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1973
Primeiro Seminário Internacional de Administração Estratégica na
Universidade de Vanderbilt. Neste evento, iniciam-se as primeiras críticas
ao planejamento estratégico.
1980
Publicação do primeiro livro de Michael Porter, com nova organização dos
conceitos de estratégia.
Década de
80
Com a estabilização do crescimento econômico, há certo desencanto das
empresas norte-americanas em relação à estratégia. Já nas companhias
japonesas, que experimentam grande crescimento econômico, os executivos
lêem e seguem os ensinamentos do general chinês Sun Tzu. Surgem, cada
vez mais, novos autores e teorias sobre o tema.
1994
Edição do Livro The Rise and Fall of Strategic Planning, de Mintzberg, que
mostra a precariedade dos conceitos de planejamento estratégico, que não
estava sendo eficaz no papel da gestão estratégica, marcando o início de
uma nova fase dos conceitos de estratégia.
Década de
90
As duas metades desta década são bem distintas. Na primeira, há
significativa retomada do pensamento estratégico, levando-se em
consideração todas as suas limitações. Na segunda metade da década, com a
euforia da Internet, algumas empresas abandonam completamente a
estratégia, na opinião de Michael Porter, e outras a tornam sinônimo de
transformação do negócio. Kaplan & Norton criam o balanced scorecard.
Surgem os conceitos de C. K. Prahalad e Gary Hamel sobre Competências
Essenciais e Arquitetura Estratégica orientando as organizações a buscarem
vantagem competitiva com base no uso de suas capacidades dinâmicas.
Século XXI
São propostos novos modelos com foco na capacidade de adaptar-se à
mudança, na flexibilidade e no aprendizado organizacional. Para alguns, ter
agilidade estratégica, para “dançar conforme a música” passa a ser mais
importante que a estratégia em si. Recentes crises nas bolsas americanas e
em outros países colocam em cheque as ferramentas de medição e critérios
de transparência das organizações. Segundo pesquisa da Bain & Co, o
planejamento estratégico ainda é a ferramenta de gestão mais utilizada por
empresas no mundo todo.
Fonte: adaptado de Zacarelli (2000), Júlio & Neto (2002) e Kallás (2003).
Quadro 2 – Evolução histórica dos conceitos de estratégia e gestão estratégica
Porter (1999, p. 73), define estratégia como:
a criação de compatibilidade entre atividades da empresa. Seu êxito depende do bom
desempenho de muitas atividades – e não de poucas – e da integração entre elas. Se
não houver compatibilidade entre as atividades, não existirá uma estratégia
diferenciada e a sustentabilidade será mínima. A gerência se volta para tarefas mais
simples de supervisionar funções independentes e a eficácia operacional determina o
desempenho relativo da empresa.
Segundo Henderson (1998, p. 7), “estratégia é a busca deliberada de um plano de ação
para desenvolver e ajustar a vantagem competitiva de uma empresa”.
Ainda Henderson (1998), a estratégia procura fazer mudanças rápidas em
relacionamentos competitivos, exigindo um comprometimento e dedicação total de toda a
empresa. A finalidade de se obter vantagem competitiva é visto como sendo o objetivo da