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CAPACIDADE COMBINATÓRIA DE
LINHAGENS AVANÇADAS DE
TOMATEIRO DE MESA E SELEÇÃO
ASSISTIDA POR MARCADORES
MOLECULARES PARA RESISTÊNCIA A
BEGOMOVÍRUS E TOSPOVÍRUS
DANIELA APARECIDA DE CASTRO NIZIO
2008
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DANIELA APARECIDA DE CASTRO NIZIO
CAPACIDADE COMBINATÓRIA DE LINHAGENS
AVANÇADAS DE TOMATEIRO DE MESA E SELEÇÃO
ASSISTIDA POR MARCADORES MOLECULARES PARA
RESISTÊNCIA A BEGOMOVÍRUS E TOSPOVÍRUS
Dissertação apresentada à Universidade Federal
de Lavras como parte das exigências do
Programa de Pós-graduação em Genética e
Melhoramento de Plantas, para a obtenção do
título de “Mestre”.
Orientador
Prof. Wilson Roberto Maluf, Ph.D.
LAVRAS
MINAS GERAIS - BRASIL
2008
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Ficha Catalográfica Preparada pela Divisão de Processos Técnicos da
Biblioteca Central da UFLA
Nizio, Daniela Aparecida de Castro.
Capacidade combinatória de linhagens avançadas de tomateiro de
mesa e seleção assistida por marcadores moleculares para resistência a
begomovírus e tospovírus / Daniela Aparecida de Castro Nizio. – Lavras :
UFLA, 2008.
71 p.: il.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Lavras, 2008.
Orientador: Wilson Roberto Maluf.
Bibliografia.
1. Lycopersicon esculentum. 2. Geminivírus. 3. Vira-cabeça. 4.
Análise dialélica. 5. Resistência. 6. Marcador molecular. I. Universidade
Federal de Lavras. II Título.
CDD – 635.6423
DANIELA APARECIDA DE CASTRO NIZIO
CAPACIDADE COMBINATÓRIA DE LINHAGENS
AVANÇADAS DE TOMATEIRO DE MESA E SELEÇÃO
ASSISTIDA POR MARCADORES MOLECULARES PARA
RESISTÊNCIA A BEGOMOVÍRUS E TOSPOVÍRUS
Dissertação apresentada à Universidade Federal
de Lavras como parte das exigências do
Programa de Pós-graduação em Genética e
Melhoramento de Plantas, para a obtenção do
título de “Mestre”.
Aprovada em 22 de julho de 2008
Prof. Dr. Ildon Rodrigues do Nascimento UFT
Profa. Dra. Luciane Vilela Resende UFLA
Prof. César Augusto Brasil P. Pinto, PhD UFLA
Prof. Wilson Roberto Maluf, PhD
DAG/UFLA
(Orientador)
LAVRAS
MINAS GERAIS – BRASIL
A
AA
A DEUS,
DEUS, DEUS,
DEUS,
pelo dom da vida, pela inteligência e por tantas bênçãos co
pelo dom da vida, pela inteligência e por tantas bênçãos copelo dom da vida, pela inteligência e por tantas bênçãos co
pelo dom da vida, pela inteligência e por tantas bênçãos con
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cedidas.
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Aos meus pais
Aos meus paisAos meus pais
Aos meus pais,
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, Antônio e Marlene, por todo apoio sempre,
Annio e Marlene, por todo apoio sempre, Annio e Marlene, por todo apoio sempre,
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Aos meus irmãos
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Aos meus irmãos,
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, Graziela, Pedro,Talita e cunhados
Graziela, Pedro,Talita e cunhados Graziela, Pedro,Talita e cunhados
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,
nior e Marilene, pela foa e incentivo
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Ao meu es
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Ao meu esposo
posoposo
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,,
, Alexandre e meu filho
Alexandre e meu filho Alexandre e meu filho
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,,
, Lucas, pelo carinho
Lucas, pelo carinho Lucas, pelo carinho
Lucas, pelo carinho
e compreensão em todos os momentos.
e compreensão em todos os momentos.e compreensão em todos os momentos.
e compreensão em todos os momentos.
DEDICO.
DEDICO.DEDICO.
DEDICO.
AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal de Lavras e ao Departamento de Biologia, pela
oportunidade de realizar o mestrado.
Ao CNPq, pela concessão de bolsa de estudos e à Fapemig, pelo
apoio financeiro para a realização dos trabalhos.
Ao professor Wilson Roberto Maluf, pela orientação, confiança,
ensinamentos, compreensão e amizade, durante estes anos de trabalho.
À professora Dra. Antônia dos Reis Figueira, pela disponibilização do
Laboratório de Virologia Molecular; a Valquíria Nogueira Camargos, pela
disponibilidade e auxílio na realização das análises e ao Carlos (Carzim), pelo
apoio e confiança.
À HortiAgro Sementes, especialmente Vicente Licursi, Paulo Moretto,
ao Sebastião (Ná) e demais funcionários, por serem os grandes responsáveis pela
realização de todos os trabalhos desenvolvidos.
A todos os professores do Programa de Pós-Graduação em Genética e
Melhoramento de Plantas, em especial, Magno Antônio Patto Ramallho, sar
B. Pereira Pinto, João Cândido, João Bosco dos Santos, Lisete Chamma Davide
e Elaine Aparecida de Souza.
Aos amigos do Programa de Melhoramento Genético de Hortaliças da
UFLA/HortiAgro Sementes Ltda., em especial Vanisse, Álvaro, Gabriel,
Douglas, Marcela e Rafael, sempre dispostos a ajudar. Serei sempre grata a
vocês.
Aos irmãos da RCC, em especial Raphel, Marisa, Fernanda, Vítor,
Edson, Juliana, Fabíola, por tudo que vivemos e partilhamos. À Mônica, pelo
exemplo e incentivo.
Às tias Francisca, Marilda, Marli e primos, pelo apoio e incentivo em
todos os momentos.
Às colegas do Programa de Pós-Graduação em Genética e
Melhoramento de Plantas: Lidiane, Isabela, Flávia, Paula e Cristiana, por todo
apoio, amizade e compreensão.
Ao professor Luís A. A. Gomes, e aos amigos Luciano, Elizabeth,
Ronaldo e Ildon, pelo incentivo e amizade.
A todos aqueles que contribuíram, direta ou indiretamente, para a
realização deste trabalho.
SUMÁRIO
RESUMO.............................................................................................................i
ABSTRACT ......................................................................................................iii
INTRODUÇÃO GERAL....................................................................................1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................4
Artigo 1: Capacidade combinatória de linhagens de tomateiro de mesa
resistentes a begomorus e tospovírus ...........................................................6
Resumo ...............................................................................................................6
Abstract...............................................................................................................7
1 Introdução........................................................................................................8
2 Material e métodos.........................................................................................12
3 Resultados e discussão...................................................................................19
4 Conclusão. .....................................................................................................25
5 Referências bibliográficas..............................................................................27
Tabelas..............................................................................................................31
Artigo 2: Caracterização de genótipos de tomateiro assistida por
marcadores moleculares para resistência a begomovírus e tospovírus .....34
Resumo .............................................................................................................34
Abstract.............................................................................................................36
1 Introdução......................................................................................................37
2 Material e métodos.........................................................................................41
3 Resultados e discussão...................................................................................49
4 Conclusão. .....................................................................................................59
5 Referências bibliográficas..............................................................................61
Tabelas..............................................................................................................67
i
RESUMO
NIZIO, Daniela Aparecida de Castro. Capacidade combinatória de linhagens
avançadas de tomateiro de mesa e seleção assistida por marcadores
moleculares para resistência a begomovírus e tospovírus. 2008. 71p.
Dissertação (Mestrado em Genética e Melhoramento de Plantas) - Universidade
Federal de Lavras, Minas Gerais, Brasil.*
Os objetivos da realização deste trabalho foram: inferir sobre a
capacidade combinatória de linhagens de tomateiro de mesa, resistentes a
begomovírus e tospovírus, e identificar combinações híbridas superiores; avaliar
híbridos de tomateiro e suas linhagens genitoras quanto à resistência a
begomovírus e caracterizar, por meio de marcadores moleculares, híbridos de
tomateiro de mesa com potencial comercial, resistentes a begomovírus e
tospovírus, portadores, respectivamente, dos alelos de resistência Ty-1 e Sw-5.
Dezoito híbridos experimentais foram obtidos pelo cruzamento entre nove
genitores femininos (grupo I) e dois genitores masculinos (grupo II),
constituindo um dialelo parcial. As linhagens TOM-695, TOM-696, TOM-698 e
TOM-699 se destacaram entre os genitores femininos, por exibirem as maiores
estimativas de capacidade geral de combinação (CGC) para as características
produção total e massa média dos frutos. As linhagens TOM-695, TOM-696 e
TOM-698 apresentaram também os maiores valores de CGC para produção
precoce. No grupo II, a linhagem TOM-694 apresentou valores positivos de
CGC para produção total e produção precoce. A combinação híbrida F
1
(TOM-
695 x TOM-700) apresentou a maior estimativa de capacidade específica de
combinação (CEC) para os caracteres produção total de frutos, produção precoce
e massa média dos frutos e valores positivos para firmeza inicial e meia vida da
firmeza. Os híbridos experimentais TEX-246 [F
1
(TOM-694 x TOM-700)], TEX-
261 [F
1
(TOM-698 x TOM-684)], TEX-253 [F
1
(TOM-699 x TOM-700)], TEX-
256 [F
1
(TOM-696 x TOM-684)], TEX-262 [F
1
(TOM-699 x TOM-684)], TEX-
252 [F
1
(TOM-698 x TOM-700)], TEX-251 [F
1
(TOM-693 x TOM-700)] e TEX-
268 [F
1
(TOM-698 x TOM-658)] aliaram médias elevadas, tanto para produção
total quanto para massa média dos frutos, tendo os híbridos TEX-246, TEX-253,
TEX-256, TEX-262, TEX-252 apresentado também valores elevados para meia
vida da firmeza, constituindo híbridos competitivos, quando comparados aos
padrões comerciais. Os 24 híbridos experimentais (18 do dialelo + 6 adicionais)
foram avaliados quanto à resistência a begomovírus por meio de inoculação por
enxertia, juntamente com 9 linhagens maternas (utilizadas no dialelo) e 4
híbridos comerciais. As avaliações foram feitas com base numa escala de notas
ii
variando de 1 (ausência de sintomas) a 5 (sintomas bastante severos). Para a
caracterização dos genótipos quanto à presença dos alelos Sw-5 e Ty-1, foram
utilizados os marcadores moleculares SCAR-Sw-421 e SSR-47. Verificou-se
que os 24 híbridos experimentais com constituição genotípica Ty-1/Ty-1
+
apresentaram sintomas intermediários quando comparados às linhagens
homozigotas (Ty-1/Ty-1) e genótipos suscetíveis (Ty-1
+
/Ty-1
+
), exibindo notas
médias que variaram de 2,0 a 3,0, e foram considerados resistentes (com
resistência parcial) a begomovírus. Os resultados das avaliações de resistência a
begomovírus, obtidos por meio do teste de enxertia, concordam com os
resultados obtidos com o marcador molecular SSR-47, que pode ser útil para
programas de melhoramento de tomateiro, visando à obtenção de genótipos
resistentes à virose.
___________________________
*Orientador: Wilson Roberto Maluf - UFLA
iii
ABSTRACT
NIZIO, Daniela Aparecida de Castro. Combining ability of fresh market
tomato advanced lines and selection assisted by molecular markers for
resistance to begomovirus and tospovírus . 2008. 71p. Dissertation (Master’s
degree in Genetics and Plant Breeding) - Universidade Federal de Lavras, Minas
Gerais, Brazil.*
This research intended to assess the combining abilities of fresh market
tomato lines resistant to both begomovirus and geminivirus, to identify superior
hybrid combinations among them, to assess resistance to begomovirus of the
tomato hybrids and their parental lines, and to fingerprint, via molecular
markers, tomato hybrids with resistance to both begomovirus and tospovirus that
bear the respective resistance alleles Ty-1 and Sw-5. Eighteen experimental
hybrids were obtained by crossing nine parental lines (group I) used as seed
parents, with two parental lines (group II) used as pollen sources, in a partial
diallel cross. Lines TOM-695, TOM-696, TOM-698 and TOM-699 stood out
among the lines in group II for their higher general combining ability values (g
i
)
for total yield and mean fruit mass; TOM-695, TOM-696 and TOM-698 showed
also high gi's for early yield. In group II, line TOM-694 had the largest g
i
's for
both total and early yields. The hybrid F
1
(TOM-695 x TOM-700) had the
highest specific combining ability (s
ij
) for total and early yields, mean fruit mass,
in addition to positive estimates for fruit firmness at the breaker stage and for
firmness half-life. The experimental hybrids TEX-246 [F
1
(TOM-694 x TOM-
700)], TEX-261 [F
1
(TOM-698 x TOM-684)], TEX-253 [F
1
(TOM-699 x TOM-
700)], TEX-256 [F
1
(TOM-696 x TOM-684)], TEX-262 [F
1
(TOM-699 x TOM-
684)], TEX-252 [F
1
(TOM-698 x TOM-700)], TEX-251 [F
1
(TOM-693 x TOM-
700)] and TEX-268 [F
1
(TOM-698 x TOM-658)] had high means for both total
yeld and mean fruit mass; hybrids TEX-246, TEX-253, TEX-256, TEX-262,
TEX-252 also had higher values of fruit firmness half-life, when compared to
commercial hybrid checks, and are therefore considered competitive with
current hybrids in the market. The 24 experimental hybrids (18 from the partial
diallel + 6 additional hybrids) were tested for begomovirus symptoms after graft
inoculation with infected plants, along 9 parental lines (used as seed parents in
the diallel) and 4 commercial hybrid checks. Symptoms were assessed in a scale
that varied from 1 (= no symptoms) to 5 (= very severe symptoms). The
presence of the resistance alleles Sw-5 and Ty-1 was assessed with the molecular
markers SCAR-Sw-421 and SSR-47, respectively. All 24 experimental hybrids
heterozygous in the Ty-1 locus showed begomovirus symptoms rated between 2
and 3, intermediate between those of the homozygous resistant lines (Ty-1/Ty-1)
iv
and those of the susceptible hybrid checks (Ty-1
+
/Ty-1
+
). The molecular markers
Sw-421 and SSR-47 were able to effectively fingerprint tomato genotypes
bearing the resistant alleles Sw-5 and Ty-1, respectively for tospovirus and
begomovirus resistance. The begomovirus symptoms observed were cohering
with the results via fingerprinting with the marker SSR-47, which is thus
considered a useful tool in breeding programmes aimed at begomovirus
resistance.
___________________________
.
*Orientador: Wilson Roberto Maluf - UFLA
1
INTRODUÇÃO GERAL
O tomate ocupa posição de destaque entre as hortaliças cultivadas. No
Brasil, ocupa o segundo lugar em importância econômica e tem produção
bastante expressiva, tanto para o consumo “in natura” quanto para o
processamento industrial. Em 2005, a produção nacional alcançou 3,2 milhões
de toneladas, colhidas em uma área de 57,6 mil hectares (Agrianual, 2006).
As doenças causadas por vírus têm assumido lugar de destaque como
fator limitante para a produção dessa hortaliça em áreas tropicais e subtropicais,
principalmente as viroses causadas por espécies de Begomovirus e Tospovirus.
Uma vez que não são controladas quimicamente, a resistência genética constitui
o caminho mais promissor para a diminuição dos danos causados por essas
viroses na cultura do tomateiro.
Fontes de resistência têm sido encontradas dentro das espécies selvagens
de Lycopersicon. O alelo Ty-1, originado da espécie selvagem Lycopersicon
chilense Dun., tem sido utilizado em introgressões gênicas, visando à obtenção
de cultivares resistentes a begomovírus (Giordano et al., 1994). Para o controle
genético dos tospovírus (vira-cabeça-do-tomateiro), as principais fontes de
resistência atualmente utilizadas nos programas de melhoramento do tomateiro
são as cultivares Stevens (com resistência derivada de L. peruvianum) e Rey de
Los Tempranos (L. esculentum) (Juliatti & Maluf, 1995; Lourenção et al., 1999;
Ferraz et al., 2003).
O procedimento de transmissão de vírus é fundamental para o estudo de
doenças viróticas (Jeffries, 1998; Franc & Banttari; 2001). A avaliação da
resistência de plantas a um vírus é freqüentemente baseado em inoculações
mecânicas. No entanto, é relatado que a infecção sistêmica de tomateiros por
begomoviroses quase nunca ocorre e, portanto, alternativas têm sido
2
encontradas. Métodos adequados de inoculação devem garantir 100% de
infecção em plantas suscetíveis e evitar que genótipos com veis de resistência
sejam descartados. Embora demorada, a inoculação por enxertia tem sido
utilizada com alta eficiência de infecção (Kasrawi et al., 1988). Possui também a
vantagem de não depender da disponibilidade do inseto-vetor.
No processo de transferência de alelos de resistência, a seleção indireta
de plantas resistentes por meio de marcadores moleculares pode levar a
resultados mais rápidos, além de não depender de condições ambientais e do
estágio de desenvolvimento da planta para realizar a seleção. Marcadores
moleculares ligados aos alelos Ty-1 (que confere resistência a begomovírus) e
Sw-5 (confere resistência a tospovírus) têm sido utilizados com sucesso
(Nogueira, 2005; Nogueira et al., 2007).
Cruzametos dialélicos são delineamentos genéticos estatísticos em que n
parentais são cruzados dois a dois (Cruz et al., 2004; Ramalho et al., 1993). Os
procedimentos de análise dialélica têm por finalidade a estimação de parâmetros
úteis na seleção de genitores e no entendimento dos efeitos genéticos envolvidos
na determinação dos caracteres (Cruz et al., 2004). A origem dos procedimentos
para análises dialélicas é atribuída a Schmidt, por volta dos anos de 1920 (Ghosh
& Biswas, 2003). Porém, os primeiros a definirem os termos capacidade geral de
combinação (CGC) e capacidade específica de combinação (CEC) foram
Sprague & Tatum (1942). Segundo esses autores, a CGC refere-se ao
comportamento médio de cada genitor em cruzamento com os demais do grupo
estudado e a CEC é interpretada como um efeito na expressão do híbrido que
não é explicado pelos efeitos da CGC dos genitores.
Objetivou-se, com a realização deste trabalho, inferir sobre a capacidade
combinatória de linhagens de tomateiro de mesa resistentes a begomovírus e
tospovírus; avaliar genótipos de tomateiro quanto à resistência a begomovírus e
3
caracterizar por meio de marcadores moleculares, híbridos de tomateiro de mesa
com potencial comercial, portadores dos alelos de resistência Ty-1 e Sw-5.
4
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGRIANUAL 2006 - Anuário da Agricultura Brasileira. São Paulo: Instituto
Agronômico. FNP Consultoria & Comércio, 2005. 504 p.
CRUZ, C. D.; REGAZZI, A. J.; CARNEIRO, P. C. de S. Modelos biométricos
aplicados ao melhoramento genético. 3. ed. Viçosa: UFV, 2004. v. 1, 480 p.
FERRAZ, E., RESENDE, L.V.; LIMA, G.S.A.; SILVA, M.C.L.; FRANÇA,
J.G.E.; SILVA, D.J. Redenção: nova cultivar de tomate para a indústria
resistente a geminivírus e tospovírus. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 21, n.
3, p. 578-580, jul/set. 2003.
FRANC, G.D.; BANTTARI, E.E. Mechanically transmissible viruses of
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R.H. Virus and virus-like diseases of potatoes and production of seed-
potatoes. Dordrecht: Klumer Acadmic Publishers, 2001. p. 159-175.
GIORDANO, L. de B.; BOITEUX, L.S. & HORINO, Y. Avaliação em
condições de campo de genótipos de tomate para resistência a tospoviroses.
Horticultura Brasileira, Brasília, v.12, n.2, p.176-178, 1994..
GHOSH, D. K.; BISWAS, P. C. Complete diallel crosses plans through
balanced incomplete block designs. Journal of Applied Statistics, Hants, v. 30,
n. 6, p. 697-708, july 2003.
JEFRIES, C. S. Technical guidelines for the safe movement of germplasm. In:
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED
NATIONS; INTERNATIONAL PLANT GENETICS RESOURCES
INSTITUTE. Potato. Rome: FAO/ IPGRI, 1998. 177 p.
JULIATTI, F.C.; MALUF, W.R. Controle genético da resistência do tomateiro a
um isolado de tospovírus (TSWV): Análise em plantas individuais.
Fitopatologia Brasileira, Brasília, v.20, n.1, p.39-47, 1995.
KASRAWI, M.A.; SUWWAN, M.A.; MANSOUR, A. Sources of resistance
to tomato yellow leaf curl virus in Lycopersicon species. Euphytica, v.37, n. 1,
p. 61–64, jan. 1988.
5
LOURENÇÃO, A.L., YUKI, V.A.; ALVES, S.B. Epizootia de Aschersonia cf.
goldiana em Bemisia tabaci (Homoptera: Aleyrodidae) biótipo B no Estado de
São Paulo. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, v.28, n. 2, p.343-345,
jul. 1999.
NOGUEIRA, D. W. Seleção assistida pelo marcador molecular tipo SCAR
‘Sw-421’ para seleção de genótipos de tomateiro resistentes ao vira-cabeça.
2005. 20p. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Agronomia) –
UFLA, Lavras, MG.
NOGUEIRA, D. W.; MALUF, W. R.; PAIVA, L. V.; FIGUEIRA, A. R.;
NASCIMENTO, I.R.; GONÇALVES, L.D.; MACIEL, G.M.; NIZIO, D.A.C.;
SILVA, V.F.; GONÇALVES NETO, A.C. Marcador molecular associado ao
alelo Ty-1 em tomateiro e sua eficiência de seleção. In: Congresso Brasileiro
de Melhoramento de plantas, 4., 2007, São Lourenço.UFLA, p. 452
Anais...São Lourenço, 2007.
RAMALHO, M. A. P.; SANTOS, J. B. dos; ZIMMERMANN, M. J. de O.
Genética quantitativa em plantas autógamas: aplicações ao melhoramento
do feijoeiro. Goiânia: UFG, 1993. 271 p.
SPRAGUE, G. F.; TATUM, L. A. General vs. specific combining ability in
single crosses of corn. Journal of the American Society of Agronomy,
Madison, v. 34, n. 10, p. 923-932, oct. 1942.
6
Capacidade combinatória de linhagens avançadas de tomateiro de mesa
resistentes a begomovírus e tospovírus
(Preparado de acordo com as normas da revista Pesquisa Agropecuária
Brasileira-PAB)
Daniela Aparecida de Castro Nizio
1
, Wilson Roberto Maluf
2
(1)
Departamento de Biologia,
(2)
Departamento de Agricultura, Universidade
Federal de Lavras. Caixa Postal 3.037, CEP 37200-000. Lavras, MG. E-mail:
[email protected], wrmaluf@ufla.br
Resumo - Objetivou-se inferir sobre a capacidade combinatória de linhagens de
tomateiro de mesa resistentes a begomovírus e tospovírus, e identificar possíveis
combinações híbridas superiores. Dezoito híbridos experimentais obtidos pelo
cruzamento de 9 linhagens do grupo I (genitores femininos) com 2 linhagens do
grupo II (genitores masculinos), contituindo um dialelo parcial, foram testados
em campo, onde foram avaliados os caracteres: produção total, produção
precoce, massa média de frutos, formato (relação comprimento/diâmetro),
firmeza inicial e meia vida da firmeza. As linhagens do grupo I, TOM-695,
TOM-696, TOM-698, TOM-699, se destacaram por exibirem as maiores
estimativas de capacidade geral de combinação (CGC) para produção total e
massa média dos frutos; as linhagens TOM-695, TOM-696 e TOM-698
apresentaram também os maiores valores para produção precoce. No grupo II, a
linhagem TOM-694 apresentou valores positivos para CGC para produção total
e precoce. A combinação híbrida F
1
(TOM-695 x TOM-700) apresentou maior
estimativa de capacidade específica de combinação (CEC) para produção total,
produção precoce e massa média dos frutos e valores positivos para firmeza
inicial e meia vida da firmeza. Os efeitos gênicos aditivos foram importantes
para produção precoce, massa média dos frutos e formato, enquanto tanto os
efeitos aditivos quanto os não aditivos foram importantes para produção total.
Termos para Indexação: Lycopersicon esculentum, geminivírus, resistência,
análise dialélica.
7
Combining ability of fresh market tomato lines resistant to both
begomovirus and tospovírus
Abstract - The objectives of this work were to assess the combining ability of
new fresh market tomato lines with resistance to both begomovirus and
tospovirus, and to identify superior hybrid combinations among them. Eighteen
experimental hybrids were obtained by crossing nine parental lines (group I)
used as seed parents, with two parental lines (group II) used as pollen sources, in
a partial diallel cross. These hybrids were field tested and assessed for total
yield, early yield, mean fruit mass, fruit shape (length/diameter ratio), fruit
firmness at the breaker stage, and fruit firmness half life. Group I lines TOM-
695, TOM-696, TOM-698 and TOM-699 stood out among the other lines within
the group for their high estimates of general combining ability (GCA) for total
yield and mean fruit mass; TOM-695, TOM-696, TOM-698 also had the highest
GCA's for early yield. Group II line TOM-684 had positive values of GCA for
both total and early yields. The hybrid combination F
1
(TOM-695 x TOM-700)
had the highest values of specific combining ability (SCA) for total yield, early
yield, and mean fruit mass, and presented positive estimates for firmness at
breaker and firmness half-life. Additive gene effects were relatively more
important than non-additive for early yield, mean fruit mass, and fruit shape,
whereas both additive and non-additive gene effects were important for total
yield.
Index terms: Lycopersicon esculentum, geminivirus, resistance, diallel analysis
8
1 INTRODUÇÃO
A tomaticultura é considerada atividade de alto risco, principalmente por
apresentar suscetibilidade a diversas pragas e doenças. A partir do início da
década de 1990, observou-se acentuada redução da área cultivada com tomate,
provocada, dentre outros fatores, por problemas fitossanitários, como traça-do-
tomateiro, tospovírus, mosca branca e geminivírus (Silva & Giordano, 2000;
Melo, 2001).
Os geminivírus pertencem à família Geminiviridae e são classificados de
acordo com seus vetores, as plantas hospedeiras e a organização do genoma. O
gênero que infecta o tomate (Lycopersicon esculentum Mill.) tem sido
classificado como Begomovirus, sendo transmitido pela mosca-branca do gênero
Bemisia (Homoptera: Aleyrodidae) (Faria et al., 2000). As begomoviroses
constituem, atualmente, a principal virose que infecta o tomate, nos principais
estados produtores do Brasil (Ribeiro et. al., 2003). Diversos surtos de
begomoviroses em tomate têm sido observados no país, principalmente após a
introdução do biótipo B (B. argentifolii) do vetor Bemisia tabaci no país e, hoje,
além de quatro espécies reconhecidas, outras dez espécies provisórias’ de
begomovírus têm sido identificadas infectando tomate (Ribeiro et al., 2003).
Além de uma grande diversidade de sintomas (enrolamento da folha,
epinastia, mosaico dourado, rugoses, cloroses nervais e internervais, mosqueado
e atrofia), a planta apresenta, ainda, redução da floração, paralisação no
crescimento, com conseqüente perda na produção, principalmente se a infecção
das plantas ocorrer nos estádios iniciais de desenvolvimento (Ribeiro et al.,
1994; Rezende et al., 1996).
Os tospovírus pertencem à família Bunyaviridae e são responsáveis por
causar o conjunto de sintomas denominado, vulgarmente no Brasil, de vira-
9
cabeça-do-tomateiro. Assumem grande importância como patógenos da cultura,
principalmente nas épocas mais quentes do ano, em diferentes regiões do mundo
(German et al., 1992; Pozzer et al., 1996). Os sintomas mais comumente
observados são anéis necróticos ou cloróticos nas folhas e frutos, além de
sintomas de arroxeamento, bronzeamento, mosaico e amarelecimento das folhas.
Quando a infecção é precoce pode ocorrer a morte da planta. Atuam como
vetores de tospovírus tripes dos gêneros Frankliniella, Thrips e Scirtothrips
(Mound, 1996).
Devido às dificuldades encontradas no combate aos insetos vetores, tanto
para begomovírus (mosca-branca) quanto para tospovírus (tripes), o
desenvolvimento de cultivares de tomate com resistência às duas viroses é o
melhor método para o controle das doenças.
Níveis variáveis de resistência a begomovírus e tospovírus têm sido
encontrados em germoplasma de Lycopersicon. Acessos tolerantes a
begomovírus com genoma monopartido na Europa, a partir da introgressão do
alelo Ty-1 de L. chilense, foram também tolerantes a alguns isolados de
begomovirus bipartidos (Santana et al., 2001; Matos et al., 2003), os quais
predominam no Brasil (Ribeiro et al., 2003; Inoue-Nagata et al., 2004;
Fernandes, 2006). Resistência a tospovírus tem sido identificada em L.
pimpinellifolium, L. hirsutum e L. peruvianum e também em cultivares de L.
esculentum. As cultivares Stevens (portadora do alelo de resistência Sw-5
derivada de L. peruvianum) e Rey de Los Tempranos (L. esculentum) constituem
as duas principais fontes utilizadas no controle genético do “vira-cabeça” nos
programas de melhoramento em andamento no país (Juliatti & Maluf, 1995;
Lourenção et al., 1999; Ferraz et al., 2003).
Atualmente, a seleção de linhagens de tomateiro com resistência a
tospovírus e begomovírus tem sido priorizada (Lourenção et al., 2001; Matos et
al., 2003; Lourenção et al., 2004). O uso de variedades comerciais de tomate
10
resistentes a geminivírus e tospovírus, ou com níveis de resistência satisfatórios,
reduziria a necessidade do uso de substâncias químicas para o controle do vetor,
pouparia o meio ambiente da contaminação por agrotóxicos e, além disso, seria
oferecido ao consumidor um produto de melhor qualidade.
Durante o processo de obtenção de cultivares, uma etapa que exige
bastante atenção diante do número de genótipos disponíveis consiste na escolha
dos materiais mais promisores para serem os parentais num programa de
hibridação. Uma técnica que auxilia na escolha de progenitores é a de
cruzametos dialélicos (Ramalho et al., 1993). Cruzametos dialélicos são
delineamentos genéticos estatísticos em que n parentais são cruzados dois a dois
(Cruz et al., 2004; Ramalho et al., 1993). Os procedimentos de análise dialélica
têm a finalidade de estimar parâmetros úteis na seleção de genitores e no
entendimento dos efeitos genéticos envolvidos na determinação dos caracteres
(Cruz et al., 2004). A origem dos procedimentos para análises dialélicas é
atribuída a Schmidt, por volta dos anos de 1920 (Ghosh & Biswas, 2003).
Porém, os primeiros a definir os termos capacidade geral de combinação (CGC)
e capacidade específica de combinação (CEC) foram Sprague & Tatum (1942).
Segundo esses autores, a CGC refere-se ao comportamento médio de cada
genitor em cruzamento com os demais do grupo estudado e a CEC é interpretada
como um efeito na expressão do híbrido que não é explicado pelos efeitos da
CGC dos genitores.
Linhagens de tomateiro com frutos do tipo Santa Cruz, e com resistência
a múltiplas doenças, inclusive a begomovírus e tospovírus, têm sido obtidas na
empresa HortiAgro Sementes Ltda., em Ijaci, MG. Contudo, sua capacidade de
combinação é ainda desconhecida e o comportamento dos híbridos
desenvolvidos a partir delas precisa ser estudado. Este trabalho foi realizado com
os objetivos de inferir sobre a capacidade combinatória de linhagens de
11
tomateiro de mesa, resistentes a begomovírus e tospovírus, bem como identificar
possíveis combinações híbridas superiores.
12
2 MATERIAL E MÉTODOS
Os experimentos foram realizados na estação experimental da HortiAgro
Sementes Ltda., localizada na fazenda Palmital, município de Ijaci, MG, no
período de julho de 2006 a agosto de 2007. O município de Ijaci situa-se nas
coordenadas 21
o
14’16’’ de latitude Sul e 45
o
08’00’’ de longitude Oeste, à
altitude de 920m.
O material genético foi constituído de 18 híbridos experimentais,
correspondendo a um cruzamento dialélico parcial. O dialelo foi constituído de
nove genitores femininos (grupo I) e dois genitores masculinos (grupo II), cujas
descrições se encontram no Quadro 1. As linhagens do grupo I foram
identificadas como 1=TOM-694, 2=TOM-695, 3=TOM-696, 4=TOM-697,
5=TOM-691, 6=TOM-692, 7=TOM-693, 8=TOM-698, 9=TOM-699 e as do
grupo II, como 1’=TOM-700 e 2’=TOM-684.
Os híbridos obtidos a partir dos cruzamentos das linhagens do grupo I x
grupo II estão descritos no Quadro 2.
13
QUADRO 1. Descrição dos genitores constituintes do dialelo parcial
Linhagens do grupo I Descrição
TOM-694, TOM-695,
TOM-696, TOM-697
Linhagens com background comum, do tipo
Santa Clara, de crescimento indeterminado.
Resistências a I, Pto, Sm, Sw-RT e Ty-1.
TOM-691, TOM-692,
TOM-693
Linhagens com background comum, do tipo
Rio Grande, de crescimento determinado.
Resistências a I, I
2
(?), Ve, Sw-5 e Ty-1.
TOM-698 e TOM-699
Linhagens com background comum, do tipo
Rio Grande, de crescimento determinado.
Resistências a I, I
2
?
, Ve, Sw-RT e Ty-1.
Linhagens do grupo II
TOM-700 e TOM-684
Linhagens com background comum, do tipo
Santa Clara, de crescimento indeterminado.
Resistências a I, Ve, Mi, Pto, Sm e Sw-5.
Resistências: I = Fusarium oxysporum fsp. lycopersici raça 1; I
2
= Fusarium
oxysporum fsp. lycopersici raça 2; Mi = Meloidogyne spp.; Pto= Pseudomonas
syringae pv. tomato; Sm = Stemphylium sp.; Sw-5 = Tospovírus, fonte de
resistência: cv. Stevens; Sw-RT = resistência a Tospovirus, fonte de resistência:
‘Rey de Los Tempranos’; = Verticillium sp.; Ty-1= Begomovirus;? =
resistência presumida pela genealogia.
14
QUADRO 2. Descrição dos híbridos do dialelo parcial
Híbridos Descrição
1 x 1’= F
1
(TOM-694 x TOM-700)
2 x 1’= F
1
(TOM-695 x TOM-700)
3 x 1’= F
1
(TOM-696 x TOM-700)
4 x 1’= F
1
(TOM-697 x TOM-700)
Híbridos de crescimento indeterminado
com as resistências: I, Mi, Pto, Ve, Sm,
Sw-5, Sw-RT e Ty-1.
5 x 1’= F
1
(TOM-691 x TOM-700)
6 x 1’= F
1
(TOM-692 x TOM-700)
7 x 1’= F
1
(TOM-693 x TOM-700)
Híbridos de crescimento indeterminado
com as resistências: I, I
2
(?),Mi, Pto, Ve,
Sm, Sw-5 e Ty-1.
8 x 1’= F
1
(TOM-698 x TOM-700)
9 x 1’= F
1
(TOM-699 x TOM-700)
Híbridos de crescimento indeterminado
com as resistências: I, I
2
?
,Mi, Pto, Ve, Sm,
Sw-5, Sw-RT e Ty-1.
1 x 2’= F
1
(TOM-694 x TOM-684)
2 x 2’= F
1
(TOM-695 x TOM-684)
3 x 2’= F
1
(TOM-696 x TOM-684)
4 x 2’= F
1
(TOM-697 x TOM-684)
Híbridos de crescimento indeterminado
com as resistências: I, Mi, Pto, Ve, Sm,
Sw-5, Sw-RT e Ty-1.
5 x 2’= F
1
(TOM-691 x TOM-684)
6 x 2’= F
1
(TOM-692 x TOM-684)
7 x 2’= F
1
(TOM-693 x TOM-684)
Híbridos de crescimento indeterminado
com as resistências: I, I
2
?
,Mi, Pto, Ve, Sm,
Sw-5 e Ty-1.
8 x 2’= F
1
(TOM-698 x TOM-684)
9 x 2’= F
1
(TOM-699 x TOM-684)
Híbridos de crescimento indeterminado
com as resistências: I, I
2
?
,Mi, Pto, Ve, Sm,
Sw-5, Sw-RT e Ty-1.
Resistências: I = Fusarium oxysporum fsp. lycopersici raça 1; I
2
= Fusarium
oxysporum fsp. lycopersici raça 2; Mi = Meloidogyne spp.; Pto = Pseudomonas
syringae pv. tomato; Sm = Stemphylium sp.; Sw-5 = Tospovirus; Sw-RT =
resistência a Tospovirus, fonte Rey de Los Tempranos’; = Verticillium sp.;
Ty-1 = Begomovirus,? = resistência presumida pela genealogia das linhagens
parentais.
15
Delineamento e detalhes experimentais
A semeadura dos 18 tratamentos foi realizada em bandejas de isopor de
128 células em substrato Plantimax®. Após 23 dias, as mudas foram
transplantadas para o campo no delineamento de blocos casualisados com 18
tratamentos e 3 repetições. Cada parcela constituiu-se de uma fileira com 12
plantas. O espaçamento utilizado foi de 1,00 m entre linhas e 0,50 m entre
plantas, equivalente a 20.000 plantas.ha
-1
. O cultivo foi feito em sistema tutorado
de área irrigada por gotejamento. As plantas foram conduzidas com haste única,
tutoradas individualmente, sendo semanalmente desbrotadas. As adubações de
plantio e de cobertura, e os tratos culturais e fitossanitários seguiram
recomendações específicas para a cultura do tomateiro.
Foram feitas 13 colheitas no período de 19 de junho a 23 de agosto de
2007. Utilizou-se o valor médio de cada parcela para a realização das análises.
As características avaliadas foram:
. produção total de frutos - obtida pelo somatório das produções do
total de frutos colhidos em cada parcela, referente às 13 colheitas. Os dados
foram expressos em t.ha
-1
de frutos colhidos;
. produção precoce - obtida pelo somatório das produções do total de
frutos colhidos em cada parcela, referente às 4 primeiras colheitas. Os dados
foram expressos em t.ha
-1
de frutos colhidos;
. massa média dos frutos - obtida pela divisão da massa total dos frutos
de cada parcela, pelo respectivo número de frutos. Computaram-se os valores
referentes às 13 colheitas e os resultados foram expressos em g.fruto
-1
;
. formato dos frutos - obtido pela divisão do comprimento médio pela
largura média dos frutos, por parcela. Relações C/L>1 são típicas do formato
oblongo, denominado Santa Cruz;
. firmeza dos frutos - medida segundo a técnica de aplanação não-
destrutiva, desenvolvida por Calbo & Calbo (1989) e Calbo & Nery (1995). A
16
medição da firmeza por essa técnica é feita utilizando-se um aplanador centrado.
O princípio consiste em aplicar uma força exatamente conhecida à superfície do
fruto, seguindo-se à medição da área de contato entre a placa compressora e a
superfície do fruto. A área aplanada foi estimada pela fórmula da área (A) de
uma elipse, A= 0,7884 * a * b, em que A= área aplanada em cm
2
, a =
comprimento (cm) e b = largura (cm). A firmeza (Fz) foi obtida dividindo-se o
peso da ponta de prova (P), em quilogramas-força pela área aplanada (A), em
cm
2
, Fz=P/A. Para avaliação da firmeza, coletaram-se 6 frutos por parcela, no
estádio breaker (caracterizado pela quebra do estado verde dos frutos com o
aparecimento de manchas levemente amareladas ou avermelhadas na região da
cicatriz estilar), que foram armazenados em prateleiras dentro de câmara fria a
15ºC e umidade relativa de 60%, durante 18 dias. Foram anotadas as medidas
individualmente para cada um dos seis frutos, obtendo-se, posteriormente, o
valor médio para cada parcela. Estes frutos constituíram uma amostra uniforme
relativamente ao ponto de colheita, ao tamanho e à ausência de injúrias e
defeitos. Cada fruto foi colocado sob a ponta de prova do planador, com peso de
1,047kgf. Os frutos armazenados de cada parcela foram numerados e as medidas
feitas sempre no mesmo ponto. Para delinear melhor a elipse provocada pela
compressão, foi usada uma gota de óleo mineral na superfície do fruto a ser
medido. A largura e o comprimento da elipse foram medidos com auxílio de um
paquímetro. As medidas foram tomadas a partir do estádio breaker (dia 0) e, daí,
a cada 2 dias, até o 18º dia após o breaker;
. meia vida da firmeza - consiste no tempo (em dias) em que a firmeza
inicial do fruto no estádio breaker se reduz à metade. A meia vida da firmeza (T)
foi obtida pela regressão dos dados da firmeza de cada parcela, no número de
dias decorridos (X), mediante o modelo de decaimento exponencial:
Fz=Fo*(1/2)
X/T
, em que Fo = firmeza inicial (N.m
-2
) dos frutos no estádio
breaker, X = número de dias decorridos após a colheita no estádio breaker, T =
17
meia vida da firmeza (dias); Fz = firmeza (N.m
-2
) depois de decorridos X dias.
As medidas da firmeza inicial (F
0
) e meia vida (T), para cada parcela, foram
utilizadas nas análises estatísticas.
Análises estatísticas
Procedeu-se, primeiramente, a análise de variância para cada um dos
caracteres avaliados para o delineamento em blocos casualizados, utilizando-se o
seguinte modelo estatístico:
Y
ij
= µ + b
j
+ t
i
+ e
ij
em que:
Y
ij
: observação do i-ésimo genótipo no j-ésimo bloco;
µ
:
é o efeito fixo da média geral;
b
j
: é o efeito aleatório do j-ésimo bloco;
t
i
: é o efeito fixo do i-ésimo genótipo (tratamentos);
e
ij
: é o erro experimental médio.
Na análise dialélica, os quadrados médios da capacidade geral (CGC) e
específica (CEC) de combinação foram obtidos segundo o modelo estatístico:
Y
ij
= µ + g
i
+ g
j
+s
ij
+ e
ij
.
em que:
Y
ij
: observação da combinação híbrida envolvendo os genitores i e j
m : média geral;
g
i
: capacidade geral de combinação do genitor feminino i;
g
j
: capacidade geral de combinação do genitor masculino j;
s
ij
: capacidade específica de combinação dos genitores i e j:
e
ij
: erro experimental.
Para a obtenção das estimativas, adotaram-se as seguintes restrições:
Σg
i
= 0 (i = 1,2,...,p); Σg
j
= 0 (j = 1,2,...,q).; Σs
ij
= 0
18
Para se conhecer os efeitos genéticos envolvidos na determinação dos
caracteres, foi calculado o coeficiente de determinação (R
2
) para as estimativas
dos efeitos aditivos (capacidade geral de combinação - CGC) e não aditivos
(capacidade específica de combinação - CEC), pela relação entre a soma de
quadrados dos efeitos aditivos (CGC) e não aditivos (CEC) e a soma de
quadrados de tratamentos, para cada caráter estudado.
19
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resumos das análises dialélicas, com a decomposição do efeito de
tratamentos em capacidade geral de combinação (CGC) e capacidade específica
de combinação (CEC), são apresentados na tabela 1.
Produção total de frutos
Diferenças significativas foram observadas para as estimativas das CGC
entre as linhagens do grupo I e para CEC, indicando que os efeitos aditivos e os
não-aditivos foram importantes na expressão da produção total e que
divergência entre as linhagens do grupo I para essa característica. A não
significância da CGC entre as linhagens do grupo II reflete a pouca divergência
genética entre estas linhagens, que possuem background genotípico comum
(Tabela 1).
As estimativas de CGC entre as linhagens do grupo I variaram de
-15,713 a 16,058 t.ha
-1
[(amplitude total de 31,771 t.ha
-1
, valor considerável
quando comparado à média geral (µ = 76,387)] (Tabelas 1 e 2). Entre as
linhagens do grupo II, as estimativas da CGC variaram de -1,294 a 1,294 t.ha
-1
,
com amplitude total de 2,588 t.ha
-1
(valor pouco relevante comparativamente a
µ = 76,387 t.ha
-1
). As linhagens 2 (TOM-695), 8 (TOM-698) e 9 (TOM-699)
apresentaram as estimativas mais favoráveis de g
i
, com valores respectivos de
16,058; 6,648 e 5,028 t.ha
-1
, e tenderam, pois, a incrementar favoravelmente a
produção total nos híbridos de que participam (Tabela 2).
Amplitude total elevada foi observada também para as estimativas de
CEC, que variaram de -17,739 a 17,739 t.ha
-1
(amplitude de 35,478 t.ha
-1
). Por
meio do coeficiente de determinação verificou-se que os efeitos aditivos e não
aditivos foram semelhantemente importantes na expressão da produção total,
com valores de 57,91% e 42,09%, respectivamente. Melo (1988) e Amaral
20
Júnior (1996) observaram a predominância dos efeitos não-aditivos na expressão
da produção total em tomateiro.
As combinações híbridas 2 x 1’ [F
1
(TOM-695 x TOM-700)],
9 x 1’[F
1
(TOM-699 x TOM-700)] e 8 x 2’
[F
1
(TOM-698 x TOM-684)], que
apresentaram as estimativas de s
ij
mais favoráveis para a produção total de
frutos, apresentaram também as maiores estimativas de g
i
+g
j
+s
ij
, tendo sido,
dessa maneira, os mais produtivos. Segundo Griffing (1956), a melhor
combinação híbrida deve ser aquela com maior s
ij
, cujos parentais apresentem
alta CGC. O híbrido 8 x 2’ alia valor positivo para a estimativa s
ij
(7,114 t.ha
-1
) a
valores positivos de g
i
e g
j
(6,648 e 1,294, respectivamente) (Tabela 3).
Produção precoce de frutos
Na análise dialélica, ocorreram diferenças significativas para CGC entre
linhagens do grupo I e entre as do grupo II. Isso denota a ocorrência de
variabilidade genética entre as linhagens dos dois grupos para esse caráter. Não
foram detectadas diferenças significativas para CEC, mostrando que os efeitos
aditivos (CGC) foram mais importantes para a expressão da produção precoce
que os efeitos não-aditivos.
Nas linhagens do grupo I, as CGCs variaram de -4,673 a 3,866 t.ha
-1
. A
amplitude total de 8,539 t.ha
-1
é bastante expressiva, quando comparada à média
geral (µ = 11,660 t.ha
-1
) e reflete os ganhos que se podem conseguir para esta
característica na escolha de um ou outro genitor. As linhagens 1 (TOM-694), 2
(TOM-695) e 3 (TOM-696) e 4 (TOM-697) apresentaram as maiores estimativas
de g
i
, com valores respectivos de 1,130; 2,588; 3,866 e 2,896 t.ha
-1
. Os valores
mais favoráveis para o caráter produção precoce de frutos dessas linhagens
devem-se, provavelmente, ao fato de elas possuírem background comum,
distinto do das demais linhagens do grupo I. Nas linhagens do grupo II, os
valores das CGC variaram de -1,539 a 1,539 t.ha
-1
, com amplitude total de 3,078
21
t.ha
-1
, valor que, apesar de significativo, tem menor relevância
comparativamente à média geral (µ = 11,660 t.ha
-1
). As melhores estimativas da
CGC para produção precoce coincidiram com as melhores estimativas para
produção total nas linhagens 2 (TOM-695) e 3 (TOM-696) (Tabela 3).
Massa média dos frutos
Houve diferenças significativas para CGC apenas entre as linhagens do
grupo I, o que indica a existência de diferenças importantes entre essas linhagens
para a característica massa média por fruto (Tabela 1). Não foram detectadas
diferenças significativas para CEC, o que mostra que os efeitos aditivos (CGC)
foram mais importantes para a expressão da massa média dos frutos que os
efeitos não-aditivos, o que tamm é evidenciado pelos valores do coeficiente de
determinação (R
2
) (Tabela 1).
Os valores para CGC entre as linhagens do grupo I variaram de -9,610
g.fruto
-1
, para a linhagem 6 (TOM-692) a 10,670 g.fruto
-1
, para a linhagem 8
(TOM-698) (Tabela 2). A amplitude de 20,28 g.fruto
-1
é de relativa importância
quando comparada à média geral (µ = 136,625 g.fruto
-1
). As linhagens 2 (TOM-
695), 8 (TOM-698) e 9 (TOM-699) se destacaram por exibir as maiores
estimativas de g
i
, com valores respectivos de 4,408; 10,670 e 9,687 g.fruto
-1
,
sendo, portanto, promissoras para obtenção de frutos com massas médias
superiores. A maior participação dos efeitos aditivos na expressão desse caráter
está de acordo com os resultados obtidos por Amaral Júnior et al. (1999) e Garg
(2008).
Formato dos frutos
As médias para formato (comprimento/largura) dos frutos (µ=1,179) e
seus desvios devido às CGC e CEC caracterizam-nos como formato oblongo
(C/L>1) (Tabela 1). Efeitos significativos entre tratamentos do dialelo foram
22
verificados para CGC entre linhagens, tanto do grupo I quanto entre linhagens
do grupo II (CGC) e também para CEC, indicando a influência tanto dos efeitos
aditivos quanto dos efeitos não-aditivos na expressão desse caráter (Tabela 1)
Os efeitos da CGC nas linhagens do grupo I tiveram uma participação
mais expressiva no formato dos frutos comparativamente às linhagens do grupo
II, refletindo a maior divergência genética entre os genitores do primeiro grupo
do que entre os do segundo: as estimativas de g
i
variaram de -0,065 a 0,094. A
amplitude de 0,159 representa 13,49% da variação média total e reflete uma
maior importância dos efeitos aditivos na expressão do caráter formato dos
frutos. Dentro do grupo II, a amplitude observada foi de 0,044 e representa
apenas 3,73% da variação média total (Tabela 2). As maiores estimativas da
CGC para C/L foram exibidas pelas linhagens: 5 (TOM-691), 6 (TOM-692) e 7
(TOM-693), com valores de 0,075; 0,040 e 0,094, respectivamente. Embora
significativos, os valores de CGC não são de magnitudes a reduzir a C/L a
valores inferiores a 1.00, de modo que todas as linhagens utilizadas podem ser
empregadas para a obtenção de híbridos do tipo Santa Cruz.
Os valores para CEC variaram de -0,024 a 0,024 (a amplitude de 0,048
representa 4,07% da variação média total). As maiores estimativas de s
ij
para a
relação C/L foram observadas nas combinações híbridas 7 x 1’[(F
1
TOM-693 x
TOM-700)], 1 x 2’
[F
1
(TOM-694 x TOM-684)] e 9 x 2’
[F
1
(TOM-699 x TOM-
684)], com os valores respectivos de 0,024; 0,017 e 0,013 - que são bastante
pequenos. A combinação híbrida 7 x 1’
[F
1
(TOM-693 x TOM-700)] (Tabela 4)
associa estimativas elevadas, tanto dos efeitos aditivos (g
i
e g
j
) quanto dos
efeitos não-aditivos (s
ij
) e corresponde ao híbrido que apresentou a maior média
para C/L dos frutos, que foi 1,287 (dado não apresentado). Este híbrido, por
apresentar frutos ligeiramente mais compridos que o segmento Santa Cruz,
talvez possa ser inserido no segmento de tomate ‘italiano’.
23
Firmeza inicial dos frutos e meia vida da firmeza
Não foram observadas diferenças significativas para as estimativas de
CGC e CEC, tanto para firmeza dos frutos no estádio breaker quanto para meia
vida da firmeza, refletindo baixa variabilidade genética entre os genitores para
esses caracteres relacionados à firmeza de frutos.
Considerações gerais
Os efeitos gênicos aditivos foram mais importantes para produção
precoce, massa média dos frutos e formato dos frutos. Os efeitos aitivos e não
aditivos foram importantes na expressão da produção total. As diferenças entre
as CGCs das linhagens do grupo I foram mais nítidas do que entre as linhagens
do grupo II. Isto ocorreu devido à maior divergência genética existente entre as
linhagens do grupo I, que constituem pelo menos três grupos de genealogias
distintas. as linhagens do grupo II têm comportamentos menos divergentes,
por possuírem background genotípico comum.
No grupo de genitores femininos, destacaram-se, pelos altos valores das
estimativas de CGC, considerando todas as características avaliadas, as
linhagens 2 (TOM-695), 3 (TOM-696), 8 (TOM-698) e 9 (TOM-699). Os
valores de CGC apresentados pelas linhagens 2, 3 e 8 se situaram entre os
maiores para as características: produção total, produção precoce e massa média
dos frutos. A linhagem 9 apresentou estimativas da CGC positiva e de alta
magnitude para produção total, massa média dos frutos e meia vida da firmeza.
No grupo II, a linhagem 2’(TOM-684) apresentou valores positivos de CGC
para produção total e produção precoce, enquanto a linhagem 1’(TOM-700)
exibiu valores positivos para massa média dos frutos, firmeza inicial e meia vida
da firmeza.
O híbrido 2 x 1’ [F
1
(TOM-695 x TOM-700)] apresentou a maior
estimativa de s
ij
para produção total, produção precoce e massa média por frutos,
24
com valores respectivos de 17,739 t.ha
-1
; 1,124 t.ha
-1
e 6,410 g.fruto
-1
. Para
firmeza inicial e meia vida da firmeza, este mesmo híbrido apresentou valores
positivos para CEC que, no entanto, não diferiram significativamentes das CEC
dos demais híbridos. As estimativas de s
ij
para os híbridos 9 x 1’[F
1
(TOM-699 x
TOM-700)] e 3 x 2’ [F
1
(TOM-696 x TOM-694)] ficaram entre as maiores para
produção total, produção precoce e massa média dos frutos.
25
4 CONCLUSÃO
1. As linhagens genitoras 2 (TOM-695), 3 (TOM-696) e 8 (TOM-698), do
grupo I, se destacaram por exibir as maiores estimativas de CGC para as
características produção total, produção precoce e massa média dos frutos. A
linhagem 9 (TOM-699) apresentou estimativas da CGC positivas e de alta
magnitude para produção total, massa média dos frutos e meia vida da
firmeza. A linhagem 2’(TOM-684), do grupo II, apresentou valores
positivos de CGC para produção total e produção precoce, enquanto a
linhagem 1’(TOM-700) exibiu valores positivos para massa média dos
frutos, firmeza inicial e meia vida da firmeza.
2. O híbrido 2 x 1’ [F
1
(TOM-695 x TOM-700)] apresentou a maior estimativa de
sij para produção total, produção precoce e massa média dos frutos, e
também a maior estimativa de g
i
+g
j
+s
ij
, constituindo um híbrido bastante
promissor para ser lançado comercialmente.
3. Os efeitos gênicos aditivos foram mais importantes para produção precoce,
massa média dos frutos e formato dos frutos, enquanto, para produção total,
os efeitos aditivos e não aditivos tiveram importância semelhantes.
26
AGRADECIMENTOS
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes), à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
(Fapemig), ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq), à Universidade Federal de Lavras e à empresa HortiAgro Sementes
Ltda.
27
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oct. 2001.
34
Caracterização de genótipos de tomateiro assistida por marcadores
moleculares para resistência a begomovírus e tospovírus
(Preparado de acordo com as normas da revista Pesquisa Agropecuária
Brasileira-PAB)
Daniela Aparecida de Castro Nizio
1
, Wilson Roberto Maluf
2
e Antônia dos Reis
Figueira
3
.
(1)
Departamento de Biologia,
(2)
Departamento de Agricultura,
(3)
Departamento de
Fitopatologia, Universidade Federal de Lavras. Caixa Postal 3037, CEP 37200-
000. Lavras, MG. E-mail: dani[email protected].br, [email protected],
Resumo Objetivou-se, com este trabalho, avaliar genótipos de tomateiro
quanto à resistência a begomovírus e caracterizar, por meio dos marcadores
moleculares SCAR Sw-421 e SSR-47, híbridos de tomateiro de mesa com
potencial comercial, portadores dos alelos de resistência a begomovírus e
tospovírus Ty-1 e Sw-5, respectivamente. Os 24 híbridos experimentais com
constituição genotípica Ty-1/Ty-1
+
, após inoculados via enxertia,
apresentaram
sintomas intermediários, quando comparados às linhagens homozigotas (Ty-
1/Ty-1) e genótipos suscetíveis (Ty-1
+
/Ty-1
+
) __ um indicativo da dominância
incompleta do alelo Ty-1 __ e foram considerados resistentes (com resistência
parcial) a begomovirus. Os bridos experimentais TEX-246, TEX-261, TEX-
253, TEX-256, TEX-262, TEX-252, TEX-251 e TEX-268 aliaram médias
elevadas, tanto para produção total quanto para massa média dos frutos. tendo os
híbridos TEX-246, TEX-253, TEX-256, TEX-262 e TEX-252 apresentado
também valores elevados para meia vida da firmeza. Portanto, constituem
híbridos competitivos comercialmente, quando comparados aos padrões
comerciais. Os marcadores moleculares Sw-421 e SSR-47 foram eficientes para
caracterizar genótipos portadores dos alelos Sw-5 e Ty-1. Os resultados das
avaliações de resistência a begomovírus, obtidos por meio da enxertia,
concordam com os obtidos com o marcador molecular SSR-47.
35
Termos para indexação: Lycopersicon esculentum, geminivírus, resistência,
microssatélite, SCAR.
36
Marker-assisted fingerprinting of tomato genotypes for resistance to
begomovirus and tospovírus
Abstract Experiments were designed to assess tomato genotypes for
begomovirus resistance, and to assess SCAR Sw-421 and SSR-47 fingerprinting
patterns associated with alleles Ty-1 and Sw-5 (for begomovirus and tospovirus
resistance, respectively) in fresh market tomato hybrids with commercial
potential. Experimental genotypes heterozygous in the Ty-1 locus, inoculated
with begomovirus via grafting of infected scions, showed intermediate
symptoms between those of homozygous Ty-1/Ty-1 lines and those of
susceptible genotypes (Ty-1
+
/Ty-1
+
), __ an indicative of incomplete dominance
of the Ty-1 allele __ and were considered to possess a degree of partial
resistance to begomovirus. The experimental hybrids TEX-246, TEX-261,
TEX-253, TEX-256, TEX-262, TEX-252, TEX-251 and TEX-268 combined
high total yields with high mean fruit mass. Hybrids TEX-246, TEX-253, TEX-
256, TEX-262, TEX-252 showed in addition longer half-life for fruit firmness,
and were thus considered competitive with current commercial hybrids used as
checks. The molecular markers Sw-421 and SSR-47 were effective for
fingerprinting of tomato genotypes bearing the resistance alleles Sw-5 and Ty-1.
The graft-induced infection o begomovirus showed symptoms in the genotypes
tested that are cohering with the results of fingerprinting with the marker SSR-
47.
Index terms: Lycopersicon esculentum, geminivirus, resistance, microsatellite,
SCAR.
37
1 INTRODUÇÃO
As geminiviroses (causadas por vírus da família Geminiviridae) e as
tospoviroses são doenças que têm causado perdas significativas na cultura do
tomateiro nas principais regiões do mundo onde essa solanácea é cultivada
(German et al., 1992; Pozzer et al., 1996; Faria et al., 2000; Morione & Navas-
Castillo, 2000).
Os gêneros dentro de Geminiviridae são classificados de acordo com
seus vetores, as plantas hospedeiras e a organizão do genoma. O gênero que
infecta o tomate (Lycopersicon esculentum Mill.) tem sido classificado como
Begomovirus, sendo transmitido pela mosca-branca do gênero Bemisia. Os
Begomovirus podem apresentar genoma bipartido, com duas moléculas de DNA
(DNA-A e DNA-B), ou também pode apresentar genoma monopartido. O
tomate é naturalmente infectado por cerca de 60 begomoviroses em todo o
mundo (Fauquet et al., 2000; Jones, 2003). No Brasil, diversos surtos de
begomoviroses em tomate têm sido observados, principalmente após a
introdução do biótipo B (B. argentifolii) do vetor Bemisia tabaci e, hoje, além de
quatro espécies reconhecidas, outras dez espécies ‘provisórias’ de begomovírus
têm sido identificadas infectando tomate (Ribeiro et al., 2003). Os principais
sintomas após a infecção por begomovírus em tomate são: enrolamento da folha,
epinastia, mosaico dourado, rugoses, cloroses nervais, cloroses internervais,
mosqueado e atrofia, resultando em redução da floração, paralisação no
crescimento, com conseqüente perda na produção, principalmente se a infecção
das plantas ocorrer nos estádios iniciais de desenvolvimento (Ribeiro et al.,
1994; Rezende et al., 1996).
Os tospovírus pertencem à família Bunyaviridae, apresentando partículas
quase isométricas com um envoltório lipídico e diâmetro variando de 70 a 110
38
nm. São responsáveis por causar o conjunto de sintomas denominado
vulgarmente no Brasil como vira-cabeça-do-tomateiro e assumem grande
importância como doença da cultura, principalmente nas épocas mais quentes do
ano, em diferentes regiões do mundo (German et al.,1992; Pozzer et al., 1996).
Os sintomas mais comuns em tomateiro são: manchas anelares com ou sem
áreas bronzeadas nos frutos e folhas, acúmulo de antocianina nas extremidades
das folhas jovens, necroses estriadas nas hastes e ramos, freqüentemente no topo
da planta (Francki et al., 1991; Ávila et al., 1993a,b; Nagata et al., 1995).Na
natureza, são transmitidos por dez espécies de tripes de maneira circulativa
propagativa (Webb et al., 1998; Nakahara & Monteiro, 1999).
O desenvolvimento de cultivares de tomate com resistência às espécies
de Begomovirus e Tospovirus constitui o melhor método para o controle das
doenças por eles causados. Dentre as espécies selvagens de Lycopersicon,
algumas têm sido utilizadas como fonte de alelos de resistência para serem
transferidos às cultivares comerciais. A espécie selvagem Lycopersicon chilense
Dun., fonte do alelo Ty-1, abrange diversos acessos com alto nível de resistência
a isolados de begomovírus da França, Israel, Flórida (EUA) e das Américas
(Zakay et al., 1991). Alguns acessos tolerantes a begomovírus com genoma
monopartido na Europa, a partir da introgressão do alelo Ty-1 de L. chilense,
foram também tolerantes a alguns isolados de Begomovirus bipartidos (Santana
et al., 2001; Matos et al., 2003), os quais predominam no Brasil (Ribeiro et al.,
2003; Inoue-Nagata et al., 2004; Fernandes, et al., 2008).
Resistência a tospovirus tem sido identificada em acessos do gênero
Lycopersicon. Atualmente, as cultivares Stevens (cultivar comercial com
resistência proveniente de L. peruvianum) e Rey de Los (com resistência
proveniente de L. esculentum) constituem as principais fontes utilizadas no
controle genético do “vira-cabeça” nos programas de melhoramento em
andamento no país (Juliatti & Maluf, 1995; Lourenção et al., 1999; Ferraz et al.,
39
2003). A resistência da cultivar Stevens a tospovírus é controlada por um alelo,
denominado Sw-5 com interação alélica de dominância (Stevens et al., 1992),
enquanto na cultivar Rey de Los Tempranos a resistência é controlada por pelo
menos de 1 a 3 genes com interação alélica de dominância parcial (Juliatti &
Maluf, 1995). Populações derivadas da cultivar Stevens, normalmente,
apresentam altos níveis de resistência aos isolados brasileiros (Boiteux &
Giordano, 1993).
O procedimento de transmissão de vírus é fundamental para o estudo de
doenças viróticas (Jeffries, 1998; Franc & Banttari; 2001). A avaliação da
resistência de plantas a um vírus é freqüentemente baseada em inoculações
mecânicas. No entanto, é relatado que a infecção sistêmica de tomateiros por
begomoviroses quase nunca ocorre, portanto, alternativas têm sido encontradas.
Métodos adequados de inoculação devem garantir 100% de infecção em plantas
suscetíveis e evitar que genótipos tolerantes sejam descartados. Embora
demorada, a inoculação por enxertia tem sido utilizada com alta eficiência de
infecção (Kasrawi et al., 1988). Possui também a vantagem de não depender da
disponibilidade do inseto-vetor.
No processo de transferência de alelos de resistência, os marcadores
moleculares do DNA podem ser uma ferramenta bastante útil. Esses marcadores,
se estreitamente ligados aos alelos de resistência, podem ser usados na seleção
assistida por marcadores (SAM), particularmente nas etapas iniciais e
intermediárias do melhoramento. O uso da seleção indireta de plantas resistentes
por meio de marcadores leva a resultados mais rápidos, além de não depender de
condições ambientais para realizar a seleção. A seleção de plantas resistentes a
tospovírus vem sendo realizada por meio de um marcador molecular do tipo
SCAR, ligado a 1,0 cM do gene Sw-5 (Nogueira, 2005). O marcador molecular
SSR-47, associado ao alelo Ty-1, foi eficiente na seleção de plantas resistentes a
begomovírus (Nogueira et al., 2007). Este trabalho foi realizado com os
40
objetivos de avaliar, via enxertia, linhagens e híbridos de tomateiro quanto à
resistência a begomovírus e caracterizar, por meio de marcadores moleculares,
híbridos de tomateiro de mesa com potencial comercial, resistentes a
begomovírus e tospovírus, portadores, respectivamente, dos alelos de resistência
Ty-1 e Sw-5.
41
2. MATERIAL E MÉTODOS
Obtenção dos híbridos
Vinte e quatro híbridos experimentais foram obtidos pelo cruzamento
entre linhagens avançadas de tomateiro, cujas descrições se encontram no
Quadro 1.
Avaliação de genótipos de tomateiro quanto à resistência a begomovírus via
inoculação por enxertia
Os experimentos foram realizados em casas de vegetação e no
Laboratório de Virologia Molecular do Departamento de Fitopatologia da
Universidade Federal de Lavras, entre agosto de 2007 e março de 2008.
Foram utilizados 24 híbridos
experimentais F
1
,
obtidos por cruzamentos
entre linhagens avançadas de tomateiro, 9 linhagens avançadas presumivelmente
resistentes a begomovírus (que foram utilizadas como doadoras de pólen na
obtenção dos híbridos anteriormente citados) e 4 híbridos comerciais
sabidamente suscetíveis a begomovírus (que foram utilizados como
testemunhas). No Quadro 2 estão relacionados os híbridos e as linhagens
avaliadas.
42
QUADRO 1. Descrição dos genitores utilizados na obtenção dos híbridos
experimentais.
Genitores femininos Descrição
TOM-694, TOM-695,
TOM-696, TOM-697
Linhagens com background comum, do tipo
Santa Clara, de crescimento indeterminado.
Resistências Sw-RT e Ty-1.
TOM-691, TOM-692,
TOM-693
Linhagens com background comum, do tipo
Rio Grande, de crescimento determinado.
Resistências Sw-5 e Ty-1.
TOM-698 e TOM-699
Linhagens com background comum, do tipo
Rio Grande, de crescimento determinado.
Resistências Sw-RT e Ty-1.
Genitores masculinos
TOM-700 e TOM-684
Linhagens com background comum, do tipo
Santa Clara, de crescimento indeterminado.
Resistências a Mi e Sw-5.
TOM-598 e TOM-658
Linhagens com background comum, do tipo
Rio Grande, de crescimento indeterminado.
Resistência a Mi.
Resistências: Mi = Meloidogyne spp.; Sw-5 = Tosporus, fonte de resistência:
cv. Stevens; Sw-RT = resistência a Tospovirus, fonte de resistência: ‘Rey de Los
Tempranos’; Ty-1 = Begomovirus.
43
QUADRO 2. Relação dos genótipos de tomateiro avaliados.
IDENTIFICAÇÃO TIPO
TEX-245 = F
1
(TOM-694 x TOM-700) Híbrido experimental
TEX-246 = F
1
(TOM-695 x TOM-700) Híbrido experimental
TEX-247 = F
1
(TOM-696 x TOM-700) Híbrido experimental
TEX-248 = F
1
(TOM-697 x TOM-700) Híbrido experimental
TEX-249 = F
1
(TOM-691 x TOM-700) Híbrido experimental
TEX-250 = F
1
(TOM-692 x TOM-700) Híbrido experimental
TEX-251 = F
1
(TOM-693 x TOM-700) Híbrido experimental
TEX-252 = F
1
(TOM-698 x TOM-700) Híbrido experimental
TEX-253 = F
1
(TOM-699 x TOM-700) Híbrido experimental
TEX-254 = F
1
(TOM-694 x TOM-684) Híbrido experimental
TEX-255 = F
1
(TOM-695 x TOM-684) Híbrido experimental
TEX-256 = F
1
(TOM-696 x TOM-684) Híbrido experimental
TEX-257 = F
1
(TOM-697 x TOM-684) Híbrido experimental
TEX-258 = F
1
(TOM-691 x TOM-684) Híbrido experimental
TEX-259 = F
1
(TOM-692 x TOM-684) Híbrido experimental
TEX-260 = F
1
(TOM-693 x TOM-684) Híbrido experimental
TEX-261 = F
1
(TOM-698 x TOM-684) Híbrido experimental
TEX-262 = F
1
(TOM-699 x TOM-684) Híbrido experimental
TEX-263 = F
1
(TOM-694 x TOM-598) Híbrido experimental
TEX-264 = F
1
(TOM-691 x TOM-598) Híbrido experimental
TEX-265 = F
1
(TOM-698 x TOM-598) Híbrido experimental
TEX-266 = F
1
(TOM-694 x TOM-658) Híbrido experimental
TEX-267 = F
1
(TOM-691 x TOM-658) Híbrido experimental
TEX-268 = F
1
(TOM-698 x TOM-658) Híbrido experimental
Bônus F
1
Híbrido comercial
Bravo F
1
Híbrido comercial
Débora Max Híbrido comercial
Pérola F
1
Híbrido comercial
TOM-691 Linhagem genitora
TOM-692 Linhagem genitora
TOM-693 Linhagem genitora
TOM-694 Linhagem genitora
TOM-695 Linhagem genitora
TOM-696 Linhagem genitora
TOM-697 Linhagem genitora
TOM-698 Linhagem genitora
TOM-699 Linhagem genitora
44
Multiplicação do inoculo, enxertia e avaliação dos tratamentos quanto à
resistência a begomovírus
Para multiplicação do inoculo, plantas de tomate da cultivar Santa Clara,
(suscetível a begomovírus) foram enxertadas com estacas (de partes apicais
apresentando sintomas severos) de plantas contaminadas com uma estirpe de
begomovírus identificada como tal no laboratório de Virologia Vegetal da
Universidade Federal de Lavras.
Sementes dos 37 tratamentos foram semeadas em bandejas de isopor de
128 células, em substrato Plantimax®. Após 18 dias, as mudas foram
transplantadas para vasos com capacidade para 2kg e mantidas em casa de
vegetação. A enxertia por garfagem foi realizada 15 dias após o transplantio,
utilizando-se estacas das plantas de tomateiro da cultivar Santa Clara (com
sintomas nítidos e severos da infecção por begomovírus) que foram exertadas
nas plantas a serem avaliadas.
As avaliações foram realizadas por planta, aos 28, 37, 46 e 60 dias após a
enxertia, levando-se em consideração os sintomas nas brotações novas, por meio
de uma escala de notas de 1 a 5 em que:
1 = ausência de sintomas;
2 = maioria das folhas com sintomas brandos como leve mosaico e leve
rugosidade;
3 = algumas folhas com rugose nítida; sintomas variando de clorose em
até 50% da área foliar a leves deformações nas folhas;
4 = maioria das folhas com rugosidade severa, clorose acima de 50% da
área foliar, folhas deformadas;
5 = folhas com rugosidade severa, enrolamento das folhas,
encarquilhamento, clorose e deformações severas.
Para efeito de classificação dos genótipos quanto aos veis de
resistência, adotou-se o seguinte critério de notas:
45
. nota 1: altamente resistente;
. nota acima de 1 até 2 inclusive: resistente;
. nota acima de 2 até 3, inclusive: parcialmente resistente;
. nota acima de 3 até 4, inclusive: suscetível;
. nota acima de 4: altamente suscetível.
O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado
(DIC), com 37 tratamentos e 4 repetições, sendo cada planta uma repetição. A
temperatura da casa de vegetação variou de 25ºC a 35ºC e a umidade relativa do
ar variou de 60% a 100%. As diferenças entre tratamentos foram verificadas
pelo teste de Duncan. Foram estimados contrastes entre os genótipos resistentes
homozigotos, heterozigotos e homozigotos suscetíveis e, por meio desses, foi
estimado o grau médio de dominância do loco Ty-1.
Caracterização de genótipos de tomateiro quanto à presença do alelo Ty-1
que confere resistência a begomovírus
Nesta etapa foram avaliados todos os tratamentos listados no Quadro 2
além das testemunhas: TEX-143 (Ty-1/Ty-1
+
), LA-3473 (Ty-1/Ty-1) e LA-3475
(Ty-1
+
/Ty-1
+
), os quais são heterozigoto, homozigoto resistente e homozigoto
suscetível, para o loco Ty-1, respectivamente.
O DNA dos genótipos foi extraído em microtubos de 1,5 ml, a partir de
120 miligramas de tecido foliar, conforme sugerido por Ferreira & Gratapaglia
(1998) com adaptações. O DNA foi extraído de um bulk, composto por tecido
foliar de 8 plantas de cada tratamento.
A extração do DNA foi realizada da mesma forma como descrito
anteriormente. Para a reação de PCR, foi obtido um mix por amostra
(tratamento) contendo: 2,5 µL de tampão PCR 10X; 0,75 µL MgCl
2
50 mM;
0,50µL de dNTP 10 mM; 1,25 µL de cada primer (foward e reverse) do
marcador SSR-47, 10 mM; 0,25 µL Taq polimerase 1 unidade; 1,0 µL de DNA
46
20-50 ng; 17,5 µL de H
2
O ultrapura altoclavada. A amplificação foi inicialmente
conduzida por 5min/94ºC, seguido por 35 ciclos de 30 s/94ºC; 45 s/45ºC e 2
min/72ºC. A reação final de elongação foi de 5 min/72ºC. Para a realização da
eletroforese foram utilizados 11,5 µL do produto da PCR de cada amostra e
pipetados em 4,0 µL de corante azul de bromofenol 1X. A fixação dos
fragmentos foi feita em gel de poliacrilamida 15% e tampão TBE 1X. A
coloração foi feita com brometo de etídio e as bandas no gel foram visualizadas
em luz ultravioleta a 260nm e fotografadas.
O marcador SSR-47 (Sol genomics network, 2008) leva à replicação de
fragmentos de DNA com 191pb quando o genótipo é homozigoto resistente, 180
pb quando é homozigoto suscetível e amplificação dos dois segmentos
quando o genótipo é heterozigoto para o loco Ty-1 (Nogueira & Maluf, 2007,
informação pessoal). O padrão de bandas obtido foi comparado com as
testemunhas.
Caracterização de genótipos de tomateiro quanto à presença do alelo Sw-5
que confere resistência a tospovírus
Vinte e quatro híbridos experimentais mais quatro híbridos comerciais
foram avaliados nesta estapa (Quadro 1). Um genótipo sabidamente suscetível a
tospovírus, denominado A-9, foi utilizado como testemunha.
A extração do DNA foi realizada da mesma forma como descrito
anteriormente. Para a reação de PCR, foi obtido um mix por amostra contendo:
2,5 µL de tampão PCR 10X; 0,75 µL MgCl
2
50 mM; 0,50µL de dNTP 10 mM;
1,25 µL de cada primer (foward e reverse) do marcador Sw-421, 10 mM; 0,25
µL Taq polimerase 1 unidade; 1,0 µL de DNA 20-50 ng; 17,5 µL de H
2
O
ultrapura autoclavada. A amplificação foi inicialmente conduzida por 30 s/94ºC,
seguido por 35 ciclos de 20 s/94ºC; 20 s/55ºC e 2 min/72ºC. A reação final de
elongação foi de 6 min/72ºC. Para realização da eletroforese, foram utilizados
47
2,5 µL do produto da PCR de cada amostra (tratamento) e pipetados em 4,0 µL
de corante azul de bromofenol 1X. A fixação dos fragmentos foi feita em gel de
agarose 0,7% (preparado com corante Biotium) e TBE 0,5X a 100V. As bandas
no gel foram visualizadas em luz ultravioleta, a 260nm e fotografadas. O
marcador Sw-421 está situado a 1,0 cM do gene Sw-5, que confere resistência a
tospovírus e caracteriza-se por amplificar fragmentos de DNA de 940 pares de
base (pb), quando o genótipo é homozigoto resistente, 900 pb quando é
suscetível. Genótipos heterozigotos apresentam as bandas correspondentes aos
dois fragmentos, pelo fato de o marcador Sw-421 ser codominante (Stevens et
al., 1996; Menezes et al., 2004; Nogueira, 2005).
Avaliação agronômica
O experimento constituiu-se de 24 híbridos experimentais e 4 híbridos
comerciais (Quadro 1). A semeadura foi realizada em bandejas de isopor de 128
células em substrato Plantimax® e, após 23 dias, as mudas foram transplantadas
para o campo. O experimento foi conduzido no delineamento em blocos
casualisados com 28 tratamentos e 3 repetições. Cada parcela constituiu-se de
uma fileira com 12 plantas. O espaçamento utilizado foi de 1,00 m entre linhas,
0,50 m entre plantas, equivalente a 20.000 plantas/ha. As adubações de plantio e
de cobertura e os tratos culturais e fitossanitários seguiram recomendações
específicas para a cultura do tomateiro. As plantas foram conduzidas em haste
única com tutoramento vertical. Foram realizadas 13 colheitas, no período de 19
de junho a 23 de agosto de 2007 e as seguintes características foram avaliadas:
produção total de frutos (expressa em t.ha
-1
), produção precoce de frutos
(referente às quatro primeiras colheitas, expressa em t.ha
-1
), massa média dos
frutos (g.fruto
-1
), firmeza inicial do fruto no estádio breaker de maturação
(expressa em 10
4
N.m
-2
) e meia-vida da firmeza (expressa em dias).
48
A firmeza dos frutos foi medida segundo a técnica de aplanação não-
destrutiva desenvolvida por Calbo & Calbo (1989) e Calbo & Nery (1995), e as
meias-vidas da firmeza calculadas segundo Cá (2005) e Faria (2006).
49
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Avaliação de genótipos de tomateiro quanto à resistência a begomovírus via
inoculação por enxertia
Ocorreram diferenças significativas entre as notas para resistência a
begomovírus entre os tratamentos, nas quatro avaliações realizadas (Tabela 1).
As médias das notas aos 28 dias após a enxertia (DAE) variaram de 1,00,
para as linhagens TOM-694, TOM-698 e TOM-696 a 3,80, para os tratamentos
Débora Max e Bônus F
1
(Tabela 2). Alguns híbridos experimentais, aos 28 DAE
apresentaram notas semelhantes à dos híbridos comerciais suscetíveis a
begomovírus. Dos 24 híbridos experimentais, três apresentaram notas acima de
3,00. Nesta fase (28 DAE), as plantas apresentavam um pequeno ramo próximo
ao local do enxerto e os híbridos experimentais exibiram sintomas semelhantes
às testemunhas suscetíveis em alguns casos.
Aos 37, 46 e 60 dias, os híbridos comerciais suscetíveis obtiveram notas
médias acima de 3,50, as quais diferiram significativamente dos demais
tratamentos (Tabela 2). Aos 37 DAE, todos os 24 híbridos experimentais
apresentaram notas iguais ou menores a 3,00. Aos 46 e 60 DAE, as notas médias
apresentadas pelos híbridos experimentias situaram-se entre 2,0 e 3,0 e, portanto,
foram caracterizados como parcilamente resistentes. Os híbbridos comerciais
foram classificados como altamente suscetíveis, por exibirem notas médias
acima de 4,0 aos 46 e 60 DAE. No decorrer das avaliações, foi possível observar
que as notas exibidas pela maioria dos híbridos experimentais tenderam a
diminuir. Este fato ocorreu devido ao surgimento de brotações novas mais
distantes do ponto de enxertia, com sintomas mais atenuados. Esta ocorrência se
explica pelo fato de o alelo Ty-1 interferir na proteína viral responsável pela
circulação do vírus na planta (movimento célula a célula) (Giordano et al., 1994;
50
Michelson et al., 1994; Zamir et al., 1994), dificultando a disseminação
sistêmica das partículas virais do enxerto para as brotações mais novas da planta.
Os híbridos experimentais responderam à infecção por begomovírus de
forma semelhante aos genótipos heterozigotos para o loco Ty-1 em ensaios
realizados no continente Europeu, Oriente Médio e no Brasil (Rom et al., 1993;
Lapidot et al. 1997; Boiteux, et al., 2007), onde foi observada a presença de
plantas sintomáticas e com multiplicação sistêmica do vírus. No entanto, em
todos os ensaios a expressão dos sintomas nos híbridos heterozigotos foi mais
suave do que aquela apresentada pelos híbridos suscetíveis. No presente
trabalho, as linhagens se destacaram por apresentarem notas mais baixas
(algumas próximas de 1,00) em todas as avaliações, caracterizando, portanto,
genótipos resistentes a begomovírus. Boiteux et al. (2007) verificaram que
genótipos heterozigotos (Ty-1/Ty-1
+
) e homozigotos suscetíveis (Ty-1
+
/Ty-1
+
)
apresentaram 35% e 95%, respectivamente, de plantas exibindo sintomas de
infecção por begomovírus após serem submetidos a condições de inóculo natural
sob elevada densidade populacional de moscas-brancas virulíferas. No entanto,
não foram avaliados genótipos homozigotos resistentes (Ty-1/Ty-1).
As estimativas dos contrastes ‘Genótipos homozigotos resistentes vs.
genótipos suscetíveis’, ‘Genótipos heterozigotos vs. genótipos suscetíveis’ e
‘Genótipos homozigotos resistentes vs. genótipos heterozigotos’ foram
significativas para as quatro avaliações (Tabela 3). As estimativas dos efeitos
gênicos aditivos foram significativas para todas as avaliações e os efeitos de
dominância apresentaram significância aos 37, 46 e 60 dias após a enxertia
(Tabela 3).
No contraste entre genótipos homozigotos suscetíveis vs. genótipos
homozigotos resistentes, os suscetíveis tiveram, em média, 2,12; 2,63; 2,89 e
3,04 pontos a mais na escala de sintomas do que os genótipos homozigotos
resistentes, aos 28, 37, 46 e 60 dias após a enxertia, respectivamente. Por outro
51
lado, os genótipos suscetíveis exibiram, em média, 0,86; 1,54; 2,12 e 2,48
pontos da escala de sintomas a mais que os genótipos heterozigotos, aos 28, 37,
46 e 60 dias após a enxertia, respectivamente, como mostrado no contraste entre
genótipos suscetíveis vs. genótipos heterozigotos. Este resultado demonstra que
os genótipos heterozigotos exibem sintomas sensivelmente mais brandos
comparativamente aos suscetíveis, porém, mais acentuados comparativamente
aos homozigotos resistentes. O loco Ty-1 confere reação de tolerância
(resistência parcial) contra distintas espécies de Begomovirus (Santana et al.,
2001; Matos et al., 2003; Boiteux et al., 2007). Assim, mesmo algumas plantas
homozigotas para o loco Ty-1, exibem sintomas da infecção sistêmica pelo vírus.
A significância do contraste entre genótipos heterozigotos vs. genótipos
homozigotos resistentes (Tabela 3) confirma o fato de que os genótipos
homozigotos para o loco Ty-1 são mais resistentes a begomovírus que os
genótipos heterozigotos, os quais, por sua vez, são mais resistentes que os
suscetíveis.
As estimativas do grau de dominância (A/D) do loco Ty-1, aos 28 e aos
37 dias após a enxertia (0,19 e -0,17, respectivamente), caracterizaram a
predominância dos efeitos aditivos na expressão da resistência a begomovírus.
Aos 46 e aos 60 dias após a enxertia, os valores de A/D situaram-se entre 0 e -1
(-0,47 e -0,63; respectivamente), evidenciando dominância incompleta do alelo
Ty-1, da mesma forma como verificado por Michelson et al. (1994) e Zamir et
al. (1994). A dominância parcial caracterizada pelo Ty-1 possibilita a obtenção
de híbridos de tomateiro com níveis de resistência a Begomovírus. Entretanto, o
desenvolvimento de híbridos homozigotos para o loco Ty-1, com maiores níveis
de resistência, enfrenta limitação, devido aos alelos Ty-1 (que confere tolerância
ou resistência parcial a begomovirus) e Mi (alelo que confere resistência ao
nematóide das galhas, Meloidogyne spp.) estarem ligados em fase de repulsão
52
(Zamir et al., 1994, Pan et al., 2000), o que dificulta a obtenção de linhagens
resistentes, simultaneamente, a begomovírus e nematóides.
Caracterização molecular de genótipos de tomateiro quanto à presença dos
alelos Sw-5 e Ty-1 que conferem resistência a tospovírus e begomovírus,
respectivamente
Os padrões de bandas correspondentes aos locos Sw-5 e Ty-1, exibidos
pelos tratamentos, estão apresentados nas Figuras 1 e 2. Os padrões de bandas
do marcador SSR-47 apresentados pelos tratamentos foram comparados com os
apresentados pelas testemunhas LA-3473 (Ty-1/Ty-1, homozigoto resistente),
LA-3475 (Ty-1
+
/Ty1
+
, homozigoto suscetível) e TEX-143 (Ty-1
+
/Ty-1,
heterozigoto), os quais apresentaram, respectivamente, uma banda superior (de
191pb), uma banda inferior (de 180pb) e as duas bandas (pelo fato de o
marcador ser codominante). O padrão de bandas apresentado pelas testemunhas
e também de alguns dos híbridos avaliados pode ser visto na Figura 1. Os 24
híbridos experimentais foram caracterizados, por meio do marcador molecular
SSR-47, como heterozigotos para o loco Ty-1, pelo fato de terem apresentado
duas bandas, correspondentes a fragmentos de DNA amplificados de 191pb e
180 pb, respectivamente. Estes bridos, portanto, são portadores do alelo Ty-1
que confere resistência parcial a begomovírus. Os híbridos comerciais
apresentaram padrão de bandas semelhantes ao da testemunha suscetível LA-
3475 e são suscetíveis a begomovírus. As linhagens avançadas utilizadas como
genitoras na obtenção dos híbridos experimentais apresentaram padrão de banda
semelhante ao da testemunha resistente LA-3473 e são, portanto, resistentes a
begomovírus e homozigotas para o loco Ty-1.
Nogueira et al. (2007) verificaram a efeciência do marcador SSR-47 em
selecionar genótipos portadores do alelo Ty-1.
53
FIGURA 1. Padrão eletroforético de fragmentos de DNA amplificados para o
marcador SSR-47 em genótipos de tomateiro; L- Ladder ; 1- TEX-
245; 2-TEX-249; 3-TEX-253; 4-TEX-143; 5-LA 3473; 6- LA
3475; 7-TEX-260; 8-TEX-265.
As descrições dos tratamentos referentes à constituição genotípica dos
locos Sw-5 e Ty-1 estão apresentadas na Tabela 5.
O padrão de bandas apresentado por alguns dos híbridos avaliados
encontra-se na Figura 2. Os fragmentos de DNA amplificados com a utilização
do marcador do tipo SCAR Sw-421 apresentaram bandas correspondentes a 940
e 900 pb, que correspondem ao esperado para esse marcador (Stevens et al.,
1996; Menezes et al., 2004; Nogueira, 2005). Duas bandas foram observadas em
14 dos 24 híbridos experimentais (TEX-245, TEX-246, TEX-247, TEX-248,
TEX-252, TEX-253, TEX-254, TEX-255, TEX-256, TEX-257, TEX-261, TEX-
262, TEX-264, e TEX-267) e para os híbridos comerciais Bônus F
1
e Pérola F
1
,
o que os caracteriza como heterozigotos (H) para o loco Sw-5, confirmando o
mecanismo de herança do marcador do tipo codominante (Stevens et al, 1996).
Os tratamentos TEX-249, TEX-250, TEX-251, TEX-258, TEX-259, TEX-260 e
Bravo F
1
apresentaram padrões de bandas carcterísticos de genótipos
homozigotos resistentes (R) a tospovírus, portadores do alelo Sw-5. Cultivares
portadoras do alelo Sw-5, normalmente, apresentam altos níveis de resistência
0,5 kb
L 1 2 3 4 5 6 7 8
54
aos isolados de tospovírus brasileiros (Boiteux & Giordano, 1993). Cinco
tratamentos exibiram padrões de bandas semelhantes ao da testemunha A-9
(suscetível a tospovírus), os quais foram os híbridos experimentais TEX-263,
TEX-265, TEX-266, TEX-268 e o brido comercial Débora Max. Embora não
apresentem o alelo Sw-5, os híbridos experimentais TEX-263, TEX-265, TEX-
266, TEX-268 são portadores do(s) alelos(s) de resistência a tospovírus
proveniente da cultivar de L. esculentum Rey de Los Tempranos. Maluf et al.
(1991), descrevendo os avanços obtidos no melhoramento de tomateiro para
resistência a tospovírus, fizeram uso de ‘Rey de Los Tempranos’ como um dos
parentais e confirmaram-no como fonte de resistência o que, posteriormente,
também foi constatado por Juliatti (1994) e Cambraia (1997).
O marcador Sw-421 permite selecionar, com boa margem de segurança,
plantas com o alelo Sw-5, uma vez que a distância entre o marcador e o loco Sw-
5 é de apenas 1,0 cM (Stevens et al., 1996; Menezes et al., 2004; Nogueira,
2005).
55
FIGURA 2. Padrão eletroforético de fragmentos de DNA amplificados para o
marcador Sw-421, em genótipos de tomateiro; L- Marcador
Ladder 100 kb; 1- TEX-245; 2-TEX-246; 3-TEX-247; 4-TEX-
248; 5-TEX-249; 6-TEX-250; 7- TEX-251; 8-TEX-252; 9-TEX-
253; 10-TEX-254; 11-TEX-255; 12-TEX-256; 13- TEX-257; 14-
TEX-258; 15-TEX-259; 16-TEX-260; 17-TEX-261; 18-TEX-262;
19- TEX-263; 20-TEX-264; 21- Débora Max; 22-A9. R:
resistente; H: heterozigoto resistente; S: suscetível.
Avaliação agronômica
Além da resistência às principais pragas e doenças, é necessário que as
cultivares de tomateiro a serem lançadas no mercado tenham características
agronômicas desejáveis e que sejam melhores ou semelhantes às principais
cultivares atualmente disponíveis.
Os rendimentos médios por hectare dos híbridos experimentais oscilaram
de 108,89 t.ha
-1
, para o híbrido TEX-246 a 54,22 t.ha
-1
, para TEX-267. Das
testemunhas comerciais, o híbrido Bravo F
1
foi o que apresentou maior produção
total (100,75 t.ha
-1
), porém, não diferiu estatisticamente dos demais híbridos
H H H H R R R H H H H H H R R R H H S H S S H S H R H S S
L 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
H H H H R R R H H H H H H R R R H H S H S S H S H R H S S
L 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
1.0 kb
H H H H R R R H H H H H H R R R H H S H S S H S H R H S S
L 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
H H H H R R R H H H H H H R R R H H S H S S H S H R H S S
L 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
1.0 kb
56
comerciais Débora Max, Pérola F
1
e Bônus F
1
, que exibiram os respectivos
valores: 92,39; 90,78 e 87,57 t.ha
-1
. Os híbridos experimentais TEX-246, TEX-
261, TEX-253, TEX-256, TEX-254, TEX-263, TEX-257, TEX-255, TEX-262,
TEX-265, TEX-252, TEX-258, TEX-268, TEX-260, TEX-247, TEX-248, TEX-
251 e TEX-245 apresentarm valores satisfatórios de produção total e
semelhantes ao das testemunhas comerciais (Tabela 4). Para produção precoce,
os valores variaram de 19,67 t.ha
-1
, para o híbrido TEX-263 a 3,11 t.ha
-1
, para o
híbrido comercial Bravo F
1
, o qual foi o mais tardio. Os híbridos TEX-263,
TEX-256, TEX-264, Bônus F
1
, TEX-257, TEX-255, Pérola F
1
, TEX-254 e
TEX-265 com valores para produção precoce de 19,67; 19,00; 18,30; 17,23;
16,89; 14,66; 14,61; 14,36 e 14,33 t.ha
-1
, foram os mais precoces. Já os híbridos
TEX-260, TEX-259, TEX-268, TEX-249, TEX-251, TEX-250 e TEX-267, com
valores de 8,61; 7,72; 7,50; 6,84; 6,44; 6,25 e 5,55, respectivamente, para
produção precoce, foram os mais tardios, juntamente com o híbrido comercial
Bravo F
1
(3,11 t.ha
-1
) (Tabela 4).
Para massa média de fruto, o híbrido comercial Bravo F
1
foi o que
apresentou maior valor (156,85g), que, no entanto, não diferiu estatisticamente
dos demais híbridos comerciais-testemunhas nem dos híbridos experimentais
TEX-253, TEX-246, TEX-252, TEX-261, TEX-268, TEX-262, TEX-251 e
TEX-256, que apresentaram valores de 150,74; 148,63; 147,36; 147,23; 144,35;
141,88; 140,64 e 140,40 g.fruto
-1
, respectivamente para massa média dos frutos.
Estes genótipos apresentaram valores de massa média por fruto acima de 140g,
enquanto dois genótipos apenas apresentaram valores inferiores a 120g (TEX-
264 e TEX-267) (Tabela 4).
Embora os genótipos aqui utilizados não possuam genes mutantes
específicos para firmeza, é possível a presença de genes menores que conferem
frutos mais firmes (Martin, 1987). Foi possível verificar que tanto os híbridos
experimentais quanto os híbridos comerciais exibiram valores de firmeza inicial
57
dos frutos bastante semelhantes, não havendo diferenças significativas entre
eles. Apesar de não terem sido detectadas diferenças significativas (P>0,05)
entre os genótipos para meia vida da firmeza, os híbridos Bônus F
1
, TEX-249,
TEX-247, TEX-246, TEX-253 e TEX-267 obtiveram os maiores valores para
essa característica (36,75; 33,59; 33,08; 32,51; 32,09 e 30,41 dias,
respectivamente).
Os híbridos experimentais TEX-246, TEX-261, TEX-253, TEX-256,
TEX-262, TEX-252, TEX-251 e TEX-268 aliaram médias elevadas tanto para
produção total quanto para massa média dos frutos. Os híbridos TEX-246, TEX-
253, TEX-256, TEX-262 e TEX-252 apresentaram também valores elevados
para meia vida da firmeza e podem competir economicamente com os híbridos
comerciais.
Considerações gerais
Os híbridos heterozigotos para o loco Ty-1, TEX-252, TEX-256, TEX-
261, TEX-263, TEX-264 e TEX-265 se destacaram quanto à resistência a
begomovírus por exibirem notas 2,0, aos 46 e aos 60 dias após a enxertia
(Tabela 2). Das linhagens homozigóticas Ty-1/Ty-1, as que exibiram notas iguais
ou inferiores a 1,80 para os sintomas da infecção por begomovírus, aos 46 e 60
DAE, foram TOM-694, TOM-695, TOM-696, TOM-697, TOM-698 e TOM-
699, as quais são resistentes a begomovírus. Aos 46 e 60 DAE, as estimativas do
grau de dominância (A/D) situaram-se entre 0 e -1 (-0,47 e -0,63,
respectivamente), evidenciando dominância incompleta do alelo Ty-1.
Os híbridos experimentais TEX-246, TEX-261, TEX-253, TEX-256,
TEX-262, TEX-252, TEX-251 e TEX-268 aliaram médias elevadas, tanto para
produção total quanto para massa média dos frutos, tendo os híbridos TEX-246,
TEX-253, TEX-256, TEX-262 e TEX-252 apresentado também valores elevados
para meia vida da firmeza. Portanto, constituem híbridos competitivos
58
comercialmente, quando comparados aos padrões comerciais. Esses híbridos
possuem constituição genotípica Sw-5
+
/Sw-5 e Ty-1
+
/Ty-1, para os locos Sw-5 e
Ty-1, respectivamente e apresentam, assim, a vantagem de serem resistentes a
tospovírus e parcialmente resistentes a begomovírus.
Os híbridos experimentais e comerciais puderam ser distribuídos nas
seguintes categorias:
a) resistentes a tospovírus (Sw-5) e a begomovírus (Ty-1), portadores das
bandas dos marcadores Sw-421 e SSR-47 associadas à presença dos alelos
Sw-5 e Ty-1, respectivamente: TEX-245, TEX-246, TEX-247, TEX-248,
TEX-249, TEX-250, TEX-251, TEX-252, TEX-253, TEX-254, TEX-255,
TEX-256, TEX-257, TEX-258, TEX-259, TEX-260, TEX-261, TEX-262,
TEX-264, e TEX-267;
b) resistentes a tospovírus (Sw-Rey de Los Tempranos’) e a begomovírus,
portadores da banda do marcador SSR-47, associada ao alelo Ty-1, mas não
portadoras da banda do marcador Sw-421, associada ao alelo Sw-5: TEX-
263, TEX-265, TEX-266 e TEX-268;
c) resistentes a tospovírus e suscetíveis a begomovírus, portadores da
banda do marcador Sw-421, associada à presença do alelo Sw-5, e
portadoras da banda do marcador SSR-47, associada à ausência do alelo Ty-
1: Bravo F
1
, Bônus F
1
e Pérola F
1
;
d) suscetível a tospovírus e suscetível a begomovírus, portador das bandas
dos marcadores Sw-421 e SSR-47, associadas à ausência dos alelos Sw-5 e
Ty-1, respectivamente: Débora Max.
59
4 CONCLUSÃO
1. Por meio do método de inoculação por enxertia foi possível verificar que os
híbridos experimentais TEX-245, TEX-246, TEX-247, TEX-248, TEX-249,
TEX-250, TEX-251, TEX-252, TEX-253, TEX-254, TEX-255, TEX-256,
TEX-257, TEX-258, TEX-259, TEX-260, TEX-261, TEX-262, TEX-263,
TEX-264, TEX-265, TEX-266, TEX-267 e TEX-268, e as linhagens
avançadas TOM-691, TOM-692, TOM-693, TOM-694, TOM-695, TOM-
696, TOM-697, TOM-698 e TOM-699 são resistentes (com resistência
parcial) a begomovírus.
2. Os genótipos heterozigotos para o loco Ty-1 são mais resistentes a
begomovírus que os genótipos homozigotos suscetíveis Ty-1
+
/Ty-1
+
, porém,
são menos resistentes que os genótipos homozigotos Ty-1/Ty-1, indicando
dominância incompleta do alelo Ty-1.
3. Os híbridos experimentais TEX-246, TEX-261, TEX-253, TEX-256, TEX-
262, TEX-252, TEX-251 e TEX-268 aliaram médias elevadas tanto para
produção total quanto para massa média dos frutos e os híbridos TEX-246,
TEX-253, TEX-256, TEX-262 e TEX-252 apresentaram também valores
elevados para meia vida da firmeza, constituindo, portanto, híbridos
competitivos, quando comparados aos padrões comerciais.
4. Os resultados das avaliações de resistência a begomovírus, obtidos por meio
do teste de enxertia, demonstraram perfeita concordância com os resultados
obtidos com o marcador molecular SSR-47.
60
AGRADECIMENTOS
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes), à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
(Fapemig), ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq), à Universidade Federal de Lavras e à empresa HortiAgro Sementes
Ltda.
61
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67
TABELAS
TABELA 1. Resumo das análises de variâncias para resistência a geminivírus,
aos 28, 37, 46 e 60 dias após a enxertia em genótipos de
tomateiro. Lavras, MG: UFLA, 2008.
QM
FV GL
28 dias 37 dias 46 dias 60 dias
Genótipos
36 2,7134 ** 3,1136 ** 3,4665 ** 3,9807 **
Erro
118 0,4220 0,2160 0,2041 0,2096
Média 2,35 2,41 2,34 2,43
CV% 27,59 19,26 19,29 18,82
ns, **, * : não significativo e significativo, a 1% e 5% de probabilidade, pelo
teste de F, respectivamente
68
TABELA 2. Médias das notas para resistência a geminivírus aos 28, 37, 46 e 60
dias após a enxertia em genótipos de tomateiro. Lavras, MG:
UFLA, 2008.
Médias
Tratamentos
28 dias 37 dias 46 dias 60 dias
TEX-245 2,50 defg 2,50 def 2,50 ef 2,25 cdefg
TEX-246 2,50 defg 2,50 def 2,50 cde 2,50 bcdef
TEX-247 2,75 efgh 2,75 ef 2,50 ef 2,25 cdefg
TEX-248 3,25 fgh 3,00 f 2,00 cde 2,25 cdefg
TEX-249 2,67 efg 2,33 def 2,33 def 2,33 defg
TEX-250 2,75 efgh 2,75 ef 2,25 def 2,25 cdefg
TEX-251 3,25 fgh 2,75 ef 2,25 def 2,75 fg
TEX-252 3,50 gh 3,00 f 2,00 cde 2,00 bcdef
TEX-253 2,75 efgh 2,75 ef 2,50 ef 2,25 cdefg
TEX-254 2,50 defg 2,25 def 2,25 def 2,00 bcdef
TEX-255 2,25 bcdef 2,75 ef 2,25 def 2,25 cdefg
TEX-256 2,50 defg 2,25 def 2,00 cde 2,00 bcdef
TEX-257 2,50 defg 2,50 def 2,25 def 2,25 cdefg
TEX-258 2,75 efgh 2,25 def 2,25 def 2,25 cdefg
TEX-259 2,25 bcdef 2,50 def 2,50 ef 2,50 efg
TEX-260 2,75 efgh 3,00 f 2,50 ef 2,50 efg
TEX-261 2,67 efg 2,33 def 2,00 cde 2,00 bcdef
TEX-262 2,75 efgh 2,75 ef 3,00 f 3,00 g
TEX-263 1,50 abcd 2,00 cde 2,00 cde 2,00 bcdef
TEX-264 2,75 efgh 2,25 def 2,00 cde 2,00 bcdef
TEX-265 1,75 abcde 2,00 cde 2,00 cde 2,00 bcdef
TEX-266 2,75 efgh 2,75 ef 2,25 def 2,25 cdefg
TEX-267 2,33 cdef 2,00 cde 2,33 def 2,33 defg
TEX-268 2,25 bcdef 2,25 def 2,25 def 2,25 cdefg
Bônus F
1
3,80 h 4,40 g 4,40 g 5,00 h
Bravo F
1
3,20 fgh 3,80 g 4,40 g 4,60 h
Débora Max 3,80 h 4,20 g 4,40 g 4,80 h
Pérola F
1
3,00 efgh 3,80 g 4,40 g 4,60 h
TOM-691 1,75 abcde 1,75 bcd 1,75 bcde 2,25 cdefg
TOM-692 1,75 abcde 2,00 cde 2,00 cde 2,00 bcdef
TOM-693 1,50 abcd 2,00 cde 2,00 cde 2,00 bcdef
TOM-694 1,00 a 1,00 a 1,00 a 1,50 abc
TOM-695 1,40 abc 1,40 abc 1,60 abcd 1,60 abcd
TOM-696 1,00 a 1,00 a 1,20 ab 1,20 a
TOM-697 1,20 ab 1,20 ab 1,40 abc 1,60 abcd
TOM-698 1,00 a 1,20 ab 1,20 ab 1,40 ab
TOM-699 1,40 abc 1,40 abc 1,40 abc 1,80 abcd
Média geral
2,35 2,41 2,34 2,43
C.V (%)
27,59 19,26 19,29 18,82
Médias seguidas pela mesma letra, nas colunas, não diferem estatisticamente
entre si, pelo teste de Duncan, a 5% de pr obabilidade.
69
TABELA 3. Estimativas de contrastes dos genótipos homozigotos resistentes,
heterozigotos e suscetíveis a begomovírus e dos componentes
aditivos e de dominância aos 28, 37, 46 e 60 dias após a enxertia.
Lavras, MG: UFLA, 2008.
Estimativas
Contrastes
28 dias 37 dias 46 dias 60 dias
Genótipos homozigotos
suscetíveis x genótipos
homozigotos resistentes
2,1278 ** 2,6333 ** 2,8911 ** 3,0444 **
Genótipos suscetíveis x
genótipos heterozigotos
0,8597 ** 1,5431 ** 2,1222 ** 2,4826 **
Genótipos heterozigotos
x genótipos resistentes
1,2681 ** 1,0903 ** 0,7722 ** 0,5618 **
A 1,0639 ** 1,3167 ** 1,4472 ** 1,5222 **
D 0,2042
ns
-0,2264 ** -0,6750 ** -0,9604 **
D/A 0,1919 -0,1719 -0,4664 -0,6309
ns, **, * : não significativo e significativo, a 1% e 5% de probabilidade, pelo
teste t, respectivamente. Em que: A = efeito aditivo no loco Ty-1; D = efeito de
dominância no loco Ty-1 e D/A = grau de dominância estimado no loco Ty-1.
70
TABELA 4. Valores médios da produção total, produção precoce, massa média
de fruto, firmeza inicial e meia-vida da firmeza de híbridos de
tomateiro. Lavras, MG: UFLA, 2008.
Tratamentos
Produção
total
(t.ha
-1
)
Produção
precoce
(t.ha
-1
)
Massa média
do fruto
(g.fruto
-1
)
Firmeza
inicial
(10
4
N.m
-2
)
Meia
vida da
firmeza
(dias)
TEX-245 68,56 bc 11,22 abcdef 129,17 abcd 5,53 a 23,23 a
TEX-246 108,89 a 13,83 abcdef 148,63 ab 5,69 a 32,51 a
TEX-247 73,06 abc 12,05 abcdef 135,77 abcd 4,91 a 33,08 a
TEX-248 72,11 abc 12,22 abcdef 131,90 abcd 5,40 a 28,28 a
TEX-249 66,30 bc 6,84 def 133,44 abcd 5,76 a 33,59 a
TEX-250 54,96 c 6,25 def 122,66 bcd 6,03 a 24,24 a
TEX-251 70,33 abc 6,44 def 140,64 abc 6,42 a 23,48 a
TEX-252 74,63 abc 11,72 abcdef 147,36 abc 5,50 a 28,19 a
TEX-253 87,00 abc 10,50 abcdef 150,74 ab 5,39 a 32,09 a
TEX-254 80,05 abc 14,36 abcde 136,49 abcd 5,21 a 28,51 a
TEX-255 76,00 abc 14,66 abcde 133,44 abcd 5,43 a 27,61 a
TEX-256 85,50 abc 19,00 ab 140,40 abc 5,49 a 28,88 a
TEX-257 76,17 abc 16,89 abcd 123,58 cd 5,50 a 28,26 a
TEX-258 73,91 abc 11,88 abcdef 130,60 abcd 5,37 a 24,49 a
TEX-259 66,39 bc 7,72 cdef 131,37 abcd 5,41 a 25,73 a
TEX-260 73,83 abc 8,61 bcdef 133,95 abcd 5,51 a 25,05 a
TEX-261 91,44 abc 12,95 abcdef 147,23 abc 5,64 a 25,88 a
TEX-262 75,83 abc 12,72 abcdef 141,88 abc 5,28 a 29,69 a
TEX-263 78,66 abc 19,67 a 124,36 d 5,47 a 25,67 a
TEX-264 60,63 c 18,30 abc 106,01 bcd 5,90 a 24,04 a
TEX-265 75,56 abc 14,33 abcde 127,62 abcd 5,47 a 27,96 a
TEX-266 66,50 bc 10,78 abcdef 126,29 abcd 5,71 a 27,46 a
TEX-267 54,22 c 5,55 ef 117,68 bcd 5,81 a 30,41 a
TEX-268 73,83 abc 7,50 cdef 144,35 abc 5,96 a 26,31 a
Bônus F
1
87,57 abc 17,23 abcd 142,48 abc 5,00 a 36,75 a
Bravo F
1
100,75 ab 3,11 f 156,85 a 5,59 a 23,03 a
Débora Max 92,39 abc 12,50 abcdef 145,24 abc 5,52 a 22,96 a
Pérola F
1
90,78 abc 14,61 abcde 150,76 ab 5,17 a 29,59 a
C.V (%)
15,77 28,91 7,06 7,88 20,23
Médias seguidas pela mesma letra, nas colunas, não diferem estatisticamente
entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
71
TABELA 5. Descrição dos tartamentos em relação à constituição genotípica dos
locos Sw-5 e Ty-1, com base no padrão eletroforético.
Tratamentos Constituição genotípica do
loco Sw-5
Constituição genotípica do loco
Ty-1
TEX-245 Sw-5
+
/ Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-246 Sw-5
+
/ Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-247 Sw-5
+
/ Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-248 Sw-5
+
/ Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-249 Sw-5 / Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-250 Sw-5 / Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-251 Sw-5 / Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-252 Sw-5
+
/ Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-253 Sw-5
+
/ Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-254 Sw-5
+
/ Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-255 Sw-5
+
/ Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-256 Sw-5
+
/ Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-257 Sw-5
+
/ Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-258 Sw-5 / Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-259 Sw-5 / Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-260 Sw-5 / Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-261 Sw-5
+
/ Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-262 Sw-5
+
/ Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-263 Sw-5
+
/ Sw-5
+
Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-264 Sw-5
+
/ Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-265 Sw-5
+
/ Sw-5
+
Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-266 Sw-5
+
/ Sw-5
+
Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-267 Sw-5
+
/ Sw-5 Ty-1
+
/ Ty-1
TEX-268 Sw-5
+
/ Sw-5
+
Ty-1
+
/ Ty-1
Bônus F
1
Sw-5
+
/ Sw-5 Ty-1
+
/Ty-1
+
Bravo F
1
Sw-5/ Sw-5 Ty-1
+
/Ty-1
+
Pérola F
1
Sw-5
+
/ Sw-5 Ty-1
+
/Ty-1
+
Débora Max Sw-5
+
/ Sw-5
+
Ty-1
+
/Ty-1
+
TOM-691 Sw-5/ Sw-5* Ty-1/ Ty-1
TOM-692 Sw-5/ Sw-5* Ty-1/ Ty-1
TOM-693 Sw-5/ Sw-5* Ty-1/ Ty-1
TOM-694 Sw-5
+
/ Sw-5
+
* Ty-1/ Ty-1
TOM-695 Sw-5
+
/ Sw-5
+
* Ty-1/ Ty-1
TOM-696 Sw-5
+
/ Sw-5
+
* Ty-1/ Ty-1
TOM-697 Sw-5
+
/ Sw-5
+
* Ty-1/ Ty-1
TOM-698 Sw-5
+
/ Sw-5
+
* Ty-1/ Ty-1
TOM-699 Sw-5
+
/ Sw-5
+
* Ty-1/ Ty-1
Testemunha A9 Sw-5
+
/ Sw-5
+
----
*: descrição para o loco Sw-5, com base nos híbridos dos quais participam.
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