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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC – SP
RITA DE CÁSSIA FERRER DA ROSA MOTOOKA
Aspectos emocionais investigados na infertilidade
através do método de Rorschach
Mestrado – Psicologia Clínica
São Paulo
2008
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC – SP
RITA DE CÁSSIA FERRER DA ROSA MOTOOKA
Aspectos emocionais investigados na infertilidade
através do método de Rorschach
Mestrado em Psicologia Clínica
Dissertação apresentada à Banca
Examinadora da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo,
como exigência parcial para
obtenção do título de Mestre em
Psicologia Clínica, sob orientação da
Profª. Drª. Ceres Alves de Araújo
São Paulo
2008
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BANCA EXAMINADORA
_______________________________________
_______________________________________
AGRADECIMENTOS
Ao Hospital Pérola Byington pela permissão a mim concedida, em poder realizar
este estudo nesta tão conceituada instituição.
À Profª Drª Ceres Alves de Araújo por sua generosidade e competência, foi uma
honra ser sua orientanda.
À Profª Drª Regina Sonia Gattas F. do Nascimento por sua continência e pelas
valiosas sugestões no exame de qualificação.
Ao Profº Drº Jhonatas Soares por sua disponibilidade e gentileza.
Aos amigos, Fernanda Menin, Ana Pandini, Rosangela Fígaro, Cristina Masiero,
Thais infante, Daniela Borba, Claudinei Affonso, Alexandre Hilel, Fernando
Maeda, Maria Aparecida Melo, por compartilharem comigo parte desta jornada.
À minha família querida, por todo apoio e por suavizarem meu caminho.
A todas as mulheres que participaram deste estudo, sem vocês ele não seria
possível.
Muitíssimo Obrigada!
RESUMO
Motooka, Rita de Cássia Ferrer da Rosa; Aspectos emocionais investigados na
infertilidade por meio do método de Rorschach. São Paulo, 2008.
Orientadora: Ceres Alves de Araújo.
Esta pesquisa foi realizada com um grupo de 15 mulheres inscritas no
programa de Reprodução Assistida do Hospital Perola Byington, e objetivou
investigar o psiquismo de mulheres inférteis através do método de Rorschach
(Sistema Compreensivo).
O protocolo de pesquisa foi elaborado de forma que pudesse coletar dados
da vivência emocional da infertilidade e seu enfrentamento. As participantes foram
submetidas a uma entrevista-semidirigida e ao método de Rorschach.
Este estudo abordou questões acerca do princípio feminino, das primeiras
fases de desenvolvimento humano, e apresentou de forma sucinta aspectos do
papel que a mulher vem ocupando ao longo da história em nossa sociedade.
O corpo teórico do presente estudo foi elaborado a partir dos pressupostos
da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung, os conteúdos disfóricos e
depressivos, e também a manifestação de estresse foram averiguados através do
método de Rorschach, teste projetivo, elaborado por Hermann Rorschach.
A análise dos resultados encontrados no método de Rorschach corroborou
estudos anteriores que apontam a manifestação de estresse e depressão em
mulheres submetidas a procedimentos de reprodução assistida. A categorização
dos dados da entrevista semidirigida evidenciou aspectos dolorosos dessa
vivência e o grande impacto sofrido por estas mulheres.
Palavras chaves: Infertilidade, Método de Rorschach, Aspectos Emocionais.
ABSTRACT
Motooka, Rita de Cássia Ferrer da Rosa; Emotional aspects of infertility, investigated
with Rorschach method. Sao Paulo, 2008.
This research was made with a group of 15 women enrolled in the Assisted
Reproduction Program of the Perola Byington Hospital, and aimed to investigate
the psychism of infertile women through the Rorschach method (Comprehensive
System).
The research protocol was designed to collect data about infertility’s emotional
aspects and how women deal with them. The members of the group participated in
a semi-structured interview and in a test using the Rorschach method.
This study covered questions about the feminine principle, the initial phases of the
human development and showed, briefly, some aspects of the role the woman
have been playing in our society.
The theory utilized in this study was based on the Analitical Psychology by Carl
Gustav Jung, and the depressed and disphoric content, as well as the stress
manifestation, were verified by using the projective test of Rorschach method,
developed by Hermann Rorschach.
The analisys of the results provided by the Rorschach method reinforced former
studies results that pointed to the presence of stress and depression in women
under assisted reproduction procedures. The categorization of the semi-structured
interview data highlighted painful aspects and the strong impact these women
suffered.
Key words: Infertility, Rorschach Method, Emotional Aspects.
alguns anos, durante um tratamento médico, compartilhei a sala de espera de um
centro de medicina reprodutiva. Enquanto observava aqueles casais, imaginava o que
diziam aqueles olhares, seus anseios, medos e expectativas. Como profissional da área
de saúde, aquele contexto me fez pensar sobre o diagnóstico de infertilidade e todas as
suas implicações emocionais. Embora, naquele momento não pudesse compreender
aqueles sentimentos, pude sentir seu impacto. Foi no desejo de decifrar aqueles olhares
que este estudo nasceu
.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 10
2 – REVISÃO DE LITERATURA 83
1.1.
P
SICOLOGIA
A
NALÍTICA
-
P
RINCÍPIO
F
EMININO E
P
RINCÍPIO
M
ASCULINO
..........................................83
1.1.1.
Anima e Animus.........................................................................................................................83
1.1.2.
Estágios do Desenvolvimento – Psicologia Analítica................................................................83
1.2.
MITOS
DE
CRIAÇÂO
E
A
MULHER
UM
BREVE
HISTÓRICO................................................83
1.2.1.
A MULHER AO LONGO DA HISTÓRIA..................................................................................83
1.3.
FERTILIDADE
E
INFERTILIDADE..................................................................................................83
OBJETIVO 83
CAUSAS DA INFERTILIDADE 84
1.4.
INFERTILIDADE
E
IMPLICAÇÕES
PSICOLÓGICAS..................................................................84
REPRODUÇÃO ASSISTIDA 84
1.5.
FERTILIZAÇÃO
IN
VITRO
FIV .....................................................................................................84
1.6.
III.4B
-
ICSI
INJEÇÃO
INTRA-CITOPLASMÁTICA
DE
ESPERMATOZÓIDES.....................84
1.7.
III.4C
-
IIU
INSEMINAÇÃO
INTRA
UTERINA .............................................................................84
ATUALIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA 84
1.8.
C
ONSIDERAÇÕES SOBRE AS IMPLICAÇÕES EMOCIONAIS DA INFERTILIDADE
.......................................84
MÉTODO 84
1.9.
C
ARACTERÍSTICA DO
E
STUDO
.............................................................................................................84
1.10.
P
ARTICIPANTES DA AMOSTRA
.............................................................................................................. 84
1.11.
C
RITÉRIOS DE
E
XCLUSÃO
....................................................................................................................84
1.12.
L
OCAL DA
C
OLETA DOS
D
ADOS
...........................................................................................................84
1.13.
I
NSTRUMENTOS
....................................................................................................................................84
1.13.1.
Ficha de Identificação ...............................................................................................................84
1.13.2.
Questionário ABIPEME ............................................................................................................84
1.13.3.
Entrevista semidirigida..............................................................................................................84
1.13.4.
Psicodiagnóstico de Rorschach.................................................................................................84
1.14.
P
ROCEDIMENTOS
.................................................................................................................................84
1.14.1.
Grupo Experimental ..................................................................................................................84
1.14.2.
Tratamento dos Dados...............................................................................................................84
1.14.3.
Cuidados Éticos.........................................................................................................................84
DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 84
1.15.
C
RITÉRIO
ABIPEME............................................................................................................................84
1.16.
E
NTREVISTA SEMIDIRIGIDA
...................................................................................................................84
1.17.
N
ATURALIDADE
.....................................................................................................................................84
1.18.
C
OR
......................................................................................................................................................84
1.19.
I
NSTRUÇÃO
...........................................................................................................................................84
1.20.
P
ROFISSÃO
...........................................................................................................................................84
1.21.
R
ELIGIÃO
..............................................................................................................................................84
1.22.
T
EMPO DE CONJUGALIDADE
.................................................................................................................84
1.23.
E
TIOLOGIA DA INFERTILIDADE
.............................................................................................................. 84
1.24.
P
ATOLOGIAS
.........................................................................................................................................84
1.25.
T
EMPO DE TRATAMENTO
......................................................................................................................84
1.26.
T
EMPO DE DIAGNÓSTICO
......................................................................................................................84
1.27.
E
NTREVISTA SEMIDIRIGIDA
...................................................................................................................84
1.27.1.
Vivências relatadas....................................................................................................................84
1.27.2.
Opinião do parceiro ..................................................................................................................84
1.27.3.
Sentimentos Expressos...............................................................................................................84
1.27.4.
Onde busca apoio. .....................................................................................................................84
1.27.5.
Palavras expressas diante da infertilidade................................................................................84
1.28.
T
ESTE DE
R
ORSCHACH
........................................................................................................................85
DISCUSSÃO DE RESULTADOS 103
CONSIDERAÇÕES FINAIS 110
GLOSSÁRIO 113
4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 116
1.29.
4.1
B
IBLIOGRAFIA
C
ONSULTADA
.....................................................................................................117
ANEXOS 121
INTRODUÇÃO
A fertilidade humana tem sofrido, ao longo da história, várias
transformações. O final do séc. XX e início do séc. XXI foram marcados por
significativos avanços da ciência que possibilitaram, entre outras coisas, a
compreensão do processo biológico da fecundação.
Desde os tempos primitivos, o homem tenta compreender os mistérios de
sua origem, de sua transitoriedade e sua morte. A percepção dos ciclos de
nascimento e morte constituem marcos importantes para a sobrevivência e
perpetuação da espécie.
A possibilidade de gerar filhos, assim como, sua impossibilidade, nos
remete a uma vasta experiência emocional, rica em conteúdos simbólicos e
valorizada em todas as culturas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2004), estima-se
que entre 60 e 80 milhões de pessoas em todo o mundo enfrentem dificuldades
para levar a cabo seu projeto de maternidade e paternidade.
O advento da pílula anticoncepcional e o ingresso da mulher no mercado
de trabalho afetaram os papéis femininos e masculinos em nossa sociedade. A
expectativa de vida mudou muito nas últimas décadas, hoje vivemos mais anos
que as gerações anteriores, por isso, muitos pais deixam para mais tarde a
chegada do bebê. As pessoas casam-se mais tarde, sendo que, do ponto de vista
orgânico, a mulher, aos 35 anos, já está em franco declínio da fertilidade.
Muitas mulheres que procuram as técnicas de reprodução assistida estão
nessa faixa etária e acima dela. A maternidade é postergada, pois o
desenvolvimento das técnicas de reprodução assistida e o avanço farmacológico
apresentam um amplo quadro de possibilidades, tornando a infertilidade menos
limitante.
O papel que a mulher ocupa na sociedade contemporânea vem se
transformando ao longo da história da humanidade, sua emancipação profissional
e consequentemente sua independência financeira trouxeram novos desafios. O
presente estudo se dedicou a investigar o psiquismo de mulheres que vivem
nesse momento contemporâneo, que trabalham e residem em grandes
metrópoles ou próximo destas.
Muitas mulheres atualmente engajam-se primeiramente em realizações
profissionais, acadêmicas, estabilidade financeira e viagens, para depois
pensarem em ter filhos. Para os homens, embora, não estejam sujeitos ao mesmo
limite biológico, existem parâmetros que merecem reflexão, como vitalidade e
disponibilidade para criar um filho após 40 ou 50 anos.
Percebemos um novo cenário envolvendo a fertilidade. Embora novas
questões surjam, o fato é que ter filhos continua sendo um grande projeto de vida,
para a maioria dos casais. Entretanto para muitos, a reprodução não é um
processo linear, ter filhos biológicos implica em transpor dificuldades ou mesmo
enfrentar a impossibilidade de consegui-los.
Outra consideração importante é que mulheres e homens em idade
avançada tiveram maior probabilidade de exposição a doenças sexualmente
transmissíveis ou outras doenças como, por exemplo, endometriose nas
mulheres. Esses e outros fatores ligados ao estilo de vida também podem afetar a
fecundidade, conforme Ribeiro (2004).
As tentativas de realização do desejo de conceber um filho podem trazer
momentos de intensas emoções na vida do casal, uma vez que tal desejo se
insere dentro de um campo psíquico carregado de significações inconscientes.
Portanto, não é a dor física, pois ela quase inexiste, mas os aspectos social,
cultural e emocional que determinam como a infertilidade vai ser vivida pelo casal,
de acordo com Becker & Nachtigall (1991).
A impossibilidade ou dificuldade de gerar um filho é uma questão
complexa, que deve ser articulada a seu significado psíquico. É sentida e vivida
por muitos casais como um evento traumático. A pressão social e parental é
percebida com muita angústia. Em sua maioria, as pesquisas relativas aos
aspectos emocionais apontam estresse, depressão e ansiedade como as queixas
mais presentes desta vivência.
A infertilidade apresenta a confluência de varias disciplinas, e, portanto,
deve ser considerada além de seus aspectos biológicos. Perpassa aspectos
culturais, sociais e psicológicos, sendo este último, o foco do presente trabalho.
O aporte teórico que subsidiou este estudo é o da Psicologia Analítica. Os
tópicos que serão apresentados no corpo trabalho têm por objetivo auxiliar o leitor
a compreender os estágios iniciais do desenvolvimento do ser humano e suas
implicações psicológicas, o contexto sociocultural e os aspectos orgânicos e
científicos que envolvem a infertilidade.
O interesse deste estudo volta-se para a compreensão da vivência da
infertilidade e pretende esclarecer aspectos da personalidade e da dinâmica
psíquica de mulheres submetidas a tratamentos de reprodução assistida, por meio
do Método de Rorschach.
2 – REVISÃO DE LITERATURA
Psicologia Analítica - Princípio Feminino e Princípio Masculino
A Psicologia Analítica fundada por C. G. Jung, ofereceu vasto material para
compreender fenômenos ligados aos processos psíquicos mais profundos do ser
humano. A partir desse construto básico, muitos autores têm se dedicado a
articular e ampliar os pilares da Psicologia Analítica. E. Neumann, E. C. Whitmont,
J. S. Bolen, M. E. Harding, S. B. Perera, entre outros, desenvolveram muitas
questões sobre o feminino, o masculino e suas inter-relações.
O imponderável para o surgimento de uma nova vida é o encontro do
masculino/espermatozóide e do feminino/óvulo. Para abordar a questão da
implicação psicológica advinda da infertilidade, cabe uma incursão nos dois
princípios que compõem toda a vida do planeta.
O princípio masculino e princípio feminino são dinamismos complementares
para a personalidade, tanto da mulher, quanto do homem. Estão presentes na
natureza e na humanidade, e não se limitam a conferir características e atitudes a
ambos. O princípio masculino caracteriza-se pela valorização da lógica racional,
enquanto o princípio feminino caracteriza-se pela valorização do sentimento.
Para compreender aspectos do feminino e do princípio feminino, será
necessário abordar também o princípio masculino. Ulanov (1971) esclarece que
para a psicologia analítica a completude pessoal pode ser alcançada através da
conscientização de contrasexualidade.
Feminilidade e masculinidade, consequentemente, não devem ser
entendidas como características diretas das mulheres e dos homens; elas são
antes representações simbólicas das energias que incluem aquilo que comumente
chamamos de feminilidade e masculinidade, conforme Whitmont (1994 [1969]).
Podemos pensar em feminino e masculino como arquétipos, que são, como
explica Jung, elementos primordiais e estruturais da psique humana, que se
expressam simbolicamente na cultura e nos indivíduos, sejam homens ou
mulheres. Jung descrevia os arquétipos como “imagens do instinto” e como as
formas que os instintos assumem.
“Não se trata de idéias herdadas, mas da possibilidade herdada das idéias.
Não são aquisições individuais, mas, em geral, são comuns a todos os seres
humanos, como se depreende de sua ocorrência universal” (JUNG, O C, 10, par.
53).
A compreensão dos aspectos contidos no principio feminino e do principio
masculino, se torna mais acessível se nos aproximarmos das noções de Yin e Yang
apresentadas pela filosofia chinesa. O princípio primordial feminino é descrito como
Yin e o masculino como Yang, são citados no antigo livro chinês I Ching: o livro das
mutações, traduzido por Richard Wilhem (1923), e prefaciado por Jung em 1949.
A unificação e a complementaridade desses princípios primordiais são
eficazmente expressas pela imagem do Tao, um círculo que é constituído de duas
metades, uma preta (Yin) e outra branca (Yang), que contêm respectivamente um
ponto branco e um ponto preto, que indicam o fato de que cada uma destas duas
metades traz em si a representação do próprio oposto.
Neumann traz uma citação de Lao T para explicar estes princípios
primordiais: “ocontinente dos opostos é o t’ai chi chinês, um redondo que contém o
negro e o branco, a noite e o dia, o masculino e o feminino” (NEUMANN, 1991, p.
27).
Havia algo sem forma, porém completo,
Existente antes do céu e da terra,
Sem som, sem substância,
De nada dependente, imutável,
Impregnando tudo, inquebrantável,
Pode se considerá-lo a mãe de todas as
coisas sob o céu.
Lao Tse
Segundo Whitmont (1969), Yin representa a natureza, é receptivo,
continente, envolvente, dócil, retraído, frio, úmido, escuro. É gerador, iniciador,
representa o mundo em formação, os impulsos, anseios e instintos, a sexualidade.
É percebido no simbolismo da Terra e da Lua, da escuridão, do espaço. É negativo,
indiferenciado e coletivo.
As imagens simbólicas representantes do princípio feminino abrangem o
mundo da natureza, da vida, das emoções e dos impulsos. Sua dinâmica diz
respeito à fusão e ao envolvimento, sendo que separação e abstração referem-se
ao masculino.
Yang é o principio criativo, representa ordem, iniciativa, energia, força,
agressividade e rebelião. Tem características como calor: estímulo, luz. Apresenta
representações fálicas como espada, lança, manifesta-se na disciplina e separação,
é individual. Representa o espírito, desperta, luta, é positivo e criativo, mas também
destrói e restringe.As características de Yang dizem respeito ao mundo do
discernimento, do espírito e da ordem, como também da abstração.
A interação concreta entre homens e mulheres é percebida através da polaridade
dualística dos princípios primordiais Yin e Yang. Homens não são encarnações do
Yang e nem as mulheres criaturas do Yin, mas expressam características desses
dois princípios em diversos graus.
De acordo com Whitmont, (1969), a masculinidade e a feminilidade não são
determinadas por uma predominância absoluta, mas relativa, de um conjunto de
características sobre o outro. Podemos encarar a Psicologia do homem como
determinada por vários graus de predominância do Yang manifesto e uma
recessividade ou funcionamento em segundo plano do Yin. Do mesmo modo, a
mulher é caracterizada por uma predominância relativamente manifesta do Yin e
pelo funcionamento em segundo plano do Yang.
Para os princípios primordiais Yin e Yang, Jung (1993 [1927]) utilizou os
conceitos de Eros e Logos, auxiliando assim a compreensão da polaridade
masculino-feminino. Eros pode ser expresso como relacionamento psíquico e
Logos como interesse objetivo.
O aspecto dinâmico de Yin se expressa através do relacionamento, união,
envolvimento, contato humano e fusão, não necessariamente entendimento. Seu
aspecto estático caracteriza-se pela indiferença, o ventre da alma que gera e
destrói, avesso à disciplina. É impessoal e coletivo. O aspecto dinâmico do Yang é
um impulso para ação e também é desafiador. Seu aspecto estático manifesta-se
como reflexão, consciência, discernimento, razão, lei, ordem.
Anima e Animus
C. G. Jung (1988 [1951) descreve o fato de que o consciente da mulher é
mais caracterizado pela qualidade conectiva de Eros do que pela discriminação
cognitiva de Logos, dando-se o inverso para o homem. O inconsciente feminino tem
um sinal masculino, e o inconsciente masculino tem um sinal feminino, que ele
designou animus e anima.
Pode-se afirmar que os princípios feminino e masculino são princípios
arquetípicos da psique humana, cuja polaridade e complementaridade o
observadas nas interações humanas de ambos os sexos e na interação, dentro da
pessoa, de seu ego com seu animus ou anima respectivamente, conforme Ulanov
(1971).
Jung postula que podemos compreender esses dois arquétipos como
atuantes num complexo funcional que se comporta de forma compensatória em
relação à personalidade externa; de certo modo, uma personalidade interna que
apresenta aquelas propriedades que faltam à personalidade externa, consciente e
manifesta.
De acordo com Jung, há uma masculinidade recessiva na mulher que é o
animus, e uma feminilidade recessiva no homem, a anima. As características
manifestas, tanto para a mulher quanto para o homem, podem não ser
completamente conscientes, e adicionando-se a isto os traços inconscientes
complementares, teremos uma variação de interações entre o princípio feminino e o
masculino na determinação da personalidade dominante e recessiva, que
possibilitam vários tipos de personalidade, tanto feminina quanto masculina,
conforme disse Whitmont (1994 [1969]).
É possível afirmar que o princípio feminino presente na consciência é
complementado pela sua contraparte masculina inconsciente, o animus. E a
assimilação deste inconsciente deverá ocorrer de forma gradativa através da
progressão por todas as fases do desenvolvimento. Kato, (2002, p. 15)
A anima e o animus são sempre necessariamente inconscientes e, de fato, operam
como personalidades separadas e desconhecidas do sexo oposto uma mulher
inconsciente no homem e um homem inconsciente na mulher (...) e que tendem a
funcionar de modo relativamente inferior, primitivo e inadaptado. (WHITMONT,
1969, p. 159)
Whitmont (1969), afirma que é imprescindível que a mulher integre seus
potenciais inconscientes e para que isso seja possível é necessário confrontar-se
com o animus e tudo aquilo que ele representa.
A integração do animus para a mulher, o opus major que constitui seu problema de
individuação, requer confronto consciente à aceitação ativa. (...) o animus requer,
por sua vez, o desenvolvimento de uma iniciativa consciente ativa: aprender a
discriminar conscientemente, esclarecer e separar e, portanto, aceitar a reparação,
independência e a responsabilidade, assim como a racionalidade.(WHITMONT,
1969, p. 189)
Arquetipicamente a feminilidade se realiza através de associações da
imagem feminina que a menina ou menino, vão elaborando durante a infância. Essa
interação vai possibilitar a formação de um padrão feminino, onde a anima poderá
mais tarde se realizar no aspecto pessoal.
Todas as experiências que correspondem ou são contíguas ao modo como o
feminino foi encontrado pela primeira vez e de modo mais marcante, formam um
padrão de expectativas a priori, que continua a funcionar por toda a vida do
indivíduo. Tais expectativas, esperanças e temores interiores serão
automaticamente projetados em pessoas. (WHITMONT, 1969, p. 170)
Os complexos formados em torno da anima dirigem as reações do homem
às situações emocionais e a determinadas mulheres e também modelam suas
expectativas inconscientes em relação ao modo como essas mulheres se
comportarão, segundo Whitmont (1969). Animus e anima são arquétipos que
subsidiam os padrões humanos gerais mais instintivos. No decorrer do processo de
individuação, surge a necessidade de integração e elaboração de aspectos
referentes ao arquétipo da anima-animus.
Whitmont (1995) esclarece que uma das formas mais básicas nas quais
vivenciamos o conflito universal dos opostos em nós mesmos e nosso encontro
com os outros é a polaridade masculino-feminino. Afirma que ao introduzir o
conceito de Logos-Eros, Jung iniciou uma abordagem para o entendimento dessa
polaridade, em termos de implicações arquetípicas mais amplas.
Estágios do Desenvolvimento – Psicologia Analítica
A representação da serpente mítica que morde a própria cauda foi
introduzida por Jung na Psicologia Analítica para indicar o indiferenciado e, junto a
isso, o originário. Neste sentido, exprime a remitência à origem pela qual pode
verificar-se nova interpretação de si e do mundo.
Do uróboro fala-se como do símbolo que mantendo juntos os opostos,
início à dinâmica psíquica e ao desenvolvimento da personalidade e, portanto, à
constituição da própria identidade pessoal. Uróboro é o símbolo do “opus circulare”
obra circular da natureza e da arte, este símbolo era utilizado pelos alquimistas
para expressar a reconstrução de um estado de totalidade primitiva, de acordo com
Piero (2002).
O estado psíquico inicial e a situação primordial nas quais o ego não está
diferenciado do Self são representadas pelo uróboro. Ele representa a origem, os
opostos – positivo e negativo, masculino e feminino, luz e escuridão.
Segundo o modelo analítico, o ego, ao nascer, está imerso na totalidade do
Self, sem haver discriminação entre o eu e o não eu. O estado pré-egóico é o
estado paradisíaco, unitário, não dividido. Segundo Ramos (1994), o surgimento da
consciência vem da ruptura dessa totalidade indiscriminada.
Neumann (2000 [1953]), a partir dos pressupostos da Psicologia Analítica,
estabelece uma seqüência na qual o primeiro estágio, denominado de
relacionamento primal, é descrito como o da unidade psíquica. Neste estágio, o ego
do indivíduo do sexo feminino, assim como o do sexo masculino, se relaciona com
a superioridade do inconsciente numa unidade tal que ainda não se pode falar em
inconsciente e ego.
As fases do desenvolvimento da criança o descritas por Araújo,
referendando os postulados de Neumann em sua obra História da origem da
consciência, onde este descreve os estágios do desenvolvimento psicológico. Fala
de uma fase urobórica, o Eu existe somente, como potencialidade latente, num
estado de identidade primária com o Self ou com a psique-objetiva. Este estado
perdura durante o período pré-natal e a primeira infância.Este primeiro estágio do
desenvolvimento caracteriza-se pela indiferenciação com a totalidade.
A transição para o estágio posterior corresponde à criação do mundo para a
psique individual. Este estágio é chamado de matriarcal, onde a consciência é
tênue e o Eu passivo e dependente da matriz urobórica, que agora toma o aspecto
da Grande e. A este estágio pertence a imagem da mãe fálica incorporando
componentes masculinos e femininos. A busca do Eu é pela nutrição e sustento,
evitando o aspecto destruidor, devorador da Grande Mãe.
O terceiro estágio é denominado de patriarcal. Na tentativa de libertar-se da
fase do matriarcado, o feminino é depreciado e rejeitado. O arquétipo do pai ou o
princípio masculino expressa sua força, evoca a responsabilidade, a disciplina, a
racionalidade, conforme citou Araújo. (apud Neumann, 1970, pp. 261-360)
O ser humano, desde bebê, tem duas tendências básicas: a de se adaptar
ao meio que está inserido e também o desenvolver seus potenciais. O instinto e a
cultura são polaridades básicas presentes no ser humano e essas duas tendências
são importantes, pois o indivíduo precisa se inserir no coletivo, mas também precisa
ser único. A e, no início da vida do bebê, através do relacionamento primal, é
quem da sustentação a essas duas tendências.
É importante que essa relação primal seja suficientemente boa, que a mãe
compense os fatores de ameaça sentidos pelo bebê. A partir dessa experiência
suficientemente boa com a mãe, o bebê pode experienciar um mundo externo bom.
Quando a relação mãe-criança é suficientemente boa, irá se desenvolver, a partir da
matriz somatopisiquica inicial, uma diferenciação progressiva na criança entre seu
corpo e o corpo da mãe, o qual é a primeira representação do mundo externo. Os
conteúdos psicológicos lentamente se diferenciam dos somáticos na psique infantil.
Dentro do padrão normal, é através da relação com a mãe que a relação simbólica
verbal vai se desenvolvendo em harmonia com a corporal, complementando-a. A
diferenciação psique-corpo vai se firmando e a relação mãe-criança a base para
a formação da função transcendente. (RAMOS, 1994, p. 45)
Para Neumann (2002 [1954]), a tendência natural para a menina é a
identificação com a mãe, que ainda pode continuar; já para o menino, a tendência é
distanciar-se do relacionamento primal com a mãe e relacionar-se com o mundo
consciente, na forma de objetividade.
A relação primal é o fundamento de todos os relacionamentos, dependências
e relações subseqüentes. Meninas e meninos experienciam o relacionamento
primal diferentemente. Para a criança do sexo feminino, a mãe é algo semelhante a
ela, enquanto que o menino experiencia a mãe como algo que difere dele.
Para a criança, os pais, ou as pessoas que cumprem tais funções, são
inicialmente suas relações mais próximas e mais afluentes. Quando ela cresce,
outras fontes podem exercer influência, e as imagos (imagens subjetivamente
geradas) dos pais vão se retirando da consciência e se tornando cada vez mais
inconscientes, conforme Jung (1991 [1928]).
De acordo com Whitmont (1994 [1969]), de forma ideal, todo ser humano
primeiramente deveria ser contido, amado, protegido, sustentado e alimentado pela
mãe, e depois desafiado, conduzido e dirigido para ideais pelo pai. No entanto, este
ideal nem sempre ocorre, e as relações internas variarão por excesso ou falta de
um ou de outro, resultando em relacionamentos externos mais ou menos
adequados.
Pode-se dizer que o bom relacionamento inicial com a mãe e posteriormente
um bom relacionamento com o pai são condições que proporcionariam um
relacionamento interno adequado com os princípios feminino e masculino, e
também proporcionará a base para o relacionamento externo adequado com figuras
femininas e masculinas.
Um aspecto importante destacado por Ulanov (1971), é que o
desenvolvimento do relacionamento interno da polaridade feminino-masculino
pode ser alcançado através da relação com o sexo oposto. Não podemos nos
relacionar inteiramente com o outro sem encontrarmos nosso próprio eu profundo, e
vice-versa. Isto significa que um desenvolvimento, desde seus estágios iniciais até
o estágio da individuação e além não é alcançado através da introversão solitária.
MITOS DE CRIAÇÂO E A MULHER – UM BREVE HISTÓRICO
Jung considera o mito como uma forma autônoma de pensamento e,
portanto, não secundária nem subordinada em relação ao conhecimento racional,
que a ela, pelo contrário, está entrelaçado. O material mitológico, para Jung, seria
como o emblema da atividade psíquica.
O único elo entre o homem e o conhecimento de sua origem é o mito, memória de
um tempo transformado num passado sempre crescente e irrecuperável; tentativa
do homem encontrar-se por meio da palavra; discurso do homem sobre sua
origem perdida. (MORAES, 1988, pag. 17)
De acordo com Jung, o estudo comparativo dos diferentes mitos e dos
sistemas míticos das várias culturas e religiões resulta com efeito importante para
a finalidade de reencontrar as convergências temáticas e motivos recorrentes,
como vida, morte, abandono, separação, criação, destruição etc.
A linguagem mítica é a tênue superfície do originário que margina a
existência do homem, e a memória de um tempo que o domina quase ao infinito e
que ele,sem o saber, reanima, conforme Foucault (1995).
Conforme cita Kolata (1998), Sêneca popularizou uma idéia de Aristóteles
que ficou conhecida como teoria da pré-formação. Essa proposta se mostrou o
impactante quanto a descoberta do microscópio, com o qual, 2000 anos depois da
época da Grécia Antiga, os primeiros cientistas que examinaram os
espermatozóides julgaram ver um homúnculo no interior.
Buscando encontrar explicações racionais para os fenômenos naturais, os
gregos tentaram explicar o surgimento do homem e como este transmitia a sua
descendência.
Na semente estão contidas todas as partes do corpo do homem que serão
formadas. A criança que se desenvolve no útero da mãe tem as raízes da barba e
do cabelo que nascerão um dia. Também estão presentes nesta pequena massa
todos os contornos do corpo e tudo o que a posteridade descobri nele.
(Kolata,1998, p. 43 e 44).
Tubert (1996) salienta que a tradição judaico-cristã apresenta o mito de
criação de Adão e Eva. A Gênese explica que Javé criou o mundo em sete dias,
deixando, como último ato de sua criação, o homem. Como Adão, o primeiro
homem, se sentisse perante as outras criaturas, Javé criou a mulher para ser
sua companheira. Assim, Eva é moldada a partir de uma costela de Adão. Nesse
momento, acontece uma inversão, a mulher nasce do homem, formalizando o
domínio masculino.
O deus criador, Javé, ocupa o lugar da deusa procriadora, que controlava
os ciclos do nascimento, da morte, das estações. Como um deus masculino,
representa o pai, a lei, o guerreiro vitorioso, senhor das batalhas. É capaz de criar
o universo do nada, prescindindo de qualquer matéria prévia, o que o torna único
e onipotente.
Eva foi o nome que Adão deu a primeira mulher, e significa, “a mãe de todo
ser vivo”. A história de Eva traz em seu significado a substituição da deusa-mãe
de todo ser vivo por Javé, sendo, portanto, pautada na idéia da deusa destituída e
da rejeição do feminino como entidade sagrada.
Quando Eva fala com a serpente, transgride a proibição de Javé e come o
fruto da árvore do conhecimento, provocando a expulsão do primeiro casal do
paraíso. Eva é considerada frágil e, na sua debilidade, é passível de ser seduzida
e de seduzir Adão, oferecendo-lhe o fruto proibido, o que lhe confere
características demoníacas. É culpada pela existência humana na sua condição
de dor, trabalho, alienação e morte.
Eva, a primeira mulher, ocasionou as desgraças do homem. Ela simboliza a
tentação, o pecado da carne, o desejo de sexo, responsável pela perda do
paraíso terrestre. Ao descobrir a sexualidade, metáfora do fruto proibido, Eva é
condenada a gerar e parir filhos, submetendo-se a Adão. A maternidade torna-se,
portanto, o castigo oriundo do pecado.
Entretanto, a igreja constrói uma outra identidade feminina mítica, a Virgem
poderosa Mãe de Cristo. Mãe da Igreja, Mãe dos pobres e infelizes. O lugar
mítico de Maria reinsere a mulher na maternidade, construindo o consenso do
instinto maternal. O ideal de Maria é a maternidade imaculada ou a
dessexualização do corpo feminino. Santo Irineu faz uma referência a estas duas
personagens:
A desobediência de Eva foi a causa da morte para ela própria e para toda a
humanidade. Apesar de Maria também ter tido um marido escolhido para si, sendo
apesar disso virgem, pela sua obediência ela foi a causa da salvação para si
própria e para toda a humanidade (...). O da desobediência de Eva foi
desatado pela obediência de Maria. ( SOWER, 1992, p. 281)
Inevitavelmente, as mulheres são identificadas com Eva, uma vez que a
Mãe de Cristo, devido à sua natureza imaculada, por continuar virgem após a
maternidade, se afasta da experiência das mulheres, daquilo com que podem ser
identificadas. O Gênesis mostra duas versões da criação de Eva: na primeira,
homem e mulher são criados como iguais, a partir do pó; na segunda, Adão é
criado em primeiro lugar surgindo a mulher de uma de suas costelas. É esta
segunda versão, de que o ser feminino é gerado a partir do masculino, que
confere à mulher um caráter imperfeito e uma tendência natural para pecar.
“Houve um defeito na formação da primeira mulher, uma vez que ela
nasceu de uma costela dobrada (...) a partir deste defeito ela é um animal
imperfeito, ela engana sempre”. Tseelon, (1995)
O Cristianismo representa o universo feminino com Eva e Maria. Enquanto
todas as mulheres são identificadas com Eva e percebidas como pecadoras,
Maria eleva-se a um estatuto de perfeição inatingível.
Centrando-nos em Maria, verificamos que ela acredita não na serpente
tentadora, mas no mensageiro Celeste. Ela colabora, livremente, pela e
obediência, na salvação dos homens, através da sua função de mãe do Criador.
Maria expressa a figura da mulher como mãe, como esposa e como
virgem, ela é nomeada como Maria, a “Mãe de Jesus” e “Virgem Maria”. As
questões da maternidade e procriação assumem em Maria particular significado, o
que leva a conseqüências práticas para as próprias mulheres no que diz respeito
aos seus papéis sociais.
A maternidade encarnada por Maria permite a salvação do sexo feminino e
de redimir do pecado sua mãe Eva, desde que o comportamento das mulheres
permaneça dentro de outros parâmetros de perfeição, como na primeira carta de
Timóteo (2:15): “contudo salvar-se-á, tornando-se mãe, uma vez que permaneça
na fé, na caridade e na santidade”.
O ideal de maternidade imbuído na figura materna de Maria não pode ser
imitado, uma vez que pode ser virgem se não for mãe. O mito de Maria conduz
as mulheres à figura de Eva, submetendo-as às necessidades domésticas dos
maridos, garantindo a gravidez e o cuidado contínuo com os filhos. Shawyer
(1992), faz a seguinte citação: “as mulheres o identificadas com Eva, uma vez
que a natureza imaculada de Maria, que inclui dar à luz uma criança
permanecendo virgo intacta, excluem-na da experiência daquelas”.
A ordem da criação e a queda original funcionam de modo a fundar bases
de hierarquização sexual que se refletem nas relações sociais; as figuras de Eva e
Maria convencem a mulher de que não existe escolha, pois, independentemente
do seu desejo, a maternidade torna-se um destino inquestionável.
Essa construção mítica ao longo do tempo constitui a base da significação
psíquica e social da maternidade. Concomitante a esse processo, a ciência
aponta novas descobertas e traz uma gama de desafios frente ao mistério da vida
e concepção.
A MULHER AO LONGO DA HISTÓRIA
Tubert (1996) salienta que para muitos povos, o matrimônio era
considerado completo com o nascimento de uma criança. Reitera ainda a
importância da fecundidade em alguns momentos da história e mostra como a
mulher, sendo mãe, entra na ordem do simbólico.
Em algumas sociedades pastoris, o homem pagava, com seu gado, a
mulher que lhe desse o direito de considerar, como próprios, os filhos dela. A
infertilidade feminina anulava o casamento, e o preço da noiva era devolvido, a
não ser que os pais providenciassem outra mulher da família para o esposo.
Mecozzi (1993) explica o fenômeno do patriarcado através da história das
sociedades como uma relação de subordinação das mulheres pelos homens. No
período patriarcal, o homem sempre teve o poder de decisão e a mulher foi
submetida ao homem, nas figuras do pai, irmãos e depois marido; à mulher,
restava ser complacente, submissa e obediente.
No patriarcado, a autoridade política e social pertence ao homem, o ventre
da esposa tem a função de gerar filhos legítimos para o pai, garantindo, na
descendência, a continuidade da família.
Tubert (1996) explica que a situação da mulher, enquanto participação
social, não se transformou durante a Revolução Francesa, embora a condição de
esposa e mãe tivesse sido arduamente proclamada. Nos tempos que se
sucederam à Revolução Francesa, a função materna permanecia enaltecida, na
condição de “mães de gerações futuras”.
Como explica Perrot (1991), as mulheres eram tidas como a representação
do privado e sua participação ativa em qualquer atividade fora do lar era rejeitada
pelos homens. Elas não tinham qualquer direito político. As mulheres eram
reconhecidas somente por seus papéis sociais de mãe e esposa, não havendo
espaço para expressão de sua individualidade. Desse modo, o útero define a
mulher e determina seu comportamento e seu lugar na sociedade como mãe.
A mulher torna-se símbolo de fragilidade e deveria ser protegida do mundo
exterior, público. Por outro lado, as mulheres também são representadas como o
inverso do homem, identificadas por sua sexualidade e seu corpo, enquanto o
homem é identificado por seu espírito e energia.
De acordo com Perrot (1991), no séc. XIX, o ideal materno passou a ser
usado no discurso que justifica a ausência da mulher na vida política. A diferença
de funções colocava a mulher na esfera do privado e confere ao homem o
domínio sobre o público. Assim, a vocação materna foi consolidada e ser mãe era
uma “missão”, uma experiência que implicava sacrifícios, dor e sofrimento. A
glorificação da maternidade, ainda no séc. XIX, constituía um fenômeno, sobre o
qual podiam ser feitas várias leituras.
O materialismo histórico enfatiza a divisão sexual do trabalho. No
capitalismo, a industrialização se expandiu, e a produção no lar deu lugar à
produção fora de casa. O homem, cada vez mais afastado do lar, pelas novas
condições sociais e econômicas, transferia para a mulher a educação dos filhos.
O romantismo, na literatura e nas artes em geral, destacou a sensibilidade
e a valorização de todas as formas de sentimento. A maternidade, inserida neste
contexto, passou a ser cultuada. De acordo com Badinter (1985), o discurso
feminista, por outro lado, advertia que o culto da maternidade articulava-se com a
restrição feminina na esfera pública, e percebia-se nele um aspecto de
compensação.
Em meados do séc. XIX, a necessidade de mão de obra para a indústria,
devido à expansão do capitalismo, convocou as mulheres para o trabalho nas
fábricas. A industrialização, com sua carga horária de 12 a 14 horas diárias, criou
mães extenuadas que não conseguiam realizar o trabalho doméstico e o cuidado
com os filhos.
Tubert (1996) relata que essa situação alarmou a sociedade, e começaram
a surgir, no início do séc. XX, movimentos que reivindicavam uma legislação que
protegesse as mães, reduzindo a jornada de trabalho, proporcionando tarefas
mais leves para as mulheres e concedendo-lhes licença-maternidade.
A segunda metade do séc. XX presenciou uma revolução na vida das
mulheres ocidentais. Cada vez mais integrada ao sistema produtivo, a mulher não
ficava mais confinada ao lar. O trabalho doméstico das mulheres passa a ser
denunciado como uma alienação, uma sujeição ao homem. Assim, trabalhar fora
vem a ser para as mulheres o sinal de emancipação.
Badinter (1996) comenta que a maternagem não era mais o eixo principal
da vida feminina, que se deslocava para outros campos, como a vida profissional
e afetiva. Os métodos de contracepção mudaram a relação da mulher com a
sexualidade, colocando-a no domínio de sua fecundidade.
Segundo Prost e Vincent (1992), os recursos aos métodos
anticoncepcionais modernos e sua legitimação, historicamente recente,
transformam significativamente a vida privada.
Agora, não é possível recusar ou decidir, ou seja, planejar os nascimentos,
como também, liberada da angústia de uma gravidez indesejada, a mulher
separando sua atividade erótica de sua função reprodutora, pode buscar e até
exigir uma atividade sexualmente plena gratificante, sem que com isso esteja
faltando às regras da decência. (Prost e Vincent, 1992)
Prost e Vincent (1992) observam que alguns anos, quando a mulher
havia cursado uma universidade, muitas vezes renunciava a qualquer atividade
profissional na hora de se casar.
O fato é que atualmente a ascensão social da mulher coloca em questão as
relações conjugais. As mulheres com nível de instrução mais elevado o as que
se declaram menos satisfeitas com seus casamentos e que sua autonomia, muito
maior em relação ao marido, requer uma nova definição da vida conjugal, uma
nova divisão das funções e dos papéis, não dentro, como também fora da
família.
A estrutura patriarcal coloca a mulher numa posição de passividade,
concebe a mulher como algo frágil, inferior. Mecozzi (1993) entende que a mulher
foi anulada, não tendo valor como pessoa. Ela era situada num mundo de papéis;
esposa, mãe, dona de casa; fazendo com que seus verdadeiros sujeitos femininos
desaparecessem, por trás de seus papéis sociais.
O padrão patriarcal, durante um longo período, exerceu sua primazia.
Podemos compreender isto através da supremacia das características masculinas
sobre as femininas; o dinamismo patriarcal usurpou das mulheres o direito de
viver sua própria vida, de desenvolver sua individualidade, assim como as
potencialidades do princípio feminino.
Pode-se dizer que, embora, as normas e leis do padrão patriarcal ainda
rejam nossa sociedade, uma confrontação acerca desse dinamismo.Embora o
dinamismo patriarcal exerça grande influência em nossa sociedade, este padrão
está mudando, estamos caminhando para um novo ciclo arquetípico.
Em sua obra “A terceira mulher”, Lipovetsky (2000) faz um estudo sobre a
evolução e revolução do feminino no decorrer da história. Coloca que desde os
tempos mais remotos, a organização da coletividade se pela divisão social dos
papéis atribuídos ao homem e a mulher, com a dominação social do masculino
sobre o feminino.
Destaca que existe uma hierarquia masculina que é vivida e sentida com
valor superior ao feminino, o masculino tem sempre um valor positivo, o feminino
negativo. A primeira mulher destacada por Lipovetsky está inserida no contexto
onde todas as atividades que são valorizadas são exercidas por homens.
Ainda que muitas mulheres ocupem posições e atividades ditas
masculinas, quase sempre estão em segundo plano, subordinadas a chefia e
controle masculino. Por mais que seja confiado às mulheres algum poder, em
determinados grupos sociais ou culturas, estas quase nunca assumem cargos
elevados, como funções políticas, militares, sacerdotais.
A única função feminina que escapa a essa desvalorização é a
maternidade, mas nem por isso a mulher deixa de ser uma outra” inferior e
subordinada, pois seu papel fica restrito ao cuidado dos filhos e às tarefas sem
prestígio da vida doméstica.
Lipovetsky (2000) aponta que as mulheres são sempre colocadas em
segundo plano, a elas são conferidas a sombra e o esquecimento concedidos aos
sujeitos inferiores. O autor cita que, apesar de depreciadas, as mulheres não
deixam de ser detentoras de poderes temidos pelos homens. A mulher é
associada às potencias do mal e ao caos.
A segunda mulher descrita por este autor vive um período onde sacraliza-
se a “esposa-mãe-educadora”. A mulher torna-se o belo “sexo”, é colocada em um
pedestal e coberta de louvores e honras. A mulher nunca foi tão idealizada, passa
a ser considerada uma divindade que tem o poder de elevar o homem, mas não
deixa de sair da sombra.
A primeira mulher era diabolizada e desprezada; a segunda mulher,
idealizada, adulada, instalada num trono. A existência feminina era definida em
função dos padrões sociais e por sua “natureza”, ou seja, casar, ter filhos, exercer
as tarefas subalternas definidas pela sociedade.
Lipovetsky (2000) postula que esta época está terminando e estamos
entrando em uma nova era, onde a mulher, a terceira mulher, torna-se dona de si
mesma, onde tudo na vida feminina torna-se passível de imprevisibilidade. Hoje,
muitas mulheres têm direito de planejar e definir suas vidas, de construir seu
futuro. “Tanto a primeira como a segunda mulher, estavam subordinadas ao
homem, a terceira mulher é sujeita de si mesma. A segunda mulher era uma
criação ideal dos homens, a terceira é uma auto-criação feminina.” (LIPOVETSKY,
2000, p. 237)
A mulher contemporânea está disposta a aprender a lidar com suas
dificuldades e a usar suas potencialidades na direção do amadurecimento. Ela
deve entrar em contato com seu animus, sua masculinidade interior, para que se
torne forte, saudável e mantenha uma relação adequada, plena e total com seu
ego e psique, conforme Moita (1999).
FERTILIDADE E INFERTILIDADE
Apenas no final do séc. XIX os cientistas iniciaram pesquisas a respeito do
desenvolvimento embrionário. Nesse período, descobriram que o óvulo
desempenhava papel importante para a fecundação humana, desmistificando a
idéia de que apenas o homem, com seu espermatozóide, era o responsável pela
geração de vida humana, sendo a mulher considerada mero receptáculo para o
novo ser.
Em meados do séc. XX, foi descoberto o processo de meiose celular, que
originava as células reprodutoras, e, através da união do espermatozóide com o
óvulo, fazia surgir um pequeno ser, possuidor de metade do material genético da
mãe e metade do pai.
Apenas na década de 50, graças aos trabalhos de dois grandes
geneticistas, Watson e Crick, foi possível desvendar a estrutura do DNA, o
material genético primordial de todo ser humano. Daí para frente, os avanços na
área da genética foram espantosos e em curto espaço de tempo foi possível o
desenvolvimento de técnicas de manipulação do material genético e de
fertilização humana em laboratório.
O final da década de 1970 assistiu o nascimento de bebês de proveta, a
ficção de Aldous Huxley ganhava forma e se tornava realidade com o nascimento
de Louise Brown. Após esse, vários outros bebês de proveta surgiram em todo o
mundo. Aperfeiçoaram-se as técnicas de reprodução assistida, surgindo novas
tecnologias na área.
Um fato pouco conhecido é que os humanos estão entre as criaturas
menos férteis sobre a terra, apenas um período bem curto dentro do ciclo
menstrual durante o qual a concepção é possível, o que faz com que as chances
de concepção sejam de apenas 20% a cada mês, de acordo com Anasti (1998).
Tognotti (1997) postula que a reprodução entre os seres humanos traduz
um processo complexo e envolve o equilíbrio entre estruturas morfológicas,
funcionais e comportamentais.
A complexidade das etapas necessárias para que aconteça a reprodução
humana explica como o processo não ocorre com 100% de eficiência. Estima-se
que um casal fértil, sem contracepção, tenha 20 a 25% de chance de gravidez, a
cada ciclo menstrual. Assim, em doze ciclos de tentativas, o casal fértil alcançaria
uma taxa cumulativa de 92 a 95% de chance de gravidez, conforme Brandi et al
(1997).
Petracco & Badalotti (1997) apontam os fatores que determinam o
desenvolvimento adequado do processo reprodutivo.
1 Que os espermatozóides sejam produzidos em número e qualidade
adequados, resultado da função testicular.
2 Que os espermatozóides sejam depositados na vagina, resultado do
processo de copulação. É necessária a integridade anatômica e funcional
dos aparelhos genitais masculino e feminino.
3 Que a copulação aconteça no momento correto, ou seja, no período
periovulatório.
4 Que os espermatozóides experimentem livre trânsito pelo aparelho
genital feminino, fato denominado espermomigração.
5 Que os ovários sejam normais, com um número adequado de folículos
primordiais e que recebam estímulos hormonais responsáveis pelo
recrutamento, seleção e postura de um oócito maduro.
6 Que exista um conduto tubário patente capaz de permitir o trânsito dos
espermatozóides e de albergar o processo de encontro e fusão com o
oócito. Deve ainda proporcionar nutrição para essa nova célula e franquear
as várias etapas da divisão celular durante seu transporte até o útero.
7 – Que o útero esteja apto a receber o embrião e assegurar sua nidação, e
propicie a interação ovo-mãe, permitindo o desenvolvimento do concepto
até que exista maturidade para a vida extra-uterina.
Para as mulheres, fertilidade significa a habilidade de engravidar e ter um
bebê. O aparelho reprodutor feminino compreende: dois ovários, duas trompas de
Falópio, útero e vagina. Os ovários localizam-se abaixo das trompas de Falópio,
um em cada lado do útero. Em cada ovário encontramos uma parte de tecido
conjuntivo pela qual penetram vasos sanguíneos, uma camada na superfície
externa recoberta por um epitélio germinativo e logo abaixo deste, a porção
cortical do ovário, relacionada principalmente com o desenvolvimento dos óvulos
e a secreção dos hormônios ovarianos, de acordo com Piato (1981).
Os anos reprodutivos da mulher começam quando ela inicia seus ciclos
menstruais durante a puberdade, entre 10 e 13 anos e a capacidade de ter um
filho acaba em torno dos 45 anos de idade, embora seja potencialmente possível
para uma mulher engravidar até que seus ciclos menstruais cessem com a
menopausa, por volta dos 50 anos.
Quando um bebê do sexo feminino nasce, já têm em seu corpo cerca de
400.000 ovos imaturos, oócitos, que são armazenados em seus ovários. Na idade
reprodutiva, começa a ter ciclos menstruais mensais e durante cada ciclo, o ovário
libera um ovo, ou menos comumente, mais do que um, que pode vir a juntar-se
com o espermatozóide de um homem e dar início a uma gravidez. O
desenvolvimento e a liberação do ovo dependem de um delicado equilíbrio de
hormônios, alguns desses desenvolvidos nos ovários e outros provenientes de
duas glândulas situadas no cérebro, o hipotálamo e a pituitária.
Segundo Petracco et al (1999), a partir destes aspectos fisiológicos, foram
estabelecidos critérios para definir o conceito de infertilidade. Na prática clinica, o
período de 12 meses foi definido após a constatação de que 80% dos casais
engravidam em um ano de tentativa.
Conforme Gnot et al (2005), após este período, a taxa de nascidos vivos
cai para 55%. Após 48 meses, aproximadamente 5% dos casais são
definitivamente estéreis, com uma chance em torno de 0% para conseguirem
conceber naturalmente no futuro.
A Associação Americana para Medicina Reprodutiva considera infertilidade
a falta de gestação detectada, clínica e hormonalmente, após 12 meses de
relações sexuais normais, sem anticoncepção. Esse critério apóia-se na
observação de que 80% dos casais engravidam em um ano de tentativa,
conforme Petracco & Badalotti (1997).
Brandi et al (1997) consideram o período de um ano para conseguir
engravidar estatisticamente significativo e importante do ponto de vista clínico.A
Organização Mundial de Saúde (OMS), citada por Petracco et al (1999),
recomenda, no entanto, uma classificação mais conservadora, ampliando o
período para dois anos.
Infertilidade é a incapacidade de um e/ou dos dois cônjuges, quer por
causas orgânicas ou não, obter gravidez no período conjugal de no mínimo 1 ano,
sem o uso de contraceptivos e com vida sexual ativa. Vale ressaltar que esse
critério é também utilizado pela Sociedade Européia de Reprodução Humana e
Embriologia (ESHRE).
Uma vez esgotado o prazo estabelecido, inicia-se a investigação das
possíveis causas da infertilidade. Entretanto, Tognotti (1997) considera que outros
parâmetros também justificam o início da pesquisa propedêutica antes desse
período, como, por exemplo, a idade avançada da mulher, histórico de inflamação
pélvica, complicações infecciosas pós-aborto ou parto, alteração em
espermograma anterior e dificuldade na relação sexual.
A infertilidade afeta aproximadamente 10 a 15% dos casais em idade
reprodutiva, porém, a incidência da infertilidade varia intensamente conforme a
região geográfica a ser analisada. Em termos gerais, estima-se que possa variar
entre 10 e 30% dos casais em idade fértil.
Aspectos geográficos e socioeconômicos da população constituem fatores
relevantes para a saúde reprodutiva. A incidência do problema varia segundo a
presença dos fatores de risco para a infertilidade nas diferentes populações,
conforme Tognotti (1997).
Brandi et al (1997) indicam que nos países industrializados, a incidência da
infertilidade em mulheres na idade fértil é de 3,6 a 14,3%. Em algumas regiões da
África, a prevalência da infertilidade chega a atingir 30% da população em idade
fértil.
De acordo com Tognotti (1997), não se dispõe de dados estatísticos
precisos sobre a incidência de infertilidade na população brasileira, mas esse
índice deve ser expressivo devido à presença acentuada de processos infecciosos
pélvicos adquiridos por contato sexual, nos partos ou em abortos realizados em
condições inadequadas.
A infertilidade afeta aproximadamente 80 milhões de pessoas no mundo
inteiro. Conforme o manual de reprodução humana da FIGO (Federação
Internacional de Ginecologia e Obstetrícia), citada por Febrasco (1997), a
infertilidade pode ser dividida em:
- Primária: significa que a mulher nunca concebeu, apesar da prática de coitos
regulares sem anticoncepção por um período mínimo de dois anos.
- Secundária: refere-se à mulher que já concebeu anteriormente, todavia não volta
a fazê-lo, apesar de manter atividade sexual regular sem anticoncepção por um
período mínimo de dois anos, incluindo, neste caso, o abortamento e a gravidez
ectópica.
De modo geral, foi constatado que nos últimos anos, houve uma diminuição
significativa no índice de fertilidade. Toulemon apud Petracco & Badalotti (1997)
menciona que esse declínio traduz a queda da fertilidade no final da vida
reprodutiva da mulher, principalmente na faixa dos 30-35 anos.
De fato, a idade é um aspecto importante a ser considerado na infertilidade.
No caso específico da mulher, Brandi et al. (1997) apontam que de 20%, a chance
de engravidar até os 30 anos diminui para 5% nas mulheres acima dos quarenta.
Speroff et al (1995) defendem que o aumento do número de casais estéreis
tem relação com o envelhecimento da população, com o aumento da expectativa
de vida. O envelhecimento causa uma diminuição da quantidade e qualidade dos
folículos ovarianos. Cerca de 4% das mulheres entre 15 e 24 anos tem fertilidade
prejudicada, 13% entre 25 e 24 anos e aproximadamente 30% entre 35 e 44 anos.
Para o homem, o efeito da idade sobre a capacidade reprodutiva não é tão
devastador. Segundo Tognotti (1997), estima-se que, na faixa dos 64 anos, a taxa
de fertilidade masculina possa cair 36%, quando comparada com as idades de 20
a 24 anos.
Petracco & Badalotti (1997) observam que, além dos fatores biológicos e
fisiológicos, outros aspectos relativos ao estilo de vida e ao meio ambiente têm
influência sobre a capacidade reprodutora. Como fatores relativos ao estilo de
vida, são apontados a dieta, o estresse, fumo, álcool, freqüência coital e drogas
recreacionais e medicinais.
Quanto à questão etiológica, a infertilidade pode ser de origem masculina,
feminina ou combinada. Vários autores apontam a importância de se considerar a
infertilidade uma condição do casal, o que leva à necessidade de se proceder uma
investigação completa tanto no homem como na mulher.
A infertilidade é um problema que afeta tanto as mulheres quanto os
homens, abarca a vida humana em toda sua complexidade e em todos os
âmbitos. Pode ser descrita como uma crise vital, na qual se atribui múltiplos
fatores e que se traduz em um enorme desgaste emocional. Numa sociedade
onde a validação social é formada pela construção cultural de gênero de papéis, a
questão da reprodução ocupa um papel significativo, segundo Appleton (1999).
A literatura descritiva apresenta a infertilidade como uma experiência
devastadora, comparando-a ao diagnóstico de uma doença crônica grave. Muitos
fenômenos orgânicos e psíquicos podem ser observados na vivência da
infertilidade: estresse, ansiedade, depressão, repressão de reações emocionais,
desejo freqüente de adotar rapidamente uma criança e a necessidade de caráter
urgente em incorporar-se em algum programa de fertilização assistida, conforme
Connoly et al (1996).
O alto custo financeiro do tratamento, a necessidade de procedimentos
cirúrgicos e a invasão da intimidade sexual do casal são adicionais fontes de
estresse. Casais inférteis podem sofrer sentimentos de inadequação, desamparo,
tristeza, inveja, ciúmes em torno de mulheres grávidas, medo, baixo desejo
sexual. Nos homens a ocorrência de disfunção erétil, instabilidade emocional,
baixa auto-estima, culpa, depressão e idéias de suicídio.
Um aspecto singular da infertilidade é seu caráter cíclico, que mobiliza
profundamente o casal, já que no início do ciclo menstrual há a vivência de
esperança com a possibilidade de uma possível gravidez. Num curto período de
tempo, aproximadamente 15 dias, também ocorre a vivência de fracasso, quando
por fim acontece a menstruação e mina o sonho da maternidade e paternidade.
De modo geral, a origem da infertilidade é exclusivamente feminina em
cerca de 30% dos casos, exclusivamente masculina em 30% dos casos e uma
combinação de ambos os parceiros tendo anormalidades detectáveis em 10-30%
dos casos. A literatura mostra que em 10-20% dos casos a infertilidade não
apresenta causa aparente, sendo classificada como infertilidade psicogênica,
conforme Thiesen et al (2002).
OBJETIVO
Esta pesquisa tem por objetivo investigar o psiquismo de mulheres inférteis
através da utilização do método de Rorschach (Sistema Compreensivo). O
presente estudo se propõe a verificar se os resultados obtidos no protocolo de
Rorschach corroboram com os dados encontrados em estudos anteriores, que
referendam a manifestação de estresse e depressão em mulheres submetidas a
procedimentos de reprodução assistida.
CAUSAS DA INFERTILIDADE
As causas da infertilidade feminina podem ser atribuídas aos seguintes
fatores:
- Fatores endócrinos
- Endometriose pélvica
- Ovário policístico
- Disfunções ovulatórias
- Fatores uterinos
- Fatores tubáreos
- Fatores vaginais
- Fatores imunológicos
- Distúrbios sexuais
- Abortamento espontâneo de repetição
- Fatores nutricionais e metabólicos (desordens da tireóide, diabetes mellitus,
distúrbios nutricionais graves) (ver ERICKSON, 2005)
- Infertilidade idiopática/Esterilidade sem causa aparente – ESCA
Causas da infertilidade masculina:
- Azoospermia (ausência da produção de espermatozóide)
- Azoospermia obstrutiva (vasectomia)
- Oligozoospermia (concentração baixa de espermatozóides)
- Astenozoospermia (motilidade baixa de espermatozóides)
- Teratozoospermia (morfologia inadequada do espermatozóide)
- Oligoastenozoospermia (concentração e motilidade baixas de espermatozóides)
- Oligoastenoteratozoospermia (concentração, motilidade baixas e morfologia
ruim)
- hipospermia (volume reduzido do esperma)
- Anejaculação (não apresenta ejaculação)
- Distúrbios sexuais (disfunção erétil, ejaculação precoce)
- Fatores imunológicos
As causas masculinas da infertilidade são discriminadas em:
- Pré testiculares
- Testiculares
- Pós testiculares
- Idiopáticas
De acordo com Rabar e Erickson (2005), as causas mistas ou combinadas,
que correspondem a 1/3 dos casos, são dificilmente avaliadas.
Infertilidade inexplicada, infertilidade psicogênica, infertilidade sem causa aparente
e infertilidade funcional, são termos que remetem a um mesmo significado.
Giordano (1989) reserva o uso do termo esterilidade sem causa aparente para os
casais que, apesar dos esforços próprios e da medicina, não conseguem ter filhos
e os profissionais da saúde sabem identificar sua causa.
Classifica-se como portador de infertilidade sem causa aparente o casal
que não atingiu concepção, após dois anos de união com vida sexual ativa sem
uso de anticonceptivos e cuja investigação não logrou determinar o fator causal.
Esta mobilidade acomete 10% a 20% de todos os casais inférteis, conforme
Febrasgo (1997); Isaksson & Tiinen (2004).
Tognotti (1997) enfatiza que a primeira consulta de investigação deve
envolver o casal. É o momento de se falar sobre as características do processo
reprodutivo e dos exames a serem realizados. Entretanto, como cita Jacob (2002),
habitualmente a mulher é primeiramente encaminhada ao ginecologista.
Em muitos casos a investigação da infertilidade acontece unilateralmente,
ou seja, a mulher busca atendimento dico sem seu companheiro, somente ela
responde a anamnese e realiza os exames clínicos.
Tognotti (1997) observa que a avaliação do fator masculino é fundamental,
na medida que sua incidência atinge quase metade dos casais inférteis. A
abordagem diagnóstica do casal infértil requer uma investigação ampla, vários
exames compõem o protocolo de investigação. Dos simples aos invasivos, como
por exemplo, hemograma, espermograma, colpocitologia oncócita, reação
sorológica, dosagens hormonais, temperatura basal corpórea diária, análise de
secreção pós-coito, análise seriada do muco cervical. Exames diagnósticos mais
invasivos podem incluir biópsia endometrial, histeroscopia, histerosalpingografia e
laparoscopia.
O espermograma é a prova mais importante na avaliação do fator
masculino. Este exame analisa as características físico-químicas, dinâmicas e
morfológicas do sêmen. A Organização Mundial de Saúde estabelece os padrões
de análise do material. Os principais aspectos a serem avaliados no
espermograma são: volume, pH, concentração, motilidade, vitalidade, morfologia,
número de leucócitos e aglutinação.
Os procedimentos de diagnósticos atualmente explicam 90% das causas
de infertilidade. Tognotti (1997) indica que na investigação da infertilidade
feminina é importante discriminar as mulheres com ciclos menstruais regulares e o
daquelas que têm ciclos irregulares ou amenorréia. Quando a mulher apresenta
ciclos regulares, o que se busca com a rotina propedêutica é confirmar a presença
do processo ovulatório e a qualidade do corpo lúteo e do endométrio. No caso das
mulheres que apresentam ciclos menstruais irregulares ou amenorréia, a
avaliação visa identificar as causas de uma possível anovulação crônica.
INFERTILIDADE E IMPLICAÇÕES PSICOLÓGICAS
O modelo psicogênico dominou a década de 1980, período em que os
pesquisadores afirmaram que a maioria dos estudos envolvendo mulheres
inférteis era voltado mais para a abordagem dos fatores psicológicos na etiologia
do problema do que para as conseqüências psicológicas da infertilidade.
Entretanto, os estudos mais recentes apontam para a idéia de que a
infertilidade pode ser a origem de significativo estresse psicológico, pois, para
muitas mulheres, é considerado o evento mais estressante de suas vidas. Vários
pesquisadores sugerem que o estresse pode influenciar negativamente o
resultado do tratamento da infertilidade e a prática clínica confirma a presença de
sintomas psicológicos determinados pelo tratamento.
Diferentes mecanismos biológicos relacionados ou desencadeados pelo
estresse podem alterar a função reprodutiva a ponto de causar redução de
fertilidade. É extremamente difícil estabelecer relações de causa-efeito,
entretanto, pesquisas científicas desenvolvidas nesta última década privilegiam a
abordagem dos aspectos psicológicos da infertilidade, isto é, consideram que o
impacto da infertilidade provoca reações emocionais adversas em homens e
mulheres.
Ao comentar sobre esse ponto de vista, Christie (1998) afirma que as
evidências científicas sobre a influencia psicológica na infertilidade são
inconclusivas. Muitas mulheres com sérios problemas psicológicos concebem e
dão à luz, enquanto outras, razoavelmente normais, não engravidam.
Vale ressaltar que se pode falar da participação de fatores psicológicos
como causa da infertilidade em casos onde não foi possível detectar anomalias
que pudessem constituir uma etiologia orgânica.
Os pesquisadores estão divididos na proposição de que a infertilidade pode
ter causas psicológicas, hipótese psicogênica, ou ser causa de uma variedade de
dificuldades psicológicas. A infertilidade e os aspectos emocionais convergem na
seguinte questão: se existem determinantes psíquicos incidindo sobre a
fertilidade, ou se é o problema que acarreta conseqüências psicológicas.
Para muitos a idéia mais plausível é que as duas hipóteses se completem,
uma vez que os efeitos do estresse sobre o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano
(HHO) não podem ser ignorados, nem tampouco podem ser negligenciadas as
conseqüências psicológicas advindas do quadro de infertilidade. Enfatizam a
necessidade de uma abordagem psicológica nos serviços de reprodução,
objetivando trabalhar as tensões e frustrações advindas da infertilidade e do seu
tratamento, de acordo com Moreira et al (2005).
Diante da perda ou da ameaça do poder de procriação, muitas vezes o
se distingue o que causa maior sofrimento: a ausência do filho desejado ou os
sentimentos de fracasso, de perda e de insegurança que invadem o indivíduo
nessa situação. A infertilidade é sentida e vivida como um evento traumático para
a maioria dos casais, sendo experienciada por eles como o evento mais
estressante de suas vidas, conforme Klonoff-Cohen et al (2001).
Para Ribeiro (2004), o desejo de sermos pais como nossos pais floresce de
nossa trama identificatória, e os sentidos possíveis de ser homem e de ser mulher
perpassam as funções parentais. A capacidade de procriação parece ser um
significativo referencial da identidade de gênero, o qual diante do diagnóstico de
infertilidade exige um importante trabalho de elaboração psíquica para dar conta
da possível alteração no projeto da parentalidade.
Goldstein (1996) postula que a maternidade ainda é um elemento muito
importante, que define o lugar da mulher em nossa sociedade. A persona da e
continua muito valorizada dentro da cultura ocidental. Muitas vezes a maternidade
é desejada como uma tentativa das mulheres inférteis construírem sua identidade
feminina, através do papel de mãe. Por esta razão, a maternidade é muito
idealizada. Coloca que é uma forma de essas mulheres sentirem-se femininas.
Elas experienciam um sentimento de solidão e o filho desejado acaba sendo o
depositário do poder de preencher a sensação de vazio que sentem. O bebê é
esperado como se fosse o messias, o grande salvador, que irá dar sentido a toda
a existência.
Yin (1987) comenta que a infertilidade tende a gerar dificuldades internas
de relacionamento social, isolando a mulher do contato com o outro, bem como
dificuldades no relacionamento conjugal, diminuição da auto-estima e
comprometimento da identidade feminina. Coloca ainda que as mulheres inférteis
também tendem a vivenciar seu sofrimento de forma muito reservada, sem
compartilhá-lo ou quando o fazem, com muita dificuldade.
Goldstein (1996) relata que as mulheres inférteis vivenciam fortes
sentimentos de ansiedade a cada mês, na esperança de terem engravidado, bem
como intensas decepções e frustrações quando percebem que não estão
grávidas. Sentem-se pressionadas por familiares e amigos para engravidarem e
quando questionadas sobre a falta do filho, experienciam sentimentos de
vergonha, culpa e raiva. Algumas mulheres não conseguem assumir perante o
grupo social que estão com dificuldades para engravidar e preferem dizer que não
estão tentando ou não querem um filho.
Para Yin (1987), o binômio casamento-maternidade ainda está
profundamente enraizado em nossa sociedade. Existe um forte estereótipo social
em relação à mulher infértil, que é considerada uma pessoa fracassada e
incompleta.
É consenso, tanto na área de saúde, quanto na população leiga, o impacto
que o diagnóstico de infertilidade tem sobre estes pacientes. Em sua maioria, os
trabalhos científicos que investigam a questão da infertilidade e psiquismo
corroboram a premissa de que a infertilidade está intimamente implicada nos
aspectos emocionais dos indivíduos.
Desde os tempos bíblicos a infertilidade é associada a altos níveis de
ansiedade e depressão. No livro de Samuel, a estória de Hannah ilustra o impacto
psicológico da infertilidade. Hannah falhou em conceber ano após ano, ficou tão
perturbada que ela apresentava sintomas de depressão, incluindo anorexia e
sentimentos de profunda tristeza, de acordo com Schiff&Schiff (1998).
REPRODUÇÃO ASSISTIDA
A tecnologia conceptiva ter-se-ia desenvolvido em função de uma demanda
tão antiga quanto a própria humanidade: o desejo de ter filhos, de continuidade,
de formação de famílias, enfim, de reprodução social, de acordo com Corrêa
(2002). A introdução da FIV Fertilização in Vitro para o tratamento da
infertilidade foi um dos maiores passos na descoberta da medicina reprodutiva
atual.
Em 1978 nasce o primeiro bebê após fertilização in vitro (FIV), na
Inglaterra, e, em seguida, iniciam-se, no Brasil, as primeiras tentativas de
repetição exitosa de emprego da mesma tecnologia, o que veio a ocorrer em
1984. Desde então, bebês de proveta, troca de material reprodutivo humano,
congelamento de embriões, clonagem, medicina genética preditiva, entre outros
temas, não deixaram mais de sofrer ampla e intensa exploração midiática,
conforme Corrêa (1997b).
Concomitante ao desenvolvimento das técnicas de reprodução assistida,
surgem na sociedade discussões de problemas éticos, morais, pessoais,
fomentados pela disseminação de intervenções no processo reprodutivo. As
implicações advindas deste avanço tecnológico impacta a sociedade no plano das
constituições de famílias, da subjetividade e das identidades.
As Tecnologias de Reprodução Assistida (TRA) são procedimentos
complexos, aplicáveis a mais ou menos 30% dos casais que procuram ajuda para
engravidar. O chamado bebê de proveta” ou Fertilização in vitro, ICSI,
ovodoação, biópsia embrionária, são algumas das técnicas que compõem as
TRA. Destaca-se dentre estas a micromanipulação, que serve para aumentar as
chances de sucesso de gravidez. São técnicas que utilizam microscópios de
tecnologia avançada, capazes de injetar um único espermatozóide dentro do
óvulo.
Os critérios para a seleção de pacientes são mais definidos e baseados na
idade da mulher, história médica, gravidezes anteriores, saúde geral e na
capacidade da paciente e seu parceiro para produzir óvulos e espermatozóides de
qualidade mínima, que possam fertilizar in vitro, segundo Lass (1999).
O casal infértil necessita ser submetido a uma investigação precisa,
incluindo história familiar, análise do sêmen, teste pós-coito, permeabilidade das
trompas e função ovariana. Para Lass (1999), em relação aos exames
complementares que fizeram parte da investigação, a histerossalpingografia, a
ultra-sonografia, a videolaparoscopia e a videohisteroscopia, dentre outros,
poderão alterar o curso do tratamento.
Existem também possíveis efeitos colaterais das Técnicas de Reprodução
Assistida, como a ocorrência de gravidez múltipla, prematuridade, síndrome da
hiperestimulação ovariana, efeitos colaterais dos hormônios, conforme Eugster e
Vingerhoets (1999).
FERTILIZAÇÃO IN VITRO – FIV
A Fertilização in Vitro atende um grande número de problemas de
infertilidade, especialmente aqueles relacionados aos fatores femininos. O
programa de FIV é realizado em quatro etapas: 1) desenvolvimento dos folículos
ovarianos (vesículas contendo os óvulos); 2) coleta dos oócitos (óvulos); 3)
fecundação do óvulo e crescimento do embrião; 4) transferência do embrião para
dentro do útero, segundo Lass (1999).
Inicialmente, são utilizadas algumas drogas (hormônios) isoladas ou
combinadas, com o objetivo de estimular o crescimento do maior número possível
de óvulos. Esses medicamentos proporcionam a coleta múltipla de óvulos. Um
número maior de óvulos aumenta as chances de fecundação e,
consequentemente, maior número de embriões a serem transferidos.
Na segunda fase, um outro hormônio, chamado Gonadotrofina Coriônica
humana (HCG), é administrado com o propósito de estimular a maturação dos
óvulos. Este hormônio deve ser administrado na época apropriada do
desenvolvimento folicular, de modo a permitir que os óvulos terminem seu
desenvolvimento.
O monitoramento é feito através da ultra-sonografia endovaginal, que é
utilizada para acompanhar o crescimento dos folículos ovarianos. As ultra-
sonografias geralmente são iniciadas antes da aplicação das medicações, e após
cinco a oito dias de tratamento. Cada vez que a paciente se submete a esse
exame, possivelmente fará uma coleta de sangue para medir o estradiol e, às
vezes, progesterona. Esses hormônios ajudam a determinar se os níveis
sanguíneos estão de acordo com o perfil esperado para assegurar a maturidade
folicular. A HCG (Gonadotrofina Coriônica Humana) será aplicada quando os
parâmetros hormonais e ultra-sonográficos indicarem que a ovulação está prestes
a ocorrer, de acordo com Lass (1999).
A terceira fase consiste na coleta dos óvulos e é feita através da aspiração
direta com agulha guiada pela ultra-sonografia endovaginal. A retirada dos óvulos
através desta técnica é realizada com uma leve sedação endovenosa. A forma
mais comum é a inserção de uma agulha através da parte superior da vagina
atingindo o ovário e o folículo, seguindo-se a aspiração do líquido folicular. O
óvulo é identificado com o auxilio de um microscópio de dissecção ambiente com
temperatura e concentração de CO2 controlados. Após a identificação dos óvulos
no laboratório, esses são colocados em meio de cultura especial por
aproximadamente 2 a 6 horas. Uma amostra de sêmen é obtida através de
masturbação ou de outra forma de coleta. O sêmen é lavado, processado e
incubado antes de ser colocado no meio de cultura com o óvulo. O
espermatozóide e o óvulo ficarão no mesmo ambiente por aproximadamente 18 a
24 horas. Os gametas serão examinados pela primeira vez aproximadamente 18
horas depois da inseminação e os pré-embriões serão colocados numa estufa,
cujas condições ambientais são similares às da tuba uterina Estes serão
transferidos à paciente dentro das próximas 24 a 96 horas. Em geral, a
transferência ocorre entre 48 a 72 horas, até serem formados os blastocistos
(embriões com oito ou mais células). Quando estiverem amadurecidos, aqueles
que apresentarem melhores índices de qualidade serão transferidos para o útero
materno.
O procedimento de transferência embrionária não requer anestesia. Um
cateter fino, flexível, é inserido dentro do útero através do colo uterino e o embrião
é transferido para o fundo da cavidade uterina.
A paciente pode ou não permanecer na sala de transferência por um
período que varia entre 15 minutos a quatro horas. As atividades nas primeiras 24
a 48 horas depois da transferência deverão ser limitadas. As pacientes o
aconselhadas a não fazer exercícios físicos de alto impacto e a limitar a atividade
sexual na 1ª semana após a transferência.
Se um ciclo de tratamento não resultar em gravidez, a paciente poderá
optar por esperar algum tempo (dois meses até vários anos) antes de iniciar um
outro ciclo.
III.4B - ICSI – INJEÇÃO INTRA-CITOPLASMÁTICA DE ESPERMATOZÓIDES
Esta técnica utiliza uma micro-injeção de espermatozóide diretamente no
citoplasma do óvulo. O espermatozóide é introduzido no óvulo maduro, por meio
de uma microscópica injeção. Esta técnica tornou-se o segundo grande marco na
história da ciência da Reprodução Humana Assistida, depois do nascimento de
Louise Brown, o primeiro bebê nascido com a utilização da FIV.
A história da fertilização in vitro pode ser nitidamente demarcada em duas
eras: antes e depois da injeção intra-citoplasmatica de espermatozóides. A FIV e
a ICSI foram as duas descobertas mais relevantes para o tratamento da
infertilidade conjugal. Mesmo que milhares de casais tenham se beneficiado com
os avanços da FIV até 1992, os resultados de tratamentos do fator masculino
eram rudimentares, segundo Lass (1999).
A ICSI - injeção intra-citoplasmatica de espermatozóides é usada quando o
espermatozóide é biologicamente incapaz de penetrar no óvulo ou a zona
pelúcida é muito espessa e dura. Um microscópio acoplado a micromanipulador é
usado para injetar o espermatozóide diretamente dentro do óvulo; caso a
fertilização ocorra, o procedimento segue o protocolo padrão da FIV.
A microagulha que imobiliza e introduz o espermatozóide no citoplasma
ocular tem uma espessura interna de 6 microns. Por meio da micromanipulação
de gametas, a mais avançada de todas as técnicas de reprodução assistida, os
especialistas estão conseguindo fecundar óvulos femininos com um único
espermatozóide.
O advento da ICSI trouxe também avanços científicos para ciência da
reprodução e para a ciência em geral. Técnicas de coleta de espermatozóides
diretamente do testículo e do epidídimo, de apreensão e capacitação de gametas
praticamente imóveis ou mesmo imaturos, puderam ser viabilizadas depois da
ICSI.
As etapas iniciais do processo são semelhantes às da fertilização in vitro
convencional. Isto é, a mulher recebe estímulos hormonais químicos para
aumentar o número de óvulos. No momento preciso, determinado pela
monitorização, tem seus óvulos colhidos por via transvaginal, acompanhada pelo
ultra-som, numa operação que pode ser feita tanto em clínicas quanto em
hospitais. Concomitantemente, colhe-se o sêmen do marido. Isso normalmente é
feito por masturbação, mas há casos em que essa coleta exige uma microcirurgia.
É o que acontece quando o homem apresenta uma obstrução do canal excretor,
como por exemplo, quando o paciente é vasectomizado e não deseja se submeter
a uma cirurgia de reversão.
Nesses homens, o espermatozóide tem que ser obtido no epidídimo ou no
canal deferente, através de uma punção percutânea ou com uma microcirurgia.
Os médicos resgatam esses espermatozóides simultaneamente á coleta de
óvulos da mulher. Inicia-se assim, a micromanipulação de gametas.
O avanço é que um único espermatozóide e basta que esteja vivo, sem
nenhum outro requisito como forma ou motilidade, é sugado de uma gota de
sêmen e levado pela agulha di micromanipulador diteramente ao citoplasma.
A ICSI se destaca das técnicas anteriores, pois até então, os gametas
colhidos do homem de cinco a dez espermatozóides e não apenas um eram
introduzidos na camada externa do óvulo, conhecida como zona pelúcida, para
que cada um deles tentasse penetrar no citoplasma e realizar a fecundação.
A ICSI atualmente é a esperança de fecundação para homens com
problemas seminais irreversíveis, com um número de espermatozóide próximo de
zero às vezes sem nenhuma causa aparente, o que caracteriza a chamada
infertilidade masculina idiopática, pois os tratamentos clínicos hormonais hoje
conhecidos são ineficientes para melhorar a qualidade do sêmen, e a fertilização
in vitro convencional é limitante entre pacientes desse tipo.
A última etapa deste processo de reprodução é a implantação do embrião
no útero. O mecanismo de fixação do embrião às paredes do útero continua
sendo um mistério para a ciência. A taxa de perda, isto é, de embriões que
acabam não se fixando ao endométrio uterino, ainda desafia os especialistas em
reprodução humana.
III.4C - IIU – INSEMINAÇÃO INTRA UTERINA
É uma técnica que consiste na injeção de espermatozóides vivos dentro do
útero geralmente 36 horas após a ovulação. Pode ser utilizada em casos de
distúrbios da ovulação e, nestes casos, a ovulação é induzida e a inseminação
intra-uterina é realizada horas após seu início. Em casos de muco cervical hostil
aos espermatozóides, esta técnica é a indicada. Outra indicação é a endometriose
leve sem obstrução das trompas, no entanto, a principal indicação desta técnica é
nos casos de infertilidade de causa indeterminada. Na realidade, esta técnica de
introdução do sêmen logo após a ovulação estimulada por hormônios tem
demonstrado ser eficaz em muitos casos. Para que esta técnica tenha resultado, é
imprescindível que as trompas estejam permeáveis e que o número e qualidade
dos espermatozóides sejam razoáveis.
Vale ressaltar que o processo das TRA Técnicas de Reprodução
Assistida envolve inúmeros procedimentos, somente as técnicas pertinentes à
compreensão deste trabalho é que foram pormenorizadas.
ATUALIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
A literatura sobre infertilidade e suas implicações emocionais apresenta
estudos em diversos países. O avanço científico das técnicas de reprodução
assistida certamente tem ampliado e impulsionado o crescente número de
pesquisas empíricas e publicações científicas que abordam infertilidade e
subjetividade.
Em sua maioria, as pesquisas que investigam aspectos emocionais e
infertilidade têm se desenvolvido basicamente na perspectiva prognóstica, ou
seja, estes estudos exploram o impacto e a conseqüência da infertilidade.
Com a finalidade de melhor organizar esta revisão de literatura, somente
foram caracterizadas pesquisas do tipo prognóstico. Assim, este estudo tem como
objetivo realizar uma revisão narrativa de artigos referentes ao impacto emocional
investigado na infertilidade. Para tal, realizou-se um levantamento bibliográfico de
artigos científicos publicados em revistas indexadas, utilizando como estratégia de
busca a pesquisa digital. Foram usadas as seguintes bases de dados: BioMed,
OVID, Scielo, USP – São Paulo, PubMed.
O levantamento realizado pesquisou artigos e artigos de revisão na
seqüência dos mais recentes ao mais antigos, de 2005 até 1996. Sendo que os 7
artigos selecionados datam de 2000-2005 e três artigos de revisão são
respectivamente de 1997, 2000 e 2004.
As palavras-chave utilizadas foram as seguintes: infertilidade, aspectos
emocionais, impacto emocional, ansiedade, estresse e depressão.
A partir da pesquisa realizada, cerca de 76 ocorrências foram selecionadas.
Após a triagem inicial, foi possível estabelecer critérios que permitiram o
delineamento desta revisão, sendo que 10 (dez) trabalhos foram utilizados para
esta revisão.
Absolutamente todos os trabalhos pesquisados corroboram a premissa de
que a infertilidade está intimamente implicada aos aspectos emocionais dos
indivíduos.
GREIL (1997) apresenta uma dura crítica em seu artigo de revisão, e
aponta para necessidade de dividir a literatura entre, artigos que exploram a
possibilidade da infertilidade ter causas psicológicas (hipótese psicogênica) e
outra que examina as conseqüências da infertilidade (hipótese de conseqüências
psicológicas). A hipótese psicogênica atualmente é rejeitada pela maioria dos
pesquisadores, mas é aceita a hipótese em que estado de estresse pode causar
infertilidade.
Estudos que empregam medidas de estresse e auto-estima encontraram
diferenças significativas. A literatura das conseqüências psicológicas é
caracterizada por várias falhas, incluindo amostras excessivamente grande de
mulheres, amostras de tamanho muito pequeno, amostras não representativas,
falha no estudo daqueles que não procuraram tratamento, cnicas estatísticas
primitivas e uma grande dependência em auto-relatos.
Palacios e cols. (2000), em seu artigo de revisão intitulado “Aspectos
emocionais da infertilidade: uma revisão da literatura recente”, apontam que na
atualidade é crescente o número de profissionais de saúde mental nas unidades
de medicina reprodutiva. A partir de 1984, Inglaterra e Austrália começam a
legislar para que os centros de atendimento para pacientes inférteis possam
contemplar dentro de seus programas, a prestação de apoio psicológico para seus
pacientes. Embora muitos estudos estejam sendo realizados, esta revisão
mostrou-se pertinente, pois este é um novo campo de atuação para os
profissionais de saúde mental e este levantamento da literatura recente parece
corroborar para o avanço de novas investigações.
Durante a primeira metade do século XX, os estudos de orientação
psicológica atribuíam uma grande porcentagem de casos de infertilidade, cuja
causa era inexplicada, a uma causa psicológica.
Este trabalho foi realizado utilizando a base de dados Medline, e os
trabalhos selecionados datam de 1995 até 1999. Excluíram-se os trabalhos que
do ponto de vista metodológico mostraram-se deficientes e também aqueles em
que as amostras eram muito pequenas.
A conclusão deste trabalho aponta que não é possível estabelecer uma
relação causal entre alterações da vida emocional e a infertilidade, mas é
consenso que freqüentemente as alterações emocionais são percebidas em
quadros de infertilidade.
Um aspecto relevante deste levantamento foi a desproporção entre a
demanda de acompanhamento psicoterápico por parte dos pacientes e a escassa
cobertura existente nos programas de apoio, tanto nos hospitais gerais quanto nas
clínicas privadas.
O objetivo do estudo de Domar (2001) foi investigar a prevalência,
severidade e predisposição da depressão em mulheres inférteis
comparativamente com um grupo controle de mulheres saudáveis. Os sujeitos
foram submetidos a um questionário demográfico e duas escalas de depressão: o
Inventário de depressão Beck e a Escala epidemiológica de estudo de depressão.
No total foram 338 mulheres inférteis e 39 mulheres saudáveis. As
pacientes inférteis foram abordadas antes da consulta com o especialista
(esterileuta) e o grupo controle foi abordado antes de uma consulta ginecológica,
ou antes, de um exame ginecológico de rotina.
Os resultados mostram que as mulheres inférteis têm significativamente
altos scores de depressão e duas vezes mais prevalência de depressão do que o
grupo controle. Mulheres com histórico de infertilidade de 2 a 3 anos tem
significativos aumento de scores de depressão comparado com mulheres com
histórico de infertilidade menores que um ano e maior que 6 anos. Mulheres com
fator/causa identificada de infertilidade têm score aumentado de depressão em
relação a mulheres com infertilidade inexplicada ou não diagnosticada. A
conclusão deste estudo aponta que sintomas depressivos são mais comuns em
mulheres inférteis, e também mostra que a intervenção psicológica pode reduzir
sintomas depressivos, especialmente para mulheres com diagnóstico de
infertilidade de 2-3 anos.
O artigo de Palacios e cols. (2002) se propôs justamente a descrever os
principais aspectos emocionais associados à infertilidade e seu tratamento. Ele
postula que a partir da segunda metade do século XX, o debate sobre a relação
entre os problemas emocionais e a infertilidade tem merecido muitos estudos
psicológicos e o objetivo de seu trabalho foi avaliar aspectos da vida emocional de
mulheres e homens chilenos que se encontravam em tratamento de infertilidade e
também contribuir para a implementação de uma abordagem integral
multidisciplinar a estes pacientes.
A amostra deste estudo foi constituída por 106 pacientes inférteis, mulheres
e homens, sem antecedentes psiquiátricos prévios. Todos os sujeitos estavam em
tratamento em uma unidade de medicina reprodutiva do hospital clínico da
Universidade do Chile e também em outros dois centros privados, Clínica Las
Nieves e Clínica Las Condes.
O instrumento utilizado foi um questionário formulado com 44 perguntas
fechadas, distribuídas da seguinte maneira: 18 perguntas destinadas a coletar
dados sócio-demográficos e informações acerca dos tipos de tratamentos
utilizados para a infertilidade; 25 perguntas relativas a sentimentos, emoções,
atitudes e implicações emocionais no âmbito social e profissional destes pacientes
e havia também uma única pergunta orientada a detectar casos psiquiátricos
prévio, sendo que estes sujeitos não foram incluídos nesta análise.
As informações obtidas foram lançadas numa base de dados que foi
analisada através do programa estatístico SPSS versão 5. Dos 106 pacientes,
havia 72 mulheres e 34 homens. Suas idades no momento da coleta variavam
entre 19 e 46 anos, sendo a idade média 33,6. O nível de escolaridade foi
predominantemente superior, 78,1% da amostra reportou ter estudo técnico e
superior.
Os pacientes avaliados tiveram em média quase (34,2 meses de
tratamento, o período nimo foi de 1 mês de tratamento e período máximo foi de
120 meses.
Este estudo apresenta a constatação de sentimentos e vivências de
conotação negativa no paciente infértil, caracterizados principalmente pela
instabilidade emocional, ansiedade, raiva e pena, afetando de forma diferente
mulheres e homens. Palacios e cols. (2002) concluíram, a partir da análise dos
dados obtidos, que a abordagem terapêutica para a infertilidade deve ser
necessariamente integral e estar sob a responsabilidade de uma equipe
multidisciplinar, que inclua profissionais de saúde mental que auxiliem estes
pacientes no enfrentamento da infertilidade, minimizando tanto quanto possível
suas implicações na vida pessoal, social e profissional destes pacientes.
Ramezanzadeh e cols. (2004) desenvolveram um estudo cujo objetivo foi
investigar a prevalência e severidade da ansiedade e depressão e suas
implicações com a duração/causa da infertilidade. Dados como, idade, nível sócio-
econômico, nível educacional e trabalho (incluindo a ocupação dos maridos)
foram analisados neste estudo.
Esta pesquisa foi realizada com 370 mulheres inférteis que faziam
tratamento de infertilidade do Vali-e-Asr Reproductive Health-Research Center -Irã
- entre janeiro de 2001 e janeiro de 2002.
As pacientes foram avaliadas por um ginecologista e depois foram
encaminhadas a um psicólogo, que as orientava sobre o propósito deste estudo.
Após o consentimento destas pacientes, os dados foram coletados. Os
instrumentos utilizados foram: BDI (19,20) – Beck Depression Inventory e CATTLE
- inventário. O BDI utilizado foi traduzido e validado para a versão Persa e um total
de 21 itens do BDI foram administrados, sendo que este instrumento é
amplamente utilizado para medir a intensidade de depressão. O inventário Cattle
utilizado foi traduzido e validado para versão iraniana e 40 itens foram
respondidos.
Os resultados do inventário Beck e Cattle mostram que 40,8% destas
mulheres apresentam depressão e 86,8% destas mulheres apresentam
ansiedade. Depressão e ansiedade são mais severas nas mulheres entre 21-25
anos e menor que 20 anos. Também foi comparada a prevalência de depressão
(os grupos consistiam em suave, moderada, e severa) em todas as categorias de
causas de infertilidade. A estatística mostrou que a prevalência de depressão não
é igual nestas categorias. A mesma análise foi utilizada para a prevalência de
ansiedade (os grupos de ansiedade consistiam em moderado, neurótico e severa)
em diferentes grupos de causa de infertilidade.
A relação dos escores entre Beck e Cattle baseado no Spearman’s Rho foi
de 0,707 (P< 0.001), no qual mostra uma relação significativa entre os índices de
depressão e ou ansiedade. Também foram correlacionados os índices das
variáveis quantitativas, como idade, educação (em anos) e especialmente a
duração da infertilidade.
As idades dessas mulheres variavam de 17-45 anos, e o tempo de
infertilidade variam de 1-20 anos. O estudo mostrou que 151 mulheres (40,8%)
tinham depressão e 321 mulheres (86,6%) tinham ansiedade. Os resultados
mostraram que a depressão tinha uma relação significativa com a causa da
infertilidade, duração da infertilidade, nível educacional e ocupação profissional. A
ansiedade tinha uma relação significativa com a duração da infertilidade e o nível
educacional, mas não com a causa da infertilidade e a ocupação profissional
destas mulheres. Finalmente, o estudo conclui que ansiedade e depressão
ocorrem no intervalo após 4-6 anos de infertilidade e especialmente uma
depressão severa é encontrada em mulheres que apresentaram infertilidade no
intervalo de 7-9 anos de infertilidade.
Considerações sobre as implicações emocionais da infertilidade
Não se pode concluir e estabelecer uma relação causal entre os aspectos
da vida emocional e a infertilidade, mas é consenso que freqüentemente as
perturbações emocionais, e às vezes incluindo quadros psicopatológicos, podem
surgir concomitantemente a um quadro de infertilidade. Por outro lado, pode-se
dizer que existe uma relação significativa entre estresse e a função reprodutiva,
visto que os eventos estressores afetam o eixo H-H-O através de diversos
mecanismos biológicos, explicando assim, as várias formas de alterações do ciclo
menstrual observado em mulheres submetidas a fortes impactos emocionais.
décadas diversos autores têm destacado o estresse como fator desencadeante de
alterações na função reprodutiva.
De fato, não se pode concluir que aspectos emocionais como estresse,
ansiedade, depressão são causa ou conseqüência da infertilidade feminina. A
função reprodutiva humana depende de complexas interações entre o sistema
nervoso central (SNC), hipófise, ovários, outras estruturas endócrinas e órgãos
reprodutivos. Existem vários sistemas regulatórios que operam por meio de
conexões nervosas, neurotransmissores e hormônios, que influenciam os
mecanismos reprodutivos. Pesquisas destacam que os agentes estressores
reduzem a fertilidade pelas influências que causam nos mecanismos que regulam
o organismo.
É extremamente difícil estabelecer uma relação de causa-efeito, posto que
as causas de infertilidade o múltiplas e não envolvem apenas fatores ligados à
fisiologia humana. Os pesquisadores estão divididos na proposição de que a
infertilidade pode ter causas psicológicas (hipótese psicogênica), ou se é
responsável por uma variedade de dificuldades psicológicas.
MÉTODO
Característica do Estudo
O estudo caracteriza-se como uma pesquisa clínica que visa investigar a
dinâmica psíquica de mulheres na vivência da infertilidade. Esta pesquisa tem
como foco averiguar a manifestação de estresse e depressão nestes sujeitos por
meio do instrumento “Método de Rorschach” (Exner Sistema Compreensivo,
1990). A ficha de identificação e o critério ABIPEME coletarão respectivamente,
dados sócio-demográficos e informações sobre o nível econômico dos sujeitos. A
entrevista semi-dirigida tem por objetivo explorar o enfrentamento da infertilidade,
os dados serão categorizados por conteúdo e os dados obtidos por estes
instrumentos serão analisados quantitativamente.
O estudo será conduzido de acordo com os instrumentos e sujeitos
discriminados a seguir.
Participantes da amostra
Será composto por 15 (quinze) mulheres que apresentem diagnóstico de
infertilidade pelo menos 1 (um) ano (critério da OMS), que estejam em
tratamento de reprodução assistida, que tenham entre 25 (vinte e cinco) e 40
(quarenta anos) anos, de qualquer nacionalidade/naturalidade,
profissão/ocupação, estado civil, religião, tempo de convivência conjugal.
Critérios de Exclusão
No critério de exclusão encontram-se as mulheres que, após procedimento
de micromanipulação (FIV, ICSI e IIU), estejam aguardando o resultado de uma
possível gravidez. Também serão excluídas pacientes em tratamento ou sob
medicação psiquiátrica.
Local da Coleta dos Dados
Grupo experimental: Hospital Pérola Byington Centro de Referência da
Saúde da Mulher. Departamento de Reprodução Assistida.
Instrumentos
Os pacientes que preencherem os critérios de inclusão proposto, após
assinarem o Termo de Consentimento livre e esclarecido, serão submetidos aos
seguintes instrumentos:
Ficha de Identificação
Colherá dados de identificação e dados sócio-demográficos (naturalidade,
grau de instrução, profissão, estado civil, religião, tempo de conjugalidade e
número de filhos).
Questionário ABIPEME
Tem por objetivo coletar informações sobre o nível econômico (grau de
instrução e bens materiais).
Entrevista semidirigida
Roteiro de entrevista que abordará questões sobre a história pessoal e
história clínica.
Psicodiagnóstico de Rorschach
Teste de personalidade
O psicodiagnóstico de Rorschach é uma técnica de exame psicológico que
tem como objetivo básico a avaliação dinâmica da personalidade. O
psicodiagnóstico de Rorschach é composto por 10 manchas de tinta, que a partir
de sua apresentação ao examinando provocarão a elaboração das respostas do
teste. As pranchas são mostradas ao sujeito em uma ordem determinada e fixa.
Em cada prancha, é perguntado para o sujeito o que ele vê. Em todas as
pranchas, um fundo branco sobre o qual manchas de tintas em tons de
preto, cinza, vermelho e multicoloridas. As imagens do mundo interior do sujeito
serão, portanto, estimuladas pelas manchas, a hipótese implícita é que o sujeito
estrutura ativa e espontaneamente o material não estruturado (manchas) de
acordo com suas características pessoais revelando assim, a estruturação da
própria personalidade. A segunda parte do teste consiste em realizar o inquérito.
Neste momento, as pranchas são apresentadas novamente ao sujeito e então é
solicitado ao mesmo que defina a localização, ou seja, que ele diga onde ele viu a
sua resposta e também o que tinha na prancha que fez com que se parecesse
com a resposta dada, estas informações compõem os determinantes da resposta.
Por meio dos mecanismos perceptuais implícitos no teste, o indivíduo
manifesta seu modo de perceber a realidade, seus mecanismos adaptativos, sua
capacidade de interação social, sua maneira de estar no mundo. O teste viabiliza
interpretações dinâmicas dos diversos aspectos da personalidade, isto é, de que
forma estes aspectos interagem na construção da maneira de ser do sujeito.
Procedimentos
Grupo Experimental
Os dados serão coletados nos horários de funcionamento do Departamento
de Reprodução Humana do Centro de Referência da Saúde da Mulher - Hospital
Pérola Byington. Inicialmente, será realizada uma triagem a partir dos prontuários
das pacientes. Após essa etapa, os sujeitos que preencherem os critérios de
inclusão serão abordados pela pesquisadora. Será feito um convite as pacientes
por contato telefônico e nesta ocasião a pesquisadora informará o propósito do
estudo, assim como, explanará sobre os instrumentos e as etapas que compõem
a coleta de dados. Será informado à paciente que a participação na pesquisa o
é obrigatória e tampouco trará prejuízo ao serviço de saúde ao qual estão
vinculadas. Somente após o aceite formal dos sujeitos será iniciada a coleta de
dados.
A pesquisa será realizada em um único encontro, que será agendado
previamente. Nesta oportunidade, a participante responderá a ficha de
identificação, entrevista semi-dirigida, questionário ABIPEME e será submetida ao
método de Rorschach. Todos os instrumentos serão preenchidos pela
pesquisadora e serão aplicados na instituição, num local adequado, onde não haja
interrupção durante a aplicação dos instrumentos.
O teste de Rorschach, requer um tempo aproximado de 2 (duas) horas
para sua aplicação, por este motivo, os sujeitos serão informados previamente do
tempo estimado que precisarão estar disponíveis. Após esse encontro, a
pesquisadora i reiterar informações sobre a sessão devolutiva e também se
colocará a disposição caso haja necessidade
Os sujeitos do grupo da pesquisa serão informados que após a conclusão
da mesma, serão convidados a participarem de uma sessão devolutiva, realizada
na própria instituição, onde será feita uma explanação geral dos resultados e
conclusões do estudo, não serão fornecidas informações individuais dos
resultados.
Tratamento dos Dados
O método de avaliação dos dados quantitativos será orientado pela Profª.
Iara Pisanelli G. de Castro PUCSP. Os dados coletados na entrevista
semidirigida serão categorizados por conteúdo e serão analisados utilizando como
ferramenta o software Microsoft Excel 2002, (106834 6830), SP3.
Método de Rorschach:
A estatística descritiva será realizada pelo programa informatizado de
assistência à interpretação do método de Rorschach, RIAP 4 (ver EXNER, J. &
WEINER, I. B., 2001).
Tanto os dados socio-demográficos quanto os dados do questionário
ABIPEME serão consolidados e demonstrados por gráficos e/ou tabelas.
Cuidados Éticos
Os devidos cuidados éticos serão discriminados a seguir:
O projeto “Aspectos emocionais investigados na vivência da infertilidade
por meio do método de Rorschach”, será submetido à aprovação do Comitê de
Ética em Pesquisa do Centro de Referência da Saúde da Mulher (Secretaria de
Estado da Saúde). Somente após o parecer favorável, a pesquisadora dará início
à coleta de dados.
A pesquisadora ter assinado o Termo de Compromisso do pesquisador,
comprometendo-se a atender os deveres institucionais básicos da honestidade,
sinceridade, competência e da discrição; pesquisar adequada e
independentemente, além de buscar, aprimorar e promover o respeito à sua
profissão; não realizar pesquisa que possa causar riscos não justificados às
pessoas envolvidas; não violar as normas do consentimento informado; comunicar
ao possível sujeito todas as informações necessárias para um adequado
consentimento informado; propiciar ao sujeito plena oportunidade e
encorajamento para fazer perguntas; excluir a possibilidade de engano
injustificado, influência indevida e intimidação e obter de cada possível sujeito um
documento assinado como evidência do consentimento informado.
O sujeito terá acesso à pesquisadora a qualquer momento, o telefone e/ou
e-mail constará no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, cuja cópia ficará
em seu poder.
O sujeito terá acesso, a qualquer momento, às informações sobre
procedimentos e benefícios relacionados à pesquisa, inclusive para esclarecer
eventuais dúvidas.
O sujeito terá liberdade de retirar-se da pesquisa a qualquer momento, sem
que isso traga prejuízo à continuidade da assistência.
O sujeito terá a salvaguarda da confidencialidade, sigilo e privacidade. A
pesquisadora utilizará nomes fictícios para identificação das participantes da
pesquisa. Serão mencionados apenas dados relevantes ao estudo.
Será de conhecimento do sujeito, através do Termo de Consentimento, que
os resultados da pesquisa serão utilizados como parte dos requisitos para que o
pesquisador obtenha o título de mestre em Psicologia; e para futura publicação.
Os sujeitos da pesquisa serão informados que após a conclusão da
mesma, serão convidados a participarem de uma sessão devolutiva onde será
feita uma explanação geral dos resultados e conclusões do estudo, não será
fornecida informações individuais dos resultados.
DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
O presente capítulo explanará os resultados deste estudo, serão descritos
os dados socioeconômicos extraídos do questionário ABIPEME, dados sócio-
demográficos, pessoais e referentes ao diagnóstico e enfrentamento da
infertilidade, obtidos através da entrevista inicial. Posteriormente, serão descritos
e avaliados os dados obtidos na aplicação do método de Rorschach.
Critério ABIPEME
Nível socioeconômico
De acordo com o critério ABIPEME, as participantes que compõem a
amostra estão entre as classes socioeconômicas B e C. Entre as participantes,
33% se encontram na classe C e 67% na classe B.
Gráfico 1. Distribuição quanto ao nível socioeconômico
Critério ABIPEME
33%
67%
De 35 a 58 pontos De 59 a 88 pontos
Entrevista semidirigida
Idade
As participantes que compõem a amostra têm entre 27 e 38 anos de idade
e a média obtida após análise fatorial é de
32,8 anos. Entre as participantes, 20%
têm idades entre 27 e 30 anos e 27% têm idades entre 35 e 38 anos. A maior
parte das participantes está na seguinte faixa etária, de 31 a 34 anos, perfazendo
53% da amostra.
Gráfico 2. Distribuição quanto à idade em faixas etárias
Idade
20%
53%
27%
de 27 a 30 de 31 a 34 de 35 a 38
Naturalidade
Quanto ao lugar de origem, a amostra configurou-se da seguinte maneira:
13% das participantes são provenientes de capitais nordestinas; 20% são da
cidade de São Paulo; 20% são da região da Grande São Paulo e 47% são
oriundas de cidades médias da região sudeste.
Gráfico 3. Distribuição quanto a naturalidade
Naturalidade
13%
47%
20%
20%
Capitais - NE São Paulo Grande São Paulo Cidades médias - SE
Cor
Das 15 pacientes que compõem a amostra, 27% são da cor parda e 73%
são da cor branca.
Gráfico 4. Distribuição quanto a cor
Cor
73%
27%
Branca Parda
Instrução
Das pacientes entrevistadas 7% tem o primeiro grau de escolaridade, 40%
o segundo grau e 53% das pacientes possui nível universitário.
Gráfico 5. Distribuição quanto ao grau de instrução
Instrução
7%
40%53%
Primeiro grau Segundo grau Terceiro grau
Profissão
Quanto à ocupação das pacientes, a amostra se configurou da seguinte
maneira: 20% das pacientes ocupa profissões tradicionalmente femininas; 47%
possui vínculo empregatício e 33% é profissional liberal.
Gráfico 6. Distribuição quanto a profissão
Profiso
20%
33%
47%
Ocupações tradicionalmente femininas/Informais
Profissionais liberais
Profissionais com vínculo empregatício
Religião
Quanto à orientação religiosa, 67% das pacientes é católica e 33% das
pacientes é evangélica.
Gráfico 7. Distribuição quanto a religião
33%
67%
Evangélica Católica
Tempo de conjugalidade
De acordo com a amostra, o tempo de conjugalidade dos casais
apresentou os seguintes percentuais: 40% das pacientes com mais de 10 anos de
convivência conjugal; 40% entre 5 e 10 anos e 20% com menos de 5 anos.
Gráfico 8. Distribuição quanto ao tempo de conjugalidade
Tempo de conjugalidade
40%
20%
40%
Menos de 5 anos De 5 a 10 anos Mais de 10 anos
Etiologia da infertilidade
Com relação à etiologia da infertilidade, 40% das pacientes apresenta
causa de origem feminina e 53% das pacientes apresenta causa conjunta, ou
seja, fatores femininos e masculinos concomitantes. Apenas uma paciente
apresenta infertilidade sem causa aparente, perfazendo 7% da amostra.
Gráfico 9. Distribuição quanto a etiologia da infertilidade
Etiologia
53%40%
7%
Feminina Conjunta Causa não identificada
Patologias
Em relação às patologias, a amostra configurou-se da seguinte maneira:
30% apresenta endometriose; 19% ovários policísticos; 15% varicocele (etiologia
masculina conjugada); 11% ciclo anovulatório; 7% trompas obstruídas; 7%
disfunção hormonal; 7% oligozoospermia (etiologia masculina conjugada) e 4%
apresenta ISCA, infertilidade sem causa aparente.
Gráfico 10. Distribuição quanto às patologias
Patologias
30%
19%
15%
11%
7%
7%
7%
4%
Endometriose Trompas Obstruídas Varicocele
Ciclo Anovulatório Ovários Policísticos Disfunção Hormonal
Oligozoospermia ISCA
Tempo de tratamento
Em relação ao tempo de tratamento relatado pelas pacientes, o gráfico
mostra a seguinte distribuição: 26% relata oito anos de tratamento; 17%, sete
anos; 15%, seis anos; 13%, cinco anos; 11%, quatro anos; 9%. três anos; 7%,
dois anos e 2% da amostra relata um ano de tratamento.
Gráfico 11. Distribuição quanto ao tempo de tratamento
Tempo de Tratamento (em anos)
2%
7%
9%
11%
13%
15%
17%
26%
1 2 3 4 5 6 7 8
Tempo de diagnóstico
De acordo com a amostra, o gráfico configurou-se da seguinte maneira:
27% tem o diagnóstico três anos; 26%, um ano; 20%, há quatro anos; 13%,
há 5 anos e 7% da amostra foi diagnosticada há dois anos.
Gráfico 12. Distribuição quanto ao tempo de diagnóstico
Tempo de Diagstico (em anos)
26%
7%
27%
20%
13%
7%
1 2 3 4 5 10
Entrevista semi-dirigida
Momento ou situação que considera mais difícil
A maioria das pacientes, totalizando 28%, considera o momento mais difícil
quando fica menstruada; 22% queixa-se da cobrança exercida pela família e
amigos sobre a demora da maternidade; 17% atribui o pior momento às situações
sociais em que se deparem com mães e filhos interagindo; 11% da amostra
referenda o pior momento quando sente um “vazio”; 11%, quando o parceiro fica
triste e 11% considera o pior momento quando teme não conseguir engravidar.
Gráfico 13. Distribuição quanto ao momento ou situação que considera
como o mais difícil.
Momento/situação que considera o mais difícil
28%
22%
17%
11%
11%
11%
Quando fica menstruada Cobrança da falia e amigos
Situações sociais - interaçãoe e filho Quando o parceiro fica triste
Quando sente "vazio" Quando teme não conseguir engravidar
Vivências relatadas
De acordo com a amostra, 18% das pacientes relata ansiedade; 17%,
frustração; 17%, tristeza; 12%, depressão; 12%, sensação de “vazio”; 12%,
esperança; 6% angústia e 6%, incapacidade.
Gráfico 14. Distribuição quanto às vivências relatadas diante da infertilidade.
Vivências relatadas
17%
17%
18%
12%
12%
6%
6%
12%
tristeza frustração ansiedade
depressão esperança incapacidade
angustia sensação de "vazio"
Opinião do parceiro
De acordo com a amostra, 46% das pacientes relata que os parceiros
apóiam o tratamento; 18% considera o parceiro otimista; 6%, esperançoso; 6%,
apreensivo; 6% considera o parceiro aflito; 6%, ansioso; 6%, cansado e 6%
temeroso.
Gráfico 15. Distribuição quanto à opinião do parceiro em relação ao
tratamento de Reprodução assistida.
Opinião/postura do parceiro em relação ao tratamento
de Reprodução Assistida
46%
18%
6%
6%
6%
6%
6%
6%
Aia Otimista Esperaoso Apreensivo
Aflito Ansioso Cansado Temeroso
Sentimentos Expressos
Com relação aos sentimentos expressos pela amostra, o gráfico
configurou-se da seguinte maneira: 18% relata ansiedade; 17% relata frustração;
17% relata tristeza; 12%, depressão; 12%, esperança; 6%, incapacidade e 6%
angústia.
Gráfico 16. Distribuição quanto aos sentimentos expressos diante da
infertilidade.
Sentimentos expressos diante da infertilidade
17%
17%
18%
12%
12%
6%
6%
12%
tristeza frustração ansiedade
depressão esperança incapacidade
angustia sensação de "vazio"
Onde busca apoio
De acordo com a amostra, 30% busca apoio em Deus; 19%, com o
companheiro; 19%, com a família; 13%, na igreja; 13%, com amigos e 6% busca
apoio em terapia.
Gráfico 17. Distribuição quanto à busca de apoio para o enfrentamento da
infertilidade.
Onde busca apoio
19%
19%
6%
13%
30%
13%
companheiro família terapia igreja Deus amigos
Palavras expressas diante da infertilidade
As palavras “vazio” e “tristeza” são mencionadas seis vezes cada;
“frustração”, cinco vezes; “obstáculo” aparece por três vezes; “solidão”,
“sofrimento”, “desafio”, “dor”, raiva”, “limite”, “medo” e “impotência” são citadas
uma vez.
Gráfico 18. Distribuição quanto à incidência de palavras que a amostra
expressa diante da infertilidade.
Palavras que expressam o que sentem diante da
infertilidade
6
6
5
3
1
1
1
1
1
1
1
1
vazio tristeza frustrão solidão sofrimento impotência
desafio obstáculo medo limite dor raiva
Palavras que expressam o que sentem diante da
infertilidade
6
6
5
3
1
1
1
1
1
1
1
1
vazio tristeza frustrão solidão sofrimento impotência
desafio obstáculo medo limite dor raiva
Teste de Rorschach
Tabela 1. Distribuição quanto às Constelações positivas na amostra.
Sujeitos S-CON SCZI DEPI CDI HVI OBS
1
3 3 2 3 2 0
2 5 2 3 4 2 0
3 5 1 3 5 1 0
4 4 1 4 4 2 0
5 2 0 5 2 0 0
6 2 1 4 2 2 0
7 4 3 5 2 2 2
8 3 1 1 3 4 1
9 3 2 3 2 2 1
10 5 0 4 4 1 0
11 2 1 4 2 4 0
12 4 0 5 4 3 0
13 4 2 5 3 2 1
14 3 0 4 3 3 0
15 3 0 4 2 1 0
Constelação Positiva
Entre as participantes da amostra, cinco apresentaram Constelação positiva
correspondente ao índice de Déficit Relacional (CDI), e quatro apresentaram
Constelação positiva para o índice de Depressão (DEPI).
Gráfico 19. Freqüência das Constelações positivas na amostra
A amostra configurou-se da seguinte maneira, 33% das pacientes apresentou
índice de Déficit Relacional (CDI) e 27% apresentou índice de Depressão (DEPI).
0% 0%
27%
33%
0% 0%
S-COM SCZI DEPI CDI HVI OBS
Sujeito 1 – Capacidade para controle e tolerância de estresse
Ursula
Capacidade de Controle e Tolerância ao Estresse
EB = 1 : 0.5 EA = 1.5 D = -2
eb = 6 : 3 es = 9 Adj es = 9 Adj D = -2
FM = 6 C’ = 1 T = 0 CDI = 3
m = 0 V = 1 Y = 1
Afeto
DEPI = 2 EBPer = N/A
EB = 1 : 0.5 FC:CF+C = 1 : 0
eb = 6 : 3 Pure C = 0
SumC’:WSumC = 1 : 0.5
C’ = 1 T = 0 Afr = 0.38
V = 1 Y = 1 S = 2
Blends/R = 2 : 18
CP = 0
Blends
FM.C'
FM.FV
Ursula demonstra carecer de um estilo consistente para superar as adversidades,
em muitas situações perde a objetividade. Apresenta dificuldade para tomar
decisões porque vacila entre o que pensa e o que sente. Ela não despende muito
esforço para achar soluções frente aos problemas.
Ursula apresenta um modo imprevisível de agir, mesmo em situações similares,
entretanto, seu modo inconsistente e imprevisível não a impede de ter recursos
adequados para gerenciar conteúdos adversos.
Ela mostra algum estresse emocional, e este parece derivar em parte de
sentimentos negativos que ela possivelmente atribui a atitudes e ações
impensadas. alguma sugestão que estas atitudes autocríticas envolvam culpa,
vergonha ou remorso.
Sujeito 2
Vilma
Capacidade de Controle e Tolerância ao Estresse
EB = 1 : 3.0 EA = 4.0 D = 0
eb = 4 : 1 es = 5 Adj es = 5 Adj D = 0
FM = 4 C’ = 0 T = 0 CDI = 4
m = 0 V = 0 Y = 1
Afeto
DEPI = 3 EBPer = 3.0
EB = 1 : 3.0 FC:CF+C = 4 : 1
eb = 4 : 1 Pure C = 0
SumC’:WSumC = 0 : 3.0
C’ = 0 T = 0 Afr = 0.64
V = 0 Y = 1 S = 0
Blends/R = 0 : 18
CP = 0
Blends
There are no blends
indicação que falta a Vilma habilidade social, ela demonstra dificuldade de
interagir confortável e efetivamente em situações interpessoais. A falta de jeito
que experimenta nestas situações e a inadequação de seus esforços, pode ser
tanto uma fonte de sofrimento para ela, como pode ajudá-la a reconhecer sua
necessidade de melhorar suas capacidades.
Vilma apresenta dificuldade para lidar com as demandas emocionais normais do
quotidiano, parece fazer esforço para manter um aparente equilíbrio psicológico.
Procura manter as fontes geradoras de estresse no mínimo e tende a distanciar-
se de pensamentos e sentimentos perturbadores. Demonstra tolerância limitada a
frustração e corre o risco de perder o controle frente a situações mais
estressantes.
Vilma, quando demandada a tomar decisões, apresenta uma dinâmica baseada
em atitudes predominantemente emocionais, disponibilizando de forma deficiente
decisões racionais.
Ela apresenta certo desequilíbrio em suas ações, e é excessivamente inclinada a
tomar decisões baseadas em seus instintos. Negligencia uma postura mais
reflexiva, interferindo no planejamento e análise de situações, e seu estilo
excessivamente emocional compromete a efetividade da solução de seus
problemas.
Sujeito 3
Lucia
Capacidade de Controle e Tolerância ao Estresse
EB = 0 : 1.5 EA = 1.5 D = -2
eb = 5 : 4 es = 9 Adj es = 8 Adj D = -2
FM = 5 C’ = 2 T = 0 CDI = 5
m = 0 V = 0 Y = 2
Afeto
DEPI = 3 EBPer = N/A
EB = 0 : 1.5 FC:CF+C = 3 : 0
eb = 5 : 4 Pure C = 0
SumC’:WSumC = 2 : 1.5
C’ = 2 T = 0 Afr = 0.33
V = 0 Y = 2 S = 0
Blends/R = 0 : 16
CP = 0
Blends
There are no blends
Lúcia parece enfrentar uma grande sobrecarga de estímulos, e isto tem
comprometido sua capacidade para agrupar recursos psicológicos adequados
para lidar com eventos externos e internos. O grau dessa sobrecarga de estimulo
provavelmente é preocupante e desorganizador. Mesmo em situações
razoavelmente estruturadas, nas quais ela sabe o que é esperado dela, fica
arriscada a ficar incapacitada psicologicamente. Lúcia tende a ter tolerância
limitada à frustração e habilidade menor que a média de perseverar frente a
obstáculos; consequentemente pode mostrar uma tendência a explosões
impulsivas de afeto injustificado e/ou ações impensadas.
Ela sinais de uma abordagem cuidadosa a situações interpessoais, as quais
podem contribuir para uma suscetibilidade maior que a média para experimentar
estresse em ocasiões sociais e em envolvimentos próximos com os outros.
Lúcia mostra um estilo essencialmente não adaptativo de experimentar e
expressar afeto, parece exercer um controle gido sobre seus sentimentos.
Consequentemente coloca-se como uma pessoa emocionalmente reservada, e
demonstra grande dificuldade em relaxar.
Sujeito 4
Marta
Capacidade de Controle e Tolerância ao Estresse
EB = 3 : 2.0 EA = 5.0 D = -1
eb = 4 : 6 es = 10 Adj es = 8 Adj D = -1
FM = 4 C’ = 3 T = 0 CDI = 4
m = 0 V = 0 Y = 3
Afeto
DEPI = 4 EBPer = N/A
EB = 3 : 2.0 FC:CF+C = 4 : 0
eb = 4 : 6 Pure C = 0
SumC’:WSumC = 3 : 2.0
C’ = 3 T = 0 Afr = 0.54
V = 0 Y = 3 S = 2
Blends/R = 4 : 20
CP = 0
Blends
YF.C'
C'F.FY
FM.FC
YF.C'
Marta, de modo geral, apresenta recursos internos adequados para administrar
situações mais estressantes, entretanto, a ausência de um estilo bem definido de
lidar com estas situações, faz com que, provavelmente, quaisquer que sejam os
recursos disponíveis, estes sejam utilizados de forma deficiente. Ela demonstra ter
dificuldade para tomar decisões, vacila entre atitudes racionais e emocionais.
Ela está experimentando um estresse considerável tornado-a suscetível
emocionalmente. Parece não estar totalmente consciente desta vivência dolorosa,
apresenta manobras defensivas para enfraquecer o impacto destes sentimentos
ou mesmo para escondê-los. Marta está vulnerável devido a afetos dolorosos
internalizados com qualidade triste e disfórica. Ela parece particularmente
relutante ou mesmo temerosa em expressar seus sentimentos abertamente. A
extensão com que ela internaliza, em vez de expressar o afeto, constitui um
bloqueio emocional não adaptado. Marta apresenta certa constrição emocional
que pode, às vezes, resultar em afetos engarrafados”, propiciando a emersão de
equivalentes somáticos.
Sujeito 5
Paula
Capacidade de Controle e Tolerância ao Estresse
EB = 6 :2.5 EA = 8.5 D = 0
eb = 3 : 6 es = 9 Adj es = 8
Adj D = 0
FM = 3C’ = 4 T = 0 CDI = 2
m = 0V = 0 Y = 2
Afeto
DEPI = 5 EBPer = 2.4
EB = 6 : 2.5 FC:CF+C = 3 : 1
eb = 3 : 6 Pure C = 0
SumC’:WSumC = 4 : 2.5
C’ = 4 T = 0 Afr = 0.64
V = 0 Y = 2 S = 1
Blends/R = 1 : 23
CP = 0
Blends
FY.FM
Paula parece estar suscetível a episódios de distúrbios afetivos que
provavelmente envolvem características de depressão. Ela pode não
necessariamente reclamar de se sentir deprimida ou emocionalmente perturbada,
entretanto ela está inclinada a um desconforto afetivo que interfere com sua
habilidade para enfrentar problemas. Ela é uma pessoa do tipo reflexivo que
prefere lidar com experiências de uma maneira contemplativa em vez de
expressiva, o sofrimento emocional que sente pode não ficar aparente de imediato
aos outros.
Atualmente esta experimentando uma quantidade razoável de estresse que lhe
permite aflorar afetos desagradáveis e aumenta sua suscetibilidade para se tornar
deprimida.
Ela mostra um recolhimento emocional e tende a controlar a expressão de seus
afetos, apresenta uma personalidade caracteristicamente reservada. Embora não
evite relacionamentos interpessoais, estas vivências tendem a ser
psicologicamente mais distante.
Sujeito 6
Karen
Capacidade de Controle e Tolerância ao Estresse
EB = 5 : 3.0 EA = 8.0
D = 0
eb = 5 : 3 es = 8 Adj es = 8
Adj D = 0
FM = 5C’ = 2 T = 0 CDI = 2
m = 0V = 0 Y = 1
Afeto
DEPI = 4 EBPer = 1.7
EB = 5 : 3.0 FC:CF+C = 4 : 1
eb = 5 : 3 Pure C = 0
SumC’:WSumC = 2 : 3.0
C’ = 2 T = 0 Afr = 0.85
V = 0 Y = 1 S = 3
Blends/R = 0 : 24
CP = 0
Blends
There are no blends
Karen está com dificuldade de experimentar e expressar conteúdos afetivos,
demonstra exercer um controle severo sobre seus sentimentos. Como
conseqüência dessa dinâmica ela tende a ser uma pessoa reservada
emocionalmente que a troca afetiva está comprometida. Parece que em suas
relações interpessoais se coloca numa posição mais defensiva.
evidências de limitada capacidade de se ligar a outras pessoas, embora ela
possa não necessariamente evitar relacionamentos interpessoais, estes
relacionamentos tendem a ser psicologicamente mais distante, em vez de mais
próximos.
Sujeito 7
Karina
Capacidade de Controle e Tolerância ao Estresse
EB = 4 : 5.0 EA = 9.0 D = -3
eb = 7 : 10 es = 17 Adj es = 16 Adj D = -2
FM = 6 C’ = 5 T = 1 CDI = 2
m = 1 V = 2 Y = 2
Afeto
DEPI = 5 EBPer = N/A
EB = 4 : 5.0 FC:CF+C = 6 : 2
eb = 7 : 10 Pure C = 0
SumC’:WSumC = 5 : 5.0
C’ = 5 T = 1 Afr = 0.59
V = 2 Y = 2 S = 2
Blends/R = 7 : 27
CP = 0
Blends
FM.C'
FM.rF
C'.FV
FM.m.C'
Fr.M
FM.FC
FC.FY
Karina está vivenciando atualmente uma boa quantidade de estresse emocional,
que permite que aflorem afetos desagradáveis e isso a predispõe a tornar-se
depressiva. O enfrentamento desse estresse situacional está demandando muito
de suas capacidades adaptativas. O excesso de estresse é imposto por uma
sobrecarga de estímulo e isto a torna vulnerável, faz com que se sinta perturbada
e desorganizada. Parece carecer de recursos psicológicos para atender as
demandas que está experimentando, provavelmente também apresenta um
rebaixamento da capacidade de autocontrole.
Ela mostra estar suscetível a episódios de distúrbios afetivos que caracterizam
esse estado depressivo. Esta vivência emocional está interferindo
substancialmente em seu psiquismo apresentando quadros ansiosos e
depressivos.
Sujeito 8
Débora
Capacidade de Controle e Tolerância ao Estresse
EB = 5 : 0.5 EA = 5.5 D = 0
eb = 5 : 2 es = 7 Adj es = 7 Adj D = 0
FM = 5C’ = 2 T = 0 CDI = 3
m = 0V = 0 Y = 0
Afeto
DEPI = 1 EBPer = 5.0
EB = 5 : 0.5 FC:CF+C = 1 : 0
eb = 5 : 2 Pure C = 0
SumC’:WSumC = 2 : 0.5
C’ = 2 T = 0 Afr = 0.59
V = 0 Y = 0 S = 2
Blends/R = 0 : 27
CP = 0
Blends
There are no blends
Débora tende a ver o mundo com uma referência extremamente estreita, como
conseqüência, ela provavelmente tem pouca tolerância em situações que gerem
incerteza e ambigüidade. Se sente mais confortável em situações claramente
definidas e bem estruturadas e privilegia soluções simples mesmo para os
problemas mais complexos. Débora pode apresentar dificuldade para perceber
alguns eventos, assim como, formar impressões erradas de pessoas e do
significado de suas ações. Pode também, às vezes, falhar em antecipar as
conseqüências de suas ões e mostrar certa limitação quanto a um
comportamento apropriado.
Débora emprega uma abordagem reflexiva para tomar decisões e resolver
problemas, suas ações são guiadas mais pelo que pensa do que pelo que sente.
Mostra restrição quanto a utilizar recursos afetivos preferindo lidar com suas
experiências principalmente através de canais reflexivos.
Sujeito 9
Verônica
Capacidade de Controle e Tolerância ao Estresse
EB = 4 : 2.0 EA = 6.0 D = -2
eb = 6 : 6 es = 12 Adj es = 10 Adj D = -1
FM = 6 C’ = 3 T = 0 CDI = 2
m = 0 V = 0 Y = 3
Afeto
DEPI = 3 EBPer = 2.0
EB = 4 : 2.0 FC:CF+C = 2 : 1
eb = 6 : 6 Pure C = 0
SumC’:WSumC = 3 : 2.0
C’ = 3 T = 0 Afr = 0.47
V = 0 Y = 3 S = 2
Blends/R = 1 : 25
CP = 0
Blends
FM.FC'
Verônica está enfrentando um estresse situacional, suas capacidades adaptativas
são demandas mais do que ela comumente está acostumada a confrontar. Esta
situação pode estar reduzindo seu nível normal de efetividade em tomar decisões,
assim como, prejudicando a eficiência em suas ações. O estresse situacional por
ela
experienciado pode acarretar dificuldades no enfrentamento de eventos, pois ela
pode se tornar perturbada e ansiosa.
Mostra recursos psicológicos insuficientes para atender as demandas emocionais
que está experimentando, provavelmente também apresenta uma diminuição de
sua capacidade de autocontrole, seu modo de processar afeto parece
comprometido, denota impulsividade no que pensa, fala e faz.
Sujeito 10
Cibele
Capacidade de Controle e Tolerância ao Estresse
EB = 0 : 1.5 EA = 1.5 D = -4
eb = 5 : 7 es = 12 Adj es = 10 Adj D = -3
FM = 5 C’ = 4 T = 0 CDI = 4
m = 0 V = 0 Y = 3
Afeto
DEPI = 4 EBPer = N/A
EB = 0 : 1.5 FC:CF+C = 3 : 0
eb = 5 : 7 Pure C = 0
SumC’:WSumC = 4 : 1.5
C’ = 4 T = 0 Afr = 0.80
V = 0 Y = 3 S = 2
Blends/R = 1 : 18
CP = 0
Blends
FY.FC'
Cibele enfrenta estresse situacional e esta vivência exige muito de seus recursos
adaptativos, mais do que ela comumente está acostumada a confrontar. Isto pode
estar reduzindo seu nível normal de efetividade em tomar decisões e buscar
meios de agir.
O grau dessa sobrecarga de estímulo tende a ser preocupante e desorganizador;
mesmo em situações razoavelmente estruturadas, nas quais ela sabe o que é
esperado dela, corre o risco de se tornar psicologicamente incapacitada, pelo
menos temporariamente, e parecer para os outros como perceptivelmente
agitada.
Ela mostra um estilo potencialmente não adaptativo de experimentar e expressar
afeto no qual ela exerce controle mais severo sobre seus sentimentos que a
maioria das pessoas. Consequentemente, ela tende a ser um indivíduo reservado,
evitando mostrar seus sentimentos e se relacionar com os outros de uma forma
descontraída.
Sujeito 11
Fátima
Capacidade de Controle e Tolerância ao Estresse
EB = 7 : 2.0 EA = 9.0
D = 0
eb = 3 : 4 es = 7 Adj es = 7
Adj D = 0
FM = 3C’ = 2 T = 0 CDI = 2
m = 0V = 1 Y = 1
Afeto
DEPI = 4 EBPer = 3.5
EB = 7 : 2.0 FC:CF+C = 2 : 1
eb = 3 : 4 Pure C = 0
SumC’:WSumC = 2 : 2.0
C’ = 2 T = 0 Afr = 0.64
V = 1 Y = 1 S = 0
Blends/R = 4 : 18
CP = 0
Blends
M.FY
FC'.M
M.FV
M.FC
Fátima mostra ter recursos psicológicos suficientes para enfrentar
adequadamente as demandas impostas por eventos externos e internos. Ela
consegue gerenciar o estresse em sua vida sem se aproximar muito desses
conteúdos. Consegue ter uma vivência com baixo grau de ansiedade e tensão.
Embora esteja experienciando considerável estresse emocional, utiliza alguns
mecanismo para manter-se livre de seu impacto.
Fátima mostra um estilo potencialmente mal adaptado para experienciar e
expressar afeto, essa inabilidade no manejo de lidar com afeto faz com que se
torne uma pessoa reservada.
Ela apresenta sinais de limitada capacidade de formar relacionamentos próximos
com outras pessoas. Embora possa não necessariamente evitar relacionamentos
interpessoais, estes relacionamentos tendem a ser psicologicamente distantes em
vez de bem próximos.
Sujeito 12
Mariana
Capacidade de Controle e Tolerância ao Estresse
EB = 1 : 0.5 EA = 1.5 D = -2
eb = 4 : 4 es = 8 Adj es = 8 Adj D = -2
FM = 4 C’ = 4 T = 0 CDI = 4
m = 0 V = 0 Y = 0
Afeto
DEPI = 5 EBPer = N/A
EB = 1 : 0.5 FC:CF+C = 1 : 0
eb = 4 : 4 Pure C = 0
SumC’:WSumC = 4 : 0.5
C’ = 4 T = 0 Afr = 0.46
V = 0 Y = 0 S = 4
Blends/R = 1 : 19
CP = 0
Blends
FM.FC'
Mariana demonstra alguma prudência situacional e relutância em ser extrovertida,
ela parece ser suscetível a episódios de perturbação afetiva que provavelmente
envolvem características de depressão. Ela pode não necessariamente reclamar
de se sentir deprimida ou perturbada emocionalmente, mas ela está, entretanto,
exposta a um desconforto afetivo que interfere com sua habilidade de funcionar
efetivamente.
Mariana mostra um estilo potencialmente não adaptativo de experimentar e
expressar afeto no qual ela exerce controle mais severo sobre seus sentimentos
que a maioria das pessoas. Consequentemente, ela tende a ser um indivíduo
reservado emocionalmente que tem dificuldade em relaxar.
Sujeito 13
Elza
Capacidade de Controle e Tolerância ao Estresse
EB = 2 : 0.5 EA = 2.5 D = -1
eb = 2 : 4 es = 6 Adj es = 6 Adj D = -1
FM = 2 C’ = 2 T = 0 CDI = 3
m = 0 V = 2 Y = 0
Afeto
DEPI = 5 EBPer = N/A
EB = 2 : 0.5 FC:CF+C = 1 : 0
eb = 2 : 4 Pure C = 0
SumC’:WSumC = 2 : 0.5
C’ = 2 T = 0 Afr = 0.67
V = 2 Y = 0 S = 1
Blends/R = 1 : 20
CP = 0
Blends
C'.FV
Elza parece ser suscetível a episódios de perturbação afetiva que provavelmente
envolvem características de depressão. Ela pode não necessariamente reclamar
de se sentir deprimida ou perturbada emocionalmente, mas ela está, entretanto,
exposta a um desconforto afetivo que interfere com sua habilidade de funcionar
efetivamente.
De fato, ela parece estar experimentando no presente uma quantidade de
estresse que está permitindo aflorar afeto desagradável e pode torná-la suscetível
a se sentir deprimida.
Ela mostra um estilo potencialmente não adaptativo de experimentar e expressar
afeto no qual ela exerce controle mais severo sobre seus sentimentos que a
maioria das pessoas. Consequentemente, ela tende a ser um indivíduo reservado
emocionalmente que tem dificuldade em relaxar, ser espontâneo, mostrar seus
sentimentos e se relacionar com os outros de uma forma casual e informal.
Ela tende a perceber mal os eventos e formar impressões erradas de pessoas e
do significado de suas ações. Esta é uma significativa responsabilidade adaptativa
para ela que provavelmente resulta, às vezes, em instâncias de mau julgamento
nos quais ela falha em antecipar as conseqüências de suas ações e o entender
o que constitui um comportamento apropriado.
Sujeito 14
Cristina
Capacidade de Controle e Tolerância ao Estresse
EB = 2 : 2.5 EA = 4.5 D = -1
eb = 4 : 5 es = 9 Adj es = 8 Adj D = -1
FM = 3 C’ = 3 T = 0 CDI = 3
m = 1 V = 0 Y = 2
Afeto
DEPI = 4 EBPer = N/A
EB = 2 : 2.5 FC:CF+C = 1 : 2
eb = 4 : 5 Pure C = 0
SumC’:WSumC = 3 : 2.5
C’ = 3 T = 0 Afr = 0.55
V = 0 Y = 2 S = 5
Blends/R = 1 : 17
CP = 0
Blends
YF.C'
Cristina parece capaz de viver suas experiências de uma forma razoavelmente
aberta e flexível e que constitui uma conquista de sua personalidade. Ela mostra
um balanço adaptativo entre poder lidar com as situações de uma maneira
desapegada e não envolvida, ás vezes, e, em outras ocasiões, de forma
preocupada e engajada. Embora esteja utilizando bem seus recursos adaptativos,
ela sinais de estar vivenciando uma boa quantidade de estresse que permite
aflorar afetos desagradáveis o que pode torná-la suscetível a se sentir deprimida.
Cristina dá evidências de limitada capacidade de se ligar a outras pessoas.
Embora ela possa não necessariamente evitar relacionamentos interpessoais,
estes relacionamentos tendem a ser psicologicamente mais distantes em vez de
mais próximos.
Sujeito 15
Mônica
Capacidade de Controle e Tolerância ao Estresse
EB = 2 : 4.5 EA = 6.5
D = 0
eb = 3 : 4 es = 7 Adj es = 7
Adj D = 0
FM = 3C’ = 3 T = 0 CDI = 2
m = 0V = 0 Y = 1
Afeto
DEPI = 4 EBPer = 2.3
EB = 2 : 4.5 FC:CF+C = 5 : 2
eb = 3 : 4 Pure C = 0
SumC’:WSumC = 3 : 4.5
C’ = 3 T = 0 Afr = 0.80
V = 0 Y = 1 S = 1
Blends/R = 1 : 18
CP = 0
Blends
C'.YF
Mônica é capaz de reconhecer e responder aos sentimentos, seus próprios e dos
outros, sem perder de vista os propósitos construtivos que podem ser alcançados
através de uma reflexão pensada. Quando Mônica é confrontado com níveis
normais de estresse, ela corre o risco de se precipitar em episódios de sofrimento
mental sentido subjetivamente, apresenta tolerância limitada à frustração e
controle ruim de impulsos.
Entre seus sentimentos perturbadores, estão alguns dolorosos afetos
internalizados que têm uma qualidade disfórica e triste. Mônica parece se
comparar a outras desfavoravelmente e, consequentemente, sofrer de baixa auto-
estima e limitada autoconfiança.
DISCUSSÃO DE RESULTADOS
De acordo com o questionário ABIPEME, as participantes que compõem a
amostra estão entre as classes sociais B e C (Gráfico 1). O alto custo financeiro
da medicação e procedimentos faz com que o serviço seja procurado também por
uma classe social com maior poder aquisitivo. As participantes da pesquisa foram
captadas no departamento de Reprodução Assistida do Hospital Estadual Pérola
Byington, que é considerado referência em tratamento de reprodução humana e
disponibiliza esse serviço sem custo algum. Na ocasião do levantamento dos
cadastros das pacientes, foi realizada uma triagem baseada na ocupação, idade,
e data de inscrição no serviço. O propósito desta triagem inicial foi selecionar
mulheres que estivessem dentro da faixa etária do critério de inclusão, e também
garantir um grupo heterogêneo com relação à ocupação profissional, pois esse
critério de seleção possibilitaria uma amostra com maior representatividade
quanto à classe social. Entretanto, a amostra configurou-se com participantes
pertencentes às classes sociais C e B, foi esse grupo de mulheres que aceitou
fazer parte do presente estudo.
Appleton (1999) discute em sua revisão bibliográfica que o tratamento por ser
muito dispendioso financeiramente pode provocar fonte adicional de estresse para
o casal, a questão financeira é mencionada como fator de preocupação por seis
participantes.
As mulheres que compõem a amostra têm entre vinte e sete e trinta e oito anos de
idade e a média obtida após análise fatorial é de 32,8 anos (Gráfico 2). Em sua
maioria as participantes têm entre trinta e um a trinta e quatro anos, perfazendo
53% da amostra. De acordo com a literatura, a maior parte das mulheres que
procuram tratamento de reprodução assistida estão acima dos trinta e três anos.
Pelo menos dois fatores justificam a incidência dessa faixa etária. Por volta dos
trinta e cinco anos ocorre uma queda vertiginosa na fertilidade feminina e isso
possivelmente faz com que muitas mulheres procurem tratamento perto dessa
faixa etária.
O outro fator diz respeito ao papel profissional que as mulheres vêem ocupando
no mercado atual de trabalho, muitas mulheres se engajam primeiramente em
realizações profissionais e em obter estabilidade financeira, postergando assim a
maternidade.
Em sua maioria as participantes da amostra quanto a naturalidade (Gráfico 3), são
oriundas de cidades grandes e médias da região sudeste. São mulheres que
trabalham e moram em grandes centros ou próximo deles, têm fácil acesso a
informações sobre tratamentos e serviços médicos.
Das quinze participantes que compõem a amostra, 73 % são da cor branca e 27%
da cor parda (Gráfico 4). Podemos estabelecer uma relação entre a cor e classe
social, pois, os dados obtidos quanto à classe social apontam que a maioria das
participantes pertence à classe social B, portanto, com maior poder aquisitivo.
Tanto com relação à cor quanto a classe social os dados encontrados mostram
que a minoria das mulheres da amostra são pardas, assim como, 33% das
participantes da amostra pertencem à classe socioeconômica C. Quanto à
orientação religiosa a maioria das participantes é católica perfazendo 67% da
amostra e 33% das participantes são evangélicas.
Com relação a distribuição quanto ao grau de instrução a amostra apontou os
seguintes dados, 53% das participantes apresentam nível universitário, 40% tem
segundo grau completo e apenas 7% da população tem primeiro grau. Estes
dados sobre a escolaridade da amostra evidenciam de forma expressiva a relação
do nível de escolaridade e a ocupação profissional destas mulheres, pois a
distribuição quanto a profissão aponta que a maioria da amostra % são
profissionais liberais e com vínculo empregatício, somentes % dessa amostra se
encontra no mercado informal de trabalho.
Estes dados evidenciam o quanto a mulher está ativa economicamente na atual
configuração familiuar. Todas as participantes desempenham atividades
profissionais. De acordo com Lipovetsky (2000), a mulher que trabalha tem direito
a planejar e definir sua vida e de construir seu futuro, tornar-se dona de si mesma.
Moita (1999), cita que a mulher contemporânea está disposta a aprender a lidar
com suas dificuldades e a usar suas potencialidades na direção do
amadurecimento. A atuação da mulher, sua conquista de espaço profissional e
inserção em ocupações diretivas muda significativamente o modo como vão
gerenciar e conciliar vida pessoal e profissional e esse novo cenário vai repercurtir
na maternidade.
De acordo com a amostra, a distribuição quanto ao tempo de conjugalidade dos
casais, aponta que 80 % têm vida vem comum a mais de 5 anos.
Com relação a distribuição quanto a etiologia da infertilidade, mais da metade,
totalizando 53% da amostra apresenta causa conjunta, 40% apresenta causa de
origem feminina e apenas 7% da amostra apresenta infertilidade sem causa
aparente.
Quanto à questão etiológica, a infertilidade pode ser de origem masculina,
feminina ou conjunta. Petracco & Badalotti apontam a importância de se
considerar a infertilidade uma condição do casal, o que leva à necessidade de se
proceder uma investigação completa tanto no homem como na mulher.
Brandi e col. (1996) citam que um outro aspecto que sugere a importância de se
proceder a uma investigação diagnóstica abrangente no casal são as alterações
mínimas de fertilidade que podem ser encontradas em ambos os parceiros, com
maior freqüência que o esperado. Essas alterações não levam a infertilidade
quando são encontradas em apenas um dos parceiros, tornado-se, no entanto,
significativas quando presentes no casal.
A distribuição de acordo com as patologias da amostra apontou que a
endometriose é a patologia com maior percentual de incidência. Em seguida
aparecem as seguintes patologias:, ovários policísticos, varicocele, ciclo
anovulatório, trompas aobstruídas, disfunção hormonal, oligozoospermia e apenas
4% da amostra apresenta infertilidade sem causa aparente.
De acordo com Acosta e col. (1997), nos casos de endometriose severa, a
aderência lvica e a obstrução tubária produzem uma interferência mecânica,
impedindo a união do óvulo com o espermatozóide.
Drake e col (1997) referendam trabalhos que evidenciam a relação da
endometriose com fatores imunológicos, sugerem que os anticorpos humorais,
identificados no soro das mulheres com endometriose, podem afetar o processo
de implantação.
Um outro aspecto relevante a ser destacado diz respeito ao tempo de diagnóstico
e o tempo de tratamento, os resultados encontrados mostram que 27% da
amostra relata oito anos de tratamento, entretanto, a distribuição quanto ao tempo
de tratamento mostra que a maioria da amostra, perfazendo 20%, tem o
diagnóstico de infertilidade quatro anos. Embora algumas pacientes relatem
que se submeteram a tratamentos para conseguir engravidar a vários anos o
diagnóstico de infertilidade só se torna evidente posteriormente.
Os dados obtidos na entrevista semidirigida foram categorizados de forma que
pudessem traduzir a expressão emocional das participantes frente à infertilidade,
e os recursos utilizados para seu enfrentamento.
Quando inqueridas sobre o momento que consideram mais difícil, a maioria da
amostra 28%, referem-se ao dia em que ficam menstruadas. De acordo com
Appleton (1999), um aspecto singular da infertilidade é seu caráter cíclico que
mobiliza profundamente o casal, que no início do ciclo menstrual há a vivência
de esperança com a possibilidade de uma possível gravidez. Num curto período
de tempo (aproximadamente 15 dias) também ocorre a vivência de fracasso,
quando por fim acontece a menstruação e mina o sonho da
maternidade/paternidade.
O segundo dado com maior incidência é quando as participantes referendam a
pressão que sentem por parte da família e amigos.Chodorow (1990) aponta que a
maternidade, para muitos, continua a ser considerada aspecto fundamental na
identidade feminina, assim a infertilidade, termo oposto a fecundidade, coloca a
mulher em uma condição contrária que lhe conferiu o estatuto de feminilidade
através da história.
Os sentimentos relatados pelas participantes o de tonalidade depressiva,
referem-se à tristeza, frustração, impotência, incapacidade, angustia, ansiedade e
sensação de “vazio”. Essa tonalidade emocional evidencia o impacto que a
infertilidade causa nessas mulheres.
O método de Rorschach apontou que quatro participantes apresentaram
Constelação positiva para o índice de depressão (DEPI) e cinco participantes
apresentaram Constelação positiva ao índice de déficit relacional (CDI).
Entretando, mesmo as participantes que o apresentaram Constelação positiva
para depressão, sugerem uma tonalidade disfórica em seu psiquismo e níveis de
estresse expressivos.
De acordo com Holmes (2001), uma quantidade substancial de evidências liga o
estresse à depressão, o estresse foi considerado um melhor previsor da
depressão do que “perda”. Cabe salientar não pode se estabelecer uma relação
de causa e efeito, o estresse está frequentemente relacionado à depressão, mas
nem todos os que estão expostos a estresse tornan-se deprimidos.
Weiner (2000), cita que o Índice de Controle e Tolerância ao estresse, está
associado aos recursos adaptativos de que as pessoas dispõem para lidar com as
demandas e gerenciamento do estresse. Este conjunto de variáveis dá informação
sobre os recursos psicológicos de uma pessoa, a habilidade de gerenciar
estresse, e capacidade de lidar consistentemente e efetivamente com os eventos
da vida. Os achados relevantes de Rorschach ajudam a identificar, a extensão da
capacidade adaptativa que as pessoas podem agregar no planejamento e
implementação das maneiras de lidar com suas experiências quotidianas, a
quantidade e tipos de demandas estressantes atualmente presentes em suas
vidas, quão bem eles podem tolerar seus níveis de estresse sem se tornar
excessivamente perturbado e perder o auto-controle, e a adequação com a qual
eles podem trazer um estilo de personalidade coesa para suportar gerenciar seus
afazeres.
Os resultados encontrados neste estudo mostram que estas mulheres apresentam
manifestação de estresse, podemos verificar estresse situacional e também
manifestações mais cronificadas. O impacto que o estresse exerce sobre o
psiquismo destas mulheres acaba por torná-las suscetíveis emocionalmente.
Em praticamente todos os protocolos há indícios de manifestação de estresse, em
alguns casos pode-se perceber que o excesso de estresse imposto por uma
sobrecarga de estímulos as torna vulneráveis, e faz com que se sintam
pertubadas e desorganizadas.
De acordo com Weiner (2000) o modulo de recursos afetivos, compreende o
modo como as pessoas lidam com as situações emocionais e como vivem e
expressam os afetos. Este conjunto de variáveis provê informações sobre a
maneira e conforto com os quais as pessoas processam experiência emocional,
especificamente sobre como elas lidam com sentimentos delas próprias, e como
elas respondem aos sentimentos dos outros e a situações emocionalmente
carregadas em geral, os índices permitem identificar se as pessoas têm
capacidades adequadas para experimentar e expressar emoções suficientemente,
prazerosamente e moderadamente, ou em vez disso, elas tendem a processar o
afeto de maneira restrita, disfórica ou excessivamente intensa que leva a
dificuldades de ajustamento.
Os distúrbios afetivos vivenciados por algumas destas pacientes provavelmente
envolvam características de depressão. O enfrentamento de situações adversas
faz aflorar afetos desagradáveis aumentando assim a suscetibulidade dessas
mulheres tornarem-se deprimidas, esta vivência emocional interfere
substancialmente na vida psíquica delas.
De acordo com Connoly e col. (1996), a literatura descritiva apresenta a
infertilidade como uma experiência devastadora, comparando-a ao diagnóstico de
uma doença crônica grave. Muitos fenômenos orgânicos e psíquicos podem ser
observados na vivência da infertilidade, sendo os mais relevantes, estresse,
depressão, ocorrência de doenças psicossomáticas, repressão de reações
emocionais, desejo freqüente de adotar rapidamente uma criança e a necessidade
de caráter urgente em incorporar-se em algum programa de fertilização assistida.
O método de Rorschach se mostrou um eficiente instrumento para verificar os
conteúdos de estresse e depressão manifestados na infertilidade. Os resultados
obtidos neste protocolo, através do método de Rorschach corroboram estudos
anteriores que mencionam estresse e depressão como manifestações importantes
diante da infertilidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estas mulheres mostram-se vulneráveis emocionalmente, relatam dificuldade no
enfrentamento da infertilidade, referendam cobranças sociais quanto à
maternidade não realizada e sentem-se estigmatizadas. Muitas não identificam a
maternidade como um desejo legítimo seu, mas sim do parceiro, ou mesmo da
família. Algumas temem sentir dor e desconforto nos procedimentos e apresentam
insegurança em relação aos tratamentos.
Relatam ansiedade antes do período menstrual na expectativa de uma possível
gravidez e na espera dos resultados de exames. Portanto, é compreensível que
apresentem níveis de estresse expressivos e também relatem vivências disfóricas
e depressivas. Os resultados apresentados neste protocolo corroboraram
trabalhos anteriores que apontam estresse, depressão e ansiedade como as
queixas mais presentes desta vivência.
A concretude da maternidade parece ser a única possibilidade de realização e
satisfação. Elas se mostram cristalizadas na infertilidade, ficam presas à
incapacidade e ampliam essa condição de impossibilidade para outros âmbitos de
suas vidas.
O relacionamento afetivo parece perder o “colorido” e a vida sexual, muitas vezes,
fica restrita a um comportamento mecanizado, com dia marcado, sempre na
expectativa de acontecer uma possível gravidez. O casal perde a espontaneidade
e a sexualidade acaba comprometida.
O estado de cristalização também afeta o potencial criativo dessas mulheres,
como se bloqueasse seu fluxo, aprisionando-as nessa condição de “infértil”.
Demonstram incapacidade de se engajar em atividades que não objetive a
gravidez. A vida se torna sem perspectiva, e fora da maternidade nada mais
parece fazer sentido.
um encolhimento de disposição para outros eventos, a energia psíquica fica
comprometida, pois seu fluxo encontra-se represado em algo não realizado.
Diante dos resultados deste estudo e dos conteúdos trazidos por estas mulheres,
parece pertinente uma proposta de intervenção psicológica que possa auxiliá-las.
A partir do contato com as participantes foi possível detectar grande necessidade
que elas demonstravam em expressar e compartilhar suas experiências. Elas se
colocaram de forma colaborativa durante a coleta de dados, se disponibilizaram e
facilmente o rapport foi estabelecido. Contavam suas histórias pessoais e clínicas,
traziam informações sobre as patologias. Quando respondiam as questões acerca
da vivência e do enfrentamento da infertilidade, percebia-se importante carga
emocional nos relatos, e muitas vezes choravam. Após se organizarem, algumas
participantes mencionaram a falta que sentiam de um acompanhamento
psicológico.
Percebe-se que estas mulheres carecem desse espaço de continência, em suas
falas fica claro o domínio e a quantidade de informações que têm sobre o
diagnóstico, descrição e características da patologia, exames e procedimentos
complexos; entretanto, parece haver um vácuo entre o conhecimento de suas
histórias clínicas, e suas vivências emocionais. A racionalização dessas
informações parece evidenciar, seus mecanismos defensivos e os aspectos
somáticos advindos da infertilidade. A vida emocional é negligenciada, grande
confusão quanto à discriminação de conteúdos, por ser um processo subjetivo,
parte dessas mulheres têm dificuldade de nomear ou mesmo identificar “o que
sentem”. As palavras que expressam os conteúdos dolorosos se mostram
insuficientes para traduzir toda carga de frustração e confusão emocional em que
se encontram.
O manejo terapêutico deve propiciar a percepção de alguns destes conteúdos
psíquicos, esta intervenção deve ser focada na mobilização de recursos para o
enfretamento da infertilidade e todas as suas implicações.
Acredito que inicialmente estas pacientes possam passar por um protocolo, que
permita identificar, os níveis de estresse e depressão. Após essa parte inicial seria
proposto um trabalho em grupo.
Esse atendimento teria como objetivo a discussão de questões que permeiam a
maternidade, temas que possibilitem reflexão e contato com aspectos emocionais
e sociais desta vivência. O intuito é que este manejo favoreça a elaboração de
tantos conteúdos afetivos, e que amplie as possibilidades de atuação dessas
mulheres.
Um aspecto importante a ser destacado é a importância que o atendimento seja
estruturado de maneira que facilite a relação inter-disciplinar dos profissionais
envolvidos no atendimento destas pacientes.
A fragilidade psicológica dessas mulheres aponta para dificuldades no processo
de individuação, mostra a manifestação de complexos maternos negativos, assim
como, a manifestação do princípio feminino parece comprometida.
GLOSSÁRIO
Anima
O lado feminino inconsciente da personalidade do homem. É personificada em
sonhos por imagens de mulheres que o desde as mais primitivas até as sábias
e espirituais. É o princípio de Eros nos homens (Jung, 1988[1951], par.29).
Animus
O lado masculino inconsciente da personalidade da mulher. É o Logos, princípio
espiritual na mulher, personificado em sonhos por imagens de homens que o
desde os mais rudes até os poetas e líderes espirituais (Jung, 1988[1951],
par.29).
Arquétipo
Dinamismo psíquico inato, contendo padrões representando uma experiência
típica humana. É a representação psicológica do instinto. o tem representação
própria, mas seus efeitos se manifestam no consciente como imagens e idéias
arquetípicas. São motivos ou padrões universais oriundos do inconsciente coletivo
e que constituem o conteúdo básico das religiões mitologias e lendas. Emergem
nos indivíduos através de sonhos e visões (Jung, 1991[1921], par. 830-832).
Ego
Centro da consciência, mas não a personalidade inteira. Relaciona-se com a
identidade pessoal, a manutenção da personalidade, ao conhecimento e teste da
realidade, faz a mediação entre consciente e inconsciente, mas responde às
necessidades do Self com entidade superior do qual o ego emerge (Jung,
1991[1921], par.796).
Inconsciente
Abrange todos os conteúdos ou processos psíquicos que não são conscientes.
Pode ser subdividido em inconsciente pessoal, que engloba todas as aquisições
da experiência pessoal esquecida ou reprimida, e inconsciente coletivo, que é a
camada mais profunda da psique, a qual não provém das aquisições pessoais,
mas da estrutura cerebral herdada, cujos conteúdos são os arquétipos (Jung,
1991[1921], par.847-851).
Imago
Imagens que são geradas subjetivamente, em particular as que se referem a
outras pessoas; assim, o objeto é percebido de acordo com o estado e a dinâmica
interna do sujeito (Jung, 1991[1928], par.296).
Individuação
É um processo de realização consciente da realidade psicológica única de uma
pessoa, incluindo tanto potencialidades como limitações. A individuação leva à
experiência do Self como centro regulador da psique, transcendendo ao ego
(Jung, 1988[1921], par.853-856).
Matriarcado
Referindo-se a estágio do desenvolvimento psicológico, significa uma situação
psíquica total, em que o inconsciente é dominante, e a consciência ainda não
atingiu autonomia e independência, na qual predomina o arquétipo da Grande
Mãe (Neumman, 2000[1953b], p.66).
Patriarcado
Referindo-se a estágio do desenvolvimento psicológico, significa uma situação
psíquica na qual há o predomínio de uma consciência arquetipicamente masculina
que perfaz a separação entre os sistemas consciente e inconsciente, e a
consciência alcançou autonomia e independência (Neumann, 2000[1953b],
p.66).
Persona
Arquétipo que intermedia o ego e o mundo. A máscara que se usa para
desempenhar os papéis sociais; o modo como a pessoa se adapta ao mundo. É
derivado das experiências da sociedade e de treinamento prematuro. Um ego
forte se relaciona com o mundo exterior através de uma persona flexível; mas a
identificação com uma persona inibe o desenvolvimento psicológico (Jung,
1991[1921], par.754-755).
Princípio feminino
Aquele que opera na orientação consciente da mulher, caracterizando-se pela
qualidade conectiva, e nos traços inconscientes do homem (Jung, 1988[1951],
par.29).
Princípio masculino
Aquele que opera na orientação consciente do homem, caracterizando-se pela
discriminação e cognição, e nos traços inconscientes da mulher (Jung,
1988[1951], par.29).
Psique
Totalidade dos processos psíquicos, tanto conscientes quanto inconscientes
(Jung, 1991[1921], par.752).
Relacionamento primal
Primeiro estágio do desenvolvimento psicológico, no qual a unidade psíquica
entre a criança e a mãe, e entre consciente e inconsciente (Neumman,
2000[1953a], p.12-3).
Símbolo
Derivado do grego symbolon. Significa reunir, juntar, em direção a uma meta, a
um objetivo. O objeto ou idéia são símbolos na medida em que são compostos de
uma parte consciente e de uma parte inconsciente, de modo a provocar forte
emoção no sujeito observador. É a melhor designação possível de um fato
relativamente desconhecido, mas cuja existência é conhecida ou postulada. Os
símbolos são expressões cheias de significado, no nível pessoal ou coletivo
(Jung, 1991[1921], par.903).
Uroboro patriarcal
Segundo estágio do desenvolvimento psicológico, a partir do qual inicia-se a
separação entre criança e mãe, e a assimilação dos conteúdos do inconsciente
que invadiram a consciência (Neumann, 2000[1953a], p.25).
4 – Referências Bibliográficas
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KOLATA, Gina. Os Caminhos Para Dolly.[ The road to Dolly and the path ahead]. Tradução:
Ronaldo Sérgio De Biasi. Editora Campus, Rio de Janeiro, 1998, 262p
ANEXOS
Termo de Consentimento Informado
Esta pesquisa tem como objetivo Investigar aspectos da personalidade e da
dinâmica psíquica na vivência da infertilidade.
O protocolo de pesquisa é composto por:
Ficha de identificação - Que colherá dados de identificação e dados
sociodemográficos (nome, idade, naturalidade, profissão, estado civil, etc.)
Questionário ABIPEME - Questionário que tem por objetivo coletar
informações sobre o nível econômico. (renda mensal, bens materiais, etc.)
Entrevista semidirigida Roteiro de entrevista que abordará questões
sobre a história pessoal e historia clínica de infertilidade.
Teste de Rorschach – Teste de personalidade.
A pesquisa destina-se a aquisição do título de mestre em psicologia, sob
orientação da Drª Ceres A. de Araujo, PUCSP. Será garantido sigilo sobre seus
dados pessoais, assim como de todos os participantes. As informações obtidas
neste estudo serão restritas ao meio acadêmico-científico. O participante poderá
encerrar sua participação nesta pesquisa a qualquer momento que julgue
necessário, sem prejuízo ao seu atendimento no serviço de saúde.
Para qualquer esclarecimento, ou caso julgue necessário estarão disponíveis os
seguintes telefones e e-mail. (11)3666-2307 e (11) 3670-8521 PUCSP
Eu, ________________________________________________, residente à Rua
____________________, nº____, tel.______________, R.G.
nº_________________. __________________________________________
Autorizo, para fins de pesquisa e de divulgação científica, a utilização dos dados
coletados através do questionário ABIPEME, entrevista semidirigida e teste de
Rorschach, por Rita de Cássia Ferrer da Rosa Motooka, RG 14.130.228-8,
C.R.P. nº 06/73989
___________________________
Rita C. F. R. Motooka – CRP 06- 73989
Mestranda-PUCSP São Paulo___/___/___
ANEXO II
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO
1. DATA:__________
2. Nº DO PARTICIPANTE: _______________
3. IDADE:_______
4. NACIONALIDADE:_____________
NATURALIDADE:_________________
5. PROFISSÃO:____________________
6. RELIGIÃO__________________
7. GRAU DE INSTRUÇÃO:
1º grau incompleto ( ) 1º grau completo ( )
2º grau incompleto( ) 2º grau completo ( )
3º grau incompleto ( ) 3º grau completo ( )
8. ESTADO CIVIL
( ) SOLTEIRA ( ) CASADA ( ) SEPARADA ( ) OUTRO
9. TEMPO DE CONVIVÊNCIA CONJUGAL ATUAL:
0 a 1 ( ) 2 a 5 ( ) 6 a 9 ( ) mais de 10 ( )
10. FAZ USO DE ALGUMA MEDICAÇÃO PSIQUIÁTRICA?
( ) SIM ( ) NÃO
ANEXO III
ENTREVISTA SEMIDIRIGIDA
1. Conte como se sente diante da infertilidade?
2. Qual seu diagnóstico de infertilidade?
3. Há quanto tempo está em tratamento?
4. Como se sente diante desse diagnóstico?
5. Conte sobre a decisão de fazer o tratamento de reprodução assistida?
6. No caso de micromanipulação, quantas tentativas já realizou?
7. Qual a opinião de seu parceiro em relação ao tratamento?
8. Como está enfrentando o problema da infertilidade?
9. Quais os momentos mais difíceis?
10. Onde busca apoio?
11. Fale livremente palavras que lhe venham à cabeça quando você pensa na
infertilidade?
ANEXO lV
ABIPEME
Associação Brasileira
Dos Institutos de Novo Critério Abipeme
Pesquisa de Mercado
do participante_____
Dados de Classificação
A. Quem é o chefe-de-família aqui(lá) na sua casa?
( ) o próprio entrevistado
( ) outra pessoa_____________________________
B. Qual foi o grau de instrução mais alto que_____________
(chefe-de-família) obteve. Qual o último ano de escola que o (chefe-de-família) cursou?
Categorias para classificação
Não estudou o primário completo...................................................................0
Primário completo e ginásio incompleto........................................................5
Ginásio completo e colegial incompleto........................................................10
Colegial completo e universitário incompleto...............................................15
Universitário completo...................................................................................21
C. Na sua casa tem (CADA ITEM ABAIXO)? NÃO SIM
Aparelho de vídeo cassete VCR...................................................... ( ) 10
Maquina de lavar roupa....................................................................( ) 8
Geladeira..........................................................................................( ) 7
Aspirador de pó................................................................................( ) 6
D. Quantos (cada item abaixo) existem em sua casa?
Nº de itens possuídos e número de pontos
Itens
possuídos
Nenhum
Pontos
1 2 3 4 5 6 ou
mais
Carros
4 9 13 18 22 26
TV a cores
4 7 14 14 18 22
Banheiros
2 5 10 10 12 15
Empregados
mensalistas
5 11 21 21 26 32
Rádios
2 3 6 6 8 9
Classe sócio-economica pelo total de pontos ABIPEME
TOTAL______
A>ou=a 89 B 59 a 88 C 35 a 58 D 20 a 34 E< ou=a 19
ANEXO V – Rorschach
RIAP™ Sequence of Scores Report
Client Information
Client Name:
Ursula Oliva
Gender:
Female
Test Date:
11/03/2006
Client ID:
Date of Birth:
07/12/1973
Description:
Sequence of Scores
Card
Resp.
No
Location
and DQ
Loc.
No.
Determinant(s) and
Form Quality
(2)
Content(s) Pop
Z Score
Special Scores
I
1
Wo 1
Fo A P 1.0
2
W+ 1
FMau 2
Hx,A 4.0 COP
II
3
WS+ 1
F- An,Sx 4.5
4
Do 3
FCo A
III
5
Do 7
F- A
6
D+ 1
Mao 2
H,Id P 3.0 COP
7
Dd+ 34
FMp.C'o 2
A,Ls 3.0
IV
8
Wo 1
Fo Ad 2.0 PER
V
9
Wo 1
FMp.FVo A P 1.0
VI
10
Dv 1
FYu Bl
11
Do 3
Fu A
VII
12
D+ 2
FMao 2
Art,A 1.0
13
Do 4
F- An
VII
I
14
WSo 1
F- An 4.5
15
D+ 1
FMao 2
A P 3.0 AG
16
D+ 1
FMao 2
A 3.0
IX
17
W+ 1
F- An 5.5
X
18
D+ F- An 4.5
Summary of Approach
I : W.W VI : D.D
II : WS.D VII : D.D
III : D.D.Dd VIII : WS.D.D
IV : W IX : W
V : W X : D
1.1
RIAP™ Structural Summary
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
Zf = 13
ZSum = 40.0
Zest = 41.5
W = 7
(Wv = 0)
D = 10
Dd = 1
S = 2
Location Features
DQ
Single
M = 1
FM = 4
m = 0
FC = 1
CF = 0
C = 0
Cn = 0
FC’ = 0
C’F = 0
C’ = 0
FT = 0
TF = 0
T = 0
FV = 0
VF = 0
V = 0
FY = 1
YF = 0
Y = 0
Fr = 0
rF = 0
FD = 0
F = 9
(2) = 6
(FQ-)
+ = 9 (3)
o = 8 (3)
v/+ = 0 (0)
v = 1 (0)
Form Quality
FQx FQf MQual SQx
+ = 0 0 0 0
o = 9 2 1 0
u = 3 1 0 0
- = 6 6 0 2
none = 0 ---- 0 0
Blends
FM.C'
FM.FV
Contents
H = 1, 0
(H) = 0, 0
Hd = 0, 0
(Hd) = 0, 0
Hx = 1, 0
A = 8, 2
(A) = 0, 0
Ad = 1, 0
(Ad) = 0, 0
An = 5, 0
Art = 1, 0
Ay = 0, 0
Bl = 1, 0
Bt = 0, 0
Cg = 0, 0
Cl = 0, 0
Ex = 0, 0
Fd = 0, 0
Fi = 0, 0
Ge = 0, 0
Hh = 0, 0
Ls = 0, 1
Na = 0, 0
Sc = 0, 0
Sx = 0, 1
Xy = 0, 0
Idio = 0, 1
Determinants
FC:CF+C = 1 : 0
Pure C = 0
SumC’ : WSumC = 1 : 0.5
Afr = 0.38
S = 2
Blends:R = 2 : 18
CP = 0
AFFECT
R = 18 L = 1.00
-----------------------------------------------------------
EB = 1 : 0.5 EA = 1.5 EBPer = N/A
eb = 6 : 3 es = 9 D = -2
Adj es = 9 Adj D = -2
-----------------------------------------------------------
FM = 6 C’ = 1 T = 0
m = 0 V = 1 Y = 1
INTERPERSONAL
COP = 2 AG = 1
Food = 0
Isolate/R = 0.06
H : (H)+Hd+(Hd) = 1 : 0
(H)+(Hd):(A)+(Ad) = 0 : 0
H+A : Hd+Ad = 11 : 1
IDEATION
a:p = 5 : 2 Sum6 = 0
Ma:Mp = 1 : 0 Lvl-2 = 0
2AB+(Art+Ay) = 1 WSum6 = 0
M- = 0 M none = 0
MEDIATION PROCESSING SELF-PERCEPTION
P = 4
X+% = 0.50
F+% = 0.22
X-% = 0.33
S-% = 0.33
Xu% = 0.17
Zf = 13
Zd = -1.5
W : D : Dd = 7 : 10 : 1
W : M = 7 : 1
DQ+ = 9
DQv = 1
3r+(2)/R = 0.33
Fr+rF = 0
FD = 0
An+Xy = 5
MOR = 0
RATIOS, PERCENTAGES, AND DERIVATIONS
SCZI = 3
DEPI = 2
CDI = 3
S-CON = 3
HVI = No
OBS = No
Client Information
Client Name:
Ursula Oliva
Gender:
Female
Test Date:
11/03/2006
Client ID:
Date of Birth:
07/12/1973
Description:
S-Constellation
Special Scores
Lvl-1 Lvl-2
DV = 0 x1 0 x2
INC = 0 x2 0 x4
DR = 0 x3 0 x6
FAB = 0 x4 0 x7
ALOG = 0 x5
CON = 0 x7
Raw Sum6 = 0
Wgtd Sum6 = 0
AB = 0 CP = 0
AG = 1 MOR = 0
CFB = 0 PER = 1
COP = 2 PSV = 0
FV+VF+V+FD > 2
Col-Shd Blends > 0
Ego < .31 or > .44
MOR > 3
Zd > ±3.5
es > EA
CF + C > FC
X+% < .70
S > 3
P < 3 or > 8
Pure H < 2
R < 17
3 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
CONSTELLATIONS TABLE
NOTE: ‘*’ indicates a cutoff that has been adjusted for age norms.
S-Constellation (Suicide Potential) SCZI (Schizophrenia Index)
DEPI (Depression Index) CDI (Coping Deficit Index)
Positive if 4 or more conditions are true:
(EA [1.5] < 6) or (AdjD [-2] < 0)
(COP [2] < 2) and (AG [1] < 2)
(Weighted Sum C [0.5] < 2.5)
or (Afr [0.38] < 0.46)
(Passive [2] > Active + 1 [6])
or (Pure H [1] < 2)
(Sum T [0] > 1)
or (Isolate/R [0.06] > 0.24)
or (Food [0] > 0)
3 Total
HVI (Hypervigilance Index)
Positive if condition 1 is true and at least 4 of the others
are true:
(1) FT + TF + T [0] = 0
-----------------------------------------------------------------
(2) Zf [13] > 12
(3) Zd [-1.5] > +3.5
(4) S [2] > 3
(5) H + (H) + Hd + (Hd) [1] > 6
(6) (H) + (A) + (Hd) + (Ad) [0] > 3
(7) H + A : Hd + Ad [11:1] < 4 : 1
(8) Cg [0] > 3
OBS (Obsessive Style Index)
(1) Dd [1] > 3
(2) Zf [13] > 12
(3) Zd [-1.5] > +3.0
(4) Populars [4] > 7
(5) FQ+ [0] > 1
--------------------------------------------------------------------
Positive if one or more is true:
Conditions 1 to 5 are all true
Two or more of 1 to 4 are true and FQ+ [0] > 3
3 or more of 1 to 5 are true
and X+% [0.50] > 0.89
FQ+ [0] > 3 and X+% [0.50] > 0.89
Positive if 8 or more conditions are true:
NOTE: Applicable only for subjects over 14 years old.
FV+VF+V+FD [1] > 2
Col-Shd Blends [0] > 0
Ego [0.33] < .31 or > .44
MOR [0] > 3
Zd [-1.5] > ±3.5
es [9] > EA [1.5]
CF + C [0] > FC [1]
X+% [0.50] < .70
S [2] > 3
P [4] < 3 or > 8
Pure H [1] < 2
R [18] < 17
3 Total
Positive if 5 or more conditions are true:
(FV + VF + V [1] > 0) or (FD [0] > 2)
(Col-Shd Blends [0] > 0) or (S [2] > 2)
(3r + (2)/R [0.33] > 0.44 and Fr + rF [0] = 0)
or (3r + (2)/R [0.33] < 0.33)
(Afr [0.38] < 0.46) or (Blends [2] < 4)
(SumShading [3] > FM + m [6])
or (SumC’ [1] > 2)
(MOR [0] > 2) or (2xAB + Art + Ay [1] > 3)
(COP [2] < 2)
or ([Bt+2xCl+Ge+Ls+2xNa]/R [0.06] > 0.24)
2 Total
Positive if 4 or more conditions are true:
((X+% [0.50] < 0.61) and (S-% [0.33] < 0.41))
or (X+% [0.50] < 0.50)
X-% [0.33] > 0.29
(FQ- [6] FQu [3])
or (FQ- [6] > FQo [9] + FQ+ [0])
(Sum Level 2 Special Scores [0] > 1)
and (FAB2 [0] > 0)
(Raw Sum of 6 Special Scores [0] > 6) or
(Weighted Sum of 6 Special Scores [0] > 17)
(M- [0] > 1)
or (X-% [0.33] > 0.40)
3 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
2
RIAP™ Sequence of Scores Report
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
Client Information
Client Name:
vilma
Gender:
Female
Test Date:
11/09/2007
Client ID:
2
Date of Birth:
09/28/1976
Description:
Sequence of Scores
Card
Resp.
No
Location
and DQ
Loc.
No.
Determinant(s) and
Form Quality
(2)
Content(s) Pop
Z Score
Special Scores
I
1
Wo 1
Fo A P 1.0
2
Ddo 99
Fu Ad
II
3
Dd+ 99
F- An,Sx 3.0
III
4
Do 3
FCo A
5
Do 5
Mpu Hd
IV
6
W+ 1
FMpo A,An 4.0 FAB
V
7
Wo 1
Fo A P 1.0
8
Ddo 35
FYo Hd
9
Do 7
Fo A
VI
10
W+ 1
FMa- A,Ls 2.5
VII
11
D+ Fu An,Sx 1.0
VII
I
12
D+ 1
FMao 2
A P 3.0 COP
13
Do 1
FMpo A
IX
14
Do 11
FCu Bt
X
15
Do FCu 2
Bt
16
Do 9
FC- 2
Bt
17
Do 2
F- 2
A
18
Do 13
CF- 2
Bt
Summary of Approach
I : W.Dd VI : W
II : Dd VII : D
III : D.D VIII : D.D
IV : W IX : D
V : W.Dd.D X : D.D.D.D
2.1
RIAP™ Structural Summary
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
Zf = 7
ZSum = 15.5
Zest = 20.5
W = 4
(Wv = 0)
D = 11
Dd = 3
S = 0
Location Features
DQ
Single
M = 1
FM = 4
m = 0
FC = 4
CF = 1
C = 0
Cn = 0
FC’ = 0
C’F = 0
C’ = 0
FT = 0
TF = 0
T = 0
FV = 0
VF = 0
V = 0
FY = 1
YF = 0
Y = 0
Fr = 0
rF = 0
FD = 0
F = 7
(2) = 5
(FQ-)
+ = 5 (2)
o = 13 (3)
v/+ = 0 (0)
v = 0 (0)
Form Quality
FQx FQf MQual SQx
+ = 0 0 0 0
o = 8 3 0 0
u = 5 2 1 0
- = 5 2 0 0
none = 0 ---- 0 0
Blends
Contents
H = 0, 0
(H) = 0, 0
Hd = 2, 0
(Hd) = 0, 0
Hx = 0, 0
A = 9, 0
(A) = 0, 0
Ad = 1, 0
(Ad) = 0, 0
An = 2, 1
Art = 0, 0
Ay = 0, 0
Bl = 0, 0
Bt = 4, 0
Cg = 0, 0
Cl = 0, 0
Ex = 0, 0
Fd = 0, 0
Fi = 0, 0
Ge = 0, 0
Hh = 0, 0
Ls = 0, 1
Na = 0, 0
Sc = 0, 0
Sx = 0, 2
Xy = 0, 0
Idio = 0, 0
Determinants
FC:CF+C = 4 : 1
Pure C = 0
SumC’ : WSumC = 0 : 3.0
Afr = 0.64
S = 0
Blends:R = 0 : 18
CP = 0
AFFECT
R = 18 L = 0.64
-----------------------------------------------------------
EB = 1 : 3.0 EA = 4.0 EBPer = 3.0
eb = 4 : 1 es = 5 D = 0
Adj es = 5 Adj D = 0
-----------------------------------------------------------
FM = 4 C’ = 0 T = 0
m = 0 V = 0 Y = 1
INTERPERSONAL
COP = 1 AG = 0
Food = 0
Isolate/R = 0.28
H : (H)+Hd+(Hd) = 0 : 2
(H)+(Hd):(A)+(Ad) = 0 : 0
H+A : Hd+Ad = 9 : 3
IDEATION
a:p = 2 : 3 Sum6 = 1
Ma:Mp = 0 : 1 Lvl-2 = 0
2AB+(Art+Ay) = 0 WSum6 = 4
M- = 0 M none = 0
MEDIATION PROCESSING SELF-PERCEPTION
P = 3
X+% = 0.44
F+% = 0.43
X-% = 0.28
S-% = 0.00
Xu% = 0.28
Zf = 7
Zd = -5.0
W : D : Dd = 4 : 11 : 3
W : M = 4 : 1
DQ+ = 5
DQv = 0
3r+(2)/R = 0.28
Fr+rF = 0
FD = 0
An+Xy = 3
MOR = 0
RATIOS, PERCENTAGES, AND DERIVATIONS
SCZI = 2
DEPI = 3
CDI = 4
S-CON = 5
HVI = No
OBS = No
Client Information
Client Name:
vilma
Gender:
Female
Test Date:
11/09/2007
Client ID:
2
Date of Birth:
09/28/1976
Description:
S-Constellation
Special Scores
Lvl-1 Lvl-2
DV = 0 x1 0 x2
INC = 0 x2 0 x4
DR = 0 x3 0 x6
FAB = 1 x4 0 x7
ALOG = 0 x5
CON = 0 x7
Raw Sum6 = 1
Wgtd Sum6 = 4
AB = 0 CP = 0
AG = 0 MOR = 0
CFB = 0 PER = 0
COP = 1 PSV = 0
FV+VF+V+FD > 2
Col-Shd Blends > 0
Ego < .31 or > .44
MOR > 3
Zd > ±3.5
es > EA
CF + C > FC
X+% < .70
S > 3
P < 3 or > 8
Pure H < 2
R < 17
5 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
CONSTELLATIONS TABLE
3
NOTE: ‘*’ indicates a cutoff that has been adjusted for age norms.
S-Constellation (Suicide Potential) SCZI (Schizophrenia Index)
DEPI (Depression Index) CDI (Coping Deficit Index)
Positive if 4 or more conditions are true:
(EA [4.0] < 6) or (AdjD [0] < 0)
(COP [1] < 2) and (AG [0] < 2)
(Weighted Sum C [3.0] < 2.5)
or (Afr [0.64] < 0.46)
(Passive [3] > Active + 1 [3])
or (Pure H [0] < 2)
(Sum T [0] > 1)
or (Isolate/R [0.28] > 0.24)
or (Food [0] > 0)
4 Total
HVI (Hypervigilance Index)
Positive if condition 1 is true and at least 4 of the others
are true:
(1) FT + TF + T [0] = 0
-----------------------------------------------------------------
(2) Zf [7] > 12
(3) Zd [-5.0] > +3.5
(4) S [0] > 3
(5) H + (H) + Hd + (Hd) [2] > 6
(6) (H) + (A) + (Hd) + (Ad) [0] > 3
(7) H + A : Hd + Ad [9:3] < 4 : 1
(8) Cg [0] > 3
OBS (Obsessive Style Index)
(1) Dd [3] > 3
(2) Zf [7] > 12
(3) Zd [-5.0] > +3.0
(4) Populars [3] > 7
(5) FQ+ [0] > 1
--------------------------------------------------------------------
Positive if one or more is true:
Conditions 1 to 5 are all true
Two or more of 1 to 4 are true and FQ+ [0] > 3
3 or more of 1 to 5 are true
and X+% [0.44] > 0.89
FQ+ [0] > 3 and X+% [0.44] > 0.89
Positive if 8 or more conditions are true:
NOTE: Applicable only for subjects over 14 years old.
FV+VF+V+FD [0] > 2
Col-Shd Blends [0] > 0
Ego [0.28] < .31 or > .44
MOR [0] > 3
Zd [-5.0] > ±3.5
es [5] > EA [4.0]
CF + C [1] > FC [4]
X+% [0.44] < .70
S [0] > 3
P [3] < 3 or > 8
Pure H [0] < 2
R [18] < 17
5 Total
Positive if 5 or more conditions are true:
(FV + VF + V [0] > 0) or (FD [0] > 2)
(Col-Shd Blends [0] > 0) or (S [0] > 2)
(3r + (2)/R [0.28] > 0.44 and Fr + rF [0] = 0)
or (3r + (2)/R [0.28] < 0.33)
(Afr [0.64] < 0.46) or (Blends [0] < 4)
(SumShading [1] > FM + m [4])
or (SumC’ [0] > 2)
(MOR [0] > 2) or (2xAB + Art + Ay [0] > 3)
(COP [1] < 2)
or ([Bt+2xCl+Ge+Ls+2xNa]/R [0.28] > 0.24)
3 Total
Positive if 4 or more conditions are true:
((X+% [0.44] < 0.61) and (S-% [0.00] < 0.41))
or (X+% [0.44] < 0.50)
X-% [0.28] > 0.29
(FQ- [5] FQu [5])
or (FQ- [5] > FQo [8] + FQ+ [0])
(Sum Level 2 Special Scores [0] > 1)
and (FAB2 [0] > 0)
(Raw Sum of 6 Special Scores [1] > 6) or
(Weighted Sum of 6 Special Scores [4] > 17)
(M- [0] > 1)
or (X-% [0.28] > 0.40)
2 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
3
RIAP™ Sequence of Scores Report
Client Information
Client Name:
Lucia
Gender:
Female
Test Date:
11/13/2006
Client ID:
3
Date of Birth:
12/22/1973
Description:
Sequence of Scores
Card
Resp.
No
Location
and DQ
Loc.
No.
Determinant(s) and
Form Quality
(2)
Content(s) Pop
Z Score
Special Scores
I
1
Wo 1
F- An 1.0
2
Wo 1
C'Fo A P 1.0
II
3
Do 3
Fo An,Sx
4
Do 1
FMpo A P
III
5
Do FY- Ad
6
D+ 5
FMp- A,Bt 3.0
IV
7
Do 2
Fo A
8
Ddo 99
FYu A
V
9
Wo 1
FC'o A P 1.0
VI
10
Wo 1
FMpu A 2.5
VII
11
Do 8
Fu Na
12
Ddo 99
FMpu Ad AG
VII
I
13
Do 1
FMao A P AB
14
Ddo 23
FCu An
IX
15
Do 6
FC- An
X
16
W+ 1
FCo A,Na 5.5
Summary of Approach
I : W.W VI : W
II : D.D VII : D.Dd
III : D.D VIII : D.Dd
IV : D.Dd IX : D
V : W X : W
3.1
RIAP™ Structural Summary
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
Zf = 6
ZSum = 14.0
Zest = 17.0
W = 5
(Wv = 0)
D = 8
Dd = 3
S = 0
Location Features
DQ
Single
M = 0
FM = 5
m = 0
FC = 3
CF = 0
C = 0
Cn = 0
FC’ = 1
C’F = 1
C’ = 0
FT = 0
TF = 0
T = 0
FV = 0
VF = 0
V = 0
FY = 2
YF = 0
Y = 0
Fr = 0
rF = 0
FD = 0
F = 4
(2) = 0
(FQ-)
+ = 2 (1)
o = 14 (3)
v/+ = 0 (0)
v = 0 (0)
Form Quality
FQx FQf MQual SQx
+ = 0 0 0 0
o = 7 2 0 0
u = 5 1 0 0
- = 4 1 0 0
none = 0 ---- 0 0
Blends
Contents
H = 0, 0
(H) = 0, 0
Hd = 0, 0
(Hd) = 0, 0
Hx = 0, 0
A = 9, 0
(A) = 0, 0
Ad = 2, 0
(Ad) = 0, 0
An = 4, 0
Art = 0, 0
Ay = 0, 0
Bl = 0, 0
Bt = 0, 1
Cg = 0, 0
Cl = 0, 0
Ex = 0, 0
Fd = 0, 0
Fi = 0, 0
Ge = 0, 0
Hh = 0, 0
Ls = 0, 0
Na = 1, 1
Sc = 0, 0
Sx = 0, 1
Xy = 0, 0
Idio = 0, 0
Determinants
FC:CF+C = 3 : 0
Pure C = 0
SumC’ : WSumC = 2 : 1.5
Afr = 0.33
S = 0
Blends:R = 0 : 16
CP = 0
AFFECT
R = 16 L = 0.33
-----------------------------------------------------------
EB = 0 : 1.5 EA = 1.5 EBPer = N/A
eb = 5 : 4 es = 9 D = -2
Adj es = 8 Adj D = -2
-----------------------------------------------------------
FM = 5 C’ = 2 T = 0
m = 0 V = 0 Y = 2
INTERPERSONAL
COP = 0 AG = 1
Food = 0
Isolate/R = 0.31
H : (H)+Hd+(Hd) = 0 : 0
(H)+(Hd):(A)+(Ad) = 0 : 0
H+A : Hd+Ad = 9 : 2
IDEATION
a:p = 1 : 4 Sum6 = 0
Ma:Mp = 0 : 0 Lvl-2 = 0
2AB+(Art+Ay) = 2 WSum6 = 0
M- = 0 M none = 0
MEDIATION PROCESSING SELF-PERCEPTION
P = 4
X+% = 0.44
F+% = 0.50
X-% = 0.25
S-% = 0.00
Xu% = 0.31
Zf = 6
Zd = -3.0
W : D : Dd = 5 : 8 : 3
W : M = 5 : 0
DQ+ = 2
DQv = 0
3r+(2)/R = 0.00
Fr+rF = 0
FD = 0
An+Xy = 4
MOR = 0
RATIOS, PERCENTAGES, AND DERIVATIONS
SCZI = 1
DEPI = 3
CDI = 5
S-CON = 5
HVI = No
OBS = No
Client Information
Client Name:
Lucia
Gender:
Female
Test Date:
11/13/2006
Client ID:
3
Date of Birth:
12/22/1973
Description:
S-Constellation
Special Scores
Lvl-1 Lvl-2
DV = 0 x1 0 x2
INC = 0 x2 0 x4
DR = 0 x3 0 x6
FAB = 0 x4 0 x7
ALOG = 0 x5
CON = 0 x7
Raw Sum6 = 0
Wgtd Sum6 = 0
AB = 1 CP = 0
AG = 1 MOR = 0
CFB = 0 PER = 0
COP = 0 PSV = 0
FV+VF+V+FD > 2
Col-Shd Blends > 0
Ego < .31 or > .44
MOR > 3
Zd > ±3.5
es > EA
CF + C > FC
X+% < .70
S > 3
P < 3 or > 8
Pure H < 2
R < 17
5 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
CONSTELLATIONS TABLE
4
NOTE: ‘*’ indicates a cutoff that has been adjusted for age norms.
S-Constellation (Suicide Potential) SCZI (Schizophrenia Index)
DEPI (Depression Index) CDI (Coping Deficit Index)
Positive if 4 or more conditions are true:
(EA [1.5] < 6) or (AdjD [-2] < 0)
(COP [0] < 2) and (AG [1] < 2)
(Weighted Sum C [1.5] < 2.5)
or (Afr [0.33] < 0.46)
(Passive [4] > Active + 1 [2])
or (Pure H [0] < 2)
(Sum T [0] > 1)
or (Isolate/R [0.31] > 0.24)
or (Food [0] > 0)
5 Total
HVI (Hypervigilance Index)
Positive if condition 1 is true and at least 4 of the others
are true:
(1) FT + TF + T [0] = 0
-----------------------------------------------------------------
(2) Zf [6] > 12
(3) Zd [-3.0] > +3.5
(4) S [0] > 3
(5) H + (H) + Hd + (Hd) [0] > 6
(6) (H) + (A) + (Hd) + (Ad) [0] > 3
(7) H + A : Hd + Ad [9:2] < 4 : 1
(8) Cg [0] > 3
OBS (Obsessive Style Index)
(1) Dd [3] > 3
(2) Zf [6] > 12
(3) Zd [-3.0] > +3.0
(4) Populars [4] > 7
(5) FQ+ [0] > 1
--------------------------------------------------------------------
Positive if one or more is true:
Conditions 1 to 5 are all true
Two or more of 1 to 4 are true and FQ+ [0] > 3
3 or more of 1 to 5 are true
and X+% [0.44] > 0.89
FQ+ [0] > 3 and X+% [0.44] > 0.89
Positive if 8 or more conditions are true:
NOTE: Applicable only for subjects over 14 years old.
FV+VF+V+FD [0] > 2
Col-Shd Blends [0] > 0
Ego [0.00] < .31 or > .44
MOR [0] > 3
Zd [-3.0] > ±3.5
es [9] > EA [1.5]
CF + C [0] > FC [3]
X+% [0.44] < .70
S [0] > 3
P [4] < 3 or > 8
Pure H [0] < 2
R [16] < 17
5 Total
Positive if 5 or more conditions are true:
(FV + VF + V [0] > 0) or (FD [0] > 2)
(Col-Shd Blends [0] > 0) or (S [0] > 2)
(3r + (2)/R [0.00] > 0.44 and Fr + rF [0] = 0)
or (3r + (2)/R [0.00] < 0.33)
(Afr [0.33] < 0.46) or (Blends [0] < 4)
(SumShading [4] > FM + m [5])
or (SumC’ [2] > 2)
(MOR [0] > 2) or (2xAB + Art + Ay [2] > 3)
(COP [0] < 2)
or ([Bt+2xCl+Ge+Ls+2xNa]/R [0.31] > 0.24)
3 Total
Positive if 4 or more conditions are true:
((X+% [0.44] < 0.61) and (S-% [0.00] < 0.41))
or (X+% [0.44] < 0.50)
X-% [0.25] > 0.29
(FQ- [4] FQu [5])
or (FQ- [4] > FQo [7] + FQ+ [0])
(Sum Level 2 Special Scores [0] > 1)
and (FAB2 [0] > 0)
(Raw Sum of 6 Special Scores [0] > 6) or
(Weighted Sum of 6 Special Scores [0] > 17)
(M- [0] > 1)
or (X-% [0.25] > 0.40)
1 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
RIAP™ Sequence of Scores Report
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
Client Information
Client Name:
Marta
Gender:
Female
Test Date:
10/30/2006
Client ID:
4
Date of Birth:
01/23/1969
Description:
Sequence of Scores
Card
Resp.
No
Location
and DQ
Loc.
No.
Determinant(s) and
Form Quality
(2)
Content(s) Pop
Z Score
Special Scores
I
1
W+ 1
Mapu 2
(H) 4.0 COP
2
Wo 1
YF.C'u Xy 1.0
3
D+ 4
Mpu 2
H,Ay 4.0
II
4
Do 3
FCo Sx
III
5
Ddo 99
C'F.FYu Hd
6
Do 2
FMp.FCu A
IV
7
W+ 1
Fo (H),Cg 4.0
8
Ddo 99
Fu Ad
V
9
Wo 1
FMau A 1.0
10
Do 6
FMpo Ad
VI
11
Ddo 32
YF.C'- A
12
Do 3
Fu A
VII
13
Do 1
Fu 2
A,Art
VII
I
14
Dd+ 99
FCu Cg,Id 3.0
15
Do 1
FMao A P
IX
16
WSo 1
FC- Ay 5.5
17
D+ 3
Mpo H,Sc 4.5
X
18
DdSo 22
F- Id
19
Do 3
Fu Art
20
Dd+ 99
Fu An 4.0
Summary of Approach
I : W.W.D VI : Dd.D
II : D VII : D
III : Dd.D VIII : Dd.D
IV : W.Dd IX : WS.D
V : W.D X : DdS.D.Dd
4.1
RIAP™ Structural Summary
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
Zf = 9
ZSum = 31.0
Zest = 27.5
W = 5
(Wv = 0)
D = 9
Dd = 6
S = 2
Location Features
DQ
Single
M = 3
FM = 3
m = 0
FC = 3
CF = 0
C = 0
Cn = 0
FC’ = 0
C’F = 0
C’ = 0
FT = 0
TF = 0
T = 0
FV = 0
VF = 0
V = 0
FY = 0
YF = 0
Y = 0
Fr = 0
rF = 0
FD = 0
F = 7
(2) = 3
(FQ-)
+ = 6 (0)
o = 14 (3)
v/+ = 0 (0)
v = 0 (0)
Form Quality
FQx FQf MQual SQx
+ = 0 0 0 0
o = 5 1 1 0
u = 12 5 2 0
- = 3 1 0 2
none = 0 ---- 0 0
Blends
YF.C'
C'F.FY
FM.FC
YF.C'
Contents
H = 2, 0
(H) = 2, 0
Hd = 1, 0
(Hd) = 0, 0
Hx = 0, 0
A = 6, 0
(A) = 0, 0
Ad = 2, 0
(Ad) = 0, 0
An = 1, 0
Art = 1, 1
Ay = 1, 1
Bl = 0, 0
Bt = 0, 0
Cg = 1, 1
Cl = 0, 0
Ex = 0, 0
Fd = 0, 0
Fi = 0, 0
Ge = 0, 0
Hh = 0, 0
Ls = 0, 0
Na = 0, 0
Sc = 0, 1
Sx = 1, 0
Xy = 1, 0
Idio = 1, 1
Determinants
FC:CF+C = 4 : 0
Pure C = 0
SumC’ : WSumC = 3 : 2.0
Afr = 0.54
S = 2
Blends:R = 4 : 20
CP = 0
AFFECT
R = 20 L = 0.54
-----------------------------------------------------------
EB = 3 : 2.0 EA = 5.0 EBPer = N/A
eb = 4 : 6 es = 10 D = -1
Adj es = 8 Adj D = -1
-----------------------------------------------------------
FM = 4 C’ = 3 T = 0
m = 0 V = 0 Y = 3
INTERPERSONAL
COP = 1 AG = 0
Food = 0
Isolate/R = 0.00
H : (H)+Hd+(Hd) = 2 : 3
(H)+(Hd):(A)+(Ad) = 2 : 0
H+A : Hd+Ad = 10 : 3
IDEATION
a:p = 3 : 5 Sum6 = 0
Ma:Mp = 1 : 3 Lvl-2 = 0
2AB+(Art+Ay) = 4 WSum6 = 0
M- = 0 M none = 0
MEDIATION PROCESSING SELF-PERCEPTION
P = 1
X+% = 0.25
F+% = 0.14
X-% = 0.15
S-% = 0.67
Xu% = 0.60
Zf = 9
Zd = +3.5
W : D : Dd = 5 : 9 : 6
W : M = 5 : 3
DQ+ = 6
DQv = 0
3r+(2)/R = 0.15
Fr+rF = 0
FD = 0
An+Xy = 2
MOR = 0
RATIOS, PERCENTAGES, AND DERIVATIONS
SCZI = 1
DEPI = 4
CDI = 4
S-CON = 4
HVI = No
OBS = No
Client Information
Client Name:
Marta
Gender:
Female
Test Date:
10/30/2006
Client ID:
4
Date of Birth:
01/23/1969
Description:
S-Constellation
Special Scores
Lvl-1 Lvl-2
DV = 0 x1 0 x2
INC = 0 x2 0 x4
DR = 0 x3 0 x6
FAB = 0 x4 0 x7
ALOG = 0 x5
CON = 0 x7
Raw Sum6 = 0
Wgtd Sum6 = 0
AB = 0 CP = 0
AG = 0 MOR = 0
CFB = 0 PER = 0
COP = 1 PSV = 0
FV+VF+V+FD > 2
Col-Shd Blends > 0
Ego < .31 or > .44
MOR > 3
Zd > ±3.5
es > EA
CF + C > FC
X+% < .70
S > 3
P < 3 or > 8
Pure H < 2
R < 17
4 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
CONSTELLATIONS TABLE
5
NOTE: ‘*’ indicates a cutoff that has been adjusted for age norms.
S-Constellation (Suicide Potential) SCZI (Schizophrenia Index)
DEPI (Depression Index) CDI (Coping Deficit Index)
Positive if 4 or more conditions are true:
(EA [5.0] < 6) or (AdjD [-1] < 0)
(COP [1] < 2) and (AG [0] < 2)
(Weighted Sum C [2.0] < 2.5)
or (Afr [0.54] < 0.46)
(Passive [5] > Active + 1 [4])
or (Pure H [2] < 2)
(Sum T [0] > 1)
or (Isolate/R [0.00] > 0.24)
or (Food [0] > 0)
4 Total
HVI (Hypervigilance Index)
Positive if condition 1 is true and at least 4 of the others
are true:
(1) FT + TF + T [0] = 0
-----------------------------------------------------------------
(2) Zf [9] > 12
(3) Zd [3.5] > +3.5
(4) S [2] > 3
(5) H + (H) + Hd + (Hd) [5] > 6
(6) (H) + (A) + (Hd) + (Ad) [2] > 3
(7) H + A : Hd + Ad [10:3] < 4 : 1
(8) Cg [2] > 3
OBS (Obsessive Style Index)
(1) Dd [6] > 3
(2) Zf [9] > 12
(3) Zd [3.5] > +3.0
(4) Populars [1] > 7
(5) FQ+ [0] > 1
--------------------------------------------------------------------
Positive if one or more is true:
Conditions 1 to 5 are all true
Two or more of 1 to 4 are true and FQ+ [0] > 3
3 or more of 1 to 5 are true
and X+% [0.25] > 0.89
FQ+ [0] > 3 and X+% [0.25] > 0.89
Positive if 8 or more conditions are true:
NOTE: Applicable only for subjects over 14 years old.
FV+VF+V+FD [0] > 2
Col-Shd Blends [0] > 0
Ego [0.15] < .31 or > .44
MOR [0] > 3
Zd [3.5] > ±3.5
es [10] > EA [5.0]
CF + C [0] > FC [4]
X+% [0.25] < .70
S [2] > 3
P [1] < 3 or > 8
Pure H [2] < 2
R [20] < 17
4 Total
Positive if 5 or more conditions are true:
(FV + VF + V [0] > 0) or (FD [0] > 2)
(Col-Shd Blends [0] > 0) or (S [2] > 2)
(3r + (2)/R [0.15] > 0.44 and Fr + rF [0] = 0)
or (3r + (2)/R [0.15] < 0.33)
(Afr [0.54] < 0.46) or (Blends [4] < 4)
(SumShading [6] > FM + m [4])
or (SumC’ [3] > 2)
(MOR [0] > 2) or (2xAB + Art + Ay [4] > 3)
(COP [1] < 2)
or ([Bt+2xCl+Ge+Ls+2xNa]/R [0.00] > 0.24)
4 Total
Positive if 4 or more conditions are true:
((X+% [0.25] < 0.61) and (S-% [0.67] < 0.41))
or (X+% [0.25] < 0.50)
X-% [0.15] > 0.29
(FQ- [3] FQu [12])
or (FQ- [3] > FQo [5] + FQ+ [0])
(Sum Level 2 Special Scores [0] > 1)
and (FAB2 [0] > 0)
(Raw Sum of 6 Special Scores [0] > 6) or
(Weighted Sum of 6 Special Scores [0] > 17)
(M- [0] > 1)
or (X-% [0.15] > 0.40)
1 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
RIAP™ Sequence of Scores Report
Client Information
Client Name:
Paula
Gender:
Female
Test Date:
11/06/2006
Client ID:
5
Date of Birth:
08/07/1970
Description:
Sequence of Scores
Card
Resp.
No
Location
and DQ
Loc.
No.
Determinant(s) and
Form Quality
(2)
Content(s) Pop
Z Score
Special Scores
I
1
W+ 1
Mpu 2
(H) 4.0 COP
2
DdSo 30
FC'o Hd AB
3
Wo 1
FC'o A 1.0
II
4
W+ 1
FY.FMau 2
A 4.5
5
Do 3
Fo A
6
Do 6
F- An
III
7
Do 2
Mao 2
H
8
D+ 9
Mpo 2
H,Cg P 4.0 INC
IV
9
Wo 1
Mpo A 2.0 AB
V
10
Wo 1
FC'o A P 1.0
VI
11
Do 4
Mau Hd
12
Do 1
Fo Ad
VII
13
Do 2
FMpo A
14
Ddo 99
FC'u Ad
VII
I
15
Do 2
FCo A
16
Do 1
Fo A P
IX
17
Ddo 99
FY- H
18
D+ 1
Mpo H,Sc,Cg 2.5
X
19
Do 12
CFo 2
Bt
20
Do 15
FMpo 2
A
21
Do 4
FCo A
22
Do 7
FCo A
23
Do 9
Fu 2
A
Summary of Approach
I : W.DdS.W VI : D.D
II : W.D.D VII : D.Dd
III : D.D VIII : D.D
IV : W IX : Dd.D
V : W X : D.D.D.D.D
5.1
RIAP™ Structural Summary
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
Zf = 7
ZSum = 19.0
Zest = 20.5
W = 5
(Wv = 0)
D = 15
Dd = 3
S = 1
Location Features
DQ
Single
M = 6
FM = 2
m = 0
FC = 3
CF = 1
C = 0
Cn = 0
FC’ = 4
C’F = 0
C’ = 0
FT = 0
TF = 0
T = 0
FV = 0
VF = 0
V = 0
FY = 1
YF = 0
Y = 0
Fr = 0
rF = 0
FD = 0
F = 5
(2) = 7
(FQ-)
+ = 4 (0)
o = 19 (2)
v/+ = 0 (0)
v = 0 (0)
Form Quality
FQx FQf MQual SQx
+ = 0 0 0 0
o = 16 3 4 1
u = 5 1 2 0
- = 2 1 0 0
none = 0 ---- 0 0
Blends
FY.FM
Contents
H = 4, 0
(H) = 1, 0
Hd = 2, 0
(Hd) = 0, 0
Hx = 0, 0
A = 12, 0
(A) = 0, 0
Ad = 2, 0
(Ad) = 0, 0
An = 1, 0
Art = 0, 0
Ay = 0, 0
Bl = 0, 0
Bt = 1, 0
Cg = 0, 2
Cl = 0, 0
Ex = 0, 0
Fd = 0, 0
Fi = 0, 0
Ge = 0, 0
Hh = 0, 0
Ls = 0, 0
Na = 0, 0
Sc = 0, 1
Sx = 0, 0
Xy = 0, 0
Idio = 0, 0
Determinants
FC:CF+C = 3 : 1
Pure C = 0
SumC’ : WSumC = 4 : 2.5
Afr = 0.64
S = 1
Blends:R = 1 : 23
CP = 0
AFFECT
R = 23 L = 0.28
-----------------------------------------------------------
EB = 6 : 2.5 EA = 8.5 EBPer = 2.4
eb = 3 : 6 es = 9 D = 0
Adj es = 8 Adj D = 0
-----------------------------------------------------------
FM = 3 C’ = 4 T = 0
m = 0 V = 0 Y = 2
INTERPERSONAL
COP = 1 AG = 0
Food = 0
Isolate/R = 0.04
H : (H)+Hd+(Hd) = 4 : 3
(H)+(Hd):(A)+(Ad) = 1 : 0
H+A : Hd+Ad = 17 : 4
IDEATION
a:p = 3 : 6 Sum6 = 1
Ma:Mp = 2 : 4 Lvl-2 = 0
2AB+(Art+Ay) = 4 WSum6 = 2
M- = 0 M none = 0
MEDIATION PROCESSING SELF-PERCEPTION
P = 3
X+% = 0.70
F+% = 0.60
X-% = 0.09
S-% = 0.00
Xu% = 0.22
Zf = 7
Zd = -1.5
W : D : Dd = 5 : 15 : 3
W : M = 5 : 6
DQ+ = 4
DQv = 0
3r+(2)/R = 0.30
Fr+rF = 0
FD = 0
An+Xy = 1
MOR = 0
RATIOS, PERCENTAGES, AND DERIVATIONS
SCZI = 0
DEPI = 5
CDI = 2
S-CON = 2
HVI = No
OBS = No
Client Information
Client Name:
Paula
Gender:
Female
Test Date:
11/06/2006
Client ID:
5
Date of Birth:
08/07/1970
Description:
S-Constellation
Special Scores
Lvl-1 Lvl-2
DV = 0 x1 0 x2
INC = 1 x2 0 x4
DR = 0 x3 0 x6
FAB = 0 x4 0 x7
ALOG = 0 x5
CON = 0 x7
Raw Sum6 = 1
Wgtd Sum6 = 2
AB = 2 CP = 0
AG = 0 MOR = 0
CFB = 0 PER = 0
COP = 1 PSV = 0
FV+VF+V+FD > 2
Col-Shd Blends > 0
Ego < .31 or > .44
MOR > 3
Zd > ±3.5
es > EA
CF + C > FC
X+% < .70
S > 3
P < 3 or > 8
Pure H < 2
R < 17
2 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
CONSTELLATIONS TABLE
6
NOTE: ‘*’ indicates a cutoff that has been adjusted for age norms.
S-Constellation (Suicide Potential) SCZI (Schizophrenia Index)
DEPI (Depression Index) CDI (Coping Deficit Index)
Positive if 4 or more conditions are true:
(EA [8.5] < 6) or (AdjD [0] < 0)
(COP [1] < 2) and (AG [0] < 2)
(Weighted Sum C [2.5] < 2.5)
or (Afr [0.64] < 0.46)
(Passive [6] > Active + 1 [4])
or (Pure H [4] < 2)
(Sum T [0] > 1)
or (Isolate/R [0.04] > 0.24)
or (Food [0] > 0)
2 Total
HVI (Hypervigilance Index)
Positive if condition 1 is true and at least 4 of the others
are true:
(1) FT + TF + T [0] = 0
-----------------------------------------------------------------
(2) Zf [7] > 12
(3) Zd [-1.5] > +3.5
(4) S [1] > 3
(5) H + (H) + Hd + (Hd) [7] > 6
(6) (H) + (A) + (Hd) + (Ad) [1] > 3
(7) H + A : Hd + Ad [17:4] < 4 : 1
(8) Cg [2] > 3
OBS (Obsessive Style Index)
(1) Dd [3] > 3
(2) Zf [7] > 12
(3) Zd [-1.5] > +3.0
(4) Populars [3] > 7
(5) FQ+ [0] > 1
--------------------------------------------------------------------
Positive if one or more is true:
Conditions 1 to 5 are all true
Two or more of 1 to 4 are true and FQ+ [0] > 3
3 or more of 1 to 5 are true
and X+% [0.70] > 0.89
FQ+ [0] > 3 and X+% [0.70] > 0.89
Positive if 8 or more conditions are true:
NOTE: Applicable only for subjects over 14 years old.
FV+VF+V+FD [0] > 2
Col-Shd Blends [0] > 0
Ego [0.30] < .31 or > .44
MOR [0] > 3
Zd [-1.5] > ±3.5
es [9] > EA [8.5]
CF + C [1] > FC [3]
X+% [0.70] < .70
S [1] > 3
P [3] < 3 or > 8
Pure H [4] < 2
R [23] < 17
2 Total
Positive if 5 or more conditions are true:
(FV + VF + V [0] > 0) or (FD [0] > 2)
(Col-Shd Blends [0] > 0) or (S [1] > 2)
(3r + (2)/R [0.30] > 0.44 and Fr + rF [0] = 0)
or (3r + (2)/R [0.30] < 0.33)
(Afr [0.64] < 0.46) or (Blends [1] < 4)
(SumShading [6] > FM + m [3])
or (SumC’ [4] > 2)
(MOR [0] > 2) or (2xAB + Art + Ay [4] > 3)
(COP [1] < 2)
or ([Bt+2xCl+Ge+Ls+2xNa]/R [0.04] > 0.24)
5 Total
Positive if 4 or more conditions are true:
((X+% [0.70] < 0.61) and (S-% [0.00] < 0.41))
or (X+% [0.70] < 0.50)
X-% [0.09] > 0.29
(FQ- [2] FQu [5])
or (FQ- [2] > FQo [16] + FQ+ [0])
(Sum Level 2 Special Scores [0] > 1)
and (FAB2 [0] > 0)
(Raw Sum of 6 Special Scores [1] > 6) or
(Weighted Sum of 6 Special Scores [2] > 17)
(M- [0] > 1)
or (X-% [0.09] > 0.40)
0 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
RIAP™ Sequence of Scores Report
Client Information
Client Name:
karen
Gender:
Female
Test Date:
11/14/2006
Client ID:
6
Date of Birth:
05/11/1970
Description:
Sequence of Scores
Card
Resp.
No
Location
and DQ
Loc.
No.
Determinant(s) and
Form Quality
(2)
Content(s) Pop
Z Score
Special Scores
I
1
DdSo 26
FC'- 2
An
2
WSo 1
Fo A P 3.5 MOR
3
Wo 1
Mpo (Hd) 1.0 AB
II
4
W+ 1
Mpo 2
H,Cg 4.5
III
5
D+ 1
Mao 2
H,Cg,Id P 3.0 COP
6
Do 3
CF- An INC
IV
7
Wo 1
C'Fu (H) P 2.0 MOR
8
Do 3
FYu Ad
V
9
Wo 1
FMao A P 1.0
10
Do 9
Ma- Hd
11
D+ FMao 2
A 2.5 FAB
VI
12
Wo 1
Fo Ad P 2.5
VII
13
WSv/+
1
Fu Ge,Na 4.0
VII
I
14
W+ 1
FMao 2
A,Ls P 4.5
IX
15
Do 9
Fu Bt
16
Ddo 21
Mao 2
Hd
X
17
Do 7
FCo 2
A
18
Do 4
FMpu 2
A
19
Do 2
FCu 2
A
20
D+ 11
FMao 2
A,Fd 4.0
21
Ddo 99
Fo Sc
22
Do 12
FCo 2
Bt
23
Do 15
FCo 2
Bt
24
Do 9
F- An
Summary of Approach
I : DdS.WS.W VI : W
II : W VII : WS
III : D.D VIII : W
IV : W.D IX : D.Dd
V : W.D.D X : D.D.D.D.Dd.D.D.D
6.1
RIAP™ Structural Summary
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
Zf = 11
ZSum = 32.5
Zest = 34.5
W = 8
(Wv = 0)
D = 13
Dd = 3
S = 3
Location Features
DQ
Single
M = 5
FM = 5
m = 0
FC = 4
CF = 1
C = 0
Cn = 0
FC’ = 1
C’F = 1
C’ = 0
FT = 0
TF = 0
T = 0
FV = 0
VF = 0
V = 0
FY = 1
YF = 0
Y = 0
Fr = 0
rF = 0
FD = 0
F = 6
(2) = 12
(FQ-)
+ = 5 (0)
o = 18 (4)
v/+ = 1 (0)
v = 0 (0)
Form Quality
FQx FQf MQual SQx
+ = 0 0 0 0
o = 14 3 4 1
u = 6 2 0 1
- = 4 1 1 1
none = 0 ---- 0 0
Blends
Contents
H = 2, 0
(H) = 1, 0
Hd = 2, 0
(Hd) = 1, 0
Hx = 0, 0
A = 8, 0
(A) = 0, 0
Ad = 2, 0
(Ad) = 0, 0
An = 3, 0
Art = 0, 0
Ay = 0, 0
Bl = 0, 0
Bt = 3, 0
Cg = 0, 2
Cl = 0, 0
Ex = 0, 0
Fd = 0, 1
Fi = 0, 0
Ge = 1, 0
Hh = 0, 0
Ls = 0, 1
Na = 0, 1
Sc = 1, 0
Sx = 0, 0
Xy = 0, 0
Idio = 0, 1
Determinants
FC:CF+C = 4 : 1
Pure C = 0
SumC’ : WSumC = 2 : 3.0
Afr = 0.85
S = 3
Blends:R = 0 : 24
CP = 0
AFFECT
R = 24 L = 0.33
-----------------------------------------------------------
EB = 5 : 3.0 EA = 8.0 EBPer = 1.7
eb = 5 : 3 es = 8 D = 0
Adj es = 8 Adj D = 0
-----------------------------------------------------------
FM = 5 C’ = 2 T = 0
m = 0 V = 0 Y = 1
INTERPERSONAL
COP = 1 AG = 0
Food = 1
Isolate/R = 0.29
H : (H)+Hd+(Hd) = 2 : 4
(H)+(Hd):(A)+(Ad) = 2 : 0
H+A : Hd+Ad = 11 : 5
IDEATION
a:p = 7 : 3 Sum6 = 2
Ma:Mp = 3 : 2 Lvl-2 = 0
2AB+(Art+Ay) = 2 WSum6 = 6
M- = 1 M none = 0
MEDIATION PROCESSING SELF-PERCEPTION
P = 6
X+% = 0.58
F+% = 0.50
X-% = 0.17
S-% = 0.25
Xu% = 0.25
Zf = 11
Zd = -2.0
W : D : Dd = 8 : 13 : 3
W : M = 8 : 5
DQ+ = 5
DQv = 0
3r+(2)/R = 0.50
Fr+rF = 0
FD = 0
An+Xy = 3
MOR = 2
RATIOS, PERCENTAGES, AND DERIVATIONS
SCZI = 1
DEPI = 4
CDI = 2
S-CON = 2
HVI = No
OBS = No
Client Information
Client Name:
karen
Gender:
Female
Test Date:
11/14/2006
Client ID:
6
Date of Birth:
05/11/1970
Description:
S-Constellation
Special Scores
Lvl-1 Lvl-2
DV = 0 x1 0 x2
INC = 1 x2 0 x4
DR = 0 x3 0 x6
FAB = 1 x4 0 x7
ALOG = 0 x5
CON = 0 x7
Raw Sum6 = 2
Wgtd Sum6 = 6
AB = 1 CP = 0
AG = 0 MOR = 2
CFB = 0 PER = 0
COP = 1 PSV = 0
FV+VF+V+FD > 2
Col-Shd Blends > 0
Ego < .31 or > .44
MOR > 3
Zd > ±3.5
es > EA
CF + C > FC
X+% < .70
S > 3
P < 3 or > 8
Pure H < 2
R < 17
2 Total
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CONSTELLATIONS TABLE
7
NOTE: ‘*’ indicates a cutoff that has been adjusted for age norms.
S-Constellation (Suicide Potential) SCZI (Schizophrenia Index)
DEPI (Depression Index) CDI (Coping Deficit Index)
Positive if 4 or more conditions are true:
(EA [8.0] < 6) or (AdjD [0] < 0)
(COP [1] < 2) and (AG [0] < 2)
(Weighted Sum C [3.0] < 2.5)
or (Afr [0.85] < 0.46)
(Passive [3] > Active + 1 [8])
or (Pure H [2] < 2)
(Sum T [0] > 1)
or (Isolate/R [0.29] > 0.24)
or (Food [1] > 0)
2 Total
HVI (Hypervigilance Index)
Positive if condition 1 is true and at least 4 of the others
are true:
(1) FT + TF + T [0] = 0
-----------------------------------------------------------------
(2) Zf [11] > 12
(3) Zd [-2.0] > +3.5
(4) S [3] > 3
(5) H + (H) + Hd + (Hd) [6] > 6
(6) (H) + (A) + (Hd) + (Ad) [2] > 3
(7) H + A : Hd + Ad [11:5] < 4 : 1
(8) Cg [2] > 3
OBS (Obsessive Style Index)
(1) Dd [3] > 3
(2) Zf [11] > 12
(3) Zd [-2.0] > +3.0
(4) Populars [6] > 7
(5) FQ+ [0] > 1
--------------------------------------------------------------------
Positive if one or more is true:
Conditions 1 to 5 are all true
Two or more of 1 to 4 are true and FQ+ [0] > 3
3 or more of 1 to 5 are true
and X+% [0.58] > 0.89
FQ+ [0] > 3 and X+% [0.58] > 0.89
Positive if 8 or more conditions are true:
NOTE: Applicable only for subjects over 14 years old.
FV+VF+V+FD [0] > 2
Col-Shd Blends [0] > 0
Ego [0.50] < .31 or > .44
MOR [2] > 3
Zd [-2.0] > ±3.5
es [8] > EA [8.0]
CF + C [1] > FC [4]
X+% [0.58] < .70
S [3] > 3
P [6] < 3 or > 8
Pure H [2] < 2
R [24] < 17
2 Total
Positive if 5 or more conditions are true:
(FV + VF + V [0] > 0) or (FD [0] > 2)
(Col-Shd Blends [0] > 0) or (S [3] > 2)
(3r + (2)/R [0.50] > 0.44 and Fr + rF [0] = 0)
or (3r + (2)/R [0.50] < 0.33)
(Afr [0.85] < 0.46) or (Blends [0] < 4)
(SumShading [3] > FM + m [5])
or (SumC’ [2] > 2)
(MOR [2] > 2) or (2xAB + Art + Ay [2] > 3)
(COP [1] < 2)
or ([Bt+2xCl+Ge+Ls+2xNa]/R [0.29] > 0.24)
4 Total
Positive if 4 or more conditions are true:
((X+% [0.58] < 0.61) and (S-% [0.25] < 0.41))
or (X+% [0.58] < 0.50)
X-% [0.17] > 0.29
(FQ- [4] FQu [6])
or (FQ- [4] > FQo [14] + FQ+ [0])
(Sum Level 2 Special Scores [0] > 1)
and (FAB2 [0] > 0)
(Raw Sum of 6 Special Scores [2] > 6) or
(Weighted Sum of 6 Special Scores [6] > 17)
(M- [1] > 1)
or (X-% [0.17] > 0.40)
1 Total
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RIAP™ Sequence of Scores Report
Client Information
Client Name:
KArina
Gender:
Female
Test Date:
11/09/2006
Client ID:
7
Date of Birth:
05/24/1974
Description:
Sequence of Scores
Card
Resp.
No
Location
and DQ
Loc.
No.
Determinant(s) and
Form Quality
(2)
Content(s) Pop
Z Score
Special Scores
I
1
Wo 1
FMp.C'o A P 1.0
2
Ddo 99
FC'u A
II
3
Do 3
FC- An PER
4
Wo 1
FMa.rFo A,Na P 4.5
III
5
Do 3
FYo A
6
Dv 2
CFo Bl
7
Do 7
F- Ad
8
Ddv/+ 99
C'.FV- Ls 3.0
IV
9
Wo 1
TF- (H) P 2.0
10
DdSv/
+
99
F- Sc,Art 5.0
V
11
Wo 1
FMa.ma.C'o A P 1.0
12
Ddo 99
FC'o A MOR
13
D+ 7
FMau 2
A 2.5
VI
14
Ddo 99
FVo Hd
15
Do 3
Mpu H INC
VII
16
W+ 1
Fr.Mao H,Id P 2.5
17
Wo 1
Mpo H 2.5
VII
I
18
Wo 1
FC- An,Art 4.5
19
DdSo 99
Fu An
20
Do 4
FCu Sc
21
Do 1
FMa- A P AG
22
Do 1
FMp.FC- A
IX
23
W+ 1
FC.FYo (H),Cg 5.5
24
D+ 1
Mpo (Hd),Art,Hh 4.5
25
Do 3
CFu 2
A
26
Do 8
F- An,Sx
X
27
W+ 1
FCu A,Bt 5.5
Summary of Approach
I : W.Dd VI : Dd.D
II : D.W VII : W.W
III : D.D.D.Dd VIII : W.DdS.D.D.D
IV : W.DdS IX : W.D.D.D
V : W.Dd.D X : W
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7.2
RIAP™ Structural Summary
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
Zf = 13
ZSum = 44.0
Zest = 41.5
W = 9
(Wv = 0)
D = 12
Dd = 6
S = 2
Location Features
DQ
Single
M = 3
FM = 2
m = 0
FC = 4
CF = 2
C = 0
Cn = 0
FC’ = 2
C’F = 0
C’ = 0
FT = 0
TF = 1
T = 0
FV = 1
VF = 0
V = 0
FY = 1
YF = 0
Y = 0
Fr = 0
rF = 0
FD = 0
F = 4
(2) = 2
(FQ-)
+ = 5 (0)
o = 19 (7)
v/+ = 2 (2)
v = 1 (0)
Form Quality
FQx FQf MQual SQx
+ = 0 0 0 0
o = 11 0 3 0
u = 7 1 1 1
- = 9 3 0 1
none = 0 ---- 0 0
Blends
FM.C'
FM.rF
C'.FV
FM.m.C'
Fr.M
FM.FC
FC.FY
Contents
H = 3, 0
(H) = 2, 0
Hd = 1, 0
(Hd) = 1, 0
Hx = 0, 0
A = 11, 0
(A) = 0, 0
Ad = 1, 0
(Ad) = 0, 0
An = 4, 0
Art = 0, 3
Ay = 0, 0
Bl = 1, 0
Bt = 0, 1
Cg = 0, 1
Cl = 0, 0
Ex = 0, 0
Fd = 0, 0
Fi = 0, 0
Ge = 0, 0
Hh = 0, 1
Ls = 1, 0
Na = 0, 1
Sc = 2, 0
Sx = 0, 1
Xy = 0, 0
Idio = 0, 1
Determinants
FC:CF+C = 6 : 2
Pure C = 0
SumC’ : WSumC = 5 : 5.0
Afr = 0.59
S = 2
Blends:R = 7 : 27
CP = 0
AFFECT
R = 27 L = 0.17
-----------------------------------------------------------
EB = 4 : 5.0 EA = 9.0 EBPer = N/A
eb = 7 : 10 es = 17 D = -3
Adj es = 16 Adj D = -2
-----------------------------------------------------------
FM = 6 C’ = 5 T = 1
m = 1 V = 2 Y = 2
INTERPERSONAL
COP = 0 AG = 1
Food = 0
Isolate/R = 0.15
H : (H)+Hd+(Hd) = 3 : 4
(H)+(Hd):(A)+(Ad) = 3 : 0
H+A : Hd+Ad = 16 : 3
IDEATION
a:p = 6 : 5 Sum6 = 1
Ma:Mp = 1 : 3 Lvl-2 = 0
2AB+(Art+Ay) = 3 WSum6 = 2
M- = 0 M none = 0
MEDIATION PROCESSING SELF-PERCEPTION
P = 6
X+% = 0.41
F+% = 0.00
X-% = 0.33
S-% = 0.11
Xu% = 0.26
Zf = 13
Zd = +2.5
W : D : Dd = 9 : 12 : 6
W : M = 9 : 4
DQ+ = 5
DQv = 1
3r+(2)/R = 0.30
Fr+rF = 2
FD = 0
An+Xy = 4
MOR = 1
RATIOS, PERCENTAGES, AND DERIVATIONS
SCZI = 3
DEPI = 5
CDI = 2
S-CON = 4
HVI = No
OBS = No
Client Information
Client Name:
Karina
Gender:
Female
Test Date:
11/09/2006
Client ID:
7
Date of Birth:
05/24/1974
Description:
S-Constellation
Special Scores
Lvl-1 Lvl-2
DV = 0 x1 0 x2
INC = 1 x2 0 x4
DR = 0 x3 0 x6
FAB = 0 x4 0 x7
ALOG = 0 x5
CON = 0 x7
Raw Sum6 = 1
Wgtd Sum6 = 2
AB = 0 CP = 0
AG = 1 MOR = 1
CFB = 0 PER = 1
COP = 0 PSV = 0
FV+VF+V+FD > 2
Col-Shd Blends > 0
Ego < .31 or > .44
MOR > 3
Zd > ±3.5
es > EA
CF + C > FC
X+% < .70
S > 3
P < 3 or > 8
Pure H < 2
R < 17
4 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
CONSTELLATIONS TABLE
8
NOTE: ‘*’ indicates a cutoff that has been adjusted for age norms.
S-Constellation (Suicide Potential) SCZI (Schizophrenia Index)
DEPI (Depression Index) CDI (Coping Deficit Index)
Positive if 4 or more conditions are true:
(EA [9.0] < 6) or (AdjD [-2] < 0)
(COP [0] < 2) and (AG [1] < 2)
(Weighted Sum C [5.0] < 2.5)
or (Afr [0.59] < 0.46)
(Passive [5] > Active + 1 [7])
or (Pure H [3] < 2)
(Sum T [1] > 1)
or (Isolate/R [0.15] > 0.24)
or (Food [0] > 0)
2 Total
HVI (Hypervigilance Index)
Positive if condition 1 is true and at least 4 of the others
are true:
(1) FT + TF + T [1] = 0
-----------------------------------------------------------------
(2) Zf [13] > 12
(3) Zd [2.5] > +3.5
(4) S [2] > 3
(5) H + (H) + Hd + (Hd) [7] > 6
(6) (H) + (A) + (Hd) + (Ad) [3] > 3
(7) H + A : Hd + Ad [16:3] < 4 : 1
(8) Cg [1] > 3
OBS (Obsessive Style Index)
(1) Dd [6] > 3
(2) Zf [13] > 12
(3) Zd [2.5] > +3.0
(4) Populars [6] > 7
(5) FQ+ [0] > 1
--------------------------------------------------------------------
Positive if one or more is true:
Conditions 1 to 5 are all true
Two or more of 1 to 4 are true and FQ+ [0] > 3
3 or more of 1 to 5 are true
and X+% [0.41] > 0.89
FQ+ [0] > 3 and X+% [0.41] > 0.89
Positive if 8 or more conditions are true:
NOTE: Applicable only for subjects over 14 years old.
FV+VF+V+FD [2] > 2
Col-Shd Blends [1] > 0
Ego [0.30] < .31 or > .44
MOR [1] > 3
Zd [2.5] > ±3.5
es [17] > EA [9.0]
CF + C [2] > FC [6]
X+% [0.41] < .70
S [2] > 3
P [6] < 3 or > 8
Pure H [3] < 2
R [27] < 17
4 Total
Positive if 5 or more conditions are true:
(FV + VF + V [2] > 0) or (FD [0] > 2)
(Col-Shd Blends [1] > 0) or (S [2] > 2)
(3r + (2)/R [0.30] > 0.44 and Fr + rF [2] = 0)
or (3r + (2)/R [0.30] < 0.33)
(Afr [0.59] < 0.46) or (Blends [7] < 4)
(SumShading [10] > FM + m [7])
or (SumC’ [5] > 2)
(MOR [1] > 2) or (2xAB + Art + Ay [3] > 3)
(COP [0] < 2)
or ([Bt+2xCl+Ge+Ls+2xNa]/R [0.15] > 0.24)
5 Total
Positive if 4 or more conditions are true:
((X+% [0.41] < 0.61) and (S-% [0.11] < 0.41))
or (X+% [0.41] < 0.50)
X-% [0.33] > 0.29
(FQ- [9] FQu [7])
or (FQ- [9] > FQo [11] + FQ+ [0])
(Sum Level 2 Special Scores [0] > 1)
and (FAB2 [0] > 0)
(Raw Sum of 6 Special Scores [1] > 6) or
(Weighted Sum of 6 Special Scores [2] > 17)
(M- [0] > 1)
or (X-% [0.33] > 0.40)
3 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
RIAP™ Sequence of Scores Report
Client Information
Client Name:
Veronica
Gender:
Female
Test Date:
10/26/2006
Client ID:
9
Date of Birth:
01/12/1971
Description:
Sequence of Scores
Card
Resp.
No
Location
and DQ
Loc.
No.
Determinant(s) and
Form Quality
(2)
Content(s) Pop
Z Score
Special Scores
I
1
Wo 1
Fo Ad 1.0
2
W+ 1
Mpo 2
(H) 4.0
3
Do 7
FMpu Ad
4
DdSo 30
FC'- Id
II
5
D+ 1
Mao 2
A 3.0 COP, FAB
6
Do 3
Fo An,Sx
III
7
D+ 1
Mao 2
H,Id P 3.0 COP
8
Do 3
Fo A
9
Do 2
Fo 2
A
IV
10
W+ 1
Mpo Bt,(H) P 4.0 AG
11
D+ 1
Fo Ad,Id 4.0
V
12
Wo 1
Fo A P 1.0
VI
13
W+ 1
FMa- A,Id 2.5
14
Do 4
Fo Hd
VII
15
W+ 1
Mpo 2
(H),Ls P 2.5
16
Ddo 99
Fo Sx
17
Ddo 99
FMau 2
Ad
VII
I
18
W+ 1
FMao 2
A,Ls P 4.5
19
Do 2
F- Sx
20
DSo 3
F- Ad
IX
21
D+ 1
FCo (H),Cg P 2.5
22
Ddo 35
Fu Sx
X
23
Do 12
FC'- 2
Hd
24
Do 1
Fo 2
A P
25
Do 3
F- Ad
26
Do 2
F- A,Art
27
D+ 11
FMpo 2
A 4.0 COP
Summary of Approach
I : W.W.D.DdS VI : W.D
II : D.D VII : W.Dd.Dd
III : D.D.D VIII : W.D.DS
IV : W.D IX : D.Dd
V : W X : D.D.D.D.D
8.1
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
RIAP™ Structural Summary
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
Zf = 12
ZSum = 36.0
Zest = 38.0
W = 7
(Wv = 0)
D = 16
Dd = 4
S = 2
Location Features
DQ
Single
M = 5
FM = 5
m = 0
FC = 1
CF = 0
C = 0
Cn = 0
FC’ = 2
C’F = 0
C’ = 0
FT = 0
TF = 0
T = 0
FV = 0
VF = 0
V = 0
FY = 0
YF = 0
Y = 0
Fr = 0
rF = 0
FD = 0
F = 14
(2) = 10
(FQ-)
+ = 10 (1)
o = 17 (6)
v/+ = 0 (0)
v = 0 (0)
Form Quality
FQx FQf MQual SQx
+ = 0 0 0 0
o = 17 9 5 0
u = 3 1 0 0
- = 7 4 0 2
none = 0 ---- 0 0
Blends
Contents
H = 1, 0
(H) = 3, 1
Hd = 2, 0
(Hd) = 0, 0
Hx = 0, 0
A = 9, 0
(A) = 0, 0
Ad = 6, 0
(Ad) = 0, 0
An = 1, 0
Art = 0, 1
Ay = 0, 0
Bl = 0, 0
Bt = 1, 0
Cg = 0, 1
Cl = 0, 0
Ex = 0, 0
Fd = 0, 0
Fi = 0, 0
Ge = 0, 0
Hh = 0, 0
Ls = 0, 2
Na = 0, 0
Sc = 0, 0
Sx = 3, 1
Xy = 0, 0
Idio = 1, 3
Determinants
FC:CF+C = 1 : 0
Pure C = 0
SumC’ : WSumC = 2 : 0.5
Afr = 0.59
S = 2
Blends:R = 0 : 27
CP = 0
AFFECT
R = 27 L = 1.08
-----------------------------------------------------------
EB = 5 : 0.5 EA = 5.5 EBPer = 5.0
eb = 5 : 2 es = 7 D = 0
Adj es = 7 Adj D = 0
-----------------------------------------------------------
FM = 5 C’ = 2 T = 0
m = 0 V = 0 Y = 0
INTERPERSONAL
COP = 3 AG = 1
Food = 0
Isolate/R = 0.11
H : (H)+Hd+(Hd) = 1 : 6
(H)+(Hd):(A)+(Ad) = 4 : 0
H+A : Hd+Ad = 14 : 8
IDEATION
a:p = 5 : 5 Sum6 = 1
Ma:Mp = 2 : 3 Lvl-2 = 0
2AB+(Art+Ay) = 1 WSum6 = 4
M- = 0 M none = 0
MEDIATION PROCESSING SELF-PERCEPTION
P = 7
X+% = 0.63
F+% = 0.64
X-% = 0.26
S-% = 0.29
Xu% = 0.11
Zf = 12
Zd = -2.0
W : D : Dd = 7 : 16 : 4
W : M = 7 : 5
DQ+ = 10
DQv = 0
3r+(2)/R = 0.37
Fr+rF = 0
FD = 0
An+Xy = 1
MOR = 0
RATIOS, PERCENTAGES, AND DERIVATIONS
SCZI = 1
DEPI = 1
CDI = 3
S-CON = 3
HVI = No
OBS = No
Client Information
Client Name:
Veronica
Gender:
Female
Test Date:
10/26/2006
Client ID:
9
Date of Birth:
01/12/1971
Description:
S-Constellation
Special Scores
Lvl-1 Lvl-2
DV = 0 x1 0 x2
INC = 0 x2 0 x4
DR = 0 x3 0 x6
FAB = 1 x4 0 x7
ALOG = 0 x5
CON = 0 x7
Raw Sum6 = 1
Wgtd Sum6 = 4
AB = 0 CP = 0
AG = 1 MOR = 0
CFB = 0 PER = 0
COP = 3 PSV = 0
FV+VF+V+FD > 2
Col-Shd Blends > 0
Ego < .31 or > .44
MOR > 3
Zd > ±3.5
es > EA
CF + C > FC
X+% < .70
S > 3
P < 3 or > 8
Pure H < 2
R < 17
3 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
CONSTELLATIONS TABLE
9
NOTE: ‘*’ indicates a cutoff that has been adjusted for age norms.
S-Constellation (Suicide Potential) SCZI (Schizophrenia Index)
DEPI (Depression Index) CDI (Coping Deficit Index)
Positive if 4 or more conditions are true:
(EA [5.5] < 6) or (AdjD [0] < 0)
(COP [3] < 2) and (AG [1] < 2)
(Weighted Sum C [0.5] < 2.5)
or (Afr [0.59] < 0.46)
(Passive [5] > Active + 1 [6])
or (Pure H [1] < 2)
(Sum T [0] > 1)
or (Isolate/R [0.11] > 0.24)
or (Food [0] > 0)
3 Total
HVI (Hypervigilance Index)
Positive if condition 1 is true and at least 4 of the others
are true:
(1) FT + TF + T [0] = 0
-----------------------------------------------------------------
(2) Zf [12] > 12
(3) Zd [-2.0] > +3.5
(4) S [2] > 3
(5) H + (H) + Hd + (Hd) [7] > 6
(6) (H) + (A) + (Hd) + (Ad) [4] > 3
(7) H + A : Hd + Ad [14:8] < 4 : 1
(8) Cg [1] > 3
OBS (Obsessive Style Index)
(1) Dd [4] > 3
(2) Zf [12] > 12
(3) Zd [-2.0] > +3.0
(4) Populars [7] > 7
(5) FQ+ [0] > 1
--------------------------------------------------------------------
Positive if one or more is true:
Conditions 1 to 5 are all true
Two or more of 1 to 4 are true and FQ+ [0] > 3
3 or more of 1 to 5 are true
and X+% [0.63] > 0.89
FQ+ [0] > 3 and X+% [0.63] > 0.89
Positive if 8 or more conditions are true:
NOTE: Applicable only for subjects over 14 years old.
FV+VF+V+FD [0] > 2
Col-Shd Blends [0] > 0
Ego [0.37] < .31 or > .44
MOR [0] > 3
Zd [-2.0] > ±3.5
es [7] > EA [5.5]
CF + C [0] > FC [1]
X+% [0.63] < .70
S [2] > 3
P [7] < 3 or > 8
Pure H [1] < 2
R [27] < 17
3 Total
Positive if 5 or more conditions are true:
(FV + VF + V [0] > 0) or (FD [0] > 2)
(Col-Shd Blends [0] > 0) or (S [2] > 2)
(3r + (2)/R [0.37] > 0.44 and Fr + rF [0] = 0)
or (3r + (2)/R [0.37] < 0.33)
(Afr [0.59] < 0.46) or (Blends [0] < 4)
(SumShading [2] > FM + m [5])
or (SumC’ [2] > 2)
(MOR [0] > 2) or (2xAB + Art + Ay [1] > 3)
(COP [3] < 2)
or ([Bt+2xCl+Ge+Ls+2xNa]/R [0.11] > 0.24)
1 Total
Positive if 4 or more conditions are true:
((X+% [0.63] < 0.61) and (S-% [0.29] < 0.41))
or (X+% [0.63] < 0.50)
X-% [0.26] > 0.29
(FQ- [7] FQu [3])
or (FQ- [7] > FQo [17] + FQ+ [0])
(Sum Level 2 Special Scores [0] > 1)
and (FAB2 [0] > 0)
(Raw Sum of 6 Special Scores [1] > 6) or
(Weighted Sum of 6 Special Scores [4] > 17)
(M- [0] > 1)
or (X-% [0.26] > 0.40)
1 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
RIAP™ Sequence of Scores Report
Client Information
Client Name:
Debora
Gender:
Female
Test Date:
12/12/2007
Client ID:
8
Date of Birth:
03/15/1972
Description:
Sequence of Scores
Card
Resp.
No
Location
and DQ
Loc.
No.
Determinant(s) and
Form Quality
(2)
Content(s) Pop
Z Score
Special Scores
I
1
Wo 1
FMpo A P 1.0
2
D+ 4
Mpo H,Cg 4.0
II
3
W+ 1
Mao 2
H 4.5 COP
III
4
Do 7
FYo An
5
Do 3
FCo Cg
6
Dd+ 33
FY+ Cg,Hd 3.0
IV
7
W+ 1
Mpo (H),Bt P 4.0
V
8
Wo 1
FC'o A P 1.0 AB
9
Do FMa.FC'o A
10
Do 10
FMao Ad AG
11
Do 9
Ma- Hd
VI
12
Ddo 23
F- Ad
13
Ddo 99
FY- Bt
14
Ddo 99
F- A
VII
15
DSo 7
F- Bt
16
Ddo 99
Fu 2
A
17
Do 2
F- Ge
VII
I
18
Do 1
FMao 2
A AG
IX
19
Ddo 99
FC- H
20
DdSo 23
FC'u Ad
21
Do 5
Fu Bt
X
22
Do 10
FMau A
23
D+ 6
FMau 2
A 4.0 COP
24
Do 7
Fu 2
A
25
Do 12
CFo 2
Bt
Summary of Approach
I : W.D VI : Dd.Dd.Dd
II : W VII : DS.Dd.D
III : D.D.Dd VIII : D
IV : W IX : Dd.DdS.D
V : W.D.D.D X : D.D.D.D
9.1
RIAP™ Structural Summary
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Zf = 7
ZSum = 21.5
Zest = 20.5
W = 4
(Wv = 0)
D = 14
Dd = 7
S = 2
Location Features
DQ
Single
M = 4
FM = 5
m = 0
FC = 2
CF = 1
C = 0
Cn = 0
FC’ = 2
C’F = 0
C’ = 0
FT = 0
TF = 0
T = 0
FV = 0
VF = 0
V = 0
FY = 3
YF = 0
Y = 0
Fr = 0
rF = 0
FD = 0
F = 7
(2) = 6
(FQ-)
+ = 5 (0)
o = 20 (7)
v/+ = 0 (0)
v = 0 (0)
Form Quality
FQx FQf MQual SQx
+ = 1 0 0 0
o = 11 0 3 0
u = 6 3 0 1
- = 7 4 1 1
none = 0 ---- 0 0
Blends
FM.FC'
Contents
H = 3, 0
(H) = 1, 0
Hd = 1, 1
(Hd) = 0, 0
Hx = 0, 0
A = 9, 0
(A) = 0, 0
Ad = 3, 0
(Ad) = 0, 0
An = 1, 0
Art = 0, 0
Ay = 0, 0
Bl = 0, 0
Bt = 4, 1
Cg = 2, 1
Cl = 0, 0
Ex = 0, 0
Fd = 0, 0
Fi = 0, 0
Ge = 1, 0
Hh = 0, 0
Ls = 0, 0
Na = 0, 0
Sc = 0, 0
Sx = 0, 0
Xy = 0, 0
Idio = 0, 0
Determinants
FC:CF+C = 2 : 1
Pure C = 0
SumC’ : WSumC = 3 : 2.0
Afr = 0.47
S = 2
Blends:R = 1 : 25
CP = 0
AFFECT
R = 25 L = 0.39
-----------------------------------------------------------
EB = 4 : 2.0 EA = 6.0 EBPer = 2.0
eb = 6 : 6 es = 12 D = -2
Adj es = 10 Adj D = -1
-----------------------------------------------------------
FM = 6 C’ = 3 T = 0
m = 0 V = 0 Y = 3
INTERPERSONAL
COP = 2 AG = 2
Food = 0
Isolate/R = 0.24
H : (H)+Hd+(Hd) = 3 : 3
(H)+(Hd):(A)+(Ad) = 1 : 0
H+A : Hd+Ad = 13 : 5
IDEATION
a:p = 7 : 3 Sum6 = 0
Ma:Mp = 2 : 2 Lvl-2 = 0
2AB+(Art+Ay) = 2 WSum6 = 0
M- = 1 M none = 0
MEDIATION PROCESSING SELF-PERCEPTION
P = 3
X+% = 0.48
F+% = 0.00
X-% = 0.28
S-% = 0.14
Xu% = 0.24
Zf = 7
Zd = +1.0
W : D : Dd = 4 : 14 : 7
W : M = 4 : 4
DQ+ = 5
DQv = 0
3r+(2)/R = 0.24
Fr+rF = 0
FD = 0
An+Xy = 1
MOR = 0
RATIOS, PERCENTAGES, AND DERIVATIONS
SCZI = 2
DEPI = 3
CDI = 2
S-CON = 3
HVI = No
OBS = No
Client Information
Client Name:
Debora
Gender:
Female
Test Date:
12/12/2007
Client ID:
8
Date of Birth:
03/15/1972
Description:
S-Constellation
Special Scores
Lvl-1 Lvl-2
DV = 0 x1 0 x2
INC = 0 x2 0 x4
DR = 0 x3 0 x6
FAB = 0 x4 0 x7
ALOG = 0 x5
CON = 0 x7
Raw Sum6 = 0
Wgtd Sum6 = 0
AB = 1 CP = 0
AG = 2 MOR = 0
CFB = 0 PER = 0
COP = 2 PSV = 0
FV+VF+V+FD > 2
Col-Shd Blends > 0
Ego < .31 or > .44
MOR > 3
Zd > ±3.5
es > EA
CF + C > FC
X+% < .70
S > 3
P < 3 or > 8
Pure H < 2
R < 17
3 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
CONSTELLATIONS TABLE
10
NOTE: ‘*’ indicates a cutoff that has been adjusted for age norms.
S-Constellation (Suicide Potential) SCZI (Schizophrenia Index)
DEPI (Depression Index) CDI (Coping Deficit Index)
Positive if 4 or more conditions are true:
(EA [6.0] < 6) or (AdjD [-1] < 0)
(COP [2] < 2) and (AG [2] < 2)
(Weighted Sum C [2.0] < 2.5)
or (Afr [0.47] < 0.46)
(Passive [3] > Active + 1 [8])
or (Pure H [3] < 2)
(Sum T [0] > 1)
or (Isolate/R [0.24] > 0.24)
or (Food [0] > 0)
2 Total
HVI (Hypervigilance Index)
Positive if condition 1 is true and at least 4 of the others
are true:
(1) FT + TF + T [0] = 0
-----------------------------------------------------------------
(2) Zf [7] > 12
(3) Zd [1.0] > +3.5
(4) S [2] > 3
(5) H + (H) + Hd + (Hd) [6] > 6
(6) (H) + (A) + (Hd) + (Ad) [1] > 3
(7) H + A : Hd + Ad [13:5] < 4 : 1
(8) Cg [3] > 3
OBS (Obsessive Style Index)
(1) Dd [7] > 3
(2) Zf [7] > 12
(3) Zd [1.0] > +3.0
(4) Populars [3] > 7
(5) FQ+ [1] > 1
--------------------------------------------------------------------
Positive if one or more is true:
Conditions 1 to 5 are all true
Two or more of 1 to 4 are true and FQ+ [1] > 3
3 or more of 1 to 5 are true
and X+% [0.48] > 0.89
FQ+ [1] > 3 and X+% [0.48] > 0.89
Positive if 8 or more conditions are true:
NOTE: Applicable only for subjects over 14 years old.
FV+VF+V+FD [0] > 2
Col-Shd Blends [0] > 0
Ego [0.24] < .31 or > .44
MOR [0] > 3
Zd [1.0] > ±3.5
es [12] > EA [6.0]
CF + C [1] > FC [2]
X+% [0.48] < .70
S [2] > 3
P [3] < 3 or > 8
Pure H [3] < 2
R [25] < 17
3 Total
Positive if 5 or more conditions are true:
(FV + VF + V [0] > 0) or (FD [0] > 2)
(Col-Shd Blends [0] > 0) or (S [2] > 2)
(3r + (2)/R [0.24] > 0.44 and Fr + rF [0] = 0)
or (3r + (2)/R [0.24] < 0.33)
(Afr [0.47] < 0.46) or (Blends [1] < 4)
(SumShading [6] > FM + m [6])
or (SumC’ [3] > 2)
(MOR [0] > 2) or (2xAB + Art + Ay [2] > 3)
(COP [2] < 2)
or ([Bt+2xCl+Ge+Ls+2xNa]/R [0.24] > 0.24)
3 Total
Positive if 4 or more conditions are true:
((X+% [0.48] < 0.61) and (S-% [0.14] < 0.41))
or (X+% [0.48] < 0.50)
X-% [0.28] > 0.29
(FQ- [7] FQu [6])
or (FQ- [7] > FQo [11] + FQ+ [1])
(Sum Level 2 Special Scores [0] > 1)
and (FAB2 [0] > 0)
(Raw Sum of 6 Special Scores [0] > 6) or
(Weighted Sum of 6 Special Scores [0] > 17)
(M- [1] > 1)
or (X-% [0.28] > 0.40)
2 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
RIAP™ Sequence of Scores Report
Client Information
Client Name:
Cibele
Gender:
Female
Test Date:
12/12/2007
Client ID:
10
Date of Birth:
10/15/1974
Description:
Sequence of Scores
Card
Resp.
No
Location
and DQ
Loc.
No.
Determinant(s) and
Form Quality
(2)
Content(s) Pop
Z Score
Special Scores
I
1
WSo 1
Fo Ad 3.5 MOR, INC
II
2
DdSo 99
FY.FC'u Xy
3
Do 3
Fo A
III
4
Do 9
FMpo 2
A
5
Do 3
FCo A
IV
6
Wo 1
FYu A 2.0 MOR
V
7
Wo 1
FC'o A P 1.0
VI
8
Do 1
F- A MOR
9
Do 1
Fo Ad
VII
10
Wo 1
YF- Ay 2.5 PER
VII
I
11
Wo 1
FC'o Bt 4.5 MOR
12
Do 1
FC'o 2
A
IX
13
Wo 1
FCu (H),Art 5.5
X
14
Do 12
FMa- 2
A
15
Do 15
FCo 2
Bt
16
D+ 11
FMao A,Bt 4.5
17
Do 9
FMpu 2
A
18
Do 4
FMpo 2
A
Summary of Approach
I : WS VI : D.D
II : DdS.D VII : W
III : D.D VIII : W.D
IV : W IX : W
V : W X : D.D.D.D.D
10.1
RIAP™ Structural Summary
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
Zf = 7
ZSum = 23.5
Zest = 20.5
W = 6
(Wv = 0)
D = 11
Dd = 1
S = 2
Location Features
DQ
Single
M = 0
FM = 5
m = 0
FC = 3
CF = 0
C = 0
Cn = 0
FC’ = 3
C’F = 0
C’ = 0
FT = 0
TF = 0
T = 0
FV = 0
VF = 0
V = 0
FY = 1
YF = 1
Y = 0
Fr = 0
rF = 0
FD = 0
F = 4
(2) = 6
(FQ-)
+ = 1 (0)
o = 17 (3)
v/+ = 0 (0)
v = 0 (0)
Form Quality
FQx FQf MQual SQx
+ = 0 0 0 0
o = 11 3 0 1
u = 4 0 0 1
- = 3 1 0 0
none = 0 ---- 0 0
Blends
FY.FC'
Contents
H = 0, 0
(H) = 1, 0
Hd = 0, 0
(Hd) = 0, 0
Hx = 0, 0
A = 11, 0
(A) = 0, 0
Ad = 2, 0
(Ad) = 0, 0
An = 0, 0
Art = 0, 1
Ay = 1, 0
Bl = 0, 0
Bt = 2, 1
Cg = 0, 0
Cl = 0, 0
Ex = 0, 0
Fd = 0, 0
Fi = 0, 0
Ge = 0, 0
Hh = 0, 0
Ls = 0, 0
Na = 0, 0
Sc = 0, 0
Sx = 0, 0
Xy = 1, 0
Idio = 0, 0
Determinants
FC:CF+C = 3 : 0
Pure C = 0
SumC’ : WSumC = 4 : 1.5
Afr = 0.80
S = 2
Blends:R = 1 : 18
CP = 0
AFFECT
R = 18 L = 0.29
-----------------------------------------------------------
EB = 0 : 1.5 EA = 1.5 EBPer = N/A
eb = 5 : 7 es = 12 D = -4
Adj es = 10 Adj D = -3
-----------------------------------------------------------
FM = 5 C’ = 4 T = 0
m = 0 V = 0 Y = 3
INTERPERSONAL
COP = 0 AG = 0
Food = 0
Isolate/R = 0.17
H : (H)+Hd+(Hd) = 0 : 1
(H)+(Hd):(A)+(Ad) = 1 : 0
H+A : Hd+Ad = 12 : 2
IDEATION
a:p = 2 : 3 Sum6 = 1
Ma:Mp = 0 : 0 Lvl-2 = 0
2AB+(Art+Ay) = 2 WSum6 = 2
M- = 0 M none = 0
MEDIATION PROCESSING SELF-PERCEPTION
P = 1
X+% = 0.61
F+% = 0.75
X-% = 0.17
S-% = 0.00
Xu% = 0.22
Zf = 7
Zd = +3.0
W : D : Dd = 6 : 11 : 1
W : M = 6 : 0
DQ+ = 1
DQv = 0
3r+(2)/R = 0.33
Fr+rF = 0
FD = 0
An+Xy = 1
MOR = 4
RATIOS, PERCENTAGES, AND DERIVATIONS
SCZI = 0
DEPI = 4
CDI = 4
S-CON = 5
HVI = No
OBS = No
Client Information
Client Name:
Cibele
Gender:
Female
Test Date:
12/12/2007
Client ID:
10
Date of Birth:
10/15/1974
Description:
S-Constellation
Special Scores
Lvl-1 Lvl-2
DV = 0 x1 0 x2
INC = 1 x2 0 x4
DR = 0 x3 0 x6
FAB = 0 x4 0 x7
ALOG = 0 x5
CON = 0 x7
Raw Sum6 = 1
Wgtd Sum6 = 2
AB = 0 CP = 0
AG = 0 MOR = 4
CFB = 0 PER = 1
COP = 0 PSV = 0
FV+VF+V+FD > 2
Col-Shd Blends > 0
Ego < .31 or > .44
MOR > 3
Zd > ±3.5
es > EA
CF + C > FC
X+% < .70
S > 3
P < 3 or > 8
Pure H < 2
R < 17
5 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
CONSTELLATIONS TABLE
11
NOTE: ‘*’ indicates a cutoff that has been adjusted for age norms.
S-Constellation (Suicide Potential) SCZI (Schizophrenia Index)
DEPI (Depression Index) CDI (Coping Deficit Index)
Positive if 4 or more conditions are true:
(EA [1.5] < 6) or (AdjD [-3] < 0)
(COP [0] < 2) and (AG [0] < 2)
(Weighted Sum C [1.5] < 2.5)
or (Afr [0.80] < 0.46)
(Passive [3] > Active + 1 [3])
or (Pure H [0] < 2)
(Sum T [0] > 1)
or (Isolate/R [0.17] > 0.24)
or (Food [0] > 0)
4 Total
HVI (Hypervigilance Index)
Positive if condition 1 is true and at least 4 of the others
are true:
(1) FT + TF + T [0] = 0
-----------------------------------------------------------------
(2) Zf [7] > 12
(3) Zd [3.0] > +3.5
(4) S [2] > 3
(5) H + (H) + Hd + (Hd) [1] > 6
(6) (H) + (A) + (Hd) + (Ad) [1] > 3
(7) H + A : Hd + Ad [12:2] < 4 : 1
(8) Cg [0] > 3
OBS (Obsessive Style Index)
(1) Dd [1] > 3
(2) Zf [7] > 12
(3) Zd [3.0] > +3.0
(4) Populars [1] > 7
(5) FQ+ [0] > 1
--------------------------------------------------------------------
Positive if one or more is true:
Conditions 1 to 5 are all true
Two or more of 1 to 4 are true and FQ+ [0] > 3
3 or more of 1 to 5 are true
and X+% [0.61] > 0.89
FQ+ [0] > 3 and X+% [0.61] > 0.89
Positive if 8 or more conditions are true:
NOTE: Applicable only for subjects over 14 years old.
FV+VF+V+FD [0] > 2
Col-Shd Blends [0] > 0
Ego [0.33] < .31 or > .44
MOR [4] > 3
Zd [3.0] > ±3.5
es [12] > EA [1.5]
CF + C [0] > FC [3]
X+% [0.61] < .70
S [2] > 3
P [1] < 3 or > 8
Pure H [0] < 2
R [18] < 17
5 Total
Positive if 5 or more conditions are true:
(FV + VF + V [0] > 0) or (FD [0] > 2)
(Col-Shd Blends [0] > 0) or (S [2] > 2)
(3r + (2)/R [0.33] > 0.44 and Fr + rF [0] = 0)
or (3r + (2)/R [0.33] < 0.33)
(Afr [0.80] < 0.46) or (Blends [1] < 4)
(SumShading [7] > FM + m [5])
or (SumC’ [4] > 2)
(MOR [4] > 2) or (2xAB + Art + Ay [2] > 3)
(COP [0] < 2)
or ([Bt+2xCl+Ge+Ls+2xNa]/R [0.17] > 0.24)
4 Total
Positive if 4 or more conditions are true:
((X+% [0.61] < 0.61) and (S-% [0.00] < 0.41))
or (X+% [0.61] < 0.50)
X-% [0.17] > 0.29
(FQ- [3] FQu [4])
or (FQ- [3] > FQo [11] + FQ+ [0])
(Sum Level 2 Special Scores [0] > 1)
and (FAB2 [0] > 0)
(Raw Sum of 6 Special Scores [1] > 6) or
(Weighted Sum of 6 Special Scores [2] > 17)
(M- [0] > 1)
or (X-% [0.17] > 0.40)
0 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
RIAP™ Sequence of Scores Report
Client Information
Client Name:
Fatima
Gender:
Female
Test Date:
12/12/2007
Client ID:
11
Date of Birth:
07/18/1976
Description:
Sequence of Scores
Card
Resp.
No
Location
and DQ
Loc.
No.
Determinant(s) and
Form Quality
(2)
Content(s) Pop
Z Score
Special Scores
I
1
Wo 1
Fo Hd,Hx 1.0
2
Wo 1
FC'o A P 1.0
3
D+ 4
Mp.FYo H,Cg 4.0
II
4
Wo 1
Fo 2
A 4.5
5
Dv 3
CFo Bl
III
6
D+ 1
Mao 2
H,Hh,Cg 3.0
IV
7
W+ 1
Ma- H,Id 4.0
V
8
W+ 1
FC'.Mpo H,Cg 2.5
VI
9
W+ 1
Ma.FV- H,Cg 2.5
VII
10
Do 9
Fo 2
Hd
11
Ddo 21
FMpu 2
Ad
VII
I
12
W+ 1
FMao 2
A,Hx,Bt P 4.5
13
Ddo 99
FCo Sc
IX
14
D+ 2
Ma.FCu (H),Bt,Cg 2.5
X
15
Do 1
Fo 2
A
16
D+ 11
FMau 2
A,Bt 4.0
17
Do 4
Fo 2
A
18
D+ 6
Mao 2
Hd 4.0 FAB, AG
Summary of Approach
I : W.W.D VI : W
II : W.D VII : D.Dd
III : D VIII : W.Dd
IV : W IX : D
V : W X : D.D.D.D
11.1
RIAP™ Structural Summary
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
Zf = 12
ZSum = 37.5
Zest = 38.0
W = 7
(Wv = 0)
D = 9
Dd = 2
S = 0
Location Features
DQ
Single
M = 3
FM = 3
m = 0
FC = 1
CF = 1
C = 0
Cn = 0
FC’ = 1
C’F = 0
C’ = 0
FT = 0
TF = 0
T = 0
FV = 0
VF = 0
V = 0
FY = 0
YF = 0
Y = 0
Fr = 0
rF = 0
FD = 0
F = 5
(2) = 9
(FQ-)
+ = 9 (2)
o = 8 (0)
v/+ = 0 (0)
v = 1 (0)
Form Quality
FQx FQf MQual SQx
+ = 0 0 0 0
o = 13 5 4 0
u = 3 0 1 0
- = 2 0 2 0
none = 0 ---- 0 0
Blends
M.FY
FC'.M
M.FV
M.FC
Contents
H = 5, 0
(H) = 1, 0
Hd = 3, 0
(Hd) = 0, 0
Hx = 0, 2
A = 6, 0
(A) = 0, 0
Ad = 1, 0
(Ad) = 0, 0
An = 0, 0
Art = 0, 0
Ay = 0, 0
Bl = 1, 0
Bt = 0, 3
Cg = 0, 5
Cl = 0, 0
Ex = 0, 0
Fd = 0, 0
Fi = 0, 0
Ge = 0, 0
Hh = 0, 1
Ls = 0, 0
Na = 0, 0
Sc = 1, 0
Sx = 0, 0
Xy = 0, 0
Idio = 0, 1
Determinants
FC:CF+C = 2 : 1
Pure C = 0
SumC’ : WSumC = 2 : 2.0
Afr = 0.64
S = 0
Blends:R = 4 : 18
CP = 0
AFFECT
R = 18 L = 0.38
-----------------------------------------------------------
EB = 7 : 2.0 EA = 9.0 EBPer = 3.5
eb = 3 : 4 es = 7 D = 0
Adj es = 7 Adj D = 0
-----------------------------------------------------------
FM = 3 C’ = 2 T = 0
m = 0 V = 1 Y = 1
INTERPERSONAL
COP = 0 AG = 1
Food = 0
Isolate/R = 0.17
H : (H)+Hd+(Hd) = 5 : 4
(H)+(Hd):(A)+(Ad) = 1 : 0
H+A : Hd+Ad = 12 : 4
IDEATION
a:p = 7 : 3 Sum6 = 1
Ma:Mp = 5 : 2 Lvl-2 = 0
2AB+(Art+Ay) = 0 WSum6 = 4
M- = 2 M none = 0
MEDIATION PROCESSING SELF-PERCEPTION
P = 2
X+% = 0.72
F+% = 1.00
X-% = 0.11
S-% = 0.00
Xu% = 0.17
Zf = 12
Zd = -0.5
W : D : Dd = 7 : 9 : 2
W : M = 7 : 7
DQ+ = 9
DQv = 1
3r+(2)/R = 0.50
Fr+rF = 0
FD = 0
An+Xy = 0
MOR = 0
RATIOS, PERCENTAGES, AND DERIVATIONS
SCZI = 1
DEPI = 4
CDI = 2
S-CON = 2
HVI = No
OBS = No
Client Information
Client Name:
Fatima
Gender:
Female
Test Date:
12/12/2007
Client ID:
11
Date of Birth:
07/18/1976
Description:
S-Constellation
Special Scores
Lvl-1 Lvl-2
DV = 0 x1 0 x2
INC = 0 x2 0 x4
DR = 0 x3 0 x6
FAB = 1 x4 0 x7
ALOG = 0 x5
CON = 0 x7
Raw Sum6 = 1
Wgtd Sum6 = 4
AB = 0 CP = 0
AG = 1 MOR = 0
CFB = 0 PER = 0
COP = 0 PSV = 0
FV+VF+V+FD > 2
Col-Shd Blends > 0
Ego < .31 or > .44
MOR > 3
Zd > ±3.5
es > EA
CF + C > FC
X+% < .70
S > 3
P < 3 or > 8
Pure H < 2
R < 17
2 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
CONSTELLATIONS TABLE
12
NOTE: ‘*’ indicates a cutoff that has been adjusted for age norms.
S-Constellation (Suicide Potential) SCZI (Schizophrenia Index)
DEPI (Depression Index) CDI (Coping Deficit Index)
Positive if 4 or more conditions are true:
(EA [9.0] < 6) or (AdjD [0] < 0)
(COP [0] < 2) and (AG [1] < 2)
(Weighted Sum C [2.0] < 2.5)
or (Afr [0.64] < 0.46)
(Passive [3] > Active + 1 [8])
or (Pure H [5] < 2)
(Sum T [0] > 1)
or (Isolate/R [0.17] > 0.24)
or (Food [0] > 0)
2 Total
HVI (Hypervigilance Index)
Positive if condition 1 is true and at least 4 of the others
are true:
(1) FT + TF + T [0] = 0
-----------------------------------------------------------------
(2) Zf [12] > 12
(3) Zd [-0.5] > +3.5
(4) S [0] > 3
(5) H + (H) + Hd + (Hd) [9] > 6
(6) (H) + (A) + (Hd) + (Ad) [1] > 3
(7) H + A : Hd + Ad [12:4] < 4 : 1
(8) Cg [5] > 3
OBS (Obsessive Style Index)
(1) Dd [2] > 3
(2) Zf [12] > 12
(3) Zd [-0.5] > +3.0
(4) Populars [2] > 7
(5) FQ+ [0] > 1
--------------------------------------------------------------------
Positive if one or more is true:
Conditions 1 to 5 are all true
Two or more of 1 to 4 are true and FQ+ [0] > 3
3 or more of 1 to 5 are true
and X+% [0.72] > 0.89
FQ+ [0] > 3 and X+% [0.72] > 0.89
Positive if 8 or more conditions are true:
NOTE: Applicable only for subjects over 14 years old.
FV+VF+V+FD [1] > 2
Col-Shd Blends [0] > 0
Ego [0.50] < .31 or > .44
MOR [0] > 3
Zd [-0.5] > ±3.5
es [7] > EA [9.0]
CF + C [1] > FC [2]
X+% [0.72] < .70
S [0] > 3
P [2] < 3 or > 8
Pure H [5] < 2
R [18] < 17
2 Total
Positive if 5 or more conditions are true:
(FV + VF + V [1] > 0) or (FD [0] > 2)
(Col-Shd Blends [0] > 0) or (S [0] > 2)
(3r + (2)/R [0.50] > 0.44 and Fr + rF [0] = 0)
or (3r + (2)/R [0.50] < 0.33)
(Afr [0.64] < 0.46) or (Blends [4] < 4)
(SumShading [4] > FM + m [3])
or (SumC’ [2] > 2)
(MOR [0] > 2) or (2xAB + Art + Ay [0] > 3)
(COP [0] < 2)
or ([Bt+2xCl+Ge+Ls+2xNa]/R [0.17] > 0.24)
4 Total
Positive if 4 or more conditions are true:
((X+% [0.72] < 0.61) and (S-% [0.00] < 0.41))
or (X+% [0.72] < 0.50)
X-% [0.11] > 0.29
(FQ- [2] FQu [3])
or (FQ- [2] > FQo [13] + FQ+ [0])
(Sum Level 2 Special Scores [0] > 1)
and (FAB2 [0] > 0)
(Raw Sum of 6 Special Scores [1] > 6) or
(Weighted Sum of 6 Special Scores [4] > 17)
(M- [2] > 1)
or (X-% [0.11] > 0.40)
1 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
RIAP™ Sequence of Scores Report
Client Information
Client Name:
Mariana
Gender:
Female
Test Date:
12/12/2007
Client ID:
12
Date of Birth:
09/06/1972
Description:
Sequence of Scores
Card
Resp.
No
Location
and DQ
Loc.
No.
Determinant(s) and
Form Quality
(2)
Content(s) Pop
Z Score
Special Scores
I
1
Wo 1
FC'o A P 1.0
2
WSo 1
Fo Ad 3.5
II
3
DdSo 99
Fu Ad
4
D+ 1
FMpu 2
A 5.5
III
5
DdSo 99
FC'- 2
A
IV
6
Do 2
Fo Cg
7
Do 2
Fu An
V
8
Do 10
FMao 2
Ad AG
VI
9
Do 4
F- Ge PER
10
Do 3
Fu Sc,Ay
11
Do 1
Fo Ad P
VII
12
Do 1
Mpo 2
Hd P
13
Do 3
FMp.FC'o Ad
VII
I
14
Do 1
Fo 2
A P
15
Ddo 99
Fo An,Sx
IX
16
D+ 1
FMpo A,Sc 2.5
17
DSo 8
FC'u Ad
X
18
Do 4
FCo 2
A
19
Do 1
Fo A
Summary of Approach
I : W.WS VI : D.D.D
II : DdS.D VII : D.D
III : DdS VIII : D.Dd
IV : D.D IX : D.DS
V : D X : D.D
12.1
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
RIAP™ Structural Summary
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
Zf = 4
ZSum = 12.5
Zest = 10.0
W = 2
(Wv = 0)
D = 14
Dd = 3
S = 4
Location Features
DQ
Single
M = 1
FM = 3
m = 0
FC = 1
CF = 0
C = 0
Cn = 0
FC’ = 3
C’F = 0
C’ = 0
FT = 0
TF = 0
T = 0
FV = 0
VF = 0
V = 0
FY = 0
YF = 0
Y = 0
Fr = 0
rF = 0
FD = 0
F = 10
(2) = 6
(FQ-)
+ = 2 (0)
o = 17 (2)
v/+ = 0 (0)
v = 0 (0)
Form Quality
FQx FQf MQual SQx
+ = 0 0 0 0
o = 12 6 1 1
u = 5 3 0 2
- = 2 1 0 1
none = 0 ---- 0 0
Blends
FM.FC'
Contents
H = 0, 0
(H) = 0, 0
Hd = 1, 0
(Hd) = 0, 0
Hx = 0, 0
A = 7, 0
(A) = 0, 0
Ad = 6, 0
(Ad) = 0, 0
An = 2, 0
Art = 0, 0
Ay = 0, 1
Bl = 0, 0
Bt = 0, 0
Cg = 1, 0
Cl = 0, 0
Ex = 0, 0
Fd = 0, 0
Fi = 0, 0
Ge = 1, 0
Hh = 0, 0
Ls = 0, 0
Na = 0, 0
Sc = 1, 1
Sx = 0, 1
Xy = 0, 0
Idio = 0, 0
Determinants
FC:CF+C = 1 : 0
Pure C = 0
SumC’ : WSumC = 4 : 0.5
Afr = 0.46
S = 4
Blends:R = 1 : 19
CP = 0
AFFECT
R = 19 L = 1.11
-----------------------------------------------------------
EB = 1 : 0.5 EA = 1.5 EBPer = N/A
eb = 4 : 4 es = 8 D = -2
Adj es = 8 Adj D = -2
-----------------------------------------------------------
FM = 4 C’ = 4 T = 0
m = 0 V = 0 Y = 0
INTERPERSONAL
COP = 0 AG = 1
Food = 0
Isolate/R = 0.05
H : (H)+Hd+(Hd) = 0 : 1
(H)+(Hd):(A)+(Ad) = 0 : 0
H+A : Hd+Ad = 7 : 7
IDEATION
a:p = 1 : 4 Sum6 = 0
Ma:Mp = 0 : 1 Lvl-2 = 0
2AB+(Art+Ay) = 1 WSum6 = 0
M- = 0 M none = 0
MEDIATION PROCESSING SELF-PERCEPTION
P = 4
X+% = 0.63
F+% = 0.60
X-% = 0.11
S-% = 0.50
Xu% = 0.26
Zf = 4
Zd = +2.5
W : D : Dd = 2 : 14 : 3
W : M = 2 : 1
DQ+ = 2
DQv = 0
3r+(2)/R = 0.32
Fr+rF = 0
FD = 0
An+Xy = 2
MOR = 0
RATIOS, PERCENTAGES, AND DERIVATIONS
SCZI = 0
DEPI = 5
CDI = 4
S-CON = 4
HVI = No
OBS = No
Client Information
Client Name:
Mariana
Gender:
Female
Test Date:
12/12/2007
Client ID:
12
Date of Birth:
09/06/1972
Description:
S-Constellation
Special Scores
Lvl-1 Lvl-2
DV = 0 x1 0 x2
INC = 0 x2 0 x4
DR = 0 x3 0 x6
FAB = 0 x4 0 x7
ALOG = 0 x5
CON = 0 x7
Raw Sum6 = 0
Wgtd Sum6 = 0
AB = 0 CP = 0
AG = 1 MOR = 0
CFB = 0 PER = 1
COP = 0 PSV = 0
FV+VF+V+FD > 2
Col-Shd Blends > 0
Ego < .31 or > .44
MOR > 3
Zd > ±3.5
es > EA
CF + C > FC
X+% < .70
S > 3
P < 3 or > 8
Pure H < 2
R < 17
4 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
CONSTELLATIONS TABLE
13
NOTE: ‘*’ indicates a cutoff that has been adjusted for age norms.
S-Constellation (Suicide Potential) SCZI (Schizophrenia Index)
DEPI (Depression Index) CDI (Coping Deficit Index)
Positive if 4 or more conditions are true:
(EA [1.5] < 6) or (AdjD [-2] < 0)
(COP [0] < 2) and (AG [1] < 2)
(Weighted Sum C [0.5] < 2.5)
or (Afr [0.46] < 0.46)
(Passive [4] > Active + 1 [2])
or (Pure H [0] < 2)
(Sum T [0] > 1)
or (Isolate/R [0.05] > 0.24)
or (Food [0] > 0)
4 Total
HVI (Hypervigilance Index)
Positive if condition 1 is true and at least 4 of the others
are true:
(1) FT + TF + T [0] = 0
-----------------------------------------------------------------
(2) Zf [4] > 12
(3) Zd [2.5] > +3.5
(4) S [4] > 3
(5) H + (H) + Hd + (Hd) [1] > 6
(6) (H) + (A) + (Hd) + (Ad) [0] > 3
(7) H + A : Hd + Ad [7:7] < 4 : 1
(8) Cg [1] > 3
OBS (Obsessive Style Index)
(1) Dd [3] > 3
(2) Zf [4] > 12
(3) Zd [2.5] > +3.0
(4) Populars [4] > 7
(5) FQ+ [0] > 1
--------------------------------------------------------------------
Positive if one or more is true:
Conditions 1 to 5 are all true
Two or more of 1 to 4 are true and FQ+ [0] > 3
3 or more of 1 to 5 are true
and X+% [0.63] > 0.89
FQ+ [0] > 3 and X+% [0.63] > 0.89
Positive if 8 or more conditions are true:
NOTE: Applicable only for subjects over 14 years old.
FV+VF+V+FD [0] > 2
Col-Shd Blends [0] > 0
Ego [0.32] < .31 or > .44
MOR [0] > 3
Zd [2.5] > ±3.5
es [8] > EA [1.5]
CF + C [0] > FC [1]
X+% [0.63] < .70
S [4] > 3
P [4] < 3 or > 8
Pure H [0] < 2
R [19] < 17
4 Total
Positive if 5 or more conditions are true:
(FV + VF + V [0] > 0) or (FD [0] > 2)
(Col-Shd Blends [0] > 0) or (S [4] > 2)
(3r + (2)/R [0.32] > 0.44 and Fr + rF [0] = 0)
or (3r + (2)/R [0.32] < 0.33)
(Afr [0.46] < 0.46) or (Blends [1] < 4)
(SumShading [4] > FM + m [4])
or (SumC’ [4] > 2)
(MOR [0] > 2) or (2xAB + Art + Ay [1] > 3)
(COP [0] < 2)
or ([Bt+2xCl+Ge+Ls+2xNa]/R [0.05] > 0.24)
5 Total
Positive if 4 or more conditions are true:
((X+% [0.63] < 0.61) and (S-% [0.50] < 0.41))
or (X+% [0.63] < 0.50)
X-% [0.11] > 0.29
(FQ- [2] FQu [5])
or (FQ- [2] > FQo [12] + FQ+ [0])
(Sum Level 2 Special Scores [0] > 1)
and (FAB2 [0] > 0)
(Raw Sum of 6 Special Scores [0] > 6) or
(Weighted Sum of 6 Special Scores [0] > 17)
(M- [0] > 1)
or (X-% [0.11] > 0.40)
0 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
RIAP™ Sequence of Scores Report
Client Information
Client Name:
Elza
Gender:
Female
Test Date:
12/12/2007
Client ID:
13
Date of Birth:
07/07/1974
Description:
Sequence of Scores
Card
Resp.
No
Location
and DQ
Loc.
No.
Determinant(s) and
Form Quality
(2)
Content(s) Pop
Z Score
Special Scores
I
1
Wo 1
FMpo A P 1.0 INC
2
Dd+ 99
F- An 6.0
II
3
D+ 3
Fu An,Sx 5.5
4
DSo 5
FVo Hh
III
5
Do 3
Fo A
6
Do 7
Fo A
7
D+ 2
FCo 2
H,Bl 4.0
IV
8
Wo 1
Fo (A) 2.0
9
D+ 4
Fu 2
An 4.0
V
10
Wo 1
FC'o A P 1.0
VI
11
Wv 1
FMpo Ad MOR
VII
12
Do 2
C'.FVo Cl
VII
I
13
Do 1
Fo A P
14
Ddo 23
Fu Sx
IX
15
D+ 1
Mao H,Sc,Cg 2.5
16
D+ 3
Mao 2
Sc,(H) P 4.5
X
17
Do 14
F- Sx
18
Do 12
F- 2
A
19
Do 2
F- A
20
D+ 10
Fu An,Sx 4.5
Summary of Approach
I : W.Dd VI : W
II : D.DS VII : D
III : D.D.D VIII : D.Dd
IV : W.D IX : D.D
V : W X : D.D.D.D
13.1
RIAP™ Structural Summary
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
Zf = 10
ZSum = 35.0
Zest = 31.0
W = 4
(Wv = 1)
D = 14
Dd = 2
S = 1
Location Features
DQ
Single
M = 2
FM = 2
m = 0
FC = 1
CF = 0
C = 0
Cn = 0
FC’ = 1
C’F = 0
C’ = 0
FT = 0
TF = 0
T = 0
FV = 1
VF = 0
V = 0
FY = 0
YF = 0
Y = 0
Fr = 0
rF = 0
FD = 0
F = 12
(2) = 4
(FQ-)
+ = 7 (1)
o = 12 (3)
v/+ = 0 (0)
v = 1 (0)
Form Quality
FQx FQf MQual SQx
+ = 0 0 0 0
o = 12 4 2 1
u = 4 4 0 0
- = 4 4 0 0
none = 0 ---- 0 0
Blends
C'.FV
Contents
H = 2, 0
(H) = 0, 1
Hd = 0, 0
(Hd) = 0, 0
Hx = 0, 0
A = 7, 0
(A) = 1, 0
Ad = 1, 0
(Ad) = 0, 0
An = 4, 0
Art = 0, 0
Ay = 0, 0
Bl = 0, 1
Bt = 0, 0
Cg = 0, 1
Cl = 1, 0
Ex = 0, 0
Fd = 0, 0
Fi = 0, 0
Ge = 0, 0
Hh = 1, 0
Ls = 0, 0
Na = 0, 0
Sc = 1, 1
Sx = 2, 2
Xy = 0, 0
Idio = 0, 0
Determinants
FC:CF+C = 1 : 0
Pure C = 0
SumC’ : WSumC = 2 : 0.5
Afr = 0.67
S = 1
Blends:R = 1 : 20
CP = 0
AFFECT
R = 20 L = 1.50
-----------------------------------------------------------
EB = 2 : 0.5 EA = 2.5 EBPer = N/A
eb = 2 : 4 es = 6 D = -1
Adj es = 6 Adj D = -1
-----------------------------------------------------------
FM = 2 C’ = 2 T = 0
m = 0 V = 2 Y = 0
INTERPERSONAL
COP = 0 AG = 0
Food = 0
Isolate/R = 0.10
H : (H)+Hd+(Hd) = 2 : 1
(H)+(Hd):(A)+(Ad) = 1 : 1
H+A : Hd+Ad = 11 : 1
IDEATION
a:p = 2 : 2 Sum6 = 1
Ma:Mp = 2 : 0 Lvl-2 = 0
2AB+(Art+Ay) = 0 WSum6 = 2
M- = 0 M none = 0
MEDIATION PROCESSING SELF-PERCEPTION
P = 4
X+% = 0.60
F+% = 0.33
X-% = 0.20
S-% = 0.00
Xu% = 0.20
Zf = 10
Zd = +4.0
W : D : Dd = 4 : 14 : 2
W : M = 4 : 2
DQ+ = 7
DQv = 1
3r+(2)/R = 0.20
Fr+rF = 0
FD = 0
An+Xy = 4
MOR = 1
RATIOS, PERCENTAGES, AND DERIVATIONS
SCZI = 2
DEPI = 5
CDI = 3
S-CON = 4
HVI = No
OBS = No
Client Information
Client Name:
Elza
Gender:
Female
Test Date:
12/12/2007
Client ID:
13
Date of Birth:
07/07/1974
Description:
S-Constellation
Special Scores
Lvl-1 Lvl-2
DV = 0 x1 0 x2
INC = 1 x2 0 x4
DR = 0 x3 0 x6
FAB = 0 x4 0 x7
ALOG = 0 x5
CON = 0 x7
Raw Sum6 = 1
Wgtd Sum6 = 2
AB = 0 CP = 0
AG = 0 MOR = 1
CFB = 0 PER = 0
COP = 0 PSV = 0
FV+VF+V+FD > 2
Col-Shd Blends > 0
Ego < .31 or > .44
MOR > 3
Zd > ±3.5
es > EA
CF + C > FC
X+% < .70
S > 3
P < 3 or > 8
Pure H < 2
R < 17
4 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
CONSTELLATIONS TABLE
14
NOTE: ‘*’ indicates a cutoff that has been adjusted for age norms.
S-Constellation (Suicide Potential) SCZI (Schizophrenia Index)
DEPI (Depression Index) CDI (Coping Deficit Index)
Positive if 4 or more conditions are true:
(EA [2.5] < 6) or (AdjD [-1] < 0)
(COP [0] < 2) and (AG [0] < 2)
(Weighted Sum C [0.5] < 2.5)
or (Afr [0.67] < 0.46)
(Passive [2] > Active + 1 [3])
or (Pure H [2] < 2)
(Sum T [0] > 1)
or (Isolate/R [0.10] > 0.24)
or (Food [0] > 0)
3 Total
HVI (Hypervigilance Index)
Positive if condition 1 is true and at least 4 of the others
are true:
(1) FT + TF + T [0] = 0
-----------------------------------------------------------------
(2) Zf [10] > 12
(3) Zd [4.0] > +3.5
(4) S [1] > 3
(5) H + (H) + Hd + (Hd) [3] > 6
(6) (H) + (A) + (Hd) + (Ad) [2] > 3
(7) H + A : Hd + Ad [11:1] < 4 : 1
(8) Cg [1] > 3
OBS (Obsessive Style Index)
(1) Dd [2] > 3
(2) Zf [10] > 12
(3) Zd [4.0] > +3.0
(4) Populars [4] > 7
(5) FQ+ [0] > 1
--------------------------------------------------------------------
Positive if one or more is true:
Conditions 1 to 5 are all true
Two or more of 1 to 4 are true and FQ+ [0] > 3
3 or more of 1 to 5 are true
and X+% [0.60] > 0.89
FQ+ [0] > 3 and X+% [0.60] > 0.89
Positive if 8 or more conditions are true:
NOTE: Applicable only for subjects over 14 years old.
FV+VF+V+FD [2] > 2
Col-Shd Blends [0] > 0
Ego [0.20] < .31 or > .44
MOR [1] > 3
Zd [4.0] > ±3.5
es [6] > EA [2.5]
CF + C [0] > FC [1]
X+% [0.60] < .70
S [1] > 3
P [4] < 3 or > 8
Pure H [2] < 2
R [20] < 17
4 Total
Positive if 5 or more conditions are true:
(FV + VF + V [2] > 0) or (FD [0] > 2)
(Col-Shd Blends [0] > 0) or (S [1] > 2)
(3r + (2)/R [0.20] > 0.44 and Fr + rF [0] = 0)
or (3r + (2)/R [0.20] < 0.33)
(Afr [0.67] < 0.46) or (Blends [1] < 4)
(SumShading [4] > FM + m [2])
or (SumC’ [2] > 2)
(MOR [1] > 2) or (2xAB + Art + Ay [0] > 3)
(COP [0] < 2)
or ([Bt+2xCl+Ge+Ls+2xNa]/R [0.10] > 0.24)
5 Total
Positive if 4 or more conditions are true:
((X+% [0.60] < 0.61) and (S-% [0.00] < 0.41))
or (X+% [0.60] < 0.50)
X-% [0.20] > 0.29
(FQ- [4] FQu [4])
or (FQ- [4] > FQo [12] + FQ+ [0])
(Sum Level 2 Special Scores [0] > 1)
and (FAB2 [0] > 0)
(Raw Sum of 6 Special Scores [1] > 6) or
(Weighted Sum of 6 Special Scores [2] > 17)
(M- [0] > 1)
or (X-% [0.20] > 0.40)
2 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
RIAP™ Sequence of Scores Report
Client Information
Client Name:
Cristina
Gender:
Female
Test Date:
12/12/2007
Client ID:
14
Date of Birth:
09/02/1978
Description:
Sequence of Scores
Card
Resp.
No
Location
and DQ
Loc.
No.
Determinant(s) and
Form Quality
(2)
Content(s) Pop
Z Score
Special Scores
I
1
WSo 1
FC'o A 3.5
2
Wo 1
YF.C'o Xy 1.0
II
3
Do 3
FCo A
4
DS+ mao Sc,Fi 4.5
III
5
D+ 1
Mao 2
H,Hh P 3.0 COP
6
D+ 3
Fo An 4.0
IV
7
Do 2
FMpo 2
A
V
8
Wo 1
FMao A P 1.0
VI
9
Dv 1
Fo Ad P
VII
10
D+ 1
Mpo 2
H 3.0
11
DSo 7
Fo An
VII
I
12
W+ 1
FMao 2
A,Ge P 4.5
IX
13
DSo 8
Fo An
14
Do 6
FYo Ad
15
Do 3
CFu 2
Fd
16
DdSo 23
FC'o 2
Art
X
17
Wv 1
CFo Art,Hx
Summary of Approach
I : WS.W VI : D
II : D.DS VII : D.DS
III : D.D VIII : W
IV : D IX : DS.D.D.DdS
V : W X : W
14.1
RIAP™ Structural Summary
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
Zf = 8
ZSum = 24.5
Zest = 24.0
W = 5
(Wv = 1)
D = 11
Dd = 1
S = 5
Location Features
DQ
Single
M = 2
FM = 3
m = 1
FC = 1
CF = 2
C = 0
Cn = 0
FC’ = 2
C’F = 0
C’ = 0
FT = 0
TF = 0
T = 0
FV = 0
VF = 0
V = 0
FY = 1
YF = 0
Y = 0
Fr = 0
rF = 0
FD = 0
F = 4
(2) = 6
(FQ-)
+ = 5 (0)
o = 10 (0)
v/+ = 0 (0)
v = 2 (0)
Form Quality
FQx FQf MQual SQx
+ = 0 0 0 0
o = 16 4 2 5
u = 1 0 0 0
- = 0 0 0 0
none = 0 ---- 0 0
Blends
YF.C'
Contents
H = 2, 0
(H) = 0, 0
Hd = 0, 0
(Hd) = 0, 0
Hx = 0, 1
A = 5, 0
(A) = 0, 0
Ad = 2, 0
(Ad) = 0, 0
An = 3, 0
Art = 2, 0
Ay = 0, 0
Bl = 0, 0
Bt = 0, 0
Cg = 0, 0
Cl = 0, 0
Ex = 0, 0
Fd = 1, 0
Fi = 0, 1
Ge = 0, 1
Hh = 0, 1
Ls = 0, 0
Na = 0, 0
Sc = 1, 0
Sx = 0, 0
Xy = 1, 0
Idio = 0, 0
Determinants
FC:CF+C = 1 : 2
Pure C = 0
SumC’ : WSumC = 3 : 2.5
Afr = 0.55
S = 5
Blends:R = 1 : 17
CP = 0
AFFECT
R = 17 L = 0.31
-----------------------------------------------------------
EB = 2 : 2.5 EA = 4.5 EBPer = N/A
eb = 4 : 5 es = 9 D = -1
Adj es = 8 Adj D = -1
-----------------------------------------------------------
FM = 3 C’ = 3 T = 0
m = 1 V = 0 Y = 2
INTERPERSONAL
COP = 1 AG = 0
Food = 1
Isolate/R = 0.06
H : (H)+Hd+(Hd) = 2 : 0
(H)+(Hd):(A)+(Ad) = 0 : 0
H+A : Hd+Ad = 7 : 2
IDEATION
a:p = 4 : 2 Sum6 = 0
Ma:Mp = 1 : 1 Lvl-2 = 0
2AB+(Art+Ay) = 2 WSum6 = 0
M- = 0 M none = 0
MEDIATION PROCESSING SELF-PERCEPTION
P = 4
X+% = 0.94
F+% = 1.00
X-% = 0.00
S-% = 0.00
Xu% = 0.06
Zf = 8
Zd = +0.5
W : D : Dd = 5 : 11 : 1
W : M = 5 : 2
DQ+ = 5
DQv = 2
3r+(2)/R = 0.35
Fr+rF = 0
FD = 0
An+Xy = 4
MOR = 0
RATIOS, PERCENTAGES, AND DERIVATIONS
SCZI = 0
DEPI = 4
CDI = 3
S-CON = 3
HVI = No
OBS = No
Client Information
Client Name:
Cristina
Gender:
Female
Test Date:
12/12/2007
Client ID:
14
Date of Birth:
09/02/1978
Description:
S-Constellation
Special Scores
Lvl-1 Lvl-2
DV = 0 x1 0 x2
INC = 0 x2 0 x4
DR = 0 x3 0 x6
FAB = 0 x4 0 x7
ALOG = 0 x5
CON = 0 x7
Raw Sum6 = 0
Wgtd Sum6 = 0
AB = 0 CP = 0
AG = 0 MOR = 0
CFB = 0 PER = 0
COP = 1 PSV = 0
FV+VF+V+FD > 2
Col-Shd Blends > 0
Ego < .31 or > .44
MOR > 3
Zd > ±3.5
es > EA
CF + C > FC
X+% < .70
S > 3
P < 3 or > 8
Pure H < 2
R < 17
3 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
CONSTELLATIONS TABLE
15
NOTE: ‘*’ indicates a cutoff that has been adjusted for age norms.
S-Constellation (Suicide Potential) SCZI (Schizophrenia Index)
DEPI (Depression Index) CDI (Coping Deficit Index)
Positive if 4 or more conditions are true:
(EA [4.5] < 6) or (AdjD [-1] < 0)
(COP [1] < 2) and (AG [0] < 2)
(Weighted Sum C [2.5] < 2.5)
or (Afr [0.55] < 0.46)
(Passive [2] > Active + 1 [5])
or (Pure H [2] < 2)
(Sum T [0] > 1)
or (Isolate/R [0.06] > 0.24)
or (Food [1] > 0)
3 Total
HVI (Hypervigilance Index)
Positive if condition 1 is true and at least 4 of the others
are true:
(1) FT + TF + T [0] = 0
-----------------------------------------------------------------
(2) Zf [8] > 12
(3) Zd [0.5] > +3.5
(4) S [5] > 3
(5) H + (H) + Hd + (Hd) [2] > 6
(6) (H) + (A) + (Hd) + (Ad) [0] > 3
(7) H + A : Hd + Ad [7:2] < 4 : 1
(8) Cg [0] > 3
OBS (Obsessive Style Index)
(1) Dd [1] > 3
(2) Zf [8] > 12
(3) Zd [0.5] > +3.0
(4) Populars [4] > 7
(5) FQ+ [0] > 1
--------------------------------------------------------------------
Positive if one or more is true:
Conditions 1 to 5 are all true
Two or more of 1 to 4 are true and FQ+ [0] > 3
3 or more of 1 to 5 are true
and X+% [0.94] > 0.89
FQ+ [0] > 3 and X+% [0.94] > 0.89
Positive if 8 or more conditions are true:
NOTE: Applicable only for subjects over 14 years old.
FV+VF+V+FD [0] > 2
Col-Shd Blends [0] > 0
Ego [0.35] < .31 or > .44
MOR [0] > 3
Zd [0.5] > ±3.5
es [9] > EA [4.5]
CF + C [2] > FC [1]
X+% [0.94] < .70
S [5] > 3
P [4] < 3 or > 8
Pure H [2] < 2
R [17] < 17
3 Total
Positive if 5 or more conditions are true:
(FV + VF + V [0] > 0) or (FD [0] > 2)
(Col-Shd Blends [0] > 0) or (S [5] > 2)
(3r + (2)/R [0.35] > 0.44 and Fr + rF [0] = 0)
or (3r + (2)/R [0.35] < 0.33)
(Afr [0.55] < 0.46) or (Blends [1] < 4)
(SumShading [5] > FM + m [4])
or (SumC’ [3] > 2)
(MOR [0] > 2) or (2xAB + Art + Ay [2] > 3)
(COP [1] < 2)
or ([Bt+2xCl+Ge+Ls+2xNa]/R [0.06] > 0.24)
4 Total
Positive if 4 or more conditions are true:
((X+% [0.94] < 0.61) and (S-% [0.00] < 0.41))
or (X+% [0.94] < 0.50)
X-% [0.00] > 0.29
(FQ- [0] FQu [1])
or (FQ- [0] > FQo [16] + FQ+ [0])
(Sum Level 2 Special Scores [0] > 1)
and (FAB2 [0] > 0)
(Raw Sum of 6 Special Scores [0] > 6) or
(Weighted Sum of 6 Special Scores [0] > 17)
(M- [0] > 1)
or (X-% [0.00] > 0.40)
0 Total
© 1999 by Psychological Assessment Resources, Inc. All rights reserved.Version: 4.05.117
RIAP™ Sequence of Scores Report
Client Information
Client Name:
Monica
Gender:
Female
Test Date:
12/12/2007
Client ID:
15
Date of Birth:
03/20/1981
Description:
Sequence of Scores
Card
Resp.
No
Location
and DQ
Loc.
No.
Determinant(s) and
Form Quality
(2)
Content(s) Pop
Z Score
Special Scores
I
1
Wo 1
FC'o A P 1.0 MOR
2
Do 4
Mpu (H),Cg
II
3
Dv 3
CFo Bl
III
4
Do 2
FMpo A,Bl
5
Do 3
FCo An
IV
6
Wo 1
C'.YFo Cg 2.0
V
7
Wo 1
FMpo A P 1.0
VI
8
Wv 1
Fo Id
VII
9
D+ 9
Mao 2
Hd P 3.0
10
Do 4
FC'o A
VII
I
11
Do 2
FCo A
12
Do 1
FMao A P
13
Do 4
Fu Bt
IX
14
Ddo 99
FCu Bt PER
X
15
Do 7
FCo A
16
Do 1
FCu Bt
17
DdS+ 22
F- An 6.0
18
Dv 9
CFo 2
Bl PER
Summary of Approach
I : W.D VI : W
II : D VII : D.D
III : D.D VIII : D.D.D
IV : W IX : Dd
V : W X : D.D.DdS.D
15.1
RIAP™ Structural Summary
Zf = 5
ZSum = 13.0
Zest = 13.5
W = 4
(Wv = 1)
D = 12
Dd = 2
S = 1
Location Features
DQ
Single
M = 2
FM = 3
m = 0
FC = 5
CF = 2
C = 0
Cn = 0
FC’ = 2
C’F = 0
C’ = 0
FT = 0
TF = 0
T = 0
FV = 0
VF = 0
V = 0
FY = 0
YF = 0
Y = 0
Fr = 0
rF = 0
FD = 0
F = 3
(2) = 2
(FQ-)
+ = 2 (1)
o = 13 (0)
v/+ = 0 (0)
v = 3 (0)
Form Quality
FQx FQf MQual SQx
+ = 0 0 0 0
o = 13 1 1 0
u = 4 1 1 0
- = 1 1 0 1
none = 0 ---- 0 0
Blends
C'.YF
Contents
H = 0, 0
(H) = 1, 0
Hd = 1, 0
(Hd) = 0, 0
Hx = 0, 0
A = 7, 0
(A) = 0, 0
Ad = 0, 0
(Ad) = 0, 0
An = 2, 0
Art = 0, 0
Ay = 0, 0
Bl = 2, 1
Bt = 3, 0
Cg = 1, 1
Cl = 0, 0
Ex = 0, 0
Fd = 0, 0
Fi = 0, 0
Ge = 0, 0
Hh = 0, 0
Ls = 0, 0
Na = 0, 0
Sc = 0, 0
Sx = 0, 0
Xy = 0, 0
Idio = 1, 0
Determinants
FC:CF+C = 5 : 2
Pure C = 0
SumC’ : WSumC = 3 : 4.5
Afr = 0.80
S = 1
Blends:R = 1 : 18
CP = 0
AFFECT
R = 18 L = 0.20
-----------------------------------------------------------
EB = 2 : 4.5 EA = 6.5 EBPer = 2.3
eb = 3 : 4 es = 7 D = 0
Adj es = 7 Adj D = 0
-----------------------------------------------------------
FM = 3 C’ = 3 T = 0
m = 0 V = 0 Y = 1
INTERPERSONAL
COP = 0 AG = 0
Food = 0
Isolate/R = 0.17
H : (H)+Hd+(Hd) = 0 : 2
(H)+(Hd):(A)+(Ad) = 1 : 0
H+A : Hd+Ad = 8 : 1
IDEATION
a:p = 2 : 3 Sum6 = 0
Ma:Mp = 1 : 1 Lvl-2 = 0
2AB+(Art+Ay) = 0 WSum6 = 0
M- = 0 M none = 0
MEDIATION PROCESSING SELF-PERCEPTION
P = 4
X+% = 0.72
F+% = 0.33
X-% = 0.06
S-% = 1.00
Xu% = 0.22
Zf = 5
Zd = -0.5
W : D : Dd = 4 : 12 : 2
W : M = 4 : 2
DQ+ = 2
DQv = 3
3r+(2)/R = 0.11
Fr+rF = 0
FD = 0
An+Xy = 2
MOR = 1
RATIOS, PERCENTAGES, AND DERIVATIONS
SCZI = 0
DEPI = 4
CDI = 2
S-CON = 3
HVI = No
OBS = No
Client Information
Client Name:
Monica
Gender:
Female
Test Date:
12/12/2007
Client ID:
15
Date of Birth:
03/20/1981
Description:
S-Constellation
Special Scores
Lvl-1 Lvl-2
DV = 0 x1 0 x2
INC = 0 x2 0 x4
DR = 0 x3 0 x6
FAB = 0 x4 0 x7
ALOG = 0 x5
CON = 0 x7
Raw Sum6 = 0
Wgtd Sum6 = 0
AB = 0 CP = 0
AG = 0 MOR = 1
CFB = 0 PER = 2
COP = 0 PSV = 0
FV+VF+V+FD > 2
Col-Shd Blends > 0
Ego < .31 or > .44
MOR > 3
Zd > ±3.5
es > EA
CF + C > FC
X+% < .70
S > 3
P < 3 or > 8
Pure H < 2
R < 17
3 Total
2
CONSTELLATIONS TABLE
NOTE: ‘*’ indicates a cutoff that has been adjusted for age norms.
S-Constellation (Suicide Potential) SCZI (Schizophrenia Index)
DEPI (Depression Index) CDI (Coping Deficit Index)
Positive if 4 or more conditions are true:
(EA [6.5] < 6) or (AdjD [0] < 0)
(COP [0] < 2) and (AG [0] < 2)
(Weighted Sum C [4.5] < 2.5)
or (Afr [0.80] < 0.46)
(Passive [3] > Active + 1 [3])
or (Pure H [0] < 2)
(Sum T [0] > 1)
or (Isolate/R [0.17] > 0.24)
or (Food [0] > 0)
2 Total
HVI (Hypervigilance Index)
Positive if condition 1 is true and at least 4 of the others
are true:
(1) FT + TF + T [0] = 0
-----------------------------------------------------------------
(2) Zf [5] > 12
(3) Zd [-0.5] > +3.5
(4) S [1] > 3
(5) H + (H) + Hd + (Hd) [2] > 6
(6) (H) + (A) + (Hd) + (Ad) [1] > 3
(7) H + A : Hd + Ad [8:1] < 4 : 1
(8) Cg [2] > 3
OBS (Obsessive Style Index)
(1) Dd [2] > 3
(2) Zf [5] > 12
(3) Zd [-0.5] > +3.0
(4) Populars [4] > 7
(5) FQ+ [0] > 1
--------------------------------------------------------------------
Positive if one or more is true:
Conditions 1 to 5 are all true
Two or more of 1 to 4 are true and FQ+ [0] > 3
3 or more of 1 to 5 are true
and X+% [0.72] > 0.89
FQ+ [0] > 3 and X+% [0.72] > 0.89
Positive if 8 or more conditions are true:
NOTE: Applicable only for subjects over 14 years old.
FV+VF+V+FD [0] > 2
Col-Shd Blends [0] > 0
Ego [0.11] < .31 or > .44
MOR [1] > 3
Zd [-0.5] > ±3.5
es [7] > EA [6.5]
CF + C [2] > FC [5]
X+% [0.72] < .70
S [1] > 3
P [4] < 3 or > 8
Pure H [0] < 2
R [18] < 17
3 Total
Positive if 5 or more conditions are true:
(FV + VF + V [0] > 0) or (FD [0] > 2)
(Col-Shd Blends [0] > 0) or (S [1] > 2)
(3r + (2)/R [0.11] > 0.44 and Fr + rF [0] = 0)
or (3r + (2)/R [0.11] < 0.33)
(Afr [0.80] < 0.46) or (Blends [1] < 4)
(SumShading [4] > FM + m [3])
or (SumC’ [3] > 2)
(MOR [1] > 2) or (2xAB + Art + Ay [0] > 3)
(COP [0] < 2)
or ([Bt+2xCl+Ge+Ls+2xNa]/R [0.17] > 0.24)
4 Total
Positive if 4 or more conditions are true:
((X+% [0.72] < 0.61) and (S-% [1.00] < 0.41))
or (X+% [0.72] < 0.50)
X-% [0.06] > 0.29
(FQ- [1] FQu [4])
or (FQ- [1] > FQo [13] + FQ+ [0])
(Sum Level 2 Special Scores [0] > 1)
and (FAB2 [0] > 0)
(Raw Sum of 6 Special Scores [0] > 6) or
(Weighted Sum of 6 Special Scores [0] > 17)
(M- [0] > 1)
or (X-% [0.06] > 0.40)
0 Total
3
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