Fonte: Adaptado de Santana; Nobre; Waldvogel (2005).
Quadro 1 – Estudos realizados no trabalho no Brasil entre 1994 -2004 sobre
acidentes do trabalho.
2.8 Acidentes no ambiente rural
Nos trabalhos analisados para verificar os valores que norteiam os
acidentes de trabalho nos ambientes rurais diferentes estatísticas foram
encontradas.
Autores
Local /
Período
População estudo /
Fonte dados
Principais resultados
Machado ;
Gómez,
1994.
Brasil e 9
capitais
1979-1991
Dados da Previdência Social
para óbitos e segurado, e do
Sistema de informações de
Mortalidade, SIM.
O coeficiente de mortalidade anual,
(CM), variou de 30,64/100.000 em
1970 a 19,84em 1991.
A letalidade diminuiu de 18,3% em
1970 a 7,05% em 1991
Salerno,
1998
Região de
Campinas
1990-1995
Comunicações dos Acidentes
de Trabalho (CAT) e Relação
Anual de Informações Sociais
(RAIS).
CM=20,2/100.000 trabalhadores em
1990; 11,3/100.000 em 1995.
O CM/100.000 foi maior entre
motoristas (6,8), eletricistas (40,1),
mestres de obra (39,8),
trabalhadores da construção civil
(30,0), trabalhadores braçais (25,8),
respectivamente.
Os setores de atividade de maior
CM/100.000 foram a construção
(43,0), serviços (24,0) e transporte
(10,0). O CM foi duas vezes maior
entre os terceirizados em
comparação com os demais, em
1995.
Wünsch
Filho, 1999
Brasil
1970-1995
Dados da Previdência Social,
óbitos e número de segurados.
CM=31/100.000 em 1970,
declinando para 14/100.000 em
1994.
A letalidade cresceu mais de 4
vezes , variando de 0,18% em 1970
a 0,84% em 1994.
Waldvogel,
2002 / 2003
São Paulo
(capital e
interior)
1991-1992
1997-1999
Estudo ecológico de série
temporal . Dados da
Previdência Social, óbitos, e
informações de mortalidade,
SIM, complementada com a
população economicamente
ativa ocupada, com base no
IBGE.
CM=11,24/100.000, maior entre os
homens (16,86) do que entre as
mulheres (2,08), eleva-se com a
idade até os 30 anos, quando então
permanece estável até as idades
mais velhas.
Os ramos de atividade de maior
CM/100.000 foram transporte e
comunicação ( 37,1) , indústria e
construção civil (16,5), serviço e
comércio (16,3), ex tração mineral
(14 ,4), administração, tecnologia,
cultura e artes (2,7), e por último
agropecuária (2,0).