4
práticas de manejo adotadas, sendo a principal delas a adoção de uma pressão de
pastejo compatível com a capacidade suporte do pasto (GOMIDE & GOMIDE, 2001).
Segundo MCMEEKAN (1956), para a obtenção de alta produção animal em pastagem
três condições básicas devem ser atendidas: (a) produção de grande quantidade de
forragem de elevado valor nutritivo; (b) grande proporção de forragem produzida deve
ser colhida pelos animais, e (c) elevada eficiência de conversão dos animais, ou seja,
deve haver um equilíbrio harmônico entre as três fases do processo de produção:
crescimento, utilização e conversão (HODGSON, 1990).
De acordo com BLASER (1994), a produção animal em pastagens tropicais é
severamente restringida, devido ao rápido amadurecimento das plantas forrageiras e à
conseqüente redução da disponibilidade e proporção de folhas verdes no relvado, ao
aumento do teor de fibras e à redução do teor de proteína bruta e da digestibilidade da
forragem disponível. As gramíneas C4, que constituem os pastos tropicais, exibem
alterações em suas características morfológicas e químicas, associadas ao
desenvolvimento, à maturidade fisiológica e senescência natural da planta forrageira,
que alteram a qualidade e disponibilidade de forragem e a estrutura do relvado,
influenciando o consumo e o desempenho dos animais (EUCLIDES et al., 1990;
BLASER, 1994; GOMIDE, 1997). O desempenho animal em pastejo varia com a taxa
de lotação da pastagem e, mais precisamente, com a pressão de pastejo adotada, por
seu efeito sobre as características estruturais de massa, altura, índice de área foliar,
porcentagem de material morto da pastagem e, assim, na determinação do consumo de
forragem (ADJEI et al., 1980; BAKER et al., 1981; CANTO et al., 1998; BORTOLO et al,
2001; ALMEIDA et al., 2002). Em geral, alta taxa de lotação ou baixa oferta de forragem
compromete a altura do resíduo, reduz a proporção de material morto e a relação
folha:colmo. Algumas características morfológicas da planta forrageira (como relação
folha:colmo, altura, densidade, distribuição horizontal e vertical das plantas ou da
biomassa no pasto) e práticas de manejo (como resíduo pós-pastejo, oferta de
forragem, altura pré e pós-pastejo, pressão de pastejo e área foliar remanescente)
afetam o crescimento da planta e o desempenho do animal em pastejo.