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A exportação, nos últimos seis anos, período em que o Rio Grande do Sul
voltou a exportar, tendo ficado praticamente fora do mercado externo de
1978 a 1999, quando exportou somente para os países do Mercosul, foi o
que contribuiu para que o número de empresas participantes do setor se
estabilizasse.
Com todas as letras, eu diria que as empresas que souberam ingressar no
mercado externo, são aquelas que estão melhor posicionadas atualmente.
Estas empresas são as que podem vislumbrar um melhor futuro, pois o
Rio Grande do Sul em virtude de estar geograficamente longe dos grandes
centros consumidores, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais,
além de sofrer desvantagens em tributos e custos de produção, sofre ainda
com a concorrência de outros estados que disputam estes mercados em
condição de vantagem geográfica, de tributos e de custos, como o caso do
Paraná, por exemplo.
O Paraná é um estado produtor de grãos, principalmente o milho, que
possui baixos custos de produção deste grão. O Rio Grande do Sul
comparado à Santa Catarina, possui custos de produção de suínos 7,7 %
superior. Comparado ao Paraná, o custo gaúcho é quase 15% superior, e
comparado ao Mato Grosso do Sul, nosso custo de produção é superior
em 21%.
O Rio Grande do Sul, precisa, portanto, se qualificar em matéria de
licenças ambientais, de qualidade dos criatórios, em geo-referenciamento
dos criatórios e empresas, que é a delimitação por sistema de
posicionamento global (GPS), além de analisar o mercado externo e
exercer efetivo controle de zoonoses em suínos.
Junto com Santa Catarina, esta é a alternativa que pode ajudar resolver a
desvantagem geográfica de ambos.
O Brasil exporta para 96 países, mas a fatia de participação no total
demandado pelo mercado externo é de somente 15%. Muitos dos grandes
importadores ainda não foram atingidos. Estes países querem um produto
que respeite o meio ambiente, com segurança de sanidade animal, além de
escala de fornecimento.
Participar do mercado interno é uma necessidade, porém, o foco, a
alternativa para o Rio Grande do Sul, é o mercado externo.
Em 2005, nos meses de julho e agosto, 43% das carnes suínas produzidas
no Rio Grande do Sul foram destinadas ao mercado externo, muito mais
por necessidade do que por opção.
O sr. Costi, refere-se ao mercado externo da seguinte forma:
Bom, eu posso falar até o ano em que a nossa empresa esteve no mercado.
Posteriormente só por dedução. Aquelas empresas que conseguiram voltar