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participantes com 10 a 14 dias de cefaléia por mês não variou em função do IMC (Bigal
et al, 2007b).
Foi também avaliado o percentual de indivíduos com algum nível de
incapacidade de acordo com o IMC e o tipo de cefaléia. Entre migranosos, 32%
daqueles com peso normal tinham algum nível de incapacidade relacionada à cefaléia,
comparados com 37,2% dos com sobrepeso (OR, 1,3; 95% CI, 1,2-1,4; P<0,01), 38,4%
dos obesos (OR, 1,3; 95% CI, 1,2-1,5; P<0,001), e 40,9% dos obesos mórbidos (OR,
1,5; 95% CI, 1,3-1,6; P<0,001). Para provável migrânea, 19,7% dos pacientes com peso
normal tinham alguma incapacidade, comparados com 17,5% dos com baixo peso (OR,
0,8; 95% CI, 0,5-1,3), 18,6% dos pacientes com sobrepeso (OR, 0,9; 95% CI, 0,8-1,1),
19,6% dos obesos (OR, 1,0; 95% CI, 0,8-1,2), e 23% dos obesos mórbidos (OR, 1,2;
95% CI, 1,0-1,5; P<0,05). Finalmente, para cefaléia episódica do tipo tensional, a
relação não foi vista (Bigal et al, 2007b).
O uso de tratamento agudo não variou significativamente com o IMC no grupo
dos migranosos ou naqueles com provável migrânea. Em relação ao tratamento
preventivo, 51% dos pacientes com peso normal já haviam usado medicação,
comparando 57% dos com sobrepeso (OR, 1,3; 95% CI, 1,2-1,4), 62% dos obesos (OR,
1,6; 95% CI, 1,4-1,8), e 72% dos obesos mórbidos (OR, 2,5; 95% CI, 2,3-2,8). Padrão
similar foi visto nos pacientes com provável migrânea (Bigal et al, 2007b).
Os achados mostram que, entre migranosos, 62,3% dos pacientes são
sobrepeso ou obesos, e entre indivíduos com provável migrânea e cefaléia episódica do
tipo tensional o percentual foi 62,1%. Foi achado que, entre migranosos, obesidade
estava associada com cefaléias muito freqüentes, assim como com graus mais
avançados de incapacidade, associações que são consistentes com achados prévios
(Bigal et al, 2006b; Bigal et al, 2006c). Finalmente, o IMC não foi associado com
freqüência ou incapacidade em pacientes com cefaléia episódica do tipo tensional
grave. Esses achados apóiam o conceito de que a obesidade está associada com
migrânea em particular, mas não com outras cefaléias em geral (Bigal et al, 2007b).
Apesar da freqüência das crises tender a ser maior entre os migranosos obesos,
o uso de tratamento agudo ocorreu em taxas similares nos grupos de IMC. Padrões
foram similares para provável migrânea. A relação entre obesidade e o uso de