modo que todos os surdos do mundo inteiro iriam entender tudo o que estivesse escrito nesta
língua. No entanto, a escrita em sinais é um universo de símbolos e convenções, que permite
exprimir, com desenho, os gestos que um surdo faz para sinalizar alguma palavra. Estes
símbolos e convenções são bastante flexíveis e indicam o ponto de articulação do sinal, o tipo
de movimento da mão, a expressão facial e corporal. Eles representam, portanto, os
movimentos e expressões realizados pela pessoa, mas um sinal não é necessariamente igual
em todas as partes do mundo, nem mesmo em um país. Fazendo uma comparação
despretensiosa, estes símbolos gráficos estariam para a língua de sinais, assim como as letras
estão para as línguas faladas. (Mais detalhes podem ser conseguidos no site LIBRASweb).
Mas apesar de ainda não se ter um entendimento 100% correto sobre o que seria
a escrita em sinais, este interesse em conhecer, aprender e utilizar esta modalidade da língua
deles já revela uma mobilização dos surdos, no sentido de lutar pelos seus direitos. Neste
caso, eles estariam buscando entender melhor a multiplicidade de material escrito
disponibilizado em rede e que, mesmo para os surdos bem escolarizados, nem sempre é fácil
de entender: A gente poderia selecionar o material e utilizar os tradutores [online] para
traduzir da língua oral escrita, para a língua de sinais escrita (Patrícia).
No entanto, apesar de potencialmente útil para os surdos, um tradutor online não
é, nos termos da tecnologia de hoje, tão bom como seria um bom intérprete (da mesma forma
como aconteceria, por exemplo, na tradução de um texto em francês para português). O
problema é que nas línguas existem as expressões idiomáticas, seqüências de palavras (ou
sinais) que não podem ser entendidas como uma simples justaposição. Isto, assim como o
contexto, que pode conferir significados diferentes a um mesmo significante, não é bem
considerado quando da tradução feita por máquinas, levando, invariavelmente, a erros por
vezes bastante significativos.
Além disso, pessoas e profissionais (professores, fonoaudiólogos,...) interessados
em conhecer, entender e lidar melhor com o surdo, pode encontrar referências muito boas na
rede WWW. Existem vários sites de instituições que trabalham com o surdo (INES,
Federação Mundial do Surdo, FENEIS, Universidade Galaudet (EUA), entre outros), e
existem vários trabalhos de pesquisadores desta área. Para encontrar isto tudo, pode-se usar os
chamados sites de busca, como, por exemplo, (em Português: Alta vista, Cadê, Radix, Yahoo;
em Inglês: Altavista, Google, Lycos, Northernlight, Yahoo).