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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA
CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO QUÍMICO
DE PLANTAS DO NORDESTE DO BRASIL:
Erythroxylum barbatum O. E. Schulz, Erythroxylum amplifolium (Mart.) O.
E. Schulz (ERYTHROXYLACEAE) e Croton sonderianus Muell. Arg.
(EUPHORBIACEAE)
Cláudio Costa dos Santos
TESE DE DOUTORADO
FORTALEZA – CEARÁ
2007
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CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO QUÍMICO DE PLANTAS DO NORDESTE
DO BRASIL: Erythroxylum barbatum O. E. Schulz, Erythroxylum amplifolium (Mart.)
O. E. Schulz (ERYTHROXYLACEAE) e Croton sonderianus Muell. Arg.
(EUPHORBIACEAE)
Cláudio Costa dos Santos
Tese submetida à Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Química
Orgânica, como requisito parcial para a obtenção do Título de Doutor
Universidade Federal do Ceará
Departamento de Química Orgânica e Inorgânica
FORTALEZA – CEARÁ
2007
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Trabalho realizado sob a orientação do Profa. Dra. Mary Anne Sousa Lima e co-
orientação do Prof. Dr. Edilberto Rocha Silveira do Departamento de Química Orgânica e
Inorgânica, da Universidade Federal do Ceará
.
Ao meu pai, Manoel Pereira dos Santos,
que sonhava ver um filho “formado Doutor”.
AGRADECIMENTOS
A Prof
a
. Mary Anne Sousa Lima, pela contribuição valorosa, zelo, e paciência, virtudes que
tornaram possível à realização deste trabalho.
Ao Prof. Edilberto R. Silveira pela co-orientação, pela parceria no trabalho com o óleo
essencial de “marmeleiro preto” e coleta do material das demais plantas estudadas. Sim, os
conselhos e repreendas que nos fizeram chegar até aqui.
Aos botânicos, Prof. Afrânio Gomes Fernandes, pela contribuição na identificação botânica
da espécie E. barbatum, Prof. Edson Paula Nunes pela identificação da espécie Croton
sonderianus e a Prof
a
. Maria Iracema Bezerra Loiola pela identificação de E. amplifolium e
pelas referências sobre o gênero Erythroxylum.
A Prof
a
. Francisca Soares de Araújo por nos ceder o material vegetal de E. amplifolium.
Ao Prof. Carlos Alberto de Simoni pela valorosa contribuição com o experimento de
Cristalografia de Raio-X.
Ao Prof. Raimundo Braz Filho por conseguir revelar os mistérios da espectroscopia quando
nos mostramos incapazes de desvendar os seus segredos.
Ao Dr. Rao e sua equipe pelo teste de atividade antinociceptiva com o óleo de “marmeleiro
preto”.
Ao Prof. Ronaldo Nascimento (conterrâneo), que nos iniciou nas técnicas modernas de
cromatografia e ao qual eu devo meu emprego atual.
Aos funcionários da UFC, em especial a Mundinha”, Tia Lana”, Seu Pauloe a Célia -
a quem sempre dei trabalho na hora de fazer a matricula - que nos auxiliam e convivem
conosco diariamente.
A minha esposa Joelcy Linhares de Araújo que perdeu valiosas horas de sono para que este
trabalho fosse concluído.
A todos os amigos (as), em especial a Maria Conceição Lobo Lima Dona Loba”, que
tornam a vida prazerosa até nos dias mais difíceis.
A agora Farmacêutica e mais nova aluna de Mestrado em Química Orgânica, Roberta Érica
Sousa Silva pela contribuição na bancada como aluna de Iniciação Científica.
Não posso esquecer das “dicas” do Daniel Esdras de Andrade Uchôa, que nos permitiu, por
um tempo, o privilégio de operar os equipamentos de RMN do CENAUREMN.
Ao CNPq, CAPES, FINEP, FUNCAP, PRONEX, pela concessão de bolsas e recursos
financeiros.
vi
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS..........................................................................................
x
LISTA DE FIGURAS........................................................................................................
xi
LISTA DE FLUXOGRAMAS.......................................................................................... xix
LISTA DE QUADROS......................................................................................................
xix
LISTA DE TABELAS.......................................................................................................
xx
RESUMO...........................................................................................................................
xxiii
ABSTRACT.......................................................................................................................
xxv
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................
02
2. CONSIDERAÇÕES BOTÂNICAS............................................................................
05
2.1. Considerações botânicas sobre a família Erythroxylaceae e o gênero
Erythroxylum......................................................................................................................
05
2.2. Descrição botânica sobre a espécie Erythroxylum barbatum.....................................
06
2.3. Descrição botânica sobre a espécie Erythroxylum amplifolium..................................
09
2.4. Considerações taxonômicas sobre a família Euphorbiaceae.......................................
11
2.5 Considerações botânicas sobre o gênero Croton.........................................................
12
2.6. Descrição botânica de Croton sonderianus................................................................
13
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE OS CONSTITUINTES NÃO-
VOLÁTEIS DO GÊNERO ERYTHROXYLUM E DOS CONSTITUINTES
VOLÁTEIS DO GÊNERO CROTON............................................................................
16
3.1. Revisão bibliográfica dos constituintes químicos voláteis isolados a partir do
gênero Croton....................................................................................................................
16
3.2. Revisão bibliográfica dos constituintes químicos não-voláteis isolados a partir do
gênero Erythroxylum..........................................................................................................
50
4. DETERMINAÇÃO ESTRUTURAL......................................................................... 74
4.1. Determinação estrutural dos constituintes não-voláteis de espécies do gênero
Erythroxylum......................................................................................................................
74
4.1.1. Determinação estrutural de EB
1
...............................................................................
74
4.1.2. Determinação estrutural de EB
2
.............................................................................. 77
4.1.3. Determinação estrutural de EB
3
...............................................................................
88
4.1.4. Determinação estrutural de EB
4
...............................................................................
97
4.1.5. Determinação estrutural de EB
5
...............................................................................
102
vii
4.1.6. Determinação estrutural de EB
6
...............................................................................
116
4.1.7. Determinação estrutural de EB
7
...............................................................................
126
4.1.8. Determinação estrutural de EB
8
...............................................................................
131
4.1.9. Determinação estrutural de EB
9
...............................................................................
136
4.1.10. Determinação estrutural de EB
10
........................................................................... 146
4.1.11. Determinação estrutural de EB
11
........................................................................... 157
4.1.12. Determinação estrutural de EB
12
........................................................................... 163
4.1.13. Determinação estrutural de EB
13
........................................................................... 172
4.1.14. Determinação estrutural de EA
1
.............................................................................
176
4.1.15. Determinação estrutural de EA
2
.............................................................................
186
4.1.16. Determinação estrutural de EA
3
.............................................................................
191
4.1.17. Determinação estrutural de EA
4
.............................................................................
196
4.2. Identificação dos componentes químicos voláteis majoritários das folhas de
Croton sonderianus............................................................................................................
201
4.2.1. Estudo da composição química do óleo essencial das folhas de Croton
sonderianus de uma mesma população..............................................................................
201
5. PARTE EXPERIMENTAL........................................................................................
223
5.1. Material vegetal.......................................................................................................... 223
5.1.1. Erythroxylum barbatum O. E. Schulz (Erythroxylaceae)…………………………
223
5.1.2. Erythroxylum amplifolium (Mart) O. E. Schulz (Erythroxylaceae)……………… 223
5.1.3. Croton sonderianus Muell. Arg. (Euphorbiaceae).................................................. 223
5.2. Métodos cromatográficos............................................................................................
224
5.2.1. Cromatografia Líquida Gravitacional em Coluna Aberta (CC)...............................
224
5.2.2. Cromatografia em Camada Delgada Analítica (CCD)............................................ 224
5.2.3. Cromatografia de Exclusão Molecular....................................................................
225
5.2.4. Cromatografia Líquida em Coluna sob Pressão (Flash)..........................................
225
5.3. Métodos Espectrométricos..........................................................................................
225
5.3.1. Espectrometria de Massas (EM)..............................................................................
225
5.3.2. Espectrometria com Detector de Ionização em Chamas (DIC)...............................
226
5.3.3. Espectroscopia na Região do Infravermelho (IV)....................................................
226
5.3.4. Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear (RMN)...................................
226
5.4. Métodos para obtenção dos dados físicos...................................................................
228
5.4.1. Ponto de Fusão (p.f.)................................................................................................
228
viii
5.4.2. Rotação ótica e específica........................................................................................
228
5.5. Isolamento dos constituintes químicos de Erythroxylum barbatum...........................
228
5.5.1. Obtenção dos extratos do lenho do caule: EBLCH e EBLCE.................................
228
5.5.1.1. Fracionamento preliminar do extrato etanólico do lenho do caule de
Erythroxylum barbatum – EBLCE....................................................................................
229
5.5.1.2. Fracionamento cromatográfico de EBLCE–A: Isolamento de EB
1
, EB
2
, EB
3
, e
EB
4
.....................................................................................................................................
230
5.5.2. Obtenção dos extratos das cascas das raízes: EBRH e EBRE.................................
231
5.5.2.1. Fracionamento preliminar do extrato hexânico das cascas das raízes de
Erythroxylum barbatum – EBRH......................................................................................
232
5.5.2.2. Fracionamento cromatográfico de EBRH–D: Isolamento de EB
5
e EB
6
..............
233
5.5.2.3. Fracionamento cromatográfico de EBRH–A: Isolamento de EB
7
, EB
8
e EB
9
.....
233
5.5.2.4. Particionamento líquido/líquido do extrato etanólico das cascas das raízes de
Erythroxylum barbatum – EBRE.......................................................................................
234
5.5.2.5. Fracionamento cromatográfico de EBRE–C: Isolamento de EB
10
.......................
235
5.5.3. Obtenção dos extratos das cascas do caule: EBCH e EBCE...................................
236
5.5.3.1. Fracionamento preliminar do extrato hexânico das cascas das raízes de
Erythroxylum barbatum – EBCH......................................................................................
237
5.5.3.2. Fracionamento cromatográfico de EBCH–H: Isolamento de EB
11
e EB
12
...........
238
5.5.4. Obtenção dos extratos hexânico e etanólico das folhas: EBFH e EBFE.................
239
5.5.4.1. Fracionamento preliminar do extrato hexânico das folhas de Erythroxylum
barbatumEBFH..............................................................................................................
240
5.5.4.2. Fracionamento cromatográfico de EBFH–HD: Isolamento de EB
13
e EB
14
........ 240
5.5.5. Obtenção dos extratos hexânico e etanólico das folhas de E. amplifolium
:
EAFH e EAFE...................................................................................................................
241
5.5.5.1. Fracionamento preliminar do extrato hexânico das folhas de Erythroxylum
amplifolium – EAFH..........................................................................................................
242
5.5.5.2. Fracionamento cromatográfico de EAFH–H
2
: Isolamento de EA
1
...................... 243
5.5.5.3. Fracionamento cromatográfico de EAFH–D: Isolamento de EA
2
........................
243
5.5.5.4. Fracionamento preliminar do extrato etanólico das folhas de Erythroxylum
amplifolium – EAFE..........................................................................................................
244
5.5.5.5. Fracionamento preliminar de EAFE–A................................................................
244
5.5.5.6. Fracionamento cromatográfico de EAFE–AA: Isolamento de EA
3
.....................
245
5.5.5.7. Fracionamento cromatográfico de EAFE–AM: Isolamento de EA
4
.....................
245
5.6. Estudo dos constituintes voláteis dos espécimens de Croton sonderianus.................
247
5.6.1. Análise comparativa dos constituintes voláteis de Croton sonderianus..................
247
5.6.2. Obtenção dos óleos essenciais da espécie Croton sonderianus...............................
247
5.6.3. Investigação dos quimiotipos de Croton sonderianus.............................................
249
ix
6. CONCLUSÕES............................................................................................................
251
7. CONSTANTES FÍSICAS............................................................................................
254
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................
272
x
LISTA DE ABREVIATURA
BB Broad-band
CC Cromatografia Líquida Gravitacional em Coluna Aberta
CCD Cromatografia em Camada Delgada
CG/EM Cromatografia Gasosa acoplado a Espectrometria de Massa
COSY Correlated Spectroscopy
CS Croton sonderianus
DEPT Distortionless Enhancement by Polarization Transfer
DIC Detector de Ionização em Chamas
EBLCE Erythroxylum barbatum Extrato Etanólico do Lenho do Caule
EBLCH Erythroxylum barbatum Extrato Hexânico do Lenho do Caule
EBRE Erythroxylum barbatum Extrato Etanólico das Raízes
EBRH Erythroxylum barbatum Extrato Hexânico das Raízes
EBCH Erythroxylum barbatum Extrato Hexânico das Cascas do Caule
EBFE Erythroxylum barbatum Extrato Etanólico das Folhas
EBFH Erythroxylum barbatum Extrato Hexânico das Folhas
EAFE Erythroxylum amplifolium Extrato Etanólico das Folhas
EAFH Erythroxylum amplifolium Extrato Hexânico das Folhas
EM Espectro de Massas
HMBC Heteronuclear Multiple Bond Correlation
HMQC Heteronuclear Multiple Quantum Coherence
IV Infravermelho
NOESY Nuclear Overhauser Effect Spectroscopy
p.f. Ponto de Fusão
RMN
1
H Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio
RMN
13
C Ressonância Magnética Nuclear de Carbono-13
xi
LISTA DE FIGURAS
Figura 1
Fotografia da espécie Erythroxylum barbatum O. E. Schulz, em seu habitat
natural, com destaque para folhas e botões florais.........................................
07
Figura 2
Desenho de partes de Erythroxylum barbatum O. E. Schulz
.........................
08
Figura 3
Desenho de partes de Erythroxylum amplifolium (Mart.) O. E. Schulz. A
habitus; B – detalhe de um ramo com botões e estípulas; C – flor brevistila;
D – flor longistila; E – fruto...........................................................................
10
Figura 4
Fotografia da espécie Croton sonderianus Muell. Arg., em seu habitat
natural.............................................................................................................
14
Figura 5
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de EB
1
..........................................
76
Figura 6
Principais correlações no espectro de HMBC de EB
2
....................................
79
Figura 7
Principais correlações do espectro COSY de EB
2
..........................................
79
Figura 8
Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
2
.....................................
81
Figura 9
Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CD
3
OD) de EB
2
........................................
81
Figura 10
Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CD
3
OD) de EB
2
................................
82
Figura 11
Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CD
3
OD) de EB
2
....................
82
Figura 12
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H COSY (500 MHz, CD
3
OD) de
EB
2
..................................................................................................................
83
Figura 13
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMQC (500, 125 MHz, CD
3
OD)
de EB
2
.............................................................................................................
84
Figura 14
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (500, 125 MHz, CD
3
OD)
de EB
2
.............................................................................................................
85
Figura 15
Principais correlações do espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC
(500, 125 MHz, CD
3
OD) de EB
2
– expansão 1..............................................
86
Figura 16
Principais correlações do espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC
(500, 125 MHz, CD
3
OD) de EB
2
– expansão 2..............................................
87
Figura 17
Principais correlações no espectro de HMBC de EB
3
....................................
90
Figura 18
Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
3
.....................................
92
Figura 19
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CD
3
OD) de EB
3
........................................
92
xii
Figura 20
Espectro de RMN
13
C-BB (75 MHz, CD
3
OD) de EB
3
...................................
.
93
Figura 21
Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (75 MHz, CD
3
OD) de EB
3
......................
93
Figura 22
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H COSY (300 MHz, CD
3
OD) de
EB
3
.............................................................................................................
94
Figura 23
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMQC (300, 75 MHz, CD
3
OD)
de EB
3
.............................................................................................................
95
Figura 24
Principais correlações do espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC
(300, 75 MHz, CD
3
OD) de EB
3
.....................................................................
96
Figura 25
Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
4
.....................................
100
Figura 26
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, C
5
D
5
N) de EB
4
..........................................
100
Figura 27
Espectro de RMN
13
C-BB (75 MHz, C
5
D
5
N) de EB
4
....................................
101
Figura 28
Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (75 MHz, C
5
D
5
N) de EB
4
.......................
101
Figura 29
Principais correlações do espectro COSY de EB
5
..........................................
103
Figura 30
Correlações inequívocas da porção decalina do composto EB
5
.....................
104
Figura 31
Seleção de correlações de NOESY observadas para EB
5
...............................
105
Figura 32
ORTEP ilustração mostrando a estereoquímica relativa de EB
5
. Os
hidrogênios são mostrados na posição idealizada..........................................
106
Figura 33
Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
5
.....................................
108
Figura 34
Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EB
5
..........................................
108
Figura 35
Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EB
5
. .................................
109
Figura 36
Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EB
5
. ....................
109
Figura 37
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H COSY (500 MHz, CDCl
3
) de
EB
5
..................................................................................................................
110
Figura 38
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMQC (500, 125 MHz, CDCl
3
)
de EB
5
.............................................................................................................
111
xiii
Figura 39
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (500, 125 MHz, CDCl
3
)
de EB
5
.............................................................................................................
112
Figura 40
Principais correlações do espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC
(500, 125 MHz, CDCl
3
) de EB
5
.....................................................................
113
Figura 41
Principais correlações do espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H NOESY
(500 MHz, CDCl
3
) de EB
5
.............................................................................
114
Figura 42
Espectro de massas de EB
5
.............................................................................
115
Figura 43
Principais correlações no espectro de HMBC de EB
6
....................................
118
Figura 44
Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
6
.....................................
120
Figura 45
Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EB
6
..........................................
120
Figura 46
Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EB
6
..................................
121
Figura 47
Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EB
6
......................
121
Figura 48
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H COSY (500 MHz, CDCl
3
) de
EB
6
..................................................................................................................
122
Figura 49
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMQC (500, 125 MHz, CDCl
3
)
de EB
6
.............................................................................................................
123
Figura 50
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (500, 125 MHz, CDCl
3
)
de EB
6
.............................................................................................................
124
Figura 51
Espectro de massas de EB
6
.............................................................................
125
Figura 52
Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
7
.....................................
129
Figura 53
Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EB
7
..........................................
129
Figura 54
Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EB
7
. ................................
130
Figura 55
Espectro de RMN
13
C DEPT 135° (125 MHz, CDCl
3
) de EB
7
......................
130
Figura 56
Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
8
.....................................
134
Figura 57
Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EB
8
..........................................
134
Figura 58
Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EB
8
...................................
135
Figura 59
Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EB
8
......................
135
Figura 60
Principais correlações do espectro de HMBC de EB
9
....................................
138
xiv
Figura 61
Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
9
.....................................
140
Figura 62
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de EB
9
..........................................
140
Figura 63
Espectro de RMN
13
C-BB (75 MHz, CDCl
3
) de EB
9
.....................................
141
Figura 64
Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (75 MHz, CDCl
3
) de EB
9
........................
141
Figura 65
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H COSY (300 MHz, CDCl
3
) de
EB
9
..................................................................................................................
142
Figura 66
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMQC (300, 75 MHz, CDCl
3
) de
EB
9
..................................................................................................................
143
Figura 67
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (300, 75 MHz, CDCl
3
) de
EB
9
..................................................................................................................
144
Figura 68
Espectro de massas de EB
9
.............................................................................
145
Figura 69
Principais correlações do espectro de COSY de EB
10
....................................
146
Figura 70
Principais correlações do espectro de HMBC de EB
10
...................................
148
Figura 71
Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
10
....................................
151
Figura 72
Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de EB
10
.........................................
151
Figura 73
Espectro de RMN
13
C-BB (75 MHz, CDCl
3
) de EB
10
...................................
152
Figura 74
Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (75 MHz, CDCl
3
) de EB
10
.......................
152
Figura 75
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H COSY (300 MHz, CDCl
3
) de
EB
10
................................................................................................................
153
Figura 76
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMQC (300, 75 MHz, CDCl
3
) de
EB
10
................................................................................................................
154
Figura 77
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (300, 75 MHz, CDCl
3
) de
EB
10
................................................................................................................
155
Figura 78
Espectro de massas de EB
10
............................................................................
156
Figura 79
Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
11
....................................
161
Figura 80
Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EB
11
.........................................
161
Figura 81
Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EB
11
.................................
162
xv
Figura 82
Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EB
11
....................
162
Figura 83
Fragmento da correlação heteronuclear
1
H,
13
C a mais de uma ligação
(HMBC) das metilas 18 e 19 de EB
12
.............................................................
165
Figura 84
Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
12
....................................
167
Figura 85
Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EB
12
.........................................
167
Figura 86
Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EB
12
.................................
168
Figura 87
Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EB
12
....................
168
Figura 88
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H COSY (500 MHz, CDCl
3
) de
EB
12
................................................................................................................
169
Figura 89
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMQC (500, 125 MHz, CDCl
3
)
de EB
12
............................................................................................................
170
Figura 90
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (500, 125 MHz, CDCl
3
)
de EB
12
............................................................................................................
171
Figura 91
Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EB
13
.........................................
174
Figura 92
Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EB
13
.................................
174
Figura 93
Espectro de RMN
13
C-DEPT (125 MHz, CDCl
3
) de EB
13
.............................
175
Figura 94
Espectro de massas de EB
13
............................................................................
175
Figura 95
Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EA
1
.....................................
180
Figura 96
Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EA
1
..........................................
180
Figura 97
Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EA
1
..................................
181
Figura 98
Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EA
1
.....................
181
Figura 99
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H COSY (500 MHz, CDCl
3
) de
EA
1
..................................................................................................................
182
Figura 100
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMQC (500, 125 MHz, CDCl
3
)
de EA
1
.............................................................................................................
183
Figura 101
Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (500, 125 MHz, CDCl
3
)
de EA
1
.............................................................................................................
184
Figura 102
Espectro de massas de EA
1
.............................................................................
185
xvi
Figura 103
Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EA
2
.....................................
189
Figura 104
Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CD
3
OD) de EA
2
........................................
189
Figura 105
Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CD
3
OD) de EA
2
................................
190
Figura 106
Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CD
3
OD) de EA
2
....................
190
Figura 107
Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EA
3
.....................................
194
Figura 108
Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CD
3
OD) de EA
3
........................................
194
Figura 109
Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CD
3
OD) de EA
3
................................
195
Figura 110
Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CD
3
OD) de EA
3
....................
195
Figura 111
Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EA
4
.....................................
199
Figura 112
Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EA
4
..........................................
199
Figura 113
Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EA
4
..................................
200
Figura 114
Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EA
4
.....................
200
Figura 115
Cromatograma de CS-A.................................................................................
205
Figura 116
Espectro de RMN
1
H de CS-A.......................................................................
205
Figura 117
Cromatograma de CS-B..................................................................................
206
Figura 118
Espectro de RMN
1
H de CS-B.......................................................................
206
Figura 119
Cromatograma de CS-C..................................................................................
207
Figura 120
Espectro de RMN
1
H de CS-C.......................................................................
207
Figura 121
Cromatograma de CS-D.................................................................................
208
Figura 122
Espectro de RMN
1
H de CS-D.......................................................................
208
Figura 123
Cromatograma de CS-E..................................................................................
209
Figura 124
Espectro de RMN
1
H de CS-E........................................................................
209
Figura 125
Cromatograma de CS-F..................................................................................
210
Figura 126
Espectro de RMN
1
H de CS-F........................................................................
210
Figura 127
Cromatograma de CS-G................................................................................. 211
xvii
Figura 128
Espectro de RMN
1
H de CS-G.......................................................................
211
Figura 129
Cromatograma de CS-H.................................................................................
212
Figura 130
Espectro de RMN
1
H de CS-H.......................................................................
212
Figura 131
Espectro de massa do p-Cimeno.....................................................................
213
Figura 132
Espectro de massa do
α
-Pineno......................................................................
213
Figura 133
Espectro de massa do
α
-Terpinoleno.............................................................
213
Figura 134
Espectro de massa do
β
-Felandreno...............................................................
213
Figura 135
Espectro de massa do Limoneno....................................................................
214
Figura 136
Espectro de massa do Mirceno.......................................................................
214
Figura 137
Espectro de massa do Criptona.......................................................................
214
Figura 138
Espectro de massa do 1,8-Cineol....................................................................
214
Figura 139
Espectro de massa do Terpinen-4-ol..............................................................
215
Figura 140
Espectro de massa do
α
-Terpineol.................................................................
215
Figura 141
Espectro de massa do
β
-Cariofileno...............................................................
215
Figura 142
Espectro de massa do
β
-Elemeno...................................................................
215
Figura 143
Espectro de massa do
δ
-Elemeno...................................................................
216
Figura 144
Espectro de massa do Guaiazuleno................................................................
216
Figura 145
Espectro de massa do E-Calameneno.............................................................
216
Figura 146
Espectro de massa do Z-Calameneno.............................................................
216
Figura 147
Espectro de massa do
α
-Guaieno...................................................................
217
Figura 148
Espectro de massa do
α
-Humuleno................................................................
217
Figura 149
Espectro de massa do Aromadendreno...........................................................
217
Figura 150
Espectro de massa do Biciclogermacreno......................................................
217
xviii
Figura 151
Espectro de massa do
β
-Selineno...................................................................
218
Figura 152
Espectro de massa do
δ
-Cadineno..................................................................
218
Figura 153
Espectro de massa do
γ
-Cadineno..................................................................
218
Figura 154
Espectro de massa do
γ
-Elemeno...................................................................
218
Figura 155
Espectro de massa do Germacreno A.............................................................
219
Figura 156
Espectro de massa do Germacreno B.............................................................
219
Figura 157
Espectro de massa do Germacreno D.............................................................
219
Figura 158
Espectro de massa do
γ
-Muuroleno................................................................
219
Figura 159
Espectro de massa do Sativeno.......................................................................
220
Figura 160
Espectro de massa do Z-
β
-Guaieno................................................................
220
Figura 161
Espectro de massa do Óxido de cariofileno....................................................
220
Figura 162
Espectro de massa do Marmelerim.................................................................
220
Figura 163
Espectro de massa do Curzereno....................................................................
221
Figura 164
Espectro de massa do Germacrona.................................................................
221
Figura 165
Espectro de massa do Espatulenol..................................................................
221
xix
LISTA DE FLUXOGRAMAS
Fluxograma 1
Obtenção dos extratos hexânico e etanólico de Erythroxylum barbatum......
229
Fluxograma 2
Isolamento de EB
1
, EB
2
, EB
3
, e EB
4
a partir da fração EBLCE-A do lenho
do caule de Erythroxylum barbatum..............................................................
231
Fluxograma 3
Obtenção dos extratos hexânico e etanólico das cascas das raízes de
Erythroxylum barbatum..................................................................................
232
Fluxograma 4
Isolamento de EB
5
, EB
6
, EB
7
, EB
8
e EB
9
a partir das frações EBRH-D e
EBRH-A das cascas das raízes de Erythroxylum barbatum...........................
234
Fluxograma 5
Isolamento de EB
10
a partir da fração EBRE-C das cascas das raízes de
Erythroxylum barbatum..................................................................................
236
Fluxograma 6
Obtenção dos extratos hexânico e etanólico das cascas do caule de
Erythroxylum barbatum..................................................................................
237
Fluxograma 7
Isolamento de EB
11
e EB
12
a partir da fração EBCH-H das cascas do caule
de Erythroxylum barbatum.............................................................................
238
Fluxograma 8
Obtenção dos extratos hexânico e etanólico das cascas das raízes de
Erythroxylum barbatum..................................................................................
239
Fluxograma 9
Isolamento de EB
13
e EB
14
da fração EBFH-HD das folhas de
Erythroxylum barbatum..................................................................................
241
Fluxograma 10
Obtenção dos extratos hexânico e etanólico das folhas de Erythroxylum
amplifolium.....................................................................................................
242
Fluxograma 11
Isolamento de EA
1
e EA
2
a partir da fração EAFH........................................
243
Fluxograma 12
Isolamento de EA
3
e EA
4
da fração EAFE-AA das folhas de Erythroxylum
amplifolium.....................................................................................................
246
Fluxograma 13
Método de extração dos óleos essenciais das folhas de Croton sonderianus
249
LISTA DE QUADROS
Quadro 1
Compostos micromoleculares isolados a partir de Erythroxylum barbatum
e Erythroxylum amplifolium...........................................................................
xxiv
Quadro 2
Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de
espécies do gênero Croton..............................................................................
32
xx
LISTA DE TABELAS
Tabela 1
Constituintes químicos voláteis do óleo essencial de espécies do gênero
Croton.........................................................................................................................
22
Tabela 2
Micromoléculas isoladas a partir do gênero Erythroxylum........................................
51
Tabela 3
Comparação entre os dados de RMN
1
H de EB
1
(300 MHz, CDCl
3
) com os dados
descritos na literatura para o
β
-sitosterol (300 MHz, CDCl
3
) [FEITOSA, 1999]......
75
Tabela 4
Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
2
..........................................................................................................
78
Tabela 5
Dados de RMN de
1
H (500 MHz) e
13
C (125 MHz) em CD
3
OD para o composto
EB
2
incluindo os resultados obtidos por espectros 2D heteronucleares HMQC e
HMBC........................................................................................................................
80
Tabela 6
Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
3
..........................................................................................................
89
Tabela 7
Dados de RMN de
1
H (300 MHz) e
13
C (75 MHz) em CD
3
OD para o composto
EB
3
incluindo os resultados obtidos por espectros 2D HMQC e HMBC..................
91
Tabela 8
Comparação entre os dados de RMN
13
C de EB
4
(75 MHz, C
5
D
5
N) com os dados
descritos na literatura para o β-sitosterol e estigmasterol [ARAGÃO, 1990]............
99
Tabela 9
Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
5
..........................................................................................................
103
Tabela 10
Dados de RMN de
1
H (500 MHz) e
13
C (125 MHz) em CDCl
3
para o composto
EB
5
incluindo os resultados obtidos por espectros 2D heteronucleares HMQC e
HMBC........................................................................................................................
107
Tabela 11
Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
6
..........................................................................................................
116
Tabela 12
Dados de RMN de
1
H (500 MHz) e
13
C (125 MHz) em CDCl
3
para o compost
o
EB
6
incluindo os resultados obtidos por espectros 2D heteronucleares HMQC e
HMBC. .......................................................................................................................
119
Tabela 13
Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
7
..........................................................................................................
127
Tabela 14
Comparação entre os dados de RMN
13
C de EB
7
(125 MHz, CDCl
3
), com os dados
descritos na literatura para o procesterol (125 MHz, CDCl
3
) [dos SANTOS, 2002].
128
Tabela 15
Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
8
..........................................................................................................
132
xxi
Tabela 16
Comparação dos dados de RMN
13
C de EB
8
(125 MHz, CDCl
3
) com dados
descritos na literatura para o erythroxydiol X (125 MHz, CDCl
3
) [dos SANTOS,
2003]...........................................................................................................................
133
Tabela 17
Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
9
..........................................................................................................
137
Tabela 18
Dados de RMN
1
H (300 MHz) e
13
C (75 MHz) para o composto EB
9
incluindo os
resultados obtidos pelas correlações heteronucleares dos espectros 2D HMQC e
HMBC usando CDCl
3
como solvente........................................................................
139
Tabela 19
Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
10
........................................................................................................
147
Tabela 20
Dados de RMN
1
H e
13
C (300 MHz e 75 MHz, CDCl
3
) para o composto EB
10
incluindo os resultados obtidos pelas correlações heteronucleares dos espectros 2D
HMQC e HMBC usando CDCl
3
como solvente........................................................
150
Tabela 21
Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
11
........................................................................................................
158
Tabela 22
Comparação dos dados de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) do composto EB
11
com os
dados descritos para a friedelina (100,6 MHz, CDCl
3
) [AKIHISA, 1992]................
160
Tabela 23
Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
12
........................................................................................................
164
Tabela 24
Comparação dos dados de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) do composto EB
12
e do
estigmast-4-en-3-ona descrito na literatura [JAMALUDDIN, 1995]........................
166
Tabela 25
Comparação dos dados de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) dos compostos EB
13
e do
triacontanol descrito na literatura [POUCHERT, 1993]............................................
173
Tabela 26
Comparação dos dados de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) dos compostos EA
1
e do
palmitato de β-amirila (75 MHz, CDCl
3
) descrito na literatura [BARREIROS,
2002]...........................................................................................................................
179
Tabela 27
Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EA
2
.........................................................................................................
187
Tabela 28
Comparação dos dados de RMN
13
C (125 MHz, CD
3
OD) dos compostos EA
2
e do
quercetina descrito na literatura [AGRAWAL, 1989] ...............................................
188
Tabela 29
Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EA
3
.........................................................................................................
192
Tabela 30
Comparação dos dados de RMN
13
C (125 MHz, CD
3
OD) dos compostos EA
3
e da
quercetina-3-O-α-L-rhamnopiranosideo descrito na literatura..................................
193
xxii
Tabela 31
Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EA
4
.........................................................................................................
197
Tabela 32
Comparação dos dados de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) dos compostos EA
4
e do
linolenato de etila descrito na literatura.....................................................................
198
Tabela 33
Distribuição dos espécimens de Croton sonderianus nos seus respectivos
quimiotipos.................................................................................................................
202
Tabela 34
Identificação dos constituintes majoritários dos oito quimiotipos de Croton
sonderianus.................................................................................................................
204
Tabela 35
Coluna filtrante do extrato etanólico do lenho do caule de Erythroxylum barbatum
EBLCE.....................................................................................................................
230
Tabela 36
Coluna filtrante do extrato hexânico do lenho do caule de Erythroxylum barbatum
EBRH......................................................................................................................
233
Tabela 37
Frações da partição líquido/líquido do extrato etanólico das cascas das raízes de
Erythroxylum barbatum..............................................................................................
235
Tabela 38
Coluna filtrante do extrato hexânico do lenho do caule de Erythroxylum barbatum
EBRH......................................................................................................................
237
Tabela 39
Coluna filtrante do extrato hexânico das folhas de Erythroxylum barbatum –
EBFH..........................................................................................................................
240
Tabela 40
Coluna filtrante do extrato hexânico das folhas de Erythroxylum amplifolium
EAFH..........................................................................................................................
242
Tabela 41
Coluna filtrante do extrato etanólico das folhas de Erythroxylum amplifolium
EAFE..........................................................................................................................
244
Tabela 42
Coluna filtrante da fração acetato de etila do extrato etanólico das folhas de
Erythroxylum amplifolium – EAFE-A........................................................................
245
Tabela 43
Coleta, rendimento e aspecto dos óleos essenciais das folhas de Croton
sonderianus.................................................................................................................
248
xxiii
RESUMO
Este trabalho relata o estudo químico dos constituintes não-voláteis de duas espécies do
gênero Erythroxylum: Erythroxylum barbatum O. E. Schulz e Erythroxylum amplifolium
(Mart.) O. E. Schulz (Erytrhoxylaceae) e o estudo dos constituintes voláteis de Croton
sonderianus Muell. Arg (Euphorbiaceae). A investigação fitoquímica do lenho do caule,
cascas do caule, raízes e folhas de Erythroxylum barbatum resultou no isolamento de quatorze
compostos micromoleculares:
β
-sitosterol, devadarool, erythroxytriol Q, a mistura dos
glicosídeos de
β
-sitosterol e estigmasterol, erythroxylisina A, erythroxylisina B, procesterol,
erythroxydiol X, ent-11-acetoxi-devadarano-15
ξ
-16-diol, ent-rosan-1-ona-5
α
-15
ξ
-16-triol,
friedelina, estigmast-4-en-3-ona, triacontanol e palmitato de
β
-amirila. O estudo dos
constituintes não-volatéis das folhas de Erythroxylum amplifolium resultou no isolamento de
quatro micromoléculas: Palmitato de
β
-amirila, quercetina, quercetina-3-O-
α
-L-
rhamnopiranosídeo e linolenato de etila. Em adição foi realizado o estudo da variabilidade de
quimiotipos de espécimens de Croton sonderianus dentro de uma população, a partir da
análise dos constituintes voláteis do óleo essencial das folhas foram identificados trinta e
cinco
constituintes e um total de oito quimiotipos para esta espécie:
CS-A biciclogermacreno/marmelerin; CS-B biciclogermacreno/
β
-felandreno; CS-C
biciclogermacreno/mirceno; CS-D curzereno; CS-E biciclogermacreno/
α
-pineno; CS-F
espatulenol/1,8-cineol; CS-G guaiazuleno/Z-calameneno; e CS-H espatulenol/
β
-cariofileno.
Técnicas espectroscópicas, tais como, IV, EM, Raio X, RMN 1D e 2D e comparação com
dados da literatura foram utilizados para a determinação estrutural dos constituintes não
voláteis. Os constituintes voláteis foram identificados por CG/EM, comparação dos índices de
Kovat corrigidos e espectros de massa em espectroteca, seguida de comparação visual com
dados da literatura.
xxiv
Quadro 1: Compostos micromoleculares isolados a partir de E. barbatum e E. amplifolium.
EB
2
EB
3
EB
4
EB
5
EB
6
EB
7
EB
8
EB
9
EB
10
EB
11
EB
12
24
OH
OH
OH
HO
OH
OH
O
O
OH
OH
O
OH
HO
GliO
H
O
OH
H
OH
O
OH
OH
OH
H
O
O
OH
OH
OH
O
HO
H
EB
13
CH
3
(CH)
14
COO
O
OH
O
HO
OH
OH
OH
EA
2
EA
1
O
ORha
O
HO
OH
OH
OH
EA
3
3
O
O
EA
4
EB
1
xxv
ABSTRACT
This work describes the chemical study of the non volatile constituents of two species of
Erythroxylum genus: Erythroxylum barbatum O. E. Schulz and Erythroxylum amplifolium
(Mart.) O. E. Schulz (Erythroxylaceae) and the study of the volatile constituents of Croton
sonderianus Muell. Arg. (Euphorbiaceae). Phytochemical investigations of the trunk
heartwood, stem, roots and leaves of Erythroxylum barbatum yielded fourteen compounds:
β
-
sitosterol,
β
-sitosterol and stigmasterol glucosides, devadarool, erythroxytriol Q,
erythroxylisin A and erythroxylisin B, procesterol, erythroxydiol X, ent-11-acethoxy-
devadaran-15
ξ
,16-diol, ent-rosan-1-one-5
α
-15
ξ
,16-triol, friedelin, stigmast-4-en-3-one,
triacontanol and
β
-amyril palmitate. The study of the non volatile constituents of
Erythroxylum amplifolium yielded four compounds:
β
-amyril palmitate, quercetin-3-O-
α
-
rhamnopyranoside and ethyl linolenate. In addition, the study of the variability of chemotypes
of Croton sonderianus specimens from the analyses of volatile constituents of the essential oil
from the leaves was accomplished. In this work were identified thirty five constituents and
eight chemotypes: CS-A bicyclogermacrene/marmelerin; CS-B bicyclogermacrene/
β
-phellandrene; CS-C bicyclogermacrene/myrcene; CS-D curzerene; CS-E
bicyclogermacrene/
α
-pinene; CS-F spathulenol/1,8-cineole; CS-G guaiazulene/Z-calamenene;
CS-H spathulenol/
β
-caryophyllene. The structural characterization of the non volatile
constituents was made by spectrometric methods as IV, MS, X-ray, NMR 1D and 2D and
comparison with the literature data. The volatile constituents were identified by comparing
their mass spectra with those of the spectrometer data base using the Wiley L-built library,
and two computer library MS search based on their Kovat’s retention indices as a preselection
routine, and comparison of the fragmentation pattern with published spectral data.
“Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer
com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve....
A vida é muita para ser insignificante.”
Charles Chaplin
Capítulo 1 – Introdução
Capítulo 1 – Introdução – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 2
1. INTRODUÇÃO
O gênero Erythroxylum contém cerca de 97% das espécies da família Erythroxylaceae,
as quais encontram-se distribuídas com grande diversidade na América do Sul, África e Ilha
de Madagascar [BRACHET, 1997]. A espécie Erythroxylum coca, a principal fonte natural da
cocaína, é a mais representativa do gênero em virtude das várias investigações etnobotânicas,
fitoquímicas e farmacológicas [AYNILIAN, 1974].
Além de alcalóides de esqueleto tropânico e nor-tropânico, o gênero Erythroxylum
revela ainda a presença de flavonóides como marcadores quimiotaxonômicos [JOHNSON,
1998], e uma prolífica fonte de diterpenos [SOMAN, 1983] de diferentes origens biogenéticas
[KAPADI, 1983].
Erythroxylum barbatum O. E. Schulz é uma espécie endêmica da região do Nordeste
do Brasil e foi coletada na serra do Garapa, município de Acarape-CE. Estudos anteriores
dentro do nosso grupo de pesquisa resultaram no isolamento e caracterização de uma
diversidade de classes de compostos orgânicos isolados a partir do lenho do caule, dentre os
quais: chalconas, pterocarpanos, diterpenos, esteróides e uma cumarina [dos SANTOS, 2003].
Estes resultados nos estimularam na continuidade do estudo químico das demais partes da
planta.
Baseado no grande potencial fitoquímico do gênero Erythroxylum e à total inexistência
de relatos na literatura, a espécie Erythroxylum amplifolium também foi escolhida como
objeto de estudo.
O gênero Croton (Euphorbiaceae) é bastante relatado na literatura com cerca de 1000
espécies, das quais 46 espécies foram estudadas quimicamente. Croton sonderianus Muell.
Arg., conhecido popularmente como “marmeleiro preto”, é a espécie mais conhecida da classe
dos marmeleiros. O uso das cascas é empregado na medicina popular no tratamento de
perturbações gástricas e o extrato das raízes mostrou atividade antifúngica e antibacteriana
(McCHESNEY, 1984).
Capítulo 1 – Introdução – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 3
Devido à larga ocorrência de espécimens de Croton sonderianus na caatinga do
Nordeste do Brasil, foi realizado um estudo dos componentes voláteis de 22 espécimens
nativas em uma mesma população do município de Caucaia-CE.
Para a investigação fitoquímica deste trabalho foram empregadas técnicas
cromatográficas tais como: cromatografia em coluna aberta (CC) e sob pressão (flash),
cromatografia em camada delgada (CCD), e cromatografia por exclusão molecular em
Sephadex-LH 20. A caracterização estrutural dos constituintes químicos foi realizada através
da utilização de técnicas espectroscópicas usuais como: infravermelho, espectrometria de
massas, cristalografia de raio X, ressonância magnética nuclear e comparação com dados da
literatura.
Desta forma, este trabalho, encontra-se dividido em oito capítulos:
Capítulo 1
Introdução
Capítulo 2
Considerações Botânicas
Capítulo 3
Revisão Bibliográfica
Capítulo 4
Determinação Estrutural
Capítulo 5
Parte Experimental
Capítulo 6
Conclusões
Capítulo 7
Constantes Físicas
Capítulo 8
Referências Bibliográficas
A confecção deste trabalho foi baseada nas normas estabelecidas pelo Curso de Pós-
graduação em Química Orgânica da UFC. As referências bibliográficas foram todas citadas
no final desta redação, baseadas nas normas da ABNT: NBR 10520 de 1992 e NBR 6023 de
2000.
“Um homem é um sucesso se pula da cama de manhã e vai dormir à noite e, nesse meio
tempo, só faz o que gosta.”
Bob Dylan
Capítulo 2 - Considerações Botânicas
Capítulo 2 – Considerações Botânicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 5
2. CONSIDERAÇÕES BOTÂNICAS
2.1. Considerações botânicas sobre a família Erythroxylaceae e o gênero Erythroxylum.
A família Erythroxylaceae é composta por 4 gêneros distintos: Erythroxylum
(aproximadamente 250 espécies), Pinacopodium (2 espécies), Aneulophus (2 espécies) e
Nectaropetalum (6 espécies). Nestes gêneros estão distribuídas espécies pantropicais,
amplamente distribuídas na América do Sul, África e Ilha de Madagascar [BRACHET, 1997].
Espécies desta família apresentam-se como subarbustos, arbustos ou árvores com
raminhos novos mais ou menos comprimidos. Em muitas espécies aparecem ramificações
curtas, cobertas na base por formações esquamiformes, denominadas ramenta, que constituem
elementos muito característicos para a identificação da família. Em geral, essa ramenta tem
forma mais ou menos triangular, com dorso percorrido por duas quilhas paralelas ou carenas,
geralmente bipartidas no ápice. Entre os dois segmentos apicais, localiza-se uma formação
que lembra uma arista espessada que representa uma folha com limbo muito reduzido, com
bordos enrolados, cujo desenvolvimento deve ter sido interrompido muito cedo e que, depois
de certo tempo, desprende-se facilmente. A consistência é muito diversa e funcionam como
brácteas, em cujas axilas desenvolvem-se as flores. Possuem ainda folhas simples, alternas,
geralmente coriáceas, de prefoliação convoluta. também ramenta com função de estípulas.
As flores são hermafroditas, diclamídeas, dialipétalas, apresentando geralmente heterostilia.
Os estames das flores, braquistilos, são quase iguais entre si; ultrapassam o comprimento dos
estiletes e suas anteras são um pouco mais desenvolvidas do que as das flores dolicostilas. As
flores dessas espécies têm ovário rudimentar, ao passo que as anteras são bem formadas. Nos
dolicostilos, ao lado de um pistilo bem desenvolvido e com estigmas largos, filamentos
muito curtos e anteras atrofiadas, sem pólen [BARROSO, 1984].
No gênero Erythroxylum as espécies possuem ovário sempre tricarpelar, formado de
três lóculos, dos quais dois são vazios e o terceiro aloja um único óvulo. As flores são
entomófilas. A glândula que se localiza na base da unha da pétala segrega uma substância
adocicada e viscosa. Os frutos são drupas, com pericarpo de colorido brilhante, e são
avidamente procurados pelas aves. Freqüentemente, estes também são atacados por insetos e
Capítulo 2 – Considerações Botânicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 6
modificados em galhas. A semente tem testa fina de colorido castanho. O endosperma pode
estar presente ou não. Possuem ainda embrião reto, cotilédones verdes, oblongos, plano-
convexos, carnosos, com eixo-radícula-hipocótilo curto
[PLOWMAN, 1976].
2.2. Descrição botânica de Erythroxylum barbatum.
O gênero Erythroxylum foi dividido por Schulz
em 19 seções distintas. Erythroxylum
barbatum O. E. Schulz (Figs. 1 e 2) foi classificada como a única espécie pertencente à seção
Pogonophorum deste gênero [SCHULZ, 1907], tendo ocorrência registrada no Brasil,
particularmente nos estados do Ceará, Bahia, Maranhão e Mato Grosso.
De acordo com Schulz, a espécie Erythroxylum barbatum O. E. Schulz pode ser
descrita botanicamente como:
“Um arbusto com aproximadamente 2-3 m de altura, contendo flores pentâmeras,
diclamídeas, actinomorfas e heterostílicas (com estiletes pequenos e grandes). É uma espécie
facilmente identificada, principalmente pelas epístolas densamente fimbriado-vilosas e lobos
do cálice oblongos com cerca de 5 mm de comprimento, e ainda pela presença de frutos
vermelhos e enegrecidos quando maduros” (Fig. 1).
Capítulo 2 – Considerações Botânicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 7
Figura 1: Fotografia da espécie Erythroxylum barbatum O. E. Schulz, em seu habitat natural,
com destaque para folhas e botões florais.
Capítulo 2 – Considerações Botânicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 8
Figura 2: Desenho de partes de Erythroxylum barbatum O. E. Schulz
.
Capítulo 2 – Considerações Botânicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 9
2.3. Descrição botânica de Erythroxylum amplifolium.
Erythroxylum amplifolium (Mart.) O. E. Schulz foi classificada como uma espécie
pertencente à seção Archerythroxylum, caracterizada por apresentar estípulas com estrias
ausentes. De acordo com Schulz (1907), a sua ocorrência registrada no Brasil, inclui os
estados de Minas Grais, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Rio Grande do Sul
[AMARAL Jr, 1980], Paraná [MENDONÇA, 1998] e Distrito Federal [BARBOSA, 2001].
Esta espécie ocorre ainda na Bahia e Ceará.
De acordo com Schulz, a espécie Erythroxylum amplifolium (Mart.) O. E. Schulz pode
ser descrita botanicamente como:
“Arbusto com a2,5 m de altura; ramos cilíndricos ou comprimidos; córtex castanho
nos ramos jovens e acinzentado nas demais porções, densamente recoberto por lenticelas
alongadas. Estípulas 1,5-3 mm de compr., enérveas, 3-setulosas, triangulares, do mesmo
tamanho ou menores que o pecíolo. Pecíolo 1,4-4,0 mm de compr. Folhas 21-42x12-25 mm,
coriáceas, elípticas ou ovadas, ápice retuso, curto mucronado, base aguda a obtusa, margem
inteira; nervura central mais proeminente na face inferior, nervuras laterais pouco visíveis em
ambas as faces. Flores em fascículos de 1-3 na axila das folhas e/ou catafilos; pedicelo 3-10,6
mm de compr.; lobos do cálice 1,2-2,0 mm de compr., estreito triangulares, do mesmo
tamanho ou pouco maiores que o urcéolo estaminal; talas 3,5-4,0x1-1,2 mm, oblongas;
ovário 1,6-2,1x1-1,2 mm, oblongo. Flor brevistila: estames com 4,5-5,0 mm de compr.;
estiletes 3, com 0,8-1,0 mm de compr., livres. Flor longistila: estames opositissépalos 1,5-1,8
mm de compr.; estames alternissépalos 1,7-2,5 mm de compr.; estiletes 3,1-4,0 mm de
compr., livres. Pedicelo frutífero 3,0-4,0 mm de compr. Fruto 6,1-8,5x3,0-4,1mm, ovóide,
levemente 6-sulcado longitudinalmente”.
Capítulo 2 – Considerações Botânicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 10
Figura 3: Desenho de partes de Erythroxylum amplifolium (Mart.) O. E. Schulz. A – habitus;
B – detalhe de um ramo com botões e estípulas; C – flor brevistila; D – flor longistila; E –
fruto.
Capítulo 2 – Considerações Botânicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 11
2.4. Considerações taxonômicas sobre a família Euphorbiaceae.
Euphorbiaceae compreende uma das maiores famílias de Angiospermas, sendo
classificada em 4 subfamílias: Phyllanthoideae, Crotonoideaea, Poranteroideaea e
Ricinocapoideaea. A subfamília Crotonoideae é dividida em duas tribos: Crotoneae e
Euphorbiaceae.
A família Euphorbiacae está representada por aproximadamente 290 gêneros e cerca
de 7500 espécies, distribuídas em todas as regiões tropicais e subtropicais. Os maiores centros
de dispersão encontram-se nas Américas e na África. Os gêneros mais representativos são:
Euphorbia (1500 espécies), Croton (1000 espécies) e Phyllanthus (400 espécies). No Brasil
ocorrem 72 gêneros e cerca de 1.100 espécies, de hábito e habitat diferentes, difundidas em
todos os tipos de vegetação.
A literatura [JOLY, 1966] descreve a família Euphorbiacae de acordo com a seguinte
transcrição:
“São plantas de hábitos bastante variado, existindo ervas, árvores, subarbustos e
também trepadeiras, com folhas alternas inteiras ou partidas, em geral com estípulas,
latescentes ou o. Flores sempre de sexo separado, em geral com monoclamídeas, ocorrendo
também diclamídeas, em plantas monóicas, reunidas em inflorescências muito variadas, em
geral tipo cacho. Às vezes com flores femininas acima (Ricinus) ou em geral embaixo
(Croton) ou inflorescências de sexo separado (Euphorbia). Em certo gênero (Euphorbia),
reunidas em inflorescências especiais denominadas ciátio, sempre com uma flor feminina
central e muitos grupos (em geral 5) de flores masculinas, tanto estas como aquelas, são nuas.
Estas constam apenas de um único estame. No ciátio muitas vezes protogenia. Flores
masculinas em geral monoclamídeas, de simetria radial com pétalas em número de 5-6.
Estames às vezes muito numerosos por desdobramento (Ricinus). Pistilódio às vezes
desenvolvido nas flores masculinas. Flor feminina mono ou diclamídea, em geral pentâmera;
ovário sempre súpero, caracteristicamente tricarpelar e trilocular, cada lóculo contendo 1 ou 2
óvulos (Phyllanthus). Fruto seco esquizocarpo, separando-se elasticamente em 3 cocos. Este
Capítulo 2 – Considerações Botânicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 12
abrindo-se posteriormente. Sementes ricas em endospermas, muitas vezes oleaginoso
(Ricinus, Aleurites), providas de grande carúncula.
2.5. Considerações botânicas sobre o gênero Croton.
O gênero Croton é o segundo gênero mais representativo da família Euphorbiaceae,
subfamília Crotonoideaea e tribo Crotoneae, e está constituído por aproximadamente 1300
espécies de ervas, arbustos e árvores [RADULOVIĆ, 2006]. Cerca de 650 espécies ocorrem
na América e aproximadamente 300 destas existem no Brasil com muitos representantes
ocorrendo na região Nordeste.
As folhas são estipuladas, inteiras, denteadas, raramente triboladas, com nervação
palmada ou pinada, com indumento pilífero. As flores, comumente monóicas, dispostas em
racemos algumas vezes especiformes, são pequenas para ambos os sexos e base das
inflorescências enquanto as masculinas dispõe-se no ápice do racemo possuindo 5 lascínios
no lice. As talas são livres e em número de 5. O mero de estames varia de acordo com
a espécie, nunca sendo inferior a 5. O ovário é súpero, via de regra trilocular, com um óvulo
em cada lóculo. O fruto é uma cápsula deiscente, normalmente, tricoca com uma semente
oleaginosa, geralmente escura, em cada coca [BRAGA, 1960].
As espécies de Croton nativas do Nordeste são conhecidas com as denominações
populares: marmeleiros, canelas e velames. Os marmeleiros são arbustos ou pequenas árvores.
Fornecem estacas e varas para construção de cercas e madeira para fazer manzuás e para
queima. As cascas são usadas como infusos para tratamento na medicina popular. São plantas
aromáticas que produzem óleos essenciais com rendimentos que variam de 0,5% a 1,7%.
Dentre essas plantas podemos citar como exemplos as seguintes espécies: “marmeleiro preto”
(Croton sonderianus), “marmeleiro branco” (Croton jacobinensis) e “marmeleiro sabiá”
(Croton nepetaefolius). As canelas silvestres são arbustos com folhas e ramos de aromas
fortes, característico, semelhante ao da erva-doce. São usadas na medicina popular como
bebida aromática e na indústria de doces. Pode-se citar alguns exemplos de denominações
populares como “canela-de-cunhã”, “canela de cheiro”, “canela-braba”, “canela-mansa”,
“canelinha”, etc. Os velames o arbustos e subarbustos que também recebem denominações
Capítulo 2 – Considerações Botânicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 13
específicas “velames”, “velaminho”, “velame-de-cheiro”, “velame verdadeiro”. São também
plantas produtoras de óleos essenciais. Algumas espécies são consideradas “plantas daninhas”
bastante disseminadas e quando crescem juntamente com as culturas agrícolas interferem no
seu desenvolvimento, reduzindo-lhes a produção. Florescem praticamente o ano inteiro. São
geralmente plantas muito rústicas, resistentes a longos períodos de seca [BRAGA, 1960].
2.6. Descrição botânica de Croton sonderianus.
Croton sonderianus Muell Arg. (Fig. 4, Pág. 14) é uma planta arbustiva, podendo
chegar à pequena árvore. Apresenta ramos, pecíolos, racemos e na página inferior das folhas,
delicado indumento de pelos estrelados de cor acizentada, às vezes com brilho vítreo,
densamente tomentoso e não lepdoto. Os ramos são quase cilíndricos, apresentando sua
secção transversal elítica. As folhas medem cerca de 10 a 14 cm de comprimento por 5 a 7 cm
de largura na parte mais inferior são triangular-ovais ou quase triangular-lanceoladas, de ápice
acentuadamente acuminados e levemente cordatas na base, glandulosas, peninérvias, com 4 a
6 nervuras secundárias que se aproximam da base, apresentando estípulas cetáceas, alongadas,
levemente lacinadas. O pecíolo é 4 a 5 vezes mais curto que o limbo. Os racemos possuem
flores abundantes com brácteas linear-lanceoladas cada uma com uma flor. A flor feminina
destituída de pétalas apresenta lice pentafendido, com lobos orbicular-ovais, obtusos,
ondulados nas margens e acrescente superando quase a metade da cápsula. Os lacínios
subsaccato-reflexos apresentam sinuosidades. O ovário é viloso-tomentoso. As cápsulas
medem cerca de 7 mm de comprimento, são depresso-globosas e as sementes 5 mm de
comprimento por 4 mm de largura e aproximadamente 2 mm de espessura [SILVEIRA,
1979].
Capítulo 2 – Considerações Botânicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 14
Figura 4: Fotografia da espécie Croton sonderianus Muell. Arg., em seu habitat natural.
“Não é porque certas coisas são difíceis que nós não ousamos. É justamente porque não
ousamos que tais coisas são difíceis.”
Sêneca
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 16
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE OS CONSTITUINTES NÃO-VOLÁTEIS DO
GÊNERO ERYTHROXYLUM E DOS CONSTITUINTES VOLÁTEIS DO GÊNERO
CROTON
Os metabólitos secundários isolados a partir de espécies do gênero Erythroxylum
mostram-se bastante diversificados estruturalmente, sendo estes compostos representados por
terpenóides, diterpenos, triterpenos, esteróides, além de flavonóides, e principalmente, por um
grande número de alcalóides de esqueleto tropânico, os quais são considerados marcadores
quimiotaxonômicos deste gênero.
A segunda parte do capítulo consiste em uma revisão a cerca dos constituintes
químicos voláteis do gênero Croton.
As espécies citadas nesta revisão e os seus respectivos constituintes químicos foram
agrupados em ordem alfabética como mostrado nas Tabelas e Quadros apresentados a seguir.
3.1. Revisão bibliográfica dos constituintes químicos voláteis isolados a partir do gênero
Croton.
Levantamento bibliográfico realizado no Chemical Abstract permitiu compilar os
dados acerca da composição química dos óleos essenciais extraídos a partir de espécies do
gênero Croton. Foram citadas 28 espécies de Croton que possuem óleo essencial, e a
caracterização da sua composição química se encontra distribuída em 24 artigos.
O estudo as partes reas das espécies de Croton antanosiensis, C. decaryi, C. geayi e
C. sakamaliensis, nativas de Madagascar [RADULOVIĆ, 2006]. Os componentes
majoritários de C. antanosiensis foram o
α
-pineno (32,7%),
β
-pineno (16,4%), limoneno
(6,0%) e trans-nerolidol (5,64%). A espécie C. decaryi teve como objeto de estudo, além das
folhas, os galhos. Os constituintes majoritários encontrados nas folhas de C. decaryi foram o
β
-cariofileno (26,6%),
α
-pineno (21,2%) e
α
-humuleno (19,0%). A partir dos galhos os
constituintes majoritários foram
α
-pineno (26,0%), borneol (13,3%) e o canfeno (11,5%). Na
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 17
espécie C. geayi são os constituintes majoritários encontrados nas folhas os compostos 1,8-
cineol (15,7%),
β
-cariofileno (14,7%) e
α
-terpineol (14,1%). Com a espécie C. sakamaliensis
também foram estudadas as folhas e os galhos. Os constituintes majoritários encontrados nas
folhas de C. sakamaliensis foram o
β
-cariofileno com (28,2%), óxido de cariofileno (12,5%) e
1,8-cineol (9,4%). A partir dos galhos o 1,8-cineol (37,9%),
β
-felandreno (14,7%),
α
-pineno
(12,0%) e limoneno (11,6%) foram citados como os componentes principais.
O estudo da composição do óleo essencial das folhas da espécie C. zambesicus
identificou como constituintes majoritários os compostos óxido de cariofileno (19,5%),
β
-
cariofileno (10,8%),
α
-copaeno (6,3%), linalol (6,1%) e
β
-pineno (5,2%). A presença de
diterpenos de esqueleto pimarano e traquilobano ent-traquiloban-3-ona (3,0%), ent-
traquiloban-3
β
-ol (0,5%) e isopamara-7,15-dien-3
β
-ol (1,0%), ent-traquilobano (0,7%) e
caureno também foi identificado (2,1%) [BLOCK, 2006].
A composição química dos óleos essenciais das folhas de C. rosmarinoides, C.
litoralis, C. spiralis e C. myricifolius encontradas em Cuba foi identificada por Pino e
colaboradores (2006). Os constituintes majoritários de C. rosmarinoides foram caracterizados
como 1,8-cineol (15,0%), espatulenol (13,8%) e
α
-tepineol (11,6%). Na espécie C. litoralis
1,8-cineol (20,9%), e
α
-tepineol (11,1%). O óleo de C. spiralis foi caracterizado pela
presença de porcentagens altas de isoprenóides, particularmente
α
-bisabolol (16,2%) e (E)-
γ
-
atlantona (13,4%), enquanto que em C. myricifolius foram revelados o óxido de cariofileno
(8,8%), borneol (8,8%) e acetato de bornila (7,7%) como compostos majoritários.
O estudo do óleo essencial das folhas de C. flavens identificou 47 compostos, dos
quais o viridifloreno (12,2%), a germacrona (5,2%), o (E)-
γ
-bisaboleno (5,2%) e o
β
-
cariofileno (4,9%) são os compostos principais [SYLVESTRE, 2006].
O estudo da composição química do óleo essencial das folhas de C. sonderianus
coletadas em diferentes regiões do estado do Ceará, a partir de uma mesma população, em
diferentes horas do dia e a partir de partes diferentes da planta (folhas, flores, raízes e cascas
do lenho) foram investigadas e identificados 32 compostos dentre os quais
β
-felandreno
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 18
(20,4%), folhas, biciclogermacreno (29,1%) nas flores e (17,7%) nas folhas,
β
-elemeno
(17,8%) nas flores e (22,0%) nas cascas do caule, cipereno (14,2%) nas raízes e germacreno D
(12,8%) nas cascas do caule são os constituintes majoritários [DOURADO, 2005].
O óleo essencial das folhas de C. sonderianus foi avaliado para a atividade
antinociceptiva com resultados promissores e identificados 11 compostos majoritários, dentre
eles podem ser citados: biciclogermacreno (10,2%), cis-calameneno (10,8%) e guaiazuleno
(8,3%) [SANTOS, 2005].
Suarez e colaboradores (2005) estudaram os constituintes químicos voláteis de C.
malambo e C. cuneatus. A investigação fitoquímica mostrou que o constituinte químico
majoritário de C. malambo foi o metil eugenol (65,4%). Os constituintes identificados como
majoritários em C. cuneatus são α-11-eudesmeno (51,3%), metil eugenol (25,9%).
Os constituintes voláteis do óleo das folhas e raízes de C. hieronymi apresentam-se
como 33 compostos. Nas folhas a cânfora (13,9%) e o borneol (5,9%) foram os compostos
majoritários. Nas raízes foram identificados 32 compostos sendo a
γ
-asarona (25,7%), o
borneol (19,0%), a (E)-asarona (11,4%) e a nfora (11,1%) os constituintes principais [de
HELUANI, 2005].
A composição do óleo das folhas de C. micradenus de Cuba foi investigada e foram
identificados 79 compostos, dentre os quais os componentes majoritários foram o linalool
(34,9%) e
α
-pineno (5,3%) [PINO, 2005].
O óleo essencial das folhas de C. sacaquinha foi estudada e um total de 49 substâncias
foram identificadas e o
β
-elemeno (12,0%), germacreno D (10,1%), linalool (5,8%),
β
-
cariofileno (5,7%) foram os principais componentes [LOPES, 2003].
A composição do óleo essencial das folhas de C. jimenezii de duas localidades na
Costa Rica foi examinada e comparada. Os constituintes principais de um dos óleos foram,
metileugenol (29,5%), germacreno D (15,6%) e
β
-cariofileno (12,9%), enquanto que o ácido
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 19
hexadecanóico (16,1%), fitol (10,6%),
β
-cariofileno (10,4%), e germacreno D (9,8%) foram
os constituintes principais na outra amostra [CICCIÓ, 2002].
Fekam Boyom et al (2002) estudou o óleo essencial das folhas, raízes e cascas do
lenho de C. zambesicus de Camarões. O óleo das folhas e cascas do lenho mostrou-se rico em
monoterpernos (69,6% e 75,2% respectivamente), enquanto que os óleos das raízes (57,0%)
em sesquiterpenos. Os óleos das raízes e das cascas do lenho mostraram-se ricos em
compostos oxigenados sendo o espatulenol (14,0%) e o linalool (33,8%) os componentes
majoritários.
Os constituintes voláteis do óleo das raízes de C. sarcopetalus foram estudados.
Foram identificados 23 compostos nas raízes, dos quais apenas o trans-metil-isoeugenol
(74,7%) e o metileugenol (7,8%) representam quase a totalidade dos compostos identificados
[de HELUANI, 2000].
A composição do óleo das cascas de três espécimens de C. stellulifer, endêmico das
ilhas São Tomé e Príncipe, foi estudada por Martins et al (2000), e os constituintes
majoritários foram caracterizados como
α
-felandreno (15,4-18,6 %), p-cimeno (14,4-17,7 %),
linalool (12,0-12,6 %),
α
-pineno (8,1-9,1 %).
Um total de 28 compostos foi identificado no óleo essencial das folhas de C.
ovalifolius representando 90,4% do total dos constituintes do óleo. Os componentes mais
abundantes foram o
β
-cariofileno (20,8%), biciclogermacreno (12,1%), germacreno B
(10,7%) e
τ
-cadinol (8,1%) [MECCIA, 2000].
A composição química das partes aéreas de C. cajucara foi analisada e foram
identificados 22 compostos no óleo, dos quais linalool (13,5%),
γ
-muuroleno (18,4%) e (Z)-
sesquilavandulol (12,6%) são os componentes majoritários [LEMOS, 1999].
Leão (1998) estudou a composição química dos óleos essenciais das inflorescências,
frutos, cascas e folhas de C. lanjouwensis. Os constituintes majoritários encontrados no óleo
das folhas foram o
α
-pineno (26,6%) e
α
-felandreno (8,5%). No óleo dos frutos o linalool
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 20
(14,5%) e o
β
-cariofileno (19,0%), e nas inflorescências o
α
-pineno (28,4%) e o linalool
(26,7%), e no óleo das cascas o
α
-pineno (72,2%).
A composição química do óleo essencial de C. lundianus (1) e C. glandulosus (2)
revelou os compostos
β
-cariofileno 20,4% (1), 42,3% (2) e γ-elemeno 21,0% (1), 14,1% (2)
como majoritários em ambos os óleos, juntamente com
α
-humuleno,
δ
-cadineno, allo-
aromadendreno e torreiol. Alguns compostos como 1,8-cineol, linalool,
α
-ilangeno,
β
-
bourboneno e
γ
-cadineno foram encontrados somente em C. lundianus, enquanto que
germacreno B, (E)-nerolidol e
α
-cadinol foram encontrados somente em C. glandulosus
[NETO, 1994].
Os constituintes químicos voláteis das folhas de C. adenocalyx foram estudados por e
foram identificados como constituintes químicos majoritários os compostos
α
-pineno
(30,9%),
β
-pineno (13,4%),
β
-cariofileno (12,6%) e
γ
-elemeno (10,6%) [CRAVEIRO, 1990].
Bezerra (1986) estudou a composição química do óleo essencial de “canela-de-urubu”,
uma espécie de Croton não identificada, e constatou a presença de
α
-pineno (50,0%) e
nerolidol (17,0%) como os constituintes majoritários. Também foram identificados geijereno
e 3R(-)-oxonerolidol.
A composição do óleo essencial das cascas de C. aubrevillei e folhas de C. zambesicus
foram estudadas por Menut (1995) que constatou que em ambas as espécies possuem os
mesmos constituintes majoritários, porém em proporções diferentes: Linalool (34,6% e 9,9%),
β
-cariofileno (11,9% e 9,9%). Menut constatou que o óleo de C. zambesicus é muito diferente
daquele obtido previamente a partir dos botões florais das espécies da Arábia Saudita que foi
caracterizado pelo alto teor de limoneno (38,0%) [MEKKAWI, 1985].
O estudo da espécie C. zambesicus revelou nove constituintes na composição do óleo
extraído a partir dos botões florais tendo como constituintes majoritários limoneno (38,0%) e
pineno (10,0%) [MEKKAWI, 1985].
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 21
A espécie C. aff. nepetaefolius, comumente conhecida como “marmeleiro sabiá”, foi
estudada quimicamente e foram identificados como constituintes majoritários o 1,8-cineol
(37,5%), o
β
-cariofileno (23,0%) e o
γ
-elemeno (12,0%) [CRAVEIRO, 1980].
Os constituintes químicos do óleo de C. sonderianus também foram estudados por
Craveiro (1978) que identificou como constituintes majoritários o
α
-terpineol (27,1%), o
γ
-
elemeno (16,1%) e o
β
-cariofileno (12,7%).
As folhas de C. aff. argyrophylloides estudadas por Craveiro e colaboradores (1978)
renderam
α
-pineno, sabineno e 1,8-cineol, como constituintes majoritários. Este foi o
primeiro relato da presença de
β
-elemeno e sabineno neste gênero.
Os números listados nas colunas da Tabela 1 representam as seguintes espécies em
ordem alfabética:
C. adenocalyx (1); C. antanosiensis (2); C. aff. argyrophylloides (3); C. aubrevillei (4); C.
cajucara (5); C. cuneatus (6); C. decaryi (7); C. flavens (8); C. geayi (9); C. glandulosus (10);
C. hieronymi (11); C. jimenezii (12); C. lanjouwensis (13); C. litoralis (14); C. lundianus
(15); C. malambo (16); C. micradenus (17); C. myricifolius (18); C. aff. nepetaefolius (19); C.
valifolius (20); C. rosmarinoides (21); C. sacaquinha (22); C. sakamaliensis (23); C.
sarcopetalus (24); C. sonderianus (25); C. sp (26); C. spiralis (27); C. stellulifer (28); C.
zambesicus (29).
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 22
Tabela 1: Constituintes químicos voláteis do óleo essencial de espécies do gênero Croton.
Composto 1
2
3
4
5 6
7
8 9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
Hexanal (1) x
4-Metil-3-penten-2-ona (2) x
(E)-2-Hexenal (3) x x x
Hexanol (4) x
Heptanal (5) x x
Nonano (6) x
Santolinatrieno (7) x x x
Tricicleno (8) x
x x x x
α
-Tujeno
(9) x
x
x x x x x x x x x x x
α
Pineno
(10)
x
x
X
x
x x x x x x x x x x x x x x x x
Canfeno (11)
x
x x x x x x x x x x x
Tuja-2,4(10)-dieno (12)
x
Benzaldeído (13)
x x x
Verbeneno (14)
x
Sabineno (15)
X
x x x x x x x x x x
1-Octen-3-ol (16)
x
x x
β
-Pineno
(17)
x
x
x
x x x x x x x x x x x
6-Metil-5-hepten-2-ona (18)
x x x x
3-Octanona (19)
x
Mirceno (20)
x
x
x x x x x x x
1,8-Desiidrocineol (21)
x
3-Octanol (22)
x
α
-Felandreno
(23)
x x x x x x x x
3-Careno
(24)
x x x x
α
-Terpineno
(25)
x x x x x x x
1,8-Cineol (26)
x
x x x x x x x x x x x x x
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 23
Composto 1
2
3
4
5 6
7
8 9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
o-Cimeno (27)
x
x
p
-Cimeno (28)
x
x
x x x x x x x x x x x
Limoneno (29)
x
x x x x x x
β
-Felandreno
(30)
x
(Z)-
β
-Ocimeno (31)
x
x x x x x
(E)-
β
-Ocimeno
(32)
x
x x x
γ
-Terpineno
(33)
x
x x x x x x x x x x
Hidrato de cis-sabineno (34)
x x x x x
Octanol (35)
x
Óxido-cis-linalool (36)
x
x x x x x x x x
Óxido-trans-linalool (37)
x
x
o-Guaiacol (38)
x
Canfenilona (39)
x
Terpinoleno (40)
x x x x x
Diidro linalool (41)
x
α
,p-Dimetilestireno
(42)
x
2-Nonanona (43)
x x
Hidrato de trans-sabineno (44)
x x
Linalool (45)
x
x x x x x x x x x x x x x x x
6-Metil-3,5-heptadien-2-ona (46)
x
Nonanal (47)
x
β
-Tujona
(48)
x x
Acetato de 1-octen-3-ila (49)
x
p
-Menta-1,3,8-trieno (50)
x
α
-Fenchol
(51)
x x
trans-Tujona (52)
x x
cis-p-Ment-2-en-1-ol (53)
x x
Crisantenona (54)
x
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 24
Composto 1
2
3
4
5 6
7
8 9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
α
-Canfenolal
(55)
x
Cânfora
(56)
x x x x x x
4-Acetil-1-metilciclohexeno (57)
x x
Hidrato de cânfeno (58)
x
Nopinona (59)
x
trans-Pinocarveol (60)
x
cis-p-Menta-2,8-dien-1-ol (61)
x
trans-Sabinol (62)
x x x
Isoborneol (63)
x x x
Geijereno (64)
x
trans-Verbenol (65)
x x x
Pinocarvona (66)
x x x
Mentofurano (67)
x
Borneol (68)
x
x x x x x x x x x x
cis-Crisantenol (69)
x
Nonanol (70)
x
Ácido octanóico (71)
x
δ
-Terpineol
(72)
x
Terpinen-4-ol (73)
x
x
x x x x x
Mentol (74)
x
p
-Cimen-8-ol (75)
x x
α
-Terpineol
(76)
x
x
x x x x x x
Óxido de
α
-felandreno
(77)
x
Butirato de hexila (78)
x
Salicilato de metila (79)
x
Metil chavicol (80)
x
Verbenona (81)
x
(Z)-Piperitol (82)
x
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 25
Composto 1
2
3
4
5 6
7
8 9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
(E)-Piperitol (83)
x
Decanal (84)
x
x
Formato de mircenila (85)
x
Formato de isobornila (86)
x
Neral (87)
x
Carvona (88)
x
Carvotanacetona (89)
x x
Geraniol (90)
x
x
Acetato de cis-crisantenol (91)
x
Acetato de bornila (92)
x
x x x x
Timol (93)
x
2-Undecanona (94)
x x x
3-Metoxi-acetofenona (95)
x
Carvacrol (96)
x
Tridecano (97)
x
Undecanal (98)
x
(E,E)-2,4-Decadienal (99)
x
δ
-Elemeno
(100)
x x x x x
Acetato de
α
-terpinila
(101)
x
α
-Cubebeno
(102)
x x x x x x x
Eugenol (103)
x x
Acetato de geranila (104)
x
Ciclosativeno (105)
x
α
-Ilangeno
(106)
x
α
-Copaeno
(107)
x
x x x x x x x x x
β
Cubebeno
(108)
x
(E)-Cinamato de metila (109)
x
Cipereno (110)
x x x
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 26
Composto 1
2
3
4
5 6
7
8 9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
cis-
α
-Bergamoteno
(111)
x
x x
Propionato de isobornila (112)
x
Ácido decanóico (113)
x
Sativeno (114)
x
β
-Bourboneno
(115)
x
x x x x x x x x
Isocomeno (116)
x
(E)-
β
-Damascona
(117)
x
β
-Elemeno
(118)
x
x
x
x x x x x x x x x x x x
β
-Cubebeno
(119)
x x
Acetato de decila (120)
x
Isocariofileno (121)
x
Diidro-
β
-ionona
(122)
x
Anetol (123)
x
Elimicina (124)
x x
Isoelemicina (125)
x x
Metil eugenol (126)
x x x x x x
Propil catecol (127)
x
Dodecanal (128)
x
α
-Gurgeneno
(129)
x x x x
β
-Cariofileno
(130)
x
x
x
x
x x x x x x x x x x x x x x x
cis-Tujopseno (131)
x x
α
-Cedreno
(132)
x
β
Copaeno
(133)
x
α
-Santaleno
(134)
x
x
β
-Gurjeneno
(135)
x x x x x x
γ
-Elemeno
(136)
x
x
x x x
trans-
α
-Bergamoteno
(137)
x
x x x x
Aromadendreno (138)
x x x
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 27
Compostos 1
2
3
4
5 6
7
8 9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
α
-Guaieno
(139)
x x
γ
-Patchouleno
(140)
x
Vestinenona (141)
x
epi-
β
-Santaleno
(142)
x
(E)-
β
-Farnenseno (143)
x
Desidroaromadendreno (144)
x
α
-Humuleno
(145)
x
x
x
x x x x x x x x x x x
(E)-Farnenseno (146)
x
cis-Muurola-4(14),5-dieno (147)
x
allo-Aromadendreno (148)
x x x x x x x
γ
-Muuroleno
(149)
x x
Germacreno D (150)
x
x x x x x x x x
γ
-Curcumeno
(151)
x
ar-Curcumeno (152)
x
x
β
-Himachaleno
(153)
x
β
-Selineno
(154)
x
4-epi-Cubebol (155)
x x
Biciclogermacreno (156)
x
x x x x x x x x
Viridifloreno (157)
x
Valenceno (158)
x
x x x
α
-Selineno
(159)
x
β
-Diidroagafurano
(160)
x
α
-Muuroleno
(161)
x x x
cis-Isoeugenol (162)
x
trans-Isoeugenol (163)
x
(E)-Metil isoeugenol (164)
x x x
4-(4-metoxifenil)-2-Butanona
(165)
x
trans-
β
-Guaieno
(166)
x
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 28
Composto 1
2
3
4
5 6
7
8 9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
Cupareno (167)
x
Germacreno A (168)
x x
α
-Elemeno
(169)
x
x
α
-Bulneseno
(170)
x x
(E,E)-
α
-Farneseno (171)
x
δ
-Guaieno
(172)
x
β
-Bisaboleno
(173)
x x x
γ
-Cadineno
(174)
x
x x x x x x x x
Cubebol (175)
x
7-epi-
α
-Selineno
(176)
x
(Z)-γ-Bisaboleno
(177)
x x
cis-Calameneno (178)
x x
δ
-Cadineno
(179)
x
x
x x x x x x x x x x
Kessano (180)
x
trans-Calameneno (181)
x
Cadina-1,4-dieno (182)
x
(Z)-Nerolidol (183)
x x
(E)-
γ
-Bisaboleno
(184)
x
α
-Cadineno
(185)
x x
Furoperlagona A (186)
x
α
-Calacoreno
(187)
x
cis-Muurolol-5-en-β-ol
(188)
x
Elemol (189)
x
x x x
Germacreno B (190)
x x x x x x x
(E)-Nerolidol (191)
x
x
x x x x
(3R e 3S)-9-oxo-Nerolidol (192)
x
β
-Calacoreno
(193)
x
Ácido undecanóico (194)
x
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 29
Composto 1
2
3
4
5 6
7
8 9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
Ledol (195)
x x
Ácido dodecanóico (196)
x
trans-
α
-Bisaboleno
(197)
x
Benzoato de (Z)-3-hexenila (198)
x
Germacreno D-4-ol (199)
x
Espatulenol (200)
x
x
x x x x x x
Óxido de cariofileno
(201)
x
x x x x x x x x x
Hidrato-sabineno (202)
x
Hidrato-trans-sesquisabineno
(203)
x
γ
-Asarona
(204)
x
Globulol (205)
x x
Viridiflorol (206)
x
x x
α
-Humuleno epóxido 1
(207)
x x
Guaiol (208)
x x
Vidrol (209)
x
α
-Humuleno epóxido 2
(210)
x
x x x x x
β
-Oplopenona
(211)
x
Tetradecanal (212)
x
10-epi-
γ
-Eudesmol
(213)
x
Cubenol (214)
x x
1-epi-Cubenol (215)
x
γ
-Eudesmol
(216)
x
Cariofila-4(18),8(15)-dien-5-ol
(217)
x x
τ
Cadinol
(218)
x x x x x
δ
Cadinol
(219)
x
τ
-Muurolol
(220)
x
x x
Gossonorol (221)
x
Hinesol (222)
x
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 30
Composto 1
2
3
4
5 6
7
8 9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
Torreiol (223)
x x x
epi-
α
-Cadinol
(224)
x
α
-Cadinol
(225)
x
x x x x x
epi-
α
-Muurolol
(226)
x
α
-Muurolol
(227)
x x x
allo-Aromadendreno epóxido
(228)
x
β
-Eudesmol
(229)
x
x x x
α
-Eudesmol
(230)
x x
Óxido de
α
-Bisabolol B
(231)
x
Valerianol (232)
x
Cusinol (233)
x
α
-Bisabolol
(234)
x
β
Bisabolol
(235)
x
(E)-Asarona (236)
x
Juniper cânfora (237)
x x
(E)-
γ
-Atlantona
(238)
x
Guaiazuleno (239)
x x
14-Hidróxi-
α
-muuroleno
(240)
x
Palmitato de metila (241)
x
Cembreno A (242)
x
epi-13-Manool (243)
x
Manool (244)
x x
3-
α
-Hidróxi-manool
(245)
x
trans-Totarol (246)
x
Pentadecanal (247)
x
Sulfito de menta (248)
x
Ácido tetradecanóico (249)
x
Hexadecanoato de metila (250)
x
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 31
Composto 1
2
3
4
5 6
7
8 9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
Linolenato de metila (251)
x
Fitol (252)
x
Ácido linoleico (253)
x
Acetato de fitol (254)
x
Veratral (255)
x
4−
α
-Seleniol
(256)
x
Propil-cedril éter (257)
x
Agarospirol (258)
x
ent-Traquiloban-3-ona (259)
x
ent-Traquiloban-3
β
-ol
(260)
x
Isopamara-7,15-dien-3
β
-ol
(261)
x
ent-Traquilobano (262)
x
Caureno (263)
x
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 32
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
(
E
)-2-Hexenal (3)
4-Metil-3-penten-2-ona (2)
Hexanal (1)
H
O
O
H
O
Hexanol (4)
OH
Nonano (6)
Heptanal (5)
H
O
Santolinatrieno (7) Tricicleno (8)
α
-Tujeno (9)
Cânfeno (11)
α
-Pineno (10)
Tuja-2,4(10)-dieno (12)
Verbeneno (14)
Benzaldeído (13)
O H
Sabineno (15)
O H
1-Octen-3-ol (16)
OH
6-Metil-5-hepten-2-ona (18)
β
-Pineno (17)
O
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 33
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
Mirceno (20)
3-Octanona (19)
O
1,8-Desidrocineol (21)
O
3-Careno (24)
3-Octanol (22)
α
-Felandreno (23)
OH
α
-Terpineno (25)
1,8-Cineol (26)
O
o-Cimeno (27)
β
-Felandreno (30)
Limoneno (29)p-Cimeno (28)
(Z)-
β
-Ocimeno (31)
(E)-
β
-Ocimeno (32)
γ
-Terpineno (33)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 34
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
Óxido-cis-linalool (36)
Octanol (35)
Hidrato de cis-sabineno (34)
OH
O
H
OH
HO
H
Óxido-trans-linalool (37)
OH
O
H
α
,p-Dimetilestireno (42)
Diidro linalool (41)Terpinoleno (40)
Canfenilona (39)
o-Guaiacol (38)
OH
O
OMe
OH
H
O
OH
Linalool (45)
O
Hidrato de trans-sabineno (44)
HO
H
O
2-Nonanona (43)
6-Metil-3,5-heptadien-2-ona (46)
Nonanal (47)
β
-Tujona (48)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 35
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
O
HO
OO
OH
O
O
O
Acetato de 1-o cten-3-ila (4 9 )
p -Menta-1,3 ,8-trieno (50)
α
-Fench ol (51)
tran s-Tu jona (5 2)
cis-p-Me nt-2-en-1-ol (5 3) Crisanteno na (54)
α
-Canfeno lal (5 5 )
nfora (5 6)
4-Acetil-1-m e tilciclohexeno (5 7)
OH
OHH
HO
Hidrato de feno (5 8)
No p inona (59)
tran s-Pinoca rveol (6 0)
cis-p-Menta-2 ,8-d ien-1 -ol (61 )
tran s-Sabinol (62)
HO
Isob orn eol (6 3 )
H
Ge ijereno (64)
tran s-Verbenol (65) Pinocarvo n a (66 )
O
H
O
OH
O
O
OH
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 36
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
O
O
OH
OH
Men tofurano (67)
Borneol (68)
cis
-Crisan tenol (69)
HO
Nonan ol (70)
γ
γγ
γ
Te rpineo l (72)
OH
OH
O
O
OH
OH
OH
O
Ác ido oct anóico (71)
Te rp inen -4-o l (73)
OH
Me ntol (74)
p
-Cim en-8-o l (75)
α
αα
α
Te rpineol (76)
Óx ido de
α
αα
α
fel an dren o (77)
Butirat o de hexi la (78)
O
O
Salicil at o de m etila (79)
Met il chavicol (80)
OMe
O
Ve rb en ona (81)
OH
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 37
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
(Z)-Piperitol (82) (E)-Piperitol (83)
OH OH
Formato de mircenila (85)
OHCO
Decanal (84)
Formato de isobornila (86)
Neral (87)
Carvona (88)
O
Carvotanacetona (89)
O
Geraniol (90)
OH
Acetato de cis-crisantenol (91)
OH
AcO
Acetato de bornila (92)
Timol (93)
2-Undecanona (94)
Ac
OMe
3-Metoxi-acetofenona (95)
Carvacrol (96)
OH
O
H
OAc
H
O
5
OCHO
O
5
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 38
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
Tridecano (97)
Undecanal (98)
(E,E)-2,4-Decadienal (99)
δ
-Elemeno (100)
Acetato de
α
-terpinila (101)
α
-Cubebeno (102)
Eugenol (103)
Acetato de geranila (104)
Ciclosativeno (105)
α
-Copaeno (107)
α
-Ilangeno (106)
β
-Cubebeno (108)
OAc
O
H
H
H
OAc
OH
O
H
H
H
H
H
H
(E)-Cinamato de metila (109) Cipereno (110)
H
H
H
OMe O
5
H
O
5
3
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 39
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
cis-
α
-Bergamoteno (111)
Propionato de isobornila (112)
Ácido decanóico (113)
Sativeno (114)
β
-Bourboneno (115)
Isocomeno (116)
(E)-
β
-Damascona (117)
β
-Elemeno (118)
β
-Cubebeno (119)
Acetato de decila (120)
Isocariofileno (121)
Diidro-
β
-ionona (122)
Anetol (123)
Elemicina (124)
O
O
O
H
H
H
H
O
OMe
OMe
OMeMe O
Isoelemicina (125)
OMe
OMeMe O
OH
O
5
O
O
5
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 40
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
OPr
OH
Metil eugenol (126) Propil catecol (127)
Dodecanal (128)
α
-Gurgeneno (129)
β
-Cariofileno (130)
cis-Tujopseno (131)
α
-Cedreno (132)
β
-Copaeno (133)
α
-Santaleno (134)
β
-Gurjeneno (135)
γ
-Elemeno (136)
trans-
α
-Bergamoteno (137)
Aromadendreno (138)
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
OMe
OMe
H
H
γ
-Patchouleno (140)
α
-Guaieno (139)
H
O
5
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 41
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
Vestinenona (141)
epi-
β
-Santaleno (142)
(E)-
β
-Farnenseno (143)
Desidroaromadendreno (144)
α
-Humuleno (145)
(E)-Farnenseno (146)
cis-Muurola-4(14),5-dieno (147)
allo-Aromadendreno (148)
γ
-Muuroleno (149)
Germacreno D (150)
γ
-Curcumeno (151)
ar-Curcumeno (152)
β
-Himachaleno (153)
O
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
OH
H
4-epi-Cubebol (155)
β
-Selineno (154)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 42
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
OMeO
Biciclogermacreno (156)
Viridifloreno (157)
Valenceno (158)
α
-Selineno (159)
β
-Diidroagafurano (160)
α
-Muuroleno (161)
cis-Isoeugenol (162)
trans-Isoeugenol (163)
(E)-Metil isoeugenol (164)
4-(4-metoxifenil)-2-Butanona (165) trans-
β
-Guaieno (166)
H
O
H
H
H
H
OMe
OMe
OMe
HO
OMe
HO
Cupareno (167)
α
-Elemeno (169)
Germacreno A (168)
H
α
-Bulneseno (170)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 43
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
(E,E)-
α
-Farneseno (171)
δ
-Guaieno (172)
β
-Bisaboleno (173)
γ
-Cadineno (174)
Cubebol (175)
7-epi-
α
-Selineno (176)
(Z)-
γ
-Bisaboleno (177)
cis-Calameneno (178)
δ
-Cadineno (179)
Kessano (180)
trans-Calameneno (181) Cadina-1,4-dieno (182)
H
H
OH
H
H
H
H
H
O
OH
H
H
α
-Cadineno (185)
(E)-
γ
-Bisaboleno (184)
(Z)-Nerolidol (183)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 44
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
Furoperlagona A (186)
α
Calacoreno (187)
cis-Muurolol-5-en-
β
-ol (188)
Elemol (189)
Germacreno B (190) (E)-Nerolidol (191)
(3R e 3S)-9-oxo-Nerolidol (192)
β
-Calacoreno (193)
Ledol (195)
Ácido undecanóico (194)
Ácido dodecanóico (196)
trans-
α
Bisaboleno (197)
H
H
HO
OH
H OH
H
OH
O
Ac
OH
OH
O
O
Espatulenol (200)
Germacreno D-4-ol (199)
Benzoato de (Z)-3-hexenila (198)
O
OH
OH
O
4
OH
O
7
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 45
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
Óxido de cariofileno (201)
Hidrato-sabineno (202)
Hidrato-trans-sesquisabineno (203)
γ
-Asarona (204)
Globulol (205)
Viridiflorol (206)
α
-Humuleno exido 1 (207)
Guaiol (208) Vidrol (209)
α
-Humuleno epóxido 2 (210)
β
-Oplopenona (211)
Tetradecanal (212)
O
H
H
O
O
H
H
H
O
11
OH
OH
H
H
OH
HO
HO
OH
OMe
MeO
OMe
O
OH
H
OH
H
OH
1-epi-Cubenol (215)
Cubenol (214)
10-epi-
γ
-Eudesmol (213)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 46
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
γ
-Eudesmol (216)
Cariofila-4(18),8(15)-dien-5-ol (217)
τ
-Cadinol (218)
δ
-Cadinol (219)
τ
-Muurolol (220)
Gossonorol (221)
Hinesol (222)
Torreiol (223)
epi-
α
-Cadinol (224)
α
-Cadinol (225)
epi-
α
-Muurolol (226)
α
-Muurolol (227)
OH
H
H
HO
H
H
HO
H
H
HO
HO
H
H
HO
H
H
HO
H
H
HO
H
H
HO
OH
HO
H
H
H OH
H OH
α
-Eudesmol (230)
β
-Eudesmol (229)
allo-Aromadendreno exido (228)
H
O
H
H
H
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 47
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
(E)-Asarona (236)
Óxido de
α
-Bisabolol B (231)
Valerianol (232) Cusinol (233)
α
-Bisabolol (234)
β
-Bisabolol (235)
Juniper cânfora (237)
(E)-
γ
-Atlantona (238)
Guaiazuleno (239)
14-Hidróxi-
α
-muuroleno (240)
Palmitato de metila (241)
Cembreno A (242)
OMe
MeO
OMe
O
HO
H
HO
HO
H
OH
H
OH
O
H
H
OH
O
O
11
epi-13-Manool (243)
Manool (244)
H
OH
H
OH
H
OH
HO
3-
α
-Hidróxi-manool (245)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 48
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
trans-Totarol (246)
Pentadecanal (247)
Sulfito de Menta (248)
Ácido tetradecanóico (249)
Linolenato de metila (251)
Fitol (252)
Ácido linoleico (253)
Acetato de fitol (254)
OH
H
H
O
11
Hexadecanoato de metila (250)
O
O
1110
OH
O
OH
OH
O
CH
2
HH
CH
3
CH
2
CH
2
(CH
2
)
4
CH
2
CO
2
CH
2
CH
3
3
AcO
S
5
3
OMe
OMe
CHO
H
OH
O
Veratral (255)
4-
α
-Seleniol (256)
Propil-cedril éter (257)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 49
Quadro 2: Estruturas dos constituintes voláteis identificados no óleo essencial de espécies do
gênero Croton.
Agarospirol (258)
ent-Traquiloban-3-ona (259)
ent-Traquiloban-3
β
-ol (260)
Isopamara-7,15-dien-3
β
-ol (261)
ent-Traquilobano (262)
Caureno (263)
O
H
H
O
H
H
OH
H
H
HO
H
H
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 50
3.2. Revisão bibliográfica dos constituintes químicos não-voláteis isolados a partir do
gênero Erythroxylum.
Em trabalho anterior [dos SANTOS, 2002] foi apresentada uma revisão bibliográfica
constando todos os alcalóides e diterpenos isolados a partir das espécies do gênero
Erythroxylum de 1907 até o ano de 2001, devido à grande representatividade destes
compostos em espécies deste gênero.
O presente capítulo trata da atualização desta revisão a partir de 2002 a 2006
acrescido das micromoléculas que compõem as demais classes isoladas do gênero, tais como
flavonóides, triterpenos e esteróides.
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 51
Tabela 2: Micromoléculas isoladas a partir do gênero Erythroxylum.
Classe de Substâncias Espécies Referência
Compostos fenólicos
COOHHO
HO
Ácido caféico (264)
E. coca (264)
E. cuneatum (Mig) Kurz.
(264)
Hegnauer, 1981 (264)
R = H , R
1
= H Ácido Salicílico (265)
R = H , R
1
= Me Salilato de metila (266)
R = OH, R
1
= H Ácido Gentísico (267)
COOR
1
OH
R
E. coca (265-266)
E. novogranatense
Hieron.(267)
Hegnauer, 1981 (265-267)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 52
Classe de Substâncias Espécies Referência
Compostos fenólicos
O
OR
4
OR
3
OR
1
R
2
O
O
OR
5
R
1
=R
2
=R
3
=R
4
=R
5
=H, Quercetina (268)
R
1
=R
2
=R
4
=R
5
=H, R
3
=Gli, Quercetina 3-glicosídeo (269)
R
1
=R
2
=R
4
=R
5
=H, R
3
=Gli-Gli, Quercetina 3-glico-glicosídeo (270)
R
1
=R
2
=R
4
=R
5
=H, R
3
=Gli-Xil, Quercetina 3-glico-xilosídeo (271)
R
1
=R
2
=R
4
=R
5
=H, R
3
=Gli-Ara, Quercetina 3-glico-arabinosídeo (272)
R
1
=R
4
=H, R
2
=AcRha, R
3
=Gli, R
5
=Rha, Quercetina 3-Gli-7-AcRha-3'-Rha (273)
R
1
=R
2
=R
4
=R
5
=H, R
3
=Rut, Rutina (274)
R
1
=R
5
=H, R
2
=R
4
=OMe, R
3
=Rut, Ombuim 3-rutinosideo (275)
R
5
=H, R
1
=Gli, R
2
=R
4
=OMe, R
3
=Rut, Ombuim 3-rutinosideo-5-rutinosídeo (276)
R
1
=R
2
=R
4
=R
5
=H, R
3
=Rha, Quercitrina (277)
R
1
=R
4
=R
5
=H, R
2
=Rha, R
3
=Rha, Quercitrina 7-rhamnosídeo (278)
R
1
=R
4
=R
5
=H, R
2
=Gli, R
3
=Rha, Quercitrina 7-glicosídeo (279)
R
1
=R
3
=R
5
=H, R
2
=Rha, R
4
=Rha, Quercetina 7,4'-rhamnosídeo (280)
R
1
=R
3
=R
4
=H, R
2
=tert-di-AcRha, R
5
=tetr-di-AcRha Quercetina 7,4'-rhamnosídeo (281)
R
1
=R
2
=R
4
=R
5
=H, R
3
=Ara, Quercetina 3-arabinosídeo (282)
R
1
=R
2
=R
4
=R
5
=H, R
3
=Xil, Quercetina 3-xilosídeo (283)
R
1
=R
2
=R
4
=R
5
=H, R
3
=Gal, Quercetina 3-galactosídeo (284)
E. argentinun (274, 275, 276-7)
E. barbatum (269, 271, 275, 282)
E. campestre
(269, 271-2, 275, 282-3)
E. coca (268-9, 274, 277)
E. coca var. ipadu (268, 281)
E. cuspidifolium (282)
E. daphinites (269, 275, 277)
E. engleri (274-5)
E. laurifolium (274)
E. leal costae (277)
E. cf. loefgrenii (269, 274-5, 277)
E. minutifolium (274-5, 277)
E. novogranatense (275)
E. novogranatense. var.
truxillense (273)
E. nummularia (269)
E. pruinosum
(269, 274-5, 277, 282)
E. squamatum (269, 271, 275)
E. suberosum
(269, 271-2, 282, 284)
E. subracemosum
(269, 274-5, 277)
E. subrotundum (269, 275)
E. tenue (275)
E. ulei (268, 280)
E. vacciniifolium
(270, 274-5, 277-9, 282-3)
Hegnauer, 1981
(268, 269, 274, 277)
Bonefeld, 1986 (275)
Iñigo, 1985 (274-7)
Bohm, 1988
(269-70, 271-2, 274-9, 282-4)
Chávez, 1996, (277)
Johnson, 1998 (273, 281)
Johnson, 1999 (268, 280)
Barreiros, 2005 (269)
González-Guevara, 2006
(274-5, 277)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 53
Classe de Substâncias Espécies Referência
Compostos fenólicos
O
O
R
4
OR
3
OR
1
R
2
O
O
R
1
=R
2
=R
4
=H, R
3
=Gli, Kaempferol 3-glicosídeo (285)
R
1
=R
2
=R
4
=H, R
3
=Ara, Kaempferol 3-arabinosídeo (286)
R
1
=R
2
=R
4
=H, R
3
=Gli-Ara, Kaempferol 3-glico-arabinosídeo (287)
R
1
=R
2
=R
4
=H, R
3
=Rut, Kaempferol 3-rutinosídeo (288)
R
1
=R
2
=R
4
=H, R
3
=Rha, Kaempferol 3-rhamnosídeo (289)
R
1
=R
2
=R
4
=H, R
3
=Xil, Kaempferol 3-xilosídeo (290)
R
1
=R
2
=R
4
=H, R
3
=Gli-7-Rha, Kaempferol 3-glicosídeo-7-rhamnosídeo (291)
R
1
=R
2
=R
4
=H, R
3
=Gal, Kaempferol 3-galactosídeo (292)
R
1
=R
4
=H, R
2
=Rha, R
3
=Ara, Kaempferol 3-arabinosídeo-7-rhamnosídeo (293)
R
1
=R
2
=R
3
=R
4
=H, Kaempferol (294)
R
1
=R
4
=H, R
2
=tri-AcGal, R
3
=tri-AcRha, Kaempferol 3-tri-AcRha-7-tri-AcGal (295)
R
1
=R
3
=H, R
2
=Gal, R
4
=Et, Kaempferol 4'-Etil-7-galactosídeo (296)
R
1
=R
4
=H, R
2
=Gal, R
3
=Rha, Kaempferol 3-rhamnosídeo-7-galactosídeo (297)
R
1
=H, R
2
=Ac-di-Rha, R
3
=Ac-di-Rha, R
4
=Et, Kaempferol 4'-Etil-3,7-Ac-di-rhamnosídeo (298
)
E. novogranatense var.
novogranatense (295-7)
E. novogranatense var.
truxillense (298)
E. barbatum (285-6)
E. campestre (287)
E. cuspidifolium (286)
E. daphinites (286)
E. engleri (288)
E. cf. loefgrenii (285, 288-9)
E. pruinosum (285, 288-9)
E. squamatum (285)
E. suberosum (285-6, 290)
E. subracemosum (288)
E. tenue (285, 288-9, 291)
E. vacciniifolium (285-6, 288-93)
E. coca (294)
E. laurifolium (294)
Bohm, 1988 (285-93)
Hegnauer, 1981 (294)
Johnson, 1997 (295-7)
Johnson, 1998
(298)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 54
Classe de Substâncias Espécies Referência
Compostos fenólicos
O
O
R
4
OR
3
OR
1
R
2
O
O
R
1
=H, R
2
=R
3
=Ac-di-Rha, R
4
=Et, 1,2-diidro-Kaempferol 4'-Etil-3,7-Ac-di-rhamnosídeo (299
)
E. novogranatense var.
truxillense (299)
Johnson, 1998 (299)
O
OR
4
OR
3
OR
1
R
2
O
O
R
5
E
p
i
c
a
t
e
q
u
i
n
a
(
3
0
0
)
E. leal costae (300)
E. coca (300)
Hegnauer, 1981 (300)
Chávez, 1996 (300)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 55
Classe de Substâncias Espécies Referência
Compostos fenólicos
O
OR
4
OR
3
OR
1
R
2
O
O
R
5
R
6
R
1
=R
2
=R
3
=R
4
=R
5
=R
6
=H, Catequina (301)
R
1
=R
2
=R
4
=R
5
=R
6
=H, R
3
=Rha, Catequina 3-rhamnosídeo (302)
R
1
=R
2
=R
3
=R
4
=R
5
=H, R
6
=OH, Leucocianidina (303)
E. novogranatense (302)
E. coca (301, 303)
Hegnauer, 1981, (301, 303)
Bonefeld 1986, (302)
R
1
=ORha, R
2
=H, R
3
=R
4
=OH, 6-Hidroxiluteolina 6-rhaminosídeo (304)
R
1
=H, R
2
=ORha, R
3
=R
4
=OH, 8-Hidroxiluteolina 8-rhaminosídeo (305)
R
1
=R
2
=R
4
=H, R
3
=OH, R
5
=tri-AcRha, Luteolina 3-tri-acetilrhaminosídeo (306)
R
1
=R
2
=R
4
=H, R
3
=OEt, R
5
=Rha, Luteolina 3'-etil-3-rhaminosídeo (307)
O
R
4
OH
H
O
O
R
3
R
2
R
1
R
5
E. novogranatense var.
novogranatense (306-7)
E. leal costae (304-5)
Chávez, 1996 (304-5)
Johnson, 1997 (306-7)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 56
Classe de Substâncias Espécies Referência
Compostos fenólicos
O
O
R
3
OH
R
1
O
O
OR
2
R
1
=Rha, R
2
=R
3
=H, Eriodictiol 7-acetilrhamnosídeo (308)
R
1
=tri-AcRha, R
2
=R
3
=H, Eriodictiol 7-tri-acetilrhamnosídeo (309)
R
1
=Rha, R
2
=Et, R
3
=H, Eriodictiol 3'etil-7-acetilrhamnosídeo (310)
R
1
=H, R
2
=Et, R
3
=AcRha, Eriodictiol 3'-etil-4'-acetilrhamnosídeo (311)
R
1
=tri-AcRha, R
2
=Et, R
3
=H, Eriodictiol 3'-etil-7-tri-acetilrhamnosídeo (312)
R
1
=tri-Ac-diRha, R
2
=R
3
=Et, Eriodictiol 3',4'-etil-7-tri-acetil-di-rhamnosídeo (313
)
E. coca var. coca (308-13)
Johnson, 1997 (308-13)
R
1
=AcRha Fisetina 7-acetilrhamnosídeo (314)
O
O
H
R
1
O
O
OH
OH
E. novogranatense var.
truxillense (314)
Johnson, 1998 (314)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 57
Classe de Substâncias Espécies Referência
Compostos fenólicos
O
O
R
5
R
2
O
O
R
4
R
3
OR
1
R
1
=
R
3
=
R
5
=
H
,
R
2
=
t
e
t
r
a
-
A
c
R
h
a
,
R
4
=
O
H
T
a
x
i
f
o
l
i
n
a
3
-
H
-
7
-
t
e
t
r
a
-
a
c
e
t
i
l
r
h
a
m
i
n
o
s
í
d
e
o
(
3
1
5
)
R
1
=H, R
2
=R
5
=tetra-AcRha, R
3
=R
4
=OH Taxifolina 4',7-tetra-di-acetilrhaminosídeo (316)
R
1
=R
4
=H, R
2
=R
5
=tetra-Ac-di-Rha, R
3
=OH Taxifolina 3'-H-4',7-tetra-acetil-di-rhaminosídeo (317)
R
1
=R
2
=H, R
3
=R
5
=tetra-AcRha, R
4
=OH Taxifolina 3'-H-4',3-tetra-acetilrhaminosídeo (318)
R
1
=H, R
2
=R
3
=R
5
=tetra-Ac-tri-Rha, R
4
=OH Taxifolina 4',3,7-tetra-acetil-tri-rhaminosídeo (319)
E. coca var. ipadu (315-19)
Johnson, 1998 (315-19)
R
=
d
i
-
R
h
a
i
s
o
f
l
a
v
B
a
p
t
i
g
e
n
i
n
a
7
-
d
i
-
r
h
a
m
n
o
s
í
d
e
o
-
i
s
o
f
l
a
v
o
n
a
(
3
2
0
)
O
R
O
OH
O
H
OH
OH
OH
O
E. ulei (320)
Johnson, 1999
(320)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 58
Classe de Substâncias Espécies Referência
Compostos fenólicos
R
1
=H, R
2
=di-Rhaisoflav, R
3
=Gli, Genisteína 4'-glicosídeo-7-di-rhamnosídeo-isoflavona (321)
O
R
2
O
OR
1
OR
3
O
E. ulei (321)
Johnson, 1999
(321)
R
1
=H, R
2
=Rha, R
3
=Gal, Genistna 2-metil-4'-galactosídeo-7-rhamnosídeo-isoflavona (322
)
O
R
2
O
OR
1
OR
3
M
e
O
E. ulei (322)
Johnson, 1999
(322)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 59
Classe de Substâncias Espécies Referência
Compostos fenólicos
R
1
=di-Rha, 2-Hidroxi-orobol (323)
O
R
1
O
OH
O
H
O
H
O
O
H
E. ulei (323)
Johnson, 1999 (323)
R
1
=di-Rha, R
2
=Gal, 2,3-diidro-2-metil Orobol (324
)
O
R
1
O
OH
OR
2
M
e
O
OH
E. ulei (324)
Johnson, 1999 (324)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 60
Classe de Substâncias Espécies Referência
Compostos fenólicos
O
R
2
R
4
OH
R
3
O
R
1
R
1
=R
3
=OH, R
2
=Rha, R
4
=ORha, Quercetina 4',3-rhamnosídeo (325)
R
1
=R
4
=OH, R
2
=R
3
=OMe, Ombuim (326)
R
1
=H, R
2
=OH, R
3
=Rha, R
4
=Rut, Kaempferol 4'-rhamno-glicosídeo (327)
R
1
=H, R
2
=OH, R
3
=Rha, R
4
=Rut, Kaempferol 7-rhamnosídeo-3-rutinosídeo (328)
R
1
=H, R
2
=Gli-Rha, R
3
=R
4
=OH, Kaempferol 4'-glico-rhamnosídeo (329)
R
1
=H, R
2
=R
4
=Rha, R
3
=OH, Kaempferol 4',3-rhamnosídeo (330)
E. nummularia (326)
E. coca var. ipadu (325, 327-30)
Barreiros, 2005 (326)
Johnson, 2002 (325, 328-30)
Johnson, 2003 (327)
O
R
2
R
4
OH
R
3
O
R
1
R
1
=OEt, R
2
=OH, R
3
=Rha, R
4
=H, Eriodictiol 3'-etoxi-7-rhamnosídeo (331)
R
1
=OH, R
2
=OH, R
3
=Rha, R
4
=H, Eriodictiol 7-rhamnosídeo (332)
R
1
=OH, R
2
=R
4
=ORha, R
3
=OH, Taxifolina 4',3-rhamnosídeo (333)
R
1
=OH, R
2
=R
3
=R
4
=ORha, Taxifolina 4',3,7-rhamnosídeo (334)
E. coca. var. ipadu (331-4)
Johnson, 2002 (331-4)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 61
Classe de Substâncias Espécies Referência
Compostos fenólicos
L
o
n
c
h
o
c
a
r
p
i
n
a
(
3
3
5
)
OOH
O
E. barbatum (335)
dos Santos, 2003 (335)
D
e
r
r
i
c
i
n
a
(
3
3
6
)
OOH
MeO
E. barbatum (336)
dos Santos, 2003 (336)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 62
Classe de Substâncias Espécies Referência
Compostos fenólicos
R
=OH, Medicarpina (337)
R
=OMe, Homopterocarpina (338)
O
O
R
OCH
3
E. barbatum (337-38)
dos Santos, 2003 (337-38)
E
s
c
o
p
a
r
o
n
a
(
3
3
9
)
O
M
e
O
M
eO O
E. barbatum (339)
dos Santos, 2003 (339)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 63
Classe de Substâncias Espécies Referência
Terpenóides
R
1
R
2
R
3
R
1
= Me(CH
2
)nCOO, n=14, R
2
=H, R
3
= H, Palmitato de
β
ββ
β
-amirila (340)
R
1
= Me(CH
2
)nCOO, n=14, R
2
=OH, R
3
= H, Palmitato de erythrodiol (341)
R
1
= Me(CH
2
)nCOO, n=14, R
2
=OH, R
3
= H, Palmitato do ácido olealico (342)
R
1
= Me(CH
2
)nCOO, n=16, R
2
=H, R
3
= H, Estearato de β
ββ
β-amirila (343)
R
1
= Me(CH
2
)nCOO, n=16, R
2
=OH, R
3
= H, Estearato de erythrodiol (344)
R
1
= Me(CH
2
)nCOO, n=14, R
2
=H, R
3
= O, Palmitato de 3β
ββ
β-hidroxi-11-oxo-olean-12-enila (345)
R
1
= Me(CH
2
)nCOO, n=14, R
2
=H, R
3
= OH, Palmitato de 3β
ββ
β,
,,
, 1
11
1 1
11
1 β
ββ
β-diidroxi-olean-12-enila (346)
R
1
= Me(CH
2
)nCOO, n=14, R
2
=R
3
= OH, Palmitato de 3β
ββ
β,
,,
, 28-diidroxi-olean-12-enila (347)
E. leal costae (340)
E. nummularia (340-4)
E. passerinum (340, 345-7)
Chávez, 1996
(340)
Barreiros, 2005
(340-4)
Barreiros, 2002
(340, 345-7)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 64
Classe de Substâncias Espécies Referência
Terpenóides
R = (CH
2
)
14
Me, Palmitato de lupenila (348)
R = Me, Acetato de lupenila (349)
R
COO
E. leal costae (348-9)
Chávez, 1996
(348-9)
M
e(CH
2
)
14
COO
O
Palmitato de 3
β
ββ
β
-hidroxi-11,12-epoxi-friedolean-14-enila (350
)
E. passerinum (350)
Barreiros, 2002 (350)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 65
Classe de Substâncias Espécies Referência
Terpenóides
P
r
o
c
e
s
t
e
r
o
l
(
3
5
1
)
HHO
O
E. barbatum (351)
dos Santos, 2003 (351)
R
1
=R
2
=H, Erythroxydiol X (352)
R
1
=OH, R
2
=H, Erythroxytriol Q (353)
R
1
=H, R
2
=OH, Devadarool (354)
R
1
=OAc, R
2
=H, 11-Acetoxy-erythroxydiol X (355)
OH
O
H
R
1
R
2
E. barbatum (352-5)
dos Santos, 2003 (352)
dos Santos, 2006 (352-5)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 66
Classe de Substâncias Espécies Referência
Terpenóides
R
1
=O, R
2
=H, Erythroxylisina A (356)
R
1
=OH, R
2
=O, Erythroxylisina B (357
)
H
H
OH
R
1
R
2
E. barbatum (356-7)
dos Santos, 2005 (356-7)
OH
O
H
OH
H
O
ent-Rosan-1-ona-5
α
αα
α
, 15
ξ
ξξ
ξ
, 16-triol (358)
E. barbatum (358)
dos Santos, 2006 (358)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 67
Classe de Substâncias Espécies Referência
Alcalóides
R
1
= -O
2
CPh, R
2
= -CO
2
Me, Cocaína (359)
R
1
= H, R
2
= -COOMe, Éster metílico da ecgonina (360)
R
1
= -O
2
C-CH=CH-Ph, R
2
= -COOMe,
trans
-Cinnamoilcocaína (361)
R
1
= -O
2
C-CH=CH-Ph, R
2
= -COOMe,
cis
-Cinnamoilcocaína (362)
N
C
H
3
R
1
H
R
2
E. laetevirens
(359-2)
Bieri 2006, (359-2)
R
1
=H, R
2
= -COOMe, Anidrido do éster metílico da ecgonina (363)
N
C
H
3
R
2
R
1
E. laetevirens (363)
Bieri 2006, (363)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 68
Classe de Substâncias Espécies Referência
Alcalóides
H
i
g
r
i
n
a
(
3
6
4
)
N
O
E. laetevirens (364)
Bieri 2006, (364)
R
1
=R
2
=R
3
=OH, R
4
=R
5
= H, Calistegina A
3
(365)
R
1
=R
3
=R
4
=OH, R
2
=R
5
= H, Calistegina A
5
(366)
R
1
=R
2
=R
3
=R
5
=OH, R
4
= H, Calistegina B
1
(367)
R
1
=R
2
=R
3
=R
4
=OH, R
5
= H, Calistegina B
2
(368)
R
1
H
N
R
5
R
2
R
3
R
4
E. novogranatense (365-68)
Brock 2005, (365-68)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 69
Classe de Substâncias Espécies Referência
Alcalóides
N
C
H
3
OR
1
R
2
R
3
R
1
= PhCH
2
CO-, R
2
= OH, R
3
= OH, 3-Acetato de Fenila do tropano 3
α
αα
α
,6
β
ββ
β
,7
β
ββ
β
-triol (369)
R
1
= Tmb-, R
2
= H, R
3
= H, 3,4,5-trimetoxibenzoato do 3α
αα
αΗ
ΗΗ
Η,
,,
, 5α
αα
αΗ
ΗΗ
Η-tropano (370)
R
1
= Tmb-, R
2
= OTmc, R
3
= OH, Pervilna A (371)
R
1
= Tmb-, R
2
= OTmc, R
3
= OH, Nxido de Pervileína A (372)
R
1
= Tmb-, R
2
= OTmc, R
3
= H, Pervilna B (373)
R
1
= Tmc-, R
2
= OTmc, R
3
= H, Pervilna C (374)
R
1
= Tmc-, R
2
= OTmc, R
3
= OH, Pervilna D (375)
R
1
= 3-OHPhCH
2
CO-, R
2
= OTmc, R
3
= H, Pervilna E (376)
R
1
= PhCH
2
CO-, R
2
= OTmc, R
3
= H, Pervilna F (377)
R
1
= -Tmc, R
2
= OH, R
3
= H, PervilnaG (378)
R
1
= -Tmc, R
2
= OH, R
3
= OH, Pervilna H (379)
R
1
= -Tmb, R
2
= Tmc-cis, R
3
= H, cis-Pervilna B (380)
R
1
= -OCCH
2
Ph, R
2
= Tmc-cis, R
3
= H, cis-Pervilna F (381)
E. pervilei (369-81)
Silva, 2001 (369-77)
Chin, 2006 (378-81)
Tmc =
O
M
e
OMe
OMe
O
Tmb =
OMe
OMe
OMe
O
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 70
Classe de Substâncias Espécies Referência
Alcalóides
N
R
1
R
3
R
2
R
4
R
1
= -O
2
CCH(Me)
2
, R
2
= H, R
3
= OH, R
4
= H, 3
α
αα
α
-Isobutiriloxi-7
β
ββ
β
-hidroxi-nor-tropano (382)
R
1
= OH, R
2
= H, R
3
= -O
2
CCH
2
Ph, R
4
= H, 3α
αα
α-Hidroxi-7β
ββ
β-fenilacetoxi-nor-tropano (383)
R
1
= -O
2
CCH=CHPh (cis), R
2
= H, R
3
= H, R
4
= CH
3
, 3α
αα
α-(cis)-cinnamoiloxitropano (384)
R
1
= OH, R
2
= -O
2
CCH(Me)CH(OH)Ph, R
3
= OH, R
4
= CH
3
,
3α
αα
α-Hidroxi-6β
ββ
β-(3'-hidroxi-2'-metil-3'-fenilpropioniloxi)-7β
ββ
β-hidroxitropano (385)
E. moonii (382-5)
Khattak, 2002 (382-5)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 71
Classe de Substâncias Espécies Referência
Alcalóides
N
C
H
3
OR
1
R
2
R
3
R
1
= Tmc, R
2
= Tmb, R
3
= OH,
7β
ββ
β-Hidroxi-6β
ββ
β-(3,4,5-trimetoxibenzoiloxi)-3α
αα
α-(E)-(3,4,5-trimetoxicinamoiloxi)-tropano (386)
R
1
= (cis)-Tmc, R
2
= Bz, R
3
= H,
6β
ββ
β-Benzoiloxi-3α
αα
α-(Z)-(3,4,5-trimetoxicinamoiloxi)-tropano (387)
R
1
= H, R
2
= Bz, R
3
= H, 6β
ββ
β-Benzoiloxi-3α
αα
α-hidroxitropano (388)
R
1
= Tmc, R
2
= Bz, R
3
= H, 6β
ββ
β-Benzoiloxi-3α
αα
α-(E)-(3,4,5-trimetoxicinamoiloxi)-tropano (389)
R
1
= Tmc, R
2
= Bz, R
3
= OH, 6β
ββ
β-Benzoiloxi-3α
αα
α-(E)-(3,4,5-trimetoxicinamoiloxi)-tropano-7β
ββ
β-ol (390)
R
1
= Tmc, R
2
= Bz, R
3
= OAc,
7β
ββ
β-Acetoxi-6β
ββ
β-Benzoiloxi-3α
αα
α-(E)-(3,4,5-trimetoxicinamoiloxi)-tropano (391)
E. rotundifolium (386-91)
Chávez, 2002 (386-91)
Capítulo 3 – Revisão Bibliográfica – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 72
Classe de Substâncias Espécies Referência
Alcalóides
N
CH
3
R
4
R
5
R
1
R
2
R
3
R
6
R = Me, Mpc
R = H, Pc
N
O
R
O
OMe
OMe
OMe
Hdmb =
R
1
= OPc, R
2
= H, R
3
= H, R
4
= OMpc, R
5
= H, R
6
= H, Catuabina D (392)
R
1
= OPc, R
2
= OH, R
3
= H, R
4
= OMpc, R
5
= H, R
6
= H, 7
β
ββ
β
-Hidroxicatuabina D (393)
R
1
= OMpc, R
2
= H, R
3
= H, R
4
= OMpc, R
5
= H, R
6
= H, Catuabina E (394)
R
1
= OMpc, R
2
= OH, R
3
= H, R
4
= OMpc, R
5
= H, R
6
= H, 7
β
ββ
β
-Hidroxicatuabina E (395)
R
1
= OMpc, R
2
= CH
3
COO-, R
3
= H, R
4
= OMpc, R
5
= H, R
6
= H, 7
β
ββ
β
-Acetilcatuabina E (396)
R
1
= OMpc, R
2
= H, R
3
= H, R
4
= OHdmb, R
5
= H, R
6
= H, Catuabina F (397)
R
1
= OMpc, R
2
= OH, R
3
= H, R
4
= OHdmb, R
5
= H, R
6
= H, 7
β
ββ
β
-Hidroxicatuabina F (398)
R
1
= OH, R
2
= OH, R
3
= H, R
4
= 3-OHPhCH
2
CO
2
-, R
5
= H, R
6
= H, Catuabina G (399)
R
1
= OMpc, R
2
= H, R
3
= H, R
4
= OH, R
5
= H, R
6
= H, Catuabina H (400)
R
1
= OMpc, R
2
= H, R
3
= H, R
4
= H, R
5
= OH, R
6
= H, 3
α
αα
α
H-Catuabina H (401)
R
1
= OMpc, R
2
= OH, R
3
= H, R
4
= OH, R
5
= H, R
6
= H, 7
β
ββ
β
-Hidroxicatuabina H (402)
R
1
= OMpc, R
2
= H, R
3
= OH, R
4
= OH, R
5
= H, R
6
= H, 7
α
αα
α
-Hidroxicatuabina H (403)
R
1
= OH, R
2
= H, R
3
= H, R
4
= OMpc, R
5
= H, R
6
= H, Catuabina I (404)
R
1
= OH, R
2
= OH, R
3
= H, R
4
= OMpc, R
5
= H, R
6
= H, 7
β
ββ
β
-Hidroxicatuabina I (405)
R
1
= H, R
2
= H, R
3
= H, R
4
= OH, R
5
= H, R
6
= OMpc, Vaccinina A (406)
R
1
= OH, R
2
= H, R
3
= H, R
4
= H, R
5
= H, R
6
= OMpc, Vaccinina B (407)
R
1
= OMpc, R
2
= H, R
3
= H, R
4
= OMpc, R
5
= H, R
6
= H, Catuabina E N-óxido (408)
E. vacciniifolium (392-408)
Zanolari, 2003a (392-399)
Zanolari, 2003b (392, 394-6,
400, 402)
Zanolari, 2005 (400-8)
“Tudo que uma pessoa pode imaginar, outras podem tornar real.”
Julio Verne
Capítulo 4 – Determinação Estrutural
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 74
4. DETERMINAÇÃO ESTRUTURAL
4.1. Determinação estrutural dos constituintes não-voláteis de espécies do gênero
Erythroxylum.
4.1.1. Determinação estrutural de EB
1
.
O tratamento cromatográfico da fração EBLCE-A do extrato hexânico de
Erythroxylum barbatum (Item 5.5.1.2., Pág. 230), forneceu um sólido cristalino incolor, com
ponto de fusão 123,4-128,0
o
C e solubilidade em clorofórmio, denominado EB
1
.
O espectro de RMN
1
H de EB
1
(Fig. 5, Pág. 76), mostrou a absorção de um hidrogênio
olefínico em δ 5,35 (1H-6, d, J = 4,9 Hz) e ainda um hidrogênio representado como um
multipleto em δ 3,52 (1H-3, m), provavelmente ligado a um carbono carbinólico. As
absorções simples e intensas em δ 0,68 (3H-18, s), 0,81 (3H-26, s), 0,86 (3H-29, t), 0,92 (3H-
21, d, J = 6,5 Hz), 1,01 (3H-19, s), além do dubleto em δ 0,84 (3H-27, d, J = 7,0 Hz) foram
atribuídas a seis grupamentos metila. Após a análise dos dados de RMN
1
H obtidos e da
posterior confrontação com dados amplamente relatados na literatura para esteróides,
[POUCHERT, 1993] foi possível relacionar a estrutura de EB
1
ao esteróide
β
-sitosterol.
Estrutura de EB
1
-
β
ββ
β
-sitosterol (409)
21
2
9
26
24
23
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
H
O
25
3
2
1
4
27
28
22
20
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 75
Tabela 3: Comparação entre os dados de RMN
1
H de EB
1
(300 MHz, CDCl
3
) com os dados
descritos na literatura para o
β
-sitosterol (300 MHz, CDCl
3
) [FEITOSA, 1999].
#H
β
-sitosterol
EB
1
3 3,59 3,52
6 5,37 5,35
18
0,69 0,68
19
1,03 1,01
21
0,95 0,92
26
0,86 0,81
27
0,87 0,84
29
0,89 0,86
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 76
Figura 5: Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de EB
1
.
2
1
2
9
26
24
23
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
HO
25
3
2
1
4
27
28
22
20
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 77
4.1.2. Determinação estrutural de EB
2
.
O tratamento cromatográfico da fração EBLCE-A do extrato etanólico do lenho do
caule de Erythroxylum barbatum (Item 5.5.1.2, Pág. 230) forneceu um composto na forma de
um sólido amorfo de cor castanha, com atividade ótica
[
]
20
D
α
= + 16,4° (c = 0,256, CH
3
OH), o
qual foi denominado EB
2
.
A análise no espectro de absorção na região do infravermelho (Fig. 8, Pág. 81) revelou
uma absorção larga em torno de 3414 cm
-1
correspondente à deformação axial da ligação
O–H de álcoois.
O espectro de RMN
13
C (Fig. 10, Pág. 82) mostrou 20 linhas espectrais e, a
comparação com o espectro de RMN
13
C-DEPT 13(Fig. 11, Pág. 82) indicou a existência
de somente carbonos saturados na estrutura de EB
2
, os quais foram identificados da seguinte
forma: 3 carbonos metílicos, 9 carbonos metilênicos, 4 carbonos metínicos e 4 carbonos
quaternários. Os deslocamentos químicos dos carbonos de EB
2
juntamente com os seus
respectivos padrões de hidrogenação encontram-se listados na Tabela 4 a seguir.
Pelos valores tabelados, pôde-se facilmente assinalar os sinais em δ 62,5, 69,6 e 81,9
como sendo referentes a um carbono metilênico e a dois carbonos metínicos carbinólicos,
respectivamente, indicando o caráter oxigenado de EB
2
.
A análise do espectro de RMN
1
H (Fig. 9, Pág. 81) mostrou sinais característicos na
região de proteção em δ 0,22 (1H-19, d, J = 4,2 Hz) e 0,64 (1H-19, d, J = 4,2 Hz), que foram
facilmente relacionados a dois hidrogênios não-equivalentes de um grupo metilênico em um
anel ciclopropânico tetrassubstituído. Este espectro ainda mostrou absorções simples e
intensas em δ 0,80 (3H-20, s), 0,92 (3H-17, s) e 1,06 (3H-18, s) compatíveis com hidrogênios
de três grupamentos metilas, e ainda absorções centradas em δ 3,77 (1H-16, dd, J = 11,1 e 2,5
Hz); 3,44 (1H-16, dd, J = 11,1 e 8,8 Hz); 3,42 (1H-7, m); 3,26 (1H-15, dd, J = 9,0 e 2,5 Hz)
que foram relacionadas a três hidrogênios ligados a carbonos carbinólicos.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 78
Tabela 4: Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
2
.
C CH CH
2
CH
3
16,7
25,2
36,5
38,7
48,5
49,8
69,6
81,9
19,6
23,2
24,5
28,8
31,2
32,2
34,0
43,4
62,5
12,2
18,1
21,7
4 C 4 CH 9 CH
2
3 CH
3
C
20
H
31
2 (HC-O)
1 (H
2
C-O) C
20
H
34
O
3
A análise do espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a
uma ligação (HMQC) (Fig. 13, Pág. 84) permitiu assinalar claramente as correlações em δ
0,22 e 0,64 ao carbono em δ 24,5 (CH
2
-19), e revelou também as correlações dos hidrogênios
δ 3,44 e 3,77 com o carbono hidroximetilênico em δ 62,5 (CH
2
-16); do hidrogênio em δ 3,26
e o carbono hidroximetínico carbinólico em δ 81,9 (CH-15), e entre o hidrogênio em δ 3,42 e
o carbono em δ 69,6 (CH-7). Através da análise deste espectro, foi possível realizar os
assinalamentos inequívocos de cada absorção de carbono com os seus respectivos
hidrogênios, de acordo com a Tabela 5 (Pág. 80).
Com base nestes dados, realizou-se uma análise mais detalhada a cerca da estrutura de
EB
2
através do espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C à longa
distância (HMBC) (Fig. 14, Pág. 85). Está análise permitiu inferir as correlações de ambos os
hidrogênios metilênicos do anel ciclopropânico em δ 0,22 e 0,64 (H-19) com o grupamento
metila em δ 21,7 (CH
3
-18,
3
J
CH
), com o carbono metilênico em δ 32,2 (CH
2
-3,
3
J
CH
), com o
carbono metínico em δ 49,8 (CH-10,
3
J
CH
) e também com o carbono quaternário em δ 25,2
(C-5,
2
J
CH
). Este espectro revelou ainda acoplamentos do hidrogênio metínico carbinólico em
δ 3,26 (H-15) com um grupamento metilênico em δ 62,5 (CH
2
-16,
2
J
CH
) revelando uma
unidade 1,2-glicol. A posição do terceiro grupamento hidroxila foi determinada através da
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 79
correlação entre o hidrogênio δ 3,42 (H-7) com um carbono metínico em δ 48,5 (CH-8,
2
J
CH
)
como mostrado na figura abaixo.
Figura 6: Principais correlações no espectro de HMBC de EB
2
.
O espectro bidimensional de correlação homonuclear
1
H,
1
H-COSY (Fig. 12, Pág. 83)
também revelou a presença de um diol vicinal do tipo 1,2-glicol –CH(OH)–CH
2
OH na
estrutura parcial de EB
2
, através da correlação dos hidrogênios carbinólicos em δ 3,26 (H-15)
com o outro hidrogênio em δ 3,77 (H-16), que por sua vez acoplou com o outro hidrogênio
em δ 3,44 (H-16). O terceiro grupo hidroxila em δ 3,42 (H-7), correlacionado com o
hidrogênio em δ 1,30 (H-8) (Fig. 7). Diante de tais informações, foi possível caracterizar o
composto EB
2
como sendo o diterpeno do tipo devadarano hidroxidevadarool, já descrito na
literatura [SOMAN, 1964].
Figura 7: Principais correlações do espectro COSY de EB
2
.
Apesar de ser descrito na literatura como um composto micromolecular isolado da
espécie Erythroxylum monogynum [SOMAN, 1964], o composto hidroxidevadarool possui
caráter inédito na espécie E. barbatum.
15
16
H
O
H
O
H
H
H
H
HO H
7
8
OH
OH
H
17
16
15
13
4
5
6
1
2
3
18
19
10
20
8
7
6
H
OH
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 80
Estrutura de EB
2
– Hidroxidevadarool (410)
Tabela 5: Dados de RMN
1
H (500 MHz) e
13
C (125 MHz) em CD
3
OD para o composto EB
2
incluindo os resultados obtidos por espectros 2D heteronucleares HMQC e HMBC.
HMQC HMBC
#C
δ
C
δ
H
2
J
CH
3
J
CH
1 23,2 - - -
2 19,6 1,50 (m) - -
3 32,2 1,62 (m) - 3H-18; 2H-19
4 16,7 - 2H-19; 3H-18
-
5 25,2 - 2H-19 3H-18
6 43,4 1,58 (m) - 1H-10; 2H-19
7 69,6 3,42 (m) 1H-6; 1H-8 -
8 48,5 1,30 (m) - 3H-20
9 38,7 - 3H-20 -
10 49,8 1,35 (m) - 2H-19; 3H-20
11 34,0 1,50; 1,18 (m) - 3H-20
12 28,8 1,61 (m) - 3H-17
13 36,5 - 3H-17 -
14 31,2 1,28; 1,57 (m) - 3H-17
15 81,9 3,26 (dd, J=9,0 e 2,5 Hz) 2H-16 2H-12, 3H-17
16 62,5 3,44 (dd, J=11,1 e 2,5 Hz)
3,77 (dd, J=11,1 e 9,0 Hz)
1H-15 -
17 18,1 0,92 (s) - -
18 21,7 1,06 (s) - 2H-19
19 24,5 0,64 (d, J=4,2 Hz)
0,22 (d, J=4,2 Hz)
- 3H-18
20 12,2 0,80 (s) - 2H-19
15
16
4
1
2
3
18
O
H
O
H
OH
5
6
7
8
9
11
12
20
19
13
14
10
17
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 81
Figura 8: Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
2
.
Figura 9: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CD
3
OD) de EB
2
.
15
16
4
1
2
3
18
O
H
O
H
OH
5
6
7
8
9
11
12
20
19
13
14
10
17
15
16
4
1
2
3
18
O
H
O
H
OH
5
6
7
8
9
11
12
20
19
13
14
10
17
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 82
Figura 10: Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CD
3
OD) de EB
2
.
Figura 11: Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CD
3
OD) de EB
2
.
15
16
4
1
2
3
18
O
H
O
H
OH
5
6
7
8
9
11
12
20
19
13
14
10
17
15
16
4
1
2
3
18
O
H
O
H
OH
5
6
7
8
9
11
12
20
19
13
14
10
17
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 83
Figura 12: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H COSY (500 MHz, CD
3
OD) de EB
2
.
15
16
4
1
2
3
18
O
H
O
H
OH
H
H
H
5
6
7
8
9
11
12
20
19
13
14
10
17
1
2
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 84
Figura 13: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMQC (500, 125 MHz, CD
3
OD) de
EB
2
.
15
16
4
1
2
3
18
O
H
O
H
OH
H
H
H
5
6
7
8
9
11
12
20
19
13
14
10
17
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 85
Figura 14: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (500, 125 MHz, CD
3
OD) de
EB
2
.
15
16
4
1
2
3
18
O
H
O
H
OH
H
H
H
5
6
7
8
9
11
12
20
19
13
14
10
17
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 86
Figura 15: Principais correlações do espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (500,
125 MHz, CD
3
OD) de EB
2
– expansão 1.
4
5
6
1
2
3
18
19
10
1
2
3
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 87
Figura 16: Principais correlações do espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (500,
125 MHz, CD
3
OD) de EB
2
– expansão 2.
13
15
16
17
O
H
OH
H
1
20
8
7
6
H
OH
2
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 88
4.1.3. Determinação estrutural de EB
3
.
O tratamento cromatográfico da fração EBLCE-A do extrato etanólico do lenho do
caule de Erythroxylum barbatum (Item 5.5.1.2, Pág. 230), forneceu um composto na forma de
um cristal incolor, com p.f. 182,1-185,2 ºC, e rotação ótica
[
]
20
D
α
= -15,7º (c = 0,304,
CH
3
OH), denominado EB
3
.
A análise no espectro de absorção na região do infravermelho de EB
3
(Fig. 18, Pág.
92) revelou uma absorção larga em torno de 3367 cm
-1
, correspondente à deformação axial da
ligação O–H de álcoois.
O espectro de RMN
13
C (Fig. 20, Pág. 93) mostrou 20 linhas espectrais. A posterior
análise comparativa com o espectro de RMN
13
C-DEPT 135° (Fig. 21, Pág. 93) permitiu
correlacionar a existência de somente carbonos saturados na estrutura de EB
3
, que foram
identificados da seguinte forma: 3 carbonos metílicos, 9 carbonos metilênicos, 4 carbonos
metínicos e 4 carbonos quaternários. Os deslocamentos químicos dos carbonos de EB
3
com os
seus respectivos padrões de hidrogenação encontram-se listados na Tabela 6 a seguir:
Pelos valores tabelados, pôde-se facilmente assinalar os sinais em δ 62,2, 75,3 e 81,0
como sendo referentes a um carbono hidroximetilênico e dois carbonos hidroximetínicos,
confirmando o caráter oxigenado de EB
3
observado no espectro de absorção na região do
IV.
A análise do espectro de RMN
1
H (Fig. 19, Pág. 92) mostrou sinais característicos na
região de proteção em δ 0,13 (1H-19, d, J = 4,2 Hz) e 0,59 (1H-19, d, J = 4,2 Hz), os quais
foram facilmente correlacionados a hidrogênios não-equivalentes de um grupo metilênico em
um anel ciclopropânico tetrassubstituído como observado para EB
2
. Este espectro ainda
mostrou absorções simples e intensas em δ 0,86 (3H-20, s) 0,98 (3H-17, s) e 1,04 (3H-18, s)
compatíveis com três grupamentos metilas, e absorções centradas em δ 3,72 (1H-16, dd,
J = 11,1 e 2,3 Hz); 3,43 (1H-16, dd, J = 11,1 e 8,8 Hz); 3,58 (1H-11, dd, J = 8,2 e 7,5 Hz);
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 89
3,21 (1H-15, dd, J = 8,8 e 2,3 Hz), que foram relacionadas a quatro hidrogênios ligados a
carbonos carbinólicos.
Tabela 6: Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
3
.
C CH CH
2
CH
3
17,4
26,3
37,3
44,2
41,1
51,1
75,3
81,0
23,1
23,6
24,6
28,2
32,4
34,0
36,7
39,6
62,2
5,7
18,9
21,9
4 C 4 CH 9 CH
2
3 CH
3
C
20
H
31
2 (HC-O)
1 (H
2
C-O) C
20
H
34
O
3
A análise do espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a
uma ligação (HMQC) (Fig. 23, Pág. 95), permitiu assinalar claramente as absorções em δ 0,59
e 0,13 (H-19) ao carbono metilênico em δ 24,6 (CH
2
-19), e revelou também as correlações
entre os hidrogênios δ 3,43 e 3,72 (H-16) ao carbono metilênico carbinólico em δ 62,2 (CH
2
-
16), do hidrogênio metínico em δ 3,58 (H-11) ao carbono δ 75,3 (CH-11) e do hidrogênio em
δ 3,21 (H-15) ao carbono metínico carbinólico em δ 81,0 (CH-15). Através da análise deste
espectro, foi possível realizar os assinalamentos inequívocos de cada absorção de carbono
com os seus respectivos hidrogênios, de acordo com a Tabela 6 (Pág. 89).
A análise do espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C à
longa distância (HMBC) (Fig. 24, Pág. 96) permitiu inferir as correlações de ambos os
hidrogênios metilênicos do anel ciclopropânico em δ 0,13 e 0,59 (H-19) com o grupamento
metila em δ 21,9 (CH
3
-18,
3
J
CH
), com um carbono metilênico em δ 32,4 (CH
2
-3,
3
J
CH
), com
um carbono metínico em δ 51,1 (CH-10,
3
J
CH
) e também com um carbono quaternário em
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 90
δ 26,3 (C-5,
2
J
CH
). Foram observados ainda acoplamentos do hidrogênio metínico carbinólico
em δ 3,21 (H-15) com um grupamento metila angular em δ 18,9 (CH
3
-17,
3
J
CH
), e com dois
grupamentos metilênicos em δ 36,7 (CH
2
-14,
3
J
CH
) e δ 39,6 (CH
2
-12,
3
J
CH
). A posição do
terceiro grupamento hidroxila foi determinada através da correlação do hidrogênio δ 3,58 (H-
11) com o carbono metílico em δ 5,7 (CH
3
-20,
3
J
CH
) e o metilênico em δ 39,6 (CH
2
-12,
2
J
CH
).
Figura 17: Principais correlações no espectro de HMBC de EB
3
.
A evidência da presença de um diol vicinal do tipo 1,2-glicol –CH(OH)–CH
2
OH
também na estrutura de EB
3
, foi obtida através do espectro bidimensional de correlação
homonuclear
1
H,
1
H-COSY (Fig. 22, Pág. 94). Neste espectro foi visualizada a correlação dos
hidrogênios carbinólicos em δ 3,21 (H-15) com o outro hidrogênio em δ 3,72 (H-16), e este,
por sua vez, acoplando com o outro hidrogênio em δ 3,43 (H-16).
Desta forma os dados acima descritos levaram à conclusão que EB
3
tratava-se do
diterpeno devadarano erythroxytriol Q. Apesar de já ser descrito na literatura como uma
micromolécula isolada de espécies do gênero Erythroxylum como E. aerolatum, E.
macrocarpum, E. sideroxyloides [ANSELL, 1993], e E. monogynum [KAPADI, 1983],
[CONNOLLY, 1967], este composto possui caráter inédito na espécie E. barbatum, e seus
respectivos dados de RMN
13
C estão sendo descritos pela primeira vez na literatura.
4
5
6
1
2
3
18
19
10
9
12
20
10
OH
H
O
H
OH
H
17
16
15
13
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 91
Estrutura de EB
3
– Erythroxytriol Q (411)
Tabela 7: Dados de RMN
1
H (300 MHz) e
13
C (75 MHz) em CD
3
OD para o composto EB
3
incluindo os resultados obtidos dos espectros 2D HMQC e HMBC.
HMQC
HMBC
#C
δ
C
δ
H
2
J
CH
3
J
CH
1 23,1 0,90 (m), 2,12(m) - -
2 28,2 1,30 (m), 1,50 (m) - -
3 32,4 1,60 (m) - 3H-18
4 17,4 - 3H-18; 2H-19 -
5 26,3 - 2H-19 3H-18
6 34,0 1,30 (m), 1,72 (m) - 2H-19
7 23,6 1,12 (m), 1,50 (m) - -
8 41,1 1,45 (m) - 3H-20
9 44,2 - 3H-20 H-12
10 51,1 1,50 (m) - H-11, 3H-18, 2H-19
11 75,3 3,58 (dd, J=8,2 e 7,5 Hz) 2H-12 3H-20
12 39,6 1,52 (m) - 3H-17
13 37,4 - H-12, 3H-17 -
14 36,7 0,80 (m), 1,40 (m) - H-12, 3H-17
15 81,0 3,21 (dd, J=8,8 e 2,3 Hz) 2H-16 H-12, 3H-17
16 62,2 3,43 (dd, J=11,1 e 8,8 Hz)
3,72 (dd, J=11,1 e 2,3 Hz)
- -
17 18,9 0,98 (s) - -
18 21,9 1,04 (s) - 2H-19
19 24,6 0,59 (d, J=4,2 Hz)
0,13 (d, J=4,2 Hz)
- 3H-18
20 5,71 0,86 (s) - -
O
H
O
H
HO
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 92
Figura 18: Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
3
.
Figura 19: Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CD
3
OD) de EB
3
.
O
H
O
H
HO
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
O
H
O
H
HO
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 93
Figura 20: Espectro de RMN
13
C-BB (75 MHz, CD
3
OD) de EB
3
.
Figura 21: Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (75 MHz, CD
3
OD) de EB
3
.
O
H
O
H
HO
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
O
H
O
H
HO
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 94
Figura 22: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H COSY (300 MHz, CD
3
OD) de EB
3
.
15
16
H
O
H
O
H
H
H
1
2
O
H
O
H
HO
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 95
Figura 23: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMQC (300, 75 MHz, CD
3
OD) de EB
3
.
O
H
O
H
HO
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 96
Figura 24: Principais correlações do espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (300,
75 MHz, CD
3
OD) de EB
3
.
OH
O
H
HO
H
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
1
3
2
9
12
20
10
OH
H
4
5
1
2
3
18
19
10
4
5
6
7
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 97
4.1.4. Determinação estrutural de EB
4
.
O tratamento cromatográfico da fração EBLCE-A do extrato hexânico de
Erythroxylum barbatum (Item 5.5.1.2., Pág. 230), forneceu um sólido amorfo branco, com
ponto de fusão 288,8-291,3
o
C e solubilidade em piridina, que foi denominado EB
4
.
A análise no espectro de absorção na região do infravermelho (Fig. 25, Pág. 100)
revelou uma absorção larga correspondente à deformação axial da ligação O–H, em 3401
cm
-1
, que foi confirmado pelas absorções em 1069 e 1025 cm
-1
características de deformação
axial da ligação –C–O– de álcoois.
O espectro de RMN
1
H de EB
4
(Fig. 26, g. 100), apresentou sinais na faixa de δ
5,07 a 4,06 compatíveis com hidrogênios ligados a carbonos oxigenados, e ainda sinais na
faixa δ 2,73-0,68 associados a hidrogênios de esqueleto terpenoídico esteroidal.
O espectro de RMN
13
C (Fig. 27, Pág. 101) mostrou 39 linhas espectrais das quais, de
acordo com a teoria do deslocamento químico de RMN
13
C, foram relacionados a carbonos
com hibridação sp
2
δ (141,1, e 122,1), seis carbonos sp
3
oxigenados δ (102,7, 78,7, 78,3, 71,8,
75,5, 62,9) e as demais foram associadas a carbonos sp
3
não-funcionalizados δ (57,0-12,1).
A comparação dos dados físicos e espectroscópicos de RMN
13
C obtidos, com aqueles
descritos na literatura para esteróides (Tab. 8, Pág. 99) corroborou para a caracterização do
glicosídeo do β-sitosterol para EB
4
[ARAGÃO, 1990].
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 98
Estrutura de EB
4
β
ββ
β-sitosterol glicosilado (412)
GliO
H
H H
H
1
2
3
4
5
6
7
8
9
1 0
1 1
1 2
1 3
1 4
1 5
1 6
1 7
1 8
1 9
2 0
2 1
2 2
2 3
2 4
2 5
2 6
2 7
2 8
2 9
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 99
Tabela 8: Comparação entre os dados de RMN
13
C de EB
4
(75 MHz, C
5
D
5
N) com os dados
descritos na literatura para o β-sitosterol e estigmasterol [ARAGÃO, 1990].
β-sitosterol
EB
4
#C
δ δ
1 37,2 37,6
2 31,6 30,4
3 71,7 71,8
4 38,9 40,1
5 140,7 141,1
6 121,6 122,1
7 31,8 32,3
8 31,8 32,2
9 50,1 50,5
10 36,4 37,1
11 21,1 21,4
12 39,7 39,5
13 42,3 42,6
14 56,7 57,0
15 24,2 24,6
16 28,1 28,7
17 56,1 56,4
18 11,9 12,1
19 19,3 19,6
20 36,0 36,5
21 21,1 20,1
22 33,9 34,3
23 26,1 26,5
24 45,8 46,2
25 29,1 29,6
26 19,6 19,4
27 18,9 19,2
28 23,0 23,5
29 11,9 12,3
1’ 102,7
2’ 75,5
3’ 78,3
4’ 71,8
5’ 78,7
6’ 62,9
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 100
Figura 25: Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
4
.
Figura 26: Espectro de RMN
1
H (300 MHz, C
5
D
5
N) de EB
4
.
7
6
5
4
3
2
1
29
28
27
26
25
24
23
22
21
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
GliO
H
H H
H
7
6
5
4
3
2
1
29
28
27
26
25
24
23
22
21
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
GliO
H
H H
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 101
Figura 27: Espectro de RMN
13
C-BB (75 MHz, C
5
D
5
N) de EB
4
.
Figura 28: Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (75 MHz, C
5
D
5
N) de EB
4
.
7
6
5
4
3
2
1
29
28
27
26
25
24
23
22
21
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
GliO
H
H H
H
7
6
5
4
3
2
1
29
28
27
26
25
24
23
22
21
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
GliO
H
H H
H
7
6
5
4
3
2
1
29
28
27
26
25
24
23
22
21
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
GliO
H
H H
H
7
6
5
4
3
2
1
29
28
27
26
25
24
23
22
21
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
GliO
H
H H
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 102
4.1.5. Determinação estrutural de EB
5
.
O tratamento cromatográfico da fração EBRH-D do extrato hexânico das raízes de
Erythroxylum barbatum (Item 5.5.2.2., Pág. 233) forneceu um composto na forma de cristais
incolores, com ponto de fusão 200,9-204,1
o
C e atividade ótica
[
]
20
D
α
=
-86,6° (c = 0,350,
CHCl
3
), o qual foi denominado EB
5
.
A análise no espectro de absorção na região do infravermelho (Fig. 33, Pág. 108)
revelou uma absorção fina em torno de 3559 cm
-1
, correspondente à deformação axial da
ligação O–H, que foi confirmada pelas absorções em 1060 cm
-1
característica de deformação
axial da ligação –C–O– de álcoois. Além disso, foi observada uma absorção em 1692 cm
-1
referente a uma deformação axial C=O de grupamento carbonila.
O espectro de RMN
13
C (Fig. 35, Pág. 109) mostrou 20 linhas espectrais. A posterior
análise comparativa com o espectro de RMN
13
C-DEPT 135° (Fig. 36, Pág. 109) permitiu
correlacionar os carbonos na estrutura de EB
5
com seu respectivo padrão de hidrogenação, os
quais foram identificados da seguinte forma: 3 carbonos metílicos, 9 carbonos metilênicos, 2
carbonos metínicos e 6 carbonos não-hidrogenados. Os deslocamentos químicos dos carbonos
de EB
5
juntamente com os seus respectivos padrões de hidrogenação encontram-se listados na
Tabela 9 (Pág. 103).
Pelos valores tabelados, pôde-se facilmente assinalar o sinal de um carbono metilênico
em uma dupla terminal em δ 102,6, além de sinais em δ 217,4 e 79,7 referentes a carbonos
não-hidrogenados carbonílico e carbinólico, respectivamente. Tais dados confirmaram o
caráter oxigenado de EB
5
observado no espectro de absorção na região do IV.
A análise no espectro de RMN
1
H (Fig. 34, Pág. 108) mostrou sinais característicos de
dois hidrogênios o-equivalentes de um grupo metilênico terminal em δ 4,93 (1H-17, t,
J = 1,9 Hz) e δ 4,77 (1H-17, t, J = 1,9 Hz). Este espectro ainda revelou absorções simples e
intensas em δ 0,94 (3H-18, s), 1,05 (3H-19, s) e 1,30 (3H-20, s), compatíveis com hidrogênios
de três grupamentos metilas, e absorções centradas em δ 2,82 (1H-2, ddd, J = 13,4; 12,1 e 5,3
Hz) e 2,73 (1H-15, qt, J = 17,3 e 2,3 Hz).
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 103
Tabela 9: Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
5
.
C CH CH
2
CH
3
33,4
40,8
52,3
79,7
157,5
217,4
47,4
57,6
20,4
23,1
35,8
40,1
40,8
41,1
42,3
56,6
102,6
23,4
32,5
32,5
6 C 2 CH 9 CH
2
3 CH
3
C
20
H
29
1 (C-O)
1 (C=O)
C
20
H
30
O
2
A análise do espectro de RMN bidimensional de correlação homonuclear
1
H,
1
H
(COSY) (Fig. 37, Pág. 110), revelou um subsistema contendo dois grupos metilênicos
adjacentes através das correlações dos hidrogênios em δ 2,82 (1H-2, ddd, J=13,4; 12,1 e 5,3
Hz) e 2,14 (1H-2, dd, J = 13,4 e 4,9 Hz), δ 1,78 (1H-3, m) e 1,65 (1H-3, m), além de um
típico acoplamento alílico entre os tripletos em δ 4,93 e 4,77 (2H-17) com um grupo
metilênico em δ 2,73 (1H-15, qd, J = 17,3 e 2,3 Hz) e 2,03 (1H-15, td, J = 17,3 e 2,7 Hz).
Figura 29: Principais correlações do espectro COSY de EB
5
.
A análise do espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a
uma ligação (HMQC) (Fig. 38, Pág. 111), possibilitou realizar as correlações inequívocas de
17
15
3
10
4
3
2
1
H
O
H
H
H
O
H
H
H
H
1
2
4
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 104
cada absorção de carbono com os seus respectivos hidrogênios, de acordo com a Tabela 12.
Em particular, foi possível assinalar as absorções em δ 4,93 e 4,77 ao carbono metilênico
terminal em δ 102,6 (CH
2
-17), e dos hidrogênios δ 2,82, 2,14 e δ 2,73, 2,03 aos carbonos
metilênicos em δ 35,8 (CH
2
-2) e 40,8 (CH
2
-15), respectivamente. Pôde-se visualizar ainda as
correlações dos hidrogênios em δ 0,94, 1,05 e 1,30 aos carbonos metílicos em δ 32,5 (CH
3
-18
e CH
3
-19) e 23,4 (CH
3
-20).
As deduções acima foram confirmadas pelas conectividades observadas à longa
distância no espectro de HMBC (Fig. 39, Pág. 112), que revelou as correlações dos
hidrogênios metilênicos em δ 2,82 (H-2β) e 2,14 (H-2α) com os sinais de carbono em δ 42,3
(CH
2
-3,
2
J
CH
), 33,4 (C-4,
3
J
CH
), 52,3 (C-10,
3
J
CH
) e 217,4 (C-1,
2
J
CH
), e do grupamento metila
em δ 1,30 (H-20,
3
J
CH
) com os sinais em δ 47,4 (CH-9,
3
J
CH
), 52,3 (C-10,
2
J
CH
) e 57,6 (CH-5,
3
J
CH
). Além disso, as correlações de dois grupos metilas em δ 1,05 (H-19) e 0,94 (H-18) com
os sinais de δ 42,3 (CH
2
-3,
3
J
CH
), 33,4 (C-4,
2
J
CH
) e 57,6 (CH-5,
3
J
CH
) e do hidrogênio em δ
1,24 (H-5) a duas ligações como os carbonos em δ 33,4 (C-4), 20,4 (CH
2
-6) e 52,3 (C-10),
confirmaram a presença de um sistema decalina com um grupo ceto na posição C-1 (Fig. 30,
Pág. 104). Com base nas correlações entre o carbono carbinólico em δ 79,7 (C-13) com os
dois hidrogênios olefínicos H-17 (δ 4,93 e 4,77), e de ambos hidrogênios metilênicos H-14 (δ
1,65 e 1,44), H-15 (δ 2,73 e 2,03) e H-16 (δ 1,82 e 1,60), a exata localização da ligação dupla
exocíclica entre os átomos de carbono C-16 (δ 156,7) e C-17 (δ 102,6) e do grupo hidroxila
no carbono C-13 (δ 79,7) foi deduzida. O completo e inequívoco assinalamento dos
deslocamentos dos hidrogênios e átomos de carbono do composto EB
5
foi sumarizado na
Tabela 12.
Figura 30: Correlações inequívocas da porção decalina do composto EB
5
.
1 0
4
3
2
1
H
O
H
H
2 0
1 0
8
5
1
H
O
H
2 0
5
4
3
O
1 0
6
5
4
H
O
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 105
Uma importante informação a cerca da configuração relativa nos centros
estereogênicos e da conformação preferencial do composto EB
5
foi deduzida a partir do
experimento NOESY (Fig. 41, Pág. 114). Um conveniente ponto de interação dipolar foi o
importante “cruzamento de picos” associado com a interação dipolar do grupo metila C-20
com o grupo metilênico C-15, o qual sugeriu a orientação syn periplanar destes grupos. Além
disso, as correlações de NOE do grupo metila em H-20 com o outro em H-19 também
indicam a sua estereoquímica. As interações dipolares observadas de H-5 com o metil em
H-18, mas não com H-19, também confirmaram a configuração relativa mostrando que os
hidrogênios encontram-se do mesmo lado.
Figura 31: Seleção de correlações de NOESY observadas para EB
5
.
O diagnóstico das feições espectrais de RMN e as interações do NOE levam a
conclusão que EB
5
possui um novo e incomum esqueleto diterpênico, o qual é similar ao
esqueleto tipo caureno, porém com uma conformação do anel D com orientação-cis dos
carbonos CH
3
-20 e CH
2
-15 (Fig. 31) [CAMBIE, 1989].
A análise por difração de Raio-X comprovou a configuração relativa e a conformação
no estado sólido da molécula, confirmando definitivamente a estereoquímica do CH
3
-20 e
CH
2
-15 sugerida. A distância calculada entre os H-15 e H-20 (1,93 Å) foi consistente com a
interação dipolar observado para os hidrogênios no espectro de NOESY.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 106
Figura 32: ORTEP ilustração mostrando a estereoquímica relativa de EB
5
. Os hidrogênios
são mostrados na posição idealizada.
A fórmula C
20
H
30
O
2
pôde ser confirmada através do espectro de massas (Fig. 42, Pág.
115) de EB
5
que apresentou o pico com razão massa/carga (m/z) 302 daltons. Com base em
todas as informações descritas acima, a estrutura do composto EB
5
está sendo relatada pela
primeira vez na literatura e foi denominada de erythroxylisina A.
Estrutura de EB
5
– Erythroxylisina A (413)
12
20
19
18
1
7
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
O
O
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 107
Tabela 10: Dados de RMN de
1
H (500 MHz) e
13
C (125 MHz) em CDCl
3
para o composto
EB
5
incluindo os resultados obtidos por espectros 2D heteronucleares HMQC e HMBC.
HMQC HMBC
δ
C
δ
H
2
J
CH
3
J
CH
C
1
217,4 - 2H-2 2H-3
2
35,8 2,82 (ddd, J = 13,4, 12,1, 5,3 Hz)
2,14 (td, J =13,4, 4,9 Hz)
2H-3 -
3
42,3 1,78 (m)
1,65 (m)
2H-2 H-5, H-9, 3H-18, 3H-19,
3H-20
4
33,4 - H-5, 3H-18,
3H-19
2H-2
5
57,6 1,24 (dd, J = 11,0, 1,9 Hz) - 3H-18, 3H-19, 3H-20, 2H-3,
2H-7
6
20,4 1,52 (m);
1,42 (m)
H-5 -
7
41,1 1,52 (d, J = 8,4 Hz);
1,42 (m)
- -
8
40,8 - 2H-15 -
9
47,4 1,67 (m) 2H-11
2H-7, H-15β, 3H-20
10
52,3 - H-9, H-5,
3H-20
H-2β
11
23,1 2,05 (m)
1,31 (m)
- -
12
40,1 1,82 (m); 1,60 (m) - H-9
13
79,7 -
H-12α
2H-15, 2H-17
14
56,6 1,65 (m); 1,44 (m) - 2H-16
15
40,8 2,73 (dq, J = 17,3, 2,3 Hz)
2,03 (dt, J = 17,3, 2,7 Hz)
- 2H-17
16
157,6 - 2H-15, 2H-17 -
17
102,6 4,93 (t, J = 1,9 Hz)
4,77 (t, J = 1,9 Hz)
- 2H-5
18
32,5 0,94 (s) - 3H-19
19
32,5 1,05 (s) - 3H-18
20
23,4 1,30 (s) - -
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 108
Figura 33: Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
5
.
Figura 34: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EB
5
.
12
20
19
18
1
7
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
O
O
H
12
20
19
18
1
7
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
O
O
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 109
Figura 35: Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EB
5
.
Figura 36: Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EB
5
.
12
20
19
18
1
7
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
O
O
H
12
20
19
18
17
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
O
O
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 110
Figura 37: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H COSY (500 MHz, CDCl
3
) de EB
5
.
17
15
3
10
4
3
2
1
H
O
H
H
H
O
H
H
H
H
1
2
4
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 111
Figura 38: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMQC (500, 125 MHz, CDCl
3
) de EB
5
.
12
20
19
18
1
7
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
O
O
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 112
Figura 39: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (500, 125 MHz, CDCl
3
) de EB
5
.
12
20
19
18
1
7
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
O
O
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 113
Figura 40: Principais correlações do espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (500,
125 MHz, CDCl
3
) de EB
5
.
7
8
9
20
O
3
4
5
6
4
5
H
O
H
1
2
3
4
10
1
2
3
H
O
H
1
5
10
20
9
1
0
11
1
2
H
O
4
5
6
10
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 114
Figura 41: Principais correlações do espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H NOESY (500
MHz, CDCl
3
) de EB
5
.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 115
Figura 42: Espectro de massas de EB
5
.
12
20
19
18
1
7
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
O
O
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 116
4.1.6. Determinação estrutural de EB
6
.
O tratamento cromatográfico da fração EBRH-D do extrato hexânico das raízes de
Erythroxylum barbatum (Item 5.5.2.2., Pág. 233) forneceu um composto na forma de cristais
incolores, com ponto de fusão 186,3-188,8
o
C, e atividade ótica
[
]
20
D
α
=
-46,0° (c = 0,280,
CHCl
3
), denominado EB
6
.
A análise do espectro de absorção na região do infravermelho (Fig. 44, Pág. 120)
revelou o caráter oxigenado de EB
6
através das absorções em 3541 e 3412 cm
-1
,
correspondente à deformação axial da ligação O–H, além de uma deformação axial C=O
referente a uma carbonila em 1713 cm
-1
.
O espectro de RMN
13
C (Fig. 46, Pág. 121) mostrou 20 linhas espectrais. A posterior
análise comparativa com o espectro de RMN
13
C-DEPT 135° (Fig. 47, Pág. 121) permitiu
correlacionar a existência de uma carbonila. Os carbonos da EB
6
foram identificados da
seguinte forma: 3 carbonos metílicos, 8 carbonos metilênicos, 3 carbonos metínicos e 6
carbonos não-hidrogenados. Os dados espectrais de RMN
13
C de EB
6
, apresentados na Tabela
11, se mostram similares aos do composto EB
5
exceto pela presença de um sinal
correspondente ao carbono oximetino em δ 84,7 e o desaparecimento do sinal correspondente
ao grupo metileno em δ 35,8.
Tabela 11: Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
6
.
C CH CH
2
CH
3
39,5
41,3
49,6
78,9
156,9
210,8
54,5
56,0
84,7
19,9
23,2
39,7
39,9
40,6
53,4
56,3
102,5
11,7
22,6
33,4
6 C 3 CH 8 CH
2
3 CH
3
C
20
H
28
1 (C-O)
1 (C=O)
1 (C-O)
C
20
H
30
O
3
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 117
Pelos valores tabelados, pôde-se facilmente assinalar os sinais em δ 210,8 e 84,7 como
sendo referentes aos carbonos não-hidrogenados carbonílico e carbinólico, respectivamente,
além de um carbono metínico carbinólico em δ 78,9, e um carbono metilênico terminal em δ
102,5.
De maneira análoga à EB
5
, a análise no espectro de RMN
1
H (Fig. 45, Pág. 120)
mostrou sinais característicos de dois hidrogênios não-equivalentes de um grupo metilênico
terminal em δ 4,93 (1H, t, J = 1,9 Hz) e 4,78 (1H, t, J = 1,9 Hz), e absorções simples e
intensas em δ 0,80, 0,84 e 1,09 compatíveis com hidrogênios de três grupamentos metilas. No
entanto, os sinais referentes a hidrogênios de um carbono metilênico em δ 2,82 e 2,14 (H-2)
para EB
5
, encontram-se ausente em EB
6
, sendo substituído por um sinal de hidrogênio ligado
a carbono oxigenado em δ 3,92 (H-1).
A análise do espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a
uma ligação (HMQC) (Fig. 49, Pág. 123), permitiu assinalar claramente as absorções dos
hidrogênios em δ 4,93 e 4,78 ao carbono metilênico terminal em δ 102,5 (CH
2
-17), e revelou
também as correlações entre os hidrogênios δ 2,69 e 2,01 ao carbono metilênico em δ 39,7
(CH
2
-15). Pôde-se ainda assinalar facilmente as correlações dos hidrogênios em δ 0,80
(H-20), 0,84 (H-19) e 1,09 (H-18) aos carbonos metílicos em δ 11,7 (CH
3
-20), 22,6 (CH
3
-19)
e 33,4 (CH
3
-18), e o hidrogênio (H-1) ao carbono oxigenado em δ 84,7 (C-1). Através da
análise deste espectro, foi possível realizar os assinalamentos inequívocos de cada absorção
de carbono com os seus respectivos hidrogênios, de acordo com a Tabela 12.
As conectividades observadas a longa distância no espectro HMBC, incluiu as
correlações dos hidrogênios metilenos em δ 2,73 (H-15β) e 2,03 (H-15α) com os sinais de
carbono em δ 156,9 (C-16,
2
J
CH
), 56,3 (CH
2
-14,
3
J
CH
), 78,9 (C-13,
3
J
CH
) e 102,5 (CH
2
-17,
3
J
CH
). O grupamento metila em δ 0,80 (H-20,
3
J
CH
) correlacionou-se com os sinais de carbono
em δ 49,5 (C-10,
2
J
CH
), 84,7 (CH-1,
3
J
CH
), 56,0 (CH-9,
3
J
CH
) e 54,5 (CH-5,
3
J
CH
). Além disso,
correlações de dois grupos metilas em δ 0,84 (H-19) e 1,09 (H-18) com os sinais de δ 53,4
(CH
2
-3,
3
J
CH
) e 39,4 (C-4,
2
J
CH
) e 54,5 (CH-5,
3
J
CH
), e dos hidrogênios em δ 1,52 (H-5) a duas
ligações como os carbonos em δ 39,4 (C-4), 19,9 (CH
2
-6) e 49,5 (C-10) confirmaram a
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 118
presença de um sistema decalina com um grupo ceto na posição C-2. Com base nas
correlações entre o carbono carbinólico em δ 78,9 (C-13) com os dois hidrogênios olefínicos
H-17 (δ 4,93, 4,78), de ambos hidrogênios metilênicos H-14 (δ 1,70 e 1,39), e de H-15 (δ 2,73
e 2,03), a exata localização da ligação dupla exocíclica entre os átomos de carbono C-16
(δ 156,9) e C-17 (δ 102,5) e do grupo hidroxila ao carbono C-13 (δ 78,9) foi deduzida. As
correlações do hidrogênio do grupo metino carbinólico em δ 3,92 (H-1) com os carbonos em
δ 11,7 (CH
3
-20), 53,4 (CH
2
-3) e 210,8 (C-2) juntamente com as correlações dos grupos
metilas em δ 1,09 (3H-18) e δ 0,84 (3H-19) com o carbono metilênico em δ 53,4 (CH
2
-3)
estabeleceu a localização dos grupos hidroxila e carbonila como os C-1 e C-2,
respectivamente.
Figura 43: Principais correlações no espectro de HMBC de EB
6
.
Comparando-se os dados de RMN
13
C para os compostos EB
5
e EB
6
, foi possível
observar que o valor da absorção de C-9 em EB
6
, encontra-se desblindada (δ 47,4 em EB
5
e δ
56,0 em EB
6
). Esta observação foi justificada pela ausência do efeito de proteção-γ da
carbonila em C-1 no composto EB
5
, que encontra-se ausente em EB
6
. A ausência deste efeito
sugeriu, desta forma, que a hidroxila do C-1 em EB
6
deve estar orientada equatorialmente.
A fórmula C
20
H
30
O
3
pôde ser confirmada através do espectro de massas (Fig. 51, Pág.
125) de EB
6
que apresentou o pico com razão massa/carga (m/z) 318 daltons. Com base nestas
observações pôde-se concluir que de forma análoga à EB
5
, EB
6
possui o esqueleto caureno
modificado de caráter inédito na literatura e denominado de erythroxylisina B.
12
20
19
18
17
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
OH
O
OH
H
H
H
H
20
19
18
5
4
3
2
1
H
O
H
OH
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 119
Estrutura de EB
6
– Erythroxylisina B (414)
Tabela 12: Dados de RMN de
1
H (500 MHz) e
13
C (125 MHz) em CDCl
3
para o composto
EB
6
incluindo os resultados obtidos por espectros 2D heteronucleares HMQC e HMBC.
HMQC HMBC
δ
C
δ
H
2
J
CH
3
J
CH
C
1
84,7 3,92 (s) 2H-3, 3H-20 -
2
210,8 - H-1, 2H-3 -
3
53,4 2,38 (m)
2,36 (m)
- 3H-18, 3H-19
4
39,5 - H-5, 3H-18, 3H-19 -
5
54,5 1,52 (m) - H-1, 3H-18, 3H-19, 3H-20
6
19,9 1,70 (m)
1,65 (m)
- H-5
7
39,9 1,77 (m)
1,65 (m)
- H-5, 2H-14
8
41,3 - -
H-15β
9
56,0 1,59 (m) 2H-11
2H-7, H-15β, 3H-20
10
49,5 - 3H-20 -
11
23,2 2,35 (m)
1,60 (m)
- -
12
40,6 1,65 (m) - -
13
78,9 - 2H-14 2H-15, 2H-17
14
56,3 1,70 (m)
1,40 (m)
- H-9, 2H-15
15
39,7 2,73 (m)
2,03 (m)
- 2H-14, 2H-17
16
156,9 - 2H-15, 2H-17 -
17
102,5 4,93 (t, J = 1,9 Hz)
4,78 (t, J = 1,9 Hz)
- 2H-15
18
33,4 1,09 (s) - -
19
22,6 0,84 (s) - -
20
11,7 0,80 (s) - H-1, H-5, H-9
12
20
19
18
1
7
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
OH
O
OH
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 120
Figura 44: Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
6
.
Figura 45: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EB
6
.
12
20
19
18
1
7
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
O
H
O
OH
12
20
19
18
1
7
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
O
H
O
OH
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 121
Figura 46: Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EB
6
.
Figura 47: Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EB
6
.
12
20
19
18
1
7
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
O
H
O
OH
12
20
19
18
1
7
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
O
H
O
OH
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 122
Figura 48: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H COSY (500 MHz, CDCl
3
) de EB
6
.
12
20
19
18
1
7
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
O
H
O
OH
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 123
Figura 49: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMQC (500, 125 MHz, CDCl
3
) de EB
6
.
12
20
19
18
1
7
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
O
H
O
OH
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 124
Figura 50: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (500, 125 MHz, CDCl
3
) de EB
6
.
2
3
20
19
18
5
4
3
2
1
H
O
H
OH
1
4
5
6
7
8
9
10
12
20
19
18
17
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
OH
O
OH
H
H
H
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 125
Figura 51: Espectro de massas de EB
6
.
12
20
19
18
1
7
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
O
H
O
OH
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 126
4.1.7. Determinação estrutural de EB
7.
O composto EB
7
foi isolado a partir da fração EBRH-A do extrato hexânico das raízes
de Erythroxylum barbatum (Item 5.5.2.3., Pág. 233), na forma de cristais incolores, com
ponto de fusão 171
o
C e
[
]
20
D
α
= +20,9º (c = 0,200, CHCl
3
).
O espectro de absorção na região de IV (Fig. 52, Pág. 129) mostrou uma banda larga e
intensa em 3427 cm
-1
resultante de uma deformação axial de ligação O-H de álcoois. Pôde-se
observar ainda uma deformação axial C-H alifático em 2955 e 2868 cm
-1
, uma deformação
axial C=O referente a uma carbonila α, β - insaturada em 1686 cm
-1
e absorções relacionadas
às deformações angulares de CH
2
e CH
3
em 1463 cm
-1
e 1382 cm
-1
, respectivamente.
O espectro de RMN
1
H (Fig. 53, Pág. 129) sugeriu a presença de seis grupamentos
metílicos através das absorções intensas em δ 0,76 (3H-18, s), 0,85 (3H-29, t); 0,95 (3H-21, d,
J = 6,5 Hz); 1,39 (3H-19, s); 0,84 (3H-27, d, J = 6,9 Hz) e 0,83 (3H-26, d, J = 6,9 Hz); um
hidrogênio olefínico em δ 5,83 (1H-4, s); e um hidrogênio provavelmente ligado a carbono
carbinólico em δ 4,37 (1H-6, t, J = 2,8 Hz).
O espectro de RMN
13
C-BB (Fig. 54, Pág. 130) mostrou 29 linhas espectrais. A
análise comparativa destes dados com os obtidos no espectro de RMN
13
C DEPT 135º de EB
7
(Fig. 55, Pág. 130), revelou a presença de quatro absorções de carbonos não-hidrogenados,
nove absorções de carbonos metínicos, dez absorções de carbonos metilênicos e seis
absorções de carbonos metílicos. Este espectro mostrou ainda a presença de uma carbonila
α,β- insaturada em δ 200,8, que foi confirmada pela presença de dois carbonos insaturados de
uma ligação dupla trissubstituída em δ 168,8 (C) e δ 126,7 (CH). Os deslocamentos químicos
de carbonos de EB
7
juntamente com seus respectivos padrões de hidrogenação são mostrados
na Tabela 13 (Pág. 127).
A reunião destes dados possibilitaram postular para EB
7
, a fórmula molecular
C
29
H
48
O
2
, com índice de deficiência de hidrogênio (IDH) igual a 6. O número de carbonos
encontrados no espectro de RMN
13
C em adição ao número de insaturações previstas, uma
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 127
para a ligação dupla, uma para a carbonila em um sistema tetracíclica sugerem a presença de
um esqueleto esteroidal para EB
7
.
Tabela 13: Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
7
.
C CH CH
2
CH
3
38,3
42,9
168,8
200,8
29,5
34,6
36,5
46,2
54,0
56,2
56,4
73,7
126,7
21,3
23,4
24,5
26,4
28,5
30,1
34,2
37,5
38,9
40,0
12,3
12,4
19,1
19,4
19,9
20,2
4 C 9 CH 10 CH
2
6 CH
3
C
29
H
47
C=O 1 (HC-O) C
29
H
48
O
2
A comparação dos dados de RMN
13
C BB de EB
7
com os apresentados na literatura
para esteróides assim como a comparação dos dados físicos (p.f. 167 ºC, MALIK, 1989),
levou a identificação do EB
7
como sendo o esteróide procesterol (Tab. 14, Pág. 128),
isolado do lenho do caule de E. barbatum [dos SANTOS, 2002].
Estrutura de EB
7
– Procesterol (415)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
HO H
O
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 128
Tabela 14: Comparação entre os dados de RMN
13
C de EB
7
(125 MHz, CDCl
3
), com os
dados descritos na literatura para o procesterol (125 MHz, CDCl
3
) [dos SANTOS, 2002].
#C Procesterol EB
7
1 39,0 38,9
2 30,1 30,1
3 200,7 200,8
4 126,7 126,7
5 168,4 168,8
6 73,6 73,7
7 37,5 37,5
8 34,6 34,6
9 54,1 54,0
10 38,4 38,3
11 21,4 21,3
12 40,0 40,0
13 42,9 42,9
14 56,5 56,4
15 24,5 24,5
16 28,5 28,5
17 56,3 56,2
18 12,4 12,3
19 20,2 20,2
20 36,5 36,5
21 19,1 19,1
22 34,3 34,2
23 26,6 26,4
24 46,3 46,2
25 29,6 29,5
26 19,4 19,4
27 19,6 19,9
28 23,2 23,4
29 12,3 12,4
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 129
Figura 52: Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
7.
Figura 53: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EB
7
.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
HO H
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
HO H
O
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 130
Figura 54: Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EB
7
.
Figura 55: Espectro de RMN
13
C DEPT 135° (125 MHz, CDCl
3
) de EB
7
.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
HO H
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
HO H
O
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 131
4.1.8. Determinação estrutural de EB
8
.
O tratamento cromatográfico da fração EBRH-A do extrato hexânico das raízes de
Erythroxylum barbatum (Item 5.5.2.3., Pág. 233) forneceu um composto na forma de cristais
incolores, com ponto de fusão 124-126
o
C, e atividade ótica
[
]
20
D
α
= + 14° (c = 0,485, CHCl
3
),
denominado EB
8
.
A análise no espectro de absorção na região do infravermelho (Fig. 56, Pág. 134)
revelou uma absorção larga em torno de 3442 cm
-1
, correspondente à deformação axial da
ligação O–H, que foi confirmada pelas absorções em 1026 cm
-1
característica de deformação
axial da ligação –C–O– de álcoois.
O espectro de RMN
13
C (Fig. 58, Pág. 135) mostrou 20 linhas espectrais. A posterior
análise comparativa com o espectro de RMN
13
C-DEPT 135° (Fig. 59, Pág. 135) permitiu
correlacionar a existência de somente carbonos saturados na estrutura de EB
8
, que foram
identificados da seguinte forma: 3 carbonos metílicos, 10 carbonos metilênicos, 3 carbonos
metínicos e 4 carbonos quaternários. Os deslocamentos químicos dos carbonos de EB
8
juntamente com os seus respectivos padrões de hidrogenação encontram-se listados na Tabela
15 (Pág. 132).
Pelos valores tabelados, pôde-se facilmente assinalar os sinais em δ 62,9 e 81,8 como
sendo referentes a um carbono metilênico e um carbono metínico carbinólicos
respectivamente, confirmando o caráter oxigenado de EB
8
observado no espectro de
absorção na região do IV.
A análise do espectro de RMN
1
H (Fig. 57, Pág. 134) mostrou sinais característicos na
região de proteção em δ 0,09 (1H-19, d, J = 4,1 Hz) e 0,51 (1H-19, d, J = 4,1 Hz), que foram
facilmente relacionados a dois hidrogênios não-equivalentes de um grupo metilênico em um
anel ciclopropânico tetrassubstituído. Este espectro ainda mostrou absorções simples e
intensas em δ 0,74 (3H-20, s), 0,91 (3H-17, s) e 1,01 (3H-18, s) compatíveis com hidrogênios
de três grupamentos metilas, e as absorções centradas em δ 3,31 (1H-15, d, J=9,4 Hz), δ 3,50
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 132
(1H-16, t) e δ 3,74 (1H-16, dd, J=5,5 e 2,2 Hz) que foram relacionadas a três hidrogênios
ligados a carbonos carbinólicos.
Tabela 15: Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
8
.
C CH CH
2
CH
3
17,5
26,5
37,0
38,4
23,7
50,3
81,8
19,9
25,1
28,9
29,5
32,7
33,8
34,3
37,2
41,8
62,9
12,0
19,1
22,8
4 C 3 CH 10 CH
2
3 CH
3
C
20
H
32
1 (HC-O)
1 (H
2
C-O) C
20
H
34
O
2
A posterior comparação dos dados de RMN
13
C de EB
8
com dados da literatura
relatados para o diterpeno erythroxydiol X já isolado anteriomente do lenho do caule de E.
barbatum em trabalho anterior [dos SANTOS, 2003], permitiu a completa identidade entre as
duas substâncias. O isolamento do erythroxydiol X a partir da espécie E. barbatum e por ser
encontrado somente em espécies do gênero Erythroxylum, permitiu sugerir, em trabalho
anterior, a substância como um marcador quimiotaxonômico para o gênero.
Estrutura de EB
8
– Erythroxydiol X (416)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
H H
O
H
O
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 133
Tabela 16: Comparação dos dados de RMN
13
C de EB
8
(125 MHz, CDCl
3
) com dados
descritos na literatura para o erythroxydiol X (125 MHz, CDCl
3
) [dos SANTOS, 2003].
#C Erythroxydiol X
EB
8
1 20,0 19,9
2 29,4 29,5
3 34,3 34,3
4 17,5 17,5
5 26,5 26,5
6 33,8 32,7
7 23,7 23,7
8 41,8 41,8
9 38,4 38,4
10 50,3 50,3
11 32,7 33,8
12 28,9 28,9
13 37,0 37,0
14 37,1 37,2
15 81,8 81,8
16 63,0 62,9
17 19,1 19,1
18 22,8 22,8
19 25,1 25,1
20 11,9 12,0
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 134
Figura 56: Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
8.
Figura 57: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EB
8
.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
H H
O
H
O
H
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
H H
O
H
O
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 135
Figura 58: Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EB
8
.
Figura 59: Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EB
8
.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
H H
O
H
O
H
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
H H
O
H
O
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 136
4.1.9. Determinação estrutural de EB
9
.
Tratamento cromatográfico da fração EBREPC do extrato etanólico de E. barbatum
(Item 5.5.2.3., Pág. 233) forneceu um sólido branco amorfo, com atividade ótica
[
]
20
D
α
= -16º
(c = 0,260, CHCl
3
) e p.f. 86,9-90,8
o
C, que foi denominado EB
9
.
A análise do espectro de absorção na região de infravermelho (Fig. 61, Pág. 140)
revelou uma absorção larga em torno de 3453 cm
-1
, correspondente à deformação axial da
ligação O–H, que foi confirmada pela absorção em 1249 cm
-1
,
características de deformação
axial da ligação –C–O– de álcoois. Foi ainda observada uma deformação axial C=O de
carbonilas de éster em 1722 cm
-1
.
O espectro de RMN
1
H (Fig. 62, Pág. 140) sugeriu a presença de 3 grupamentos
metílicos através de duas absorções simples e intensas em
δ
1,02 (3H-17 e 3H-18, s) e 0,93
(3H-20, s), e a presença dos dubletos na região altamente blindada em
δ
0,14 (1H-19, d,
J = 4,3 Hz) e 0,53 (1H-19, d, J = 4,3 Hz) de um anel ciclopropânico de um esqueleto
devadarano. Além destes, foram observados ainda um sistema ABC em δ 3,32 (1H-15, dd,
J = 9,3 e 2,7 Hz), 3,50 (1H-16, dd, J = 10,8 e 9,3 Hz) e 3,74 (1H-16, dd, J = 10,8, e 2,7 Hz) e
um sinal em região desprotegida em δ 4,82 (1H-11, dd, J = 11,1 e 5,7 Hz)), além da presença
de um grupamento metila em
δ
1,99 (3H-21, s).
O espectro de RMN
13
C (Fig. 63, Pág. 141) mostrou 22 linhas espectrais. A análise
comparativa destes dados com o espectro de RMN
13
C-DEPT 135° (Fig. 64, Pág. 141)
permitiu correlacionar os carbonos na estrutura de EB
9
, que foram identificados da seguinte
forma: 4 carbonos metílicos, 9 carbonos metilênicos, 4 carbonos metínicos e 5 carbonos não-
hidrogenados. Os deslocamentos químicos dos carbonos de EB
9
juntamente com os seus
respectivos padrões de hidrogenação encontram-se listados na Tabela 17 a seguir:
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 137
Tabela 17: Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
9
.
C CH CH
2
CH
3
17,8
25,8
37,4
43,1
170,8
40,9
50,3
78,2
80,6
22,8
23,7
25,2
28,1
32,5
33,9
35,2
36,6
62,5
7,7
19,7
22,0
22,6
5 C 4 CH 9 CH
2
4 CH
3
C
22
H
35
1 (C=O) 2 (C-O) 1 (H
2
C-O) C
22
H
36
O
4
A partir destes dados foi possível deduzir a presença de três carbonos oxigenados
saturados em
δ
62,5, 78,2 e 80,6, e 18 outros sinais de carbonos sp
3
não funcionalizados (4
metilas, 8 metilenos, 2 metinos e 4 quaternários), além de uma carbonila de éster em
δ
170,8.
A evidência de um esqueleto devadarano na estrutura de EB
9
, foi obtida a partir das
observações das correlações a longa distância no espectro HMBC (Fig. 67, Pág. 144). Neste
experimento foi observada a correlação dos sinais para os hidrogênios da porção ciclopropano
em
δ
0,14 e 0,53 (2H-19) com os carbonos em
δ
22,6 (CH
3
-18,
3
J
CH
), 33,9 (CH
2
-3,
3
J
CH
) e
50,3 (CH-10,
3
J
CH
). As correlações do hidrogênio oximetínico em
δ
3,32 (H-15) com os
carbonos em
δ
19,7 (CH
3
-17,
3
J
CH
), 35,2 (CH
2
-14,
3
J
CH
) e 36,6 (CH
2
-12,
3
J
CH
) confirmou a
ligação do sistema 1,2-glicol no C-13. A posição relativa do grupo acetoxi em C-11 foi
deduzida através das correlações do hidrogênio oximetino em
δ
4,82 (H-11) com os carbonos
em
δ
7,7 (CH
3
-20,
3
J
CH
), 50,3 (CH-10,
3
J
CH
) e 162,5 (C-22,
3
J
CH
). O deslocamento na região
de proteção do RMN de
13
C do sinal do grupo metila em
δ
7,7 (C-20), em oposição ao valor
de δ
12,0 observado para os diterpenos devadaranos relatados na literatura [dos SANTOS,
2003],
sugerem que o carbono-20 está sujeito a um efeito de deslocamento
γ
-gauche do grupo
acetoxi no C-11, que conseqüentemente deve ser orientado equatorialmente. Esta sugestão foi
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 138
confirmada pela observação da proteção relativa da carbonila da porção acetoxi em
δ
~ 8,0
ppm, indicativo de uma estereoquímica
α
-equatorial em um sistema devadarano, como
observado na literatura para outros diterpenos [CONNOLLY, 1967].
Figura 60: Principais correlações do espectro de HMBC de EB
9
.
A fórmula C
22
H
36
O
4
pôde ser confirmada através do espectro de massas (Fig. 68, Pág.
145) de EB
9
que apresentou o pico com razão massa/carga (m/z) 364 daltons. Com base em
todas as informações descritas e baseado em argumentos biogenéticos, juntamente com os
conhecimentos da co-ocorrência dos diterpenos ent-devadaranos somente em plantas deste
gênero, nós podemos sugerir que o composto EB
9
também pertence a série enantio. A partir
de evidências externas, o composto EB
9
foi identificado como o novo ent-11
α
-acetoxi-
devadarano-15ξ,16-diol. O composto EB
9
foi citado anteriormente como um derivado
reacional do composto erythroxytriol Q.
Entretanto, este é a primeiro relato do isolamento
deste composto como um produto natural [CONNOLLY, 1967].
Estrutura de EB
9
- ent-11
α
αα
α
-acetoxi-devadarano-15ξ
ξξ
ξ,16-diol (417)
O
H
O
2
1
21
10
14
20
11
9
8
7
6
5
2
1
17
10
14
13
19
20
12
11
9
8
7
6
5
O
H
OH
O
O
18
3
2
1
4
15
16
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 139
Tabela 18: Dados de RMN
1
H (300 MHz) e
13
C (75 MHz) para o composto EB
9
incluindo os
resultados obtidos pelas correlações heteronucleares dos espectros 2D HMQC e HMBC
usando CDCl
3
como solvente.
HMQC HMBC
Carbono
δ
H
δ
C
2
J
CH
3
J
CH
1 1,29 (m) 22,8 - -
2 1,31 (m); 1,58 (m) 28,1 - -
3 1,28 (m) 33,9 - 2H-19
4 - 17,8 - -
5 - 25,8 - -
6 0,86 (m); 1,60 (m) 32,5 - -
7 0,92 (m); 1,59 (m) 23,7 - -
8 1,45 (m) 40,9 - -
9 - 43,1 - -
10 1,49 (m) 50,3 - H-11; 2H-19
11 4,82 (1H, dd, J=11,1 e 5,2 Hz)
78,2 - -
12 1,59 (m) 36,6 - H-15
13 - 37,4 - -
14 1,59 (m) 35,2 - H-15
15 3,32 (1H, dd, J=2,7 e 9,3 Hz) 80,6 - -
16 3,51 (1H, dd, J=9,3 Hz)
3,74 (1H, dd, J=2,7 e 10,8 Hz)
62,5 - -
17 1,03 (m) 19,7 - H-15
18 1,03 (m) 22,6 - 2H-19
19 0,14 (1H, d, J=4,4 Hz)
0,53 (1H, d, J=4,4 Hz)
25,2 - -
20 0,94 (s) 7,7 - H-11
21 1,99 (s) 22,0 - -
22 - 170,8
- H-11
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 140
Figura 61: Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
9.
Figura 62: Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de EB
9
.
2
1
17
10
14
13
19
20
12
11
9
8
7
6
5
O
H
OH
O
O
18
3
2
1
4
15
16
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 141
Figura 63: Espectro de RMN
13
C-BB (75 MHz, CDCl
3
) de EB
9
.
Figura 64: Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (75 MHz, CDCl
3
) de EB
9
.
2
1
17
10
14
13
19
20
12
11
9
8
7
6
5
O
H
OH
O
O
18
3
2
1
4
15
16
2
1
17
10
14
13
19
20
12
11
9
8
7
6
5
O
H
OH
O
O
18
3
2
1
4
15
16
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 142
Figura 65: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H COSY (300 MHz, CDCl
3
) de EB
9
.
2
1
17
10
14
13
19
20
12
11
9
8
7
6
5
O
H
OH
O
O
18
3
2
1
4
15
16
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 143
Figura 66: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMQC (300, 75 MHz, CDCl
3
) de EB
9
.
2
1
17
10
14
13
19
20
12
11
9
8
7
6
5
O
H
OH
O
O
18
3
2
1
4
15
16
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 144
Figura 67: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (300, 75 MHz, CDCl
3
) de EB
9
.
2
1
17
10
14
13
19
20
12
11
9
8
7
6
5
O
H
OH
O
O
18
3
2
1
4
15
16
O
H
O
2
1
21
10
14
20
11
9
8
7
6
5
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 145
Figura 68: Espectro de massas de EB
9
.
2
1
17
10
14
13
19
20
12
11
9
8
7
6
5
O
H
OH
O
O
18
3
2
1
4
15
16
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 146
4.1.10. Determinação estrutural de EB
10.
O tratamento cromatográfico da fração EBREP-C do extrato etanólico das raízes de
Erythroxylum barbatum (Item 5.5.2.5., Pág. 235) forneceu um composto na forma de uma
resina incolor, com atividade ótica
[
]
20
D
α
= -15º (c = 0,640, CHCl
3
) e denominado EB
10
.
A análise do espectro de absorção na região do infravermelho (Fig. 71, Pág. 151)
revelou bandas de absorção características de deformações axiais de grupos hidroxilas 3421
cm
-1
, e de grupo carbonila em 1708 cm
-1
.
A análise do espectro de RMN
1
H (Fig. 72, Pág. 151) exibiu sinais para quatro grupos
metilas angulares δ 1,18 (H-18, s, 6H); 1,00 (H-17, s, 3H) e 0,57 (H-20, s, 3H), e um sinal em
δ
2,38 (H-2, m, 2H) que foi atribuído a um grupo metileno adjacente a uma carbonila. Além
disso, foram observados 3 hidrogênios ligados a carbonos oxigenados em
δ
3,34 (H-15, dd,
1H, J = 9,4 e 2,9 Hz); 3,74 (H-16, dd, 1H, J = 10,7 e 2,9 Hz) e 3,54 (H-16, dd, 1H, J = 10,7 e
9,4 Hz), típico de sistema do tipo ABC e sugestivo da presença de um sistema 1,2-glicol.
A análise do espectro de RMN bidimensional de correlação homonuclear
1
H,
1
H
(COSY) (Fig. 75, Pág. 153), confirmou estas observações através do acoplamento geminal
dos prótons metilênicos em
δ
3,74 e 3,54 (H-16) e deles com o hidrogênio em
δ
3,34 (H-15).
Além disso, foi observado um subsistema de spins constituído por prótons pertencentes a dois
grupos metilênicos adjacentes e localizados entre um carbono quaternário e um grupo ceto em
δ
2,38 (H-2, m, 2H) e 1,48 (H-3, m, 2H), conforme a sub-estrutura abaixo.
Figura 69: Principais correlações do espectro de COSY de EB
10
.
15
16
H
OH
OH
H
H
2
3
1
O
H
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 147
O espectro de RMN
13
C (Fig. 73, Pág. 152) com posterior análise comparativa do
espectro de RMN
13
C-DEPT 135° (Fig. 74, Pág. 152) exibiu sinais relativos a 4 grupamentos
metilas, 8 metilênicos, 3 metínicos, e 5 carbonos não-hidrogenados, um dos quais foi
associado a uma carbonila de cetona em
δ
212,6. Os deslocamentos químicos dos carbonos de
EB
10
juntamente com os seus respectivos padrões de hidrogenação encontram-se listados na
Tabela 19 a seguir:
Tabela 19: Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
10
.
C CH CH
2
CH
3
36,8
42,0
44,2
71,2
212,6
40,2
62,8
80,9
22,6
24,4
28,5
33,9
36,3
42,6
44,2
62,7
11,9
18,9
29,3
29,5
5 C 3 CH 8 CH
2
4 CH
3
C
20
H
31
1 (C-O)
1 (C=O)
1 (C-O) 1 (C-O) C
20
H
34
O
4
O espectro HMQC (Fig. 76, Pág. 154), permitiu correlacionar inequivocamente as
absorções de todos os carbonos aos seus respectivos hidrogênios (Tab. 20, Pág. 150). A partir
desta análise verificou-se as correlações entre os hidrogênios do grupamento metilênico em δ
2,38 (H-2, m, 2H) com o carbono em δ 42,6 (CH
2
-2), e dos hidrogênios metílicos em δ 0,57
(H-20, s, 3H), 1,00 (H-17, s, 3H) e 1,18 (H-18 e H-19, s, 6H) com os carbonos em δ 11,9
(CH
3
-20), 18,9 (CH
3
-17); 29,3 (CH
3
-18); e 29,5 (CH
2
-19), respectivamente.
As deduções acima foram confirmadas pelas conectividades observadas à longa
distância no espectro de HMBC (Fig. 77, Pág. 155). A localização de um grupamento metila
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 148
ligado ao C-9 em um esqueleto diterpênico do tipo rosano para o composto EB
10
foi
estabelecida pelo exame detalhado do espectro HMBC. As correlações do hidrogênio em
δ
2,05 (H-10) com o grupo metila em
δ
11,9 (CH
3
-20,
3
J
CH
) e do carbono em
δ
24,4 (CH
2
-6,
3
J
CH
); dos hidrogênios metilênicos em
δ
1,48 (H-3) com os carbonos em
δ
29,5 (CH
3
-19,
3
J
CH
)
e 29,3 (CH
3
-18,
3
J
CH
), e dos grupos metilênicos em
δ
1,40 e 1,09 (H-6) com os carbonos em
62,7 (CH-10,
3
J
CH
) e 40,2 (CH-8,
3
J
CH
), respectivamente, corroboraram esta sugestão. Da
mesma forma, correlações dos sinais relativo a ambos os grupos metilas em
δ
1,18 (H-18, H-
19) e dos hidrogênios em
δ
1,70 (H-7) com o carbono em
δ
71,2 (C-5,
3
J
CH
), indicou que a
localização da hidroxila terciária no C-5 pode ser assumido.
Figura 70: Principais correlações do espectro de HMBC de EB
10
.
Esqueletos do tipo pimarano, isopimarano e rosano possuem 4 grupos metilas
angulares e podem ser diferenciados pela posição da metila no C-20. Rosanos originam-se a
partir da migração do grupo metila do C-10 dos pimaranos ao C-9 e ocorrem em ambas as
séries enancioméricas. A configuração absoluta do composto EB
10
não pôde ser determinada.
Entretanto, é razoável assumir que o mesmo possui uma estereoquímica absoluta pertencente
a enantio-séries, considerando o esqueleto ent-rosano dos diterpenos previamente isolados das
espécies de Erythroxylum [ANSELL, 1993], [SOMAN, 1964]. Desta forma a estrutura do
composto EB
10
foi identificada como o novo ent-rosan-1-ona-5
α
15ξ,16-triol.
5
H
H
O
H
1
3
2
8
6
20
10
19
18
H
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 149
Estrutura de EB
10
ent-rosan-1-ona-5
α
αα
α
15ξ
ξξ
ξ,16-triol (418)
O
H
O
H
O
OH
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 150
Tabela 20: Dados de RMN
1
H e
13
C (300 MHz e 75 MHz, CDCl
3
) para o composto EB
10
incluindo os resultados obtidos pelas correlações heteronucleares dos espectros 2D HMQC e
HMBC usando CDCl
3
como solvente.
HMQC HMBC
Carbono
EB
10
RMN
1
H RMN 13C
2
J
CH
3
J
CH
1 - 212,6
2H-2 2H-3
2 2,38 (m) 42,6
- -
3 1,48 (m) 44,2
2H-3, 3H-20
-
4 - 44,2
H-1, 2H-3 -
5 - 71,2
- 2H-7; 3H-18, 3H-19
6 1,09 (m); 1,40 (m) 24,4
- H-10
7 1,20 (m); 1,70 (m) 22,6
- H-1, 3H-18, 3H-19, 3H-20
8 1,86 (m) 40,2
- 2H-6
9 - 42,0
- -
10 2,05 (m) 62,8
- 2H-6
11 1,48 (m); 1,67 (m) 33,9
2H-11
2H-7, H-15β, 3H-20
12 1,08 (m); 1,40 (m) 28,5
3H-20 -
13 - 36,8
- -
14 1,05 (m); 1,40 (m) 36,3
- -
15 3,34 (dd, J=9,4 e 2,9 Hz ) 80,9
2H-14 2H-15, 2H-17
16
3,54 (dd, J=10,7 e 9,4 Hz)
3,74 (dd, J=10,7 e 2,9 Hz)
62,7
- H-9, 2H-15
17 1,00 (s) 18,9
- 2H-14, 2H-17
18 1,18 (s) 29,3
- 2H-3
19 1,18 (s) 29,5 - 2H-3
20 0,57 (s) 11,9
- 1H-10
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 151
Figura 71: Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
10.
Figura 72: Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) de EB
10
.
O
H
O
H
O
OH
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
O
H
O
H
O
OH
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 152
Figura 73: Espectro de RMN
13
C-BB (75 MHz, CDCl
3
) de EB
10
.
Figura 74: Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (75 MHz, CDCl
3
) de EB
10
.
O
H
O
H
O
OH
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
O
H
O
H
O
OH
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 153
Figura 75: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H COSY (300 MHz, CDCl
3
) de EB
10
.
OH
O
H
O
OH
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
O
H
O
H
O
OH
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 154
Figura 76: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMQC (300, 75 MHz, CDCl
3
) de EB
10
.
O
H
O
H
O
OH
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 155
Figura 77: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (300, 75 MHz, CDCl
3
) de EB
10
.
1
3
2
O
H
OH
O
OH
H
H
H
5
7
18
19
4
5
O
H
O
H
O
OH
H
10
8
6
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 156
Figura 78: Espectro de massas de EB
10
.
O
H
O
H
O
OH
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 157
4.1.11. Determinação estrutural de EB
11
.
O composto EB
11
foi isolado a partir da fração clorofórmica do extrato hexânico das
cascas do caule de E. barbatum (EBCCH-C) (Item 5.5.3.2., Pág. 238) e apresentou-se como
cristais brancos, com p.f. 261,4-263,0 ºC e
[
]
20
D
α
= -149º (c = 1,410, CHCl
3
).
O espectro de absorção na região de IV (Fig. 79, Pág. 161) mostrou uma deformação
axial de ligação C=O referente a uma carbonila cetônica em 1714 cm
-1
, e absorções
relacionadas às deformações angulares de CH
2
e CH
3
em 1459 e 1387 cm
-1
, respectivamente.
O espectro de RMN
13
C BB (Fig. 81, Pág. 162) revelou trinta linhas espectrais, dentre
as quais vinte e nove foram relacionadas a carbonos saturados, e a única absorção relacionada
a carbono insaturado em δ 213,3 (C-3) foi atribuída a uma carbonila cetônica, corroborando
os dados do espectro de IV.
Fazendo-se a comparação entre o espectro de RMN
13
C e a técnica DEPT 135º (Fig.
82, Pág. 162), foi possível a identificação de 4 carbonos metínicos, 11 carbonos metilênicos, 8
carbonos metílicos e, por diferença, 7 carbonos não hidrogenados de acordo com a Tabela 21
a seguir.
O espectro de RMN
1
H (Fig. 80, Pág. 161), revelou oito absorções de grupamentos
metílicos em δ 0,73 (H-24, s, 3H), 0,87 (H-25, s, 3H), 0,89 (H-23, d, 3H, J = 2,3 Hz), 0,96 (H-
29, s, 3H), 1,00 (H-30, s, 3H), 1,01 (H-26, s, 3H), 1,05 (H-27, s, 3H) e 1,18 (H-28, s, 3H),
sendo sete deles referentes a grupos metílicos ligados a carbonos não-hidrogenados. A
absorção dupla em δ 0,89, foi indicativo de uma metila ligada a um carbono metínico.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 158
Tabela 21: Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
11
.
C CH CH
2
CH
3
28,3
30,2
37,6
38,5
39,9
42,3
213,3
43,0
53,3
58,4
59,7
18,4
22,4
30,7
32,6
32,9
35,5
35,8
36,2
39,4
41,5
41,7
7,0
14,8
18,1
18,8
20,4
31,9
32,3
35,2
7 C 4 CH 11 CH
2
8 CH
3
C
30
H
50
C=O C
30
H
50
O
A reunião destes dados possibilitaram postular para EB
11
, a formula molecular
C
30
H
50
O, com índice de insaturação de hidrogênio (IDH) igual a 6. A ausência de absorções
na região de carbonos insaturados, exceto pela presença de absorção de carbonila, observados
tanto no espectro de IV bem como no de RMN
13
C, assim como o número de insaturações
previstas, sugerem um esqueleto triterpênico pentacíclico para EB
11
. O valor da absorção em
δ 0,89 (H-23) de um grupamento metila ligada a um carbono metínico, foi compatível apenas
com o esqueleto do tipo friedelano.
Esqueleto friedelano (419)
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 159
A comparação dos dados de RMN
13
C BB e dados físicos de EB
11
com os
apresentados na literatura para triterpenos friedelanos, levou a identificação do EB
11
como
sendo a friedelan-3-ona, também conhecida como friedelina (ponto de fusão 260-263 ºC
[AKIHISA, 1992]) (Tab. 22, Pág. 160), sendo este o seu primeiro relatado de isolamento no
gênero Erythroxylum.
Estrutura de EB
11
– Friedelina (420)
12
25
24
23
11
10
9
6
5
4
3
2
1
13
8
7
26
15
27
2
1
20
19
30 29
2
8
2
2
18
17
16
H
O
14
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 160
Tabela 22: Comparação dos dados de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) do composto EB
11
com
os dados descritos para a friedelina (100,6 MHz, CDCl
3
) [AKIHISA, 1992].
#C Friedelina EB
11
1 22,3 22,4
2 41,5 41,7
3 213,2 213,3
4 58,2 58,4
5 42,1 42,3
6 41,3 41,5
7 18,2 18,4
8 53,1 53,3
9 37,4 37,6
10 59,4 59,7
11 35,6 35,8
12 30,5 30,7
13 39,7 39,9
14 38,3 38,5
15 32,4 32,6
16 36,0 36,2
17 30,0 30,2
18 42,8 43,0
19 35,3 35,5
20 28,1 28,3
21 32,7 32,9
22 34,2 39,4
23 6,8 7,0
24 14,6 14,8
25 17,9 18,1
26 20,2 20,4
27 18,6 18,8
28 32,1 32,3
29 35,0 35,2
30 31,8 31,9
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 161
Figura 79 : Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
11
.
Figura 80: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EB
11
.
12
25
24
23
11
10
9
6
5
4
3
2
1
13
8
7
26
15
27
2
1
20
19
3
0
2
9
2
8
2
2
18
17
16
H
O
14
12
25
24
23
11
10
9
6
5
4
3
2
1
13
8
7
26
15
27
2
1
20
19
3
0
2
9
2
8
2
2
18
17
16
H
O
14
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 162
Figura 81: Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EB
11
.
Figura 82: Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EB
11
.
12
25
24
23
11
10
9
6
5
4
3
2
1
13
8
7
26
15
27
2
1
20
19
30 29
2
8
2
2
18
17
16
H
O
14
12
25
24
23
11
10
9
6
5
4
3
2
1
13
8
7
26
15
27
2
1
20
19
3
0
2
9
2
8
2
2
18
17
16
H
O
14
12
25
24
23
11
10
9
6
5
4
3
2
1
13
8
7
26
15
27
2
1
20
19
3
0
2
9
2
8
2
2
18
17
16
H
O
14
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 163
4.1.12. Determinação estrutural de EB
12
.
O composto EB
12
foi isolado a partir da fração EBCCH-H do extrato hexânico das
cascas do caule de Erythroxylum barbatum (Item 5.5.3.2., Pág. 238), na forma de uma cera
amarelada, com ponto de fusão 95,0-96,5
o
C, com atividade ótica
[
]
20
D
α
= + 81,3 (c= 1,150,
CHCl
3
).
O espectro de absorção na região de IV (Fig. 84, Pág. 167) mostrou uma deformação
axial C=O referente a uma carbonila α, β-insaturada em 1678 cm
-1
, e absorções relacionadas
às deformações angulares de CH
2
e CH
3
em 1462 cm
-1
e 1380 cm
-1
, respectivamente.
O espectro de RMN
1
H (Fig. 85, Pág. 167) sugere a presença de seis grupamentos
metílicos através das absorções intensas em δ 0,71 (H-18, s, 3H), 0,80 (d, 3H, J = 6,5 Hz);
0,82 (3H, d, J = 6,5 Hz); 0,84 (3H, t, J = 7,1 Hz); 0,93 (3H, d, J = 6,5 Hz); 1,18 (H-19, s, 3H)
e um hidrogênio olefínico em δ 5,72 (H-4, sl, 1H).
O espectro de RMN
13
C-BB (Fig. 86, Pág. 168) mostrou 29 linhas espectrais. A
análise comparativa destes dados com os obtidos no espectro de RMN
13
C DEPT-135° de
EB
12
(Fig. 87, Pág. 168), revelou a presença de 4 absorções de carbonos não hidrogenados, 8
absorções de carbonos metínicos, 11 absorções de carbonos metilênicos e 6 absorções de
carbonos metílicos. Este espectro mostrou ainda a presença de uma carbonila α,β- insaturada
em δ 199,8, que foi confirmada pela presença de dois carbonos insaturados de uma ligação
dupla trisubstituída em δ 171,9 (C) e 123,9 (CH). Os deslocamentos químicos de carbonos de
EB
12
juntamente com seus respectivos padrões de hidrogenação são mostrados na Tabela 23 a
seguir:
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 164
Tabela 23: Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EB
12
.
C CH CH
2
CH
3
38,8
42,6
171,9
199,8
29,3
35,9
36,3
46,0
54,0
56,1
56,2
123,8
21,2
23,2
24,4
26,3
28,4
32,2
33,1
34,1
34,2
35,8
39,8
12,1
12,2
17,6
18,9
19,2
20,0
4 C 8 CH 11 CH
2
6 CH
3
C
29
H
48
1 C=O C
29
H
48
O
1
As correlações entre os hidrogênios e seus respectivos carbonos em EB
12
foram
assinaladas, de maneira inequívoca, através da técnica de RMN bidimensional de correlação
heteronuclear
1
H,
13
C a uma ligação HMQC (Fig. 89, Pág 196). Esta técnica permitiu
identificar claramente as absorções entre o hidrogênio olefínico em δ 5,72 (H-4) com o
carbono metínico em δ 123,8. Nesta análise pôde-se assinalar ainda as correlações dos
hidrogênios em δ 0,71 (3H-18), 0,80 (3H-27), 0,82 (3H-26), 0,87 (3H-29), 0,93 (3H-21) e
1,18 (3H-19) aos carbono metílicos em δ 12,2, 19,2 , 20,0, 12,1, 18,9 e 17,6, respectivamente.
As deduções acima foram confirmadas pelas conectividades observadas a longa
distância no espectro de HMBC (Fig. 90, Pág. 171). Foram observadas as correlações entre os
hidrogênios metílicos em δ 0,71 (3H-18) com os sinais de carbono em δ 42,6 (C-13,
2
J
CH
), δ
56,1 (CH-14,
3
J
CH
) e δ 39,8 (CH
2
-12,
3
J
CH
) e δ 56,2 (CH-17,
3
J
CH
). A posição da carbonila e
da ligação dupla foram confirmadas através das correlações com os hidrogênios metílicos em
δ 1,18 (3H-19) com os sinais de carbono em δ 38,8 (C-10,
2
J
CH
), δ 171,9 (C-5,
3
J
CH
), δ 54,0
(CH-9,
3
J
CH
) e δ 35,9 (CH
2
-1,
3
J
CH
).
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 165
Figura 83: Fragmento da correlação heteronuclear
1
H,
13
C a mais de uma ligação (HMBC)
das metilas 18 e 19 de EB
12
.
Após a racionalização de todos estes dados e posterior comparação dos dados de RMN
1
H de EB
12
com dados descritos na literatura para esteróides [ARAGÃO, 1990], pôde-se
chegar à conclusão que EB
12
trata-se do esteróide estigmast-4-en-3-ona, de caráter inédito no
gênero.
Estrutura de EB
12
– Estigmast-4-en-3-ona (421)
21
4
1
3
2
22
20
28
2
9
O
18
17
16
15
14
13
19
12
11
10
9
8
7
6
5
26
25
24
23
2
7
O
O
H
13
12
17
14
18
19
1
5
10
9
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 166
Tabela 24: Comparação dos dados de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) do composto EB
12
e do
estigmast-4-en-3-ona descrito na literatura [JAMALUDDIN, 1995].
#C Estigmast-4-en-3-ona EB
12
1 37,2 35,8
2 31,7 34,2
3 199,5 199,8
4 123,7 123,8
5 171,6 171,9
6 32,7 34,1
7 31,7 32,2
8 31,6 35,9
9 50,1 54,0
10 36,1 38,8
11 21,1 21,2
12 39,7 39,8
13 42,3 42,6
14 56,6 56,1
15 24,3 24,4
16 28,9 28,4
17 56,1 56,2
18 11,6 12,2
19 19,0 17,6
20 36,1 36,3
21 18,8 18,9
22 33,9 33,1
23 26,1 26,3
24 45,6 46,0
25 29,1 29,3
26 21,2 20,0
27 19,0 19,2
28 23,0 23,2
29 12,2 12,1
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 167
Figura 84: Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EB
12
.
Figura 85: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EB
12
.
21
4
1
3
2
22
20
28
29
O
18
17
16
15
14
13
19
12
11
10
9
8
7
6
5
26
25
24
23
27
21
4
1
3
2
22
20
28
29
O
18
17
16
15
14
13
19
12
11
10
9
8
7
6
5
26
25
24
23
27
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 168
Figura 86: Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EB
12
.
Figura 87: Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EB
12
.
21
4
1
3
2
22
20
28
29
O
18
17
16
15
14
13
19
12
11
10
9
8
7
6
5
26
25
24
23
27
21
4
1
3
2
22
20
28
29
O
18
17
16
15
14
13
19
12
11
10
9
8
7
6
5
26
25
24
23
27
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 169
Figura 88: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H COSY (500 MHz, CDCl
3
) de EB
12
.
21
4
1
3
2
22
20
28
2
9
O
18
17
16
15
14
13
19
12
11
10
9
8
7
6
5
26
25
24
23
2
7
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 170
Figura 89: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMQC (500, 125 MHz, CDCl
3
) de EB
12
.
2
1
4
1
3
2
22
20
28
2
O
18
17
16
15
14
13
19
12
11
10
9
8
7
6
5
26
25
24
23
2
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 171
Figura 90: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (500, 125 MHz, CDCl
3
) de EB
12
.
2
1
4
1
3
2
22
20
28
2
9
O
18
17
16
15
14
13
19
12
11
10
9
8
7
6
5
26
25
24
23
2
7
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 172
4.1.13. Determinação estrutural de EB
13
.
O tratamento cromatográfico da fração EBLCE-A do extrato hexânico de
Erythroxylum barbatum (Item 5.5.4.2., Pág. 240), forneceu um sólido cristalino incolor, com
ponto de fusão 81,9-82,4
o
C e denominado EB
13
.
O espectro de RMN
1
H de EB
13
(Fig. 91, Pág. 174), mostrou absorções de hidrogênios
metilênicos hidroxílicos com um tripleto centrado em δ 3,64 (2H, t), um tripleto característico
de uma metila em δ 0,88 (3H, t) e um singleto largo característico de uma seqüência de
unidades metilênicas em série centrado em δ 1,26 (sl).
O espectro de RMN
13
C-BB (Fig. 92, Pág. 174) mostrou 10 linhas espectrais. A
análise comparativa destes dados com os obtidos no espectro de RMN
13
C DEPT-135° de
EB
12
(Fig. 93, Pág. 175), revelou a presença de 1 absorção de carbono metílico, 9 absorções
de carbonos metilênicos. Este espectro corrobora com a sugestão anterior de uma seqüência
de unidades metilênicas em série com destaque para o sinal em δ 29,8, que pela sua
intensidade sugere vários sinais de carbono equivalentes. O sinal em δ 63,3 foi atribuível a um
carbono hidroxílado. Os deslocamentos químicos de carbonos de EB
13
são mostrados na
Tabela 25 a seguir:
O espectro de massas (Fig. 94, Pág. 175) foi fundamental para concluir a quantidade
exata de unidades metilênicas que forma a cadeia linear de EB
13
. O pico do íon molecular
(m/z) 438 daltons foi compatível com a fórmula molecular C
30
H
62
O. Após racionalização dos
dados apresentados, pôde-se chegar a conclusão que o composto EB
13
trata-se do álcool de
cadeia longa triacontanol.
Estrutura de EB
13
– Triacontanol (422)
O
H
24
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 173
Tabela 25: Comparação dos dados de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) dos compostos EB
13
e do
triacontanol descrito na literatura [POUCHERT, 1993].
Triacontanol EB
13
14,0 14,3
22,7 22,9
25,8 25,9
29,4 29,5
29,5 29,6
29,6 29,8
29,7 29,9
32,0 32,1
33,0 33,0
63,1 63,3
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 174
Figura 91: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EB
13
.
Figura 92: Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EB
13
.
O
H
24
O
H
24
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 175
Figura 93: Espectro de RMN
13
C-DEPT (125 MHz, CDCl
3
) de EB
13
.
Figura 94: Espectro de massas de EB
13
.
O
H
24
O
H
24
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 176
4.1.14. Determinação estrutural de EA
1
.
Tratamento cromatográfico utilizando gel de sílica da fração EAFE-H do extrato
hexânico de E. amplifolium (Item 5.5.5.2., Pág. 243), forneceu um precipitado branco com p.f.
69,0-73,2 ºC solúvel em clorofórmio, denominada EA
1
.
O espectro de absorção na região do IV (Fig. 95, Pág. 180) de EA
1
apresentou
absorções características de C-H alifático em 2918, 1465 e 1380 cm
-1
, e de grupamento C=O
de éster em 1728 cm
-1
.
O conjunto de sinais apresentados no espectro de RMN
13
C (Fig. 97, Pág. 181) na
região de carbonos saturados δ 14,1 a 55,2, bem como aqueles também observados no
espectro de RMN
1
H (Fig. 96, Pág. 180), na faixa de δ 0,84 a 2,30, revelou o caráter
triterpênico de EA
1
.
Os sinais em δ
C
121,6 (CH) e 145,2 (C) caracterizados a partir dos espectros de RMN
13
C BB e DEPT 135° (Fig. 98, Pág. 181), evidenciaram a presença de uma ligação dupla
trissubstituída. Esta dedução, revelou-se em acordo com o sinal centrado em δ 5,19 (1H, t,
J = 3,4 Hz), no espectro de RMN
1
H, atribuído ao hidrogênio olefínico (H-12) desta ligação.
No espectro de RMN
13
C, os sinais compreendidos entre δ 29,3 e 29,7, atribuídos a
vários átomos de carbonos o funcionalizados, juntamente com o sinal intenso em δ 1,26 no
espectro de RMN
1
H, em adição ao sinal em δ
173,6 compatível com carbono carbonílico,
caracterizaram a presença de um fragmento ácido ou éster de cadeia longa. O espectro de
RMN
13
C apresentou ainda um sinal em δ
C
80,6, correspondente a um carbono (CH) sp
3
oxigenado, confirmado através ao sinal centrado em δ 4,51 (1H, t, J = 7,9 Hz) no espectro de
RMN
1
H. Tais dados nos levaram a propor que EA
1
tratava-se de um triterpeno da série
oleaneno que se encontra esterificado com um ácido saturado de cadeia longa no carbono
metínico C-3.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 177
Comparação dos espectros de RMN
13
C BB e DEPT 13permitiu o reconhecimento
dos sinais correspondentes a oito carbonos metílicos, nove metilênicos e sete metínicos. Os
sinais dos seis carbonos não hidrognados foram obtidos pela diferença entre os sinais destes
espectros e, com exceção do carbono carbonílico δ
173,6 foram todos atribuídos ao esqueleto
triterpênico. O sinal em δ 14,1 no espectro de RMN
13
C para o carbono metílico, assim como,
o sinal em δ 29,7, compatível com vários carbonos CH
2
e, ainda, a presença do sinal em δ
173,6, caracterizaram uma cadeia lateral oriunda de ácido graxo, esterificada por um
triterpeno. Esta dedução foi confirmada nos espectros de RMN
13
C e de
1
H pelos sinais em δ
34,8 e δ
2,30 (2H, t, J = 7,3 Hz), respectivamente, conforme comparação com dados da
literatura. Com as informações até aqui obtidas, foi possível propor os fragmentos
moleculares:
A posição de esterificação foi determinada através dos espectros bidimensionais de
correlação heteronuclear à longa distância
1
H,
13
C HMBC, (Fig. 101, Pág. 184), em função da
correlação observada entre o hidrogênio H-3 em δ 4,51 com o carbono carbonílico em δ 173,6
e com os carbono metílicos C-23 e C-24.
Através do espectro de massas (Fig. 102, Pág.185 ), apresentando pico íon molecular
com m/z igual a 664, foi possível determinar o número de carbonos metilênicos do ácido de
cadeia longa, chegando-se a fórmula molecular C
46
H
80
O
2
. Assim, podemos concluir que EA
1
trata-se do ácido palmítico (C
16
) esterificado com o triterpeno β-amirina, ou seja, o palmitato
de β-amirila (425) isolado no gênero nas espécies E. passerinum [BARREIROS, 2002], E.
leal costae [CHAVÉZ, 1996].
H
H
H
30
29
28
27
26
25
24 23
22
21
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
173,6
29,7
14,1
O
O
10
δ
δδ
δ
δ
δδ
δ
δ
δδ
δ
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 178
Estrutura de EA
1
– Palmitato de β
ββ
β-amirila (423)
29
3
0
O
O
10
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
2
1
22
2324
25
26
27
28
H
H
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 179
Tabela 26: Comparação dos dados de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) dos compostos EA
1
e do
palmitato de β-amirila (75 MHz, CDCl
3
) descrito na literatura [BARREIROS, 2002].
#C
Palmitato de β-amirila
EA
1
1 38,2 38,4
2 22,7 22,6
3 80,6 80,5
4 37,7 37,7
5 55,2 55,2
6 18,2 18,2
7 32,8 32,5
8 39,7 39,8
9 47,1 47,2
10 36,9 36,8
11 23,5 23,6
12 121,6 121,6
13 145,0 145,6
14 41,6 41,7
15 26,8 26,9
16 26,0 25,9
17 32,3 31,9
18 47,8 47,5
19 47,4 47,2
20 31,1 31,0
21 35,6 34,8
22 37,1 37,1
23 28,4 28,4
24 16,6 16,7
25 15,6 15,5
26 16,8 16,8
27 25,9 25,1
28 28,0 28,0
29 33,4 33,3
30 23,6 23,7
CH
3
14,1 14,1
CO
2
173,6 173,6
(CH
2
)
n
29,6 29,7
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 180
Figura 95: Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EA
1
.
Figura 96: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EA
1
.
29
3
0
O
O
10
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
2324
25
26
27
28
H
H
H
29
3
0
O
O
10
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
2324
25
26
27
28
H
H
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 181
Figura 97: Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EA
1
.
Figura 98: Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EA
1
.
29
3
0
O
O
10
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
2324
25
26
27
28
H
H
H
29
3
0
O
O
10
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
2324
25
26
27
28
H
H
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 182
Figura 99: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
1
H COSY (500 MHz, CDCl
3
) de EA
1
.
29
3
0
O
O
10
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
2
22
2324
25
26
27
28
H
H
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 183
Figura 100: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMQC (500, 125 MHz, CDCl
3
) de
EA
1
.
29
3
0
O
O
10
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
2
1
22
2324
25
26
27
28
H
H
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 184
Figura 101: Espectro de RMN bidimensional
1
H,
13
C HMBC (500, 125 MHz, CDCl
3
) de
EA
1
.
29
3
0
O
O
10
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
2324
25
26
27
28
H
H
H
H
1
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 185
Figura 102: Espectro de massas de EA
1
.
29
3
0
O
O
10
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
2324
25
26
27
28
H
H
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 186
4.1.15. Determinação estrutural de EA
2
.
Tratamento cromatográfico de EAFE-AA (Item 5.5.5.3, Pág. 243) forneceu um sólido
cristalino de coloração amarela intensa, com p.f. acima de 300
o
C e solubilidade em metanol
denominado EA
2
.
A análise do espectro de absorção na região de infravermelho (Fig. 103, Pág. 189)
revelou o caráter insaturado de EA
2
, através da deformação axial da ligação –C=C– de anel
aromático em 1614 e 1458 cm
-1
. As deformações axiais assimétrica e simétrica da ligação C-
O-C estão evidenciadas em 1246 e 1094 cm
-1
, respectivamente. A banda larga em 3307 cm
-1
foi facilmente relacionada a uma deformação axial da ligação O–H, enquanto que o sinal que
caracteriza o grupamento carbonila foi observado pela deformação axial da ligação C=O em
1659 cm
-1
e pela deformação axial e angular C–(C–O)–C em 1168 cm
-1
.
O espectro de RMN
1
H de EA
2
(Fig. 104, Pág. 189) mostrou uma absorção simples e
intensa em δ 12,15 (1H, s), cujo deslocamento químico é característico de uma hidroxila em
posição peri a uma carbonila. Este espectro confirmou a presença de anéis aromáticos, através
das absorções dos hidrogênios em δ 7,82 (1H, d, J = 2,0 Hz), 7,71 (1H, dd, J = 8,5 e 2,0 Hz),
7,00 (1H, d, J = 6,7 Hz), 6,52 (1H, d, J = 1,8 Hz) e 6,26 (1H, d, J = 1,8 Hz).
Posterior análise comparativa do espectro de RMN
13
C-BB (Fig. 105, Pág. 190) com o
espectro de RMN
13
C-DEPT 135 (Fig. 106, Pág. 190), permitiu correlacionar a existência de
15 carbonos insaturados que foram identificados como 5 carbonos metínicos (δ 121,5, 116,3,
115,9, 99,2, 94,5) e 10 carbonos não-hidrogenados, dos quais uma carbonila cetônica α,β
insaturada em δ 176,6. Dentre estes, pode-se atribuir a presença de 6 carbonos oxigenados em
δ 165,1, 162,4, 148,4, 147,1, 145,9 e 136,8. Diante destes dados, o composto EA
2
deve
possuir a fórmula molecular C
15
H
10
O
7
e, portanto, 11 insaturações. Os deslocamentos
químicos de todos os carbonos de EA
2
juntamente com os seus respectivos padrões de
hidrogenação encontram-se listados na Tabela 27.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 187
Tabela 27: Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EA
2
.
C CH CH
2
CH
3
104,2
123,8
136,8
145,9
147,1
148,4
157,8
162,4
165,1
176,6
94,5
99,2
115,9
116,4
121,5
-
-
10 C 5 CH
C
15
H
5
1 (C=O)
2 C-O
5 C-OH
C
15
H
10
O
7
Os dados de RMN
13
C corroboraram com a estrutura de compostos poli-fénólicos de
um flavonóide do tipo flavonol. O confronto destas informações com dados de RMN
13
C
descritas na literatura [AGRAWAL, 1989] revelou que EA
2
tratava-se do flavonóide
quercetina, bastante citado na literatura e isolado em cerca de 17 espécies de Erythroxylum
[BOHM, 1988].
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 188
Estrutura de EA
2
- Quercetina (424)
Tabela 28: Comparação dos dados de RMN
13
C (125 MHz, CD
3
OD) dos compostos EA
2
e da
quercetina descrito na literatura [AGRAWAL, 1989].
#C Quercetina EA
2
1 - -
2 147,5 147,1
3 136,5 136,8
4 176,5 176,6
5 161,0 162,4
6 99,5 99,2
7 166,0 165,1
8 94,5 94,5
9 156,7 157,8
10 104,0 104,2
1’ 123,0 123,8
2’ 116,0 115,9
3’ 145,7 145,9
4’ 148,1 148,4
5’ 116,5 116,4
6’ 121,0 121,5
O
OH
O
H
O
OH
O
H
O
H
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1'
2'
3'
4'
5'
6'
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 189
Figura 103: Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EA
2
.
Figura 104: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CD
3
OD) de EA
2
.
O
OH
O
HO
OH
O
H
OH
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1'
2'
3'
4'
5'
6'
O
OH
O
HO
OH
O
H
OH
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1'
2'
3'
4'
5'
6'
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 190
Figura 105: Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CD
3
OD) de EA
2
.
Figura 106: Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CD
3
OD) de EA
2
.
O
OH
O
HO
OH
O
H
OH
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1'
2'
3'
4'
5'
6'
O
OH
O
HO
OH
O
H
OH
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1'
2'
3'
4'
5'
6'
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 191
4.1.16. Determinação estrutural de EA
3
.
Tratamento cromatográfico da fração EAFE-AA (Item 5.5.5.6., Pág. 245) forneceu um
sólido cristalino de coloração amarela intensa, com p.f. acima de 300
o
C e solubilidade em
metanol denominado EA
3
.
A análise do espectro de absorção na região de infravermelho (Fig. 107, Pág. 194)
revelou o caráter insaturado de EA
3
, através da deformação axial da ligação –C=C– de anel
aromático em 1608 a 1454 cm
-1
. As deformações axiais assimétrica e simétrica da ligação C-
O-C foram evidenciadas em 1270 cm
-1
e 1087 cm
-1
, respectivamente. A banda larga em 3442
cm
-1
foi facilmente relacionada a uma deformação axial da ligação O–H, e os sinais do
grupamento carbonila foram observados pela deformação axial da ligação C=O em 1656 cm
-1
e deformação axial e angular C–(C–O)–C em 1169 cm
-1
.
O espectro de RMN
1
H de EA
3
(Fig. 108, Pág. 194) revelou a presença de anéis
aromáticos, através das absorções dos hidrogênios em δ 7,33 (1H, d, J = 1,7 Hz), 7,31 (1H,
dd, J = 8,1 e 2,0 Hz), 6,91 (1H, d, J = 7,2 Hz), 6,36 (1H, d, J = 1,9 Hz) e 6,19 (1H, d, J = 1,9
Hz). A presença de um dubleto com integração 3 em δ 0,94 (3H, d, J = 6,1 Hz) somado aos
sinais em δ 5,35 (1H, d, J = 1,0 Hz), 4,22 (1H, s) e 3,76 (1H, dd, J = 9,3 e 3,4 Hz), nos
permitiu sugerir a existência de uma unidade heterosídica de rhamnose.
Posterior análise comparativa do espectro de RMN
13
C-BB (Fig. 109, Pág. 195) com o
espectro de RMN
13
C-DEPT 135 (Fig. 110, Pág. 195), permitiu correlacionar a existência de
15 carbonos insaturados que foram identificados como 5 carbonos metínicos e 10 carbonos
não-hidrogenados. Uma carbonila cetônica α,β insaturada em δ 179,7 e 7 carbonos
supostamente oxigenados em δ 166,4, 163,3, 159,4, 158,7, 149,9, 146,5 e 136,3, além dos
carbonos não-oxigenados em δ 123,1 e 105,9, foram visualizados. Além destes, pôde-se ainda
verificar a presença de 5 carbonos mono-hidrogenados em δ 123,0, 117,0, 116,5, 100,1 e 94,9.
Os sinais propostos para a porção O-heterosídeo foram visualizados em δ 103,6, 73,4, 72,2,
72,1, 72,0, e 17,7. O sinal em δ 17,7 nos permitiu sugerir como sendo a rhamnose a porção
heterosídica da substância, corroborando com análise de RMN
1
H. Os deslocamentos
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 192
químicos de todos os carbonos de EA
3
juntamente com os seus respectivos padrões de
hidrogenação encontram-se listados na Tabela 29.
Tabela 29: Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EA
3
.
C CH CH
2
CH
3
105,9
123,1
136,3
146,5
149,9
158,7
159,4
163,3
166,4
179,7
72,0
72,1
72,2
73,4
94,9
100,1
103,6
116,5
117,0
123,0
17,7
10 C 10 CH 1 CH
3
C
21
H
13
1 (C=O)
5 OH
C
21
H
20
O
11
Com base na análise dos dados espectrais listados na Tabela 29, foi possível atribuir a
EA
3
a fórmula molecular C
21
H
20
O
11
, com um índice de deficiência de hidrogênio igual a 12.
O confronto de todas estas informações, com levantamento bibliográfico revelou que EA
3
trata-se do flavonóide quercetina-3-O-α-L-rhamnopiranosideo, isolado em cerca de 7
espécie de Erythroxylum.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 193
Estrutura de EA
3
- Quercetina-3-O-α
αα
α-L-rhamnopiranosideo (425)
Tabela 30: Comparação dos dados de RMN
13
C (125 MHz, CD
3
OD) dos compostos EA
3
e
da quercetina-3-O-α-L-rhamnopiranosideo descrito na literatura [AGRAWAL, 1989].
Carbono Quercetina
EA
3
Carbono Rhamnose
EA
3
2 156,4 158,7 1” 101,9 103,6
3 134,4 136,3 2” 70,4 72,1
4 177,7 179,7 3” 70,6 72,2
5 161,2 163,3 4” 71,5 73,4
6 98,6 100,1 5” 70,1 72,0
7 164,0 166,4 6” 17,3 17,7
8 93,5 94,9
9 157,0 159,4
10 104,2 105,9
1’ 121,0 123,1
2’ 115,4 116,5
3’ 145,1 146,5
4’ 148,3 149,9
5’ 115,8 117,0
6’ 121,0 123,0
O
CH
3
O
H
OH
OH
O
O
O
H
O
OH
O
H
OH
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1'
2'
3'
4'
5'
6'
1"
2"
3"
4"
5"
6"
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 194
Figura 107: Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EA
3
.
Figura 108: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CD
3
OD) de EA
3
.
O
ORha
O
HO
OH
OH
OH
2
3
4
5
6
7
8
9
1 0
1 '
2'
3'
4'
5'
6'
O
ORha
O
HO
OH
OH
OH
2
3
4
5
6
7
8
9
1 0
1 '
2'
3'
4'
5'
6'
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 195
Figura 109: Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CD
3
OD) de EA
3
.
Figura 110: Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CD
3
OD) de EA
3
.
O
ORha
O
HO
OH
OH
OH
2
3
4
5
6
7
8
9
1 0
1 '
2'
3'
4'
5'
6'
O
ORha
O
HO
OH
OH
OH
2
3
4
5
6
7
8
9
1 0
1 '
2'
3'
4'
5'
6'
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 196
4.1.17. Determinação estrutural de EA
4
.
O composto EA
4
foi isolado a partir da fração EAFE-H do extrato hexânico das cascas
do caule de Erythroxylum amplifolium (Item 5.5.5.7., Pág. 245), na forma de um óleo laranja
e solubilidade em clorofórmio.
O espectro de absorção na região de IV (Fig. 111, Pág. 199) mostrou uma deformação
axial C=O referente a uma carbonila de éster alifático em 1734 cm
-1
e absorções relacionadas
às deformações angulares de CH
2
e CH
3
em 2930 e 2856 cm
-1
, respectivamente.
O espectro de RMN
1
H (Fig. 112, Pág. 199) apresentou-se com nove sinais multipletos
distribuídos na faixa entre δ 5,43 e 0,82.
O espectro de RMN
13
C-BB (Fig. 113, Pág. 200) mostrou 19 linhas espectrais. A
análise comparativa destes dados com os obtidos no espectro de RMN
13
C DEPT 135° de EA
4
(Fig. 114, Pág. 200), revelou a presença de 3 absorções de carbonos não hidrogenados, 5
absorções de carbonos metínicos, 10 absorções de carbonos metilênicos e 1 absorção de
carbono metílico, dentre os quais uma suposta carbonila de éster em δ 173,7. Pôde-se
observar sinais na região de carbonos do tipo sp
2
entre δ 131,8 a 127,0 e um carbono
metilênico ligado a um oxigênio em δ 60,0. Os deslocamentos químicos de carbonos de EA
4
juntamente com seus respectivos padrões de hidrogenação são mostrados na Tabela 31 (Pág.
197).
A análise comparativa dos dados registrados pelos espectros de RMN
1
H e RMN
13
C
com os encontrados na literatura [POUCHERT, 1993], aliada à feição espectral com as
encontradas para os ácidos graxos e ésteres derivados, nos levou a crer que o mesmo
pertencesse a esta classe de compostos e se trata do linolenato de etila.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 197
Tabela 31: Dados de deslocamentos químicos (δ) de RMN
13
C e padrão de hidrogenação dos
carbonos de EA
4
.
C CH CH
2
CH
3
29,6
128,2
173,7
127,0
127,6
128,2
130,1
131,8
20,5
24,9
25,4
25,5
27,1
29,0
29,1
29,5
34,3
60,0
14,2
3 C 5 CH 10 CH
2
1 CH
3
C
19
H
28
1 C=O CH
2
-O C
19
H
28
O
2
Estrutura de EA
4
- Linolenato de etila (426)
O
O
3
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 198
Tabela 32. Comparação dos dados de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) dos compostos EA
4
e do
linolenato de etila descrito na literatura.
Linolenato de etila EA
4
173,7 173,7
131,8 131,8
130,2 130,1
128,2 128,2
127,6 127,6
127,0 127,0
60,1 60,0
34,3 34,3
- 29,6
29,5 29,5
29,2 29,1
29,1 29,0
27,2 27,1
25,6 25,5
25,5 25,4
24,9 24,9
20,5 20,5
14,2 14,2
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 199
Figura 111: Espectro de absorção na região do IV (KBr) de EA
4
.
Figura 112: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) de EA
4
.
O
O
3
O
O
3
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 200
Figura 113: Espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz, CDCl
3
) de EA
4
.
Figura 114: Espectro de RMN
13
C DEPT 135º (125 MHz, CDCl
3
) de EA
4
.
O
O
3
O
O
3
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 201
4.2. Identificação dos componentes químicos voláteis majoritários das folhas de Croton
sonderianus.
Foi realizado um estudo da variabilidade de quimiotipos e observada a sazonalidade da
constituição dos óleos essenciais da espécie Croton sonderianus, utilizando-se as folhas de 22
espécimens coletados na cidade de Caucaia-CE, os quais foram denominados CS-1 a CS-22.
As amostras das folhas foram coletadas sempre no período entre 07:00 e 10:00 h da manhã.
Os constituintes químicos voláteis de C. sonderianus foram identificados a partir dos óleos
essenciais obtidos por hidrodestilação, coletados em aparelho doseador tipo Cleavenger,
modificado por Gottlieb (Fluxograma 13, Pág. 249) [GOTTLIEB, 1960]. Os óleos essenciais
obtidos foram secos com sulfato de sódio anidro (NaSO
4
), purgados com nitrogênio gasoso,
acondicionados em recipiente adequado e encaminhados para análise como descrito no item
5.5.5.2.
Para a identificação dos constituintes químicos presentes nos óleos essenciais foram
utilizados como parâmetros: pico do íon molecular, pico base, tempo de retenção, combinada
com a correção dos índices de Kovats, comparação com espectros de massas do banco de
dados em computador [ALENCAR, 1990], e comparação visual com os espectros de massas
encontrados na literatura [ADAMS, 2001].
A análise dos espectros de RMN
1
H e cromatogramas dos óleos essenciais obtidos a
partir dos espécimens CS-1 a CS-22 (Fig. 115 a 130) (Tabela 34), revelou a variabilidade
qualitativa na composição química dos constituintes majoritários no decorrer do estudo e
permitiu identificar a existência de oito quimiotipos diferentes para a espécie. Estudos
anteriores citam a existência de oito quimiotipos dos quais quatro podem ser reconhecidos no
presente trabalho [MALCHER, 2003].
4.2.1. Estudo da composição química do óleo essencial das folhas de Croton sonderianus
de uma mesma população.
Apesar dos óleos essenciais das oito variedades de C. sonderianus serem constituídos
fundamentalmente de sesquiterpenóides, eles apresentam diferenças evidentes tanto no
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 202
aspecto físico (cor, odor, etc) como na constituição química por parte dos componentes
majoritários.
Baseando-se na composição dos constituintes majoritários e compostos encontrados em
um único espécimem identificados por CG/EM e RMN
1
H, os oito quimiotipos foram
caracterizados da seguinte forma: CS-A (biciclogermacreno/marmelerim, 1 espécimem); CS-
B (biciclogermacreno/β-felandreno, 6 espécimens); CS-C (biciclogermacreno/mirceno, 2
espécimens); CS-D (curzereno, 1 espécimem); CS-E (biciclogermacreno/α-pineno, 2
espécimens); CS-F (Espatulenol/1,8-cineol, 6 espécimens); CS-G (guaiazuleno/Z-
calameneno, 2 espécimens) e o CS-H (espatulenol/β-cariofileno, 2 espécimens).
Os respectivos cromatogramas e espectros de RMN
1
H correspondentes aos espécimens
representando cada um dos oito quimiotipos, encontram-se ilustrados nas Figuras 115-130, no
final deste capítulo.
Tabela 33: Distribuição dos espécimens de Croton sonderianus nos seus respectivos
quimiotipos.
O cromatograma do quimiotipo CS-A (Fig. 115, Pág. 205) mostrou dois picos
principais, onde os constituintes majoritários foram identificados como biciclogermacreno
(18,0%), β-cariofileno (11,3%), e um constituinte minoritário marmelerim (1,5%).
No cromatograma do quimiotipo CS-B (Fig. 117, Pág. 206) pôde-se observar como
constituintes mais abundantes o biciclogermacreno (39,2%), β-cariofileno (20,1%) e β-
felandreno (11,0%).
QUIMIOTIPO
CS-A CS-B CS-C CS-D CS-E CS-F CS-G CS-H
CS-1 CS-2 CS-4 CS-5 CS-7 CS-11 CS-14 CS-16
CS-3 CS-8 CS-9 CS-13 CS-17 CS-19
CS-6 CS-15
CS-10 CS-20
CS-12 CS-21
CS-18 CS-22
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 203
O cromatograma do quimiotipo CS-C (Fig. 119, g. 207) mostrou três picos
principais, onde os correspondentes aos componentes mais abundantes foram identificados
como biciclogermacreno (30,8%), mirceno (10,9%) e β-cariofileno (11,3%).
O cromatograma de um espécimem representando o quimiotipo CS-D (Fig. 121, Pág.
208) e análise dos seus espectros de massas, possibilitou a identificação dos constituintes
principais: o curzereno (45,3%), germacreo B (18,5%) e o germacrona (9,6%).
O cromatograma do quimiotipo CS-E (Fig. 123, Pág. 209) consta de três picos
principais, e os constituintes majoritários foram identificados como biciclogermacreno
(30,8%), α-pineno (13,7%) e α-terpinoleno (10,9%).
O cromatograma do quimiotipo CS-F (Fig. 125, Pág. 210) foi analisado e mostrou
como picos principais, o espatulenol (32,5%), 1,8-cineol (12,2%) e óxido-cariofileno (19,2%).
No cromatograma do quimiotipo CS-G (Fig. 127, Pág. 211), foi possível observar
vários picos principais, porém dois foram mais relevantes na caracterização deste quimiotipo
e foram identificados como guaiazuleno (8,3%) e Z-calameneno (10,9%).
O cromatograma do quimiotipo CS-H
(Fig. 129, g. 212), possibilitou a identificação
dos seguintes picos principais, o espatulenol (35,6%), β-cariofileno (9,4%) e óxido-
cariofileno (13,0%).
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 204
Tabela 34: Identificação dos constituintes majoritários dos oito quimiotipos de Croton
sonderianus.
CS-A CS-B CS-C CS-D CS-E CS-F CS-G CS-H
1,8-Cineol -
8,1
2,4 - 4,1
11,0
3,5 -
α
-Cadineno
- - - - - - 1,9 -
α
-Guaieno
7,8 - - - - - 6,6 -
α
-Humuleno
5,3 2,1 1,2 - 1,9 1,4 1,2 3,0
α-Pineno
1,1
4,8
4,3 -
14,4
- 1,3 -
Aromadendreno 0,7 1,4 - - 1,0 3,5 0,3 3,6
α
-Terpineol
- 4,1 - - 0,2 3,5 - 4,0
α
-Terpinoleno
-
0,3
- - 5,5 - 0,3 -
β
-Cariofileno
11,3
10,3
10,2
3,2 9,4 7,2 7,2
12,5
β
-Elemeno
4,2
6,8
5,0 7,7 1,0 1,5 6,3 5,2
β
-Felandreno
5,6
10,6
2,9 - 3,0 1,4 1,8 -
Biciclogermacreno
18,0
14,7
41,0
-
32,8
1,6 5,1 8,2
β
-Selineno
- 1,1 - - - 0,9 - -
Cryptona
- 1,3 - - - 2,7 - -
Curzereno -
-
-
45,3
- - - -
δ
-Cadineno
- 0,4 - - 0,3 - 0,5 1,2
δ
-Elemeno
1,3 0,6 2,2 - 1,7 - - -
Z-Calameleno
- - - - - - 8,3 -
E
-Calameleno
- - - - - - 6,9 -
Espatulenol
0,8
7,0
3,6 - 1,7
29,1
3,6
32,1
γ
-Elemeno
-
0,3
- 6,5 - - - -
Germacreno A
0,9 0,2 0,6 - 0,3 - 0,6 -
Germacreno B 2,5
0,7
-
18,5
- - 5,3 -
Germacreno D - - - - - 0,3 2,4 -
Germacrona -
-
- 9,6 - - - -
γ
-Muuroleno
5,7
3,0
6,1 4,0 2,7 0,5 - 5,4
Guaiazuleno
- - - - - - 6,2 -
Limoneno -
1,2
0,8 - 2,2 0,3 1,2 -
Marmelerin 1,5
-
- - - - - -
Mirceno -
0,7
10,5
- 0,8 0,2 - -
Óxido-cariofileno 8,0
1,7
- - -
11,0
-
11,3
p
-Cimeno - 0,9 - - - 0,6 - -
Sativeno
- - - - - 2,9 0,9 -
Terpinen-4-ol - 0,2 - - - 1,5 - -
Z-β-Guaieno
- 0,8 - - - - - 3,1
74,6 83,4 90,8 94,7 82,9 81,1 71,4 89,5
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 205
Figura 115: Cromatograma de CS-A.
Figura 116: Espectro de RMN
1
H de CS-A.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 206
Figura 117: Cromatograma de CS-B.
Figura 118: Espectro de RMN
1
H de CS-B.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 207
Figura 119: Cromatograma de CS-C.
Figura 120: Espectro de RMN
1
H de CS-C.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 208
Figura 121: Cromatograma de CS-D.
Figura 122: Espectro de RMN
1
H de CS-D.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 209
Figura 123: Cromatograma de CS-E.
Figura 124: Espectro de RMN
1
H de CS-E.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 210
Figura 125: Cromatograma de CS-F.
Figura 126: Espectro de RMN
1
H de CS-F.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 211
Figura 127: Cromatograma de CS-G.
Figura 128: Espectro de RMN
1
H de CS-G.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 212
Figura 129: Cromatograma de CS-H.
Figura 130: Espectro de RMN
1
H de CS-H.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 213
Figura 131: Espectro de massas do p-Cimeno.
Figura 132: Espectro de massas do
α
-Pineno.
Figura 133: Espectro de massas do
α
-Terpinoleno.
Figura 134: Espectro de massas do
β
-Felandreno.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 214
O
O
Figura 135: Espectro de massas do Limoneno.
Figura 136: Espectro de massas do Mirceno.
Figura 137: Espectro de massas do Criptona.
Figura 138: Espectro de massas do 1,8-Cineol.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 215
O
H
O
H
H
H
Figura 139: Espectro de massas do Terpinen-4-ol.
Figura 140: Espectro de massas do
α
-Terpineol.
Figura 141: Espectro de massas do
β
-Cariofileno.
Figura 142: Espectro de massas do
β
-Elemeno.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 216
Figura 143: Espectro de massas do
δ
-Elemeno.
Figura 144: Espectro de massas do Guaiazuleno.
Figura 145: Espectro de massas do E-Calameneno.
Figura 146: Espectro de massas do Z-Calameneno.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 217
H
H
H
H
Figura 147: Espectro de massas do
α
-Guaieno.
Figura 148: Espectro de massas do
α
-Humuleno.
Figura 149: Espectro de massas do Aromadendreno.
Figura 150: Espectro de massas do Biciclogermacreno.
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 218
H
H
Figura 151: Espectro de massas do
β
-Selineno.
Figura 152: Espectro de massas do
δ
-Cadineno.
Figura 153: Espectro de massas do
γ
-Cadineno.
Figura 154: Espectro de massas do
γ
-Elemeno.
H
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 219
Figura 155: Espectro de massas do Germacreno A.
Figura 156: Espectro de massas do Germacreno B.
Figura 157: Espectro de massas do Germacreno D.
Figura 158: Espectro de massas do
γ
-Muuroleno.
H
H
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 220
O
H
H
Figura 159: Espectro de massas do Sativeno.
Figura 160: Espectro de massas do Z-
β
-Guaieno.
Figura 161: Espectro de massas do Óxido de cariofileno.
Figura 162: Espectro de massas do Marmelerim.
O
Me
Me
Me
Me
Capítulo 4 – Determinação Estrutural – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 221
Figura 163: Espectro de massas do Curzereno.
Figura 164: Espectro de massas do Germacrona.
Figura 165: Espectro de massas do Espatulenol.
O
OH
O
“Nós somos aquilo que fazemos repetidas vezes, repetidamente. A excelência, portanto, não é um
feito, mas um hábito.”
Aristóteles
Capítulo 5 – Parte Experimental
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 223
5. PARTE EXPERIMENTAL
5.1. Material vegetal.
5.1.1. Erythroxylum barbatum O. E. Schulz (Erythroxylaceae).
O lenho do caule, as cascas do caule, as raízes e as folhas de E. barbatum O. E. Schulz
selecionada para este estudo foram coletados na localidade de Garapa, município de Acarape
CE, pelo Dr. Edilberto Rocha Silveira do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica
da Universidade Federal do Ceará (DQOI-UFC) e identificada pelo Dr. Afrânio G. Fernandes
do Departamento de Biologia da UFC. A exsicata encontra-se depositada no Herbário Prisco
Bezerra, pertencente ao Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará, sob o
registro o n
o
28.815.
5.1.2. Erythroxylum amplifolium (Erythroxylaceae).
As folhas de E. amplifolium coletadas no município de Crateús – CE pela Dra.
Francisca Soares de Araújo do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará e
identificada pela Dra. Maria Iracema Bezerra Loiola do Departamento de Botânica, Ecologia
e Zoologia da Universidade Federal do Rio grande do Norte. A exsicata encontra-se
depositada no Herbário Prisco Bezerra, pertencente ao Departamento de Biologia da
Universidade Federal do Ceará, sob o registro n
o
35058.
5.1.3. Croton sonderianus Muell. Arg. (Euphorbiaceae).
As folhas de 22 espécimens de C. sonderianus Muell. Arg., utilizadas para o estudo
comparativo dos constituintes voláteis, foram coletadas no Km 18 da Br 222 no município de
Caucaia-CE pelo Dr. Edilberto Rocha Silveira do DQOI-UFC. A identificação foi realizada
pelo Dr. Edson Paula Nunes do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará.
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 224
5.2. Métodos cromatográficos.
5.2.1. Cromatografia Líquida Gravitacional em Coluna Aberta (CC).
As cromatografias de adsorção em coluna aberta foram realizadas utilizando-se gel de
sílica 60 G de marca VETEC (φ = 0,063-0,20 mm; 70-230 mesh) cód. 1095. As quantidades
de amostra a serem cromatografadas e os adsorventes empregados determinaram o
comprimento e o diâmetro das colunas utilizadas.
Os solventes utilizados para cromatografia foram: éter de petróleo, hexano,
diclorometano, clorofórmio, acetato de etila e metanol, puros e em misturas binárias
obedecendo sempre uma ordem crescente de polaridade.
5.2.2. Cromatografia em Camada Delgada Analítica (CCD).
Cromatografias em camada delgada foram efetuadas em cromatofolhas de alumínio de
gel de sílica 60 F
254
(Aldrich) com espessura de 0,20 mm contendo indicador de
fluorescência, em cromatoplacas de gel de sílica 60 (φ µm 2-25) sobre poliéster T-6145 da
Sigma Chemical CO
e ainda através de cromatoplacas de sílica S da Carlo Erba cód. 45335
sobre lâminas de vidro.
A visualização das manchas em placas analíticas de sílica foi realizada pela exposição
destas à radiação de luz ultravioleta (UV) em dois comprimentos de onda 312 e 365 ηm, pela
utilização de lâmpada modelo CN–15 LM VILBER LOURMAT e/ ou pela pulverização com
uma solução de vanilina e ácido perclórico (0,75 M) em etanol, seguido de aquecimento em
estufa ou ainda através da exposição das cromatoplacas a vapores de iodo.
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 225
5.2.3. Cromatografia de Exclusão Molecular.
As cromatografias de exclusão molecular foram realizadas em colunas de diferentes
tamanhos e diâmetros, de acordo com as alíquotas de amostras e as quantidades de gel
dextrana Sephadex LH-20 da PHARMACIA utilizadas. O eluente utilizado foi o metanol.
5.2.4. Cromatografia Líquida em Coluna sob Pressão (Flash).
Para cromatografias de adsorção em coluna “flash” foi utilizado gel de sílica 60 (φ =
0,040-0,063 mm; 230-400 mesh) da MERCK. As quantidades de amostra a serem
cromatografadas e os adsorventes empregados determinaram o comprimento e o diâmetro das
colunas utilizadas.
Utilizou-se na eluição sob pressão, um sistema adaptado com bomba compressora
modelo ST da NS-Indústria de Aparelhos Médicos LTDA. Éter de petróleo, hexano,
diclorometano, clorofórmio, acetato de etila e metanol, puros e em misturas binárias
obedecendo sempre uma ordem crescente de polaridade, foram utilizados como eluentes.
5.3. Métodos Espectrométricos.
5.3.1. Espectrometria de Massas (EM).
Os óleos essenciais foram cromatografados em cromatógrafo gás-líquido, modelo HP-
5890A série II (CGL/EM), com coluna capilar DB-5 (dimetilpolisiloxano) de 30 m de
comprimento, 0,25 mm de diâmetro interno e filme de 0,25 µm, utilizando gradiente de
temperatura no injetor de 35 a 180 °C a 4 °C/min e de 180 a 280 °C a 20 °C/min; acoplado a
um espectrômetro de massa de HEWLETT-PACKARD, modelo HP-5971A, que forneceu os
espectros de massa. O equipamento encontra-se no anexo LPN-UFC situado no PADETEC-
UFC.
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 226
Os espectros de massa de baixa resolução foram obtidos em aparelho Shimadzu DI 50
QP-5000, localizado na central analítica do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica
da Universidade Federal do Ceará (DQOI-UFC), por injeção direta das amostras.
5.3.2. Espectrometria com Detector de Ionização em Chamas (DIC).
Os óleos essenciais também foram analisados em cromatógrafo gás-líquido, modelo
Shimadzu GC-17A equipado com detector de ionização em chamas (DIC), usando uma
coluna capilar DB-5 (dimetilpolisiloxano) de 30 m de comprimento, 0,25 mm de diâmetro
interno e filme de 0,25 µm. O hidrogênio foi utilizado como gás de arraste com fluxo de
1mL/min e pressão de 30 psi. A programação da temperatura da coluna foi de 35º a 180 °C
com variação de 4 °C/min e de 180 a 280 °C a 20 °C/min mantendo-se isotérmica por um
período de 10 min; a temperatura do injetor e do detector foram ambas de 250 °C.
5.3.3. Espectroscopia na Região do Infravermelho (IV).
Os espectros de absorção na região do infravermelho foram obtidos em espectrômetros
Perkin–Elmer, modelo FT-IR Espectrum 1000, da central analítica do DQOI–UFC
utilizando–se pastilhas de brometo de potássio (KBr) para a análise das amostras.
5.3.4. Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear (RMN).
Os espectros de RMN
1
H e de RMN
13
C e os respectivos bidimensionais homo e
heteronucleares, foram obtidos no Centro Nordestino de Aplicação e Uso da Ressonância
Magnética Nuclear CENAUREMN da Universidade Federal do Ceará, em espectrômetros
BRUKER modelos Avance DRX-500 e DPX 300 operando nas freqüências de hidrogênio a
500,13 MHz e 300,13 MHz e na freqüência do carbono 125,77 MHz e 75,47 MHz em um
campo de 11.7440 e 7.0463 Tesla, respectivamente. Os aparelhos estão equipados com sonda
dual de 5mm, para experimentos unidimensionais (
1
H,
13
C), bidimensionais de correlação
homonuclear (
1
H,
1
H-COSY e NOESY) e correlação heteronuclear (HETCOR e COLOC).
Para experimentos bidimensionais de correlação homonuclear com detecção inversa (
1
H,
1
H-
COSY e NOESY), de correlação heteronuclear (HMQC e HMBC) e com gradiente (GS-
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 227
COSY, GS-HMQC e GS-HMBC), utilizou-se sonda inversa multinuclear de 5 mm com
gradiente no eixo Z e unidade de gradiente de 10 A. Nos experimentos unidimensionais
1
H,
13
C, foram utilizadas para as aquisições: larguras espectrais SW
H
= 24 ppm e SW
C
= 230 ppm,
período de relaxação de 1,0s (D
1
), pulso de 90
o
para
1
H de 10,0 µs com potência de 3,0 dB.
Os solventes utilizados na dissolução das substâncias foram o clorofórmio (CDCl
3
),
metanol (CD
3
OD) e piridina (C
5
D
5
N), todos deuterados das marcas Merck, Aldrich ou Norell.
As soluções de aproximadamente 0,5 mL, foram colocadas em tubos de ressonância de 5 mm,
à temperatura ambiente. Os deslocamentos químicos (δ) foram expressos em parte por milhão
(ppm) e foram referenciados para RMN
1
H pelo pico do hidrogênio pertencente à fração não
deuterada do solvente: clorofórmio δ (7,27), metanol δ (3,31) e piridina δ (7,22; 7,58; 8,74).
Para o RMN
13
C-BB o padrão foi o sinal do carbono-13 do clorofórmio em δ (77,23), metanol
δ (49,15) e piridina δ (123,87; 135,91; 150,35).
O padrão de hidrogenação dos carbonos de RMN
13
C-BB foi determinado utilizando-
se a técnica DEPT (Distortionless Enhancement by Polarization Transfer) com variação do
ângulo de nutação de 135° com os sinais de CH (carbono metínico) e CH
3
(carbono metílico)
apresentando-se com amplitude positiva e CH
2
(carbono metilênico) negativa.
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 228
5.4. Métodos para obtenção dos dados físicos.
5.4.1. Ponto de Fusão (p.f.).
Os pontos de fusão das substâncias foram determinados em aparelho de
microdeterminação da Mettler Toledo modelo FP82HT e uma unidade de processamento
FP90, localizado no DQOI-UFC. As determinações foram realizadas a uma velocidade de
aquecimento de 5
o
C/min.
5.4.2. Rotação ótica e específica.
A determinação da rotação ótica das substâncias foi realizada em um Polarímetro
digital 341 da Perkin-Elmer do DQOI-UFC. As medidas foram feitas em um comprimento de
onda de 589 nm e a temperatura de 25 °C.
5.5. Isolamento dos constituintes químicos de Erythroxylum barbatum.
5.5.1. Obtenção dos extratos do lenho do caule: EBLCH e EBLCE.
3300,0 g do lenho do caule de E. barbatum, depois de moídos, foram extraídos
exaustivamente (3 repetições) com hexano a frio. Após destilação do solvente sob pressão
reduzida em evaporador rotativo, obteve-se um extrato viscoso e de coloração esverdeada
denominado EBLCH (4,0 g).
A torta resultante da extração com hexano, depois de seca, foi extraída exaustivamente
(3 repetições) com etanol a frio, fornecendo um extrato de coloração marrom avermelhada,
denominado EBLCE (75,9 g).
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 229
Fluxograma 1 Obtenção dos extratos hexânico e etanólico de Erythroxylum barbatum.
5.5.1.1. Fracionamento preliminar do extrato etanólico do lenho do caule de
Erythroxylum barbatum – EBLCE.
75,9 g de EBLCE foram submetidos à cromatografia filtrante através da pulverização
em 50,0 g de gel de sílica em um gral de porcelana e posterior acondicionamento sobre uma
camada de 28,0 g de gel de sílica. Após eluição exaustiva com os solventes hexano,
clorofórmio, acetato de etila e metanol, as quatro frações resultantes foram denominadas
conforme indicado na Tabela 35.
EBLC
3300,0 g
EBLCH
4,0 g
Torta
EBLCE
75,9 g
Resíduo
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 230
Tabela 35: Coluna filtrante do extrato etanólico do lenho do caule de Erythroxylum barbatum
EBLCE.
5.5.1.2. Fracionamento cromatográfico de EBLCE–A: Isolamento de EB
1
, EB
2
, EB
3
, e
EB
4
.
Após sucessivas cromatografias do tipo “flash” a partir da fração EBLCE–A (5,3 g),
utilizando mistura binária dos eluentes clorofórmio e acetato de etila na proporção 6:4 de
forma isocrática, observou-se à precipitação de sólidos em algumas das frações obtidas. As
frações foram comparadas por CCD e reunidas de acordo com as suas semelhanças. A fração
EBLCE-A 41-58 apresentou-se como cristais incolores em forma de agulha e foi denominado
de EB
1
(10,5 mg). A recristalização em tubos “Craig” das frações EBLCE 5-6/1-11 e EBLCE
9-10/9 em metanol levou à obtenção de cristais incolores denominados EB
2
(14,9 mg) e EB
3
(11,6 mg). O composto isolado a partir da fração EBLCE 13-18 e denominado EB
4
(49,8 mg),
apresentou-se como um precipitado branco em forma de flocos que foi separado da água-mãe
por filtração.
ELUENTE DENOMINAÇÃO PESO (g)
Hexano EBLCE-H -
Diclorometano EBLCE-C 1,1
Acetato de Etila EBLCE-A 5,3
Metanol EBLCE-M 65,5
Total
71,9 g
Rendimento
94,7 %
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 231
Fluxograma 2: Isolamento de EB
1
, EB
2
, EB
3
, e EB
4
a partir da fração EBLCE-A do lenho do
caule de Erythroxylum barbatum.
5.5.2. Obtenção dos extratos das cascas das raízes: EBRH e EBRE.
1680,0 g das cascas das raízes de E. barbatum, depois de moídas, foram extraídas
exaustivamente (3 repetições) com hexano a frio. Após destilação do solvente sob pressão
reduzida em evaporador rotativo, obteve-se um extrato viscoso e de coloração avermelhada
denominado EBRH (3,2 g).
A torta proveniente da extração com hexano, depois de seca, foi extraída
exaustivamente (3 repetições) com etanol a frio, fornecendo um extrato de coloração marrom
avermelhada, denominado EBRE (54,0 g).
11,6 mg
EB
4
14,9 mg
EB
3
49,8 mg
EB
2
10,5 mg
EB
1
CCD preparativa
CC sucessivas em gel de sílica
5,3 g
EBLCE-A
65,5 g
EBLCE-M
1,1 g
EBLCE-D
-------
EBLCE-H
75,9 g
EBLCE
MeOH
AcOEt
CH
2
Cl
2
Hexano
Fracionamento em sílica
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 232
Fluxograma 3 Obtenção dos extratos hexânico e etanólico das cascas das raízes de
Erythroxylum barbatum.
5.5.2.1. Fracionamento preliminar do extrato hexânico das cascas das raízes de
Erythroxylum barbatum – EBRH.
3,2 g de EBRH foram adsorvidos em 6,0 g de gel de sílica, pulverizados em gral de
porcelana e posteriormente acondicionados sobre uma camada de 12,0 g de gel de sílica em
coluna aberta. Após eluição exaustiva com os solventes hexano seguido de diclorometano,
acetato de etila e metanol, o solvente foi evaporado sob pressão reduzida para fornecer quatro
frações como indicado na Tabela 36 abaixo.
EBR
1680,0 g
EBRH
3,2 g
Torta
EBRE
54,0 g
Resíduo
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 233
Tabela 36: Coluna filtrante do extrato hexânico das cascas das raízes de Erythroxylum
barbatum – EBRH.
5.5.2.2. Fracionamento cromatográfico de EBRH–D: Isolamento de EB
5
e EB
6
.
Sucessivas cromatografias da fração EBRH–D 0,67 g, utilizando gel de sílica como
adsorvente e eluição com uma mistura binária dos solventes hexano e acetato de etila na
proporção 8:2 de forma isocrática, observou-se a cristalização de sólidos em algumas frações.
Comparação em CCD permitiu que frações semelhantes fossem reunidas. As frações EBRH-
D 13-26 e EBRH-D 39-46/5-11 foram posteriormente submetidas à recristalização para
fornecer os compostos EB
5
(18,6 mg) e EB
6
(14,0 mg).
5.5.2.3. Fracionamento cromatográfico de EBRH–A: Isolamento de EB
7
, EB
8
e EB
9
.
A fração EBRH–A 0,84 g foi solubilizada em metanol e submetida à cromatografia
por exclusão molecular em Sephadex LH-20, utilizando metanol de forma isocrática. Foram
obtidas 15 frações. Dentre as frações reunidas, mediante monitoramento por CCD, a fração
6-11 (0,77 g) mostrou halos bem definidos. Após sucessivas cromatografias em gel de sílica
do tipo flash” utilizando os solventes hexano e acetato de etila em misturas binárias foram
isoladas 3 substâncias que possuem aspecto de sólido amorfo amarelado as quais foram
denominadas EB
7
(4,0 mg), EB
8
(9,7 mg) e EB
9
(16,2 mg).
ELUENTE DENOMINAÇÃO PESO (g)
Hexano EBRH-H 1,42 g
Diclorometano EBRH-D 0,67 g
Acetato de Etila EBRH-A 0,84 g
Metanol EBRH-M -
Total
2,9 g
Rendimento
91,5 %
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 234
Fluxograma 4: Isolamento de EB
5
, EB
6
, EB
7
, EB
8
e EB
9
a partir das frações EBRH-D e
EBRH-A das cascas das raízes de Erythroxylum barbatum.
5.5.2.4. Partição líquido/líquido do extrato etanólico das cascas das raízes de
Erythroxylum barbatum – EBRE.
30,0 g do extrato EBRE foi solubilizado em 300 mL de metanol, acondicionado em
funil de separação de 1 L e foram realizadas extrações com hexano (3 x 100 mL), com
clorofórmio (3 x 100 mL), com acetato de etila (3 x 100 mL) e n-butanol (3 x 100 mL). As
frações orgânicas foram secas com sulfato de sódio (NaSO
4
) anidro, e o solvente evaporado
sob pressão reduzida em evaporador rotativo. O resíduo água/metanol foi evaporado em
banho-maria (Fluxograma 5, Pág. 236).
MeOH
0,84 g
EBRH -A
-------
EBRH -M
0,67 g
EBRH -D
1,43 g
EBRH -H
3,3 g
EBRH
AcOEt
CH
2
Cl
2
Hexano
Fracionamento em sílica
CC sucessivas em gel de sílica
EB
5
18,6 mg
Recristalização
EB
6
14,0 mg
EB
7
4,0 mg
EB
8
9,7 mg
EB
9
16,2 mg
Sephadex LH-20
CC sucessivas em gel de sílica
0,77 g
6-11
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 235
Tabela 37: Frações da partição líquido/líquido do extrato etanólico das cascas das raízes de
Erythroxylum barbatum.
5.5.2.5. Fracionamento cromatográfico de EBRE–C: Isolamento de EB
10
.
A fração EBRE-C (7,01 g) foi submetida à cromatografia em coluna aberta sobre uma
camada de 70,0 g de gel de sílica. Clorofórmio e acetato de etila foram utilizados para eluição
em uma mistura binária em ordem crescente de polaridade para resultar em 27 frações.
A fração EBRE–C 23 (1,17 g) foi solubilizada em metanol e fracionada por exclusão
molecular em Sephadex LH-20, utilizando metanol de forma isocrática. Foram obtidas 12
frações. Dentre as frações reunidas, mediante monitoramento por CCD, a fração 5-8 (0,80 g)
foi recromatografada em gel de sílica flash utilizando os eluentes hexano puro, e
posteriormente em misturas ternarias de hexano/acetato de etila/metanol na proporção de
(55; 35; 10), levando ao isolamento de um composto com aspecto de sólido amorfo amarelado
que foi denominado de EB
10
(13,0 mg).
ELUENTE DENOMINAÇÃO PESO (g)
Hexano EBRE-H 0,89 g
Clorofórmio EBRE-C 7,01 g
Acetato de Etila EBRE-A 8,36 g
n-Butanol EBRE-B 7,96 g
Resíduo metanol/água EBCE-MA 2,79
Total
27,0 g
Rendimento
90,0 %
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 236
Fluxograma 5: Isolamento de EB
10
a partir da fração EBRE-C das cascas das raízes de
Erythroxylum barbatum.
5.5.3. Obtenção dos extratos das cascas do caule: EBCH e EBCE.
1300,0 g do lenho do caule de E. barbatum, depois de moídos, foram extraídos
exaustivamente (3 repetições) com hexano a frio. Após destilação do solvente sob pressão
reduzida em evaporador rotativo, obteve-se um extrato viscoso e de coloração esverdeada
denominado EBCH (3,1 g).
A torta proveniente da extração com hexano, depois de seca, foi extraída
exaustivamente (3 repetições) com etanol a frio, fornecendo um extrato de coloração marrom
avermelhada, denominado EBCE (60,8 g).
MeOH
0,89 g
EBRE-H
8,36 g
EBRE-A
7,96 g
EBRE-B
7,01 g
EBRE-C
30,0 g
EBRE
AcOEt CHCl
3
Hexano
Partição líquido/ líquido
CC em gel de sílica
Sucessivas cromatografias Flash
Sephadex LH-20
EBRE-MA
n-BuOH
--------
EBR
10
13,0 mg
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 237
Fluxograma 6: Obtenção dos extratos hexânico e etanólico das cascas do caule de
Erythroxylum barbatum.
5.5.3.1. Fracionamento preliminar do extrato hexânico das cascas do caule de
Erythroxylum barbatum – EBCH.
3,1 g de EBCH foram submetidos à cromatografia, adsorvidos em 6,0 g de gel de
sílica, pulverizados em gral de porcelana e acondicionados sobre uma camada de 14,0 g de gel
de sílica em coluna aberta. Após eluição exaustiva com os solventes hexano seguido de
diclorometano, acetato de etila e metanol, as frações foram destiladas sob pressão reduzida e
denominadas conforme indicado na Tabela 38.
Tabela 38: Coluna filtrante do extrato hexânico das cascas caule de Erythroxylum barbatum –
EBRH.
ELUENTE DENOMINAÇÃO PESO (g)
Hexano EBCH-H 1,67 g
Diclorometano EBCH-D 0,61 g
Acetato de Etila EBCH-A 0,71 g
Metanol EBCH-M -
Total
3,0 g
Rendimento
95,5 %
EBC
1300,0 g
EBCH
3,1 g
Torta
EBCE
60,8 g
Resíduo
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 238
5.5.3.2. Fracionamento cromatográfico de EBCH–H: Isolamento de EB
11
e EB
12
.
Após cromatografias sucessivas da fração EBCH–H 1,67 g, utilizando gel de sílica
como adsorvente e uma mistura binária dos eluentes hexano e clorofórmio na proporção 6:4
(eluição isocrática), observou-se à cristalização de sólidos em algumas frações. Posterior
comparação em CCD nos permitiu reunir as frações semelhantes conforme esta análise nas
frações EBCH-H 10-14/35-38 e EBCH-H 56-72 fornecendo compostos sólidos homogêneos
após serem cromatografadas sucessivamente em coluna flash, os quais foram denominados de
EB
11
(28,2 mg) e EB
12
(23,0 mg).
Fluxograma 7: Isolamento de EB
11
e EB
12
a partir da fração EBCH-H das cascas do caule de
Erythroxylum barbatum.
MeOH
0 ,71 g
EBC H-A
0,61 g
EBC H-C
1,67 g
EBC H-H
3,1 g
EBCH
AcOEt CHCl
3
Hexano
CC em gel de sílica
Sucessivas cromatografias flash
EBC H-M
--------
EB
11
28,2 mg
EB
12
23,0 mg
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 239
5.5.4. Obtenção dos extratos hexânico e etanólico das folhas: EBFH e EBFE.
480,0 g das folhas secas de Erythroxylum barbatum, depois de moídas, foram
extraídas exaustivamente (3 repetições) com hexano a frio. Após destilação do solvente sob
pressão reduzida em evaporador rotativo, obteve-se um extrato viscoso e de coloração
avermelhada denominado EBFH 19,2 g.
A torta proveniente da extração com hexano, depois de seca, foi extraída
exaustivamente (3 repetições) com etanol a frio, fornecendo um extrato de coloração marrom
avermelhada, denominado EBFE 56,0 g.
Fluxograma 8: Obtenção dos extratos hexânico e etanólico das cascas das raízes de
Erythroxylum barbatum.
EBF
480,0 g
EBFH
19,2 g
Torta
EBFE
56,0 g
Resíduo
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 240
5.5.4.1. Fracionamento preliminar do extrato hexânico das folhas de Erythroxylum
barbatum – EBFH.
Cromatografia filtrante de 19,2 g de EBFH sobre uma camada de 12,0 g de gel de
sílica em coluna aberta e eluição exaustiva com os solventes hexano seguido de
diclorometano, acetato de etila e metanol forneceu 4 frações conforme indicado na Tabela 39.
Tabela 39: Coluna filtrante do extrato hexânico das folhas de Erythroxylum barbatum
EBFH.
5.5.4.2. Fracionamento cromatográfico de EBFH–HD: Isolamento de EB
13
e EB
14
.
A fração EBFH–HD 5,02 g foi submetida a cromatografia em sílica em coluna aberta e
eluída com uma mistura binária dos solventes hexano e acetato de etila com aumento gradual
de polaridade. Comparação em CCD das trinta e quatro frações obtidas revelou a precipitação
de sólidos nas frações 6-7 e 22-26, que foram posteriormente filtrados da água-mãe.
Recristalização com acetona à quente forneceu 2 compostos sólidos denominados de EB
13
(775,5 mg) e EB
14
(11,0 mg).
ELUENTE DENOMINAÇÃO PESO (g)
Hexano EBFH-H 10,17 g
Hexano/diclorometano
EBFH-HD 5,02 g
Diclorometano EBFH-D 0,78 g
Acetato de Etila EBFH-A 0,35g
Metanol EBFH-M -
Total
16,3 g
Rendimento
85,13 %
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 241
Fluxograma 9: Isolamento de EB
13
e EB
14
da fração EBFH-HD das folhas de Erythroxylum
barbatum.
5.5.5. Obtenção dos extratos hexânico e etanólico das folhas de E. amplifolium: EAFH e
EAFE.
1600,0 g das folhas secas de Erythroxylum amplifolium, depois de moídas, foram
extraídas exaustivamente (3 repetições) com hexano a frio. Após destilação do solvente sob
pressão reduzida em evaporador rotativo, obteve-se um extrato viscoso e de coloração
avermelhada denominado EAFH 17,2 g.
A torta proveniente da extração com hexano, depois de seca, foi extraída
exaustivamente (3 repetições) com etanol a frio, fornecendo um extrato de coloração marrom
avermelhada, denominado EAFE 110,9 g.
MeOH
0,78 g
EBFH-D
0,35 g
EBFH-A
5,02 g
EBFH-HD
10,17 g
EBFH-H
19,2 g
EBFH
AcOEt
CH
2
Cl
2
Hexano
Patição líquido/ líquido
Sucessivas cromatografias Flash
EBFH-M
-------
Hex-Dicloro
Precipitação com acetona a quente
EB
13
775,5 mg
EB
14
11,0 mg
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 242
Fluxograma 10: Obtenção dos extratos hexânico e etanólico das folhas de Erythroxylum
amplifolium.
5.5.5.1. Fracionamento preliminar do extrato hexânico das folhas de Erythroxylum
amplifolium EAFH.
17,2 g de EAFH foram submetidos à cromatografia, em 30,0 g de gel de sílica em
coluna aberta. Após eluição exaustiva com os solventes hexano seguido de diclorometano,
acetato de etila e metanol, as frações foram destiladas sob pressão reduzida e denominadas
conforme indicado na Tabela 40.
Tabela 40: Coluna filtrante do extrato hexânico das folhas de Erythroxylum amplifolium
EAFH.
ELUENTE DENOMINAÇÃO PESO (g)
Hexano EAFH-H
1
12,10 g
Hexano EAFH-H
2
1,58 g
Diclorometano EAFH-D
1,46 g
Acetato de Etila EAFH-A
1,03
Metanol EAFH-M
-
Total
16,2 g
Rendimento
94,18 %
EAF
1600,0 g
EAFH
17,2 g
Torta
EAFE
110,9 g
Resíduo
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 243
5.5.5.2. Fracionamento cromatográfico de EAFH–H
2
: Isolamento de EA
1
.
A fração EAFH–H
2
1,58 g foi cromatografado em 42 g de gel de sílica e tendo como
eluente inicial hexano puro e posterior mistura binária de eluentes (clorofórmio, acetatode
etila e metanol) com aumento gradual de polaridade. A coluna resultou em 106 frações.
Comparação em CCD revelou semelhanças entre as frações 53-83 (0,36 g), que foram
reunidas conforme esta análise. Recromatografias sucessivas em gel de sílica flash utilizando
os eluentes em misturas binárias de hexano e acetato de etila 95:5, foi isolada uma substância
que possui aspecto de sólido amorfo branco e foi denominado de EA
1
(8,0 mg).
5.5.5.3. Fracionamento cromatográfico de EAFH–D: Isolamento de EA
2
.
Utilizando a mesma metodologia citada no item 5.5.5.2., a fração EAFH–D 1,46 g foi
cromatografada em coluna aberta que resultou em 205 frações. Comparação em CCD revelou
semelhanças entre as frações 65-139 (0,29 g), que foram reunidas conforme esta análise. Após
cromatografias sucessivas em gel de sílica flash utilizando os eluentes em misturas binárias de
hexano e acetato de etila 8:2, foi isolada uma substância denominada de EA
2
(7,0 mg).
Fluxograma 11: Isolamento de EA
1
e EA
2
a partir da fração EAFH.
7,0 mg
EA
2
8,0 mg
EA
1
Precipitação com acetona a quente
--------
EAFH-M
Sucessivas cromatografias Flash
Partição líquido/ líquido
Hexano
CH
2
Cl
2
AcOEt
EAF-H
17,2 g
EAF H-H
13,10 g
EAF H-H
2
1,58 g
EAF H-A
1,03 g
EAF H-D
1,46 g
MeOH
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 244
5.5.5.4. Fracionamento preliminar do extrato etanólico das folhas de Erythroxylum
amplifolium
EAFE.
Uma alíquota de 56,0 g da fração EAFE foi submetida à cromatografia, adsorvida em
70,0 g de gel de sílica, pulverizada em gral de porcelana e acondicionados sobre um funil de
Buckner forrado com papel de filtro. Após eluição exaustiva com os solventes hexano seguido
de diclorometano, acetato de etila e metanol sob vácuo, as frações foram concentradas por
meio de destilação do solvente sob pressão reduzida e denominadas conforme indicado na
Tabela 41.
Tabela 41: Coluna filtrante do extrato etanólico das folhas de
Erythroxylum amplifolium
EAFE.
5.5.5.5. Fracionamento preliminar de EAFE–A.
A fração EAFE–A 10,4 g foi submetida à cromatografia, adsorvidos em 10,0 g de gel
de sílica, pulverizados em gral de porcelana e acondicionados sobre uma camada de 98,0 g de
gel de sílica em coluna aberta. Após eluição exaustiva com os solventes hexano seguido de
diclorometano, acetato de etila e metanol, as frações foram concentradas por meio de
destilação do solvente sob pressão reduzida e denominadas conforme indicado na Tabela 42.
ELUENTE DENOMINAÇÃO PESO (g)
Hexano EAFE-H 1,43 g
Diclorometano EAFE-D -
Acetato de Etila EAFE-A 10,40 g
Metanol EAFE-M 38,50 g
Total
50,3 g
Rendimento
89,87 %
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 245
Tabela 42: Coluna filtrante da fração acetato de etila do extrato etanólico das folhas de
Erythroxylum amplifolium – EAFE-A.
5.5.5.6. Fracionamento cromatográfico de EAFE–AA: Isolamento de EA
3
.
1,0 g da fração EAFE–AA foi solubilizada em metanol e fracionada por exclusão
molecular em Sephadex LH-20. O solvente utilizado foi o metanol de forma isocrática. Foram
obtidas 36 frações. Dentre as frações reunidas, a fração 8-12 (0,10 g) foi recromatografada
sucessivamente em gel de sílica flash utilizando os eluentes em misturas binárias hexano/
acetato de etila na proporção 1:1 com aumento gradual de polaridade. Após este procedimento
foi obtido um sólido amorfo amarelo que foi denominado de EA
3
(13,0 mg).
5.5.5.7. Fracionamento cromatográfico de EAFE–AM: Isolamento de EA
4
.
1,0 g da fração EAFE–AM foi solubilizada em metanol e fracionada por exclusão
molecular em Sephadex LH-20. O solvente utilizado foi o metanol de forma isocrática. Foram
obtidas 25 frações. Dentre as frações reunidas a fração 16-20 (0,72 g) foi recromatografada
sucessivamente em gel de sílica flash utilizando os eluentes em acetato de etila puro e em
misturas binárias de acetato de etila e metanol na proporção de 9:1 com aumento gradual de
polaridade. Após este procedimento foi obtida uma resina amarela que foi denominada de
EA
4
(11,7 mg).
ELUENTE DENOMINAÇÃO PESO (g)
Hexano EAFE-AH -
Diclorometano EAFE-AD 3,22 g
Acetato de Etila EAFE-AA 5,16 g
Metanol EAFE-AM 1,99 g
Total
10,4 g
Rendimento
99,71 %
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 246
Fluxograma 12: Isolamento de EA
3
e EA
4
da fração EAFE-AA das folhas de Erythroxylum
amplifolium.
13,0 mg
EA
3
EAF H-AM
Partição líquido/ líquido
Hexano
CH
2
Cl
2
AcOEt
EAFE-A
10,4 g
EAF E-AH
EAF E-AD
EAF H-AA
5,16 g
MeOH
EA
4
11,7 mg
3,22 g
1,99 g
Sephadex LH-20
Sucessivas cromatografias Flash
1,00 g
EAF H-AA
1,00 g
EAF H-AM
--------
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 247
5.6. Estudo dos Constituintes Voláteis dos Espécimens de Croton sonderianus.
5.6.1. Análise Comparativa dos Constituintes Voláteis de
Croton sonderianus.
O estudo dos constituintes voláteis das folhas dos 22 espécimens de C. sonderianus foi
realizado a partir da obtenção de seus óleos essenciais por extração em um sistema de
hidrodestilação, utilizando doseadores do tipo Cleavenger modificado por Gottlieb
[GOTTLIEB, 1960].
Cada óleo essencial obtido (CS-1 a CS-22) foi analisado por cromatografia gás-líquido
acoplado a espectrometria de massa (CG/EM) como descrito no item 5.3.1., e a identificação
dos constituintes químicos foi realizada através da comparação dos índices de Kovats (IK) e
espectros de massa com espectroteca de computador. A identificação foi confirmada por
comparação visual dos espectros de massa obtidos na análise com espectros de massa da
literatura [ADAMS, 2001]. Testes para análise de atividade antinociceptiva do óleo essencial
do espécimem CS-17 foram realizados.
5.6.2. Obtenção dos óleos essenciais da espécie
Croton sonderianus.
De acordo com Fluxograma 13 (Pág. 249) a metodologia utilizada foi padronizada
para todos os experimentos. O material botânico foi sempre acomodado em balões de 5,0 L,
com aproximadamente 2,0 L de água destilada. O sistema de hidrodestilação foi montado,
mantendo-se a mistura em ebulição por 2 horas. Ao término da hidrodestilação, a fase aquosa
(hidrolato) foi descartada e a fase orgânica (óleo) submetida a tratamento com sulfato de
sódio anidro, filtrada e encaminhada para análise por cromatografia gás-líquido acoplada a
espectrometria de massa (CGL/EM), cromatografia gás-líquido acoplada a detector de
ionização em chamas (DIC) e espectroscopia de ressonância magnética nuclear de hidrogênio
(RMN
1
H). Os dados referentes às coletas dos espécimens de Croton sonderianus encontram-
se descritos na Tabela 43.
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 248
Tabela 43: Coleta, rendimento e aspecto dos óleos essenciais das folhas de Croton
sonderianus
.
Espécimens
Data Peso das folhas
Volume do óleo
Aspecto
CS-1
12/02/03
420 g 1,4 mL Verde
CS-2
12/02/03
290 g 1,6 mL Incolor
CS-3
12/02/03
240 g 1,0 mL Incolor
CS-4
14/02/03
290 g 1,4 mL Incolor
CS-5
14/02/03
360 g 1,6 mL Incolor
CS-6
14/02/03
410 g 1,8 mL Incolor
CS-7
14/02/03
280 g 1,5 mL Incolor
CS-8
19/02/03
330 g 1,0 mL Incolor
CS-9
19/02/03
320 g 1,0 mL Incolor
CS-10
19/02/03
390 g 1,0 mL Incolor
CS-11
21/03/03
1040 g 2,7 mL Amarelo claro
CS-12
21/03/03
520 g 1,8 mL Incolor
CS-13 24/02/03
540 g 2,3 mL Amarelo claro
CS-14
24/02/03
290 g 2,0 mL Azul marinho
CS-15
24/02/03
510 g 2,0 mL Incolor
CS-16
27/02/03
320 g 1,4 mL Incolor
CS-17
27/02/03
270 g 3,0 mL Azul marinho
CS-18
27/02/03
360 g 2,0 mL Incolor
CS-19
14/02/03
650 g 1,9 mL Incolor
CS-20
14/02/03
610 g 1,4 mL Incolor
CS-21
14/02/03
570 g 3,0 mL Incolor
CS-22
14/02/03
310 g 1,2 mL Incolor
Capítulo 5 – Parte Experimental – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 249
Fluxograma 13: Método de extração dos óleos essenciais das folhas de
Croton sonderianus
5.6.3. Investigação dos quimiotipos de
Croton sonderianus.
Em estudo realizado com 43 espécimens de
Croton sonderianus foi observada a
existência de oito quimiotipos [MALCHER, 2003]. A continuidade deste trabalho com 22
espécimens nos permitiu identificar quatro novos quimiotipos, resultando em um total de 12
quimiotipos baseados na composição dos constituintes majoritários de cada espécimem por
CG/EM e RMN
1
H. Os oito quimiotipos identificados no presente trabalho foram
caracterizados da seguinte forma: CS-A (biciclogermacreno/ marmelerin, 1 espécimem); CS-
B (biciclogermacreno/
β-felandreno, 6 espécimem); CS-C (biciclogermacreno/ mirceno, 2
espécimem); CS-D (curzereno, 1 espécimem); CS-E (biciclogermacreno/
α-pineno, 2
espécimem); CS-F (espatulenol/ 1,8-cineol, 6 espécimem); CS-G (guaiazuleno/
Z-
calameneno, 2 espécimens) e CS-H (espatulenol/
β-cariofileno, 2 espécimem).
Identificação
Análise por CG/EM-DIC-RMN
1
H
1.
Na
2
SO
4
2.
Filtração
Óleo essencial
Desprezada
Torta decocto Óleo água
Material botânico
Extração em doseador tipo
Cleavenger (hidrodestilação)
Desprezados
Separação
Óleo traços d'água Solução aquosa
“É sempre a mesma estória, é tão difícil partir. É sempre a mesma estória, é impossível ficar.
É sempre mais difícil dizer adeus, quando não há nada mais pra se dizer.”
Humberto Gessinger
Capítulo 6 – Conclusões
Capítulo 6 – Conclusões – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 251
6. CONCLUSÕES
O estudo dos constituintes voláteis das folhas de 22 espécimens de Croton
sonderianus
coletados em uma mesma população permitiu a identificação de oito
quimiotipos: CS-A biciclogermacreno/marmelerin; CS-B biciclogermacreno/
β-
felandreno; CS-C biciclogermacreno/mirceno; CS-D curzereno; CS-E
biciclogermacreno/
α-pineno; CS-F espatulenol/1,8-cineol; CS-G guaiazuleno/Z-
calameneno; e CS-H espatulenol/
β-cariofileno. Todos os quimiotipos foram
identificados com base em uma análise qualitativa dos constituintes majoritários a partir
da análise dos espectros de CG/MS e RMN
1
H. O quimiotipo CS-G, caracterizado por
um óleo de cor azul intensa devido á presença de guaiazuleno, apresentou uma
promissora atividade antinociceptiva em ratos [SANTOS, 2005].
A determinação da grande diversidade de quimiotipos encontrados para Croton
sonderianus
propõe uma continuidade na análise de outros espécimens da região ou
ainda nativas de outras áreas, para uma melhor avaliação e confirmação dos resultados
obtidos ou ainda na identificação de outros quimiotipos.
O estudo dos constituintes não-voláteis do extrato etanólico do lenho do caule de
Erythroxylum barbatum resultou no isolamento do esteróide β-sitosterol e seu derivado
foi obtido na forma de mistura sitosterol e estigmasterol glicosilados, e dos diterpenos
de esqueleto devadarano erythroxytriol Q e hidroxidevadarool. Do extrato hexânico das
cascas das raízes foram isolados o esteróide procesterol, o diterpeno devadarano
erythroxydiol X, além dos diterpenos de caráter inédito na literatura, 11-acetoxi-
erythroxytriol Q, erythroxylisina A e erythroxylisina B. A partir do extrato etanólico das
cascas do caule foram isolados o triterpeno friedelina, o esteróide estigmast-4-en-3-ona
e um diterpeno de esqueleto rosano inédito na literatura,
ent-rosan-1-ona-5β,15ξ,16-
triol. O estudo do extrato hexânico das folhas resultou no isolamento do triacontanol e
do palmitato de
β-amirila. A investigação fitoquímica dos compostos não-voláteis das
folhas de
Erythroxylum amplifolium resultou no isolamento do palmitado de β-amirila, e
dos flavonóides quercetina e seu derivado heterosídico quercetina 3-
O-L-
rhamnopiranosideo.
Capítulo 6 – Conclusões – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 252
Apesar de a literatura química revelar alcalóides do tipo tropano e nor-tropano
como os constituintes amplamente difundidos no gênero
Erythroxylum, a nossa intensa
investigação química da espécie
E. barbatum e os estudos preliminares de E.
amplifolium
revelaram a total ausência desta classe de substâncias nas duas espécies.
Em contrapartida, o estudo de
E. barbatum revelou o isolamento de diterpenos de
esqueleto do tipo devadarano, os quais são específicos do gênero e de
E. amplifolium
foram isolados flavonóides considerados marcadores quimiotaxonômicos.
“E nossa estória não estará pelo avesso assim sem final feliz; Teremos coisas bonitas pra contar;
Até lá, vamos viver; temos muito ainda por fazer. Não olhe pra traz, apenas começamos. O
mundo começa agora, apenas começamos.”
Renato Russo
Capítulo 7 – Constantes Físicas
Capítulo 7 – Constantes Físicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 254
7. CONSTANTES FÍSICAS E DADOS ESPECTROMÉTRICOS DAS SUBSTÂNCIAS
ISOLADAS DE
Erythroxylum barbatum O. E. Schulz E SEUS DERIVADOS.
7.1. EB
1
Nome: Estigmast-5-en-3-ol, (3
β).
F.M. = C
29
H
50
O.
Massa molecular: 414 daltons.
p.f.: 123,4-128,8
o
C.
Aspecto: Cristais brancos.
Solubilidade: Clorofórmio.
Espectrometria de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) – δ
δδ
δ (integração, multiplicidade, constante
de acoplamento).
5,35 (1H, d, J = 4,9 Hz); 3,52 (1H, m); 1,01 (3H, s); 0,92 (3H, d, 6,5 Hz); 0,86 (3H, t); 0,84
(3H, d, 7 Hz); 0,81 (3H, s); 0,68 (3H, s).
21
2
9
26
24
23
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
H
O
25
3
2
1
4
27
28
22
20
Capítulo 7 – Constantes Físicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 255
7.2. EB
2
Nome: 1,2-Etanodiol, 1-[(3aS,4aR,6S,6aS,8S,10aR,10bR)-tetradecahidro-6-hidróxi-3a,8,10a-
trimetilciclopropa[j]fenantren-8-il]-
F.M. = C
20
H
34
O
3
.
r.o.: +16,4 ° (c = 0,256, CH
3
OH).
Massa molecular: 322 daltons.
Aspecto: Sólido amorfo de cor castanha.
Solubilidade: Metanol.
Espectroscopia na região do IV, KBr (cm
-1
).
3414, 2925, 2856, 1707, 1648, 1457, 1385, 1263, 1048.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (integração, multiplicidade, constante
de acoplamento).
3,77 (1H, dd, J = 11,1 e 2,3 Hz); 3,44 (1H, dd, J = 11,1 e 9,0 Hz); 3,42 (m); 3,26
(1H, dd, J = 9,0 e 2,3 Hz); 1,06 (3H, s); 0,92 (3H, s); 0,80 (3H, s); 0,64 (1H, d, J = 4,2 Hz);
0,22 (1H, d, J = 4,2 Hz).
Espectroscopia de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (padrão de hidrogenação, correlação
estrutural).
81,9 (CH, C-15); 69,6 (CH, C-7); 62,5 (CH
2
, C-16); 49,8 (CH, C-10); 48,5 (CH, C-8); 38,7
(C, C-9); 36,5 (C, C-13); 34,0 (CH
2
, C-11); 32,2 (CH
2
, C-3); 31,2 (CH
2
, C-14); 28,8
(CH
2
, C-12); 25,2 (C, C-5); 24,5 (CH
2
, C-19); 23,2 (CH
2
, C-1); 21,7 (CH
3
, C-18); 19,6 (CH
2
,
C-2); 18,1 (CH
3
, C-17); 16,7 (C, C-4); 12,2 (CH
3
, C-20).
15
16
4
1
2
3
18
OH
O
H
OH
5
6
7
8
9
11
12
20
19
13
14
10
17
Capítulo 7 – Constantes Físicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 256
7.3. EB
3
Nome: 1,2-Etanodiol, 1-[(3aS,4aS,6aS,8R,10R,10aS,10bS)-tetradecahidro-10-hidróxi-
3a,8,10a-trimetilciclopropa[j]fenantren-8-il]-, (1R)-
F.M. = C
20
H
34
O
3
.
Massa molecular: 322 daltons.
p.f.: 182,1-185,2
o
C.
r.o.: -15,7 ° (c = 0,304, CH
3
OH).
Aspecto: Cristais incolores.
Solubilidade: Metanol.
Espectroscopia na região do IV, KBr (cm
-1
).
3367, 2918, 2852, 1442, 1385, 1053, 1022.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (integração, multiplicidade, constante
de acoplamento).
3,72 (1H, dd, J = 11,1 e 2,6 Hz); 3,58 (1H, dd, J = 8,1 e 7,5 Hz); 3,43 (1H, dd, J = 11,1 e 8,8
Hz); 3,21 (1H, dd, J = 8,8 e 2,6 Hz); 2,12 (m); 1,04 (3H, s); 0,98 (3H, s); 0,86 (3H, s); 0,59
(1H, d, 4,2); 0,13 (1H, d, J = 4,2 Hz).
Espectroscopia de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (padrão de hidrogenação, correlação
estrutural).
81,0 (CH, C-15); 75,3 (CH, C-11); 62,2 (CH
2
, C-16); 51,1 (CH, C-10); 44,2 (C, C-9); 41,1
(CH, C-8); 39,6 (CH
2
, C-12); 37,3 (C, C-13); 36,7 (CH
2
, C-14); 34,0 (CH
2
, C-6); 32,4 (CH
2
,
C-3); 28,2 (CH
2
, C-2); 26,3 (C, C-5); 24,6 (CH
2
, C-19); 23,6 (CH
2
, C-7); 23,1 (CH
2
, C-1);
21,9 (CH
3
, C-18); 18,9 (CH
3
, C-17); 17,4 (C, C-4); 5,7 (CH
3
, C-20).
O
H
O
H
HO
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
Capítulo 7 – Constantes Físicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 257
7.4. EB
4
Nome:
β-D-Glicopiranosideo, (3β)-estigmast-5-en-3-il
F.M. = C
35
H
61
O
7
Massa molecular: 593 daltons.
p.f.: 288,5-291,3
o
C.
Aspecto: Sólido amorfo branco.
Solubilidade: Piridina.
Espectroscopia na região do IV, KBr (cm
-1
).
3401, 2936, 2867, 1461, 1375, 1069, 1025.
Espectroscopia de RMN
1
H (300 MHz, C
5
D
5
N) – δ
δδ
δ (integração, multiplicidade, constante
de acoplamento).
5,34 (1H, d, J = 4,9 Hz); 5,07 (1H, d, J = 4,6 Hz); 4,57 (1H, dd, J = 11,5 e 2,2 Hz); 4,42 (1H,
dd, J = 14,2 e 5,2 Hz); 4,29 (2H, dd, J = 7,2 e 4,7 Hz); 4,06 (2H, m); 2,73 (1H, dd, 17,9 e 2,67
Hz); 2,46 (1H, td, 11,0 e 2,8 Hz); 0,98 (3H, d, J = 6,2 Hz); 0,92 (3H, s); 0,88 (6H, d, J = 4,1
Hz); 0,68 (3H, s); 0,65 (3H, s).
Espectroscopia de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (padrão de hidrogenação, correlação
estrutural).
141,1 (C, C-5), 136,2 (CH, C-22), 124,0 (CH, C-23), 122,1 (CH, C-6), 71,8 (CH, C-3), 57,0
(CH, C-14), 56,4 (CH, C-17), 50,5 (CH, C-9), 46,2 (CH, C-24), 42,6 (C, C-13), 40,1 (CH
2
, C-
4), 39,5 (CH
2
, C-12), 37,6 (CH
2
, C-1), 37,1 (CH
2
, C-10), 36,5 (CH, C-20), 34,3 (CH
2
, C-22),
32,3 (CH
2
, C-7), 32,2 (CH, C-8), 30,4 (CH
2
, C-2), 29,6 (CH, C-25), 28,7 (CH
2
, C-16), 26,5
(CH
2
, C-23), 24,6 (CH
2
, C-15), 23,5 (CH
2
, C-28), 21,4 (CH
2
, C-11), 20,1 (CH
3
, C-21), 19,6
(CH
3
, C-19), 19,4 (CH
3
, C-26), 19,2 (CH
3
, C-27), 12,3 (CH
3
, C-29), 12,1 (CH
3
, C-18).
102,7 (CH, C-1’), 78,7 (CH, C-5’), 78,3 (CH, C-3’),75,5 (CH, C-2’), 71,8 (CH, C-4’), 62,9
(CH
2
, C-6’),
21
2
9
27
26
24
23
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
G
liO
25
3
2
1
4
2822
20
Capítulo 7 – Constantes Físicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 258
7.5. EB
5
Nome: Caur-16-en-1-ona, 13-hidróxi-, (8
β,13β)- (9CI)
F.M. = C
20
H
30
O
2
Massa molecular: 302 daltons.
p.f.: 200,9-204,1
o
C.
r.o.: - 86,6 º (c = 0,350, CH
3
Cl
3
).
Aspecto: Cristais incolores.
Solubilidade: Clorofórmio.
Espectroscopia na região do IV, KBr (cm
-1
).
3559, 2938, 2922, 1692, 1461, 1324, 1123, 1060.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (integração, multiplicidade, constante
de acoplamento).
4,93 (1H, t, J = 1,9 Hz); 4,77 (1H, t, J = 1,9 Hz); 2,82 (1H, ddd, J = 13,4; 12,1 e 5,3 Hz); 2,73
(1H, dq, J = 17,3 e 2,3 Hz); 2,14 (1H, td, J = 13,4 e 4,9 Hz); 2,05 (1H, m); 2,03 (1H, td, 17,3 e
2,7 Hz); 1,82 (1H, m); 1,78 (1H, m); 1,67 (1H, m); 1,65 (1H, m); 1,60 (1H, m); 1,52 (1H, d,
J = 8,4 Hz); 1,44 (1H, m); 1,30 (3H, s); 1,24 (1H, dd, J = 11,0 e 1,9 Hz); 1,05 (3H, s); 0,94
(3H, s).
Espectroscopia de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (padrão de hidrogenação, correlação
estrutural).
217,4 (C, C-1); 157,5 (C, C-16); 102,6 (CH
2
, C-17); 79,7 (C, C-13); 57,6 (CH, C-5); 56,6
(CH
2
, C-14); 52,3 (C, C-10); 47,4 (CH, C-9); 42,3 (CH
2
, C-3); 41,1 (CH
2
, C-7); 40,8 (CH
2
, C-
15); 40,8 (C, C-8); 40,1 (CH
2
, C-12); 35,8 (CH
2
, C-2); 33,4 (C, C-4); 32,5 (CH
3
, C-18); 32,5
(CH
3
, C-19); 23,4 (CH
3
, C-20); 23,1 (CH
2
, C-11); 20,4 (CH
2
, C-6).
12
20
19
18
1
7
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
O
O
H
Capítulo 7 – Constantes Físicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 259
7.6. EB
6
Nome:
Caur-16-en-2-ona, 1,13-di-hidróxi-, (1α,8β,13β)- (9CI)
F.M. = C
20
H
30
O
3
Massa molecular: 318 daltons.
p.f.: 186,3-188,8
o
C.
r.o.: - 46,0 º (c = 0,280, CHCl
3
).
Aspecto: Cristais incolores.
Solubilidade: Clorofórmio.
Espectroscopia na região do IV, KBr (cm
-1
).
3541, 3412, 2929, 2847, 1713, 1389, 1317, 1126, 1068.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (integração, multiplicidade, constante
de acoplamento).
4,93 (1H, t, J = 1,9 Hz); 4,78 (1H, t, J = 1,9 Hz); 3,92 (1H, s); 2,73 (1H, m); 2,38 (1H, m);
2,36 (1H, m); 2,35 (1H, m); 2,03 (1H, m); 1,77 (1H, m); 1,70 (1H, m); 1,65 (1H, m); 1,60
(1H, m); 1,52 (1H, m); 1,40 (1H, m); 1,09 (3H, s); 0,84 (3H, s); 0,80 (3H, s).
Espectroscopia de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (padrão de hidrogenação, correlação
estrutural).
210,8 (C, C-2); 156,9 (C, C-16); 102,5 (CH
2
, C-17); 84,7 (CH, C-1); 78,9 (C, C-13); 56,3
(CH
2
, C-14); 56,0 (CH, C-9); 54,5 (CH, C-5); 53,4 (CH
2
, C-3); 49,5 (C, C-10); 41,3 (C, C-8);
40,6 (CH, C-12); 39,9 (CH
2
, C-7); 39,7 (CH
2
, C-15); 39,5 (C, C-4); 33,4 (CH
3
, C-18); 23,2
(CH
2
, C-11); 22,6 (CH
3
, C-19); 19,9 (CH
2
, C-6); 11,7 (CH
3
, C-20).
12
20
19
18
1
7
16
15
14
13
11
10
8
9
7
6
5
4
3
2
1
H
O
H
O
OH
Capítulo 7 – Constantes Físicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 260
7.7. EB
7
Nome: Estigmast-4-en-6
α-ol-3-ona.
F.M. = C
29
H
48
O
2
Massa molecular: 428 daltons.
p.f.: 171ºC.
r.o.: +20,9º (c = 0,200, CH
3
Cl
3
).
Aspecto: Cristais incolores.
Solubilidade: Clorofórmio.
Espectroscopia na região do IV, KBr (cm
-1
).
3427, 2955, 1686, 1463, 1382.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (integração, multiplicidade, constante
de acoplamento).
5,83 (1H, s), 4,37 (1H, t, J = 2,8 Hz); 2,57 (1H, m); 2,40 (1H, d, J = 3,2 Hz); 1,39 (3H, s);
0,95 (3H, d, J = 6,5 Hz); 0,85 (3H, t); 0,84 (3H, d, J = 6,9 Hz); 0,83 (3H, d, J = 6,9 Hz); 0,76
(3H, s).
Espectroscopia de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (padrão de hidrogenação, correlação
estrutural).
200,8 (C, C-3), 168,8 (C, C-5), 126,7 (CH, C-4), 73,7 (CH, C-6), 56,4 (CH, C-14), 56,2 (CH,
C-17), 54,0 (CH, C-9), 46,2 (CH, C-24), 42,9 (C, C-13), 40,0 (CH
2
, C-12), 38,9 (CH
2
, C-1),
38,3 (C, C-10) 37,5 (CH
2
, C-7), 36,5 (CH, C-20), 34,6 (CH, C-8), 34,2 (CH
2
, C-22) 30,1 (CH,
C-2), 29,5 (CH, C-25), 28,5 (CH
2
, C-16), 26,4 (CH
2
, C-23), 24,5 (CH
2
, C-15), 23,4 (CH
2
, C-
28), 21,3 (CH
2
, C-11), 20,2 (CH
3
, C-19), 19,9 (CH
3
, C-27), 19,4 (CH
3
, 26), 19,1 (CH
3
, C-21),
12,4 (CH
3
, C-29), 12,3 (CH
3
, C-18).
4
1
3
2
21
22
20
28
2
9
O
HO
H
18
17
16
15
14
13
19
12
11
10
9
8
7
6
5
26
25
24
23
2
7
Capítulo 7 – Constantes Físicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 261
7.8. EB
8
Nome: 1-[(3aS, 4aS, 6as, 8S, 10aS, 10bR)-tetradecahidro-3a, 8, 10a-trimetilciclopropa [j]-
fenantren-8-il]-1,2-etanodiol, (1R).
F.M. = C
20
H
34
O
2
Massa molecular: 306 daltons.
p.f.: 124-126
o
C
r.o.: + 14° (c = 0,485, CH
3
Cl
3
).
Aspecto: Cristais incolores.
Solubilidade: Clorofórmio.
Espectroscopia na região do IV, KBr (cm
-1
).
3442, 2928, 2855, 1709, 1453, 1381, 1215, 1057, 757.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (integração, multiplicidade, constante
de acoplamento).
3,74 (1H, dd, J = 5,5 e 2,2 Hz); 3,50 (1H, t); 3,31 (1H, d, J = 9,4 Hz); 1,27 (1H, t); 1,01
(3H, s); 0,91 (3H, s); 0,74 (3H, s); 0,51 (1H, d, J = 4,1 Hz); 0,09 (1H, d, J = 4,1 Hz).
Espectroscopia de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (padrão de hidrogenação, correlação
estrutural).
81,8 (CH, C-15), 62,9 (CH
2
, C-16), 50,3 (CH, C-10), 41,8 (CH, C-8), 38,4 (C, C-9), 37,2
(CH
2
, C-14), 37,0 (C, C-13), 34,3 (CH
2
, C-3), 33,8 (CH
2
, C-11), 32,7 (CH
2
, C-6), 29,5 (CH
2
,
C-2), 28,9 (CH
2
, C-12), 26,5 (C, C-5), 25,1 (CH
2
, C-19), 23,7 (CH
2
, C-7), 22,8 (CH
3
, C-18),
19,9 (CH
2
, C-1), 19,1 (CH
3
, C-17), 17,5 (C, C-4), 12,0 (CH
3
, C-20).
16
15
O
H
OH
1
20
19
18
17
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
Capítulo 7 – Constantes Físicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 262
7.9. EB
9
Nome: 1,2-Etanodiol, 1-[(3aS,4aS,6aS,8R,10R,10aS,10bS)-10-(acetiloxi)tetradecahidro-
3a,8,10a-trimetilciclopropa[j]fenantren-8-il]-
F.M. = C
20
H
36
O
4
Massa molecular: 364 daltons.
p.f.: 86,9-90,8
o
C.
r.o.: - 16 °(c = 0,260, CH
3
Cl
3
).
Aspecto: Filme.
Solubilidade: Clorofórmio.
Espectroscopia na região do IV, KBr (cm
-1
).
3453, 2929, 2862, 1722, 1463, 1375, 1249, 1024.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (integração, multiplicidade, constante
de acoplamento).
4,82 (1H, dd, J = 11,1 e 5,7 Hz); 3,74 (1H, dd, J = 10,8 e 2,7 Hz); 3,52 (1H, dd, J = 10,7 e
9,3 Hz); 3,50 (1H, dd, J = 10,8 e 9,3 Hz); 3,32 (1H, dd, J = 9,3 e 2,7 Hz); 1,99 (3H, s); 1,02
(6H, s); 1,00 (3H, s); 0,93 (3H, s); 0,53 (1H, d, J = 4,3 Hz); 0,14 (1H, d, J = 4,3 Hz).
Espectroscopia de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (padrão de hidrogenação, correlação
estrutural).
170,8 (C, C-22); 80,6 (CH, C-15); 78,2 (CH, C-11); 62,5 (CH
2
, C-16); 50,3 (CH, C-10); 43,1
(C, C-9); 40,9 (CH, C-8); 37,4 (C, C-13); 36,6 (CH
2
, C-13); 35,2 (CH
2
, C-14); 33,9 (CH
2
, C-
6); 32,5 (CH
2
, C-3); 28,1 (CH
2
, C-2); 25,8 (C, C-5); 25,2 (CH
2
, C-19); 23,7 (CH
2
, C-7); 22,8
(CH
3
, C-21); 22,6 (CH
2
, C-1); 22,0 (CH
3
, C-18); 19,7 (CH
3
, C-17); 17,8 (C, C-4); 7,7 (CH
3
,
C-20).
O
H
OH
O
O
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
21
22
Capítulo 7 – Constantes Físicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 263
7.10. EB
10
Nome: 4(1H)-Fenantrenona, 7-(1,2-di-hidroxietil)dodecahidro-10a-hidróxi-1,1,4b,7-
tetrametil-, (4aR,4bS,7S,8aS,10aS)-
F.M. = C
20
H
34
O
4
Massa molecular: 338 daltons.
r.o.: -15º (c = 0,640, CH
3
Cl
3
).
Aspecto: Filme esverdeado.
Solubilidade: Clorofórmio.
Espectroscopia na região do IV, KBr (cm
-1
).
3421, 2933, 2867, 1708, 1463, 1380, 1257, 1026.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (integração, multiplicidade, constante
de acoplamento).
3,74 (1H, dd, J = 10,7 e 2,9 Hz); 3,54 (1H, dd, J = 10,7 e 9,4 Hz); 3,34 (1H, dd, J = 9,4 e
2,9 Hz); 2,38 (1H, m); 2,05 (1H, m); 1,86 (1H, m); 1,70 (1H, m); 1,67 (1H, m); 1,48 (1H, m);
1,40 (1H, m); 1,20 (1H, m); 1,18 (6H, s); 1,09 (1H, m); 1,05 (1H, m); 1,00 (3H, s); 0,57
(3H, s).
Espectroscopia de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (padrão de hidrogenação, correlação
estrutural).
212,6 (C, C-1); 80,9 (CH, C-15); 71,2 (C, C-5); 62,8 (CH, C-10); 62,7 (CH
2
, C-16); 44,2
(C, C-4); 44,2 (CH
2
, C-3); 42,6 (CH
2
, C-2); 42,0 (C, C-9); 40,2 (CH, C-8); 36,8 (C, C-13);
36,3 (CH
2
, C-14); 33,9 (CH
2
, C-11); 29,5 (CH
3
, C-19); 29,3 (CH
3
, C-18); 28,5 (CH
2
, C-12);
24,4 (CH
2
, C-6); 22,6 (CH
2
, C-7); 18,9 (CH
3
, C-17); 11,9 (CH
3
, C-20).
O
H
O
H
O
OH
4
5
6
7
8
9
11
12
20
1
2
3
18
19
13
14
15
16
10
17
Capítulo 7 – Constantes Físicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 264
7.11. EB
11
Nome: 24,25,26-Trinoroleanan-3-ona, 5,9,13-trimetil-(
4β, 5β, 8α, 9β, 10α, 13α,14 β).
F.M. = C
30
H
49
O
Massa molecular: 425 daltons .
p.f.: 261,4-263,0
o
C.
r.o.: - 149º (c = 1,410, CHCl
3
)
Aspecto: Cristais brancos.
Solubilidade: Clorofórmio.
Espectroscopia na região do IV, KBr (cm
-1
).
2928, 2867, 1714, 1459, 1387.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (integração, multiplicidade, constante
de acoplamento).
2,39 (2H, m); 2,24 (1H, m); 1,96 (1H, m); 1,66 (1H, m); 1,59 (1H, m); 1,57 (1H, m); 1,39
(1H, m); 1,18 (3H, s); 1,05 (3H, s); 1,01 (3H, s); 1,00 (3H, s); 0,96 (3H, s); 0,89 (3H, s); 0,87
(3H, s); 0,73 (3H, s).
Espectroscopia de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (padrão de hidrogenação, correlação
estrutural).
213,3 (C, C-3); 59,7 (CH, C-10); 58,4 (CH, C-4); 53,3 (CH, C-8); 43,0 (CH, C-18); 42,3
(C, C-5); 41,7 (CH
2
, C-2); 41,5 (CH
2
, C-6); 39,9 (C, C-13); 39,4 (CH
2
, C-22); 38,5 (C, C-14);
37,6 (C, C-9); 36,2 (CH
2
, C-16); 35,8 (CH
2
, C-11); 35,5 (CH
2
, C-19); 35,2 (CH
3
, C-29); 32,9
(CH
2
, C-21); 32,6 (CH
2
, C-15); 32,3 (CH
3
, C-28); 31,9 (CH
3
, C-30); 30,7 (CH
2
, C-12); 30,2
(C, C-17); 28,3 (C, C-20); 22,4 (CH
2
, C-1); 20,4 (CH
3
, C-26); 18,8 (CH
3
, C-27); 18,4 (CH
2
,
C-7); 18,1 (CH
3
, C-25); 14,8 (CH
3
, C-24); 7,0 (CH
3
, C-23).
12
25
24
23
11
10
9
6
5
4
3
2
1
13
8
7
26
15
27
2
1
20
19
3
0
2
9
2
8
2
2
18
17
16
H
O
14
Capítulo 7 – Constantes Físicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 265
7.12. EB
12
Nome: Estigmast-4-en-3-ona.
F.M. = C
29
H
48
O
Massa molecular: 412 daltons.
p.f.: 95,0-96,5
o
C
r.o.: + 81,3 (c = 1,150, CHCl
3
)
Aspecto: Cera amarela.
Solubilidade: Clorofórmio.
Espectroscopia na região do IV, KBr (cm
-1
).
2931, 2867, 1731, 1678, 1462, 1380, 1271, 1231, 1186, 1030.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (integração, multiplicidade, constante
de acoplamento).
5,72 (1H, sl); 2,38; 2,28; 2,01 (1H, m); 1,68 (1H, m); 1,18 (3H, s); 1,14 (1H, m); 1,03 (1H,
m); 0,93 (3H, d, J = 6,5 Hz); 0,84 (3H, t, J = 7,1 Hz); 0,82 (3H, d, J = 6,5 Hz); 0,80 (3H, d, J =
6,5 Hz); 0,71 (3H, s).
Espectroscopia de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (padrão de hidrogenação, correlação
estrutural).
199,8 (C, C-3); 171,9 (C, C-5); 123,8 (CH, C-4); 56,2 (CH, C-17); 56,1 (CH, C-14); 54,0
(CH, C-9); 46,0 (CH, C-24); 42,6 (C, C-13); 39,8 (CH
2
, C-12); 38,8 (C, C-10); 36,3 (CH, C-
20); 35,8 (CH
2
, C-1); 35,9 (CH, C-8); 34,2 (CH
2
, C-2); 34,1 (CH
2
, C-6); 33,1 (CH
2
, C-22);
32,2 (CH
2
, C-7); 29,3 (CH, C-25); 28,4 (CH
2
, C-16); 26,3 (CH
2
, C-23); 24,4 (CH
2
, C-15);
23,2 (CH
2
, C-28); 21,2 (CH
2
, C-11); 20,0 (CH
3
, C-26); 19,2 (CH
3
, C-27); 18,9 (CH
3
, C-21);
17,6 (CH
3
, C-19); 12,2 (CH
3
, C-18); 12,1 (CH
3
, C-29).
21
4
1
3
2
22
20
28
2
9
O
18
17
16
15
14
13
19
12
11
10
9
8
7
6
5
26
25
24
23
2
7
Capítulo 7 – Constantes Físicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 266
7.13. EB
13
Nome: 1-Triacontanol.
F.M. = C
30
H
62
O
Massa molecular: 438 daltons.
p.f.: 81,9-82,4
o
C.
Aspecto: Escamas brancos.
Solubilidade: Clorofórmio a quente.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (integração, multiplicidade, constante
de acoplamento).
3,64 (2H, t); 1,48 (2H, t); 1,26 (sl); 0,88 (3H, t).
Espectroscopia de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (padrão de hidrogenação, correlação
estrutural).
63,3 (C-1, CH
2
); 33,0 (CH
2
); 32,1 (CH
2
); 29,9 (CH
2
); 29,8 (CH
2
); 29,6 (CH
2
); 29,5 (CH
2
);
25,9 (CH
2
); 22,9 (CH
2
); 14,3 (C-30, CH
3
).
O
H
24
Capítulo 7 – Constantes Físicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 267
13
14
15
16
17
18
19
20
21
2
2
27
28
29
30
C
H
3
(CH
2
)
14
CO
2
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
23
24
25 26
7.14. EA
1
Nome: Olean-12-en-3-ol, 3-hexadecanoato, (3
β)-
F.M. = C
46
H
80
O
2
Massa molecular: 664 daltons.
p.f.: 69,0-73,2
o
C.
Aspecto: Escamas brancos.
Solubilidade: Clorofórmio.
Espectroscopia na região do IV, KBr (cm
-1
)
2918; 2852; 1728; 1657; 1465; 1380.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (integração, multiplicidade, constante
de acoplamento).
5,19 (1H, t, J = 3,4 Hz);
δ 4,51 (1H, t, J = 7,9 Hz); 2,30 (t, J = 7,3 Hz).
Espectroscopia de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (padrão de hidrogenação, correlação
estrutural)
Palmitato
173,6 CO
2
; 29,7; 29,5; 29,4; 29,3; 29,2; 29,1; 23,7; 23,6; 23,5 (nCH
2
); 14,1 (CH
3
).
β
ββ
β-Amirila
145,2 (C, C-13); 121,6 (CH, C-12); 80,6 (CH, C-3); 55,2 (CH, C-5); 47,5 (CH, C-18); 47,2
(CH, C-9); 46,8 (CH
2
, C-19); 41,7 (C, C-14); 39,8 (C, C-8); 38,2 (CH
2
, C-1); 37,7 (C, C-4);
37,1 (CH
2
, C-22); 36,8 (C, C-10); 34,8 (CH
2
, C-21); 33,3 (CH
3
, C-29); 32,6 (CH
2
, C-7); 32,4
(C, C-17); 31,0 (C, C-20); 28,3 (CH
3
, C-23); 28,0 (CH
3
, C-28); 26,9 (CH
2
, C-15); 26,1 (CH
2
,
C-16); 25,9 (CH
3
, C-27); 23,6 (CH
3
, C-30); 23,5 (CH
2
, C-11); 22,6 (CH
2
, C-2); 18,2 (CH
2
, C-
6); 16,8 (CH
3
, C-26); 16,7 (CH
3
, C-24); 15,5 (CH
3
, C-25).
Capítulo 7 – Constantes Físicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 268
7.15. EA
2
Nome: 4H-1-Benzopiran-4-ona, 2-(3,4-di-hidróxi-fenil)-3,5,7-tri-hidróxi-.
F.M. = C
15
H
10
O
7
Massa molecular: 302 daltons
p.f.: Acima de 300
o
C
Aspecto: Cristais amarelos
Solubilidade: Metanol
Espectroscopia na região do IV, KBr (cm
-1
)
3307, 1659, 1614, 1558, 1512, 1458, 1359, 1318, 1246, 1212, 1168, 1094.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (integração, multiplicidade, constante
de acoplamento).
12,15 (1H, s); 7,82 (1H, d, J = 2,0 Hz); 7,71 (1H, dd, J = 8,5 e 2,0 Hz); 7,00 (1H, d, J = 6,7
Hz); 6,52 (1H, d, J = 1,8 Hz); 6,26 (1H, d, J = 1,8 Hz).
Espectroscopia de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (padrão de hidrogenação, correlação
estrutural).
176,6 (C, C-4), 165,1 (C, C-7), 162,4 (C, C-5), 157,8 (C, C-9), 148,4 (C, C-4’), 147,1 (C,
C-2), 145,97 (C, C-3’), 136,8 (C, C-3), 123,8 (C, C-1’), 121,5 (CH, C-6’), 116,4 (CH, C-5’),
115,9 (CH, C-2’), 104,2 (C, C-10), 99,2 (CH, C-6), 94,5 (CH, C-8).
O
OH
O
H
O
OH
O
H
O
H
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1'
2'
3'
4'
5'
6'
Capítulo 7 – Constantes Físicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 269
7.16. EA
3
Nome: 4H-1-Benzopiran-4-ona, 3-[(6-desoxi-
α-L-manopiranosil)oxi]-2-(3,4-di-
hidroxifenil)-5,7-di-hidroxi-
F.M. = C
21
H
20
O
11
Massa molecular: 448 daltons.
p.f.: acima de 300
o
C.
Aspecto: Cristais amarelos.
Solubilidade: Metanol.
Espectroscopia na região do IV, KBr (cm
-1
).
3442, 1656, 1608, 1507, 1454, 1361, 1270, 1169, 1087.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) δ
δδ
δ (integração, multiplicidade,
constante de acoplamento).
7,33 (1H, d, J = 1,7 Hz); 7,31 (1H, dd, J = 8,1 e 2,0 Hz); 6,91 (1H, d, J = 7,2 Hz); 6,36
(1H, d, J = 1,9 Hz); 6,19 (1H, d, J = 1,9 Hz); 5,35 (1H, d, J = 1,0 Hz); 4,22 (1H, t); 3,76
(1H, dd, J = 9,3 e 3,4 Hz); 0,94 (3H, d, J = 6,1 Hz).
Espectroscopia de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) – δ
δδ
δ (padrão de hidrogenação,
correlação estrutural).
179,7 (C, C-4), 166,4 (C, C-7), 163,3 (C, C-5), 159,4 (C, C-9), 158,7 (C, C-2), 149,9 (C,
C-4’), 146,5 (C, C-3’), 136,3 (C, C-3), 123,1 (C, C-1’), 123,0 (CH, C-6’), 117,0 (CH,
C-5’), 116,5 (CH, C-2’), 105,9 (C, C-10), 100,1 (CH, C-6), 94,9 (CH, C-8).
Rhamnopiranosideo.
103,6 (C, C-1), 73,4 (C, C-4), 72,2 (C, C-3), 72,1 (C, C-2), 72,0 (C, C-5), 17,7 (C, C-6).
O
ORha
O
H
O
OH
O
H
O
H
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1'
2'
3'
4'
5'
6'
Capítulo 7 – Constantes Físicas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 270
7.17. EA
4
Nome: 9,12,15- Ácido Octadecatrienóico, éster etílico
F.M. = C
20
H
34
O
2
Massa molecular: 306 daltons
Aspecto: Óleo laranja.
Solubilidade: Clorofórmio.
Espectroscopia na região do IV, KBr (cm
-1
).
3441, 2930, 2856, 1734, 1462, 1374, 1247, 1182, 1097, 1033.
Espectroscopia de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) – δ
δδ
δ (padrão de hidrogenação,
correlação estrutural).
173,7 (CO
2
, C-1), 131,8 (CH), 130,1 (CH), 128,2 (CH), 128,2 (CH), 127,6 (CH), 127,0
(CH), 60,0 (CH
2
), 34,3 (CH
2
), 29,6 (CH
2
), 29,5 (CH
2
), 29,1 (CH
2
), 29,0 (CH
2
), 27,1
(CH
2
), 25,5 (CH
2
), 25,4 (CH
2
), 24,9 (CH
2
), 20,5 (CH
2
), 14,2 (CH
3
).
C H
2
HH
C
H
3
CH
2
CH
2
(CH
2
)
4
CH
2
CO
2
C H
2
C H
3
3
“Não importa se vamos devagar; o importante é não parar.”
Confúncio
Capítulo 8 – Referências Bibliográficas
Capítulo 8 – Referências Bibliográficas – Tese de Doutorado, dos Santos, C. C. 272
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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