me
OH
10a
10
9a
9
8a
8
7
6
8
4a
4
3
2
1
O
OH OH
Me
CO
CO
10'a
8'a
8'
7'
5'
4'a
4'
3'
2'
1'
10'
10a
10
9a
8a
8
7
6
8
4a
4
3
2
1
6'
m/z 422
m/z 450
OH OH
Me
O OH
Me
OH
6'
1
2
3
4
4a
8
6
7
8
8a
9a
10
10a
10'
9'
1'
2'
3'
4'
4'a
5'
7'
8'
8'a
10'a
C
30
H
22
O
6
m/z 478
10'a
8'a
8'
7'
5'
4'a
4'
3'
2'
1'
9'
10'
10a
10
9a
9
8a
8
7
6
8
4a
4
3
2
1
O
OH OH
Me
O OH
Me
OH
6'
9'a
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 151
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4.13- Derivatização do Crisofanol
Na tentativa de buscar novos substratos e compará-los em testes farmacológicos com
a substância de origem, realizou-se uma reação de redução tendo como substrato o crisofanol,
que foi identificado em todos os extratos estudados de S. reticulata em uma considerada
quantidade.
Da reação com cloreto de estanho, após tratamento cromatográfico (p. 180) foi
possível a obtenção de um sólido amarelo claro, que foi denominado EXC1-1R.
Após obtenção dos dados espectrais de EXC1-1R [RMN
13
C-BB (Figura 96, p. 154)
e DEPT 135
o
(Figura 97, p. 154)] e comparação com os dados de EXC1-1, foi possível
observar a presença de um carbono metilênico (d
C
32,9) e apenas um carbono carbonílico (d
C
193,8). Observou-se também no espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) (Figura 95, p. 153)
singletos em d
H
2,38 (3H, s); 4,30 (2H, s); 6,72 (2H, sl); 12,24 (1H, s) e 12,36 (1H, s);
multipletos na faixa de d
H
6,88-6,90 (2H, m) e um tripleto em d
H
7,47 (1H, t, J = 7,9).
As correlações dos hidrogênios do carbono metilênico aos carbonos C-8a (d
C
116,1);
C-9a (d
C
113,91); C-4 (d
C
120,0) e C-5 (d
C
118,86) obtidas do espectro 2D
1
H,
13
C-COSY à
mais de uma ligação (HMBC) (Figura 98, p. 155) confirmaram a obtenção de uma antrona
como produto da reação de redução do crisofanol com SnCl
2
(Tabela 33, p. 152).
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 152
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 33 –Deslocamentos químicos de RMN
13
C e as correlações a longa distância (HMBC)
de EXC1-1R.
HMBC
C (n)
d
C
2
J
CH
3
J
CH
C
9a 113,9 - 12,24; 4,30; 6,72
8a 116,1 - 4,30
4a 142,0 - -
10a 141,9 4,30 7,47
3 148,2 2,38 -
1 163,2 12,24 -
8 163,2 12,36 7,47
9 193,8 - -
CH
7 115,7 - 12,36; 6,89
2 116,1 - 2,38; 12,24; 6,72
5 118,8 - 4,30; 6,89
4 120,0 - 4,30; 2,38; 6,72
6 136.1 - -
CH
2
10 32,9 - 6,89; 6,72
CH
3
11 22,3 - 6,72
HO
1 12,24 - -
8 12,36 - -
OO O
CH
2
H
HH
H
H
H
H
H
H
1
2
3
45
6
7
8
9
10
10a
9a
4a
8a
6,89
7,47
6,89
12,36
12,24
6,72
2,38
4,30
6,72
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 153
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 95 – Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EXC1-1R e expansão.
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 154
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 96 - Espectro de RMN
13
C – BB (125 MHz, CDCl
3
) de EXC1-1R
Figura 97 – Espectro de RMN
13
C-DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EXC1-1R
Determinação Estrutural - Senna reticulata Willd. 155
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Figura 98– Espectro de RMN 2D
1
H,
13
C-COSY (HMBC) de EXC1-1R.
OO O
CH
2
H
HH
H
H
H
H
H
1
2
3
45
6
7
8
9
10
10a
9a
4a
8a
a
3
e
h
l
m
t
u
OO O
CH
2
H
H
H
H
H
H
H
H
H H
1
2
3
45
6
7
8
9
10
10a
9a
4a
8a
f
g
j
n
o
p
s
x
d
b
i
q
r
OOH OH
CH
2
H
HH
H
H
HH
1
2
3
45
6
7
8
9
10
10a
9a
4a
8a
c
a
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 156
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
PARTE EXPERIMENTAL
CAPÍTULO V
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 157
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5– PARTE EXPERIMENTAL
5.1- Material Vegetal
5.1.1- Coleta
As folhas, caule e cascas de Senna reticulata utilizadas para estudo, foram coletadas
em 15 de junho de 2002 no Horto de Plantas Medicinais da UFC, as 9:00 h. A exsicata
representando a coleta (N
o
. 3496), encontra-se depositada no Herbário Prisco Bezerra do
Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará (UFC).
5.2- Métodos cromatográficos
5.2.1- Cromatografia Líquida em Coluna (CC)
A cromatografia de adsorção em coluna foi utilizada amplamente no isolamento e
purificação dos compostos identificados em Senna reticulata. Como fase estacionária,
selecionou-se gel de sílica 60 da VETEC (f mm 0,063 0,200) Cod. 1095. O comprimento e
o diâmetro das colunas variaram de acordo com as alíquotas das amostras e as quantidades de
adsorventes a serem utilizados.
Para eluição foram utilizados solventes como o éter de petróleo, hexano,
diclorometano, clorofórmio, acetato de etila e metanol, puro e/ou misturas binárias, em ordem
crescente de polaridade.
5.2.2- Cromatografia em Camada Delgada (CCD)
As cromatografias em camada delgada analítica foram realizadas em cromatoplacas
preparadas no laboratório, com gel de sílica 60G F254 VETEC sob lâminas de vidro e
cromatoplacas de gel de sílica da MERCK, com indicador de fluorescência (254 hm) aderida
à folha de alumínio (camada de 0,2 mm).
A revelação das cromatoplacas foi feita inicialmente pela exposição das mesmas a
radiação ultravioleta em câmara de UV da VILBER LOURMAT, equipada com lâmpadas
modelo UVSL-25 da MINERAL LIGHT nos comprimentos de onda 254 e 366 hm, com
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 158
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
posterior pulverização com solução de vanilina (C
8
H
8
O
3
) e ácido perclórico 10% (HClO
4
) em
etanol (C
2
H
6
O) P.A., seguida de aquecimento em estufa a 100°C, por aproximadamente 5
minutos ou quando necessário utilizou-se revelação em câmara de iodo.
5.3- Técnicas espectroscópicas
5.3.1- Espectrometria na Região do Infravermelho (IV)
Os espectros na região do infravermelho (IV) foram realizados na Central Analítica do
Departamento de Química Orgânica e Inorgânica da Universidade Federal do Ceará,
utilizando-se um espectrômetro PERKIM ELMER, modelo FT_IR SPECTRUM 1000.
pastilhas de Brometo de Potássio (KBr) foram utilizadas para análise das substâncias sólidas e
filme sobre disco de KBr para as amostras líquidas e oleosas.
5.3.2- Espectrometria de Massa (EM)
Os espectros de massa das substâncias isoladas foram obtidos em espectrômetros
QP5050A da SHIMADZU na Central Analítica do Departamento de Química Orgânica e
Inorgânica da Universidade Federal do Ceará, com impacto eletrônico de 70 eV e/ou acoplado
ao cromatógrafo gás-líquido modelo CG 17A, usando coluna capilar DB-1
(dimetilpolisiloxano) com 30 m de comprimento, 0,25 mm de diâmetro externo e um filme de
0,25 hm , com gradiente de temperatura de 4°C/mim de 100 a 300 °C e temperatura do
injetor de 280 °C.
Os espectros de massas dos ésteres metílicos dos ácidos graxos extraídos das
sementes de S. reticulata foram obtidos em espectrômetro de massa Hewlett-Parckard,
modelo HP-5971 A, operando em impacto de 70 eV, acoplado a cromatógrafo a gás, modelo
HP-5890 A série II (CG/EM) do Parque de Desenvolvimento Tecnológico do Estado do Ceará
(PADETEC), equipado com coluna capilar de sílica revestida com metilfenilsilicone
apresentando 25,0 m de comprimento, 0,20 mm de diâmetro interno e 0,30 mm de diâmetro
externo, mantendo-se fluxo de 1m/min. de Hélio como gás de arraste, com um gradiente de
aumento de temperatura de 4
º
C/min. de 50 a 180
º
C e 20 ºC/min de 180 a 280
º
C, sendo a
temperatura do injetor de 250
º
C.
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 159
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5.3.3- Espectrometria de Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio
(RMN
1
H) e de Carbono (RMN
13
C)
Os dados técnicos e as condições operacionais sobre os espectros de RMN
1
H e
RMN
13
C unidimensionais e bidimensionais foram obtidos junto ao Centro Nordestino de
Aplicação e uso da Ressonância Magnética Nuclear (CENAUREMN), coordenado pelo Prof.
Dr. Edilberto Rocha Silveira do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica da
Universidade Federal do Ceará. Os espectros foram obtidos em espectrômetros Bruker,
modelo Avance DPX-300 e modelo Avance DRX-500, operando na freqüência do hidrogênio
a 300 e 500 MHz, e na freqüência do carbono a 75 e 125 MHz, respectivamente.
Na dissolução das amostras foram utilizados os seguintes solventes: clorofórmio
deuterado (CDCl
3
), piridina deuterada (C
5
D
5
N), dimetil sufóxido deuterado (DMSO-d
6
) e
metanol deuterado (CD
3
OD).
Os deslocamentos químicos (d) foram expressos em partes por milhão (ppm) e
referenciados, no caso dos espectros de RMN
1
H, pelos picos dos hidrogênios pertencentes as
moléculas residuais não deuteradas dos solventes deuterados utilizados: clorofórmio (d
H
7,27), piridina (d
H
8,7; 7,6 e 7,2), metanol (d
H
4,79 e 3,30) e DMSO (d
H
2,50). Para os
espectros de RMN
13
C, os deslocamentos químicos (d) foram referenciados pelos picos dos
carbonos-13 dos solventes: clorofórmio (d
C
77,0), piridina (d
C
123,5; 135,5 e 149,2), metanol
(d
C
49,0) e DMSO (d
C
39,7).
Os conceitos de multiplicidades dos sinais dos espectros de RMN
1
H foram indicadas
segundo a convenção: s (singleto), d (dubleto), t (tripleto), q (quarteto), m (multipleto), sl
(singleto largo) e dd (duplo-dubleto).
O padrão de hidrogenação dos carbonos em RMN
13
C foi determinado através da
técnica DEPT (Distortionless Enhancement by Polarization Transfer, com ângulo de nutação
de 135
º
, CH e CH
3
com amplitudes em oposição aos CH
2
), e foi descrito segundo a
convenção: C (carbonos não-hidrogenado); CH (carbono metínico); CH
2
(carbono metilênico)
e CH
3
(carbono metílico). Os carbonos não hidrogenados foram caracterizados pela subtração
do espectro DEPT 135
º
do espectro RMN
13
C-BB.
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 160
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Usou-se também os espectros de RMN bidimensionais de correlação homonuclear
(
1
H,
1
H-COSY) e de correlação heteronuclear com detecção inversa (HMQC e HMBC).
5.4- Métodos para obtenção dos dados físicos
5.4.1- Ponto de Fusão (pf)
Na determinação dos pontos de fusão das substâncias isoladas usou-se um aparelho
de microderminação da Microquímica provido de placa aquecedora modelo MQAPF-301. A
determinação foi feita a uma velocidade de aquecimento de 2
º
C/min.
5.4.2- Rotação Óptica
A rotação óptica das substâncias puras foram determinadas em um polarímetro
digital da PERKIM ELMER modelo 341 no Departamento de Química Orgânica e Inorgânica
da Universidade Federal do Ceará. As medidas foram feitas em um comprimento de onda de
589 hm e a 20
o
C.
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 161
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5.5 - Estudo dos constituintes fixos de Senna reticulata
5.5.1- Obtenção dos extratos de Senna reticulata
Separadamente as folhas verdes, cascas do lenho e caule (lenho) de S. reticulata
foram triturados e macerados exaustivamente com etanol durante dez dias. O extrato etanólico
após evaporação do solvente sob pressão reduzida forneceu um sólido verde escuro para as
folhas e um sólido marrom escuro para as cascas do lenho e caule (lenho) (Tabela 34, p.
161).
Tabela 34 – Obtenção dos extratos etanólicos de Senna reticulata.
Material
Peso (g) Umidade (%) Extrato Peso (g)
Folhas 436,0 60,8 EXC1 (15,9)
Caule 1320,0 28,2 EXC2 (11,5)
Cascas 400,0 50,1 EXC3 (6,8)
5.5.2 - Estudo dos ésteres metílicos dos ácidos graxos do caule de S. reticulata
5.5.2.1- Obtenção dos ácidos graxos livres do caule de S. reticulata
O extrato etanólico do caule (11,5 g) de Senna reticulata foi solubilizado em mistura
H
2
O/EtOH (9:1) e particionado com hexano, clorofórmio e acetato de etila. A fração hexânica
após remoção do solvente sob pressão reduzida, forneceu um líquido viscoso (2,4 g) de
coloração amarela escura denominado EXC2-1.
1,0 g de EXC2-1 foi acondicionado em um balão de 125 mL de fundo chato com 30
mL de solução de KOH 70% e 10 mL de etanol e mantidos sob refluxo durante quatro horas.
Em seguida adicionou-se 20 mL de água destilada à mistura reacional e extraiu-se a solução
hidroalcoólica alcalina resultante três vezes com 20 mL de éter etílico. A fase hidroalcoólica
alcalina resultante foi neutralizada com HCl conc. e extraída (3x 20 mL) com éter etílico. A
fase orgânica foi seca com Na
2
SO
4
anidro, filtrada e concentrada por destilação sob pressão
reduzida, fornecendo 654 mg de um material saponificável denominado EXC2-1S
(Fluxograma 01, p. 162).
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 162
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Fluxograma 01 – Saponificação da fração EXC2-1 do caule de Senna reticulata.
1. KOH/MeOH
2. Refluxo (1 hora)
3. Adição de água
4. Extração com éter etilico (3x 20 mL)
Desprezada
EXC2-1 (1,0 g)
Fase aquosa alcalina (saponificáveis)
Fase etérea (insaponificáveis)
Fase aquosa
Fase etérea
1. HCl
2. Extração com éter etílico (3 x 20 mL)
Desprezada
1. Na
2
SO
4
anidro
2. Filtração
3. Conc. evaporador
rotativo
EXC2-1S (654 mg)
Saponificáveis
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 163
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5.5.2.2- Obtenção dos ésteres metílicos de S. reticulata
A fração EXC2-1S foi acondicionada em balão de fundo chato de 50 mL juntamente
com 6 mL de metanol e 5 gotas de H
2
SO
4
conc. e mantidos sob refluxo e agitação durante 2
horas. Após a adição de 10 mL de água destilada, a mistura reacional foi extraída (3x 20 mL)
com éter etílico. A fase etérea foi seca com Na
2
SO
4
anidro, filtrada e concentrada por
destilação sob pressão reduzida, fornecendo 243 mg de um material pastoso de coloração
amarelada de ésteres metílicos denominado EXC2-1M (Fluxograma 02, p. 163). A análise
dos constituintes de EXC2-1M foi realizada utilizando-se cromatógrafo s-líquido acoplado
a espectrômetro de massa e a identificação foi feita por pesquisa em espectroteca e
comparação com os dados da literatura.
Fluxograma 02 – Metilação da fração saponificável de Senna reticulata
Saponificáveis (654 mg)
1. H
2
SO
4
/MeOH
2. Refluxo (2 horas)
3. Extração éter etílico (3x 20mL)
Fase Aquosa
Despreza
Fase etérea
1. Na
2
SO
4
anidro
2. Filtração
3. Conc. evaporador
rotativo
EXC2
-
1M (243 mg) Ésteres
Identificação CG/EM
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 164
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5.5.3- Tratamento cromatográfico de EXC1 (Folhas)
15,9 g de EXC1, foram adsorvidos em 30 g de gel de sílica, pulverizados em gral de
porcelana e acondicionados sobre 200 g de gel de lica em coluna cromatográfica. Foram
utilizados como eluentes: hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol puros ou em
misturas binárias de gradiente crescente de polaridade. As frações foram coletadas em
alíquotas de 50 mL (Tabela 35, abaixo), e analisadas em cromatografia em camada delgada
(CCD) sendo reunidas de acordo com os Rf semelhantes.
Tabela 35 - Dados resultantes do tratamento cromatográfico do extrato etanólico das folhas
de Senna reticulata (EXC1).
Eluentes Frações Pesos (g)
Hexano F 01-05
1,25
Hexano/clorofórmio (1:1) F 06-10
1,28
Clorofórmio
F 11-21
2,02
Clorofórmio/acetato de etila (1:1) F 22-35
2,64
Acetato de etila F 36-42
2,41
Acetato de etila/metanol (1:1) F 43-50
1,38
Metanol F 51-60
3,6
Total
14,58
Rendimento
91,7 %
5.5.3.1- Fracionamento de F 01-05
A fração F 01-05 (1,25 g) (Tabela 35, p. 164), obtida do tratamento cromatográfico
do extrato etanólico EXC1 foi adsorvida em 80 mg de gel de sílica e acondicionados sobre
15,0 g de sílica em coluna cromatográfica. Utilizou-se como eluente hexano, clorofórmio,
acetato de etila e metanol puros ou em misturas binárias de gradiente crescente de polaridade.
As frações foram coletadas em alíquotas de 20 mL (Tabela 36, p. 165), e analisadas em
cromatografia em camada delgada (CCD) sendo reunidas de acordo com a semelhança dos
Rf.
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 165
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 36 - Dados resultantes do tratamento cromatográfico em gel de sílica da fração F 01-
05 das folhas de Senna reticulata
Eluentes Frações Pesos (mg)
Hexano F1A 15,0
Hexano/clorofórmio (8:2) F2A 33,0
Hexano/clorofómio (6:4) F3-5A 37,0
Hexano/clorofómio (1:1)
F6A 38,0
Hexano/clorofómio (2:8)
F7-8A 45,0
Clorofórmio
F9-10A 68,0
Clorofórmio/acetato de etila (8:2) F11-12A 52,0
Clorofórmio/acetato de etila (6:4) F13A 48,0
Clorofórmio/acetato de etila (1:1) F14A 75,0
Clorofórmio/acetato de etila (3:7) F15A 67,0
Acetato de etila F16-18A 98,0
Acetato de etila/metanol (1:1) F19A 96,0
Metanol F20-22A 123,0
Total
795,0
Rendimento
63,6 %
5.5.3.2-Fracionamento cromatográfico de F9-10A,
A fração F9-10A (68 mg) (Tabela 36), obtida do fracionamento cromatográfico da
fração F 01-05, foi adsorvida em 30 mg de gel de sílica e acondicionados sobre 900 mg de
sílica em coluna cromatográfica. Utilizou-se como eluente hexano, clorofórmio, acetato de
etila e metanol puros ou em misturas binárias de gradiente crescente de polaridade. As frações
foram coletadas em alíquotas de 10 mL (Tabela 37, p. 166), e analisadas em cromatografia
em camada delgada (CCD) sendo reunidas de acordo com a semelhança dos Rf.
Tabela 37 - Dados resultantes do tratamento cromatográfico de F9-10A
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 166
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Eluentes Frações Pesos (mg)
Hexano F1-12B 2,0
Hexano/Clorofórmio (9:1) F13-15B 3,0
Hexano/Clorofórmio (8:2) F16-23B 3,0
Hexano/Clorofórmio (7:3) F24-26B 19,0
Hexano/Clorofórmio (1:1)
F27-30B 13,0
Hexano/Clorofórmio (3:7) F31B 1,0
Acetato de etila F32-40A 12,0
Metanol F41-45B 4,0
Total
57,0
Rendimento
83,8 %
5.5.3.3- Isolamento de EXC1-1 (Fluxograma 03, p. 167)
A fração F24-26B (19 mg) (Tabela 37) forneceu um material amarelado que após
sucessivas purificações com hexano, resultou em um sólido amorfo amarelado (faixa de fusão
192,6–194,8 ºC) denominado EXC1-1 (15 mg) e identificado após obtenção dos dados
espectrais como: 1,8-Di-hidroxi-3-metilantraquinona (crisofanol) (isolado também no extrato
etanólico do caule e cascas de Senna reticulata).
5.5.3.4- Isolamento de EXC1-2 (Fluxograma 03, p. 167)
A fração F27-30B (13 mg) (Tabela 37), obtida do fracionamento cromatográfico da
fração F9-10A, foi purificada em placa preparativa com a mistura binária dos eluentes
hexano/CHCl
3
(8:2) após quatro eluições sucessivas. O sólido resultante denominado EXC1-2
(8mg) (faixa de fusão 204,3–206,2 ºC) foi identificado como: 1,8-Di-hidroxi-3-metil-6-
metoxiantraquinona (fisciona) (isolada também no extrato etanólico do caule de Senna
reticulata).
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 167
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Fluxograma 03- Obtenção de EXC1-1 e EXC1-2
Coluna em SiO
2
Ex
tração a frio com
etanol
(CCD)
Folhas de S. reticulata
(436 g)
Extrato Etanólico EXC1
(15,9 g)
Fração (F01-
05)
(1,25 g)
Outras frações
EXC1-1 (15 mg)
(CCD)
Coluna em SiO
2
(CCD)
Coluna em SiO
2
Outras frações
Fração (F 9-10A)
(68 mg)
Outras frações
Fração (F24-26B)
(19 mg)
Purificação com hexano
(CCD), pf
Fração (F27-30B)
(13 mg)
EXC1-2 (8 mg)
Placa preparativa
(CCD), pf
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 168
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5.5.4 - Tratamento cromatográfico de EXC2 (lenho do caule)
A fração clorofórmica (4,5 g) obtida da partição com solventes, item 5.5.2.1, do
extrato do lenho do caule de Senna reticulata, foi adsorvido em 9 g de gel de sílica,
pulverizados em gral de porcelana e acondicionados sobre 100 g de gel de lica em coluna
cromatográfica. Foram utilizados como eluentes: hexano, clorofórmio, acetato de etila e
metanol, com gradiente crescente de polaridade. As frações foram coletadas em alíquotas de
100 mL, concentradas por destilação do solvente sob pressão reduzida e analisadas em
cromatografia em camada delgada (CCD), sendo reunidas de acordo a Tabela 38 (p. 168).
Tabela 38 - Dados resultantes do tratamento cromatográfico da fração clorofórmica de EXC2
Eluentes V (mL) Frações C-A Pesos (g)
Hexano - 300 C1A 0,60
Clorofórmio - 500 C2A
1,14
Acetato de etila - 500 C3A 1,12
Metanol - 200 C4A 1,36
Total
4,22
Rendimento
93,7 %
5.5.4.1 -Tratamento cromatográfico da fração C2A
O material da fração C2A (1,14 g) obtido do tratamento cromatográfico do extrato
etanólico do caule, foi adsorvido em 90 mg de gel de sílica e acondicionados sobre 15 g de
sílica em coluna cromatográfica.Utilizou-se como eluente hexano, clorofórmio, acetato de
etila e metanol puros ou em misturas binárias de gradiente crescente de polaridade. As frações
foram coletadas em alíquotas de 30 mL (Tabela 39, p. 169), e analisadas em cromatografia
em camada delgada (CCD) sendo reunidas de acordo com a semelhança dos Rf.
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 169
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 39 - Dados resultantes do tratamento cromatográfico em gel de sílica da fração C2A
Eluentes Frações C-B Pesos (mg)
Hexano C1-3B 38,0
Clorofórmio
C4-11B 94,0
Clorofórmio/Acetato de etila (9:1)
C12-17B 70,0
Clorofórmio/Acetato de etila (8:2) C18B 145,0
Clorofórmio/Acetato de etila (7:3) C19-20B 98,0
Clorofórmio/Acetato de etila (1:1)
C21-30B 124,0
Acetato de etila
C31-43B 182,0
Metanol C44-60B 147,0
Total
898,0
Rendimento
78,7%
5.5.4.2 -Tratamento cromatográfico da fração C4-11B
C4-11B (94 mg) foi adsorvido em 30 mg de gel de sílica e acondicionados sobre 15 g
de sílica em coluna cromatográfica.Utilizou-se como eluente hexano, clorofórmio, acetato de
etila puros ou em misturas binárias de gradiente crescente de polaridade. As frações foram
coletadas em alíquotas de 10 mL (Tabela 40, p. 170), e analisadas em cromatografia em
camada delgada (CCD) sendo reunidas de acordo com a semelhança dos Rf.
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 170
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 40 - Dados resultantes do tratamento cromatográfico da fração C4-11B
Eluentes Frações C-C Pesos (mg)
Hexano
C1-8C 6,0
Hexano/Clorofórmio (9:1)
C9-18C 8,0
Hexano/Clorofórmio (8:2)
C19-27C 14,0
Hexano/Clorofórmio (7:3) C28-35C 4,0
Hexano/Clorofórmio (6:4) C36-42C 7,0
Hexano/Clorofórmio (1:1)
C43C 9,0
Clorofórmio
C44-60C 6,0
Clorofórmio/Acetato de etila (7:3)
C61-68C 12,0
Clorofórmio/Acetato de etila (1:1) C69-74C 8,0
Acetato de etila C75-90 C 6,0
Total
80,0
Rendimento
85,1%
5.5.4.3 - Isolamento de EXC2-3 (Fluxograma 04, p. 174)
A fração C61-68C (12 mg), denominada EXC2-3, apresentou-se como um sólido
amorfo de coloração laranja, com faixa de fusão 221-223
º
C e solúvel em cetona. Após a
obtenção dos dados espectrais de EXC2-3 foi identificada como: 3-carbinol-1,8-di-
hidroxiantraquinona (Aloe-emodina) (Detectada também no extrato etanólico das folhas de
Senna reticulata).
5.5.4.4- Tratamento cromatográfico da fração C18B
C18B (145 mg) (Item 5.5.4.1) após sucessivas lavagens com hexano, resultou em um
sólido amarelado (128 mg) denominado C18B-1, que foi pulverizado em grau de porcelana
utilizando-se 50 mg de gel sílica, em seguida fracionada em coluna cromatografica utilizando
como fase estacionária 0,5 g de gel de sílica. Utilizou-se os eluentes hexano, diclorometano,
acetato de etila e metanol, de forma pura ou em combinações binárias, obedecendo um
aumento gradativo da polaridade do eluente no sistema cromatográfico. As frações foram
coletadas em alíquotas de 10 mL (Tabela 41, p. 171).
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 171
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Tabela 41 - Dados resultantes do tratamento cromatográfico da fração C18B-1
Eluentes Frações C-D Pesos (mg)
Hexano
C1-10D 6,0
Hexano/Diclorometano (9:1)
C11-16D 11,0
Hexano/Diclorometano (8:2)
C17-25D 11,0
Hexano/Diclorometano (7:3) C26-42D 4,0
Hexano/Diclorometano (6:4) C36-42D 8,0
Hexano/Diclorometano (1:1)
C44-55D 10,0
Hexano/Diclorometano (3:7)
C56-60D 5,0
Diclorometano
C61-62D 13,0
Diclorometano/Acetato de etila (9:1) C63-79D 7,0
Diclorometano/Acetato de etila (7:3)
C80-83D
8,0
Diclorometano/Acetato de etila (1:1)
C84-85D 10,0
Acetato de etila C86-89D 12,0
Acetato de etila/Metanol (1:1) C90-98D 13,0
Total
118,0
Rendimento
92,1 %
5.5.4.5 - Isolamento de EXC2-4 (Fluxograma 04, p. 174)
A fração C61-62D (13 mg), denominada EXC2-4, apresentou-se como um sólido
amorfo de coloração laranja, com faixa de fusão 263-265
º
C e solúvel parcialmente em
metanol. Após a obtenção dos dados espectrais de EXC2-4 foi identificada como: 1,6,8-Tri-
hidroxi-3-metilantraquinona (Emodina).
5.5.4.6 - Identificação de EXC2-5 (Fluxograma 04, p. 174)
A fração C80-83D (8,0 mg) forneceu um sólido branco amorfo de pf 128-131
º
C, que
em teste de Lierberman-Burchard, apresentou coloração esverdeada característica de
esteróides. A analise em CCD, utilizando-se clorofórmio como eluente, apresentou apenas
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 172
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
uma mancha, indicando que se tratava de uma substância pura, no entanto os dados espectrais
de RMN
13
C, RMN
1
H e DEPT 135
º
(Item 4.6, p. 104), mostrou ser C80-83D uma mistura de
duas substâncias, denominadas de EXC2-5, que foi identificado como uma mistura dos
esteróides
b
-sitosterol e estigmasterol.
5.5.4.7- Tratamento cromatográfico da fração C21-30B
C21-30B (124 mg) (Item 5.5.4.1) foi pulverizado em grau de porcelana utilizando-se
50 mg de gel sílica e acondicionados sobre 1,2 g de sílica em coluna cromatográfica. Utilizou-
se como eluente hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol puros ou em misturas binárias
de gradiente crescente de polaridade. As frações foram coletadas em alíquotas de 10 mL
(Tabela 42, p. 172), e analisadas em cromatografia em camada delgada (CCD) sendo
reunidas de acordo com a semelhança dos Rf.
Tabela 42 - Dados resultantes do tratamento cromatográfico da fração C21-30B
Eluentes Frações C-E Pesos (mg)
Hexano C1E 1,0
Hexano/Clorofórmio (8:2) C2E 2,0
Hexano/Clorofómio (6:4) C3-5E 8,0
Hexano/Clorofómio (1:1)
C6E 12,0
Hexano/Clorofómio (3:7)
C7-8E 9,0
Clorofórmio
C9-10E 25,0
Clorofórmio/Acetato de etila (8:2) C11-12E 9,0
Clorofórmio/Acetato de etila (6:4) C13E 11,0
Clorofórmio/Acetato de etila (1:1) C14E 4,0
Clorofórmio/Acetato de etila (3:7) C15E 5,0
Acetato de etila C16-18E 3,0
Acetato de etila/Metanol (1:1) C19E 15,0
Metanol C20-22E 9,0
Total
113,0
Rendimento
91,1 %
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 173
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5.5.4.8 - Identificação de EXC2-6 (Fluxograma 04, p. 174)
A fração C9-10E (25 mg) foi lavada sucessivamente com hexano 100 % e mistura
binária hexano/clorofórmio (9:1) fornecendo um sólido branco amorfo (14 mg), denominado
EXC2-5, com faixa de fusão 139-143
º
C, que em teste de Lierberman-Burchard, apresentou
coloração vermelha característica de triterpenos. Após obtenção dos dados espectrais de
EXC2-5 e comparação com os dados da literatura verificou-se que EXC2-6 tratava-se de uma
mistura de dois triterpenos, denominados
a
-amirina e
b
-amirima.
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 174
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Fluxograma 04- Obtenção de EXC2-3; EXC2-4; EXC2-5 e EXC2-6
Outras
Frações
Purificação c\ solvente
Caule (1320 g)
Extrato alcoólico
EXC2 (11,5 g)
Partição com solventes
Hexano (2,4 g)
Clorofórmio (4,5 g) AcOEt (3,6 g)
Coluna cromatográfica
Outras Frações
Outras
Frações
Outras
Frações
Outras
Frações
C2A (1,14 g)
Coluna cromatográfica
Outras
Frações
C4-11B (94 mg)
C18B (145 mg)
C21-30B (124 mg)
Coluna cromatográficas
C61-68C
(12 mg)
EXC2-3
(12 mg)
EXC2-4
(13 mg)
EXC2-5
(8 mg)
C61-62D
(13 mg)
C80-83C
(8 mg)
Coluna cromatográfica
C18B-1
(128 mg)
Coluna cromatográfica
C9-10E
(25 mg)
EXC2-6
(14 mg)
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 175
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5.5.5 - Tratamento cromatográfico de EXC3 (cascas do lenho)
O extrato das cascas do lenho (6,8 g) (Tabela 34, p. 161), foi adsorvido em 7 g de
gel de sílica, pulverizado em gral de porcelana e acondicionados sobre 90 g de gel de sílica
em coluna cromatográfica. Foram utilizados como eluentes: hexano, clorofórmio, acetato de
etila e metanol destilados ou misturas binárias de gradiente crescente de polaridade. As
frações foram coletadas e concentradas por destilação do solvente sob pressão reduzida e
analisadas em cromatografia em camada delgada (CCD), sendo reunidas de acordo a Tabela
43 (p. 175).
Tabela 43 - Dados resultantes do tratamento cromatográfico de EXC3
Eluentes V (mL) Frações CS Pesos (g)
Hexano – 150 CS1 1,480
Hexano/Clorofórmio (1:1) – 180
CS2 0,184
Clorofórmio –100
CS3 0,196
Clorofórmio/Acetato de etila (1:1) – 120
CS4 0,090
Acetato de etila – 60
CS5 0,780
Acetato de etila/ Metanol (1:1) – 50
CS6 1,237
Metanol – 50 CS7 1,589
Total
5,556
Rendimento
81,7%
5.5.5.1-Tratamento cromatográfico da fração CS3
O material da fração CS3 (196 mg), obtido do tratamento cromatográfico do extrato
etanólico das cascas de S. reticulata, foi adsorvido em 100 mg de gel de sílica, pulverizados
em gral de porcelana e acondicionados sobre 3 g de gel de sílica em coluna cromatográfica,
que utilizou como eluentes; hexano, diclorometano, acetato de etila e metanol puros ou em
misturas binárias de gradiente crescente de polaridade, tendo sido suas frações coletadas em
alíquotas de 10 mL (Tabela 44, p. 176), e analisadas em cromatografia em camada delgada
(CCD) sendo reunidas de acordo com a semelhança dos Rf.
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 176
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Tabela 44 - Dados resultantes do tratamento cromatográfico em gel de sílica da fração CS3
Eluentes Frações (CS-F)
Pesos (mg)
Hexano CS1-5F 7,0
Hexano /Diclorometano (8:2)
CS 6-10F 3,0
Hexano /Diclorometano (6:4)
CS 11-15F 6,0
Hexano /Diclorometano (4:6)
CS 16-20F 16,0
Hexano /Diclorometano (2:8)
CS 21-23F 17,0
Diclorometano
CS 24-30F 12,0
Diclorometano/Acetato de etila (8:2) CS 31-33F 28,0
Diclorometano/Acetato de etila (6:4) CS 34-38F 8,0
Diclorometano/Acetato de etila (4:6)
CS 39-41F 25,0
Diclorometano/Acetato de etila (2:8)
CS 42-45F 8,0
Acetato de etila
CS 46-48F 15,0
Metanol CS 49-53F 27,0
Total
172,0
Rendimento
87,7 %
5.5.5.2- Isolamento de EXC3-7 e EXC3-8 (Fluxograma 05, p. 179)
A fração CS31-33F (28 mg) apresentou em CCD duas manchas bem definidas, que
após separação em placas preparativas (clorofórmio\Acetato; 8:2) resultou no isolamento de
duas outras antraquinonas denominadas EXC3-7 (6 mg) (1,3,8-Tri-hidroxiantraquinona)
(faixa de fusão 283-285
o
C) e EXC3-8 (7 mg) (1,6,8-Tri-hidroxi-3-metoxiantraquinona) (faixa
de fusão 288-290
o
C) ambas solúveis em DMSO.
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 177
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5.5.5.3-Isolamento de EXC3-9
O material da fração CS39-41F (25 mg), obtido no item 5.5.5.1, foi solubilizado em
clorofórmio e adicionado em uma pequena coluna cromatográfica de gel de sílica a seco. As
frações 1-2 foram eluídas em clorofórmio e a fração 3 em clorofórmio\acetato de etila (6:4). A
fração 3 (9 mg) denominada EXC3-9, após análise em CCD, pf e a obtenção dos dados
espectrais de RMN uni e bidimensional foi caracterizada como um sólido amorfo amarelado
com faixa de fusão 276-278
o
C, solúvel em metanol conhecido como 3,4’,5,7-Tetra-
hidroxiflavona (Campferol).
5.5.5.4-Identificação de EXC3-10
A fração CS46-48F (15 mg) apresentou-se como um precipitado de cor parda e após
sucessivas lavagens com metanol, caracterizou-se como um sólido branco amorfo solúvel em
piridina com faixa de fusão de 296-298
o
C. Após obtenção dos dados espectrais de EXC3-10
e comparação com os dados da literatura verificou-se que EXC3-10 tratava-se da mistura
esteroidal dos glicosídeos
b
-sitosterol e estigmasterol.
5.5.5.5-Tratamento cromatográfico da fração CS4
O material da fração CS4 (90 mg), obtido no item 5.5.5 do tratamento
cromatográfico do extrato etanólico das cascas de S. reticulata, foi adsorvido em 60 mg de gel
de sílica, pulverizados em gral de porcelana e acondicionados sobre 2 g de gel de sílica em
coluna cromatográfica, que utilizou como eluentes; hexano, diclorometano, acetato de etila e
metanol puros ou em misturas binárias de gradiente crescente de polaridade, tendo sido suas
frações coletadas em alíquotas de 10 mL (Tabela 45, p. 178), e analisadas em cromatografia
em camada delgada (CCD) sendo reunidas de acordo com a semelhança dos Rf.
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 178
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Tabela 45 - Dados resultantes do tratamento cromatográfico em gel de sílica da fração CS4
Eluentes Frações CS-G Pesos (mg)
Hexano CS1G 1,0
Hexano/Clorofórmio (8:2) CS 2G 1,0
Hexano/Clorofómio (6:4) CS 3-5G 13,0
Hexano/Clorofómio (2:8)
CS 6G 7,0
Hexano/Clorofómio (1:9)
CS 7-8G 6,0
Clorofórmio
CS 9-10G 6,0
Clorofórmio/Acetato de etila (8:2)
CS 11-12G 25,0
Clorofórmio/Acetato de etila (6:4) CS 13G 2,0
Clorofórmio/Acetato de etila (3:7) CS 14G 3,0
Clorofórmio/Acetato de etila (1:9) CS 15G 2,0
Acetato de etila CS 16-18G 9,0
Acetato de etila/Metanol (1:1) CS 19G 8,0
Metanol CS 20-22G 5,0
Total
88,0
Rendimento
97,7 %
5.5.5.6- Isolamento de EXC3-11 (Fluxograma 05, p. 179)
A fração CS11-12G (25 mg) apresentou em CCD além da base duas manchas, que
após separação em placas preparativas (clorofórmio 100 % como eluente) resultou no
isolamento de outra antraquinona denominada EXC3-11 (8 mg) (crisofanol-10,10’-biantrona)
com faixa de fusão 207,8-210,3 °C e solúveis em CHCl
3
.
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 179
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Fluxograma 05- Obtenção de EXC3-7, EXC3-8, EXC3-9, EXC3-10, EXC3-11 e EXC3-12
Parte experimental - Senna reticulata Willd. 180
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5.6 – Derivatização do crisofanol
5.6.1- Reação de redução
O crisofanol, sendo o principal constituinte majoritário de Senna reticulata foi
tomado como substrato, no estudo da reações de redução da carbonila pelo SnCl
2
.
5.6.2- Procedimento reacional
48 mg de Crisofanol obtido do extrato etanólico do caule de Senna reticulata foi
solubilizado em 10 mL de ácido acético e acondicionado a um balão de fundo redondo de 25
mL. Dissolveu-se 303 mg de SnCl
2
em 1 mL de HCl conc. e adicionou-se ao balão, que
permaneceu, sob refluxo e agitação por 15 h. Ao final do tempo reacional, adicionou-se 20
mL água e extraiu-se 3 x 10 mL com clorofórmio. A fase orgânica foi seca com Na
2
SO
4
anidro e após concentração por evaporação do solvente sob pressão reduzida, forneceu um
sólido (36 mg) de cor parda, denominado EXC1-1R.
EXC1-1R foi purificado por coluna cromatográfica usando-se como eluentes
misturas binárias de hexano/clorofómio. A fração FR1-2 (8 mg) (Rendimento 16,7 %), após
análise em CCD e obtenção dos dados espectrais de RMN uni e bidimensional foi identificada
como: 1,8-Di-hidroxi-3-metilantrona.
OOH OH
O
CH
3
SnCl
2
/
HCl
H
2
O
OOH OH
CH
3
AcOH,
Estudo Farmacológico - Senna reticulata Willd. 181
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ESTUDO FARMACOLÓGICO
DE
SENNA RETICULATA
CAPÍTULO VI
Estudo Farmacológico - Senna reticulata Willd. 182
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6.0- ESTUDO FARMACOLÓGICO DE SENNA RETICULATA
6.1-Análise do potencial antioxidante dos extratos etanólicos e substâncias
isoladas de S. reticulata in vitro
6.1.1 – Método DPPH
A literatura relata que substâncias que apresentam potencial antioxidante têm
capacidade seqüestradora de radicais livres [MACEDO, 2006]. Ao se adicionar uma
substância com este tipo de atividade a uma solução de cor roxa dos radicais livres (DPPH-
1,1-difenil-2-picril-hidrazil), ocorre um descoloramento desta solução correspondente a um
decréscimo da absorbância inicial indicando uma diminuição da quantidade de radicais livres.
Quanto maior o potencial antioxidante da substância, maior será a captura de radicais livres, e
conseqüentemente maior o decréscimo na absorbância da solução.
O potencial antioxidante é medido pelo índice de varredura (%IV), quanto maior o
valor do índice maior a capacidade seqüestradora da substância em questão. O índice de
varredura é calculado de acordo com a seguinte expressão:
(Abs
DPPH
– Abs
SUBST
) x 100
IV% =
Abs
DPPH
Onde: Abs
DPPH
= absorbância da solução inicial do DPPH
Abs
SUBST
= absorbância da substância após 300 minutos
6.1.1.1 – Preparação do Ensaio
100 mg do extrato etanólico das folhas e caule de S. reticulata foram dissolvidos em
1 mL de metanol, e 0,1 mL desta solução foi adicionado a 3,9 mL de DPPH (1,1-difenil-2-
picril-hidrazil) (6,5x10
-5
mol/L), desta maneira mediu-se a absorbância, durante o intervalo de
0-300 min em um comprimento de onda de 515 nm. Para as substâncias puras, utilizou-se
1mg de amostra. Os resultados encontram-se na Tabela 46 (p. 183) (Figura 99, p. 183) .
Estudo Farmacológico - Senna reticulata Willd. 183
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Tabela 46 Absorbância do extrato etanólico das folhas; caule e constituintes isolados de S.
reticulata a 515 nm
Tempo
(min)
ABSORBÂNCIA
Senna reticulata
Folhas Caule
Crisofanol
Biantrona Emodina
Lunatina
Fisciona
0 0,259
0,274
0,271 0,275 0,290 0,262 0,279
2 0,240
0,241
0,269 0,266 0,287 0,259 0,278
4 0,238
0,234
0,264 0,264 0,286 0,258 0,264
6 0,236
0,239
0,264 0,263 0,287 0,258 0,258
8 0,236
0,231
0,262 0,265 0,287 0,255 0,255
10 0,236
0,235
0,264 0,264 0,282 0,258 0,257
15 0,232
0,231
0,264 0,257 0,279 0,255 0,256
20 0,225
0,238
0,261 0,260 0,282 0,256 0,256
25 0,223
0,234
0,259 0,255 0,259 0,250 0,250
30 0,213
0,221
0,260 0,253 0,253 0,248 0,250
40 0,206
0,216
0,262 0,247 0,230 0,247 0,251
50 0,195
0,195
0,257 0,241 0,260 0,241 0,251
60 0,187
0,184
0,253 0,237 0,271 0,238 0,252
80 0,171
0,164
0,249 0,233 0,260 0,221 0,243
100 0,144
0,169
0,253 0,234 0,260 0,229 0,249
120 0,147
0,154
0,253 0,230 0,257 0,240 0,258
150 0,143
0,147
0,185 0,162 0,211 0,156 0,190
180 0,142
0,144
0,182 0,172 0,210 0,150 0,145
210 0,139
0,137
0,192 0,171 0,212 0,152 0,157
240 0,138
0,134
0,189 0,174 0,216 0,149 0,152
270 0,140 0,132 0,192 0,173 0,215 0,153 0,156
300 0,139 0,132 0,189 0,176 0,214 0,154 0,157
IV (%) 48,4 45,6 34,6 41,5 25,9 46,7 43,2
Figura 99- Representação gráfica da avaliação da atividade antioxidante de S. reticulata pelo
método DPPH.
0,000
0,050
0,100
0,150
0,200
0,250
0,300
0,350
0 50 100 150 200 250 300 350
Tempo (min)
Abserobância à 515nm
Extrato Folhas
Fisciona
Crisofanol
Biantrona
Emodina
Lunatina
caule
Estudo Farmacológico - Senna reticulata Willd. 184
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
6.1.2 – Método DHBA
A capacidade antioxidante medida pela técnica DHBA, consiste em um sistema
enzimático contendo a hipoxantina como um substrato e uma enzima, xantina oxidase, esta
provoca a oxidação da hipoxantina em duas etapas até a formação do ácido úrico. Em ambas
as etapas de oxidação liberação de espécies radicalares, que por sua vez reagem com o
ácido salicílico, presente no meio, e levam a formação dos ácidos benzóicos dihidroxilados
(2,3-DHBA e 2,5-DHBA). Os produtos finais desta reação foram previamente quantificados
em um experimento padrão, via CLAE (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência).
Desta forma é possível inserir no sistema uma substância que tenha um potencial
antioxidante para ser avaliada. Portanto, se a referida substância conseguir competir com o
ácido salicílico na captura das espécies radicalares ou inibir a oxidação da hipoxantina
atuando sobre a enzima, menores quantidades de DHBA e ácido úrico serão formadas,
indicando uma capacidade antioxidante para a substância testada.
6.1.2.1– Preparação do ensaio (DHBA)
Cerca de 100 mg extrato etanólico das folhas e caule de Senna reticulata foram
dissolvidos em 2 mL de metanol, centrifugados, filtrados e o solvente foi removido
utilizando-se fluxo de nitrogênio. Sobre o resíduo seco é então adicionado 1 mL de tampão
fosfato e 10 mL de uma diluição 1:5 de xantina oxidase em NH
4
SO
4
(3,20 mol/L). Retira-se
então uma alíquota de 0,06 mL desta mistura e adiciona-se sobre 0,06mL de uma solução de
hipoxantina (10 mmol/L), dando início a reação. Os tubos foram incubados por 3 horas até
que a reação se completasse a uma temperatura de 37 °C. depois da incubação, 20 mL da
mistura reacional foi analisada por CLAE, utilizando como método de detecção,
absorciometria na região do ultravioleta. Os dados referentes aos resultados destes ensaios,
realizados no German Cancer Center–Heidelberg-Alemanha pela Profa. Dra. Maria Teresa
Sales Trevisan, são mostrados na Tabela 47 (p. 185) (Figura 100, p. 185).
Estudo Farmacológico - Senna reticulata Willd. 185
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Tabela 47 - Porcentagem de inibição dos extratos estudados sobre o ácido salicílico na
formação do 2,3-DHBA e 2,5-DHBA (%).
Concentração do extrato
(mg/mL)
Folhas
Caule
0,125 12 15
0,250 12 21
0,500 22 14
1,250 28 25
2,500 40 45
Figura 100- Representação gráfica da avaliação da atividade antioxidante de Senna reticulata
pelo método DHBA.
Estes resultados demonstram que utilizando-se o método do DHBA os extratos
etanólicos apresentaram a porcentagem de inibição da formação do DHBA respectivamente
de 40 % e 45 % para as folhas e caule, enquanto a analise pelo método do DDPH os extratos
etanólicos apresentaram índice de varredura 48,4 % (folhas) e 43,2 % (caule), para as
substâncias isoladas de S. reticulata, apresentaram os melhores índices de varredura a lunatina
(46,7 %) e fisciona (45,6 %). A análise dos resultados permite atribuir para as duas
substâncias supracitadas pelo menos parte da atividade que apresentam os extratos testados.
0
10
20
30
40
50
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
Concentração dos extratos (mg/mL)
Inibição da formação do DHBA
Folhas
Caule
Estudo Farmacológico - Senna reticulata Willd. 186
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6.2 - Análise da atividade antitumoral de Senna reticulata.
6.2.1– Método MTT [MOSMANN, 1983]
Neste teste são selecionados substâncias ou extratos com percentual de inibição do
crescimento tumoral maior que 90 % em todas as linhagens utilizadas (GI% > 90 %). Estas
amostras são novamente testadas para determinação da IC
50
(concentracão que causa 50 % de
inibição) nas seguintes linhagens: HL60 (leucemia), MDA-MB-435 (mama), HCT-8 (cólon) e
SF295 (SNC).
Critérios para classificação de substâncias e extratos: Extratos são considerados
ativos com CI50 < 30 mg/mL [SUFFNESS e PEZZUTO, 1990] e para as substâncias puras
são considerados ativas com CI50 < 1 mg/mL [PESSOA et al, 2000].
6.2.2– Preparação do ensaio (MTT)
O extrato etanólico das cascas de S. reticulata foi diluído na concentracão de 20
mg/mL e testado, de acordo com o método MTT [MOSMANN, 1983], em concentração única
100 mg/mL nas seguintes linhagens HCT-8 (colon); HL-60 (leucemia); PC-3 (próstata) e
MDA-MB-435 (mama) por um período de incubação de 72 horas (Tabela 48, p. 186).
Tabela 48 – Atividade antitumoral do extrato etanólico de Senna reticulata
Extrato
HCT-8 HL-60 PC-3 MDA-MB-435
GI% EPM
n
GI% EPM
n
GI% EPM
n
GI% EPM
n
Cascas
3,53 3,53 3 41,19 6,17 3 0,00 0,00 3 0,00 0,00 3
O extrato etanólico das cascas de S. reticulata apresentou um percentual de inibição
do crescimento tumoral menor que 90 % em todas as linhagens utilizadas, sendo portanto para
o método MTT não ativo para atividade antitumoral nas linhagens de células estudadas.
Estudo Farmacológico - Senna reticulata Willd. 187
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6.3- Análise da atividade antiparasitária de Senna reticulata.
O Trypanosoma cruzi agente causador da doença de Chagas, em seu metabolismo
depende da enzima gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase glicossomal (gGAPDH) como fonte
produtora do NADH que será indispensável na produção de energia. A metodologia
empregada baseia-se na capacidade inibitória, de uma certa substância ou extrato, da
formação do NADH pela enzima gGAPDH.
O ensaio é realizado primeiramente com o monitoramento da formação do NADH
pela enzima em um meio nutritivo (Gliceraldeído-3-fosfato) durante 30s. Calcula-se então a
atividade específica (U) da enzima de acordo com a fórmula abaixo [BARBOSA e
NAKANO, 1987]:
Onde:
Dt = 0.5 min; volume da célula 1,0 mL; NADH = 2,22 mM
-1
cm
-1
; volume da
enzima = 0,005 mL; [enzima] em mg/mL.
O percentual da atividade inibitória do extrato ou substância em estudo é
calculado, após o monitoramento em espectrofotômetro a 400 nm, de acordo com a formula
abaixo:
Análise da atividade inibitória do NADH, produzido pela gGAPDH do Trypanosoma
cruzi, frente ao crisofanol e aloe-emodina foi realizada no Instituto de Física da USP- São
Carlos (IFSC).
U/mg =
D
Absorbância
Dt (min)
X Volume de Células
6,22 x volume da enzima X [enzima]
% atividade inibitória =
U/mg
controle
– U/mg
crisofanol
X 100
U/mg
controle
Estudo Farmacológico - Senna reticulata Willd. 188
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6.3.1- Preparação do ensaio
O crisofanol e aloe-emodina foram solubilizados em DMSO a 200 µg/mL e parte
dessa solução foi adicionado a mistura reacional (trietanolamina (TEA) 100 mM; EDTA
dissódico 1 mM; β-mercaptoetanol 1 mM tionicotinamida adenina dinucleotídeo oxidado
(Tio-NAD
+
) 250 µM; arseniato de sódio 30 mM) em seguida acrescentou-se a enzima (41
nM) e o substrato (gliceraldeído-3-fosfato 800 µM) e iniciou-se o monitoramento da reação
durante 30 segundos. De acordo com a técnica utilizada, o crisofanol foi capaz de inibir a
formação do NADH em 5 % enquanto a aloe-emodina não mostrou nenhuma inibição em
relação ao inibidor padrão embora a literatura revele atividade antiparasitária contra o T. cruzi
para a emodina [MBWAMBO et al, 2004] (Tabela 49, p. 188).
Tabela 49 – Inibição da formação do NADH frente ao crisofanol
Substância Método de Análise % Inibição*
Crisofanol (200 µM) T- NAD
+
5
Aloe-emodina (200 µM) T- NAD
+
0
Inibidor padrão (100 µM) T- NAD
+
40
6.4 – Ensaios de atividade anticonvulsivante do crisofanol
6.4.1 Análise do efeito do crisofanol na atividade enzimática da catalase no
hipocampo de ratos adultos
O estudo neuroquímico durante a fase aguda do processo convulsivo induzido por
pilocarpina no hipocampo de ratos adultos foi estudado utilizando o modelo induzido por
pilocarpina em alta dose (P400) que é semelhante pelas características comportamentais e
eletroencefalográficas a epilepsia do lobo temporal em humanos. Segundo Chance & Maehly,
1954; a atividade da catalase tem como princípio básico à medida da velocidade de produção
de O
2
e H
2
O (Esquema 03, p. 189) à proporção que o H
2
O
2
, utilizado como substrato é
hidrolisado. A atividade enzimática é medida através da leitura da variação da absorbância
por minuto, e os resultados expressos em U/mg de proteína. Uma unidade (U) da catalase
corresponde a decomposição de 1 mM de peróxido de hidrogênio em água e oxigênio por
minuto.
Estudo Farmacológico - Senna reticulata Willd. 189
____________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Esquema 03 – Atividade da catalase com peróxido de hidrogênio
6.4.1.1- Preparação do ensaio
Os animais foram tratados com uma única dose de cloridrato de pilocarpina (400
mg/kg, subcutânea, s.c.), e observados durante 24h, sendo sacrificados e removidos os
cérebros daqueles que apresentaram convulsões e estado epiléptico (EP). O mesmo processo
foi realizado com animais que receberam 30 minutos antes da administração do cloridrato de
pilocarpina, doses de 0,5 e 1,0 mg/kg de crisofanol.
Foi preparado o meio da reação com H
2
O
2
(18 mL) mais tampão Tris HCl 1M,
EDTA 5 mM pH 8,0 (1,0 mL) e H
2
O Milli Q (0,8 mL). Em seguida foi colocado na cubeta de
quartzo 980 mL do meio de reação mais 20 mL do homogenato a 10% preparado em tampão
fosfato de sódio 50 mM, pH 7,4.
A leitura ocorreu por um período de 6min a temperatura de 37
o
C em
espectrofotômetro a 230 nm. Como branco cinético foi realizada a leitura na absorbância
relativa a 230 nm com apenas 1 mL do meio reacional. A concentração de proteína
encontrada no cérebro dos animais foi determinada pelo método de Lowry [LOWRY et al,
1951]. (Figura 101, p. 190).
Estudo Farmacológico - Senna reticulata Willd. 190
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Controle
P400
CRI 0.5
P400 + CRI 0.5
CRI 1.0
P400 + CRI 1.0
0
10
20
30
40
50
a
a,b,c
a,d
16
12
10
10
a
10
10
a,b,e
Catalase
U/µg de proteína
Animais foram pré-tratados agudamente, via intrapeitoneal, com as drogas listadas na figura 30 minutos antes da
administração de pilocarpina 400 mg/kg, s.c. Resultados para a atividade da catalase são expressas como a media
+ EPM do número de experimentos demonstrado nas barras.
a
P<0,05 quando comparado com grupo controle.
b
P<0,05 quando comparado com grupo P400.
c
P<0,05 quando comparado com P400 + CRI 0,5.
d
P<0,05 quando
comparado com CRI 0,5.
e
P<0,05 quando comparado com P400 + CRI 0,5.
Figura 101-Efeitos do crisofanol (0,5 e 1,0 mg/kg) na atividade da catalase no hipocampo de
camundongos adultos após estado epiléptico induzido por pilocarpina.
6.4.2 – Análise da atividade anticonvulsivante do crisofanol
O crisofanol foi utilizado na dose 0,5 e 1 mg com objetivo de verificar o efeito a
formação da latência da primeira convulsão e na taxa de mortalidade bem como nos outros
parâmetros comportamentais (sinais colinergéticos periféricos, movimentos esteriotipados e
tremores) após a administração com pilocarpina.
6.4.2.1- Preparação do ensaio
Tratou-se os camundongos adultos com dose elevada de pilorcapina (400 mg/Kg, s.c;
n=80) e observou-se alterações comportamentais durante 1h. Os resultado foram comparados,
com outros camundongos que receberam 30 minutos antes da administração do cloridrato de
pilocarpina doses de 0,5 e 1,0 mg/kg de crisofanol (Tabela 50. p. 191).
Estudo Farmacológico - Senna reticulata Willd. 191
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Tabela 50 – Alterações comportamentais após tratamento com crisofanol na dose 0,5 e 1,0 mg/Kg.
Substâncias
Dose
(mg/Kg)
Estado
epiléptico (%)
Latência da 1
a
convulsão (min)
Mortalidade
(%)
N
o
de
Animais
P400 400 100 29,5±1,46 100 80
Crisofanol 0,5 40 77,5±1,72 40 24
Crisofanol 1,0 20 114,5±1,71 20 24
Foi observada uma relação entre o aumento da concentração da dose administrada de
crisofanol e a latência da primeira convulsão, em processo dose-dependente, como também na
latência do estado epiléptico e na diminuição da taxa de mortalidade, embora não tenha sido
alterado os sinais colinérgicos periféricos, tremores e movimentos estereotipados.
6.5-Análise da atividade antibacteriana do crisofanol
A análise da atividade antibacteriana do crisofanol foi realizada em diferentes cepas
de bactérias gram positivas e negativas de acordo com o método de Bawer e Kirk
[LAWRENCE et al, 1972]. Essa técnica consiste em impregnar sobre discos de papel
substâncias com propriedade antibióticas que serão colocados na superfície do Agar
uniformemente semeado com microorganismos. A substância se funde no ágar e produz
inibição do agente sensível, formando um halo de inibição que foi medido e comparado com
tabelas padronizadas.
6.5.1-Preparação do Ensaio
O crisofanol foi empregnado nos discos de papel nas doses (0,5, 1,0, 1,5 e 2,0 mg/kg)
e adicionado em cepas de Klebsiella pneumoniae; Enterobacter aerogenes; Escherichia coli;
Enterococcus faecalis; Proteus mirabilis; Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aereus
por um período de incubação de 24 h a 35
o
C. Os resultados foram dispostos nas tabelas
abaixo:
Estudo Farmacológico - Senna reticulata Willd. 192
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Table 51- Efeitos do crisofanol na dose (0,5 mg/kg) em bactérias gram positivas e negativas
Teste de sensibilidade antimicrobiana
Bactéria Resultados (Halo de inibição)
Klebsiella pneumoniae + 10 mm
Enterobacter aerogenes + 12 mm
Escherichia coli - 00 mm
Enterococcus faecalis + 11 mm
Proteus mirabilis - 00 mm
Pseudomonas aeruginosa + 15 mm
Staphylococcus aereus + 13 mm
Table 52- Efeitos do crisofanol na dose (1,0 mg/kg) em bactérias gram positivas e negativas
Teste de sensibilidade antimicrobiana
Bactéria Resultados (Halo de inibição)
Klebsiella pneumoniae + 13 mm
Enterobacter aerogenes + 11 mm
Escherichia coli - 00 mm
Enterococcus faecalis + 12 mm
Proteus mirabilis - 00 mm
Pseudomonas aeruginosa + 20 mm
Staphylococcus aereus + 12 mm
Table 53- Efeitos do crisofanol na dose (1,5 mg/kg) em bactérias gram positivas e negativas
Teste de sensibilidade antimicrobiana
Bactéria Resultados (Halo de inibição)
Klebsiella pneumoniae + 13 mm
Enterobacter aerogenes + 11 mm
Escherichia coli - 00 mm
Enterococcus faecalis + 16 mm
Proteus mirabilis - 00 mm
Pseudomonas aeruginosa + 22 mm
Staphylococcus aereus + 15 mm
Estudo Farmacológico - Senna reticulata Willd. 193
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Table 54- Efeitos do crisofanol na dose (2,0 mg/kg) em bactérias gram positivas e negativas
Teste de sensibilidade antimicrobiana
Bactéria Resultados (Halo de inibição)
Klebsiella pneumoniae + 14 mm
Enterobacter aerogenes + 10 mm
Escherichia coli - 00 mm
Enterococcus faecalis + 13 mm
Proteus mirabilis - 00 mm
Pseudomonas aeruginosa + 24 mm
Staphylococcus aereus + 17 mm
As tabelas 51, 52, 53 e 54 demonstraram que a cepas de Escherichia coli e Proteus
mirabilis são resistentes ao crisofanol nas diferentes doses testadas. Outros artigos
demonstraram também a resistência de Escherichia coli a outros antibacterianos
[PESSANHA e GONTIJO, 2001]. As cepas de Enterococcus faecalis, Staphylococcus aereus,
Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae e Enterobacter aerogenes, foram sensíveis
as doses de crisofanol testadas, no entanto, essas bactérias se mostraram resistentes a
ciprofloxacina e a cefoxitina [CALDAS et al, 2001]. Para muitas outras drogas usadas
demonstraram resistência com frequência variada de 40 % a ceftazidima e 72 % para
cefalotina [SIDRIM et al, 1998].
O melhor resultado na inibição o crescimento bacteriano da Klebsiella pneumoniae foi
à dose de 2,0 mg/kg de crisofanol, entretanto, para a bactéria gram negativa Enterobacter
aerogenes, a melhor inibição ocorreu na dose de 0,5 mg/kg de crisofanol.
para as bactérias Staphylococcus aereus e Pseudomonas aeruginosa a melhor dose
de inibição foi a de 2.0 mg/kg de crisofanol, entretanto, para a bactéria gram positiva
Enterococcus faecalis, a melhor inibição foi na dose de 1,5 mg/kg de crisofanol.
Os efeitos antibacterianos de crisofanol das cepas de Klebsiella pneumoniae e
Enterobacter aerogenes foram semelhantes nas doses de 1,0 e 1,5 mg/kg.
A análise da atividade enzimática da catalase, juntamente com a análise da atividade
anticonvulsivante e a análise antimicrobiana do crisofanol, foram realizados na Faculdade
Católica Rainha do Sertão - Quixadá pelo Prof. Dr. Rivelilson Mendes de Freitas.
Conclusões - Senna reticulata Willd. 194
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CONCLUSÕES
CAPÍTULO VII
Conclusões - Senna reticulata Willd. 195
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7.0- CONCLUSÕES
Levantamento bibliográfico atualizado das antraquinonas do gênero Senna,
Chamaecrista e Cassia foi realizado e registrado neste trabalho no interesse de se traçar um
perfil químico baseado neste tipo de composto, que contribuísse com a distinção desses
gêneros que até alguns anos eram confundidos devido as suas grandes semelhanças botânicas.
Análise dos dados permitiram concluir que das 37 formas de substituições oxigenadas no
esqueleto antraquinônico, 72 % ocorriam somente no nero Cassia, com um maior número
de ocorrências para as antraquinonas pentaoxigenadas nas posições 1,3,6,7,8. As
antraquinonas 1,3,6,8-tetraoxigenadas, bem como 1,3,6,7,8 pentaoxigenadas foram relatadas
somente no gênero Cassia e não se observou nenhum padrão de substituição que ocorresse
somente em espécies de Senna.
O estudo do óleo fixo da fração hexânica do extrato etanólico do caule de S. reticulata,
apresentou como componente majoritário, o ácido insaturado 9,12-octadecadienóico
(linoleico, 44,52 %) seguido do ácido hexadecanóico (palmítico) com 27,45%, e ácido
octadecanóico (esteárico) com 8,74 %.
A análise cromatográfica do extrato etanólico das folhas de S. reticulata possibilitou o
isolamento e caracterização de duas antraquinonas: 1,8-Di-hidroxi-3-metilantraquinona
(crisofanol) e 1,8-Di-hidroxi-3-metil-6-metoxiantraquinona (fisciona). No extrato etanólico do
caule foram isoladas e caracterizadas as antraquinonas 1,6,8-Tri-hidroxi-3-metilantraquinona
(emodina) e 3-Carbinol-1,8-di-hidroxiantraquinona (aloe-emodina) e bem como as misturas
dos esteróides
b
-sitosterol e estigmasterol e dos triterpenos
a
-amirina e
b
-amirina. As cascas
de S. reticulata forneceu também as antraquinonas 1,3,8-Tri-hidroxiantraquinona e 1,6,8-Tri-
hidroxi-3-metoxiantraquinona (Lunatina), o dímero crisofanol-10,10’-biantrona, o flavonóide
caempferol além de ter sido isolado a mistura dos esteróides
b
-sitosterol e estigmasterol em
suas formas glicosiladas. Apesar de serem compostos conhecidos na literatura, é a primeira
vez são relatados na espécie estuda.
O estudo farmacológico dos extratos de Senna reticulata revelou que a referida
espécie possui uma capacidade antioxidande em torno de 40 % tanto pelo método DPPH
como pelo método DHBA, mas foi inativo para atividade antitumoral nas linhagens de células
estudadas. Testes de atividade farmacológica foram realizados principalmente para o
crisofanol, que este composto foi isolado em todas as partes da planta estudadas, várias
Conclusões - Senna reticulata Willd. 196
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vezes e em teor considerável. Para esta antraquinona, a atividade antiparasitária contra a
gGAPDH, indicou apenas uma modesta inibição (5 %), porém a atividade antibacteriana
observada foi bastante significativa mostrando que as cepas de Enterococcus faecalis,
Staphylococcus aereus, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae e Enterobacter
aerogenes, foram sensíveis as doses de crisofanol testadas, podendo o mesmo servir como
referência no estudo de novos agentes antibacterianos. A atividade farmacológica
anticonvulsivante in vivo do crisofanol foi bastante satisfatória mostrando uma relação entre o
aumento da concentração da dose administrada de crisofanol e a latência da primeira
convulsão, em processo dose-dependente, como também na latência do estado epiléptico e na
diminuição da taxa de mortalidade, embora não tenha sido alterado os sinais colinérgicos
periféricos, tremores e movimentos estereotipados.
Referências Bibliográficas - Senna reticulata Willd. 197
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
CAPÍTULO VIII
Referências Bibliográficas - Senna reticulata Willd. 198
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8.0- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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