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calórica em ratas na gestação ou lactação, que mostram diminuição do peso renal,
associado, em alguns casos, a diminuição glomerular e de volume renal (Brenner
et al., 1988; Fassi et al., 1998; Langley-Evans, 1999a; Woods et al., 2001; Ots et
al. 2004; Zandi-Nejad et al., 2006)
A perda de massa renal funcional torna-se clinicamente evidente com o
desenvolvimento de hipertensão sistêmica e proteinúria tanto em indivíduos com
baixo peso ao nascer como em modelos experimentais de restrição protéica ou
calórica (Zandi-Nejad et al, 2006; Woods, 2007). Declínio da função renal
semelhante, com o desenvolvimento espontâneo de hipertensão arterial e
proteinúria, têm sido descritos em animais nascidos com número de néfrons
reduzidos (Brenner et al., 1988; Fassi et al., 1998,). O trabalho de Woods et al.,
(2001), mostrou que a restrição protéica foi capaz de reduzir o número de
néfrons em cerca de 35% e causar hipertensão, avaliada por catéter intra-
arterial de longa permanência, (cerca de 2 meses) sensível à sobrecarga de sal.
Brennner et al., (1988), após realizarem o clássico modelo de ablação de 5/6 da
massa renal e observarem hipertensão arterial, hipertrofia e esclerose
glomerular, submeteram os ratos a transplante renal isogênico. Chamaram esta
operação de “suplementação de rim” e observaram que o 1/6 de rim contra-
lateral curava-se da hipertrofia e esclerose glomerular enquanto o animal deixava
de ser hipertenso (Ots et al. 2004).
A programação pela BRO interrompe precocemente o aleitamento materno,
determinando uma restrição calórica menos severa que aquelas provocadas nos
modelos experimentais descritos usualmente na literatura. A expressão dessa
restrição na forma de programação se revela menos intensa, embora com
alterações significativas na função renal do rato adulto. Em nosso trabalho,
observamos aos 30 dias, maior proteinúria em um animal que ainda apresenta um
clearance normal, mas que vai se alterar em seguida. Acreditamos que, da mesma