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Porque da C...é péssimo, você não sabe como dar de mamar direito...eu achei que foi mais
assim....de cuidados, foi pior com a C do que com ele...já tinha mais experiência.
Houve uma interrupção...entrou uma colega na sala dela e fizemos uma breve pausa...
Mãe AS: O que mesmo nós estávamos mesmo falando?
Pesquisadora: Da experiência...
Mãe Rosana: É então...o problema maior que estamos tendo é agora com ele...tanto que
procuramos vários médicos, porque a gente ficou muito triste... a gente percebeu que alguma
coisa... ele não estava tão feliz mais, como ele sempre foi... Alguma coisa aconteceu e a gente
começou atribuir isso a alguns fatores que...tinha acontecido na nossa vida. Então, a C casou,
ele era apaixonado por ela, pela irmã e elas por ele...assim, sabe...então ele ficou muito
triste...ela saiu de casa, meus pais faleceram há uns 2, 3 anos e eles eram assim....com o M. E
isso tudo pesou na...na ....e aí ele começou a ter problema...problemas mesmo...começou a
não querer mais falar com a gente, ficou muito triste, emagreceu uns 10 quilos. A gente queria
saber a causa, eu fiquei...eu imaginei N coisas, você não tem idéia...não pode imaginar o que
eu sofri...eu, as meninas e o meu marido, né....que a gente queria saber que caminho segui,
né...então assim...se ele tava doente, ou se tava desenvolvendo algum outro tipo de...porque a
gente sabe que pode estar associado, né...e ele não era mais um bebe, já era um rapaz, né...um
adulto. Outras coisas podem acontecer na vida dele e a gente não achava um caminho. E aí
sim que eu fiquei assim... muito, muito desiludida com os médicos...porque assim...médicos
bons, dr. fulano de tal, dr. não sei o que e....e eu achei assim que eles tem muito, muito pouco
tato e conhecimento...realmente da Síndrome de Down, entendeu?
Foi aí que eu percebi que não era isso que eu queria para o meu filho...eu não queria que
chegasse e medicasse meu filho...ele nunca tomou medicação....então não era agora, sem ter
certeza de um diagnóstico, que eu ia dar medicação forte pra ele. Até comecei a dar, mas daí
eu, eu...conversando com uma médica, hããã... eu... minha filha R ficou sabendo de um Dr.
Carlos, de Campinas, que é um estudioso da homeopatia e ele faz uma medicina alternativa e
...eu levei o M, nós fomos também. Já, a primeira entrevista já foi diferente...porque ele queria
saber de tudo...ele ficou 2 horas conversando com a gente, fazendo todas as anotações...então
eu achei que seria esse o caminho... e ele tomou 8 meses da medicação, ele melhorou muito,
muito...é como ele falou é um caminho de volta... né... então...ele esta voltando a ser como ele
era. Só que algumas coisas ficaram...por exemplo, ele adquiriu algumas manias, coisas que ele
não tinha. Eu sou muito observadora e estou muito próxima dele, talvez também às vezes eu
peco pelo excesso...eu admito isso...e... eu percebi que algumas coisas que ele não tinha..e o
médico ta trabalhando comigo, ta trabalhando com a gente... continua com o tratamento...a
gente parou...eu parei....não que ele tenha me mandado parar...eu parei porque eu quis parar a
medicação. Da alopatia. Eu conheço meu filho e eu sei o mal que estava fazendo pra
ele...certo?
Porque se ele estiver doente, vamos tratar, não vamos mascarar a doença para ficar mais fácil
para o médico...certo? De maneira alguma...meu marido me deixou livre para eu... as
meninas ficaram com medo, eu não sei... porque o diagnóstico do M tinha sido de Alzeimer...
o médico disse que era 60% de chance de ser alzeimer...desenvolvendo. Um falou, os outros
não...aí eu olhei....eu falei não ...pesquisei, me informei...estudei as probabilidades...existe
estudos, pode até ser que ele vá desenvolver Alzeimer, mas não é assim que quero cuidar
dele....não é dando essa medicação.