VII) MINHA GENTE – Por causa de uma gripe, talvez, foi escrita
molemente, com uma pachorra e um descansado de espírito, que o autor
não poderia ter, ao escrever as demais.
VIII) CONVERSA DE BOIS – Aqui, houve fenômeno interessante, o único
caso, neste livro, de mediunismo puro. Eu planejara escrever um conto
de carro-de-bois com o carro, os bois, o guia e o carreiro. Penosamente,
urdi o enredo, e, um sábado, fui dormir, contente, disposto a pôr em
caderno, no domingo, a história (n.1). Mas, no domingo caiu-me do ou
no crânio, prontinha, espécie de Minerva, outra história (n. 2) – também
com carro, bois, carreiro e guia – totalmente diferente da da véspera.
Não hesitei: escrevi-a, logo, e me esqueci da outra, da anterior. Em
1945, sofreu grandes retoques, mas nada recebeu da versão pré-
histórica, que fora definitivamente sacrificada.
IX) BICHO MAU – Deixou de figurar no Sagarana, porque não tem
parentesco profundo com as nove histórias deste, com as quais se
amadrinhara, apenas, por pertencer à mesma época e à mesma zona.
Seu sentido é outro. Ficou guardada para outro livro de novelas, já
concebido, e que, daqui a alguns anos, talvez seja escrito.
X) CORPO FECHADO – Talvez seja a minha predileta. Manuel Fulô foi o
personagem que mais conviveu ‘Humanamente’ comigo, e cheguei a
desconfiar de que ele pudesse ter uma qualquer espécie de existência.
Assim, viveu ele para mim mais umas 3 ou 4 histórias, que não
aproveitei o papel, porque não tinha valor de parábolas, não
‘transcendiam’.
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