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1
CAROLINA DEMETRIO FERREIRA
FILOGENIA DOS CICONIIFORMES
(AVES) COM ÊNFASE EM
THRESKIORNITHIDAE
Botucatu
2007
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2
Carolina Demetrio Ferreira
Filogenia dos Ciconiiformes (aves)
com ênfase em Threskiornithidae
Tese apresentada ao Instituto de
Biologia de Botucatu da
Universidade Estadual Paulista,
para a obtenção de Título de
Doutor em Ciências Biológicas, na
Área de Zoologia
Orientador: Prof. Dr. Reginaldo José
Donatelli
Botucatu
2007
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3
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉC. AQUIS. E TRAT. DA INFORMAÇÃO
DIVISÃO TÉCNICA DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO – CAMPUS DE BOTUCATU- UNESP
FERREIRA, Carolina Demetrio
Filogenia dos Ciconiiformes
(Aves), com ênfase em
T
hreskiornithidae/ Carolin
a
Demetrio Ferreira. –
Botucatu:
[s.n.], 2007.
Tese (doutorado) Instituto de
Biociências de Botucatu, Universidade
Estadual Paulista, 2007.
Orientador: Prof. Dr. Re
g
inaldo José
Comissão Julgadora:
________________________ ________________________
________________________ ________________________
_____________________________
Prof. Dr. Reginaldo José Donatelli
Orientador
4
Prefácio
O grupo Ciconiiformes é bastante controverso, alguns autores
sugerem o monofiletismo do grupo, outros defendem o polifiletismo deste.
SHELDON & SLIKAS (1997) procuraram relatar os avanços na sistemática
dos Ciconiiformes de 1976 a 1996. Estes autores observaram que esta
questão foi primeiramente levantada na Conferência Americana de Aves
Aquáticas em 1976 e novamente, em 1978, no encontro para a criação da
Sociedade de Aves Aquáticas Coloniais. Nestes dois eventos, PARKER
(1978) e OLSON (1978) enfatizaram a questão da monofilia dos
Ciconiiformes, questionando se “é a ordem Ciconiiforme simplesmente um
“saco de gato” para as aves aquáticas pernaltas, de pescoço longo, bico
comprido e desmognatas?”. A ordem compreende grupos heterogêneos,
como as cegonhas (Ciconiidae), as garças (Ardeidae), os curicacas,
colhereiros e afins (Threskiornithidae), as aves-cabeça-de-martelo
(Scopidae) e as aves-bico-de-sapato (Balaenicipitidae). Na época, os
flamingos (Phoenicopteridae) também eram incluídos nessa ordem. Muitas
destas famílias compartilham caracteres com membros de outras ordens,
como os Pelecaniformes, Charadriiformes, Gruiformes, Anseriformes e
Falconiformes.
Além disso, a relação filogenética intra-familiar é conflitante. Os
Ciconiidae foram estudados quanto à caracteres etológicos (KAHL, 1971,
1972 e 1979; SLIKAS, 1998), morfológicos (WOOD, 1983 e 1984) e
moleculares (SLIKAS, 1997). As divergências estão relacionadas ao
posicionamento de Anastomus, Mycteria, Leptoptilos e se o gênero Ciconia é
ou não monofilético. Atualmente, GUZZI do programa de Pós-Graduação
do instituto de Biociências da Unesp de Botucatu está estudando a
filogenia desta família quanto aos caracteres osteológicos cranianos e seus
resultados sugerem que Ciconia não é monofilético (Ciconia episcopus
estaria fora). A família mais bem estudada é a dos Ardeidae (BOCK, 1956;
CURRY-LINDAHL, 1971; PAYNE & RISLEY, 1976; PARKES, 1978;
5
SHELDON et al., 2000). Os gêneros mais controversos são: Syrigma,
Pilherodius, Bubulcus, Agamia, Zebrilus e Cochlearius. Os
Threskiornithidae são pouco estudados e o único trabalho que apresenta
uma filogenia do grupo é o de SIBLEY & AHLQUIST (1990), que na verdade
não é um trabalho com o objetivo de relacionar os representantes deste
grupo, mas sim um trabalho sobre filogenia do grupo Aves baseado em
análise de hibridização de DNA-DNA. Entretanto, estes autores incluíram
oito gêneros e 11 espécies (dos 13 gêneros e 32 espécies de
Threskiornithidae) e puderam inferir algumas relações filogenéticas do
grupo. Os grupos conflitantes onde a relação filogenética não ficou clara
foram: Cercibis, Eudocimus, Mesembrinibis e Theristicus. Talvez o grupo
mais conflitante dentro dos Ciconiiformes seja os Balaenicipitidae. Vários
estudos concluem que as aves-bico-de-sapato estão mais relacionadas aos
pelicanos (Pelecanidae) (COTTAM, 1957; SAIFF, 1978; SIBLEY &
AHLQUIST, 1990; HEDGES & SIBLEY, 1994; VAN TUINEN et al., 2001;
LIVEZEY & ZUSI, 2001; MAYR, 2003) que aos Ciconiiformes. Já os
Scopidae foram negligenciados em muitos estudos e quando este táxon foi
incluído, seu posicionamento é bem conflitante como veremos na
discussão do capítulo 1.
Tendo em vista todo esse panorama da ordem Ciconiiformes, este
trabalho foi dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo se restringirá à
ordem Ciconiiformes e pretende esclarecer se a ordem é ou não
monofilética, quais as famílias que constituem a ordem Ciconiiformes e
como estas estão relacionadas. Já o segundo capítulo tratará da relação
filogenética dos representantes da família Threskiornithidae. A opção por
estudar apenas a filogenia dos Threskiornithidae partiu dos seguintes
argumentos: (1) já existem estudos sobre a filogenia das famílias Ardeidae
e Ciconiidae e não dos Threskiornithidae; (2) as famílias Balaenicipitidae e
Scopidae são monotípicas, sendo a relação destas famílias esclarecidas em
nível taxonômico superior; e (3) por se tratar de uma tese de doutorado,
6
onde o tema em questão deve ser inédito, então a escolha dos
Threskiornithidae está justificada.
Uma mesma matriz será utilizada para os dois capítulos, visto a
importância de se comparar os táxons em nível específico, evitando assim
o excesso de polimorfismo observado em níveis taxonômicos mais elevados
do grupo em questão.
Quanto à escolha da metodologia, a Sistemática Filogenética
(HENNIG, 1966) descritas em SWOFFORD & OLSEN (1990), WILEY et al.
(1991), AMORIM (2002) e SWOFFORD (1997), se baseia na premissa de
que os táxons envolvidos devem ser relacionados com base em caracteres
derivados compartilhados (sinapomorfias). Nas últimas décadas, a
morfologia tem sido utilizada para inferências filogenéticas das aves (por
exemplo, PAYNE & RISLEY, 1976; RAIKOW, 1982 e 1987; STRAUCH,
1985; MCKITRICK, 1985a e 1985b; PRUM, 1992; BJÖRKLUND, 1994;
GRIFFITHS, 1994a e 1994b; CHU, 1995 e 1998; MAYR & CLARKE, 2003;
MAYR, 2003; POSSO & DONATELLI, 2001 e 2006; LIVEZEY & ZUSI, 2001
e 2007). Durante esse mesmo período, a sistemática molecular tem
avançado e ganhado espaço entre os filogeneticistas ornitólogos
(SHELDON, 1987; SIBLEY & AHLQUIST, 1990; AVISE et al., 1994;
HEDGES & SIBLEY, 1994; VAN TUINEN et al., 2001). Entretanto, tanto a
escola molecular quanto a morfológica apresentaram resultados
controversos em suas análises, deixando claro que uma não é melhor que
a outra, mas são complementares. Os trabalhos sobre a anatomia das aves
têm revelado uma riqueza de caracteres anatômicos que tem implicações
filogenéticas (LIVEZEY & ZUSI, 2001). Deste modo, optou-se pela
utilização de caracteres osteológicos para o presente estudo. O crânio é a
parte do esqueleto que é mais susceptível a modificações, sendo o pós-
crânio (e o basi-crânio) mais conservativo (LIVEZEY & ZUSI, 2001). Como o
objetivo, a princípio, era estudar a filogenia da família Threskiornithidae,
os caracteres levantados foram baseados na osteologia do crânio. Mas após
analisar a minha amostragem, constatei que com esses dados coletados
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daria para estudar a ordem Ciconiiformes inteira e assim, resolvi
aumentar a minha amostragem do grupo externo. A análise do pós-crânio
seria interessante para o estudo em nível de Ordem, mas precisaria de
mais tempo de coleta de dados, o que seria inviável para o término da tese.
Para uma futura publicação, esses dados de pós-crânio serão
acrescentados a matriz original. Boa parte dos caracteres utilizados neste
trabalho foi descrito no trabalho sobre osteologia craniana de alguns
representantes de Threskiornithidae (ver FERREIRA & DONATELLI, 2005)
e não serão discutidos neste trabalho. A bibliografia referente ao prefácio
será listada na bibliografia final.
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SUMÁRIO
Prefácio..............................................................................................i
Capítulo 1..........................................................................................1
Resumo..............................................................................................1
Abstract.............................................................................................2
Introdução.................................................................................3
Objetivos...................................................................................16
Material e Métodos....................................................................17
Resultados e discussão.............................................................39
Conclusões...............................................................................52
Bibliografia geral......................................................................53
Capítulo 2........................................................................................61
Resumo............................................................................................61
Abstract...........................................................................................62
Introdução................................................................................63
Objetivos...................................................................................66
Material e Métodos....................................................................66
Resultados e discussão.............................................................88
Conclusões...............................................................................97
Bibliografia geral.......................................................................98
Anexo 1..........................................................................................103
Anexo 2..........................................................................................118
Bibliografia final.............................................................................183
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Capítulo 1
Relacionamento filogenético dos Ciconiiformes
(Aves) baseado em caracteres osteológicos cranianos
Resumo
Os Ciconiiformes são aves aquáticas, pernaltas e de pescoço longo,
com representantes em praticamente todos os continentes. Contudo, os
sistematas ornitológos admitem que os Ciconiiformes são um grupo pouco
definido, alguns autores ainda sugerem um polifiletismo do grupo. No
presente trabalho, a filogenia dos Ciconiiformes foi obtida por meio de 113
caracteres da osteologia craniana de 206 espécimes de Ciconiiformes (33
gêneros e 83 espécies), utilizando como grupos-externo os Cathartidae,
Phoenicopteriformes, Peleacniformes, Procellariiformes, Podicipediformes e
Tinamiformes. Foi realizada uma análise cladítica que resultou em 10000
árvores igualmente parcimoniosas (763 passos evolutivos, CI= 0,17 e RI=
0,77). A partir desta análise, obteve-se: 1) os Ciconiiformes não são um
grupo monofilético, baseado nas características morfológicas cranianas; 2)
existem dois grupos distintos, onde o primeiro relaciona os
Threskiornithidae, Phoenicopteridae e Ciconiidae e o segundo engloba os
Podicipedidae, Scopidae, Balaenicipitidae, Pelecanidae, Procellariiformes,
demais Pelecaniformes e Ardeidae; 3) os Phoenicopteridae são grupo-
irmão dos Threskiornithidae e não de Podicipedidae, como argumentado
por outros autores; 4) a corfirmação da relação (Scopidae (Balaenicipitidae,
Pelecanidae)); e 5) a posição dos Ardeidae ainda é incerta, devido a sua
controversa posição taxonômica não só neste estudo como em outros
trabalhos.
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Abstract
The Ciconiiformes are wading birds with long legs and short neck
with representatives in almost all continents of the globe. However,
ornithologist researches agree that Ciconiiformes is a poorly defined group,
and some of them suggest the Order is polyphyletic. In this study, the
phylogeny of the Ciconiiformes was inferred from 113 cranial osteological
characters after the analysis of 206 specimens of the Order (33 genera and
83 species). The outgroups used for comparison were the Cathartidae,
Phoenicopteriformes, Pelecaniformes, Procellariiformes, Podicepediformes
and Tinamiformes. A cladistic analysis was performed and results showed
ten thousand equally parcimonious tress (763 steps, CI=0,17 and
RI=0,77). From these results one observed that: (1) The Ciconiiformes are
not a monophyletic group based on cranial osteological characters but a
polyphyletc one; (2) there are two distinct groups, the first one relates the
Threskiornithidae, Phoenicopteridae and Ciconiidae, and a second group
includes the Podicipedidae, Scopidae, Balaenicipitidae, Pelecanidae,
Procellariiformes, other Pelecaniformes (besides Pelecanidae) and Ardeidae;
(3) The Phoenicopteridae form a sister group with the Threskiornithidae
but not with the Podicipedidae; (4) it is agreeded that Scopidae is related to
Balaenicipitidae and Pelecanidae; and (5) Ardeidae relationships is still
doubtful due to its taxonomic position found in this and other previouly
studies.
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I- INTRODUÇÃO
1- Os Ciconiiformes
Os Ciconiiformes abrangiam, até pouco tempo, todas as aves
pernaltas e de pescoço longo (SIBLEY & AHLQUIST, 1990).
Tradicionalmente, as famílias Ardeidae (garças), Ciconiidae (cegonhas),
Threskiornithidae (curicacas, colhereiros e afins), Scopidae (aves-cabeça-
de-martelo) e Balaenicipitidae (aves-bico-de-sapato) são colocadas na
ordem Ciconiiforme (BARTLETT, 1861; SUNDEVALL, 1872; REICHENOW,
1877 e 1882; SEEBOHM, 1889; MITCHELL, 1913; VERHEYEN, 1959 e
1960; CRACRAFT, 1985; SIBELY & AHLQUIST, 1990; DEL HOYO et al.,
1992); muitos autores ainda incluiam Phoenicopteridae (flamingos) nesta
ordem (REICHENOW, 1882; GADOW, 1892 e 1893; BEDDARD, 1898;
CRACRAFT, 1981; SIBLEY & AHLQUIST, 1990).
Contudo, os sistematas ornitológos admitem que os Ciconiiformes
são um grupo pouco definido, já que não há um único caráter derivado
que possa sugerir monofilia deste táxon (MAYR, 2003). REA (1983) listou
numerosos caracteres ordenados para estabelecer um táxon incluindo
Balaenicipitidae, Scopidae, Threskiornithidae, Ciconiidae e Cathartidae,
mas não distinguiu entre estados de caracteres derivados e primitivos.
MAYR (op. cit.) relata que ao analisar estes caracteres listados por REA (op.
cit.), não encontrou nenhum caracter derivado que suporte esta
classificação.
O histórico taxonômico desta ordem é bastante contraditório.
SHARPE (1891) apresentou um diagrama no qual refletia sua opinião de
que os Ciconiiformes estavam relacionados aos flamingos
(Phoenicopteridae) e Anatidae de um lado e aos Cathartidae de outro.
OLSON (1978) declarou que a tradicional ordem Ciconiiformes é
polifilética, o que é corroborado também por MAYR (2003). OLSON (op. cit.)
colocou os flamingos em Charadriiformes, os curicacas e afins entre
Charadriiformes e Gruiformes e propôs que, Balaenicipitidae, Scopidae,
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Ciconiidae e Pelecaniformes compõem um grupo “vagamente inter-
relacionado”. As garças foram transferidas para a ordem Gruiformes,
próximo aos Mesitornithidae, Eurypygidae e Rhynochetidae.
Para SAIFF (1978), os Ciconiiformes e Pelecaniformes estão
relacionados, suportados pela morfologia do ouvido médio; ainda, este
autor relata que o padrão do ouvido médio destes dois grupos é
caracterizado pela similaridade das foramina e que, com poucas exceções
(Sulidae e Anhingidae), o sino pre-esfenóide é alongado e bem formado.
CRACRAFT (1981) definiu duas linhagens em Ciconiiformes: (1)
flamingos, cegonhas e curicacas, colhereiros e afins; e (2) garças e
Balaeniceps. Estes dois grupos eram considerados grupos irmãos de
Scopidae. REA (1983) considerou que Balaenicipitidae, Scopidae,
Threskiornithidae, Ciconiidae e Cathartidae estão fortemente relacionados,
excluindo os Ardeidae.
Em 1988, CRACRAFT reviu sua classificação e reuniu os Ardeidae
com os Gruiformes e Charadriiformes com base em alguns caracteres,
separando-os dos Ciconiiformes que incluem Threskiornithidae,
Ciconiidae, Phoenicopteridae e Scopidae, mas questionou o
posicionamento de Balaenicipitidae.
A família Balaenicepitidae apresenta posição taxonômica bastante
contraditória. MAYR & AMADON (1951) acreditavam que Balaeniceps
pertencia à família Ciconiidae. COTTAM (1957) estudando esqueletos de
Balaenicipitidae, Ardeidae, Ciconiidae e Pelecaniformes, concluiu que
Balaeniceps poderia ocupar uma família monotípica na ordem
Pelecaniformes, possivelmente próximo de Pelecanidae.
FEDUCCIA (1977) argumentou que Balaenicipitidae é uma cegonha,
com base nas similaridades da columela (osso do ouvido médio), mas
OLSON (1978) relatou que Feduccia também encontrou a mesma
“condição derivada única do osso estribo (sic)...semelhante em alguns
Pelecaniformes”.
13
OLSON (1978) concorda com COTTAM (1957) em que
Balaenicipitidae está mais relacionado com os pelicanos (Pelecanidae).
Contudo, Cracraft (1985) concluiu que a similaridade entre estes dois
táxons seja uma convergência e que Balaenicipitidae é grupo-irmão das
garças (Ardeidae). Ainda, Cracraft (op. cit.) relata que as evidências
morfológicas observadas em seu estudo suportam uma relação de grupo-
irmão entre Pelecaniformes e Procelariiformes, mas não entre
Pelecaniformes e Ciconiiformes. Este autor sugere que o gênero
Balaeniceps está mais relacionado aos Ciconiiformes que aos
Pelecaniformes. Já em 1988, Cracraft acreditava que as similaridades
entre Pelecaniiformes e Balaeniceps são atribuídas a convergência porque,
de acordo com este autor “os caracteres de Balaeniceps não se encaixam
aos padrões hierárquicos dos caracteres derivados apresentados pelos
Pelecaniformes, mas àqueles apresentados pelos Ciconiiformes”.
Balaenicipitidae e Pelecanidae estão relacionados, de acordo com
HEDGES & SIBLEY (1994), suportados tanto pela análise de hibridação de
DNA-DNA quanto pelo sequenciamento de DNA mitocondrial.
MIKHAILOV (1995) investigou microestruturas de casca de ovo de
Balaenicipitidae e obteve similaridades derivadas com Scopidae e com
vários Pelecaniformes. Uma análise cladística de caracteres de crânio e
vértebras realizada por LIVEZEY & ZUZI (2001), resultou em monofilia de
Balaenicipitidae e Pelecanidae, apesar destes autores considerarem estes
resultados como sendo preliminares.
MAYR (2003) estudou Balaeniceps e suas afinidades com outros
grupos e encontrou resultados que suportam a monofilia do táxon
Scopidae + (Balaenicipitidae + Steganopodes), sendo Steganopodes
compreendido pelos grupos Fregatidae, Pelecanidae, Sulidae,
Phalacrocoracidae e Anhingidae.
Os urubus do Novo Mundo (Cathartidae) e os do Velho Mundo
(Accipitridae) normalmente são colocados em uma mesma ordem
(Falconiformes), baseado em similaridades de suas morfologias externas e
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seus modos de vida; entretanto, os Cathartidae também não estão bem
posicionados taxonômicamente.
LIGON (1967) declarou que os urubus do Novo Mundo (Cathartidae)
eram relacionados às cegonhas (Ciconiidae) e os colocou em uma mesma
ordem. AVISE et al. (1994) relatam que, a partir do estudo de
sequenciamento do citocromo b, os urubus do Novo Mundo (Cathartidae) e
as cegonhas (Ciconiidae) estão fortemente relacionados, pelos menos em
relação à algumas espécies.
SIBLEY & AHLQUIST (1990) concluíram, a partir de estudos de
hibridação de DNA-DNA, que os Cathartidae estão mais relacionados aos
Ciconiidae que aos urubus do Velho Mundo. Ainda, HEDGES & SIBLEY
(1994) observaram que a respeito dos urubus do Novo Mundo
(Cathartidae), os estudos de hibridação de DNA-DNA indicam que os
Cathartidae formam um clado com as cegonhas (Ciconiidae); já os
resultados de sequenciamento de DNA mitocondrial mostram uma relação
de Cathartidae com Fregatidae.
Por outro lado, apesar de Phoenicopteridae ser inserido na ordem
Phoenicopteriformes por muitos autores, alguns estudos têm sugerido uma
estreita relação de Phoenicopiteridae com Anseriformes (HAGEY et al.,
1990; ERICSON, 1997), enquanto outros têm sugerido que Ciconiiformes
são seus parentes mais próximos (CRACRAFT, 1981; SIBLEY &
AHLQUIST, 1990; MCKITRICK, 1991). Uma outra hipótese é a de que os
flamingos são membros da ordem Charadriiformes (OLSON & FEDUCCIA,
1980; PETERS, 1987).
Recentes análises filogenéticas sobre a relação de várias aves
aquáticas têm encontrado que os mergulhões (Podicipedidae) são grupo-
irmão dos flamingos (Phoenicopteridae) (SANGSTER, 2005). VAN TUINEN
et al. (2001) observaram, a partir de estudos de dois dados moleculares
independentes (seqüência de DNA nuclear e mitocondrial e hibridação
DNA-DNA), que os flamingos são grupo-irmão de Podicipedidae
15
(Podicipediformes). Também relatou que Balaenicipitidae e Pelecanidae
formam um clado e que este clado é grupo-irmão de Scopidae.
MAYR (2004) testou a hipótese de VAN TUINEN et al. (2001) e
chegou aos mesmos resultados destes, corroborando com a relação de
Phoenicopteridae e Podicipedidae. MAYR (op cit.) também obteve como
resultado o clado Ciconiidae + Threskiornithidae.
2. Famílias tradicionais de Ciconiiformes
2.1- Threskiornithidae
O fóssil mais antigo de Threskiornithidae (curicacas, colhereiros e
afins) data do Eoceno, há cerca de 60 milhões de anos. Na África do Sul
foram encontrados fósseis de Geronticus e Threskiornis e na América do
Norte de Plegadis, todos do Plioceno. Fósseis atribuíveis às espécies atuais
têm sido encontrados nos depósitos do Pleistoceno em diferentes partes do
mundo (MATHEU & DEL HOYO, 1992).
A família Threskiornithidae possui 14 gêneros e 33 espécies de
acordo com MONROE & SIBLEY (1993); 13 gêneros e 32 espécies segundo
MATHEU & DEL HOYO (1992) ou ainda 18 gêneros e 31 espécies de
acordo com HOWARD & MOORE (1998). Destas, 6 espécies estão
ameaçadas e uma está extinta desde 1600 (MATHEU & DEL HOYO, 1992).
Os indivíduos desta família são de tamanho médio à grande,
atingindo desde 46 cm de comprimento nas menores espécies (Bostrychia
rara, Phimosus infuscatus e Plegadis chihi) a 110 cm na maior (Pseudibis
gigantea). Em algumas espécies, os machos são ligeiramente maiores do
que as fêmeas; entretanto, são semelhantes em sua morfologia externa,
desenvolvendo certo dimorfismo sexual somente durante a estação
reprodutiva (Eudocimus ruber (guará) e Platalea ajaja (colhereiro)). O
imaturo pode ter colorido bem diferente, sendo seu bico mais curto (SICK,
1997).
A família Threskiornithidae é cosmopolita e tanto curicacas e afins
como colhereiros estão presentes em todos os continentes, exceto na
16
Antártida. Estas aves são principalmente encontradas nos trópicos, onde
sua diversidade é maior, e subtrópicos, mas também tem representantes
nas zonas temperadas (AUSTIN JR. & SINGER, 1983).
Todos os colhereiros e a maioria dos curicacas e afins alimentam-se
em águas rasas. Suas dietas consistem de insetos aquáticos, larvas de
insetos, crustáceos, moluscos, pequenos peixes e anfíbios, incluindo
girinos (AUSTIN JR. & SINGER, 1983). De acordo com SICK (1997),
pequenos crustáceos desempenham papel importante na dieta do
colhereiro (Platalea ajaja) e guará (Eudocimus ruber), sendo responsáveis
pela intensa pigmentação vermelha que estas aves apresentam em estado
selvagem; os colhereiros executam pescarias coletivas.
Os membros desta família dependem de certos habitats, em
particular planícies inundadas para reprodução, alimentação e repouso;
eles são particularmente vulneráveis às transformações massivas que têm
sido realizadas nestas áreas nas últimas décadas. (MATHEU & DEL HOYO,
1992).
2.2- Ardeidae
A origem desta família é antiga, a cerca de 55 m.a. no Eoceno
inferior. Alguns gêneros são bem antigos como Ardea do Eoceno inferior e
outros mais recentes, como Nycticorax, do Quaternário superior
(MARTÍNEZ-VILALTA & MOTIS, 1992).
Os Ardeidae (garças e socós) compreendem 17 gêneros e 60 espécies
(pode variar dependendo do autor), incluídos em quatro subfamílias:
Ardeinae, Nycticoracinae, Tigrisomatinae e Botaurinae. São aves de médio
a grande porte (27-140 cm), com pernas longas e robustas, talvez pelo fato
destas aves passarem grande parte do seu tempo dentro da água (nas
margens de rios e lagos) a procura de alimento. Estas aves são
especializadas em capturar presas vivas. O bico varia de bem fino e longo
como em Agamia agamia, a curto e amplo como em Nycticorax. Em
17
Cochlearius cochlearius, o bico é bem atípico, extremamente largo e
robusto (HANCOCK & ELLIOTT, 1978).
Não há dimorfismo sexual pronunciado nos Ardeidae, com exceção
de alguns Ixobrychus. A plumagem destas aves é basicamente preta,
marrom, azul, cinza ou branca, sendo que a região do loro, bico e tarsos é
desnuda (MARTÍNEZ-VILALTA & MOTIS, 1992).
A distribuição das garças e socós é tropical, podendo ocorrer em
elevadas altitudes como Nycticorax nycticorax, que foi registrada no Chile a
4816m de altitude. Os Ardeidae são aves aquáticas, mas não são
nadadoras, vivem nas margens de ambientes aquáticos (rios, lagos,...).
Entretanto, nem todos os Ardeidae são totalmente aquáticos, alguns
podem ser encontrados longe destes ambientes como Syrigma sibilatrix,
que vive em campos abertos na América do Sul e Ardea melanocephala,
que vive nas savanas Africanas (HANCOCK & KUSHLAN, 1984).
Com exceção dos gêneros Tigrisoma, Zonerodius, Tigriornis,
Ixobrychus e Botaurus, todos os outros gêneros são bem sociáveis,
podendo se reproduzir em colônias, e se concentram em grandes grupos
para pernoitar (HANCOCK & ELLIOTT, 1978).
Os Ardeidae se alimentam, normalmente, de animais aquáticos como
peixes, anfíbios, crustáceos, insetos (adultos e larvas), entre outros
(MARTÍNEZ-VILALTA & MOTIS, 1992).
A maior parte das garças e socós é migrante sazonal, além deste
ocorre outro tipo de deslocamento principalmente com os jovens,
conhecido como movimento dispersivo, que ocorre logo quando os jovens
se tornam independentes (HANCOCK & ELLIOTT, 1978).
Este grupo é vulnerável às mudanças ambientais, principalmente
aquelas espécies de hábitos especializados. Dentre os Ardeidae apenas
uma espécie foi extinta, Nycticorax megacephalus, das ilhas Mascarene do
oceano Índico, no século XVIII. Entretanto, há seis espécies que estão
ameaçadas: Ardea humbloti, A. insignis, Egretta vinaceigula, E. eulophotes,
Gorsachius magnificus e G. goisagi (MARTÍNEZ-VILALTA & MOTIS, 1992).
18
2.3- Ciconiidae
Os Ciconiidae (cegonhas) são um grupo bem definido, com origem no
Terciário, sendo que os fósseis mais antigos datam do Eoceno superior
(ELLIOTT, 1992a).
Esta família compreende 6 gêneros e 19 espécies (MONROE &
SIBLEY 1993). As cegonhas são aves de médio a grande porte (75-152 cm),
com bico comprido e pescoço e pernas longos. Algumas espécies têm a
região da face nua, sem pena nenhuma, podendo estender-se até o
pescoço em alguns casos. Suas asas são bem grandes, chegando a 320 cm
de curvatura no gênero Leptoptilos, que só perde para os grandes
albatrozes. Ao contrário dos Ardeidae (garças), as cegonhas voam com o
pescoço esticado (com exceção dos Leptoptilos), assim como os curicacas e
afins. A plumagem geralmente é uma combinação de preto, tons de cinza e
branco, com alguns tons iridescentes (COULTER & RODGERS, 1987).
Alimentam-se de peixes, anuros, insetos e pequenos roedores,
moluscos no caso dos Anastomus, serpentes e jacarés jovens no caso de
Mycteria americana, entre outros (ELLIOTT, 1992a).
As cegonhas são cosmopolitas, com representantes nos seis
continentes. Normalmente preferem ocupar ambientes aquáticos, como
planícies alagadas, lagos, rios e suas margens, entretanto muitas espécies
não são tão rigorosas quanto ao habitat, podendo viver e se alimentar em
áreas onde a água é escassa. Normalmente constróem ninhos em árvores,
mas Ciconia ciconia pode construir ninhos nos telhados de edificações
(COULTER & RODGERS, 1987).
Apenas cinco espécies estão ameaçadas de extinção, são elas:
Mycteria cinerea, Ciconia stormi, Ciconia boyciana, Leptoptilos javanicus e
L. dubius. Entretanto, uma recente revisão do status desta família
concluiu que 15 das 19 espécies estão regionalmente ameaçadas e que
Ciconia nigra deve entrar para a lista de cegonhas ameaçadas de extinção
(ELLIOTT, 1992a).
19
2.4- Scopidae
A origem das aves-cabeça-de-martelo (Scopus umbretta) é ainda
obscura e não se sabe ao certo sua afinidade com os outros grupos de
aves, embora seja normalmente inserido dentro dos Ciconiiformes. O
registro mais antigo desta família é um fóssil do Plioceno inferior na África
do Sul (ELLIOTT, 1992b).
Esta família compreende um gênero monoespecífico (Scopus
umbretta). O nome dado a essa ave, “ave-cabeça-de-martelo”, deve-se ao
fato de sua cabeça que lembra um martelo e pelo movimento realizado pela
mesma. São aves de médio porte, cerca de 50-56 cm, e de plumagem
marrom (a subespécie Scopus umbretta minor é mais escura e menor). O
bico preto é largo na base e vai estreitando-se até a ponta, onde termina
num gancho, característica esta que os assemelham aos Balaeniciptidae
(aves-bico-de-sapato). O pescoço e os tarsos são relativamente pequenos
para uma ave aquática, tendo estas aves de se alimentar em águas rasas
(BRITTON, 1980).
As aves cabeça-de-martelo ocorrem na África tropical e necessitam
de águas rasas para se alimentar, freqüentemente encontradas em bancos
de areia, lagos, pântanos, estuários e reservatórios. Os anfíbios constituem
uma parte significante da alimentação destas aves, embora elas também
se alimentem de pequenos peixes, crustáceos, insetos, vermes e, às vezes,
pequenos mamíferos (SNOW, 1978).
Os Scopidae não são aves sociáveis, sendo normalmente
encontrados sozinhos ou em pares. Entretanto, podem ser avistados
grupos de 10 indivíduos juntos. O repertório vocal destas aves é vasto,
mas pouco compreendido. Quando estão sozinhos normalmente são
silenciosos e a única vocalização que se escuta é quanto voam; entretanto,
quando se juntam com outros indivíduos da mesma espécie, este
repertório aumenta acompanhado de vários exibições sociais (ELLIOTT,
1992b).
20
O ninho das aves-cabeça-de-martelo é bem grande, elas constróem
vários ninhos no território, alguns ficam inacabados, outros estão prontos,
mas não são utilizados. O interessante é que estas aves constróem os
ninhos constantemente, independente de ser ou não época reprodutiva;
elas também fazem regularmente a manutenção destes ninhos. Por ser um
ninho muito grande, outras espécies de aves pequenas, como pardais,
acabam utilizando parte do ninho. Não só outras aves acabam se
aproveitando do imenso ninho das aves-cabeça-de-martelo, mas também
abelhas, serpentes e o lagarto monitor (SNOW, 1978).
O sedentarismo é bem evidente neste grupo e não há evidências de
migrações regulares, embora em regiões de período de seca prolongada
haja movimento de dispersão estas aves (ELLIOTT, 1992b).
2.5- Balaenicipitidae
Conhecidos como “ave-bico-de-sapato”, a origem do nome parece ser
local e traduzido para várias línguas, provavelmente traduzido do nome
árabe “Abu Marqub”, que significa “Pai do sapato” (SNOW, 1978).
A característica mais marcante desta ave é o seu enorme e bizarro
bico. A maxila, parecida com a de um pelicano, é robusta e termina em um
pronunciado gancho, que pode facilitar na hora de agarrar presas
escorregadias. Aparentemente este bico parece estar designado a ser forte
o suficiente para que a ave-bico-de-sapato consiga pegar suas presas no
meio da densa vegetação aquática. A cabeça é bem grande e larga para
conseguir suportar o peso do bico. É considerada uma ave de grande
porte, chegando a 1,2 m de altura ou mais. Quando estas aves voam, o
pescoço é retraído com a finalidade de trazer o peso do bico para perto do
centro do corpo, assim como fazem os pelicanos e algumas cegonhas
(como Leptoptilos), que tem de lidar com o mesmo tipo de problema. As
pernas são longas e os pés grandes, como de Jacanidae, que ajuda a
distribuir o peso do corpo. A plumagem é de um cinza-azulado, sendo que
as penas primárias são de um cinza mais escuro. A barriga é branca e
21
apresenta algumas penas escuras mais alongadas no peito. A plumagem
dos jovens é semelhante a dos adultos, mas um pouco mais escura e com
uma coloração amarronzada (ELLIOTT, 1992c).
A distribuição das aves-bico-de-sapato se restringe a África central e
leste (SNOW, 1978). Estas aves habitam regiões de pântanos,
principalmente com vegetação do tipo Papyros, gramíneas e bambus
(leguminosas). Alimenta-se em regiões de águas profundas e normalmente
age de espreita. Prefere se alimentar em águas com baixa quantidade de
oxigênio, já que os peixes têm que vir a superfície mais freqüentemente
para obtê-lo, tornando-se presas mais fáceis. Fazem parte de sua dieta
peixes de vários tamanhos, especialmente peixes-pulmonados, “bichirs” e
tilápias. Outras presas favoritas são serpentes aquáticas, anfíbios, lagartos
monitor e jovens tartarugas (VANDE WEGHE, 1981).
Os ninhos são construídos em pântanos profundos, onde estas aves
são pouco perturbadas. Nestes locais a vegetação é bem densa e pode estar
até 7 m de altura acima da superfície da água. Normalmente, áreas com
águas profundas oferecem vantagens, já que demoram mais tempo para
secar depois da estação de cheia, sendo inacessível aos predadores e
fazendeiros, que normalmente circulam com o gado e que muitas vezes
provocam queimadas na região (ELLIOTT, 1992c).
A ave-bico-de-sapato é solitária a maior parte de sua vida e mesmo
quando em pares, são vistos alimentando-se em extremos opostos dentro
do território. Esta espécie é basicamente diurna, mas pode ser vista de vez
em quando se alimentando durante a noite em casos de lua cheia. São
vistos empoleirados em árvores, mas normalmente são encontrados no
chão próximos a água (BRITTON, 1980).
Estas aves são bastante sedentárias e raramente são vistas fora do
habitat preferido. Pode acontecer de no período de seca ter pouca oferta de
alimento no território e estas aves podem se deslocar para áreas onde esse
alimento esteja mais disponível e com isso, podem ser vistos vários
indivíduos alimentando-se juntos (SNOW, 1978).
22
Apesar de ser uma ave bem conhecida, sua distribuição é bem
desigual e pouco se sabe sobre sua biologia. Aparentemente não corre
risco eminente de extinção e a principal ameaça para a espécie é a perda
do habitat, especialmente pelos fazendeiros que colocam fogo nas áreas de
pântano de Papyros e por agricultores que requisitam áreas
economicamente não produtivas, ocupadas pelas aves-bico-de-sapato. A
espécie é legalmente protegida em todo seu território, mas em algumas
regiões estas aves são caçadas e vendidas para alimentação, tanto os
adultos como os filhotes. Outro problema é a excessiva captura de jovens
para zoológicos, sendo que só em 1978, 500 filhotes foram tirados da
natureza e como o sucesso reprodutivo desta espécie é bem baixo, os
pesquisadores acreditam que não conseguirão sustentar essas perdas por
muitos anos (ELLIOTT, 1992c).
II- OBJETIVOS
A ordem Ciconiiformes é considerada atualmente, por alguns
autores, como um grupo polifilético, como já mencionado anteriormente.
Contudo, um estudo aprofundado amostrando boa parte dos gêneros e
todas as famílias relacionadas como o realizado neste trabalho, ainda não
foi realizado. Assim, com este estudo, procurou-se responder às seguintes
questões: 1- São os Ciconiiformes polifiléticos ou monofiléticos?; 2- Quais
as famílias que constituem a ordem Ciconiiformes?; e 3- Como estão
relacionadas as famílias de Ciconiiformes?
III- MATERIAL E MÉTODOS
1- Osteologia
Este trabalho foi realizado com base em caracteres osteológicos de
crânios de 62 espécimes de Threskiornithidae pertencentes a 12 gêneros e
26 espécies (o único gênero não amostrado deste grupo foi Niponia, não
disponível nos museus); 99 espécimes de Ardeidae incluídos em 13
23
gêneros e 39 espécies; 40 representantes de Ciconiidae com seis gêneros e
16 espécies; dois espécimes de Balaeniceps rex (Balaenicipitidae) e três
espécimes de Scopus umbretta (Scopidae). Para comparação com o grupo-
interno, utilizaram-se 14 representantes de Cathartidae inseridos em cinco
gêneros e sete espécies, 12 espécimes de Pelecaniformes pertencentes a
seis gêneros e seis espécies, oito representantes de Procellariiformes
inseridos em quatro gêneros e quatro espécies, cinco indivíduos de
Phoenicopteriformes incluídos em três gêneros e três espécies, quatro
espécimes de Podicipedidae com três gêneros e três espécies e dois
exemplares de Tinamus solitarius, pertencente à família Tinamidae.
O material utilizado neste estudo faz parte do acervo das coleções do
National Museum of Natural History, Smithsonian Institution,
Washington-D.C., U.S.A. (USNM), Delaware Museum of Natural History,
Washington-D.C., U.S.A. (DMNH), American Museum of Natural History,
New York, U.S.A. (AMNH) e Museu de História Natural de Taubaté,
Taubaté-S.P., Brasil (MHNT).
Os representantes dos grupos analisados neste estudo seguem
abaixo:
Ciconiiformes
- Threskiornithidae:
- Threskiornis aethiopicus (Latham, 1790): 1- USNM558412, África do
Sul, coletado em 28/02/1983, adulto, ; 2- USNM488124,
Tanzânia, coletado em 27/06/1962, adulto, ; 3- USNM613002,
Austrália, coletado em 13/07/1983, adulto, ;
- Threskiornis spinicollis (Jameson, 1835): 1- USNM429720, U.S.A.-
National Zoo Park, coletado em 28/07/1953, adulto, ; 2-
USNM347785, U.S.A.- National Zoo Park, coletado em 26/01/1950,
adulto, , cativeiro; 3- USNM620181, Austrália, coletado em
novembro/1993, adulto, ;
- Threskiornis melanocephalus (Latham, 1790): 1- AMNH4037, U.S.A.-
New York Zoo Park, coletado em 08/02/1937, adulto, ?, cativeiro; 2-
24
AMNH4977, U.S.A.- New York Zoo Park, coletado em 27/08/1940,
adulto, ?, cativeiro;
- Threskiornis molucca (Cuvier, 1829): 1- AMNH9407, Austrália,
coletado em 21/10/1974, adulto, ; 2- AMNH5852, U.S.A.- New
York Zoo Park, coletado em 25/09/1944, adulto, , cativeiro; 3-
AMNH5851, U.S.A.- New York Zoo Park, coletado em 25/09/1944,
adulto, , cativeiro;
- Pseudibis papilosa (Temminck, 1824): 1- USNM095835, Índia,
coletado em 1993, adulto, ?;
- Pseudibis davisoni (Hume, 1875): 1- AMNH58775, Filipinas, coletado
em agosto/1883, adulto, ?;
- Geronticus eremita (Linnaeus, 1758): 1- USNM560147, ?, coletado
em 1984, adulto, , cativeiro;
- Bostrychia hagedash (Latham, 1790): 1- USNM431667, Kenya,
coletado em 22/01/1962, adulto, ; 2- USNM431782, Kenya,
coletado em 30/01/1962, adulto, ; 3- USNM322594, Camarões,
coletado em 12/12/1931, adulto, ;
- Bostrychia carunculata (Rüpell, 1837): 1- AMNH4089, U.S.A.- New
York Zoo Park, coletado em 12/04/1938, adulto, ?, cativeiro; 2-
AMNH3894, U.S.A.- New York Zoo Park, coletado em 15/03/1935,
adulto, ?, cativeiro; 3- AMNH4737, U.S.A.- New York Zoo Park,
coletado em 12/11/1938, adulto, ?, cativeiro;
- Theristicus caudatus (Boddaert, 1783): 1- USNM227359, Paraguai,
coletado em 13/09/1920, adulto, ; 2- USNM345764, ?, coletado ?,
adulto, ?;
- Theristicus caerulescens (Vieillot, 1817): 1- USNM227357, Paraguai,
coletado em 13/09/1920, adulto, ; 2- USNM227358, Paraguai, em
coletado 12/09/1920, adulto, ;
- Theristicus melanopis (Gmelin, 1789): 1- USNM345730, Chile,
coletado ?, adulto, ?; 2- USNM010022, Peru, coletado em
07/07/1864, adulto, ?;
25
- Cercibis oxycerca (Spix, 1825): 1- DMNH058261, Colômbia, coletado
em 12/01/1976, adulto, ?;
- Mesembrinibis cayennensis (Gmelin, 1789): 1- USNM562523,
Panamá, coletado em 18/03/1987, adulto, ; 2- USNM621937,
Guiana, coletado em 13/03/1999, adulto, ; 3- USNM613351,
Panamá, coletado em 28/04/1990, adulto, ;
- Phimosus infuscatus (Lichtenstein, 1823): 1- USNM614541,
Argentina, coletado em 17/02/1992, adulto, ; 2- USNM614535,
Argentina, coletado em 13/02/1992, imaturo, ; 3- USNM614540,
Argentina, coletado em 17/02/1992, adulto, ; 4- USNM614542,
Argentina, coletado em 17/02/1992, imaturo, ; 5- USNM614536,
Argentina, coletado em 15/02/1992, imaturo, ;
- Eudocimus albus (Linnaeus, 1758): 1- USNM226457, República
Dominicana, coletado em 22/02/1919, adulto, ; 2- USNM500882,
USA- Flórida, coletado em março/1968, adulto, ; 3- USNM500883,
USA- Flórida, coletado em 30/09/1967, imaturo, ; 4-
USNM610612, USA- Flórida, coletado em 17/08/1925, imaturo, ;
5- USNM344699, ?, coletado em 05/05/1938, adulto, , cativeiro;
- Eudocimus ruber (Linnaeus, 1758): 1- USNM019364, ?, coletado ?,
adulto, ?, cativeiro; 2- USNM290946, ?, coletado em 05/05/1927,
adulto, , cativeiro; 3- USNM019675, U.S.A.- National Zoo Park,
coletado em 26/04/1901, adulto, ?, cativeiro;
- Plegadis chihi (Vieillot, 1817): 1- USNM614530, Argentina, coletado
em 14/02/2002, imaturo, ; 2- USNM557973, USA- Arizona,
coletado em maio/1982, adulto; 3- USNM614534, Argentina,
coletado em 16/02/1992, adulto, ;
- Plegadis rigdwayi (J. A. Allen, 1876): 1- USNM502127, Bolívia,
coletado em 1959, adulto, ?;
- Plegadis falcinellus (Linnaeus, 1766): 1- USNM502163, USA-
Virginia, coletado em 17/06/1977, adulto, ; 2- USNM430823,
26
Chukutsa- Lakedow, coletado em 26/01/1959, adulto, ; 3-
USNM502698, USA- Louisiana, coletado em 18/09/1977, adulto, ;
- Lophotibis cristata (Boddaert, 1783): 1- AMNH3788, Madagascar,
coletado ?, adulto, ?;
- Platalea leucorodia Linnaeus, 1758: 1- USNM491267, Turquia,
coletado ?, adulto, ?; 2- USNM491329, U.S.A.-m National Zoo Park,
coletado em 25/07/1969, adulto, ?, cativeiro;
- Platalea alba Scopoli, 1786: 1- USNM488121, Tanzânia, coletado em
29/06/1962, imaturo, ; 2- USNM558417, África do Sul, coletado
em 12/03/1983, adulto, ;
- Platalea regia Gould, 1838: 1- AMNH11489, Austrália, coletado em
31/04/1979, adulto, ;
- Platalea flavipes Gould, 1838: 1- AMNH11490, Austrália, coletado
em 31/04/1979, adulto, ; 2- AMNH11465, Austrália, coletado em
16/02/1979, adulto, ; 3- AMNH4964, U.S.A.- New York Zoo Park,
coletado em 15/03/1940, adulto, ?, cativeiro;
- Platalea ajaja Linnaeus, 1758: 1- USNM346709, U.S.A.- National
Zoo Park, coletado em 22/09/1930, adulto, ?, cativeiro; 2-
USNM319971, ?, coletado em 21/09/1931, adulto, , cativeiro; 3-
USNM019717, U.S.A.- National Zoo Park, coletado ?, adulto, ?,
cativeiro;
- Ardeidae:
- Ardea cinerea Linnaeus, 1758: 1- USNM344412, Copenhagen
Zoological Museum, coletado em 10/10/1926, adulto, ?; 2-
USNM431529, Itália, coletado em 24/02/1961, adulto, ; 3-
USNM556293, Holanda, coletado em 06/02/1981, adulto, ;
- Ardea cocoi Linnaeus, 1766: 1- USNM429364, Venezuela,
coletado em 18/01/1954, adulto, ; 2- USNM614523, Argentina,
coletado em 14/02/1992, adulto, ; 3- USNM614524, Argentina,
coletado em 15/02/1992, adulto, ;
27
- Ardea goliath Cretzchmar, 1827: 1- USNM224819, África- Stanley
Pool, coletado entre 1893-1895, adulto, ?; 2- USNM622457, ?,
coletado em 29/06/1998, adulto, ; 3- USNM621674, ?, coletado em
10/04/1998, adulto, ;
- Ardea herodias Linnaeus, 1758: 1- USNM553812, U.S.A.-
Maryland, coletado em agosto/1973, adulto, ; 2- USNM499389,
U.S.A.- Minnesota, coletado em 13/06/1925, adulto, ; 3-
USNM560270, U.S.A.- Florida, coletado em 17/05/1976, adulto, ;
- Ardea melanocephala Vigor & Children, 1826: 1- USNM488107,
Tanzânia, coletado em 28/06/1962, adulto, ; 2- USNM558410,
África do Sul, coletado em 20/03/1983, adulto, ; 3- USNM322536,
Camarão, coletado em 14/03/1931, adulto, ;
- Ardea purpurea Linnaeus, 1766: 1- USNM290063, China,
coletado em 01/12/1925, adulto, ?; 2- USNM290137, U.S.A.-
National Zoo Park, coletado em 03/05/1926, adulto, , cativeiro; 3-
USNM605008, Israel, coletado em 23/04/1968, adulto, ;
- Ardea sumatrana Raffles, 1822: 1- USNM556980, Indonésia,
coletado em 27/05/1981, adulto, ; 2- USNM019749, ?, coletado ?,
adulto, ?; 3- USNM488342, Indian Ocean- West Sumatra, coletado
em 22/11/1963, adulto, ;
- Ardeola bacchus (Bonaparte, 1855): 1- USNM292030, China,
coletado em 12/06/1928, adulto, ; 2- USNM292267, China,
coletado em 09/10/1928, adulto, ?; 3- USNM292032, China,
coletado em 29/07/1928, adulto, ;
- Ardeola ralloides (Scopoli, 1769): 1- USNM488112, Tanzânia,
coletado em 30/06/1963, adulto, ; 2- USNM490546, Zimbabwe,
coletado em 29/01/1970, adulto, ; 3- USNM490285, Zimbabwe,
coletado em 23/01/1970, adulto, ;
- Botaurus lentiginosus (Montagu, 1813): 1- USNM492595, U.S.A.-
Utah, coletado em 05/10/1914, adulto, ?; 2- USNM499630, U.S.A.-
28
Louisiana, coletado em 29/08/1925, adulto, ; 3- USNM560118,
U.S.A.- Virginia, coletado em 14/10/1984, adulto, ♂♀, cativeiro;
- Botaurus poiciloptilus (Wagler, 1827): 1- USNM502126, Nova
Zelândia, coletado em 23/02/1962, adulto, ;
- Botaurus stellaris (Linnaeus, 1758): 1- USNM502140, Mongólia,
coletado em 01/07/1971, adulto, ; 2- USNM343979, Tailândia,
coletado em 24/01/1937, adulto, ;
- Butorides striatus (Linnaeus, 1758): 1- USNM610607, U.S.A.-
Louisiana, coletado em 23/05/1925, adulto, ; 2- USNM622500,
U.S.A.- Florida, coletado em 10/04/1901, adulto, ; 3-
USNM500820, U.S.A.- Florida, coletado em 07/04/1974, adulto, ;
- Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758): 1- USNM587407, Swaziland,
coletado em 16/02/1999, adulto, ; 2- USNM587411, Swaziland,
coletado em 16/02/1999, adulto, ; 3- USNM292029, China,
coletado em 12/06/1928, adulto, ;
- Cochlearius cochlearius (Linnaeus, 1766): 1- USNM321842, ?,
coletado em 10/11/1933, adulto, , cativeiro; 2- USNM623239,
U.S.A.- National Zoo Park, coletado em 25/12/2000, adulto, ,
cativeiro; 3- USNM346906, ?, coletado em 18/05/1945, adulto, ,
cativeiro;
- Egretta alba (Linnaeus, 1758): 1- USNM344597, ?, coletado em
12/10/1937, adulto, , cativeiro; 2- USNM292770, China, coletado
em 25/01/1929, adulto, ; 3- USNM432025, South Rhodesia,
coletado em 10/06/1962, adulto, ;
- Egretta ardesiaca (Wagler, 1827): 1- USNM430822,
Bechuanaland Protectorate, coletado em 19/01/1959, adulto, ; 2-
USNM432188, Madagascar, coletado em 07/09/1964, adulto, ;
- Egretta caerulea (Linnaeus, 1758): 1- USNM610602, U.S.A.-
Gergia (?), coletado em 11/08/1926, adulto, ; 2- USNM318670,
Cuba, coletado em 22/02/1930, imaturo, ; 3- USNM318849, Haiti,
coletado em 09/04/1930, adulto, ;
29
- Egretta garzetta (Linnaeus, 1766): 1- USNM289952, China,
coletado ?, adulto, ?; 2- USNM291653, China, coletado em
26/12/1927, adulto, ; 3- USNM430820, South Rhodesia, coletado
em 26/12/1958, adulto, ;
- Egretta intermedia (Wagler, 1829): 1- USNM561998, Philippines
Palawan, coletado em 14/04/1987, adulto, ; 2- USNM430778,
South Rhodesia, coletado em 17/07/1958, adulto, ; 3-
USNM488117, Tanganyika, coletado em 27/06/1963, adulto, ;
- Egretta novaehollandiae (Latham, 1790): 1- USNM430756, ?,
coletado em 19/08/1958, adulto, ?, cativeiro; 2- USNM347668,
Austrália, coletado em 16/06/1948, adulto, ; 3- USNM561541,
New Caledonia, coletado em 11/09/1986, adulto, ;
- Egretta rufescens (Gmelin, 1789): 1- USNM292998, U.S.A.- Texas,
coletado em 29/07/1929, adulto, ; 2- USNM431657, U.S.A.-
National Zoo Park, coletado em 01/06/1962, adulto, , cativeiro; 3-
USNM292999, Texas, coletado em 23/08/1929, adulto, ;
- Egretta sacra (Gmelin, 1789): 1- USNM488335, West Thailand,
coletado em 15/11/1963, adulto, ; 2- USNM429352, Marshall
Island- Arno Atoll, coletado em 17/07/1950, adulto, ; 3-
USNM491962, Eniewetok Atoll, coletado em 04/01/1973, adulto, ;
- Egretta thula (Molina, 1782): 1- USNM492615, U.S.A.- Utah,
coletado em 07/08/1914, imaturo, ; 2- USNM499227, U.S.A.-
Utah, coletado em 22/09/1914, adulto, ; 3- USNM490088, U.S.A.-
Utah, coletado em 07/08/1914, imaturo, ;
- Egretta tricolor (P. L. S. Müller, 1776): 1- USNM610604, U.S.A.-
Louisiana, coletado em 21/07/1925, adulto, ; 2- USNM613795,
U.S.A.- Louisiana, coletado em 04/09/1925, imaturo, ?; 3-
USNM019908, U.S.A.- Florida, coletado em 26/06/1906, adulto, ?;
- Gorsachius melanolophus (Raffles, 1822): 1- USNM488330, West
Thailand, coletado em 04/11/1963, adulto, ;
30
- Ixobrychus cinnamomeus (Gmelin, 1789): 1- USNM343195, North
Siam, coletado em 03/07/1935, adulto, ; 2- USNM290196,
Tailândia, coletado em 03/04/1926, adulto, ; 3- USNM291372,
Filipinas, coletado em 17/10/1927, adulto, ;
- Ixobrychus eurhythmus (Swinhoe, 1873): 1- USNM502141, antiga
URSS, coletado em 27/06/1975, adulto, ;
- Ixobrychus exilis (Gmelin, 1789): 1- USNM559149, U.S.A.-
Pennsylvania, coletado em 17/05/1978, adulto, ; 2- USNM430753,
U.S.A.- National Zoo Park, coletado em 18/08/1958, adulto, ?,
cativeiro;
- Ixobrychus involucris (Vieillot, 1823): 1- USNM562748, Brasil- São
Paulo, coletado em 31/03/1987, adulto, ;
- Ixobrychus sinensis (Gmelin, 1789): 1- USNM560646, Filipinas,
coletado em 06/06/1985, adulto, ;
- Ixobrychus sturmii (Wagler, 1827): 1- USNM322520, Camarão,
coletado em 03/03/1931, adulto, ;
- Nycticorax caledonicus (Gmelin, 1789): 1- USNM009842,
Polinésia, coletado ?, adulto, ?; 2- USNM556979, Indonésia, coletado
em 13/09/1981, adulto, ; 3- USNM561542, New Caledonia,
coletado em 13/09/1986, adulto, ;
- Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758): 1- USNM431964, U.S.A.-
Califórnia, coletado em 1959, adulto, ; 2- USNM489903, U.S.A.-
Utah, coletado em 10/09/1914, adulto, ; 3- USNM501635, U.S.A.-
Virginia, coletado em 26/03/1975, adulto, ;
- Nycticorax violaceus (Linnaeus, 1758): 1- USNM318842, Haiti,
coletado em 06/05/1930, adulto, ; 2- USNM610610, U.S.A.-
Louisiana, coletado em 29/07/1925, imaturo, ; 3- USNM288582,
U.S.A.- Florida, coletado em 22/03/1923, adulto, ;
- Pilherodius pileatus (Boddaert, 1783): 1- USNM345759, Brasil,
coletado em 16/11/1940, adulto, ;
31
- Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824): 1- USNM562742, Brasil-
São Paulo, coletado em 22/11/1986, adulto, ; 2- USNM227360,
Argentina, coletado em 14/08/1920, adulto, ; 3- USNM614521,
Argentina, coletado em 24/02/1992, adulto, ;
- Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783): 1- USNM621936, Guiana,
coletado em 28/02/1999, adulto, ; 2- USNM345756, Brasil- Mato
Grosso, coletado em 04/10/1940, adulto, ; 3- USNM345757,
Brasil- Mato Grosso, coletado em 04/10/1940, adulto, ;
- Tigrisoma mexicanum (Swainson, 1834): 1- USNM007763,
Mazatlan Mexico, coletado ?, adulto, ?; 2- USNM343840, Panamá,
coletado em 06/03/1937, adulto, ?;
- Ciconiidae:
- Anastomus lamelligerus (Temminck, 1823): 1- USNM291420,
Sudão (África), coletado em 08/03/1928, adulto, ; 2-
USNM291419, Sudão (África), coletado em 08/03/1928, adulto, ;
3- USNM291418, Sudão (África), coletado em 08/03/1928, adulto,
;
- Anastomus oscitans (Boddaert, 1783): 1- USNM553234,
Tailândia, coletado em 18/11/1964, adulto, ; 2- USNM489353,
U.S.A.- National Zoo Park, coletado em 15/11/1961, adulto, ?,
cativeiro; 3- USNM488759, U.S.A.- National Zoo Park, coletado em
15/11/1961, adulto, ?, cativeiro;
- Ciconia abdimii Lichtenstein, 1823: 1- USNM430456, Southern
Rhodesia, coletado em 14/11/1957, adulto, ; 2- USNM430455,
Southern Rhodesia, coletado em 14/11/1957, adulto, (sem
mandíbula); 3- USNM430528, Southern Rhodesia, coletado em
01/02/1958, adulto, ;
- Ciconia ciconia (Linnaeus, 1758): 1- USNM605020, Israel,
coletado em 01/10/1968, adulto, ; 2- USNM605017, Israel,
32
coletado em 26/09/1968, imaturo, ; 3- USNM428169, ?, coletado
em 06/11/1950, adulto, , cativeiro;
- Ciconia episcopus (Boddaert, 1783): 1- USNM430766, U.S.A.-
National Zoo Park, coletado em 18/09/1958, adulto, , cativeiro; 2-
USNM226001, Celebes, coletado em 15/03/1917, adulto, ; 3-
USNM225807, Celebes, coletado em 18/10/1916, adulto, ?;
- Ciconia maguari (Gmelin, 1789): 1- USNM614526, Argentina,
coletado em 18/02/1992, adulto, ; 2- USNM614528, Argentina,
coletado em 18/02/1992, adulto, ; 3- USNM614525, Argentina,
coletado em 14/02/1992, adulto, ;
- Ciconia nigra (Linnaeus, 1758): 1- USNM019784, ?, coletado em
28/06/1904, adulto, ?, cativeiro; 2- USNM291560, ?, coletado em
14/05/1978, adulto, , cativeiro;
- Ephippiorhynchus asiaticus (Latham, 1790): 1- USNM019694, ?,
coletado em 1991, adulto, ?; 2- USNM346193, ?, coletado em
11/02/1941, adulto, ?, cativeiro;
- Jabiru mycteria (Lichtenstein, 1819): 1- USNM343462, Brasil,
coletado em 1936?, adulto, ?; 2- USNM343461, Brasil, coletado em
1936?, adulto, ?; 3- USNM343466, Brasil, coletado em 1936?,
adulto, ?;
- Leptoptilos crumeniferus (Lesson, 1831): 1- USNM430819,
Bechuanaland Protectorade, coletado em 20/0015/1959, adulto, ;
2- USNM489396, Zimbabwe, coletado em 03/12/1967, adulto, ; 3-
USNM488129, Tanzânia, coletado em 28/02/1962, adulto, ;
- Leptoptilos dubius (Gmelin, 1789): 1- USNM225988, ?, coletado
em 13/08/1917, adulto, , cativeiro; 2- USNM429220, ?, coletado ?,
adulto, , cativeiro;
- Leptoptilos javanicus (Horsfield, 1821): 1- USNM488758, U.S.A.-
National Zoo Park, coletado em 01/11/1959, adulto, ?, cativeiro; 2-
USNM430764, U.S.A.- National Zoo Park, coletado em 01/09/1958,
33
adulto, ?, cativeiro; 3- USNM223897, Borneo, coletado em
27/03/1913, adulto, ;
- Mycteria americana Linnaeus, 1758: 1- USNM610613, U.S.A.-
Arkansas, coletado em 13/08/1923, adulto, ; 2- USNM500884,
U.S.A.- Flórida, coletado em 05/10/1967, imaturo, ?; 3-
USNM622473, U.S.A.- Flórida, coletado em 29/06/1989, adulto, ;
- Mycteria cinerea (Raffles, 1822): 1- USNM430169, U.S.A.-
National Zoo Park, coletado em 05/06/1955, adulto, , cativeiro;
- Mycteria ibis (Linnaeus, 1766): 1- USNM488127, Tanzânia,
coletado em 27/06/1962, adulto, ; 2- USNM488125, Tanzânia,
coletado em 26/06/1962, adulto, ; 3- USNM431651, Southern
Rhodesia, coletado em 27/12/1961, adulto, ;
- Mycteria leucocephala (Pennant, 1769): 1- USMN432506, China,
coletado ?, adulto, ?;
- Balaenicipitidae:
- Balaeniceps rex Gould, 1850: 1- USNM345070, U.S.A.- National
Zoo Park, coletado em 11/06/1939, adulto, , cativeiro; 2-
USNM344963, ?, coletado ?, adulto, ?;
- Scopidae:
- Scopus umbretta Gmelin, 1789: 1- USNM431669, Kenya, coletado
em 29/01/1962, adulto, ; 2- USNM431497, Zimbabwe, coletado
em 20/06/1960, adulto, ; 3- USNM431670, ?, coletado ?, adulto, ?.
Falconiformes
- Cathartidae:
- Cathartes aura (Linnaeus, 1758): 1- USNM345791, Brazil- Mato
Grosso do Sul, coletado em 15/11/1960, adulto, ; 2-
USNM562524, Panamá, coletado em 29/03/1987, adulto, ;
34
- Cathartes burrovianus Cassin, 1845: 1- USNM431336, Panamá,
coletado em 24/03/1961, adulto, ; 2- USNM622341, Guiana,
coletado em 24/03/2000, adulto, ;
- Cathartes melambrotus Wetmore, 1964: 1- USNM559319,
Guiana, coletado em 09/01/1984, adulto, ; 2- USNM621939,
Guiana, coletado em 10/03/1999, adulto, ;
- Coragyps atratus (Bechstein, 1793): 1- USNM560278, U.S.A.-
Flórida, coletado em 17/05/1973, adulto, ; 2- USNM613353,
Panamá, coletado em 22/04/1990, adulto, ;
- Gymnogyps californianus (Shaw, 1798): 1- USNM492447, U.S.A.-
Califórnia, coletado em 16/11/1974, adulto, ?; 2- USNM489359,
U.S.A.- Califórnia, coletado em 27/10/1966, imaturo, ?;
- Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758): 1- USNM320861, U.S.A.-
National Zoo Park, coletado em 12/12/1932, adulto, ; 2-
USNM345434, U.S.A.- National Zoo Park, coletado em 01/06/1940,
adulto, ;
- Vultur gryphus Linnaeus, 1758: 1- USNM019485, Coy Inlet-
Patagônia, coletado em 26/11/1896, adulto, ?; 2- USNM346633,
U.S.A.- National Zoo Park, coletado em 09/12/1942, adulto, ,
cativeiro.
Pelecaniformes
- Phaethontidae:
- Phaeton aethereus Linnaeus, 1758: 1- USNM490835, Ilha
Ascensão, coletado em 25/07/1971, adulto, ; 2- USNM558044, Ilha
Barbuda, coletado em 20/01/1983, adulto, ;
- Fregatidae:
- Fregata minor (Gmelin, 1789): 1- USNM289131, Havaí, coletado
em 12/07/1923, adulto, ?; 2- USNM499272, Havaí, coletado em
16/07/1923, adulto, ?;
35
- Pelecanidae:
- Pelecanus erythrorhynchos Gmelin, 1789: 1- USNM017259, ?,
coletado ?, adulto, ?; 2- USNM610584, U.S.A.- Nevada, coletado em
07/10/1922, imaturo, ?;
- Sulidae:
- Sula leucogaster (Boddaert, 1783): 1- USNM622596, Johnston
Atoll, coletado em 01/06/1999, adulto, ; 2- USNM490768, Ilha
Ascensão, coletado em 03/07/1970, adulto, ;
- Phalacrocoracidae:
- Phalacrocorax olivaceus (Humboldt, 1805): 1- USNM001493,
México, coletado ?, adulto, ?; 2- USNM288678, Guatemala, coletado
em 23/06/1923, adulto, ;
- Anhingidae:
- Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766): 1- USNM345748, Brasil,
coletado em 17/11/1940, adulto, ; 2- USNM345749, Brasil,
coletado ?, adulto, ;
Procellariiformes
- Diomedeidae:
- Diomedea immutabilis Rothschild, 1893: 1- USNM289158, Havaí,
coletado em 11/04/1923, adulto, ; 2- USNM289161, Havaí,
coletado em 06/05/1923, adulto, ;
- Procellariidae:
- Puffinus pacificus (Gmelin, 1789): 1- USNM613904, Oceano
Pacífico, coletado em 22/10/1990, adulto, ; 2- USNM614182,
Oceano Pacífico, coletado em 03/04/1991, adulto, ;
36
- Fulmarus glacialis (Linnaeus, 1761): 1- USNM561910, Oceano
Pacífico, coletado em 06/07/1983, adulto, ; 2- USNM557601,
U.S.A.- Califórnia, coletado em 25/08/1982, adulto, ;
- Procellaria aequinoctialis Linnaeus, 1758: 1- USNM488359, Ilha
de Amsterdam, coletado em 08/04/1964, adulto, ; 2-
USNM559784, Antártica, coletado em 03/12/1983, adulto, .
Phoenicopteriformes
- Phoenicopteridae:
- Phenicopterus ruber Linnaeus, 1758: 1- USNM319965, U.S.A.-
National Zoo Park, coletado em 14/09/1931, adulto, ?, cativeiro;
2- USNM558418, ?, coletado ?, adulto, ?;
- Phoeniconaias minor (Geoffroy, 1798): 1- USNM488728, Kenya,
coletado em fevereiro/1965, adulto, ; 2- USNM488729, Kenya,
coletado em outubro/1963, adulto, ;
- Phoenicoparrus andinus (Philippi, 1854): 1- USNM502130, U.S.A.-
California, coletado em abril/1966, adulto, ?, cativeiro.
Podicipediformes
- Podicipedidae:
- Podiceps grisegena (Boddaert, 1783): 1- MHNT1060, URSS- Primorye
territory, coletado em 25/06/1975, adulto, .
- Podilymbus podiceps (Linnaeus, 1758): 1- MHNT14, Brasil-
Pindamonhangaba/SP, coletado em janeiro/1985, adulto, ?; 2-
MHNT326, Brasil- Ubatuba-Poruba/SP, coletado em 07/06/1987,
adulto, .
- Aechmophorus occidentalis (Lawrence, 1858): 1- MHNT12, USA-
Utah, coletado em 24/05/1932, adulto, .
Tinamiformes
- Tinamidae
37
- Tinamus solitarius (Vieillot, 1819): 1- MHNT1016, Brasil-
Ubatuba/SP, coletado em 1991, adulto, , cativeiro; 2- MHNT497,
Brasil- Ubatuba/SP, coletado em 06/09/1988, adulto, .
A nomenclatura utilizada para a denominação das estruturas
osteológicas seguiu a Nomina Anatomica Avium (BAUMEL & WITMER,
1993). Contudo, nos casos onde não foram possíveis utilizar-se deste
referencial, optou-se pela utilização de letras e números a fim de se evitar
a criação desnecessária de nomes. Alguns caracteres utilizaram a
nomenclatura apresentada no trabalho de osteologia craniana de
FERREIRA & DONATELLI (2005). No anexo 2 estão apresentados os
caracteres utilizados e suas respectivas ilustrações.
Para a denominação das famílias e espécies, seguiu-se DEL ROYO et
al. (1992) e HOUSTON (1994).
As estruturas ósseas foram observadas utilizando-se de microscópio
estereoscópio que esteve à disposição nas instituições (museus) visitadas;
as medidas das estruturas ósseas foram realizadas com auxílio de um
paquímetro Mitutoyo de 300mm.
2- Sistemática
Para o relacionamento entre os Ciconiiformes, utilizou-se da
metodologia da Sistemática Filogenética (HENNIG, 1966) descritas em
SWOFFORD & OLSEN (1990), WILEY et al. (1991), AMORIM (2002) e
SWOFFORD (1997). Segundo essa metodologia, os táxons envolvidos
devem ser relacionados com base em caracteres derivados compartilhados
(sinapomorfias).
Após a comparação da osteologia craniana dos Ciconiiformes, foram
levantadas as características que apresentaram similaridades morfológicas
(homologias primárias) específicas, por meio da técnica de comparação
com o grupo-externo (“out group” ou grupo-irmão). Ainda, foram
38
descartadas as características que não apresentaram segurança para o
estabelecimento de homologias com o grupo-externo.
A análise filogenética procura estabelecer as relações de parentesco
entre os táxons. Para que isso seja realizado, utilizar-se-á a condição de
um determinado caráter no grupo em estudo (“in group”) e fora dele (“out
group”) em táxons de categoria superior. Este procedimento nos informa se
a condição do caráter é apomórfica ou plesiomórfica. Desta forma, a
polaridade de um dado caráter pode ser determinada (BRYANT, 1991).
Uma vez pré-selecionados, tais caracteres foram dispostos em uma
matriz elaborada pelo software NEXUS Data Editor 0.5.0 (PAGE, 2001)
exportada para o formato HENNIG 86, apresentada no anexo 1. Foram
dados estados a esses caracteres, isto é, 0 ou 1, ou ainda 0, 1, 2... no caso
dos caracteres multiestados. Isso não quer dizer que o estado “0” é
plesiomórfico e o “1” apomórfico, significa apenas o estado do caráter, já
que o sentido evolutivo é dado pelo programa utilizado. Quando não foi
possível estabelecer o sentido evolutivo de uma série de transformação,
esse mesmo caráter foi utilizado para a análise filogenética como não-
ordenado, a fim de se evitar uma interpretação e ordenação incorreta na
polarização do caráter. Os caracteres ordenados foram os 3, 11, 15, 16,
31, 32, 36, 37, 40, 53, 56, 57, 104 e 108 (14 caracteres ao todo) (Anexo 2).
Os táxons do grupo-interno foram reunidos através de caracteres
homólogos compartilhados, ou seja, sinapomorfias. Caracteres
encontrados apenas nos táxons terminais indicam uma condição mais
recente e exclusiva, isto é, uma autapomorfia, não compartilhada com
nenhum outro táxon. O estado plesiomórfico é encontrado pela
comparação com o grupo-externo (LIPSCOMB 1992).
Para a comparação com os Ciconiiformes, foram utilizados os grupos
Cathartidae ("urubus-do-Novo-Mundo"), Pelecaniformes ("pelecanos,
biguás, atobás, etc"), Procellariiformes (“albatrozes, pardelas e andorinhas-
do-mar”), Phoenicopiteriformes ("flamingos"), e Podicipedidae
(“mergulhões”) e Tinamidae (“inhambus”) como grupos-externos. Os
39
Pelecaniformes foram escolhidos por serem considerados grupo próximo
aos Ciconiiformes por alguns autores (OLSON, 1978; SAIFF, 1978) e
Procellariiformes por, às vezes, serem relacionados aos Pelecaniformes
(CRACRAFT, 1985; VAN TUINEN et al., 2001); Cathartidae foi acrescentado
aos Ciconiiformes, por SIBLEY & AHLQUIST (1990), a partir da análise
molecular de proteínas de clara de ovo, hipótese esta compartilhada
também por outros autores (LIGON, 1967; AVISE et al., 1994). Já
Phoenicopteridae foi considerado como um grupo muito próximo aos
Threskionithidae por vários autores (REICHENOW, 1882; SHARPE, 1891;
GADOW, 1892 e 1893; BEDDARD, 1898; VERHEYEN, 1959 e 1960;
CRACRAFT, 1981; SIBLEY & AHLQUIST, 1990; MCKITRICK, 1991), sendo
hoje inserido em uma ordem (Phoenicopteriformes) próxima de
Ciconiiformes. Os Podicipedidae foram escolhidos por serem considerados
grupo-irmão dos Phoenicopteriformes (VAN TUINEN et al., 2001; MAYR,
2004; CHUBB, 2004), sendo incluídos neste estudo para melhor elucidar
as relações de Phoenicopteriformes com os Ciconiiformes; e Tinamidae, por
ser um grupo basal dentro das aves (LIVEZEY & ZUSI, 2001), foi escolhido
para comparação e enraizamento do cladograma.
Assim, uma vez estabelecida a polaridade dos caracteres, pôde-se
expressar as relações entre as famílias de Ciconiiformes na forma de um
cladograma.
A apresentação de um único cladograma final parte-se do princípio
de que o número de cladogramas com o mesmo número de passos em
estudos com um número grande de táxons terminais pode ser de centenas
ou milhares (AMORIM 2002). Neste trabalho, optou-se pela apresentação
da Árvore de Consenso Estrito, por esta transpor para a árvore de
consenso apenas os grupos monofiléticos que estão presentes em todos os
cladogramas (AMORIM op. cit.) e da árvore mais parsimoniosa. A
apresentação apenas da Árvore de Consenso Estrito implica em uma perda
considerável de informações, apesar do objetivo ser eliminar os grupos
dúbios. Assim, para as hipóteses filogenéticas conflitantes entre si em um
40
mesmo conjunto de dados de um determinado grupo, foi utilizado o
Princípio de Parcimônia. De acordo com o Princípio de Parcimônia, o
cladograma final deve ser aquele que apresente o menor número de
eventos evolutivos ou de surgimento de apomorfias.
Os caracteres ambíguos foram otimizados. A otimização pelos
critérios ACCTRAN (accelerated transformation) e DELTRAN (delayed
transformation) se baseiam nas seguintes premissas: quando a apomorfia
for uma aquisição, considera-se maior a probabilidade de ocorrer uma
origem e uma perda que considerar duas aquisições independentes
(ACCTRAN); se a apomorfia é uma perda, assume-se que duas perdas
independentes devem ser mais prováveis que a ocorrência de uma perda e
uma origem subseqüente (DELTRAN) (AMORIM, 2002). Entretanto, apesar
da otimização ser muito subjetiva, DE PINNA (1991) comenta que o
surgimento a priori de um caráter e depois de uma perda (ACCTRAN) é
preferível que um surgimento a posteriori no cladograma, privilegiando
assim as homologias primárias. Sendo assim, optou-se neste estudo pela
otimização dos caracteres pelo critério ACCTRAN.
A matriz com 108 táxons terminais (neste estudo em nível de
espécie) e 113 caracteres (Anexo 1) foi analisada através do método
numérico com a utilização dos programas Winclada (NIXON, 2002) e Nona
(GOLOBOFF, 1993). A árvore com menor número de passos foi encontrada
com a análise Heuristic Search randomizada, opção “Multmax” tree, com
1000 réplicas, otimizada pelo critério “fast optimization” (referente ao
ACCTRAN no PAUP). Para o suporte dos ramos foram feitas as análises de
Bremer e bootstrap, realizadas pelos mesmos programas.
IV- RESULTADOS E DISCUSSÃO
A filogenia dos Ciconiiformes obtida neste estudo é apresentada,
conforme a metodologia, pela apresentação da árvore de consenso estrito
(Fig. 1) e pela árvore mais parcimoniosa (Fig. 2), ambas enraizadas em
41
Tinamus solitarius (Tinamidae). A relação dos caracteres com a descrição e
polarização dos estados destes estão apresentados no anexo 2.
Figura 1- Árvore de Consenso Estrito dos Ciconiiformes (L= 824, CI= 0,16,
RI= 0,75) (amarelo= famílias tradicionais de Ciconiiformes; os números
referem-se aos nós).
42
Figura 2- Cladograma da filogenia dos Ciconiiformes proposta neste estudo
(L= 763, CI= 0,17, RI= 0,77) (grifado em amarelo= famílias tradicionais de
Ciconiiformes; os números referem-se aos nós; entre parênteses são os
valores do bootstrap; vermelho= índice de suporte de Bremer).
A árvore de consenso estrito foi completamente resolvida com
exceção das politomias dos nós 3 e 6 (Fig. 1). A análise cladística
apresentou 824 passos evolutivos, com índice de consistência (IC) de 0,16
e índice de retenção geral (IR) de 0,75.
Foram encontradas 10000 árvores igualmente parcimoniosas com
763 passos evolutivos, índice de consistência (IC) de 0,17 e índice de
retenção geral (IR) de 0,77 (Fig. 2). KITCHING et al. (1998) relatam que um
número elevado de táxons terminais pode resultar num baixo índice de
43
consistência, o que pode ter acontecido neste estudo, já que foram
analisados 108 táxons terminais.
De acordo com este estudo, os Ciconiiformes tradicionais, isto é, as
famílias que são tradicionalmente incluídas na ordem Ciconiiformes
(Ardeidae, Threskiornithidae, Ciconiidae, Balaenicipitidae e Scopidae),
formam um grupo polifilético (Fig. 2). No cladograma da figura 2, observa-
se que o grupo monofilético do nó 3 inclui, além dos tradicionais
Ciconiiformes, os grupos Pelecaniformes, Procellariformes,
Podicipediformes e Phoenicopteriformes, sendo este nó suportado por dez
caracteres, bootstrap de 95% e índice de suporte de Bremer de 11: (0)
Sutura frontonasal: presente; (1) Sutura frontolacrimal: presente; (10)
Lacrimal fundido à caixa craniana: não fundido; (23) Tamanho do processo
Pr3 do ectetmóide: curto; (24) Forma do processo Pr3 do ectetmóide:
afilado na extremidade; (39) Processo Suprameático: presente; (69)
Tamanho do processo orbital do quadrado: maior que 2/3 da relação:
tamanho do processo versus tamanho do corpo do quadrado; (82) Sulco
Sul3 na face ventral da maxila, ocupando toda a sua extensão (ver
FERREIRA & DONATELLI, 2005): presente; (107) Processo Retroarticular:
ausente; (112) Forâmen pneumático articular: presente.
Em 1978, OLSON já havia chamado a atenção para o possível
poilifiletismo dos Ciconiiformes, bem como para o conflitante
posicionamento dos Ardeidae (que ele acreditava estarem mais
relacionados aos Gruiformes). Relatou ainda que os Threskiornithidae
seriam um grupo de transição, apresentando características de ambos os
grupos Gruiformes e Charadriiformes. Os Ciconiidae, Scopidae e
Balaenicipitidae devem estar relacionados entre si, com afinidades com os
Pelecaniformes.
Dois grupos distintos podem ser observados no cladograma (Fig.2):
um clado relacionando Ciconiidae, Threskiorniothidae e Phoenicopteridae
(nó 4, Fig. 2) e outro relacionando Podicipedidae, Scopidae,
44
Balaenicipitidae, Pelecanidae, demais Pelecaniformes, Procellariiformes e
Ardeidae (nó 6, Fig. 2).
Os Threskiornithidae estão mais relacionados com os
Phoenicopteridae que com qualquer outro grupo de ave analisado neste
estudo, suportado por um bootstrap de 97% e índice de suporte de Bremer
de 14 (Fig. 2). Estes grupos compartilham dez caracteres: (23) Tamanho do
processo Pr3 do ectetmóide: comprido; (50) Fontículos occipitais: presente;
(66) Processo Pr9 do pterigóide (ver FERREIRA & DONATELLI, 2005):
presente; (68) Processo Pr10 do arco jugal (ver FERREIRA & DONATELLI,
2005): presente; (87) Canalis neurovascularis maxillae (2 foramens ou
fenestra): presente; (93) Maxila: curva-se ventralmente formando meia lua;
(106) Tamanho do processo lateral da mandíbula: desenvolvido; (107)
Processo Retroarticular: presente; (108) Tamanho do processo
retroarticular: 2/3<tamanho<3/3 da relação: tamanho do processo versus
comprimento da fac; (110) Profundidade da fossa caudal da mandíbula:
profunda.
A relação filogenética dos dois grupos em questão (Threskiornithidae
e Phoenicopteridae) é bastante controversa e os estudos cladísticos
(moleculares e morfológicos) pouco corroboram tal afinidade. CRACRAFT
(1981) relaciona os Threskiornithidae ao clado Ciconiidae +
Phoenicopteridae, baseado em caracteres osteológicos e miológicos (côndilo
medial do quadrado mais ou menos perpendicular ao comprimento (eixo
longo) do pterigóide, perda do canal do hipotarsus, presença de dois sulcos
no hipotarso, fossa intercondilar profunda do tibiotarsus, quatro cabeças
do musculus gastrocnemius e duas cabeças do musculus pubo-ischio-
femoralis). Este autor ainda relata que alguns desses caracteres são
semelhantes em Scopidae.
Já SIBLEY & AHLQUIST (1990) consideram os Threskiornithidae
grupo irmão do clado ((Ciconiidae + Pelecanidae)+ Fregatidae
+(Sphenisciformes +(Gaviiformes + Procellariiformes))). Este grupo
apresentou Δ 11.1, ou seja, a diferença em graus Celsius entre os vários
45
parâmetros de distribuição de contagem radioativa de híbrido de DNA
homoduplex e qualquer híbrido de DNA heteroduplex formado a partir de
um mesmo registro de DNA foi de 11.1. Em relação aos Phoenicopteridae,
SIBLEY & AHLQUIST (op. cit.) encontraram Δ 11.5, obtendo como
resultado Phoenicopteridae como grupo-irmão deste clado maior (citado
acima).
Ainda, os Threskiornithidae foram relacionados aos Ciconiidae no
estudo piloto de LIVEZEY & ZUSI (2001), agrupados por meio de
caracteres osteológicos de crânio e pós-crânio (os autores não citaram as
sinapomorfias). O mesmo resultado foi observado por MAYR (2004) a partir
de análises de caracteres do pós-crânio, músculos, penas e ovos (contudo,
o autor não relata quais caracteres são compartilhados por esse clado e
não incluiu Scopidae em sua análise).
VAN TUINEN et al. (2001) obtiveram na análise de sequenciamento
de DNA o agrupamento de Threskiornithidae e Ardeidae e na hibridização
de DNA-DNA, os Threskiorntihidae como grupo-irmão do clado Scopidae
+(Balaenicipitidae + Pelecanidae). Já LIVEZEY & ZUSI (2007) encontraram
que os Threskiornithidae estão mais relacionados aos Ciconiidae e
Phoenicopteridae, a partir da análise de caracteres morfológicos, com
bootstrap de 77% e índice de suporte de Bremer igual a 9. O
relacionamento filogenético de Ciconiidae e Phoenicopteridae é suportado
por um bootstrap de 92% e índice de suporte de Bremer de 21.
Já os Phoenicopteridae, além dos resultados obtidos nos trabalhos
relatados acima, é relacionado com Opisthocomidae por MINDELL et al.
(1997), quando estes analisaram DNA mitocondrial, mas os autores não
incluíram na análise os Threskiornithidae.
Os Phoenicopteridae também são relacionados aos Podicipedidae.
VAN TUINEN et al. (2001) encontraram, tanto nos resultados de análise de
sequenciamento de DNA quanto nos de hibridização de DNA-DNA, a união
de Phoenicopteridae e Podicipedidae. MAYR (2004) encontrou 10
sinapomorfias suportando este clado (caracteres de pós-crânio,
46
musculatura, penas e ovos) e bootstrap de 80%. Assim como VAN TUINEN
et al. (2001), MAYR (op. cit.) acredita que os Podicipedidae e
Phoenicopteridae evoluíram de um ancestral com um “típico hábito e estilo
de vida Charadriiforme” e que o parentesco entre esses dois grupos
(Phoenicopteridae e Podicipedidae) provem do Juncitarsus do Eoceno
médio, que é sugerido como o elo de ligação entre os Phoenicopteridae e
Podicipedidae. Ainda, este autor relata que, com exceção do
tarsometatarso alongado de Phoenicopteridae, todas as outras
características relacionando este grupo ao Juncitarsus por OLSON &
FEDUCCIA (1980) também são observadas em Podicipedidae.
CHUBB (2004), em uma análise molecular, também observou
relação de parentesco entre esses dois grupos (Phoenicopteridae e
Podicipedidae). Baseado nesses resultados, SANGSTER (2005) propôs um
novo nome para o clado Phoenicopteridae + Podicipedidae, chamando-o de
Mirandornithes (miranda (latim)= maravilhoso e ornis (grego ορνιζ)= aves).
Assim, podemos perceber que apesar de vários estudos envolvendo
os táxons em questão, suas relações ainda são conflitantes. Dentre os
trabalhos discutidos acima, a evidência mais forte é a relação filogenética
entre Phoenicopteridae e Podicipedidae. Entretanto, neste trabalho
baseado em caracteres osteológicos cranianos, essa relação não foi
corroborada. A hipótese de filogenia proposta neste estudo une os
Phoenicopteridae aos Threskiornithidae, mesmo na presença de
Podicipedidae na análise. Foi realizado um teste com a mesma matriz de
dados, contudo foi excluído o grupo Threskiornithidae da análise a fim de
se saber se os caracteres que unem esses dois grupos (Threskiornithidae +
Phoenicopteridae) são realmente sinapomorfias ou são apenas
semelhanças superficiais. O resultado obtido está ilustrado na figura 3,
mostrando que mesmo na ausência de Threskiornithidae, os
Phoenicopteridae e Podicipedidae não estão relacionados, pelo menos
quanto à osteologia craniana.
47
Figura 3- Cladograma da filogenia dos Ciconiiformes, com exceção dos
Threskiornithidae (L= 533, CI= 0,22, RI= 0,75) (os números correspondem
aos nós).
Os Ciconiidae estão relacionados aos Threskiorntihidae e
Phoenicopteridae, suportado por um bootstrap de 71% e compartilhando
com estes dois grupos quatro sinapomorfias: (33) Processo lateral do
paraesfenóide: presente; (34) Tamanho do processo lateral do
paraesfenóide: grande; (42) Fossa temporal rostral: presente; (80) Fossa F1
da maxila (ver FERREIRA & DONATELLI, 2005): presente.
As relações filogenéticas de Ciconiidae nos trabalhos cladísticos
estão relacionadas aos Cathartidae (SIBLEY & AHLQUIST, 1990; AVISE et
al., 1994), Phoenicopteridae (MAYR & CLARKE, 2003; LIVEZEY & ZUSI,
2007), Threskiornithidae (LIVEZEY & ZUSI, 2001) e com Scopidae,
Balaenicipitidae e Pelecaniformes (MAYR, 2003). Quando analisamos a
árvore de consenso estrito da figura 1, podemos concluir que existe uma
relação filogenética dos Ciconiidae com os grupos relatados acima, já que a
48
politomia do nó 3 não esclarece bem suas relações. Neste estudo,
constatou-se que os Ciconiidae não apresentam nenhuma relação com os
Cathartidae, como proposto por SIBLEY & AHLQUIST (1990) e AVISE et al.
(1994). Vale ressaltar que no trabalho de AVISE et al. (op. cit.), foi
observada a relação de alguns Ciconiidae (Mycteria ibis e Jabiru mycteria)
com alguns Cathartidae (Coragyps atratus e Gymnogyps californianus).
Deste modo, o resultado obtido por este estudo revela que, em relação ao
crânio, os Ciconiidae são mais aparentados aos Threskiornithidae e
Phoenicopteridae que a qualquer outro grupo de ave.
O nó 6 une os grupos Podicipedidae, Scopidae, Balaenicipitidae,
Pelecanidae, demais Pelecaniformes, Procellariiformes e Ardeidae (Fig. 2).
Este relacionamento filogenético é suportado por nove caracteres, listados
a seguir e bootstrap de 93% e índice de suporte de Bremer de 1: (28)
Processo Pr6 do lateroesfenóide (ver FERREIRA & DONATELLI, 2005):
ausente; (30) Processo Pr4 do paraesfenóide (ver FERREIRA &
DONATELLI, 2005): ausente; (31) Tamanho da projeção do paraesfenóide
(PjP): menor/igual a1/6 da relação: comprimento da projeção versus o
comprimento do rostro paraesfenóide; (37) Tamanho do processo
zigomático: menor/igual a 1/3 da relação: tamanho deste processo versus
a distância da base deste processo até o arco jugal; (48) Fossa temporal
caudal: profunda; (72) Côndilo pterigóide do processo mandibular do
quadrado: presente; (75) Côndilo medial unido ao côndilo pterigóide do
processo mandibular do quadrado: unidos; (93) Maxila: reta; (100)
Tamanho do processo coronóide 2 quanto ao tamanho: pouco conspícuo.
Em relação aos Podicipedidae, já foi discutida sua relação com os
Phoenicopteridae neste trabalho. Entretanto, outros trabalhos relacionam
os Podicipedidae com os Gaviidae (BOURDON et al., 2005; LIVEZEY &
ZUSI, 2007) e com Cuculidae (VAN TUINEN et al., 2000). Como neste
trabalho não foram incluídos nenhum destes dois último grupos (Gaviidae
e Cuculidae), preferi me ater apenas a discussão sobre a relação entre
Phoenicopteridae e Podicipedidae.
49
Os Balaenicipitidae formam um clado com Pelecanidae (nó 9),
suportado por um bootstrap de 96% e índice de Bremer de 7 (Fig. 2),
compartilhando 12 caracteres: (1) Sutura frontolacrimal: ausente; (2)
Concavidade rostromediana do frontal: ausente; (16) Tamanho do processo
orbital do lacrimal: menor/igual a 2/3 da relação: tamanho do processo
versus a distância da base deste processo até o arco jugal; (22) Processo
Pr3 do ectetmóide (ver FERREIRA & DONATELLI, 2005): ausente; (33)
Processo lateral do paraesfenóide: presente; (57) Tamanho da fossa ventral
do palatino: maior/igual a 2/3 da relação: tamanho da fossa versus o
comprimento do palatino; (65) Projeção caudomedialmente no pterigóide:
presente; (77) Sutura Sut1 do nasal (ver FERREIRA & DONATELLI, 2005):
ausente; (79) Crista margeando os dois lados da maxila superior: presente;
(99) Processo Coronoide 2: ausente; (105) Processo lateral da mandibula:
ausente; (112) Forâmen pneumático articular: ausente.
Essa relação está fortemente embasada tanto por análises
moleculares quanto morfológicas (COTTAM, 1957; SAIFF, 1978; SIBLEY &
AHLQUIST, 1990; HEDGES & SIBLEY, 1994; VAN TUINEN et al., 2001;
LIVEZEY & ZUSI, 2001; MAYR, 2003). O estudo da anatomia de
Balaenicipitidae já mostrava fortes evidências de sua relação com
Pelecanidae: GOULD (1852) considerava Baleniceps como um pelicano
aberrante; COTTAM (1957) chamou a atenção para a similaridade de
algumas características osteológicas entre Balaenicipitidae e
Pelecaniformes, mas não deixou claro a posição de Balaeniceps dentro dos
Pelicaniformes, comentando apenas que “poderia ser colocado próximo a
Pelecanidae”. A mesma observação em relação ao parentesco de
Balaenicipitidae e Pelecaniformes foi feita por SAIFF (1978), concluindo
que “Balaeniceps, que vive em pântanos na região central da África, é mais
relacionado aos Pelecaniformes que aos Ciconiiformes” baseado na
anatomia do ouvido médio.
Scopidae é grupo irmão de Balaenicipitidae e Pelecanidae (nó 8, Fig.
2) como também constatado em outros trabalhos (VAN TUINEN et al.,
50
2001; MAYR, 2003). Infelizmente este grupo é negligenciado em vários
estudos (COTTAM, 1957; HEDGES & SIBLEY, 1994; MAYR & CLARKE,
2003), o que é um erro, já que seu posicionamento filogenético dentro dos
Ciconiiformes tradicionais é incerto. MAYR (2003) encontrou que os
Scopidae estão relacionados não só aos Balaenicipitidae e aos Pelecanidae,
mas também com os demais Pelecaniformes (Fregatidae, Sulidae,
Phalacrocoracidae e Anhingidae; bootstrap= 73%, dados morfológicos e de
proteínas de ovo). Por outro lado, LIVEZEY & ZUSI (2001) relacionam os
Scopidae aos Ciconiidae e Threskiornithidae e em 2007, esses mesmos
autores encontraram um outro resultado, onde Scopidae estaria mais
relacionado ao clado Threskiornithidae +(Ciconiidae + Phoenicopteridae),
suportado por 83% de bootstrap e índice de suporte de Bremer de 9.
Ainda, estes autores relatam que este grupo maior está relacionado aos
Ardeidae. Em vista de todos esses resultados, o cladograma de consenso
estrito da figura 1 corrobora com os diversos estudos, principalmente
moleculares, de que Scopidae está relacionado aos Balaenicipitidae,
Pelecaniformes, Procellariiformes e Ardeidae de alguma forma.
Os Pelecaniformes não são um grupo monofilético, já que
Pelecanidae não está diretamente relacionado com este grupo e sim com
Balaenicipitidae (Fig. 2) e os demais Pelecaniformes (Fregatidae,
Phalacrocoracidae, Sulidae, Phaethontidae e anhingidae) estão mais
relacionados aos Procellariiformes (nó 11, Fig. 2). LANHAM (1947)
reconheceu a diversidade do grupo Pelecaniformes, mas concluiu que
formam um grupo natural e sugeriu um relacionamento entre os
Pelecaniformes e Procellariiformes. Do mesmo modo, CRACRAFT (1985)
concluiu que os Pelecaniformes formam um grupo monofilético suportado
por 12 sinapomorfias (caracteres de crânio, pós-crânio, vocalização).
Ainda, seu estudo resultou em seis sinapormofias compartilhadas entre os
Pelecaniformes e Procellariiformes. LIVEZEY & ZUSI (2007) também
concluíram que os Pelecaniformes são monofiléticos, assim como MAYR
51
(2003), desde que fosse incluidos os Balaenicipitidae neste grupo (LIVEZEY
& ZUSI op. cit.) e Scopidae (MAYR op. cit.).
Entretanto, o polifiletismo dos pelecaniformes foi observado não só
neste estudo, mas por SIBLEY & AHLQUIST (1990) e HEDGES & SIBLEY
(1994). SIBLEY & AHLQUIST (op. cit.) concluíram que “este grupo é um dos
mais complexos e controversos da filogenia das aves. Será possível que o
pé totipalmado, a variação nos padrões de incubação, a glândula
intraorbital de sal e outras características compartilhadas tenham sido
perdidas nas demais linhagens de Ciconiides? Esta explicação pode ser
rejeitada como improvável por muitos morfologistas, mas deve ser
considerada como hipótese alternativa para a monofilia das aves
totipalmadas. Nós esperamos que a possibilidade de polifilia deste grupo
seja testada por vários estudos independentes, tanto moleculares como
morfológicos”.
HEDGES & SIBLEY (1994) estudando os Pelecaniformes, chegaram a
conclusão que Pelecanidae são grupo-irmão de Balaeniciptidae (bootstrap=
96%) e que os Cathartidae estão mais relacionados aos Fregatidae
(Pelecaniformes), Ciconiidae, Sphenicidae e Procellariiformes que aos
urubus do Velho Mundo.
Os resultados deste trabalho vieram a corroborar a hipótese de que
Balaenicipitidae e Pelecanidae são grupos-irmãos e a de que
Pelecaniformes (exceto Pelecanidae) e Procellariiformes estão relacionados.
Estes dois grupos (Pelecaniformes (exceto Pelecanidae) e Procellariiformes)
compartilham cinco caracteres e é suportado por um bootstrap de 91% e
índice de suporte de Bremer de 1: (29) Tamanho do processo Pr6 do
lateroesfenóide: pouco conspícuo; (39) Processo Suprameático: ausente;
(46) Crista Cr2 (ver FERREIRA & DONATELLI, 2005): ausente; (53)
Tamanho do tubérculo basilar: desenvolvido; (61) Processo Pr8 do palatino
(ver FERREIRA & DONATELLI, 2005): ausente.
Outro resultado interessante foi a união dos Adeidae com
Procellariiformes e Pelecaniformes suportado por seis caracteres, bootstrap
52
igual a 90% e índice de suporte de Bremer de 6 (Fig. 2): (16) Tamanho do
processo orbital do lacrimal: maior/igual a 3/3 da relação: tamanho do
processo versus a distância da base deste processo até o arco jugal; (44)
Crista Cr1 (ver FERREIRA & DONATELLI, 2005): ausente; (54) Ângulo
caudolateral do palatino: acentuado; (62) Vômer totalmente achatado
laterolateralmente: ausente; (103) Tubérculo entre as cótilas lateral e
medial da cótila fossa articular da mandíbula: presente; (106) Tamanho do
processo lateral da mandíbula: desenvolvido.
Os Ardeidae tem sido relacionados aos Eurypigidae (MAYR &
CLARKE, 2003), Scopidae, Phoenicopteridae, Threskiornithidae,
Ciconiidae, Pelecanidae, Fregatidae, Sphenisciformes, Gaviiformes e
Procellariiformes (SIBLEY & AHLQUIST, 1990), Coraciidae (MINDELL et al.,
1997), Threskiornithidae (VAN TUINEN et al., 2001), Scopidae,
Threskiornithidae, Ciconiidae e Phoenicopteridae (LIVEZEY & ZUSI, 2007),
Gruiformes, Charadriiformes e Columbiformes (CRACRAFT, 1988),
Threskiornithidae, Balaenicipitidae, Scopidae e Pelecanidae (ERICSON et
al., 2006). Apesar de não terem sido incluídas muitas das famílias
mencionadas acima, podemos inferir que a posição filogenética de
Ardeidae é ainda controversa e que apenas a partir de estudos, tanto
morfológicos quanto moleculares, incluindo os possíveis grupos
relacionados aos Ardeidae é que poderemos ter resultados mais confiáveis
para inferir uma hipótese de filogenia deste grupo.
V- CONCLUSÕES
A partir deste estudo, podemos concluir que: (1) os Ciconiiformes
tradicionais não são um grupo natural e sim polifilético. Nesta análise, os
Ciconiiformes incluiriam as famílias Ciconiidae, Threskiornithidae,
Phoenicopteridae, Podicipedidae, Scopidae, Balaenicipitidae, Pelecanidae,
Procellariiformes, demais Pelecaniformes e Ardeidae conforme o
relacionamento filogenético apresentado na figura 2; (2) a relação
filogenética de Podicipedidae e Phoenicopteridae não foi corroborada neste
53
estudo, mesmo na ausência dos Threskiornithidae, a partir do qual
podemos concluir que as características osteológicas cranianas que unem
os Phoenicopteridae aos Threskiornithidae não são meras
superficialidades, apesar de inusitada; (3) os Ciconiidae estão relacionados
aos Threskiornithidae e Phoenicopteridae e como já comentado na
discussão, outros trabalhos corroboram para o relacionamento filogenético
destes grupos em algum nível; (4) Balaenicipitidae e Pelecanidae são
grupos-irmãos e Scopidae acompanha esses dois grupos, como proposto
por outros autores. Os Pelecanidae são considerados um grupo externo
aos Pelecaniformes; e (5) o relacionamento entre os Procellariiformes e
Pelecaniformes é suportado neste estudo e a relação destes com os
Ardeidae deve ser melhor estudada, já que muitos grupos relacionados aos
Ardeidae não foram incluídos na análise. Além disso, há a necessidade de
estudos que contemplem não só a osteologia, como as estruturas do pós-
crânio, mas também moleculares e etológicos, visando esclarecer muitas
das relações obscuras do grupo.
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60
Capítulo 2
Filogenia dos Threskiornithidae (Aves:
Ciconiiformes), por meio de caracteres osteológicos
cranianos
Resumo
Os Threskiornithidae pertencem à ordem Ciconiiformes e é
composta por 13 gêneros e 32 espécies, encontradas principalmente nos
trópicos e subtrópicos. Essas aves têm hábito aquático e dependem
principalmente das planícies inundadas para reprodução, alimentação e
repouso. Pouco se sabe sobre as relações intra-específicas desta família
pela ausência de estudos sistemáticos, tanto morfológicos quanto
moleculares. Assim, procurou-se estudar as relações filogenéticas dos
membros da família Threskiornithidae a partir de caracteres osteológicos
cranianos. A análise cladística resultou em 10000 árvores igualmente
parcimoniosas (763 passos evolutivos, CI= 0,17 e RI= 0,77). A partir desta
análise, obteve-se: 1) os Threskiornithidae são um grupo natural
(monofilético); 2) existem dois grandes grupos dentro de Threskiornithidae,
o primeiro relacionando Phimosus, Mesembrinibis, Eudocimus, Theristicus
caerulescens, Geronticus e Pseudibis e o segundo englobando Bostrychia
carunculata, Theristicus melanopis, Lophotibis, Cercibis e Platalea; 3)
Theristicus caudatus, Bostrychia hegedash, Plegadis e Threskiornis são os
mais basais; 4) a divisão em duas subfamílias (Threskiornithinae e
Plataleinae) não foi suportada neste estudo, sendo os Plataleinae
monofilético mas Threskiornithinae parafilético; e 5) Theristicus e
Bostrychia nãos são monofiléticos, com T. caudatus sendo o mais basal
dos Threskiornithidae e T. caerulescens e T. caudatus pertencendo ao
primeiro e segundo grupo, respectivamente, mencionados acima, e
61
Bostrychia hagedash considerado basal e Bostrychia carunculata mais
derivado, pertencente ao segundo grande grupo.
Abstract
The Threskiornithidae are Ciconiiformes composed of 13 genera and
32 species found mainly in the subtropics and tropical regions. These
aquatic birds depend on flooded flat surfaces in order to feed, roost and
breed. Little is known about its interspecific relationships mainly by the
gap in systematic studies, either morphological or molecular. This work
proposes the study of the phylogenetic relationships among its members
inferred from cranial osteological characters. A cladistic analysis was
performed and results showed ten thousand equally parcimonious tress
(763 steps, CI=0,17 and RI=0,77). From these results one observed that:
(1) The Threskiornithidae are a natural (monophyletic) group; (2) There are
two distinct groups in the Threskiornithidae, the first one relates
Phimosus, Mesembrinibis, Eudocimus, Theristicus caerulescens, Geronticus
e Pseudibis and the second group includes Bostrychia carunculata,
Theristicus melanopis, Lophotibis, Cercibis e Platalea; (3) Theristicus
caudatus, Bostrychia hegedash, Plegadis e Threskiornis are considered
basal species; (4) The traditional Threskionithidae and Platalaeinae
subdivisions of the family was not corroborated in this study, being the
latter characterized as a monophyletic group while the former was
considerd polyphyletic; and (5) Theristicus and Bostrychia are not
monophyletic, being T. caudatus a basal Threskiornithidae species; T.
caerulescens and T. caudatus are included in two distinct clades,
respectively, the first and the second clade described above. Moreover,
Bostrychia hagedash is considered a basal species and it is included in the
first group while Bostrychia carunculata a derived one, included in the
second group.
62
I- INTRODUÇÃO
Os Threskiornithidae (curicacas, colhereiros e afins) pertencem à
superfamília Threskiornithoidea e ordem Ciconiiformes (MONROE &
SIBLEY, 1993). Esta ordem também abrange as famílias Ardeidae (garças),
Ciconiidae (cegonhas), Scopidae (aves-cabeça-de-martelo) e
Balaenicipitidae (aves-bico-de-sapato) (SICK, 1997).
O fóssil mais antigo de Threskiornithidae data do Eoceno, há cerca
de 60 milhões de anos. Na África do Sul foram encontrados fósseis de
Geronticus e Threskiornis e na América do Norte de Plegadis, todos do
Plioceno. Fósseis atribuíveis às espécies atuais têm sido encontrados nos
depósitos do Pleistoceno em diferentes partes do Mundo (MATHEU & DEL
HOYO, 1992).
Os Threskiornithidae são subdivididos em dois grupos, considerados
como duas subfamílias: subfamília Threskiornithinae, que compreende as
curicacas e afins, caracterizados por possuírem um bico longo, estreito e
curvo, e subfamília Plataleinae, formada pelos colhereiros, que apresentam
bico longo e achatado na ponta, em forma de colher (AUSTIN JR. &
SINGER, 1983).
A controvérsia taxonômica desta família é considerável. Há
divergências tanto na seqüência das espécies quanto na designação de
gêneros e também sobre a denominação de diferentes táxons como
espécies ou subespécies. Na verdade, este debate afeta quase todas as
espécies, excluindo algumas formas bem diferenciadas em gêneros
monoespecíficos. Um exemplo é o caso dos colhereiros, onde todas as seis
espécies são normalmente incluídas no gênero Platalea, mas ainda é
comum no caso de Platalea flavipes e especialmente em Platalea ajaja
serem isoladas em gêneros monoespecíficos, Platibis e Ajaia,
respectivamente. Platalea regia é algumas vezes considerada como uma
subespécie de Platalea leucorodia (MATHEU & DEL HOYO, 1992).
63
A família Threskiornithidae possui 14 gêneros e 33 espécies de
acordo com MONROE & SIBLEY (1993); 13 gêneros e 32 espécies segundo
MATHEU & DEL HOYO (1992) ou ainda 18 gêneros e 31 espécies de
acordo com HOWARD & MOORE (1998). Destas, 6 espécies estão
ameaçadas e uma está extinta desde 1600 (MATHEU & DEL HOYO, 1992).
Os indivíduos desta família são de tamanho médio à grande,
atingindo desde 46 cm de comprimento nas menores espécies (Bostrychia
rara, Phimosus infuscatus e Plegadis chihi) a 110 cm na maior (Pseudibis
gigantea) (MATHEU & DEL HOYO, 1992). Em algumas espécies, os
machos são ligeiramente maiores do que as fêmeas; entretanto são
semelhantes em sua morfologia externa, desenvolvendo certo dimorfismo
sexual somente durante a estação reprodutiva (Eudocimus ruber (guará) e
Platalea ajaja (colhereiro)). O imaturo pode ter colorido bem diferente,
sendo seu bico mais curto (SICK, 1997).
Existem algumas espécies totalmente brancas, como Eudocimus
albus, Threskiornis aethiopicus, T. melanocephalus, T. molucca e muitos
colhereiros, enquanto outros são quase totalmente pretos, incluindo
Pseudibis papillosa e P. davisoni. Entre os dois extremos, há várias
tonalidades de marrons e cinzas, geralmente com brilhos verde, bronze ou
roxo metálicos, assim como os extremos rosa forte em Platalea ajaja e
vermelho vivo em Eudocimus ruber (ARCHIBALD et al., 1980).
A família Threskiornithidae é cosmopolita e tanto os curicacas e
afins como os colhereiros estão presentes em todos os continentes, exceto
na Antártida. Estas aves são encontradas principalmente nos trópicos e
subtrópicos, onde sua diversidade é maior, mas também tem
representantes nas zonas temperadas (AUSTIN JR. & SINGER, 1983).
Todos os colhereiros e a maioria dos curicacas e afins alimentam-se
em águas rasas. Suas dietas consistem de insetos aquáticos, larvas de
insetos, crustáceos, moluscos, pequenos peixes e anfíbios, incluindo
girinos (BILDSTEIN, 1990). Pequenos crustáceos desempenham papel
importante na dieta do colhereiro (Platalea ajaja) e guará (Eudocimus
64
ruber), sendo responsáveis pela intensa pigmentação vermelha que estas
aves apresentam em estado selvagem (SICK, 1997).
Sete membros da família Threskiornithidae são considerados
ameaçados, sendo quatro deles (Pseudibis gigantea, Geronticus eremita,
Nipponia nippon e Platalea minor) classificados na categoria de
praticamente extintos; é bem provável que Pseudibis davisoni, atualmente
considerado vulnerável, junte-se aos quatro anteriores (ARCHIBALD et al.,
1980).
Os membros desta família dependem de certos habitats, em
particular planícies inundadas para reprodução, alimentação e repouso;
eles são particularmente vulneráveis às transformações massivas que têm
sido realizadas nestas áreas nas últimas décadas (MATHEU & DEL HOYO,
1992). No Pantanal do Mato Grosso, nota-se um declínio de Platalea ajaja,
cujos ninhos são depredados pelos caracarás (Caracara plancus) (SICK,
1997).
II- OBJETIVOS
Os Threskiornithidae são um grupo pouco estudado quanto à
sistemática. Assim, os objetivos deste trabalho estiveram ligados às
seguintes questões: 1) São os Threskiornithidae um grupo monofilético?; 2)
Quais as relações filogenéticas entre os representantes de
Threskiornithidae? e 3) Quais as características que separam as
subfamílias Plataleinae e Threskiornithinae?
Para tanto, pretendeu-se estudar os Threskiornithidae utilizando-se
a metodologia da sistemática filogenética.
III- MATERIAL E MÉTODOS
1- Osteologia
O presente estudo se desenvolveu com base no estudo anatômico de
crânios dos representantes de Threskiornithidae. Foram estudados 12
65
gêneros e 26 espécies pertencentes aos Threskiornithidae, num total de 62
espécimes. Estes espécimes foram constituídos por animais adultos, com
exceção de um espécime de Platalea ajaja jovem (isto ocorreu devido a
disponibilidade deste exemplar nas coleções dos museus). Os
representantes dos Threskiornithidae estão distribuídos em duas
subfamílias, são elas: Plataleinae- gênero Platalea; e Threskiornithinae-
gêneros Threskiornis, Pseudibis, Geronticus, Nipponia, Bostrychia,
Theristicus, Cercibis, Mesembrinibis, Phimosus, Eudocimus, Plegadis e
Lophotibis.
A comparação com o grupo-externo utilizou 99 espécimes de
Ardeidae incluídas em 13 gêneros e 39 espécies, 40 representantes de
Ciconiidae com seis gêneros e 16 espécies, dois espécimes de Balaeniceps
rex (Balaenicipitidae), três espécimes de Scopus umbretta (Scopidae), 14
representantes de Cathartidae inseridos em cinco gêneros e sete espécies,
cinco indivíduos de Phoenicopteriformes incluídos em três gêneros e três
espécies, 12 espécimes de Pelecaniformes pertencentes a seis gêneros e
seis espécies e oito representantes de Procellariiformes inseridos em quatro
gêneros e quatro espécies, quatro espécimes de Podicipedidae pertencentes
a três gêneros e dois espécimes de Tinamidae (Tinamus solitarius). Desta
forma, estudaram-se 108 espécies, totalizando 247 espécimes.
O material utilizado neste estudo faz parte do acervo das coleções do
National Museum of Natural History, Smithsonian Institution,
Washington-D.C., U.S.A. (USNM), Delaware Museum of Natural History,
Washington-D.C., U.S.A. (DMNH), American Museum of Natural History,
New York, U.S.A. (AMNH) e Museu de História Natural de Taubaté,
Taubaté-S.P., Brasil (MHNT).
Os representantes dos grupos analisados neste estudo seguem
abaixo:
Ciconiiformes
- Threskiornithidae:
66
- Threskiornis aethiopicus (Latham, 1790): 1- USNM558412, África do
Sul, coletado em 28/02/1983, adulto, ; 2- USNM488124,
Tanzânia, coletado em 27/06/1962, adulto, ; 3- USNM613002,
Austrália, coletado em 13/07/1983, adulto, ;
- Threskiornis spinicollis (Jameson, 1835): 1- USNM429720, U.S.A.-
National Zoo Park, coletado em 28/07/1953, adulto, ; 2-
USNM347785, U.S.A.- National Zoo Park, coletado em 26/01/1950,
adulto, , cativeiro; 3- USNM620181, Austrália, coletado em
novembro/1993, adulto, ;
- Threskiornis melanocephalus (Latham, 1790): 1- AMNH4037, U.S.A.-
New York Zoo Park, coletado em 08/02/1937, adulto, ?, cativeiro; 2-
AMNH4977, U.S.A.- New York Zoo Park, coletado em 27/08/1940,
adulto, ?, cativeiro;
- Threskiornis molucca (Cuvier, 1829): 1- AMNH9407, Austrália,
coletado em 21/10/1974, adulto, ; 2- AMNH5852, U.S.A.- New
York Zoo Park, coletado em 25/09/1944, adulto, , cativeiro; 3-
AMNH5851, U.S.A.- New York Zoo Park, coletado em 25/09/1944,
adulto, , cativeiro;
- Pseudibis papilosa (Temminck, 1824): 1- USNM095835, Índia,
coletado em 1993, adulto, ?;
- Pseudibis davisoni (Hume, 1875): 1- AMNH58775, Filipinas, coletado
em agosto/1883, adulto, ?;
- Geronticus eremita (Linnaeus, 1758): 1- USNM560147, ?, coletado
em 1984, adulto, , cativeiro;
- Bostrychia hagedash (Latham, 1790): 1- USNM431667, Kenya,
coletado em 22/01/1962, adulto, ; 2- USNM431782, Kenya,
coletado em 30/01/1962, adulto, ; 3- USNM322594, Camarões,
coletado em 12/12/1931, adulto, ;
- Bostrychia carunculata (Rüpell, 1837): 1- AMNH4089, U.S.A.- New
York Zoo Park, coletado em 12/04/1938, adulto, ?, cativeiro; 2-
AMNH3894, U.S.A.- New York Zoo Park, coletado em 15/03/1935,
67
adulto, ?, cativeiro; 3- AMNH4737, U.S.A.- New York Zoo Park,
coletado em 12/11/1938, adulto, ?, cativeiro;
- Theristicus caudatus (Boddaert, 1783): 1- USNM227359, Paraguai,
coletado em 13/09/1920, adulto, ; 2- USNM345764, ?, coletado ?,
adulto, ?;
- Theristicus caerulescens (Vieillot, 1817): 1- USNM227357, Paraguai,
coletado em 13/09/1920, adulto, ; 2- USNM227358, Paraguai, em
coletado 12/09/1920, adulto, ;
- Theristicus melanopis (Gmelin, 1789): 1- USNM345730, Chile,
coletado ?, adulto, ?; 2- USNM010022, Peru, coletado em
07/07/1864, adulto, ?;
- Cercibis oxycerca (Spix, 1825): 1- DMNH058261, Colômbia, coletado
em 12/01/1976, adulto, ?;
- Mesembrinibis cayennensis (Gmelin, 1789): 1- USNM562523,
Panamá, coletado em 18/03/1987, adulto, ; 2- USNM621937,
Guiana, coletado em 13/03/1999, adulto, ; 3- USNM613351,
Panamá, coletado em 28/04/1990, adulto, ;
- Phimosus infuscatus (Lichtenstein, 1823): 1- USNM614541,
Argentina, coletado em 17/02/1992, adulto, ; 2- USNM614535,
Argentina, coletado em 13/02/1992, imaturo, ; 3- USNM614540,
Argentina, coletado em 17/02/1992, adulto, ; 4- USNM614542,
Argentina, coletado em 17/02/1992, imaturo, ; 5- USNM614536,
Argentina, coletado em 15/02/1992, imaturo, ;
- Eudocimus albus (Linnaeus, 1758): 1- USNM226457, República
Dominicana, coletado em 22/02/1919, adulto, ; 2- USNM500882,
USA- Flórida, coletado em março/1968, adulto, ; 3- USNM500883,
USA- Flórida, coletado em 30/09/1967, imaturo, ; 4-
USNM610612, USA- Flórida, coletado em 17/08/1925, imaturo, ;
5- USNM344699, ?, coletado em 05/05/1938, adulto, , cativeiro;
- Eudocimus ruber (Linnaeus, 1758): 1- USNM019364, ?, coletado ?,
adulto, ?, cativeiro; 2- USNM290946, ?, coletado em 05/05/1927,
68
adulto, , cativeiro; 3- USNM019675, U.S.A.- National Zoo Park,
coletado em 26/04/1901, adulto, ?, cativeiro;
- Plegadis chihi (Vieillot, 1817): 1- USNM614530, Argentina, coletado
em 14/02/2002, imaturo, ; 2- USNM557973, USA- Arizona,
coletado em maio/1982, adulto; 3- USNM614534, Argentina,
coletado em 16/02/1992, adulto, ;
- Plegadis rigdwayi (J. A. Allen, 1876): 1- USNM502127, Bolívia,
coletado em 1959, adulto, ?;
- Plegadis falcinellus (Linnaeus, 1766): 1- USNM502163, USA-
Virginia, coletado em 17/06/1977, adulto, ; 2- USNM430823,
Chukutsa- Lakedow, coletado em 26/01/1959, adulto, ; 3-
USNM502698, USA- Louisiana, coletado em 18/09/1977, adulto, ;
- Lophotibis cristata (Boddaert, 1783): 1- AMNH3788, Madagascar,
coletado ?, adulto, ?;
- Platalea leucorodia Linnaeus, 1758: 1- USNM491267, Turquia,
coletado ?, adulto, ?; 2- USNM491329, U.S.A.-m National Zoo Park,
coletado em 25/07/1969, adulto, ?, cativeiro;
- Platalea alba Scopoli, 1786: 1- USNM488121, Tanzânia, coletado em
29/06/1962, imaturo, ; 2- USNM558417, África do Sul, coletado
em 12/03/1983, adulto, ;
- Platalea regia Gould, 1838: 1- AMNH11489, Austrália, coletado em
31/04/1979, adulto, ;
- Platalea flavipes Gould, 1838: 1- AMNH11490, Austrália, coletado
em 31/04/1979, adulto, ; 2- AMNH11465, Austrália, coletado em
16/02/1979, adulto, ; 3- AMNH4964, U.S.A.- New York Zoo Park,
coletado em 15/03/1940, adulto, ?, cativeiro;
- Platalea ajaja Linnaeus, 1758: 1- USNM346709, U.S.A.- National
Zoo Park, coletado em 22/09/1930, adulto, ?, cativeiro; 2-
USNM319971, ?, coletado em 21/09/1931, adulto, , cativeiro; 3-
USNM019717, U.S.A.- National Zoo Park, coletado ?, adulto, ?,
cativeiro;
69
- Ardeidae:
- Ardea cinerea Linnaeus, 1758: 1- USNM344412, Copenhagen
Zoological Museum, coletado em 10/10/1926, adulto, ?; 2-
USNM431529, Itália, coletado em 24/02/1961, adulto, ; 3-
USNM556293, Holanda, coletado em 06/02/1981, adulto, ;
- Ardea cocoi Linnaeus, 1766: 1- USNM429364, Venezuela,
coletado em 18/01/1954, adulto, ; 2- USNM614523, Argentina,
coletado em 14/02/1992, adulto, ; 3- USNM614524, Argentina,
coletado em 15/02/1992, adulto, ;
- Ardea goliath Cretzchmar, 1827: 1- USNM224819, África- Stanley
Pool, coletado entre 1893-1895, adulto, ?; 2- USNM622457, ?,
coletado em 29/06/1998, adulto, ; 3- USNM621674, ?, coletado em
10/04/1998, adulto, ;
- Ardea herodias Linnaeus, 1758: 1- USNM553812, U.S.A.-
Maryland, coletado em agosto/1973, adulto, ; 2- USNM499389,
U.S.A.- Minnesota, coletado em 13/06/1925, adulto, ; 3-
USNM560270, U.S.A.- Florida, coletado em 17/05/1976, adulto, ;
- Ardea melanocephala Vigor & Children, 1826: 1- USNM488107,
Tanzânia, coletado em 28/06/1962, adulto, ; 2- USNM558410,
África do Sul, coletado em 20/03/1983, adulto, ; 3- USNM322536,
Camarão, coletado em 14/03/1931, adulto, ;
- Ardea purpurea Linnaeus, 1766: 1- USNM290063, China,
coletado em 01/12/1925, adulto, ?; 2- USNM290137, U.S.A.-
National Zoo Park, coletado em 03/05/1926, adulto, , cativeiro; 3-
USNM605008, Israel, coletado em 23/04/1968, adulto, ;
- Ardea sumatrana Raffles, 1822: 1- USNM556980, Indonésia,
coletado em 27/05/1981, adulto, ; 2- USNM019749, ?, coletado ?,
adulto, ?; 3- USNM488342, Indian Ocean- West Sumatra, coletado
em 22/11/1963, adulto, ;
70
- Ardeola bacchus (Bonaparte, 1855): 1- USNM292030, China,
coletado em 12/06/1928, adulto, ; 2- USNM292267, China,
coletado em 09/10/1928, adulto, ?; 3- USNM292032, China,
coletado em 29/07/1928, adulto, ;
- Ardeola ralloides (Scopoli, 1769): 1- USNM488112, Tanzânia,
coletado em 30/06/1963, adulto, ; 2- USNM490546, Zimbabwe,
coletado em 29/01/1970, adulto, ; 3- USNM490285, Zimbabwe,
coletado em 23/01/1970, adulto, ;
- Botaurus lentiginosus (Montagu, 1813): 1- USNM492595, U.S.A.-
Utah, coletado em 05/10/1914, adulto, ?; 2- USNM499630, U.S.A.-
Louisiana, coletado em 29/08/1925, adulto, ; 3- USNM560118,
U.S.A.- Virginia, coletado em 14/10/1984, adulto, ♂♀, cativeiro;
- Botaurus poiciloptilus (Wagler, 1827): 1- USNM502126, Nova
Zelândia, coletado em 23/02/1962, adulto, ;
- Botaurus stellaris (Linnaeus, 1758): 1- USNM502140, Mongólia,
coletado em 01/07/1971, adulto, ; 2- USNM343979, Tailândia,
coletado em 24/01/1937, adulto, ;
- Butorides striatus (Linnaeus, 1758): 1- USNM610607, U.S.A.-
Louisiana, coletado em 23/05/1925, adulto, ; 2- USNM622500,
U.S.A.- Florida, coletado em 10/04/1901, adulto, ; 3-
USNM500820, U.S.A.- Florida, coletado em 07/04/1974, adulto, ;
- Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758): 1- USNM587407, Swaziland,
coletado em 16/02/1999, adulto, ; 2- USNM587411, Swaziland,
coletado em 16/02/1999, adulto, ; 3- USNM292029, China,
coletado em 12/06/1928, adulto, ;
- Cochlearius cochlearius (Linnaeus, 1766): 1- USNM321842, ?,
coletado em 10/11/1933, adulto, , cativeiro; 2- USNM623239,
U.S.A.- National Zoo Park, coletado em 25/12/2000, adulto, ,
cativeiro; 3- USNM346906, ?, coletado em 18/05/1945, adulto, ,
cativeiro;
71
- Egretta alba (Linnaeus, 1758): 1- USNM344597, ?, coletado em
12/10/1937, adulto, , cativeiro; 2- USNM292770, China, coletado
em 25/01/1929, adulto, ; 3- USNM432025, South Rhodesia,
coletado em 10/06/1962, adulto, ;
- Egretta ardesiaca (Wagler, 1827): 1- USNM430822,
Bechuanaland Protectorate, coletado em 19/01/1959, adulto, ; 2-
USNM432188, Madagascar, coletado em 07/09/1964, adulto, ;
- Egretta caerulea (Linnaeus, 1758): 1- USNM610602, U.S.A.-
Gergia (?), coletado em 11/08/1926, adulto, ; 2- USNM318670,
Cuba, coletado em 22/02/1930, imaturo, ; 3- USNM318849, Haiti,
coletado em 09/04/1930, adulto, ;
- Egretta garzetta (Linnaeus, 1766): 1- USNM289952, China,
coletado ?, adulto, ?; 2- USNM291653, China, coletado em
26/12/1927, adulto, ; 3- USNM430820, South Rhodesia, coletado
em 26/12/1958, adulto, ;
- Egretta intermedia (Wagler, 1829): 1- USNM561998, Philippines
Palawan, coletado em 14/04/1987, adulto, ; 2- USNM430778,
South Rhodesia, coletado em 17/07/1958, adulto, ; 3-
USNM488117, Tanganyika, coletado em 27/06/1963, adulto, ;
- Egretta novaehollandiae (Latham, 1790): 1- USNM430756, ?,
coletado em 19/08/1958, adulto, ?, cativeiro; 2- USNM347668,
Austrália, coletado em 16/06/1948, adulto, ; 3- USNM561541,
New Caledonia, coletado em 11/09/1986, adulto, ;
- Egretta rufescens (Gmelin, 1789): 1- USNM292998, U.S.A.- Texas,
coletado em 29/07/1929, adulto, ; 2- USNM431657, U.S.A.-
National Zoo Park, coletado em 01/06/1962, adulto, , cativeiro; 3-
USNM292999, Texas, coletado em 23/08/1929, adulto, ;
- Egretta sacra (Gmelin, 1789): 1- USNM488335, West Thailand,
coletado em 15/11/1963, adulto, ; 2- USNM429352, Marshall
Island- Arno Atoll, coletado em 17/07/1950, adulto, ; 3-
USNM491962, Eniewetok Atoll, coletado em 04/01/1973, adulto, ;
72
- Egretta thula (Molina, 1782): 1- USNM492615, U.S.A.- Utah,
coletado em 07/08/1914, imaturo, ; 2- USNM499227, U.S.A.-
Utah, coletado em 22/09/1914, adulto, ; 3- USNM490088, U.S.A.-
Utah, coletado em 07/08/1914, imaturo, ;
- Egretta tricolor (P. L. S. Müller, 1776): 1- USNM610604, U.S.A.-
Louisiana, coletado em 21/07/1925, adulto, ; 2- USNM613795,
U.S.A.- Louisiana, coletado em 04/09/1925, imaturo, ?; 3-
USNM019908, U.S.A.- Florida, coletado em 26/06/1906, adulto, ?;
- Gorsachius melanolophus (Raffles, 1822): 1- USNM488330, West
Thailand, coletado em 04/11/1963, adulto, ;
- Ixobrychus cinnamomeus (Gmelin, 1789): 1- USNM343195, North
Siam, coletado em 03/07/1935, adulto, ; 2- USNM290196,
Tailândia, coletado em 03/04/1926, adulto, ; 3- USNM291372,
Filipinas, coletado em 17/10/1927, adulto, ;
- Ixobrychus eurhythmus (Swinhoe, 1873): 1- USNM502141, antiga
URSS, coletado em 27/06/1975, adulto, ;
- Ixobrychus exilis (Gmelin, 1789): 1- USNM559149, U.S.A.-
Pennsylvania, coletado em 17/05/1978, adulto, ; 2- USNM430753,
U.S.A.- National Zoo Park, coletado em 18/08/1958, adulto, ?,
cativeiro;
- Ixobrychus involucris (Vieillot, 1823): 1- USNM562748, Brasil- São
Paulo, coletado em 31/03/1987, adulto, ;
- Ixobrychus sinensis (Gmelin, 1789): 1- USNM560646, Filipinas,
coletado em 06/06/1985, adulto, ;
- Ixobrychus sturmii (Wagler, 1827): 1- USNM322520, Camarão,
coletado em 03/03/1931, adulto, ;
- Nycticorax caledonicus (Gmelin, 1789): 1- USNM009842,
Polinésia, coletado ?, adulto, ?; 2- USNM556979, Indonésia, coletado
em 13/09/1981, adulto, ; 3- USNM561542, New Caledonia,
coletado em 13/09/1986, adulto, ;
73
- Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758): 1- USNM431964, U.S.A.-
Califórnia, coletado em 1959, adulto, ; 2- USNM489903, U.S.A.-
Utah, coletado em 10/09/1914, adulto, ; 3- USNM501635, U.S.A.-
Virginia, coletado em 26/03/1975, adulto, ;
- Nycticorax violaceus (Linnaeus, 1758): 1- USNM318842, Haiti,
coletado em 06/05/1930, adulto, ; 2- USNM610610, U.S.A.-
Louisiana, coletado em 29/07/1925, imaturo, ; 3- USNM288582,
U.S.A.- Florida, coletado em 22/03/1923, adulto, ;
- Pilherodius pileatus (Boddaert, 1783): 1- USNM345759, Brasil,
coletado em 16/11/1940, adulto, ;
- Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824): 1- USNM562742, Brasil-
São Paulo, coletado em 22/11/1986, adulto, ; 2- USNM227360,
Argentina, coletado em 14/08/1920, adulto, ; 3- USNM614521,
Argentina, coletado em 24/02/1992, adulto, ;
- Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783): 1- USNM621936, Guiana,
coletado em 28/02/1999, adulto, ; 2- USNM345756, Brasil- Mato
Grosso, coletado em 04/10/1940, adulto, ; 3- USNM345757,
Brasil- Mato Grosso, coletado em 04/10/1940, adulto, ;
- Tigrisoma mexicanum (Swainson, 1834): 1- USNM007763,
Mazatlan Mexico, coletado ?, adulto, ?; 2- USNM343840, Panamá,
coletado em 06/03/1937, adulto, ?;
- Ciconiidae:
- Anastomus lamelligerus (Temminck, 1823): 1- USNM291420,
Sudão (África), coletado em 08/03/1928, adulto, ; 2-
USNM291419, Sudão (África), coletado em 08/03/1928, adulto, ;
3- USNM291418, Sudão (África), coletado em 08/03/1928, adulto,
;
- Anastomus oscitans (Boddaert, 1783): 1- USNM553234,
Tailândia, coletado em 18/11/1964, adulto, ; 2- USNM489353,
U.S.A.- National Zoo Park, coletado em 15/11/1961, adulto, ?,
74
cativeiro; 3- USNM488759, U.S.A.- National Zoo Park, coletado em
15/11/1961, adulto, ?, cativeiro;
- Ciconia abdimii Lichtenstein, 1823: 1- USNM430456, Southern
Rhodesia, coletado em 14/11/1957, adulto, ; 2- USNM430455,
Southern Rhodesia, coletado em 14/11/1957, adulto, (sem
mandíbula); 3- USNM430528, Southern Rhodesia, coletado em
01/02/1958, adulto, ;
- Ciconia ciconia (Linnaeus, 1758): 1- USNM605020, Israel,
coletado em 01/10/1968, adulto, ; 2- USNM605017, Israel,
coletado em 26/09/1968, imaturo, ; 3- USNM428169, ?, coletado
em 06/11/1950, adulto, , cativeiro;
- Ciconia episcopus (Boddaert, 1783): 1- USNM430766, U.S.A.-
National Zoo Park, coletado em 18/09/1958, adulto, , cativeiro; 2-
USNM226001, Celebes, coletado em 15/03/1917, adulto, ; 3-
USNM225807, Celebes, coletado em 18/10/1916, adulto, ?;
- Ciconia maguari (Gmelin, 1789): 1- USNM614526, Argentina,
coletado em 18/02/1992, adulto, ; 2- USNM614528, Argentina,
coletado em 18/02/1992, adulto, ; 3- USNM614525, Argentina,
coletado em 14/02/1992, adulto, ;
- Ciconia nigra (Linnaeus, 1758): 1- USNM019784, ?, coletado em
28/06/1904, adulto, ?, cativeiro; 2- USNM291560, ?, coletado em
14/05/1978, adulto, , cativeiro;
- Ephippiorhynchus asiaticus (Latham, 1790): 1- USNM019694, ?,
coletado em 1991, adulto, ?; 2- USNM346193, ?, coletado em
11/02/1941, adulto, ?, cativeiro;
- Jabiru mycteria (Lichtenstein, 1819): 1- USNM343462, Brasil,
coletado em 1936?, adulto, ?; 2- USNM343461, Brasil, coletado em
1936?, adulto, ?; 3- USNM343466, Brasil, coletado em 1936?,
adulto, ?;
- Leptoptilos crumeniferus (Lesson, 1831): 1- USNM430819,
Bechuanaland Protectorade, coletado em 20/0015/1959, adulto, ;
75
2- USNM489396, Zimbabwe, coletado em 03/12/1967, adulto, ; 3-
USNM488129, Tanzânia, coletado em 28/02/1962, adulto, ;
- Leptoptilos dubius (Gmelin, 1789): 1- USNM225988, ?, coletado
em 13/08/1917, adulto, , cativeiro; 2- USNM429220, ?, coletado ?,
adulto, , cativeiro;
- Leptoptilos javanicus (Horsfield, 1821): 1- USNM488758, U.S.A.-
National Zoo Park, coletado em 01/11/1959, adulto, ?, cativeiro; 2-
USNM430764, U.S.A.- National Zoo Park, coletado em 01/09/1958,
adulto, ?, cativeiro; 3- USNM223897, Borneo, coletado em
27/03/1913, adulto, ;
- Mycteria americana Linnaeus, 1758: 1- USNM610613, U.S.A.-
Arkansas, coletado em 13/08/1923, adulto, ; 2- USNM500884,
U.S.A.- Flórida, coletado em 05/10/1967, imaturo, ?; 3-
USNM622473, U.S.A.- Flórida, coletado em 29/06/1989, adulto, ;
- Mycteria cinerea (Raffles, 1822): 1- USNM430169, U.S.A.-
National Zoo Park, coletado em 05/06/1955, adulto, , cativeiro;
- Mycteria ibis (Linnaeus, 1766): 1- USNM488127, Tanzânia,
coletado em 27/06/1962, adulto, ; 2- USNM488125, Tanzânia,
coletado em 26/06/1962, adulto, ; 3- USNM431651, Southern
Rhodesia, coletado em 27/12/1961, adulto, ;
- Mycteria leucocephala (Pennant, 1769): 1- USMN432506, China,
coletado ?, adulto, ?;
- Balaenicipitidae:
- Balaeniceps rex Gould, 1850: 1- USNM345070, U.S.A.- National
Zoo Park, coletado em 11/06/1939, adulto, , cativeiro; 2-
USNM344963, ?, coletado ?, adulto, ?;
- Scopidae:
76
- Scopus umbretta Gmelin, 1789: 1- USNM431669, Kenya, coletado
em 29/01/1962, adulto, ; 2- USNM431497, Zimbabwe, coletado
em 20/06/1960, adulto, ; 3- USNM431670, ?, coletado ?, adulto, ?.
Falconiformes
- Cathartidae:
- Cathartes aura (Linnaeus, 1758): 1- USNM345791, Brazil- Mato
Grosso do Sul, coletado em 15/11/1960, adulto, ; 2-
USNM562524, Panamá, coletado em 29/03/1987, adulto, ;
- Cathartes burrovianus Cassin, 1845: 1- USNM431336, Panamá,
coletado em 24/03/1961, adulto, ; 2- USNM622341, Guiana,
coletado em 24/03/2000, adulto, ;
- Cathartes melambrotus Wetmore, 1964: 1- USNM559319,
Guiana, coletado em 09/01/1984, adulto, ; 2- USNM621939,
Guiana, coletado em 10/03/1999, adulto, ;
- Coragyps atratus (Bechstein, 1793): 1- USNM560278, U.S.A.-
Flórida, coletado em 17/05/1973, adulto, ; 2- USNM613353,
Panamá, coletado em 22/04/1990, adulto, ;
- Gymnogyps californianus (Shaw, 1798): 1- USNM492447, U.S.A.-
Califórnia, coletado em 16/11/1974, adulto, ?; 2- USNM489359,
U.S.A.- Califórnia, coletado em 27/10/1966, imaturo, ?;
- Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758): 1- USNM320861, U.S.A.-
National Zoo Park, coletado em 12/12/1932, adulto, ; 2-
USNM345434, U.S.A.- National Zoo Park, coletado em 01/06/1940,
adulto, ;
- Vultur gryphus Linnaeus, 1758: 1- USNM019485, Coy Inlet-
Patagônia, coletado em 26/11/1896, adulto, ?; 2- USNM346633,
U.S.A.- National Zoo Park, coletado em 09/12/1942, adulto, ,
cativeiro.
Pelecaniformes
77
- Phaethontidae:
- Phaeton aethereus Linnaeus, 1758: 1- USNM490835, Ilha
Ascensão, coletado em 25/07/1971, adulto, ; 2- USNM558044, Ilha
Barbuda, coletado em 20/01/1983, adulto, ;
- Fregatidae:
- Fregata minor (Gmelin, 1789): 1- USNM289131, Havaí, coletado
em 12/07/1923, adulto, ?; 2- USNM499272, Havaí, coletado em
16/07/1923, adulto, ?;
- Pelecanidae:
- Pelecanus erythrorhynchos Gmelin, 1789: 1- USNM017259, ?,
coletado ?, adulto, ?; 2- USNM610584, U.S.A.- Nevada, coletado em
07/10/1922, imaturo, ?;
- Sulidae:
- Sula leucogaster (Boddaert, 1783): 1- USNM622596, Johnston
Atoll, coletado em 01/06/1999, adulto, ; 2- USNM490768, Ilha
Ascensão, coletado em 03/07/1970, adulto, ;
- Phalacrocoracidae:
- Phalacrocorax olivaceus (Humboldt, 1805): 1- USNM001493,
México, coletado ?, adulto, ?; 2- USNM288678, Guatemala, coletado
em 23/06/1923, adulto, ;
- Anhingidae:
- Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766): 1- USNM345748, Brasil,
coletado em 17/11/1940, adulto, ; 2- USNM345749, Brasil,
coletado ?, adulto, ;
Procellariiformes
78
- Diomedeidae:
- Diomedea immutabilis Rothschild, 1893: 1- USNM289158, Havaí,
coletado em 11/04/1923, adulto, ; 2- USNM289161, Havaí,
coletado em 06/05/1923, adulto, ;
- Procellariidae:
- Puffinus pacificus (Gmelin, 1789): 1- USNM613904, Oceano
Pacífico, coletado em 22/10/1990, adulto, ; 2- USNM614182,
Oceano Pacífico, coletado em 03/04/1991, adulto, ;
- Fulmarus glacialis (Linnaeus, 1761): 1- USNM561910, Oceano
Pacífico, coletado em 06/07/1983, adulto, ; 2- USNM557601,
U.S.A.- Califórnia, coletado em 25/08/1982, adulto, ;
- Procellaria aequinoctialis Linnaeus, 1758: 1- USNM488359, Ilha
de Amsterdam, coletado em 08/04/1964, adulto, ; 2-
USNM559784, Antártica, coletado em 03/12/1983, adulto, .
Phoenicopteriformes
- Phoenicopteridae:
- Phenicopterus ruber Linnaeus, 1758: 1- USNM319965, U.S.A.-
National Zoo Park, coletado em 14/09/1931, adulto, ?, cativeiro;
2- USNM558418, ?, coletado ?, adulto, ?;
- Phoeniconaias minor (Geoffroy, 1798): 1- USNM488728, Kenya,
coletado em fevereiro/1965, adulto, ; 2- USNM488729, Kenya,
coletado em outubro/1963, adulto, ;
- Phoenicoparrus andinus (Philippi, 1854): 1- USNM502130, U.S.A.-
California, coletado em abril/1966, adulto, ?, cativeiro.
Podicipediformes
- Podicipedidae:
- Podiceps grisegena (Boddaert, 1783): 1- MHNT1060, URSS- Primorye
territory, coletado em 25/06/1975, adulto, .
79
- Podilymbus podiceps (Linnaeus, 1758): 1- MHNT14, Brasil-
Pindamonhangaba/SP, coletado em janeiro/1985, adulto, ?; 2-
MHNT326, Brasil- Ubatuba-Poruba/SP, coletado em 07/06/1987,
adulto, .
- Aechmophorus occidentalis (Lawrence, 1858): 1- MHNT12, USA-
Utah, coletado em 24/05/1932, adulto, .
Tinamiformes
- Tinamidae
- Tinamus solitarius (Vieillot, 1819): 1- MHNT1016, Brasil-
Ubatuba/SP, coletado em 1991, adulto, , cativeiro; 2- MHNT497,
Brasil- Ubatuba/SP, coletado em 06/09/1988, adulto, .
A nomenclatura utilizada para a denominação das estruturas
osteológicas seguiu a Nomina Anatomica Avium (BAUMEL & WITMER,
1993), contudo nos casos onde não foram possíveis utilizar-se deste
referencial, optou-se pela utilização de letras e números a fim de se evitar
a criação desnecessária de nomes. Alguns caracteres utilizaram a
nomenclatura apresentada no trabalho de osteologia craniana de
FERREIRA & DONATELLI (2005). No anexo 2 estão apresentados os
caracteres utilizados e suas respectivas ilustrações.
Para a denominação das famílias e espécies, seguiu-se DEL ROYO et
al. (1992) e HOUSTON (1994).
As estruturas ósseas foram observadas utilizando-se de microscópio
estereoscópio que esteve à disposição nas instituições (museus) visitadas;
as medidas das estruturas ósseas foram realizadas com auxílio de um
paquímetro Mitutoyo de 300mm.
2- Sistemática
Para o relacionamento entre os Threskiornithidae, utilizou-se da
metodologia da Sistemática Filogenética (HENNIG, 1966) descritas em
80
SWOFFORD & OLSEN (1990), WILEY et al. (1991), AMORIM (2002) e
SWOFFORD (1997). Segundo essa metodologia, os táxons envolvidos
devem ser relacionados com base em caracteres derivados compartilhados
(sinapomorfias).
Após a comparação da osteologia craniana dos Threskiornithidae,
foram levantadas as características que apresentaram similaridades
morfológicas (homologias primárias) específicas, por meio da técnica de
comparação com o grupo-externo (“out group” ou grupo-irmão). Ainda,
foram descartadas as características que não apresentaram segurança
para o estabelecimento de homologias com o grupo-externo.
A análise filogenética procura estabelecer as relações de parentesco
entre os táxons. Para que isso seja realizado, utilizar-se-á a condição de
um determinado caráter no grupo em estudo (“in group”) e fora dele (“out
group”) em táxons de categoria superior. Este procedimento nos informa se
a condição do caráter é apomórfica ou plesiomórfica. Desta forma, a
polaridade de um dado caráter pode ser determinada (BRYANT, 1991).
Uma vez pré-selecionados, tais caracteres foram dispostos em uma
matriz elaborada pelo software NEXUS Data Editor 0.5.0 (PAGE, 2001)
exportada para o formato HENNIG 86, apresentada no anexo 1. Foram
dados estados a esses caracteres, isto é, 0 ou 1, ou ainda 0, 1, 2... no caso
dos caracteres multiestados. Isso não quer dizer que o estado “0” é
plesiomórfico e o “1” apomórfico, significa apenas o estado do caráter, já
que o sentido evolutivo é dado pelo programa utilizado. Quando não foi
possível estabelecer o sentido evolutivo de uma série de transformação,
esse mesmo caráter foi utilizado para a análise filogenética como não-
ordenado, a fim de se evitar uma interpretação e ordenação incorreta na
polarização do caráter. Os caracteres ordenados foram os 3, 11, 15, 16,
31, 32, 36, 37, 40, 53, 56, 57, 104 e 108 (14 caracteres ao todo).
Os táxons do grupo-interno foram reunidos através de caracteres
homólogos compartilhados, ou seja, sinapomorfias. Caracteres
encontrados apenas nos táxons terminais indicam uma condição mais
81
recente e exclusiva, isto é, uma autapomorfia, não compartilhada com
nenhum outro táxon. O estado plesiomórfico é encontrado pela
comparação com o grupo-externo (LIPSCOMB, 1992).
Para a comparação com os Threskiornithidae, foram utilizados os
grupos Cathartidae ("urubus-do-Novo-Mundo"), Pelecaniformes
("pelecanos, biguás, atobás, etc"), Procellariiformes (“albatrozes, pardelas e
andorinhas-do-mar”), Phoenicopiteriformes ("flamingos"), Podicipedidae
(“mergulhões”) e Tinamidae (“inhambus”). Os Pelecaniformes foram
escolhidos por serem considerados grupo próximo aos Ciconiiformes por
alguns autores (OLSON, 1978; SAIFF, 1978) e Procellariiformes por
algumas vezes serem relacionados aos Pelecaniformes (CRACRAFT, 1985;
VAN TUINEN et al., 2001); Cathartidae foi acrescentado aos Ciconiiformes,
por SIBLEY & AHLQUIST (1990), a partir da análise molecular de
proteínas de clara de ovo, hipótese esta compartilhada também por outros
autores (LIGON, 1967; AVISE et al., 1994). Já Phoenicopteridae foi
considerado como um grupo muito próximo aos Threskionithidae por
vários autores (REICHENOW, 1882; SHARPE, 1891; GADOW, 1892 e
1893; BEDDARD, 1898; VERHEYEN, 1959 e 1960; CRACRAFT, 1981;
SIBLEY & AHLQUIST, 1990; MCKITRICK, 1991), sendo hoje inserido em
uma ordem (Phoenicopteriformes) próxima de Ciconiiformes. Os
Podicipedidae foram escolhidos por serem considerados grupo-irmão dos
Phoenicopteriformes (VAN TUINEN et al., 2001; MAYR, 2004; CHUBB,
2004), sendo incluídos neste estudo para melhor elucidar as relações de
Phoenicopteriformes com os Ciconiiformes; e Tinamidae, por ser um grupo
basal dentro das aves (LIVEZEY & ZUSI, 2001), foi escolhido para
comparação e enraizamento do cladograma.
Assim, uma vez estabelecida a polaridade dos caracteres, pôde-se
expressar as relações entre os representantes de Threskiornithidae na
forma de um cladograma.
A apresentação de um único cladograma final parte-se do princípio
de que o número de cladogramas com o mesmo número de passos em
82
estudos com um número grande de táxons terminais pode ser de centenas
ou milhares (AMORIM, 2002). Neste trabalho, optou-se pela apresentação
da Árvore de Consenso Estrito, por esta transpor para a árvore de
consenso apenas os grupos monofiléticos que estão presentes em todos os
cladogramas (AMORIM op. cit.) e da árvore mais parsimoniosa. A
apresentação apenas da Árvore de Consenso Estrito implica em uma perda
de considerável de informações, apesar do objetivo ser eliminar os grupos
dúbios. Assim, para as hipóteses filogenéticas conflitantes entre si em um
mesmo conjunto de dados de um determinado grupo, foi utilizado o
Princípio de Parcimônia. De acordo com o Princípio de Parcimônia, o
cladograma final deve ser aquele que apresente um menor número de
eventos evolutivos ou de surgimento de apomorfias.
Os caracteres ambíguos foram otimizados. A otimização pelos
critérios ACCTRAN (accelerated transformation) e DELTRAN (delayed
transformation) se baseiam nas seguintes premissas: quando a apomorfia
for uma aquisição, considera-se maior a probabilidade de ocorrer uma
origem e uma perda que considerar duas aquisições independentes
(ACCTRAN); se a apomorfia é uma perda, assume-se que duas perdas
independentes devem ser mais prováveis que a ocorrência de uma perda e
uma origem subseqüente (DELTRAN) (AMORIM, 2002). Entretanto, apesar
da otimização ser muito subjetivo, DE PINNA (1991) comenta que o
surgimento a priori de um caráter e depois de uma perda (ACCTRAN) é
preferível que um surgimento a posteriori no cladograma, privilegiando
assim as homologias primárias. Sendo assim, optou-se neste estudo pela
otimização dos caracteres pelo critério ACCTRAN.
A matriz com 108 táxons terminais (neste estudo em nível de
espécie) e 113 caracteres (Anexo 1) foi analisada através do método
numérico com a utilização dos programas Winclada (NIXON, 2002) e Nona
(GOLOBOFF, 1993). A árvore com menor número de passos foi encontrada
com a análise Heuristic Search randomizada, opção “Multmax” tree, com
1000 réplicas, otimizada pelo critério “fast optimization” (referente ao
83
ACCTRAN no PAUP). Para o suporte dos ramos foram feitas as análises de
Bremer e bootstrap, realizadas pelos mesmos programas.
IV- RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise cladística resultou em 10000 árvores igualmente
parcimoniosas, todas com 763 passos evolutivos. O índice de consistência
geral (IC) foi de 0,17 e o índice de retenção geral (IR) de 0,77 (Fig. 1). O
resultado desta análise foi exatamente igual a da Árvore de Consenso
Estrito, conseguindo resolver o posicionamento de todos os gêneros e
espécies. Assim, optou-se por apresentar apenas a árvore mais
parcimoniosa (Fig. 1). A relação dos caracteres com a descrição e
polarização dos estados destes estão apresentados no anexo 2.
84
Figura 1: Relações filogenéticas entre as espécies de Threskiornithidae com
base na osteologia craniana (grifado em amarelo= gêneros polifiléticos; os
números correpondem aos nós; entre parentêses estão os valores do
bootstrap; vermelho= índice de suporte de Bremer).
Os Threskiornithidae formam um grupo monofilético (nó 1, Fig.1),
compartilhando 14 caracteres que seguem abaixo e suportado por um
bootstrap de 98% e índice de Bremer de 10: (0) Sutura frontonasal:
ausente; (9) Lacrimal contatando-se só com o nasal: contata-se; (12)
Processo Pr1 do lacrimal (ver FERREIRA & DONATELLI, 2005): presente;
(14) Processo Pr2 do lacrimal (ver FERREIRA & DONATELLI, 2005):
85
presente; (27) Projeção do ectetmóide: presente; (33) Processo lateral do
paraesfenóide: ausente; (35) Processo Pr5 (ver FERREIRA & DONATELLI,
2005): presente; (62) Vômer totalmente achatado laterolateralmente:
ausente; (63) Vômer largo na base, afilando-se até a extremidade:
presente; (72) Côndilo pterigóide do processo mandibular do quadrado:
presente; (78) Sulco Sul2 na face dorsal da maxila superior (ver FERREIRA
& DONATELLI, 2005): presente; (89) Maxila: estreita em toda sua
extensão; (94) Sulco Sul4 da mandíbula (ver FERREIRA & DONATELLI,
2005): presente; (112) Forâmen pneumático articular: ausente.
A divisão em duas subfamílias (Threskiornithinae e Plataleninae)
adotada por vários autores (p.ex., MATHEU & DEL HOYO, 1992; LIVEZEY
& ZUSI, 2007), não é corroborada neste estudo. Observa-se que os
membros pertencentes à subfamília Threskiornithinae não forma um
grupo monofilético (Fig. 1), mas sim parafilético. Já a subfamília
Plataleinae é um grupo natural (monofilético) (nó 22, Fig. 1). Apesar da
anatomia aparentemente distinta desses dois grupos sugerir a separação
destes em duas subfamílias (como observado no trabalho sobre anatomia
realizado por FERREIRA & DONATELLI (2005)), a análise cladística revela
que essa divisão é equivocada e que os caracteres que os separam não são
necessariamente homologias primárias (apenas no caso de Plataleinae).
Theristicus caudatus é o mais basal dentre os Threskiornithidae e
como podemos ver na figura 1, o gênero Theristicus não é monofilético (nós
1, 15 e 19). Do mesmo modo, Bostrychia também não é um gênero
monofilético, sendo Bostrychia hagedash mais basal (nó 2) e B.carunculata
mais derivada (nó 18) (Fig. 1).
Dentre os representantes do gênero Theristicus, T. caudatus tem
como autapomorfia a proeminência cerebelar desenvolvida (proeminente);
T. caerulescens apresenta como autapomorfias o tamanho do processo
Pr2 do lacrimal menor/igual a 1/3 em relação ao tamanho do processo
versus a distância da base do processo até o processo maxilar do nasal; a
forma do processo Pr3 do ectetmóide retangular; o processo suprameático
86
de tamanho menor/igual a 1/3 em relação ao tamanho do processo versus
o comprimento do processo ótico do quadrado; a proeminência cerebelar
desenvolvida (parece ter surgido independentemente de T. caudatus); o
processo orbital do quadrado de tamanho menor/igual a 2/3 em relação
ao tamanho do processo versus o tamanho do corpo do quadrado e a
fenestra caudal da mandíbula está ausente. T. melanopis tem o processo
Pr2 do lacrimal maior que 1/3 em relação ao tamanho do processo versus
a distância da base do processo até o processo maxilar do nasal; tamanho
do processo orbital de 1/4 até a 1/2 da distância da base deste processo
até o arco jugal; a fossa ventral do palatino bem profunda e com tamanho
maior/igual a 2/3 em relação ao tamanho da fossa versus comprimento do
palatino. O que mais chamou a atenção foi a separação de T. caudatus e T.
melanops, que são espécies muito semelhantes quanto à morfologia
externa, sendo que T. melanopis, ás vezes, é considerado uma subespécie
de T. caudatus (MATHEU & DEL HOYO, 1992). A distribuição de
T.caudatus é norte, centro e leste da América do Sul, enquanto T.
melanopis ocorre no oeste e sul da América do Sul.
Em relação ao gênero Bostrychia, B. hagedash apresenta como
autapomorfias o tamanho do processo supraorbital do lacrimal
maior/igual à 1/3 em relação ao comprimento do processo versus o
comprimento da caixa craniana; a projeção paraesfenóide com tamanho
menor/igual a 1/6 em relação ao comprimento da projeção versus o
comprimento do rostro paraesfenóide; a fossa ventral do palatino bem
profunda e com tamanho maior/igual a 2/3 em relação ao tamanho da
fossa versus o comprimento do palatino; o ângulo caudomedial do palatino
pouco acentuado e o processo orbital do quadrado de tamanho
menor/igual a 2/3 em relação ao tamanho do processo versus o tamanho
do corpo do quadrado. Já B. carunculata tem o tamanho do processo
supraorbital do lacrimal maior/igual à 1/3 em relação ao comprimento do
processo versus o comprimento da caixa craniana (o resultado do
cladograma sugere que este caráter tenha surgido independentemente em
87
B. hagedash e B. carunculata); a proeminência cerebelar pouco
desenvolvida (pouco proeminente); uma projeção localizada
caudomedialmente no pterigóide; o processo Pr9 do pterigóide ausente; o
processo Pr10 do arco jugal ausente e a fossa F3 da maxila ausente. O
gênero Bostrychia endêmico da África, sendo B. hagedash a mais
amplamente distribuída pelo continente e B. carunculata restrita a
lagumas regiões da Etiópia (MATHEU & DEL HOYO, 1992).
Por outro lado, Plegadis, Threskiornis, Eudocimus, Pseudibis e
Platalea são grupos monofiléticos. Os representantes do gênero Plegadis
(nó 4) compartilham cinco caracteres (40, 47, 97, 98 e 100), sendo P.chihi
grupo-irmão de P.falcinellus e P.ridgwaiy mais basal (nós 4 e 5, Fig. 1). P.
chihi ocorre no continente americano, assim como P. falcinellus, que além
da América, apresenta distribuição na África, Europa, sul da Ásia e
Oceania. Já P. ridgwayi é restrito à América do Sul (MATHEU & DEL
HOYO, 1992). Threskiornis (nó 7) compartilha cinco caracteres (9, 16, 66,
70 e 71) e está dividido em dois grupos: um relacionando T.aethiopicus e
T.spinicollis (nó 8) e outro com T.melanocephalus e T.molucca (nó 9) (Fig.
1). T.aethiopicus ocorre no continente Africano, enquanto T.spinicollis tem
ocorrência principalmente no continente Australiano. Já T.melanocephalus
tem distribuição desde a Ásia até a Oceania e T.molucca mais na Oceania
(MATHEU & DEL HOYO, 1992).
Pode-se distinguir dois grandes grupos dentro dos
Threskiornithidae. Um grupo relacionando Phimosus infuscatus,
Mesembrinibis cayennensis, Eudocimus albus, E.ruber, Theristicus
caerulescens, Geronticus eremita, Pseudibis papillosa e P. davisoni (nó 11) e
outro Bostrychia carunculata, Theristicus melanopis, Lophotibis cristata,
Cercibis oxycerca e Platalea (nó 18) (Fig. 1).
O primeiro grupo (nó 11) é suportado por um bootstrap de 90%,
índice de Bremer de 3 e compartilha quatro caracteres: (11) Tamanho do
processo supraorbital do lacrimal: maior igual à 1/3 da relação
comprimento do processo versus comprimento da caixa craniana; (15)
88
Tamanho do processo Pr2 do lacrimal: maior que 1/3 da relação: tamanho
do processo versus distância da base do processo até o processo maxilar
do nasal; (31) Tamanho da projeção do paraesfenóide (PjP): maior/igual a
1/3 da relação: comprimento da projeção versus comprimento do rostro
paraesfenóide; (34) Tamanho do processo lateral do paraesfenóide:
pequeno.
Pseudibis é grupo-irmão de Geronticus, compartilhando seis
caracteres (11, 16, 32, 86, 97 e 104) (nó 16). Este clado é grupo-irmão de
Theristicus caerulescens (nó 15) e este clado maior de Eudocimus (nó 13)
(Fig. 1). Phimosus infuscatus e Mesembrinis cayennensis formam um clado
(nó 12) e são os mais basais dentro deste grupo (Fig. 1). Estes últimos
compartilham três caracteres (37, 68 e 104).
O segundo grupo (nó 18) é suportado por dois caracteres, bootstrap
de 90% e índice de suporte de Bremer de 1: (32) Tamanho da tuba auditiva
comum (tac): maior/igual a 3/5 da relação: comprimento da tac versus
comprimento do rostro paraesfenóide; (33) Processo lateral do
paraesfenóide: presente.
Cercibis oxycerca está mais relacionado a Platalea (nó 21),
compartilhando três caracteres (24, 105 e 108). Lophotibis cristata é grupo-
irmão deste clado (nó 20), seguido por Theristicus melanopis (nó 19) e
Bostrychia carunculata (nó 18) que é o mais bassal deste grupo (Fig. 1).
Apesar dos poucos exemplares utilizados por SIBLEY & AHLQUIST
(1990), estes autores conseguiram resolver o posicionamento de quatro dos
oito gêneros estudados (Cercibis, Eudocimus, Mesembrinibis, Theristicus,
Plegadis, Bostrychia, Platalea e Threskiornis). O gênero Platalea forma um
clado com Threskiornis; este clado é grupo-irmão de Bostrychia e Plegadis
seria o mais basal. Os demais gêneros não ficaram claramente resolvidos.
Comparando este resultado com o presente estudo, Plegadis
também foi encontrado como um dos mais basais dentro dos
Threskiorntihidae, assim como Bostrychia hagedash. Contudo, SIBLEY &
AHLQUIST (op. cit.) não relatam qual espécie de Bostrychia foi analisada
89
ou se foram todas as espécies do gênero, e como pôde-se observar no
resultado deste estudo, Bostrychia não é monofilético. Platalea é grupo-
irmão de Cercibis (neste estudo), mas SIBLEY & AHLQUIST (1990) não
obtiveram o mesmo resultado, encontrando uma relação mais próxima dos
Platalea com Threskiornis. O resultado deste estudo coloca os Threskiornis
como um dos mais basais dentro dos Threskiornithidae, e não derivado
junto com Platalea (SIBLEY & AHLQUIST op. cit.).
Dentre os Threskiorniothidae, os Platalea são um dos grupos mais
derivados. Estes compartilham 19 caracteres formando um grupo
monofilético, suportado por um bootstrap de 99% e suporte de Bremer de
14 (nó 22, Fig. 1): (2) Concavidade rostromediana do frontal: ausente; (15)
Tamanho do processo Pr2 do lacrimal: maior que 1/3 da relação: tamanho
do processo versus a distância da base do processo até o processo maxilar
do nasal; (27) Projeção do ectetmóide: ausente; (31) Tamanho da projeção
do paraesfenóide (PjP): menor/igual a1/6 da relação: comprimento da
projeção versus o comprimento do rostro paraesfenóide; (32) Tamanho da
tuba auditiva comum (tac): 1/3<tamanho<3/5 da relação: comprimento da
tac versus o comprimento do rostro paraesfenóide; (49) Tamanho da
proeminência cerebelar: pouco proeminente; (56) Profundidade da fossa
ventral do palatino: rasa; (72) Côndilo pterigóide do processo mandibular
do quadrado: ausente; (73) Côndilo caudal do processo mandibular do
quadrado: ausente; (74) Côndilo lateral unido ao côndilo caudal do
processo mandibular do quadrado: não unidos; (75) Côndilo medial unido
ao côndilo pterigóide do processo mandibular do quadrado: não unidos;
(76) Côndilo lateral unido ao côndilo medial o processo mandibular do
quadrado: unidos; (81) Fossa F2 da maxila (ver FERREIRA & DONATELLI,
2005): presente; (89) Maxila: larga em toda sua extensão; (90) Maxila:
achatada dorsoventralmente; (92) Maxila: expandida rostralmente em
forma de espátula (colher); (93) Maxila: reta; (97) Tubérculo
pseudotemporal da mandíbula: ausente; (98) Tamanho do processo
coronóide 1: pouco conspícuo.
90
Os Plataleinae são um grupo que apresentam problemas
taxonômicos quanto aos táxons específicos, como inclusão de Platalea
flavipes no gênero monoespecífico Platibis e Platalea ajaja no gênero
monoespecífico Ajaia (MATHEU & DEL HOYO, 1992). Entretanto, a análise
cladística mostra que essas espécies pertencem mesmo ao gênero Platalea
(nó 22, bootstrap= 99%) (Fig. 1).
Platalea ajaja é a espécie mais basal deste clado, que apresenta dois
grupos monofiléticos: P.alba e P.leucorodia (nó 24, bootstrap= 93%) e
P.regia e P.flavipes (nó 25, bootstrap= 92%) (Fig. 1), que são grupos-
irmãos. Esse resultado é bastante interessante, pois P.leucorodia ocorre
nos continentes Africano, Europeu e Asiático e P.alba no continente
Africano. Já P.regia e P.flavipes tem distribuição apenas na Oceania. P.
ajaja é o único que ocorre no continente Americano (Novo Mundo) e com
plumagem totalmente distinta (cor-de-rosa) (MATHEU & DEL HOYO,
1992). O resultado deste estudo (Fig.1) reflete exatamente este panorama.
Os Threskiornithidae parecem ter um padrão de distribuição
Gondwanico. Na África temos Geronticus, Bostrychia, Lophotibis, Plegadis
(P.falcinellus), Threskiornis (T.aethiopicus) e Platalea (P.leucorodia e P.alba);
já no Sul da Ásia podemos observar Threskiornis (T.melanocephalus),
Pseudibis, Plegadis (P.falcinellus) e Platalea (P.leucorodia). Na Oceania
temos Threskiornis (T.molucca e T.spinicollis), Plegadis (P.falcinellus) e
Platalea (P.regia e P.flavipes); e na América do Sul encontramos
Theristicus, Mesembrinibis, Phimosus, Eudocimus, Plegadis, Cercibis e
Platalea (P.ajaja). As exceções são: Plegadis falcinellus que ocorre também
na América do Norte e Europa; Plegadis chihi ocorrendo também na
América do Norte; e Platalea leucorodia também encontrada na Europa e
restante da Ásia. Entretanto, essas espécies podem muito bem ter migrado
para essas regiões posteriormente, já que são espécies migratórias
(MATHEU & DEL HOYO 1992), assim como muitas outras espécies desta
família.
91
V- CONCLUSÕES
Os Threskiornithidae formam um grupo natural (monofilético).
Existem dois grandes grupos dentro de Threskiornithidae: o primeiro
relacionando Phimosus infuscatus, Mesembrinibis cayennensis, Eudocimus
albus, E.ruber, Theristicus caerulescens, Geronticus eremita, Pseudibis
papillosa e P. davisoni; e o segundo agrupando Bostrychia carunculata,
Theristicus melanopis, Lophotibis cristata, Cercibis oxycerca e Platalea com
todos os seus representantes. Os representantes mais basais são
Theristicus caudatus, Bostrychia hagedash, Plegadis e Threskiornis. A
subdivisão em duas subfamílias (Threskiornithinae e Plataleinae) não foi
constatada neste estudo como sugerem outros autores, ao contrário,
observou-se que os Threskiornithinae são parafiléticos e que apenas os
Plataleinae formam um grupo monofilético, apesar da anatomia
aparentemente distinta desses dois grupos sugerir a separação destes em
duas subfamílias. Tendo em vista a ausência de estudos sobre
relacionamento filogenético do grupo, espera-se que haja um maior
empenho dos pesquisadores em estudar tanto a morfologia como também
análises moleculares que visem elucidar melhor as relações entre os
membros de Threskiornithidae.
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96
Anexo 1- Matriz de caracteres da osteologia craniana. (?) Caráter não
observado, (-) Caráter não comparável.
Taxa 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Eudocimus albus
1 0 121100011210111 0 0 - 0000
Eudocimus ruber
1 0 121100011210112 0 0 - 0000
Phimosus infuscatus
1 0 110100011210112 0 0 - 0000
Plegadis chihi
1 0 110100011111102 0 0 - 0000
Plegadis falcinellus
1 0 120100011111102 0 0 - 0000
Plegadis ridgwayi
1 0 110100001?11102 0 0 - 0000
Pseudibis papillosa
1 0 1 1 0 1 0 0 0 0 1 1 1 1 0 - 1 0 0 - 0 0 0 0
Pseudibis davisoni
1 0 110100011?10111 0 0 - 0000
Theristicus caerulescens
1 0 110100011210102 0 0 - 0000
Theristicus caudatus
1 0 1 1 0 1 0 0 0 1 1 ? ? ? ? ? ? 0 0 - 0 0 0 0
Theristicus melanopis
1 0 110100011111112 0 0 - 0000
Mesembrinibis cayennensis
1 0 110100001211112 0 0 - 0000
Bostrychia hagedash
1 0 1 1 0 1 0 0 0 ? 1 2 1 1 1 0 1 0 0 - 0 0 0 0
Bostrychia carunculata
1 0 1 1 0 1 0 0 0 ? 1 1 1 0 1 0 2 0 0 - 0 0 0 0
Threskiornis aethiopicus
1 0 120100001110101 0 0 - 0000
Threskiornis spinicollis
1 0 1 1 0 1 0 0 0 ? 1 1 1 0 1 0 1 0 0 - 0 0 0 0
Threskiornis melanocephalus
1 0 1 1 0 1 0 0 0 ? 1 1 1 0 1 0 1 0 0 - 0 0 0 0
Threskiornis molucca
1 0 1 1 0 1 0 0 0 0 1 2 1 1 ? 0 1 0 0 - 0 0 0 0
Geronticus eremita
1 0 110100011110111 0 0 - 0000
Cercibis oxycerca
1 0 110100001111102 0 0 - 0000
Lophotibis cristata
1 0 110100001111102 0 0 - 0000
Platalea leucorodia
? 0 0-0100001?1011? 0 0 - 0000
Platalea alba
1 0 0-0100001?11112 0 0 - 0000
Platalea ajaja
0 0 0-0100001111112 0 0 - 0000
Platalea regia
1 0 0 - 0 1 0 0 0 0 1 1 1 0 0 - 1 0 0 - 0 0 0 0
Platalea flavipes
1 0 0 - 0 1 0 0 0 0 1 1 1 1 0 - 1 0 0 - 0 0 0 0
Mycteria americana
0 0 0 - 0 1 1 0 0 0 1 ? 0 - 0 - 1 0 0 - 0 0 0 1
Mycteria cinerea
0 1 0 - 0 1 1 0 0 0 1 1 0 - 0 - 1 0 0 - 1 0 0 1
Mycteria ibis
0 1 0 - 0 1 1 0 0 0 1 1 0 - 0 - 1 0 0 - 1 0 0 1
Mycteria leucocephala
0 1 0 - 0 1 1 0 0 0 1 ? 0 - 0 - 1 0 0 - 1 0 0 1
Anastomus oscitans
0 0 0 - 0 1 0 0 0 0 1 ? 0 - 0 - 1 0 0 - 0 1 1 -
Anastomus lamelligenus
0 0 0 - 0 1 0 0 0 0 1 1 0 - 0 - 1 0 0 - 0 1 1 -
Ciconia nigra
0 0 0 - 0 1 0 0 0 0 1 ? 0 - 1 0 ? 0 0 - 0 0 1 -
Ciconia abdimii
0 0 0 - 0 1 0 1 0 0 1 1 0 - 1 0 1 0 0 - 1 0 1 -
Ciconia episcopus
0 0 0 - 0 1 0 0 0 0 1 1 0 - 1 0 1 0 0 - 0 1 0 1
Ciconia maguari
1 0 1 1 0 1 0 0 0 0 1 ? 0 - 1 0 1 0 0 - 1 0 0 1
Ciconia ciconia
1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 1 1 0 - 0 - 2 ? 0 - 0 0 0 1
Ephippiorhynchus asiaticus
0 0 0 - 0 1 0 0 0 0 1 2 0 - 0 - ? 0 0 - 0 1 1 -
Jabiru mycteria
0 0 0 - 0 1 0 0 0 0 1 2 0 - 1 ? 2 0 0 - 0 1 0 1
Leptoptilus javanicus
0 1 0 - 0 1 0 0 1 1 1 ? 0 - 1 ? 2 0 0 - 0 1 1 -
Leptoptilus dubius
0 1 0 - 0 1 0 0 1 1 1 ? 0 - 1 ? 2 0 0 - 0 1 0 1
Leptoptilus crumeniferus
0 1 0 - 0 1 0 0 1 1 1 ? 0 - 1 ? 2 0 0 - 0 1 0 1
Scopus umbretta
0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 1 1 0 - 0 - 1 0 0 - 1 0 0 1
97
Taxa 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Balaeniceps rex
0 1 0 - 0 1 0 0 0 1 1 - 0 - 0 - ? 0 0 - 0 1 1 -
Syrigma sibilatrix
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 2 0 - 0 - 0 1 1 0 0 0 0 1
Pilherodius pileatus
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 - 0 - ? 1 1 2 0 0 0 1
Ardea cinerea
0 0 1 0 0 1 1 0 0 0 1 1 0 - 0 - 0 1 1 0 0 0 0 0
Ardea herodias
0 0 1 ? 0 1 1 0 0 0 1 2 0 - 0 - 0 1 1 0 0 0 0 0
Ardea cocoi
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 2 0 - 0 - 0 1 1 1 0 0 0 0
Ardea pacifica
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 ? 0 - 0 - 0 1 1 ? 0 0 1 -
Ardea melanocephala
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 2 0 - 0 - 0 1 1 0 0 0 0 0
Ardea sumatrana
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 2 0 - 0 - 0 1 1 2 0 0 0 0
Ardea goliath
0 0 1 ? 0 1 1 0 0 0 1 2 0 - 0 - 0 1 1 ? 0 0 0 0
Ardea purpurea
0 0 1 ? 0 1 1 0 0 0 1 ? 0 - 0 - 0 1 1 ? 0 0 0 0
Ardea alba
0 0 1 ? 0 1 1 0 0 0 1 ? 0 - 0 - 0 1 1 1 0 0 0 ?
Egretta rufescens
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 - 0 - 0 1 1 0 0 0 0 1
Egretta ardesiaca
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 ? 0 - 0 - 0 1 1 0 0 0 0 0
Egretta tricolor
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 ? 0 - 0 - 0 1 1 0 0 0 0 ?
Egretta intermedia
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 ? 0 - 0 - 0 1 1 0 0 0 0 ?
Egretta novaehollandiae
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 - 0 - 0 1 1 1 0 0 0 1
Egretta caerulea
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 ? 0 - 0 - 0 1 1 1 0 0 0 ?
Egretta thula
0 ? 1 1 0 1 1 0 0 0 1 ? 0 - 0 - 0 1 1 0 0 0 0 1
Egretta garzetta
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 ? 0 - 0 - 0 1 1 0 0 0 0 ?
Egretta sacra
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 - 0 - 0 1 1 0 0 0 0 1
Bubulcus ibis
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 - 0 - 1 1 1 0 0 0 0 0
Ardeola ralloides
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 ? 0 - 0 - 0 1 0 - 0 0 0 0
Ardeola bacchus
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 - 0 - 0 1 0 - 0 0 0 0
Butorides striatus
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 - 0 - 0 1 1 0 0 0 0 0
Nycticorax violacea
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 ? 0 - 0 - 0 1 1 0 0 0 0 0
Nycticorax nycticorax
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 ? 0 - 0 - 0 1 1 0 0 0 0 0
Nycticorax caledonicus
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 ? 0 - 0 - 0 1 1 1 0 0 0 0
Gorsachius melanolophus
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 - 0 - 0 1 1 1 0 0 0 0
Cochlearius cochlearius
0 0 0 - 0 1 1 0 0 0 1 2 0 - 0 - 2 0 1 1 0 0 1 -
Tigrisoma mexicanum
0 0 0 - 0 1 1 0 0 0 1 1 1 1 0 - 0 1 1 2 0 0 1 -
Tigrisoma lineatum
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 ? 1 1 ? ? 0 1 1 2 0 0 0 1
Ixobrychus involucris
0 0 1 0 0 1 1 0 0 0 1 ? 1 ? 0 - 0 1 1 0 0 0 0 0
Ixobrychus exilis
0 0 1 0 0 1 1 0 0 0 1 1 1 0 0 - 0 1 1 0 0 0 0 0
Ixobrychus sinensis
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 ? 1 0 0 - 0 1 1 0 0 0 0 0
Ixobrychus eurhythmus
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 ? 1 0 0 - 0 1 1 0 0 0 0 0
Ixobrychus cinnamomeus
0 0 1 ? 0 1 1 0 0 0 1 ? 0 - 0 - 0 1 1 0 0 0 0 0
Ixobrychus sturmii
1 1 1 1 0 1 1 0 0 0 1 ? ? ? 0 - 0 1 1 0 0 0 0 0
Botaurus lentiginosus
0 0 1 ? 0 1 1 0 0 0 1 ? 1 0 0 - ? 1 1 1 0 0 0 ?
Botaurus stellaris
0 0 1 ? 0 1 1 0 0 0 1 ? 1 0 0 - ? 1 1 1 0 0 0 ?
Botaurus poicilloptilus
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 1 0 0 - ? 1 1 0 0 0 0 0
Coragyps atratus
1 1 0 - 0 1 0 0 0 0 0 - 0 - 0 - 1 0 0 - 0 0 0 0
Cathartes aura
1 1 0 - 0 1 1 0 0 ? 0 ? 0 - 0 - ? 0 0 - 0 0 0 0
Cathartes burrovianus
1 1 0 - 0 1 1 0 0 0 0 ? 0 - 0 - 2 0 0 - 0 0 0 0
Cathartes melambrotus
1 1 0 - 0 1 1 0 0 ? 0 ? 0 - 0 - ? 0 0 - 0 0 0 0
Gimnogyps californianus
1 1 0 - 0 1 0 0 0 0 0 ? 0 - 0 - ? 0 0 - 0 ? 0 0
Vultur gryphus
1 1 0 - 0 1 0 0 0 0 0 ? 0 - 0 - 1 0 0 - 0 0 0 0
98
Taxa 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Sarcorhamphus papa
1 1 0 - 0 1 0 0 0 0 0 ? 0 - 0 - 2 0 0 - 0 0 0 0
Phoenicopterus ruber
0 0 1 2 0 1 0 0 0 0 1 1 0 - 0 - 0 0 0 - 0 0 1 -
Phoenicoparrus andinus
0 0 1201000 0 1 ? ? ? ? ? ? ? ? ? 0 ? 0 ?
Phoeniconaias minor
0 0 1 2 0 1 0 0 0 0 1 1 0 - 0 - 0 0 0 - 0 0 0 0
Fregata minor
0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 - 0 - 0 0 0 - 0 0 0 1
Phalacrocorax brasilianus
0 1 0 - 0 1 0 0 0 0 0 ? 0 - 0 - 0 0 0 - 0 1 0 0
Sula leucogaster
0 0 0 - 0 1 0 0 0 0 1 0 0 - 0 - 0 0 0 - 1 0 1 -
Anhinga anhinga
0 1 0 - 0 1 ? 0 0 0 0 ? 0 - 0 - 0 0 0 - 0 0 1 -
Pelecanus erythrorhynchus
0 1 0 - 0 1 0 0 0 0 0 ? 1 0 0 - 2 0 0 - 0 0 1 -
Phaethon aethereus
0 0 0 - 0 1 0 0 0 0 1 0 0 - 0 - 0 0 0 - 0 0 0 1
Puffinus pacificus
1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 0 - 0 0 0 - 0 0 0 0
Fulmarus glacialis
0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 ? ? ? 0 - 0 0 0 - 0 0 0 ?
Diomedea immutabilis
0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 0 - 0 - 0 0 0 - 0 0 0 0
Procellaria aequinoctialis
0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 0 - 0 - 1 0 0 - 0 0 0 0
Podiceps grisegena
0 0 1001000 0 1 ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? 0 1
Podilymbus podiceps
0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 - 0 - 1 0 0 - 0 1 0 1
Aechmophorus occidentalis
0 0 0 - 0 1 0 0 0 0 1 0 0 - 0 - 1 0 0 - 0 1 ? ?
Tinamus solitarius
1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 ? 0 - 0 - 1 0 0 - 0 0 0 0
Taxa 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44
Eudocimus albus
1 0 011012111001 0 1 1 0101
Eudocimus ruber
1 1 0 1 1 0 1 2 1 0 - 0 0 1 0 1 2 0 1 0 1
Phimosus infuscatus
0 1 0 1 1 1 0 2 1 0 - 1 0 0 0 1 1 0 1 0 1
Plegadis chihi
1 1 0 1 1 0 1 1 1 0 - 1 0 1 0 1 2 0 1 1 1
Plegadis falcinellus
1 0 0 1 1 0 1 2 1 0 - 1 0 1 0 1 2 0 1 0 1
Plegadis ridgwayi
1 0 0 1 1 0 1 ? 1 0 - 1 0 1 0 1 2 0 1 0 1
Pseudibis papillosa
? 1 01?????????? 0 ? ? 0???
Pseudibis davisoni
? 1 0110010???1? 0 1 1 0101
Theristicus caerulescens
0 1 0 1 1 0 ? 2 1 0 - 0 0 1 0 1 2 0 1 0 1
Theristicus caudatus
1 ? 0 1 1 1 0 1 1 0 - 1 0 1 0 1 1 0 1 0 1
Theristicus melanopis
1 1 011001010011 0 1 ? 0101
Mesembrinibis cayennensis
1 1 0 1 1 0 0 2 0 0 - 1 0 0 0 1 0 0 1 0 1
Bostrychia hagedash
1 0 0 1 1 1 1 0 1 0 - 1 0 1 0 1 1 0 1 0 1
Bostrychia carunculata
1 1 011000010101 0 1 1 0101
Threskiornis aethiopicus
1 0 0 1 1 0 1 1 1 0 - 1 0 1 0 1 1 0 1 0 1
Threskiornis spinicollis
1 1 0 1 1 0 1 1 1 0 - 1 0 1 0 1 1 0 1 0 1
Threskiornis melanocephalus
1 1 0 1 1 1 1 2 0 0 - ? 0 1 0 1 1 0 1 0 1
Threskiornis molucca
1 1 0 1 1 1 1 2 1 0 - 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1
Geronticus eremita
1 1 0 0 1 1 0 2 0 0 - 0 0 1 0 1 1 0 1 0 1
Cercibis oxycerca
0 1 011011011111 0 1 0 0101
Lophotibis cristata
1 1 0 1 1 ? 0 1 0 0 - 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0
Platalea leucorodia
0 0 0 0 1 ? 0 ? ? 1 ? 0 ? 1 0 1 ? 0 1 ? 1
Platalea alba
0 0 0?1010???101 0 1 ? 0101
Platalea ajaja
0 1 001000111001 0 1 2 0101
Platalea regia
0 0 001?10110001 0 1 1 0101
Platalea flavipes
0 1 001000010001 0 1 1 0101
99
Taxa 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44
Mycteria americana
1 0 001110210012 1 1 2 0101
Mycteria cinerea
1 0 001100210012 1 1 2 0101
Mycteria ibis
1 0 001101210002 1 1 2 0101
Mycteria leucocephala
1 0 0 0 1 1 0 ? 2 1 ? 0 1 2 1 1 2 0 1 0 1
Anastomus oscitans
- - 00110??1?01? 0 1 ? 1101
Anastomus lamelligenus
? ? 00110010- 01? 0 1 ? 0101
Ciconia nigra
- - 0011011??021 0 1 0 0101
Ciconia abdimii
- - 00111110- 021 0 1 0 0101
Ciconia episcopus
1 0 001111110021 0 1 0 1101
Ciconia maguari
1 0 001101111021 0 1 0 0101
Ciconia ciconia
1 0 001101111021 0 1 0 0101
Ephippiorhynchus asiaticus
- - 0011???1?02? 0 1 ? 1101
Jabiru mycteria
1 0 00111??10022 0 1 2 1101
Leptoptilus javanicus
- - 00??11?1?022 0 1 ? 1101
Leptoptilus dubius
1 0 000- 01211012 0 1 2 1101
Leptoptilus crumeniferus
1 0 0 0 0 - 0 1 ? 1 1 0 2 2 0 1 2 1 1 0 1
Scopus umbretta
1 0 0 0 0 - 0 0 0 0 - 0 1 0 0 1 0 0 1 0 1
Balaeniceps rex
- - 000- ?0111011 0 0 - 0101
Syrigma sibilatrix
1 0 0 0 0 - 1 0 0 0 - 0 0 0 0 1 2 0 0 - 0
Pilherodius pileatus
1 0 0 0 0 - 1 0 1 0 - 0 0 0 0 1 1 0 0 - 0
Ardea cinerea
0 0 1 0 0 - 1 0 2 0 - 0 0 0 0 1 2 0 0 - 0
Ardea herodias
? 0 1 0 0 - 1 0 2 0 - 0 ? ? 0 1 ? 0 0 - 0
Ardea cocoi
1 0 1 0 0 - 1 0 2 0 - 0 0 0 0 1 2 0 0 - 0
Ardea pacifica
? 0 1 0 0 - 1 0 2 0 - 0 ? ? 0 1 ? 0 0 - 0
Ardea melanocephala
1 0 1 0 0 - 1 0 2 0 - 0 ? ? 0 1 ? 0 0 - 0
Ardea sumatrana
? 0 1 0 0 - 1 0 2 0 - 0 ? ? 0 1 ? 0 0 - 0
Ardea goliath
? 0 1 0 0 - 1 0 2 0 - 0 ? ? 0 1 ? 0 0 - 0
Ardea purpurea
? 0 1 0 0 - 1 0 2 0 - 0 ? ? 0 1 ? 0 0 - 0
Ardea alba
? 0 1 0 0 - 1 0 2 0 - 0 0 ? 0 1 2 0 0 - 0
Egretta rufescens
1 0 1 0 0 - 1 0 0 0 - 0 1 0 0 1 2 0 0 - 0
Egretta ardesiaca
1 0 1 0 0 - 1 0 0 0 - 0 1 0 0 1 2 0 0 - 0
Egretta tricolor
1 0 1 0 0 - 1 0 0 0 - 0 1 0 0 1 2 0 0 - 0
Egretta intermedia
1 0 1 0 0 - 1 0 0 0 - 0 1 0 0 1 2 0 0 - 0
Egretta novaehollandiae
1 0 1 0 0 - 1 0 0 0 - 0 1 0 0 1 2 0 0 - 0
Egretta caerulea
1 0 ? 0 0 - 1 0 0 0 - 0 1 0 0 1 2 0 0 - 0
Egretta thula
1 0 1 0 0 - 1 0 0 0 - 0 1 0 0 1 2 0 0 - 0
Egretta garzetta
1 0 1 0 0 - 1 0 0 0 - 0 1 0 0 1 2 0 0 - 0
Egretta sacra
1 0 1 0 0 - 1 0 0 0 - 0 1 0 0 1 2 0 0 - 0
Bubulcus ibis
0 0 1 0 0 - 1 ? 1 0 - 0 0 0 0 1 2 0 0 - 0
Ardeola ralloides
? 0 1 0 0 - 1 0 2 0 - 0 0 0 0 1 2 0 0 - 0
Ardeola bacchus
1 0 1 0 0 - 1 0 2 0 - 0 0 0 0 1 2 0 0 - 0
Butorides striatus
1 0 1 0 0 - 1 0 1 0 - 0 1 0 0 1 2 0 0 - 0
Nycticorax violacea
0 0 1 0 0 - 1 ? ? 0 - 0 ? ? 0 1 ? 0 0 - 0
Nycticorax nycticorax
0 1 1 0 0 - 1 ? ? 0 - 0 ? ? 0 1 ? 0 0 - 0
Nycticorax caledonicus
0 0 1 0 0 - 1 ? ? 0 - 0 ? ? 0 1 ? 0 0 - 0
Gorsachius melanolophus
0 0 0 0 0 - 1 2 1 0 - 0 0 0 0 1 2 0 0 - 0
Cochlearius cochlearius
- - 1 0 1 0 1 0 0 0 - 0 0 0 0 1 2 0 0 - 0
100
Taxa 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44
Tigrisoma mexicanum
? 0 1 0 0 - 1 ? ? 0 - 0 0 0 0 1 ? 0 0 - 0
Tigrisoma lineatum
? 0 1 0 0 - 1 ? ? 0 - 0 ? ? 0 1 ? 0 0 - 0
Ixobrychus involucris
0 0 0 0 0 - 1 0 0 0 - 0 0 0 0 1 2 0 0 - 0
Ixobrychus exilis
0 0 0 0 0 - 1 0 0 0 - 0 0 0 0 1 2 0 0 - 0
Ixobrychus sinensis
0 0 0 0 0 - 1 0 ? 0 - 0 0 0 0 1 2 0 0 - 0
Ixobrychus eurhythmus
0 0 0 0 0 - 1 0 ? 1 ? 0 0 0 0 1 2 0 0 - 0
Ixobrychus cinnamomeus
0 0 0 0 0 - 1 0 ? 0 - 0 0 0 0 1 2 0 0 - 0
Ixobrychus sturmii
0 0 0 0 0 - 1 0 ? 0 - 0 0 0 0 1 2 0 0 - 0
Botaurus lentiginosus
1 0 1 0 0 - 1 0 1 0 - 0 0 2 0 1 ? 0 0 - 0
Botaurus stellaris
1 0 1 0 0 - 1 0 1 0 - 0 0 2 0 1 ? 0 0 - 0
Botaurus poicilloptilus
1 0 1 0 0 - 1 0 1 0 - 0 0 2 0 1 ? 0 0 - 0
Coragyps atratus
? 0 0 0 1 0 0 1 0 ? ? 0 1 1 0 0 - 0 0 - 0
Cathartes aura
0 0 0 0 0 - 0 ? ? 0 - 0 ? ? 0 0 - 0 0 - 1
Cathartes burrovianus
0 0 0 0 0 - 0 ? ? 0 - 0 ? ? 0 0 - 0 0 - 1
Cathartes melambrotus
0 0 0 0 1 ? 0 ? ? 0 - 0 ? ? 0 0 - 0 0 - 1
Gimnogyps californianus
0 0 001000111001 0 0 - 00- 0
Vultur gryphus
0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 - 0 1 1 0 0 - 0 0 - 0
Sarcorhamphus papa
0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 - 0 1 1 0 0 - 0 0 - 1
Phoenicopterus ruber
- - 000- 10110000 0 1 0 0101
Phoenicoparrus andinus
? 0 000- 01010001 0 1 1 0101
Phoeniconaias minor
2 0 000- 11110000 0 1 ? 0101
Fregata minor
1 0 0 0 0 - 1 0 1 0 - 0 1 1 0 0 - 0 0 - 0
Phalacrocorax brasilianus
0 1 0 0 0 - 1 0 1 0 - 0 0 0 0 0 - 0 0 - 0
Sula leucogaster
- - 0 0 0 - 1 0 1 0 - 0 0 0 0 0 - 0 0 - 0
Anhinga anhinga
- 0 0 0 0 - 1 1 1 0 - 0 0 ? 0 1 ? 0 0 - 1
Pelecanus erythrorhynchus
- - 000- 01010000 0 1 ? 00- ?
Phaethon aethereus
0 0 ?00- 11011010 0 0 - 00- 0
Puffinus pacificus
0 1 0 0 0 - 0 2 0 0 - 0 0 0 0 0 - 0 0 - 0
Fulmarus glacialis
? 0 0 0 ? ? 0 2 0 0 - 0 0 0 0 1 1 0 0 - 0
Diomedea immutabilis
0 0 0 0 0 - 1 0 0 0 - 0 2 1 0 0 - 0 0 - 0
Procellaria aequinoctialis
0 1 0 0 0 - 0 1 1 0 - 0 0 1 0 0 - 0 0 - 0
Podiceps grisegena
1 0 0 0 1 1 1 0 1 0 - 0 0 0 0 1 ? 0 0 - 1
Podilymbus podiceps
1 0 0 0 0 - 1 0 1 0 - 0 0 0 0 0 - 0 0 - 1
Aechmophorus occidentalis
? ? ? 0 0 - 1 0 1 0 - 0 0 0 0 0 - 0 0 - 1
Tinamus solitarius
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Taxa 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65
Eudocimus albus
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Eudocimus ruber
0 1 000110010111 1 0 1 0100
Phimosus infuscatus
0 1 0101?0210200 0 0 1 0100
Plegadis chihi
1 1 100110210110 1 0 1 0100
Plegadis falcinellus
1 1 010110210210 1 0 ? 0100
Plegadis ridgwayi
0 1 1101101101?0 0 0 1 0100
Pseudibis papillosa
? ? ???????10121 1 0 ? 0100
Pseudibis davisoni
0 1 1001?0110111 0 0 1 0100
Theristicus caerulescens
0 1 101110110111 1 0 1 0100
101
Taxa 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65
Theristicus caudatus
0 1 001100110110 1 0 ? 0100
Theristicus melanopis
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Mesembrinibis cayennensis
0 1 001110110121 0 0 1 0100
Bostrychia hagedash
0 1 010110110221 1 0 1 0100
Bostrychia carunculata
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Threskiornis aethiopicus
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Threskiornis spinicollis
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Threskiornis melanocephalus
0 1 000110010100 0 0 1 0100
Threskiornis molucca
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Geronticus eremita
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Cercibis oxycerca
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Lophotibis cristata
- 1 100100100100 0 0 ? 0101
Platalea leucorodia
? 1 ? 0 ? 1 1 0 ? ? 0 0 ? ? 1 0 0 0 1 0 0
Platalea alba
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Platalea ajaja
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Platalea regia
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Mycteria americana
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Mycteria leucocephala
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Anastomus oscitans
1 1 1000?0000221 1 0 1 1000
Anastomus lamelligenus
1 1 1000?0001221 1 0 1 1000
Ciconia nigra
0 1 0 0 0 0 ? 0 1 1 0 1 ? 1 0 0 0 1 0 0 0
Ciconia abdimii
0 1 0 0 0 0 ? 0 1 1 0 1 ? 1 0 0 1 1 0 0 0
Ciconia episcopus
0 1 1 0 0 0 ? 0 1 1 0 1 ? 1 0 1 1 1 0 0 0
Ciconia maguari
0 1 0 0 0 0 ? 0 1 1 0 1 ? 1 0 0 1 1 0 0 0
Ciconia ciconia
0 1 0000?01101?1 ? 0 1 1000
Ephippiorhynchus asiaticus
0 1 0 0 ? 0 ? 0 1 ? 0 ? ? ? 1 0 1 1 0 0 0
Jabiru mycteria
0 1 0000?0100221 1 1 1 1000
Leptoptilus javanicus
0 1 0000?0101020 0 1 1 1000
Leptoptilus dubius
0 1 0000?0101020 0 1 1 1000
Leptoptilus crumeniferus
0 1 0000?0001020 1 1 1 1000
Scopus umbretta
0 1 111001- 1001- 1 ? 0 1000
Balaeniceps rex
0 1 0010002- 012- ? 0 1 ???1
Syrigma sibilatrix
- 1 011001- 01120 0 0 0 0011
Pilherodius pileatus
- 1 011001- 01121 0 0 1 ???1
Ardea cinerea
- 1 011001- 01111 0 0 1 0011
Ardea herodias
- 1 0 1 1 0 0 1 - ? 0 1 2 0 1 0 1 0 0 1 1
Ardea cocoi
- 1 011000201120 0 0 1 0011
Ardea pacifica
- 1 011001??01?? ? 0 1 0011
Ardea melanocephala
- 1 011001?011?? 1 0 1 0011
Ardea sumatrana
- 1 0110002011?? 1 0 1 0011
Ardea goliath
- 1 0110002011?? 1 0 1 0011
Ardea purpurea
- 1 0110002011?? 0 0 1 0011
Ardea alba
- 1 0110002011?? ? 0 1 0011
Egretta rufescens
- 1 0110002?11?? 0 0 1 0011
102
Taxa 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65
Egretta ardesiaca
- 1 0 1 1 0 0 1 - ? 1 1 ? ? 0 0 1 0 0 1 1
Egretta tricolor
- 1 0 1 1 0 0 1 - ? 1 1 ? ? 0 0 1 0 0 1 1
Egretta intermedia
- 1 0110002?11?? 0 0 1 0011
Egretta novaehollandiae
- 1 0 1 1 0 0 1 - ? 1 1 ? ? 0 0 1 0 0 1 1
Egretta caerulea
- 1 0 1 1 0 0 1 - ? 1 1 ? ? 0 0 1 0 0 1 1
Egretta thula
- 1 0 1 1 0 0 1 - ? 1 1 ? ? 0 0 1 0 0 1 1
Egretta garzetta
- 1 0 1 1 0 0 1 - ? 1 1 ? ? 0 0 1 0 0 1 1
Egretta sacra
- 1 0 1 1 0 0 1 - ? 1 1 ? ? 0 0 1 0 0 1 1
Bubulcus ibis
- 1 0 1 1 0 ? 1 - ? 1 1 ? ? 0 0 1 0 0 1 1
Ardeola ralloides
- 1 011001- 01111 0 0 1 0011
Ardeola bacchus
- 1 011001- 01111 0 0 1 0011
Butorides striatus
- 1 011001- 01110 0 0 1 0011
Nycticorax violacea
- 1 0 1 1 0 ? 1 - ? 1 1 ? ? 1 0 1 0 0 1 1
Nycticorax nycticorax
- 1 0 1 1 0 ? 0 2 ? 1 1 ? ? 0 0 1 0 0 1 1
Nycticorax caledonicus
- 1 0 1 1 0 ? 1 - ? 1 1 ? ? 0 0 1 0 0 1 1
Gorsachius melanolophus
- 1 011001- 01100 1 0 1 0011
Cochlearius cochlearius
- 1 011001- 0001- 1 0 1 0011
Tigrisoma mexicanum
- 1 0 1 1 0 ? 0 2 ? 1 1 ? ? 1 0 1 0 0 1 1
Tigrisoma lineatum
- 1 0 1 1 0 ? 1 - ? 1 1 ? ? 0 0 1 0 0 1 1
Ixobrychus involucris
- 1 111001- 01120 1 0 1 0011
Ixobrychus exilis
- 1 111001- 01120 1 0 1 0011
Ixobrychus sinensis
- 1 111001- 01120 0 0 1 0011
Ixobrychus eurhythmus
- 1 111001- 01120 1 0 1 0011
Ixobrychus cinnamomeus
- 1 111001- 01120 0 0 1 0011
Ixobrychus sturmii
- 1 111001- 01120 1 0 1 0011
Botaurus lentiginosus
- 1 011001- 01120 0 0 1 0011
Botaurus stellaris
- 1 011000201120 0 0 1 0011
Botaurus poicilloptilus
- 1 011000201120 0 0 1 0011
Coragyps atratus
- 1 010000110120 0 0 1 ???0
Cathartes aura
? 1 ??00?01?01?? 0 0 ? 1000
Cathartes burrovianus
? 0 ? ? 0 0 ? 0 1 ? 0 1 ? ? 0 0 0 ? ? ? 0
Cathartes melambrotus
? 1 ? ? 0 0 ? 0 1 ? 0 1 ? ? 0 0 1 ? ? ? 0
Gimnogyps californianus
- 0 - 00010010111 0 0 1 ???1
Vultur gryphus
- 0 - 00010010111 0 0 1 ???1
Sarcorhamphus papa
0 0 - 00010000110 0 0 1 ???0
Phoenicopterus ruber
0 1 0- 0100100000 0 0 0 1000
Phoenicoparrus andinus
0 1 0- 0110100001 0 0 0 1000
Phoeniconaias minor
0 1 0- 0100100010 0 0 0 1000
Fregata minor
- 0 - 1100010000- 1 1 1 ???0
Phalacrocorax brasilianus
- 0 - 1100000000- 1 0 0 ???0
Sula leucogaster
- 0 - 1000000002- 1 0 1 ???0
Anhinga anhinga
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Pelecanus erythrorhynchus
? 0 - 1 0 0 1 ? ? 1 0 1 2 - 1 0 1 ? ? ? 1
Phaethon aethereus
- 0 - 0100001000- 1 0 0 0000
Puffinus pacificus
- 1 110001- 00110 0 0 0 0100
Fulmarus glacialis
- 1 011000210100 0 0 0 0100
Diomedea immutabilis
- 0 - 01000000120 0 0 0 ???0
103
Taxa 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65
Procellaria aequinoctialis
- 0 - 01000210101 0 0 0 ???0
Podiceps grisegena
0 0 - 1000011010- 1 0 1 1000
Podilymbus podiceps
1 0 - 10000210100 0 0 1 1000
Aechmophorus occidentalis
0 0 - 10000110101 1 0 1 1000
Tinamus solitarius
- 1 001001- 1000- 1 0 1 0100
Taxa 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
Eudocimus albus
1 0 110000000010 1 0 1 0011
Eudocimus ruber
1 0 110000000010 1 0 1 0011
Phimosus infuscatus
1 0 010000000010 1 0 1 0011
Plegadis chihi
1 0 110000000010 1 0 1 0011
Plegadis falcinellus
1 0 110000000010 1 0 1 0011
Plegadis ridgwayi
1 0 110000000010 1 0 1 0011
Pseudibis papillosa
0 0 110000000010 1 0 1 0010
Pseudibis davisoni
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Theristicus caerulescens
0 0 100000000010 1 0 1 0011
Theristicus caudatus
1 0 110000010010 1 0 1 0010
Theristicus melanopis
1 0 110000000010 1 0 1 0011
Mesembrinibis cayennensis
1 0 000000000010 1 0 1 0010
Bostrychia hagedash
1 0 100000000010 1 0 1 0010
Bostrychia carunculata
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Threskiornis aethiopicus
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Threskiornis spinicollis
? 0 111100000010 1 0 1 0011
Threskiornis melanocephalus
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Threskiornis molucca
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Geronticus eremita
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Cercibis oxycerca
1 0 110000000010 1 0 1 0011
Lophotibis cristata
1 0 100100000010 1 0 1 0010
Platalea leucorodia
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Platalea alba
1 0 110011111010 1 1 1 0011
Platalea ajaja
1 0 110011111010 1 1 1 0011
Platalea regia
1 0 011011111010 1 1 1 0011
Platalea flavipes
1 0 110011111010 1 1 1 0011
Mycteria americana
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Mycteria cinerea
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Mycteria ibis
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Mycteria leucocephala
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Anastomus oscitans
1 0 1 ? 0 0 ? 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Anastomus lamelligenus
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Ciconia nigra
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Ciconia abdimii
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Ciconia episcopus
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Ciconia maguari
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Ciconia ciconia
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Ephippiorhynchus asiaticus
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Jabiru mycteria
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104
Taxa 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
Leptoptilus javanicus
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Leptoptilus dubius
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Leptoptilus crumeniferus
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Scopus umbretta
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Balaeniceps rex
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Syrigma sibilatrix
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Pilherodius pileatus
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Ardea cinerea
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Ardea herodias
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Ardea cocoi
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Ardea pacifica
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Ardea melanocephala
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Ardea sumatrana
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Ardea goliath
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Ardea purpurea
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Ardea alba
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Egretta rufescens
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Egretta ardesiaca
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Egretta sacra
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Bubulcus ibis
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Ardeola ralloides
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Ardeola bacchus
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Butorides striatus
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Nycticorax caledonicus
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Gorsachius melanolophus
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Cochlearius cochlearius
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Tigrisoma mexicanum
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Tigrisoma lineatum
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Ixobrychus involucris
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Ixobrychus exilis
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Ixobrychus sinensis
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Ixobrychus eurhythmus
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Ixobrychus cinnamomeus
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Ixobrychus sturmii
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Botaurus lentiginosus
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Botaurus stellaris
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Botaurus poicilloptilus
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Coragyps atratus
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Cathartes aura
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105
Taxa 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
Cathartes burrovianus
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Cathartes melambrotus
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Gimnogyps californianus
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Vultur gryphus
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Sarcorhamphus papa
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Phoenicopterus ruber
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Fregata minor
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Phalacrocorax brasilianus
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Sula leucogaster
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Anhinga anhinga
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Pelecanus erythrorhynchus
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Phaethon aethereus
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Puffinus pacificus
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Fulmarus glacialis
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Diomedea immutabilis
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Procellaria aequinoctialis
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Podiceps grisegena
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Podilymbus podiceps
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Aechmophorus occidentalis
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Tinamus solitarius
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106
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0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1
Leptoptilus dubius
0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1
Leptoptilus crumeniferus
0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 1
Scopus umbretta
0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0
Balaeniceps rex
0 0 1 0 2 0 0 0 1 0 0 0 1 - 1 1 0 1 1
Syrigma sibilatrix
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 0
Pilherodius pileatus
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 0
Ardea cinerea
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 2 0
Ardea herodias
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 2 0
Ardea cocoi
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 2 0
Ardea pacifica
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 2 0
Ardea melanocephala
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 2 0
Ardea sumatrana
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 2 0
Ardea goliath
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 2 0
Ardea purpurea
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 2 0
Ardea alba
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 2 0
Egretta rufescens
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 ? 0
Egretta ardesiaca
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 ? 0
Egretta tricolor
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 ? 0
Egretta intermedia
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 ? 0
Egretta novaehollandiae
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 ? 0
Egretta caerulea
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 ? 0
Egretta thula
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 ? 0
Egretta garzetta
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 ? 0
Egretta sacra
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 ? 0
Bubulcus ibis
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 ? 0
Ardeola ralloides
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 ? 0
Ardeola bacchus
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 0
Butorides striatus
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 0
Nycticorax violacea
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 ? 0 ? 0 1 1 ? 0
107
Taxa 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105
Nycticorax nycticorax
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 ? 0
Nycticorax caledonicus
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 ? 0 ? 0 1 1 ? 0
Gorsachius melanolophus
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1
Cochlearius cochlearius
0 0 1 1 1 0 1 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 1
Tigrisoma mexicanum
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 ? 0
Tigrisoma lineatum
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 ? 0
Ixobrychus involucris
0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 1 1 ? 0
Ixobrychus exilis
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 1 ? 0
Ixobrychus sinensis
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 1 ? 0
Ixobrychus eurhythmus
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 1 ? 0
Ixobrychus cinnamomeus
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 ? 0
Ixobrychus sturmii
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 ? 1 0 0 0 1 1 ? 0
Botaurus lentiginosus
0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 ? 0
Botaurus stellaris
0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 ? 0
Botaurus poicilloptilus
0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 1 1 ? 0
Coragyps atratus
0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0
Cathartes aura
0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 ? 0 ? 0 1 0 ? 0
Cathartes burrovianus
0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 ? 0 ? 0 1 0 ? 0
Cathartes melambrotus
0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 ? 0 ? 0 1 0 ? 0
Gimnogyps californianus
0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1
Vultur gryphus
0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 1 - 0 1 0 0 1
Sarcorhamphus papa
0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0
Phoenicopterus ruber
? ? 0 0 0 0 3 0 1 0 1 ? ? ? 0 0 0 0 0
Phoenicoparrus andinus
1 0 0 0 0 0 3 0 1 0 1 ? ? ? 0 0 0 0 0
Phoeniconaias minor
1 0 0 0 0 0 3 0 1 0 1 ? ? ? 0 0 0 0 0
Fregata minor
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 ? 0 0 1 0 0 1 1 0
Phalacrocorax brasilianus
0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 1 2 0
Sula leucogaster
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 2 0
Anhinga anhinga
0 0 1 0 0 0 0 ? 0 0 1 ? ? ? 0 0 0 2 0
Pelecanus erythrorhynchus
0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 ? 1 - 0 0 ? 1 1
Phaethon aethereus
0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 - 0 0 0 2 1
Puffinus pacificus
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 - 0 1 ? 0 0
Fulmarus glacialis
0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1 0 1
Diomedea immutabilis
0 0 0 0 0 0 0 ? 0 0 0 0 0 1 0 ? ? 1 1
Procellaria aequinoctialis
0 0 0 0 1 0 0 ? 0 0 0 0 1 - 0 ? ? 1 1
Podiceps grisegena
0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 - 0 0 0 0 0
Podilymbus podiceps
0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 1 ? ? 0 0 0 0 0
Aechmophorus occidentalis
0 0 0 0 0 0 0 1 0 ? 1 1 1 - 0 0 0 0 0
Tinamus solitarius
0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 - 1 - 0 0 0 0 1
Taxa 106 107 108 109 110 111 112
Eudocimus albus
0 1 2 0 1 0 1
Eudocimus ruber
0 1 2 0 1 0 1
Phimosus infuscatus
? 1 ? 0 1 0 1
Plegadis chihi
? 1 ? 0 1 0 1
Plegadis falcinellus
? 1 ? 0 1 0 1
108
Taxa 106 107 108 109 110 111 112
Plegadis ridgwayi
? 1 ? 0 1 0 1
Pseudibis papillosa
1 1 1 0 1 0 1
Pseudibis davisoni
- 1 1 0 1 0 1
Theristicus caerulescens
? 1 1 0 1 0 1
Theristicus caudatus
? 1 1 0 1 0 1
Theristicus melanopis
? 1 1 0 1 0 1
Mesembrinibis cayennensis
0 1 2 0 1 0 1
Bostrychia hagedash
0 1 2 0 1 0 1
Bostrychia carunculata
0 1 2 0 1 0 1
Threskiornis aethiopicus
0 1 ? 0 1 0 1
Threskiornis spinicollis
0 1 ? 0 1 0 1
Threskiornis melanocephalus
0 1 2 0 1 0 1
Threskiornis molucca
0 1 2 0 1 0 1
Geronticus eremita
? 1 ? 0 1 0 1
Cercibis oxycerca
- 1 ? 0 1 0 1
Lophotibis cristata
0 1 1 0 1 0 1
Platalea leucorodia
- 1 0 0 1 0 1
Platalea alba
- 1 0 0 1 0 1
Platalea ajaja
- 1 0 0 1 0 1
Platalea regia
- 1 0 0 1 0 1
Platalea flavipes
- 1 0 0 1 0 1
Mycteria americana
- 0 - 0 0 0 ?
Mycteria cinerea
- 0 - 0 0 0 ?
Mycteria ibis
- 0 - 0 0 0 0
Mycteria leucocephala
- 0 - 0 0 0 ?
Anastomus oscitans
1 1 0 0 0 0 ?
Anastomus lamelligenus
1 1 0 0 0 0 1
Ciconia nigra
? 0 - 0 ? 0 ?
Ciconia abdimii
? 1 0 0 0 0 ?
Ciconia episcopus
? 0 - 0 0 0 ?
Ciconia maguari
? 0 - 0 0 0 ?
Ciconia ciconia
? 0 - 0 0 0 ?
Ephippiorhynchus asiaticus
- 0 - 0 0 0 ?
Jabiru mycteria
? 0 - 0 0 0 ?
Leptoptilus javanicus
- 0 - 0 0 0 ?
Leptoptilus dubius
- 0 - 0 0 0 0
Leptoptilus crumeniferus
- 0 - 0 0 0 ?
Scopus umbretta
1 0 - 0 0 0 0
Balaeniceps rex
- 0 - 0 0 1 1
Syrigma sibilatrix
0 0 - 1 0 0 0
Pilherodius pileatus
0 0 - 1 0 0 0
Ardea cinerea
0 0 - 1 0 0 0
Ardea herodias
0 0 - 1 0 0 0
Ardea cocoi
0 0 - 1 0 0 0
Ardea pacifica
0 0 - 1 0 0 0
Ardea melanocephala
0 0 - 1 0 0 0
Ardea sumatrana
0 0 - 1 0 0 0
109
Taxa 106 107 108 109 110 111 112
Ardea goliath
0 0 - 1 0 0 0
Ardea purpurea
0 0 - 1 0 0 0
Ardea alba
0 0 - 1 0 0 0
Egretta rufescens
0 0 - 1 0 0 0
Egretta ardesiaca
? 0 - 1 0 0 0
Egretta tricolor
0 0 - 1 0 0 0
Egretta intermedia
0 0 - 1 0 0 0
Egretta novaehollandiae
0 0 - 1 0 0 0
Egretta caerulea
0 0 - 1 0 0 0
Egretta thula
0 0 - 1 0 0 0
Egretta garzetta
0 0 - 1 0 0 0
Egretta sacra
0 0 - 1 0 0 0
Bubulcus ibis
? 0 - 1 0 0 0
Ardeola ralloides
1 0 - 1 0 0 0
Ardeola bacchus
1 0 - 1 0 0 0
Butorides striatus
0 0 - 1 0 0 0
Nycticorax violacea
? 0 - 1 0 0 0
Nycticorax nycticorax
? 0 - 1 0 0 0
Nycticorax caledonicus
? 0 - 1 0 0 0
Gorsachius melanolophus
- 0 - 1 0 0 0
Cochlearius cochlearius
- 0 - 1 0 0 0
Tigrisoma mexicanum
? 0 - 1 0 0 0
Tigrisoma lineatum
? 0 - 1 0 0 0
Ixobrychus involucris
? 0 - 1 0 0 0
Ixobrychus exilis
? 0 - 1 0 0 0
Ixobrychus sinensis
? 0 - 1 0 0 0
Ixobrychus eurhythmus
? 0 - 1 0 0 0
Ixobrychus cinnamomeus
? 0 - 1 0 0 0
Ixobrychus sturmii
? 0 - 1 0 0 0
Botaurus lentiginosus
? 0 - 1 0 0 0
Botaurus stellaris
? 0 - 1 0 0 0
Botaurus poicilloptilus
? 0 - 1 0 0 0
Coragyps atratus
1 1 0 0 0 0 1
Cathartes aura
1 0 - 0 0 0 1
Cathartes burrovianus
1 1 ? 0 0 0 1
Cathartes melambrotus
1 1 ? 0 0 0 1
Gimnogyps californianus
- 1 0 0 0 0 1
Vultur gryphus
- 1 0 0 0 0 1
Sarcorhamphus papa
1 1 0 0 0 0 1
Phoenicopterus ruber
0 1 2 0 1 0 0
Phoenicoparrus andinus
0 1 2 0 1 0 0
Phoeniconaias minor
0 1 2 0 1 0 0
Fregata minor
0 0 - 0 0 0 0
Phalacrocorax brasilianus
0 0 - 0 0 0 1
Sula leucogaster
0 0 - 0 0 0 0
Anhinga anhinga
0 0 - 0 ? 0 0
Pelecanus erythrorhynchus
- 0 - 0 0 0 ?
110
Taxa 106 107 108 109 110 111 112
Phaethon aethereus
- 0 - 0 0 0 0
Puffinus pacificus
0 0 - 0 ? 0 0
Fulmarus glacialis
- 0 - 0 0 0 0
Diomedea immutabilis
- 0 - 0 0 0 0
Procellaria aequinoctialis
- 0 - 0 0 0 0
Podiceps grisegena
1 0 - 0 0 0 0
Podilymbus podiceps
? 0 - 0 0 0 0
Aechmophorus occidentalis
1 0 - 0 0 0 0
Tinamus solitarius
- 1 0 0 0 0 1
111
Anexo 2- Lista dos caracteres da osteologia craniana e respectivos
números de passos (L), índice de consistência (CI) e índice de retenção (RI).
0. Sutura frontonasal (F- frontal; N- nasal; P- parietal; PrPm- processo
premaxilar do nasal; sfn- sutura frontonasal) (L= 6, CI= 0,16, RI=
0,85):
0. presente 1. ausente
Mycteria íbis Lophotibis cristata
1. Sutura frontolacrimal (F- frontal; L- lacrimal; N- nasal; P- parietal;
PrSo- processo supraorbital do lacrimal; slf- sutura frontolacrimal)
(L= 9, CI= 0,11, RI= 0,60):
0. presente 1. ausente
Eudocimus ruber Coragyps atratus
2. Depressão rostromedial (C1) do frontal (F- frontal; P- parietal) (L= 9,
CI= 0,11, RI= 0,75):
112
0. ausente 1. presente
Platalea ajaja Plegadis falcinellus
3. Profundidade da depressão rostromedial (C1) do frontal (F- frontal)
(L= 7, CI= 0,28, RI= 0,50):
0. bem rasa 1. rasa
Ixobrichus exilis Butorides striatus
2. profunda
Threskiornis aethiopicus
113
4. Depressão (C2) presente entre o frontal e o sulco do nervo olfatório
(F- frontal; LA- lateroesfenóide; SI- septo interorbital; sno- sulco do
nervo olfatório) (L= 1, CI= 1,00, RI= 1,00):
0. ausente 1. presente
Plegadis chihi Eudocimus ruber
5. Fossa glandulae nasalis (fgn) (F- frontal; L- lacrimal; P- parietal) (L=
2, CI= 0,50, RI= 0,75):
0. presente 1. ausente
Fulmarus glacialis Bostrychia carunculata
6. Projeção (Pj1) localizada dorsorrostralmente ao processo pós-orbital
(E- esquamosal; L- lacrima; SI- septo interorbital) (L= 3, CI= 0,33,
RI= 0,95):
114
0. ausente 1. presente
Ciconia episcopus Mycteria ibis
7. Protuberância (Prot1) localizada rostromedianamente no frontal (F-
frontal; L- lacrimal; P- parietal; SI- septo interorbital) (L= 1, não
informativo):
0. ausente 1. presente
Ciconia episcopus Ciconia abdmii
8. Protuberância (Prot2) localizada caudomedianamente no parietal (E-
esquamosal; F- frontal; P- parietal; SI- septo interorbital) (L= 1, CI=
1,00, RI= 1,00):
0. ausente 1. presente
115
Mycteria americana Leptoptilus dubius
9. Lacrimal contatando-se só com o nasal (F- frontal; L- lacrimal; N-
nasal; P- parietal; PrPm- processo premaxilar do nasal) (L= 8, CI=
0,12, RI= 0,46):
0. não contata-se 1.contata-se
Platalea ajaja Eudocimus ruber
10. Lacrimal fundido à caixa craniana (F- frontal; L- lacrimal; N- nasal;
P- parietal) (L= 5, CI= 0,20, RI= 0,63):
0. fundido 1. não fundido
116
Coragyps atratus Platalea ajaja
11. Tamanho do processo supraorbital do lacrimal (F- frontal; L-
lacrimal; N- nasal; P- parietal; PrSo- processo supraorbital do
lacrimal; slf- sutura frontolacrimal) (L= 10, CI= 0,20, RI= 0,57):
0. menor igual à 1/8 da relação comprimento do
processoversuscomprimento da caixa craniana
Podilymbus podiceps
1. 1/8 até 1/3 da relação comprimento do
processoversuscomprimento da caixa craniana
Plegadis falcinellus
117
2. maior igual à 1/3 da relação comprimento do
processoversuscomprimento da caixa craniana
Eudocimus ruber
12. Processo Pr1 do lacrimal (PrO- processo orbital do lacrimal; PrSo-
processo supraorbital do lacrimal; Pr2- processo 2 do lacrimal) (ver
Ferreira & Donatelli 2005) (L= 6, CI= 0,16, RI= 0,85):
0. ausente 1. presente
Mycteria melanocephalus Mesembrinibis cayennensis
13. Tamanho do processo Pr1 do lacrimal (PrO- processo orbital do
lacrimal; PrSo- processo supraorbital do lacrimal; Pr2- processo 2 do
lacrimal) (L= 9, CI= 0,11, RI= 0,46):
0. reduzido ou pouco desenvolvido 1. desenvolvido
118
Threskiornis melanocephalus Mesembrinibis cayennensis
14. Processo Pr2 do lacrimal (PrO- processo orbital do lacrimal; PrSo-
processo supraorbital do lacrimal; Pr1- processo 1 do lacrimal) (ver
Ferreira & Donatelli 2005) (L= 6, CI= 0,16, RI= 0,82):
0. ausente 1. presente
Mycteria melanocephalus Mesembrinibis cayennensis
15. Tamanho do processo Pr2 do lacrimal (PrO- processo orbital do
lacrimal; PrSo- processo supraorbital do lacrimal; Pr1- processo 1 do
lacrimal) (L= 4, CI= 0,25, RI= 0,66):
0. menor/igual a 1/3 da relação: tamanho do processoversusdistância da
base do processo até o processo maxilar do nasal
119
Cercibis oxycerca
1. maior que 1/3 da relação: tamanho do processoversusdistância da
base do processo até o processo maxilar do nasal
Mesembrinibis cayennensis
16. Tamanho do processo orbital do lacrimal (PrO- processo orbital do
lacrimal; PrSo- processo supraorbital do lacrimal; Pr1- processo 1 do
lacrimal; Pr2- processo 2 do lacrimal) (L= 16, CI= 0,12, RI= 0,78):
0. maior/igual a 3/3 da relação: tamanho do processoversusdistância da
base deste processo até o arco jugal
Ardea cocoi
1. 2/3< tamanho< 3/3, da relação: tamanho do processoversusdistância
da base deste processo até o arco jugal
120
Threskiornis melanocephalus
2. menor/igual a 2/3 da relação: tamanho do processoversusdistância da
base deste processo até o arco jugal
Mesembrinibis cayennensis
17. Orientação do processo orbital do lacrimal (PrO- processo orbital do
lacrimal; PrSo- processo supraorbital do lacrimal; Pr1- processo 1 do
lacrimal; Pr2- processo 2 do lacrimal) (L= 1, CI= 1,00, RI= 1,00):
0. vertical 1. horizontal
Mesembrinibis cayennensis Ardea cocoi
121
18. Processo Orbital do lacrimal (PrO- processo orbital do lacrimal;
PrSo- processo supraorbital do lacrimal; Pr1- processo 1 do
lacrimal; Pr2- processo 2 do lacrimal) (L= 2, CI= 0,50, RI=
0,97):
0. único 1. bífido
Mesembrinibis cayennensis Egretta rufescens
19. Processo Orbital do lacrimal quando bífido (PrO- processo
orbital do lacrimal; PrSo- processo supraorbital do lacrimal) (L=
9, CI= 0,22, RI= 0,36):
0. processo medial maior que o lateral
Egretta sacra
1. processo medial igual ao lateral
122
Egretta novaehollandiae
2. processo lateral maior que o medial
Ardea sumatrana
20. Processo Orbital do lacrimal (PrO- processo orbital do lacrimal;
PrSo- processo supraorbital do lacrimal; Pr1- processo 1 do
lacrimal; Pr2- processo 2 do lacrimal) (L= 5, CI= 0,20, RI=
0,33):
0. não achatado na face lateral
Mesembrinibis cayennensis
123
1. achatado na face lateral
Mycteria leucocephalus
21. Processos supraorbital e orbital do lacrimal (PrO- processo
orbital do lacrimal; PrSo- processo supraorbital do lacrimal) (L=
6, CI= 0,16, RI= 0,54):
0. distintos 1.não distintos
Mycteria leucocephalus Jabiru mycteria
22. Processo do ectetmóide (Pr3) (ver Ferreira & Donatelli 2005)
(ET- ectetmóide; L- lacrimal) (L= 11, CI= 0,09, RI= 0,23):
0. presente 1. ausente
124
Ciconia ciconia Ephippiorhynchus asiaticus
23. Tamanho do processo do ectetmóide (Pr3) (L- lacrimal) (L= 7,
CI= 0,14, RI= 0,71):
0. comprido 1. curto
Cercibis oxycerca Egretta novaehollandiae
24. Forma do processo do ectetmóide (Pr3) (L- lacrimal) (L= 11, CI=
0,18, RI= 0,70):
0. retangular 1. afilado na extremidade
125
Cercibis oxycerca Egretta novaehollandiae
2. arredondado
Phoeniconaias minor
25. Processo Pr3 do ectetmóide versus Processo Orbital do lacrimal
(L- lacrimal; Pro- processo orbital do lacrimal) (L= 11, CI= 0,09,
RI= 0,52):
0. não contata-se 1. contata-se
126
PrO PrO
Egretta novaehollandiae Cercibis oxycerca
26. Proeminência (Co1) abaixo do processo do ectetmóide (Pr3) (L-
lacrimal) (L= 4, CI= 0,25, RI= 0,89):
0. ausente 1. presente
Cercibis oxycerca Egretta novaehollandiae
27. Projeção (Pj2) do ectetmóide (ET- ectetmóide; F- frontal; Pr3-
processo 3 do ectetmóide; SI- septo interorbital)(L= 3, CI= 0,33,
RI= 0,89):
0. ausente 1. presente
127
Mycteria americana Theristicus caudatus
28. Processo Pr6 do lateroesfenóide (E- esquamosal; LA-
lateroesfenóide) (ver Ferreira & Donatelli 2005) (L= 7, CI= 0,14,
RI= 0,86):
0. ausente 1. presente
Bulbucus ibis Mycteria americana
29. Tamanho do processo Pr6 do lateroesfenóide (E- esquamosal;
LA- lateroesfenóide) (L= 6, CI= 0,16, RI= 0,75):
0. pouco conspícuo 1. conspícuo
128
Eudocimus ruber Mycteria americana
30. Processo basipterigóide (Pr4) do paraesfenóide (LP- lâmina
paraesfenóide; RoP- rostro paraesfenóide) (ver Ferreira &
Donatelli 2005) (L= 15, CI= 0,06, RI= 0,58):
0. presente 1. ausente
Bostrychia carunculata Eudocimus ruber
31. Tamanho da projeção do paraesfenóide (PjP) (tac- tuba auditiva
comum) (L= 20, CI= 0,10, RI= 0,62):
0. menor/igual a 1/6 da relação: comprimento da
projeçãoversuscomprimento do rostro paraesfenóide
129
Bostrychia carunculata
1. 1/6<tamanho<1/3 da relação: comprimento da
projeçãoversuscomprimento do rostro paraesfenóide
Threskiornis spinicollis
2. maior/igual a 1/3 da relação: comprimento da
projeçãoversuscomprimento do rostro paraesfenóide
Eudocimus albus
32. Tamanho da tuba auditiva comum (tac) (PjP- projeção do
paraesfenóide) (L= 19, CI= 0,10, RI= 0,61):
130
0. maior/igual a 3/5 da relação: comprimento da
tacversuscomprimento do rostro paraesfenóide
Bostrychia carunculata
1. 1/3<tamanho<3/5 da relação: comprimento da
tacversuscomprimento do rostro paraesfenóide
Eudocimus albus
2. menor/igual a 1/3 da relação: comprimento da
tacversuscomprimento do rostro paraesfenóide
Ardea cinerea
131
33. Processo lateral do paraesfenóide (BA- basioccipital; LP- lâmina
paraesfenóide; PrlP- processo lateral do paraesfenóide) (L= 11,
CI= 0,09, RI= 0,64):
0. ausente 1. presente
Plegadis falcinellus Cercibis oxycerca
34. Tamanho do processo lateral do paraesfenóide (L= 7, CI= 0,14,
RI= 0,40):
0. grande 1. pequeno
Bostrychia carunculata Cercibis oxycerca
35. Processo Pr5 (ver Ferreira & Donatelli 2005) (E- esquamosal)
(L= 5, CI= 0,20, RI= 0,66):
0. ausente 1. presente
132
Eudocimus ruber Phimosus infuscatus
36. Tamanho do processo pós-orbital (PrPo) (E- esquamosal; F-
frontal; P- parietal) (L= 18, CI= 0,11, RI= 0,63):
0. até 1/4 da distância da base deste processo até o arco jugal
Eudocimus ruber
1. de 1/4 até a 1/2 da distância da base deste processo até o arco
jugal
133
Cercibis oxycerca
2. mais da 1/2 da distância da base deste processo até o arco jugal
Ciconia episcopus
37. Tamanho do processo zigomático (PrZ) (E- esquamosal; F-
frontal; P- parietal) (L= 10, CI= 0,20, RI= 0,83):
0. menor/igual a 1/3 da relação: tamanho deste processo versus
distância da base deste processo até o arco jugal
134
Phimosus infuscatus
1. 1/3<tamanho<2/3 da relação: tamanho deste processo versus
distância da base deste processo até o arco jugal
Threskiornis melanocephalus
2. maior/igual a 2/3 da relação: tamanho deste processo versus
distância da base deste processo até o arco jugal
Mycteria melanocephalus
38. Processo zigomático (E- esquamosal; O- occipital) (L= 1, CI=
135
1,00, RI= 1,00):
0. único 1. bífido
Phimosus infuscatus Mycteria cinerea
39. Processo Suprameático (PrSm) (E- esquamosal; F- frontal; O-
occipital; P- parietal; Q- quadrado; SI- septo interorbital) (L= 6,
CI= 0,16, RI= 0,70):
0. ausente 1. presente
Coragyps atratus Bostrychia carunculata
40. Tamanho do processo suprameático (PrSm) (E- esquamosal; F-
frontal; O- occipital; P- parietal; Q- quadrado; SI- septo
interorbital) (L= 12, CI= 0,16, RI= 0,69):
136
0. maior/igual a 1,5/3 da relação: tamanho do processo versus
comprimento do processo ótico do quadrado
Plegadis chihi
1. 1/3<tamanho<1,5/3 da relação: tamanho do processo versus
comprimento do processo ótico do quadrado
Bostrychia carunculata
2. menor/igual a 1/3 da relação: tamanho do processo versus
comprimento do processo ótico do quadrado
Ardea cinerea
137
41. Processo pós-orbital (PrPo) versus processo zigomático (PrZ) (E-
esquamosal) (L= 3, CI= 0,33, RI= 0,66):
0. separados 1.unidos
Mycteria leucocephala Ciconia episcopus
42. Fossa temporal rostral (FTr) (E- esquamosal; F- frontal; FTc-
fossa temporal caudal; O- occipital) (L= 4, CI= 0,25, RI= 0,93):
0. ausente 1. presente
Ardea cinerea Threskiornis melanocephalus
138
43. Profundidade da fossa temporal rostral (FTr) (E- esquamosal; F-
frontal; FTc- fossa temporal caudal; O- occipital; P- parietal; SI-
septo interorbital) (L= 3, CI= 0,33, RI= 0,66):
0. profunda 1. rasa
Threskiornis melanocephalus Lophotibis cristata
44. Crista Cr1 (ver Ferreira & Donatelli 2005) (E- esquamosal; F-
frontal; FTc- fossa temporal caudal; FTr- fossa temporal rostral)
(L= 6, CI= 0,16, RI= 0,90):
0. ausente 1. presente
Bubulcus íbis Eudocimus ruber
45. Crista Cr1 (ver Ferreira & Donatelli 2005) (FTc- fossa temporal
caudal; FTr- fossa temporal rostral) (L= 5, CI= 0,20, RI= 0,33):
139
0. conspícuo 1. pouco conspícuo
Eudocimus ruber Plegadis falcinellus
46. Crista Cr2 (ver Ferreira & Donatelli 2005) (FTc- fossa temporal
caudal; FTr- fossa temporal rostral) (L= 7, CI= 0,14, RI= 0,57):
0. ausente 1. presente
Gimnogyps californianus Eudocimus albus
47. Crista Cr2 (ver Ferreira & Donatelli 2005) (FTc- fossa temporal
caudal; FTr- fossa temporal rostral) (L= 12, CI= 0,08, RI= 0,42):
140
0. conspícua 1. pouco conspícua
Eudocimus albus Plegadis chihi
48. Fossa temporal caudal (FTc) (Cr1- crista 1; FTr- fossa temporal
rostral) (L= 14, CI= 0,07, RI= 0,68):
0. rasa 1. profunda
Plegadis chihi Eudocimus albus
49. Tamanho da proeminência cerebelar (PC) (BA- basioccipital;
EX- exoccipital) (L= 11, CI= 0,09, RI= 0,78):
0. proeminente 1. pouco proeminente
141
Threskiornis molucca Bostrychia carunculata
50. Fontículos occipitais (fo) (BA- basioccipital; EX- exoccipital;
FoM- forâmen magno; SO- supraoccipital) (L= 1, CI= 1,00, RI=
1,00):
0. ausente 1. presente
Ardea cocoi Mesembrinibis cayennensis
51. Tamanho do processo paraoccipital (PrP) (BA- basioccipital;
EX- exoccipital; SO- supraoccipital) (L= 5, CI= 0,20, RI= 0,83):
0. curto 1. longo
142
Egretta ardesiaca Threskiornis melanocephalus
52. Tubérculo basilar (Tb) (BA- basioccipital; EX- exoccipital; LP_
lâmina paraesfenóide; SO- supraoccipital) (L= 10, CI= 0,10, RI=
0,70):
0. presente 1. ausente ou vestigial
Mesembrinibis cayennensis Pilherodius pileatus
53. Tamanho do tubérculo basilar (Tb) (BA- basioccipital; EX-
exoccipital; LP_ lâmina paraesfenóide; SO- supraoccipital) (L=
15, CI= 0,13, RI= 0,63):
0. bem desenvolvido (se projeta bastante em relação ao crânio)
143
Threskiornis melanocephalus
1. desenvolvido
Mesembrinibis cayennensis
2. pouco desenvolvido (se projeta pouco em relação ao crânio)
144
Plegadis falcinellus
54. Ângulo caudolateral do palatino (acl) (PAL- palatino; PT-
pterigóide; RoP- rostro paraesfenóide) (L= 9, CI= 0,11, RI=
0,77):
0. acentuado 1. pouco acentuado
Leptoptilus dubius Eudocimus ruber
55. Processo (Pr11) formado no ângulo caudolateral do palatino
(acl) (PAL- palatino; PT- pterigóide; RoP- rostro paraesfenóide)
(L= 5, CI= 0,20, RI= 0,90):
0. ausente 1. presente
145
Eudocimus ruber Leptoptilus dubius
56. Profundidade da fossa ventral do palatino (FV) (PAL- palatino;
PT- pterigóide) (L= 5, CI= 0,13, RI= 0,58):
0. rasa
Platalea ajaja
1. profunda
Mesembrinibis cayennensis
146
2. bem profunda
Threskiornis melanocephalus
57. Tamanho da fossa ventral do palatino (FV) (acl) (PAL- palatino;
PT- pterigóide) (L= 26, CI= 0,07, RI= 0,50):
0. menor/igual a 1,5/3 da relação: tamanho da fossa versus
comprimento do palatino
Gorsachius melanolophus
1. 1,5/3<tamanho<2/3 da relação: tamanho da fossa versus
comprimento do palatino
Geronticus eremita
147
2. maior/igual a 2/3 da relação: tamanho da fossa versus
comprimento do palatino
Leptoptilus dubius
58. Ângulo caudomedial do palatino (acm) (FV- fossa ventral; PAL-
palatino) (L= 12, CI= 0,08, RI= 0,67):
0. acentuado 1. pouco acentuado
Threskiornis aethiopicus Geronticus eremita
59. Processo caudomedial (Pr7) da crista ventral do palatino (acm-
ângulo caudomedial do palatino; FV- fossa ventral; PAL-
palatino) (ver Ferreira & Donatelli 2005) (L= 19, CI= 0,05, RI=
0,53):
0. presente 1. ausente
148
Threskiornis aethiopicus Geronticus eremita
60. Projeção (Pj3) localizada rostralmente na crista lateral do
palatino (FV- fossa ventral; PAL- palatino) (L= 5, CI= 0,20, RI=
0,42):
0. ausente 1. presente
Geronticus eremita Leptoptilus dubius
61. Cornu nasale palatini (Pr8) (ver Ferreira & Donatelli 2005) (em
alguns parece uma projeção) (PAL- palatino) (L= 10, CI= 0,10,
RI= 0,40):
0. ausente 1. presente
Syrigma sibilatrix Bostrychia carunculata
62. Vômer totalmente achatado laterolateralmente, formando uma
lâmina (PAL- palatino; V- vômer) (L= 3, CI= 0,33, RI= 0,91):
149
0. ausente 1. presente
Bostrychia carunculata Jabiru mycteria
63. Vômer largo na base, afilando-se até a extremidade (PAL-
palatino; V- vômer) (L= 3, CI= 0,33, RI= 0,92):
0. ausente 1. presente
Jabiru mycteria Bostrychia carunculata
64. Vômer não fundido, formando um V (PAL- palatino; V- vômer)
(L= 1, CI= 1,00, RI= 1,00):
0. ausente 1. presente
Jabiru mycteria Ardea herodias
150
65. Projeção (Pj4) localizada caudomedialmente no pterigóide (L= 6,
CI= 0,16, RI= 0,89):
0. ausente
1. presente
Botaurus poiciloptilus
66. Processo Pr9 do pterigóide (ver Ferreira & Donatelli 2005) (LP-
lâmina paraesfenóide; PT- pterigóide; RoP- rostro
paraesfenóide) (L= 5, CI= 0,20, RI= 0,80):
0. ausente 1. presente
Theristicus caerulescens Mesembrinibis cayennensis
67. Projeção (Pj5) arredondada localizada lateralmente na face
ventral do pterigóide (LP- lâmina paraesfenóide; PT- pterigóide;
RoP- rostro paraesfenóide) (L= 1, não informativo):
0. ausente 1. presente
Pj5
Theristicus caerulescens Leptoptilus dubius
151
68. Tubérculo lacrimal (Pr10) do arco jugal (J- arco jugal; L-
lacrimal; SI- septo interorbital) (L= 9, CI= 0,11, RI= 0,75):
0. ausente 1. presente
Bostrychia carunculata Bostrychia hagedash
69. Tamanho do processo orbital do quadrado (PrOr) (E-
esquamosal; Q- quadrado) (L= 11, CI= 0,09, RI= 0,62):
0. menor/igual a 2/3 da relação: tamanho do processo versus
tamanho do corpo do quadrado
Theristicus caerulescens
1. maior que 2/3 da relação: tamanho do processo versus tamanho
do corpo do quadrado
Geronticus eremita
152
70. Tubérculo (T1) lateral da face caudal do processo ótico do
quadrado (PrOt) (PrMa- processo mandibular do quadrado; T2-
tubérculo 2) (L= 2, CI= 0,50, RI= 0,75):
0. ausente
1. presente
Threskiornis aethiopicus
71. Tubérculo (T2) caudal da face caudal do processo ótico do
quadrado (PrOt) (PrMa- processo mandibular do quadrado; T1-
tubérculo 1) (L= 2, CI= 0,50, RI= 0,75):
0. ausente
1. presente
Threskiornis aethiopicus
72. Côndilo pterigóide do processo mandibular do quadrado (CoPt)
(CoC- côndilo caudal; CoL- côndilo lateral; CoM- côndilo
medial; LP- lâmina paraesfenóide; PrM- processo mandibular
do quadrado; PT- pterigóide) (L= 8, CI= 0,12, RI= 0,68):
0. presente 1. ausente
153
Mesembrinibis cayennensis Platalea ajaja
73. Côndilo caudal (CoC) do processo mandibular do quadrado
(CoL- côndilo lateral; CoM- côndilo medial; CoPt- côndilo
pterigóide; LP- lâmina paraesfenóide; PT- pterigóide) (L= 1, CI=
1,00, RI= 1,00):
0. presente 1. ausente
Mesembrinibis cayennensis Platalea ajaja
74. Côndilo lateral (CoL) unido ao côndilo caudal (CoC) do processo
mandibular do quadrado (CoM- côndilo medial; CoPt- côndilo
pterigóide; LP- lâmina paraesfenóide; PT- pterigóide) (L= 5, CI=
0,20, RI= 0,91):
0. unidos 1. não unidos
154
Mesembrinibis cayennensis Ardea cocoi
75. Côndilo medial (CoM) unido ao côndilo pterigóide (CoPt) do
processo mandibular do quadrado (CoC- côndilo caudal; CoL-
côndilo lateral; LP- lâmina paraesfenóide; PT- pterigóide) (L= 9,
CI= 0,11, RI= 0,83):
0. unidos 1. não unidos
Mesembrinibis cayennensis Platalea ajaja
76. Côndilo lateral (CoL) unido ao côndilo medial (CoM) o processo
mandibular do quadrado (CoC- côndilo caudal; CoPt- côndilo
pterigóide; LP- lâmina paraesfenóide; PT- pterigóide) (L= 1, CI=
1,00, RI= 1,00):
0. não unidos 1. unidos
155
Mesembrinibis cayennensis Platalea ajaja
77. Sutura Sut1 do nasal (F- frontal; N- nasal; P- parietal) (ver
Ferreira & Donatelli 2005) (L= 10, CI= 0,10, RI= 0,47):
0. presente 1. ausente
Theristicus caudatus Sula leucogaster
78. Sulcus nasi (Sul2) na face dorsal da maxila superior (ver
Ferreira & Donatelli 2005) (Na- narina; PM- premaxilar) (L= 5,
CI= 0,20, RI= 0,87):
0. ausente
Butorides striatus
1. presente
156
Platalea ajaja
79. Crista (Cr3) margeando os dois lados da face ventral da maxila
superior (PM- premaxilar) (L= 2, CI= 0,50, RI= 0,50):
0. ausente
Ardea cinerea
1. presente
Balaeniceps rex
80. Fossa F1 da maxila (ver Ferreira & Donatelli 2005) (Cr4- crista
4; F2- fossa 2; PM- premaxilar; Sul3- sulco 3) (L= 2, CI= 0,50,
RI= 0,97):
0. ausente
157
Balaeniceps rex
1. presente
Platalea ajaja
81. Fossa F2 da maxila (ver Ferreira & Donatelli 2005) (F1- fossa 1;
PM- premaxilar; Sul3- sulco 3) (L= 1, CI= 1,00, RI= 1,00):
0. ausente
Bostrychia carunculata
1. presente
Platalea ajaja
82. Sulco Sul3 na face ventral da maxila, ocupando toda a sua
extensão (ver Ferreira & Donatelli 2005) (Cr4- crista 4; F1-
fossa 1; F2- fossa 2; PM- premaxilar; Sul3- sulco 3) (L= 7, CI=
0,14, RI= 0,87):
0. ausente
158
Ardea bacchus
1. presente
Platalea ajaja
83. Sulco Sul3 ocupando a 1/2 mais caudal da maxila superior,
continuando uma crista na 1/2 mais rostral (Cr4- crista 4; F1-
fossa 1; F2- fossa 2; PM- premaxilar; Sul3- sulco 3) (L= 1, não
informativo):
0. ausente
Platalea ajaja
1. presente
Balaeniceps rex
84. Crista (Cr4) ao invés do sulco Sul3 na face ventral da maxila
159
superior (F1- fossa 1; F2- fossa 2; PM- premaxilar; Sul3- sulco
3) (L= 1, CI= 1,00, RI= 1,00):
0. ausente
Platalea ajaja
1. presente
Ardea bacchus
85. Gancho (Ga) na maxila superior, orientando-se ventralmente
(PM- premaxilar) (L= 4, CI= 0,25, RI= 0,80):
0. presente 1. ausente
Balaeniceps rex Ardea bacchus
86. Fossa F3 do palatino (PAL- palatino) (ver Ferreira & Donatelli
2005) (L= 18, CI= 0,05, RI= 0,62):
0. ausente 1. presente
160
Bostrychia carunculata Platalea ajaja
87. Canalis neurovascularis maxillae (2 foramens ou fenestra) (cnm)
na fossa 1 (F1) da maxila superior (Cr4- crista 4; F2- fossa 2;
PM- premaxilar; Sul3- sulco 3) (L= 2, CI= 0,50, RI= 0,96):
0. ausente
Ardea bacchus
1. presente
Platalea ajaja
88. Grau de ossificação da fossa 1 (F1) da maxila superior (cnm-
canalis neurovascularis maxillae; F2- fossa 2; PM- premaxilar;
Sul3- sulco 3) (L= 1, CI= 1,00, RI= 1,00):
0. bem ossificado
161
Platalea ajaja
1. pouco ossificado
Mycteria americana
89. Maxila (L= 5, CI= 0,60, RI= 0,92):
0. larga na base, afilando-se ao longo de sua extensão
Ardea bacchus
1. larga em toda sua extensão, afilando-se bruscamente na
extremidade
Balaeniceps rex
2. mais estreita na base e larga em toda sua extensão
162
Platalea ajaja
3. larga na base e rapidamente se estreita em toda sua extensão
Lophotibis cristata
90. Maxila (L= 2, CI= 0,50, RI= 0,80):
0. não achatada dorsoventralmente
Ardea bacchus
1. achatada dorsoventralmente
Platalea ajaja
91. Maxila (L= 4, CI= 0,50, RI= 0,77):
0. face ventral não côncava
Plataela ajaja
163
1. face ventral levemente côncava em toda extensão
Cochlearius cochlearius
2. face ventral bem côncava em toda extensão
Balaeniceps rex
92. Maxila (L= 1, CI= 1,00, RI= 1,00):
0. não expandida
Lophotibis cristata
1. expandida rostralmente em forma de espátula (colher)
Platalea ajaja
93. Maxila (L= 8, CI= 0,37, RI= 0,89):
164
0. reta
Pilherodius pileatus
1. com leve inclinação ventral
Mycteria americana
2. curva-se ventralmente formando meia lua
Mesembrinibis cayennensis
3. curva-se bruscamente a partir da metade da maxila (ventralmente)
Phoenicoparrus andinus
94. Sulco Sul4 da mandíbula (ver Ferreira & Donatelli 2005) (L= 3,
CI= 0,33, RI= 0,93):
165
0. ausente 1. presente
Butorides striatus Bostrychia hagedash
95. Fenestra rostral (fer) da mandíbula (fec- fenestra caudal da
mandíbula; Sul4- sulco 4) (L= 8, CI= 0,12, RI= 0,61):
0. presente
Bostrychia hagedash
1. ausente
Scopus umbretta
96. Fenestra caudal da mandíbula (fec) (fer- fenestra rostral da
mandíbula; Sul4- sulco 4) (L= 13, CI= 0,07, RI= 0,50):
0. ausente
166
Scopus umbretta
1. presente
Bostrychia hagedash
97. Tubérculo pseudotemporal da mandíbula (TbP) (facn- fossa
ádito canal neurovascular; fer- fenestra rostral) (L= 17, CI=
0,05, RI= 0,46):
0. presente 1. ausente
Balaeniceps rex Plegadis ridgwayi
98. Tamanho do processo coronóide 1 (PrC1) (am- ângulo da
mandíbula; fec- fenestra caudal da mandíbula; fer- fenestra
rostral da mandíbula; PrC2- processo coronóide 2) (L= 7, CI=
0,14, RI= 0,66):
167
0. pouco conspícuo 1. conspícuo
Procellaria aequinoctialis Bostrychia hagedash
99. Processo Coronoide 2 (PrC2) (am- ângulo da mandíbula; fec-
fenestra caudal da mandíbula; fer- fenestra rostral da
mandíbula; PrC1- processo coronóide 1) (L= 7, CI= 0,14, RI=
0,25):
0. presente 1. ausente
Bostrychia hagedash Procellaria aequinoctialis
100. Tamanho do processo coronóide 2 (PrC2) quanto ao tamanho
(am- ângulo da mandíbula; fec- fenestra caudal da mandíbula;
fer- fenestra rostral da mandíbula; PrC1- processo coronóide 1)
(L= 8, CI= 0,12, RI= 0,61):
168
0. conspícuo 1. pouco conspícuo
Bostrychia hagedash Syrigma sibilatrix
101. Protuberância (Prot3) localizada caudomedialmente na pars
caudalis da mandíbula (Prot4- protuberância 4) (L= 1, não
informativo):
0. ausente 1. presente
Scopus umbretta Balaeniceps rex
102. Protuberância (Prot4) localizada caudolateralmente na pars
caudalis da mandíbula (Prot3- protuberância 3) (L= 4, CI= 0,25,
RI= 0,93):
169
0. ausente 1. presente
Scopus umbretta Balaeniceps rex
103. Tubérculo intercotilar (T3) da cótila fossa articular da
mandíbula (Cc- cótila caudal; Cl- cótila lateral; Cm- cótila
medial; T3- tubérculo 3) (L= 2, CI= 0,50, RI= 0,97):
0. ausente 1. presente
Mesembrinibis cayennensis Ardea cocoi
104. Processo medial da mandíbula (PrmM) quanto à projeção (fac-
fossa articular quadrática; PrlM- processo lateral da
mandíbula) (L= 10, CI= 0,20, RI= 0,81):
170
0. bem projetado medialmente
Eudocimus albus
1. projetado medialmente
Mesembrinibis cayennensis
2. pouco projetado medialmente
Ardea goliath
105. Processo lateral da mandíbula (PrlM) (fac- fossa articular
171
quadrática; PrmM- processo medial da mandíbula) (L= 12, CI=
0,08, RI= 0,56):
0. presente 1. ausente
Mesembrinibis cayennensis Platalea ajaja
106. Tamanho do processo lateral da mandíbula (PrlM) (fac- fossa
articular quadrática; PrmM- processo medial da mandíbula) (L=
4, CI= 0,25, RI= 0,75):
0. desenvolvido 1. pouco desenvolvido
Mesembrinibis cayennensis Scopus umbretta
107. Processo Retroarticular (PrR) (fac- fossa articular quadrática;
172
PrlM- processo lateral da mandíbula; PrmM- processo medial
da mandíbula) (L= 5, CI= 0,20, RI= 0,89):
0. ausente 1. presente
Scopus umbretta Mesembrinibis cayennensis
108. Tamanho do processo retroarticular (PrR) (fac- fossa articular
quadrática; PrlM- processo lateral da mandíbula; PrmM-
processo medial da mandíbula) (L= 6, CI= 0,33, RI= 0,80):
0. menor/igual a 2/3 da relação: tamanho do processo versus
comprimento da fac
Platalea ajaja
1. 2/3<tamanho<3/3 da relação: tamanho do processo versus
comprimento da fac
173
Lophotibis cristata
2. maior/igual a 3/3 da relação: tamanho do processo versus
comprimento da fac
Bostrychia carunculata
109. Processo (Pr11) localizado caudalmente ao processo lateral da
mandíbula (PrlM) (fac- fossa articular quadrática; PrmM-
processo medial da mandíbula; PrR- processo retroarticular da
mandíbula) (L= 1, CI= 1,00, RI= 1,00):
0. ausente 1. presente
174
Bostrychia carunculata Ardea cocoi
110. Profundidade da fossa caudal da mandíbula (fc) (va- vértice do
angular) (L= 1, CI= 1,00, RI= 1,00):
0. rasa 1. profunda
Scopus umbretta Phimosus infuscatus
111. Mandíbula se curva dorsalmente (L= 1, não informativo):
0. ausente
175
Ardea goliath
1. presente
Balaeniceps rex
112. Forâmen pneumático (foP) do processo medial da mandíbula
(fac- fossa articular quadrática; PrlM- processo lateral da
mandíbula; PrmM- processo medial da mandíbula; PrR-
processo retroarticular) (L= 5, CI= 0,20, RI= 0,88):
0. presente 1. ausente
Scopus umbretta Bostrychia carunculata
176
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