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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ENGENHARIA - CÂMPUS DE ILHA SOLTEIRA
PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
Avaliação técnica e econômica de sistemas de produção da
cana-de-açúcar (Saccharum spp) convencional e orgânica na
região oeste do Estado de São Paulo
ROSALINA MARIA ALVES RAPASSI
Orientadora: Profa. Dra. Maria Aparecida Anselmo Tarsitano
Tese apresentada à Faculdade de Engenharia
da UNESP, Campus de Ilha Solteira, como um
dos requisitos para a obtenção do Título de
Doutora em Agronomia Área de
Concentração - Sistemas de Produção.
Ilha Solteira –SP
Março/2008
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OFEREÇO
Ao meu marido Hélio Wilson Rapassi
Pela compreensão e amor a mim dedicados.
Aos meus filhos Ricardo e Gustavo, simplesmente um presente de Deus.
Ofereço com carinho.
Aos meus pais, Valtolino e Julieta
Aos meus irmãos, Sirley, Aparecida, Valtolino e Márcia.
Aos meus cunhados, Caetano, Antonio Edgar e Edvilson.
A minha cunhada, Maria Aparecida.
Aos sobrinhos
Pablo, Leandro, Tiago, Poliana, Priscila, Juninho, Neto, Giovana e Pedro
Dedico.
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AGRADECIMENTO ESPECIAL
Profa. Dra. Maria Aparecida Anselmo Tarsitano
Prof. Dr. Marco Eustáquio de
que acreditaram,
estimularam,
colaboraram para realização do presente trabalho.
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Agradecimentos
À Deus, cuja fé inabalável, tem sido meu esteio em todos os momentos da minha vida.
Aos meus pais pela educação propiciada e pelas oportunidades de vida oferecidas, a quem
tudo devo, expresso minha eterna gratio.
A Professora Dra. Maria Aparecida Anselmo Tarsitano, pela valiosa orientação.
Ao Professor Marco Eustáquio de Sá, pela imensa colaboração e incentivo.
Aos professores Maria Aparecida Anselmo Tarsitano, Marco Eustáquio de , Salatier Buzeti,
Walter V. Valério Filho, Antonio César Bolonhezi, Edson Lazarini, Enes Furlani Junior,
Kuniko Iwamoto Haga, Luiz Malcolm Mano de Mello, Mário Luiz Teixeira de Moraes, Morel
de Passos e Carvalho, João Antonio da Costa Andrade.
Aos colegas Silvia M. A. Lima Costa, Carlos A. M. e Araujo, Antonio Lázaro SantAna,
Ércio Proença, Orivaldo Arf, Selma Buzeti de Moraes, Adelaide Buzeti de Sá, Irineu
Brasiliano, Clarice Trindade dos Santos, Márcia Regina Nagamachi, Cláudia Miriam dos
Santos.
Ao meu colega Fernando Tarsitano Neto.
A todos os colegas pela colaboração na coleta de dados.
Ao bibliotecário João Josué Barbosa, pela correção das referências bibliográficas.
Agradecimento especial
Efigênia Malaquias Yamamoto
WF agropecuária Nathan Fernandes
Marco Antonio Silva e Souza Usina Pioneiros
Osvaldo de Oliveira - Univalem
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RESUMO
RAPASSI, R.M.A. Avaliação técnica e econômica de sistemas de produção da cana-de-
açúcar (Saccharum spp) convencional e ornica na região oeste do Estado de São Paulo.
2008. 146p. Tese (Doutorado) - Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Universidade
Estadual Paulista, 2008
São Paulo é o estado maior produtor de cana-de-açúcar e o seu crescimento vem ocorrendo na
região oeste paulista, onde nos últimos cinco anos a produção mais que dobrou. O presente
trabalho teve como objetivo avaliar questões cnicas e econômicas da produção da cana-de-
açúcar (Saccharum spp) nos sistemas de cultivo convencional e orgânico na região oeste do
Estado de São Paulo. Para o levantamento de sistemas de produção detalhados com
coeficientes cnicos bem definidos, foi elaborado um questionário aplicado a fornecedores e
técnicos ligados ao setor sucroalcooleiro. Para implantação da cultura os valores foram
28,26% maiores no sistema orgânico, quando comparados com o convencional, assim como,
também os custos de produção foram maiores no sistema orgânico, chegando esta diferença a
8% no primeiro corte. No sistema orgânico os resultados foram mais satisfatórios, uma vez
que o lucro operacional foi positivo em todos os cortes, o VPL atingiu R$ 1.646,37 e a TIR
24,09%. O mesmo sistema de colheita no sistema convencional apresentou VPL de R$ 508,25
e a TIR 14,19%. Foram estudados os quatro sistemas de colheita: colheita manual cana
queimada apresentou menor custo, seguido pela colheita manual cana crua, seguido pela
colheita mecanizada cana queimada e por último o maior custo com a colheita mecanizada
cana crua. Os produtores estão cautelosos com relação a arrendamentos para novos plantios e
muito embora a expansão da cultura e a instalação de novas usinas continuem, o ritmo de
investimentos na região do setor sucroalcooleiro diminuiu. Esta redução dos investimentos
deve-se tamm à valorização de florestas plantadas, dos preços de grãos e da arroba do boi
verificada em 2007 e que, segundo previsões de analistas de mercado, deverá continuar nos
próximos anos. Como a cultura da cana-de-açúcar tamm compete por áreas com estas
outras atividades, ações de curto, médio e longo prazo devem ser tomadas por todo setor
sucroalcooleiro no sentido de buscar resultados que visem, além da redução de custos e
aumento na produtividade da cana, maior responsabilidade com as questões socioambientais.
Palavras-chave: sistemas de cultivo, métodos de colheita, custos, lucratividades, análise de
investimentos.
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ABSTRACT
RAPASSI, R.M.A. Technical and Economical Evaluation of the conventional and organic
sugarcane (Saccharum spp) production system in the west area of São Paulo State. 2008.
146p. Thesis (PhD). Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Universidade Estadual
Paulista, 2008.
São Paulo State is the biggest sugarcane producer, especially in the west area, where the
production practically double in the last five years. The present work aimed to evaluate
technical and economical issues of the sugarcane (Saccharum spp) production in the
conventional and organic systems placed in the São Paulo State. In order to study the details
of the production system with well defined technical coefficients, a questionnaire was applied
on suppliers and technicians connected to the sugar alcoholic plant. To implant the culture,
the values were 28.26% higher in the organic system, when compared with the conventional
one. Meanwhile the production costs were higher in the conventional system, with a
difference that almost reached 8% in the first cut. The productivity increment obtained with
the vinasse application didn't compensate the costs increase. The results were more
satisfactory in the organic system, considering that the operational profit was positive for all
cuts, VPL reached R$1,646.37 and TIR 24.09%. The same treatment in the conventional
system (vinasse application and mechanized crop of raw cane) had VPL of R$508.25 and TIR
14.19%. Four crop systems have been studied: the manual crop of burned cane presented
lower cost, followed by the manual crop of raw cane and the mechanized crop of burned cane.
At last, the mechanized crop of raw cane had the higher cost. The producers are very
concerned about the leasings for new plantings, because even though the crop expansion and
the installation of new plants continues, the rhythm of the investments in the sugaralcoholic
section is decreasing. This reduction of investments is also due to the valorization of planted
forests, grain prices and to the ox @ verified in 2007, and according to predictions of market
analysts, it should continue to decrease in the next years. The sugar cane culture competes
with other activities per area as well, and because of it, short, medium and long term actions
must be taken for all sugar alcoholic section in order to achieve results that aim greater
responsibility for social-ambient issues and not just costs reduction and cane productivity
increase.
Keywords: Saccharum spp, Costs, Profitability, Crop
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LISTA DE FIGURAS
gina
Figura 01. Produção de açúcar, preços no Estado de São Paulo e preços no
mercado externo, no período de 2003 a 2007 .........................................
03
Figura 02. Preços da cana-de-açúcar e preços do açúcar praticados nos mercado
interno (Estado de São Paulo) e mercado externo, no período de 2003
a 2007 ......................................................................................................
09
Figura 03. Estado de São Paulo dividido em 40 Escritórios de Desenvolvimento
Rural (EDRs), destacando os 3 EDRs estudados ....................................
23
Figura 04. Preços médios praticados na região da tonelada de cana-de-açúcar de
2003 a 2007 .............................................................................................
57
Figura 05. Valores médios obtidos em 2007, sobre a qualidade da cana-de-açúcar
junto a um fornecedor de cana da região oeste do estado de São Paulo .
59
Figura 06. Trator aclopado ao sulcador e adubador 79
Figura 07. Trator acoplado ao aplicador de defensivos e cobridor ..........................
80
Figura 08. Plantio manual (distribuição da muda no sulco) .....................................
80
Figura 09. Plantio manual (distribuição e corte da muda no sulco) .........................
81
Figura 10. Área plantada ..........................................................................................
81
Figura 11. Plantio mecanizado (sulcador da plantadora) .........................................
82
Figura 12. Plantadora (reservatório de defensivos) ..................................................
82
Figura 13. Plantadora (realizando sulcação, adubação, distribuição da muda,
aplicação do defensivo e cobertura do sulco) .........................................
83
Figura 14. Plantio mecanizado (transbordo abastecendo a plantadeira) ..................
83
Figura 15. Plantadora (cobrindo sulcos de plantio) ................................................. 84
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gina
Figura 16. Plantadora (quebra lombo) ..................................................................... 84
Figura 17. Queima do canavial ................................................................................ 85
Figura 18. Colheita manual cana queimada (corte) ..................................................
85
Figura 19. Colheita manual cana queimada (cana a ser carregada) .........................
86
Figura 20. Colheita manual cana crua (corte) ..........................................................
86
Figura 21. Colheita manual cana crua (corte) ..........................................................
87
Figura 22. Carregadora de cana ............................................................................... 87
Figura 23. Carregamento da cana crua .....................................................................
88
Figura 24. Carregamento da cana crua .....................................................................
88
Figura 25. Colhedora de cana ...................................................................................
89
Figura 26. Colheita mecanizada cana crua ...............................................................
89
Figura 27. Colheita mecanizada cana crua .............................................................. 90
Figura 28. Colheita mecanizada cana crua ...............................................................
90
Figura 29. Transbordo ..............................................................................................
91
Figura 30. Transbordo abastecendo os caminhões transportadores de cana
(biminhões) .............................................................................................
91
Figura 31. Transbordo abastecendo os caminhões transportadores de cana
(biminhões) .............................................................................................
92
Figura 32. Aparelho de irrigação (auto propelido - aplicação de vinhaça) ..............
92
Figura 33. Aplicação de vinhaça na cana-de-açúcar ................................................
93
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LISTA DE TABELAS
gina
Tabela 01. Produção de cana-de-açúcar em mil toneladas por Estado, reges e
Brasil de 2001/2002 a 2007/2008 ...........................................................
08
Tabela 02. Produção de cana-de-açúcar em mil toneladas nos EDRs de Araçatuba,
Andradina e General Salgado de 2001/02 a 2007/2008 .........................
11
Tabela 03. Valor da produção (em reais) da cultura da cana-de-açúcar, nos EDRs
de Andradina, Araçatuba e General Salgado, no Estado de São Paulo,
no período de 2002 a 2007 ......................................................................
24
Tabela 04. Questões que fizeram parte das entrevistas ............................................ 28
Tabela 05. Estimativa do custo operacional total por hectare de implantação da
cultura de cana-de-açúcar, sistema convencional, plantio manual, na
região oeste do Estado de São Paulo, 2007 ............................................
43
Tabela 06. Estimativa do custo operacional total por hectare da cultura de cana
planta, sistema convencional, colheita manual cana queimada, na
região oeste do Estado de São Paulo, 2007 ............................................
46
Tabela 07. Estimativa do custo operacional total por hectare da cultura de cana
planta, sistema convencional, colheita manual cana crua, na região
oeste do Estado de São Paulo, 2007........................................................
48
Tabela 08. Estimativa do custo operacional total por hectare da cultura de cana
planta, sistema convencional, colheita mecanizada cana queimada, na
região oeste do Estado de São Paulo, 2007 ............................................
50
Tabela 09. Estimativa do custo operacional total por hectare da cultura de cana
planta, sistema convencional, colheita mecanizada cana crua, na rego
oeste do Estado de São Paulo, 2007 .......................................................
52
Tabela 10. Custo operacional e custo da colheita por hectare, por sistema de
produção, sistema convencional, considerando 5 cortes da cultura da
cana-de-açúcar na região oeste do Estado de São Paulo, em 2007 .........
55
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gina
Tabela 11. Receita Bruta, lucro operacional e preço de equibrio por hectare,
sistema de produção convencional, considerando 5 cortes da cultura da
cana-de-açúcar na região oeste do Estado de São Paulo, em 2007 .........
61
Tabela 12. Fluxo de caixa quido por hectare, VPL e TIR, no sistema de
produção convencional, considerando 5 cortes da cultura da cana-de-
açúcar na região oeste do Estado de São Paulo, em 2007 ......................
64
Tabela 13. Estimativa do custo por hectare de pré-preparo do solo para
implantação da cultura de cana-de-açúcar, sistema orgânico, na região
oeste do Estado de São Paulo, 2007 .......................................................
66
Tabela 14. Estimativa do custo operacional total por hectare de implantação da
cultura de cana-de-açúcar, sistema orgânico, plantio manual, na região
oeste do Estado de São Paulo, 2007 .......................................................
68
Tabela 15. Estimativa do custo operacional total por hectare do trato cultural da
cana planta (1º corte), sistema orgânico, colheita mecanizada, na
região oeste do Estado de São Paulo, 2007 ............................................
70
Tabela 16. Custo operacional total e custo da colheita por hectare, no sistema
orgânico, considerando 5 cortes da cultura da cana-de-açúcar na região
oeste do Estado de São Paulo, 2007 .......................................................
73
Tabela 17. Receita bruta, lucro operacional e preço de equilíbrio, por hectare no
sistema orgânico, considerando 5 cortes da cultura da cana-de-açúcar
na rego oeste do Estado de São Paulo, 2007 ........................................
73
Tabela 18. Fluxo de caixa líquido por hectare, VPL e TIR, no sistema orgânico,
considerando 5 cortes da cultura da cana-de-açúcar na região oeste do
Estado de São Paulo, 2007 ......................................................................
73
Tabela 19. Produtos orgânicos encontrados no Estado de São Paulo ...................... 74
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SUMÁRIO
gina
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................
1
2. OBJETIVOS ....................................................................................................................
6
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .....................................................................................
7
3.1. . A expansão da cultura da cana-de-açúcar .......................................................
7
3.2. Aplicação de vinhaça ..................................................................................................
12
3.3. Colheita..........................................................................................................................
14
3.4. Adubação verde............................................................................................................
17
3.5. Sistema Orgânico .........................................................................................................
19
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS................................................................
22
4.1. Região Estudada ..........................................................................................................
22
4.2. Fonte dos Dados ..........................................................................................................
25
4.3. Técnicas de pesquisa....................................................................................................
25
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................
35
5.1. Descrição dos Sistemas de Produção........................................................................
35
5.1.1. Sistema convencional...............................................................................................
35
5.1.2. Sistema orgânico.......................................................................................................
39
5.2. Análise de custos e lucratividade..............................................................................
42
5.2.1. Sistema convencional...............................................................................................
42
5.2.2. Sistema orgânico.......................................................................................................
65
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................
76
7. ILUSTRAÇÕES DA PESQUISA.........................................................................
79
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................
94
ANEXOS.............................................................................................................................
105
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1
1. INTRODUÇÃO
A crise mundial no setor do petróleo relacionada às incertezas na produção e
aumentos sucessivos nos preços internacionais, a venda acelerada de carros bicombustíveis, o
interesse de outros países em adicionar álcool à gasolina, este conjunto de fatores estão
favorecendo o crescimento da produção de cana-de-açúcar, assim como de todo setor
sucroalcooleiro.
A expansão dessa atividade no Brasil i requerer da cadeia produtiva, pesados
investimentos para suportar toda a demanda de açúcar e álcool nos próximos anos, com o
crescimento previsto em grande escala até o ano de 2017 (HARADA et al., 2008). Vários
estudos confirmam a tendência de crescimento: sucesso do carro flex; Protocolo de Kyoto;
regulamentação do álcool como commodity mundial; altos preços do petróleo aliado ao
esgotamento das fontes de energia fóssil no mundo; conflitos envolvendo países do Oriente
Médio, matriz energética no país com a co-geração de energia elétrica.
O Brasil tem condições favoráveis para aumentar a área plantada, dispõe de clima e
relevos favoráveis, chuvas regulares, tecnologia e ocupa apenas 33% de seu território com
agropecuária o restante em florestas, estradas, represas, reservas legais e indígenas
(ORTOLAN, 2006).
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2
Segundo dados da Food and Agriculture Organization (FAO), em 2006 a
produção mundial de cana-de-açúcar, em uma área de 20,40 milhões de hectares, era de 1,4
bilhão de toneladas. O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar com quase 33% da
produção mundial, seguido por Índia (20%) e China (7,26%). Com a produção mundial de
açúcar de 148,6 milhões de toneladas, os resultados em relação aos países maiores produtores
não se alteram, em que o Brasil novamente ocupa a primeira posão com 19% deste total,
seguido pela Índia com quase 11% e a China com pouco mais de 7%. A União Européia
representa quase 15% da produção mundial, enquanto a Índia, além de grande produtora, é a
maior consumidora mundial de açúcar (HARADA et al., 2008).
Além de maior produtor, o Brasil é o maior exportador mundial de açúcar. Em 2006
o Brasil exportou cerca de 13 milhões de toneladas de açúcar bruto (aumento de 10,61% em
relação ao ano anterior) e 2.733 mil toneladas de álcool etílico, volume quase um terço maior
do que os valores obtidos em 2005. O valor das exportações brasileiras de açúcar atingiu US$
3.935 mil, um acréscimo de 65% em relação a 2005 (HARADA et al., 2008).
A Companhia Nacional do Abastecimento
1
(CONAB) estimou a produção brasileira
total de cana-de-açúcar para 2007/08 em 547,18 milhões de toneladas
2
, volume que representa
uma alta de 15,43% em relação à produção total obtida em 2006/07, que ficou em 474,80
milhões de toneladas. A área ocupada atualmente com esta cultura, é de 6,92 milhões de
hectares, superior em 12,3% à da safra anterior, sendo que 82,27% dessa área estão
localizados na rego Centro-Sul e os 17,73% restantes distribuídos pelas regiões Norte e
Nordeste do país. Estima-se para esta safra uma produtividade média de 79,034 kg/ha.
Do total de cana-de-açúcar prevista para a atual safra, a indústria sucroalcooleira
esmagará 86,47% (473,16 milhões de toneladas) e o restante 13,53% (74,02 milhões de
toneladas) será destinada à fabricação de cachaça, rapadura e à alimentação animal.
1
Empresa pública vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.
2
Avalião da safra agrícola de cana-de-açúcar 2007/2008, terceiro levantamento novembro de 2007, de
acordo com os dados obtidos em: www.conab.gov.br .
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3
Os dados do terceiro levantamento (novembro de 2007) da CONAB mostram que a
produção nacional de açúcar está estimada em 29,65 milhões de toneladas, 1,91% inferior à
safra 2006/07. A produção nacional de álcool será de 20,88 bilhões de litros, superior em
19,53% à da safra anterior. A região Centro-Sul participa com 84,49% e 90,39%,
respectivamente, da produção brasileira.
A Figura 01 apresenta informações sobre a produção e os preços do açúcar tanto no
Estado de o Paulo como no mercado externo. A produção de úcar não varia muito até
meados de 2006, diminui um pouco na segunda metade de 2005, os preços respondendo com
aumento até o primeiro semestre de 2006, quando então a oferta da produção de açúcar
cresce, enquanto os preços tanto no mercado interno quanto externo, caem.
Prodão de Açúcar vs Preços
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
50,00
2003 2004 2005 2006 2007
Ano
Preço (R$/sc 50 kg)
0
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
Produção (t)
Mercado Interno
Mercado Externo
Prodao de úcar
Figura 01. Produção de açúcar, preços no Estado de São Paulo e preços no
mercado externo, no período de 2003 a 2007.
Fonte: Dados básicos de Harada et al., 2008 e do CEPEA, 2008.
As baixas cotações internacionais do açúcar fazem com que a moagem seja mais
alcooleira do que ucareira na safra 2007/2008, podendo-se estimar que do total processado
pela indústria mais de 53% devem se transformar em álcool e cerca de 47% em açúcar
(BIERHALS e BARROS, 2008).
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4
Estimativas realizadas pela União da Agroinstria Canavieira de São Paulo Unica
e tamm pela FNP (Consultoria & Agroinformativos) projetam um crescimento de cerca
de 50% da produção de cana-de-açúcar nos próximos 10 anos em áreas localizadas
principalmente na região Centro-Sul do país.
São Paulo é o Estado maior produtor de cana-de-açúcar com uma produção de 176,
57 milhões de toneladas, e deverá esmagar na próxima safra 58,87% da cana-de-açúcar do
país (278,55 milhões de toneladas); o Paraná 8,82% (41,72 milhões de toneladas); Minas
Gerais 7,72% (36,54 milhões de toneladas); Alagoas 5,50% (26,04 milhões de toneladas);
Goiás 4,19% e Pernambuco 3,7% (CONAB-SAFRAS, 2007).
A pequena disponibilidade de terras, principalmente na região nordeste (maiores
produtoras), deverá provocar concentração da produção de cana nas regiões oeste e noroeste
do estado de o Paulo, regiões de cultivo relativamente recente desta cultura, em áreas
tradicionalmente ocupadas pela pecuária extensiva.
Das 72 novas usinas previstas para o país nos próximos anos, 44 deverão estar
localizadas nessa região, beneficiadas pela proximidade dos portos e centros consumidores,
além da disponibilidade de terras favoráveis para o plantio da cana-de-açúcar (TAVARES,
MATEUS E VEIGA FILHO, 2007).
Utilizando dados mais atuais do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e da Uno
dos Produtores de Bioenergia (UDOP); Camargo et al. (2008) verificaram que das 61 novas
unidades industriais, algumas em operação e outras ainda em fase de implantação no estado
de São Paulo, a maioria concentra-se na região oeste, especialmente nos EDRs de Araçatuba,
General Salgado e Andradina.
Muito embora seja grande a bibliografia existente sobre o setor sucroalcooleiro,
principalmente sobre queses relacionadas à cultura da cana-de-açúcar, em sistema
convencional, o mero de informações disponíveis não esgotam o assunto, que merece
avaliações e atualizações periódicas. Estudar a expansão do setor sucroalcooleiro na região
oeste do estado de o Paulo é fundamental para subsidiar órgãos financiadores, produtores e
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5
industriais em suas ações de planejamento e tomada de decisões a curto, médio e longo prazos
(GONÇALVES, 2005; MANNARELLI FILHO, 2002; VEIGA FILHO, 2002).
O sistema de produção de cana-de-açúcar orgânica teve início na cada de 80,
iniciando em 1986 pela Usina o Francisco de Sertãozinho-SP, com o projeto de Cana
Verde. A partir de 1995 surgiram outras empresas como a Usina Univalem, Usina Santo
Antônio, e outras, todas com grande sucesso, principalmente após o aparecimento e a
exigência da colheita de cana crua sem queima com colhedoras modernas e adequadas para
terrenos o muito acidentados.
Estudos relacionados à produção de cana-de-açúcar orgânica são mais recentes. Na
região oeste do estado de São Paulo, a Univalem S/A Açúcar e Álcool sediada no município
de Valparaiso, iniciou a produção de açúcar orgânico em 1995. Oliveira (2001) detalha em
seu trabalho o sistema de produção orgânico da cana-de-açúcar na Univalem. No entanto, são
escassos na literatura, trabalhos voltados às questões tecnológicas e econômicas,
principalmente estimativas de custos de produção de cana orgânica.
O principal produto da cana orgânica é o açúcar orgânico, enquanto outros produtos
m se destacando entre eles o melado e a aguardente. Muito embora possa vir a ser uma
atividade mais lucrativa, ainda é muito concentrada no Estado, não favorecendo a entrada de
fornecedores. Além disso, diversos fatores como, falta de conhecimento e informação sobre o
cultivo e o mercado de produtos orgânicos, são muitas as exigências das certificadoras, entre
outros aspectos que também dificultam a entrada de produtores neste setor.
Considerando que a rentabilidade da produção de cana-de-açúcar na região estudada
recebe influência direta das usinas sucroalcooleiras, foram estimados os custos de
implantação e produção, a partir de levantamento de dados de campo, junto a fornecedores de
cana e profissionais ligados a este setor. Além disso, procurou-se mostrar a lucratividade da
cana orgânica como alternativa à cana convencional.
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6
2. OBJETIVOS
O presente trabalho teve como objetivo avaliar aspectos técnicos e econômicos da
produção da cana-de-açúcar (Saccharum spp) nos sistemas convencional e orgânico na região
oeste do Estado de São Paulo.
Especificamente pretendeu-se:
Entrevistar fornecedores de cana e profissionais ligados ao setor sucroalcooleiro
localizados nas regionais de Andradina, Araçatuba e General Salgado;
Levantar dados de campo sobre os coeficientes técnicos da produção de cana-de-
açúcar produzida nos sistemas convencional e orgânico;
Levantar e estimar custos dos métodos de colheita realizados na região estudada;
Estimar e analisar custos de implantação e produção e as lucratividades obtidas
em todos os cortes da cana, para os sistemas de produção estudados; e
Estimar e analisar a viabilidade econômica do cultivo da cana-de-açúcar, nos dois
sistemas estudados, considerando 5 cortes.
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7
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Neste capítulo apresenta-se uma breve revisão sobre a expansão da cultura da cana-
de-açúcar, aplicação de vinhaça, colheita, adubação verde e sistema orgânico, itens esses
apresentados nas análises econômicas.
3.1. A expansão da cultura da cana-de-açúcar
No período de 2001/02 a produção de cana-de-açúcar no Brasil era de 293 milhões
de toneladas, considerando apenas a prodão de cana destinada às usinas de açúcar e álcool,
sendo que a região Centro-Sul era responsável por 83% deste total e somente o Estado de São
Paulo por mais de 60% (Tabela 01).
Do início de 2001 até os resultados obtidos na safra 2007/2008 a produção nacional
de cana para indústria cresceu cerca de 62% atingindo 475 milhões de toneladas de cana. Nos
Estados este crescimento também vem ocorrendo destacando Minas Gerais (199%), seguida
por Gos (140%) e Mato Grosso do Sul (104)%, São Paulo que é o maior Estado produtor
cresceu apenas 58% neste período, passando de 177 milhões de toneladas para 279 milhões de
toneladas (Tabela 01), muito embora ainda detenha maior representatividade na produção
nacional quase 59%, valor próximo ao obtido na safra 2001/2002 de 60%.
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8
Tabela 01. Produção de cana-de-açúcar em mil toneladas por Estado, regiões e Brasil de 2001/2002 a 2007/2008.
LOCALIDADES/SAFRAS
01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 Variação
SÃO PAULO 176.574 192.487 207.811 230.310 242.829 264.337 278.181 58%
PARANÁ 23.076 23.893 28.486 28.998 24.809 31.995 40.218 74%
MINAS GERAIS 12.205 15.600 18.916 21.650 24.584 29.034 36.460 199%
ALAGOAS 23.125 22.645 29.537 26.030 22.532 23.635 26.741 16%
GOIÁS 8.782 9.922 13.041 14.006 14.556 16.140 21.055 140%
PERNAMBUCO 14.351 14.891 17.003 16.685 13.858 15.294 17.612 23%
MATO GROSSO 10.673 12.384 14.350 14.447 12.335 13.179 13.727 29%
MATO GROSSO DO SUL 7.743 8.247 8.893 9.700 9.038 11.635 15.812 104%
CENTRO-SUL 244.219 270.407 299.121 328.728 336.857 372.752 413.460 69%
NORTE-NORDESTE 48.832 50.243 60.195 57.393 49.727 53.251 61.614 26%
BRASIL 293.051 320.650 359.316 386.120 386.584 426.002 475.074 62%
Fonte: Unica, 2008
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9
Se compararmos os resultados obtidos nas 2 últimas safras, o estado de Mato
Grosso do Sul teve o maior crescimento, com cerca de 36%, seguida por Goiás com 30%,
Minas Gerais e Paraná com 26% cada, ao passo que o Paulo cresceu apenas 5%.
Este crescimento de produção vem ocorrendo, muito embora, os preços da cana
tenham cdo em 2007 e as perspectivas é que continuem baixos em 2008.
A Figura 02 mostra a evolução mensal nos últimos 5 anos dos preços da cana-de-
açúcar e dos preços do açúcar no mercado interno e no mercado externo. Verifica-se que as
variações nos preços da cana-de-açúcar neste período são menores que as ocorridas nos
preços do açúcar e que os preços da cana se mantiveram estáveis em 2004 e 2005,
aumentando em 2006 e decrescendo em 2007.
Preço da Cana vs Açucar
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
j
an/03
jul
/
03
jan/04
j
ul
/
04
j
an/
05
jul
/
05
jan/06
jul/0
6
ja
n/
07
j
ul
/
07
Preço (R$/sc 50 kg)
úcar Mercado Interno
úcar Mercado Externo
Cana-de-açúcar
Figura 02. Preços da cana-de-açúcar e preços do açúcar praticados nos
mercado interno (Estado de São Paulo) e mercado externo, no
período de 2003 a 2007.
Fonte: Dados básicos de Harada et al., 2008 e do CEPEA, 2008.
Com relação ao açúcar, tanto os preços quanto as suas variações são maiores no
mercado interno, mas acompanham as variações dos preços do açúcar no mercado externo.
A recuperação dos preços do úcar ocorreu no segundo semestre de 2005 e continua a
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10
aumentar até o final de 2006 quando também caem nos mercados externo e interno,
permitindo compreender, pelo menos em parte, a queda nos preços da cana-de-açúcar em
São Paulo.
A crise na pecuária e o avanço da indústria canavieira m induzido o produtor a
mudar de atividade, principalmente pecuaristas que o estejam trabalhando de forma mais
racional, tanto técnica quanto economicamente. Segundo a União dos Produtores de
Bioenergia (UDOP), a região é vista como o futuro da agroindústria sucroalcooleira. A
grande demanda nacional e internacional por açúcar e álcool estimula novos investimentos
no oeste paulista. Os investimentos para a implantação de usinas na região são da ordem de
US$ 6,3 bilhões (cerca de R$ 14 bilhões), e o potencial de geração de empregos nos 287
munipios que a compõem é de 165 mil postos, entre diretos e indiretos (TAVARES et al,
2007).
Na região oeste do estado de o Paulo, a pecuária começou a ceder áreas para o
cultivo da cana-de-açúcar a partir de 2000. De acordo com Rocha (2002), o cultivo da cana-
de-açúcar cresceu na região devido à valorização do açúcar e do álcool e mesmo em anos
desfavoráveis a cultura era mais rentável que a pecuária em torno de 10%.
No período de 2001/02 a 2007/08, o EDR de General Salgado apresentou o maior
crescimento da produção de cana-de-açúcar, com cerca de 203%, o EDR de Araçatuba com
118% e o EDR de Andradina com 111% (Tabela 02). A região de Ribeirão Preto (SP),
tradicional zona produtora de cana-de-açúcar, cresceu apenas cerca de 12%, neste período.
A taxa média anual de crescimento foi de 20,3% em General Salgado, quase 14% em
Araçatuba e de 13,2% em Andradina.
Se considerarmos os dados obtidos nas duas últimas safras o maior crescimento
também ocorreu no EDR de General Salgado 34,45% seguida pelo EDR de Araçatuba que
cresceu quase 27% e o menor aumento ocorreu no EDR de Andradina com 11,59% na safra
2006/07 quando comparado com a safra anterior.
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Tabela 02. Produção de cana-de-açúcar em mil toneladas nos EDRs de Araçatuba,
Andradina e General Salgado de 2001/02 a 2007/2008.
LOCALIDADES/
SAFRA
EDR ARAÇATUBA EDR ANDRADINA
EDR GENERAL
SALGADO
01/02
7.152 4.933 2.869
02/03
7.828 5.534 3.237
03/04
9.662 6.148 3.607
04/05
10.115 6.186 4.538
05/06
10.870 7.097 5.302
06/07
12.199 9.345 6.467
07/08
15.577 10.428 8.702
Variação 118% 111% 203%
Fonte:
Dados básicos em http://www.iea.sp.gov.br
.
Na Regional de Araçatuba a área ocupada com cana cresceu neste mesmo período
98%, ocupando mais de 90 mil hectares. O crescimento em produção foi de 63,10%, cerca
de 4 milhões de toneladas no mesmo período, totalizando 16,1 milhões toneladas. A cana-
de-açúcar ocupou uma área quase três vezes maior que a área de pastagem que foi reduzida,
o que equivale a dizer que a cana-de-açúcar ocupou áreas de pastagens e outras áreas
provavelmente ocupadas por grãos (ARJO et al., 2007).
Na Regional de General Salgado no período de 1995 a 2006 a produção de cana-de-
açúcar cresceu 271,27%, passando de 1.740 mil toneladas para 6.462 mil toneladas. A taxa
anual de crescimento da produção foi de 9,32% e a taxa anual de crescimento da área foi de
8,31% (SACHS & MARTINS (2007).
Os autores acima, tamm verificaram que no período de 1995 a 2006, dos 40
EDRs do Estado o EDR de Andradina ocupou a posição entre as maiores taxas médias
anuais de crescimento (10,20%), o EDR de General Salgado ocupou a 9ª posição com 8,31%
e o EDR de Araçatuba a 12ª posição com 6,60%.
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Camargo et al. (2008) estudando aspectos da expansão da cultura da cana-de-açúcar
no estado de São Paulo, observaram novas configurações regionais das explorações
agropecuárias, principalmente na região oeste. Apesar da queda de áreas com culturas
alimentares serem significativas em algumas regiões, no total geral do Estado ainda pouco
afetou a produção de alimentos.
Os autores acima determinaram o avanço da cana-de-açúcar sobre áreas de
pastagens cultivadas na região oeste do estado, sendo de quase 80% na regional de General
Salgado, 75% na de Andradina e 62% na regional de Araçatuba. A cultura que mais perdeu
área foi o milho, em 6 regionais, entre elas Araçatuba e General Salgado, enquanto somente
em Andradina houve ganho de área com a cultura do milho. Das culturas alimentares
básicas, o feijão perdeu áreas em todas as regionais do Estado.
3.2. Aplicação de vinhaça
No inicio da década de 1950 iniciou-se o uso da vinhaça na lavoura da cana-de-açúcar,
quando aplicava-se de 500 a 2000 m
3
.ha
-1
, e de uma vinhaça de elevada concentração de
nutrientes. Como, isto causava efeitos muito sérios na qualidade da matéria prima e no solo,
seu uso ficou restrito, culminando em 1972 com a eliminação do aspecto poluidor.
Atualmente, a quantidade utilizada é de 100 a 400 m
3
de vinhaça x ha
-1
, de modo a se evitar
a poluão do solo ou de afetar a qualidade da matéria prima (GLÓRIA, 1990).
A utilização da vinhaça no canaviais do estado de São Paulo, é regida pela Norma
Técnica P 4.231 da Cetesb, Intitulada “Vinhaça – Critérios e procedimentos para a aplicação
no solo agrícola” (Anexo C), que impõe que as empresas apresentem um plano anual de
fertirrigação, com alguns critérios, tais como alises do solo e da própria vinhaça; distância
de pelo menos 1.000 metros de locais populacionais; distâncias das áreas de preservação
permanente, e outros. Como o limite é de 185 kg de potássio por hectare, isso faz com que,
as usinas aumentem sua área de aplicação.
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De acordo com Ferraz et al. (2007) na maioria das usinas e/ou destilarias, os solos
dos canaviais, já apresentam altas concentrações de potássio. Existem poucas áreas com
fertirrigação e terão problemas para atender à exincia legal, para preparar as áreas para o
recebimento da vinhaça serão necessários investimentos da ordem de US$ 230/ha.
A aplicação da vinha no canavial, como fertirrigação, é prática muito difundida
entre as usinas e destilarias brasileiras. Penatti et al. (1988) citam que o uso de vinhaça traz
resultados positivos na produtividade agrícola da cana, além de gerar economia com a
aquisição de fertilizantes, desde que usada com racionalidade.
Paulino et al. (2002), estudando o efeito de doses de vinhaça, na produtividade da
cana-de-açúcar, no período de 1994-1999, no Paraná, observaram que as doses de 300
m
3
.ha
-1
a 400 m
3
.ha
-1
foram as que proporcionaram os maiores aumentos na produtividade.
Resende et al. (2006), também estudando os efeitos de aplicação de vinhaça, com e
sem queima da palha, sobre a cultura da cana-de-açúcar, em lavouras da Usina Curangi-
Timbaúba (PE), verificaram que a quantidade de açúcar produzido aumentou, no tratamento
que aplicou vinhaça e não realizou a queima da palhada.
Áreas próximas às indústrias recebem elevadas taxas de aplicação de vinhaça,
representando um desperdício de fertilizante e um risco de contaminação do solo e de águas,
devido a elevados custos de transporte. Barbosa (2006) relata que uma forma de viabilizar o
transporte da vinhaça para locais distantes das indústrias é a aplicação de vinhaça
concentrada.
Pesquisas realizadas por Gonzalo et.al., (2005) em área fertirrigada com vinhaça,
mostraram excesso de possio na camada superficial de onze vezes a recomendação
máxima de K
2
O/ha para cana-soca, significando que parte deste excesso foi lixiviado no
perfil do solo.
Para Silva (2007) em áreas fertirrigadas, na Usina Santa Maria, complementadas
com a adubação à base de sulfato de amônia apresentam um aumento em torno de 10%.
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Conclui ainda que, as soqueiras, com produtividade de 57 t de cana/ha, após o uso de
vinha podem chegar até 65 t de cana/ha e além da aplicão de vinhaça, se adotar outras
práticas culturais, pode obter rendimentos acima de 80 t/ha.
Anselmi (2007) relata que o rendimento médio na usina Jalles Machado era de 85
t/ha de cana-de-açúcar, nas áreas com vinhaça um aumento na produtividade em torno de
10 toneladas de cana-de-açúcar por hectare, o resultado obtido foi de 95 t/ha. Além disso, a
aplicação de vinhaça proporciona redão na quantidade de adubo químico a ser adquirida.
O gestor de processo e planejamento relata ainda, que o custo de aplicação de vinhaça, na
referida usina é de R$ 4,00 o milímetro.
3.3. Colheita
Uma das questões mais polêmicas enfrentadas pelas usinas de açúcar e álcool e
produtores de cana-de-açúcar refere-se à queima dos canaviais para facilitar a colheita
manual. Gonçalves (2005) relata a ineficácia da legislação, na contenção do processo de
substituição do trabalho manual pelas máquinas, além de problemas de sde pública
(principalmente respiratórios) e ambientais, muito embora produtores alegarem a
importância do número de empregos que a colheita manual proporciona.
Além da obrigatoriedade do atendimento à Lei 11.241 e do Decreto Estadual
47.700, (Anexo B) que trata da eliminação gradativa da queima de canaviais, problemas
ambientais, escassez de mão-de-obra, ões judiciais, têm levado a um aumento da
mecanização da colheita da cana.
Segundo dados da CANAOESTE (2008) - ASSOCIAÇÃO DE PLANTADORES
DE CANA DO OESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO - do total da área colhida em São
Paulo 47% o foram através de colheita mecanizada. Em 2007 o corte da cana-de-açúcar
mecanizado chegou a 10% para o estado de Gos, estimando-se que para esse mesmo
estado a colheita mecanizada chegará a 40% na próxima safra sucroalcooleira (2008/09).
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Segundo Ortolan (2008) o acordo assinado pela Orplana (Organização dos
Plantadores de Cana da Rego Centro-Sul do Brasil) e pelo Governo do Estado de São
Paulo antecipa os prazos para a eliminação da queima da palha da cana de 2021 para 2014
para as áreas mecanizáveis e de 2031 para 2017 para as áreas onde ainda não é possível o
trabalho das colhedoras. A implantação da colheita mecanizada requer um alto investimento
em equipamentos, sendo um custo alto para pequenos e médios produtores.
O produtor que pretender efetuar a queima da palha de cana-de-açúcar na safra
2008/2009 deverá obter a autorização do órgão ambiental, a Secretaria Estadual do Meio
Ambiente, no caso do estado de São Paulo. Esta obrigatoriedade está vinculada ao que
dispõe o Decreto Estadual 47.700/2003, regulamentador da Lei Estadual 11.241/2002,
que estabelece que o produtor de cana-de-açúcar poderá ser autuado pela Polícia Ambiental,
além de poder ainda, ser autuado pelos agentes fiscalizadores da CETESB (Companhia de
Tecnologia e de Saneamento Ambiental), a pagamento de multas e processos veis
(BORTOLOTI, 2008)
A prática da queima na cana-de-açúcar pode significar uma perda de 10 a 20% da
produção a ser colhida, embora apresente a vantagem de tornar a colheita significativamente
mais fácil, mais pida e mais produtiva por pessoa ocupada. De acordo com algumas
estimativas, um cortador de cana-de-açúcar chega a cortar até 9 toneladas de cana-de-açúcar
em uma jornada de 8 horas de trabalho (BALBO JR, .L. 1991). Atualmente, o rendimento
médio de corte de um cortador braçal em São Paulo é de 8 toneladas por dia, segundo o
Instituto de Desenvolvimento Agroindustrial (Idea). Quando a cana-de-açúcar é colhida sem
queimar, estima-se que haja uma queda da produtividade em até 5 vezes (AMORIM, G
1991). As alternativas à prática vigente seriam a mecanização da colheita, ou o corte manual
da cana-de-açúcar sem queimá-la.
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Nunes Júnior et al. (2005), relatam que na safra 2003/2004 na região Centro-sul,
38,8% da cana foi colhida mecanicamente, 40,7% na forma picada e crua. Existe a
perspectiva desses percentuais aumentarem nos próximos anos devido à possibilidade de
redução de custos, escassez de mão-de-obra e pela legislação ambiental, que reduz
gradativamente a queima de canaviais, inviabilizando a colheita manual.
Goalves (2005), relatou que o sistema de colheita com corte mecanizado
apresentou custos operacionais inferiores ao sistema com corte manual desde a cada de
70, quando os primeiros estudos apontavam as vantagens do uso das máquinas. Os altos
custos de aquisição das máquinas e os altos custos de preparo e sistematização dos canaviais
para a colheita mecanizada, ainda limitavam seu emprego às grandes usinas paulistas.
Quando a colheita de cana sem queima passou a ser obrigatória, esse investimento se tornou
interessante também para as outras usinas, visto que, nessa realidade, a diferença nos custos
operacionais era muito mais significativa.
Pesquisas realizadas pela ASSOCANA (ASSOCIAÇÃO RURAL DOS
FORNECEDORES E PLANTADORES DE CANA DA DIA SOROCABANA) (2008),
mostraram que o custo do CCT (corte, carregamento e transporte), é 37% menor quando a
cana queimada é colhida mecanicamente. No caso de cana colhida crua, a economia não é
tão grande, mas ainda assim o custo é em torno de 25% menor que o da colheita manual.
Sousa (2000) levantou os custos da colheita da cana queimada, cana crua e colheita
mecanizada, relatou que o custo da colheita manual cana crua foi de R$ 6,25/t, seguida pela
colheita manual da cana queimada, que foi de R$ 4,92/t e a colheita mecanizada foi a que
obteve o menor custo (R$ 4,66/t).
Estudos mais recentes, mostraram resultados diferentes. Rodrigues & Saab (2007)
estudando o custo da colheita manual de cana queimada e colheita mecanizada de cana crua,
na região de Bandeirantes-PR, verificaram que o custo para a colheita mecanizada da cana
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crua foi de R$ 6,58 por tonelada de cana cortada e o custo para colheita manual da cana
queimada foi R$ 8,90 por tonelada de cana cortada.
Urquiaga et al. (1991) estudando o efeito da cana-de-açúcar queimada x cana crua,
nos 5 cortes (soqueiras) em Pernambuco, observaram que a produção da cana queimada
variou de 43 a 47 toneladas por ano, enquanto que, na cana crua a produção foi de 67
toneladas por ano. Relataram ainda, os benefícios que a palha proporciona para o solo,
principalmente, no que diz respeito à conservação de sua umidade.
3.4. Adubação verde
Para Ambrosano et al. (2000) a adubação verde é o cultivo de plantas para produzir
grande quantidade de massa que após seu ciclo é incorporada ou deixada no solo, que serve
de proteção para do mesmo, aumenta seus teores de matéria orgânica e nitrogênio, promove
uma reciclagem de nutrientes devido à sua capacidade de exploração de solo, além de
benefícios químicos, sicos e biológicos.
Adubação verde refere-se ao plantio de culturas (leguminosas) no período que
antecede o plantio da cultura principal. Esta prática tem como objetivos reduzir as perdas de
solo por erosão, controlar a incidência de ervas daninhas, reduzir o ataque de nematóides,
melhorar o conteúdo de matéria orgânica do solo e ainda fornecer nutrientes, principalmente
o nitrogênio, visando aumentar a produção de colmos de cana planta (Oliveira et al., 1997).
Entretanto, pouco se sabe sobre o manejo ideal dos adubos verdes para melhorar o
aproveitamento de nutrientes fornecidos por eles à cultura da cana-de-açúcar.
Andrade (1982) relata que a cana-de-açúcar cultivada por vários anos num mesmo
solo, após seu último corte, em que é feita a destruição da cana soca e é realizado novo
plantio, muitas vezes, o é realizado o plantio de um adubo verde ou adição de matéria
orgânica ao solo, aplicando-se apenas adubação química. Devido ao manejo da cultura,
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também problemas de compactação do solo e, com o passar do tempo, poderá ocorrer queda
de fertilidade, causando queda da produção da cultura.
Em pesquisas realizadas sobre adubos verdes para a cultura de cana-de-açúcar,
Caceres (1994), concluiu que a Crotalaria juncea e a Crotalaria spectabilis, foram os que
apresentaram os melhores resultados, com uma produtividade no primeiro corte de 133,1 e
133,9 t/ha de colmos, respectivamente.
De acordo com Luz et al. (2005) a espécie mais indicada para adubação verde em
cana-de-açúcar é a Crotalaria juncea por apresentar os seguintes benefícios: aumento da
produtividade; descompactação do solo; diminuição da incincia de ervas daninhas;
redução da adubão nitrogenada de plantio; controle da erosão; reciclagem de nutrientes,
além de ser considerada má hospedeira de nematóides formadores de galhas e cistos.
O custo de produção da Crotalaria juncea em áreas de reforma equivale a 10 t/ha
de cana-de-úcar. A adoção dessa prática pode promover um aumento de produtividade em
torno de 27 toneladas/ha, restando 17 toneladas/ha de lucro quido para o agricultor
(Mascarenhas et al., 1994)
Tanimoto (2005) relata que, o custo de produção da Crotalaria juncea em áreas de
reforma dos canaviais corresponde a um aumento de no máximo, 10t/ha de cana-de-açúcar.
A adubação verde é uma pratica que faz parte da implantação da cultura da cana no
sistema orgânico, geralmente utilizando-se Crotolaria juncea. Oliveira (2001) relata que em
áreas de reformas de canaviais a Univalem plantava de uma vez uma mistura contendo
Crotalaria juncea, Crotalaria spectabilis, Guandu anão, Mucuna anã, Soja perene, Girassol
e Milho. Enquanto que, no sistema convencional, não é comum realizar o plantio de adubo
verde, somente em áreas de reforma é feito o plantio de uma leguminosa.
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3.5. Sistema Ornico
O produto é considerado orgânico quando cultivado sem o uso de adubos químicos
ou agrotóxicos. Além disso, deve provir de um sistema de cultivo que observa as leis da
natureza e todo o manejo agrícola deve estar baseado no respeito ao meio ambiente e na
preservação dos recursos naturais.
A produção de qualquer produto ornico exige toda uma metodologia a ser
cumprida para receber o certificado dos órgãos competentes, conforme Decreto n
o
6.323, de
27 de dezembro de 2007, que dispõe sobre normas para a produção de produtos orgânicos
vegetais e animais.
O açúcar natural (orgânico) ou de cana sócio-ambientalmente correta, com selos
que garantam as novas qualidades anunciadas é produzido pelas Usinas Univalem e São
Francisco, ambas em São Paulo. Para o desenvolvimento dessa certificação, as usinas
contaram com parceria de entidades de certificação internacional, responsáveis pela
fiscalização de todo o processo de produção da cana-de-açúcar e do açúcar, assim como
assumiram os custos dessas parcerias. A comercialização deste tipo de úcar é controlada
pela usina produtora, diferente dos demais tipos de açúcar, cuja negociação no mercado
internacional se via tradings. A principal restrição para disseminação da produção do
açúcar orgânico é o conhecimento do canal de distribuição para o mercado externo. Este tipo
de mercado ainda tem sua demanda limitada, embora com potencial de crescimento,
conforme o interesse por produtos naturais (SEBRAE, 2005).
De acordo com Delgado & Delgado (1999), o açúcar do tipo cristalizado produzido
em usinas, do tipo mascavo fabricado por empresas de pequeno porte ou de médio porte,
desde que seja produzido organicamente, têm uma boa aceitação pelos consumidores.
Em 2008 o Brasil participou da Foodex (uma vitrine dos negócios do setor de
alimentos do mundo) realizada no Japão, constatando um crescimento de mais de 20% ao
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ano do mercado de produtos orgânicos, aumento que pode ser comprovado pelo mero de
interessados que visitaram o estande da Cooperagrepa (Cooperativa de Agricultores
Ecológicos do Portal da Amania) Os empresários asiáticos e europeus demonstraram
grande interesse em importar açúcar mascavo e melado, uma vez que o mercado externo
valoriza produtos orgânicos. A gerente de marketing da cooperativa, Gelsi Rosa Siviero,
informa que é necessário preparar os produtores para aumentarem a produção
(IDEAONLINE, 2008).
A produção de cana ornica para Matsuoka et al. (2002) é viável, as
produtividades agrícolas quase o apresentam diferenças às obtidas com as adubações
químicas.
Testando efeito dos fertilizantes: esterco de curral, esterco de galinha e adubo
mineral e épocas de colheita: julho, agosto e setembro na qualidade da matéria-prima e nos
rendimentos de colmo e de açúcar mascavo de duas cultivares de cana-de-açúcar, Anjos et
al. (2007), verificaram que é viável a substituição da adubação química pela orgânica, sem
perdas na qualidade da maria-prima e nos rendimentos de colmos e de açúcar mascavo
artesanal, a colheita nos meses de agosto e setembro foram as que apresentaram a melhor
qualidade e maiores rendimentos da matéria prima.
De acordo, com o SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO AS MICRO E
PEQUENAS EMPRESAS SEBRAE (2005), a produção de produtos que atendem novos
mercados ou mercados mais seletivos é motivada pelos preços mais elevados que os obtidos
na venda de commodities. Este é o caso do açúcar obtido da cana orgânica. No período de
agosto de 2006 a fevereiro de 2008, o Brasil exportou 3,9 milhões de toneladas de açúcar
orgânico, correspondendo a US$ 1,9 miles. (MAPA, 2008).
A qualidade do produto ornico é assegurada por um Selo de Certificação é
fornecido pelas associações de agricultura orgânica ou por órgãos certificadores
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independentes, que verificam e fiscalizam a produção de alimentos orgânicos desde a sua
produção até a comercialização. O Selo de Certificação é a garantia do consumidor de estar
adquirindo produtos mais saudáveis e isentos de qualquer resíduo tóxico. O IBD (Instituto
Biodinâmico de Desenvolvimento Rural) está localizado em Botucatu, São Paulo, sendo
responsável pela fiscalização e certificação de produtos orgânicos no Brasil de acordo com
normas internacionais. Este selo só é conferido após rigorosos exames de controle de
qualidade de solo, água, reciclagem de matéria orgânica, dentre outros parâmetros.
O IBD possui um corpo de inspetores e um comide certificação que verifica a
conformidade dos produtos orgânicos e biodinâmicos com normas nacionais e
internacionais. A certificação de uma produção vegetal, animal ou industrial, indica que
foram realizados os seguintes trabalhos: visitas periódicas de um inspetor ao local de
produção; avaliação do relatório de inspeção por um conselho formado por agricultores,
processadores, acamicos, técnicos e representantes de consumidores; análise residual para
verificar o vel de pureza do produto; aprovação da unidade de produção, dentro dos
padrões de qualidade orgânica ou biodinâmica.
De acordo com Fonseca et al.,(2001) a certificação de alimentos orgânicos no
Brasil m um custo de 0,5 % a 2,5% do valor da produção orgânica, inviabilizando
iniciativas de pequenos agricultores e pequenas agroindústrias. Há outro tipo de certificação,
chamada participativa, com menor custo para os agricultores, mas na maior parte dos casos
não é aceita internacionalmente.
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4. PROCEDIMENTOS METODOGICOS
4.1. Região Estudada
A abrangência do estudo tem como referência os EDRs (Escritório de
Desenvolvimento Rural) de Andradina, General Salgado e Aratuba, situados na porção
oeste do estado de o Paulo, pertencentes às 40 Unidades Administrativas da
Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) / Secretaria da Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo (Figura 03).
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Itapeva
Tu
Assis
Pres.
Prudente
Pres.
Venceslau
Ourinhos
Ava
Lins
Marília
Bauru
Araçatuba
Andradina
Dracena
Jales
Gal. Salgado
S. J. do
Rio
Preto
Catanduva
Fernan
-
dópolis
Votuporanga
Piracicaba
Campinas
Ita
petining
a
Registro
Botucatu
Sorocaba
Mogi das
Cruzes
São Paulo
Pindamonhangaba
Braga
a
Pta
Guaratinguetá
Orlândi
a
Araraquar
a
Jaú
Jabo
ti
-
cabal
Barretos
S. J. da
Boa Vista
Limeira
Mogi
Mirim
Rib. Preto
Franca
Figura 03. Estado de São Paulo dividido em 40 Escritórios de Desenvolvimento Rural
(EDRs), destacando os 3 EDRs estudados.
Fonte: Adaptado de Coordenadoria de Assisncia Técnica IntegralCATI.
Dado o crescimento da cana-de-açúcar nessa região, a qual mais que dobrou nos
últimos 7 anos e por pertencer à área de influência em que o grupo de pesquisa da área de
sócio-economia da Faculdade de Engenharia da UNESP, Campus de Ilha Solteira estuda o
desenvolvimento rural, definiu-se esta região como área de investigação para o estudo
realizado.
Nesta região a cultura da cana-de-açúcar é a principal atividade em termos de valor
da produção. Na Tabela 03 podem ser observados estes valores para os EDRs de Andradina,
Araçatuba e General Salgado e para o Estado de São Paulo, no período de 2002 a 2007.
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Tabela 03. Valor da produção (em reais) da cultura da cana-de-açúcar, nos EDRs de
Andradina, Araçatuba e General Salgado, no Estado de São Paulo, no período
de 2002 a 2007.
Ano Andradina Araçatuba General Salgado
Estado de São
Paulo
2002 153.857.126,20
217.610.671,60
89.975.367,20 5.913.264.802,60
2003 172.517.818,56
271.123.268,14
101.229.340,18 6.397.142.847,42
2004 219.599.450,00
359.087.505,50
161.082.779,34 8.581.238.188,35
2005 319.020.758,20
488.601.825,20
238.330.747,10 11.453.697.653,43
2006 485.930.640,00
634.366.044,00
336.008.322,00 14.815.670.380,68
2007 387.721.950,00
528.028.482,10
323.862.968,80 11.187.757.571,55
Fonte: Dados básicos em http://www.iea.sp.gov.br
Os dados de 2007 são preliminares e apresentados por Tsunechiro et al., 2007.
O EDR de Araçatuba, por apresentar a maior produção, apresenta o maior valor que
representava cerca de 58,57% do valor da produção total do EDR em 2006 e manteve a
mesma participação, (58,31%) em 2007, no EDR de Andradina caiu a participação do valor
da produção com cana em 2006 de 50,92% para 45,11 % em 2007 queda que também
ocorreu em General Salgado de 46,79 para 45,40% (TSUNECHIRO et al., 2007).
Em 2007, a queda apresentada no valor da produção em todos os EDRs bem como
no Estado de São Paulo pode ser explicada pela queda no preço da tonelada da cana-de-
açúcar de R$ 52,00 para R$ 35,00, conforme dados obtidos por Tsunechiro et al. (2007).
Outro fator relevante para o crescimento da cana nesta região é o preço da terra,
pois enquanto na região de Ribeirão Preto o valor médio de um hectare é de mais de R$
20.000,00, no EDR de Andradina o valor médio é de R$8.000,00 e nos EDRs de Araçatuba
e General Salgado em torno de 10.000,00/ha, segundo dados do Instituto de Economia
Agrícola, em novembro de 2007.
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4.2. Fonte dos Dados
Com o objetivo de levantar sistemas de produção detalhados com coeficientes
técnicos bem definidos, elaborou-se um roteiro de questões para a coleta de dados primários
através da realização de entrevistas.
Para tanto, foram contatados vários profissionais ligados ao setor sucroalcooleiro,
usinas e ou fornecedores, dos municípios de Andradina, Araçatuba, Pereira Barreto, Sud
Mennucci e Valparaíso, para elaboração dos questionários e posterior realização das
entrevistas.
Para o sistema convencional foram entrevistados 20 profissionais, sendo 12
técnicos (gerentes de usinas, agrônomos, cnicos agrícolas, administrador de empresa e
contador) ligados ao setor sucroalcooleiro e 8 fornecedores (proprietários, arrendatários,
parceiros) de cana-de-açúcar de Andradina, Araçatuba, Pereira Barreto, Sud Mennucci e
Suzanápolis. Para definição do sistema ornico foi entrevistado um consultor especialista
deste setor e um profissional que trabalha com sistema orgânico muitos anos, com larga
experiência neste sistema.
4.3. Técnicas de pesquisa
A obtenção dos dados para os parâmetros tecnológicos (coeficientes técnicos) dos
sistemas de produção convencional e orgânico foi possibilitada mediante a realização de
entrevistas com os técnicos que trabalham com a cultura da cana-de-açúcar na região.
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Neste trabalho utilizou-se a entrevista não estruturada conforme definida por
Richardson (1999) por possibilitar uma análise qualitativa, por meio da captação das
impressões, opiniões e comentários que o entrevistado emite acerca das questões
apresentadas pelo entrevistador.
Uma das vantagens da realização de entrevistas abertas é a possibilidade de o
entrevistado responder com mais liberdade, principalmente fornecer mais informação sobre
o assunto pesquisado. Por outro lado, sua utilização pode dificultar a tabulação e alise das
informações, face à ausência de padrões fechados de respostas. De qualquer forma,
questionários com perguntas abertas ou fechadas apresentam vantagens e desvantagens que
devem ser lembradas pelos pesquisadores e consideradas à luz de outros fatores como tempo
disponível, quantidade de entrevistados, entre outros, de modo a se evitar análises
equivocadas (RICHARDSON, 1999).
Entre os objetivos pretendidos, um deles foi obter informações do entrevistado
quanto às dificuldades, problemas, expectativas, relacionadas aos sistemas de produção,
métodos de colheita, entre outros aspectos relacionados com a cultura da cana-de-açúcar.
Neste caso, as entrevistas foram não dirigidas, em que a entrevistadora não fez perguntas
específicas, com o claro propósito de possibilitar que os entrevistados pudessem abordar os
temas na forma que quisessem.
Tamm foram realizadas entrevistas dirigidas através da elaboração prévia de um
roteiro de entrevista (questionário) contendo todos os pontos de interesse, que nesta pesquisa
estavam relacionadas aos sistemas de produção da cana-de-açúcar convencional e orgânico,
especialmente no que diz respeito a informações de natureza qualitativa.
Os questionários contemplaram perguntas fechadas e abertas e sua aplicação não
tomou mais que uma hora e meia do tempo do interlocutor, muito embora Richardson
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(1999), recomende que este tempo não exceda a uma hora, cabendo ainda destacar que
foram necessárias várias entrevistas com o mesmo entrevistado.
Após a realização das entrevistas e análise dos dados obtidos verificou-se que
alguns itens não tinham sido explorados ou havia vidas na interpretação de outros,
levando à necessidade de agendamento de uma nova entrevista.
Os dados foram levantados em 2006 e 2007 com o objetivo de caracterizar todo o
processo produtivo, desde o preparo do solo até a colheita da cana-de-açúcar tanto no
sistema convencional quanto no orgânico.
A Tabela 04 apresenta de forma resumida as questões que fizeram parte das
entrevistas que serviram como roteiro.
Para levantar, avaliar e comparar distintos sistemas de produção foram
considerados dois grupos de indicadores ou parâmetros:
Parâmetros cnicos: preparo do solo, tratos culturais, adubação química e/ou
orgânica, mão-de-obra utilizada e métodos de colheita. Também foram levantados e
analisados, Pol da cana (%) (quantidade de sólidos solúveis que se encontram
presentes no caldo da cana-de-açúcar), ART (Açúcar Redutor Total – fornece a
quantidade de açúcar total: sacarose, frutose e glucose existentes na cana) (%),
Aproveitamento de ART (%), dentre outros.
Parâmetros ecomicos: custo operacional efetivo, custo operacional total, receita
bruta, lucro operacional, preço de equilíbrio, valor presente líquido e taxa interna de
retorno.
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Tabela 04. Questões que fizeram parte das entrevistas.
Itens
Questões para o roteiro
Preparo do
Solo
Quais operações realizadas? Como são realizadas?
Plantio de leguminosa? Qual? Como é feito?
Outros
Plantio
Tipo de plantio realizado? Se mecanizado, como é realizado?
Tipo de máquina, tempo gasto para o plantio.
Se manual como é realizado? Quanto tempo é gasto para o plantio de
um hectare? Quantas pessoas?
Outros
Tratos culturais
Quais os tratos culturais realizados em cada ciclo de produção?
Quantas pessoas e quanto tempo é gasto em mão de obra nas
operações manuais?
Aplicação de fertilizantes e defensivos: Modo de aplicação?
Quantidades? Tempo gasto?
Outros
Colheita
Tipos de colheita realizada em cada ciclo de produção?
Se mecanizada, qual Colhedora? Como é realizada?
Cana crua ou cana queimada?
Quantas máquinas e pessoas são utilizadas na equipe de apoio e
manutenção?
Se manual como é realizado? Tempo gasto para a colheita de um
hectare? Quantas pessoas? Forma de pagamento dos cortadores?
Se a colheita é terceirizada?
Se terceirizada quem faz?
Material
Quais os fertilizantes, herbicidas e inseticidas utilizados em cada ciclo
de produção? Quantidades?
Realiza controle biológico de pragas? Como? Adubo orgânico? Qual?
Quantidade? Outros?
Arrendamento
Como é definido o valor do arrendamento?
Recebimento
pela produção
Quantidade produzida em cada corte?
Como é definido o pagamento da tonelada? Tem conhecimento sobre
ATR? Recebe por qualidade da cana?
Outros
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Com o conhecimento sobre a cultura da cana-de-açúcar na região e a partir da
realização de entrevistas não estruturadas com alguns profissionais desta atividade foram
definidos 5 sistemas de produção da cultura da cana-de-açúcar convencional e orgânica, para
realização das análises técnicas e econômicas:
ü Sistema de produção convencional em terra arrendada, colheita manual cana
queimada;
ü Sistema de produção convencional em terra arrendada, colheita manual cana
crua;
ü Sistema de produção convencional em terra arrendada, colheita mecanizada cana
queimada;
ü Sistema de produção convencional em terra arrendada, colheita mecanizada cana
crua.
ü Sistema de produção orgânico, com aplicação de vinhaça, em terra arrendada,
colheita mecanizada cana crua.
Definiu-se estudar a produção de cana em áreas arrendadas por ser muito
significativa, e por ser este o valor utilizado como custo de oportunidade da terra nesta
região.
Foram estimados custos de implantação da cultura de cana-de-açúcar, sistema
convencional, plantio manual e para o plantio mecanizado. Como na região predomina o
plantio manual, as análises econômicas dos 5 sistemas de produção foram realizadas
considerando apenas para este tipo de plantio. Não foi realizada a análise econômica para o
plantio mecanizado, porque é uma técnica ainda pouco utilizada nesta região por
fornecedores de cana, apesar das usinas estarem introduzindo o plantio mecanizado.
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A aplicação da vinhaça é uma prática realizada pelas usinas, ao passo que os
fornecedores quase não que fazem uso da referida prática, por o possuírem caminhão para
o transporte e tamm em função da distância a ser percorrida, que onera o custo de
produção. Para informações detalhadas, em anexo consta uma planilha de custo de aplicação
da vinhaça.
Outras questões como utilização de controle biológico (Cotésia flavipes) no sistema
convencional, herbicidas diferentes, entre outros, muito embora tenham sido relatadas nas
entrevistas, para este trabalho a análise econômica não foi realizada.
Para o sistema orgânico, foi considerado plantio manual, com aplicão de vinhaça
e colheita mecanizada cana crua.
Quanto aos parâmetros econômicos, o custo de produção é um importante
instrumento de apoio tanto na administração rural quanto no trabalho de extensão, pois
reflete a eficiência da empresa em seu esforço produtivo.
Os valores obtidos no cálculo dos custos dependem basicamente de fatores como
preços e quantidades dos recursos utilizados, eficiência com que a empresa utiliza estes
recursos para produzir certa quantidade de produto e, principalmente da estrutura de custo
utilizada no cálculo dos mesmos.
Para Nogueira (2004), não modelos de custos corretos e incorretos, sendo alguns
mais rigorosos e outros menos, pom todos devem permitir que o produtor tome decisões
gerenciais e operacionais com base nas informações de custos.
Para o cálculo do custo de produção foi utilizada a estrutura do custo operacional
total (COT) proposto por Matsunaga et al., (1976) que se compõe dos seguintes itens:
Operações mecanizadas: foram consideradas as despesas com combustíveis,
lubrificantes (20% das despesas com combustível), reparos e manutenção (8% do
valor inicial da máquina dividido pelo número de horas trabalhadas no ano), abrigo
(1% do valor inicial da máquina dividido pelo número de horas trabalhadas no ano),
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seguro (0,75% do valor inicial da quina dividido pelo número de horas
trabalhadas no ano), deprecião calculada utilizando-se o método linear e
considerando como valor residual o equivalente a 20% do valor novo e tratorista.
As despesas com os implementos referem-se à depreciação e reparos e manutenção,
tendo sido considerada uma percentagem de 5 a 15% a.a. sobre o valor do preço
novo do equipamento. As somas de todos esses gastos compõem o custo horário
das operações mecanizadas com os tratores e os implementos;
Operações manuais: foi realizado um levantamento dos coeficientes técnicos de
mão-de-obra nas diversas fases do ciclo produtivo, relacionando-se para cada
operação realizada, o mero de homens/dia (HD) para executá-la. Em seguida,
multiplicam-se os coeficientes cnicos de mão-de-obra pelo valor médio da região,
para mão-de-obra comum;
Materiais: os preços médios dos corretivos, fertilizantes químicos e orgânicos, dos
defensivos, entre outros, foram os vigentes na região multiplicados pelas
quantidades dos materiais utilizados;
Outras despesas: foi considerada uma taxa de juros de 5% a.a. sobre as despesas
com operações e material;
Arrendamento: o valor do arrendamento é pago em meros de toneladas de cana-
de-açúcar por área, tendo sido considerado neste trabalho um valor médio de 12,4
toneladas/ha ao ano e um preço médio de R$ 32,00/ tonelada, praticados em 2007.
O custo operacional efetivo (COE) é composto das despesas com operações
mecanizadas, operações manuais e material consumido. Faz parte do custo operacional total,
além do COE, outras despesas, arrendamento da terra e deprecião dos custos com a
implantação da cultura.
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Nas operações que refletem o sistema de cultivo, foram computados os materiais
consumidos e o tempo necessário de máquinas e mão-de-obra para a realização de cada
operação, definindo nestes dois casos, os coeficientes cnicos em termos de hora máquina
(HM) e homem dia (HD).
Para determinar a lucratividade da cultura da cana-de-açúcar, foi estimada a receita
bruta como o produto da produção obtida em toneladas pelo preço médio da tonelada de
cana recebida pelo produtor na rego; o lucro operacional pela diferença entre a receita
bruta e o custo operacional total e preço de equilíbrio como o preço mínimo necessário para
cobrir os custos (MARTIN et al., 1997).
Os preços médios foram coletados na região e apresentados em Real (R$).
Até 1982 o pagamento da tonelada de cana-de-açúcar levava em consideração
apenas o peso da produção. O Ato 25 publicado no DO da União em 17/08/1982 estabeleceu
que as usinas e destilarias, com mais de 3 anos de funcionamento, devem pagar a produção
de cana de seus fornecedores pelo teor de sacarose. Denominava-se sistema PCTS -
pagamento da cana pelo teor de sacarose. Em 1997 o CONSECANA desenvolveu um novo
sistema de pagamento pela cana denominado sistema de remuneração da tonelada de cana
pela qualidade Consecana (SACHS, 2007).
Este sistema utiliza como base a qualidade da cana-de-açúcar expressa pela
concentração total de açúcares (sacarose, glicose e frutose) recuperáveis no processo
industrial e expresso em kg/t de cana denominado ATR Açúcar Total Recuperável. A
fórmula para determinação do valor do ATR pode ser visto em Sachs, 2007. O preço médio
da cana-de-açúcar em toneladas é definido pela CONSECANA que é divulgado pela UDOP
mensalmente. e no final da safra sai o preço definitivo da tonelada da cana-de-açúcar.
O Instituto de Economia Agrícola divulga mensalmente na Revista Informações
Econômicas e on-line no seu site www.iea.sp.gov.br
, preços médios mensais recebidos pelos
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agricultores no estado de São Paulo e para os 40 EDRs, no caso da cana-de-açúcar este
preço é por tonelada.
A tomada de decisão, para realização de um investimento, exige que o produtor
tenha informações que o auxiliem a investir seu capital em atividade que lhe assegure um
retorno ecomico satisfatório. Apesar das incertezas geradas por mudanças na política
econômica, Noronha (1987) considera fundamental o acesso a informões nas áreas de
investimento para uma melhor tomada de decisão. Quanto maior o mero de informões e
quanto melhor sua qualidade, menores as chances de errar e mais segurança terá o produtor
na hora de aplicar recursos próprios ou recursos financiados.
Para a análise da viabilidade econômica do cultivo da cana-de-açúcar considerando
cinco cortes, foi montado um fluxo de caixa, que reflete os valores das entradas e saídas dos
recursos e produtos. A partir dos fluxos de caixa, foram determinados o Valor Presente
Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR) que, por definição, é aquela que torna o
valor presente do fluxo quido igual a zero e é calculada da seguinte forma:
=
=+
n
0t
t
t
0*)i1(L
sendo que:
i* é a Taxa Interna de Retorno (TIR)
L
t
são os fluxos quidos de caixa e
t são os períodos de produção da cultura que variam de zero até n (Noronha, 1987).
Ao se analisar um projeto pelo método acima, o critério adotado é de que sua taxa
interna de retorno seja igual ou superior ao custo de oportunidade do capital para a empresa.
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Após entrevistas com técnicos e produtores, os dados foram tabulados, analisados e
definidas as planilhas de custos que estão apresentadas. Foram estimadas planilhas
detalhadas de custos que vão desde a implantação da cultura da cana-de-açúcar no sistema
convencional plantio manual, planilhas para os cinco primeiros cortes, considerando colheita
manual cana queimada, colheita manual cana crua e colheita mecânica cana crua, até
planilhas para o sistema orgânico, com preparo do solo, plantio do adubo verde, implantação
da cana e os cinco primeiros cortes com colheita mecanizada, cana crua.
Tamm são apresentadas e discutidas planilhas resumidas de custos com os
indicadores de lucratividade obtidos para todos os sistemas de produção, fluxo de caixa e
análise da viabilidade econômica do cultivo da cana-de-açúcar.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1. Descrição dos Sistemas de Produção
Os produtores da cultura da cana-de-açúcar nos EDRs de Araçatuba, Andradina e
General Salgado, podem ser caracterizados como proprietários e/ou arrendatários de terras,
que anteriormente eram ocupadas principalmente por pastagens ou culturas anuais, em que
mesmo um proprietário de terra ou não, pode arrendar outras áreas por um período médio de
5 anos e mais um ano de prorrogação (valor médio obtido nas entrevistas).
A seguir descrevem-se os sistemas de produção convencional e orgânico utilizados
na produção de cana-de-açúcar.
5.1.1. Sistema convencional
Considerou-se o sistema convencional que é o predominante na região oeste, ou
seja, o cultivo da cana-de-açúcar, com algumas variações, que abrange o preparo do solo
tradicional, plantio manual ou mecanizado, sistemas de colheita manual, (com cana
queimada e cana crua) e mecanizada (cana queimada e cana crua). Nos dados
apresentados foram consideradas as aplicações de Cotesia flavipes para controle da broca.
Mesmo o sendo comum o uso do controle biológico, junto aos fornecedores entrevistados,
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através da pesquisa pode-se observar que em um futuro bem próximo, os mesmos farão uso
desta prática.
Mudas: a muda para o plantio definitivo pode ser obtida de terceiros, ou de usinas, ou ainda
pelo próprio produtor. Neste caso, pode ser através de viveiro ou pelo sistema ME.I.O.S.I.
(método inter-rotacional ocorrendo simultaneamente), prática de manejo ligada à cultura da
cana-de-açúcar, que visa à rápida produção de mudas, para o plantio de cana de ano e meio,
associando o cultivo intercalar de culturas de interesse ecomico ou simplesmente
agronômico. As vantagens deste sistema são: rápida reprodução de mudas, dispensa do
carregamento de mudas, maior resisncia às queses climáticas (chuva no plantio), redução
da área para plantio de mudas, possibilidades de cultivo intercalar (de renda extra), ou
adubação verde. A vantagem de se produzir a própria muda é que se conhece sua
procedência, podendo-se obter uma cultura mais sadia. As mudas são cortadas manualmente,
enleiradas e posteriormente, com o auxilio de carregadeiras, são depositadas em caminhões
para o transporte. A disncia considerada do viveiro ao plantio definitivo é em média de 25
km, podendo em alguns casos esta distância ser maior ou menor.
Preparo do Solo: considerando solos anteriormente ocupados com pastagem,o preparo é o
convencional, efetuando-se a limpeza da área realizando a catação de tocos, roçagem se
necessário, sistematização corrigindo erosões, duas gradagens intermediárias, subsolagem e
duas gradagens niveladoras, precedidas de análise do solo para corrão e adubação do
mesmo. Normalmente utiliza-se uma média de 1,5 tonelada de calcário dolomítico por
hectare e 1 tonelada de gesso por hectare (a quantidade depende dos resultados da análise de
solo). Além disso, pode ser realizada nova marcação de terraços, bem como sua implantação
e marcação de carreadores. Existem produtores que realizam todas as operações com seu
próprio maquinário, enquanto outros terceirizam algumas operações tais como gradagem,
aplicação de calcário e gesso.
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Plantio Manual: é o sistema que predomina na região estudada. São realizadas
simultaneamente as operações de sulcação e adubação, a seguir distribuem-se as canas
inteiras nos sulcos de plantio, cortam-se as canas (picação), em toletes que variam de 30 a 40
cm de comprimento, aplica-se o inseticida e cupinicida e, por último, a cobrição que é feita
mecanicamente, depositando sobre as canas uma camada de 5 cm de terra. O espaçamento é
de 1,20 a 1,50 m entre sulcos, dependendo do solo, da variedade e do tipo de corte, com
profundidade de 20 a 40 cm (dependendo do tipo de solo), sendo a quantidade de mudas
utilizadas em torno de 12 t/ha. A época de plantio da cana de ano e meio, vai de fevereiro a
maio. Tamm existe cana de ano, plantada de setembro a outubro e cana de inverno, que é
plantada de maio a agosto. As variedades mais usadas o: RB 867515; RB 855035; SP
813250; SP 812847e RB 835486. Para adubação de plantio, considerou-se a utilização de
500 kg/ ha da fórmula 05-25-25, (a quantidade também depende da análise de solo) no sulco
de plantio (Figuras 6 a 9).
Plantio Mecanizado: a plantadora realiza todas as operações de uma única vez: abre o
sulco, aduba, distribui o tolete, aplica o defensivo e cobre o sulco, sistema de plantio que
está crescendo na região. A quantidade de mudas utilizadas é de 16 t/ha e considerou-se a
utilização de 500 kg/ ha da fórmula 05-25-25 no sulco de plantio (Figuras 11 a 16).
Tratos culturais da cana planta: a lavoura deve ser mantida no limpo até 90 dias após o
plantio sendo o controle feito por capina manual e aplicação de herbicidas. Depois desse
período ocorre o fechamento da cana-de-açúcar, nas entrelinhas, com o que as ervas
daninhas não germinam em função da falta de luminosidade. O controle biológico da broca
da cana-de-açúcar é feito de acordo com os resultados obtidos no levantamento de campo,
em média utilizando-se 6.000 unidades de Cotesia flavipes/ha. O controle biológico ainda
não é realizado por todos os fornecedores, sendo mais comum encontrar essa prática em
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38
áreas das usinas. Não foi considerada a adubação de cobertura, uma vez que a maioria não a
realiza no 1º ano.
Colheita: deve ser realizada em torno de 16 a 18 meses após o plantio, para cana de ano e
meio, período este em que a cana-de-açúcar alcança os maiores picos de maturação. Colheita
manual de cana queimada é realizada por cortadores de cana com o uso de podão,
colocando-se fogo no talhão para eliminar a palha, normalmente realizada na tarde do dia
anterior ao do corte. Colheita manual de cana crua é realizada manualmente pelos cortadores
de cana, com a presença de palha. O carregamento para a colheita manual é realizado por
máquinas carregadoras, as quais apreendem um determinado volume de cana, elevam-no e
descarregam-no nos veículos transportadores. Colheita mecanizada de cana queimada é feito
por colhedoras que cortam a cana após a queima, picam a cana, que é depositada no
transbordo, que trafega ao seu lado. Colheita mecanizada cana crua é feito por colhedoras
que cortam, despalham, picam a cana, que é depositada no transbordo, que trafega ao seu
lado. O transporte pode ser realizado por biminhões ou treminhões e normalmente
terceirizados contratados pelas usinas (As fotos mostrando os tipos de colheita podem ser
visualizadas nas Figuras 17 a 31.
O preço do corte por tonelada varia de região para região, assim como o carregamento
e o transbordo. Em relação ao transporte o valor cobrado depende da distância a ser
transportada e ainda, pode variar conforme o tipo de estrada. Geralmente os custos com CCT
(corte, carregamento e transporte) são realizados pelas usinas e descontados dos
fornecedores, por ocaso dos pagamentos entre esses agentes.
Tratos culturais da cana soca: são semelhantes aos procedimentos utilizados na cana
planta. Entretanto, envolve mais algumas operações, que consistem em cultivo tríplice,
carpas e também efetuação da adubação de reposição dos nutrientes retirados pelo volume
da cana-de-açúcar colhida. O procedimento visa à manutenção dos nutrientes da área e o
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39
equilíbrio químico do solo. A adubação de reposição é feita com 400kg/ha da fórmula 20-
05-20, seguida do cultivo químico, que é suficiente para manter a soqueira no limpo. No
corte (considerando como último corte) os produtores realizam apenas a colheita e catação
de bitucas, em seguida a soqueira é destruída e a área reformada.
Colheita da cana soca: procedimento semelhante ao da cana planta, ou seja, do primeiro corte.
5.1.2. Sistema orgânico
Para se produzir cana orgânica alguns cririos devem ser observados e estão muito
bem apresentados e detalhados em Oliveira (2001). O autor mostra desde o período em que a
área tem que ficar sem aplicação de produtos químicos, que varia de país para país; cercas
vivas para proteção; placas de identificação em todos os talhões contendo: nome da
propriedade, código da propriedade, número do talhão, área em hectare e data da última
aplicação ou prática proibida; utilização de fosfatos naturais (Arad, Araxá, Gafsa); na
adubação de cultivo da soca utilizar vinhaça ou composto orgânico; aa preservação de
matas nativas, implantação de áreas de reflorestamento com o intuito de abrigar inimigos
naturais das pragas, preservar as áreas permanentes, recuperar as matas, entre outros.
Deve-se fazer um levantamento (hisrico) sobre a área para implantação da cultura
da cana-de-açúcar, tais como, produtos que foram aplicados, dados sobre deriva; maturação,
fertilidade do solo; plantas daninhas invasoras e grau de infestação; pragas e doenças;
erosão; biodiversidade entre outros. Outro fator importante na implantação da lavoura é
relativo ao período de conversão ou carência que a lavoura deve ter sem o uso de qualquer
produto químico sintico ou modificado geneticamente, período que varia de acordo com o
mercado comprador.
Preparo do Solo: assim como no sistema convencional, efetua-se a limpeza da área,
roçagem se necessário, correção de erosões, duas gradagens intermediárias, subsolagem e
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40
duas gradagens niveladoras. Utiliza-se uma média de 1,5 tonelada de calcário dolomítico por
hectare e 1 tonelada de gesso por hectare (a quantidade depende da análise de solo) e além
disso, é realizada nova marcação de terraços e marcação de carreadores. A seguir é realizado
o plantio de uma leguminosa, neste caso, Crotalaria juncea, (geralmente em outubro-
novembro), utilizando-se 30 kg de sementes por hectare. Quando as leguminosas estiverem
floridas, época em que estão fixando nitrogênio, devem ser roçadas ou picadas, visando o
plantio da cana-de-açúcar.
Plantio Manual: são realizadas as operações de sulcação e adubação orgânica, a seguir
distribuem-se as canas inteiras nos sulcos de plantio, cortam-se as canas (picação), em
toletes que variam de 30 a 40 cm de comprimento e, por último, é feita a cobrição
mecanicamente, depositando sobre as canas uma camada de 5 cm de terra. O espaçamento é
de 1,20 a 1,50 m entre sulcos, dependendo do solo, da variedade e do tipo de corte, com
profundidade de 20 a 40 cm (também dependendo do tipo de solo), sendo a quantidade de
mudas utilizadas em torno de 12 t/ha. As variedades plantadas são RB 72454; SP 813250;
RB 855035; e RB 935744.
Adubação de plantio: aplicam-se 20 toneladas de composto orgânico e 200 kg de fosfato
natural por hectare no sulco de plantio. O composto orgânico da Univalem se constitui de
bagaço de cana, esterco de curral, fuligem (cinza da caldeira) e torta de filtro. O composto
orgânico contém: 1,20 % N, 1,00 % de P
2
O
5
, 0,60 % de K
2
O, cálcio, magnésio, enxofre,
cobre, ferro, manganês e matéria orgânica. Os fosfatos naturais são liberados pelo IBD
(Instituto Biodinâmico) desde que comprovada a sua necessidade, uma vez que o teor de
fósforo é muito baixo nos solos do noroeste do estado de São Paulo, razão pela qual a
empresa solicita e o órgão certificador autoriza o seu uso, neste caso, tendo sido utilizado
fósforo natural Arad (OLIVEIRA, 2001).
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41
Tratos culturais da cana planta: a lavoura deve ser mantida no limpo a 90 dias após o
plantio, sendo o controle feito por capina manual, e somente após esse período ocorre o
fechamento da cana-de-açúcar. O controle biológico da broca da cana-de-açúcar é feito de
acordo com os resultados obtidos no levantamento de campo, em média utilizando-se 6.000
unidades de Cotesia flavipes/ha e o controle de formigas é feito com iscas. A fertirrigação na
soqueira é feita com vinhaça, através de canais sendo aplicada por aspersão, com uma dose
média de 230 m
3
/hectare.
Colheita: a colheita mecanizada de cana crua deve ser realizada entre julho a setembro,
período este em que a cana-de-açúcar alcança os maiores picos de maturação. Todos os
caminhões envolvidos na safra orgânica devem ter no pára-brisa a sua identificação Cana
Orgânica e o local de descarregamento. Durante a safra é realizado um sistema de
rastreabilidade, que consiste em identificar a cana cortada e transportada diariamente e o
mero do talhão, para que no caso de alguma contaminação ou rejeição do açúcar
produzido, seja possível identificar-se a origem da cana e seu talhão. Também o feitas
inspeções do órgão certificador na lavoura e na indústria, para acompanhamento da colheita
e do processamento do açúcar orgânico, podendo a inspeção ocorrer a qualquer dia e
aleatoriamente selecionar-se uma ou mais áreas a serem inspecionadas.
Tratos culturais da cana soca: são semelhantes com os procedimentos utilizados na cana
planta, porém envolvendo mais algumas operações. Para a manutenção da correção do solo
no segundo e no quarto cortes, aplica-se uma tonelada de calcário por hectare e no terceiro
corte aplica-se uma tonelada de gesso por hectare. No corte (considerando como último
corte) os produtores realizam apenas a colheita e catação de bitucas, sendo em seguida a
soqueira destruída e a área reformada.
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42
5.2. Análise de Custos e Lucratividade
5.2.1. Sistema convencional
A Tabela 05 estão os valores estimados de custo operacional total/ha de
implantação da cultura da cana-de-açúcar, sistema convencional, plantio manual (Ilustrados
nas Figuras 8 e 9) em 2007. Este custo de implantação foi considerado para todas as
variações do sistema convencional, ou seja, colheita manual cana queimada, colheita manual
cana crua, colheita mecanizada cana queimada e colheita mecanizada cana crua.
Verifica-se que o custo operacional total (COT) foi de R$ 2.935,69/ha, as despesas
com material consumido representaram 37,83 %, seguida pelas despesas com preparo do
solo 22,78 %, plantio 21,75 %, despesas com arrendamento da terra 13,50 % e outras
despesas em torno de 4 % do COT.
Das despesas com material consumido merecem destaque as despesas com
fertilizante e corretivo, totalizando 38,27 %, seguido pelas despesas com as mudas de cana
32,41 %. Neste caso o valor das mudas corresponde ao custo que o produtor tem para
produzir sua própria muda. Quando o produtor adquire a muda da usina e fornece a matéria
prima para a própria, o preço da tonelada é em torno de 1,5 vezes o preço da tonelada da
cana para moagem, mas se o produtor o for fornecedor da usina, então o preço é maior,
podendo até ser o dobro ou mais que o dobro do valor da tonelada da cana paga pela
indústria.
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43
Tabela 05. Estimativa do custo operacional total por hectare de implantação da cultura de
cana-de-açúcar, sistema convencional, plantio manual, na região oeste do Estado
de São Paulo, 2007.
Descrão Especif.
vezes
Qtd.
V. Unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Preparo do solo
Amostra de solo + mão-de-obra un 1,00
0,12
25,00
3,00
Levantamento planialtimétrico HD 1,00
0,01
25,00
0,25
Catação de tocos HD 1,00
0,70
25,00
17,50
Roçagem HM 1,00
0,80
29,16
23,33
Sistematização HM 1,00
0,30
107,39
32,22
Gradagem aradora intermediária HM 2,00
0,67
79,20
106,13
Construção de terraços HM 1,00
0,40
315,32
126,13
Const.e conserv. de carreadores HM 1,00
0,20
248,00
49,60
Frete: Gesso t 1,00
1,00
23,00
23,00
Aplicação de gesso HM 1,00
0,80
48,25
38,60
Frete: Calcário t 1,00
1,50
23,00
34,50
Aplicação de calcário HM 1,00
0,80
48,25
38,60
Subsolagem HM 1,00
1,20
89,20
107,04
Gradagem niveladora HM 2,00
0,50
69,13
69,13
Total A 669,01
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44
Descrão Especif.
Nº
vezes
Qtd
V. Unit.
(R$)
V. Total
(R$)
B. Plantio
Transp. da mão-de-obra p/corte da muda
km 1,00
25,00 2,06
51,50
Corte manual da muda t 1,00
12,00 6,95
83,40
Carregamento da muda t 1,00
12,00 1,55
18,60
Reboque de Julieta: t 1,00
12,00 1,80
21,60
Transporte de mudas t 1,00
12,00 4,73
56,76
Transporte interno de insumos km 1,00
0,080 2,06
0,16
Alinhamento de carreador e acab. HD 1,00
0,400 25,00
10,00
Sulcão e adubação HM 1,00
1,30 76,73
99,75
Distribuição das mudas no sulco HD 1,00
4,50 25,00
112,50
Picação (corte da muda no sulco) HD 1,00
2,00 25,00
50,00
Recobrição manual HD 1,00
0,90 25,00
22,50
Sulcão HD 1,00
0,13 25,00
3,25
Aplicação dos defensivos HM 1,00
0,70 34,40
24,08
Cobertura de mudas HM 1,00
1,00 48,74
48,74
Quebra lombo HM 1,00
0,67 53,36
35,75
Total B
638,60
C. Material
Calcário t 1,00
1,50 33,00
49,50
Fórmula 05-25-25 t 1,00
0,50 850,00
425,00
Carbofuran kg 1,00
6,00 18,93
113,58
Fipronil kg 1,00
0,25 650,00
162,50
Mudas de cana t 1,00
12,00 30,00
360,00
Total C
1.110,58
Custo Operacional Efetivo (COE)
2.418,18
Outras despesas
120,91
Arrendamento
396,60
Custo Operacional Total (COT)
2.935,69
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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45
A estimativa do custo operacional total/ha da cana planta, sistema convencional
colheita manual cana queimada pode ser visualizada na Tabela 06.
Cana queimada é a denominação atribuída à colheita da cana-de-açúcar com a
realização de queimada da palha, considerada indesejável do ponto de vista ambiental. Há
uma legislação, regulamentada em 2003, que estabelece a eliminação gradativa da queima
da palha da cana (Figura 17).
Verifica-se que o COT para o primeiro corte foi de R$ 2.994,29/ha, a colheita
representa 52,26 %, seguida pela depreciação que foi de 19,60 %, arrendamento 13,24 %,
materiais 6,13 %, despesas com tratos culturais 5,55 %, e outras despesas 3,2 %.
Esse custo é menor que o apresentado em Harada et al. (2008) atingindo R$
3.928,00/ha em 2007 (1º corte). Nesta planilha de custos foi considerado um sistema de
produção médio para o Estado de São Paulo.
A colheita manual cana queimada é realizada pelas usinas que se responsabilizam
pelo corte, carregamento e transporte da produção até a sua unidade e essas despesas variam
em função da quantidade colhida de cana. O custo do reboque é de R$ 1,80/t e o transporte
de R$ 4,73/t. Com relação ao carregamento da cana, produtores que terceirizam esta
operação e outros que possuem carregadeira para realizar esta operação.
Como a colheita representa mais da metade do COT da cana planta, o produtor
precisa conhecer seus custos e tomar decisões com base nos mesmos.
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46
Tabela 06. Estimativa de custo operacional total por hectare da cana planta, sistema
convencional, colheita manual cana queimada, na região oeste do Estado de
São Paulo, 2007.
Descrão Especif.
Nº
vezes
Qtd.
V. Unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Tratos culturais
Aplicação de herbicida HM 1,00
1,00
34,40
34,40
Transp. de mão-de-obra p/arranquio km 1,00
0,08
2,06
0,16
Arranquio de colonião HD 1,00
2,00
25,00
50,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Carpa mecânica e/ou quebra lombo HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Transp. m.o. p/ amostragem c. biológico km 1,00
1,70
2,06
3,50
Manutenção de carreadores: Motoniveladora
HM 1,00
0,08
248,00
19,84
Transporte interno de insumos km 1,00
0,12
2,06
0,25
Transp. Amostragem de cana: maturação km 1,00
1,70
2,06
3,50
Amostragem de cana: maturação HD 1,00
0,012
25,00
0,30
Total A
166,21
B. Colheita
Transporte de mão-de-obra para queima t 1,00
120,00
0,14
16,80
Queima da cana t 1,00
120,00
0,10
12,00
Corte da cana t 1,00
120,00
4,72
566,40
Carregamento t 1,00
120,00
1,55
186,00
Reboque t 1,00
120,00
1,80
216,00
Transporte t 1,00
120,00
4,73
567,60
Total B 1.564,80
C. Material
Hexazinone kg 1,00
2,00
28,00
56,00
Tebutiuron L 1,00
2,00
38,00
76,00
Fipronil kg 1,00
0,20
7,00
1,40
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Total C 183,80
Custo Operacional Efetivo (COE) 1.914,81
Outras despesas 95,74
Arrendamento 396,60
Depreciação
587,14
Custo Operacional Total (COT) 2.994,29
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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O custo operacional total/ha da cana planta, sistema convencional, colheita manual
cana crua, pode ser visto na Tabela 07.
A legislação que dispõe sobre a eliminação gradativa da queima da palha da cana-
de-açúcar, determina desde 2006 que 30% das áreas mecanizáveis devem ser cortadas com
palha (cana crua) (Figuras 17 a 20).
Observa-se que o COT para o primeiro corte foi de R$ 3.141,71/ha, a colheita
representando mais da metade desse valor (54,28 %), seguida pela depreciação com 18,69
%, arrendamento com 12,62 %, materiais com quase 5,85 % e despesas com os tratos
culturais 5,3 %.
Das despesas totais com materiais, a aquisão de herbicida representa 71,8 % e das
despesas com colheita a maior participação foi com o corte, que representa 43,14 %,
enquanto que a despesa com o transporte representou 33,26 %, seguidos pelo reboque com
12,67 % e carregamento com 10,91 %.
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48
Tabela 07. Estimativa de custo operacional total hectare da cana planta, sistema
convencional, colheita manual cana crua, na região oeste do Estado de São
Paulo, 2007.
Descrão Especif.
Nº
vezes
Qtd.
V. Unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Tratos culturais
Aplicação de herbicida HM 1,00
1,00
34,40
34,40
Transp. de mão-de-obra p/arranquio km 1,00
0,08
2,06
0,16
Arranquio de colonião HD 1,00
0,08
25,00
50,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Carpa mecânica e/ou quebra lombo HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Transp. m. o. p/ amostragem c. biológico km 1,00
1,70
2,06
3,50
Man. de carreadores: Motoniveladora HM 1,00
0,08
248,00
19,84
Transporte interno de insumos km 1,00
0,12
2,06
0,25
Transp. Amostragem de cana: maturação km 1,00
1,70
2,06
3,50
Amostragem de cana: maturação HD 1,00
0,012
25,00
0,30
Total A
166,21
B. Colheita
Corte da cana t 1,00
120,00
6,13
735,60
Carregamento
t 1,00
120,00
1,55
186,00
Reboque
t 1,00
120,00
1,80
216,00
Transporte
t 1,00
120,00
4,73
567,60
Total B
1.705,20
C. Material
Hexazinone kg 1,00
2,00
28,00
56,00
Tebutiuron L 1,00
2,00
38,00
76,00
Fipronil kg 1,00
0,20
7,00
1,40
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Total C
183,80
Custo Operacional Efetivo (COE)
2.055,21
Outras despesas
102,76
Arrendamento
396,60
Depreciação
587,14
Custo Operacional Total (COT)
3.141,71
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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49
Pode-se observar na Tabela 08, que para o primeiro corte o COT foi de R$
3.153,05/ha, a colheita representando 54,42 %, seguida pela depreciação que correspondeu a
18,62 %, arrendamento 12,57 %, materiais 5,83 %, despesas com tratos culturais 5,27 % e
outras despesas 3,28 %.
Em algumas áreas onde as usinas realizam a colheita mecanizada cana queimada,
seu rendimento é maior que a cana crua mecanizada, tornando sua colheita menos onerosa.
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50
Tabela 08. Estimativa de custo operacional total por hectare da cana planta, sistema
convencional, colheita mecanizada cana queimada, na região oeste do Estado
de São Paulo, 2007.
Descrão Especif.
vezes
Qtd.
V. Unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Tratos culturais
Aplicação de herbicida HM 1,00
1,00
34,40
34,40
Carpa mecânica e/ou quebra lombo HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Transp. mão de obra p/ amostragem c.
biogico
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Manut. de carreadores: Motoniveladora HM 1,00
0,08
248,00
19,84
Transporte interno de insumos km 1,00
0,12
2,06
0,25
Transp. de mão-de-obra km 1,00
0,08
2,06
0,16
Arranquio de colonião HD 1,00
2,00
25,00
50,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Transp. Amostragem de cana: maturação km 1,00
1,70
2,06
3,50
Amostragem de cana: maturação HD 1,00
0,012
25,00
0,30
Total A
166,21
B. Colheita
Transporte de mão-de-obra para queima t 1,00
120,00
0,14
16,80
Queima da cana t 1,00
120,00
0,10
12,00
Colhedora t
1,00
120,00
3,43
411,60
Transbordo t
1,00
120,00
4,1
492,00
Reboque
t
1,00
120,00
1,80
216,00
Transporte
t
1,00
120,00
4,73
567,60
Total B 1.716,00
C. Material
Hexazinone kg 1,00
2,00
28,00
56,00
Tebutiuron L 1,00
2,00
38,00
76,00
Fipronil kg 1,00
0,20
7,00
1,40
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Total C 183,80
Custo Operacional Efetivo (COE) 2.066,01
Outras despesas 103,30
Arrendamento 396,60
Depreciação
587,14
Custo Operacional Total (COT) 3.153,05
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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51
Uma planilha detalhada de custo operacional total/ha da cana planta, sistema
convencional, com colheita mecanizada cana crua, pode ser observada na Tabela 09.
Cana crua é a denominação atribuída à colheita da cana-de-açúcar sem a realização
de queimada, considerada desejável do ponto de vista ambiental, uma vez que a palha,
associada às modificações técnicas necessárias para implementar a colheita mecânica da
cultura, criou um novo sistema de produção de cana-de-açúcar, popularmente denominado
cana crua (VELINI & NEGRISOLI, 2000).
Observa-se que o COT para o primeiro corte foi de R$ 3.199,67/ha, a colheita
representando mais da metade deve valor (55,00 %), seguida pela depreciação (18,35 %),
arrendamento 12,40 %, despesas com tratos culturais (5,19 %) e materiais com 5,74 %.
A colheita mecanizada é realizada pelas usinas que se responsabilizam pelo corte,
carregamento e transporte da produção até a sua unidade e essas despesas variam em função
da quantidade colhida de cana de R$ 1,80/t para reboque a R$ 4,73/t para o transporte. Com
relação ao carregamento da cana, produtores que terceirizam esta operação e outros que
possuem carregadeira para executar esta operação (Figura 28).
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52
Tabela 09. Estimativa de custo operacional total por hectare da cana planta, sistema
convencional, colheita mecanizada cana crua, na região oeste do Estado de São
Paulo, 2007.
Descrão Especif.
vezes
Qtd.
V. Unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Tratos culturais
Aplicação de herbicida HM 1,00
1,00
34,40
34,40
Carpa mecânica e/ou quebra lombo HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Transp. m. o. p/ amostragem c. biológico km 1,00
1,70
2,06
3,50
Manutenção de carreadores: Motoniveladora HM 1,00
0,08
248,00
19,84
Transporte interno de insumos km 1,00
0,12
2,06
0,25
Transp. de mão-de-obra p/arranquio km 1,00
0,08
2,06
0,16
Arranquio de colonião HD 1,00
2,00
25,00
50,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Transp. Amostragem de cana: maturação km 1,00
1,70
2,06
3,50
Amostragem de cana: maturação HD 1,00
0,012
25,00
0,30
Total A
166,21
B. Colheita
Colhedora t 1,00
120,00
4,04
484,80
Transbordo t 1,00
120,00
4,1
492,00
Reboque t 1,00
120,00
1,80
216,00
Transporte
t
1,00
120,00
4,73
567,60
Total B 1.760,40
C. Material
Hexazinone kg 1,00
2,00
28,00
56,00
Tebutiuron L 1,00
2,00
38,00
76,00
Fipronil kg 1,00
0,20
7,00
1,40
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Total C 183,80
Custo Operacional Efetivo (COE) 2.110,41
Outras despesas 105,52
Arrendamento 396,60
Depreciação
587,14
Custo Operacional Total (COT) 3.199,67
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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53
No Estado de São Paulo, o índice de mecanização de colheita de cana, sem queima
prévia, alcançou 47 % em 2007, cerca de 64 % superior ao índice obtido no ano anterior (30
%) e deverá representar a maior parte da colheita da produção na safra 2008/2009
(ORTOLAN, 2008).
As despesas com o COT e o custo da colheita por hectare, para os 4 tratamentos,
considerando os 5 cortes da cultura da cana-de-açúcar, sistema convencional, são apresentados
na Tabela 10.
Nesta Tabela julgou-se procedente destacar os valores com os custos da colheita,
que apresentam maior participação no COT, em média metade deste valor, daí a sua
importância.
Quando se comparam os custos obtidos com os diferentes tipos de colheita com o
COT obtido em cada sistema de produção, verifica-se que uma participação percentual de
6,8 % variando de R$ 2.994,29 (1º corte) a R$ 3.302,40/ha (2º corte), valores significativos
que exigem dos produtores uma atenção especial a esta prática, que na grande maioria das
vezes é definida pelas usinas, sendo que na região oeste onde a pesquisa não encontrou
fornecedor de cana com colhedora de cana própria.
O valor da colheita decresce do primeiro para o quinto corte devido à quantidade de
cana-de-açúcar produzida em cada corte, que tamm decresce (Tabela 10).
Os valores obtidos com o COT variaram de acordo o tipo de colheita realizada
assim como em relação aos cortes. O maior COT foi observado com a colheita mecanizada
cana crua, (1ºcorte), sendo de R$ 3.199,67/ha, seguida pela colheita mecanizada cana
queimada que foi de R$ 3.153,05/ha, colheita manual cana crua que foi de R$ 3.141,71/ha e
no tratamento com colheita manual cana queimada, o COT foi de R$ 2.994,29/ha. Com
relação aos cortes o maior COT observado foi no corte colheita mecanizada cana crua e o
menor COT foi verificado com a cana queimada manual no corte.
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54
Como se pode observar os valores do COT para o e o cortes cresceram, devido
à aplicão de adubação de cobertura. Considerou-se o quinto corte, como sendo o último
corte, após o que é realizada a reforma do canavial. Nesse caso como o produtor não realiza
tratos culturais, considerou-se apenas a catação de pedaços de cana (bitucas).
Bierhals (2007) também considera que a despesa com a colheita seja um dos pontos
críticos do cultivo da cana-de-açúcar, representando cerca de um terço dos custos totais.
Se considerarmos o crescimento da colheita mecanizada da cana, os produtores
precisam estudar meios para diminuírem esses gastos. A alternativa de aquisição de uma
colhedora, nos preços médios atuais de R$ 850.000,00, pode se tornar inviável para o
pequeno e médio fornecedor. D a importância dos produtores se profissionalizarem,
organizando e controlando melhor suas atividades. A permanência do produtor rural nesta
atividade vai depender de uma gestão eficiente de todos os recursos produtivos, adotando
tecnologia adequada à sua realidade.
E uma das questões fundamentais a enfrentar é o custo de produção de sua
atividade o que não significa apenas estimar ou conhecer os custos, mas passar a tomar
decisões baseadas nos mesmos, tendo como objetivo e conseqüência um negócio bem
administrado. O fornecedor de cana precisa definir como produzir dentro de um determinado
nível de custo de produção que permita determinada margem de lucro de acordo com os
atuais preços de mercado, (NOGUEIRA, 2007), que no caso da cana-de-açúcar é definido
pelas usinas, através da CONSECANA e divulgado pela UDOP.
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55
Tabela 10. Custo operacional total e custo da colheita por hectare, por sistema de produção, sistema convencional, considerando 5 cortes da cultura da
cana-de-açúcar na região oeste do Estado de São Paulo, em 2007.
Corte 2º Corte 3º Corte 4º Corte Corte
Tratamentos
COT
Custo
Colheita
COT
Custo
Colheita
COT
Custo
Colheita
COT
Custo
Colheita
COT
Custo
Colheita
Sistema de produção, colheita manual cana queimada
2.994,29
1.564,80
3.136,38
1.264,88
3.083,47
1.108,40
2.794,08
938,88
1.884,22
847,60
Sistema de produção, colheita manual cana crua 3.141,71
1.705,20
3.255,54
1.378,37
3.111,15
1.207,85
2.882,53
1.023,12
1.964,07
923,65
Sistema de produção, colheita mecanizada cana
queimada
3.153,05
1.716,00
3.264,71
1.387,10
3.195,93
1.215,50
2.871,19
1.012,32
1.970,22
929,50
Sistema de produção, colheita mecanizada cana crua 3.199,67
1.760,40
3.302,40
1.422,99
3.152,20
1.246,95
2.917,31
1.056,24
1.995,47
953,55
Fonte: Dados da pesquisa
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56
Muito embora apresente custos maiores, a tendência é de crescimento da colheita
mecanizada cana crua, conforme Lei n. 11.241/02, de 19/09/2002 do Estado de São Paulo
3
.
Recentemente (fevereiro/2008), o governo do estado de São Paulo e a Orplana reviram estes
prazos fechando um acordo para eliminar a queima até 2014 nas áreas mecanizáveis e até
2017 nas áreas com declividade a 12%.
No caso da colheita manual cana queimada, que apresentou custos operacionais
menores, despesas com ações judiciais e ambientais determinam custos maiores o
considerados neste trabalho.
Para estimar a rentabilidade obtida em cada manejo, foi considerada a produtividade
média obtida na região estudada, de 120, 97, 85, 72 e 65 toneladas/ha, para o 1
o
, 2
o
, 3
o
, 4
o
e 5
o
corte, respectivamente (Tabela 10). Há produtores que chegam a colher cerca de 140
toneladas de cana/ha no primeiro corte e nos demais também, mas não representa a média da
região oeste paulista.
O preço médio recebido pelos produtores para o ano de 2007, foi de R$ 35,61 /
tonelada, valor este maior que o apontado por Harada et al. (2008), em agosto de 2007 para o
estado de São Paulo.
A Figura 04 mostra as variações nos preços médios da tonelada da cana-de-açúcar
nos EDRs de Andradina, Araçatuba e General Salgado. Observa-se que no ano de 2006 os
preços médios foram maiores, principalmente em Andradina (R$ 39,14/t), Araçatuba (R$
36,28/t) e General Salgado (R$ 32,82/t). Deve-se destacar que esses valores o mostram o
ganho com a qualidade da matéria prima.
3
Artigo 2.. os plantadores de cana-de-açúcar em área mecanivel deveo até 2021 eliminar totalmente a
queima e para área não mecanivel, com declividade superior a 12% ou menor que 150 hectares, deverão
eliminar a queima em 100%, até o ano de 2031.
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57
Figura 04. Preços médios praticados na região da tonelada da cana-de-açúcar de
2003 a 2007
Fonte: Dados básicos do IEA.
O pagamento da cana para o fornecedor geralmente é feito em função do ATR -
Açúcar Total Recuperável (expresso pela concentração total de açúcares: sacarose, glicose e
frutose), valor que geralmente é maior no início e no final da safra. Os valores do ATR
variaram de R$ 0,2047 em 2001/2002 a R$ 0,343 em 2006/2007.
Quando a matéria prima chega à usina o coletadas amostras para análises químicas
as quais, após realizadas, expressam os indicadores de qualidade.
Na Figura 5 pode-se observar os valores médios da qualidade da matéria prima, junto
a um fornecedor de cana da região, referente à produção entregue durante 6 meses em 2007.
Das análises químicas realizadas, foram determinados os teores de:
Pol.%: é definida como a quantidade de sacarose, em porcentagem, presente na cana
ou no caldo da cana-de-açúcar;
Fibra (%): é a parte sólida da cana-de-açúcar formada pela celulose, lignina, vasos
lenhosos e outros;
Brix (%): fornece a quantidade de sólidos solúveis contidos no caldo em porcentagem;
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58
Pureza (%): é definida como a quantidade de sacarose presente no caldo em relão ao
total de sólidos solúveis;
PCC: Pureza do Caldo Clarificado
AR: Açúcares Redutores: é a quantidade de massa de glucose e frutose presente na
cana, em porcentagem;
ART (%): Açúcar Redutor Total fornece a quantidade de açúcar total: sacarose,
frutose e glucose existentes na cana, em porcentagem;
ATR (kg/t de cana) Açúcar Total Recuperável- corresponde a todo o açúcar contido na
cana;
Os valores mostrados na Figura 5 definem a qualidade da cana em quantidades de
ATR (kg/t de cana), que multiplicados pelo valor do ATR, formará o preço da tonelada de
cana-de-açúcar.
Se considerarmos o valor médio da ATR obtido na safra 2006/07 de R$ 0,343 (UDOP,
2008) e os valores obtidos por este fornecedor de 144,56 kg de ATR por tonelada de cana, o
valor recebido foi de R$ 49,58 por tonelada de cana, valor alto quando comparado com o
valor médio praticado em 2007.
A tendência para a safra que se inicia em abril/2008 é que as cotações continuem
baixas, mas se espera que os patamares o sejam inferiores aos observados durante a safra
2007/08, quando o preço médio do ATR abriu a safra em R$ 0,32 / kg e foi decrescendo. Para
a próxima safra, espera-se que a tendência seja inversa, ou seja, as cotações devem começar
baixas para, mesmo que lentamente, crescer ao longo da safra”, afirma o presidente da
Canaoeste (ORTOLAN, 2008).
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59
14,53
14,05 21,88
81,44
14,09
144,56
0,68
15,93
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Pol %
Cana
Fibra (%) Brix (%) Pureza
(%)
PCC ATR (kg/t
de cana)
AR ART (%)
Figura 05. Valores médios obtidos em 2007, sobre a qualidade da cana-de-açúcar
junto a um fornecedor de cana da região oeste do estado de São Paulo.
Fonte: Dados da Pesquisa
Pode ser observado na Tabela 11, a receita bruta, o lucro operacional e o preço de
equilíbrio para os 4 sistemas de produção estudados, considerando os 5 cortes da cana
realizados em 2007.
Como a receita bruta depende da quantidade produzida e do preço médio recebido, a
receita bruta estimada foi de R$ 4.273,20/ha, para os 4 sistemas de colheita de 120 t/ha no
primeiro corte. Em função das produtividades obtidas que diminuem com o mero de cortes,
a receita bruta tamm decresce.
O maior lucro operacional (LO) representa cerca de 30% da receita bruta (RB)
ndice de lucratividade) obtido no 1º corte, o menor valor, de 25%, é obtido quando se
considera colheita mecanizada cana crua, lucratividade alta, mas que não se repete nos outros
cortes. No 2º corte o índice de lucratividade varia de 9% a 4%, no 3º e 4º cortes as
lucratividades são negativas e no 5º corte os resultados voltam a ser positivos (de 18% a
14%).
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60
Esses resultados foram obtidos, pois os custos de implantação da cana foram
depreciados nos 5 cortes da cultura. A maior receita bruta (R$ 4.273,20/ha), que é obtida no
1º corte não cobre todos os custos com implantação e tratos culturais até o primeiro corte (R$
2.935,69 + R$ 2.994,29).
Esses resultados estão diretamente relacionados à produção obtida e aos preços
médios recebidos em 2007 de R$ 35,61/tonelada de cana produzida. Os preços de equilíbrio,
isto é, os preços mínimos a serem recebidos para cobrir os custos variaram de R$ 24,95 (1º
corte) a R$ 40,52 por tonelada de cana no 4º corte. Os valores obtidos por Harada et al. (2008)
variaram de R$ 32,1 a R$ 40,3 por tonelada de cana-de-açúcar por hectare.
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61
Tabela 11. Receita bruta, lucro operacional e preço de equilíbrio por hectare, sistema de produção convencional, considerando 5 cortes da cultura da cana-
de-açúcar na região oeste do Estado de São Paulo, em 2007.
1º Corte 2º Corte 3º Corte 4º Corte Corte
Tratamentos
RB LO PE RB LO PE RB LO PE RB LO PE RB LO PE
Sistema de produção,
colheita manual cana
queimada
4.273,20
1.278,91
24,95
3.454,17
317,79
32,33
3.026,85
-56,62
36,28
2.563,92
-230,16
38,81
2.314,65
430,43
28,99
Sistema de produção,
colheita manual cana crua
4.273,20
1.131,49
26,18
3.454,17
198,63
33,56
3.026,85
-84,30
36,60
2.563,92
-318,61
40,04
2.314,65
350,58
30,22
Sistema de produção,
colheita mecanizada cana
queimada
4.273,20
1.120,15
26,28
3.454,17
189,46
33,66
3.026,85
-169,08
37,60
2.563,92
-307,27
39,88
2.314,65
344,43
30,31
Sistema de produção,
colheita mecanizada cana
crua
4.273,20
1.073,53
26,66
3.454,17
151,77
34,05
3.026,85
-125,35
37,08
2.563,92
-353,39
40,52
2.314,65
319,18
30,70
Fonte: Dados da pesquisa
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62
Os custos com implantação da cultura mais o fluxo de caixa quido, o valor presente
quido e a taxa interna de retorno para os 5 cortes podem ser observados na Tabela 12. O
custo de implantação da cultura não variou, considerando-se o mesmo tipo de preparo do solo
e plantio manual da cana e o fluxo de caixa líquido foi positivo para todos os cortes e todos os
tipos de colheita.
O VPL variou de R$ 1.055,38 para colheita manual cana queimada (melhor resultado
econômico) a R$ 508,25 para colheita mecanizada cana crua. Este valor é o resultado quido
de todas as entradas e sdas de capital aplicado na implantação da cultura da cana-de-açúcar
e durante os 5 cortes, descontadas a uma taxa de juros de 6% a.a. A aprovação de um
investimento implica em VPL positivo.
A maior taxa interna de retorno foi de 22,63 %, para a colheita manual com cana
queimada, seguida pela colheita manual cana crua que foi de 16,85 %, colheita mecanizada
cana queimada 15,62 % e colheita mecanizada cana crua 14,19 %.
No caso da TIR, o investimento pode ser aprovado se ela for maior que a taxa
mínima de atratividade, que neste caso foi de 6% a.a., destacando que quanto maior esta
distância, menor o risco aplicado neste investimento.
Um dos produtores de cana entrevistados respondeu que, atualmente, o ganho com a
cultura ao longo de todo o período foi de 15%. Neste trabalho, o retorno com o investimento
na cultura da cana-de-açúcar foi de 12,53 % (colheita manual cana queimada) a 7,3 %
(colheita mecanizada cana crua), valores estes menores que os apresentados por este
fornecedor.
Em função da queda no preço da tonelada de cana-de-açúcar, os elevados custos com
os fertilizantes e CCT (corte, carregamento e transporte), de uma maneira geral os
fornecedores da matéria prima estão preocupados, principalmente, devido ao ciclo da cana
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63
que é longo (cerca de 5 anos), em virtude de se sentirem presos a esta cultura durante todo o
período.
Na região oeste paulista o valor do arrendamento de terras para cultivo da cana de
açúcar é muito significativo e são estes fornecedores que estão mais preocupados com a queda
nos preços recebidos pela tonelada da cana. Os proprietários de terras, como não consideram
o custo de oportunidade do uso da terra, ainda se consideram numa situação melhor. As
usinas, além de preços diferenciados têm uma estrutura de custos diferentes.
Devido ao alto preço da tonelada de cana-de-açúcar pago aos produtores, em anos
anteriores (2004 a 2006) e com a crise na pecuária os proprietários estavam eufóricos para
mudar de atividade ou até mesmo arrendar suas terras para terceiros porque a rentabilidade
era satisfatória. O que se observou nas entrevistas, e o que se observa no campo, é que
proprietários e arrendatários de terras, assim como os usineiros estão mais cautelosos. Para
2008 é possível arrendar áreas de terras de usinas pronta para o plantio do milho a um valor
médio de 22,72 sacas de 60kg/ha.
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64
Tabela 12. Fluxo de caixa líquido por hectare, VPL e TIR, no sistema de produção convencional, considerando 5 cortes da cultura da cana-de-açúcar na
região oeste do Estado de São Paulo, em 2007.
Fluxo de Caixa quido
Tratamentos
Implantação
Corte
2º Corte
Corte
Corte
Corte
VPL TIR
Sistema de produção, colheita manual cana queimada -2.935,69
1.866,05
904,93
530,52
356,98
1.017,57
R$ 1.055,38
22,63%
Sistema de produção, colheita manual cana crua -2.935,69
1.718,63
785,77
502,84
268,53
937,72
R$ 679,82
16,85%
Sistema de produção, colheita mecanizada cana
queimada
-2.935,69
1.707,29
776,60
418,06
279,87
931,57
R$ 599,01
15,62%
Sistema de produção, colheita mecanizada cana crua -2.935,69
1.660,67
738,91
461,79
233,75
906,32
R$ 508,25
14,19%
Fonte: Dados da pesquisa
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65
Para Bacarin (2007), como o setor vinha de um período favorável para o mercado de
álcool e de úcar, o Governo deveria fazer análise dos efeitos da expansão canavieira, sobre
outras atividades agropecuárias, especialmente os alimentos sicos. Na região oeste
arrendatários de terras para produção de grãos m sentindo essas dificuldades nos últimos
anos.
O interesse das usinas é no cultivo principalmente do amendoim, o que o agrada
produtores por falta de experiência e conhecimento desta cultura na região e também devido à
distância das agroindústrias que m esta cultura como matéria prima.
Outro estudo realizado por Camargo et al. (2008), mostra que o valor do
arrendamento de terras aumentou em todos os EDRs, onde a cultura canavieira substituiu
outras atividades.
5.2.2. Sistema orgânico
A Tabela 13 apresenta uma estimativa de custo por hectare de pré-preparo do solo
com o plantio da leguminosa crotalária (Crotalaria juncea). A finalidade do plantio dessa
leguminosa é reduzir as perdas de solo por erosão, controlar a incidência de ervas daninhas,
reduzir o ataque de nematóides, melhorar o teor de matéria orgânica do solo e, ainda, fornecer
nutrientes principalmente o N, visando aumentar a produção de colmos de cana planta
(OLIVEIRA et al., 1997).
Verifica-se que o COT foi de R$ 1.667,07/ha, deste total, as despesas com operações
representaram mais da metade (55,40 %), arrendamento da terra 23,79 %, material consumido
15,93 % e outras despesas 3,6%.
Deve-se destacar que das despesas totais, apenas a aquisição da leguminosa,
representou 12,95 %.
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66
Tabela 13. Estimativa do custo por hectare de pré-preparo do solo para implantação da
cultura de cana-de-açúcar, sistema orgânico, na região oeste do Estado de São
Paulo, 2007.
Descrão Especif.
vezes
Qtd.
V. Unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações mecanizadas
Preparo do solo
Sistematização e travesseiros HM 1,00
0,30
107,39
32,22
Construção de terraços HM 1,00
0,40
315,32
126,13
Const.e conserv. de carreadores HM 1,00
0,20
248,00
49,60
Aplicação de vinha (230 m
3
/ha) m
3
1,00
230,00
0,96
220,80
Roçagem HM 1,00
0,80
29,16
23,33
Gradagem aradora intermediária HM 2,00
0,67
79,20
106,13
Aplicação de gesso HM 1,00
0,80
48,25
38,60
Aplicação de calcário HM 1,00
0,80
48,25
38,60
Subsolagem HM 1,00
1,20
89,20
107,04
Gradagem niveladora HM 2,00
0,50
69,13
69,13
Frete: Gesso t 1,00
1,00
23,00
23,00
Frete: Calcário t 1,00
1,50
23,00
34,50
Plantio da Crotalaria t 1,00
1,00
32,41
32,41
Roçagem da Crotalaria HM 1,00
0,80
26,55
21,24.
Subtotal 923,56
Plantio
Transporte de insumos (Crotalaria) km 1,00
0,080
2,06
0,16
Subtotal 0,16
Total A 923,72
B. Operações manuais
Preparo do solo
Amostra de solo + mão-de-obra un 1,00
0,12
25,00
3,0
Levantamento planialtimétrico HD 1,00
0,01
25,00
0,25
Catação de tocos HD 1,00
0,70
25,00
17,50
Total B
20,75
C Material
Calcário t 1,00
1,50
33,00
49,50
Crotalária juncea kg 1,00
30,00
7,20
216,00
Total C 265,50
Custo Operacional Efetivo (COE) 1.209,97
Outras despesas 60,50
Arrendamento 396,60
Custo Operacional Total (COT) 1.667,07
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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67
A planilha detalhada do custo operacional total/ha de implantação da cultura de cana-
de-açúcar, plantio manual, sistema orgânico, encontra-se na Tabela 14.
Quando comparada com o sistema convencional (R$ 2.935,69/ha) o COT do sistema
orgânico foi menor (R$ 2.098,33/ha). Quando se considera o pré-preparo (plantio da
Crotalária) este valor aumenta para R$ 3.765,40/ha, que é em torno de 28 % maior que o
obtido na implantação da cultura da cana-de-açúcar no sistema convencional.
Verifica-se que o custo operacional total foi de R$ 2.098,33/ha, as despesas com
material consumido tiveram maior participação no COT com cerca de 42 %, seguida pelas
despesas com plantio com 24,77 %, despesas com arrendamento da terra com 18,90 % e
aplicação de vinha que representou 10,52 %. Das despesas com material, os gastos com
adubo orgânico representaram 45,45 % e aquisição de mudas quase 41 %.
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68
Tabela 14. Estimativa do custo operacional total por hectare de implantação da cultura de
cana-de-açúcar, sistema orgânico, plantio manual, na região oeste do Estado de
São Paulo, 2007.
Descrão Especif.
Nº
vezes
Qtd.
V. Unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Vinhaça
Aplicação de vinha (230 m
3
/ha) m
3
1,00
230,00
0,96
220,80
Total A 220,80
B. Plantio
Transp. da mão-de-obra p/corte da muda km 1,00
25,00
2,06
51,50
Corte manual da muda t 1,00
12,00
6,95
83,40
Carregamento da muda t 1,00
12,00
1,55
18,60
Transporte de mudas t 1,00
12,00
4,73
56,76
Transporte interno de insumos km 1,00
0,080
2,06
0,16
Alinhamento de carreador e acab. HD 1,00
0,300
25,00
7,50
Sulcão e adubação HM 1,00
1,00
76,73
76,73
Distribuição das mudas no sulco HD 1,00
3,50
25,00
87,50
Picação (corte da muda no sulco) HD 1,00
1,50
25,00
37,50
Recobrição manual HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Sulcão HD 1,00
0,13
25,00
3,25
Cobertura de mudas HM 1,00
1,00
48,74
48,74
Quebra lombo HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Total B 519,90
C. Material
Composto orgânico t 1,00
20,00
20,00
400,00
Fosfato t 1,00
0,20
600,00
120,00
Mudas de cana t 1,00
12,00
30,00
360,00
Total C 880,00
Custo Operacional Efetivo (COE) 1.620,70
Outras despesas 81,03
Arrendamento 396,60
Custo Operacional Total (COT) 2.098,33
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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69
A Tabela 15 mostra a planilha do custo de produção/ha considerando as despesas
com tratos culturais da cana planta, sistema orgânico, com colheita mecanizada cana crua. As
despesas com a implantação da cultura foram divididas pelo mero de cortes (5 no total)
resultando em R$ 753,08/ha como depreciação anual.
O COT para o primeiro corte foi de R$ 3.488,01/ha, a colheita representando quase a
metade deve valor (46,29 %), colheita com 21,59 %, tratos culturais com exatos 14 %,
arrendamento com 11,37 % seguida pelas despesas com material (3,50 %).
Das despesas com a colheita, o transporte da safra foi o que apresentou o maior custo
(32,22 %), corte representando 29,29 %, transbordo 27,93 % e reboque 10,55 %.
Ao se comparar as despesas dos tratos culturais da cana planta sistema ornico com
os tratos culturais cana planta sistema convencional, as despesas no sistema orgânico o
maiores em cerca de 9 %. Algumas operaçõeso diferentes entre os sistemas, principalmente
aquelas relacionadas ao controle químico x biológico e aplicação de vinha que é
fundamental para o sistema orgânico, cujo custo de aplicação é de R$ 220,00/ha.
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70
Tabela 15. Estimativa do custo operacional total por hectare do trato cultural da cana planta
(1º corte), sistema orgânico, colheita mecanizada, na região oeste do Estado de
São Paulo, 2007.
Descrão Especif.
vezes
Qtd.
V. Unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações Mecanizadas
Tratos culturais
Aplicação de vinha (230 m
3
/ha) m
3
1,00
230,00
0,96
220,80
Transp. mão de obra p/ amostragem de
cigarrinha
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Controle cigarrinha: HM 1,00
0,40
46,00
18,40
Roçagem dos carreadores HM 1,00
0,80
29,16
23,33
Transp. de mão-de-obra para capina km 1,00
0,08
2,06
0,16
Total A
266,20
B. Colheita
Colhedora t 1,00
110,00
4,3
473,00
Transbordo t 1,00
110,00
4,1
451,00
Reboque t 1,00
110,00
1,55
170,50
Transporte (distância média: 25 km) t 1,00
110,00
4,73
520,30
Total B 1.614,80
C. Operações Manuais
Tratos culturais
Capina manual HD 1,00
8,00
25,00
200,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Amostragem cigarrinha HD 1,00
0,16
25,00
4,00
Total C
222,50
D. Material
Cotesia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Metharizium anisopiae kg 1,00
9,00
8,00
72,00
Isca orgânica kg 1,00
0,12
9,00
1,08
Total D 123,48
Custo operacional efetivo (COE) 2.226,98
Outras despesas 111,35
Arrendamento 396,60
Depreciação
753,08
Custo operacional total (COT) 3.488,01
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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71
Observa-se na Tabela 16, o custo operacional total e o custo da colheita considerando
os 5 cortes da cultura da cana-de-açúcar, sistema orgânico. Mais uma vez reforça-se a
importância que o custo da colheita tem no COT, item fundamental quando se fala em
rentabilidade, além, é claro, do preço da cana produzida.
O custo operacional total diminui no último corte, quando o fornecedor deixa de
realizar algumas operações, tais como, aplicação de vinhaça, capinas manuais e até mesmo
aplicação de calcário.
Comparando o COT de todos os cortes do sistema convencional com o sistema
orgânico, observa-se que os custos foram maiores em cerca de 14 % no 5º corte, 9 % no 1º
corte, corte, 3 % no corte, no sistema orgânico e no e 4
o
corte foram semelhantes entre
os sistemas, tendo sido os cálculos efetuados para o mesmo sistema de colheita, mecanizada
cana crua.
Através de informações colhidas junto a um especialista neste sistema, foi
considerada a produtividade média obtida na região estudada de 110, 96, 85, 75 e 65
toneladas/ha, para o 1
o
, 2
o
, 3
o
, 4
o
e 5
o
corte, respectivamente, e o preço médio praticado em
2007 de R$ 42,00 / tonelada.
Muito embora o preço seja maior que o preço médio obtido com a cana
convencional, os produtores não se encontram motivados para este sistema, devido,
principalmente, às exigências das certificadoras, como por exemplo, tempo de espera que a
área deve permanecer sem aplicar nenhum insumo agrícola; a burocracia para conseguir a
certificação, dependência de vistorias do certificador, entre outros aspectos.
Com base nas entrevistas realizadas verificou-se, que o maior problema se encontra
quando ocorre um ataque de pragas e/ou doenças e o produtor acaba aplicando produtos
químicos, o que resulta na não certificação da cana como cana orgânica.
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72
Na Tabela 17, encontra-se a receita bruta, o lucro operacional e o preço de equilíbrio,
para os cinco cortes da cultura da cana-de-açúcar. A receita bruta foi estimada em
R$4.620,00/ha para o primeiro corte e decresce conforme aumenta o mero de cortes, em
função da redução da produtividade. No quinto corte a receita bruta representa quase 60 % da
obtida no primeiro corte.
O maior lucro operacional, obtido no primeiro corte foi de R$ 1.131,99/ha no quinto
corte o lucro operacional é maior que os obtidos no terceiro e no quarto corte, devido à queda
no custo de produção que foi mais significativa no quinto corte.
O preço mínimo para cobrir os custos (preço de equibrio) obtido no primeiro corte
foi de R$ 31,71 por tonelada de cana, valor menor que o preço médio praticado em 2007 de
R$ 42,00/t.
O fluxo de caixa quido, considerando desde os custos com preparo do solo e plantio
da Crotalaria e implantação da cultura até o quinto corte, o valor presente quido e a taxa
interna de retorno podem ser observados na Tabela 18.
O resultado econômico foi positivo, o valor presente quido foi de R$ 1.646,37 e a
taxa interna de retorno de 24,09%.
Ao se comparar os sistemas convencional e orgânico, pode-se observar que para o
sistema convencional, e o mesmo tipo de colheita (mecanizada cana crua) o VPL foi de
R$508,25 e a TIR 14,19 %, resultados inferiores aos obtidos no sistema orgânico, que foi de
R$1.646,37 para o VPL e a TIR 24,09 %. Muito embora apresente resultados maiores, a
produção de cana orgânica nesta região ainda é muito restrita.
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73
Tabela 16. Custo operacional total e custo da colheita por hectare no sistema orgânico, considerando 5 cortes da cultura da cana-de-açúcar na região oeste do
Estado de São Paulo, 2007.
Corte 2º Corte 3º Corte Corte 5º Corte
COT
Custo
Colheita
COT
Custo
Colheita
COT Custo Colheita
COT
Custo
Colheita
COT
Custo
Colheita
3.488,01 1.614,80 3.400,93 1.409,28 3.151,91 1.233,12 3.077,24 1.101,00 2.281,24 954,20
Fonte: Dados da pesquisa
Tabela 17. Receita bruta, lucro operacional e preço de equilíbrio por hectare no sistema orgânico, considerando 5 cortes da cultura da cana-de-açúcar na
região oeste do Estado de São Paulo, 2007.
1º Corte 2º Corte 3º Corte 4º Corte 5º Corte
RB LO PE RB LO PE RB LO PE RB LO PE RB LO PE
4.620,00
1.131,99 31,71 4.032,00 631,07 35,43 3.528,00 376,09 37,08 3.150,00 72,76 41,03 2.730,00 448,76 35,10
Fonte: Dados da pesquisa
Tabela 18. Fluxo de caixa líquido por hectare, VPL e TIR no sistema orgânico, considerando 5 cortes da cultura da cana-de-açúcar na região oeste do Estado
de São Paulo, 2007.
Fluxo de Caixa Líquido
Implantação 1º Corte Corte 3º Corte Corte 5º Corte
VPL TIR
-3.765,40
1.885,07 1.384,15 1.129,17 825,84 1.201,84
1.646,30 24,09
Fonte: Dados da pesquisa
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74
Através dos resultados econômicos, pode-se observar que o cultivo da cana orgânica
apresentou resultados mais rentáveis quando comparados ao convencional, porém, sabe-se
que o manejo da cultura é diferente do sistema convencional, assim como é necessário possuir
certificado de produtos orgânicos e a comercialização desses produtos, não é o fácil, em
função de toda uma metodologia a ser cumprida.
Na Tabela 19 encontra-se uma relação com os produtos oriundos da cana-de-açúcar
orgânica encontrados nos mercados do Estado de São Paulo. Localizados na região oeste do
Estado temos a Univalem de Valparso e a Produtos Naturais Planeta Verde e Via Verde
Agroindustrial-Ltda, localizadas no munipio de Lucélia.
Tabela 19. Produtos orgânicos encontrados no Estado de São Paulo
AÇÚCAR
Companhia Albertina Mercantil e Industrial (certificada pelo IBD)
Fazenda São Miguel - Zona Rural - Sertãozinho / SP - CEP 14.160-970
Jalles Machado SA (certificado pelo IBD)
Alameda Ministro Rocha Azevedo, 1077 - Jardim Paulista - São Paulo / SP - CEP 01.421-001
Native / Usina São Francisco (certificado pela FVO)
Fazenda São Francisco - Caixa Postal 537- Sertãozinho / SP - CEP 14.160-000
Univalem Açúcar e Álcool (certificado pelo IBD)
Rod. Dr Plácido Rocha km 16 - Caixa postal 113 -Valparaíso / SP - CEP 16.880-000
AÇÚCAR MASCAVO
Alba USA Melaço Ltda. (certificado pelo IBD)
Fazenda Santa Paula - Rod. Raposo Tavares, Km 364,3 - Bairro Ribeirão Vermelho - Caixa Postal
93 - Chavantes / SP - CEP 18.970-000
Produtos Naturais Planeta Verde (certificado pela CMO)
Caixa Postal 189 - Lucélia / SP - CEP 17.780-000
AGUARDENTE
Aguardente Tiquara (certificado pelo IBD)
tio São Benedito - Jacuba - Arealva / SP - CEP 17.160-000
Cachaça Gabriela (certificado pela AAOCert)
Rod. Antonio Machado Sant'anna, km 13 - Cx Postal 21 - Bonfim Paulista - Ribeirão Preto / SP -
CEP 14.110-970
CANA-DE-AÇÚCAR
Produtos Naturais Planeta Verde Ltda (certificado pela IMO)
Caixa Postal 36 - Lucélia / SP - CEP 17.780-000
Via Verde Agroindustrial Ltda (certificado pela IMO)
Rua Pasqual Micali, 3129 Lucélia / SP – CEP 17.780-000
Fonte: www.planetaorgânico.com.br
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75
Existe potencial para o crescimento da produção de cana-de-açúcar orgânica, para
diferentes preferências, como por exemplo, o açúcar orgânico, conforme exigência de cada
mercado. Neste sentido, ainda falta muita informação do sistema orgânico e também sobre os
mercados consumidores, aos produtores e técnicos dos órgãos de extensão rural e assistência
técnica pública e privada.
Não apenas para o sistema orgânico, mas para qualquer outro, há necessidade de
mais pesquisas. Na tecnologia utilizada mais estudos cnicos e econômicos sobre preparo do
solo, uso de material orgânico: torta de filtro e vinhaça, plantio mecanizado, variedades que se
adaptem melhor às condições climáticas da região, corte mecanizado preservando a palhada
no solo, para aumentar a produtividade e a longevidade do canavial; no controle biológico da
Broca da Cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis) com a vespinha Cotesia flavipes e da
Cigarrinha da raiz (Mahanarva fimbriolata) com o fungo Metarhizium anisopliae, prática
utilizada no sistema orgânico; entre outros. Sem esquecer da responsabilidade que o produtor
(proprietário ou arrendatário de terras) tem com a preservação do meio ambiente, entre eles, a
área de Reserva Legal (20% da área total) e área de Preservação Permanente em áreas
próximas a cursos d’água e às margens dos rios.
As questões o muitas, o que permite inferir que outras análises devem ser
realizadas e aprofundadas sobre a cultura da cana-de-açúcar.
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76
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise dos dados obtidos na pesquisa permitiu, por um lado, caracterizar e analisar
economicamente a cultura da cana de açúcar tanto no sistema convencional, considerando
variações no seu cultivo e colheita, como no sistema orgânico e, por outro lado, analisar a
importância das despesas com colheita no custo operacional total, assim como na relevância
do preço praticado da tonelada da cana-de-açúcar na determinação da viabilidade desta
atividade, itens definidos pelo setor sucroalcooleiro.
Para implantação da cultura o valor foi 28,26 % maior no sistema orgânico, quando
comparado com o convencional e os custos de produção tamm foram maiores no sistema
orgânico, chegando esta diferença a pouco mais de 8 % no primeiro corte.
Dos quatro tipos de colheita estudados a colheita mecanizada cana crua foi a que
apresentou o maior custo, enquanto que o menor custo foi apresentado pela colheita manual
cana queimada. Devido à falta de mão-de-obra, encargos sociais altos, demandas judiciais,
principalmente exigências da legislação, as usinas estão aderindo à colheita mecanizada e,
desta forma, não deverão apresentar problemas no cumprimento da legislação (Lei.11.241, de
19 de setembro de 2002) que trata da eliminação total da queima.
As usinas nesta região são responsáveis praticamente por todo o processo de colheita,
desde o corte, carregamento até o transporte da produção, neste caso ficando o produtor sem
alternativas ou opções.
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77
Neste estudo, os custos com a implantação da cultura foram depreciados nos 5 cortes.
O sistema convencional apresentou resultados positivos tanto para o primeiro corte (devido à
maior produtividade), quanto nos 2º e 5º cortes, neste último, devido ao COT ser menor, uma
vez que não são realizados os tratos culturais.
Tomando por referência os preços médios praticados pela tonelada da cana em 2007,
nas regionais de Andradina, Aratuba e General Salgado, o maior lucro operacional,
observado no 1º corte, foi com a colheita manual cana queimada de R$ 1.278,91/ha e o menor
resultado econômico com a colheita mecanizada cana crua foi 16% inferior ao melhor
resultado.
No sistema orgânico os resultados foram mais satisfatórios, uma vez que o lucro
operacional foi positivo em todos os cortes.
Na análise de investimentos, considerando 5 cortes na cana-de-açúcar, os resultados
foram satisfatórios, o valor presente quido foi positivo em todos tratamentos e a maior taxa
interna de retorno foi de 22,63 % no sistema convencional, para colheita manual cana
queimada. Para colheita mecanizada cana crua no sistema convencional a TIR foi de 14,19 %
e no sistema orgânico o valor foi bem maior (24,09 %).
Outra questão relevante é o arrendamento de terras na rego. O menor preço da
tonelada de cana praticado em 2007, em função da redução de preços do açúcar e do álcool, já
pode ser observado no campo. Os produtores estão cautelosos com relação a arrendamentos
para novos plantios, devido ao ciclo de produção da cana, em média 6,0 anos e às incertezas
dos preços. A expansão da cultura e a instalação de novas usinas continuam tendo diminuído
o ritmo de investimentos do setor sucroalcooleiro na região. Outra questão relevante para o
freio neste setor foi a valorização de florestas plantadas, dos preços de grãos e da arroba do
boi verificada em 2007 e que, segundo previsões de analistas de mercado, deverão continuar
nos próximos anos.
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78
Muito embora, a cultura da cana-de-açúcar esteja sendo cultivada na região desde a
metade da década de 70, o seu crescimento foi mais expressivo nos últimos anos, ocupando
áreas de pastagens e provavelmente outras áreas ocupadas por grãos. Como a cultura da cana-
de-açúcar tamm compete por áreas com estas outras atividades, ações de curto, médio e
longo prazo devem ser tomadas por todo setor sucroalcooleiro no sentido de buscar resultados
que visem, além da redução de custos e aumento na produtividade da cana, maior
responsabilidade com as questões socioambientais.
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79
7. ILUSTRAÇÕES DA PESQUISA
Figura 6. Trator acoplado ao sulcador e adubador
Fonte: Dados da pesquisa.
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80
Figura 7. Trator acoplado ao aplicador de defensivos e cobridor
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 8. Plantio manual (distribuição da muda no sulco)
Fonte: Dados da pesquisa.
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Figura 9. Plantio manual (distribuição e corte da muda no sulco).
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 10. Área plantada
Fonte: Dados da pesquisa.
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Figura 11. Plantio mecanizado (sulcador da plantadora)
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 12. Plantadora (reservatório de defensivos)
Fonte: Dados da pesquisa.
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Figura 13. Plantadora (realizando sulcação, adubação, distribuição da
muda, aplicação do defensivo e cobertura do sulco)
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 14. Plantio mecanizado (transbordo abastecendo a plantadeira)
Fonte: Dados da pesquisa.
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Figura 15. Plantadora (cobrindo sulcos de plantio)
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 16. Plantadora (quebra lombo)
Fonte: Dados da pesquisa.
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85
Figura 17. Queima do canavial
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 18. Colheita manual cana queimada (corte)
Fonte: Dados da pesquisa.
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Figura 19. Colheita manual cana queimada (cana a ser carregada)
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 20. Colheita manual cana crua (corte)
Fonte: Dados da pesquisa.
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Figura 21. Colheita manual cana crua (corte)
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 22. Carregadora de cana
Fonte: Dados da pesquisa.
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88
Figura 23. Carregamento da cana crua
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 24. Carregamento da cana crua
Fonte: Dados da pesquisa.
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Figura 25. Colhedora de cana
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 26. Colheita mecanizada cana crua
Fonte: Dados da pesquisa.
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Figura 27. Colheita mecanizada cana crua
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 28. Colheita mecanizada cana crua
Fonte: Dados da pesquisa.
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Figura 29. Transbordo
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 30. Transbordo abastecendo os caminhões transportadores de cana
(biminhões)
Fonte: Dados da pesquisa.
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Figura 31. Transbordo abastecendo os caminhões transportadores
de cana (biminhões)
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 32. Aparelho de irrigação (auto propelido - aplicação de vinhaça)
Fonte: Dados da pesquisa.
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Figura 33. Aplicação de vinhaça na cana-de-açúcar
Fonte: Dados da pesquisa.
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105
ANEXOS
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106
ANEXOS A
Tabela A1.
Estimativa de custo operacional por hectare da cana convencional soca (2º corte),
colheita manual cana queimada, na região oeste do Estado de São Paulo, 2007.
Descrão Especif.
vezes
Qtd.
V. unit.
(R$).
V.Total
(R$)
A. Operações
Catação de bitucas HD 1,00
0,40
25,00
10,00
Enleiramento da palha HM 1,00
0,300
31,65
9,50
Cultivo Tríplice HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Aplicação de defensivos HM 1,00
1,00
34,40
34,40
Carpa mecânica e/ou quebra lombo HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Transp. m.o. p/ amost. do c. biogico km 1,00
1,70
2,06
3,50
Manutenção de carreadores: Motoniveladora HM 1,00
0,08
248,00
19,84
Transporte interno de insumos km 1,00
0,12
2,06
0,25
Transp. de mão-de-obra km 1,00
0,08
2,06
0,16
Arranquio de capim colonião HD 1,00
2,00
25,00
50,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Transp. Amostragem de cana: maturação km 1,00
1,70
2,06
3,50
Amostragem de cana: maturação HD 1,00
0,012
25,00
0,30
Total A
221,45
B.Colheita
Transporte de mão-de-obra para queima t 1,00
97,00
0,14
13,58
Queima da cana t 1,00
97,00
0,10
9,70
Corte da cana t 1,00
97,00
4,72
457,84
Carregamento
t 1,00
97,00
1,55
150,35
Reboque
t 1,00
97,00
1,80
174,60
Transporte
t 1,00
97,00
4,73
458,81
Total B
1.264,88
C. Material
Hexazinone kg 1,00
2,00
28,00
56,00
Tebutiuron L 1,00
2,00
38,00
76,00
Fipronil kg 1,00
0,20
7,00
1,40
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Fórmula 20-05-20 t 1,00
0,40
950,00
380,00
Total C 563,80
Custo Operacional Efetivo (COE) 2.050,13
Outras despesas 102,51
Arrendamento 396,60
Depreciação
587,14
Custo Operacional Total (COT) 3.136,38
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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107
Tabela A2. Estimativa de custo operacional por hectare da cana convencional soca (2º corte),
colheita manual cana crua, na região oeste do Estado de São Paulo, 2007
Descrão Especif.
Nº
vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações
Catação de bitucas HD 1,00
0,40
25,00
10,00
Enleiramento da palha HM 1,00
0,300
31,65
9,50
Cultivo Tríplice HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Aplicação de defensivos HM 1,00
1,00
34,40
34,40
Carpa mecânica e/ou quebra lombo HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Transp. m. o. p/ amostragem do c.
biológico
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Manutenção de carreadores:
Motoniveladora
HM 1,00
0,08
248,00
19,84
Transporte interno de insumos km 1,00
0,12
2,06
0,25
Transp. de mão-de-obra p/ arranquio de
colonião
km 1,00
0,08
2,06
0,16
Arranquio de capim colonião HD 1,00
2,00
25,00
50,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Transp. Amostragem de cana: maturação km 1,00
1,70
2,06
3,50
Amostragem de cana: maturação HD 1,00
0,012
25,00
0,30
Total A
221,45
B. Colheita
Corte da cana t 1,00
97,00
6,13
594,61
Carregamento
t 1,00
97,00
1,55
150,35
Reboque
t 1,00
97,00
1,80
174,60
Transporte
t 1,00
97,00
4,73
458,81
Total
1.378,37
C. Material
Hexazinone kg 1,00
2,00
28,00
56,00
Tebutiuron L 1,00
2,00
38,00
76,00
Fipronil kg 1,00
0,20
7,00
1,40
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Fórmula 20-05-20 t 1,00
0,40
950,00
380,00
Total C 563,80
Custo Operacional Efetivo (COE) 2.163,62
Outras despesas 108,18
Arrendamento 396,60
Depreciação
587,14
Custo Operacional Total (COT) 3.255,54
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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108
Tabela A3.
Estimativa de custo operacional por hectare da cana convencional soca (2º corte),
colheita mecanizada cana queimada, na região oeste do Estado de São Paulo,
2007.
Descrão Especif.
vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações
Catação de bitucas HD 1,00
0,40
25,00
10,00
Enleiramento da palha HM 1,00
0,30
31,65
9,50
Cultivo Tríplice HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Aplicação de defensivos HM 1,00
1,00
34,40
34,40
Carpa mecânica e/ou quebra lombo HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Transp. m. o. p/ amostragem do c.
biogico
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Manutenção de carreadores:
Motoniveladora
HM 1,00
0,08
248,00
19,84
Transporte interno de insumos km 1,00
0,12
2,06
0,25
Transp. de mão-de-obra p/ arranquio de
colono
km 1,00
0,08
2,06
0,16
Arranquio de capim colonião HD 1,00
2,00
25,00
50,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Transp. Amostragem de cana: maturação km 1,00
1,70
2,06
3,50
Amostragem de cana: maturação HD 1,00
0,012
25,00
0,30
Total A
221,45
B. Colheita
Transporte de mão-de-obra para queima t 1,00
97,00
0,14
13,58
Queima da cana t 1,00
97,00
0,10
9,70
Colhedora t
1,00
97,00
3,43
332,71
Transbordo t
1,00
97,00
4,10
397,70
Reboque
t
1,00
97,00
1,80
174,60
Transporte
t
1,00
97,00
4,73
458,81
Total B 1.387,10
C. Material
Hexazinone kg 1,00
2,00
28,00
56,00
Tebutiuron L 1,00
2,00
38,00
76,00
Fipronil kg 1,00
0,20
7,00
1,40
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Fórmula 20-05-20 t 1,00
0,40
950,00
380,00
Total C 563,80
Custo Operacional Efetivo (COE) 2.172,35
Outras despesas 108,62
Arrendamento 396,60
Depreciação
587,14
Custo Operacional Total (COT) 3.264,71
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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109
Tabela A4.
Estimativa de custo operacional por hectare da cana convencional soca (2º corte),
colheita mecanizada cana crua, na região oeste do Estado de São Paulo, 2007
Descrão Especif.
vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações
Catação de bitucas HD 1,00
0,40
25,00
10,00
Enleiramento da palha HM 1,00
0,30
31,65
9,50
Cultivo Tríplice HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Aplicação de defensivos HM 1,00
1,00
34,40
34,40
Carpa mecânica e/ou quebra lombo HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Transp. mão de obra p/ amostragem do c.
biogico
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Manutenção de carreadores:
Motoniveladora
HM 1,00
0,08
248,00
19,84
Transporte interno de insumos km 1,00
0,12
2,06
0,25
Transp. de mão-de-obra p/ arranquio de
colono
km 1,00
0,08
2,06
0,16
Arranquio de capim colonião HD 1,00
2,00
25,00
50,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Transp. Amostragem de cana: maturação km 1,00
1,70
2,06
3,50
Amostragem de cana: maturação HD 1,00
0,012
25,00
0,30
Total A
221,45
B. Colheita
Colhedora t
1,00
97,00
4,04
391,88
Transbordo t
1,00
97,00
4,10
397,70
Reboque
t
1,00
97,00
1,80
174,60
Transporte
t
1,00
97,00
4,73
458,81
Total B 1.422,99
C. Material
Hexazinone kg 1,00
2,00
28,00
56,00
Tebutiuron L 1,00
2,00
38,00
76,00
Fipronil kg 1,00
0,20
7,00
1,40
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Fórmula 20-05-20 t 1,00
0,40
950,00
380,00
Total C 563,80
Custo Operacional Efetivo (COE) 2.208,24
Outras despesas 110,41
Arrendamento 396,60
Depreciação
587,14
Custo Operacional Total (COT) 3.302,40
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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110
Tabela A5.
Estimativa de custo operacional por hectare da cana convencional soca (3º corte),
colheita manual cana queimada, na rego oeste do Estado de São Paulo, 2007.
Descrição Especif.
Nº vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações
Catação de bitucas HD 1,00
0,40
25,00
10,00
Enleiramento da palha HM 1,00
0,30
31,65
9,50
Cultivo Tríplice HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Frete: Calcário t 1,00
1,50
23,00
34,50
Aplicação de calcário HM 1,00
0,80
46,16
36,93
Mão-de-obra p/ aplic. calcário HD 1,00
0,02
83,27
1,67
Aplicação de defensivos HM 1,00
1,00
34,40
34,40
Carpa mecânica e/ou quebra lombo HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Transp. mão de obra p/ amostragem do c.
biológico
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Manutenção de carreadores:
Motoniveladora
HM 1,00
0,08
248,00
19,84
Transporte interno de insumos km 1,00
0,12
2,06
0,25
Transp. de mão-de-obra p/ arranquio de
colonião
km 1,00
0,08
2,06
0,16
Arranquio de capim colono HD 1,00
2,00
25,00
50,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Transp. Amostragem de cana: maturação km 1,00
1,70
2,06
3,50
Amostragem de cana: maturação HD 1,00
0,012
25,00
0,30
Total A
294,55
B. Colheita
Transporte de mão-de-obra para queima t 1,00
85,00
0,14
11,90
Queima da cana t 1,00
85,00
0,10
8,50
Corte da cana t 1,00
85,00
4,72
401,20
Carregamento t 1,00
85,00
1,55
131,75
Reboque t 1,00
85,00
1,80
153,00
Transporte t 1,00
85,00
4,73
402,05
Total B
1.108,40
C. Material
Calcário t 1,00
1,00
33,00
33,00
Hexazinone kg 1,00
2,00
28,00
56,00
Tebutiuron L 1,00
2,00
38,00
76,00
Fipronil kg 1,00
0,20
7,00
1,40
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Fórmula 20-05-20 t 1,00
0,40
950,00
380,00
Total C 596,80
Custo Operacional Efetivo (COE) 1.999,75
Outras despesas 99,99
Arrendamento 396,60
Depreciação
587,14
Custo Operacional Total (COT) 3.083,47
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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111
Tabela A6. Estimativa de custo operacional por hectare da cana convencional soca (3º corte),
colheita manual cana crua, na região oeste do Estado de São Paulo, 2007.
Descrição Especif. vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações
Catação de bitucas HD 1,00
0,40
25,00
10,00
Enleiramento da palha HM 1,00
0,30
31,65
9,50
Cultivo Tríplice HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Aplicação de defensivos HM 1,00
1,00
34,40
34,40
Carpa mecânica e/ou quebra lombo HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Transp. mão de obra p/ amostragem do c.
biogico
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Manutenção de carreadores:
Motoniveladora
HM 1,00
0,08
248,00
19,84
Transporte interno de insumos km 1,00
0,12
2,06
0,25
Transp. de mão-de-obra p/ arranquio de
colono
km 1,00
0,08
2,06
0,16
Arranquio de capim colonião HD 1,00
2,00
25,00
50,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Transp. Amostragem de cana: maturação km 1,00
1,70
2,06
3,50
Amostragem de cana: maturação HD 1,00
0,012
25,00
0,30
Total A
221,45
B.Colheita
Corte da cana t 1,00
85,00
6,13
521,05
Carregamento t 1,00
85,00
1,55
131,75
Reboque t 1,00
85,00
1,80
153,00
Transporte t 1,00
85,00
4,73
402,05
Total B
1.207,85
C. Material:
Calcário t 1,00
1,00
33,00
33,00
Hexazinone kg 1,00
2,00
28,00
56,00
Tebutiuron L 1,00
2,00
38,00
76,00
Fipronil kg 1,00
0,20
7,00
1,40
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Fórmula 20-05-20 t 1,00
0,40
950,00
380,00
Total C 596,80
Custo Operacional Efetivo (COE) 2.026,10
Outras despesas 101,31
Arrendamento 396,60
Depreciação
587,14
Custo Operacional Total (COT) 3.111,15
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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112
Tabela A7. Estimativa de custo operacional por hectare da cana convencional soca (3º corte),
colheita mecanizada cana queimada, na rego oeste do Estado de São Paulo, 2007.
Descrição Especif.
Nº
vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações
Catação de bitucas HD 1,00
0,40
25,00
10,00
Enleiramento da palha HM 1,00
0,30
31,65
9,50
Cultivo Tríplice HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Frete: Calcário t 1,00
1,50
23,00
34,50
Aplicação de calrio HM 1,00
0,80
46,16
36,93
Transp da mão-de-obra p/ aplic. calcário km 1,00
0,02
83,27
1,67
Aplicação de defensivos HM 1,00
1,00
34,40
34,40
Carpa mecânica e/ou quebra lombo HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Transp. mão de obra p/ amostragem do c.
biogico
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Manutenção de carreadores:
Motoniveladora
HM 1,00
0,08
248,00
19,84
Transporte interno de insumos km 1,00
0,12
2,06
0,25
Transp. de mão-de-obra p/ arranquio de
colonião
km 1,00
0,08
2,06
0,16
Arranquio de capim colonião HD 1,00
2,00
25,00
50,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Transp. Amostragem de cana: maturação km 1,00
1,70
2,06
3,50
Amostragem de cana: maturação HD 1,00
0,012
25,00
0,30
Total A
294,55
B. Colheita
Transporte de mão-de-obra para queima t 1,00
85,00
0,14
11,90
Queima da cana t 1,00
85,00
0,10
8,50
Corte da cana t 1,00
85,00
3,43
291,55
Transbordo t 1,00
85,00
4,1
348,50
Reboque t 1,00
85,00
1,80
153,00
Transporte t 1,00
85,00
4,73
402,05
Total
1.215,50
C. Material
Calcário t 1,00
1,00
33,00
33,00
Hexazinone kg 1,00
2,00
28,00
56,00
Tebutiuron L 1,00
2,00
38,00
76,00
Fipronil kg 1,00
0,20
7,00
1,40
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Fórmula 20-05-20 t 1,00
0,40
950,00
380,00
Total C 596,80
Custo Operacional Efetivo (COE) 2.106,85
Outras despesas 105,34
Arrendamento 396,60
Depreciação
587,14
Custo Operacional Total (COT) 3.195,93
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
113
Tabela A8. Estimativa de custo operacional por hectare da cana soca (3º corte), sistema
convencional, colheita mecanizada cana crua, na região oeste do Estado de São
Paulo, 2007.
Descrição Especif.
Nº
vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações
Catação de bitucas HD 1,00
0,40
25,00
10,00
Enleiramento da palha HM 1,00
0,300
31,65
9,50
Cultivo Tríplice HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Aplicação de defensivos HM 1,00
1,00
34,40
34,40
Carpa mecânica e/ou quebra lombo HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Transp. mão de obra p/ amostragem do c.
biogico
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Manutenção de carreadores:
Motoniveladora
HM 1,00
0,08
248,00
19,84
Transporte interno de insumos km 1,00
0,12
2,06
0,25
Transp. de mão-de-obra p/ arranquio de
colono
km 1,00
0,08
2,06
0,16
Arranquio de capim colonião HD 1,00
2,00
25,00
50,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Transp. Amostragem de cana: maturação km 1,00
1,70
2,06
3,50
Amostragem de cana: maturação HD 1,00
0,012
25,00
0,30
Total A t
221,45
B. Colheita t
Colhedora t 1,00
85,00
4,04
343,40
Transbordo t 1,00
85,00
4,1
348,50
Reboque t 1,00
85,00
1,80 153,00
Transporte t 1,00
85,00
4,73 402,05
Total B
1.246,95
C. Material
Calcário t 1,00
1,00
33,00
33,00
Hexazinone kg 1,00
2,00
28,00
56,00
Tebutiuron L 1,00
2,00
38,00
76,00
Fipronil kg 1,00
0,20
7,00
1,40
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Fórmula 20-05-20 t 1,00
0,40
950,00
380,00
Total C 596,80
Custo Operacional Efetivo (COE) 2.065,20
Outras despesas 103,26
Arrendamento 396,60
Depreciação 587,14
Custo Operacional Total (COT) 3.152,20
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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114
Tabela A9.
Estimativa de custo operacional por hectare da cana convencional soca (4º corte),
colheita manual cana queimada, na região oeste do Estado de São Paulo, 2007
Descrão Especif.
vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações
Catação de bitucas HD 1,00
0,40
25,00
10,00
Enleiramento da palha HM 1,00
0,30
31,65
9,50
Cultivo Tríplice HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Aplicação de defensivos HM 1,00
1,00
34,40
34,40
Carpa mecânica e/ou quebra lombo HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Transp. mão de obra p/ amostragem do
c. biológico
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Manutenção de carreadores:
Motoniveladora
HM 1,00
0,08
248,00
19,84
Transporte interno de insumos km 1,00
0,12
2,06
0,25
Transp. de mão-de-obra p/ arranquio de
colono
km 1,00
0,08
2,06
0,16
Arranquio de capim colonião HD 1,00
2,00
25,00
50,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Transp. Amostragem de cana:
maturação
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Amostragem de cana: maturação HD 1,00
0,012
25,00
0,30
Total A
221,45
B. Colheita
Transporte de mão-de-obra para queima
t 1,00
72,00
0,14
10,08
Queima da cana t 1,00
72,00
0,10
7,20
Corte da cana t 1,00
72,00
4,72
339,84
Carregamento t 1,00
72,00
1,55
111,60
Reboque t 1,00
72,00
1,80
129,60
Transporte t 1,00
72,00
4,73
340,56
Total B
938,88
C. Material
Hexazinone kg 1,00
2,00
28,00
56,00
Tebutiuron L 1,00
2,00
38,00
76,00
Fipronil kg 1,00
0,20
7,00
1,40
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Fórmula 20-05-20 t 1,00
0,40
950,00
380,00
Total C 563,80
Custo Operacional Efetivo (COE) 1.724,13
Outras despesas 86,21
Arrendamento 396,60
Depreciação
587,14
Custo operacional total (COT) 2.794,08
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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115
Tabela A10. Estimativa de custo operacional por hectare da cana convencional soca (4º
corte), colheita manual cana crua, na região oeste do Estado de São Paulo,
2007.
Descrão Especif.
Nº
vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações
Catação de bitucas HD 1,00
0,40
25,00
10,00
Enleiramento da palha HM 1,00
0,30
31,65
9,50
Cultivo Tríplice HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Aplicação de defensivos HM 1,00
1,00
34,40
34,40
Carpa mecânica e/ou quebra lombo HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Transp. mão de obra p/ amostragem do
c. biológico
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Manutenção de carreadores:
Motoniveladora
HM 1,00
0,08
248,00
19,84
Transporte interno de insumos km 1,00
0,12
2,06
0,25
Transp. de mão-de-obra p/ arranquio
de colonião
km 1,00
0,08
2,06
0,16
Arranquio de capim colonião HD 1,00
2,00
25,00
50,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Transp. Amostragem de cana:
maturação
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Amostragem de cana: maturação HD 1,00
0,012
25,00
0,30
Total A
221,45
B.Colheita
Corte da cana t 1,00
72,00
6,13
441,36
Carregamento t 1,00
72,00
1,55
111,60
Reboque t 1,00
72,00
1,80
129,60
Transporte t 1,00
72,00
4,73
340,56
Total B t
1.023,12
C. Material
Hexazinone kg 1,00
2,00
28,00
56,00
Tebutiuron L 1,00
2,00
38,00
76,00
Fipronil kg 1,00
0,20
7,00
1,40
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Fórmula 20-05-20 t 1,00
0,40
950,00
380,00
Total C 563,80
Custo Operacional Efetivo (COE) 1.808,37
Outras despesas 90,42
Arrendamento 396,60
Depreciação
587,14
Custo Operacional Total (COT) 2.882,53
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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116
Tabela A11. Estimativa de custo operacional/ha da cana convencional soca (4º corte),
colheita mecanizada cana queimada, na região oeste do Estado de São Paulo,
2007.
Descrão Especif.
vezes
Qtd.
V. unit
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações
Catação de bitucas HD 1,00
0,40
25,00
10,00
Enleiramento da palha HM 1,00
0,30
31,65
9,50
Cultivo Tríplice HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Aplicação de defensivos HM 1,00
1,00
34,40
34,40
Carpa mecânica e/ou quebra lombo HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Transp. mão de obra p/ amostragem do
c. biológico
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Manutenção de carreadores:
Motoniveladora
HM 1,00
0,08
248,00
19,84
Transporte interno de insumos km 1,00
0,12
2,06
0,25
Transp. de mão-de-obra p/ arranquio de
colono
km 1,00
0,08
2,06
0,16
Arranquio de capim colonião HD 1,00
2,00
25,00
50,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Transp. Amostragem de cana:
maturação
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Amostragem de cana: maturação HD 1,00
0,012
25,00
0,30
Total A
221,45
B. Colheita
Colhedora t 1,00
72,00
3,43
246,96
Transbordo t 1,00
72,00
4,1
295,20
Reboque t 1,00
72,00
1,80 129,60
Transporte t 1,00
72,00
4,73 340,56
Total B
1.012,32
C Material
Hexazinone kg 1,00
2,00
28,00
56,00
Tebutiuron L 1,00
2,00
38,00
76,00
Fipronil kg 1,00
0,20
7,00
1,40
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Fórmula 20-05-20 t 1,00
0,40
950,00
380,00
Total C 563,80
Custo Operacional Efetivo (COE) 1.797,57
Outras despesas 89,88
Arrendamento 396,60
Depreciação
587,14
Custo Operacional Total (COT) 2.871,19
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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117
Tabela A12.
Estimativa de custo operacional/ha da cana convencional soca (4º corte),
colheita mecanizada cana crua, na região oeste do Estado de São Paulo, 2007
Descrão Especif.
vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V.Total
(R$)
A. Operações
Catação de bitucas HD 1,00
0,40
25,00
10,00
Enleiramento da palha HM 1,00
0,30
31,65
9,50
Cultivo Tríplice HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Aplicação de defensivos HM 1,00
1,00
34,40
34,40
Carpa mecânica e/ou quebra lombo HM 1,00
0,67
53,36
35,75
Transp. mão de obra p/ amostragem do
c. biológico
Km 1,00
1,70
2,06
3,50
Manutenção de carreadores:
Motoniveladora
HM 1,00
0,08
248,00
19,84
Transporte interno de insumos km 1,00
0,12
2,06
0,25
Transp. de mão-de-obra p/ arranquio de
colono
km 1,00
0,08
2,06
0,16
Arranquio de capim colonião HD 1,00
2,00
25,00
50,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Transp. Amostragem de cana:
maturação
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Amostragem de cana: maturação HD 1,00
0,012
25,00
0,30
Total A
221,45
B. Colheita
Colhedora t 1,00
72,00
4,04
290,88
Transbordo t 1,00
72,00
4,1
295,20
Reboque t 1,00
72,00
1,80 129,60
Transporte t 1,00
72,00
4,73 340,56
Total B
1.056,24
C Material
Hexazinone kg 1,00
2,00
28,00
56,00
Tebutiuron L 1,00
2,00
38,00
76,00
Fipronil kg 1,00
0,20
7,00
1,40
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Fórmula 20-05-20 t 1,00
0,40
950,00
380,00
Total C 563,80
Custo Operacional Efetivo (COE) 1.841,49
Outras despesas 92,07
Arrendamento 396,60
Depreciação
587,14
Custo Operacional Total (COT) 2.917,31
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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118
Tabela A13. Estimativa de custo operacional/ha da cana convencional soca (5º corte),
colheita manual cana queimada, na região oeste do Estado de São Paulo, 2007.
Descrão Especif.
vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações
Catação de bitucas HD 1,00
0,40
25,00
10,00
Total A
10,00
B. Colheita
Transporte de mão-de-obra para
queima
t 1,00
65,00
0,14
9,10
Queima da cana t 1,00
65,00
0,10
6,50
Corte da cana t 1,00
65,00
4,72
306,80
Carregamento
t 1,00
65,00
1,55
100,75
Reboque
t 1,00
65,00
1,80
117,00
Transporte
t 1,00
65,00
4,73
307,45
Total B
847,60
C. Material
Total C
Custo Operacional Efetivo (COE) 857,60
Outras despesas 42,88
Arrendamento 396,60
Depreciação
587,14
Custo Operacional Total (COT) 1.884,22
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
Tabela B14.
Estimativa de custo operacional/ha da cana convencional soca (5º corte),
colheita manual cana crua, na região oeste do Estado de São Paulo, 2007
Descrão Especif.
vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações
Catação de bitucas HD 1,00
0,40
25,00
10,00
Total A
10,00
B Colheita
Corte da cana t 1,00
65,00
6,13
398,45
Carregamento
t 1,00
65,00
1,55
100,75
Reboque
t 1,00
65,00
1,80
117,00
Transporte
t 1,00
65,00
4,73
307,45
Total B
923,65
C. Material
Total C
Custo Operacional Efetivo (COE) 933,65
Outras despesas 46,68
Arrendamento 396,60
Depreciação
587,14
Custo Operacional Total (COT) 1.964,07
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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119
Tabela A15. Estimativa de custo operacional/ha da cana convencional soca (5º corte), colheita
mecanizada cana queimada, na região oeste do Estado de São Paulo, 2007.
Descrão Especif.
vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V.Total
(R$)
A. Operações
Catação de bitucas HD 1,00
0,40
25,00
10,00
Total A
10,00
B. Colheita
Transporte de mão-de-obra para queima t 1,00
65,00
0,14
9,10
Queima da cana t 1,00
65,00
0,10
6,50
Corte da cana t 1,00
65,00
3,43
222,95
Transbordo t
1,00
65,00
4,1
266,50
Reboque
t
1,00
65,00
1,80
117,00
Transporte
t
1,00
65,00
4,73
307,45
Total B
929,50
C. Material
Total C
Custo Operacional Efetivo (COE) 939,50
Outras despesas 46,98
Arrendamento 396,60
Depreciação
587,14
Custo Operacional Total (COT) 1.970,22
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
Tabela A16. Estimativa de custo operacional/ha da cana soca (5º corte), sistema
convencional, colheita mecanizada cana crua, na região oeste do Estado de
São Paulo, 2007.
Descrão Especif.
Nº
vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações
Catação de bitucas HD 1,00
0,40
25,00
10,00
Total A
10,00
B. Colheita
Colhedora t 1,00
65,00
4,04
262,60
Transbordo t
1,00
65,00
4,1
266,50
Reboque
t
1,00
65,00
1,80
117,00
Transporte
t
1,00
65,00
4,73
307,45
Total B
953,55
C Material
Total C
Custo Operacional Efetivo (COE) 963,55
Outras despesas 48,18
Arrendamento 396,60
Custo Operacional Total (COT) 1.995,47
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120
Tabela A17. Estimativa de custo operacional/ha da cana orgânica soca (2º corte), colheita
mecanizada, na região oeste do Estado de São Paulo, 2007.
Descrão Especif.
Nº
vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações mecanizadas
Tratos culturais
Aplicação de vinhaça (230 /ha m
3
) m
3
1,00
230,00
0,96
220,80
Aplicação de calcário HM 1,00
0,80
48,25
38,60
Frete: Calcário t 1,00
1,50
23,00
34,50
Transp. mão de obra p/ amostragem de
cigarrinha
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Controle cigarrinha: HM 1,00
0,40
46,00
18,40
Roçagem de carreadores HM 1,00
0,80
29,16
23,33
Transp. de mão-de-obra para capina km 1,00
0,08
2,06
0,16
Total A
339,29
B. Colheita
Colhedora t 1,00
96,00
4,3
412,80
Transbordo t 1,00
96,00
4,1
393,60
Reboque t 1,00
96,00
1,55
148,80
Transporte (distância média: 25 km) t 1,00
96,00
4,73
454,08
Total B 1.409,28
C Operações manuais
Tratos culturais
Capina manual HD 1,00
8,00
25,00
200,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Amostragem cigarrinha HD 1,00
0,16
25,00
4,00
Total C
222,50
D Material
Insumos:
Calcário t 1,00
1,50
33,00
49,50
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Metharizium anisopiae kg 1,00
9,00
8,00
72,00
Isca orgânica kg 1,00
0,12
9,00
1,08
Total D 172,98
Custo Operacional Efetivo (COE) 2.144,05
Outras despesas 107,20
Arrendamento 396,60
Depreciação
753,08
Custo Operacional Total (COT) 3.400,93
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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121
Tabela A18. Estimativa de custo operacional/ha da cana orgânica soca (3º corte), colheita
mecanizada, na região oeste do Estado de São Paulo, 2007.
Descrão Especif.
vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações mecanizadas
Tratos culturais
Aplicação de vinha (230 m
3
/ha) m
3
1,00
230,00
0,96
220,80
Aplicação de gesso HM 1,00
0,80
48,25
38,60
Frete: Gesso t 1,00
1,00
23,00
23,00
Transp. mão de obra p/ amostragem de
cigarrinha
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Controle cigarrinha: HM 1,00
0,40
46,00
18,40
Roçagem dos carreadores HM 1,00
0,80
29,16
23,33
Transp. de mão-de-obra para capina km 1,00
0,08
2,06
0,16
Total A
327,79
B.Colheita
Colhedora t 1,00
84,00
4,3
361,20
Transbordo t 1,00
84,00
4,1
344,40
Reboque t 1,00
84,00
1,55
130,20
Transporte (distância média: 25 km) t 1,00
84,00
4,73
397,32
Total B 1.233,12
C Operões manuais
Tratos culturais:
Capina manual HD 1,00
8,00
25,00
200,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Amostragem cigarrinha HD 1,00
0,16
25,00
4,00
Total C
222,50
D Material
Insumos:
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Metharizium anisopiae kg 1,00
9,00
8,00
72,00
Isca orgânica kg 1,00
0,12
9,00
1,08
Total D 123,48
Custo Operacional Efetivo (COE) 1.906,89
Outras despesas 95,34
Arrendamento 396,60
Depreciação 753,08
Custo Operacional total (COT) 3.151,91
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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122
Tabela A19. Estimativa de custo operacional/ha da cana orgânica soca (4º corte), colheita
mecanizada, na região oeste do Estado de São Paulo, 2007.
Descrão Especif.
vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações mecanizadas
Tratos culturais
Aplicação de vinhaça (230 m
3
/ha) m
3
1,00
230,00
0,96
220,80
Aplicação de calcário HM 1,00
0,80
48,25
38,60
Frete: Calcário t 1,00
1,50
23,00
34,50
Transp. mão de obra p/ amostragem de
cigarrinha
km 1,00
1,70
2,06
3,50
Controle cigarrinha: HM 1,00
0,40
46,00
18,40
Roçagem dos carreadores HM 1,00
0,80
29,16
23,33
Transp. de mão-de-obra para capina km 1,00
0,08
2,06
0,16
Total A
339,29
B.Colheita
Colhedora t
1,00
75,00
4,3
322,50
Transbordo t
1,00
75,00
4,1
307,50
Reboque
t 1,00
75,00
1,55
116,25
Transporte (distância média: 25 km)
t 1,00
75,00
4,73
354,75
Total B 1.101,00
C Operações manuais
Tratos culturais:
Capina manual HD 1,00
8,00
25,00
200,00
Combate a formiga HD 1,00
0,24
25,00
6,00
Controle biológico HD 1,00
0,50
25,00
12,50
Amostragem cigarrinha HD 1,00
0,16
25,00
4,00
Total C
222,50
D Material
Insumos:
Calcário t 1,00
1,50
33,00
49,50
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Metharizium anisopiae kg 1,00
9,00
8,00
72,00
Isca orgânica kg 1,00
0,12
9,00
1,08
Total D 172,98
Custo Operacional Efetivo (COE) 1.835,77
Outras despesas 91,79
Arrendamento 396,60
Depreciação
753,08
Custo Operacional Total (COT) 3.077,24
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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123
Tabela A20. Estimativa de custo operacional/ha da cana orgânica soca (5º corte), colheita
mecanizada, na região oeste do Estado de São Paulo, 2007.
Descrão Especif.
Nº
vezes
Qtd.
V. unit.
(R$)
V. Total
(R$)
A. Operações mecanizadas
Tratos culturais
B.Colheita
Colhedora t
1,00
65,00
4,3
279,50
Transbordo t
1,00
65,00
4,1
266,50
Reboque
t 1,00
65,00
1,55
100,75
Transporte (distância média: 25 km)
t 1,00
65,00
4,73
307,45
Total B 954,20
C. Operações manuais
D Materiais
Cotésia flavipes un 3,00
6,00
2,80
50,40
Metharizium anisopiae kg 1,00
9,00
8,00
72,00
Isca orgânica kg 1,00
0,12
9,00
1,08
Total D 123,48
Custo Operacional Efetivo (COE) 1.077,68
Outras despesas 53,88
Arrendamento 396,60
Depreciação
753,08
Custo Operacional Total (COT) 2.281,24
Fonte: Dados da pesquisa HM= hora máquina HD= homem dia
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124
ANEXO B
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125
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126
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127
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130
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133
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134
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135
ANEXO C
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136
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137
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