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pelo Patrimônio do Estado próximo à Ponte Pênsil e às margens do Mar
Pequeno. Os navegantes desembarcavam nesse porto improvisado e
seguiam de canoa até o povoado de São Vicente.
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Visionário, partiu de Brás Cubas a iniciativa de transferir o porto da
Barra de São Vicente para o interior da baía de Santos, em águas
protegidas, inclusive do ataque de piratas, costumeiros visitantes e
saqueadores do povoado.
Em 25 de setembro de 1536, por escritura, Brás Cubas recebeu
doação de Martim Afonso, que por meio de sua mulher e procuradora Ana
Pimentel, organizou a documentação das terras de Jarabatyba ou
Jurubatuba, que também compreendia a Ilha Pequena, hoje Ilha Barnabé.
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Lá, o fidalgo português iniciou o plantio da cana-de-açúcar, arroz, milho e
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VILAS BOAS, Sérgio. Santos: Centro Histórico, Porto, Cidade. São Paulo: Audichromo Editora, 2005.
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Conhecida inicialmente como Ilha Mirim ou Ilha Pequena, e a partir de 1540 como Ilha de Brás Cubas (o fundador de Santos que ali residiu inicialmente, antes de se
transferir para seu terreno no sopé do atual Monte Serrat), essa ilha no estuário do porto santista teve também os nomes de Ilha dos Frades ou dos Padres (no século XVII,
após sua doação aos frades do Carmo, por Pedro Cubas). No século XVIII, foi conhecida como Ilha do Carvalho, ganhando no século XIX o nome atual, por ter pertencido a
Barnabé Francisco Vaz de Carvalhaes, importante cidadão santista, cujo solar em ruínas ainda existe em seu ponto mais alto - e no qual havia intensa movimentação social,
com festas memoráveis que ele ali fornecia. Em 26/1/1930, começou a ser usada como depósito de combustíveis e produtos químicos.
LICHTI, Fernando Martins. Poliantéia Santista. 1. ed. 1 vol. São Vicente: Caudex, 1986. p. 129
Mapa da Barra de Santos, de João Teixeira Albernaz (1627-1675), constam a ilha de São Vicente, engenhos
e fazendas da época
Fonte: VILAS BOAS, Sérgio. Santos: Centro Histórico, Porto, Cidade. São Paulo: Audichromo, 2005, p. 15