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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CAMPUS DE JABOTICABAL
ACIDIFICANTES E PROBIÓTICOS NA ALIMENTAÇÃO DE
LEITÕES RECÉM DESMAMADOS
José Cristani
Médico Veterinário
JABOTICABAL SP BRASIL
Fevereiro - 2008
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CAMPUS DE JABOTICABAL
ACIDIFICANTES E PROBIÓTICOS NA ALIMENTAÇÃO DE
LEITÕES RECÉM DESMAMADOS
José Cristani
Orientadora: Profa. Dra. Maria Cristina Thomaz
Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias Unesp, Campus de Jaboticabal, como parte
das exigências para obtenção do título de Doutor em
Zootecnia (Produção Animal).
JABOTICABAL SP - BRASIL
Fevereiro 2008
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Cristani, José
C933a
Acidificantes e probióticos na alimentação de leitões recém
desmamados / José Cristani. Jaboticabal, 2008
vii, 57 f.; 28 cm
Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias, 2008
Orientador: Maria Cristina Thomaz
Banca examinadora: Vera Maria Barbosa de Moraes, Rafael
Neme, Fábio Enrique Lemos Budiño, Danísio Prado Munari
Bibliografia
1. Desempenho - suínos. 2. Desmame. 3. Diarréia. 4. Morfologia
intestinal. I. Título. II. Jaboticabal - Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias.
CDU 636.4:636.087
Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação - UNESP, Campus de Jaboticabal.
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
JOSÉ CRISTANI nasceu em 05 de novembro de 1964, no município de São
Lourenço d Oeste-SC. Filho de Lino Crestani (in memorian) e Felomena Pandini
Crestani. Formou-se em Técnico em Promoção de Vendas pelo Colégio Santa Maria,
Irati-PR em 1982. No período de 1982 a 1988 trabalhou como agricultor no município de
São Lourenço. No segundo semestre de 1988 iniciou o curso de Medicina Veterinária
no CAV/UDESCCampus de Lages, onde obteve o grau de Médico Veterinário em
1993. No ano de 1994 iniciou o curso de Mestrado, obtendo o título de Mestre em
Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Pelotas no ano de 1997. Em Agosto
de 1995 iniciou sua trajetória como Professor Universitário na UDESC em Lages como
professor colaborador, e em agosto de 1997 foi admitido como professor efetivo na
mesma Universidade. Em 2004 iniciou o Curso de Doutoramento na FCAV/UNESP,
Campus de Jaboticabal no Programa de Pós-Graduação em Zootecnia.
À minha família,
Aos meus pais Lino, (in memorian) a minha Mãe, Filomena, pelo
apoio incentivo e exemplo de vida.
Aos meus irmãos, cunhados e sobrinhos pelos momentos de
convivência e fraternidade que compartilhamos.
DEDICO
À minha querida e amada esposa Sandra, pelo amor, carinho e
compreensão compartilhados no nosso dia a dia.
OFEREÇO
AGRADECIMENTOS
À Deus, por ter dado força para prosseguir nesta jornada e por iluminar meu
caminho.
À Prof. Dra. Maria Cristina Thomaz, pela orientação, dedicação, sugestões,
amizade e incentivo no decorrer de nossa convivência, as quais permaneceram para
sempre em minha vida.
À Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC e ao Centro de
Ciências Agroveterinárias - CAV, pelo incentivo e pela liberação para freqüentar o
curso de doutoramento.
À Universidade Estadual Paulista UNESP e ao Departamento de Zootecnia
Campus de Jaboticabal, pela acolhida, apoio e oportunidade para a realização do
Curso de Doutorado.
À Empresa Ouro Fino Ltda pelo suporte financeiro na realização desse
experimento, obrigada por mais uma parceria.
Ao Prof. Dr. André Thaler Neto, pelo auxilio nas análises estatística, amizade e
companheirismo.
Aos amigos e colaboradores da GRANJA ERVAL VELHO, Sérgio da Silva,
Maria da silva, Claudiomar Mascarello, João Jacir Tessaro, Batista Massarollo, Milton
Serena, pela convivência paciência e auxilio na condução do experimento.
Ao Médico Veterinário Pascoaloto, pelo apoio, amizade e disposição em auxiliar
na realização deste experimento.
Aos colegas de Doutorado, José Mauro Monteiro, Urbano dos Santos Ruiz, Rizal
A. Robles Huyanate, Pedro H. Watanabe, Leonardo, Alessandro, pela convivência,
amizade demonstrado durante todo o período de curso e que esta seja para sempre.
Aos amigos do Centro de Ciências Agroveterinárias de Lages, Thiago Valério,
Geraldo Bröering, João, Leandro, Linkon, Fernando, Joelma, Frizon, e a Professora
Sandra, pelo auxilio na realização do experimento, principalmente nas práticas mais
trabalhosa, como, pesagem, abate e colheita de material.
A todos meus reconhecimento e minha gratidão.
i
SUMÁRIO
Página
LISTA DE TABELAS.................................................................................................
IV
LISTA DE FIGURAS................................................................................................. V
RESUMO.................................................................................................................. VI
ABSTRACT.............................................................................................................. VII
1. NTRODUÇÃO...................................................................................................... 1
2. REVISÃO DE LITERATURA............................................................................... 2
2.1. Considerações sobre o desmame............................................................... 2
2.2. Antibióticos................................................................................................... 4
2.3.Probióticos.....................................................................................................
6
2.4. Acidificantes................................................................................................. 10
3. MATERIAL E MÉTODOS..................................................................................... 11
3.1 Experimento 1...............................................................................................
11
3.1. 1. Local do experimento...............................................................................
11
3.1.2. Animais......................................................................................................
11
3.1.3. Instalações................................................................................................ 12
3.1.4. Equipamentos........................................................................................... 12
3.1.5. Delineamento experimental.......................................................................
12
3.1.6. Tratamentos e rações experimentais.......................................................
13
3.1.7. Medidas de desempenho.........................................................................
15
ii
3.1. 8. Percentagem de leitões entregues à unidade de terminação..................
15
3.1. 9. Incidência de diarréia...............................................................................
15
3.1.10. Análise econômica.................................................................................
16
3.1.11. Analises Estatísticas...............................................................................
16
3.2. Experimento 2..............................................................................................
17
3.2.1. Abate e colheita de amostras....................................................................
18
3.2.2. Medidas de pH dos conteúdos do estômago, intestino delgado e ceco...
18
3.2.3. Análises morfométricas.............................................................................
18
3.2.4. Densidade de vilosidades.........................................................................
20
3.2.5. Pesos relativos dos órgãos (fígado e pâncreas).......................................
20
3.2.6. Contagem de coliformes fecais e totais....................................................
21
3.2.7. Análises estatísticas.................................................................................
21
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................
22
4.1. Medidas de desempenho.............................................................................
22
4.2. Percentagem de leitões entregues a unidade de crescimento e
terminação...........................................................................................................
24
4.3. Incidência de diarréia...................................................................................
25
4.4. Análise econômica.......................................................................................
27
4.5. Medidas de pH dos conteúdos do estômago, intestino delgado e ceco.....
28
4.6. Análises morfométricas................................................................................
30
4.7. Densidade de vilosidades............................................................................
32
4.8. Peso relativo dos órgãos (fígado e pâncreas).............................................
39
iii
4.9. Contagem de coliformes fecais e totais.......................................................
40
5. CONCLUSÕES.....................................................................................................
42
6. IMPLICAÇÕES..................................................................................................... 43
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 44
iv
LISTA DE TABELA
Página
1 Peso médio dos blocos para cada um dos tratamentos no inicio do
experimento........................................................................................................
13
2 Composição centesimal e níveis nutricionais das rações experimentais
oferecidas aos leitões durante as fases 1. pré-especial (21 a 28 dias de
idade), pre-inicial I (29 a 35 dias de idade) Fase 2 ração inicial I (36 a 49 dias
de idade), Fase 3 ração inicial II (49 a 63 dias de idade).................................
14
3
Médias observadas para consumo diário de ração (CDR), ganho diário de
peso (GDP), conversão alimentar (CA), coeficiente de variação (CV) e
valores de probabilidade de acordo com os tratamentos experimentais nos
períodos 1, 2 e 3................................................................................................
22
4
Percentagem de leitões que alcançaram o peso de entrega aos 63 dias de
idade conforme os tratamentos oferecidos........................................................
24
5
Incidência de diarréia (%) em leitões de 1 a 5, 6 a 10, 11 a 15 e 1 a 15 dias
pós-desmame, em função dos tratamentos......................................................
26
6
Custo do kg da ração (CR), custo em ração por kg de peso vivo ganho pelos
leitões, submetidos aos tratamentos (CRPVG), índice de eficiência
econômica (IEE) e índice de custo (IC)..............................................................
28
7 Médias gerais de pH dos conteúdos do estômago, intestino delgado e ceco
dos leitões 10 e 20 dias pós-desmame conforme as diferentes rações............
29
8
Médias da altura (ìc) das vilosidades (AV), da profundidade das criptas (PC),
da relação da altura da vilosidade/profundidade de cripta (AV/PC) medidas
no duodeno, dos leitões aos 10 e 20 dias pós-desmame..................................
31
9
Densidade média das vilosidades (vilosidades/cm
2
) do duodeno e jejuno aos
10 e 20 dias pós-desmame de acordo com as diferentes rações......................
33
10
Médias dos pesos relativos do fígado e pâncreas aos 10 e 20 dias s-
desmame, conforme as diferentes rações experimentais
40
11
Número mais provável de coliformes totais e fecais em leitões, em função
das diferentes rações e idades de abate...........................................................
41
v
LISTA DE FIGURAS
Página
1
Fotomicrografia de intestino delgado - porção do jejuno de um leitão
abatido no dia do desmame. Observa-se a altura das vilosidades (AV) e
profundidade das cripta (PC). H&E. Aumento de 100x.............................
19
2
Eletronmicrografias de varredura do duodeno (D) de leitões ao
desmame (dia 0) e aos 10 dias pós-desmame, em função dos
diferentes aditivos utilizados: Controle Negativo; Antibiótico;
Acidificante; Probiótico; Probiótico + Acidificante. A = 100 X....................
35
3
Eletronmicrografias de varredura do duodeno (D) de leitões ao
desmame (Dia 0) e aos 20 dias pós-desmame em função dos
diferentes aditivos utilizados: Controle Negativo; Antibiótico;
Acidificante; Probiótico; Probiótico + Acidificante. A = 100 X....................
36
4 Eletronmicrografias de varredura do jejuno (J) de leitões ao desmame
(Dia 0) e aos 10 dias após-desmame em função dos diferentes aditivos
utilizados: Controle Negativo; Antibiótico; Acidificante; Probiótico;
Probiótico + Acidificante. A = 100 X..........................................................
37
5 Eletronmicrografias de varredura do jejuno (J) de leitões ao desmame
(Dia 0) e aos 20 dias pós-desmame em função dos diferentes aditivos
utilizados: Controle Negativo; Antibiótico; Acidificante; probiótico;
Probiótico + acidificante. A = 100 X...........................................................
38
vi
ACIDIFICANTES E PROBIÓTICOS NA ALIMENTAÇÃO DE LEITÕES RECÉM
DESMAMADOS
RESUMO O objetivo deste trabalho foi estudar em um sistema de produção
comercial de suínos, os efeitos dos acidificantes e probióticos como alternativas ao uso
de antibióticos promotores de crescimento para leitões recém-desmamados. Foram
utilizados 630 leitões de ambos os sexos com idade inicial de 21 e final de 63 dias. Em
cada baia foram alojados 14 leitões os quais constituíram a unidade experimental. As
variáveis analisadas foram: desempenho, biometria dos órgãos,morfologia intestinal,
escore de diarréia e contagem de coliformes, análise econômica e percentagem de
leitões entregues. Os períodos analisados foram: I - de 21 a 35, II - de 21 a 49 e III de
21 a 63 dias de idade. OS tratamentos foram : 1)- controle Negativo dieta basal; 2)-
Antibiótico - dieta basal mais 50ppm de doxiciclina; 3)- Acidificante - dieta basal mais
acidificante 4kg/ton dos 21 aos 49 dias e 2kg/ton dos 50 aos 63 dias; 4)- Probiótico -
dieta basal mais probiótico (100g/ton); 5)- Probiótico + acidificante - dieta basal mais
associação do tratamento 3 e 4. Não houve diferença significativa (P>0,05) para o
consumo diário de ração em nenhum dos períodos analisados. Os melhores resultados
de GDP e CA foram observados nos animais que receberam ração contendo antibiótico.
A incidência de diarréia foi menor (P<0,05) nos animais que receberam antibiótico. Os
diferentes aditivos utilizados não influenciaram a morfometria intestinal e o peso dos
órgãos em nenhum dos períodos analisados. Os animais do tratamento que receberam
antibiótico na dieta apresentaram uma maior percentagem de leitões entregues e um
índice econômico superior aos demais tratamentos. Com base nesses resultados
concluiu-se que o uso de antibióticos em rações de leitões, ainda é o que conduz aos
melhores resultados na fase de creche em uma produção comercial de suínos.
Palavra-chave: Desempenho, desmame, diarréia, morfologia intestinal, suínos.
vii
ACIDIFYING AND PROBIOTICS ON WEANED PIGLETS DIET
ABSTRACT The aim of this study was to study the effects of acidifying and probiotics
instead of growth promoters antibiotics for weaned piglets, in a porcine commercial
production system. Male and female piglets (n=630) were used, with age ranging from
21 and 63 days. The experimental unity was the stall, each occupied by 14 piglets. The
analised variables were: Performance (diary gain of weight GPD, diary ration
consumption CDR and food conversion CA), organs morphology (liver and pancreas
weight, intestinal morphology), diarrhea score, coliforms counting, economic index and
percentage of piglets delivered. The analised periods were: 21-35 days, 21-49 and the
total ranging from 21-63 days. The diets were composed by corn, soybeans and nuclei,
composing each of the 5 treatments: 1)- Negative control basal diet; 2)- Antibiotic
basal diet plus doxiciclin (50ppm); 3)- Acidifying basal diet plus acidifying (4 kg 21-49
days, 2 kg 50-63 days); 4)- Probiotic basal diet plus probiotic (100g/ton); and 5)-
Probiotic plus Acidifying Associations treatment 3 and 4. None of the analised
periods showed significant difference for CDR (P>0.05). The best GPD and CA results
were showed by the Antibiotic group. The incidence of diarrhea was lower for antibiotic
treated animals (P<0.05). None of the analised periods showed variation for intestinal
morphometry and organs weight, with the different additives. The Antibiotic treated
group showed a higher percentage of piglets delivered and a higher economic index in
comparison to the other treatments. Based on these results we can conclude that
antibiotics in piglets ration provides the best performance on the nursery phase.
Key words: Performance, weaning, diarrhea, intestinal morphology, pigs.
1
1. INTRODUÇÃO
Na produção intensiva de suínos busca-se, cada vez mais, melhorias nas
eficiência técnica e produtiva dos rebanhos. Para aumentar a eficiência produtiva deve-
se aumentar o número de partos/porca/ano e o número de suínos
terminados/porca/ano. Isso é possível por meio do aumento no número de leitões
nascidos e desmamados/porca/ano e da diminuição do intervalo entre partos, o qual é
obtido reduzindo-se os dias não produtivos da porca e principalmente diminuindo-se o
período de aleitamento. Em contra-partida, a redução na idade de desmame predispõe
os leitões a distúrbios gastrintestinais como diarréias e doença do edema, pois os
mesmos não estão fisiologicamente aptos para digerir os alimentos sólidos,
principalmente de origem vegetal (MORÉS et al.,1990; BERTOL, 2000).
Nos sistemas intensivos de produção de suínos, com freqüência são utilizados
antibióticos, em níveis subterapêuticos nas rações, para prevenir possíveis
enfermidades e ao mesmo tempo atuarem como promotores de crescimento, ao
reduzirem microrganismos indesejáveis que se encontrem no tubo digestório.
Atualmente, a adição de antibióticos na dieta é bastante preocupante, pelo possível
desenvolvimento de resistência bacteriana a alguns deles, que são utilizados na linha
humana e da mesma forma, existe o temor de que essa resistência provoque o
desenvolvimento de cepas bacterianas resistentes aos antibióticos administrados aos
suínos no decorrer da cadeia produtiva (LIMA, 1999).
Vários países proibiram a utilização dos antimicrobianos como promotores de
crescimento. O primeiro foi a Suécia em 1986, seguido pela Dinamarca, Alemanha,
Finlândia e, até o final de 2006, todos os países da Comunidade Européia suspenderam
a utilização dos antibióticos como promotores de crescimento na alimentação animal,
principalmente para suínos e aves (PENZ Jr, 2003).
Em virtude da Europa ter banido o uso de agentes antimicrobianos como
promotores de crescimento na produção animal e o Brasil buscar cada vez mais
2
aumentar as exportações, deixa aos produtores da indústria suinícola brasileira um
questionamento: ou o Brasil deixa de exportar a carne suína para esses países e perde
milhões de dólares, ou busca alternativas de substituição. Como provavelmente o Brasil
continuará buscando esses mercados, cabe aos pesquisadores, produtores e indústria
encontrarem alternativas para diminuir o impacto da retirada dos antibióticos das
rações, bem como assumir medidas de biosseguridade, de manejo, de sanidade e
ambientais para melhorar o desempenho na fase pós-desmame, período mais crítico da
produção (RUTZ e LIMA, 2001).
Os prebióticos, probióticos, simbióticos, ácidos orgânicos, extratos vegetais e
enzimas podem ser utilizados na alimentação de suínos, na tentativa de substituir o uso
dos antibióticos como promotores de crescimento na fase pós-desmame, evitando
assim, a ocorrência de resíduos de medicamentos em carcaças, além de prevenir o
aparecimento de microrganismos resistentes.
Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de aditivos alternativos ao
uso de antimicrobianos como promotores de crescimento, para leitões na fase pós-
desmame, dos 21 aos 63 dias de idade, sobre o desempenho, morfologia intestinal, pH
dos conteúdos dos segmentos do trato digestório, pesos do fígado e pâncreas,
percentagem de leitões entregues e índice econômico.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O DESMAME
O desmame é um evento traumático para os leitões, pois estão habituados com a
proximidade da mãe, dieta líqüida altamente digestível e ambiente quente e seco. No
desmame ocorre uma mudança brusca do leite para um alimento sólido, menos
3
digestível e à base de cereais, além disso, o sistema digestório está imaturo, fisiológica
e imunologicamente (MILLER, et al., 1961).
Após o desmame, os leitões passam a consumir dietas secas, recebendo
amidos, óleos e proteínas vegetais, para os quais não possuem o sistema enzimático
adequadamente desenvolvido (BERTOL, 2000) e as rações são elaboradas, contendo
farelo de soja, o que provoca reações imunológicas de hipersensibilidade transitória no
intestino. Essas reações, produzem alterações nas vilosidades intestinais, prejudicando
a digestão dos alimentos e a absorção de nutrientes (SANTOS et al., 2002).
A digestibilidade do leite é alta, cerca de 95%, devido principalmente ao tamanho
das partículas e à sua composição. Os lactobacilos que habitam o estômago fermentam
a lactose produzindo ácido lático, que é rapidamente absorvido e utilizado pelo suíno.
Este ácido é o principal agente acidificador do estômago de suínos jovens, de até
aproximadamente 3 semanas de idade. O pH gástrico de suínos em aleitamento é de 2
a 4, sendo capaz de auxiliar a digestão das proteínas, atuando também como barreira
mecânica na inativação de patógenos. Após esta idade, a secreção do ácido clorídrico
aumenta gradativamente e tem grande ação acidificante (MORÉS et al.,1990).
Em leitões, a acidificação do estômago é mediada pelos ácidos clorídrico e lático
e como estes animais não alcançam a capacidade máxima de acidificação do estômago
até os dois meses e meio de vida, o aumento do pH do estômago, em função da
insuficiente produção de ácido clorídrico, favorece a proliferação de bactérias
patogênicas (FULLER e COLE, 1988). A acidez do estômago limita a multiplicação de
agentes como a E.coli, em suínos quando o pH for inferior a 3,3 (THOMLINSON e
LAWRENCE, 1981).
Para prevenir os efeitos adversos do desmame, normalmente agentes
antimicrobianos são adicionados às dietas de leitões, como os antibióticos, para
prevenir o surgimento de enfermidades, diminuir a morbidade e a mortalidade pós-
desmame, aumentar o ganho diário de peso, melhorar a eficiência alimentar e elevar o
consumo diário de ração. Nesta fase, agentes promotores de crescimento são
rotineiramente utilizados como os antibióticos.
4
2. 2 ANTIBIÓTICOS
O uso de antibióticos na alimentação animal data de 1946, quando a
aureomicina foi utilizada como promotor de crescimento (COMBS, 1999). Os aditivos
antimicrobianos (antibióticos e quimioterápicos) têm sido utilizados desde a década de
50 e são os promotores de crescimento mais usados na produção animal (MENTEN,
2001), levando ao aumento na taxa de crescimento, melhorando a conversão alimentar
e reduzindo a mortalidade e as infecções subclínicas (MILTENBURG, 2000).
Agentes antimicrobianos são compostos que inclui os antibióticos, substâncias
naturalmente produzidas por leveduras, fungos e outros microrganismos e os
quimioterápicos, substâncias quimicamente sintetizadas (PALERMO NETO, 2002).
Esses agentes, quando administrado em concentrações baixas, reduzem ou inibem o
crescimento de microrganismos (CROMWELL, 1991), pois dificultam o metabolismo
bacteriano, reduzem a competição direta pelos nutrientes entre bactérias patogênicas e
hospedeiro, além de diminuir a produção de metabólitos tóxicos, como as aminas,
amônia e endotoxinas, que afetam o epitélio intestinal e impedem a absorção de
nutrientes (CROMWELL, 1991; LANCINI, 1994) e controlam também o aparecimento de
doenças subclínicas (MILTENBURG, 2000).
O efeito benéfico dos antibióticos é mais expressivo em animais jovens, que
apresentam uma proteção imunológica deficiente (WHITEHAIR e THOMPSON, 1956;
FORBES e PARK, 1959). A proteção imunológica passiva alcança níveis mínimos entre
3 e 5 semanas de idade (MILLER et al., 1961), justamente quando o leitão é submetido
à situação estressante do desmame. Os baixos níveis de anticorpos nesse período,
associados aos fatores estressantes, contribuem para o menor desempenho dos leitões
na fase de creche (MORÉS et al., 1990) e por isso, a adição de antimicrobianos nessa
etapa produtiva garante melhor desenvolvimento aos animais (SOBESTIANSKY et al.,
1999).
A inclusão de níveis subterapêuticos de antibióticos na dieta pode melhorar em
até 5% a conversão alimentar e de 3 a 6 % o ganho de peso dos animais, sendo que as
melhores respostas foram observadas em animais jovens e em ambientes com maior
5
desafio (BAYNES e VARLEY, 2001). CROMWELL (1991) apresentou dados de 1194
experimentos conduzidos nos Estados Unidos, de 1950 a 1985, e verificou que a
utilização de agentes antimicrobianos, em suínos de 7 a 25 kg de peso vivo (PV),
propiciou aumento de 16,4% no ganho de peso e melhora de 6,9% na eficiência
alimentar. Em suínos de 17 a 49 kg de PV, os antibióticos melhoraram em 10,6% o
ganho de peso e a eficiência alimentar em 4,5%. Nos animais com peso de 24 a 89 kg,
o ganho de peso melhorou em 4,2% e a eficiência alimentar em 2,2%. Além do
desempenho produtivo, o uso de antibióticos ocasionou redução na mortalidade e na
morbidade dos leitões. Em frangos de corte, a resposta ao uso de antibióticos como
promotores de crescimento indicou que, em média, ocorre aumento de 3,0 a 3,5% no
ganho de peso e de 2,5 a 3,0% na eficiência alimentar (HAYS e MUIR, 1979;
BUTOLLO, 1999).
Em 1998, os produtores dos Estados Unidos utilizaram aproximadamente 20
milhões de toneladas de antibióticos para aumentar o desempenho dos animais, sendo
que, 100% dos frangos e perus, 90% dos suínos e vitelas (bezerros super precoces) e
60% do gado de corte, receberam antibióticos como promotores de crescimento na
ração em alguma fase da vida (MENTEN, 2001).
A partir das décadas de 70 e 80, autoridades do Food and Drug Administration
(FDA) dos EUA, passaram a preocupar-se com as rações animais que continham
antibióticos (MENTEN, 2001). Isso porque seu uso abusivo e sem critérios proporcionou
o aparecimento de resistência bacteriana por processo de seleção natural (PALERMO
NETO, 2002, 2003).
A União Européia iniciou a suspensão do uso de antibióticos como promotores
de crescimento em 1997 e a partir de 2006 ocorreu a suspensão total. No Brasil, em
1998, foram proibidos os uso de cloranfenicol, penicilinas, tetraciclinas e sulfonamidas;
em 2002 os arsenicais e antimonias; em 2003 os nitrofuranos e em 2004, o Olaquindox
(Portarias do MAPA números, 193 de 12/05/98; Portaria 448 de 10/09/98; Ofício circular
19/98 de 16/11/98).
Consumidores mais exigentes, preocupados com a qualidade dos alimentos que
consomem, vêm progressivamente pressionando os governos e produtores em busca
6
de alimentos cada vez mais seguros. Esses consumidores estão em busca de
alimentos alternativos, livres de resíduos, produzidos a partir de animais criados em
condições de bem estar, passíveis de rastreabilidade, com certificação do produto e
que, além disso, sejam criados em sistemas de produção que não agridam o meio
ambiente (PALERMO NETO, 2003). Segundo CROMWELL (1991), suínos que
receberam níveis subterapêuticos de antibióticos na ração, são mais saudáveis com
nível sanitário superior, com redução nas taxas de morbidade e de mortalidade,
especialmente em leitões. Além disso, a utilização de antibióticos melhora o bem estar
dos animais e a absorção de nutrientes. Isto significa redução nas excreções de
nitrogênio, fósforo e outros nutrientes para o meio ambiente.
Existe hoje no mercado, uma intensa busca por produtos alternativos aos
antibióticos utilizados como promotores de crescimento, sem que ocorram perdas nos
índices zootécnicos. Esses produtos têm como principal foco de atuação a fisiologia
gastrintestinal (PETTIGREW, 2000), embora existam outros fatores coadjuvantes
contribuindo para o bom desempenho (PENZ Jr, 2003). Vários trabalhos têm
demonstrado que ácidos orgânicos, enzimas, simbióticos, prebióticos, probióticos e
aditivos fitogênicos, quando adicionados às rações, podem proporcionar aos animais
desempenho semelhante ao alcançado quando recebem antibióticos como promotores
de crescimento (MENTEN, 2002).
2.3 PROBIÓTICOS
O uso de probióticos surgiu no Oriente Médio, onde médicos prescreviam
iogurtes e outros leites fermentados como terapêutica para afecções do trato
gastrintestinal e como estimulante do apetite. A primeira informação sobre leite
fermentado influenciando a saúde humana foi publicada por Metchnikoff em 1907,
quando relatou que microrganismos nocivos ao trato gastrintestinal produziam
substâncias prejudiciais ao hospedeiro e que o consumo de produtos lácteos, tais como
o iogurte, estimulavam o crescimento de microrganismos benéficos, além de retardar o
envelhecimento e prolongar a vida (COPPOLA e TURNER, 2004).
7
No final da década de 1970 e início da de 1980, houve um avanço considerável
nos conhecimentos científico e tecnológico dos efeitos do uso de probióticos na
alimentação animal e deu-se início à sua produção em escala industrial. A partir dos
anos de 1990 ampliaram-se os conhecimentos a respeito destes probióticos, ocorrendo
grande número de trabalhos científicos, econômicos e técnicos, avaliando a eficácia na
alimentação animal (BLONBERG at al., 1993; CRISTANI et al., 1999; BUDIÑO, 2004;
HUAYNATE et al., 2005).
A palavra probiótico deriva do grego, significa para a vida e tem tido inúmeros e
diferentes interpretações ao longo dos anos. LILLY e STILLWEL (1965), foram os
primeiros a utilizarem o termo probiótico e demonstraram a ação dos microrganismos
como promotores de crescimento em humanos. Na alimentação animal, o uso dos
probióticos iniciou-se por volta de 1970 (NURMI e RANTALA, 1973), sendo que em
1974, Parker definiu probiótico como microrganismos ou substâncias que contribuem
para o balanço da microbiota intestinal. Finalmente FULLER (1989), definiu os
probióticos como sendo aditivos das rações, constituídos por agentes microbianos
vivos, que atuam beneficamente no hospedeiro, melhorando o equilíbrio da microbiota
do intestino.
A microbiota natural no trato gastrintestinal (TGI) é de difícil medição, sendo
composta de aproximadamente 400 espécies em equilíbrio entre si e com o hospedeiro.
A presença dessa microbiota intestinal normal, em equilíbrio, é tão necessária quanto
benéfica para o bem-estar do animal. Estima-se que 90% da microbiota seja composta
por bactérias facultativas, aeróbicas e anaeróbicas, produtoras de ácido láctico
(Lacobacillus spp, Bifidobacterium spp), incluindo aquelas exclusivamente aeróbicas,
como os Bacterióides spp, Fusobacterium spp e Eubacterium spp. Os 10% restantes
desta microbiota são constituídos de bactérias consideradas nocivas ao hospedeiro,
destacando-se a Escherichia coli, Clostridium spp, entre outras. O desequilíbrio, em
favor das bactérias indesejáveis, como mudança da dieta, alterações climáticas,
densidade elevada, ventilação deficiente ou qualquer outra situação desfavorável,
levam à diminuição das populações úteis e à proliferação das nocivas, o que se reflete
negativamente sobre a saúde e o desempenho animal (MATHEW et al.,1993), o que
8
pode resultar em infecção intestinal severa, que em alguns casos pode levar o animal à
morte (GEDEK, 1986).
As bactérias da microbiota intestinal e/ou os probióticos, podem produzir e liberar
compostos como as bacteriocinas, ácidos orgânicos (acidificantes) e peróxidos de
hidrogênio, que têm ação bactericida, especialmente em relação àquelas patogênicas.
Algumas bactérias secretam enzimas, como a ß-glucoronidase e hidrolases de sais
biliares, que liberam compostos como ácidos biliares com ação inibitória sobre as
bactérias indesejáveis (FERKET, 1993; JIN et al., 1997), enquanto outras produzem
enzimas digestivas e metabólitos capazes de neutralizarem as toxinas bacterianas,
aumentando a imunidade da mucosa intestinal e competindo com as bactérias
patogênicas (FERKET, 1993; COPPOLA e TURNER, 2004).
Os probióticos diferem quanto à sua capacidade de habitar o intestino dos
animais. Espécies como Lactobacillus e Enterococcus estão naturalmente presentes no
trato gastrintestinal enquanto espécies como Bacillus e a levedura Saccharomyces
cerevisiae, não são habitualmente encontradas. Este fato faz com que probióticos como
Enterococcus, Pediococcus e Lactobacillus se estabeleçam como residentes no
intestino, e outros como Bacillus e Saccharomyces sejam apenas transitórios no TGI,
precisando ser constantemente fornecidos aos animais (KRABBE, 2001).
Na alimentação animal, as leveduras, como a Saccharomyces cerevisiae têm
sido utilizadas por décadas, por meio do uso de subprodutos da indústria de
fermentação (BUTOLO, 2001). As leveduras utilizadas como concentrado protéico
microbiano são classificadas em leveduras de recuperação e estão inativadas, as quais
constituem-se num subproduto da fermentação alcoólica, enquanto as leveduras de
cultivo, ou seja, as vivas, são representadas pelos gêneros Pchia, Cândida,
Sacchromyces e Torilopsis (VANANUVAT, 1977).
O modo de ação das leveduras ainda não está totalmente elucidado,
necessitando ainda de pesquisas para sua comprovação. A levedura não é um
hospedeiro natural do trato gastrintestinal e suas células o se aderem ao epitélio
intestinal, multiplicam-se muito pouco e transitam juntamente com o bolo alimentar,
funcionando assim, como um bio-promotor (carreador de patógenos), diminuindo a
9
pressão de infecção exercida pelos microrganismos patogênicos. Algumas espécies de
Saccharomyces também são utilizadas como probióticos e sua resistência aos
antibióticos é uma considerável vantagem sobre os probióticos bacterianos. Estes
produtos são utilizados no alimento por período prolongado, com o objetivo de
incrementar o desempenho zootécnico ou prevenir desordens digestivas (SPINOSA et
al., 2002).
Existem probióticos com diferentes composições e, mesmo aqueles pertencentes
à mesma espécie, podem ter diferentes cepas. A eficácia dos produtos é estritamente
dependente da quantidade e das características das cepas dos microrganismos
utilizados na elaboração do produto. É importante que as bactérias sejam hospedeiro-
específicas para que a máxima eficácia seja atingida (BUTOLO, 2001; SILVA e
NÖRNBERG, 2003).
O mecanismo de ação dos probióticos parece ser por meio de uma competição
física no trato digestório. Os microrganismos probióticos competem com os patógenos
na ocupação dos sítios de aderência nas vilosidades intestinais, impedindo a livre
fixação dos mesmos, protegendo estas vilosidades e a superfície absortiva, de toxinas
irritantes produzidas pelos microrganismos patogênicos (NICOLI e VIEIRA, 2000).
A atividade antimicrobiana também é um mecanismo de ação dos probióticos. A
produção dos ácidos láctico e acético pelas bactérias utilizadas como probióticos, reduz
o pH do ambiente do trato intestinal, prevenindo o crescimento de vários patógenos e
permitindo o desenvolvimento de certas espécies de Lactobacillus (KLEEMAN e
KLAENHAMMER 1982; ATHERTON e ROBBINS, 1987).
Os probióticos são utilizados na alimentação animal com o objetivo de aumentar
as produções de carne, leite, ovos, entre outros e sua adição às rações tem sido muito
estudada e estimulada, principalmente nos últimos anos, em função da inerente
proibição ao uso de qualquer antibiótico como promotor de crescimento, em todos os
países do mundo (RUTZ e LIMA, 2001).
10
2. 4 ACIDIFICANTES
Os ácidos orgânicos são constituintes naturais de diversos alimentos, e contém
uma ou mais carboxilas em sua molécula. Na nutrição animal, são ácidos fracos de
cadeia curta que produzem menor quantidade de prótons por molécula ao se
dissociarem. Os ácidos orgânicos apresentam efeitos fisiológicos relacionados com o
sistema imune, com o esvaziamento gástrico e pela absorção de minerais e água. O
uso de ácidos orgânicos na dieta animal não é um conceito novo, pois foram utilizados
por pesquisadores na década de 1960, como forma de controlar a diarréia pós-
desmame (SINDIRAÇÕES, 2005). Na década de 1980, seu uso foi intensificado na
alimentação de suínos, com a finalidade de substituir os antibióticos, principalmente
para leitões na fase de desmame (HENRY et al., 1987)
Os ácidos orgânicos quando adicionados às rações, reduzem o pH da dieta e do
TGI (MORÉS et al., 1990), corrigindo o aumento do pH resultante da redução da
secreção ácida gástrica e dos efeitos ligadores de ácidos dos ingredientes alimentares.
Essa redução do pH estimula a atividade das enzimas digestivas nos microvilos, que
estão envolvidas no processo de digestão dos nutrientes, auxiliando na criação de um
ambiente intestinal favorável ao crescimento dos microrganismos benéficos (EWING e
COLE, 1994), inibindo também, o desenvolvimento de microrganismos patogênicos no
intestino, como E. coli e outros, os quais competiriam com o animal pelos nutrientes,
além de causarem inúmeros distúrbios gastrintestinais (CROMWELL, 1991). Desse
modo, a acidificação das dietas controla a proliferação de bactérias patogênicas,
podendo melhorar o desempenho do animal e sua eficiência alimentar (MACARI e
MAIORKA, 2000).
Efeito benéfico semelhante é atribuído aos antibióticos. Entretanto, os
acidificantes não deixam resíduos na carcaça e não promovem o aparecimento de
bactérias resistentes (CHERRINGTON et al., 1991). Além disso, os ácidos orgânicos
apresentam forte ação bacteriostática, que quando absorvidos pelas bactérias, alteram
o DNA celular e impedem a sua multiplicação (LANGHOUT, 2000). A eficiência
antimicrobiana dos ácidos depende de sua capacidade de dissociação (pKa), pois
11
quanto maior o pKa de um ácido, mais eficiente ele será como preservante. As
bactérias gram-negativas são mais susceptíveis aos ácidos com menos de oito
carbonos, enquanto as bactérias gram-positivas apresentam sensibilidade aos ácidos
com cadeias maiores e moléculas mais lipolíticas (PARTENEN e MROZ 1999; BEST,
2000; CANIBE et al., 2001). Os ácidos orgânicos podem ter efeitos direto ou indireto
sobre as bactérias. O efeito indireto é exercido por aqueles que apenas reduzem o pH
inicial do TGI e o efeito direto é exercido pelos ácidos orgânicos que apresentam
propriedades extras, pois além de reduzirem o pH, alteram o complexo enzimático
intracelular das bactérias patogênicas (VAN DEN BROEK, 2000). Segundo este autor,
os ácidos rmico, acético, propiônico e sórbico são os que apresentam efeito direto, e
por isso possuem grande potencial para substituírem antibióticos como olaquindox e
carbadox. Os ácidos orgânicos mais utilizados para suínos são o acético (KRABBE,
2001), fórmico, propiônico, lático, fumárico e cítrico (PARTENEN, 2002).
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Experimento 1.
3.1.1 Local do experimento
O presente experimento foi conduzido em uma granja comercial de suínos com
capacidade de alojamento de 530 matrizes produtivas, pertencente à Cooperativa
Camponovense (COOPERCAMPOS), localizada no município de Erval Velho-SC,
sendo uma Unidade de Produção de Leitões (UPL).
3.1.2 Animais
Foram utilizados 630 leitões, machos castrados e fêmeas, oriundos do Sistema
de Produção de Leitões (UPL), de linhagem comercial Ag Pic (Fêmeas Cambrou 22 x
macho 420), desmamados em média aos 21 dias de idade, com peso médio inicial dos
12
blocos de 6,30kg, os quais foram alojados no galpão de creche até o final do
experimento
3.1.3 Instalações
A granja possuía 8 salas de creche, as quais apresentavam dimensões de 8,82m
de comprimento por 5,60m de largura, dois corredores laterais de manejo de 0,77m de
largura, divididas em 8 baias em cada sala, com dimensões de 2m de profundidade por
2,30m de largura, totalizando 4,6m
2
por baia. A lotação utilizada foi de 0,33m
2
/suíno,
segundo as recomendações de (SOBESTIANKY et al., 1998). As baias eram suspensas
à altura de 0,70cm, com 50% do piso vazado. O galpão apresentava direito de
2,80m de altura, com duas portas laterais junto ao corredor de manejo. Na frente e no
fundo das salas havia uma abertura (janelão) protegida por tela e com cortinas
reguláveis, com dimensões de 1,56m de altura e 3,51m de largura.
3.1.4 Equipamentos
Cada baia possuía dois comedouros semi-automáticos, localizados na frente da
baia com seis aberturas cada e dois bebedouros duplos tipo chupeta, localizados no
fundo, sobre o piso ripado. Dois aquecedores de 250W, e dois termômetros de máxima
e mínima os quais permaneceram nos 15 primeiros dias do experimento em cada uma
das salas.
3.1.5 Delineamento experimental
Os animais foram pesados e identificados individualmente no dia do desmame e
distribuídos em blocos de acordo com o peso inicial (Tabela 1), com 5 tratamentos e 9
repetições. Em cada baia foram alojados 14 leitões de ambos os sexos, visto que em
suínos não há diferença no desempenho entre sexos até o peso vivo de
13
aproximadamente 30kg (SOBESTIANSKY et al., 1998). A baia foi considerada a
unidade experimental.
Tabela 1. Peso médio dos blocos para cada um dos tratamentos no inicio do
experimento.
Tratamentos
Blocos
CN Antb Acid Prob Prob + Acid
Peso médio Inicial dos blocos Médias
1
8,05 8,05 8,06 8,06 8,04 8,05
2
7,65 7,65 7,65 7,64 7,65 7,64
3
6,96 6,98 6,95 6,97 6,98 6,96
4
6,37 6,38 6,37 6,38 6,37 6,37
5
6,91 6,92 6,91 6,90 6,90 6,90
6
5,89 5,89 5,89 5,89 5,91 5,89
7
5,29 5,28 5,27 5,28 5,30 5,28
8
5,26 5,26 5,23 5,27 5,27 5,25
9
4,34 4,34 4,33 4,34 4,35 4,34
3.1. 6 Tratamentos e rações experimentais
Os animais foram distribuídos nos seguintes tratamentos experimentais:
1) CN - Controle Negativo: dieta basal;
2) Ant - Antibiótico: dieta basal + 50ppm de doxiciclina;
3) Acid - Acidificante: dieta basal + Blend comercial de ácidos orgânicos e inorgânicos
composto por 10% de ácido cítrico, 10% de ácido fumárico, 10% de ácido fosfórico,
30% de ácido benzóico e 40% de veiculo. Fornecido 4kg/ton de ração de 21 aos 49 dias
de idade e 2kg/ton de ração, dos 49 aos 63 dias de idade;
4) Prob - Probiótico: dieta basal + Probiótico comercial; Saccharomyces cerevisae var.
boulardii, 100g/ton de ração
5) Prob + acid -Probiótico + Acidificante: dieta basal + associação dos tratamentos 3 e
4.
14
As rações experimentais foram formuladas de modo a atender as exigências
mínimas dos animais de acordo ROSTAGNO et al. (2005), nas seguintes fases: 1 dos
21 aos 35 dias de idade, sendo Pré-especial dos 21 aos 28 e Pré-inicial I dos 28 aos 35
dias; fase 2 dos 35 aos 49 dias de idade ração Inicial I e fase 3 dos 50 aos 63 dias
de idade ração Inicial II. A composição e os níveis nutricionais das rações experimentais
nas fases 1, 2 e 3 encontram-se na Tabela 2.
Tabela 2. Composição centesimal e níveis nutricionais das rações experimentais
oferecidas aos leitões durante as fases 1. pré-especial (21 a 28 dias de
idade), pre-inicial I (29 a 35 dias de idade) Fase 2 ração inicial I (36 a 49
dias de idade), Fase 3 ração inicial II (49 a 63 dias de idade)
Rações
Idades
21 a 28 dias 28 a 35 36 a 49 50 a 63
Ingredientes
(%)
Pré-especial Pré Inicial I Inicial I Inicial II
Milho, 8,00% PB 19 40 49 64,5
Farelo de soja 45% PB 16 20 26 30,5
Nuvisui 650
1
65 - - -
Nuvisui 400
2
- 40 - -
Nuvisui 250
3
- - 25 -
Nuvisui 50
4
- - - 5,0
Valores calculados
Umidade, % 9,07 9,63 10,63 11,13
Proteína bruta, % 22,43 22,17 20,66 19,46
Extrato etéreo, % 3,36 3,70 3,70 2,86
Fibra Bruta, % 2,41 2,75 3,49 3,32
Energia Met, Kcal/Kg 3.351 3.279 3.228 3.179
Cálcio, % 0,58 0,72 0,70 0,77
Fósforo Total, % 0,76 0,71 0,59 0,48
Matéria Mineral, % 6,44 6,19 5,17 4,86
Lactose % 14,3 8,8 2,75 1,1
1
NUVISUI 650. Núcleo para suínos. Níveis de garantia por kg de produto: Proteína Bruta 17,5%, lactose 22%, Vit A. 12.300 UI, Vit
D
3
2.460 UI, Vit E 61mg, Vit K
3
3 mg, Vit B
2
5,3 mg, Vit B
6
1,5 mg, Vit B
12
30 mcg, Niacina 25 mg, Pantotenato de Cálcio 18,5 mg,
Colina 840 mg, Cálcio 10 g, Fósforo 6,5g, Ferro 62mg, Manganês 52 mg, Zinco 3.500mg, Cobre 185 mg, Iodo 0,4 mg, Selênio 0,6
mg, Cobalto 0,2 mg, Antioxidante 160 mg, Flúor 65 mg, Solubilidade do Fósforo (P) em ácido cítrico 90%.
2
NUVISUI 400. Núcleo para suínos. Níveis de garantia por kg de produto: Proteína bruta 22%, lactose 22%, Vit A. 20.000 UI, Vit D
3
4.000 UI, Vit E 100 mg, Vit K
3
5 mg, Vit B
2
8,5 mg, Vit B
6
2,4 mg, Vit B
12
50 mcg, Niacina 40 mg, Pantotenato de cálcio 30 mg, Colina
15
1.050 mg, Cálcio 12 g, Fósforo 4,9 g, Ferro 100 mg, Manganês 85 mg, Zinco 5.500 mg, Cobre 300 mg, Iodo 0,05 mg, Selênio 1,0
mg, Cobalto 0,34 mg, Antioxidante 37,5 mg, Flúor 49 mg, Solubilidade do Fósforo (P) em ácido cítrico 90%.
3
NUVISUI 250. Núcleo para suínos. Níveis de garantia por kg de produto: Proteína bruta 18%, lactose 11%, Proteína láctea 4%, Vit
A. 32.000 UI, Vit D
3
6.400 UI, Vit E 89 mg, Vit K
3
8 mg, Vit B
2
13,6 mg, Vit B
6
4 mg, Vit B
12
80 mcg, niacina 64 mg, Pantotenato de
cálcio 48 mg, Colina 720 mg, Cálcio 24,4 g, Fósforo 15,8 g, Sódio 8,3 g, Ferro 160 mg, Manganês 140 mg, Zinco 200 mg, Cobre 32
mg, Iodo 1,04 mg, Selênio 1,44 mg, Cobalto 0,82 mg, DL-Metionina 2000 mg, L-Lisina 12.000 mg, Antioxidante 400 mg, Flúor 158
mg, Solubilidade do Fósforo (P) em ácido cítrico 90%.
4
NUVISUI 50. Núcleo para suínos. Níveis de garantia por kg de produto: Proteína bruta 22%, lactose 22%, Vit A. 20.000 UI, Vit D
3
4.000 UI, Vit E 100 mg, Vit K
3
5 mg, Vit B
2
8,5 mg, Vit B
6
2,4 mg, Vit B
12
50 mcg, Niacina 40 mg, Pantotenato de cálcio 30 mg, Colina
1.050 mg, Cálcio 12 g, Fósforo 4,9 g, Ferro 100 mg, Manganês 85 mg, Zinco 5.500 mg, Cobre 300 mg, Iodo 0,05 mg, Selênio 1,0
mg, Cobalto 0,34 mg, Antioxidante 37,5 mg, Flúor 49 mg, Solubilidade do Fósforo (P) em ácido cítrico 90%.
3.1.7 Medidas de desempenho
Os animais foram pesados no início e no final de cada período experimental, bem
como as sobras de ração, obtendo-se então o consumo diário de ração (CDR) em kg, o
ganho diário de peso (GDP) em kg e a conversão alimentar (CA), calculada pela razão
entre CDR e GDP e percentagem de leitões entregues a unidade de crescimento e
terminação.
Os resultados de desempenho foram analisados de acordo com os seguintes
períodos: Período 1 dos 21 aos 35 dias de idade; 2 dos 21 aos 49 dias de idade; 3
dos 21 aos 63 dias de idade.
3.1.8 Percentagem de leitões entregues à unidade de crescimento e
terminação.
No final do experimento, os leitões foram pesados individualmente para serem
entregues às unidades de crescimento e terminação, onde o peso mínimo aceito é de
18kg assim, leitões com peso inferior são considerados refugos e devem permanecer
na propriedade até atingirem o peso ideal de entrega.
3.1 9 Incidência de diarréia
Foram realizadas durante os primeiros 15 dias de experimento, observações das
excretas dos leitões com o objetivo de avaliar a presença de diarréia, conforme
16
procedimento descrito por MORÉS et al. (1990); BERTO (1993); VASSALO et al.
(1997). A presença de diarréia foi verificada diariamente pela manhã e à tarde,
utilizando-se o seguinte critério:
0 fezes com consistência normal;
1 fezes moles;
2 fezes pastosas;
3 fezes aquosas.
Para os escores 0 e 1 as fezes foram consideradas como não diarréicas e para 2
e 3 como diarréicas.
3.1.10 Análise econômica
Para verificar a viabilidade econômica determinou-se inicialmente o custo em
ração por quilograma de ganho de peso vivo ganho (BELLAVER et al., 1985). Em
seguida, foram calculados o Índice de Eficiência Econômica (IEE) e o Índice de Custo
(IC), propostos por BARBOSA et al. (1992).
IEE = MCe X 100 e IC= CTei X 100
CTei MCe
em que: MCe = menor custo da ração por quilograma ganho observado entre os
tratamentos; CTei = custo do tratamento i considerado.
Os preços dos ingredientes utilizados na elaboração dos custos das rações,
foram colhidos na região Oeste de Santa Catarina no dia 20 de agosto de 2007, sendo
milho, R$ 0,32kg; farelo de soja, R$ 0,48/kg, Nuvisui 650, R$ 3,40/kg; Nuvisui 400, R$
3,30/kg; Nuvisui 250, R$ 2,86/kg e Nuvisui 50, R$ 2,07/kg
3.1.11 Análises estatísticas
Os dados de desempenho foram submetidos
à análise de variância utilizando-se
o pacote estatístico SAS (SAS 9.1., SAS Institute, Cory, NC, USA), sendo previamente
17
testados para normalidade dos resíduos pelo teste de Shapiro-Wilk (SHAPIRO, 1965) e
as médias das dietas comparadas pelo teste de Tukey (5%). Foi utilizado o
delineamento em blocos casualizados para controlar diferenças no peso inicial, sendo a
baia com 14 leitões considerada uma unidade experimental.
O seguinte modelo matemático foi utilizado:
Y
ij
= m + T
i
+ B
j
+ (TB)
ij
+ e
ij
, em que:
Y
ij
= valor observado para a dieta i, no bloco j;
m = média geral;
T
i
= efeito da dieta i;
B
j
= efeito do bloco j;
(TB)
ij
= efeito da interação entre a dieta i e o bloco j;
e
ij
= erro experimental.
Os valores de incidência de diarréia e não incidência de diarréia em cada período
foram submetidos ao procedimento de ajuste de modelos de regressão linear logística
para os dados de escala ordinal, pelo método de máxima verossimilhança. A variável
exploratória utilizada no modelo, como efeito fixo foi a dieta. (STEEL et al.,1997; KAPS
e LAMBERSON, 2004) e assim subdivididos: 1 a 5, 6 a 10, 11 a 15 e 1 a 15 dias pós-
desmame.
3.2 Experimento 2.
O experimento dois foi realizado nas mesmas condições do experimento 1. Neste
experimento procedeu-se o abate dos animais para a realização das analises
morfológicas.
3.2.1 Abate e colheita de amostras
Para avaliação morfológica, cinco leitões foram abatidos no dia do desmame.
Outros três leitões por tratamento foram abatidos por dessensibilização e sangramento,
18
nos dias 10 e 20 pós-desmame (31 e 41 dias de idade), com peso próximo à média,
totalizando 35 animais. Amostras das porções médias do duodeno, jejuno e íleo foram
colhidas para análise em microscopia de luz e eletrônica de varredura. Além disso,
colheu-se fígado e pâncreas para serem pesados para a determinação dos pesos
relativos dos órgãos.
3.2.2 Medidas de pH dos conteúdos do estômago, intestino delgado e ceco
Imediatamente após o abate, foi mensurado o pH dos conteúdos do estômago,
intestino delgado e ceco, usando um medidor de pH F-1003 Bernauer®.
3.2.3 Análises morfométricas
Para o estudo da microscopia de luz, as amostras do duodeno, jejuno e íleo
foram colocadas em solução fixadora de Bouin, onde permaneceram por 24h. Em
seguida, foram colocadas em solução de formol neutro tamponado até o momento do
processamento. Depois da desidratação em série crescente de álcoois e da passagem
pela bateria de benzol, as diversas amostras foram incluídas em parafina e
microtomizadas para a montagem de 5 lâminas de cada amostra colhida.
Em cada lâmina histológica foram colocados cortes semi-seriados de 5m de
espessura e entre um corte e o subseqüente, foram desprezados doze. A seguir, as
amostras foram coradas pela técnica de hematoxilina de Harris-eosina de Erlich (HE),
segundo TOLOSA et al. (2003). As analises foram realizadas no Laboratório de
patologia Animal do Centro de Ciências Agroveterinárias, em Lages.
Os cortes foram analisados em microscópio de luz, modelo Olympus BX41,
acoplado a um sistema para captura de imagens Olympus DP11-N. Imagens da
superfície epitelial das amostras foram capturadas em aumento de 100 vezes para a
realização das medidas de altura das vilosidades (AV) e profundidade das criptas (PC).
19
As imagens foram transferidas para um computador e as avaliações morfométricas
foram realizadas utilizando o software Image-Pro Plus®.
As tomadas das medidas (m) (AV) e da (PC) foram feitas em 30 vilosidades e
30 criptas de cada amostra. A partir das medidas de AV e PC, calculou-se a relação
AV/PC para cada amostra analisada. As vilosidades e criptas de leitão são
apresentadas na Figura 1.
Figura 1 Fotomicrografia de intestino delgado - porção do jejuno de um leitão
abatido no dia do desmame. Observa-se a altura das vilosidades
(AV) e profundidade das cripta (PC). H&E. Aumento de 100x.
AV
PC
20
3.2.4 Densidade de vilosidades
Para a determinação da densidade de vilosidades foi realizado a técnica de
microscopia eletrônica de varredura (MEV). As amostras do duodeno e do jejuno,
colhidas aos 10 e 20 dias após o desmame, foram fixadas em glutaraldeído 3%,
lavadas em solução tampão cacodilato de sódio 0,1M e pH 7,2 e pós fixadas em
tetróxido de ósmio a 1%.
Posteriormente, os fragmentos foram lavados no mesmo tampão e desidratados
em séries crescentes de etanol, iniciando-se por 30%, passando por 50%, 70%, 80% e
95% e finalizando em 100% (absoluto), sendo que neste último foram realizados três
banhos. Em seguida, foi feita a embebição dos tecidos em solução de acetato de
isoamila por três horas.
A secagem do material foi realizada obtendo-se o ponto crítico com dióxido de
carbono (CO
2
) líquido, em secadora de ponto crítico modelo EMS 850. Para a
metalização com ouro foi utilizado o aparelho DENTON VACUM modelo Desk II.
As amostras de duodeno e jejuno foram montadas sobre suporte de cobre de um
centímetro de diâmetro e espessura, utilizando-se fita adesiva metálica e em seguida
foram observadas e eletronmicrografadas em microscópio eletrônico de varredura JEOL
JSM 5410, operado a 15kv. Foram feitas três eletronmicrografias por amostra para
contagem das vilosidades e posterior cálculo da densidade de vilosidades
(vilosidades/cm²). As analises foram realizadas no laboratório de Microscopia eletrônica
da Universidade Estadual Paulista UNESP- Campus de Jaboticabal.
3.2.5 Pesos relativos dos órgãos (fígado e pâncreas)
Para a avaliação do efeito das diferentes rações sobre os desenvolvimentos do
fígado e pâncreas foi analisado o peso relativo de cada um dos órgãos em função dos
diferentes tratamentos utilizados. Os pesos relativos do fígado e do pâncreas (g/kg),
foram calculados dividindo-se o peso absoluto do órgão pelo peso do animal vivo.
21
3.2.6 Contagem de coliformes fecais e totais
Logo após o abate dos animais, foi colhida assepticamente, uma porção média
do jejuno, que foi colocada em placas de Petri esteréis e transportada em caixas de
isopor com gelo reciclável até o Laboratório de Microbiologia da Universidade do Estado
de Santa Catarina CAV/UDESC, em Lages SC. Ao chegarem ao Laboratório, as
amostras foram congeladas até o momento do processamento. Para a determinação do
Número Mais Provável (NMP) de coliformes totais (CT) e coliformes fecais (CF), foi
realizada a técnica dos tubos múltiplos modificada, descrita por SCHIMIDT et al. (2002).
3.2.7 Análises estatísticas
Para as medidas de pH, análises morfométricas e pesos relativos dos órgãos,
utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 5 X 2, sendo 5
dietas e 2 idades (10 e 20 dias pós-desmame), com 3 repetições, sendo que cada
animal constituiu uma unidade experimental.
Os dados de coliformes totais e fecais sofreram transformação logarítmica
(logaritmo natural), visando a obtenção de normalidade dos resíduos, sendo que o
delineamento utilizado foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 5 X 2, sendo 5
dietas e 2 idades (10 e 20 dias pós-desmame), com 3 repetições, sendo que cada
animal constituiu uma unidade experimental.
Todos os dados foram submetidos à análise de variância utilizando-se o pacote
estatístico SAS (SAS 9.1., SAS Institute, Cory, NC, USA), sendo previamente testados
para normalidade dos resíduos pelo teste de Shapiro-Wilk (SHAPIRO, 1965). As médias
das dietas foram comparadas pelo teste de Tukey (5%).
22
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.
4. 1 Medidas de desempenho
As médias observadas para o consumo diário de ração (CDR), ganho diário de
peso (GDP) e conversão alimentar (CA) dos leitões, seus respectivos coeficientes de
variação e valores de probabilidade observados nos diferentes tratamentos, para os
períodos 1, 2 e 3, encontram-se na Tabelas 3.
Tabela 3. Médias observadas para consumo diário de ração (CDR), ganho diário de
peso (GDP), conversão alimentar (CA), coeficiente de variação (CV) e valores
de probabilidade de acordo com os tratamentos experimentais nos períodos 1,
2 e 3.
CN Ant Acid Prob Prob+Acid
CV (%) P
Período 1: 21 a 35 dias de idade
CDR 0,195 0,206 0,212 0,212 0,202 2,28 0,56
GDP 0,081
b
0,124
a
0,097
ab
0,083
b
0,096
ab
8,00 0,01
CA 2,536
ab
1,754
a
2,219
ab
2,669
b
2,418
ab
7,13 0,04
Período 2: 21 a 49 dias de idade
CDR 0,353
ab
0,398
a
0,391
ab
0,373
ab
0,350
b
9,93 0,03
GDP 0,196
b
0,246
a
0,211
b
0,192
b
0,188
b
10,97 <0,001
CA 1,804
b
1,605
a
1,861
b
1,946
b
1,857
b
8,09 0,0008
Período 3: 21 a 63 dias de idade
CDR 0,493
ab
0,549
a
0,527
ab
0,502
ab
0,487
b
9,19 0,05
GDP 0,287
b
0,351
a
0,294
b
0,270
b
0,262
b
11,07 <0,0001
CA 1,725
b
1,523
a
1,798
b
1,865
b
1,862
b
8,50 0,0009
Médias seguidas da mesma letra nas linhas não diferem entre si pelo teste de Tukey (P>0,05)
Os diferentes tratamentos não influenciaram (P>0,05) o CDR no período 1,
enquanto nos períodos 2 e 3, os animais que receberam antibiótico na ração
apresentaram maiores (P<0,05) CDR do que aqueles do tratamento Prob+acid.
23
O GDP foi influenciado pelos tratamentos (P<0,05) no Período 1,em que os
animais que receberam o tratamento Ant. apresentaram resultados superiores àqueles
dos tratamentos CN e Prob, não diferindo (P>0,05) dos demais. Nos períodos 2 e 3, o
GDP foi superior (P<0,05) para os animais que receberam o tratamento Ant.
No período 1, observou-se que os animais do tratamento Ant. apresentaram
melhores CA (P<0,05) do que os do tratamento Prob. Nos períodos 2 e 3 os resultados
para a CA foram os mesmos observados para o GPD.
Os resultados obtidos nesse experimento para os animais que receberam ração
contendo acidificantes não mostraram diferenças (P>0,05) em relação àqueles dos
tratamentos controle negativo, probiótico e associação de próbiótico + acidificante,
porém, foram inferiores (P<0,05) ao grupo suplementado com antibiótico, para as
características de GDP e CA, nos períodos 2 e 3.
Outros pesquisadores trabalhando com ácidos orgânicos notaram que sua
inclusão na dieta levou à melhora da CA e diminuição do CDR, em relação ao grupo
controle, contudo sem efeito sobre o ganho de peso (GIESTING e EASTER, 1985;
RISLEY et al., 1991; PALENZUELA, 2000; TEIXEIRA et al., 2003a; CORASSA et al.,
2006; FREITAS et al., 2006). Porém, TSILOYIANNIS et al. (2001) e ARAÚJO et al.
(2005) ao fornecerem acidificantes para leitões, observaram melhora nos GDP, CDR e
CA em relação ao grupo controle.
A melhora do GDP e CA constatada em animais tratados com antibióticos foi
também observada em suínos de terminação (HUYNATE et al., 2005). Esses resultados
diferiram dos relatados por BUDIÑO (2004) e SANCHES et al. (2006), que não
encontraram diferenças entre os tratamentos com antibióticos, probióticos, prebióticos e
simbióticos para leitões na fase de creche em relação ao controle.
As diferenças nos resultados de CDR, GDP e CA, observadas em favor dos
animais que receberam antibióticos na dieta, podem ser explicadas pelo alto desafio
sanitário da granja onde foi realizado o experimento. Nestas granjas, os benefícios dos
antibióticos como promotores de crescimento são mais expressivos, o que pode
24
explicar a diferença destes resultados com relação aos de outros pesquisadores que
trabalharam em granjas com desafios sanitários menores.
4.2. Percentagem de leitões entregues a unidade de crescimento e
terminação
Na Tabela 4, podemos observar a percentagem de leitões entregue de acordo
com os tratamentos.
O peso de entrega aos 63 dias de idade foi influenciado (P<0,05) pelos
tratamentos, sendo que 75,4% dos leitões que receberam antibióticos na dieta
alcançaram o peso mínimo exigido para a entrega pelo sistema de integração. Para os
demais tratamentos, não foram observadas diferenças (P>0,05) para esta
característica. A baixa percentagem de leitões entregues, deve-se ao fato da granja
estar passando por um alto desafio sanitário pela presença do Circovirus Suíno tipo II.
Nos demais lotes da granja, que não foram utilizados no experimento, os dados de
entrega no mesmo período foram muito semelhantes. Com isso fica demonstrado que
os antibióticos possuem papel muito importante no desempenho de leitões pós-
desmame em granjas com alto desafio sanitário.
Tabela 4. Percentagem de leitões que alcançaram o peso de entrega aos 63 dias de
idade conforme os tratamentos oferecidos.
Dietas
Percentagem de leitões entregues à unidade de
crescimento e terminação
CN
51,2
b
Ant
75,4
a
Acid
52,8
b
Prob
51,7
b
Prob+ Acid
43,6
b
Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey (P>0,05)
A baixa percentagem de leitões entregues, dificulta as práticas de manejo na
granja, como a realização dos programas de limpeza e desinfecção (todos dentrotodos
25
fora). Isso leva ao aumento dos efeitos negativos causados pelos agentes infecciosos
presentes nas instalações, que não foram eliminados por meio de um plano de limpeza
e desinfecção, impossibilitado de ser realizado pela presença dos animais nas
instalações. Animais alojados em Instalações sujas tendem a apresentar desempenho
inferior, causando prejuízos devido aos gastos extras com alimentação e
medicamentos, acarretando em piora nos índices de produtividade, aumentos na
ocorrência de doenças subclínicas ou oportunistas, aparecimento de refugos e nos
gastos com mão-de-obra.
Além disso, causa situações desagradáveis entre técnicos e funcionários,
principalmente aqueles que são renumerados por produtividade, que não conseguem
atingir as metas da granja.
4. 3. Incidência de diarréia
A incidência de diarréia, expressa em valores percentuais, de 1 a 5, 6 a 10, 11 a
15 e 1 a 15 dias pós-desmame, encontra-se na Tabela 5.
De 1 a 5 dias pós-desmame, houve menor (P<0,05) incidência de diarréia nos
animais que receberam antibióticos na dieta em relação àqueles dos tratamentos com
prob, prob+acid e cn, não diferindo (P>0,05) daqueles que consumiram ração com
acidificante.
Analisando os resultados percebe-se que, embora os leitões consumindo rações
contendo antibióticos tenham apresentado a menor (P<0,05) incidência de diarréia dos
6 aos 10 dias pós-desmame, aqueles que receberam acidificantes vieram em seguida,
demonstrando que em granjas com alto desafio sanitário, os acidificantes podem ser
eficientes no controle da diarréia.
26
Tabela 5. Incidência de diarréia (%) em leitões de 1 a 5, 6 a 10, 11 a 15 e 1 a 15 dias
pós-desmame, em função dos tratamentos.
Dias pós-desmame
1 a 5 6 a 10 11 a 15 1 a 15
CN
13,0
a
30,0
a
23,0
a
22,0
a
Ant
7,0
c
11,0
d
20,0
b
12,0
d
Acid
8,0
bc
17,0
c
22,0
ab
16,0
c
Prob
10,0
ab
22,0
b
23,0
ab
18,0
b
Prob+Acid
11,0
ab
27,0
ab
25,0
a
21,0
a
Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo Teste do X
2
(P>0,05)
De 11 a 15 dias pós-desmame, considerado como aquele de início de
recuperação da diarréia, houve diferença (P<0,05) apenas entre as incidências de
diarréias entre os animais recebendo ração controle negativo (23,0%), probiótico+
acidificante (25,0%) e antibiótico (20,0%).
A menor (P<0,05) incidência de diarréia observada de 1 a 15 dias pós-desmame
foi notada nos animais submetidos ao tratamento com ant, seguidos por aqueles dos
tratamentos com acid e prob. Os piores resultados foram observados nos animais dos
tratamentos cn e prob+acid que não diferiram (P>0,05).
Estes resultados encontrados nos animais do tratamento prob+acid podem ter
ocorrido porque o probiótico utilizado foi uma levedura e os ácidos em contato com
essas leveduras podem ter causando inativação da mesma, fazendo com que sua
eficácia ficasse comprometida.
A menor incidência de diarréia em leitões recebendo rações contendo
antibióticos foi também constatada por (OETTING, 2005), que pesquisou o uso de
extratos vegetais e antibióticos. Resultados diferentes foram observados em
experimentos com antibiótico e probiótico (VASSALO et al., 1997); antibiótico,
probiótico, prebiótico, simbiótico e controle (BUDIÑO, 2004); antibiótico, probiótico,
prebiótico, extratos vegetais e controle (UTIYAMA, 2004) e probiótico e controle (SILVA
et al., 2006), que não encontraram diferença na incidência de diarréia. Porém,
27
VASSALO (1995) observou menor incidência de diarréia quando utilizou probiótico em
relação ao controle negativo.
A ocorrência de diarréia nesse período, deve-se à imaturidade dos sistemas
digestório e imunológico dos leitões, que não estão totalmente desenvolvidos para
enfrentar os desafios do desmame.
Em todos os animais dos diferentes tratamentos experimentais a diarréia iniciou
a partir do quarto dia pós-desmame, aumentou até o sétimo dia e a partir daí diminuiu
até o décimo quinto dia, quando praticamente desapareceu. Foi possível constatar que
com a retirada dos antimicrobianos como promotores de crescimento, talvez seja
necessária a utilização de tratamentos curativos nos leitões na fase de desmame,
principalmente do quarto ao décimo dia pós-desmame. Após este período crítico, os
leitões estarão aptos a enfrentar os desafios desta fase, sem grandes conseqüências
para o desempenho.
4.4.. Análise econômica
Na Tabela 6 estão apresentados os resultados econômicos obtidos para os
leitões nos diferentes tratamentos. Houve diferença (P<0,05) para o custo em ração por
quilograma de peso vivo ganho entre as rações avaliadas, demonstrando que o custo
para produzir um quilograma de ganho de peso foi menor, quando os leitões
consumiram ração contendo antibiótico. Os melhores resultados encontrados para IEE
e o IC foram observados para os animais do tratamento com antibiótico (100), seguidos
pelos leitões dos tratamentos controle e com acidificante.
Suínos desmamados precocemente apresentam redução na taxa de crescimento
e diarréia entre a primeira e segunda semana pós-desmame (ARMSTRONG e
CLAWSON, 1980). Com isso, as perdas econômicas são consideráveis, principalmente
pela redução no ganho de peso, piora na conversão alimentar, desuniformidade dos
lotes, custos com medicamentos e mortalidade dos animais. As taxas de morbidade são
altas e atingem facilmente a marca de 20% quando os animais não são tratados.
Quando a doença é controlada, a mortalidade reduz-se a níveis inferiores a 5%. Esse
28
controle é realizado por meio da manipulação da dieta, boa higiene, adequação da
temperatura e uso de antibióticos na ração (KYRIAKIS 1989).
Com base nos resultados encontrados neste trabalho, observou-se que em
granjas comerciais com alto desafio sanitário, os aditivos testados não foram eficientes,
do ponto de vista econômico, em substituir o antibiótico.
Tabela 6. Custo do kg da ração (CR), custo em ração por kg de peso vivo ganho pelos
leitões, submetidos aos tratamentos (CRPVG), índice de eficiência
econômica (IEE) e índice de custo (IC).
Variáveis CN Ant Acid Prob Prob+Acid
CR (R$) 0,830 0,856 0,859 0,863 0,865
CRPVG (R$)
1,43 1,35 1,54 1,61 1,61
IEE (%)
94,40
100 88,33 83,65 83,59
IC (%)
105,92
100 114,07 119,25 119,25
4.5. Medidas de pH dos conteúdos do estômago, intestino delgado e ceco
As medidas de pH dos conteúdos do estômago, intestino delgado e ceco dos
leitões encontram-se na Tabela 7.
Nesse estudo não foi verificado efeito das dietas (P>0,05) sobre o pH dos
conteúdos do estômago, intestino delgado e ceco nas idades analisadas. O pH médio
do estômago, variou de 2,61 à 4,57, que esteve dentro da faixa ótima para atuação da
pepsina que é de 2,0 a 4,57, enquanto para o intestino delgado os valores foram de
6,02 a 6,38, sendo considerados baixos quando comparados ao pH ideal para a ação
da tripsina e da quimotripsina (7,8 a 8,1). Para o pH do ceco foi observado uma
variação de 5,39 a 6,01. A não alteração nos valores do pH dos conteúdos do
estômago, intestino delgado e ceco dos leitões nas idades analisadas está de acordo
com os resultados encontrados por TEIXEIRA et al. (2003b), que observaram variação
29
no pH do estômago de 2,33 a 3,99, e no conteúdo intestinal de 5,68 a 6,23.
ZANGERONIMO et al. (2007) verificaram pH do estômago de leitões de 2,73 a 3,67 e
do ceco de 5,58 a 5,98. Entretanto FREITAS et al. (2006) observaram o pH do
estômago de leitões variação de 3,61 a 3,79.
Tabela 7. Médias gerais de pH dos conteúdos do estômago, intestino delgado e ceco
dos leitões 10 e 20 dias pós-desmame conforme as diferentes rações.
Estômago Intestino delgado Ceco
Dias pós-desmame
10 20 10 20 10 20
CN
2,61 3,47 6,33 6,21 5,39 5,69
Ant
3,60 3,71 6,36 6,10 6,01 5,71
Acid
3,29 3,13 6,38 6,16 5,94 5,80
Prob
2,64 4,57 6,02 6,19 5,68 5,65
Prob+Acid
3,60 3,77 6,18 6,10 5,81 5,88
Médias Gerais 3,14 3,73 6,25 6,15 5,76 5,74
CV % 23,8 5,67 5,9
Efeito das rações 0,56 0,88 0,38
Efeito da idade 0,065 0,44 0,86
Os resultados distintos para o pH dos segmentos do trato digestório, podem
ocorrer em função da região em que foram feitas as determinações, do tipo de técnica
utilizada e do tempo após a ingestão dos alimentos (FERREIRA, 1986).
A diminuição do pH é importante para inibir o crescimento de bactérias
patogênicas, como Escherichia coli e Salmonella, que não são capazes de sobreviver
em pH baixo, ao contrário das bactérias não-patogênicas (BARCELOS e
SOBESTIANSKY, 1998). BLANCHARD (2000) verificou que a faixa ótima para
crescimento da E. coli está entre 4,3 e 9,5; para Salmonella sp está entre 4,0 e 9,0 e
30
para Lactobacillus sp, entre 3,8 a 7,2. Neste experimento, observou-se que a faixa de
pH do conteúdo do estômago encontrou-se abaixo do mínimo exigido para o
crescimento de E. coli e Salmonella. No ceco, observou-se valores de pH dentro da
faixa ótima para crescimento de Lactobacilus. VIEIRA et al. (1995) salientaram que a
variação do pH pode ser descrita como uma função logarítmica e mudanças
aparentemente pequenas de pH, na realidade, correspondem a grandes variações na
concentração de H
+
. Assim, quando o pH varia 0,3 a concentração de H
+
tornou-se
duas vezes maior; contudo, se varia 3,0 a concentração torna-se mil vezes maior.
4.6. Análises morfométricas
Na Tabela 8 encontram-se os resultados de AV, PC e a relação AV/PC para
duodeno, jejuno e íleo, aos 10 e 20 dias pós-desmame de acordo com as diferentes
rações experimentais. Não foi observado efeito (P>0,05) das rações sobre AV, PC e da
AV/PC em nenhum dos segmentos estudados.
Houve efeito (P<0,05) da idade sobre AV e PC para o duodeno e jejuno
enquanto a AV/PC foi afetada (P<0,05) no duodeno e íleo. Esses resultados estão de
acordo com os encontrados por SOARES et al. (2000); OETTING et al. (2006);
ZANGERONIMO et al. (2007) que não verificaram efeitos das rações sobre estas
características. Resultados semelhantes também foram observados por TEIXEIRA et al.
(2003b), que não observaram efeito das dietas experimentais sobre a AV e AV/PC, mas
notaram efeito das idades sobre a PC.
CERA et al. (1988) relataram que após o desmame, ocorre redução na altura das
vilosidades de leitões, apresentando-se mais acentuada no 3º e dias pós-desmame.
SANTOS et al. (2002) verificaram maior altura das vilosidades no duodeno e jejuno de
leitões com 60 dias de idade tratados com 0,1% e 0,2% de manose, mas não identificou
diferenças significativas no desempenho e na profundidade das criptas do duodeno.
BUDIÑO et al. (2003b) verificou interação entre idade e dieta para AV, nos três
segmentos do intestino analisados. SCANDOLERA et al. (2005) encontraram aos 7 dias
31
pós-desmame redução na altura das vilosidades do duodeno e jejuno e essa redução
manteve-se até 14 dias pós-desmame.
Tabela 8. Médias da altura (ìc) das vilosidades (AV), da profundidade das criptas (PC),
da relação da altura da vilosidade/profundidade de cripta (AV/PC) medidas no
duodeno, dos leitões aos 10 e 20 dias pós-desmame.
Duodeno
AV PC AV/PC
10 20 10 20 10 20
CN 201,42 196,19 200,91 185,97 1,002 1,05
Ant 199,95 186,06 194,55 174,02 1,02 1,07
Acid 202,41 192,51 198,53 185,50 1,01 1,03
Prob
198,68
190,52 197,93 181,02 1,003 1,05
Prob+acid 203,34 190,82 199,45 186,40 1,01 1,2
Médias 201,16
a
191,59
b
198,27
a
183,19
b
1,01 1,05
CV % 5,0 4,3 2,9
Efeito das rações 0,87 0,39 0,007
Efeito da idade 0,014 >0,0001 0,65
Jejuno
AV PC AV/PC
10 20 10 20 10 20
CN 209,031 196,35 199,16 180,76 1,05 1,08
Ant 207,88 189,68 194,64 180,09 1,05 1,05
Acid 201,66 194,59 194,56 178,55 1,05 1,08
Prob
206,07
197,01 193,35 181,02 1,04 1,08
Prob+acid 205,13 194,44 196,47 184,87 1,05 1,05
Médias 206,01
a
194,41
b
195,64
a
181,06
b
1,05 1,07
CV % 3,8 4,1 3,6
Efeito das rações 0,78 0,85 0,83
Efeito da idade 0,0005 0,0001 0,14
Íleo
AV PC AV/PC
10 20 10 20 10 20
CN 197,33 204,33 192,06 188,71 1,02 1,08
Ant 186,49 201,58 181,83 193,54 1,02 1,04
Acid 186,69 198,31 175,35 186,61 1,06 1,06
Prob
189,46
195,66 184,25 181,23 1,03 1,07
Prob+acid 192,35 197,04 189,59 187,98 1,01 1,04
Médias 190,33
a
199,55
b
184,26 187,59 1,03
b
1,06
a
CV % 3,6 3,7 3,4
Efeito das rações 0,26 0,14 0,51
Efeito da idade 0,004 0,27 0,004
Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste F (P>0,05)
32
No período pós-desmame, normalmente ocorre diminuição na altura das
vilosidades (THOMAZ, 1996; THOMAZ et al., 2002), causada principalmente pelo
aumento na taxa de descamação celular. O aumento da descamação é conseqüência
do início do consumo de ração sólida, de toxinas bacterianas e da adesão de bactérias
aos enterócitos (CERA et al., 1988). O aumento da descamação leva ao aumento na
proliferação celular da cripta (TUCCI, 2003). A redução na altura das vilosidades
representa redução na produção de enzimas e da área de absorção, levando à menor
taxa de absorção de nutrientes. Os nutrientes não absorvidos aumentam a pressão
osmótica na luz intestinal, os quais são utilizados como substrato para microrganismos
patogênicos, principalmente Escherichia coli, predispondo os leitões a diarréias e
doença do edema (BERTSCHINGER e POHLENZ, 1983)
4.7 Densidade de vilosidades
Na Tabela 9 encontram-se os resultados de densidade média das vilosidades
para duodeno e jejuno de leitões, aos 10 e 20 dias pós-desmame.
Não foi observado efeito (P>0,05) das dietas sobre a densidade das vilosidades,
tanto no duodeno como no jejuno. Porém, foi observado efeito (P<0,05) das idades de
abate sendo esta característica maior aos 10 e menor aos 20 dias s-desmame tanto
para o duodeno como para o jejuno. SCANDOLERA et al. (2005) observaram aumento
na densidade média das vilosidades do jejuno entre os dias 0 e 7 e redução aos 14 dias
pós-desmame. TUCCI (2003) independente do segmento intestinal analisado, registrou
diminuição constante entre os dias 0, 7 e 14 pós-desmame. BUDIÑO (2003b) encontrou
menor densidade das vilosidades no dia do desmame, seguidas por aumento no dia 7 e
diminuição no dia 14.
Nas Figuras 2, 3, 4 e 5 estão apresentadas as eletronmicrografias
representativas da morfologia intestinal dos leitões aos 0, 10 e 20 dias pós-desmame.
33
Tabela 9. Densidade média das vilosidades (vilosidades/cm
2
) do duodeno e jejuno aos
10 e 20 dias pós-desmame de acordo com as diferentes rações.
Densidade média das vilosidades (vilosidade/cm
2
)
Duodeno Jejuno
10
20
10
20
CN
6881 5522
9354
5418
Ant 7747 5439 11683 1114
Acid 4985 5790 8118 7026
Prob 6964 5233 8942 7829
Prob+acid 6057 6840 7891 6737
Médias
6527
a
5765
b
9198
a
6976
b
CV %
27,2 31,3
Efeito das rações
0,80 0,44
Efeito da idade
0,006 0,003
Médias seguidas da mesma letra na linha não diferem entre si pelo teste F (P>0,05)
Fazendo-se uma avaliação subjetiva dessas eletronmicrografias constatou-se
que antes do desmame as vilosidades apresentaram-se mais uniformes e alongadas,
enquanto aos 10 e 20 dias pós-desmame, mais irregulares e mais esparsas umas das
outras, evidenciando redução na densidade e um alargamento de sua forma, que
passou de digitiforme no dia 0, para forma de língua ou folhas, nos dias 10 e 20, como
descrito por SCANDOLERA (2004).
As Figuras 2 e 3 indicam a densidade e a forma das vilosidades no duodeno no
dia do desmame, aos 10 e 20 dias pós-desmame. Comparando as eletronmicrografias
com o dia 0 (dia do desmame), notou-se grandes modificações da forma das
vilosidades, independente do tipo de aditivo utilizado. Pode ser observado que nos dias
10 e 20 pós-desmame, as vilosidades aparecem mais achatadas e mais espessas,
demonstrando visualmente, que essas modificações na forma de mais alongadas no
Dia 0, para mais achatadas nos dias 10 e 20, foi a principal responsável pela
diminuição da densidade das vilosidades no período pós-desmame.
34
A forma das vilosidades no jejuno aos 0, 10 e 20 dias pós-desmame, encontram-
se nas Figuras 4 e 5. Notou-se que não foram evidenciadas diferenças marcantes nas
vilosidades em função dos diferentes aditivos utilizados aos 10 e 20 dias pós-desmame.
Porém, observou-se as mesmas modificações que ocorreram no duodeno quando
comparou-se com as vilosidades no dia do desmame.
35
Figura 2. Eletronmicrografias de varredura do duodeno (D) de leitões ao desmame (dia
0) e aos 10 dias pós-desmame, em função dos diferentes aditivos utilizados:
Controle Negativo; Antibiótico; Acidificante; Probiótico; Probiótico + Acidificante.
A = 100 X
Dia 0 -desmame D-10 dias pós desmame Controle Negativo
D- 10 dias pós desmame Acidificante
D-10 dias pós desmame Probiótico
D - 10 dias pós-desmame
Probiótico+Acidificante
D- 10 dias pós desmame Antibibiótico
100 ìm
100 ìm
100 ìm
100 ìm
100 ìm
100 ìm
36
Figura 3. Eletronmicrografias de varredura do duodeno (D) de leitões ao desmame (Dia
0) e aos 20 dias pós-desmame em função dos diferentes aditivos utilizados:
Controle Negativo; Antibiótico; Acidificante; Probiótico; Probiótico + Acidificante.
A = 100 X
D - 20 dias pós-desmame Probiótico +
Acidificante F
Dia 0 dias desmame
D - 20dias pós desmame Controle Negativo B
D - 20 dias pós desmame Antibiótico C D - 20 dias pós desmame Acidificante D
D - 20 dias pós-desmame Probiótico E
100 ìm
100 ìm
100 ìm
100 ìm
100 ìm
100 ìm
37
Figura 4. Eletronmicrografias de varredura do jejuno (J) de leitões ao desmame (Dia 0) e
aos 10 dias após-desmame em função dos diferentes aditivos utilizados:
Controle Negativo; Antibiótico; Acidificante; Probiótico; Probiótico + Acidificante.
A = 100 X
J Dia 0- desmame
J - 10 dias pós desmame Controle Negativo B
J
-
10
dias pós
desmame
Antibiótico
C
J 10 dias pós desmame Acidificante D
J - 10- dias pós desmame Probiótico E
J - 10 dias pós desmame Probiótico +
Acidificante F
100 ìm
100 ìm
100 ìm
100 ìm
100 ìm
100 ìm
38
Figura 5. Eletronmicrografias de varredura do jejuno (J) de leitões ao desmame (Dia 0) e
aos 20 dias pós-desmame em função dos diferentes aditivos utilizados:
Controle Negativo; Antibiótico; Acidificante; probiótico; Probiótico + acidificante.
A = 100 X
J Dia 0 desmame
J - 20 dias pós desmame Controle Negativo B
J 20 dias pós desmame Antibiótico C J - 20 dias pós-desmame Acidificante D
J - 20 dias pós desmame Probiótico E
J - 20 dias pós desmame Probiótico +
Acidificante F
100 ìm
100 ìm
100 ìm
100 ìm
100 ìm
100 ìm
39
4.8 Pesos relativos dos órgãos (fígado e pâncreas)
Na Tabela 10 encontram-se os pesos relativos do fígado e pâncreas, os quais
não foram influenciados (P>0,05) pelas rações experimentais.
SCANDOLERA (2004); OETTING et al. (2006) ZANGERONIMO et al. (2007),
também não observaram efeito dos aditivos promotores de crescimento sobre os pesos
relativos do fígado e do pâncreas. O peso dos órgãos deve variar em função do
consumo de energia e/ou proteína, sugerindo que, mantidas as mesmas quantidades
desses fatores, os pesos devem ser semelhantes (RAO e McCRACKEN, 1992). Como
as dietas utilizadas neste experimento foram muito semelhantes, mudando apenas os
aditivos, isso pode explicar porque não houve diferença entre os pesos dos órgãos para
os animais que receberam as diferentes rações.
Entretanto, estes pesos foram influenciados (P<0,05) pela idade de abate
indicando maior desenvolvimento e maturação dos animais com o avanço da idade. A
diferença, com o avanço da idade é esperada, pois o peso das vísceras acompanha o
aumento do peso corporal dos animais até a idade adulta (MORAN Jr, 1982).
Da mesma forma, aumentos dos pesos desses órgãos, com o avanço da idade,
foram também encontrados por VENTE-SPREEUWENBERG et al. (2003) e
SCANDOLERA (2004) reflexo dos maiores desenvolvimento e maturação da
capacidade digestiva dos animais (OWSLEY et al., 1986; COSTA et al., 2003; KERR et
al., 2003).
Os pesos relativos do fígado apresentaram variação entre 2,12 a 3,04 g/kg e do
pâncreas de 0,12 a 0,27, estando abaixo dos encontrados por COSTA et al. (2003) que
foram de 3,2 a 3,48 e 0,24 a 0,27g/kg, respectivamente, e aos observados por
ZANGERONIMO et al. (2007), que variaram de 2,88 a 2,96 e de 0,23 a 0,26 g/kg,
respectivamente, sendo que estes autores trabalharam com leitões nas mesmas
idades.
40
Tabela 10. Médias dos pesos relativos do fígado e pâncreas aos 10 e 20 dias pós-
desmame, conforme as diferentes rações experimentais.
Fígado (g/kg) Pâncreas (g/kg)
Dias pós-desmame
10 20 10 20
CN 2,47 2,91 0,12 0,20
Ant 2,12 2,95 0,14 0,27
Acid 2,21 3,04 0,17 0,21
Prob 2,27 2,85 0,13 0,26
Prob+ Acid
2,36 3,03 0,15 0,25
Médias 2,28
b
2,95
a
0,19
b
0,23
a
CV % 8,9 19,7
Efeito das rações 0,67 0,43
Efeito da idade 0,0001 >0,0001
Médias seguidas da mesma letra na linha não diferem entre si pelo teste F (P>0,05)
4.9 Contagem de coliformes fecais e totais
Os resultados encontrados para coliformes fecais (CF) e totais (CT) em função
dos diferentes rações e idades de abate, encontram-se na Tabela 11. As rações
experimentais não afetaram o NMP de coliformes fecais e totais.
OETTING et al. (2006) analisaram microrganismos totais, gram-positivos e gram-
negativos, bacilos totais, Streptococcus spp., E. coli, Staphylococcus sp.,
Compylobacter coli e Clostridium perfringens e não encontraram efeito dos diferentes
promotores de crescimento utilizados sobre nenhum dos microrganismos analisados.
Neste experimento, observou-se efeito (P<0,05) das diferentes idades de abate sobre
os NMP de CT e CF, tendo diminuído do 10° para o 20° dia pós-desmame. Resultados
diferentes foram encontrados por BUDIÑO (2003a) que observaram aumento no
41
número de coliformes totais do 7° para o 14° dia pós-desmame, nos animais que
consumiram ração contendo antibiótico.
Tabela 11. Número mais provável de coliformes totais e fecais em leitões, em função
das diferentes rações e idades de abate.
Log UFC/g (Unidade formadora de colônia por grama de amostra)
Coliformes totais Coliformes fecais
Dias 10 dias 20 dias 10 dias 20 dias
CN 7,00 5,09 5,92 1,25
Ant 6,49 2,84 6,49 0,73
Acid 5,09 2,60 5,09 0,00
Prob 7,00 1,75 6,16 0,87
Prob+ Acid 6,71 2,60 5,11 0,42
Médias 6,46
a
2,98
b
5,75
a
0,65
b
CV % 44,90 51,44
Efeito das
rações
0,49 0,68
Efeito da idade 0,0002 < 0,0001
Médias seguidas da mesma letra na linha não diferem entre si pelo teste F (P>0,05)
Estes resultados coincidiram com os encontrados para a incidência de diarréia.
Assim, logo após o desmame, os leitões estavam mais susceptíveis a enfermidades
oportunistas, devido principalmente às suas imaturidades fisiológica e imunológica. Isso
explica porque os antibióticos têm boa atuação nesta fase auxiliando os leitões a
enfrentarem os desafios logo após o desmame.
42
5. CONCLUSÕES
A adição de antibióticos às rações resultou em melhor desempenho, menor
incidência de diarréia e maior percentagem de leitões entregues à unidade de
crescimento e terminação e consequentemente apresentaram menores custo por kg de
peso ganho e melhores índices de eficiência econômica e índice de custo que os
demais aditivos utilizados.
Os aditivos testados não influenciaram a morfologia intestinal, o peso dos órgãos,
o pH dos conteúdos dos segmentos do trato digestório e o mero mais provável de
coliformes totais e fecais, havendo sobre estas características, efeito apenas da idade
de abate.
43
6. IMPLICAÇÕES
Com base nos resultados e nas conclusões desta pesquisa, verificou-se que as
fontes alternativas ao uso de antimicrobianos estudados não foram eficientes no
desempenho e no controle da diarréia pós-desmame, mostrando que até o momento os
produtos utilizados neste experimento não foram eficazes nestes quesitos.
Dentre os alternativos estudados no controle da diarréia o que se mostrou mais
eficiente foi o uso dos acidificantes, embora ainda estejam aquém dos antimicrobianos.
Em granjas comerciais com alto desafio um experimento de curto prazo não é
suficiente para concluir sobre a eficácia desses produtos. Para se fazer uma avaliação
mais precisa seria necessário a utilização desses produtos por um período de tempo
mais longo em uma granja comercial de alto desafio a fim de tornar a flora intestinal dos
animais adaptados ao longo prazo. Talvez, a partir daí esses produtos passariam a
apresentar um resultado mais aceitável.
44
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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