O processo de infecção ocorre a partir da germinação do conídio na
superfície inferior da folha do feijoeiro, onde um tubo germinativo se estende
e forma uma estrutura semelhante a um apressório nas junções das células
epidérmicas e também sobre os estômatos. Ocorre assim a penetração do
fungo através do estômato. Após a penetração na folha, as hifas crescem
intercelularmente e ocorre a produção e liberação de toxinas pelo patógeno,
causando danos celulares. Os sintomas iniciais da doença nas folhas são
pequenas lesões de cor cinza e com um formato angular. As lesões
coalescem, tornam-se amarronzadas e causam o amarelecimento das
folhas, que caem prematuramente. Lesões podem também aparecer nas
vagens e nos caules (MONDA et al., 2001).
Para o controle da doença, as principais medidas recomendadas são:
boas práticas culturais, incluindo rotação de culturas, época adequada de
semeadura, uso de sementes sadias e remoção de restos culturais; controle
químico; e o uso de variedades resistentes. A utilização de variedades
resistentes é apresentada como a forma mais econômica de controle da
doença (SARTORATO et al., 1996). Entretanto, a alta variabilidade do
patógeno torna difícil encontrar cultivares de feijoeiro com resistência ampla
e duradoura a esta doença (SARTORATO et al., 1991; SARTORATO &
RAVA, 1992; FALEIRO et al., 2001). Devido à variabilidade de P. griseola,
cultivares que se comportam como resistentes em determinadas regiões
apresentam-se como suscetíveis em outras (OLIVEIRA et al., 2004). Assim,
estudos freqüentes da variabilidade genética do patógeno, bem como de sua
distribuição geográfica e a determinação de fontes com adequado nível de
resistência, são pontos-chave em programas de melhoramento visando
resistência a esta doença (OLIVEIRA et al., 2004).
A correta identificação e classificação de microrganismos são de
extrema importância prática não só no aspecto clínico, mas também
fitopatológico, biotecnológico e ambiental. Os métodos utilizados na
discriminação de gêneros, espécies e estirpes de microrganismos podem ser
divididos em métodos fenotípicos e genotípicos. Os métodos fenotípicos
baseiam-se em fenômenos bioquímicos e fisiológicos, enquanto os métodos
genotípicos detectam polimorfismo em nível dos ácidos nucléicos, ou
variação alélica em nível de enzimas. A tipagem de microrganismos, isto é, a
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