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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ENGENHARIA
CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA
CONSERVAÇÃO GENÉTICA IN SITU DE ESPÉCIES ARBÓREAS QUE
OCORREM NA TRANSIÇÃO DA FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL E
O CERRADO EM SELVÍRIA – MS
Simas Ferreira Aragão
Engenheiro Agrônomo
Prof. Dr. Mario Luiz Teixeira de Moraes
Orientador
Dissertação apresentada à Faculdade de
Engenharia do Campus de Ilha Solteira -
UNESP, para obtenção do título de Mestre
em Agronomia: área de concentração em
Sistemas de Produção.
Ilha Solteira
São Paulo – Brasil
Agosto de 2008
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FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação da UNESP - Ilha Solteira.
Aragão, Simas Ferreira.
A659c
Conservação genética in situ de espécies arbóreas que ocorrem na transição da flo-
resta estacional semidecidual e o cerrado em Selvíria – MS / Simas Ferreira Aragão.
Ilha Solteira : [s.n.], 2008
130 f. : il., fots. color.
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Engenharia
de Ilha Solteira. Especialidade: Sistemas de Produção, 2008
Orientador: Mario Luiz Teixeira de Moraes
Bibliografia: p. 99-109
1. Genética florestal. 2. Florestas – Conservação. 3. Proteção ambiental. 4. Solos
florestais.
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OFEREÇO:
Aos meus pais,
Zeferino Ferreira Aragão e Maria Aparecida Borela Aragão
A minha tia,
Josefina Ferreira de Aragão
DEDICO:
A minha esposa,
Silmara Cozin Aragão, pela ajuda nos trabalhos de campo e incentivo nos momentos difíceis.
Aos meus filhos
Gabriela Cozin Aragão e Guilherme Ferreira Aragão por serem maravilhosos.
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Mario Luiz Teixeira de Moraes pela amizade, confiança no meu trabalho,
pela orientação e ensinamentos que foram além desta dissertação.
A direção da FEIS/UNESP e ao conselho de Pós-graduação em sistemas de produção
pela oportunidade de poder retornar ao Campus de Ilha Solteira, como discente.
Ao Departamento de Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e Sócio-economia
(DFTASE) pela harmoniosa convivência.
Aos Docentes do Curso de Pós-graduação, Cristina Lacerda Soares Petrarolha Silva,
Evaristo Bianchinni Sobrinho, João da Costa Andrade, Marcelo Andreotti, Marco Eustáquio
de , Maria Aparecida Anselmo Tarsitano, Marlene Cristina Alves e Salatier Buzetti, pelo
conhecimento compartilhado.
Ao amigo e colaborador Alexandre Marques da Silva pela grande ajuda nas análises
de solo e emprego da geoestatística.
Ao amigo José Cambuim, pela identificação das espécies arbóreas e por partilhar seu
conhecimento da floresta.
Ao Professor Flávio Gandara pela contribuição no número de parcelas do trabalho.
Á amiga Selma Maria Bozzite Moraes pelo acolhimento e carinho dispensado.
Às amigas do laboratório de genética de populações, Érica Cristina Bueno da Silva e
Isabel Afonso pela ajuda com os dados amostrais.
Aos amigos André Luiz Altimara, Christian Luis Ferreira Berti e Rafael Montanari,
pela contribuição desta dissertação.
Aos amigos Hemerson F. Calgaro e Hernandes Queiroz, pela ajuda na obtenção dos
dados na área amostral.
Aos funcionários da FEIS/UNESP, Alonso Ângelo da Silva, Joaquim Dias de Souza,
Manoel Fernando Rocha Bonfim, Valdecir Alves de Souza e Valdivino dos Santos pela
colaboração.
E a todos que, de alguma forma, contribuíram para a realização deste trabalho.
ARAGÃO, S.F. Conservação genética “in situ” de espécies arbóreas que ocorrem na
transição da floresta estacional semidecidual e o cerrado em Selvíria MS. Ilha Solteira,
2008. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Engenharia, Universidade Estadual Paulista.
RESUMO
A conservação in situ de recursos genéticos é uma estratégia de grande valia na preservação
natural de toda uma comunidade de espécies, principalmente quando existem espécies em
risco de extinção. Assim, em regiões de pecuária extensiva, com introdução de espécies de
gramíneas exóticas, o ambiente natural foi modificado de tal forma, que restaram poucos
fragmentos, ocasionando ruptura da estrutura das comunidades nos seus habitats. Outro fator
relevante é o recente avanço da cana-de-açúcar, que vem provocando a eliminação dos poucos
remanescentes arbóreos isolados, e com eles suas sementes que deveriam reflorestar as Áreas
de Preservação Permanente e Reserva Legal, que se encontram descaracterizadas e utilizadas
em sistemas produtivos. Desse modo, o presente trabalho teve como objetivos: caracterizar os
atributos químicos e físicos do solo e avaliar a ocorrência e a densidade populacional das
principais espécies arbóreas que ocorrem em um fragmento florestal primário, localizado na
Reserva Legal da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão da Faculdade de Engenharia -
FEPE/UNESP, Campus de Ilha Solteira, no município de Selvíria (MS), que ocupa uma área
de 99,69 ha. Para tanto, foram georeferênciadas 50 parcelas de 10 x 10 m distribuídas de
forma casualizada, nas quais foram coletadas amostras para as análises químicas e físicas do
solo. Na análise química do solo foi determinado: fósforo, potássio, cálcio e magnésio pelo
método de extração com resina trocadora de íons, matéria orgânica e hidrogênio mais
alumínio. As propriedades físicas do solo estudadas foram macroporosidade,
microporosidade, porosidade total e densidade do solo. Em relação às espécies arbóreas foram
avaliados os caracteres silviculturais: altura total das plantas e diâmetro a altura do peito.
Concluiu-se que os atributos químicos e físicos do solo apresentam uma distribuição espacial
diferenciada, o que proporciona uma diversidade de espécies arbóreas de duas regiões
fitoecológicas brasileiras, o cerrado e a floresta estacional semidecidual, formando um
ecótono, de extrema importância regional para a conservação genética in situ.
ARAGÃO, S.F. Genetic “in situ” conservation of tree species that occur in the transition
of the semi-deciduous seasonal forest and the savannah in Selvíria MS. Ilha Solteira,
2008. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Engenharia, Universidade Estadual Paulista.
ABSTRACT
The in situ conservation of genetic resources is a strategy of great value in the natural
preservation of a whole community of species, especially when there are species at risk of
extinction. Thus, in regions with extensive livestock rearing, with introduction of exotic
species of grass, the natural environment was altered in a way that few fragments remained,
causing the collapse of the structure of communities in their habitats. Another relevant factor
is the recent advance of sugar cane, which is causing the elimination of the few remaining
isolated trees, and with them their seeds which should afforest the Area of Permanent
Preservation and Legal Reserve, which are deprived of their natural characteristics, and used
in production systems. In this way, this work aimed to: characterize the chemical and physical
attributes of soil and evaluate the occurrence and population density of the main tree species
that occur in a fragment primary forest, located in Legal Reserve of Fazenda de Ensino,
Pesquisa e Extensão da Faculdade de Engenharia - FEPE / UNESP, Campus of Ilha Solteira,
in Selvíria (MS) county, which occupies an area of 99.69 ha. To do so, 50 plots of 10 x 10 m
were identified by satellite and randomly distributed, in which samples for chemical and
physical soil analysis were collected. In the chemical analysis of soil was determined:
phosphorus, potassium, calcium and magnesium by the method of ion exchanging resin
extraction, organic substance and hydrogen plus aluminum. The physical properties of soil
studied were macroporosity, microporosity, total porosity and density of the soil. Concerning
the tree species, the following forest characters were evaluated: the total height of the plants
and the diameter at chest height. It was concluded that the chemical and physical attributes of
soil present a different spatial distribution, which provides a wide variety of tree species from
two Brazilian forest regions, the savannah and the semi-deciduous seasonal forest, forming a
meeting of two biomes (ecótono) of extreme importance for location conservation genetics in
situ.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Mapa identificando todas as parcelas demarcadas na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
59
Figura
2
.
Vista aérea da Reserva Legal, da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da
Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em Selvíria-MS...................................
60
Figura 3. Curvas de nível na Reserva Legal, da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão,
da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em Selvíria-MS...............................
61
Figura 4. Distribuição espacial dos atributos químicos do solo na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS........................................................................................
64
Figura 5
.
Distribuição espacial dos atributos físicos do solo na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
70
Figura 6. Distribuição espacial das espécies arbóreas por biomas na Reserva Legal da,
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
73
Figura 7.
Percentagem das espécies por tipo de vegetação na Reserva Legal, da Fazenda
de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP,
em Selvíria-MS.....................................................................................................................
78
Figura 8. Proporção do número de indivíduos amostrados de cada espécie na Reserva
Legal, da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
Figura 9. Local de ocorrência da espécie Astronium fraxiniflolium na Reserva Legal,
da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS........................................................................................
79
81
Figura 10. Local de ocorrência da espécie Bowdichia virgulioides na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS........................................................................................
82
Figura 11. Local de ocorrência da espécie Byrsonima basiloba na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
83
Figura 12. Local de ocorrência da espécie Caryocar brasiliense na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
83
Figura 13. Local de ocorrência da espécie Copaifera langsdorffii na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
84
Figura 14. Local de ocorrência da espécie Cordia trichotoma na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
85
Figura 15. Local de ocorrência da espécie Cupania vernalis na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
85
Figura 16. Local de ocorrência da espécie Curatella americana na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
86
Figura 17. Local de ocorrência da espécie Fícus guaranitica na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
87
Figura 18. Local de ocorrência da espécie Kielmeyera variabilis na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
87
Figura 19. Local de ocorrência da espécie Kielmeyra rubriflora na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
88
Figura 20. Local de ocorrência da espécie Magonia pubescens na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
89
Figura 21. Local de ocorrência da espécie Myracrodruon urundeuva na Reserva Legal,
da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
89
Figura 22. Local de ocorrência da espécie Ormosia arborea na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
90
Figura 23. Local de ocorrência da espécie Qualea grandiflora na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
91
Figura 24. Local de ocorrência da espécie Qualea jundiahy na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
91
Figura 25. Local de ocorrência da espécie Salvertia convallariaeodora na Reserva
Legal, da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
92
Figura 26. Local de ocorrência da espécie Tabebuia áurea na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
93
Figura 27. Local de ocorrência da espécie Tapirira guianensis na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
93
Figura 28. Local de ocorrência da espécie Tocoyena formosa na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
94
Figura 29. Local de ocorrência da espécie Xylopia aromatica na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.........................................................................................
95
Figura 30. Fluxograma de estratégia de utilização de espécies arbóreas, em conservação
genética in situ e ex situ, na Reserva Legal, da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão,
da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em Selvíria-MS..............................
97
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Estatística descritiva para os atributos químicos do solo na Reserva Legal,
da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS, nas profundidades estudadas......................................
63
Tabela 2. Estatística descritiva para os atributos físicos do solo na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS, nas profundidades estudadas......................................
69
Tabela
3.
Espécies e famílias amostradas no levantamento realizado na Reserva Legal,
da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS......................................................................................
76
Tabela 4. Ocorrência de espécies arbóreas na Reserva Legal, da Fazenda de Ensino,
Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em
Selvíria-MS........................................................................................................................
80
LISTA DE APÊNDICE
Foto 01 Vegetação característica da floresta estacional semidecidual (FES),
apresentando 12 espécies arbóreos, sendo 11 característica de FES e 1 de cerrado
(Parcela13).......................................................................................................................
110
Foto 02
Vegetação característica da transição entre a floresta estacional
semidecidual (FES) e o cerrado apresentando 24 espécies arbóreos, sendo 5
característica de FES, 11 de cerrado e 8 da transição entre a FES/cerrado (Parcela 39)
111
Foto 03 Vegetação característica de cerrado apresentando, 16 espécies arbóreos
característicos de cerrado (Parcela 46)............................................................................
112
Tabela 5
Levantamento das espécies arbóreas na Reserva Legal, da Fazenda de
Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP,
em Selvíria MS, nas suas respectivas parcelas, georeferenciadas, com altura e DAP. ..
113
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................... 14
2. REVISÃO DE LITERATURA........................................................................................ 16
2.1. Áreas de proteção ambiental................................................................................ 16
2.2.
Reserva Legal (RL)
.............................................
...........................................
......
17
2.3. Área de preservação permanente (APP).............................................................. 18
2.4. Cerrado................................................................................................................
19
2.5. Floresta Estacional Semidecidual........................................................................ 20
2.6. Diferenciação geográfica e florística entre Cerrado Sensu Stricto
e Mata
Estacional Semidecidual.......................................................................................
21
2.7.
Conservação in situ de recursos genéticos vegetais............................................ 22
2.8. Propriedades do solo sob floresta........................................................................ 27
2.9. Influência do relevo na área de estudo................................................................. 28
2.10.Espécies características da floresta estacional semidecidual.............................. 28
2.11.Espécies características do cerrado..................................................................... 40
2.12.Espécies características da transição entre a floresta estacional semidecidual e
o cerrado...............................................................................................................
51
2.13.Sistema primário (vegetação natural)................................................................. 55
3.
MATERIAL E MÉTODOS............................................................................................
56
3.1. Área e variáveis de estudo................................................................................... 56
3.2. Atributos químicos e físicos do solo.................................................................... 56
3.3.
Identificação e caracteres silviculturais das espécies arbóreas............................ 57
3.4.
Análise estatística dos atributos químicos e físicos do solo................................
58
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES................................................................................... 62
4.1. Distribuição espacial dos atributos do solo na reserva legal
......
........
.................
62
4.1.1. Atributos químicos do solo......................................................................
62
4.1.2. Atributos físicos do solo..........................................................................
68
4.2. Distribuição espacial da vegetação na reserva legal
.......................
.....................
73
4.3. Levantamento das espécies arbóreas que ocorrem na reserva legal....................
75
4.4. Local de ocorrência de algumas espécies arbóreas na área de estudo................. 81
4.5. Estratégia de utilização do fragmento em estudo, em conservação genética in
situ e ex situ..........................................................................................................
95
5. CONCLUSÕES............................................................................................................... 98
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………..…………..
99
7.
APÊNDICE.........................................................................
..............................
...............
110
14
1. INTRODUÇÃO
As mudanças climáticas do planeta, previstas pelos cientistas a mais de vinte anos,
estão se concretizando. O aquecimento global, derretimento de geleiras, aumento no nível dos
oceanos, chuvas torrenciais e secas prolongadas são notícias comuns em todos os continentes.
O modelo de desenvolvimento social atual está alicerçado no consumismo, gerando a
necessidade de exploração predatória dos recursos naturais. Uma mudança neste atual modelo
de desenvolvimento de forma repentina geraria uma instabilidade econômica e social a nível
mundial.
Uma maneira paliativa, para minimizar as catástrofes climáticas, seria o
desenvolvimento sustentável, com uma política voltada a um maior controle no uso dos
recursos naturais, aliada à diminuição de emissão do carbono na atmosfera.
A não utilização de formas de energia proveniente de carbono, está longe de ser
alcançada, pois principalmente o parque industrial e a frota de veículos no mundo inteiro
fazem uso desta fonte de energia.
A maneira mais fácil e conhecida para retenção deste carbono na natureza são as
espécies vegetais, que o utilizam na formação dos seus órgãos.
As leis ambientais brasileiras seguem esta tendência, no sentido de tentar promover
um maior controle na erradicação das formas de vegetação primária do país, evitando a
liberação de carbono na atmosfera com a queima das florestas, proporcionando indiretamente
uma proteção à biodiversidade da fauna e flora, que ainda não foi estudada o suficiente para o
seu pleno conhecimento.
Porém, não é suficiente o controle da erradicação das nossas florestas, pois, grande
parte dos biomas brasileiros já sofreu uma grande devastação; assim é necessário que se
promova a restauração de todas as regiões fitoecológicas atingidas por algum tipo de
degradação ambiental.
15
Neste sentido se faz necessário o cumprimento da legislação ambiental que prevê a
restauração ecológica das Reservas Legais e Áreas de Preservação Permanente, com o
repovoamento de espécies vegetais nativas da região.
Infelizmente, grande parte da vegetação natural das micro-bacias hidrográficas de
regiões mais desenvolvidas do país foi quase que totalmente erradicada, fazendo com que
projetos de restauração ecológica fiquem prejudicados em função da falta de um banco de
germoplasma regional, prejudicando a variabilidade e a evolução natural das espécies
arbóreas.
Diante desta situação, tal fato também se repete na região do bolsão sul-
matogrossense, em função da exploração da pecuária e, mais recentemente, com a introdução
da cana-de-açúcar e do eucalipto. Assim, nos fragmentos florestais, ainda existentes, é de vital
importância a preservação de árvores matrizes que proporcionem sementes de qualidade para
a revegetação de Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL) nas
propriedades rurais. Desse modo, a partir de um fragmento, utilizado como Reserva Legal da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP,
localizada no município de Selvíria-MS, pretendeu-se:
a) Avaliar a distribuição espacial dos atributos químicos e físicos do solo em um gradiente
florestal primário de transição entre a Floresta Semidecidual e o Cerrado;
b) Estimar a densidade populacional das espécies arbóreas que ocorrem no fragmento
florestal estudado;
c) Estimar parâmetros populacionais que norteiam a conservação genética in situ de espécies
arbóreas, neste fragmento, visando à transformação do mesmo em uma Área de Proteção
Ambiental (APA), promovendo, então, condições para sua preservação.
16
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Áreas de proteção ambiental
Diante das intervenções humanas, os ambientes naturais que mostram ou mostravam-se
em estado de equilíbrio dinâmico vem sendo alterados consideravelmente. Este fato decorre
da tecnificação e da sofisticação dos padrões sócio-culturais de uma população que cresce a
índices espantosos, o que culmina em um poder impactante cada vez mais avassalador e, em
alguns casos, de modo irreversível (ROSS, 1995).
Foi nesses aproximadamente duzentos anos de industrialização do planeta, que a
produtividade de bens materiais e seu consumo deram-se de forma bastante acelerada. Como
esse processo de industrialização desrespeitou a dinâmica dos elementos componentes da
natureza, ocorreu uma considerável degradação do meio ambiente (MENDONÇA, 1998).
Assim, a paisagem deve ser planejada com o objetivo de identificar os espaços mais
adequados para o desenvolvimento das atividades econômicas e os espaços destinados à
proteção, reconhecidos como áreas protegidas.
O estabelecimento de tais áreas, sob domínio público ou privado, constitui um
instrumento de grande relevância para a manutenção do equilíbrio natural e da produtividade
das terras. As áreas protegidas podem ser planejadas, tanto no vel de paisagem regional,
quanto no nível de propriedade rural.
Neste último caso, sobressaem-se a Reserva Legal (RL) e as Áreas de Preservação
Permanente (APPs), conforme estabelecido na legislação ambiental. Os dispositivos legais
são reconhecidos há praticamente 70 anos, contudo não têm sido respeitados, apesar de
permanecerem extremamente atualizados e a sua implementação torna-se cada vez mais
urgente (COSTA e ARAUJO, 2002).
17
2.2. Reserva Legal (RL)
A Reserva Legal localiza-se no interior de uma propriedade ou posse rural, de domínio
público ou privado, destinada ao uso sustentável dos recursos naturais, a conservação dos
recursos hídricos, dos solos e a proteção da fauna e flora. Ficando restrito o lançamento ou
aplicação de agrotóxicos, bem como o corte raso da cobertura arbórea. As atividades de
manejo agroflorestal sustentável podem ser praticadas, com autorização do órgão ambiental
competente, para o uso na propriedade rural, de que não descaracterizem a cobertura vegetal e
não prejudiquem a sua função ambiental (COSTA e ARAUJO, 2002).
A Reserva Legal (R.L.) é permanente e deve ser averbada em cartório, à margem do
registro do imóvel. O órgão oficial competente emite um termo de responsabilidade de
preservação de R.L., um documento oficial destinado a estabelecer a responsabilidade de
preservação da R. L. Esta área é discriminada a critério da autoridade florestal, em comum
acordo com o proprietário, tanto em termos de localização e significância do remanescente
florestal, como em termos de definição percentual.
Há algumas situações em que os proprietários que já estão utilizando todo o imóvel para
fins agrícolas ou agropecuários, podendo compensar a Reserva Legal em outras propriedades.
A lei permite que a compensação da RL seja feita em outra área, própria ou de terceiros, de
igual valor ecológico, localizada na mesma microbacia e dentro do mesmo Estado, desde que
observado o percentual mínimo exigido para aquela região. A compensação é uma alternativa
que pode ser adotada de forma conjunta por diversos proprietários alocados dentro da uma
mesma microbacia. (SCHAFFER e PROCHNOW, 2002).
Esta compensação permite a criação de áreas contínuas e maiores de Reserva Legal e
possibilita melhores condições para a fauna e flora e para a proteção de mananciais
(METZGER, 2002 e CABS, 2000).
O proprietário rural está legalmente obrigado a recuperar os solos e os ecossistemas
degradados em suas terras, principalmente quando inexistem fragmentos florestais a serem
averbados como R.L. Há situações em que as ações de recuperação são uma prioridade, como
no caso de florestas localizadas em Áreas de Preservação Permanente e no caso da vegetação
natural que deveria ser mantida na R. L.
18
Segundo o Código Florestal, nos casos de reposição florestal, deverão ser priorizados
projetos que contemplem a utilização de espécies nativas da região. É também desejável que
as R. L. e matas ciliares contemplem uma grande variedade de espécies, para manter sua
função ambiental. Para o trabalho de recuperação de florestas devem-se considerar algumas
características das plantas e do ambiente (AHRENS, 2002; SCHAFFER e PROCHNOW,
2002; RIBEIRO, 2003).
2.3. Área de preservação permanente (APP)
Área de Preservação Permanente (APP), regida por legislação ambiental que considera
estas áreas bens de interesse nacional e espaços territoriais especialmente protegidos, com a
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas que, conforme indica sua denominação, são caracterizadas, como regra
geral, pela intocabilidade e vedação de uso econômico direto, sendo instrumentos de relevante
interesse ambiental.
Somente poderá ocorrer qualquer tipo de intervenção em APP, nos casos de utilidade
pública, interesse social ou baixo impacto, desde que seja comprovada real necessidade e
inexistência de alternativa técnica e locacional, conforme descrita na Resolução do Conselho
Nacional do Meio Ambiente n° 369 de 28 de março de 2006.
O Código Florestal Brasileiro (Lei 4.771 de 1965), e várias Resoluções e Decretos,
inferem sobre a localização das Áreas de Preservação Permanente, priorizando áreas
marginais a cursos d’água, nascentes, lagos ou reservatórios de água, topo de morro, veredas,
dunas, manguezais, encostas, chapadas, cavernas, restinga, vegetação rara ou em vias de
extinção, além de áreas com elevado potencial paisagístico e cultural.
A área de estudo foi averbada como Reserva Legal e parte dela fica marginal ao
reservatório da hidrelétrica de Ilha Solteira, originando desta forma, APP, em toda extensão
do contato entre o reservatório e a RL, em uma distância de 100 metros, a partir da cota
máxima de inundação do reservatório.
19
2.4. Cerrado
O Bioma Cerrado brasileiro, com grande diversidade de formas fitofisionômicas,
ocorre em 15 estados e o Distrito Federal, ocupando uma área de aproximadamente dois
milhões de km
2
, a qual corresponde a um quarto da superfície do país. A forma mais extensa,
o cerrado sensu stricto, ocupava aproximadamente 65% da área geográfica do Bioma,
enquanto que o cerradão ocupava apenas cerca de 1%. No restante da área original (34%),
diversos outros tipos fitofisionômicos dividiam a paisagem (MARIMON, 2005).
A distribuição e a manutenção das diferentes fitofisionomias do Bioma Cerrado
estão relacionadas com fatores edáficos e topográficos, além da ocorrência de fogo e
perturbações antrópicas (EITEN, 1972; RADAMBRASIL, 1981; OLIVEIRA-FILHO et al,
1990). A profundidade efetiva, a drenagem, a presença de concreções no perfil, a
profundidade do lençol freático e a fertilidade do solo são considerados os principais fatores
determinantes da diversidade fitofisionômica (EITEN, 1972; HARIDASAN, 1992).
O cerrado sensu stricto é uma vegetação savânica composta por um estrato arbóreo-
arbustivo e outro herbáceo-graminoso (EITEN, 1994). Normalmente, ocorre sobre latossolos
e neossolos quartzarênicos profundos, bem drenados, distróficos, ácidos e álicos e raramente
sobre solos mesotróficos (HARIDASAN, 1992). O cerradão é uma vegetação florestal que
ocorre tanto em solos distróficos quanto mesotróficos, sendo sua composição florística
variável conforme a fertilidade do solo (RATTER, 1971; RATTER et al. 1973; ARAÚJO e
HARIDASAN, 1988).
Apesar de ocupar uma área de quase 2 milhões de km
2
e conter uma elevada
biodiversidade, o cerrado tem sido pouco valorizado em termos de conservação
(MENDONÇA et al., 1998; BRASIL, 1999). Apenas 0,5% da sua área total está protegida por
unidades de conservação de uso restrito (BRUCK et al., 1995) e 3,6% protegidos por alguma
categoria de unidade de conservação (DIAS, 1990). Myers et al. (2000), consideraram o
cerrado como um dos 25 ecossistemas do planeta, com alta biodiversidade, que estão
ameaçados.
Aproximadamente 37% da área do cerrado brasileiro perdeu sua cobertura vegetal
primitiva, porém, a Constituição de 1988 o considerou o cerrado como área prioritária para
conservação, e as atuais mudanças sugeridas pelo Poder Executivo no Código Florestal,
aprovadas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), aumentam as
possibilidades de sua degradação (FELFILI et al. 2002).
20
O Cerrado stricto sensu é o bioma que vêm sofrendo as maiores taxas de desmatamento
devido o rápido processo de expansão de fronteiras agrícolas do país, atraindo grande parte da
agroindústria nacional para essas áreas. Entre as formações vegetais do cerrado, o ambiente
fluvial ou ripário, caracteriza-se por associar-se aos cursos d’água com elevada riqueza,
diversidade genética e pelo seu papel na proteção dos recursos hídricos, edáficos, fauna
silvestre e aquática (SILVA, 2007).
2.5. Floresta Estacional Semidecidual
O conceito ecológico deste tipo de vegetação está condicionado pela dupla
estacionalidade climática: uma tropical, com época de intensas chuvas de verão seguidas por
estiagens acentuadas; e outra subtropical, sem período seco, mas com seca fisiológica
provocada pelo intenso frio de inverno, com temperaturas médias inferiores a 15°C.
É constituída por fanerófitos com gemas foliares protegidas da seca por escamas
(catáfilos) ou pêlos, tendo folhas adultas esclerófilas ou membranáceas deciduais.
Em tal tipo de vegetação, a porcentagem das árvores caducifólias, no conjunto florestal
e não das espécies que perdem as folhas individualmente, é de 20 e 50%. Nas áreas tropicais,
é composta por mesofanerófitos que revestem, em geral, solos areníticos distróficos. nas
áreas subtropicais, é composta por macrofanerófitos, pois revestem solos basálticos eutróficos
(IBGE, 1991).
A cobertura florestal nativa do Estado de São Paulo ocupa aproximadamente 7% de sua
área original (FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA/INSTITUTO NACIONAL DE
PESQUISAS ESPACIAIS, 1992), concentrando-se principalmente nas encostas acidentadas e
de difícil acesso da Serra do Mar.
Os poucos remanescentes preservados da formação florestal característica do interior
paulista são de grande valor ecológico e taxonômico, funcionando como uma coleção viva de
espécies representativas da flora local e de sua diversidade genética, bem como banco de
informações acerca da estrutura e funcionamento desse tipo de ecossistema (ORTEGA E
ENGEL, 1992).
Levantamentos fitossociológicos vêm sendo realizados em florestas tropicais com o
intuito de retratar a estrutura de determinados trechos de matas e de compará-los com outros
trechos em diferentes condições de solo, clima, altitude, estádio sucessional etc., mas são
21
raros os que retratam as variações que ocorrem nas diferentes fases do mosaico florestal, em
um mesmo remanescente (FONSECA et al, 2000).
No Estado de São Paulo, como nos demais estados brasileiros, as formações florestais
são ainda pouco conhecidas quanto à sua composição florística e aspectos da dinâmica
florestal. Os estudos fitossociológicos desenvolvidos deixam muitas vezes de amostrar trechos
perturbados dessas formações (GANDOLFI et al., 1995).
2.6. Diferenciação geográfica e florística entre Cerrado Sensu Stricto e Mata Estacional
Semidecidual
De acordo com Rizzini (1997), o cerrado e o complexo da mata atlântica (no qual se
incluem as matas estacionais) incidem sob o mesmo clima geral dominado por uma estação
seca. Por isso, freqüentemente ocorrem juntos, em mosaicos. No segundo, porém, o ambiente
aéreo é muito mais úmido.
Tanto as matas estacionais como os cerrados são definidos por Rizzini (1997) como
formações edafoclimáticas, indicando que a formação destas vegetações são influenciadas
principalmente pelo solo e clima. Na estação seca, estes tipos vegetacionais se diferenciam,
visto que o cerrado depende de solos profundos, enquanto que a mata depende de água
superficial. Ratter (1992) verificou que as florestas decíduas e semideciduas, assim como os
cerrados, parecem ser altamente resistentes ao fogo, de tal modo que a transição de floresta
decídua para cerrado parece estar completamente relacionada a fatores edáficos, e não ao
fogo.
Rizzini (1997) descreve que a flora do cerrado sensu stricto é heterogênea, sendo uma
mistura de materiais florísticos de diferentes procedências. O cerradão, por sua vez, revela-se
nitidamente aparentado com as florestais pluviais, e a maioria das suas espécies evoluíram
localmente (planalto central) a partir de elementos vindos de florestas vizinhas. Portanto,
apresentam espécies e gêneros comuns aos ocorrentes na floresta amazônica (Bowdichia
virgilioides, Byrsonima coccolobifolia, Couepia spp.), na floresta atlântica (Machaerium
acutifolium, Tabebuia spp.), nas matas secas (Copaifera langsdorffii, Platypodium elegans),
além de espécies isoladas, sem afinidade imediata com outras conhecidas, como a Plenckia
populnea.
22
Segundo a descrição de Lorenzi (1992), a espécie Tapirira guianenis ocorre em todo o
território brasileiro, principalmente em terrenos úmidos e em quase todas as formações
florestais, enquanto que Machaerium acutifolium está presente desde a região amazônica a
São Paulo e Mato Grosso do Sul, principalmente no cerrado. Copaifera langsdorffii e Ocotea
corymbosa aparecem principalmente nas regiões de transição entre a floresta latifoliada
semidecídua e o cerradão. a Vochysia tucanorum e a Xylopia aromatica são características
do cerrado e campo cerrado de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul, sendo a
primeira típica de cerrados de altitude maior que 400 m e indiferente às condições químicas e
físicas do solo.
2.7. Conservação in situ de recursos genéticos vegetais
No sistema primário ou vegetação primária (natural) estão incluídos todos os tipos de
vegetação, também chamado de biomas ou regiões fitoecológicas brasileiras; as formações
pioneiras; os refúgios vegetacionais e as faixas de tensão ecológica dos contatos entre duas ou
mais regiões fitoecológicas, onde estas áreas podem ser chamadas de ecótono ou encrave.
Ecótono é quando duas ou mais regiões ecológicas ou tipos de vegetação se misturam
formando comunidades indiferenciadas onde as floras se interpenetram constituindo as
transições florísticas ou contatos edáficos, criando um mosaico específico, sendo de fácil
delimitação quando os tipos de vegetação possuem fisionomias diferentes, por exemplo, a
floresta ombrófila densa e floresta estacional.
Encrave, da mesma forma que o ecótono é o encontro de dois biomas, porém sua
delimitação torna-se exclusivamente cartográfica e sempre dependente da escala, sendo
possível separá-las e de fácil delimitação, independentemente dos tipos de vegetação
existentes, onde cada encrave guarda sua identidade ecológica, sem se misturar. (IBGE,
1991).
Segundo KAGEYAMA (l987), a forma mais efetiva para se conservar recursos
genéticos é a conservação in situ, principalmente para os casos em que toda uma comunidade
de espécies essendo o objetivo da conservação. Para que uma população em equilíbrio no
seu ecossistema continue sua evolução, é necessário se conservar todo seu ecossistema, pois o
ambiente biótico para todas as espécies está em contínua mudança, necessitando as espécies
de um potencial de variabilidade para continuidade da evolução.
23
A maciça destruição dos ecossistemas brasileiros coloca sobre permanente perigo de
extinção a maioria de suas espécies. Nas florestas mistas tropicais e subtropicais, onde a
diversidade do ecossistema está associada à complexidade nas interações entre as espécies, a
quebra dessas interações através da devastação, leva à instabilidade e pode resultar na
extinção das espécies, gerando uma cadeia de reações que poderá levar à extinção grupos
inteiros de espécies.
A conservação e o manejo da biodiversidade biológica de espécies em risco de
extinção nos trópicos representam um desafio complexo (SOULÉ; MILL, 1992).
A preocupação com a conservação genética in situ das espécies de árvores dos
diversos biomas brasileiros vem crescendo recentemente devido à rápida eliminação desta
comunidade por desmatamento descontrolado, devido à expansão das rodovias, fronteiras
agrícolas e pecuárias, os grandes projetos hidrelétricos, os pólos industriais com o
crescimento das cidades, atividades de mineração e o alto preço das chamadas “madeiras de
lei”, são exemplos das dificuldades enfrentadas na manutenção destas populações, somado a
escassez de dados básicos sobre a ecologia e biologia da maioria das espécies de árvores
nativas, dificultam o processo de conservação das mesmas.
A maciça destruição dos ecossistemas brasileiros coloca sobre permanente perigo de
extinção a maioria de suas espécies. Nas florestas mistas tropicais e subtropicais, onde a
diversidade do ecossistema está associada à complexidade nas interações entre as espécies, a
quebra dessas interações através da devastação, leva à instabilidade e pode resultar na
extinção das espécies, gerando uma cadeia de reações que poderá levar à extinção grupos
inteiros de espécies (KAGEYAMA, l987).
Os ecossistemas florestais naturais tropicais estão sendo perturbados e eliminados
definitivamente nesses últimos 30 anos, contrastando com o avanço muito pequeno nos
estudos desses ecossistemas, do ponto de vista ecológico e genético-evolucionário. Esses
estudos nas florestas tropicais e subtropicais têm se, concentrado em um pequeno número de
espécies que atualmente tem grande importância econômica na formação de plantações.
As principais ameaças à biodiversidade e a quebra na estabilidade das populações
naturais são a poluição, superexploração, modificações ambientais, espécies introduzidas,
invasoras, perda e fragmentação de habitats pelo uso da terra e ruptura da estrutura das
comunidades nos habitats.
As árvores da floresta tropical exercem um papel de suma importância nesta
comunidade, não fornecendo abrigo e alimento para outros organismos como também por
sua influência no microclima através da sua produção de sombra, abrigo do vento, absorção e
24
escoamento de águas de chuva e a sua participação no ciclo hidrológico na parte de
evapotranspiração (SALATI, 1983).
RANKIN-DE-MERONA e ACKERLY (1987) ressaltam que as árvores, por compor
a maior parte da biomassa da comunidade florestal, são também elementos importantes no
ciclo de nutrientes. O papel das árvores é ainda mais relevante quando uma área de floresta é
isolada, pois a continuidade da integridade estrutural e biológica da comunidade depende em
grande parte da condição de suas árvores. Por outro lado, o impacto de isolamento de curto e
médio prazo nas árvores no fragmento é difícil de avaliar devido exatamente as
características que o a estes organismos um papel preponderante no ecossistema:
organismos fixos autotróficos de grande longevidade.
Ainda comentando a respeito da importância das árvores RANKIN-DE-MERONA e
ACKERLY (1987), esclarecem que a diferença essencial entre plantas e animais no fragmento
florestal é que o genótipo da planta individual é perdido tanto ao nível local como a regional
quando a planta é eliminada do fragmento, enquanto no caso de um animal que migra para
fora do fragmento, o seu genótipo é "extinto" ao nível do fragmento, porém continua presente
na população global.
Outra característica das árvores é a sua relativa longevidade em comparação com os
animais, que mesmo quando não existe uma população reprodutiva de uma espécie arbórea
capaz de manter a espécie presente na comunidade, o fato não é imediatamente evidente
devido à presença ainda de indivíduos daquela escie.
Kageyama et al. (2001) relatam a importância de se conhecer geneticamente as
espécies em conservação in situ, não bastando que se mantenha intocada a área onde as
espécies em conservação estão vegetando.
A implementação de estratégias eficazes de conservação in situ requer conhecimentos
genéticos e ecológicos fundamentais a respeito das populações.
Esse conhecimento inclui informações sobre a distribuição e abundância de espécies,
sua biologia reprodutiva e a estrutura genética de suas populações.
Uma espécie pode estar efetivamente "extinta" anos antes da morte do último
indivíduo, pois nem é necessário que a densidade populacional de uma espécie seja
radicalmente reduzida para afetar o potencial reprodutivo; no caso de espécies dióicas,
mudanças na razão sexual e disponibilidade de agentes de polinização podem afetar a
reprodução.
Bawa (1974) observou que as espécies arbóreas tropicais apresentam polinização
cruzada, Hamrick (1983) descreveu que o fluxo gênico via pólen e sementes e o status
25
sucessional, sendo estes os fatores principais que determinam a estrutura genética de
populações naturais.
Os estudos genéticos em populações de espécies arbóreas foram iniciados na Malásia
(GAN et al., 1981) e houve um grande avanço nas florestas neotropicais do Panamá
(HAMRICK e LOVELEES, 1986), Costa Rica (BAWA e O’ MALLEY,1987) e no Brasil
(HARRIT, 1991; PAIVA, 1992).
Pesquisas sobre variação genética requer a utilização de técnicas de quantificação da
diversidade genética, bem como um bom entendimento da ecologia desses ecossistemas.
Em de meados de 1980, houve a abertura de linhas de estudo nesta área, ocorrendo
novos avanços nas técnicas de genética quantitativa estabelecendo testes de progênie e
procedências (KAGEYAMA, 1990), algum tempo depois foram utilizados isoenzimas e
polimorfismos de DNA que resultou em novos estudos com espécies arbóreas tropicais
(GANDARA et al.,1997; GATTTAPAGLIA et al., 1998).
O problema maior encontrado pelos pesquisadores era como selecionar as espécies
para estudo e conservação, quais as informações necessárias, como aplicá-las em programas
de conservação genética.
Em ecossistemas muito ricos em espécies como as florestas tropicais é necessário ter
um conhecimento do ecossistema como um todo afim de saber quais estratégias corretas para
coleta de dados úteis de cada espécie.
As espécies modelo” formam uma estratégia útil para selecionar poucas espécies à
serem estudadas e monitoradas em programas de conservação (GANDARA, et al., 1997).
Kageyama et al (2001), sugerem cinco grupos de espécies com características e
funções comuns, baseados em padrões ecológicos (status sucessional) e demográficos
(densidade populacional), e respostas à perturbação antrópica, afim de estudar algumas
espécies que representam muitas, desde modo os dados obtidos de poucas espécies modelo
podem ser extrapolados para boa parte da comunidade. Estes grupos são:
Grupo 1: Espécies que são raras na floresta primária e que se tornam comuns em
florestas secundárias após distúrbios antrópicos. São geralmente espécies secundárias na
sucessão e emergentes ou do dossel.
Grupo 2: Espécies que são raras na floresta primária e que desaparecem em florestas
secundárias. São espécies que necessitam do ambiente da floresta primária e são secundárias
ou climácias.
26
Grupo 3: Espécies especializadas em ambientes com características edáficas
restritivas, como topo de morros, solos rasos ou encharcados. Estas espécies podem tornar-se
comuns em florestas secundárias.
Grupo 4: Espécies pioneiras que ocorrem em clareiras grandes na floresta primária.
São consideradas raras na floresta primária e ocorrem em alta densidade nos primeiros
estágios da sucessão.
Grupo 5: Espécies tolerantes à sombra ou climácicas. São espécies comuns sob o
dossel da floresta primária e têm diferentes comportamentos em florestas secundárias.
As Reservas têm papel básico de separar elementos da biodiversidade de processos
que ameacem a sua existência na natureza. Isso deve ser feito dentro de limites impostos pelo
aumento da população humana e suas demandas por espaço, materiais, energia e disposição
de resíduos.
Dois objetivos devem ser alcançados pelas reservas para desempenharem seu papel
básico (SOÚLE, 1986):
- As reservas devem, representar, ou amostrar, a variedade completa da
biodiversidade, preferencialmente em todos os níveis organização (Representatividade).
- Manutenção dos processos naturais e de populações viáveis, excluindo as ameaças,
as reservas devem assegurar a sobrevivência em longo prazo das espécies e outros elementos
da biodiversidade que contêm (Persistência).
Diversas formas têm sido apontadas para escolha de espécies alvo para conservação in
situ. As espécies bandeiras seriam aquelas que seriam de importância para sociedade, e para a
comunidade da floresta, referência para conservação.
Para Gilbert (1980), e reforçado por Terborgh (1992), outra forma de selecionar
espécies que seriam referência para a conservação in situ seria através de espécies chave, que
seriam grupos de espécies com característica comuns, padrões genéticos e ecológicos dentro
de certa medida para cada grupo, que poderiam representar uma comunidade florestal como,
por exemplo, a maçaranduba, jatobá, tatajuba.
Este sistema seria denominado de Espécies-chave”, onde as espécies vegetais fariam
parte de um sistema maior e que estaria compartimentalizado em subsistemas, e estes estariam
interligados por elos móveis (animais polinizadores e dispersores).
Onde essas espécies seriam identificadas e escolhidas para representarem a
comunidade vegetal, sendo estas escolhidas para estudos mais complexos e assim seriam
monitoradas na conservação in situ.
27
Para Janzen (1980) essas espécies escolhidas como “Espécies-chave” não são
indicadas, mas sim descobertas através de estudos mais aprofundados que apontariam seu
papel essencial no fornecimento de alimento em períodos críticos, aos animais que fazem
realmente a ligação no emaranhado sistema de interação entre espécies.
Somente quando um número significativo de espécies vegetais tiver sido estudado é
que poderiam ser apontadas como candidatas a espécies chaves. Então se todas essas
premissas que são discutíveis forem aceitas, pode-se utilizar o conceito do tamanho efetivo
(N
e
) para verificar se uma dada espécie alvo tem uma população adequada, conforme a
fundamentação de amostragem estatístico-genética apontada por Vencovsky (1987).
2.8. Propriedades do solo sob floresta
A quantidade de material orgânico depositado nas florestas naturais e nas plantações de
eucaliptos pode variar de 3,5 a 9 toneladas anuais, dependendo da espécie, das condições
climáticas e da capacidade do sítio (ATTIWILL, 1980; CARPANEZZI, 1980; TURNER e
LAMBERT, 1983; POGGIANI, 1985). Os mesmos autores observaram, ainda, que cada
espécie apresenta uma sazonalidade característica na derrubada das folhas, sendo este um dos
aspectos fenológicos associado também às condições de latitude, altitude e distribuição da
precipitação.
Inúmeros trabalhos de campo têm mostrado a importância do estudo das variações das
condições do solo como aspecto fundamental para se implementar uma agricultura mais
eficiente e rentável, sendo que estes trabalhos, desenvolvidos a partir de técnicas
geoestatísticas, mostram que a variabilidade do solo não é puramente aleatória, apresentando
correlação ou dependência espacial (Vieira et al, 1983; Souza et al. 1998; Oliveira et al.,
1999; Carvalho et al., 2002; Silva et al., 2003). Segundo Silva e Chaves (2001), com exceção
do pH dos solos, os atributos químicos apresentam maior variação que as propriedades físicas.
Conforme Vettorazzi e Ferraz (2000), as cnicas de geoprocessamento fornecem
subsídios para a identificação e a correlação das variáveis que afetam a produtividade
florestal, por meio da sobreposição, cruzamento e regressão, em Sistemas de Informação
Geográfica (SIGs), de mapas digitais do relevo, dos atributos do solo e da capacidade
produtiva dos povoamentos.
28
2.9. Influência do relevo na área de estudo
A vegetação da RL como floresta ciliar se modifica no espaço e tempo devido a vários
fatores. Gandolfi (2000) relata que a declividade da superfície do solo produz, em conjunto
com outros fatores, uma variedade de situações ambientais, tais como: gradiente de umidade
do solo entre o topo e a base da vertente; favorecimento do transporte de partículas de solo ao
longo do perfil; interferência na organização vertical do dossel, ocasionando variações nos
ângulos de penetração e distribuição de luz no interior de florestas; promoção da aparente
elevação da copa de indivíduos menores e mais jovens de áreas de declividade acentuada;
variação no tempo de incidência de radiação durante o ano e geração de aspecto de degraus no
estrato arbóreo.
2.10. Espécies características da floresta estacional semidecidual
Família Anacardiaceae
Myracrodruon urundeuva Fr. All, conhecida como aroeira, é uma espécie arbórea de
ocorrência em quase todo o Brasil, e no Estado de São Paulo apresenta maior freqüência nas
regiões oeste e norte. A sua madeira, de cor castanho avermelhada e muito pesada (1,00 a
1,21g/cm
3
), de grande valor econômico, é muito utilizada no meio rural, principalmente em
construções e obras externas em geral que exijam resistência e durabilidade, como barracões,
cercas, postes, dormentes, etc. (MEDINA, 1966; BARROS, 1970; RIZZINI, 1971;
NOGUEIRA, 1977; CARVALHO, 1994).
A casca contém cerca de 15% de tanino, o que lhe confere propriedades
farmacológicas (RIZZINI, 1971). Tal como outras espécies com características nobres e alto
valor econômico, a aroeira também teve exploração predatória, acarretando o
comprometimento de suas populações naturais, requerendo estudos para garantir sua
conservação (MORAES et al., 1993).
No Estado de São Paulo a aroeira ocorre na Floresta Estacional Semidecidual, cerrado
e cerradão onde é mais freqüente, principalmente em solos calcáreos e rasos (CARVALHO,
29
1994). No cerrado a altura das árvores é de 6 a 14 m e em solos mais férteis de floresta, 20 a
25 m (LORENZI, 2000). A aroeira está na lista oficial de espécies ameaçadas de extinção, na
categoria vulnerável. É planta heliófita e ocorre em agrupamentos, o desenvolvimento das
mudas é rápido, porém, o das plantas no campo é médio (LORENZI, 2000). Sua classificação,
segundo o grupo ecológico, é de espécie secundária tardia (FERRETTI et al., 1995), mas
também pode ser classificada como secundária/pioneira antrópica: espécies secundárias e
normalmente raras na floresta primária, mas que em áreas antrópicas fazem o papel de
pioneiras (KAGEYAMA et al., 1994).
Floresce durante os meses de junho-julho, geralmente com a planta totalmente despida
de folhagem. A maturação completa dos frutos inicia-se no final do mês de setembro ,
prolongando ate outubro (LORENZI, 2000).
Tapirira guianensis Aubl, popularmente conhecida por peito de pomba, é uma espécie
arbórea de ampla distribuição pelo Brasil e ocorre em quase todos os tipos de formações
vegetais (RIBEIRO, 1999).
Espécie perenifólia, pioneira, heliófita, característica de florestas ombrófilas de
planície, é também encontrada em formações secundárias de solos úmidos como os de várzeas
e beira de rios. Pode alcançar de 8 a 14m de altura em ambientes mais secos, chegando a 30m
em florestas. Possui folhas compostas com quatro a cinco jugos e folíolos bastante variáveis
em forma, número e tamanho. Seu lenho é de baixa densidade (0,51 Kg/m3) e leve utilizado
na indústria madeireira, também pode ser empregada em reflorestamentos heterogêneos,
principalmente de locais úmidos, graças à fácil adaptação a esse ambiente e à produção de
frutos, que são altamente apreciados pela fauna.
Floresce durante os meses de agosto-dezembro. Os frutos amadurecem a partir de
janeiro, prolongando até março. (LORENZI, 2000).
Família Apocynaceae
Peschiera fuchsiaefolia Miers, o leiteiro é uma espécie perenifólia, pioneira, heliófita,
característica da floresta semidecídua do planalto paulista. Apresenta intensa regeneração
espontânea em formações vegetais abertas e capoeiras, de ocorrência no Rio de Janeiro, São
Paulo e norte do Paraná, na floresta latifoliada semidecídua, floresce durante os meses de
outubro–novembro. A maturação dos frutos ocorre no período de maio-junho.
30
O leiteiro tem a madeira leve, de baixa resistência ao apodrecimento, pode ser
empregada para tabuado em geral, caibros, vigotas, para lenha e carvão; a árvore apresenta
qualidades ornamentais, principalmente, pela forma e densidade da copa; pode ser empregada
na arborização de ruas estreitas e sob redes elétricas; apresenta intensa regeneração a partir da
brotação de rizomas, chegando em muitos casos a constituírem em seria infestante de
pastagens; seus frutos são avidamente procurados por ssaros que consomem o arilo
vermelho que envolve as sementes, por esta razão não pode faltar na composição de
reflorestamentos heterogêneos planejados para recuperação de áreas degradadas de
preservação permanente (LORENZI, 2000).
Família Bignoniaceae
Jacaranda cuspidifolia Mart, o jacarandá-caroba é uma planta decídua, heliófita,
pioneira, seletiva, xerófita. Sua dispersão é maior em formações secundárias do triangulo
Mineiro e Noroeste de São Paulo, onde é facilmente notada durante a floração em terrenos
rochosos secos. È rara sua ocorrência no interior da floresta primária densa. Produz
anualmente grande quantidade de sementes viáveis. Pode chegar a 10 metros, com folhas
compostas bipenadas de 20- 50 cm de comprimento ,floresce a partir do mês de setembro com
a planta totalmente despida de sua folhagem, prolongando-se ate outubro. Os frutos
amadurecem durante os meses de agosto-setembro.
Apresenta a madeira leve, macia, de durabilidade média quando em ambientes secos;
alburno não diferenciado. De ocorrência em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato
Grosso, São Paulo até o Paraná, principalmente na floresta latifoliada semidecídua da bacia do
Paraná (LORENZI, 2000).
Família Leguminosae-Caesalpinoideae
Copaifera langsdorffii Desf, conhecida por copaíba, ocorre nos estados de Minas
Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, sendo característica da floresta
latifoliada. A espécie pode ser empregada na arborização urbana e na recuperação de áreas
degradadas. Fornece óleo com propriedades medicinais e a madeira pode ser empregada na
construção civil e confecção de moveis.
Árvore com até 30 m de altura, com tronco reto, de casca acinzentada, grossa, áspera,
que se desprega em placas retangulares de cor avermelhada por dentro. Os ramos e folhagem
31
formam uma copa densa e arredondada. As folhas são alternas e compostas por 2 a 6 pares de
folíolos sem pêlos, de tamanhos diferentes, variando de 2 a 7,5 cm de comprimento e de 1 a
3,5 cm de largura. As inflorescências são ramificadas (tipo panícula) com até 2000 flores de
0,5 cm de comprimento de cor creme a rosada. Os frutos são secos (tipo folículo) que abrem
em duas partes (valvas) expondo, em geral, uma única semente de cor preta com uma
estrutura carnosa (arilo) lateral de cor alaranjada (LORENZI, 2000).
Esta espécie possui tronco, geralmente retilíneo, com o diâmetro de 80 cm, casca
áspera, fissurada e gretada com aspecto quadriculado, de coloração marrom, que, ao ser
levemente raspada, apresenta-se com coloração avermelhada, característica que facilita em
muito a sua identificação em ambientes de mata onde a densidade de copas no dossel o
permite a visualização ou coleta das folhas. Sua madeira é moderadamente pesada (densidade
0,79 g/cm3), com alburno diferenciado, superfície lustrosa e lisa ao tato, grã direita ou
irregular, empena durante a secagem, muito durável em condições naturais. Trata-se de uma
espécie clímax exigente de luz (heliófita) (DAVID, 1995).
A copaíba é rara no Cerrado onde se destaca por sua altura (10 a 30 m) entre as demais
espécies; é freqüente nas Matas de Galeria e ocasional nos Cerradões distróficos, onde se
apresenta com grandes indivíduos com copa globosa. Em matas de galeria do Distrito Federal,
C. langsdorffii aparece como espécie exclusiva de solos secos, a uma densidade de 52,5 e 34,1
indivíduos por hectare (BATALHA, 1997). No Pantanal do rio das Mortes (MT) é uma
espécie de ocorrência rara no cerrado, babaçual e ocasional no cerradão (MARIMON, 2001).
A copaíba é uma espécie decídua ou semi-decídua, heliófita. A floração ocorre junto
com o brotamento das folhas novas, de setembro a março (BATALHA, 1997). A frutificação
ocorre de junho a outubro e os frutos estão maduros de agosto a setembro (OLIVEIRA, 2001).
Hymenaea courbaril L.var. stilbocarpa, o jatoba-da-cultura é uma árvore de 15 a 20
m de altura e com tronco a 1 m de diâmetro, ocorre do Piauí até o norte do Paraná na
floresta semidecídua. É classificado como espécie clímax, segundo Kageyama, Biella e
Palermo (1990), sendo pertencente ao grupo das indicadoras acompanhantes, ou seja, espécies
de ocorrência em mata ciliar ou de várzea, em solo temporário ou permanentemente úmido,
sujeito à inundação periódica e sendo ainda freqüente nas matas de terra firme (SALVADOR,
1989). Os frutos do jatobá possuem uma polpa farinácea que fornece farinha com valor
protéico equivalente ao fubá de milho, com utilização culinária (ALMEIDA, SILVA e
RIBEIRO, 1990). Esta polpa farinácea também é muito procurada por várias espécies da
32
fauna, que dispersam suas sementes, tornando o jatobá muito útil nos plantios em áreas
degradadas destinadas à recomposição da vegetação arbórea.
Planta semidecídua, heliófita, seletiva xerófita, característica da floresta latifoliada
semidecídua. É uma planta pouco exigente em fertilidade, ocorrendo também em terrenos
bem drenados. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis. Floresce durante
os meses de outubro-dezembro. Os frutos amadurecem a partir do mês de julho.
Apresenta madeira muito pesada, muito dura ao corte, de média resistência a ataque de
insetos xilófagos sob condições naturais, alburno branco amarelado, espesso e nitidamente
diferenciado do cerne (LORENZI, 2000).
Família Leguminosae-Mimosoideae
Albizia polycephala (Benth) Killip, também chamado de angico-branco é uma planta
decídua, heliófita, pioneira, seletiva xerófita, característica da floresta latifoliada semidecídua
da bacia do Paraná. Apresenta dispersão irregular e descontínua, ocorrendo em grandes
agrupamentos em determinados pontos e faltando completamente em outros, è encontrada
tanto no interior da floresta primária densa, como em formação abertas e secundárias. Produz
anualmente grande quantidade de sementes viáveis. Floresce a partir do final de outubro,
prolongando-se até o inicio de janeiro. A maturação dos frutos ocorre nos meses de setembro-
outubro, com a planta totalmente desprovida da folhagem.
Com altura entre 10-20m, com tronco de 40-60 cm de diâmetro. Folhas compostas
pinadas, fruto legume achatado, deiscente. Madeira leve, macia ao corte, pouco compacta, de
baixa resistência ao ataque de organismos xilófagos (LORENZI, 2000).
Enterolobium contortisiliquum (Vell) Morong, denominado de tamboril, é uma
espécie heliófita, seletiva, higrófita, pioneira, dispersa em várias formações florestais, com
ocorrência nos Estados do Pará, Maranhão e Piauí até o Mato Grosso do Sul e Rio Grande do
Sul. Na floresta primária é pouco comum e, quase sempre concentrada em solos úmidos, em
capoeira e estágios mais adiantados da sucessão secundária sua freqüência pe maior. Não
produz sementes todos os anos; sua madeira, devido à sua leveza, é própria para fabricação de
barcos, canoas, brinquedos, armação de móveis e caixotarias, em geral; pode ser empregada
em reflorestamentos de áreas degradadas de preservação permanente em plantios mistos, em
especial por seu rápido crescimento.
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Planta de 20-35m, com tronco de 80-160 cm de diâmetro, folhas compostas bipinadas,
floresce a partir de meados de setembro, prolongando-se até novembro. A maturação dos
frutos ocorre durante os meses de junho-julho, entretanto permanecem na árvore mais alguns
meses (LORENZI, 2000).
Família Leguminosae-Papilionoideae
Lonchocarpus muehlbergianus Hassl, conhecido como feijão-cru, é uma planta de
10-18m, com tronco de 40-50 cm de diâmetro, folhas compostas imparipinadas. Conhecida
popularmente em algumas regiões do Brasil como embira-de-sapo, feijão-cru (Paraná), timbó
(Minas Gerais) e rabo de- bugio ou de macaco, pertence à família Leguminosae-Faboideae (=
Papilionoideae). Sua ocorrência se desde o Mato Grosso do Sul, passando por Minas
Gerais e estendendo-se até o Rio Grande do Sul, mas destaca-se principalmente na floresta
latifoliada semidecídua da bacia do Paraná. A subfamília Faboideae (= Papilionoideae)
abrange 482 gêneros e 12.000 espécies aproximadamente. É considerado o grupo mais
evoluído entre as Leguminosae, sendo mais difundido em regiões de clima temperado.
É considerada uma planta decídua, heliófita. Apresenta larga, mas descontínua e pouco
expressiva dispersão, preferindo solos profundos, férteis e úmidos. Ocorre principalmente em
formações secundárias, sendo rara no interior da floresta primária densa, produz anualmente
grande quantidade de sementes viáveis. Floresce de outubro a janeiro. A madeira é
moderadamente pesada, dura, compacta, suscetível de belo polimento, moderadamente
resistente ao ataque de organismos xilófagos. A maturação de seus frutos ocorre nos meses de
julho a agosto, sendo que um quilo dos mesmos pode produzir aproximadamente 1.160
sementes (LORENZI, 2000).
Ormosia arborea (Vell.) Harms, popularmente chamada de olho de cabra, é uma
planta semidecídua ou perenifólia, heliófita, característica da floresta latifoliada semidecídua
e pluvial atlântica. Prefere solos enxutos situados em topos de morros ou encostas íngremes.
Apresenta ampla e descontínua dispersão, porem com freqüência muito pequena. Produz
anualmente grande quantidade de sementes viáveis.
De ocorrência na Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul ate Santa Catarina,
principalmente na floresta pluvial atlântica e latifoliada semidecídua. Madeira
moderadamente pesada, resistente, textura média, decorativa, médianamente resistente ao
ataque de organismos xilófagos. Árvore de 15-20m, com tronco de 50-70 cm de diâmetro
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Copa frondosa, com folhas compostas imparipinadas. Floresce durante os meses de
outubro-novembro. Os frutos amadurecem em setembro-outubro, entretanto permanecem na
árvore por muitos meses (LORENZI, 2000).
Família Moraceae
Ficus guaranitica Schodat, a figueira–branca, é uma planta perenifólia, heliófita,
lactescente de 10-20 m de altura, com tronco dotado de sapopemas basais de 90-180 cm de
diâmetro característica da floresta semidecídua. Ocorre preferencialmente em terrenos
profundos e rteis, sendo considerado padrão de terra boa. Pode ser encontrada tanto no
interior da floresta primária densa como em formações secundárias. Produz anualmente
grande quantidade de sementes viáveis, amplamente disseminadas por pássaros.
De ocorrência no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato grosso do Sul, Goiás, São Paulo
e norte do Paraná, principalmente na floresta semidecídua da bacia do Paraná. Floresce em
diferentes épocas do ano, porem mais freqüentemente durante os meses de setembro-outubro.
A maturação de seus frutos verifica-se nos meses de dezembro-janeiro (LORENZI, 2000).
Família Myrtaceae
Myrcia selloi (Spreng) N.Silveira, popularmente chamado de cambuim, é uma planta
semidecídua, esciófita, seletiva higrófita, característica e exclusiva da floresta semidecídua de
altitude e mata de pinhais. Ocorre preferencialmente em terrenos muito úmidos ou mesmo
brejosos de beira de rios e depressões de terrenos, situados nas submatas dos pinhais, orla de
matas e capões. Apresenta dispersão expressiva, porem irregular e descontínua, tanto em
formações primárias como secundárias. Produz anualmente bastantes sementes viáveis,
disseminadas pela avifauna.
De ocorrência de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, na floresta semidecídua de
altitude e mata de pinhais. Floresce durante os meses de novembro-dezembro (no extremo sul
um pouco mais tarde). Os frutos amadurecem de janeiro a março. Planta de 4-6m, dotada de
copa globosa, com ramos novos e inflorescência casca marmorizada e descamante muito
característico, madeira moderadamente pesada, compacta, muito elástica, resistente, de boa
durabilidade natural (LORENZI, 2000).
Família Rhamnaceae
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Rhamnidium elaeocarpus Reiss, conhecido como cafezinho, é uma planta decídua,
heliófita e seletiva higrófita, encontrada preferencialmente em terrenos pedregosos de solos
férteis das florestas semideciduas. É rara em toda a área de distribuição, ocorrendo de maneira
mais expressiva em formações abertas e capoeiras, rara na floresta primária sombria. Produz
anualmente grande quantidade de sementes viáveis, amplamente disseminadas por pássaros.
De ocorrência de Pernambuco ao Rio Grande do Sul na floresta pluvial atlântica e de
minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, na floresta semidecídua da
bacia do Paraná. Floresce durante os meses de outubro-novembro. Os frutos amadurecem nos
meses de dezembro-março. Planta de 8-16metros de altura, com tronco 30-50 cm de diâmetro,
madeira pesada, textura dia, dura, altamente resistente ao apodrecimento mesmo quando
em contato com o solo e a umidade (LORENZI, 2000).
Colubrina glandulosa Perk, denominado popularmente de sobrasil, é uma planta
decídua, heliófita e seletiva higrófita, pouco freqüente na floresta latifoliada semidecídua da
bacia do Paraná e mais comum na mata pluvial da encosta atlântica, é rara na floresta primária
sombria, preferindo as matas mais abertas, principalmente secundárias (capoeirões), situadas
em solos úmidos e pedregosos e planícies quaternárias. Altura de 10 a 20m, com tronco de
40-60 cm de diâmetro. Folhas com esparsa pubescência ferrugínea na face inferior, de 10-24
cm de comprimento por 4-10 cm de largura. Planta morfologicamente bastante variável.
De ocorrência do Ceaaté Rio Grande do Sul na encosta pluvial atlântica e, Minas
Gerais, Goiás, Mato Grasso do Sul, São Paulo e Paraná na floresta latifoliada semidecídua.
Madeira Pesada (densidade 0,92g/cm3), textura média, dura, bastante resistente ao
apodrecimento mesmo quando em contato com o solo e a umidade, com alburno pouco
distinto (LORENZI, 2000).
Família Rosaceae
Prunus sellowii Koehne, o marmelo é classificado por Carvalho (1994) como espécie
secundária inicial e a considera com características que a torna promissora tanto para
reflorestamentos quanto para recuperação de ecossistemas degradados.
É uma espécie arbórea de ocorrência do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul na mata
pluvial atlântica e Minas Gerais e Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul nas florestas
semideciduas. Floresce em mais de uma época do ano, entretanto, com maior intensidade nos
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meses de dezembro-fevereiro. A maturação dos frutos ocorre durante os meses de junho-
agosto. Planta de 10-15m, com tronco de 30-40 cm de diâmetro, folhas simples, glabras
(LORENZI, 2000).
Família Rubiaceae
Bathysa meridionalis Smith & Douns, conhecida como quina-doce, é uma planta
perifólia, de luz difusa, seletiva higrófita, secundária, característica e exclusiva do sub-bosque
da mata pluvial Atlântica do sul do Brasil. De ocorrência ampla e abundante, porem
descontínua e irregular na dispersão ao longo de sua área de distribuição, é particularmente
freqüente na parte mais alta da encosta da serra do Mar nos Estados de São Paulo e Paraná.
Ocorre com maior predominância nas encostas e fundo de vales onde os solos são mais
férteis, principalmente na mata primária. Produz anualmente abundante quantidade de
sementes.
De ocorrência no Rio de Janeiro e Minas Gerais ate Santa Catarina, na mata pluvial da
encosta Atlântica. Floresce durante os meses de dezembro-março e os frutos amadurecem
quase simultaneamente até maio.
Altura entre 5-8m, dotada de copa alongada muito característica, com ramos novos
cobertos por densa pubescência ferrugínea, madeira moderadamente pesada, de textura média,
uniforme, de média resistência mecânica e de baixa durabilidade natural (LORENZI, 2000).
Posoqueria acutifólia Mart, também chamada popularmente de fumo-bravo-de-
árvore, é nativa da Mata Atlântica, especialmente em planícies aluviais em beira de rios,
banhados de solo argilosos e rteis, ocorre na Mata atlântica do Sul, na floresta semidecídua
(que perde a folha em certa época do ano) do Sul da Bahia até Santa Catarina, aparecendo
também no Pantanal e na Amazônia, no Brasil.
Árvore perenifólia de 4 a 8 m com copa piramidal, com tronco ramificado de 10 a 30
cm de diâmetro com casca fina e áspera de coloração creme. As folhas são simples, inteiras,
glabras (sem pelos), coriáceas (de consistência rija) opostas e cruzadas com estipulas
(formação laminar) de 0,8 a 1,2 cm de comprimento. A inflorescência é umbelada (com flores
numerosas inseridas na mesma altura do eixo principal), contem 4 a 15 flores pedunculadas
(haste de suporte) de cor esverdeada.
O fruto é uma baga globosa de até 6 com de diâmetro, de cor amarela quando madura.
As sementes são translúcidas, envolvidas por um arilo alaranjado e de sabor delicado, exótico
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e agradável. Esta fruta amadurece no mês de julho e tem grande valor para a fauna. Floresce
durante os meses de outubro-dezembro, madeira moderadamente pesada, dura de textura
homogênea, de boa resistência mecânica e moderadamente durável mesmo quando exposta as
condições adversas (LORENZI, 2000).
Família Rutaceae
Metrodorea nigra St. Hil, popularmente conhecida como carrapateira, é uma planta
perenifólia, esciófita, seletiva higrófita, característica do sub-bosque da floresta semidecídua
da bacia do Para e da mata pluvial atlântica. Apresenta dispersão irregular e bastante
descontínua, ocorrendo quase sempre em baixa densidade populacional.
Ocorre preferencialmente em várzeas, fundo d vales e inicio de encostas úmidas,
quase que exclusivamente no interior da mata primária densa. Produz anualmente baixa
quantidade de sementes viáveis.
De ocorrência da Bahia ate o Paraná, tanto na floresta pluvial atlântica como
latifoliada semidecídua, madeira moderadamente pesada, dura, compacta, resistente, de baixa
durabilidade natural. Com altura entre 4-5 metros, e tronco de 20-30 cm de diâmetro. Folhas
simples ou compostas. Floresce durante os meses de setembro-novembro. Os frutos
amadurecem em março-abril (LORENZI, 2000).
Zanthoxylum riedelianum, também conhecida popularmente como mamica-de-
canela, é uma planta decídua, heliófita, pioneira, aparentemente indiferente as características
físicas do solo, características da floresta latifoliada semidecídua da bacia do Paraná. É
encontrada principalmente em formações abertas e secundárias, sendo rara no interior da mata
primária ombrófila. Apresenta dispersão continua e esparsa em toda a área de ocorrência.
Produz anualmente elevada quantidade de sementes viáveis.
Planta aculeada de 8-18 m de altura, com tronco de 40-60 cm de diâmetro, ocorre em
Minas Gerais e São Paulo, principalmente na floresta latifoliada densa, a madeira é
moderadamente pesada, macia ao corte, textura média, medianamente resistente ao ataque de
organismos xilófago. Floresce durante os meses de maio-julho. Os frutos amadurecem a partir
do mês de outubro, prolongando-se até o inicio de dezembro (LORENZI, 2000).
Família Sapotaceae
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Pouteria torta (Mart.) Radlk, popularmente chamado de abiu-piloso, é uma planta
semidecídua, heliófita, característica da floresta pluvial; pode ser encontrada também na
floresta semidecídua e sua transição para o cerrado. Ocorre preferencialmente em beira de
rios, em várzeas aluviais. Floresce durante os meses de outubro-novembro. Os frutos
amadurecem em dezembro-janeiro.
De ocorrência na região amazônica até o Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Bahia,
São Paulo e Paraná, apresenta madeira moderadamente pesada, dura, difícil de serrar, de
longa durabilidade quando protegida da umidade. Planta lactescente de 8-14 m de altura, com
tronco canelado, de 30-40 cm de diâmetro, folhas coriácea (LORENZI, 2000).
Família de Sapindaceae
Cupania vernalis Camb., com o nome popular de camboatá, é uma espécie
semidecídua, heliófita e seletiva higrófita, característica da floresta semidecídua de altitude e
da mata pluvial atlântica. Ocorre tanto no interior de matas primárias como em todos os
estágios das formações secundárias. Produz anualmente moderada quantidade de sementes
viáveis, amplamente disseminadas pela avifauna. Floresce durante os meses de março a maio.
A maturação do frutos verifica-se desde o final de setembro até novembro.
De ocorrência em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo ao Rio Grande do
Sul, em quase todas as formações florestais. É uma planta de altura de 10 a 22 metros, com
tronco de 50 a 70 cm de diâmetro. A madeira é considerada moderadamente pesada com
densidade estimada de 0,65g/cm3, compacta, elástica e moderadamente durável sob as
condições adversas. (LORENZI, 2000).
Dilodendron bipinnatum Radkl., conhecido como tarumã, é uma espécie
semidecídua, heliófita, pioneira, seletiva higrófita, características e exclusiva de solos úmidos
da floresta semidecídua do Brasil Central. Ocorre com pequena freqüência no interior da
mata primária, sendo mais freqüente nos vários estágios de sucessão secundária. Apresenta
dispersão ampla, porém descontínua com freqüência bastante baixa. Produz anualmente
moderada quantidade de sementes, as quais são disseminadas a curta distância pela avifauna.
Floresce durante os meses de maio a junho. Os frutos amadurecem a partir de
setembro até meados de novembro. De ocorrência em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso,
Mato Grosso de Sul e são Paulo na floresta semidecídua. É uma planta com altura de cinco a
dez metros, com tronco cilíndrico e flexuoso, de 30 a 50 cm de diâmetro. A madeira é
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considerada leve, mole, de baixa resistência a apodrecimento, com seus veios cheios de goma.
(LORENZI, 2000).
Fmília Vochysiaceae
Qualea jundiahy Warm., popularmente chamado de pau-terra-da-folha-larga, é uma
espécie perenifólia, heliófita, ou de luz difusa, características das florestas semideciduas
localizadas em altitudes superiores a 400 m. Apresenta dispersão irregular e descontínua,
preferindo solos arenosos situados em topos de morros e encostas bem drenadas. Ocorre
principalmente na mata primária, sendo muito menos freqüente nas formações abertas e
secundárias. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis facilmente
disseminadas pelo vento.
Floresce duas vezes ao ano, nos meses de outubro a janeiro e em menor intensidade em
maio e junho. A maturação dos frutos ocorre nos meses de agosto e setembro. De ocorrência
no Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, nas florestas semideciduas de altitude e da bacia
do Paraná.
É uma planta com dez a vinte metros de altura, com tronco de 30 a 40 cm de diâmetro.
A madeira é considerada como moderadamente pesada, dura, resistente, difícil de rachar, bem
durável em ambientes secos, com alburno diferenciado. (LORENZI, 2000).
Família Tiliaceae
Luehea candicans Mart. et Zucc, denominado popularmente de açoita-cavalo, é uma
planta semidecídua, heliófita, seletiva xerófita, característica e exclusiva da floresta
semidecídua da bacia do Paraná. Planta rara e de dispersão descontínua, é mais encontrada em
formações abertas e secundárias. Ocorre preferencialmente em terrenos altos, arenosos e bem
drenados. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.
Floresce nos meses de novembro e dezembro. A maturação dos frutos inicia-se durante
o mês de julho, prolongando-se até o final de agosto. Ocorre em São Paulo, Minas Gerais e
Mato Grosso de Sul, na floresta Latifoliada semidecídua da bacia do Paraná. É uma planta
com seis a doze metros de altura, com tronco de 30 a 50 cm de diâmetro. A madeira é
considerada moderadamente pesada, textura média, resistência ao ataque de organismos
xilófagos (LORENZI, 2000).
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2.11. Espécies características do cerrado
Família Anacardiaceae
Astronium fraxiniflolium Schott, espécie conhecida popularmente como gonçalo
alves, planta decídua, heliófita, pioneira e seletiva xerófita, característica de terrenos rochosos
e secos, onde forma agrupamentos descontínuos. Apresenta altura de 8-12 m, com tronco
cilíndrico e reto de 60-80 cm de diâmetro. Floresce durante os meses de agosto-setembro com
a planta despida de sua folhagem. Os frutos amadurecem no período de outubro-novembro,
tendo sua ocorrência nos cerrados do Brasil Central, em solos de boa fertilidade (LORENZI,
2000).
Segundo Aguiar (2001) e Allem (1991), essa espécie tem sido encontrada em habitats
totalmente degradados pelo homem, restringindo a sua ocorrência principalmente à margem
de rodovias ou em pequenos fragmentos florestais. As árvores de gonçalo-alves possuem
flores masculinas e femininas na mesma planta (monóica) ou em plantas diferentes (dióica). A
polinização é entomófila, tendo o vento uma participação reduzida nos processos que
conduzem à fecundação, ao contrário do que ocorre com a dispersão das sementes, que as
árvores de gonçalo-alves produzem anualmente grande quantidade de sementes facilmente
disseminadas pelo vento.
Família Annonaceae
Annona crassiflora Mart, o araticum–vermelho é uma árvore de pequeno porte,
ramifica-se a pouca altura do solo. Tem casca cinza-escura, folhagem aveludada e copa
arredondada. Os frutos, parecidos com a fruta-do-conde, que menores e de casca amarela,
amadurecem entre os meses de março e maio. A massa branca e fibrosa que envolve grande
número de sementes é comestível.
Pode ser encontrado nas áreas de Cerradão, Cerrado, Cerrado Denso, Cerrado Ralo e
Campo Rupestre. Sua distribuição ocorre no Distrito Federal e nos Estados da Bahia, Goiás,
Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí e Tocantins.
Árvore hermafrodita de até 8m, com flores e ramos jovens apresentando densa
pilosidade marrom-avermelhada e os órgãos vegetativos glabrescentes com a idade. As folhas
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são alternas, simples, pecioladas. A planta é caducifólia (perde as folhas) na época seca,
florescendo com o início da estação chuvosa, sendo o início no final de setembro, ao final
do mês de dezembro. A frutificação inicia-se em novembro, com a maturação dos frutos
ocorrendo de fevereiro a março. A dispersão das sementes é realizada por animais
(LORENZI, 2000).
Xylopia aromatica (Lam.) Mart, conhecida por pimenta-de-macaco, é uma planta
semidecídua, heliófita, pioneira e seletiva xerófita, característica do cerrado e campo cerrado.
Apresenta distribuição ampla, porem, irregular e descontínua, ocorrendo geralmente em baixa
freqüência. Apesar da sua característica pioneira, é bastante lenta no crescimento.
Ocorre, espontânea e basicamente, na região dos Cerrados e dos Campos Cerrados do
meio do Brasil. Apesar de apresentar uma distribuição ampla que abrange os Estados de
Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e parte de São Paulo, a pimenta-de-
macaco tem uma ocorrência bastante irregular e descontínua.
Planta aromática, até 6 m de altura, dotada de copa alongada e rala. Folhas com
pilosidade em ambas as faces, de coloração verde-intensa. Flores brancas, florescendo até
duas vezes por ano, porém com maior intensidade nos meses de setembro-novembro. Tronco
ereto e cilíndrico, de 15-25 cm de diâmetro. Sua frutificação é irregular, produzindo grande
quantidade de sementes apenas a cada 2-3 anos, a maturação dos frutos ocorre principalmente
nos meses de abril-julho (LORENZI, 2000).
Família Bignoniaceae
Tabebuia aurea (Manso) Benth & Hook, o ipê-amarelo-do-cerrado é uma espécie
perenifólia ou semidecídua (decídua no cerrado), heliófita e seletiva higrófita (seletiva
xerófita no cerrado). Ocorre de maneira esparsa em terrenos bem drenados no cerrado e, em
agrupamentos quase homogêneos em solos muito úmidos ou até pantanosos no pantanal e na
caatinga. Tem sua ocorrência na região Amazônica e Nordeste até São Paulo e Mato Grosso
do Sul, no cerrado, na caatinga e no pantanal matogrossense.
Altura de 12-20 m (4-6 m no cerrado), com tronco tortuoso e revestido por casca
grossa, de 30-40 cm de diâmetro. Folhas compostas 3-7 folioladas, glabras, subcoriáceas.
Madeira moderadamente pesada (densidade 0,76 g/cm³), dura, textura média, grã irregular,
extremamente flexível, e de baixa resistência ao apodrecimento. Floresce durante os meses de
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agosto-setembro com a árvore quase totalmente despida de folhagem. A frutificação inicia-se
no final do mês de setembro, prolongando até meados do mês de outubro.
Família Bombacaceae
Pseudobombax longiflorum Mart et Zuc, o imbiruçu, é uma árvore sem exsudação ao
se destacar a folha, apresentando a copa com ramificação espessa, de cor prateada e com
cicatrizes foliares. Troncos com diâmetro de até 25 cm. Folhas compostas, digitalizadas,
alternas, espiraladas com 7 a 11 folíolos, elípticos ou oblongos de até 30 cm de comprimento
e 15 cm de largura, ápices arredondados, agudas ou obtusas, margens inteiras, nervuras
impressas na face inferior.
Flores de até 15 cm de diâmetro, com cinco pétalas livres de cor branca. Frutos de até
40 cm de comprimento, deiscentes, oblongos a lineares, pilosos de cor castanha. Sementes de
até 0,7 cm de comprimento, ovais, envoltas em paina de cor bege, muitas por fruto.
Ocorre no Cerrado sentido restrito, cerradões e nas matas de galeria, do DF e nos
Estados AM, BA, GO, MA, MG, MT, MS, PA, SP E TO. Árvore decídua, folhação de junho
a setembro, floração julho a novembro, flores hermafroditas, polinizadas por morcegos,
frutificação com a próxima floração, dispersão pelo vento com auxílio da paina (SILVA
JUNIOR, 2005).
Ceiba boliviana Britten & E.G. Baker, paineira-rosa é uma descídua, heliófita, seletiva
xerófita, secundária, encontrada na Bahia, Minas Gerais e Goiás, na caatinga arbórea do vale
do rio São Francisco e no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, ocorre preferencialmente em
várzeas não inundáveis e aclives suáveis, tanto em formações primárias como secundárias,
onde o solo é bastante fértil e bem drenado. Muito comum também como árvore isolada em
áreas abertas.
Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis, amplamente dispersas pelo
vento. Floresce exuberantemente nos meses de abril a junho com a planta despida da
folhagem. Os frutos amadurecem em agosto e setembro.
É uma planta de quinze a trinta metros de altura, dotada de uma copa globosa com
ramos esparso-aculeados. Tronco ereto e muito engrossado no seu terço médio (barriga), com
casca pouco rugosa (LORENZI, 2000).
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Família Caryocaraceae
Caryocar brasiliense Camb., o pequi é uma árvore decídua; folhação de julho a
setembro; floração de junho a janeiro, flores hermafroditas, polinização feita por morcego,
frutificação de outubro a fevereiro.
Ocorre no campo cerrado, campo sujo, cerrado sentido restrito e cerradão distrófico,
no Distrito Federal e nos Estados de BA, CE, GO, MA, MG, MT, MS, PA, PI, PR, SP e TO.
Árvore sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com ramos espessos e
lenticelados. Tronco com diâmetro de até 68 cm, folhas compostas, trifoliadas, opostas,
cruzadas (SILVA JUNIOR, 2005).
Família Compositae
Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker, conhecido com o nome vulgar de
mercurinho, é uma planta decídua, heliófita, seletiva xerófita, pioneira característica e
exclusiva dos cerrados e campos cerrados, onde é abundante porem com padrão de dispersão
descontínua e irregular.
Ocorre preferencialmente em formações secundárias de terrenos suave-ondulado, de
solos argilosos ou arenosos, bem drenados e geralmente de baixa fertilidade e ácidos.
Floresce durante os meses de outubro-dezembro. Os frutos amadurecem de junho a agosto.
De ocorrência em Bahia, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais e São Paulo, nos cerrados e campos cerrados. Possui uma madeira moderadamente
pesada, dura de textura grossa, de boa resistência, mecânica e moderadamente durável.
Planta de 4-8 metros, dotada de copa arredondada, com ramos acinzentados-
tormentosos. Tronco tortuoso de 15-45 cm de diâmetro (LORENZI, 2000).
Gochnatia polymorpha (Less.)Cabr., denominada vulgarmente de candeia, é uma
planta de 6-8 metros de altura, com tronco de 40- 50 cm de diâmetro, de ocorrência
principalmente nos Estados da Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio grande
do Sul, Santa Catariana, São Paulo. Floração ocorre nos meses de outubro-dezembro, e a
frutificação ocorre nos meses de Dezembro-Fevereiro.
Planta semidecídua ou decídua, heliófita, pioneira, seletiva xerófita, característica de
terrenos pobres de cerrados e da floresta latifoliada. È particularmente freqüente em cerrados
localizados sobre terrenos arenosos. É considerada padrão de terra fraca. Produz anualmente
44
grande quantidade de sementes facilmente disseminadas pelo vento. Apresenta madeira
moderadamente pesada, compacta, rija, quebradiça, de poros muito finos, de grande duração
sobre condições adversas (LORENZI, 2000).
Família Connaraceae
Connarus suberosus Planch., o cabelo-de –negro é uma árvore sem exsudação ao se
destacar a folha, copa com ramos e gemas pilosos, ferrugineos, tronco com diâmetro de ate 20
cm,folhas compostos, imparipinadas. De ocorrência no cerrado sentido restrito e cerradão, no
Distrito Federal, e nos Estados de Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Para, Piauí, Paraná, São Paulo e Tocantins.
Árvore decídua, folhação ocorre de julho a setembro, floração de agosto a outubro, a
polinização é feita por abelhas e pequenos insetos, frutificação ocorre a partir de setembro
(SILVA JUNIOR, 2005).
Família Dilleniaceae
Curatella americana L, a lixeira, como é conhecida popularmente, é uma planta
semidecídua, heliófita, seletiva xerófita, característica de terrenos secos do cerrado. Apresenta
dispersão descontínua, ocorrendo em grandes populações em determinadas áreas e faltando
completamente em outras. Produz anualmente grande quantidade de sementes, amplamente
disseminadas por pássaros.
De ocorrência no Para até a Bahia, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul e São
Paulo, nas áreas de cerrado. Apresenta madeira pesada, compacta, muito durável sob
condições naturais.
Planta de 6-10 m de altura, com tronco curto de 40-50 cm de diâmetro. Floresce a
partir do final do mês de agosto junto com o surgimento das novas folhas, prolongando-se até
outubro. Os frutos amadurecem em outubro-novembro (LORENZI, 2000).
Família Ebenaceae
Diospyros hispida DC, denominada popularmente de caqui-do-cerrado, é uma planta
decídua, heliófita, seletiva xerófita, secundária, característica e exclusiva dos cerrados e
campos cerrados, onde é médianamente freqüente com dispersão mais ou menos uniforme e
45
continua. Em campos cerrados muito fracos, o seu porte não passa de um arbusto com menos
de 2 m de altura.
Ocorre preferencialmente em formações secundárias ou primárias, sobre terrenos de
aclive suave onde o solo é argiloso de boa fertilidade. Produz anualmente moderada
quantidade de sementes viáveis, prontamente disseminadas pela fauna. Floresce durante os
meses de agosto a novembro. Os frutos amadurecem em dezembro a março.
Ocorre em Cerrados e Campos cerrados do Brasil Central e do Nordeste Brasileiro,
desde o ceará, Piauí e Maranhão até o Mato Grosso do Sul e Paraná. Planta dióica, de 4 a 7 m
de altura, dotada de copa mais ou menos globosa e densa, com ramos novos cobertos por
denso tomento ferrugíneo-hirsuto.
Tronco tortuoso e mais ou menos cilíndrico, de 15 a 25 cm de diâmetro com casca
grossa, suberosa e fissurada superficialmente. Madeira considerada moderadamente pesada
com densidade de 0,62 g/cm3, macia, textura média, grã revessa, pouco resistente e muito
sujeita ao apodrecimento. (LORENZI, 2000).
Família Guttiferae
Kielmeyera rubriflora Camb, a rosa-do-cerrado é uma planta decídua, heliófita,
seletiva xerófita, secundária, característica e exclusiva dos cerrados e campos cerrados do
Brasil Central, onde sua freqüência é baixa e bastante descontínua.
Parece preferir as formações primárias e secundárias de terrenos arenosos ou argilosos,
de dia fertilidade e bem drenados. Suas maiores populações naturais encontram-se em
cerrados de altitude acima de 800 metros. Aparentemente os tons mais avermelhados das
flores ocorrem em plantas de solos argilosos mais férteis. Produz anualmente pequena
quantidade de sementes viáveis, prontamente disseminadas a pequenas distâncias pela ação do
vento.
Floresce durante os meses de fevereiro a abril. Os frutos amadurecem em agosto a
setembro. Ocorre nos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo, nos
cerrados e campos cerrados. Atinge altura de 4 a 5 metros, dotada de copa alongada e rala,
com ramos tortuosos.
Tronco tortuoso e ramificado desde a base, com casca grossa, muito suberosa e
fissurada, de 15 a 25 cm de diâmetro. Madeira considerada moderadamente pesada com
densidade de 0,62 g/cm3, macia ao corte, textura média, grã reta, pouco resistente e de baixa
durabilidade (LORENZI, 2000).
46
Kielmeyera variabilis Mart., conhecida popularmente como pau-santo, é uma planta
semidecídua, heliófita, seletiva xerófita, característica do cerrado. Produz anualmente grande
quantidade de sementes viáveis, que são disseminadas pelo vento.
Apresenta ampla, porém descontínua dispersão, ocorrendo tanto em formações
primárias como secundárias. Apresenta nítida preferência por terrenos bem drenados situados
em locais elevados. Floresce durante os meses de novembro a janeiro. Os frutos amadurecem
nos meses de setembro e outubro.
Ocorre do Piauí até São Paulo, Minas Gerais Mato Grosso do Sul e Goiás, no cerrado.
Atinge altura de 3 a 6 m, com tronco bastante variável. Madeira considerada leve, mole de
tecido frouxo, de baixa durabilidade quando sujeito às intempéries. (LORENZI, 2000).
Família Leguminosae – Mimosoideae
Plathymenia reticulata Benth., o amarelinho é uma planta decídua, heliófita, seletiva
xerófita, características de formações abertas no cerrado. Apresenta dispersão irregular e
descontínua. Ocorrendo em densidades moderadas em determinadas áreas e faltando
completamente em outras. Ocorre preferencialmente em terras altas de fácil drenagem (solos
arenosos), tanto em formações primárias como secundárias. Produz anualmente moderada
quantidade de sementes viáveis.
Floresce a partir do final de setembro junto com o aparecimento da nova folhagem,
prolongando-se ameados de novembro. Os frutos amadurecem em agosto-setembro com a
planta totalmente destituída de sua folhagem. Ocorre do Amapá até Goiás, Mato Grosso,
Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo, no cerrado e campo cerrado. Planta com 6 a
12 metros de altura, com tronco de 30 a 50 com de diâmetro. A madeira é considerada leve
com densidade de 0,55 g/cm3, dura, fácil de trabalhar, de alta resistência ao ataque de
organismos xilófagos, com alburno diferenciado. (LORENZI, 2000).
Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville, o barbatimão como é conhecido
popularmente, é uma planta decídua, pioneira, seletiva xerófita, características de formações
abertas como cerrados e campos. Apresenta nítida preferência por solos arenosos e de
drenagem rápida, como os situados em encostas suaves e topos de morros.
47
Ocorre tanto em formações primárias como secundárias. Produz anualmente grande
quantidade de sementes viáveis. Floresce a parir de meados de setembro, prolongando-se até o
final de novembro. Os frutos amadurecem em julho-setembro.
Ocorre desde o Pará até São Paulo e Mato Grosso do Sul, no cerrado. Atinge altura de
4 a 5 metros, com tronco de 20 a 30 cm de diâmetro. Madeira pesada (1,19 g/cm3), dura com
fibras muito revessas, bastante duráveis em condições adversas. (LORENZI, 2000).
Família Leguminosae –Papilionoideae
Andira cuyabensis Benth, calunga é uma planta decídua, heliófita, seletiva xerófita,
secundária. Ocorre nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Minas Gerais e
Mato Grosso, nos cerradões. Sua freqüência é considerada média, com dispersão um tanto
descontínua e irregular ao longo de sua vasta área de ocorrência.
Prefere formações abertas, tanto primárias quanto secundárias, de terrenos elevados
com solos argilo-arenoso bem drenado. Floresce durante os meses de inverno (maio-julho).
Os frutos amadurecem em setembro-outubro.
Atinge altura de 4 a 6 metros e tronco de 20 a 30 cm de diâmetro, com casca suberosa.
Madeira moderadamente pesada, macia ao corte, textura média, grã ondulada, pouco
resistente e de baixa durabilidade (LORENZI, 2000).
Bowdichia virgilioides Kunth, com o nome popular de sucupira-preta, é uma planta
decídua, heliófita, seletiva xerófita, características do cerrado. Apresenta ampla dispersão por
todo o cerrado do Brasil Central e sua transição para a floresta semidecídua. Sua distribuição
é bastante uniforme, porém em baixa densidade populacional. Ocorre tanto em formações
primárias como secundárias, porém sempre em terrenos altos de rápida drenagem. Floresce
em agosto-setembro com a planta quase totalmente despida de folhagem. Os frutos
amadurecem a partir do final do mês de outubro, prolongando-se até o inicio de dezembro.
Ocorre nos estados do Pará, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Minas Gerais e
Mato Grosso, no cerrado. Planta com altura de 8 a 16 metros com tronco de 30 a 50 cm de
diâmetro. Madeira pesada, fibrosa, bastante decorativa e de longa durabilidade natural.
(LORENZI, 2000).
Machaerium acutifolium Vogel, denominado popularmente de jacarandá-do-campo, é
uma planta semidecídua, heliófita, seletiva xerófita, característica de cerrados arenosos. Sua
48
dispersão é ampla, porem irregular e descontínua, ocorrendo preferencialmente em terrenos
altos e de fácil drenagem. Pode ser encontrada também em formações primárias.
De ocorrência na região amazônica até São Paulo, presente também no Mato Grosso
do Sul, principalmente no Cerrado. Floresce a partir de meados de outubro, prolongando-se
até novembro. Os frutos amadurecem durante os meses de agosto-setembro.
Planta de 8-14 metros de altura, com tronco de 40-50 cm de diâmetro. Apresenta
madeira pesada, dura, muito resistente, de longa durabilidade quando em ambientes internos
(LORENZI, 2000).
Família Loganiaceae
Strychnos pseudo-quina St. Hil., a quina-amarga, é uma planta perenifólia, heliófita,
seletiva xerófita, secundária, característica e exclusiva dos cerrados e campos, onde apresenta
freqüência por vezes elevada, porem um tanto descontínua e irregular na sua dispersão.
Ocorre preferencialmente em formações primárias e secundárias de aclives suaves, onde o
solo é argiloso, de média fertilidade e bem drenado. Floresce durante os meses de dezembro-
março.
De ocorrência no Sul do Maranhão, oeste da Bahia, Tocantins, Goiás, Minas Gerais,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo nos cerrados, cerradões e campos cerrados.
Planta de 4-9 metros de altura, dotada de copa alongada e densa (LORENZI, 2000).
Família Malpighiaceae
Byrsonima basiloba Juss., o murici-de-folha-lisa como é conhecido popularmente, se
apresenta como uma planta perenifólia, heliófita, seletiva xerófita, característica de terrenos
altos do cerrado. Apresenta dispersão ampla porem irregular e descontínua, ocorrendo em
baixa freqüência. É encontrada tanto em formações primárias como secundárias. Floresce
quase o ano inteiro, predominando porem, nos meses de verão.
Planta de ocorrência nos cerrados do Brasil Central, de 6-10 metros de altura, com
tronco cilíndrico de 30-40 cm de diâmetro. Madeira moderadamente pesada, sujeita ao
empenamento, textura média, grã-direta, superfície lisa ao tato e sem brilho, de baixa
resistência ao apodrecimento (LORENZI, 2000).
49
Byrsonima verbacifolia (L.) Rich, murici-de-folha-larga é uma planta perenifólia,
heliófita, seletiva xerófita, secundária, característica e exclusiva dos cerrados e campos, onde
apresenta freqüência moderada, não obstante muito descontínua na dispersão ao longo de seu
território de distribuição. Floresce durante os meses de agosto-novembro e os frutos
amadurecem a partir do mês de dezembro.
Planta de ocorrência no Brasil Central e região Amazônica, em cerrados, cerradões e
campos cerrados. È particularmente freqüente no Triangulo Mineiro. Planta de 4-6 metros,
podendo, entretanto se apresentar como um simples arbusto de 1 m de altura nos campos
cerrados (LORENZI, 2000).
Família Melastomataceae
Miconia burchellii, conhecida popularmente como uva-do-brejo, é uma árvore sem
exsudação ao se destacar a folha. Copa com ramos e gemas terminais pilosas, de cor
ferruginea. Troncos com diâmetro de ate 22 cm. È utilizada no paisagismo, pela beleza e
intensa floração, e para recuperação de áreas degradadas, é planta melífera.
Ocorre no campo cerrado, campo sujo, cerrado sentido restrito, cerradão e matas secas,
no distrito federal e nos Estados GO,MG,MS,MT e TO. Árvore sempre verde, floração ocorre
de agosto a novembro, frutificação de agosto a fevereiro, sua polinização é feita por pequenos
insetos (SILVA JUNIOR ,2005).
Família Palmae
Syagrus flexuosa (Mart.) Becc, conhecido popularmente como palmito-do-cerrado, é
uma palmeira de ocorrência do norte do estado de São Paulo e sul de Mato Grosso do Sul, em
cerradão, cerrado, solos arenosos. Palmeira de estirpe 0,5-1 metro de altura, com folhas de 2m
de comprimento. Floração julho-novembro, fruto setembro-janeiro, possui caule normalmente
tortuoso e do tipo entoucerado através do perfilhamento, sendo, portanto, as brotações
subterrâneas, a partir de gemas no estipe, é que dão origens aos caules múltiplos (LORENZI,
1996).
Família Rubiaceae
50
Tocoyena formosa, O marmelo-de-cachorro é uma árvore sem exsudação ao se destacar
a folha. Copa com ramos e gemas terminais pilosas. Troncos com diâmetro de ate 13 cm. È
utilizada no paisagismo, pela beleza na folhagem e intensa floração.
Ocorre no campo cerrado sentido restrito e cerradão, no Distrito Federal e nos estados
de AM, AP, BA, CE, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PI, RR, SP e TO. Árvore decídua,
folhação de julho a setembro e floração ao longo do ano, mais intensa entre outubro e
novembro (SILVA JUNIOR, 2005).
Família Sapindaceae
Magonia pubescens St. Hil., com o nome popular de tingui, é uma árvore sem
exsudação ao se destacar a folha. Copa com ramos terminais pilosas. Troncos com diâmetro
de até 39 cm. Árvore melífera, árvore tóxica para peixes e mamíferos.
Ocorre nos solos mais ricos no cerrado sentido restrito, cerradão e matas secas, no
distrito federal e nos Estados BA, CE, GO, MA, MG, MT, MS, PA, PI, SP e TO. Árvore
decídua, folhação e floração de julho a setembro, polinização feita por abelhas (SILVA
JUNIOR ,2005).
Família Vochysiaceae
Qualea grandiflora Mart, popularmente conhecido como pau-terra-da-folha-fina, é
uma árvore sem exsudação ao se destacar a folha. Copa com ramos terminais esfoliantes.
Troncos com diâmetro de até 32 cm. Seus frutos secos são usados no artesanato, a goma
alimenta a fauna, planta melífera.
Ocorre no campo cerrado sentido restrito, campo cerrado, campo sujo e cerradão, no
Distrito Federal e nos estados de AM, BA, GO, MA, MG, MT, MS, PA, PI, SP e TO. Árvore
decídua, com folhação de julho a setembro, e floração de agosto a abril (SILVA JUNIOR
,2005).
Salvertia convallariaeodora St. Hil., a moliana é uma árvore sem exsudação ao se
destacar a folha. Copa com gemas terminais ferrugineas. Troncos com diâmetro de até 25 cm.
Seus frutos secos são usados no artesanato, planta potencial para o paisagismo, a goma
alimenta a fauna, madeira de baixa durabilidade tem utilidade regional.
51
Ocorre no campo cerrado sentido restrito e campos no Distrito Federal e nos estados
de AP, AM, BA, GO, MA, MG, MT, MS, PA, PR, PI, SP E TO. Árvore decídua, com
floração de março a agosto ( SILVA JUNIOR, 2005).
2.12. Espécies características da transição entre a floresta estacional semidecidual e o
cerrado
Família Apocynaceae
Aspidosperma subincanum Mart., popularmente conhecido como guatambú, se trata
de uma planta decídua, heliófita, seletiva xerófita, característica da floresta semidecídua e sua
transição para cerrado. Apresenta dispersão descontínua e irregular, geralmente em baixa
freqüência. Ocorre preferencialmente em solos pedregosos de encostas e espigões onde o solo
possui uma boa drenagem, tanto no interior da mata primária densa como em formações
secundárias. Produz anualmente moderada quantidade de sementes, facilmente disseminadas
pelo vento.
Floresce a partir de meados de setembro junto com o aparecimento de novas
folhagens, prolongando-se até novembro. A maturação dos frutos ocorre durante os meses de
agosto a setembro, com a árvore quase totalmente despida de sua folhagem. Ocorre em Minas
Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, principalmente na floresta
latifoliada semidecídua.
Espécie que tem entre quinze e vinte metros de altura, com tronco de 40 a 50 cm de
diâmetro e, ramos finamente rimosos de coloração marrom. Madeira considerada
moderadamente pesada com densidade de 0,82 g/cm3, dura ao corte, muito resistente, textura
muito fina, grã direita a irregular, moderadamente resistente ao ataque de organismos
xilófagos. (LORENZI, 2000).
Família Aquifoliaceae
IIex cerasifolia Reiss., a nega-mina é uma planta decídua, heliófita ou de luz difusa,
indiferente às condições de umidade do solo, secundária, característica e exclusiva de cerrado
52
e cerradões. Apresenta freqüência baixa com dispersão descontínua e irregular ao longo de
sua área de distribuição.
Ocorre preferencialmente no interior de formações primárias e secundárias de várzeas,
encostas e terrenos elevados, onde o solo é profundo e de média fertilidade. Produz
anualmente abundante quantidade de sementes viáveis, amplamente dispersas pela avifauna.
Floresce em mais de uma época do ano, predominando, contudo durante os meses de outubro
e novembro. Os frutos amadurecem predominantemente a partir de junho.
Ocorre nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso
do Sul, nos cerrados, cerradões e na mata semidecídua de altitude. Apresenta altura de quatro
a sete metros, dotada de copa ampla e baixa, com ramos novo lenticelados e fulvo-
pubescentes.
Tronco curto, cilíndrico e geralmente tortuoso, com casca quase lisa, de 25 a 40 cm de
diâmetro. Madeira considerada moderadamente pesada com densidade de 0,65 g/cm3, de
textura fina, grã direita de baixa resistência mecânica e pouco durável (LORENZI, 2000).
Família Boraginaceae
Cordia trichotoma (Vell.) Arrab.ex steud, o louro- pardo, como é conhecido
popularmente, é uma planta decídua, heliófita, seletiva xerófita, característica de formações
mais abertas e secundárias das florestas pluvial e semidecídua.
É pouco exigente em solos, exceto úmidos. Floresce durante os meses de abril-julho
ficando quase totalmente despida de sua folhagem, conferindo á planta grande beleza. Os
Frutos amadurecem nos meses de julho-setembro, Planta de 20- 30 metros de altura, com
tronco de 70-90 cm de diâmetro. Folhas simples, ásperas.
De ocorrência no Ceara até o Rio Grande do Sul, nas florestas pluvial atlântica,
semidecídua e no cerrado. Sua madeira é moderadamente pesada, dura, fácil de trabalhar,
podendo inclusive ser envergada, de boa durabilidade em ambientes secos porem sensível ao
apodrecimento quando exposta à umidade (LORENZI, 2000).
Família Combretaceae
Terminalia argentea Mart.et Succ., o capitão-do-campo, é uma planta decídua,
heliófita, seletiva xerófita, característica do cerrado e de sua transição para a floresta
semidecídua (cerradão). Apresenta dispersão descontínua, ocorrendo, geralmente em
53
agrupamentos mais ou menos densos em determinados pontos e, faltando completamente em
outros.
Ocorre principalmente em topos de morros e alto de encostas onde o solo é bem
drenado, tanto na mata primária como em formações secundárias. Produz anualmente grande
quantidade de sementes viáveis. Floresce durante os meses de julho-setembro com a planta
totalmente despida de folha.
De ocorrência em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo no cerrado e
na floresta latifoliada. Planta de 8-16 metros, com tronco de 40-50 cm de diâmetro, folhas
simples. Apresenta madeira moderadamente pesada, dura, resistente, de média durabilidade
natural (LORENZI, 2000).
Família Euphorbiaceae
Mabea fistulifera Mart., conhecido popularmente como canudo-de-Pito, é uma planta
decídua, heliófita, seletiva xerófita, pioneira, característica da vegetação secundária de
terrenos arenosos, principalmente do cerrado e de sua transição para a floresta semidecídua. É
rara no interior da mata primária densa. Pode ser encontrada também na vegetação secundária
da encosta atlântica. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.
De ocorrência no Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, principalmente em áreas
de transição para o cerrado. Apresenta madeira leve, mole, de tecido frouxo, de baixa
durabilidade quando exposta ao tempo.
Planta lactescente, de 4-8m de altura, com tronco de 20-30 cm de diâmetro. Floresce
durante os meses de janeiro-abril. A maturação dos frutos ocorre a partir de setembro,
prolongando-se ate outubro (LORENZI, 2000).
Família Leguminosae- Caesalpinoideae
Diptychandra aurantiaca (Mart.) Tul, o balsemim, como é chamado popularmente, é
uma planta decídua, heliófita, característica de formações secundárias da floresta latifoliada
semidecídua e de cerradões.
Ocorre geralmente em baixa freqüência em solo secos e bem drenados. Produz
anualmente moderada quantidade de sementes que são facilmente disseminadas pelo vento.
Florescem durante os meses de outubro-novembro junto com aparecimento da nova folhagem.
Os frutos amadurecem em julho-setembro.
54
De ocorrência em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo, na floresta
latifoliada semidecídua e sua transição para o cerrado (cerradões), possui madeira
moderadamente pesada, dura, resistente, bastante durável mesmo quando exposta à condições
adversas. Planta de 8- 14metros de altura, com tronco geralmente retilíneo de 30-40 cm de
diâmetro, revestida por casca grossa e fissurada longitudinalmente (LORENZI, 2000).
Família Leguminosae-Mimosoideae
Anadenanthera peregrina (L.) Speg., o angico- vermelho é uma planta decídua,
heliófita até ciófita, seletiva, xerófita, pioneira, característica e exclusiva das matas
semidecidual. Ocorre preferencialmente em formações primárias e secundárias, sobre terrenos
de meia encosta, com solos pedregosos, arenosos ou argilosos, porem bem drenados. Produz
anualmente grande quantidade de sementes viáveis.
De ocorrência em Tocantins, Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo e Mato Grosso, na mata semidecídua e na sua transição para o cerrado.
Floresce durante os meses de setembro-outubro. Os frutos amadurecem em julho-agosto.
Planta de 14-22 metros de altura, dotada de copa frondosa e aberta, de madeira muito
pesada, dura, de textura média, de boa resistência mecânica e muito durável (LORENZI,
2000).
Família Sterculiaceae
Sterculia striata, conhecida vulgarmente como sapucaia do cerrado, se trata de uma
planta decídua, heliófita, seletiva xerófita, secundária, característica de mata de terra firme da
região Amazônica e do Pantanal. Ocorre geralmente no interior de matas primárias e
secundárias, porem é capaz de se regenerar com facilidade em áreas abertas e capoeiras.
Produz anualmente moderada quantidade de sementes viáveis, que quase todas são
consumidas pela fauna.
De ocorrência na Região Amazônica e Pantanal Matogrossense, na floresta pluvial.
Também nos demais países tropicais da America. Floresce geralmente duas vezes por ano,
durante os meses de julho-agosto com a planta ainda sem folhas e novamente em janeiro-
fevereiro. Os Frutos amadurecem principalmente em maio-agosto.
55
Planta de 10-24 metros de altura, dotada de copa lisa, de 50-70 cm de diâmetro,
Madeira leve, macia e fácil de trabalhar, de textura grossa, de moderada resistência mecânica
e pouco durável (LORENZI, 2000).
2.13. Sistema primário (vegetação natural)
No sistema primário ou vegetação primária (natural) estão incluídos todos os tipos de
vegetação, também chamado de biomas ou regiões fitoecológicas brasileiras; as formações
pioneiras; os refúgios vegetacionais e as faixas de tensão ecológica dos contatos entre duas ou
mais regiões fitoecológicas, onde estas áreas podem ser chamadas de ecótono ou encrave.
Ecótono é quando duas ou mais regiões ecológicas ou tipos de vegetação se misturam
formando comunidades indiferenciadas onde as floras se interpenetram constituindo as
transições florísticas ou contatos edáficos, criando um mosaico específico, sendo de fácil
delimitação quando os tipos de vegetação possuem fisionomias diferentes, por exemplo, a
floresta ombrófila densa e floresta estacional.
Encrave, da mesma forma que o ecótono é o encontro de dois biomas, porém sua
delimitação torna-se exclusivamente cartográfica e sempre dependente da escala, sendo
possível separá-las e de fácil delimitação, independentemente dos tipos de vegetação
existentes, onde cada encrave guarda sua identidade ecológica, sem se misturar. (IBGE,
1991).
56
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Área e variáveis de estudo
O trabalho foi desenvolvido na Reserva Legal da Fazenda de Ensino, Pesquisa e
Extensão da Faculdade de Engenharia - FEPE/UNESP, Campus de Ilha Solteira, localizada no
município de Selvíria (MS), na latitude 22°23’ S e na longitude 51°27’ W, com precipitação
média anual de 1300 mm e temperatura média de 23,7 °C. O tipo climático é Aw, segundo a
classificação de Köppen, caracterizado como tropical úmido com estação chuvosa no verão e
seca no inverno.
O solo, reclassificado
segundo o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos
(EMBRAPA, 1999), é um Latossolo vermelho Distrófico típico arenoso, A moderado,
mesoeutrófico, álico, caulinítico, mesoférrico, muito profundo, fortemente ácido.
A Reserva Legal de estudo é um remanescente florestal de transição de Floresta
Semidecidual e Cerrado, ocupando uma área de 99,69 ha. Nesta reserva foram
georeferênciadas 50 parcelas de 10 x 10 m distribuídas de forma aleatória. Foram coletadas
nestas parcelas amostras de solo para análises químicas e físicas.
3.2. Atributos físicos e químicos do solo
As amostras do solo foram coletadas no centro geométrico de 50 parcelas. As análises
químicas do solo foram realizadas a partir de amostras simples deformadas, coletadas com
trado de caneca nas profundidades de 0,00-0,20 e 0,20-0,40 m.
57
As análises químicas do solo foram determinadas segundo metodologia descrita em Raij
et al. (2001). Determinaram-se fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg) pelo
método de extração com resina trocadora de íons. A matéria orgânica (MO) foi determinada
por meio do método colorimétrico. O hidrogênio mais alumínio (H+Al), pela solução tampão
SMP e pH, por solução de CaCl
2
0,01M. A determinação de sulfato em solo baseia-se na
extração por uma solução de fosfato de cálcio, Ca(H
2
PO
4
)
2
0,01 mol L
-1
e a quantificação é
feita por turbidimetria, provocada pela presença de BaSO
4
, formado pela reação do
BaCl
2
.2H
2
O com o S-SO
4
2-
extraído das amostras de solo.
Os atributos físicos do solo estudados foram macroporosidade (M), microporosidade
(m), porosidade total (T) e densidade do solo (D). As amostras foram coletadas com anéis
volumétricos de bordos cortantes e capacidade interna conhecida.
O método empregado para a determinação da porosidade foi o da “mesa de tensão”,
segundo Leener e Shaw (1941) e Vomocil (1965), modificado por Kiehl (1979). A densidade
do solo foi determinada segundo o método de Black (1965). Para as análises físicas foram
coletadas amostras indeformadas respectivamente, nas profundidades de 0,0-0,10; 0,10-0,20;
0,20-0,30 e 0,30-0,40 m.
3.3. Identificação e caracteres silviculturais das espécies arbóreas
Nas 50 parcelas marcadas foram identificadas todas as espécies arbóreas com diâmetro
a altura do peito maior que 6 cm, sendo separadas em espécies de floresta semidecidual,
cerrado e espécies comuns nos dois biomas, para estudo de distribuição de ocorrência por
bioma na reserva legal em estudo.
A identificação das espécies arbóreas a campo foi realizada por Cambuim
1
(comunicação pessoal) e a identificação da nomenclatura botânica com base nos trabalhos de:
Lorenzi, 2.000; Silva et al., 1994; Almeida et al., 1998; Carvalho, 2003; Durigan et al., 2004 e
Carvalho, 2006.
A análise de abundância de cada espécie foi estimada de acordo com a expressão
proposta por (CALDATO, et al.,1996):
1
José Cambuim: Fazenda de Ensino e Pesquisa da FE/UNESP – Campus de Ilha Solteira. Av. Brasil
Centro, 56.
58
ha
de
Número
espécie cada de plantas de Número
Ab(abs) =
Onde:
Ab(abs) é a abundância absoluta
x100
plantas/ha de Número
Ab(abs)
Ab% =
Onde:
Ab% é a abundância relativa
Os caracteres silviculturais avaliadas foram: altura total das plantas (ALT, em m) e
diâmetro a altura do peito (DAP, em cm).
Foi mensurado o PAP, ou seja, perímetro a altura do peito (1,30 m) com a utilização
de fita métrica, por causa da irregularidade que apresenta o tronco das espécies arbóreas,
portando, o DAP foi obtido pelo seguinte expressão:
π
CAP
DAP =
. A altura foi mensurada
com o aparelho dendrométrico VERTEX II.
3.4. Análise estatística dos atributos químicos e físicos do solo
Os atributos químicos e físicos do solo foram analisados a partir da análise estatística
descritiva e a hipótese de normalidade dos dados foi testada pelo teste de Kolmogorov-
Smirnov. Estas análises foram realizadas com o programa ASSISTAT 7.5 (SILVA e
AZEVEDO, 2006).
A localização das parcelas e suas coordenadas geográficas podem ser visualizadas na
Figura 1. Para a geração dos mapas de krigagem, inicialmente todas as parcelas que serviram
de base para o estudo foram georeferênciadas.
Utilizou o programa Surfer 8, do qual se obtiveram as interpolações por krigagem, para
cada variável. Com as interpolações pela krigagem, para cada variável foram definidos os
layers de mapas vetoriais. É importante ressaltar que nenhum outlier foi retirado da base,
visto que estes não são erros e, sim, características intrínsecas locais da variável analisada.
59
Figura 1. Mapa identificando todas as parcelas demarcadas na Reserva Legal, da Fazenda de
Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em
Selvíria-MS.
Na Figuras 2 tem-se uma vista aérea da área de estudo, podendo ser observado às
diferenças de vegetação e na Figura 3 são apresentadas as curvas de nível apresentando o
relevo da área de estudo pelas suas altitudes.
60
Figura 2. Vista aérea da Reserva Legal, da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da
Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
61
Figura 3. Curvas de nível na Reserva Legal, da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da
Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
62
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1. Distribuição espacial dos atributos do solo na reserva legal
4.1.1. Atributos químicos do solo
Os resultados referentes à análise descritiva para os atributos químicos do solo são
apresentados na Tabela 1. De acordo com os limites estabelecidos por Raij et al. (1996), os
valores dos atributos químicos na camada de 0,00-0,20 m apresentam-se baixo a muito alto
para P; muito baixo a alto para K; baixo a alto para Ca, Mg e S. Na camada de 0,20-0,40 m os
valores de P e K apresentam-se muito baixo a alto; baixo a alto para Ca; baixo a médio para
Mg e S.
A acidez apresenta-se muito alta a média (0,00-20 m) e muito alta a alta (0,20-0,40 m)
nas profundidades estudas. Para a área natural e em reflorestamento ciliar no Cerrado foram
encontrados valores de pH (CaCl
2
) de 3,9 a 4,9 (CAVENAGE, 1999; CAVALCANTE, 1999;
SOUZA, 2000 e SILVA, 2007), indicando que a acidez deste solo é naturalmente alta.
Os valores de matéria orgânica apresentam-se médios, segundo LOPES (1984) o que
indica uma deposição de serrapilheira contínua o que favorece as condições químicas e físicas
deste solo.
63
Tabela 1. Estatística descritiva para os atributos químicos do solo na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS, nas profundidades estudadas.
P MO pH K Ca Mg H+Al S
mg dm
-
3
g dm
-
3
CaCl
2
-----------------mmol
c
dm
-
3
---------------- mg dm
-
3
0,00-0,20 m
Média
8 19 4,1 0,9 8 3 56 3
Mediana
8 18 4,0 0,8 5 2 59 3
Mínimo
5 10 3,8 0,4 2 1 22 1
Máximo
17 32 5,4 3,2 36 15 74 10
s
1
2,25 4,38 0,32 0,49 7,76 3,23 11,80 1,60
CV (%)
27 24 8 53 100 95 21 50
Assimetria
1,31
0,74
2,00
2,75
2,71
2,47
-
0,92
1,49
Curtose
3,31
0,97
4,15
9,59
7,12
5,54
0,92
5,00
K-S
2
0,13
ns
0,10
n
s
0,20
0,22
0,28
0,28
0,11
ns
0,16
ns
0,20-0,40 m
Média
5 11 4,0 0,5 3 1 47 2
Mediana
5 11 4,0 0,4 2 1 49 2
Mínimo
2 8 3,9 0,1 1 1 31 1
Máximo
9 19 4,7 3,2 11 5 59 6
s
1,30 2,04 0,16 0,48 2,51 0,93 7,22 1,20
CV (%)
25
18
4
99
81
71
15
54
Assimetria
0,06
1,27
3,02
4,10
1,77
2,95
-
0,34
1,00
Curtose
0,43
4,01
9,85
20,73
2,65
7,96
-
1,00
0,36
K-S
0,13
ns
0,16
ns
0,28 0,29 0,29 0,39 0,14
ns
0,18
ns
1
s: desvio padrão;
2
K-S: estatística do teste de Kolmogorov-Smirnov; ns: não significativo a 5% de probabilidade.
Os valores da média e mediana de todos os atributos químicos nas duas profundidades
estão próximos. Os coeficientes de assimetria e curtose não apresentaram distribuição
simétrica com exceção da MO e H+Al na profundidade de 0,00-0,20 m e P e H+Al e S na
profundidade de 0,20-0,40 m. Somente as variáveis P, MO, H+Al e S nas profundidades
estudadas não apresentaram significância pelo teste de Kolmogorov-Smirnov.
Conforme os critérios proposto por GOMES (2000), para coeficiente de variação
(CV): baixo (CV < 10 %); médio (10 % < CV < 20 %); alto (20 % < CV < 30 %), e muito alto
(CV > 30 %). Assim os menores valores de CV foram para pH nas duas profundidades
estudadas, e os valores médios foram para MO e H+Al (0,20-0,40 m). Os CV altos foram para
64
P, MO e H+Al (0,00-0,20 m) e P (0,20-0,40 m) e CV muito altos foram para K, Ca, Mg e S
nas profundidades estudadas. ROQUE et al. (2005) encontraram valores CV muito alto a alto
para P, K, Ca e Mg e baixo para pH nas profundidades de 0,00-0,20 e 0,60-0,80 m em plantio
de seringueira.
Verifica-se, a partir dos mapas de distribuição espacial dos atributos químicos e físicos
(Figuras 2 e 3), uma semelhança nos padrões de ocorrência, mostrando que as variáveis
apresentaram correlação espacial na área em estudo. Para o entendimento das causas da
variabilidade do solo, é preciso conhecer os processos do solo que operam em locais
específicos.
Esses processos estão muito ligados ao fluxo de água em subsuperfície, que, por sua
vez, são controlados pelo relevo. Neste sentido, a compartimentação das formas do relevo
revela ser eficiente para identificação e mapeamento de áreas com variabilidade controlada,
bem como a transferência de informações (SOUZA et al., 2004).
Para os atributos químicos do solo onde se apresentam os maiores valores de P, MO,
pH, K, Ca, Mg, H+Al e S valores menores na profundidade de (0,20-0,40) (Tabela 1).
Provavelmente ocorre um deslocamento de nutrientes das áreas adjacentes, pois, os maiores
valores dos atributos químicos do solo encontram-se nas partes baixas da área de estudo.
P (mg dm
-3
) – 0,00-0,20 m P (mg dm
-3
) – 0,20-0,40 m
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
4
7.14
10.28
13.42
Figura 4. Distribuição espacial dos atributos químicos do solo na Reserva Legal, da Fazenda
de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em
Selvíria-MS.
456800
457000
457200
457400
457600
457800
458000
458200
458400
458600
7
7
48000
7
7
48200
7
7
4
8
4
0
0
7
7
48600
7
7
48800
7
7
4
9
0
0
0
7
7
49200
7
7
49400
2
3.81
5.62
7.43
65
MO (g dm
-3
) – 0,00-0,20 m MO (g dm
-3
) – 0,20-0,40 m
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
10
15
20
25
30
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
7.5
8.81
10.12
11.43
12.74
14.05
15.36
16.67
17.98
S (mg dm
-3
) – 0,00-0,20 m S (mg dm
-3
) – 0,20-0,40 m
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
1
2.5
4
5.5
7
8.5
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0.5
1.8
3.1
4.4
pH (CaCl
2
) – 0,00-0,20 pH (CaCl
2
) – 0,20-0,40
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
3.8
4
4.2
4.4
4.6
4.8
5
5.2
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
3.85
4
4.15
4.3
4.45
4.6
Figura 4.(Cont.) Distribuição espacial dos atributos químicos do solo na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS
66
K (mmol
c
dm
-3
) – 0,00-0,20 m K (mmol
c
dm
-3
) – 0,20-0,40 m
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0.2
0.5
0.8
1.1
1.4
1.7
2
2.3
2.6
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
0.42
0.84
1.26
1.68
2.1
2.52
Ca (mmol
c
dm
-3
) – 0,00-0,20 m Ca (mmol
c
dm
-3
) – 0,20-0,40 m
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
6
12
18
24
30
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0.5
3.2
5.9
8.6
Mg (mmol
c
dm
-3
) – 0,00-0,20 m Mg (mmol
c
dm
-3
) – 0,20-0,40 m
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
1
3
5
7
9
11
13
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0.6
1.15
1.7
2.25
2.8
3.35
3.9
4.45
Figura 4 (Cont.). Distribuição espacial dos atributos químicos do solo na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
67
H+Al (mmol
c
dm
-3
) – 0,00-0,20 m H+Al (mmol
c
dm
-3
) – 0,20-0,40 m
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
25
35
45
55
65
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
30
37
44
51
58
Figura 4 (Cont.). Distribuição espacial dos atributos químicos do solo na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
68
4.1.2. Atributos físicos do solo
Por ser um solo em área natural de Cerrado, os atributos físicos apresentam condições
ótimas para o desenvolvimento de plantas, com macroporosidade maior que 10 % na camada
superficial do solo e conseqüentemente uma densidade favorável ao estabelecimento de
espécies arbóreas (Tabela 2). SOUZA (2000), estudando área natural de Cerrado, encontrou
valores para macroporosidade 0,17 a 0,26 m
3
m
-3
e densidade de 1,17 a 1,28 kg dm
-3
semelhantes ao presente estudo.
Nota-se que os valores da média e mediana o próximos, mostrando simetria nas
distribuições, sendo confirmado pelos valores de assimetria e curtose próximos de zero, para
os atributos físicos, em todas as profundidades estudadas. Não houve significância para
nenhum atributo físico nas profundidades estudadas pelo teste Kolmogorov-Smirnov.
Os CV para macroporosidade estão de alto a muito alto e para microporosidade
apresentam-se médios. As porosidades totais e densidades apresentaram CV baixos. SILVA
(2007), em reflorestamento ciliar em área de Cerrado, também encontrou CV semelhantes nos
dois modelos de plantio.
69
Tabela 2. Estatística descritiva para os atributos físicos do solo na Reserva Legal, da Fazenda
de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em
Selvíria-MS, nas profundidades estudadas.
Média
Mediana
Mínimo
Máximo
s
1
CV
(%)
Assimetria
Curtose
K
-
S
2
0,00-0,10 m
M (m
3
m
-3
)
0,20 0,20 0,11 0,31 0,04
22,52 0,06 -0,42 0,07
ns
m (m
3
m
-3
)
0,31 0,31 0,22 0,43 0,04
13,52 0,23 0,78 0,09
ns
T (m
3
m
-3
)
0,51 0,51 0,46 0,58 0,03
5,35 0,06 -0,28 0,07
ns
D (kg dm
-3
)
1,17 1,17 0,91 1,35 0,11
9,49 -0,32 -0,57 0,09
ns
0,10-0,20 m
M (m
3
m
-3
)
0,13 0,13 0,04 0,27 0,04
32,96 0,69 1,62 0,10
ns
m (m
3
m
-3
)
0,35 0,36 0,23 0,44 0,04
12,58 -0,71 0,66 0,12
ns
T (m
3
m
-3
)
0,48
0,49
0,37
0,56
0,04
8,94
-
0,56
0,34
0,13
ns
D (kg dm
-3
)
1,34 1,34 1,12 1,59 0,10
7,53 0,51 0,04 0,08
ns
0,20-0,30 m
M (m
3
m
-3
)
0,13
0,13
0,06
0,21
0,04
29,47
0,08
-
0,57
0,08
ns
m (m
3
m
-3
)
0,36 0,37 0,24 0,44 0,04
12,29 -0,53 0,02 0,16
ns
T (m
3
m
-3
)
0,48 0,49 0,37 0,56 0,05
9,71 -0,50 -0,34 0,10
ns
D (kg dm
-3
)
1,34 1,33 1,18 1,57 0,09
6,98 0,53 -0,36 0,08
ns
0,30-0,40 m
M (m
3
m
-3
)
0,12 0,12 0,06 0,23 0,04
30,05 0,90 1,58 0,16
ns
m (m
3
m
-3
)
0,37 0,38 0,24 0,45 0,05
12,50 -0,80 0,21 0,17
ns
T (m
3
m
-3
)
0,49 0,50 0,38 0,55 0,04
7,84 -0,86 0,50 0,09
ns
D (kg dm
-3
)
1,31 1,30 1,17 1,56 0,09
6,55 0,70 0,42 0,09
ns
1
s: desvio padrão;
2
K-S: estatística do teste de Kolmogorov-Smirnov; ns: não significativo a 5% de probabilidade.
O CV apresentou-se alto para os atributos químicos do solo e para macroporosidade
devido ao tamanho da área de estudo. A formação do solo pelo intemperismo das rochas
ocorre de forma variada ao longo do relevo o que proporciona esta variabilidade nos atributos
químicos e físicos do solo. Para a macroporosidade o que provavelmente esteja contribuindo
para esta variação seja a cobertura vegetal diferente ao longo do relevo que proporciona
deposição variada da quantidade da serrapilheira.
Os atributos físicos também apresentam dependência espacial, porque, onde se
apresentam os maiores valores de macroporosidade, são menores o de microporosidade e
consequentemente menores densidades (Tabela 2). Nota-se que os maiores valores de
macroporosidade estão relacionados com a MO, pois, apresentam os maiores valores na
mesma região de distribuição.
70
M (m m
-3
) – 0,00-0,10 m m (m m
-3
) – 0,00-0,10 m
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
11
17
23
29
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
22
26
30
34
38
42
M (m m
-3
) – 0,10-0,20 m m (m m
-3
) – 0,10-0,20 m
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
4
9.7
15.4
21.1
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
23
27.6
32.2
36.8
41.4
M (m m
-3
) – 0,20-0,30 m m (m m
-3
) – 0,20-0,30 m
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
6
11
16
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
24
28.1
32.2
36.3
40.4
Figura 5. Distribuição espacial dos atributos físicos do solo na Reserva Legal, da Fazenda de
Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em
Selvíria-MS.
71
M (m m
-3
) – 0,30-0,40 m m (m m
-3
) – 0,30-0,40 m
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
6
9.14
12.28
15.42
18.56
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
38
42.5
47
51.5
T (m m
-3
) – 0,00-0,10 m D (kg dm
-3
) – 0,00-0,10 m
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
45
48.4
51.8
55.2
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0.94
1.09
1.24
T (m m
-3
) – 0,10-0,20 m D (kg dm
-3
) – 0,10-0,20 m
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
37
41.7
46.4
51.1
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
1.12
1.25
1.38
1.51
Figura 5 (Cont.). Distribuição espacial dos atributos físicos do solo na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
72
T (m m
-3
) – 0,20-0,30 m D (kg dm
-3
) – 0,20-0,30 m
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
37
41.8
46.6
51.4
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
1.2
1.31
1.42
1.53
T (m m
-3
) – 0,30-0,40 m D (kg dm
-3
) – 0,30-0,40
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
38
42.5
47
51.5
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
1.16
1.27
1.38
1.49
Figura 5 (Cont.). Distribuição espacial dos atributos físicos do solo na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS
73
4.2. Distribuição espacial da vegetação na reserva legal
Na área em estudo a vegetação existente é caracterizada como primária (natural), pois o
inventário temporal, obtido por funcionários antigos da Fazenda de Ensino, Pesquisa e
Extensão da Faculdade de Engenharia - FEPE/UNESP, Campus de Ilha Solteira e de
moradores circunvizinhos, relatam que á área nunca foi objeto de corte raso da vegetação,
sendo mantida pela Universidade como Reserva Legal, mesmo antes da sua averbação em
cartório. Apresentando máxima expressão local, com grande diversidade biológica, sendo
mínimos os efeitos das ações antrópicas, a ponto de não afetar significativamente suas
características originais de estrutura e de espécie.
Os tipos de vegetações ou biomas existentes na área de estudo são o cerrado e a floresta
estacional semidecidual, formando uma área de tensão ecológica, fazendo com que existam
regiões onde esses biomas se mesclam, podendo ser encontradas espécies do cerrado ao lado
de espécies da floresta semidecidual, caracterizando um ecótono com grande diversidade de
espécies lenhosas.
Floresta Semidecidual Cerrado
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
3.1
6.2
9.3
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
5
10
15
Figura 6. Distribuição espacial das espécies arbóreas por biomas na Reserva Legal da,
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
74
Espécies de transição
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
1.5
3
4.5
6
Figura 6 (Cont.). Distribuição espacial das espécies arbóreas por biomas na Reserva Legal
da, Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
A classificação das espécies arbóreas em três grupos (cerrado, floresta semidecidual e
de transição), não foi retirada de nenhuma lista, mas por meio de pesquisas realizadas em
revisão de literatura pelo próprio autor.
Nota-se que as espécies de floresta ocorrem onde os atributos químicos do solo
apresentam os maiores valores e acidez baixa, consequentemente estas espécies fornecem
uma quantidade grande de material orgânico o que melhora os atributos químicos do solo.
As espécies de cerrado estão distribuídas em solo com acidez alta o que é
naturalmente comum neste bioma. as espécies que ocorrem nos dois biomas estão com
distribuição maior em solo característico de cerrado.
O que provavelmente ocorreu neste local foi que antes da construção do reservatório
da hidrelétrica as espécies de floresta semidecidual por exigir solos mais ricos
nutricionalmente ocorriam como floresta ciliar e após o avanço das águas sobre este ambiente
houve uma diminuição da área destas espécies. Como conseqüência as águas chegaram aos
locais altos do terreno onde havia vegetação de cerrado e com a umidade alta nestes locais
proporcionou que as sementes das espécies de floresta começassem o processo de colonização
desta área.
75
4.3. Levantamento das espécies arbóreas que ocorrem na reserva legal
Foram levantados na RL 60 espécies, 33 famílias, totalizando 740 indivíduos
amostrados (Tabela 3). Sendo que das 33 famílias amostradas 28 espécies o de ocorrência
de Cerrado e 24 da Floresta Estacional Semidecidual e somente 8 espécies ocorrem nos dois
biomas (Figura 7).
As famílias Leguminosae-Mimosoideae (4,73%), Leguminosae-Papilionoideae
(4,32%), Anacardiaceae (10,54%), Leguminosae-Caesalpinoideae (2,16%), Rubiaceae
(8,78%), Sapindaceae (9,05%) e Vochysiaceae (15,41%) apresentaram maior diversidade de
espécies arbóreas, contendo três ou mais espécies cada uma (Tabela 3).
Destas sete famílias que apresentaram maior diversidade de espécies arbóreas somente
as famílias Anacardiaceae e Vochysiaceae, apresentaram mais que 10 % do total de
indivíduos amostrados, (10,54%) e (15,41%) respectivamente.
Em relação ao número de indivíduos, as famílias Annonaceae, Vochysiaceae,
Anacardiaceae, Sapindaceae e Rubiaceae, apresentaram, respectivamente: 20,14%, 15,41%,
10,54%, 9,05% e 8,78%, que somadas, contribuíram com 63,92 %. Todas as outras 28
famílias juntas corresponderam a 36,08 % do total de indivíduos amostrados (Tabela 3).
76
Tabela 3. Espécies e famílias amostradas no levantamento realizado na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
Família/Espécies Nome vulgar Ocorrência Indivíduos
ANACARDIACEAE
10,54%
Astronium fraxiniflolium Schott. gonçalo-alves Cerrado 34
Myracrodruon urundeuva Fr. All. aroeira FES 16
Tapirira guianensis Aubl. peito-de-pomba FES 28
ANNONACEAE
20,14%
Annona crassiflora
Mart.
araticum
-
vermelho
Cerrado
1
Xylop
ia aromatica
(Lam.) Mart.
pimenta
-
de
-
macaco
Cerrado
148
APOCYNACEAE
0,27%
Aspidosperma subincanum Mart. guatambú FES/Cerrado 1
Peschiera fuchsiaefolia Miers. leiteiro FES 1
AQUIFOLIACEAE
3,11%
IIex cerasifolia Reiss.
nega-mina FES/Cerrado 23
BIGNONIACEAE
0,68%
Jacaranda cuspidifolia Mart. jacarandá-caroba FES 3
Tabebuia aurea
(Manso) B.
& Hook
ipê
-
amarelo
-
do
-
cerrado
Cerrado
2
BOMBACACEAE
2,70%
Ceiba boliviana
Britten & E.G. Baker
paineira
-
rosa
Cerrado
13
Pseudobombax longiflorum M. et Zuc imbiruçu Cerrado 7
BORAGINACEAE
0,14%
Cordia trichotoma (Vell.) Ar.ex steud louro-pardo FES/Cerrado 1
CARYOCARACEAE
0,81%
Caryocar brasiliense Camb.
pequi Cerrado 6
COMBRETACEAE
1,22%
Terminalia argentea Mart.et Succ.
capitão-do-campo FES/Cerrado 9
COMPOSITAE
1,22%
Gochnatia polymorpha
(Less.) Cabr.
candeia
Cerrado
1
Piptocarpha rotundifolia
(Less.) Bak.
mercurinho
Cerrado
8
CONNARACEAE
0,27%
Connarus suberosus Planch.
cabelo-de-negro Cerrado 2
DILLENIACEAE
0,54%
Curatella americana L. lixeira Cerrado 4
EBENACEAE
0,54%
Diospyros híspida DC.
caqui-do-cerrado Cerrado 4
EUPHORBIACEAE
0,41%
Mabea fistulifera
Mart.
canudo
-
de
-
pito
FES/Cerrado
3
GUTTIFERAE
0,68%
Kielmeyera rubriflora
Camb.
rosa
-
do
-
cerrado
Cerrado
1
Kielmeyera variabilis Mart. pau-santo Cerrado 4
LEGUMINOSAE-CAESALPINOIDEAE
2,16%
Copaifera langsdorffii Desf. copaiba FES 8
Diptychandra aurantiaca (Mart.) Tul. balsemim FES/Cerrado 2
Hymenaea courbaril L.v. stilbocarpa jatoba-da-cultura FES 6
LEGUMINOSAE-MIMOSOIDEAE
4,73%
Albizia polycephala (Benth.) Killip angico-branco FES 6
77
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. angico-vermelho FES/Cerrado 18
Enterolobium contortisiliquum
V.M
.
tamboril
FES
1
Plathymenia reticulata
Benth.
amarelinho
Cerrado
8
Stryphno
dendron adstringens
M.
C
.
barbatimão
Cerrado
2
LEGUMINOSAE-PAPILIONOIDEAE
4,32%
Andira cuyabensis Benth calunga Cerrado 12
Bowdichia virgilioides Kunth sucupira-preta Cerrado 2
Lonchocarpus muehlbergianus Hassl. feijão-crú FES 11
Machaerium acutifolium Vogel jacarandá-do-campo Cerrado 6
Ormosia arborea (Vell.) Harms olho-de-cabra FES 1
LOGANIACEAE
0,68%
Strychnos pseudo
-
quina
St. Hil.
quina
-
amarga
Cerrado
5
MALPIGHIACEAE
1,49%
Byrsonima basiloba
Juss.
murici
-
de
-
folha
-
lisa
Cerrado
8
Byrsonima verbacifolia (L.) Rich murici-de-folha-larga Cerrado 3
MELASTOMATACEAE
0,54%
Miconia burchellii uva-do-brejo Cerrado 4
MORACEAE
1,35%
Ficus guaranitica Schodat figueira-branca FES 10
MYRTACEAE
0,27%
Myrcia selloi (Spreng) N.Silveira cambuim FES 2
PALMAE
0,14%
Syagrus flexuosa
(Mart.) Becc
.
palmeira
-
do
-
cerrado
Cerrado
1
RHAMNACEAE
2,16%
Colubrina glandulosa Perk. sobrasil FES 1
Rhamnidium elaeocarpus Reiss. cafezinho FES 15
ROSACEAE
2,16%
Prunus sellowii Koehne marmelo FES 16
RUBIACEAE
8,78%
Bathysa meridionalis Smith & Douns quina-doce FES 27
Posoqueria acutifólia
Mart.
fumo
-
bravo
-
de
-
árvore
FES
1
Tocoyena formosa
marmelo
-
de
-
cachorro
Cerrado
37
RUTACEAE
1,49%
Metrodorea nigra St. Hil. carrapateira FES 8
Zanthoxylum riedelianum mamica-de-cadela FES 3
SAPOTACEAE
0,54%
Pouteria torta (Mart.) Radlk abiu-piloso FES 4
SAPINDACEAE
9,05%
Cupania vernalis Camb. camboatá FES 59
Dilodendron bipinnatum Radkl. tarumã FES 4
Magonia pubescens
St. Hil.
tingui
Cerrado
4
STERCULIACEAE
1,35%
Sterculia striata
sapucaia
-
do
-
cerrado
FES/Cerrado
10
VOCHYSIACEAE
15,41%
Qualea grandiflora Mart pau-terra-da-folha-fina Cerrado 50
Qualea jundiahy Warm. pau-terra-da-folha-larga FES 63
Salvertia convallariaeodora St. Hil. Moliana Cerrado 1
TILIACEAE
0,14%
Luehea candicans Mart. et Zucc. oita-cavalo FES 1
78
Entre os três tipos de vegetação encontrados na Reserva Legal, da Fazenda de Ensino,
Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em Selvíria-MS,
as espécies arbóreas do cerrado foram as que apresentaram um maior número (47%), seguido
pelas espécies da Floresta Estacional Semidecidual (FES), com 40% e 13% para as espécies
de transição entre os dois biomas (cerrado/FES).
Espécies arbóreas
47%
40%
13%
Cerrado FES Transição
Figura 7. Percentagem das espécies por tipo de vegetação na Reserva Legal, da Fazenda de
Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em
Selvíria-MS.
As espécies pimenta-de-macaco (Xylopia aromática), pau-terra-da-folha-larga (Qualea
jundiahy), camboatá (Cupania vernalis), pau-terra-da-folha-fina (Qualea grandiflora),
marmelo-de-cachorro (Tocoyena formosa) e gonçalo-alves (Astronium fraxiniflolium), foram
as que apresentaram maior abundância, no total de 148, 63, 59, 50, 37 e 34 indivíduos
respectivamente (Figura 8).
79
pimenta-de-macaco pau-terra-da-folha-larga camboatá pau-terra-da-folha-fina marmelo-de-cachorro
gonçalo-alves peito-de-pomba quina-doce nega-mina angico-vermelho
aroeira marmelo cafezinho paineira-rosa calunga
feijão-crú figueira-branca sapucaia-do-cerrado capio-do-campo mercurinho
copaiba amarelinho murici-de-folha-lisa carrapateira imbiruçu
pequi jatoba-da-cultura angico-branco jacarandá-do-campo quina-amarga
lixeira caqui-do-cerrado pau-santo uva-do-brejo abiu-piloso
tarumã tingui jacarandá-caroba canudo-de-pito murici-de-folha-larga
mamica-de-cadela ipê amarelo do cerrado cabelo-de-negro balsemim barbatio
sucupira-preta cambuim araticum-vermelho leiteiro guatam
louro-pardo candeia rosa-do-cerrado tamboril olho-de-cabra
palmeira-do-cerrado sobrasil fumo-bravo-de-árvore Moliana açoita-cavalo
Figura 8. Proporção do número de indivíduos amostrados de cada espécie na Reserva Legal,
da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
Na Tabela 4, as espécies de ocorrência natural foram classificadas segundo Kageyama
e Gandara, (1993), em muito comuns (20-100 ind/ha), comuns (1-20 ind/ha) e raras (0,1-1
ind/ha).
A espécie Xylopia aromática corresponde a 20 % da densidade das espécies na
reserva legal, e a Qualea jundiahy, Cupania vernalis, Qualea grandiflora, Tocoyena formosa,
e Astronium fraxiniflolium, juntas correspondem a 32,84 % da densidade de espécies total da
área. Todas as outras 54 espécies totalizam 47,16 % de indivíduos da área amostrada. Das
espécies encontradas no local, 16 foram consideradas muito comuns e 44 consideradas
comuns.
Foram observadas 13 espécies que apresentaram uma estimativa de apenas 02
indivíduos por hectare. Desta forma, para cada uma destas 13 espécies, é estimado que
existam em torno de 200 indivíduos na área de estudo.
80
Tabela 4. Ocorrência de espécies arbóreas na Reserva Legal, da Fazenda de Ensino, Pesquisa
e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
Nome Cientifico Ocorrência
AB-abs (ind/ha) AB (%)
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. MC 296,00 20,00
Qualea jundiahy Warm. MC 126,00 8,51
Cupania vernalis
Camb.
MC
118
,
00
7
,
97
Qualea grandiflora
Mart
MC
100
,
00
6
,
76
Tocoyena formosa
MC
74
,
00
5
,
00
Astronium fraxiniflolium Schott. MC 68,00 4,59
Tapirira guianensis Aubl. MC 56,00 3,78
Bathysa meridionalis Smith & Douns MC 54,00 3,65
IIex cerasifolia Reiss. MC 46,00 3,11
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. MC 36,00 2,43
Myracrodruon urundeuva Fr. All. MC 32,00 2,16
Prunus sellowii Koehne MC 32,00 2,16
Rhamnidium elaeocarpus
Reiss.
MC
30
,
00
2
,
03
Ceiba boliviana
Britten & E.G. Baker
MC
26
,
00
1
,
76
Andira cuyabensis
Benth
MC
24
,
00
1
,
62
Lonchocarpus muehlbergianus Hassl. MC 22,00 1,49
Ficus guaranitica Schodat C 20,00 1,35
Sterculia striata C 20,00 1,35
Terminalia argentea Mart.et Succ. C 18,00 1,22
Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker C 16,00 1,08
Copaifera langsdorffii Desf. C 16,00 1,08
Plathymenia reticulata Benth. C 16,00 1,08
Byrsonima basiloba
Juss.
C
16
,
00
1
,
08
Metrodo
rea nigra
St. Hil.
C
16
,
00
1
,
08
Pseudobombax longiflorum
Mart et Zuc
C
14
,
00
0
,
95
Caryocar brasiliense Camb. C 12,00 0,81
Hymenaea courbaril L.var. stilbocarpa C 12,00 0,81
Albizia polycephala (Benth.) Killip C 12,00 0,81
Machaerium acutifolium Vogel C 12,00 0,81
Strychnos pseudo-quina St. Hil. C 10,00 0,68
Curatella americana L. C 8,00 0,54
Diospyros híspida DC. C 8,00 0,54
Kielmeyera variabilis
Mart.
C
8
,
00
0
,
54
Miconia burchellii
C
8
,
00
0
,
54
Pouteria torta
(Mart.) Radlk
C
8
,
00
0
,
54
Dilodendron bipinnatum Radkl. C 8,00 0,54
Magonia pubescens St. Hil. C 8,00 0,54
Jacaranda cuspidifolia Mart. C 6,00 0,41
Mabea fistulifera Mart. C 6,00 0,41
Byrsonima verbacifolia (L.) Rich C 6,00 0,41
Zanthoxylum riedelianum C 6,00 0,41
Tabebuia aurea (Manso) Benth & Hook C 4,00 0,27
81
Connarus suberosus Planch. C 4,00 0,27
Diptychandra aurantiaca (
Mart.) Tul.
C
4
,
00
0
,
27
Stryphnodendron adstringens
(Mart.) Coville
C
4
,
00
0
,
27
Bowdichia virgilioides
Kunth
C
4
,
00
0
,
27
Myrcia selloi (Spreng) N.Silveira C 4,00 0,27
Annona crassiflora Mart. C 2,00 0,14
Peschiera fuchsiaefolia Miers. C 2,00 0,14
Aspidosperma subincanum Mart. C 2,00 0,14
Cordia trichotoma (Vell.) Arrab.ex steud C 2,00 0,14
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabr. C 2,00 0,14
Kielmeyera rubriflora Camb. C 2,00 0,14
Enterolobium contortisiliquum
(Vell.) Morong.
C
2
,
00
0
,
14
Ormosia arborea
(Vell.) Harms
C
2
,
00
0
,
14
Syagrus flexuosa
(Mart.) Becc
C
2
,
00
0
,
14
Colubrina glandulosa Perk. C 2,00 0,14
Posoqueria acutifólia Mart. C 2,00 0,14
Salvertia convallariaeodora St. Hil. C 2,00 0,14
Luehea candicans Mart. et Zucc. C 2,00 0,14
4.4. Local de ocorrência de algumas espécies arbóreas na área de estudo.
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
1
2
3
4
Figura 9. Local de ocorrência da espécie Astronium fraxiniflolium na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
82
O gonçalo alves, segundo Aguiar (2001) e Allem (1991), é encontrado geralmente em
locais bastante antropizados, principalmente às margens das rodovias ou pequenos maciços
florestais.
Na área de estudo, esta espécie teve sua maior distribuição em área característica de
cerrado em agrupamentos descontínuos, apresentando uma estimativa de ocorrência de 68
indivíduos/hectare.
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
0.2
0.4
0.6
0.8
Figura 10. Local de ocorrência da espécie Bowdichia virgulioides na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
A sucupira preta, segundo Lorenzi (2000), ocorre em locais altos e bem drenados,
apresentando distribuição uniforme com baixa densidade populacional.
No fragmento sua ocorrência foi estimada em 4 indivíduos/hectare, não de forma
uniforme, em locais mais altos e bem drenados.
83
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
0.5
1
1.5
Figura 11. Local de ocorrência da espécie Byrsonima basiloba na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
O murici de folha lisa apresenta dispersão ampla, porém irregular e descontinuada,
ocorrendo em baixa freqüência, preferindo locais altos e bem drenados (LORENZI, 2000).
Com sua ocorrência estimada em 16 indivíduos/hectare, em área de cerrado, a espécie
apresentou uma dispersão descontinuada.
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
0.5
1
Figura 12. Local de ocorrência da espécie Caryocar brasiliense na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
84
O pequi, segundo Silva Junior (2005), ocorre basicamente em áreas de cerrado. No
fragmento sua ocorrência foi observada em solos de menor Ph, porém de forma descontínua e
irregular, tendo sua ocorrência estimada em 12 exemplares/hectare.
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
0.5
1
1.5
Figura 13. Local de ocorrência da espécie Copaifera langsdorffii na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
Segundo Batalha (1997), a copaíba, é raramente encontrada em áreas de cerrado, tendo
preferência em matas de galeria. Na área de estudo, a espécie teve uma ocorrência estimada
em 16 indivíduos/hectare, preferindo áreas características de mata.
85
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
0.2
0.4
0.6
0.8
Figura 14. Local de ocorrência da espécie Cordia trichotoma na Reserva Legal, da Fazenda
de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em
Selvíria-MS.
O louro pardo, segundo Lorenzi (2000), tem sua ocorrência no cerrado e na mata
semidecidual, preferindo formações abertas e secundárias. Foi estimado a ocorrência de 02
indivíduos/hectare, localizados em área de transição, no centro do fragmento em estudo.
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
1
2
3
4
Figura 15. Local de ocorrência da espécie Cupania vernalis na Reserva Legal, da Fazenda de
Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em
Selvíria-MS.
86
O camboatá ocorre em todos os estágios das formações secundárias e no interior de
matas primárias (LORENZI, 2000). No fragmento apresentou uma ampla distribuição,
especialmente em áreas características de floresta, sendo estimado 118 indivíduos/hectare.
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
0.5
1
1.5
Figura 16. Local de ocorrência da espécie Curatella americana na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
Segundo Lorenzi (2000), a lixeira é característica de solos secos do cerrado, com
dispersão descontínua. Na área de estudo, a espécie teve sua ocorrência estimada em 08
indivíduos/hectare, agrupados em um único local, próximo à água, em área característica de
cerrado.
87
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
0.5
1
1.5
Figura 17. Local de ocorrência da espécie Fícus guaranitica na Reserva Legal, da Fazenda
de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em
Selvíria-MS.
A figueira branca, segundo Lorenzi (2000), tem sua ocorrência em solos profundos e
férteis da floresta primária ou em formações secundárias, sendo característica da floresta
semidecídua.
No fragmento sua ocorrência foi estimada em 20 indivíduos/hectare, distribuídos em
áreas características da floresta semidecídua, principalmente em locais de deposição de
sedimentos, ou seja, nas partes mais baixas do terreno.
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
Figura 18. Local de ocorrência da espécie Kielmeyera variabilis na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
88
Conhecida como pau santo, característica do cerrado, a espécie apresenta ampla, porém
descontínua dispersão, preferindo solos bem drenados situados em locais elevados
(LORENZI, 2000).
Com uma ocorrência estimada em 8 indivíduos/hectare no fragmento florestal em
estudo, os exemplares foram encontrados próximos à água em um único local em área
característica de cerrado.
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
0.2
0.4
0.6
0.8
Figura 19. Local de ocorrência da espécie Kielmeyra rubriflora na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
Segundo Lorenzi (2000), a rosa do cerrado tem sua freqüência baixa e bastante
descontínua, sendo exclusiva dos cerrados, com preferência de solos bem drenados de média
fertilidade.
Na área de estudo, a espécie apresentou uma ocorrência estimada em apenas 02
indivíduos/hectare, de forma pontual em área característica de cerrado, próximo à água.
89
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
Figura 20. Local de ocorrência da espécie Magonia pubescens na Reserva Legal, da Fazenda
de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em
Selvíria-MS.
O tingui, ocorre em solos mais ricos no cerrado sentido restrito, cerradão e matas secas
em vários Estados do país (SILVA JUNIOR, 2005).
Com uma ocorrência estimada em 08 indivíduos/hectare, no fragmento em estudo, o
tingui foi encontrado em um único local, em área característica de transição entre o cerrado e
a floresta semidecídua.
]
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
1
2
3
4
Figura 21. Local de ocorrência da espécie Myracrodruon urundeuva na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
90
A aroeira, segundo Moraes et al. (1993), teve sua exploração predatória, acarretando o
comprometimento de suas populações naturais. Tem sua ocorrência na floresta estacional
semidecidual, no cerrado e cerradão, preferindo solos calcáreos e rasos (CARVALHO, 1994).
No fragmento, sua ocorrência estimada foi de 32 indivíduos/hectare, localizados
preferencialmente em área característica da floresta semidecídua, nas partes mais baixas do
terreno, próximos à água.
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
0.2
0.4
0.6
0.8
Figura 22. Local de ocorrência da espécie Ormosia arborea na Reserva Legal, da Fazenda de
Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em
Selvíria-MS
Conhecida popularmente como olho de cabra, esta espécie é característica da floresta
semidecídua e pluvial atlântica, preferindo solos enxutos situados em topos de morros ou
encostas íngremes, apresentando ampla dispersão, porém com freqüência muito pequena
(LORENZI, 2000).
Sua ocorrência no fragmento em estudo, foi estimada em apenas 02 indivíduos/hectare,
localizados em área característica de transição entre a floresta semidicídua e o cerrado.
91
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
1
2
3
Figura 23. Local de ocorrência da espécie Qualea grandiflora na Reserva Legal, da Fazenda
de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em
Selvíria-MS.
O pau terra da folha fina, como é conhecido popularmente, segundo Silva Junior (2005),
ocorre no cerrado sentido restrito, campo cerrado, campo sujo e cerradão em vários Estados
do País.
Sua ocorrência foi estimada em 100 indivíduos/hectare, distribuídos no fragmento, nos
locais característicos de cerrado.
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
1
2
3
4
Figura 24. Local de ocorrência da espécie Qualea jundiahy na Reserva Legal, da Fazenda de
Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em
Selvíria-MS.
92
Popularmente chamado de pau terra da folha larga é uma espécie característica da
floresta semidecídua, apresentando dispersão irregular e descontínua, preferindo solos
arenosos situados em topos de morros e encostas bem drenadas, principalmente em matas
primárias (LORENZI, 2000).
No fragmento em estudo, a espécie teve sua ocorrência estimada em 126
indivíduos/hectare, sendo a segunda espécie mais abundante. Os exemplares arbóreos desta
espécie foram econtrados preferencialmente em área característica de cerrado e transição entre
a floresta semidecídua e o cerrado.
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
0.2
0.4
0.6
0.8
Figura 25. Local de ocorrência da espécie Salvertia convallariaeodora na Reserva Legal, da
Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
Conhecida popularmente como moliana, esta espécie ocorre no campo cerrado sentido
restrito em todos os Estados do país (SILVA JUNIOR, 2005).
Na área em estudo, com uma ocorrência estimada em apenas 02 indivíduos/ha, a espécie
foi encontrada em solos de cerrado nas partes mais altas do terreno.
93
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
0.2
0.4
0.6
0.8
Figura 26. Local de ocorrência da espécie Tabebuia áurea na Reserva Legal, da Fazenda de
Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em
Selvíria-MS.
O ipê amarelo do cerrado é uma espécie que ocorre de maneira esparsa em terrenos bem
drenados no cerrado e, em agrupamentos quase homogêneos (LORENZI, 2000).
Sua ocorrência foi estimada em 04 indivíduos/hectare, localizados em área característica
de cerrado na parte central do fragmento em estudo.
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
1
2
3
4
Figura 27. Local de ocorrência da espécie Tapirira guianensis na Reserva Legal, da Fazenda
de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em
Selvíria-MS.
94
Conhecida popularmente como peito de pomba, segundo Ribeiro (1999), é uma espécie
arbórea de ampla distribuição pelo Brasil e ocorre em quase todos os tipos de formações
vegetais, preferencialmente em solos úmidos.
No fragmento em estudo, a espécie teve sua ocorrência estimada em 56
indivíduos/hectare, distribuídos de forma descontínua, tanto em área característica de floresta
semidecídua, com em área característica de cerrado, em locais úmidos e bem drenados.
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
Figura 28. Local de ocorrência da espécie Tocoyena formosa na Reserva Legal, da Fazenda
de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em
Selvíria-MS.
O marmelo de cachorro como é conhecido popularmente, ocorre nos solos mais ricos no
cerrado sentido restrito, cerradão e matas secas (SILVA JUNIOR, 2005).
A espécie foi encontrada na área de estudo, nas regiões características de cerrado de
forma contínua e bem distribuída, apresentando uma estimativa de ocorrência de 74
indivíduos/hectare.
95
456800 457000 457200 457400 457600 457800 458000 458200 458400 458600
7748000
7748200
7748400
7748600
7748800
7749000
7749200
7749400
0
2
4
6
8
10
12
Figura 29. Local de ocorrência da espécie Xylopia aromatica na Reserva Legal, da Fazenda
de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em
Selvíria-MS.
Segundo Lorenzi (2000), a pimenta de macaco é uma espécie arbórea característica de
cerrado e campo cerrado, apresentando distribuição ampla, porém, irregular e descontínua,
ocorrendo geralmente em baixa frequência.
No fragmento em estudo, a espécie teve a maior estimativa de ocorrência entre todas as
espécies encontradas, com 296 indivíduos/hectare, distribuídos por quase todo o fragmento,
de forma contínua, principalmente em áreas características de cerrado, não sendo observado
exemplares somente em áreas úmidas, características de floresta semidecídua.
4.5. Estratégia de utilização do fragmento em estudo, em conservação genética in situ e
ex situ.
A área em estudo foi averbada como RL e parte dela é caracterizado como APP, devido
à proximidade com o Reservatório da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, tendo sua
preservação garantida por Lei.
O fato de esta área ser um ecótono com grande variedade de espécies florestais nativas,
que podem ser fonte de propágulos para reflorestar áreas de RL e APP de toda a região, onde
os maciços florestais estão cada vez mais raros, devido às ações antrópicas de caráter
produtivo, especialmente e atualmente agravado com o avanço do plantio de cana de açúcar e
eucalipto, onde nem mesmo as árvores isoladas, que geralmente são grandes produtoras de
96
sementes, estão sendo poupadas, é evidente a necessidade de proteção deste fragmento
florestal.
Diante deste fato, a forma mais adequada para que se promova a preservação da área
em estudo, é a conservação genética in situ, complementada com a conservação genética ex
situ (Figura 9).
Na área da Reserva Legal, o clima, relevo e os atributos químicos e físicos do solo,
influenciaram no tipo de vegetação existente no local, sendo encontradas 60 espécies,
distribuídas em 33 famílias, predominando espécies classificadas como “comuns” (73,33%),
ou seja, de 1 a 20 indivíduos/ha (Tabela 4).
As espécies arbóreas com a menor densidade populacional foi estimada em (2 ind/ha)
(Tabela 4). Como a área total de fragmento é de 96,99 ha, é provável que existam pelo menos
200 indivíduos de cada espécie no fragmento florestal em estudo.
É bastante provável que destes 200 indivíduos, pelo menos 12 deles não sejam
aparentados (tamanho efetivo (N
e
) de 12), apresentando baixa herdadilidade (F=0), podendo
ser utilizados diretamente como árvores matrizes em projetos de restauração ambiental
(Figura 9).
Kageyama et al (2003), baseado em Vencovsky, (1987), quanto a questão da
representatividade genética intrapopulacional das espécies a compor o plantio de restauração,
colocaram o tamanho efetivo (N
e
) como referencial para a formação da nova população das
espécies utilizadas. Apontando que é necessário pelo menos de 12 a 13 árvores para coleta de
sementes para representar uma população (N
e
), com condições de atender às variações
ambientais naturais do novo ambiente.
Também é provável que destes 200 indivíduos, pelo menos 20-30 deles, não sejam
aparentados, possibilitando a implantação de teste de progênie em conservação ex situ, com o
objetivo de conservação genética de gens raros, onde posteriormente estes testes de progênies
possam ser aproveitados como árvores matrizes para produção de sementes com fins de
reflorestamento (Figura 9).
A utilização de espécies arbóreas, em conservação genética in situ e ex situ, na
Reserva Legal, da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de
Ilha Solteira/UNESP, em Selvíria-MS, pode ser uma opção para proteção desta RL, com a
preservação de toda sua biodiversidade genética (fauna e flora) e de obtenção de propágulos
com garantida variabilidade genética para fins de restauração ambiental de áreas degradadas,
RL e APP na região do fragmento em estudo.
97
Figura 30. Fluxograma de estratégia de utilização de espécies arbóreas, em conservação
genética in situ e ex situ, na Reserva Legal, da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, da
Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em Selvíria-MS.
CLIMA e RELEVO
Atributos Físicos do
Solo
Atributos Químicos
do Solo
RESERVA
LEGAL
33 Famílias
2 Indivíduos / ha 296 Indivíduos / ha
24 Espécies de FES
28 Espécies de Cerrado
8 Espécies de Transição
200 Indivíduos na
Reserva Legal
C. G. in situ
12 Indivíduos
20
-
30 Indivíduos
Plantio Comercial
60 Espécies
Teste de Progênie
C.G.
ex situ
Plantio Comercial
98
5. CONCLUSÕES
A heterogeneidade na distribuição espacial dos atributos químicos e físicos do solo
pode ser um dos fatores que proporcionam a diversidade de espécies na reserva legal;
Essa diversidade, também é função da densidade populacional diferencial, que ocorre
entre as espécies arbóreas deste fragmento, predominando espécies classificadas como
“comuns” (73,33%), ou seja, de 1 a 20 indivíduos/ha;
O conhecimento das espécies que ocorrem neste fragmento, possibilita verificar que
mesmo para as espécies arbóreas com a menor densidade populacional (2 ind/ha), pode existir
condições adequadas para a utilização deste fragmento, que ocorre na transição dos biomas da
floresta estacional semidecidual e o cerrado, como forma de conservação genética in situ.
99
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9, Part 1)
110
7. APÊNDICE
Foto 01 Vegetação característica da floresta estacional semidecidual (FES), apresentando,
12 espécies arbóreas, sendo 11 característica de FES e 1 de cerrado (Parcela 13).
111
Foto 02 Vegetação característica da transição entre a floresta estacional semidecidual (FES)
e o cerrado, apresentando, 24 espécies arbóreas, sendo 5 característica de FES, 11 de cerrado
e 8 da transição entre a FES/cerrado (Parcela 39).
112
Foto 03 Vegetação característica de cerrado, apresentando, 16 espécies arbóreas
característicos de cerrado (Parcela 46).
.
113
Tabela 5 Levantamento das espécies arbóreas na Reserva Legal, da Fazenda de Ensino,
Pesquisa e Extensão, da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP, em Selvíria MS,
nas suas respectivas parcelas, georeferenciadas, com altura e DAP.
Nº.
Espécies Florestais
Altura (m)
DAP (cm.)
Parcela 01 Latitude : -20,3573012876189
Longitude :-51,4124966217795
1
Terminalia argentea Mart.et Succ. 12,60
21,50
2
Terminalia argentea Mart.et Succ 13,00
22,00
3
Terminalia argentea Mart.et Succ 7,40
9,60
4
Posoqueria acutifólia Mart. 7,00
7,20
5
Astronium fraxinifolium Schott 8,70
11,60
6
Qualea grandiflora Mart. 8,85
8,50
7
Qualea jundiahy Warm. 6,60
12,00
8
Xylopia aromática (Lam.) Mart. 10,80
22,40
9
Xylopia aromática (Lam.) Mart. 9,30
8,50
10
Xylopia aromática (Lam.) Mart. 11,60
12,00
11
Xylopia aromática (Lam.) Mart. 7,80
7,00
12
Xylopia aromática (Lam.) Mart. 11,20
22,60
13
Xylopia aromática (Lam.) Mart. 15,20
11,50
14
Xylopia aromática (Lam.) Mart. 15,00
17,00
15
Bathysa meridionalis Smith & Douns 7,70
12,50
16
Bathysa meridionalis Smith & Douns 10,10
20,00
17
Bathysa meridionalis Smith & Douns 8,90
8,50
Parcela 02 Latitude : -20,356780954287
Longitude : -51,4129472884448
1
Plathymenia reticulata Benth. 7,20
9,30
2
Cupania vernalis Camb. 5,20
23
3
Cupania vernalis Camb. 8,10
12,10
4
Cupania vernalis Camb. 4,00
7,40
5
Metrodorea nigra St. Hil. 5,20
7,00
6
Metrodorea nigra St. Hil. 5,60
9,00
7
Pseudobombax longiflorum Mart et Zuc 4,40
7,00
8
Qualea grandiflora Mart. 4,80
26,00
9
Xylopia aromática (Lam.) Mart. 7,50
7,20
10
Xylopia aromática (Lam.) Mart. 6,80
6,20
11
Xylopia aromática (Lam.) Mart. 9,50
10,70
12
Xylopia aromática (Lam.) Mart. 8,40
7,0
13
Caryocar brasiliense Camb. 9,60
14,0
Parcela 03 Latitude : -20,356163954288
Longitude : -51,411595455117
1
Plathymenia reticulata Benth. 11,60
21,0
2
Annona crassiflora Mart. 7,70
20,5
114
3
Cupania vernalis Camb. 6,90
8,00
4
Cupania vernalis Camb. 5,80
7,30
5
Byrsonima basiloba Juss. 8,80
20,30
6
Qualea grandiflora Mart. 6,60
11,10
7
Qualea grandiflora Mart. 5,10
10,00
8
Qualea grandiflora Mart. 3,00
8,40
9
Qualea grandiflora Mart. 6,85
18,40
10
Qualea jundiahy Warm. 5,00
9,30
11
Caryocar brasiliense Camb. 4,70
7,50
Parcela 04 Latitude : -20,3568399790675
Longitude :-51,4119212273509
1
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 10,80
18,50
2
Andira cuyabensis Benth. 6,80
14,00
3
Astronium fraxinifolium Schott 11,10
15,10
4
Curatella americana L. 6,40
10,50
5
Tocoyena formosa 9,60
10,50
6
Qualea grandiflora Mart. 8,90
18,50
7
Qualea grandiflora Mart. 6,70
11,00
8
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,40
12,10
9
Sterculia striata St. Hil. Et Naud. 7,60
7,50
Parcela 05 Latitude : -20,3570759542859
Longitude :-51,4119226217818
1
Cupania vernalis Camb. 8,50
9,00
2
Cupania vernalis Camb. 10,00
9,00
3
Cupania vernalis Camb. 8,90
7,70
4
Copaifera langsdorffii Desf. 10,60
7,20
5
Astronium fraxinifolium Schott 9,50
9,0
6
Tocoyena formosa 5,00
7,0
7
Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker 6,70
14,70
8
Qualea grandiflora Mart. 8,10
10,00
9
Qualea jundiahy Warm. 7,20
7,00
10
Qualea jundiahy Warm. 4,00
8,00
11
Tapirira guianensis Aubl. 11,20
19,00
12
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,00
18,40
13
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 11,60
19,20
14
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 10,10
9,0
15
Bathysa meridionalis Smith & Douns 10,20
7,50
16
Sterculia striata St. Hil. Et Naud. 9,70
14,10
Parcela 06 Latitude : -20,3568612876194
Longitude : -51,4110857884518
1
Cupania vernalis Camb. 8,70
8,50
2
Copaifera langsdorffii Desf. 11,70
11,00
3
Ficus guaranitica Schodat 11,30
13,00
4
Astronium fraxinifolium Schott 13,20
17,50
5
Machaerium acutifolium Vogel 7,50
9,00
6
IIex cerasifolia Reiss. 11,20
7,00
7
Tapirira guianensis Aubl. 8,80
15,50
8
Tapirira guianensis Aubl. 10,10
20,00
9
Tapirira guianensis Aubl. 9,60
11,00
115
10
Tapirira guianensis Aubl. 11,00
13,20
11
Tapirira guianensis Aubl. 10,20
14,30
12
Bathysa meridionalis Smith & Douns 11,50
14,00
13
Bathysa meridionalis Smith & Douns 7,90
9,00
Parcela 07 Latitude : -20,3562981728465
Longitude : -51,4108819607646
1
Albizia polycephala (Benth.) Killip 4,20
11,50
2
Albizia polycephala (Benth.) Killip 11,00
9,00
3
Rhamnidium elaeocarpus Reiss. 6,40
8,00
4
Rhamnidium elaeocarpus Reiss. 8,30
6,00
5
Rhamnidium elaeocarpus Reiss. 7,80
6,00
6
Myrcia selloi (Spreng) N.Silveira 7,50
6,40
7
Astronium fraxinifolium Schott 11,50
16,40
8
Astronium fraxinifolium Schott 14,40
28,40
9
Machaerium acutifolium Vogel 9,80
13,50
10
Hymenaea courbaril L.var. stilbocarpa 23,60
48,10
11
Tapirira guianensis Aubl. 11,00
18,75
12
Bathysa meridionalis Smith & Douns 6,80
8,50
13
Bathysa meridionalis Smith & Douns 6,70
7,70
Parcela 08 Latitude : -20,3581059817225
Longitude : -51,4113593939692
1
Cupania vernalis Camb. 4,00
8,50
2
Copaifera langsdorffii Desf. 12,20
16,60
3
Lonchocarpus muehlbergianus Hassl. 8,50
8,40
4
Ficus guaranitica Schodat 14,00
46,70
5
Ficus guaranitica Schodat 4,00
12,50
6
Astronium fraxinifolium Schott 13,30
16,50
7
Peschiera fuchsiaefolia Miers. 9,50
9,40
8
Qualea jundiahy Warm. 11,5
22,6
9
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 12,30
14,00
10
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 11,60
7,30
11
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,80
15,00
12
Bathysa meridionalis Smith & Douns 9,60
13,30
13
Bathysa meridionalis Smith & Douns 12,60
13,00
14
Dilodendron bipinnatum Radkl. 11,50
9,60
Parcela 09 Latitude : -20.3587604407221
Longitude : -51.4095569495112
1
Plathymenia reticulata Benth. 8,60
12,00
2
Myracrodruon urundeuva 7,50
6,00
3
Myracrodruon urundeuva 4,60
8,30
4
Andira cuyabensis Benth. 10,80
16,30
5
Cupania vernalis Camb. 9,80
16,00
6
Cupania vernalis Camb. 7,0
9,0
7
Terminalia argentea Mart.et Succ. 10,90
16,80
8
Lonchocarpus muehlbergianus Hassl. 9,30
9,50
9
Lonchocarpus muehlbergianus Hassl. 9,50
10,00
10
Astronium fraxinifolium Schott 6,50
6,00
11
Astronium fraxinifolium Schott 5,70
6,70
12
Byrsonima basiloba Juss. 3,60
8,40
116
13
IIex cerasifolia Reiss. 7,20
6,10
14
IIex cerasifolia Reiss. 7,40
7,20
15
IIex cerasifolia Reiss. 8,0
7,50
16
IIex cerasifolia Reiss. 7,50
8,30
17
Qualea grandiflora Mart. 9,40
14,00
18
Qualea grandiflora Mart. 8,40
9,30
19
Qualea jundiahy Warm. 7,00
8,00
20
Qualea jundiahy Warm. 4,30
6,50
21
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 7,40
11,00
22
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 10,20
10,20
23
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,00
9,50
24
Caryocar brasiliense Camb. 8,90
15,00
25
Bathysa meridionalis Smith & Douns 7,0
7,40
Parcela 10 Latitude : -20.3582615498454
Longitude : -51.4092726353556
1
Plathymenia reticulata Benth. 13,50
50,00
2
Myracrodruon urundeuva 9,20
6,50
3
Cupania vernalis Camb. 7,70
7,00
4
Cupania vernalis Camb. 7,50
12,40
5
Metrodorea nigra St. Hil. 8,20
7,10
6
Metrodorea nigra St. Hil. 8,50
7,40
7
Astronium fraxinifolium Schott 7,80
7,20
8
Astronium fraxinifolium Schott 14,60
17,00
9
Hymenaea courbaril L.var. stilbocarpa 12,80
27,50
10
Prunus sellowii Koehne 5,90
9,50
11
Qualea grandiflora Mart. 7,30
7,50
12
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,20
9,40
Parcela 11 Latitude : -20.3573710564524
Longitude : -51.4099163655192
1
Myracrodruon urundeuva 7,00
8,10
2
Myracrodruon urundeuva 7,00
7,80
3
Myracrodruon urundeuva 12,00
11,00
4
Myracrodruon urundeuva 7,30
8,0
5
Myracrodruon urundeuva 13,20
13,80
6
Cupania vernalis Camb. 10,30
20,40
7
Cupania vernalis Camb. 13,40
13,00
8
Cupania vernalis Camb. 10,50
11,70
9
Lonchocarpus muehlbergianus Hassl. 9,60
14,70
10
Hymenaea courbaril L.var. stilbocarpa 6,30
26,10
11
Hymenaea courbaril L.var. stilbocarpa 9,80
8,00
12
Tocoyena formosa 7,20
7,00
13
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,60
9,00
Parcela 12 Latitude : -20.3577065113932
Longitude :-51.4085281733424
1
Rhamnidium elaeocarpus Reiss. 10,30
8,20
2
Myrcia selloi (Spreng) N.Silveira 12,10
23,30
3
Cupania vernalis Camb. 9,00
11,30
4
Ficus guaranitica Schodat 7,90
7,70
5
Ficus guaranitica Schodat 9,00
7,00
117
6
Astronium fraxinifolium Schott 13,20
17,70
7
Hymenaea courbaril L.var. stilbocarpa 18,90
38,80
8
Tocoyena formosa 5,10
7,30
9
Tapirira guianensis Aubl. 10,90
12,10
10
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,90
10,50
11
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 12,60
11,50
12
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,70
7,40
13
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 12,90
11,20
14
Sterculia striata St. Hil. Et Naud. 11,10
9,60
15
Enterolobium contortisiliquum (Vell) M 7,50
28,60
Parcela 13 Latitude : -20.3579235915095
Longitude :-51.4087254647166
1
Pouteria torta (Mart.) Radlk 11,00
21,00
2
Pouteria torta (Mart.) Radlk 12,90
12,50
3
Cupania vernalis Camb. 14,30
18,00
4
Cupania vernalis Camb. 11,50
10,00
5
Cupania vernalis Camb. 11,40
18,00
6
Terminalia argentea Mart.et Succ. 12,00
44,40
7
Ficus guaranitica Schodat 7,90
6,40
8
Astronium fraxinifolium Schott 17,00
20,00
9
Bathysa meridionalis Smith & Douns 10,60
12,50
10
Bathysa meridionalis Smith & Douns 10,60
8,40
11
Bathysa meridionalis Smith & Douns 12,30
15,60
12
Sterculia striata St. Hil. Et Naud. 11,50
11,00
Parcela 14 Latitude : -20.3587067965418
Longitude :-51.4085430745036
1
Rhamnidium elaeocarpus Reiss. 6,20
8,80
2
Cupania vernalis Camb. 7,80
8,70
3
Jacarandá cuspidifolia Mart. 8,70
12,00
4
Machaerium acutifolium Vogel 13,40
22,50
5
Cordia trichotoma (Vell.) Arrab.ex steud 12,20
13,00
6
IIex cerasifolia Reiss. 6,00
6,50
7
Ormosia arbórea (Vell.) Harms 17,40
34,00
Parcela 15 Latitude : -20.3615553025156
Longitude :-51.4057589415461
1
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 11,30
20,00
2
Myracrodruon urundeuva 9,00
8,50
3
Myracrodruon urundeuva 8,20
6,80
4
Rhamnidium elaeocarpus Reiss. 7,40
6,50
5
Terminalia argentea Mart.et Succ 9,50
10,10
6
Ficus guaranitica Schodat 7,40
9,00
7
Ficus guaranitica Schodat 6,90
7,30
8
Pseudobombax longiflorum Mart et Zuc 4,45
8,00
9
Tocoyena formosa 7,80
7,50
10
IIex cerasifolia Reiss. 7,60
6,00
11
IIex cerasifolia Reiss. 7,30
7,50
12
IIex cerasifolia Reiss. 7,40
6,30
13
IIex cerasifolia Reiss. 7,50
6,80
14
Ceiba boliviana Britten & E.G. Baker 6,85
11,40
118
15
Ceiba boliviana Britten & E.G. Baker 4,80
7,00
16
Qualea jundiahy Warm. 6,10
13,00
17
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,00
14,40
18
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,00
11,50
19
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,80
12,00
20
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,50
12,00
21
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 12,10
12,00
Parcela 16 Latitude : -20.3606487158686
Longitude :-51.4054263476283
1
Andira cuyabensis Benth. 7,30
10,00
2
Cupania vernalis Camb. 7,90
8,00
3
Cupania vernalis Camb. 7,60
8,00
4
Astronium fraxinifolium Schott 6,55
7,40
5
Prunus sellowii Koehne 6,15
11,00
6
IIex cerasifolia Reiss. 7,15
7,20
7
IIex cerasifolia Reiss. 6,81
9,00
8
Qualea grandiflora Mart. 6,10
9,40
9
Qualea grandiflora Mart. 2,80
6,40
10
Qualea jundiahy Warm. 6,20
8,10
11
Qualea jundiahy Warm. 6,15
11,50
12
Qualea jundiahy Warm. 4,40
6,50
13
Qualea jundiahy Warm. 5,20
7,50
14
Qualea jundiahy Warm. 5,20
6,80
15
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,00
12,30
16
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,00
11,70
17
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 7,10
8,00
18
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 7,00
7,00
19
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 7,10
6,30
20
Miconia burchellii 6,20
10,00
Parcela 17 Latitude : -20.3595007304102
Longitude :-51.4056248310954
1
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 6,55
9,00
2
Cupania vernalis Camb. 6,85
10,00
3
Tocoyena formosa 7,40
7,40
4
IIex cerasifolia Reiss. 7,15
8,00
5
Ceiba boliviana Britten & E.G. Baker 9,70
8,30
6
Ceiba boliviana Britten & E.G. Baker 7,10
8,00
7
Ceiba boliviana Britten & E.G. Baker 6,35
8,00
8
Ceiba boliviana Britten & E.G. Baker 12,70
19,60
9
Qualea grandiflora Mart. 8,90
10,50
10
Qualea jundiahy Warm. 5,05
11,00
11
Qualea jundiahy Warm. 5,90
18,00
12
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,00
9,50
13
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 12,00
11,70
14
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,50
14,50
15
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 13,00
13,40
16
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,65
12,00
17
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,40
6,50
18
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,90
12,00
19
Bathysa meridionalis Smith & Douns 4,85
9,00
20
Bathysa meridionalis Smith & Douns 8,50
6,70
119
Parcela 18 Latitude :-20.3589535597712
Longitude :-51.4046967867762
1
Albizia polycephala (Benth.) Killip 14,80
21,10
2
Albizia polycephala (Benth.) Killip 12,00
12,00
3
Myracrodruon urundeuva 12,40
9,00
4
Rhamnidium elaeocarpus Reiss. 10,00
6,00
5
Rhamnidium elaeocarpus Reiss. 7,00
7,70
6
Rhamnidium elaeocarpus Reiss. 10,20
6,50
7
Rhamnidium elaeocarpus Reiss. 12,30
12,50
8
Cupania vernalis Camb. 10,30
8,30
9
Terminalia argentea Mart.et Succ 4,60
13,70
10
Copaifera langsdorffii Desf. 17,80
26,00
11
Copaifera langsdorffii Desf. 6,00
7,00
12
Lonchocarpus muehlbergianus Hassl. 13,30
21,00
13
Astronium fraxinifolium Schott 10,80
10,00
14
Jacarandá cuspidifolia Mart. 15,40
29,00
15
Jacarandá cuspidifolia Mart. 9,00
6,00
Parcela 19 Latitude :-20.3590823058039
Longitude :-51.4044124726207
1
Plathymenia reticulata Benth. 7,80
9,50
2
Rhamnidium elaeocarpus Reiss. 7,15
11,00
3
Ceiba boliviana Britten & E.G. Baker 8,90
20,00
4
Ceiba boliviana Britten & E.G. Baker 9,00
13,00
5
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 10,80
8,30
6
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 10,20
13,40
7
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 7,40
7,70
8
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 10,90
13,20
9
Magonia pubescens St. Hil. 13,80
22,90
10
Magonia pubescens St. Hil. 13,90
18,50
11
Magonia pubescens St. Hil. 6,80
7,70
12
Magonia pubescens St. Hil. 11,20
20,00
Parcela 20 Latitude :-20.3607720974833
Longitude :-51.404289091006
1
Stryphnodendron adstringens (Mart.)
Coville
5,80
6,60
2
Tabebuia aurea (Manso) Benth & Hook. 3,25
6,50
3
Prunus sellowii Koehne 8,90
11,00
4
Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker 3,70
12,30
5
Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker 2,95
10,50
6
Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker 4,40
9,00
7
IIex cerasifolia Reiss. 5,20
8,70
8
IIex cerasifolia Reiss. 5,90
6,70
9
IIex cerasifolia Reiss. 5,35
6,10
10
IIex cerasifolia Reiss. 5,40
9,50
11
Qualea grandiflora Mart. 6,15
13,50
12
Qualea grandiflora Mart. 6,50
19,00
13
Qualea grandiflora Mart. 9,20
24,00
14
Qualea jundiahy Warm. 4,60
9,20
15
Qualea jundiahy Warm. 3,60
7,00
16
Strychnos pseudo-quina St. Hil. 3,25
8,00
120
17
Sterculia striata St. Hil. Et Naud. 6,55
15,00
Parcela 21 Latitude :-20.3617859724909
Longitude :-51.4042569044978
1
Andira cuyabensis Benth. 5,00
8,70
2
Andira cuyabensis Benth. 3,80
7,00
3
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabr. 2,60
8,20
4
Prunus sellowii Koehne 4,00
6,00
5
Tocoyena formosa 4,85
6,80
6
Salvertia convallariaeodora St. Hil. 7,50
19,00
7
Qualea grandiflora Mart. 5,45
10,00
8
Qualea grandiflora Mart. 5,15
8,00
9
Qualea grandiflora Mart. 4,60
11,40
10
Qualea jundiahy Warm. 6,75
14,40
11
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 6,25
9,00
12
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 6,60
9,00
13
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 6,10
9,00
14
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 7,00
10,00
15
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 6,80
8,00
16
Bathysa meridionalis Smith & Douns 5,15
6,30
17
Strychnos pseudo-quina St. Hil. 2,25
8,70
18
Miconia burchellii 2,90
6,10
Parcela 22 Latitude :-20.3627515677363
Longitude :-51.4034736994654
1
Cupania vernalis Camb. 9,40
8,00
2
Cupania vernalis Camb. 8,70
6,70
3
Cupania vernalis Camb. 8,00
9,00
4
Prunus sellowii Koehne 7,10
7,00
5
Diospyros híspida DC. 6,00
10,00
6
Byrsonima verbacifolia (L.) Rich 3,80
8,00
7
Qualea grandiflora Mart. 4,25
7,00
8
Qualea grandiflora Mart. 8,50
19,00
9
Qualea jundiahy Warm. 6,10
13,80
10
Qualea jundiahy Warm. 6,10
10,00
11
Tapirira guianensis Aubl. 10,20
10,70
12
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 11,40
24,00
13
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,50
7,50
Parcela 23 Latitude :-20.3618610743433
Longitude :-51.4027709607035
1
Cupania vernalis Camb. 7,10
6,20
2
Astronium fraxinifolium Schott 6,70
7,50
3
Tocoyena formosa 6,40
6,50
4
Tocoyena formosa 8,20
6,00
5
IIex cerasifolia Reiss. 7,30
10,50
6
IIex cerasifolia Reiss. 7,80
7,70
7
Qualea grandiflora Mart. 5,40
14,50
8
Qualea jundiahy Warm. 7,70
14,00
9
Qualea jundiahy Warm. 15,30
20,00
10
Qualea jundiahy Warm. 6,00
11,00
11
Tapirira guianensis Aubl. 10,40
14,00
121
12
Tapirira guianensis Aubl. 8,11
14,00
13
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,30
13,00
14
Sterculia striata St. Hil. Et Naud. 10,20
14,00
15
Miconia burchellii 4,20
7,20
Parcela 24 Latitude :-20.3602571133524
Longitude :-51.4021057728678
1
Cupania vernalis Camb. 24,50
19,00
2
Cupania vernalis Camb. 13,60
19,60
3
Cupania vernalis Camb. 6,00
9,60
4
IIex cerasifolia Reiss. 5,30
7,60
5
Qualea jundiahy Warm. 7,60
13,60
6
Qualea jundiahy Warm. 4,10
7,00
7
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 13,60
16,50
8
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,00
14,00
9
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,50
8,50
Parcela 25 Latitude :-20.359270060435
Longitude :-51.4013654831797
1
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 8,40
6,70
2
Myracrodruon urundeuva 8,70
22,00
3
Cupania vernalis Camb. 10,80
6,40
4
Cupania vernalis Camb. 7,10
7,50
5
Lonchocarpus muehlbergianus Hassl. 12,50
26,00
6
Lonchocarpus muehlbergianus Hassl. 11,30
21,00
7
Lonchocarpus muehlbergianus Hassl. 7,90
11,60
8
Lonchocarpus muehlbergianus Hassl. 6,40
7,00
9
Lonchocarpus muehlbergianus Hassl. 6,70
17,00
10
Ceiba boliviana Britten & E.G. Baker 6,80
10,00
11
Qualea grandiflora Mart. 7,00
6,50
12
Qualea grandiflora Mart. 9,90
14,50
13
Qualea jundiahy Warm. 7,90
13,50
14
Qualea jundiahy Warm. 6,40
11,40
15
Qualea jundiahy Warm. 3,50
7,00
16
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,20
6,10
17
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 7,70
8,40
18
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,30
8,40
19
Kielmeyera rubriflora Camb. 12,80
19,50
Parcela 26 Latitude :-20.3593397978693
Longitude :-51.4005339983851
1
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 8,20
15,50
2
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 4,20
6,60
3
Cupania vernalis Camb. 7,10
6,50
4
Astronium fraxinifolium Schott 6,90
6,60
5
Curatella americana L. 7,30
13,00
6
Curatella americana L. 6,10
8,50
7
Tocoyena formosa 9,70
6,30
8
Diospyros híspida DC. 4,60
9,00
9
Kielmeyera variabilis Mart. 6,90
11,50
10
Kielmeyera variabilis Mart. 5,70
9,80
11
Kielmeyera variabilis Mart. 5,50
7,00
122
12
Kielmeyera variabilis Mart. 4,70
6,00
13
Qualea grandiflora Mart. 9,70
23,60
14
Qualea grandiflora Mart. 5,90
15,00
15
Qualea jundiahy Warm. 5,10
14,00
16
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 7,30
11,20
17
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 7,30
7,50
18
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,10
10,00
19
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 7,70
8,00
Parcela 27 Latitude :-20.3611100558192
Longitude :-51.4010114315898
1
Plathymenia reticulata Benth. 8,20
11,50
2
Cupania vernalis Camb. 7,40
7,00
3
Cupania vernalis Camb. 8,80
8,60
4
Astronium fraxinifolium Schott 9,30
13,20
5
Astronium fraxinifolium Schott 8,30
9,00
6
Astronium fraxinifolium Schott 6,70
10,00
7
Astronium fraxinifolium Schott 9,60
12,00
8
Astronium fraxinifolium Schott 6,40
11,00
9
Prunus sellowii Koehne 6,50
7,00
10
Tocoyena formosa 5,80
6,60
11
Qualea grandiflora Mart. 10,50
30,50
12
Tapirira guianensis Aubl. 7,70
9,00
13
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,20
10,40
14
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,60
7,00
15
Caryocar brasiliense Camb. 7,30
11,00
Parcela 28 Latitude :-20.3623867873103
Longitude :-51.4013762120158
1
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 5,80
23,00
2
Lonchocarpus muehlbergianus Hassl. 6,60
10,00
3
Astronium fraxinifolium Schott 6,40
7,40
4
Tocoyena formosa 6,30
6,50
5
Tocoyena formosa 7,00
9,00
6
Byrsonima basiloba Juss. 5,60
11,70
7
Qualea jundiahy Warm. 13,60
8,00
8
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 7,80
6,00
9
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,90
9,50
10
Syagrus flexuosa (Mart.) Becc. 3,00
6,00
11
Bathysa meridionalis Smith & Douns 14,70
31,00
Parcela 29 Latitude :-20.3604448679835
Longitude :-51.4078242424876
1
Connarus suberosus Planch. 2,80
6,40
2
Metrodorea nigra St. Hil. 5,46
6,50
3
Tocoyena formosa 6,05
6,00
4
Tocoyena formosa 6,40
10,50
5
Qualea grandiflora Mart. 4,45
7,40
6
Qualea jundiahy Warm. 8,00
15,00
7
Qualea jundiahy Warm. 9,50
15,80
8
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,90
11,00
9
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,30
6,50
123
10
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 10,00
12,00
11
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 10,20
8,00
12
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,60
14,00
13
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 11,30
14,80
14
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,90
13,60
15
Caryocar brasiliense Camb. 6,60
13,00
16
Bathysa meridionalis Smith & Douns 8,80
10,60
17
Bowdichia virgilioides Kunth 5,35
14,00
Parcela 30 Latitude :-20.3597099427134
Longitude :-51.4075774792582
1
Luehea candicans Mart. et Zucc. 6,45
6,00
2
Myracrodruon urundeuva 10,90
12,00
3
Cupania vernalis Camb. 9,60
16,00
4
Qualea grandiflora Mart. 10,20
26,60
5
Qualea grandiflora Mart. 9,60
11,80
6
Qualea jundiahy Warm. 6,60
13,00
7
Qualea jundiahy Warm. 7,20
14,40
8
Qualea jundiahy Warm. 6,70
17,40
9
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,60
11,50
10
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 12,40
15,00
11
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 10,80
10,00
12
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,10
6,50
13
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 7,60
12,80
14
Sterculia striata St. Hil. Et Naud. 5,70
6,00
Parcela 31 Latitude :-20.3590340260416
Longitude :-51.4070732239634
1
Pouteria torta (Mart.) Radlk 10,70
12,00
2
Myracrodruon urundeuva 10,00
10,80
3
Rhamnidium elaeocarpus Reiss. 12,50
10,00
4
Cupania vernalis Camb. 7,40
6,20
5
Aspidosperma subincanum Mart. 7,80
7,30
6
Hymenaea courbaril L.var. stilbocarpa 18,70
19,50
7
Bathysa meridionalis Smith & Douns 6,10
15,70
8
Dilodendron bipinnatum Radkl. 12,50
23,00
9
Dilodendron bipinnatum Radkl. 14,20
20,00
10
Dilodendron bipinnatum Radkl. 8,30
8,20
Parcela 32 Latitude :-20.358551228419
Longitude :-51.4076418522746
1
Mabea fistulifera Mar. 15,00
25,00
2
Mabea fistulifera Mar. 9,80
32,00
3
Mabea fistulifera Mar. 13,80
18,50
4
Ficus guaranitica Schodat 10,60
18,50
5
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 12,50
20,80
Parcela 33 Latitude :-20.3590340260416
Longitude :-51.4065260533244
1
Pouteria torta (Mart.) Radlk 7,50
11,30
2
Albizia polycephala (Benth.) Killip 11,20
14,00
124
3
Albizia polycephala (Benth.) Killip 14,00
18,00
4
Myracrodruon urundeuva 7,70
9,00
5
Rhamnidium elaeocarpus Reiss. 11,60
11,00
6
Rhamnidium elaeocarpus Reiss. 10,01
7,50
7
Cupania vernalis Camb. 9,00
6,50
8
Cupania vernalis Camb. 13,00
26,00
9
Terminalia argentea Mart.et Succ 24,10
36,50
10
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 14,70
23,00
Parcela 34 Latitude :-20.3601551894099
Longitude :-51.4068479184062
1
Rhamnidium elaeocarpus Reiss. 6,35
7,00
2
Connarus suberosus Planch. 2,50
8,00
3
Cupania vernalis Camb. 7,35
9,50
4
Machaerium acutifolium Vogel 12,60
30,00
5
Qualea grandiflora Mart. 6,65
14,00
6
Qualea jundiahy Warm. 5,90
10,50
7
Qualea jundiahy Warm. 10,00
19,00
8
Qualea jundiahy Warm. 3,00
15,00
9
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 14,90
12,50
10
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,20
9,00
11
Bathysa meridionalis Smith & Douns 12,00
13,00
Parcela 35 Latitude :-20.3604716900736
Longitude :-51.406461680308
1
Cupania vernalis Camb. 9,00
9,70
2
Astronium fraxinifolium Schott 10,90
20,20
3
Astronium fraxinifolium Schott 6,65
8,20
4
Prunus sellowii Koehne 5,55
8,00
5
IIex cerasifolia Reiss. 6,80
8,00
6
IIex cerasifolia Reiss. 6,80
7,00
7
IIex cerasifolia Reiss. 7,80
8,50
8
Qualea jundiahy Warm. 5,10
10,70
9
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 11,50
16,50
10
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,50
6,20
11
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,00
12,50
12
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,00
12,00
13
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,00
10,50
14
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,00
9,20
15
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,50
13,50
16
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,00
12,00
17
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,00
7,50
18
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,00
9,50
19
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,00
11,00
20
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,00
9,50
21
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,00
9,00
22
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,00
12,70
Parcela 36 Latitude :-20.3626258019358
Longitude :-51.4037062767894
1
Plathymenia reticulata Benth. 10,30
24,50
2
Cupania vernalis Camb. 6,25
9,00
125
3
Cupania vernalis Camb. 7,50
8,00
4
Pseudobombax longiflorum Mart et Zuc 6,40
14,50
5
Tocoyena formosa 7,50
16,70
6
Ceiba boliviana Britten & E.G. Baker 18,20
34,00
7
Qualea jundiahy Warm. 10,10
17,00
8
Tapirira guianensis Aubl. 8,10
12,50
9
Tapirira guianensis Aubl. 8,80
10,70
10
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,20
9,80
11
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,20
10,00
12
Bathysa meridionalis Smith & Douns 9,20
14,70
Parcela 37 Latitude :-20.361791336909
Longitude :-51.4032430294902
1
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 11,90
28,20
2
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 8,20
24,00
3
Andira cuyabensis Benth. 5,70
6,00
4
Pseudobombax longiflorum Mart et Zuc 5,40
10,20
5
Tabebuia aurea (Manso) Benth & Hook. 5,70
8,20
6
Tocoyena formosa 5,40
6,50
7
Tocoyena formosa 7,40
10,80
8
Tocoyena formosa 6,20
8,00
9
Tocoyena formosa 7,30
8,20
10
Byrsonima basiloba Juss. 4,00
6,40
11
Ceiba boliviana Britten & E.G. Baker 5,00
7,00
12
Ceiba boliviana Britten & E.G. Baker 5,00
8,00
13
Ceiba boliviana Britten & E.G. Baker 4,90
7,80
14
Miconia burchellii 5,20
7,00
Parcela 38 Latitude :-20.3606218937785
Longitude :-51.4027763251216
1
Andira cuyabensis Benth. 4,00
8,40
2
Andira cuyabensis Benth. 8,60
12,50
3
Cupania vernalis Camb. 6,80
6,50
4
Pseudobombax longiflorum Mart et Zuc 6,00
12,00
5
Zanthoxylum riedelianum 4,00
10,00
6
Tocoyena formosa 6,80
6,20
7
Byrsonima basiloba Juss. 5,10
8,00
8
Qualea grandiflora Mart. 5,60
12,00
9
Qualea jundiahy Warm. 5,50
17,00
10
Qualea jundiahy Warm. 6,00
11,40
11
Qualea jundiahy Warm. 7,40
15,30
12
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,50
12,50
13
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 7,50
9,30
14
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,50
9,50
15
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,50
7,50
16
Bowdichia virgilioides Kunth 10,10
11,00
Parcela 39 Latitude :-20.3599245194346
Longitude :-51.402309620753
1
Diptychandra aurantiaca (Mart.) Tul. 4,70
6,00
2
Diptychandra aurantiaca (Mart.) Tul. 5,80
7,50
3
Cupania vernalis Camb. 11,20
12,00
126
4
Cupania vernalis Camb. 10,30
18,40
5
Cupania vernalis Camb. 11,00
10,20
6
Cupania vernalis Camb. 12,50
14,50
7
Cupania vernalis Camb. 8,00
8,50
8
Terminalia argentea Mart.et Succ. 13,50
13,70
9
Qualea grandiflora Mart. 7,80
16,00
10
Qualea grandiflora Mart. 5,60
8,70
11
Qualea jundiahy Warm. 5,20
7,50
12
Qualea jundiahy Warm. 4,40
6,40
13
Qualea jundiahy Warm. 7,50
12,00
14
Qualea jundiahy Warm. 8,20
16,50
15
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,20
8,00
16
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 10,20
8,00
17
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,10
8,80
18
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 11,20
13,50
19
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 10,80
13,00
20
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 11,90
14,40
21
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 11,90
16,50
22
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,00
9,40
23
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,80
12,80
24
Colubrina glandulosa Perk. 11,60
17,70
Parcela 40 Latitude :-20.3607613686472
Longitude :-51.401778543368
1
Astronium fraxinifolium Schott 6,00
8,50
2
Curatella americana L. 4,00
6,50
3
Qualea grandiflora Mart. 5,70
17,00
4
Qualea grandiflora Mart. 9,00
29,00
5
Qualea grandiflora Mart. 7,30
8,80
6
Tapirira guianensis Aubl. 10,50
13,50
7
Tapirira guianensis Aubl. 13,10
16,60
8
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 10,80
11,70
Parcela 41 Latitude :-20.3622848633677
Longitude :-51.4021540526301
1
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 6,70
15,00
2
Andira cuyabensis Benth. 5,80
8,00
3
Cupania vernalis Camb. 7,30
6,40
4
Metrodorea nigra St. Hil. 5,60
7,60
5
Zanthoxylum riedelianum 4,30
9,50
6
Prunus sellowii Koehne 7,30
6,70
7
Prunus sellowii Koehne 5,80
7,00
8
Prunus sellowii Koehne 6,90
8,80
9
Tocoyena formosa 4,60
9,70
10
Tocoyena formosa 3,70
7,00
11
Tocoyena formosa 4,20
8,00
12
Diospyros híspida DC. 3,70
8,00
13
Byrsonima verbacifolia (L.) Rich 4,30
7,40
14
Byrsonima basiloba Juss. 4,60
6,70
15
Qualea grandiflora Mart. 4,50
8,00
16
Qualea jundiahy Warm. 6,70
16,50
17
Qualea jundiahy Warm. 14,80
33,40
18
Tapirira guianensis Aubl. 7,40
7,50
127
19
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 6,80
6,00
20
Bathysa meridionalis Smith & Douns 8,70
7,00
21
Bathysa meridionalis Smith & Douns 11,10
13,00
Parcela 42 Latitude :-20.3631485346705
Longitude :-51.402320349589
1
Cupania vernalis Camb. 9,50
8,30
2
Cupania vernalis Camb. 7,60
10,00
3
Metrodorea nigra St. Hil. 9,80
19,00
4
Astronium fraxinifolium Schott 9,80
10,60
5
Prunus sellowii Koehne 8,40
10,10
6
Tocoyena formosa 8,20
8,60
7
Tocoyena formosa 7,80
8,20
8
Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker 7,80
12,70
9
Qualea grandiflora Mart. 9,60
26,60
10
Qualea grandiflora Mart. 5,50
9,00
11
Qualea jundiahy Warm. 4,00
7,50
12
Qualea jundiahy Warm. 7,80
16,00
13
Tapirira guianensis Aubl. 11,00
10,40
14
Tapirira guianensis Aubl. 10,50
9,50
15
Tapirira guianensis Aubl. 11,00
9,20
16
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 13,80
10,50
17
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,40
17,50
18
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 10,90
8,80
19
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 11,10
10,00
20
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 11,60
15,60
Parcela 43 Latitude :-20.3638244513422
Longitude :-51.4011401776225
1
Copaifera langsdorffii Desf. 8,50
6,00
2
Astronium fraxinifolium Schott 6,50
7,30
3
Prunus sellowii Koehne 5,30
8,00
4
Tocoyena formosa 6,60
6,30
5
Qualea grandiflora Mart. 10,30
29,50
6
Qualea jundiahy Warm. 8,00
14,00
7
Qualea jundiahy Warm. 7,40
17,50
8
Tapirira guianensis Aubl. 13,70
17,50
9
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 11,60
9,00
10
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,00
7,00
11
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,20
16,00
Parcela 44 Latitude :-20.3630466107279
Longitude :-51.4011294487864
1
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 5,80
11,00
2
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 6,00
9,50
3
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 7,30
13,50
4
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 11,20
21,60
5
Andira cuyabensis Benth. 3,00
7,00
6
Cupania vernalis Camb. 10,70
10,00
7
Cupania vernalis Camb. 7,70
6,50
8
Prunus sellowii Koehne 5,00
7,00
9
Prunus sellowii Koehne 5,60
7,40
128
10
Tocoyena formosa 5,60
9,00
11
Tocoyena formosa 5,80
7,00
12
Tocoyena formosa 7,80
9,00
13
Qualea grandiflora Mart. 5,20
7,00
14
Qualea jundiahy Warm. 6,90
13,00
15
Qualea jundiahy Warm. 4,10
9,00
16
Qualea jundiahy Warm. 8,20
12,50
17
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 7,50
7,20
18
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 7,90
7,50
19
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,20
11,00
20
Caryocar brasiliense Camb. 5,40
8,50
Parcela 45 Latitude :-20.3620541933924
Longitude :-51.4007539395243
1
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 6,10
18,70
2
Andira cuyabensis Benth. 6,80
8,00
3
Cupania vernalis Camb. 8,90
6,50
4
Astronium fraxinifolium Schott 7,20
9,00
5
Astronium fraxinifolium Schott 4,30
8,00
6
Byrsonima basiloba Juss. 7,40
8,00
7
Byrsonima basiloba Juss. 6,30
12,50
8
Qualea grandiflora Mart. 4,50
6,80
9
Qualea jundiahy Warm. 8,60
25,00
10
Tapirira guianensis Aubl. 8,40
8,50
11
Tapirira guianensis Aubl. 8,00
6,10
12
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,70
12,00
13
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 6,30
6,20
14
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,70
7,00
15
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,00
6,50
16
Bathysa meridionalis Smith & Douns 8,40
7,50
Parcela 46 Latitude :-20.3613085392863
Longitude :-51.4007646683604
1
Stryphnodendron adstringens (Mart.)
Coville
6,30
6,50
2
Andira cuyabensis Benth. 3,60
7,00
3
Machaerium acutifolium Vogel 8,60
11,00
4
Tocoyena formosa 5,90
6,40
5
Tocoyena formosa 7,20
9,00
6
Tocoyena formosa 7,50
9,20
7
Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker 6,20
13,00
8
Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker 6,70
8,20
9
Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker 7,10
10,00
10
Byrsonima verbacifolia (L.) Rich 2,60
7,00
11
Qualea grandiflora Mart. 9,20
15,00
12
Qualea grandiflora Mart. 11,10
9,50
13
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,50
11,00
14
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,00
6,50
15
Strychnos pseudo-quina St. Hil. 4,50
7,00
16
Strychnos pseudo-quina St. Hil. 3,60
6,20
Parcela 47 Latitude :-20.3616464976222
Longitude :-51.3996971491725
129
1
Myracrodruon urundeuva 11,10
22,70
2
Cupania vernalis Camb. 7,30
9,50
3
Astronium fraxinifolium Schott 8,60
15,00
4
Astronium fraxinifolium Schott 10,60
9,70
5
Qualea jundiahy Warm. 5,50
9,00
6
Qualea jundiahy Warm. 5,60
13,50
7
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 12,20
9,70
8
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,30
9,10
9
Bathysa meridionalis Smith & Douns 13,70
14,20
10
Strychnos pseudo-quina St. Hil. 5,40
10,00
Parcela 48 Latitude :-20.362156117335
Longitude :-51.3994772080332
1
Plathymenia reticulata Benth. 8,40
13,50
2
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 8,00
12,00
3
Machaerium acutifolium Vogel 10,70
13,00
4
Prunus sellowii Koehne 4,80
6,10
5
Tocoyena formosa 5,10
6,00
6
Diospyros híspida DC. 12,40
18,00
7
Qualea grandiflora Mart. 10,00
14,50
8
Qualea grandiflora Mart. 8,90
24,20
9
Qualea jundiahy Warm. 3,60
11,00
10
Tapirira guianensis Aubl. 11,10
17,00
11
Tapirira guianensis Aubl. 10,60
19,00
12
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 11,00
17,70
13
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,20
9,00
14
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 12,70
10,00
15
Sterculia striata St. Hil. Et Naud. 8,20
18,50
Parcela 49 Latitude :-20.362880313769
Longitude :-51.3995415810496
1
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 14,10
42,00
2
Copaifera langsdorffii Desf. 7,00
6,50
3
Astronium fraxinifolium Schott 6,80
6,80
4
Pseudobombax longiflorum Mart et Zuc 6,80
10,00
5
Pseudobombax longiflorum Mart et Zuc 5,90
15,00
6
Tocoyena formosa 6,60
8,20
7
Tocoyena formosa 8,70
8,00
8
Qualea jundiahy Warm. 5,90
14,50
9
Tapirira guianensis Aubl. 6,30
14,00
10
Tapirira guianensis Aubl. 9,30
11,50
11
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 7,60
14,00
12
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,90
12,70
13
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 10,90
7,20
14
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 12,20
10,00
15
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 10,80
6,00
16
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 11,50
17,00
17
Bathysa meridionalis Smith & Douns 11,20
8,70
Parcela 50 Latitude :-20.3638244513422
Longitude :-51.3998366240412
1
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 10,20
17,00
130
2
Metrodorea nigra St. Hil. 5,60
7,00
3
Copaifera langsdorffii Desf. 11,10
26,50
4
Ficus guaranitica Schodat 9,20
14,60
5
Astronium fraxinifolium Schott 8,60
7,40
6
Zanthoxylum riedelianum 6,90
6,50
7
Prunus sellowii Koehne 3,90
6,50
8
Tocoyena formosa 4,50
6,50
9
Qualea grandiflora Mart. 3,90
6,50
10
Qualea grandiflora Mart. 6,50
11,50
11
Qualea grandiflora Mart. 8,50
10,70
12
Qualea jundiahy Warm. 4,50
17,00
13
Tapirira guianensis Aubl. 10,50
14,50
14
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 8,60
14,70
15
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. 9,50
11,40
16
Sterculia striata St. Hil. Et Naud. 8,60
16,00
17
Sterculia striata St. Hil. Et Naud. 9,30
13,00
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