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seminal: LS (sem centrifugação diluída em leite desnatado - glicose) e GS (sem centrifugação
diluída em tris - gema de ovo). A segunda alíquota de 200µL foi colocada em tubos idênticos aos
utilizados para LS e GS, diluída em meio de centrifugação, solução Ringer com Lactato, na
proporção de 1:9, e centrifugada a 600 G por 10 min (DELL’AQUA JUNIOR e PAPA, 2001), em
seguida foi retirado o sobrenadante, a fim de remover o plasma seminal, e então o “pellet”
ressuspenso em meio de centrifugação foi dividido em duas partes, colocados em tubos plásticos
com tampa e pré-diluído com 1,0 mL dos meios diluidores em teste: LC (com centrifugação diluída
em leite desnatado - glicose) e GC (com centrifugação diluída em tris - gema de ovo), totalizando 4
amostras, LS, GS, LC, GC pré-diluídas numa proporção de 1:10.
Os diluidores foram preparados a 37ºC, e à temperatura ambiente, 21ºC, a fim de diluir
respectivamente as amostras de sêmen sem plasma seminal (LS e GS) e com plasma seminal (LC e
GC), obtendo uma concentração final de 240x10
6
espermatozóides por amostra em um volume final
de 2 mL. A concentração e o volume final da amostra foram determinados com base na dose
inseminante de 60 x 10
6
espermatozóides, segundo EVANS e MAXWELL (1987), CORTEEL e
LEBOEUF (1990), e cada amostra de ejaculado (LS, GS, LC, GC) possuía o equivalente a quatro
doses de 0,5 mL. A taxa de diluição utilizada foi de 1:20, segundo RITAR et al. (1990), que foi
calculada com base na concentração e volume final desejados, a partir da concentração total e
volume total da alíquota utilizada. As amostras LS, GS, LC, GC, foram diluídas com a quantidade
de diluente calculada, a fim de atingir a concentração de 120x10
6
espermatozóides/mL e logo após
o volume excedente foi desprezado até obter 2mL.
As amostras LS, GS, LC e GC, contidas em tubos plásticos fechados e identificados, foram
colocadas, as duas primeiras, dentro de um becker contendo 500 mL de água a 37ºC, as duas
últimas em outro becker contendo 500 mL de água à temperatura ambiente, 21ºC, e levadas a um
refrigerador, o qual submeteu o sêmen a uma curva lenta de resfriamento (0,1ºC/ min) até uma
temperatura constante de 4ºC. Para se determinar a taxa de resfriamento das amostras e a
manutenção da temperatura a 4ºC, foi utilizado um sensor de imersão acoplado a um termômetro
eletrônico digital de leitura instantânea. A temperatura das amostras no interior do refrigerador foi
monitorada a cada dez minutos na primeira hora de resfriamento. Após esse período o
acompanhamento foi feito de 20 em 20 minutos até chegar à terceira hora de resfriamento.
Nos momentos T0 (0h), T1 (3h), T2 (6h), T3 (12h), T4 (24h), T5 (48h) após o início do
resfriamento, foram retiradas alíquotas das quatro amostras de sêmen: LS, GS, LC e GC , aquecidas
a 37ºC e avaliadas quanto à MT, V, PA e PC, enquanto que o pH foi avaliado apenas em T0, T4 e
T5, da mesma forma que se procedeu com o sêmen fresco. As amostras foram retiradas do
refrigerador e colocadas em caixa isotérmica, para que as alíquotas fossem obtidas, já que o
pequeno volume do sêmen caprino impossibilitou a retirada por um sistema fechado, tal qual
através de sondas, onde não houvesse necessidade da abertura do refrigerador para retirada das
amostras deste, pois acarretaria uma grande perda da amostra dentro do sistema de sonda.
Os resultados de todas as características seminais avaliadas, MT, V, PA, PC e pH, nos diferentes
tempos de resfriamento, métodos e diluidores, foram expressos em média e desvio padrão e
submetidos a ANOVA (P<0,05) para a análise estatística, que foi efetuada utilizando-se o Statistical
Package for Social Sciences (SPSS - versão 11.0). As médias foram comparadas pelo Teste de
Tukey (HSD).