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ANDREIA APARECIDA BARBOSA
REVISÃO DO SUBGÊNERO Mansonia BLANCHARD, 1901 (DIPTERA,
CULICIDAE)
E ESTUDO FILOGENÉTICO DE MANSONIINI
CURITIBA
2007
Tese apresentada como requisito parcial à obtenção do grau
de Doutor, pelo Programa de Pós-graduação em Ciên
cias
Biológicas-
Área de concentração em Entomologia, do
Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do
Paraná.
Orientador: Prof. Dr. Mário Antônio Navarro da Silva
Co-orientadora: Profa. Dr. Maria Anice Mureb Sallum
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ii
REVISÃO DO SUBGÊNERO Mansonia BLANCHARD, 1901 (DIPTERA,
CULICIDAE)
E ESTUDO FILOGENÉTICO DE MANSONIINI
ANDREIA PARECIDA BARBOSA
Tese apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Doutor em Ciências
Biológicas, no Programa de s graduação em Ciências Biológicas- Área de concentração
em Entomologia, da Universidade Federal do Paraná, pela Comissão formada pelos
professores:
Dr. Mário Annio Navarro da Silva (Orientador)
Dra. Maria Anice Mureb Salum (Co-orientadora, FSP-USP)
Dra. Monique Albuquerque Motta (IOC)
Dr. Carlos José Einicker Lamas (MZUSP)
Dr. Cláudio José Barros de Carvalho (UFPR)
Dr. Gabriel Augusto Melo Rodrigues de Melo (Suplente, UFPR)
Curitiba, 22 de junho de 2007
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iii
Never forget who you are
Little star
Never forget how to dream
Butterfly
God gave a present to me
Made of flesh and bones
My life, my soul
You make my spirit whole
Never forget who you are
Little star
Shining brighter than all the stars in the sky
Never forget how to dream
Butterfly
Never forget where you come from
From love
You are a treasure to me
You are my star
You breathe new life
Into my broken heart
Never forget who you are
Little star
Never forget how to dream
Butterfly
May the angels protect you
And sadness forget you
Little star
There's no reason to weep
Lay your head down to sleep
Little star
May goodness surround you
My love I have found you
Little star
Shining bright
You breathe new life
Into my broken heart
Never forget who you are
Little star
Shining brighter than all the stars in the sky
Never forget how to dream
Butterfly
Flying higher than all the birds in the sky
Never forget who you are
Little star
Never forget where you come from
From love
Little star
Little star
Little star
From love
(Little Star - Madonna)
A minha sobrinha Júlia, dedico.
iv
Tudo passa
Tudo passará
E nossa história
Não estará
Pelo avesso assim
Sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá
Vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora, ahh!
Apenas começamos.
(Metal Contra As Nuvens- Legião Urbana)
v
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Mário Antônio Navarro (Universidade Federal do Paraná), meu muito
obrigada mesmo! Pela orientação, apoio didático, amizade, paciência e confiança, ao longo
de minha vida acadêmica, da iia do primeiro projeto de Iniciação Científica até as últimas
correções desta tese (não vou citar datas para não suspeitarem de nossas idades...). Admiro
muito sua inteligência, perseverança, bondade, seus conhecimentos, sua capacidade e
coragem de avançar por novas linhas de pesquisa em Culicidae e principalmente por sua
trajetória brilhante e vencedora. Espero que o futuro me reserve um local de trabalho onde
eu possa continuar a estudar mosquitos (e vou batalhar por isso). Prof
o
Mário, você me
mostrou muito mais que mosquitos, você me deu conselhos sobre a vida profissional (da
importância da pesquisa, das publicações na vida de um biólogo) e pessoal (família, o meu
valor como pessoa, etc, etc, etc...). Saiba que eu te tenho com alguém da família, tanto que
algumas vezes troquei as palavras, em vez de falar “professor” eu falei “pai”.
A Prof
a
. Dr
a
. Maria Anice Mureb Sallum (Faculdade de Saúde Pública,
Universidade de São Paulo), pelo valioso auxilio para a realização deste estudo, pela
disponibilização de espécimens da colão pertencente à Universidade de São Paulo e pela
enorme atenção com que me recebeu em todas minhas visitas a Faculdade de Saúde
Pública. Quero dizer que sinto um orgulho imenso quando estou trabalhando ao seu lado,
afinal você é uma pesquisadora mundialmente conceituadas na taxonomia e sistemática de
Culicidae. Com todo esse conhecimento, você sempre se mostrou muito acessível e por isso
é uma honra ver o meu nome ao lado do seu nos artigos que publicamos. Deixo aqui minha
enorme admiração por você, profissional e pessoal (gosto muito da sua alegria e do seu
jeito divertido de ser).
Aos curadores das Coleções Entomológicas pelo empréstimo de material: Sebastião
de Oliveira, in memorian (IOC), Dr
a.
Jane Costa, (IOC), Dr. José Albertino Rafael (INPA),
Dr. Orlando Tobias Silveira (MPEG), Dr. Carlos JoEinicker Lamas (MZUSP) e Ph.D
David G. Furth (USMN). Ao Ph.D Richard C. Wilkerson por intermediar o empréstimo
vi
junto ao USMN. Ao Dr. Wilson Koller, por enviar espécimens do Estado do Mato Grosso
do Sul.
A Dr
a.
Ruth Leila Menezes Ferreira por me acompanhar durante as coletas em
Manaus e permitir que eu criasse parte dos imaturos em seu laboratório. A Ms.C. Rosa
Gomes Hutchings pelo empréstimo de espécimens e por permitir que eu utilizasse seu
laboratório para a identificação destes. Agradeço a Ruth, a Rosa e ao Roger William
Hutchings por toda hospitalidade com que me receberam enquanto permaneci em Manaus,
pelos jantares, ao passeio a Ponta Negra, ao inesquecível almoço de despedida no barco-
restaurante do Rio Solimões e aos chocolates de Manaus (pelos quais sou “viciada” até
hoje).
Aos professores do Curso de Pós-graduação em Entomologia, em especial à: Dr.
Cláudio José Barros de Carvalho, pelas sugestões em minha pré-tese e a Dr
a.
Danúcia
Urban, pelo auxílio nas Regras de Nomenclatura Zoológica.
À Coordenação do Programa de s-graduação em Entomologia da Universidade
Federal do Paraná.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela
concessão da bolsa de doutorado.
Aos amigos do Curso de s-graduação e do Laboratório de Entomologia Médica e
Veterinária pelo convívio bastante agradável durante todo este período: Alessandro, Ana
Dalla, Ana Tissot, Adriana, Eduardo, Elaine, rson, Lisiane Sari, Lisiane Poncio, Luís
Leite, Josiane, Jonny, Marcos, Izabel, Sandra, Silvana e em especial a Daniéla pela
amizade, troca de iias, coleta de material, opiniões e trocas de idéia em relação à tese. Ao
Aldir, Elaine Soares e Rorio pelo auxílio na filogenia.
A Fabiane. Já são dez anos de amizade, desde a graduação. Pelos momentos alegres
que partilhamos fora do Centro Politécnico e também pelos tristes, que nos uniram em
nosso amor pelos animais, as visitas a Sociedade Protetora do Animais, aos resgates de cães
atropelados e gatos abandonados. Mas, principalmente muito obrigada pelo apoio nestes
últimos meses de doutorado. É nessa hora que a gente percebe quem é amigo de verdade,
quando eu estava triste, desesperançada você que estava lá para me animar.
A Fernanda. Vonão faz parte do meio acadêmico, mas faz parte da minha vida.
Nos momentos mais alegres você estava presente. Eu nunca vou esquecer dos momentos
felizes que passamos juntas (afinal sem diversão a vida seria muito chata!). Nos momentos
em que eu precisei de um ombro amigo, você me ofereceu dois. Por esses motivos, te
considero minha irmã loira. E muito obrigada também por toda ajuda no inglês!
Ao meu cunhado Eduardo por permitir que eu invadisse sua privacidade (e da minha
irmã também), sempre me oferecendo hospedagem e carinho enquanto estive em São
Paulo. Também pelo estímulo, pela amizade e discussões sobre ciência, direito, cinema,
música, etc...
A minha irmã, Tânia. Tudo o que eu possa escrever aqui vai ser pouco para
demostrar o meu amor por você. Como eu sou um girassol, você é meu sol.
Eu tento me erguer às próprias custas
E caio sempre nos seus braços
Um pobre diabo é o que sou
Um girassol sem sol
Um navio sem direção
Apenas a lembrança do seu sermão
Você é meu sol, um metro e cinquenta e oito de sol
(O Girassol-Ira!)
viii
Ao Robson, por todos momentos felizes, pela amizade, carinho e puxões de orelha.
Eu vou embora, mas um pedacinho do meu coração vai ficar com você.
Sem essa de que: "Estou sozinho."
Somos muito mais que isso
Somos pingüim, somos golfinho
Homem, sereia e beija-flor
Leão, leoa e leão-marinho
Eu preciso e quero ter carinho, liberdade e respeito...
(Vamos fazer um filme- Legião Urbana)
Aos meus pais, João e Marli. Ao meu pai que cursou até a 4
a
série do primário e a
minha mãe que completou o 2
o
grau, mas que sempre fizeram o possível para que suas
filhas completassem o curso superior, que se sacrificaram financeiramente para que eu
terminasse minha graduação. Espero um dia poder retribuir tudo que vocês fizeram por
mim. No momento só posso dizer, amo vocês.
E por último ao meu primo Marcos pelo up” astral. Vonão pode imaginar o
quanto foi bom ficar esses dias com você e sua família em Jaguariúna (vou a amarcar a
data para o esquecer, 24-24/5/2007). Um beijinho para o Guilherme, que me fez ganhar o
dia (talvez a semana, o mês, o ano) quando me disse: Tia, eu não queria que você fosse
embora, porque eu gosto muito de você”. Criança nunca mente em relação aos seus
sentimentos.
ix
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS..............................................................................................
v
LISTA DE FIGURAS............................................................................................... xi
RESUMO................................................................................................................... xvi
ABSTRACT...............................................................................................................
xvii
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................
1
2. HISTÓRICO DA TRIBO Mansoniini.................................................................
5
3. OBJETIVOS..........................................................................................................
9
3.1 Objetivos específicos.......................................................................................
9
4. MATERIAL E MÉTODOS..................................................................................
10
4.1 Revisão do subgênero Mansonia...................................................................
10
4.2 Coleta e preparação dos espécimens.............................................................
10
4.3 Terminologia...................................................................................................
12
4.4 Análise Filogenética........................................................................................
13
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO..........................................................................
16
5.1 Taxonomia.......................................................................................................
16
5.1.2 Subgênero Mansonia..............................................................................
16
5.1.3 Descrições e redescrições das espécies do subgênero Mansonia...........
21
5.1.3.1 Mansonia amazonensis (Theobald, 1901).......................................................
21
5.1.3.2 Mansonia cerqueirai (Barreto & Coutinho, 1944)..........................................
24
5.1.3.3 Mansonia chagasi (Costa Lima, 1935)...........................................................
27
5.1.3.4 Mansonia dyari Belkin, Heinemann & Page, 1970.........................................
29
5.1.3.5 Mansonia flaveola (Coquillett, 1906)............................................................. 33
5.1.3.6 Mansonia fonsecai (Pinto, 1932).....................................................................
37
5.1.3.7 Mansonia humeralis Dyar &Knab, 1916........................................................
41
5.1.3.8 Mansonia iguassuensis Barbosa, Navarro-Silva & Sallum, 2007.................. 46
5.1.3.9 Mansonia indubitans Dyar &Shannon, 1925..................................................
50
5.1.3.10 Mansonia leberi Boreham, 1970...................................................................
54
5.1.3.11 Mansonia pessoai (Barreto & Coutinho, 1944)............................................
58
5.1.3.12 Mansonia pseudotitillans (Theobald, 1901)..................................................
61
5.1.3.13 Mansonia suarezi Cova-Garcia & Sutil, 1976..............................................
65
x
5.1.3.14 Mansonia titillans (Walker, 1848)................................................................
67
5.1.3.15 Mansonia wilsoni (Barreto & Coutinho, 1944).............................................
72
5.2 Análise filogenética.........................................................................................
76
5.2.1 Lista de caracteres utilizados na análise............................................
76
5.2.2 Topologias obtidas nas análises filogenéticas.....................................
101
5.2.2.1 Tribo Mansoniini (Coquilletidia + Mansonia)................................................
102
5.2.2.2 Gênero Coquillettidia (Coquillettidia + Rhynchotaenia)................................
104
5.2.2.3 Subgênero Coquillettidia................................................................................ 105
5.2.2.4 Subgênero Rhynchotaenia...............................................................................
106
5.2.2.5 Gênero Mansonia............................................................................................
106
5.2.2.6 Subgênero Mansoniodes................................................................................. 107
5.2.2.7 Subgênero Mansonia ......................................................................................
107
5.2.2.8 Clado Amazonensis (Ma. amazonensis, Ma. wilsoni).....................................
108
5.2.2.9 Clado Pessoai (Ma. pessoai, Ma. cerqueirai, Ma. chagasi, Ma. flaveola,
Ma. pseudotitillans), Clado Titillans (Ma. titillans, Ma. fonsecai, Ma. leberi, Ma.
dyari e Ma. indubitans.................................................................................................
109
5.2.2.10 Clado Pessoai................................................................................................ 109
5.2.2.11 Clado Titillans...............................................................................................
110
5.2.2.12 Clado Indubitans (Ma. fonsecai, Ma. leberi, Ma. dyari e Ma. indubitans)...
111
5.2.2.13 Clado Humeralis (Ma. humeralis , Ma. iguassuensis)..................................
113
6. CONCLUSÕES..................................................................................................... 114
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................
116
8. Anexo 1...................................................................................................................
125
9. Figuras.....................................................................................................................
128
xi
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Mansonia amazonensis.
(A) Genitália masculina (vista dorsal e ventral),
(B) VIII tergito do macho (vista ventral), (C) Gonostilo (vista ventral), (D) Edeago
(vista dorsal), (E) Parâmero e peça basal (vista dorsal), (F) Tergito VII da fêmea
(vista dorsal), (G) Tergito VIII da fêmea (vista dorsal). Escalas em mm...................
101
Figura 2. Mansonia cerqueirai. (A) Genilia masculi
na (vista dorsal e ventral),
(B) Gonostilo (vista ventral), (C) Edeago (vista dorsal), (D) Parâmero e peça basal
(vista dorsal). Escalas em mm.....................................................................................
102
Figura 3. Mansonia chagasi. (A) Genitália masculina (vista dorsal e ventral), (B)
VIII tergito do macho (vista ventral), (C) Gonostilo (vista ventral), (D) Edeago
(vista dorsal), (E) Parâmero e peça basal (vista dorsal). Escalas em mm...................
103
Figura 4. Mansonia dyari.
(A) Metanoto e abdômen pupal (vista dorsal e ventral),
(B) Cefalotórax pupal, (C) Trompa respiratória, (D) Genitália masculina (vista
dorsal e ventral), (E) VIII tergito do macho (vista ventral), (F) Gonostilo (vista
ventral), (G) Parâmero
e peça basal (vista dorsal), (H) Edeago (vista dorsal).
Escalas em mm............................................................................................................
104
Figura 5. Mansonia dyari. (A) Tórax e abdômen larval (vista dorsal e ventral), (B)
Cabeça larval (vista dorsal e ventral), (C) Dorsomento larval, (vista dorsal) (D)
VII, VIII, X tergitos e sifão respiratório larval (vista lateral), (E) Tergito VII da
fêmea (vista dorsal), (F) Tergito VIII da fêmea (vista dorsal). Escalas
em
mm...............................................................................................................................
105
xii
Figura 6. Mansonia flaveola.
(A) Metanoto e abmen pupal (vista dorsal e
ventral), (B) Cefalotórax pupal, (
C) Trompa respiratória, (D) Genitália masculina
(vista dorsal e ventral), (E) VIII tergito do macho (vista ventral), (F) Gonostilo
(vista ventral), (G) Parâmero e peça basal (vista dorsal), (H) Edeago (vista dorsal).
Escalas em mm............................................................................................................
106
Figura 7. Mansonia flaveola.
(A) Tórax e abdômen larval (vista dorsal e ventral),
(B) Cabeça larval (vista dorsal e ventral), (C) Dorsomento larval, (vista dorsa
l) (D)
VII, VIII, X tergitos e sifão respiratório larval (vista lateral), (E) Tergito VII da
fêmea (vista dorsal), (F) Tergito VIII da fêmea (vista dorsal). Escalas em
mm...............................................................................................................................
107
Figura 8. Mansonia fonsecai.
(A) Metanoto e abmen pupal (vista dorsal e
ventral), (B) Cefalotórax pupal, (C) Trompa respiratória, (D) Genitália masculina
(vista dorsal e ventral), (E) VIII tergito do
macho (vista ventral), (F) Gonostilo
(vista ventral), (G) Parâmero e peça basal (vista dorsal), (H) Edeago (vista dorsal).
Escalas em mm............................................................................................................
108
Figura 9. Mansonia fonsecai. (A) Tórax e abmen larval (vista dorsal e ventral),
(B) Cabeça larval (vista dorsal e ventral), (C) Dorsomento larval, (vista dorsal) (D)
VII, VIII, X tergitos e sifão respiratório larval (vista lateral), (E) Tergito VII da
f
êmea (vista dorsal), (F) Tergito VIII da fêmea (vista dorsal). Escalas em
mm...............................................................................................................................
109
Figura 10. Mansonia humeralis. (A) Metan
oto e abmen pupal (vista dorsal e
ventral), (B) Cefalotórax pupal, (C) Trompa respiratória, (D) Genitália masculina
(vista dorsal e ventral), (E) VIII tergito do macho (vista ventral), (F) Gonostilo
(vista ventral), (G) Parâmero e peça basal (vista dorsa
l), (H) Edeago (vista dorsal).
Escalas em mm............................................................................................................
110
xiii
Figura 11. Mansonia humeralis.
(A) Tórax e abmen larval (vista dorsal e
ventral), (B) Cab
eça larval (vista dorsal e ventral), (C) Dorsomento larval, (vista
dorsal) (D) VII, VIII, X tergitos e sifão respiratório larval (vista lateral), (E)
Tergito VII da fêmea (vista dorsal), (F) Tergito VIII da fêmea (vista dorsal).
Escalas em mm............................................................................................................
111
Figura 12. Mansonia iguassuensis sp.nov.
(A) Metanoto e abdômen pupal (vista
dorsal e ventral), (B) Cefalotórax pupal, (C) Trompa respiratória, (D) G
enilia
masculina (vista dorsal e ventral), (E) VIII tergito do macho (vista ventral), (F)
Gonostilo (vista ventral), (G) Parâmero e peça basal (vista dorsal), (H) Edeago
(vista dorsal). Escalas em mm.....................................................................................
112
Figura 13. Mansonia iguassuensis sp.nov.
(A) Tórax e abdômen larval (vista
dorsal e ventral), (B) Cabeça larval (vista dorsal e ventral), (C) Dorsomento larval,
(vista dorsal) (D) VII, VIII, X tergitos e sifão respiratório larval (vista lateral), (E)
Tergito VII da fêmea (vista dorsal), (F) Tergito VIII da fêmea (vista dorsal).
Escalas em mm............................................................................................................
113
Figura 14. Mansonia indubitans.
(A) Metanoto e abdômen pupal (vista dorsal e
ventral), (B) Cefalotórax pupal, (C) Trompa respiratória, (D) Genitália masculina
(vista dorsal e ventral), (E) VIII tergito do macho (vista ventral), (F) Gonostilo
(vista ventral), (G
) Parâmero e peça basal (vista dorsal), (H) Edeago (vista dorsal).
Escalas em mm............................................................................................................
114
Figura 15. Mansonia indubitans. (A) Tórax e abmen lar
val (vista dorsal e
ventral), (B) Cabeça larval (vista dorsal e ventral), (C) Dorsomento larval, (vista
dorsal) (D) VII, VIII, X tergitos e sifão respiratório larval (vista lateral), (E)
Tergito VII da fêmea (vista dorsal), (F) Tergito VIII da fêmea (vista
dorsal).
Escalas em mm............................................................................................................
115
xiv
Figura 16. Mansonia leberi.
(A) Metanoto e abmen pupal (vista dorsal e
ventral), (B) Cefalotórax pupal, (C) Tro
mpa respiratória, (D) Genilia masculina
(vista dorsal e ventral), (E) VIII tergito do macho (vista ventral), (F) Gonostilo
(vista ventral), (G) Parâmero e peça basal (vista dorsal), (H) Edeago (vista dorsal).
Escalas em mm............................................................................................................
116
Figura 17. Mansonia leberi. (A) Tórax e abdômen larval (vista dorsal e ventral),
(B) Cabeça larval (vista dorsal e ventral), (C) Dorsomento larval, (vista dorsal) (D)
VII, VIII, X tergitos e sifão respiratório larval (vista lateral), (E) Tergito VII da
fêmea (vista dorsal), (F) Tergito VIII da fêmea (vista dorsal). Escalas em
mm...............................................................................................................................
117
Figura 18. Mansonia pessoai. (A) Genitália masculina (vista dorsal e ventral), (B)
Gonostilo (vista ventral), (C) Edeago (vista dorsal), (D) Parâmero e peça basal
(vista dorsal). Escalas em mm.....................................................................................
118
Figura 19. Mansonia pseudotitillans.
(A) Metanoto e abdômen pupal (vista dorsal
e ventral), (B) Cefalorax pupal, (C) Trompa respiratória, (D) Genitália masculina
(vista dorsal
e ventral), (E) VIII tergito do macho (vista ventral), (F) Gonostilo
(vista ventral), (G) Parâmero e peça basal (vista dorsal), (H) Edeago (vista dorsal).
Escalas em mm............................................................................................................
119
Figura 20. Mansonia pseudotitillans.
(A) rax e abdômen larval (vista dorsal e
ventral), (B) Cabeça larval (vista dorsal e ventral), (C) Dorsomento larval, (vista
dorsal) (D) VII, VIII, X tergitos e sifão respiratório larval (vista lateral), (E)
Tergito VII da fêmea (vista dorsal), (F) Tergito VIII da fêmea (vista dorsal).
Escalas em mm............................................................................................................
120
xv
Figura 21. Mansonia suarezi, prancha de Cova-Garcia & Sutil (1976). (A)
gonocóxito, gonostilo e claspete (vista ventral), (B) Edeago (vista dorsal), (C)
Paraprocto (vista dorsal). Escalas em mm..................................................................
121
Figura 22. Mansonia titillans.
(A) Metanoto e abdômen pupal (vista dorsal e
ventral), (B) Cefalotórax pupal, (C) Trompa respiratória, (D) Genitália masculina
(vista dorsal e ventral), (E) VIII tergito do macho (vista ventral), (F) Gonostilo
(vista ventral),
(G) Parâmero e peça basal (vista dorsal), (H) Edeago (vista dorsal).
Escalas em mm............................................................................................................
122
Figura 23. Mansonia titillans. (A) Tórax e abdômen l
arval (vista dorsal e ventral),
(B) Cabeça larval (vista dorsal e ventral), (C) Dorsomento larval, (vista dorsal) (D)
VII, VIII, X tergitos e sifão respiratório larval (vista lateral), (E) Tergito VII da
fêmea (vista dorsal), (F) Tergito VIII da fêmea (vis
ta dorsal). Escalas em
mm...............................................................................................................................
123
Figura 24. Mansonia wilsoni.
(A) Genitália masculina (vista dorsal e ventral), (B)
Gonostil
o (vista ventral), (C) Edeago (vista dorsal), (D) Parâmero e peça basal
(vista dorsal). Escalas em mm.....................................................................................
124
Figura 25. Hitese filogenética obtida com dados morfológi
cos para a tribo
Mansoniini obtidos no programa PAUP* 4.0b10 (15 árvores; otimização:
ACCTRAN, comprimento: 163 passos; IC=0,6319; IR=0,352). Os números na
parte superior dos ramos correspondem as mudanças postuladas no texto e
representadas na tabela 4. Ramos com linhas duplas não possuem suporte no
cladograma de consenso estrito...................................................................................
125
xvi
Figura 26. Cladograma de consenso estrito para a tribo Mansoniini gerado a partir
dos 15 cladogramas igualmente parcimoniosos. Otimização: ACCTRAN,
comprimento: 163 passos; Índice de consistência=0,6319; Índice de
retenção=0,352. Valores acima dos ramos indicam os suportes de bootstrap............
126
xvii
RESUMO
A família Culicidae es dividida em duas subfamílias, Anophelinae e Culicinae.
Dentro de Culicinae reconhecem-se dez tribos. A tribo Mansoniini compreende dois
gêneros Coquillettidia Dyar, 1905 e Mansonia Blanchard, 1901. Mansonia está dividida em
dois subgêneros, Mansonia Blanchard, 1901 com 15 espécies neotropicais e Mansonioides
Theobald, 1907 com dez espécies orientais, duas delas com ampla distribuição geográfica.
No período compreendido entre 1848 e 1976, foram descritas a primeira e a última espécie
do subnero Mansonia, respectivamente. Após este período os estudos restringiram-se a
ecologia e biologia do grupo. Para dar continuidade aos estudos taxômicos, foi realizada
revisão do subnero Mansonia, incluindo 14 taxa. Neste estudo é apresentada hipótese de
relacionamento para 25 espécies da tribo Mansoniini, baseada em 72 caracteres morfológicos,
utilizando métodos cladísticos. Em nosso estudo são redescritos os machos, fêmeas, larvas e
pupas para sete espécies do subnero Mansonia: Ma. dyari Belkin, Heinemann & Page,
1970, Ma. flaveola (Coquillet, 1906), Ma. humeralis Dyar & Knab, 1916, Ma. indubitans
Dyar & Shannon, 1925, Ma. leberi Boreham, 1970 e Ma. pseudotillans (Theobald, 1901);
machos e fêmeas de Ma. amazonensis (Theobald, 1901), Ma. pessoai (Barreto & Coutinho,
1944) e Ma. wilsoni (Barreto & Coutinho); machos de Ma. cerqueirai (Barreto &
Coutinho) e Ma. chagasi (Costa Lima, 1935). Com a revisão do subgênero Mansonia
Blanchard (1901), são reconhecidas 14 espécies. Ma. fonsecai (Pinto, 1932) é considerada
como espécie lida e uma espécie nova é descrita, Ma. iguassuensis Barbosa, Navarro-
Silva & Sallum, 2007. Os resultados sugerem que a tribo Mansoniini, Coquillettidia
(Coquillettidia), Coquillettidia (Rhynchotaenia), Mansonia (Monsonioides) e Mansonia
(Mansonia) formam grupos monofiléticos O relacionamento entre as espécies de Mansonia
(Mansonia) apresentou politomia basal, formando 4 grupos de espécies, fortemente
sustentados por sinapomorfias, homoplasias e suporte de bootstrap. A obtenção de fêmeas
de Ma. amazonensis e Ma. wilsoni e das fêmeas e imaturos Ma. pessoai, Ma. cerqueirai e
Ma. chagasi para a realização das descrições podem auxiliar na resolução da relação de
parentesco entre as espécies de Mansonia (Mansonia).
xviii
ABSTRACT
The Culicidae (Diptera), that is presumed to be divided in two subfamilies:
Anophelinae and Culicinae. In the Culicinae subfamily, it is found ten tribes. The
Mansoninii includes two genera Coquillettidia Dyar, 1905 and Mansonia Blanchard, 1901.
The latter contains two subgenera, Mansonia Blanchard, 1901 with 15 Neotropical species
and Mansonioides Theobald with ten oriental, two of them with broad geographical
distribution. All species of Mansonia and Coquillettidia and some species of the non-
mansoniine genus Mimomyia Theobald, 1904 have the spiracular apparatus modified for
piercing submerged vegetation and obtaining oxygen from plant tissue. The first and last
species descriptions in this group are published in the years 1848 and 1976. Since the last
description, the subgenus has been studied about ecological and biological aspects. For it give
continuity to the taxonomic studies, the subgenus Mansonia is here revised, including 14 taxa.
In this study, a hypothesis of relationship between the Mansoniini is proposed based on 72
morphological characters using cladistic methods. With the revision of the subgenus are
recognized 14 species, Ma. fonsecai (Pinto, 1932) is considered a valid species and a new
species, Ma. iguassuensis sp. nov. is described. Ma. suarezi Cova-Garcia & Sutil, 1976
wasn’t included, therefore the holotype finds-itself lost. The results suggest that the
Mansoniini, Coquillettidia (Coquillettidia), Coquillettidia (Rhynchotaenia), Mansonia
(Monsonioides) and Mansonia (Mansonia) are monophyletic groups. The relationship
between the species of Mansonia (Mansonia) presented basal politomy, forming 4 groups
of species, maintained by synapomophies, homoplasies and bootstrap support. The
immature stages descriptions of Ma. amazonensis, Ma. wilsoni and females and immature
stages of Ma. pessoai, Ma. cerqueirai and Ma. chagasi they must to help it resolve the of
relationship between Mansonia (Mansonia) species.
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