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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FACULDADE DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMACOLOGIA
PACÍFICA PINHEIRO CAVALCANTI
ESTUDO DE BIODISPONIBILIDADE COMPARATIVA ENTRE DUAS FORMULAÇÕES
CONTENDO LEVOTIROXINA SÓDICA EM VOLUNTÁRIOS SADIOS
FORTALEZA
2005
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2
PACÍFICA PINHEIRO CAVALCANTI
ESTUDO DE BIODISPONIBILIDADE COMPARATIVA ENTRE DUAS FORMULAÇÕES
CONTENDO LEVOTIROXINA SÓDICA EM VOLUNTÁRIOS SADIOS
Dissertação submetida à Coordenação do Programade Pós-
Graduação em Farmacologia, do Departamento de Fisiologia e
Farmacologia, da Faculdade de Medicina, da Universidade
Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do
título de Mestre em Farmacologia.
Orientadora: Profa. Dra. Maria Elisabete Amaral de
Moraes
FORTALEZA
2005
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PACÍFICA PINHEIRO CAVALCANTI
ESTUDO DE BIODISPONIBILIDADE COMPARATIVA ENTRE DUAS FORMULAÇÕES
CONTENDO LEVOTIROXINA SÓDICA EM VOLUNTÁRIOS SADIOS
Dissertação submetida à Coordenação do Programade Pós-
Graduação em Farmacologia, do Departamento de Fisiologia e
Farmacologia, da Faculdade de Medicina, da Universidade
Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do
título de Mestre em Farmacologia.
Aprovada em ___/___/_____
BANCA EXAMINADORA
Profª. Dra. Maria Elisabete Amaral de Moraes (Orientadora)
Universidade Federal do Ceará - UFC
Profª. Dra. Maria Bernadete de Sousa Maia
Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
Profª. Dra. Gisela Costa Camarão
Universidade Federal do Ceará - UFC
4
Dedico esta dissertação a todos que acreditaram em mim,
em especial à minha mãe, Joseli,
e ao meu marido, Daniel.
5
AGRADECIMENTOS
A Deus e Nossa Senhora, por me abençoarem com uma vida repleta de bênçãos e graças.
À minha mãe, Joseli, por todo o seu amor, carinho, dedicação e fortaleza, os quais jamais serão
esquecidos.
Ao meu marido, Daniel, pela compreensão nas horas de ausência, pelo seu eterno bom humor e
por me possibilitar vivenciar a maravilhosa sensação de se sentir amada.
Minha Família, em especial, meu irmão, Mário, pelo carinho e por ter possibilitado o início desta
caminhada de realização de sonhos.
Aos meus amigos, pessoas maravilhosas que eu tive o prazer de conhecer, que tornam a minha
vida mais plena e por incluir-me em suas preces.
À Dra. Maria Elisabete Amaral de Moraes, minha orientadora, pelo carinho, apoio e incentivo a
realizar este sonho.
Ao Dr. Manoel Odorico de Moraes, por ter me apresentado ao mundo da Farmacologia Clínica,
pelo incentivo e pelas palavras motivadoras.
Ao Dr. Fernando Antônio Frota Bezerra, por ser sempre tão solícito a nos ajudar a sermos
melhores tanto no aspecto científico como pessoal.
À Dra. Gisela Costa Camarão, por sempre ter me tratado com tanta atenção, esclarecendo as
minhas dúvidas, colaborando no aprimoramento do meu crescimento científico e pela engrandecedora presença
na banca examinadora da defesa desta dissertação.
À Dra. Gilmara Santana, pelas horas desprendidas e pelo amplo conhecimento transmitido de
maneira tão didática e carinhosa.
Ao amigo, Ismael, pela sua invejável paciência e carinhosa solicitude.
À Dra. Maria Bernadete de Sousa Maia, pelos conhecimentos repassados de forma tão cativante
e pela honrosa presença na banca examinadora da defesa desta dissertação.
Ao Dr. Adriano Cunha, por me apresentar a Etapa Analítica e elucidar alguns de seus mistérios.
6
Aos Professores do Curso de Pós-Graduação, por terem transmitido seus conhecimentos com
tanta sapiência e dedicação.
A todos que fazem a Unidade de Farmacologia Clínica, meu agradecimento a todos vocês por
terem colaborado direta ou indiretamente no desenvolvimento dessa pesquisa científica e por terem propiciado
muitos momentos de alegria.
Colegas de Pós-Graduação, companheiros de tantas batalhas, pelos momentos singulares de
aprendizado mútuo e de alegrias compartilhadas.
As Professoras do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, em
especial a Profª Ana Fátima Fernandes, por ter cultivado em mim a paixão pela pesquisa.
À Fábia e à Flávia, secretárias da UNIFAC, pela destreza, profissionalismo e sensibilidade em
ajudar na resolução das minhas dificuldades cotidianas.
À Áurea, secretária do Departamento de Fisiologia e Farmacologia, pelo seu constante sorriso e
pela disposição em ajudar sempre.
Ao Comitê de Ética em Pesquisa Clínica, pelo aprimoramento deste trabalho científico através
das críticas e das sugestões.
A todos os voluntários, que participaram desse estudo, por possibilitarem a concretização deste
trabalho.
CAPES, CNPq e Instituto Claude Bernard, por terem colaborado financeiramente durante todo
o desenvolvimento da pesquisa.
7
“O valor das coisas não está no tempo que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem.
Por isso, existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”
Fernando Pessoa
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Estruturas químicas da Tiroxina (T4) e Liotironina (T3). 10
Figura 2 – 1. Efeito de feedback
negativo dos
hormônios
tireoidianos 14
Figura 3 – Estrutura química da Levotiroxina. 19
Figura 4 – Metabolismo da Levotiroxina. 22
Figura 5 Análise comparativa do IMC durante os períodos de Pré-estudo e Pós-
estudo em 23 voluntários sadios após administração de duas doses de
600μg de levotiroxina sódica. A linha inteira representa os valores de
referência para os homens e a pontilhada, para mulheres. 48
Figura 6 Análise comparativa da hemoglobina durante os períodos de Pré-
estudo e Pós-estudo em 23 voluntários sadios após administração de
duas doses de 600μg de levotiroxina sódica. A linha inteira representa
os valores de referência para os homens e a pontilhada, para mulheres.
* p<0,05. 49
Figura 7 – Análise comparativa do hematócrito durante os períodos de Pré-estudo
e Pós-estudo em 23 voluntários sadios após administração de duas
doses de 600μg de levotiroxina sódica. A linha inteira representa os
valores de referência para os homens e a pontilhada, para mulheres. *
p<0,05. 49
Figura 8 Análise comparativa de TSH durante os períodos de Pré-estudo e Pós-
estudo em 23 voluntários sadios após administração de duas doses de
600μg de levotiroxina sódica. A linha inteira representa os valores de
referência para os homens e para mulheres. * p<0,05.
56
Figura 9 Curva média da concentração sérica (ng/mL) versus tempo (h) da
levotiroxina após a administração de duas formulações de 600 µg de
Levotiroxina sódica em 24 voluntários saudáveis. 68
Figura 10 Curva média da concentração sérica (ng/mL) da Liotironina versus
tempo (h) após a administração de duas formulações de 600 µg de
Levotiroxina sódica em 24 voluntários saudáveis. 69
9
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Definição das seqüências de tratamento. 34
Tabela 2 Análise dos eventos adversos relatados pelos 24 voluntários
durante o ensaio clínico de biodisponibilidade. 51
Tabela 3 –
Parâmetros metabólicos (
X
± DP) de 23 voluntários antes e após
a administração de 600μg de Levotiroxina sódica. 53
Tabela 4 –
Parâmetros hepáticos (
X
± DP) de 23 voluntários antes e após a
administração de duas doses de 600μg de Levotiroxina sódica. 53
Tabela 5 –
Parâmetros renais (
X
± DP) de 23 voluntários antes e após a
administração de duas doses de 600μg de Levotiroxina. 54
Tabela 6–
Valores de TSH (μUI/mL) pré e pós-estudo dos 24 voluntários
antes e após a administração de duas doses de 600 μg de
levotiroxina sódica. 55
Tabela 7 Dados do teste de Especificidade da Levotiroxina (T4). 57
Tabela 8 – Dados do teste de Especificidade da Liotironina (T3). 58
Tabela 9 – Parâmetros de validação dos CQ da Levotiroxina (T4). 59
Tabela 10 – Parâmetros de validação dos CQ da Liotironina (T3). 59
Tabela 11 – Dados do processo de reteste da Levotiroxina (T4). 61
Tabela 12– Dados do processo de reteste da Liotironina (T3). 62
Tabela 13 – Resultados do teste de estabilidade de curta duração para amostras
baixas e altas da Levotiroxina (I) e Liotironina (II). 64
Tabela 14 Resultados do teste de estabilidade após 3 ciclos de congelamento e
descongelamento das amostras de Levotiroxina (I) e Liotironina (II)
nas concentrações baixas e altas. 65
Tabela 15 Resultados do teste de estabilidade de longa das amostras de
Levotiroxina (I) e Liotironina (II) nas concentrações baixas e
altas. 66
Tabela 16 –
Parâmetros farmacocinéticos (
X
± DP) da levotiroxina obtidos
após a administração de duas formulações de 600µg de 72
10
Levotiroxina sódica.
Tabela 17 –
Parâmetros farmacocinéticos (
X
± DP) da liotironina obtidos
após a administração de duas formulações de 600µg de
Levotiroxina sódica. 72
Tabela 18 Média, DP e IC (90%) dos parâmetros farmacocinéticos da
levotiroxina obtidos após a administração de duas formulações de
600µg de Levotiroxina sódica. 73
Tabela 19 Média, DP e IC (90%) dos parâmetros farmacocinéticos da
liotironina obtidos após a administração de duas formulações de
600µg de Levotiroxina sódica. 74
Tabela 20 – Avaliação de biodisponibilidade a partir da razão das médias de
C
max
e ASC
0-48 h
da Levotiroxina (T4). Dados transformados em
logaritmo natural. 75
Avaliação de biodisponibilidade a partir da razão das médias de
C
max
e ASC
0-48 h
da Liotironina (T3). Dados transformados em
logaritmo natural.
75
11
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
% Porcentagem
±
mais ou menos
menor ou igual
μg/kg
micrograma por kilograma
μL/mL
microlitros por mililitros
μg/dL micrograma por decilitro
mg Miligrama
μg Micrograma
> Maior
art. Artigo
g Grama
h Hora
kg Kilograma
kg/m
2
kilograma por metro quadrado
L Litro
ln logaritmo neperiano
mg Miligrama
mg/dL miligrama por decilitro
mL Mililitro
ng/mL nanograma por mililitro
nmol.L
-1
nanomol por litro
M Concentração Molar
nº Número
U/L Unidade por litro
μUI/mL
Micro-unidade internacional por mililitro
Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária
ASC Área Sob a Curva
C
max
Concentração Máxima
CNS-MS Conselho Nacional de Saúde - Ministério da Saúde
CONEP Conselho Nacional de Ética em Pesquisa
CQ Controle de Qualidade
CQA Controle de Qualidade Alto
CQB Controle de Qualidade Baixo
CQM Controle de Qualidade Médio
CPMP
Committee for Proprietary Medicinal Products
12
CRF Case Report Formulary
CV Coeficiente de Variação
DCB Denominação Comum Brasileira
DP Desvio padrão
ECG Eletrocardiograma
ECLIA Imunoensaio de Eletroquimioluminescência
EUA Estados Unidos da América
FDA Food and Drug Administration
HUWC Hospital Universitário Walter Cantídio
IMC Índice de Massa Corpórea
K Constante de eliminação
LQ Limite de Quantificação
OMS Organização Mundial de Saúde
RDC Resolução da Diretoria Colegiada
ALT Alanina amino transferase
AST Aspartato amino transferase
Gama-GT Gama-glutamiltransferase
t
1/2
Meia-vida sérica
TBG Globulina Ligante da Tiroxina)
TRH Hormônio liberador de tireotropina
TSH Hormônio estimulante da tireóide
UFC Universidade Federal do Ceará
UNIFAC Unidade de Farmacologia Clínica
USP United States Pharmacopeia
VHS Volume de Hemossedimentação
Vol. Voluntário
X
Média
ANOVA Análise de Variância
IC Intervalo de Confiança
13
RESUMO
Estudo de biodisponibilidade comparativa entre duas formulações contendo levotiroxina sódica
em voluntários sadios. Pacífica Pinheiro Cavalcanti. Orientadora: Maria Elisabete Amaral de Moraes.
Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Farmacologia. Departamento de Fisiologia e
Farmacologia. Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Ceará. Fortaleza. Aprovada em 25 de
Agosto, 2005.
O tratamento de escolha para o hipotireoidismo é a levotiroxina sódica. Estudos de biodisponibilidade
com medicamentos com características hormonais têm grande importância na garantia do controle da
qualidade dos fármacos disponíveis à população. Logo, o objetivo deste estudo foi determinar a
biodisponibilidade de duas formulações de 150 μg de levotiroxina sódica em indivíduos sadios; após
única administração de 600 μg, por via oral e compará-las. A pesquisa consistiu de um estudo aberto,
randomizado, cruzado, com dois tratamentos, dois períodos (duas seqüências), nos quais os 24
voluntários, saudáveis e de ambos os sexos, receberam, em cada período distinto, a formulação teste
do Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. ou a formulação referência da Sanofi-Synthelabo Ltda.
(Puran®T4). Foi utilizado o imunoensaio de eletroquimioluminescência para dosar as concentrações
dos hormônios T3 (liotironina) e T4 (levotiroxina) nas amostras de soro dos voluntários e posterior
determinação dos parâmetros farmacocinéticos. Os resultados da análise de variância (ANOVA) da
Levotiroxina demonstraram um significante efeito de período com diminuição dos níveis séricos do
T4, no segundo internamento, independente da aleatorização (p<0,05). As razões das médias
geométricas do C
max
e ASC
0-48h
das formulações teste e referência
foram 92,97% e 97,87%,
respectivamente. Os intervalos de confiança de 90% foram de 88,70– 97,44% e 93,10 - 102,88%,
respectivamente. As formulações de comprimidos de 150μg de levotiroxina sódica estudadas
apresentaram biodisponibilidades semelhantes, quando administradas em dose única de 600μg, por via
oral a voluntários sadios; sendo então consideradas bioequivalentes.
Palavras-chave: Tiroxina; Quimioluminescência; Disponibilidade biológica.
14
ABSTRACT
Comparative bioavailability study of two formulations of sodic levothyroxine in healthy
volunteers. Pacífica Pinheiro Cavalcanti. Advisor: Maria Elisabete Amaral de Moraes. Master’s
Dissertation. Post-Graduate Program in Pharmacology. Department of Physiology and Pharmacology.
Faculty of Medicine, Federal University of Ceará, Fortaleza. Approved on August 25
th
, 2005.
The choice treatment for the hipothyroidism is the sodic levothyroxine. Bioavailability studies with
medicines with characteristics hormones have great importance in the warranty of the control of the
quality of the available medicine to the population. Therefore, the study aimed to determine the
bioavailability of two formulations of sodic levothyroxine in healthy volunteers; after only
administration, orally and to compare them. The research consisted of an open study, randomized,
crossover, with two treatments, two periods (two sequences), with 24 volunteers, healthy and of both
sexes, they receive, in each different period, the formulation tests of Aché Laboratories
Pharmaceutical S.A. or the formulation reference of Sanofi-Synthelabo Ltd. (Puran®T4). The
electrochemiluminescence immunoassay was used to dose the concentrations of the hormones T3
(liothyronine) and T4 (levotiroxina) in the samples of the volunteers' serum. The results of the
variance analysis of Levothyroxine demonstrated a significant period effect where a decrease of the
T4 serum´s levels was observed, in the second period, independent of the randomization (p< 0.05).
The reasons of the geometric averages of C
max
and ASC
0-48h
of the formulations test and reference
were 92.97% and 97.87%, respectively. The confidence interval (CI) of 90% was of 88.70 – 97.44%
and 93.10 – 102.88%, respectively. The two formulations of 150 μg of sodic Levothyroxine presented
bioavalabilities, when administered orally in only dose of 600 μg, to healthy volunteers; being then
considered bioequivalent.
Key words: Thyroxine; Chemiluminescence; Biological availability.
15
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
1
1.1 Ensaios clínicos
1
1.1.1 Histórico 1
1.1.2 Características 2
1.1.3 Biodisponibilidade 6
1.2 Glândula tireóide
9
1.2.1 Anatomia e fisiologia 9
1.2.2 Hormônios tireoidianos
9
1.3 Doenças da tireóide
16
1.3.1 Hipertireoidismo 16
1.3.2 Hipotireoidismo 18
1.4 Levotiroxina
19
1.4.1 Química 19
1.4.2 Farmacologia 20
1.4.3 Farmacocinética 20
1.4.3.1 Método de detecção 21
1.4.4 Metabolismo 22
1.4.5 Modo de uso 23
1.4.6 Indicações e contra-indicações 23
1.4.7 Reações adversas 24
1.4.8 Interferência da levotiroxina nos testes clínico-patológicos 25
1.4.9 Interações medicamentosas 25
2 JUSTIFICATIVA
26
3 OBJETIVOS
27
3.1 Objetivo geral
27
3.2 Objetivos específicos
27
4 MATERIAL E MÉTODOS
28
4.1 Protocolo clínico
28
4.1.1 Delineamento do estudo 28
4.1.2 Seleção do voluntário
4.1.2.1 Exames laboratoriais
4.1.2.2 Critérios de Inclusão
4.1.2.3 Critérios de Exclusão
4.1.2.4 Critérios para eliminação do voluntário do estudo
28
29
29
30
31
16
4.1.3 Aspectos éticos 32
4.1.4 Produto 33
4.1.5 Administração 33
4.1.6 Internamento 34
4.2 Protocolo analítico
37
4.2.1 Princípio do método 37
4.2.2 Material 37
4.2.3 Preparo de soluções 39
4.2.4 Segurança
40
4.2.5 Validação do método bioanalítico
40
4.2.6 Determinação das concentrações de levotiroxina e
liotironina no soro
44
4.2.7 Cálculo dos parâmetros farmacocinéticos
45
4.3 Protocolo estatístico
46
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
47
5.1 Etapa clínica
47
5.2 Etapa analítica
57
5.2.1 Especificidade/seletividade 57
5.2.2 Exatidão e precisão 58
5.2.3 Processo de reteste 61
5.2.4 Estabilidade 62
5.3 Análise estatística/farmacocinética
68
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
76
7 CONCLUSÃO
77
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
78
GLOSSÁRIO
79
ANEXOS
91
17
1 INTRODUÇÃO
1.1 Ensaios clínicos
1.1.1 Histórico
A evolução da terapêutica coincide, provavelmente, com a história da inteligência do
homem, superpondo-se à própria Medicina. A sabedoria atávica, o feliz acaso, a intuição mística, a
observação casual e a reflexão analógica foram, certamente, a base dos primitivos ensaios clínicos,
necessariamente simples e erráticos (FACKLAND; FACKLAND, 1992).
A impropriedade e ineficiência da terapêutica e o desconhecimento da fisiopatologia das
doenças levaram o escritor inglês Richard Gordon a afirmar que “A história da medicina foi, em
grande parte, até os fins do século passado, a substituição da ignorância por mentiras”
(GORDON,1997). Somente depois que Claude Bernard (1813-1878), em sua obra “Introduction à la
Medicine Experimentale”, de 1865, formalizou os critérios científicos para reunir informações
baseadas na experimentação, é que a medicina passou a ser considerada uma ciência (ENTRALGO,
1981). Mesmo assim, a aplicação desses critérios à terapêutica vinha sendo, até recentemente, lenta e
inconsistente. Embora os aspectos diagnósticos da medicina fossem abordados com sofisticação
científica, o valor terapêutico dos medicamentos era determinado pela tradição de uso e o testemunho
dos médicos. Em função disso, a avaliação da descoberta e do aperfeiçoamento de novos
medicamentos teve como história um processo de risco e ineficiência (CHAST, 1995).
Os ensaios clínicos, seguindo princípios éticos e científicos de experimentação, são os
responsáveis pelas bases da avaliação de eficácia e segurança de drogas ou medicamentos. Os
primeiros estudos de pesquisa clínica controlada foram iniciados por Harry Gold, em 1930, médico da
Cornell University – EUA – seguida por Amberson, Mc Mahon e Pinner (1931), que introduziram os
ensaios clínicos “simples cego” randomizados e controlados. Apesar disso, o termo Farmacologia
Clínica, referindo-se à investigação de drogas em seres humanos, somente foi introduzido nos meios
científicos em 1952 (FACKLAND; FACKLAND, 1992).
No Brasil, as pesquisas fármaco-clínicas foram iniciadas com psicotrópicos, na década de
80, pelo professor Elisaldo Carlini, no Departamento de Psicobiologia da Escola Paulista de Medicina,
atual Universidade Federal de São Paulo. Entretanto, somente com os estudos de biodisponibilidade,
bioequivalência e de interações medicamentosas realizados pelos professores Dr. Gilberto de Nucci
(USP), Dra. Maria Elisabete Amaral Moraes, Dr. Manoel Odorico de Moraes e Dr. Fernando Antônio
18
Frota Bezerra (UFC), no início da década de noventa, é que a pesquisa com medicamentos no nosso
país começou a ser amplamente divulgada no meio científico nacional e internacional (MORAES;
MORAES, 2000).
A necessidade do uso de tal conjunto de conhecimentos sob a supervisão dos órgãos de
vigilância sanitária torna-se clara quando o FDA relata que de 964 auditorias de trabalhos terapêuticos
relacionados a pedidos de licença no período de 1977 a 1983, 111 foram invalidados por serem
portadores de graves defeitos metodológicos, sendo que 42 investigadores foram considerados não
confiáveis (LOCK; WELLS, 1993; TALBOT, 1999).
Concluiu-se, portanto, que a utilização das técnicas dos ensaios clínicos foi a resultante
lógica das necessidades médicas de cobertura de hiatos terapêuticos, em permeio com os imperativos
econômicos do crescimento industrial e com a contrapartida do crescente rigor das repartições
governamentais de vigilância sanitária. Além de ser técnica de conhecimento obrigatório para os
especialistas da área, afigura-se como indispensável componente da cultura médica atual,
especialmente no que concerne à crítica aos trabalhos terapêuticos que perfazem cerca de 20 a 30%
das publicações médicas (ROCHON, 1998).
Na atualidade, a Farmacologia Clínica desenvolve principalmente estudos
farmacocinéticos e farmacodinâmicos, além da elaboração, execução e análise de ensaios clínicos para
verificar a segurança, qualidade e eficácia dos medicamentos em seres humanos (COHEN; POSNE,
2000).
1.1.2 Características
Os ensaios clínicos representam a primeira e mais promissora via para os estudos de novas
formas terapêuticas. Esses estudos são os primeiros testes fora dos laboratórios direcionados para a
população. As observações clínicas tanto de pesquisa comparativa como de investigação qualitativa
sempre propiciam a informações importantes para a geração de novas hipóteses sobre a melhor via a
ser adotada na prática clínica. As pesquisas tanto básicas quanto aplicadas produzem novas
alternativas ou melhoram opções de tratamento já existentes (FULLERTON; SADLER, 2004).
A aplicação do método científico à terapêutica experimental, realizada através de
experimentos clínicos bem planejados e executados, passou a formar a base para as decisões
19
terapêuticas na medicina atual. Seus objetivos precisam ser bem definidos, a população de pacientes
selecionados deve ser a mais homogênea possível, assim como o grupo usado como controle. A partir
daí escolhem-se índices significativos e sensíveis para a observação, que precisam ser convertidos em
dados e, finalmente, em conclusões válidas (SPILKER, 1991).
Uma investigação clínica com novas substâncias tem o propósito de avaliar o valor de uma
droga na profilaxia ou no tratamento de uma doença ou condição clínica, identificar doses com
eficácia terapêutica, seus riscos e efeitos indesejáveis (FDA, 1997).
Toda pesquisa clínica baseia-se, em termos filosóficos e práticos, no uso de uma amostra
que representa uma população. Ao delinear um estudo, o primeiro passo é definir a população-alvo, ou
seja, as pessoas para as quais os resultados serão generalizados. A partir daí define-se os critérios de
inclusão e exclusão do estudo. Os critérios de inclusão definem as características demográficas e
clínicas dos sujeitos adequados à questão da pesquisa. E os critérios de exclusão eliminam sujeitos
cuja inclusão poderia ferir princípios éticos ou ser inapropriada para o estudo (HULLEYet al., 2003).
As investigações clínicas ou ensaios clínicos costumam ser classificados em quatro tipos
principais, identificados como:
a) Ensaio Clínico Fase I ou Ensaio de Farmacologia Clínica e Toxicidade;
b) Ensaio Clínico Fase II ou Ensaio de Investigação Clínica Inicial para Efeito
Terapêutico;
c) Ensaio Clínico Fase III ou Ensaio de Avaliação Terapêutica em Grande Escala;
d) Ensaio Clínico Fase IV ou Ensaio Pós-Comercialização (FOOD AND DRUG
ADMINISTRATION, 1997; POCOCK, 1987; GRAHAME-SMITH ;
ARONSON, 2002; LLOYD, 1994 ; SGRECCIA, 1996).
O Ensaio Clínico Fase I é feito com o objetivo de introduzir o uso de uma nova droga em
seres humanos. Em função do tipo de substância em estudo, podem ser realizados estudos Fase I
iniciais e Fase I tardios. Os estudos Fase I iniciais têm o intuito de determinar aspectos como:
farmacocinética (absorção, distribuição, metabolismo e excreção) e farmacodinâmica do
medicamento, tolerância ao medicamento, evidência de ações farmacológicas, segurança dos
esquemas posológicos. São utilizados, aproximadamente, 100 voluntários (GRANDY; JOUBERT,
1997). Os estudos Fase I tardios objetivam determinar a atividade farmacológica de doses únicas e
repetidas em portadores de patologias que se encontrem clinicamente estáveis e sejam minimamente
sintomáticos ou assintomáticos (FDA, 1997).
20
Conforme Lloyd e Raven (1994), o termo voluntário normal ou voluntário sadio deve ser
interpretado como indivíduo adulto, sem anormalidades clínico-laboratoriais capazes de prejudicar a
interpretação do experimento ou aumentar a sensibilidade do indivíduo ao potencial tóxico da droga
em estudo. Alguns estudos de Fase I, por questões éticas ou por considerações científicas, são feitos
em pacientes e não em voluntários sadios. Isso ocorre, por exemplo, com drogas que apresentam
toxicidade importante, como as substâncias: antineoplásicas, citostáticas, antivirais, etc.
A utilização de voluntários saudáveis é baseada no fato que diversas patologias podem
alterar a biodisponibilidade dos fármacos (GIBALDI, 1991) e podem fornecer dados errôneos de suas
biodisponibilidades. Para evitar essas variáveis, os voluntários são submetidos a avaliações clínicas e
laboratoriais para que possa corroborar o seu estado de higidez.
Todos voluntários selecionados para participar dos estudos de biodisponibiliade devem ser
orientados sobre o protocolo, seus riscos e benefícios e assinam um termo de consentimento livre e
esclarecido, autorizando formalmente a sua participação no estudo, antes do seu início.
Ensaio Clínico Fase II ou Ensaio de Investigação Clínica Inicial objetiva, num estágio
inicial, avaliar a eficácia terapêutica do medicamento e definir uma faixa posológica ideal em uma
doença alvo. Bem como, definir sua segurança e tolerabilidade nos pacientes participantes do ensaio
clínico. Pode ser denominado como um estudo piloto para estudar a atividade biológica específica,
controle ou profilaxia da doença. Geralmente, esse tipo de estudo tem a participação de 50 a 100
pacientes, mas podem chegar a 300 ou mais, dependendo do delineamento experimental (HULLEY
al., 2003).
Definida uma faixa posológica ideal, temos os estudos de fase III. Em um Ensaio Clínico
Fase III ou Ensaio de Avaliação Terapêutica faz-se uma avaliação comparativa com outras
terapêuticas já estabelecidas, envolvendo um grande número de pacientes, que pode variar de poucas
centenas a milhares. Por ser a última fase antes da comercialização do medicamento, procura-se
explorar o tipo e o perfil de reações adversas que possa apresentar, assim como: interações
clinicamente relevantes, grupos de pacientes com risco para desenvolver efeitos secundários e fatores
que possam alterar o seu efeito farmacológico (LLOYD; RAVEN, 1994). Os dados resultantes dos
estudos de fase III possibilitam o registro do medicamento para comercialização junto aos órgãos
competentes (POCOCK, 1987).
21
Ensaio Pós-Comercialização ou Ensaio Clínico Fase IV pode ser subdividido em vários
tipos: 1) estudos para avaliar a incidência de efeitos adversos; 2) estudos para explorar um efeito
farmacológico específico ou para obter informações de natureza circunscrita; 3) grandes ensaios
clínicos de longa duração, realizados para determinar o impacto da droga na morbidade e mortalidade;
4) ensaios semelhantes aos da fase III para suplementar dados sobre aspectos não pesquisados
anteriormente, por ter sido a droga liberada para a comercialização precocemente; 5) estudos de
farmacoeconomia; 6) ensaios para avaliar novas indicações para uma droga já disponível no mercado;
7) ensaios para avaliar a droga em populações não adequadamente estudadas na fase pré-
comercialização (FOOD AND DRUG ADMINISTRATION, 1997; GRAHAME-SMITH;
ARONSON, 2002; SGRECCIA, 1996). A população para esses estudos não é mais selecionada, é
pouco homogênea e inclui doentes raramente recrutados durante as fases I, II ou III, como, pacientes
que recebem associações terapêuticas e idosos (HULLEY et al., 2003).
A obtenção de resultados fidedignos e conclusivos nos estudos de fases I, II e III, está na
dependência de um planejamento adequado dos ensaios clínicos, através de um delineamento
experimental correto (COHEN; POSNER, 2000). Portanto, é fundamental a cautelosa elaboração do
protocolo clínico da pesquisa, especificando os objetivos, definindo a população de pacientes,
selecionando o tratamento controle, enfim, elaborando todos os passos do estudo (CRAMER, 1996).
1.1.3 Biodisponibilidade
De acordo com o FDA (2002) para um fármaco apresentar um efeito terapêutico, necessita
ser absorvido e está disponível na circulação sistêmica, a fim de atingir o seu local de ação. Desse
modo, biodisponibilidade poderia ser definida como extensão e a velocidade com a quais um fármaco
é liberado de uma forma farmacêutica para a circulação geral.
Podemos ainda classificar a biodisponibilidade em absoluta e relativa.
Biodisponibilidade absoluta (F): é a fração da droga (fármaco) sistematicamente absorvida
e a disponibilidade da droga da forma farmacêutica quando comparada com a biodisponibilidade da
droga após administração intravenosa. É usualmente calculada com a razão da área sobre a curva da
concentração plasmática versus tempo, para a forma farmacêutica administrada oralmente (ASC
oral
)
em relação à ASC obtida após administração intravenosa da droga (ASC
intravenosa
). Um valor F de 0,80
ou 80% indica que 80% da droga está biodisponível.
22
As regulamentações da FDA estabelecem que duas formulações que apresentam taxa e
extensão de absorção variando de ± 20% são geralmente considerados bioequivalentes. O uso do
intervalo de –20% a +25% é baseado numa decisão médica que, para a maioria dos medicamentos,
essa diferença na concentração do ingrediente ativo no sangue não será clinicamente significante
(FDA, 1997). Um medicamento é considerado bioequivalente quando a taxa e a extensão da absorção
verificadas através dos valores de C
max
e ASC, respectivamente, encontram-se dentro de um intervalo
de 80 a 125% considerando um intervalo de confiança de 90% proposto pelo FDA e Anvisa (BRASIL,
2003b).
Biodisponibilidade relativa: disponibilidade sistêmica da droga a partir de sua forma
farmacêutica quando comparada a uma outra formulação de referência. Os dados mais freqüentemente
obtidos nos estudos de biodisponibilidade de um fármaco, seja ela absoluta ou relativa, são: a
concentração plasmática máxima alcançada (C
max
), tempo necessário para atingir o pico da
concentração plasmática (T
max
), área sob a curva de concentração plasmática versus tempo (ASC),
constante de eliminação da fase terminal (Ke), e meia-vida de eliminação (t
1/2
). Além disso, podemos
estudar o comportamento dessas variáveis frente a fatores que possam influenciar a absorção de um
fármaco (ex. alimentos, doença, etc) (SPILKER, 1991).
Uma importante aplicação desses conceitos são os estudos de biodisponibilidade
comparativa (bioequivalência) que têm sido usados como ferramenta no controle de qualidade dos
medicamentos (MORAES; MORAES, 2000). Os estudos de biodisponibilidade comparativa, em geral,
são classificados como ensaios clínicos de fase IV, visto que os medicamentos sob investigação já se
encontram disponíveis no mercado.
De acordo com a agencia Nacional de Vigilância Sanitária, dois medicamentos são ditos
bioequivalentes quando são administrados na mesma dose molar, nas mesmas condições
experimentais e não apresentam diferenças estatisticamente significativas em relação às suas
biodisponibilidades, segundo a Resolução RDC nº 135, de 29 de maio de 2003 (BRASIL, 2003a). De
acordo com o Food and Drug Administration (FDA), produtos farmacêuticos são considerados
equivalentes terapêuticos somente se eles são equivalentes farmacêuticos e se deles pode-se esperar
obter o mesmo efeito clínico e perfil de segurança quando administrado para pacientes sob condições
específicas (FDA, 1997).
Os estudos de biodisponibilidade comparativa podem ser estudos cruzados ou em algumas
situações especiais, em paralelo. Durante a realização do estudo cruzado, os voluntários recebem as
formulações teste e referência aleatoriamente em dois períodos distintos, utilizando-se geralmente uma
23
população pequena de voluntários adultos e saudáveis, composta de 24 a 36 voluntários (BENETT,
1999).
A utilização de voluntários saudáveis é baseada no fato de que diversas patologias podem
alterar a biodisponibilidade dos fármacos e assim permitir interpretações inadequadas acerca de suas
características farmacocinéticas. Para evitar essas variáveis os voluntários são submetidos a avaliações
clínicas e laboratoriais, a fim de confirmar o seu estado de higidez.
Em estudos de biodisponibilidade são administradas doses únicas dos medicamentos teste
e referência em períodos diferentes, havendo entre eles, um intervalo adequado para garantir que não
haja efeitos residuais, que influenciaria artificialmente os resultados (HOWARD et al., 2000). As
amostras sanguíneas são coletadas para posterior quantificação, antes e após a administração de cada
formulação, e em intervalos pré-estabelecidos para obtenção dos perfis farmacocinéticos necessários
para se determinar a bioequivalência. Estudos farmacocinéticos têm demonstrado que o cronograma
de coletas das amostras sanguíneas deverá contemplar um tempo igual ou superior a 3 a 5 vezes
meias-vidas de eliminação do fármaco ou metabólito ativo (BRASIL, 2003b).
Medidas da área sob a curva de concentração plasmática (ASC) versus tempo e o pico de
concentração plasmática (C
max
) são avaliados empregando-se procedimentos estatísticos (BENETT,
1999). O método mais comumente empregado é o método trapezoidal. Essa curva pode ser descrita
por uma série de trapézios que são determinados a cada ponto concentração versus tempo. A área
representada pelos trapézios se aproxima da área sob a curva quanto maior o número de pontos
coletados maior vai ser esta aproximação. (GIBALDI, 1991).
O projeto de pesquisa, com o protocolo experimental e o termo de consentimento devem
ser submetidos a um Comitê de Ética em Pesquisa. Assim como outros estudos clínicos, os estudos de
biodisponibilidade deverão ser conduzidos de acordo com a Declaração de Helsinque (1964) e as
revisões de Tóquio (1975), Veneza (1983), Hong Kong (1989), África do Sul (1996) e Edimburgo
(2000) e a Resolução 196/96 e complementares do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde-
CNS-MS.
Após 15 anos dos primeiros estudos de biodisponibilidade, pode-se observar um grande
avanço nessa área, uma vez que se trabalhava com estrutura precária e com enorme ceticismo da
comunidade científica. Atualmente o Brasil conta com tecnologia de ponta, estrutura física adequada e
corpo científico qualificado, o que contribui para a credibilidade que agora faz jus a esta nova área de
pesquisa, a Farmacologia Clínica.
24
1.2 Glândula tireóide
1.2.1 Anatomia e fisiologia
A glândula tireóide é um órgão bilobulado, situado imediatamente abaixo da laringe, à
frente da traquéia, que pesa cerca de 10 a 20 gramas. No sexo feminino, essa glândula, geralmente
aumenta na segunda metade do ciclo menstrual, durante a gravidez e lactação. Com relação ao seu
peso, a tireóide recebe uma grande quantidade de suprimento sangüíneo, em torno de 4 a 6 mL/min As
células tireóideas, secretoras de hormônio, estão dispostas em muitos milhares de unidades funcionais,
chamadas de folículos tireóideos. Em cada folículo, as células epiteliais circundam um lúmen, cheio
por colóide, consistindo de glicoproteína iodada, a tireoglobulina (TG), a precursora dos hormônios T3
e T4. (DAVIES; BLAKELEY; KIDD, 2002).
Durante a gravidez ocorre um aumento na produção hepática da TBG (globulina ligante
da tiroxina) pela ação estrogênica, conseqüentemente acontece uma diminuição da fração livre dos
hormônios tireoidianos, em torno de 10 a 15 %. Isso resulta em uma diminuição da retroalimentação
negativa e a posterior ativação do eixo hipotálamo-hipofisário que se traduz pelo aumento de TSH
circulante, este TSH além de estimular a síntese hormonal, tem uma ação trófica, contribuindo para o
aumento do volume da tireóide (PEREIRAS, 2003).
As células C parafoliculares, também situadas na tireóide, são responsáveis pela secreção
de tirocalcitonina, hormônio regulador do cálcio. Estas células ficam adjacentes às células epiteliais
foliculares, dentro da membrana basal folicular, representando cerca de 10% da massa total da
glândula (DAVIES; BLAKELEY; KIDD, 2002).
1.2.2 Hormônios tireoidianos
Os dois hormônios tireoidianos ativos são a liotironina ou triiodotironina (T3) e a
tetraiodotironina ou tiroxina ou levotiroxina (T4). As estruturas do T3 e do T4 diferem somente por
um único átomo de Iodo.
Figura 1-Estruturas químicas da Tiroxina (A1) e Liotironina (A2).
25
Para a produção da quantidade normal de tiroxina e de liotironina, deve ser ingeridos
cerca de 50 mg de iodo por ano, ou seja, aproximadamente um mg por semana. Como maneira de se
evitar a deficiência de iodo, o sal de cozinha (cloreto de sódio) é iodetado com uma parte de iodeto de
sódio para cada 100.000 partes de cloreto de sódio (BERNE et al., 2004.).
A primeira etapa na síntese dos hormônios tireoidianos é a transferência de iodeto do
sangue para as células glandulares da tireóide, e, em seguida para o folículo. A membrana basal das
células da tireóide tem a capacidade específica de transportar o iodeto ativamente para o interior da
célula; este processo é denominado bomba de iodeto ou seqüestro de iodo (GUYTON, 1998).
De acordo com Berne et al. (2004) o iodo ingerido na dieta atinge a circulação sistêmica
sob a forma de iodeto (I
-
), sob circunstâncias normais, sua concentração sangüínea é muito baixa, em
torno de 0,2 a 0,4 μg/dL. Posteriormente no interior da glândula tireóide o iodeto passa por um
processo de oxidação e se transforma em iodo orgânico (I
2
), estando desta forma apto a se complexar
com a tirosina. Essa oxidação do iodeto é promovida pela peroxidase tireoidiana, que utiliza como
peroxidante o peróxido de hidrogênio (H
2
O
2
) (TAUROG, 1991).
As células da tireóide são típicas células glandulares secretoras de proteínas. O retículo
endoplasmático e o complexo de Golgi sintetizam e secretam para os folículos uma molécula
glicoprotéica com peso molecular de aproximadamente 660 kD, denominada tireoglobulina, que
contém 70 aminoácidos tirosina, que são os principais substratos que se combinam ao iodo para
formar os hormônios da tireóide (LARSEN; DAVIES; HAY, 1998).
Mesmo na forma molecular, o iodo oxidado se liga diretamente, ainda que de modo lento,
ao aminoácido tirosina, mas nas células da tireóide, o iodo oxidado está associado a uma enzima, a
iodase que faz o processo ocorrer em segundos ou minutos. Como conseqüência, quase tão
rapidamente quanto a molécula de tireoglobulina é liberada pelo aparelho de Golgi ou é secretada no
folículo através da membrana apical das células, o iodo se liga a cerca de um sexto dos resíduos de
tirosina presentes na molécula de tireoglobulina A iodetação da tirosina, ou seja, a combinação do I
2
com as tirosinas da tireoglobulina, é responsável direta pela formação dos dois hormônios importantes
da tireóide, a tiroxina e a liotironina. A tirosina é inicialmente iodetada formando a monoiodotirosina
(MIT), e, em seguida, a diiodotirosina (DIT). Depois, durante os próximos minutos, horas e dias, mais
e mais resíduos de DIT se ligam entre si, formando o T4. Em uma outra reação, uma molécula de DIT
se combina com uma molécula de MIT, formando o T3. A primeira reação é muito mais rápida, e
como resultado forma 10 vezes mais T4 do que T3. Após ocorrerem as reações de acoplamento, a
tireoglobulina contém T3, T4 e excessos de MIT e DIT. Essa tireoglobulina iodada é armazenada na
26
luz folicular como colóide até que a tireóide seja estimulada a secretar os seus hormônios
(CONSTANZO, 2004).
As três principais iodotirosinas são:
- 3,5,3’,5’ – tetraiodotironina (Tiroxina ou levotiroxina, T4)
- 3, 5,3’ – triiodotironina/liotironina (T3)
- 3,3’, 5’ – triiodotironina/liotironina (T3 reversa, rT3).
Concluída a síntese dos hormônios da tireóide, cada molécula de TG contém cerca de
uma a três moléculas de T4 e, em média, uma molécula de T3 para cada 14 moléculas de T4. A
quantidade total de hormônios tireoidianos armazenada é suficiente para suprir o corpo de sua
necessidade normal por dois a três meses. Por isso, quando a síntese de hormônios cessa
completamente, os efeitos da deficiência só serão observados depois de alguns meses (GUYTON,
1998).
Embora o principal produto de secreção da tireóide seja o T4, este não é a forma mais
ativa. A ativação do T4 ocorre nos tecidos-alvo pela enzima iodotironina 5´-desiodinase, que existe
sob a forma de três isoenzimas distintas expressas e reguladas de diferentes formas no tecido
periférico. A 5’desiodinase do tipo I (5’D-I) é encontrada no fígado, rim e tireóide e gera o T3
circulante que é utilizado pela maioria dos tecidos-alvo periféricos. A 5’desiodinase do tipo II (5’D-II)
tem distribuição restrita ao cérebro e à hipófise. A 5’ desiodinase do tipo III (5’D-III) pode proteger o
cérebro e o feto contra os excessos de T3, pela conversão de T4 em rT3 e T3 em T2, podendo ser a
enzima mais importante para a produção de rT3 (BERNE et al., 2004.).
A desiodação da MIT e da DIT ocorre dentro da célula folicular por meio de uma
desiodase. O iodeto gerado nessa etapa é reciclado para dentro do pool intracelular e adicionado ao I
-
transportado pela bomba. As moléculas de tirosina são incorporadas na síntese de nova tireoglobulina,
começando um novo ciclo. A TG propriamente dita não é liberada no sangue circulante; em vez disso,
o T3 e o T4 são, primeiramente, clivadas da molécula de tireoglobulina, sendo, então, liberados na
circulação sitêmica (LARSEN; DAVIES; HAY, 1998).
Ao atingir a circulação sistêmica, toda a tiroxina e a liotironina, exceto por uma fração de
1%, associam-se de imediato e fortemente, porém de maneira não-covalente, a várias proteínas
plasmáticas. De acordo com Davies, Blakeley e Kidd (2002) existem três proteínas fixadoras do
hormônio tireóideo, todas sintetizadas pelo fígado:
27
- A globulina ligante de tiroxina (TBG) que é a responsável pelo transporte de 75% das T3 e T4 totais.
Essa proteína é a principal transportadora dos hormônios tireoidianos, é uma glicoproteína ácida com
massa molecular de aproximadamente 63 kDa e se liga a uma molécula de tiroxina com elevadíssima
afinidade.
- A albumina que se liga à cerca de 25% de T3 e 10% de T4, entretanto estando presente em
concentrações muito maior que esta tem uma afinidade relativamente baixa pelos hormônios
tireoidianos.
- A pré-albumina ligante de tiroxina (TBPA). Embora sua concentração seja mais de 16 vezes maior
que a da TBG, possui fraca afinidade por T4, transportando apenas 15% da mesma, e nenhuma
quantidade significativa de T3.
Segundo Mendel (1989) o hormônio livre é aquele não fixado, o qual exerce atividade
metabólica. Com relação aos hormônios tireoidianos, a fração livre corresponde a um pequeno
percentual (cerca de 0,03% de T4 e de 0,3% de T3) do hormônio total no plasma, sendo essa ligação
dos hormônios tireoidianos às proteínas plasmáticas a grande responsável pela proteção destes
hormônios frente ao metabolismo e à excreção, resultando em longas meias-vidas.
Tendo em vista o alto grau de ligação dos hormônios tireoidianos às proteínas plasmáticas,
quaisquer alterações nas concentrações dessas proteínas ou na afinidade de ligação teriam importantes
efeitos sobre os níveis hormonais séricos. A tiroxina é lentamente eliminada do organismo e tem uma
meia-vida de 6 a 7 dias em indivíduos eutireoidianos, enquanto nos hipertireoidianos é reduzida para 3
a 4 dias e nos hipotireoidianos, pode alcançar 9 a 10 dias. A liotironina, que tem menor afinidade
protéica pela TBG, tem uma meia-vida de aproximadamente um dia (GOODMAN; GILMAN, 2003).
O metabolismo das moléculas livres depende da monodesiodação enzimática progressiva,
realizada, em grande parte, mas, não exclusivamente, no fígado e nos rins. O T3 e o T4 são
conjugados aos ácidos glicurônico e sulfúrico por meio do grupamento hidroxil fenólico e são
excretadas na bile. Uma fração diminuta na bile é clivada pelas bactérias intestinais, para formar T3 e
T4, que são reabsorvidas, para recircularem, no chamado “ciclo êntero-hepático”. Nos seres humanos
cerca de 20% da tiroxina são eliminados nas fezes (DAVIES; BLAKELEY; KIDD, 2002).
Conforme Larsen, Davies e Hay (1998) para que seja mantida no organismo uma atividade
metabólica normal, deve ser secretada com exatidão e constância, uma quantidade adequada de
hormônio da tireóide e para que isso ocorra, mecanismos específicos de feedback operam por meio do
eixo hipotálamo-hipofisário controlando a secreção da tireóide.O hormônio liberador de tireotropina
(TRH) é secretado pelo hipotálamo e atua nas células tireotróficas da hipófise anterior, provocando a
28
secreção do hormônio estimulante da tireóide (TSH). A seguir, o TSH atua na tireóide, estimulando a
síntese e a secreção dos hormônios tireoidianos, estes, porém, inibem a secreção de TSH. Os
hormônios tireoidianos inibem a secreção de TSH através da dessensibilização dos receptores de TRH
nas células tireotróficas, dessa forma minimizam a sua sensibilidade ao estímulo pelo TRH. Esse
feedback negativo é mediado principalmente, pelo T3 livre, tendo em vista a existência no lobo
anterior da hipófise de uma desiodinase (5’ D-II) que converte T4 em T3 que o contém
(CONSTANZO, 2004).
Figura 2 – Efeito de feedback negativo dos hormônios tireoidianos
Segundo Goodman e Gilman (2003) o TSH é um hormônio glicoprotéico de peso
molecular de aproximadamente 28.000, que é secretado de forma pulsátil conforme um padrão
circadiano, pelo lobo anterior da hipófise em resposta a um estímulo do TRH, atingindo maiores níveis
na circulação durante a noite. O papel do TSH é regular o crescimento da glândula tireóide, efeito
trófico, e a secreção dos hormônios tireoidianos, pela influência nas seguintes etapas da via de
biossíntese: aumenta a proteólise da tireoglobulina nos folículos, com conseqüente liberação do
hormônio da tireóide para o sangue circulante; promove uma maior atividade da bomba de iodeto, o
que facilita um acréscimo na intensidade do seqüestro de iodeto nas células glandulares; facilita uma
maior iodetação da tirosina e maior ligação entre as moléculas de tirosina para a formação dos
hormônios da tireóide; intensifica o aumento do tamanho (hiperplasia), do número de células
(hipertrofia) e da atividade secretora da tireóide; e promove uma intensificação da irrigação vascular
da glândula tireóide.
O efeito geral do hormônio da tireóide é o de causar a transcrição nuclear de grande
número de genes. Conseqüentemente em todas as células do organismo ocorre um incremento na
29
produção de enzimas protéicas, proteínas estruturais, proteínas transportadoras e outras substâncias. O
resultado final deste processo todo é um aumento generalizado da atividade funcional em todo o corpo
(GUYTON, 1998).
Os hormônios tireoidianos são imprescindíveis para o desenvolvimento cerebral e para o
crescimento, atuam sinergicamente com o hormônio de crescimento e com as somatomedinas,
promovendo a formação dos ossos. Atuam ainda, estimulando quase todos os aspectos do
metabolismo lipídico, dos carboidratos, incluindo a rápida captação da glicose pelas células, aumento
da glicólise, aumento da gliconeogênese, maior absorção pelo tubo gastrintestinal e até mesmo da
secreção de insulina (LARSEN; DAVIES; HAY, 1998).
A levotiroxina e a liotironia aumentam tanto a síntese quanto a degradação das proteínas,
porém seu efeito global é catabólico, o que resulta em massa muscular diminuída Como o hormônio
da tireóide aumenta o metabolismo de quase todas as células corporais, quantidades excessivas desse
hormônio podem ocasionalmente aumentar o metabolismo basal de 60 até 100% acima do normal. Por
outro lado, quando não é produzido nenhum hormônio da tireóide, o metabolismo basal cai
praticamente à metade do normal (CONSTANZO, 2004).
Um dos efeitos mais significativos e pronunciados dos hormônios tireoidianos é o aumento
do consumo de oxigênio e um aumento resultante da taxa de metabolismo basal e da temperatura
corpórea. Um grande aumento da produção do hormônio da tireóide quase sempre diminui o peso
corporal, e grande redução da produção do hormônio quase sempre aumenta o peso corporal; contudo,
esses efeitos nem sempre ocorrem, pois, o hormônio da tireóide aumenta o apetite e isso pode
contrabalançar a alteração do metabolismo (BERNE et al., 2004).
O aumento do metabolismo tecidual implica em uma maior utilização de oxigênio e
conseqüentemente uma maior produção de metabólitos. Esses efeitos provocam uma vasodilatação na
maioria dos tecidos, em especial na pele, devido à necessidade de eliminação de calor. Em virtude
dessa vasodilatação, ocorre o aumento do fluxo sangüíneo, e conseqüentemente do débito cardíaco.
Em casos de hipertireoidismo, o aumento do débito cardíaco pode atingir até 60% do valor normal, em
contrapartida, pode sofrer um decréscimo de 50% em casos de hipotireoidismo grave. O débito
cardíaco aumentado é decorrente também da maior síntese de receptores β
1
-adrenérgicos cardíacos,
logo que, os hormônios tireoidianos induzem a produção desses receptores, e em ações
complementares, induzem a síntese da miosina cardíaca e da Ca
2+
ATPase no retículo
sarcoplasmático (CONSTANZO, 2004).
30
Com o aumento do metabolismo, faz-se necessário um maior consumo de oxigênio e
conseqüentemente uma maior liberação de dióxido de carbono, mecanismos tais responsáveis por
taquipnéia e por acréscimo na amplitude dos movimentos respiratórios. Os hormônios tireoidianos são
responsáveis pelo aumento do apetite, da ingestão de alimentos, da secreção dos sucos digestivos,
juntamente com a motilidade do tubo gastrintestinal; muitas vezes quando em excesso ocorre diarréia,
e nos casos de diminuição causam constipação (GUYTON, 1998).
Geralmente, os hormônios da tireóide aumentam a atividade cerebral; a falta destes
lentificam essa função. O indivíduo hipertireoidiano pode apresentar um quadro de nervosismo
extremo, psiconeuroses (ansiedade, preocupação extrema) e até mesmo distúrbios paranóides. Em
decorrência da exaustão muscular e das ações excitantes sobre o SNC, o paciente com
hipertireoidismo refere uma constante sensação de cansaço, todavia, em virtude da excitação sobre as
sinapses, torna-se difícil conciliar o sono. Por outro lado, a sonolência intensa é um dos sinais
clássicos do hipotireoidismo, de forma que um indivíduo hipotireoidiano consegue dormir até 14 horas
por dia (DAVIES; BLAKELEY; KIDD, 2002).
1.3 Doenças da tireóide
O excesso, ou a deficiência, de hormônio tireóideo é designado, respectivamente de hiper
ou hipotreoidismo. Como causas podem apresentar disfunção da própria glândula tireóide (primária),
ou distúrbios do eixo hipotálamo-hipófise-tireóide (secundária) (DAVIES; BLAKELEY; KIDD,
2002).
1.3.1 Hipertireoidismo
A tireotoxicose é uma afecção causada pela elevação das concentrações de hormônios
tireoidianos livres circulantes. Os termos tireotoxicose e hipertireoidismo não são sinônimos. O
hipertireoidismo, definido como uma hiperfunção da glândula tireóide, causa tireotoxicose devido a
um aumento da biossíntese e da liberação dos hormônios (PIMENTEL; HANSEN, 2004).
Aumento do nível dos hormônios tireoidianos podem ocorrer mesmo quando a função da
glândula tireóide está normal, exemplos: liberação excessiva dos hormônios devido a um processo
inflamatório da glândula tireóide, ingestão excessiva do hormônio tireóideo exógeno e produção deste
por um foco ectópico (GILKISON, 1997).
De acordo com Guyton (1998) a glândula tireóide encontra-se aumentada de duas a três
vezes do seu tamanho normal na maioria dos pacientes com hipertireoidismo. Além disso, as células
31
aumentam em número e em intensidade de secreção. Estudos com iodo radioativo indicam que essas
glândulas hiperplásicas secretam os hormônios tireoidianos com uma velocidade de 5 até 15 vezes
superior ao valor normal. A atividade aumentada da tireóide causa o seu crescimento, conhecido com
bócio. O termo bócio designa uma glândula tireóide aumentada, podendo ocasionar uma compressão
do esôfago e acarretar dificuldades na deglutição.
Segundo
Larsen, Davies e Hay (1998) a forma mais comum do hipertireoidismo é a
doença de Graves, que é um distúrbio auto-imune caracterizado por níveis circulantes aumentados de
imunoglobulinas estimulantes da tireóide. Essas imunoglobulinas são anticorpos contra os receptores
de TSH nas células foliculares. Quando presentes essas imunoglobulinas estimulam de uma forma
intensa a tireóide, resultando em uma secreção aumentada dos hormônios e uma hipertrofia.
Outras causas de hipertireoidismo são neoplasias da tireóide, excessiva produção de TRH
ou TSH, bócio tóxico, tireotoxicose ou administração de excessivas quantidades de hormônios
tireoidianos exógenos (CONSTANZO, 2004).
Os sintomas do hipertireoidismo são: intolerância ao calor, exacerbação da sudorese
secundária à excessiva produção de calor, perda de peso acompanhada de ingesta alimentar acentuada,
graus variáveis de diarréia, alto grau de excitabilidade, fraqueza e tremor musculares, taquicardia,
respiração ofegante ao esforço, nervosismo e outros distúrbios psíquicos, fadiga extrema acompanhada
da incapacidade de conciliar o sono, exoftalmia (protusão dos globos oculares) (LARSEN; DAVIES;
HAY,1998).
A hiperatividade da glândula tireóide e conseqüentemente os efeitos exacerbados de seus
hormônios podem ser reduzidos através de agentes que agem interferirindo na produção dos
hormônios tireoidianos ou modificando a resposta dos tecidos a estes hormônios ou ainda, destruindo
a glândula por irradiação ou ressecção cirúrgica (KATZUNG, 2003).
1.3.2 Hipotireoidismo
O hipotireoidismo é um quadro que se caracteriza por uma diminuição dos hormônios
tireoidianos circulantes. O estado de hipotireoidismo pode ser decorrente de uma disfunção da própria
glândula tireóide, conhecido o como hipotireoidismo primário, ou de disfunções do eixo hipotálamo-
hipófise-tireóide, hipotireoidismo secundário (DAVIES, 2002).
A causa mais comum do hipotireoidismo é a tireoidite de Hashimoto, que consiste em uma
doença auto-imune da tireóide, na qual os anticorpos podem manifestar-se através da destruição da
32
própria glândula ou bloqueando a síntese hormonal (CONSTANZO, 2004). Essa patologia afeta
aproximadamente 10 vezes mais mulheres do que os homens, também é mais comum em mulheres
mais velhas do que mulheres mais jovens. Como outras causas de hipotireoidismo podemos citar:
hipotireoidismo congênito, hipotireoidismo resultante de um tumor hipofisário ou craniofaringioma ou
outras lesões raras que destroem a função pituitária (DOLLERY, 1999).
Segundo Roberts e Ladenson (2004), os sintomas do hipotireoidismo são opostos aos do
hipertireoidismo e incluem, diminuição da taxa metabólica, intolerância ao frio, bradicardia, letargia,
sonolênia , alopécia, aumento de peso, constipação, disfunção menstrual (amenorréia), depressão,
psicoses, tonturas, dentre outros.
O coma por Mixedema (hipotreoidismo grave) é raro, mas é uma condição freqüentemente
fatal, que ocorre com resultado de um hipotireoidismo não tratado por muito tempo a condição é
facilmente confundida com a hipotermia per se. O tratamento é principalmente de manutenção da
respiração e circulação adequadas e aquecimento gradual. O tratamento com esteróides é usualmente
recomendado por causa do enfraquecimento adrenal da infância. A escolha da terapia de reposição
hormonal é empírica. A levotiroxina sódica em 200-500 µg via intravenosa tem sido recomendada
para o tratamento inicial, entretanto a liotironina tem se mostrado eficaz (NEWMARK;
HIMATHONGKAM; SHANE, 1974).
O tratamento de escolha para o hipotireoidismo é a levotiroxina sódica, que possui
propriedades farmacocinéticas convenientes e quando administrada na dose adequada demonstra um
alto grau de eficácia terapêutica e discretos riscos a desencadear efeitos adversos.
1.4 Levotiroxina
A tiroxina foi inicialmente isolada na forma cristalina por Kendall em 1915, e em 1927 foi
sintetizada quimicamente por Harington e Barger. Harington também foi o responsável pelo
esclarecimento da sua estrutura química (KENDALL, 1915; HARINGTON; BARGER, 1927;
HARINGTON, 1926). A Levotiroxina sódica é um levo-isômero sintético do hormônio tiroxina
endógena (T4) amplamente utilizada na terapia de reposição tireoidiana hormonal. Este composto
sintético é idêntico ao produzido pela glândula tireóide, deste modo não existem entre eles diferenças
bioquímicas nem funcionais (FDA, 2000).
33
1.4.1 Química
Levotiroxina sódica (C
15
H
10
I
4
NNaO
4
.H
2
O) é um sal inodoro, possui uma coloração de
branca a amarelo queimado claro, insípido, higroscópico, amorfo ou pó cristalino. Pode desenvolver
resíduo de coloração rósea quando exposto à luz; é produzida por síntese química (Figura 3) e é
solúvel em soluções alcalinas (DOLLERY, 1999).
3. Figura 3-Estrutura química da Levotiroxina
1.4.2 Farmacologia
Doses médias de 100 a 200 µg diárias geralmente são suficientes para manter um estado
eutireóideo ao tratar pacientes com hipotireoidismo. A dose necessária deve ser suficiente para
conferir ao paciente um estado eutireóideo e para restaurar os níveis circulantes do hormônio
estimulante da tireóide (TSH) para o nível normal. Raramente os pacientes podem necessitar de 300
µg diárias, mas a dose mais comum de reposição é de 150 µg diárias de levotiroxina sódica
(DOLLERY,1999).
Mesmo com o aparecimento de preparações sintéticas da levotiroxina na década de 50 e
com o desenvolvimento de métodos de detecção de TSH altamente sensíveis, a manutenção do estado
eutireóideo enfrenta vários obstáculos, tais como: taxas de absorção que variam de acordo com as
preparações, interferências com outras medicações e com dietas ricas em fibras, presença de
anticorpos contra hormônios tireoidianos, divergências entre a quantidade de ingrediente ativo
especificado e o total realmente presente na apresentação farmacêutica (OPPENHEIMER apud
PERAN et al., 2005; TOFT, 1994; LIEL; HARMAN-BOEHM; SHANY, 1996; SAKATA;
NAKAMURA; MIURA; 1985; STOFFER; SZPUNAR, 1984; SAWIN; SURKS, 1984; HENNESSEY
et al. 1986 apud PERAN, 2005; ESCALANTE; AREM; AREM, 1995).
A correção do estado hipotireóideo resulta no bem-estar físico e mental aumentado,
melhora a tolerância ao frio, alivia a constipação e aumenta débito cardíaco e a perfusão vascular
34
periférica. A taxa metabólica basal é aumentada e há redução do colesterol sérico e triglicérides com
aumento da utilização de carboidrato.
1.4.3 Farmacocinética
Segundo Dollery (1999) a levotiroxina é absorvida incompleta e variavelmente no trato
gastrintestinal, onde esta absorção oral pode variar de 40 a 75%. Tem uma meia-vida de
aproximadamente de 5 a 7 dias em indivíduos normais. É largamente ligada a proteína plasmática,
principalmente à globulina ligante de tiroxina (TBG), mas também à pré-albumina e menos
avidamente à albumina. A fração não-ligante ou livre, embora seja apenas aproximadamente 0,03% da
levotiroxina total, é obviamente a fração disponível para ação periférica e para conversão no
metabólito mais ativo, liotironina (T3). Alterações nos níveis de proteína sérica afetarão a
concentração de T4 total, mas não de T4 livre. Levotiroxina é parcialmente convertida em T3 e outros
metabólitos e conjugados com ácido glicurônico e ácido sulfúrico e são excretados na bile. Parte da
substância conjugada é hidrolisada no cólon e 20-40% da levotiroxina é excretada nas fezes. Parte da
levotiroxina livre assim como os metabólitos formados por substituição de iodo e conjugados são
excretados na urina. Acredita-se que a levotiroxina não atravessa a barreira placentária, exceto nas
primeiras semanas da gestação, antes da produção fetal de T4. A levotiroxina é secretada no leite
materno, mas não em quantidades suficientes para corrigir o hipotireoidismo no lactente (BODE;
VAMJONACK; CRAWFORD, 1978).
1.4.3.1 Método de detecção
Segundo Moffat, Osselton e Widdop (2004) os métodos analíticos convencionais como a
cromatografia líquida de alta eficncia e espectrometria de massa são citados na literatura como
metodologias utilizadas na quantificação de hormônios tireoidianos, embora não sejam perfeitamente
indicadas para a mensuração de moléculas terapêuticas em amostras de plasma ou de soro
provenientes de estudos pré-clínicos ou clínicos. A segura quantificação dessas moléculas para dar
suporte a estudos farmacocinéticos exige o desenvolvimento e a validação de imunoensaio adequado
(HORNINGER et al., 2005).
O desenvolvimento de radioimunoensaios e mais recentemente, de imunoensaios ligados à
enzima e de quimiolumionescência para hormônios tireoidianos melhorou muito o diagnóstico
laboratorial dos distúrbios tireoidianos (SURKS et al., 1990 apud GOODMAN; GILMAN, 2003) .
O método analítico usual para medida de T4 no soro ou no plasma é o radioimunoensaio,
que tem um limite de sensibilidade de 12nmol.L
-1
(nanomol por litro). Entretanto, outros métodos são
35
descritos na literatura, como imunoensaio de eletroquimioluminescência. O radioimunoensaio é um
dos métodos mais sensíveis para a análise antígeno-anticorpo, permitindo medidas rápidas e precisas;
mesmo em preparações não-purificadas, apresenta limiar de detecção na ordem de nanogramas (10
-9
)
ou picogramas (10
-12
), entretanto como limitações destacam-se o custo do teste, a vida média dos
reagentes e o risco operacional. O princípio do teste consiste em: a quantidade de reagente marcado
(antígeno ou anticorpo) quantifica o antígeno ou anticorpo não-marcado (FERREIRA, 1996).
Nos últimos anos tem se percebido o desenvolvimento e refinamento de muitos novos
princípios de imunoensaio. A maior tendência tem sido substituir ensaios de fase líquida com isótopos
por ensaios rápidos de fase sólida baseados em anticorpos monoclonais. Este desenvolvimento
direciona a um ensaio preciso, seguro, não-isotópico, automatizado com limite de detecção de
picomolar (10
-12
) e attomolar (10
-18
). O imunoensaio de eletroquimioluminescência é uma técnica que
permite alta sensibilidade, boa reprodutibilidade, e poucas interferências dos componentes da matrix
biológica (soro ou plasma) (HORNINGER et al., 2005).
O poder da técnica de imunoensaio consiste no fato de se utilizar anticorpos que conferem
alta especifidade e sensibilidade ao teste, devido a sua alta afinidade com o analito (T3, T4 e/ou TSH),
bem como do poder de quantificar precisamente concentrações muito baixas dos analitos (KUMALA
et al., 2002).
1.4.4 Metabolismo
A levotiroxina é amplamente metabolizada na tireóide, fígado, rins e glândula pituitária
anterior. Sendo excretada na urina e fezes, tanto como droga livre quanto conjugada e também, como,
metabólitos formados por substituição de iodo. Cerca de 30 a 55% da dose é excretada na urina e 20 a
40% nas fezes. A mais importante via metabólica é a eliminação de iodo para a formação do
metabólito ativo, a liotironina (T3), e para o seu enantiômero T3 reverso (rT3), que é metabolicamente
inativo.
36
Figura 4
- Metabolismo da Levotiroxina
1.4.5 Modo de uso
Todos os usos clínicos requerem que a levotiroxina sódica seja dada em uma dosagem
suficiente para manter o paciente em um estado de eutireoidismo. A dose ideal de levotiroxina para
pacientes hipotireóideos se relaciona com o peso corporal (em torno de 1,8 μg/kg em pacientes
adultos) e com a idade, visto que a dose requerida para crianças e jovens é maior do que para idosos
(0,5 μg/kg por dia) (SAWIN et al., 1989 apud ROBERTS, 2004).
Em pacientes adultos, sem problemas cardíacos, o tratamento oral é iniciado com uma
dose de 50μg diárias, e aumentada em duas semanas para intervalos de 100μg a 150μg diariamente.
De acordo com o bem-estar e a função tireoidiana do paciente os testes são repetidos após 6 a 8
semanas. A dosagem diária pode exigir uma alteração para uma concentração menor, mantendo a
segurança clínica e o eutireoidismo bioquímico (EVERED; YOUNG; ORMSTON, 1973; PEARCH;
HIMSWORTH, 1984).
Em pacientes idosos, com insuficiência cardíaca, com angina e com insuficiência adrenal,
deve ser adotado um regime terapêutico mais cuidadoso, uma vez que esses pacientes podem
apresentar uma maior sensibilidade ao potencial tóxico da droga. Em caso de ocorrer uma exacerbação
de um quadro anginoso, a dose da levotiroxina sódica deve ser reduzida para a dosagem inicial e o
propranolol ou um agente similar (β-bloqueador) deve ser administrado (LARSEN; DAVIES; HAY,
1998).
37
Em pacientes que sofreram retirada da tireóide, devido a um câncer, e que usam
levotiroxina sódica é essencial que a dose seja suficiente para suprimir a produção de TSH ectópica,
que por sua vez poderia estimular o crescimento de tecidos tumorais residuais sensíveis a TSH
(LAMBERG; RANTANEN; SAARINEN, 1977).
1.4.6 Indicações e contra-indicações
A levotiroxina sódica é o tratamento de escolha na rotina clínica de pacientes
hipotireóideos. A terapia com hormônios tireoidianos tem sido indicada também para problemas não-
tireoidianos, incluindo obesidade, infertilidade, irregularidade menstrual, baixa estatutura e fadiga
crônica. Alguns psiquiatras reportam o benefício de adicionar estas medicações a terapia
antidepressiva (SINGER et al., 1995).
A liotironina (T3) pode ser usada no tratamento de câncer da tireóide associada a iodo
radioativo, entretanto deve ser utilizada por um período menor do que tratamentos com levotiroxina
(T4). Terapia crônica com liotironina em casos de hipotireoidismo não é recomendada, desde que seu
uso está associada com grandes índices de hipertireoidismo iatrogênico; alguns indivíduos ,
especialmente, os idosos, são bastante sensíveis aos efeitos deletérios do T3. Preparações de
hormônios tireoidianos sintéticas e biológicas contendo T3 e T4 não são atualmente recomendadas
para terapêutica, uma vez que, produzem flutuações e elevações nas concentrações de T3, entretanto
seu uso não é necessariamente contra-indicado (SINGER et al., 1995).
1.4.7 Reações adversas
Segundo Dollery (1999), nenhuma reação potencialmente fatal ocorre durante o tratamento
com doses normais no paciente com hipotireoidismo, por outro lado em indivíduos saudáveis poderá
ocorrer. Entretanto, em pacientes portadores de doença cardíaca tem sempre um risco de exacerbação
da angina ou disritmias ou infarto potencialmente fatal. A terapia de reposição inicial cuidadosa deve
ser recomendada particularmente nos idosos e/ou nos portadores de doença isquêmica cardíaca. As
manifestações de toxicidade como resultado dos excessos de levotiroxina são aqueles de tireotoxicose
e os graus variam dependendo da dose e da rapidez da ingestão.
O Hipertireoidismo iatrogênico devido a terapia de reposição com levotiroxina sódica não
é uma ocorrência rara, se o restabelecimento dos níveis normais hormonais é conseguido muito
rapidamente ou níveis excessivos são atingidos por uma dose muito alta, o paciente pode apresentar
osteoporose, taquicardia ou arritmia, diarréia, perda de peso, intolerância ao calor, insônia e agitação.
38
Todos esses sintomas desaparecem em 1 mês após a retirada da droga (HARVERY, 1973). Efeitos
adversos devido a reações idossincráticas aos comprimidos de levotiroxina são extremamente raros.
1.4.8 Interferência da levotiroxina nos testes clínico-patológicos
Muitos fatores podem alterar os níveis séricos de T
4
promovendo resultados mascarados.
O aumento da ligação a TBG durante a gravidez e com a terapia estrogênica irá aumentar os níveis de
T
4
totais, mas não o T
4
livre. A perda de proteína como resultado da síndrome nefrótica ou doença
hepática irá reduzir os níveis de T
4
mas não o T
4
livre. A ligação competitiva ao TBG por drogas como
a fenilbutazona e a fenitoína baixam os níveis de T4 normal, mas os níveis de TSH permanecem
normais (DOLLERY, 1999).
1.4.9 Interações medicamentosas
Levotiroxina, quando administrada a pacientes hipotireóideos que já estão em terapia com
anticoagulantes, potencializará o efeito do warfarin e de outro anticoagulante dicumarínico,
necessitando de uma marcante redução (50%) na dose de warfarin para prevenir um excessivo
prolongamento do tempo de protrombina e no tempo parcial de tromboplastina (COSTIGAN;
FREEDMAN; EHLICH, 1984). O mecanismo de ação é incerto, mas pode ser devido ao aumento do
catabolismo, redução dos fatores plaquetários ou redução dos lipídios séricos, dessa forma diminuindo
a quantidade de vitamina K disponível para o fígado.
A colestiramina pode diminuir absorção de levotiroxina (NORTHCUTT; STIEL; STANG,
1969).A fenilbutazona pode causar uma falsa diminuição no nível sérico de T4 total através da
competição com os sítios de ligação do TBG (mas T4 livre e TSH permanecem normais). A
carbamazepina e a fenitoína também podem interferir com proteína de ligação do T4 e causar uma
falsa diminuição nos níveis séricos de T4 total. Fenitoína também pode diminuir o nível de T4 livre
através do aumento do clearance (YEO et al.; BATES; HOWE et al., 1978). A amiodarona é
amplamente utilizada em arritmias cardíacas e comumente produz aumento no nível de T4, mas o
nível de liotironina geralmente está normal, já que a droga interfere na conversão do T4 em T3. T3
sérico e níveis de TSH ao invés de T4 devem ser usados para monitorar o estado do paciente tireóideo
(BURGER et al. apud DOLLERY, 1999; MELMED et al. apud DOLLERY, 1999).
O consumo de certos alimentos pode afetar a absorção da levotiroxina, deste modo implica
na necessidade do ajuste da dose. Farinha de semente de soja e de algodão, noz, dieta rica em fibras,
diminuem a absorção da levotiroxina sódica pelo trato gastrointestinal (FDA, 2000b).
39
2 JUSTIFICATIVA
A levotiroxina sódica é uma droga com estreita janela terapêutica, ou seja, é
imprescindível uma determinação de posologia adequada para se evitar o surgimento de manifestações
tóxicas ou de uma resposta terapêutica sub-ótima (FDA, 2000 ). Por causa dos riscos associados a um
over ou sub tratamento com levotiroxina sódica, é de fundamental importância que as drogas que
contenham esse princípio ativo tenham os parâmetros farmacocinéticos avaliados, possibilitando a
determinação da biodisponibilidade e indiretamente da eficácia terapêutica.
40
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
Determinar e comparar a biodisponibilidade de duas formulações de 150
μg de levotiroxina
sódica em indivíduos sadios.
3.2 Objetivos específicos
Identificar possíveis efeitos adversos das duas formulações de 150 μg de levotiroxina
sódica em voluntários sadios.
Avaliar indiretamente a eficácia terapêutica da levotiroxina sódica através da mensuração
das concentrações séricas de TSH antes e após a administração de duas doses de 600 μg das duas
formulações de 150 μg de levotiroxina sódica em indivíduos sadios.
Validar a metodologia analítica usada para determinação das concentrações séricas da
levotiroxina e da liotironina avaliando precisão, exatidão, especificidade, sensibilidade e
reprodutibilidade.
Determinar os parâmetros farmacocinéticos da levotiroxina e da liotironina no soro de
voluntários sadios a partir das curvas de concentração sérica versus tempo.
41
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Protocolo clínico
4.1.1 Delineamento do estudo
A pesquisa consistiu de um estudo aberto, randomizado, cruzado, com dois tratamentos,
dois períodos (duas seqüências), nos quais os voluntários recebem, em cada período distinto, a
formulação teste de levotiroxina sódica do Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. ou a formulação
referência de levotiroxina sódica do Laboratório Sanofi-Synthelabo Ltda. (Puran®T4), havendo, por
conseguinte, dois braços de tratamento.
4.1.2 Seleção do voluntário
Um profissional de sáude da equipe da Unidade de Farmacologia Clínica (UNIFAC)
orientou previamente os voluntários no que diz respeito a todas as informações pertinentes ao estudo
de biodisponibilidade do fármaco estudado, neste caso específico à levotiroxina sódica. Esses
receberam explanação sobre a natureza e os objetivos do estudo, sendo enfatizado que o trabalho teria
a finalidade de pesquisa e que o voluntário não poderia esperar qualquer efeito terapêutico, foi
informado dos possíveis riscos e efeitos adversos . O voluntário também tinha conhecimento da sua
liberdade para se retirar a qualquer momento do estudo sem que isto lhe cause qualquer prejuízo no
seu atendimento junto a Unidade de Farmacologia Clínica ou ao Hospital Universitário Walter
Cantídio da Universidade Federal do Ceará. Foi solicitado a cada voluntário que, caso concordasse
com o protocolo de estudo, assine o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a participação
do estudo.
Foram selecionados 24 voluntários (12 homens e doze mulheres) após terem sido
submetidos a uma avaliação clínica completa, conduzida por um profissional médico, que incluiu a
realização de exames laboratoriais para avaliar as funções renal, hepática e hematológica, bem como
avaliação da função cardíaca através de um eletrocardiograma (ECG) e uma entrevista, que avaliou as
condições emocionais dos mesmos.
4.1.2.1 Exames Laboratoriais
42
Os exames laboratoriais foram analisados no Laboratório de Análises Clínicas Louis
Pasteur, sendo realizados nos períodos pré-estudo (seleção dos voluntários) e no pós-estudo (avaliação
após o último internamento):
a) Análise Hematológica: Hemoglobina, Hematócrito, Contagem Total e Diferencial de Leucócitos,
Contagem de Plaquetas e VHS (Volume de Hemossedimentação).
b) Análise Bioquímica: Creatinina, Bilirrubina Total, Proteína Total, Albumina, Glicose em jejum,
Fosfatase Alcalina, ALT (Alanina amino transferase), AST (Aspartato amino transferase), Colesterol
Total, Triglicérides, Ácido Úrico, Gama-GT, T3, T4 e TSH.
c) Sumário de Urina
d) Exames realizados somente no período pré-estudo: Parasitológico de Fezes; Análise Sorológica
para Hepatite B, Hepatite C, HIV (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida-AIDS).
4.1.2.2 Critérios de Inclusão
Indivíduos de ambos os sexos, com idade variando de 18 a 50 anos, com uma distribuição
a mais homogênea possível, possuir um índice de massa corporal maior ou igual a 19 e menor ou
igual a 30. Apresentar uma boa condição física, apreciada pela ausência de antecedentes patológicos,
que por ventura tenham uma repercussão sobre o atual estado de saúde; ausência de anomalias clínicas
após exame físico completo e anomalias paraclínicas detectáveis, através dos exames laboratoriais e
eletrocardiograma (ECG). E, finalmente, ser capaz de compreender a natureza e objetivo do estudo,
inclusive os riscos e efeitos adversos e com intenção de cooperar com o pesquisador e agir de acordo
com os requerimentos de todo o ensaio, o que vem a ser confirmado mediante a assinatura do Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido.
4.1.2.3 Critérios de Exclusão
Foram excluídos do estudo, os voluntários que se enquadram nos seguintes critérios:
a) Problemas relacionados com a droga
a) Apresentar uma história de hipersensibilidade a Levotiroxina sódica ou a compostos
quimicamente relacionados (tiroxina), bem como, história de reações adversas sérias ou
hipersensibilidade a qualquer droga;
43
b) Apresentar qualquer condição patológica, exemplo: disfunção reanal e/ou hepática, que
possa interferir na farmacocinética (absorção, distribuição, excreção ou metabolismo) ou
farmacodinâmica da levotiroxina;
c) Usar de terapia de manutenção com qualquer fármaco.
b) Doenças ou problemas de saúde
a) História de doença hepática, renal, pulmonar, gastrintestinal, epiléptica, hematológica ou
psiquiátrica; hipo ou hipertensão de qualquer etiologia que necessite de tratamento
farmacológico; infarto do miocárdio, angina e/ou insuficiência cardíaca;
b) Achados eletrocardiográficos não recomendados, a critério do investigador, para participação no
estudo;
c) Exames laboratoriais complementares fora dos valores considerados de referência, de acordo com
as normas deste protocolo, a menos que sejam considerados clinicamente irrelevantes pelo
investigador;
d) Apresentar qualquer um dos testes de função da tireóide (T3, T4 e THS) com valores fora da
faixa de referência;
e) Voluntária do sexo feminino com β-HCG positivo.
c) Hábitos e dependências
a) Fumar mais de 10 cigarros por dia;
b) Ingerir mais de 5 xícaras de café ou chá por dia;
c) História de abuso de álcool ou drogas;
d) Condições encontradas nos dias/meses que antecedem o estudo
a) Fez uso de medicação regular dentro das duas semanas que antecedem o início deste estudo
e/ou fez uso de qualquer medicação dentro de uma semana antes do início do tratamento deste
estudo.
b) Foi internado por qualquer motivo durante as oito semanas que antecedem o início do
primeiro período de tratamento deste estudo;
44
c) Fez tratamento dentro dos três meses prévios ao estudo com qualquer droga conhecida de ter
um potencial tóxico bem definido nos grandes órgãos;
d) Participou de qualquer estudo experimental ou ingeriu qualquer droga experimental dentro
dos três meses que antecedem o início deste estudo;
e) Doou ou perdeu 450 mL ou mais de sangue dentro dos três meses que antecedem o início deste
estudo ou que doou mais de 1500mL dentro dos 12 meses anteriores ao início do tratamento deste
estudo;
f) Ter qualquer condição que o impede de participar do estudo pelo julgamento do investigador.
4.1.2.4 Critérios para eliminação do voluntário do estudo
As seguintes condições foram consideradas como critérios de retirada do estudo: o
voluntário não desejava continuar no estudo, por razões outras que a ocorrência de eventos adversos
do fármaco teste, por exemplo, indisponibilidade ou intolerância aos procedimentos do estudo; reações
adversas do fármaco; testes laboratoriais anormais, julgados de relevância clínica; doença intercorrente
requerendo medicação.
4.1.3 Aspectos éticos
O projeto de pesquisa, o protocolo experimental e o termo de consentimento foram
submetidos ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal do Ceará,
credenciado pelo CONEP, Conselho Nacional de Ética em Pesquisa do Conselho Nacional de
Saúde/Ministério da Saúde – CNS/MS (ANEXO C).
O estudo foi conduzido de acordo com a Declaração de Helsinque (1964) e as revisões de
Tóquio (1975), Veneza (1983), África do Sul (1996) e Edimburgo (2000), assim como as
regulamentações locais (Resoluções 196/96 e 251/97 do CNS-MS, bem como Resolução 135/03 da
Anvisa).
O “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido” é uma tradução brasileira originária do
termo francês “consentement livre et éclairé”. Esta forma é utilizada nas resoluções da Comissão
Nacional de Saúde (CNS – MS), órgão que regula a ética na pesquisa em seres humanos no Brasil.
45
Segundo a Declaração do Congresso Nacional de Bioética (SIBI), realizado em junho de
2000, o art. 11º, dedicado aos temas da pesquisa e experimentação, relata que “os sujeitos das
experimentações deverão dar seu consentimento livre e esclarecido e plenamente informado”.
O termo de consentimento livre e esclarecido é uma condição indispensável na pesquisa de
seres humanos. Trata-se de uma decisão voluntária, verbal ou escrita, realizada por uma pessoa
autônoma e capaz, selecionada após um processo informativo, para a experimentação consciente dos
seus riscos, benefícios e possíveis conseqüências (ANEXO D). A prática do termo do consentimento
livre e esclarecido contribui no exercício da ética dignificando e engrandecendo tanto o voluntário
quanto o investigador da pesquisa.
Os resultados da avaliação médica, o eletrocardiograma e os exames laboratoriais foram
registrados em folha individual de cada voluntário. Todas as informações obtidas durante o estudo,
referentes ao estado de saúde dos voluntários, ficam disponíveis aos médicos do Hospital Universitário
Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará. Uma cópia dos exames laboratoriais realizados no
período pré e pós-estudo foram fornecidas aos voluntários, quando solicitada. Todos os documentos
gerados, de natureza clínica e laboratorial, tiveram caráter confidencial.
4.1.4 Produto
A formulação referência de levotiroxina sódica de 150g, com lote 4074671, foi fornecida
pelo Laboratório Sanofi-Synthelabo, enquanto que a formulação teste de levotiroxina sódica de 150g, com
lote 0400001648, foi cedida pelo Aché Laboratórios Farmacêuticos.
4.1.5 Administração
Os voluntários receberam, conforme a randomização (ANEXO A), quatro comprimidos de
Levotiroxina 150g em dose única, por via oral, entre 7:00 e 8:00 da manhã do dia após o confinamento
(o tempo foi registrado no CRF – Case Report Formulary – ANEXO B), acompanhado de 240 mL de água
mineral sem gás, após pelo menos 10 horas de jejum, conforme preconizado pelo FDA, Food and Drug
Administration (FDA, 2000a).
As amostras sangüíneas para a determinação dos níveis plasmáticos de levotiroxina sódica
foram obtidas imediatamente antes da administração de uma das preparações de 150g de
LEVOTIROXINA (tempo zero) e nos seguintes intervalos, a partir da administração: 0:30; 1; 1;30h; 2;
2:30; 3; 4; 6, 8; 10; 12; 18; 24 e 48 horas. O intervalo entre os internamentos obedeceram a um intervalo
mínimo de 5 a 7 meias-vidas, período conhecido como wash out. Diante da meia-vida prolongada da
46
levotiroxina (T1/2 = 7 dias) e tomando por base o protocolo adotado pelo FDA (ANEXO E), planejou-se
um intervalo mínimo de 35 dias entre os períodos. Em cada internamento, os voluntários receberam a
formulação Levotiroxina Sódica (teste) ou Puran® T4.
Os voluntários foram randomicamente designados a uma das seguintes seqüências de
tratamento:
Tabela 1 – Definição das seqüências de tratamento.
Tratamento no Período I Tratamento no Período II
1 Levotiroxina Sódica Puran
®
T4
2 Puran
®
T4 Levotiroxina Sódica
4.1.6 Internamento
Os 24 voluntários apresentaram-se para internamento na Unidade de Farmacologia Clínica
(UNIFAC) – Departamento de Fisiologia e Farmacologia – Faculdade de Medicina – Universidade
Federal do Ceará (UFC), às 20:00 horas na noite anterior de cada período do estudo, tendo realizado
uma refeição normal noturna (jantar). O início do ensaio clínico teve início às 07:00 horas da manhã
do dia seguinte, com a administração da levotiroxina sódica. Os voluntários permaneceram na
UNIFAC 24 horas após a administração da medicação, sendo privados de alimento durante toda à
noite que antecedeu a administração e nas primeiras duas horas após a administração. Nas demais
horas não foram permitidos outros alimentos, exceto os padronizados pela dieta.
Não foi permitido fumar durante o período de internamento. Medicações concomitantes
foram evitadas quando possível mas, em caso de necessidade, quando utilizada, foi registrada em
formulário próprio. O consumo de álcool foi limitado durante o período de estudo e evitado
completamente durante as 48 horas que antecedem cada coleta de sangue.
A fim de manter a padronização dos grupos de tratamento, a dieta (alimentos e líquidos)
oferecida, obedeceu ao mesmo padrão para todos os voluntários. Todos os alimentos e bebidas
servidos foram ingeridos por completo.
O horário do início e fim de cada refeição (desejejum, almoço, lanche, jantar, ceia ) foi
anotado, bem como o de início das ingestões programadas de líquidos.
47
A ingestão de líquidos ad libitum foi permitida até 2 horas antes da administração da
droga, sendo fornecido suco de laranja 2 horas após a administração. Os voluntários tiveram livre
acesso a água após as refeições, entretanto bebidas xânticas (chá, café, cola, guaraná) foram proibidas.
Os voluntários tiveram assistência e cuidados especializados durante todo o período do
estudo. Para cada voluntário, foi preenchida uma ficha clínica contendo os critérios de admissão,
história médica pré-estudo, exame físico geral pré e pós estudo, resultado ECG pré e pós estudo, fichas
de administração, coleta de sangue e aferição de sinais vitais do 1º e 2º internamentos, registro de
eventos adversos, medicação para tratamento de eventos adversos, término prematuro do estudo,
determinações laboratoriais e comentários adicionais. Para exemplificar, encontra-se em anexo a ficha
clínica do vol. 01 CA 120583 (ANEXO B).
a) Coletas de sangue para a determinação da levotiroxina sódica
As amostras de sangue para determinação da concentração sérica de T3 eT4 foram
obtidas, através de um catéter venoso heparinizado introduzido em veia superficial do antebraço do
voluntário. As coletas foram obtidas imediatamente antes da administração (T
0
) de uma das
preparações de LEVOTIROXINA Teste ou Referência 150 μg (600 μg) e nos seguintes intervalos, a
partir da administração: 0:30; 1; 1;30h; 2; 2:30; 3; 4; 6, 8; 10; 12; 18; 24 e 48 horas após a
administração. O tempo real da coleta de sangue foi registrado usando um relógio digital. A cada
intervalo de tempo, foram coletados 4,5 mL de sangue e colocados em tubos vacutainer de vidro sem a
presença de nenhum anticoagulante, visto que as análises foram realizadas em soro. Após
centrifugadas a 1000g, na temperatura ambiente, durante 15 minutos, o soro foi armazenado e mantido
à temperatura de -20°C, até sua análise.
Finalizando os estudo, seis dias após a última coleta de sangue referente ao segundo
internamento, os voluntários foram reavaliados clínica e laboratorialmente (período de pós-estudo).
b) Avaliação de efeitos adversos
Os voluntários foram orientados a relatar a ocorrência de todo e qualquer efeito adverso,
imediatamente, para que se realizasse o devido acompanhamento. A partir dessas informações, foi
avaliado a necessidade de se fazer uso ou não de medicação adicional A pergunta efetuada para saber
se os voluntários tiveram algum evento adverso limitou-se a: Como vai você?
48
Definições de efeitos adversos quanto a intensidade: Leve (efeito facilmente tolerado);
Moderado (efeito desagradável o bastante para interferir nas atividades cotidianas); Severo (efeito que
impossibilita a realização das atividades cotidianas normais).
Para avaliação da suposta relação entre o efeito adverso e o medicamento em estudo, os
eventos adversos podem ser caracterizados como:
Não atribuído: Quando não há presença de relatos na literatura sobre o evento adverso
ocorrido, não há provas objetivas ou subjetivas evidentes, a seqüência temporal do evento com a
administração do medicamento não é plausível.
Possível: Neste caso, além de não haver presença do evento observado no caso de re-
administração do medicamento, não há melhora clínica na administração de um antagonista ou após
wash-out do fármaco em estudo. Esse fato sugere a presença de causas alternativas para o evento
adverso avaliado, pois apesar da existência de dados científicos e evidências, o evento pode estar
sendo originado por um outro fator não relacionado ao medicamento.
Provável: Não se pode comprovar sua atribuição devido ao voluntário não ter apresentado
o mesmo evento no caso de re-administração, tanto durante os internamentos quanto durante outras
exposições anteriores.
Atribuído: O evento já é conhecido na literatura e há provas para respaldar objetivamente e
subjetivamente o ocorrido. A seqüência temporal após a administração do medicamento também deve
ser considerada de maneira clinicamente sensata.
49
4.2 PROTOCOLO ANALÍTICO
4.2.1 Princípio do método
As concentrações de levotiroxina (T4) e liotironina (T3) foram determinadas utilizando o
método de imunoensaio de eletroquimioluminescência (ECLIA), que permite a detecção e
quantificação de antígenos e anticorpos utilizando conjugados fluorescentes cuja emissão de luz, de
um determinado comprimento de onda, é medida com precisão em um fluorômetro (FERREIRA;
ÁVILA, 1996).
O imunoensaio de eletroquimioluminescência emprega como um anticorpo de captura um
monoclonal amino-terminal específico biotinilado, e o anticorpo de revelação é outro monoclonal
marcado com rutênio. O processo de separação emprega partículas magnéticas recobertas com
estreptavidina. O tempo de incubação é de 18 minutos e a sensibilidade analítica é de 1,2 ng/L
(VIEIRA et al., 2004).
4.2.2 Material
a) Equipamento
O imunoensaio de eletroquimioluminescência foi concebido para ser utilizado nos
analizadores de imunoensaios Elecsys 1010/2010 e Modular Analytics E170 (Módulo Elecsys) da
Roche.O MODULAR ANALYTICS SWA é produzido pela empresa japonesa Hitachi High-
Technologies Corporation , e tem como representante autorizado a Roche Diagnostics GMBH da
Alemanha.
O MODULAR ANALYTICS SWA E170 (Módulo Elecsys) da Roche/Hitachi é um
sistema completamente automatizado, controlado por software e destinado a análises de bioquímica,
eletrólitos e imunoensaios. Foi concebido para determinações quantitativas e qualitativas in vitro
usando uma ampla variedade de testes para a análise.
O sistema modular utilizado neste estudo é constituído por seis unidades de hardware: uma
unidade de controle, uma unidade central (core), um módulo ISE, umdulo P e um módulo E.
O módulo ISE (Eletrodo Seletivo de Íon) confere ao sistema um método eletrônico para
analisar as amostras de sódio, potássio e cloro.
50
O módulo P proporciona ao sistema um método fotométrico flexível, capaz de analisar até
800 testes in vitro por hora numa ampla variedade de substâncias analisadas, exemplos: ácido úrico,
colesterol, triglicerídeos, glicose, transaminases hepáticas (ALT, AST, gama-GT), imunoglobulinas
(IgA, IgG, IgM), proteínas, etc.
O módulo E, especificamente utilizado neste estudo, é um sistema de imunoensaio multi-
teste com acesso aleatório e com uma capacidade de até 170 testes por hora, com um tempo de reação
variando em um intervalo de 18-27 minutos. Com capacidade de diluição automática das amostras,
utiliza reagentes com códigos de barras e notificação de calibração automática.
b) Biológico
Para a determinação dos parâmetros analíticos de validação (especificidade, seletividade,
exatidão e precisão) foram utilizados soro humano normal, hemolisado e lipêmico provenientes da
Unidade de Farmacologia Clínica.
Para determinação das concentrações séricas de levotiroxina e liotironina foram utilizadas
amostras de soro dos voluntários obtidas a partir do protocolo clínico de coletas.
c) Soluções empregadas pelo equipamento
As soluções empregadas pelo Módulo E 170 do sistema MODULAR ANALYTICS SWA
são: ProCell M é uma solução de Tripropilamina na concentração de 180mmol/L que exerce função
importante na mensuração do analito; As soluções de limpeza, Clenn Cell M , cuja composição é de
KOH 176 mmol/L e detergente <1%; e a solução PreClean M formada por tampão fosfato 10mmol/L,
NaCl 20mmol/L, detergente 0,1% e conservante.
d) Padrões e Reagentes
Foram utilizados padrões de referência autênticos da Levotiroxina (T4) e da Liotironina
(T3), cujos os lotes são, respectivamente, K e L1C262, ambos distribuídos e fornecidos pela United
States Pharmacopéia (USP). As cópias dos Certificados de Análise dos analitos estão no Anexo F.
Para diluição dos padrões de referência foram utilizadas soluções de hidróxido de sódio (produzido
pelo laboratório Reagen).
51
4.2.3 Preparo das soluções
a) Soluções Padrões
Foram preparadas soluções padrões de levotiroxina (T4) nas concentações de 10 e 1000
μg/mL em hidróxido de sódio 0,5M; e as de liotironia (T3) nas concentrações de 1, 100 e 1000 μg/mL
em hidróxido de sódio 0,5M, para que a parir destas fossem preparadas as soluções de trabalho.
As soluções padrões de levotiroxina (T4) e de liotironia (T3) foram preparadas
diariamente, e utilizadas logo após o preparo, tendo em vista que o Módulo E 170 do sistema
MODULAR ANALYTICS SWA quantifica analitos apenas no soro e deste modo não foi realizado
estudo de estabilidade das soluções padrões. Cada grupo de padrões (T3 e T4), utilizados nos lotes de
validação, foram pesados preparados independentemente.
b) Soluções de trabalho
As soluções de trabalho foram preparadas a partir das soluções padrões de levotiroxina e
liotironina, sendo obtidas soluções nas concentrações finais de 1 e 10 μg/mL para a levotiroxina e 0,1;
1 e 100 μg/mL para a liotironina.
c) Amostras de Controle de Qualidade(CQ)
As amostras de Controle de Qualidade (CQ) têm o propósito de monitorar a precisão e
exatidão dos valores quantificados dos analitos (T3 e T4) durante o ensaio clínico. Essas foram
preparadas contaminando soro humano com soluções de trabalho específicas para levotiroxina ou
liotironina. Foi realizado a dosagem de amostras brancas para avaliação do nível de endógeno dos
analitos (T4 e T3).
Os valores adotados para as amostras de Controle de Qualidade (CQ) são definidos com
base na faixa de concentração dos analitos específicos. O controle de qualidade baixo (CQB) consistiu
num valor menor ou igual a três vezes o Limite de Quantificação, sendo utilizada a concentração de
10ng/mL para a levotiroxina e 0,5ng/mL para a liotironina.
Na determinação da concentração do controle de qualidade alto (CQA), adotamos um
valor de 80,45% do maior ponto da curva de calibração da levotiroxina, que equivale a 200ng/mL.
Com relação a liotironina, a concentração do controle de qualidade alto correspondeu a 76,80% do
maior ponto da curva de calibração, equivalendo a 5ng/mL
52
O controle de qualidade médio (CQM) corresponde a uma média entre o CQB e o CQA,
desta forma os valores de CQM foram 100ng/mL para a levotiroxina e 2,8 ng/mL para a liotironina.
4.2.4 Segurança
O manuseio dos reagentes e material biológico e durante a realização dos experimentos
laboratoriais, os analistas utilizaram equipamentos de proteção individual. As normas de segurança
laboratorial foram seguidas, bem como os procedimentos adequados para a eliminação de resíduos.
4.2.5 Validação do método bioanalítico
a) Especificidade/Seletividade
Cada tipo de amostra de soro (normal,hemolisado e lipêmico) foi testado para avaliar a
presença de interferentes nas condições de detecção do método. A impossibilidade técnica do
equipamento utilizado para efetuar a dosagem de soluções preparadas em fluidos não biológicos, não
permitiu a comparação dos resultados obtidos com soluções aquosas dos analitos. Desta forma foi
realizada uma comparação entre 5 replicatas do Controle de Qualidade Médio (CQM), preparadas no
soro normal, soro hemolisado e soro lipêmico, avaliando as concentrações dos dois analitos em estudo
(T3 e T4).
A escolha do CQM para verificação da especificidade/seletividade do método analítico é
justificada pela presença dos analitos na matriz biológica não contaminada (endógenos), desta forma a
utilização de uma concentração próxima do limite de quantificação não pode ser utilizada; uma vez
que a própria matriz biológica já apresenta valores acima do Limite de Quantificação (LQ) do método.
b) Curva de calibração
Para definição da relação entre a concentração e a resposta gerada pelo equipamento, os
resultados foram determinados com base numa curva de calibração gerada pelo analisador (Módulo E
170 do sistema MODULAR ANALYTICS SWA) a cada kit reagente através de dois pontos de
calibração, não sendo necessária à construção de uma curva com soluções contendo padrões de
Levotiroxina (T4) e Liotironina (T3). A cada lote de amostra foi realizada a calibração prévia dos dois
pontos. Teve-se também o cuidado de sempre utilizar o mesmo lote de kit-reagente durante toda a
validação
53
O intervalo de medição gerado pela calibração prévia dos dois pontos foi de 4,20 – 248,6
ng/mL para a Levotiroxina (T4) e de 0,19 – 6,51 ng/mL para Liotironina (T3). Estes valores foram
definidos pelo limite de quantificação do método e pelo ponto máximo da curva principal de cada
analito.
c) Determinação do limite de quantificação
O limite de detecção é definido com base na sensibilidade, precisão e exatidão do método.
Neste caso específico, onde a curva de calibração é gerada pelo kit-reagente utilizado no método, o
limite de detecção pré-estabelecido no método utilizado é de 4,20 ng/mL para Levotiroxina (T4) e
0,195 ng/mL para Liotironina (T3).
d) Precisão e Exatidão
Para determinar a precisão e exatidão do método analítico foram avaliadas oito amostras
dos controles de qualidade baixo, médio e alto da levotiroxina e liotironina.
A Precisão e Exatidão foram avaliadas em variações intradia (intralote), na qual são
avaliados esses parâmetros durante uma corrida analítica simples; e em variações interdias (interlotes),
na qual são mesuradas as variações entre dias (lotes), possivelmente envolvendo diferentes analistas,
lotes de reagentes, condições ambientais, etc.
Os testes para avaliação da precisão e exatidão intra e interlote foram conduzidos usando
lotes contendo as seguintes amostras:
- Oito amostras Brancas (soro normal não contaminado com analitos), para avaliação do nível de
endógeno;
- Oito amostras de Controle de Qualidade (CQ) de cada tipo definido anteriormente;
- Foram preparadas amostras de Controle de Qualidade de levotiroxina e liotironina a partir de
soluções padrões de T4 e T3, respectivamente.
e) Validação do processo de reteste
54
A precisão da reprodutibilidade dos resultados foi avaliada submetendo as amostras de
controles de qualidade a uma nova quantificação imediatamente após o fim do lote de validação,
obedecendo as mesmas condições de detecção.
A precisão do processo de reteste foi determinada considerando a percentagem de variação
(V%) entre as amostras inicialmente quantificadas e as retestadas; sendo aceito os valores de variação
(V%) que não excedessem 15%.
f) Estudo de estabilidade da levotiroxina no soro
Para avaliar a estabilidade, uma série de amostras foi preparada a partir da mesma solução
padrão utilizada para preparação das amostras de controles de qualidade.
As amostras em soro humano de cada concentração foram preparadas em volume
suficiente para fornecer várias alíquotas. Cinco alíquotas de cada concentração são preparadas antes de
cada teste e quantificadas em cada lote de amostra referente a cada teste, fornecendo valores de
referência (recém preparados). Outras cinco amostras de cada concentração são processadas para cada
teste desejado (pós-processamento, congelamento e descongelamento, estabilidade de curta duração e
estabilidade de longa duração).
a) Estabilidade de curta duração
Para avaliar a estabilidade de curta duração, foram preparadas cinco alíquotas
de controle de qualidade na concentração baixa (CQB) e cinco alíquotas de controle de
qualidade na concentração alta (CQA). Estas alíquotas foram congeladas, descongeladas e
mantidas à temperatura ambiente por 24 horas. A estabilidade dos analitos é comparada
com amostras de referência, que equivalem às amostras que foram preparadas
recentemente.
b) Estabilidade do fármaco em ciclos de congelamento e descongelamento
Para avaliar a estabilidade do fármaco em ciclos de congelamento e
descongelamento foram definidos para estocagem amostras de controle de qualidade baixo
e alto nas concentrações de 10 e 200ng/mL para a Levotiroxina e 0,5 e 5 ng/mL para a
Liotironia.
55
As alíquotas foram submetidas a três ciclos de congelamento e
descongelamento perfazendo ao final um total de 72 horas. Cada ciclo consistiu em
congelar as alíquotas à temperatura de -20 ºC por 24 horas, e em seguida, descongelá-las à
temperatura ambiente. As amostras foram quantificadas após o terceiro ciclo de
congelamento, junto com amostras de referência, que correspondiam às amostras recém-
preparadas.
c) Estabilidade de longa duração
Alíquotas de cada tipo de amostra foram inicialmente congeladas a -20 ºC e
posteriormente descongeladas e quantificadas após dezoito dias, uma vez que o intervalo
entre a administração da medicação e a determinação analítica foi de dezessete dias, tanto
para o primeiro internamento quanto para o segundo. A estabilidade dos analitos foi
comparada com as amostras de referência que correspondiam às soluções recém
preparadas.
d) Estabilidade das soluções padrões e de trabalho
Como o equipamento utilizado para quantificação da Levotiroxina (T4) e
Liotironina (T3), não consegue detectar esses analitos em matrizes não biológicas, esse
teste não pode ser realizado. Desta forma toda vez que foi necessário fazer uma nova
solução dos analitos em soro humano, novas soluções padrões e novas soluções de
trabalham eram preparadas.
e) Estabilidade de pós-processamento
Este teste específico não pôde ser aplicado, pois o equipamento utilizado para
quantificação da Levotiroxina (T4) e Liotironina (T3), não permite que a amostra fique no
auto-injetor o tempo mais que suficiente para sua quantificação.
4.2.6 Determinação das concentrações de levotiroxina e liotironina no soro
Os resultados são determinados com base numa curva de calibração gerada a partir das
soluções controle do kit-reagente. Os valores para a Levotiroxina (T4) são expressos nos dados brutos
em µg/dL, sendo transformados para ng/mL multiplicando por 10. Os dados brutos para Liotironina
(T3) já são expressos em ng/mL.
56
4.2.7 Cálculo dos parâmetros farmacocinéticos
A partir da quantificação da levotiroxina no soro dos voluntários; os parâmetros
farmacocinéticos analisados para a determinação da biodisponibilidade das formulações de
levotiroxina sódica teste e referência, foram:
ASC(
0-
) – Área sob a curva de concentração do fármaco versus tempo do tempo 0 (zero) extrapolada
ao infinito, calculada pelo método linear-log trapezoidal. ASC
[0-]
= ASC
[0-48]
+ Ct/K, onde Ct é a
última concentração quantificável;
ASC(
0-48h
) – Área sob a curva de concentração do fármaco versus tempo do tempo 0 (zero) ao tempo
de 48 h, calculada pelo método linear-log trapezoidal.
C
max
Pico de concentração plasmática máxima do fármaco, obtida diretamente dos dados de
concentração.
T
max
Tempo para atingir o C
max
.
t
1/2
– Representa o tempo em que a concentração do fármaco no plasma é reduzida à metade.
As concentrações séricas de levotiroxina e liotironina determinadas pelo método de
imunofluorescência, foram analisadas usando o programa WinNonlinTM, versão 3.1; para
determinação dos parâmetros farmacocinéticos descritos acima.
57
4.3 Protocolo estatístico
No protocolo clínico a análise estatística dos exames laboratoriais e medidas
antropométricas (relação peso/altura) foi realizada comparando os valores encontrados no pré-estudo
com os valores do pós-estudo, através do teste t de Student pareado com p<0,05; utilizando os
programas: Microsoft Excel Version 7.0 e Graph Pad Prism Version 3.02.
A média da razão teste/referência dos parâmetros acima mencionados foi calculada, e
avaliada a bioequivalência considerando um intervalo de confiança de 90%. A análise de variância
(ANOVA) foi utilizada para avaliar fatores de seqüência, período e tratamento, considerando a
determinação da menor diferença significante (p<0,05).
A bioequivalência entre as duas formulações foi avaliada a partir dos resultados obtidos a
partir de análise estatística realizada através dos seguintes programas: WinNonlin
TM
, versão 3.1;
EquivTest versão 2.0; GraphPad Prism, versão 2.0; Microsoft Excel, versão 97; Microsoft Word
versão 97.
58
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Etapa clínica
Foram selecionados 24 voluntários para participação neste ensaio clínico, cuja idade
variou entre 19 e 49 anos (25,92± 8,41) e o índice de massa corporea médio de 24,41 ± 2,39 kg/m
2
. O
número de voluntários sadios deve assegurar poder estatístico suficiente para garantir a confiabilidade
dos resultados do estudo (BRASIL, 2003c). O termo voluntário normal ou sadio deve ser interpretado
como indivíduo adulto, sem anormalidades clínico-laboratoriais capazes de prejudicar a interpretação
do experimento ou aumentar a sensibilidade do indivíduo ao potencial tóxico do fármaco em estudo
(LLOYD; RAVEN, 1994).
Vinte e três voluntários (doze homens e onze mulheres) concluíram todas as etapas do
estudo, havendo uma desistência por razões pessoais, após a primeira fase do estudo.
Os estudos de biodisponibilidade têm uma relevante importânica social, pois é através
deles que poderá ser disponibilizado, principalmente a população de baixa renda, medicamentos de
qualidade, eficácia e segurança , a um preço justo e acessível (MORAES; MORAES, 2000).
A utilização de um delineamento de estudo cruzado permite que nos ensaios de
biodisponibilidade cada indivíduo seja seu próprio controle, o que proporciona uma comparação do
indivíduo com ele mesmo, para as diferentes formulações; a variabilidade inter-individual é então
desconsiderada na comparação entre as formulações, o que torna o teste de diferença de tratamentos
em geral mais poderoso e com uma aleatorização apropriada de indivíduos para a seqüência de
administração das formulações, o planejamento produz as melhores estimativas não viciadas para a
diferença (ou razão) entre as formulações (BRASIL, 2003c).
A partir do acompanhamento dos voluntários no decorrer do estudo através de aferições de
sinais vitais (pulso, pressão sanguínea sistólica e diastólica) que foram realizadas concomitante as
coletas de sangue, não foi evidenciada qualquer anormalidade clínica relacionada a esses parâmetros,
quando comparadas aos resultados obtidos durante o período de pré-estudo. No presente estudo, não se
observou variação estatisticamente significante no que diz respeito ao índice de massa corporea médio,
antes e após a etapa clínica (Figura 5).
59
Figura 5-Análise comparativa do IMC durante os períodos de Pré-estudo e Pós-estudo em 23 voluntários sadios
após administração de duas doses de 600μg de levotiroxina sódica. A linha inteira representa os valores de
referência para os homens e a pontilhada, para mulheres.
Através das Figuras 6 e 7 pode-se observar uma redução significativa da concentração de
hemoglobina (Figura 6), bem como da concentração de hemtócrito (Figura 7) dos 23 voluntários
analisados, no período de pós-estudo.
Essa redução em ambos os sexos poderia não poderia estar associada as perdas sangüíneas
inerentes ao ensaio clínico, pois o volume sangüineo total coletado durante todo o estudo foi de
aproximadamente 150 mL. Entretanto, de acordo com Dollery (1999), a levotiroxina pode apresentar
como efeitos adversos uma irregularidade no ciclo menstrual, podendo variar de amenorréia total a
polimenorréia, neste útimo caso podendo ser uma justificativa a diminuição desses parâmetros
hematológicos nas mulheres. Com relação ao sexo masculino não há relatos na literatura que
justifiquem a influencia da levotiroxina nos parâmetros hematológicos em questão (hematócrito e
hemoglobina.
Mulher
Homem
PR
É
PR
É
P
Ó
SP
Ó
S
0
10
20
30
IMC (Kg/m
2
)
60
Figura 6-Análise comparativa da hemoglobina durante os períodos de Pré-estudo e Pós-estudo em 23
voluntários sadios após administração de duas doses de 600μg de levotiroxina sódica. A linha inteira representa
os valores de referência para os homens e a pontilhada, para mulheres. * p<0,05.
Figura 7-Análise comparativa do hematócrito durante os períodos de Pré-estudo e Pós-estudo em 23 voluntários
sadios após administração de duas doses de 600μg
de levotiroxina sódica. A linha inteira representa os
valores de referência para os homens e a pontilhada, para mulheres. * p<0,05.
Os voluntários qualificados para participar do estudo foram internados por dois
períodos de aproximadamente 36 horas, com trinta e cinco dias de intervalo entre os internamentos,
para garantir que não haja um efeito residual do primeiro fármaco administrado, que inflaria
artificialmente os resultados do segundo período (HOWARD; NICHOLAS; LLOYD., 2000). Para
PRÉ PRÉ S S
0
10
20
30
40
50
60
*
*
Hematócrito (%)
Mulher
Homem
Mulher
Homem
PRÉ PRÉ S S
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
*
*
Hemoglobina (g/dL)
61
estudos farmacocinéticos de acordo com o FDA (2000a), deve-se utilizar uma dose de no mínimo
600μg de levotiroxina, para que as concentrações basais do hormônio T4 alcancem níveis seguramente
mensuráveis, sem entretanto representar condições de riscos iatrogênicos para os voluntários.
Os eventos adversos, juntamente com sua intensidade e a ação adotada, estão descritos na
Tabela 2. Quanto à severidade os eventos adversos podem ser classificados como: Leve, Moderado,
Severo. A classificação com relação à causalidade (atribuição ou não à droga) pode ser: Sim, Possível,
Não e Desconhecido.
Tabela 2 – Análise dos eventos adversos relatados pelos 24 voluntários durante o ensaio clínico de
biodisponibilidade.
Vol. Descrição
Severidade
Atribuída a droga?
Fezes Amolecidas Leve Possível
Cefaléia Leve Possível
01
Cefaléia holocraniana Moderada Não
Tontura Moderada Não
Náusea Moderada Não
Vômito Moderada Não
02
Dor pélvica Moderada Não
03
Febre Leve Possível
Cefaléia Leve Não
05
Obstrução nasal Leve Não
09
Náusea Leve Não
Náusea Moderada Desconhecida
Cefaléia Moderada Desconhecida
10
Vômito (1 episódio) Moderada Desconhecida
15
Cefaléia Moderada Possível
18
Dor em dorso Leve Não
Epigastralgia Leve Desconhecida
Náuseas Leve Desconhecida
21
Odontalgia Moderada Não
Aumento do fluxo menstrual Leve Possível
Adinamia Moderada Não
Cefaléia Moderada Não
22
Dor na garganta Moderada Não
23
Sangramento transvaginal Leve Possível
62
As duas formulações de levotiroxina sódica foram bem toleradas pelos voluntários, no
entanto ocorreram alguns relatos de eventos adversos: onze voluntários (45,83%) relataram eventos
adversos de intensidade leve a moderada. Os eventos adversos, observados durante os dois períodos de
internação, não foram atribuídos precisamente ao medicamento, devido aos seguintes critérios: não há
informações científicas prévias sobre o evento; não há provas com evidências objetivas (exames
laboratoriais, pressão arterial, e outros parâmetros) ou subjetivas (clínicas); presença de causas
alternativas que podem ter causado o evento observado; ausência de reação semelhante com o uso do
mesmo medicamento no primeiro internamento ou com o uso de medicamentos do mesmo grupo
farmacológico e ausência de reincidência quando da nova administração do medicamento (GUZZO,
2004). Nenhum desses sintomas foram recorrentes no mesmo voluntário.
Os efeitos adversos ( náuseas, vômitos, cefaléia) presentes neste estudo de administração
única, foram observados em estudos prévios de administração crônica de levotiroxina a pacientes com
hipotireoidismo. De acordo com Brenta et al., (2003), 82% dos pacientes hipotireóideos que faziam
uso crônico de levotiroxina sódica apresentaram os seguintes eventos adversos, distúbios
gastrointestinais (6,25%), taquicardia (31,25%), insônia (12,5%), alopécia (6,25%), irritabilidade
(6,25%), cefaléia (12,5%), hipertensão (12,5%), astenia (6,25%), fogachos (6,25%). Segundo Faber e
Galloe (1998) a administração crônica de doses de levotiroxina está associada a taquicardia, insônia,
nervosismo, hipertensão e osteoporose. Com relação aos distúrbios menstruais (aumento do fluxo
menstrual e sangramento transvaginal) referidos pelas voluntárias de números 22 e 23, podem estar
associados ao uso de levotiroxina sódica, que segundo, FDA (2000b), a levotiroxina pode apresentar
como efeitos adversos uma irregularidade no ciclo menstrual, podendo variar de amenorréia total a
polimenorréia.
Os exames clínicos e laboratoriais pós-estudo não foram estatística e clinicamente
significantes, quando comparados aos exames realizados no período pré-estudo. As Tabelas 3, 4, e 5
apresentam as médias das determinações laboratoriais pré e pós-estudo juntamente com os valores de
referência estipulados pelo laboratório de análise. Os parâmetros analisados permitiram avaliar as
funções metabólica (glicose e colesterol), hepática (ALT, AST, bilirrubina total e gama-GT) e renal
(creatitina e uréia) de vinte e três voluntários de ambos os sexos.
63
Tabela 3 – Parâmetros metabólicos (
X
± DP) de 23 voluntários antes e após a administração de duas
doses de 600 μg de Levotiroxina sódica.
Metabólico
Resultados (
X
± DP)
Valor de Referência 70 – 105
Pré-estudo 83,08 ± 8,58
GLICOSE
(U/L)
Pós-estudo 88,29 ± 5,80
Valor de Referência Até 200
Pré-estudo 156,71 ± 24,67
Colesterol
Total
(mg/dL)
Pós-estudo 165,14 ± 27,54
Os parâmetros metabólicos, glicose e colesterol, analisados estão perfeitamente
enquadrados na taxa de normalidade, tanto referente ao período de pré-estudo como de pós-estudo,
demonstrando que a utlização da medicação não acarretou nenhuma alteração metabólica. O mesmo se
aplica aos parâmetros hepáticos (bilirrubina total, AST, ALT e gama-GT) que não refletem nenhum
dano hepático ocasionado pela levotiroxina.
Tabela 4 – Parâmetros hepáticos (
X
± DP) de 23 voluntários antes e após a administração de duas
doses de 600 μg de Levotiroxina sódica.
Hepático Homens Mulheres
Valor de Referência Até 38 Até 32
Pré-estudo 20,77 ± 4,85 21,86 ± 7,05
AST (U/L)
Pós-estudo 24,4±9,27 20,96±0,28
Valor de Referência Até 41 Até 31
Pré-estudo 25,63±12,28 15,39±7,89
ALT (U/L)
Pós-estudo 29,77±20,88 17,67±11,11
Valor de Referência 8 a 61 5 a 36
Pré-estudo 31,33±17,60 20,72±21,21
Gama GT
(U/L)
Pós-estudo 36,59±21,26 22,00±9,90
Valor de Referência Até 1,1 Até 1,1
Pré-estudo 1,09± 0,56 0,54±0,22
Bilirrubina
Total
(mg/dL)
Pós-estudo 0,88 ± 0,42 1,24±0,12
Não foi constatado nenhuma alteração renal pelo uso da levotiroxina, fato que pode ser
facilmente observado na Tabela 5, onde os parâmetros renais, uréia e creatinina, admitem valores
dentro da faixa de normalidade tanto após o uso da levotiroxina quanto antes.
64
Tabela 5 – Parâmetros renais (
X
± DP) de 23 voluntários antes e após a administração de duas doses
de 600 μg de Levotiroxina sódica.
Renal Homens Mulheres
Valor de Referência 10 a 50 10 a 50
Pré-estudo 30,3 ± 7,50 24,97 ± 8,03
URÉIA
(mg/dL)
Pós-estudo 33,46± 4,82 21,7± 2,54
Valor de Referência 0,7 a 1,2 0,5 a 0,9
Pré-estudo 0,97 ± 0,09 0,64 ± 0,06
CREATININA
(mg/dL)
Pós-estudo 0,73 ± 0,14 0,81 ± 0,07
Os resultados demonstraram que as variações ocorridas, após o término do estudo, estão
dentro dos valores de referência e não apresentam diferenças estatísticas entre as determinações pré e
pós estudo. Dessa forma, garantiu-se com segurança o estado de higidez dos voluntários e a
tolerabilidade às medicações administradas.
A partir da década de 80 com a introdução de métodos sensíveis de detecção de TSH, é
recomendado que a terapia de reposição de T4 seja monitorada através da medição de valores
laboratoriais de TSH (DEGROOT; HENNEMAN, 2002). Mensurações periódicas do TSH devem ser
incorporadas ao acompanhamento médico de pacientes que recebem terapia de reposição de
hormônios da tireóide, no intuito de evitar sub-doses ou overdoses, tanto na manutenção da medicação
usual quanto na substituição por outras formulações.
A secreção do TSH varia ritmicamente durante o dia, sendo que mais da metade é
secretada de forma pulsátil no intervalo de 22:00 horas às 04:00 horas. Entretanto, as moléculas de
TSH secretadas no período noturno demonstram menor atividade hormonal do que aquelas secretadas
durante o dia (PIMENTEL; HANSEN, 2004). Portanto, de acordo com Ross (2001), não ocorre
aumento de secreção de hormônios tireoidianos (T3 e T4) em resposta ao acréscimo da concentração
de TSH nesse período.
O TSH pode ser monitorizado como um indicativo da eficácia terapêutica da levotiroxina,
uma vez que em pacientes com hipotireoidismo os níveis desse hormônio encontram-se elevados
(KATZ; ROSEN; WARTOFSKY, 2005). Baseado nesta afirmativa foram mensurados as
concentrações séricas de TSH dos voluntários antes e depois da administração das formulações de
levotiroxina sódica.
Analisando os resultados representados na Tabela 6 e na Figura 8 observa-se uma redução
nas concentrações de TSH em todos os 23 voluntários no período de pós-estudo. A diminuição dos
65
níveis de TSH é uma conseqüência da retro-alimentação negativa induzida pelo T4 exógeno após a
administração das duas formulações de levotiroxina sódica
Tabela 6 – Valores de TSH (μUI/mL) pré e pós-estudo dos 24 voluntários antes e após a administração
de duas doses de 600 μg de levotiroxina sódica.
VOLUNTÁRIO PRE-ESTUDO* POS-ESTUDO*
01
0,70 0,37
02
1,13 0,27
03
2,78 2,62
04
1,23 0,18
05
1,62 0,70
06
0,81 0,32
07
1,38 0,97
08
2,16 0,53
09
2,30 0,81
10
1,24 Não realizado
11
1,35 0,55
12
0,92 0,37
13
2,91 0,64
14
1,84 0,67
15
2,05 1,67
16
2,88 1,86
17
2,20 0,59
18
2,78 2,55
19
2,46 0,24
20
0,6 0,22
21
3,86 0,5
22
1,51 0,93
23
0,46 0,17
24
1,78 0,46
* Valores normais para maiores de 21 anos: 0,270 a 4,200 μUI/mL.
66
Figura 8-Análise comparativa de TSH durante os períodos de Pré-estudo e Pós-estudo em 23 voluntários sadios
após administração de duas doses de 600 μg de Levotiroxina sódica. A linha inteira representa os valores de
referência para os homens e para mulheres. * p<0,05.
A terapia de reposição hormonal com a levotiroxina é amplamente recomendada, sendo
uma substância sintética segura e eficaz, que promove o alívio dos sintomas hipotireóideos e
normaliza os valores laboratoriais dos pacientes com hipotireoidismo (LANDIS; COLLINS, 2004).
Embora a glândula tireóide produza T4 e T3, as terapias de reposição de hormônios tireoidianos
contém somente o T4, pois este apresenta uma meia-vida maior produzindo assim, níveis séricos mais
estáveis (SARAVANAN et al., 2005).
Embora a levotiroxina sódica tenha apresentado boa tolerabilidade e segurança terapêutica,
é aconselhável que se adote uma monitorização da dose terapêutica, ou seja, um ajuste gradual da
dose até que o efeito desejado seja alcançado, de forma a evitar conseqüências nocivas decorrentes de
um tratamento inadequado que podem envolver alterações danosas no crescimento, desenvolvimento,
função cardiovascular, metabolismo ósseo, funções reprodutiva, gastrointestinal, cognitiva, emocional,
metabolismo lipídico e dos carboidratos. Ratificando a importância da monitoração, Canaris et al.
(2000) afirmam que muitos pacientes que fazem uso de terapia de reposição de hormônios tireoidianos
recebem doses insuficientes ou excessivas.
PRÉ S
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
TSH (U/mL)
67
5.2 Etapa analítica
5.2.1 Especificidade/seletividade
Segundo Leite (2002), a especificidade/seletividade significa que o valor encontrado
provém somente do analito em estudo, de modo a assegurar que o método é indiferente a presença de
interferentes na amostra.
A especificidade/seletividade foi avaliada através da determinação da interferência da
matriz biológica na quantificação do analito nos soros hemolisado, lipêmico e normal. Os valores
encontrados para a variação da levotiroxina nos soros normal/hemolisado e normal/lipêmico foram
respectivamente: -3,71 e 3,55. Para a liotironina as variações nos soros normal, hemolisado e lipêmico
foram respectivamente: -0,92 e 5,53. Os resultados demonstraram que a variação entre as médias das
concentrações encontradas dos soros normal/hemolisado e normal/lipêmico foi inferior a 15% para a
levotiroxina e para a liotironina; como pode ser observado nas Tabelas 7 e 8.
Tabela 7 – Dados do teste de Especificidade da Levotiroxina (T4)
ANALITO LEVOTIROXINA (T4)
Matriz Soro Normal Soro Hemolisado Soro Lipêmico
171,3 167,6 181,5
168,6 164,3 179,6
172,9 165,6 179,9
175,6 166,7 179,1
Concentração
Medida
(ng/mL)
172,4 165,8 172,4
Média 172,16 166,00 178,50
CV (%) 1,48 0,75 1,98
Variação (%) -3,71 3,55
A homogeneidade entre as amostras de soro de cada categoria foi determinada através do
coeficiente de variação, sendo considerada satisfatória uma vez que satisfez os critérios estabelecidos
pelo Guia para validação de métodos analíticos e bioanalíticos da Anvisa (BRASIL, 2003d). Os
valores do Coeficiente de Variação (CV) encontram-se nas Tabelas 7 e 8.
Segundo Doria Filho (1999), o coeficiente de variação é um importante parâmetro de
avaliação da dispersão entre os resultados analíticos, e quanto menor forem os valores, mais
homogênea será a amostra.
68
Com relação à homogeneidade os valores encontrados para o coeficiente de variação da
levotiroxina nos soros normal, hemolisado e lipêmico foram respectivamente: 1,48; 0,75 e 1,98. Para a
liotironina os CV nos soros normal, hemolisado e lipêmico foram respectivamente: 1,90; 1,93 e 2,13.
Tabela 8 – Dados do teste de Especificidade da Liotironina (T3)
ANALITO LIOTIRONINA (T3)
Matriz Soro Normal Soro Hemolisado Soro Lipêmico
3,86 3,96 4,07
3,85 3,86 4,17
3,95 3,94 4,1
3,98 3,78 4,3
Concentração
Medida
(ng/mL)
4,02 3,94 4,17
Média 3,93 3,90 4,16
CV (%) 1,90 1,93 2,13
Variação (%) -0,92 5,53
A capacidade de medir exatamente um composto, em presença de outros componentes tais
como impurezas, produtos de degradação e componentes da matriz, determina a especificidade e a
seletividade do método bioanalítico (MASSART, 1988). Desta forma podemos afirmar que o método
deste estudo demonstrou ser específico e seletivo.
5.2.2 Exatidão e precisão
Segundo Leite (2002), precisão é concordância entre vários valores experimentais obtidos,
ou seja, quanto mais parecidos forem esses valores mais precisos estes serão. Com relação à exatidão,
esta traduz a concordância dos valores experimentais com o valor verdadeiro.
A precisão é a avaliação da proximidade dos resultados obtidos em uma série de medidas
de uma amostragem múltipla de uma mesma amostra. Esta é considerada como a concordância entre
os resultados dentro de um curto período de tempo com o mesmo analista e mesma instrumentação,
chamada de precisão intralote, e a concordância entre os resultados do mesmo laboratório, mas obtidos
em dias diferentes, com analistas diferentes e/ou equipamentos diferentes, chamada de precisão
interlote (CAUSON, 1997).
Para obter a precisão e a exatidão, foram utilizadas os controles de qualidade, que
abrangiam concentrações distintas dentro da faixa das concentrações esperadas. As Tabelas 9 e 10
mostra os valores para precisão e exatidão inter e intralote para a levotiroxina e liotironina
respectivamente.
69
Tabela 9 – Parâmetros de validação dos CQ da Levotiroxina (T4)
Intralote Interlote
Controles 1º Lote 1º Lote, 2º Lote e 3º Lote
Precisão (%) Exatidão (%) Precisão (%) Exatidão (%)
CQB
12,97 96,18 1,31 95,44
CQM
3,51 94,67 2,54 92,04
CQA
1,86 85,79 1,05 86,62
Concentração nominal: CQB= 10 ng/mL, CQM= 100 ng/mL e CQA= 200 ng/mL
Para a Levotiroxina os valores de precisão e exatidão intralote foram 12,97% e 96,18;
3,51% e 94,67; 1,86% e 85,79 para CQB (10 ng/mL), CQM (100 ng/mL) e CQA (200 ng/mL),
respectivamente. Os valores interlote foram 1,31% e 95,44; 2,54% e 92,04; 1,05% e 86,62 para CQB
(10 ng/mL), CQM (100 ng/mL) e CQA (200 ng/mL), respectivamente. Os resultados foram
determinados para um único lote em quintuplicata e estão apresentados na Tabela 9.
Tabela 10 – Parâmetros de validação dos CQ da Liotironina (T3)
Intralote Interlote
Controles 1º Lote 1º Lote, 2º Lote e 3º Lote
Precisão (%) Exatidão (%) Precisão (%) Exatidão (%)
CQB
5,29 101,08 1,03 101,43
CQM
2,85 97,52 6,47 93,98
CQA
3,20 98,88 6,82 98,53
Concentração nominal: CQB= 0,5 ng/mL, CQM= 2,8 ng/mL e CQA= 5 ng/mL
Para a Liotironina os valores de precisão e exatidão intralote foram 5,29% e 101,08%;
2,85% e 97,52; 3,20% e 98,88 para CQB (0,5 ng/mL), CQM (2,8 ng/mL) e CQA (5 ng/mL),
respectivamente. Os valores interlote foram 1,31 e 95,44; 2,54 e 92,04; 1,05 e 86,62 para CQB (0,5
ng/mL), CQM (2,8 ng/mL) e CQA (5 ng/mL), respectivamente. Os resultados foram determinados
para um único lote em quintuplicata e estão apresentados na Tabela 10.
De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC nº 899) da Anvisa, os critérios
de precisão e exatidão a seguir foram utilizados para aprovar os lotes de intra e interdia:
- Precisão: Para cada nível de concentração, o coeficiente de variação (CV%) em percentual, não
excedeu a 15% para os controles CQB, CQM e CQA, o coeficiente de variação em percentual (CV%)
não deveria exceder 15%.
70
- Exatidão: Os valores médios das amostras para cada nível de concentração estavam situados entre o
intervalo de 85 – 115% do valor nominal (BRASIL, 2003d).
A proximidade dos resultados obtidos pelo método em estudo em relação ao valor
verdadeiro define a exatidão de método analítico. Deve ser determinada em uma mesma corrida
analítica, a exatidão intralote, e em corridas diferentes, a exatidão interlote (BRASIL, 2003d).
Por definição, o coeficiente de variação (CV), para a precisão, não pode exceder 15% para
cada concentração analisada – tolerância até 20% da concentração do limite de quantificação. Em se
tratando da exatidão, deve estar dentro de 15% do valor atual em relação à média das amostras de cada
concentração – tolerância até 20% da concentração do limite de quantificação. A variação estabelecida
para a exatidão é 85 – 115% (BRASIL, 2003d).
Como todos os parâmetros descritos estão de acordo com o Guia para Validação de
Métodos Analíticos da Anvisa pôde-se concluir que as amostras de controle de qualidade baixo, médio
e alto foram totalmente validadas para precisão e exatidão (BRASIL, 2003d).
Foi verificado um alto grau de precisão e exatidão intra-lote para as referidas
concentrações, sugerindo não haver variabilidade e discrepância entre os resultados das amostras
dosadas. O método validado procurou garantir a reprodutibilidade e concordância das análises,
reduzindo, assim, as possíveis interferências nas amostras quantificadas.
5.2.3 Processo de reteste
O processo de reteste foi validado através da injeção repetida das amostras dos Controles
de Qualidade. A razão entre o valor original e o valor retestado das amostras foi determinada para
avaliar a reprodutibilidade dos resultados. Os resultados presentes nas Tabelas 11 e 12 mostram uma
variação menor que 15% para os Controles de Qualidade. Desta forma, as amostras podem ser
retestadas desde que não ultrapasse o tempo de bancada validado no teste de estabilidade de curta
duração. Os dados do processo de reteste das amostras da levotiroxina e liotironina estão
demonstrados nas Tabelas 11 e 12.
71
Tabela 11 – Dados do processo de reteste da Levotiroxina (T4)
BRANCO CQB CQM CQA
Valor
Original
Valor
Reinjeção
Valor
Original
Valor
Reinjeção
Valor
Original
Valor
Reinjeção
Valor
Original
Valor
Reinjeção
73,60 73,90 83,00 83,40 162,50 170,60 242,10 246,60
73,40 75,10 82,00 83,40 167,40 170,20 236,30 237,50
73,10 73,40 84,20 83,10 165,60 170,10 242,40 246,80
72,40 74,90 84,40 84,00 163,60 170,10 233,10 237,60
74,00 73,20 81,60 83,80 160,60 167,10 238,50 247,70
73,40 73,20 84,00 84,30 164,40 170,10 237,30 238,90
72,50 73,50 82,10 83,50 167,60 166,80 240,10 248,60
72,90 73,10 81,60 80,00 160,00 173,00 236,10 241,00
Média
(ng/mL)
73,16 73,79 82,86 83,19 163,96 169,75 238,24 243,09
Variação
(%)
0,85 0,39 3,53 2,04
Tabela 12 – Dados do processo de reteste da Liotironina (T3)
BRANCO CQB CQM CQA
Valor
Original
Valor
Reinjeção
Valor
Original
Valor
Reinjeção
Valor
Original
Valor
Reinjeção
Valor
Original
Valor
Reinjeção
1,11 1,07 1,58 1,62 3,86 3,90 5,87 5,95
1,10 1,10 1,60 1,56 3,82 3,83 6,14 6,23
1,08 1,09 1,63 1,60 3,84 3,91 6,16 6,19
1,09 1,11 1,55 1,61 3,88 3,91 6,25 6,04
1,09 1,10 1,61 1,65 3,88 3,99 6,04 6,33
1,04 1,07 1,57 1,63 3,64 3,94 6,11 6,06
1,08 1,03 1,57 1,60 3,85 3,74 6,02 6,30
1,09 1,11 1,61 1,64 3,82 3,90 5,77 6,29
Média
(ng/mL)
1,09 1,09 1,59 1,61 3,82 3,89 6,05 6,17
Variação
(%)
0,00 1,49 1,73 2,13
Como se pode observar na Tabela 11 os valores de variação do processo de reteste para a
levotiroxina para os controles de qualidade baixo, médio e alto foram, respectivamente, 0,39%, 3,53%,
2,04%. Com relação valores de variação do processo de reteste para a liotironina, expostos na Tabela
12, para os controles de qualidade baixo, médio e alto foram, respectivamente, 1,49%, 1,73%, 2,13%.
Estando todos estes valores dentro do limite aceitável pela (BRASIL, 2003d).
72
5.2.4 Estabilidade
Para realização do estudo de estabilidade foram observados os parâmetros de exatidão,
precisão e especificidade, previamente validados.
A estabilidade do fármaco em líquidos biológicos depende de suas propriedades químicas,
da matriz biológica e do material de acondicionamento utilizado. A estabilidade determinada para um
tipo de matriz e de material de acondicionamento específico não pode ser extrapolada para outros.
As condições de realização dos ensaios de estabilidade devem reproduzir as reais
condições de manuseio e análise das amostras. Deve ser avaliada a estabilidade do analito durante a
coleta e manuseio da amostra, após armazenagem de longa duração (congelamento) e curta duração (à
temperatura ambiente), após ciclos de congelamento e descongelamento e nas condições de análise.
Deve-se incluir também avaliação da estabilidade do analito nas soluções-padrão, preparadas com
solvente apropriado e concentrações conhecidas.
As determinações de estabilidade devem utilizar um conjunto de amostras, preparadas a
partir de uma solução estoque recente do fármaco em análise, adicionado à matriz biológica isenta de
interferência. Os testes de estabilidade avaliam a estabilidade dos analitos no soro humano sobre
condições distintas de tempo e temperatura.
A estabilidade de fármacos em fluidos biológicos é função das condições de estocagem,
das propriedades químicas do fármaco, da matriz biológica (soro humano) e do sistema de
acondicionamento; os resultados dos presentes testes são relevantes somente quando as mesmas
condições destes testes são aplicadas, não podendo ser extrapoladas para outras matrizes e sistemas de
acondicionamento.
a)Estabilidade de curta duração
Os teste realizados indicam que amostras de Levotiroxina (T4) e Liotironina (T3) em soro
humano, quando descongeladas à temperatura ambiente e processadas após 24 horas, horas estas que
excedem as expectativas do tempo em que as amostras devem ser mantidas à temperatura ambiente
após o descongelamento antes de serem analisadas, não apresentam degradação significante.
A variação para a levotiroxina foi de –5,80 para as amostras baixas e –0,32 para as
amostras altas, e para a liotironina foi de 3,39 para as amostras baixas e 0,06 para as amostras altas.
73
Estando todos estes valores dentro do limite aceitável pela RDC 899 de 29 de maio de 2003 da Anvisa
que estabelece um limite de variabilidade menor ou igual a 15% (BRASIL, 2003d).
Tabela 13 – Resultados do Teste de Estabilidade de curta duração para amostras baixas e altas da
levotiroxina (I) e liotironina (II).
Levotiroxina (T4) ng/mL
Amostras Baixas Amostras Altas
Valor de
Referência
Após 24 horas
Valor de
Referência
Após 24 horas
81,50 84,90 248,60 248,60
82,40 87,10 248,60 248,60
81,50 85,60 248,60 248,60
81,30 85,50 244,60 248,60
81,60 88,90 248,60 248,60
Média 81,66 86,40 247,80 248,60
CV (%) 0,52 1,87 0,72 0,00
Variação (%) -5,80 -0,32
Liotironina (T3) ng/mL
Amostras Baixas Amostras Altas
Valor de
Referência
Valor de
Referência
Após 24 horas
1,72 1,65 6,19 6,11
1,71 1,65 6,27 6,36
1,73 1,69 6,16 6,22
1,69 1,64 6,33 6,24
1,70 1,63 6,21 6,21
Média 1,71 1,65 6,23 6,23
CV (%) 0,92 1,38 1,09 1,43
Variação (%) 3,39 0,06
b) Estabilidade do fármaco em ciclos de congelamento e descongelamento
Os resultados correspondentes à quantificação das amostras de levotiroxina e liotironina,
nas concentrações baixas e altas, após três ciclos de congelamento e descongelamento estão
demonstrados na Tabela 14.
A variação para a levotiroxina foi de –7,81 para as amostras baixas e –0,32 para as
amostras altas, e para a liotironina foi de 6,78 para as amostras baixas e 3,72 para as amostras altas.
Os teste realizados indicam que amostras de Levotiroxina (T4) e Liotironina (T3) em soro
humano são estáveis após três ciclos de congelamento e descongelamento, quando estocadas a -20 ºC
74
e descongeladas a temperatura ambiente. Estando todos estes valores dentro do limite aceitável pela
RDC 899 de 29 de maio de 2003 da Anvisa que estabelece um limite de variabilidade menor ou igual
a 15% (BRASIL, 2003d).
Durante a validação do método, tomaram parte dos estudos de estabilidade, testes
realizados em ciclos de congelamento e degelo. A oscilação de temperatura, à qual as amostras seriam
submetidas na quantificação, foi simulada através dos ciclos executados durante o desenvolvimento do
método. A finalidade destes testes foi verificar a ocorrência de degradação de uma fração significativa
da amostra.
Tabela 14 – Resultados do Teste de Estabilidade após 3 ciclos de congelamento e descongelamento
das amostras de levotiroxina (I) e liotironina (II) nas concentrações baixas e altas.
Levotiroxina (T4) ng/mL
Amostras Baixas Amostras Altas
Valor de
Referência
Após 3 ciclos
Valor de
Referência
Após 3 ciclos
81,50 88,40 248,60 248,60
82,40 87,60 248,60 248,60
81,50 87,50 248,60 248,60
81,30 88,60 244,60 248,60
81,60 88,10 248,60 248,60
Média 81,66 88,04 247,80 248,60
CV (%) 0,52 0,55 0,72 0,00
Variação (%) -7,81 -0,32
Liotironina (T3) ng/mL
Amostras Baixas Amostras Altas
Valor de
Referência
Após 3 ciclos
Valor de
Referência
Após 3 ciclos
1,72 1,54 6,19 6,00
1,71 1,62 6,27 5,89
1,73 1,60 6,16 6,04
1,69 1,59 6,33 6,05
1,70 1,62 6,21 6,02
Média 1,71 1,59 6,23 6,00
CV (%) 0,92 2,06 1,09 1,07
Variação (%) 6,78 3,72
c) Estabilidade de longa duração
A Tabela 15 apresenta os resultados das análises realizadas com amostras recém-
preparadas (a fresco) e com as amostras de longa duração, que permaneceram congeladas a –20°C, por
um período equivalente ao compreendido entre a primeira coleta e análise da última amostra (18 dias),
segundo o preconizado pela Anvisa através do Guia para Validação de Métodos Analíticos e
75
Bioanalíticos (BRASIL, 2003d). A variação para a levotiroxina foi de –9,09 para as amostras baixas e
0,02 para as amostras altas, e para a liotironina foi de –1,01 para as amostras baixas e 0,00 para as
amostras altas.
Tabela 15 – Resultados do Teste de Estabilidade de Longa duração das amostras de levotiroxina (I) e
liotironina (II) nas concentrações baixas e altas.
Levotiroxina (T4) ng/mL
Amostras Baixas Amostras Altas
Valor de
Referência
Após 18 dias Valor de Referência Após 18 dias
79,70 83,90 243,50 240,80
80,30 88,90 248,60 248,60
79,40 88,80 240,60 248,60
79,50 87,70 247,40 248,60
10. I
78,30 84,00 248,30 241,60
Média 79,44 86,66 245,68 245,64
CV (%) 0,91 2,91 1,42 1,65
Variação (%) -9,09 0,02
Liotironina (T3) ng/mL
Amostras Baixas Amostras Altas
Valor de
Referência
Após 18 dias Valor de Referência Após 18 dias
1,77 1,67 6,51 6,51
1,82 1,79 6,51 6,51
1,75 1,84 6,51 6,51
1,78 1,83 6,51 6,51
11. II
1,76 1,84 6,51 6,51
Média 1,78 1,79 6,51 6,51
CV (%) 1,52 4,03 0,00 0,00
Variação (%) -1,01 0,00
As variações obtidas, quando são comparados os valores médios de CQB e CQA, para as
amostras recém-preparadas, com os valores médios de CQB e CQA, para as amostras armazenadas,
durante 18 dias (período de armazenamento para o estudo de estabilidade de longa duração), estão
abaixo dos desvios permitidos de 15% para os controles analisados e, portanto, pode-se concluir que a
levotiroxina sódica, analisado no soro humano, permaneceu estável neste período em que as amostras
ficaram armazenadas a –20
o
C e, portanto, apresentam estabilidade de longa duração.
Estudos de estabilidade mostram se a concentração de analito presente na amostra no
momento da análise corresponde à concentração presente no momento da coleta (DADGAR et al.,
1995). As amostras utilizadas nos estudos de estabilidade devem ser comparadas com as recém-
preparadas (controles 100%) e analisadas na mesma corrida analítica. As amostras serão consideradas
76
estáveis quando não se observar desvio superior a 15% do valor obtido das amostras recém-
preparadas, com exceção do LQ, para o qual se aceita desvio de até 20% (BRASIL, 2003d).
A validação do método bioanalítico é um processo utilizado para garantir que um método
analítico quantitativo é sustentável para aplicações biomédicas. A validação garante que os parâmetros
de eficiências analítica, como sensibilidade, seletividade, precisão, exatidão, recuperação e
estabilidade, estão adequados ao seu uso (CAUSON, 1997).
A validação do método analítico foi realizada com sucesso, uma vez que cumpriu os
seguintes critérios:
a) Especificidade: não ocorreram interferências da matriz biológica sobre as concentrações
determinadas;
b) Precisão: os coeficientes de variação (CV) calculados para os controles de qualidade
CQB, CQM e CQA foram menores ou iguais a 15% e menores ou iguais a 20% para o
controle de qualidade LQ;
c) Exatidão: a exatidão calculada para o controle de qualidade LQ e para os controles de
qualidade CQB, CQM e CQA apresentaram valores compreendidos dentro do desvio
de + 20% e + 15%, respectivamente, em relação ao valor nominal.
5.3 Análise estatística/farmacocinética
A análise estatística foi realizada considerando os resultados obtidos a partir das
concentrações séricas de Levotiroxina Sódica (T4) e Liotironina (T3) no soro dos voluntários.
Segundo o FDA (2002) uma das propostas dos estudos de bioequivalência é demonstrar a
equivalência terapêutica, especificamente através da avaliação da biodisponibilidade entre
medicamentos, assegurando que caso esses sejam bioequivalentes, um pode substituir o outro sem
nenhuma medida de correção de posologia ou necessidade de monitorização terapêutica. Embora não
seja evidente clinicamente, a avaliação farmacocinética é a única base para determinação da eficácia
terapêutica.
As Figuras 9 e 10 representam a curvas médias das concentrações séricas de Levotiroxina
sódica dos 24 voluntários versus tempo. Com ela obtemos uma representação gráfica dos processos
farmacocinéticos de absorção e excreção dos fármacos. No ANEXO VII estão apresentados os
77
gráficos das curvas de concentrações versus o tempo e os parâmetros farmacocinéticos para cada
indivíduo.
0 10 20 30 40 50
60
70
80
90
100
110
120
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Figura 9-Curva média da concentração sérica (ng/mL) versus tempo (h) da levotiroxina após a
administração de duas formulações de 600 µg de Levotiroxina sódica em 24 voluntários saudáveis.
0 10 20 30 40 50
0.90
0.92
0.94
0.96
0.98
1.00
1.02
1.04
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Figura 10-Curva média da concentração sérica (ng/mL) da Liotironina versus tempo (h) após a
administração de duas formulações de 600 µg de Levotiroxina sódica em 24 voluntários saudáveis.
O órgão responsável pelo controle de medicamentos no Brasil, Agência Nacional de
Vigilância Sanitária – Anvisa, determina que o cronograma de coletas das amostras sanguíneas deverá
incluir o maior número possível de amostras na região próxima à concentração máxima atingida (C
max
)
possibilitando a determinação deste parâmetro com maior exatidão; a determinação de amostras
anteriores e posteriores ao C
max
possibilitará a determinação da área sob a curva de concentração
sangüínea versus tempo – ASC (BRASIL, 2003a).
Os voluntários permaneceram em jejum durante as 10 horas que antecederam a
administração da medicação, pois, segundo Fish et al. (1987), quando a levotiroxina é administrada em
jejum sua taxa de absorção oscila em torno de 80%. Com relação ao pico de concentração plasmática
da levotiroxina, este é atingido em torno de 2 a 4 horas após sua ingestão, fato que fundamenta a
Liotironina (ng/mL)
78
ingestão de alimentos sólidos somente depois de quatro horas da administração da droga (SANTINI;
PINCHERA; MARSILI, 2005).
A dose administrada aos voluntários foi de 600µg de levotiroxina sódica suficiente para
fornecer concentrações séricas superiores ao valor basal e conseqüentemente possibilitar a segura
mensuração das mesmas, sem implicar em riscos e desconfortos para os voluntários. Mesmo assim, os
níveis endógenos de T4 continuam contribuindo para a ASC (BERG; MAYOR, 1993).
Segundo Marzo (1995) existem algumas dificuldades em se mensurar parâmetros
farmacocinéticos de substâncias endógenas, visto que essas possuem ritmos específicos, podem ter
flutuações diárias em suas concentrações e podem apresentar importantes diferenças entre os sexos.
No caso específico da levotiroxina sódica, soma-se a essas dificuldades o fato do composto sintético
ser bioquimica e fisiologicamente indistinguível do composto endógeno.
Embora alguns autores, Blakesley, Awni, Locke e colaboradores (2004) sugiram a
subtração da linha basal endógena desses compostos, essa medida implicaria, conseqüentemente em:
aumento da dispersão dos dados; surgimento de um efeito de período, visto que os valores basais não
são unicamente atribuídos a períodos e sim a sujeitos; e a impossibilidade de uma correta extrapolação
da ASC para o infinito, visto que o ponto final não poderá ser zero (MARZO, 1995).
Corroborando com as observações de Marzo (1995), as diretrizes da Food and Drug
Administration determinam que as mensurações dos perfis das concentrações séricas dos hormônios
T3 e T4 totais ( fração livre mais ligada) devem ser apresentadas sem o ajuste dos níveis basais, uma
vez que as concentrações da levotiroxina endógena são imprevisíveis durante o decorrer do dia (FDA,
2000a).
Neste estudo para a realização do cálculo dos parâmetros farmacocinéticos da levotiroxina
e da liotironina nós optamos por não efetuar a subtração de seus valores endógenos de T3 e T4
respectivamente, por estarmos de acordo com as declarações defendidas por Marzo (1995), pelo FDA
(2000a).
Conforme Walter-Sack, Clanget, Ding e colaboradores (2004) uma simples subtração dos
valores basais acarretaria no aumento dos erros estatísticos dos resultados, resultando em uma menor
precisão. Porém se for estabelecido um método de ajuste dos valores basais mediante um modelo de
covariante, a análise será mais precisa e viável. Sendo que o ajustamento dos valores endógenos de T3
79
e T4 seria mais eficaz na análise da ASC, pois valores de área são mais sensíveis as variações de
concentrações do que valores máximos como C
max.
Uma covariante basal é freqüentemente definida como um fator qualitativo ou uma
variável quantitativa mensurada ou observada antes da administração do fármaco (normalmente antes
da randomização) que influencia a variável primária a ser analisada (COMMITTE FOR
PROPRIETARY MEDICINAL PRODUCTS, 2003). Essa covariante seria uma ferramenta estatística
que minimizaria ou até mesmo eliminaria as variações pertinentes a substâncias endógenas.
Para avaliar as variações inter (seqüência) e intra-individual (período) para a concentração
máxima e a área sob a curva, utilizou-se de uma análise de variância para obter a variabilidade dos
dados, em um delineamento cruzado padrão 2x2. Os resultados da levotiroxina demonstraram que para
os parâmetros farmacocinéticos Cmax, ASC
0-48h
o efeito de seqüência não foi significante (valor de p
= 0,9854 para Cmax e valor de p = 0,5167 para ASC
0-48h
); entretanto o efeito de período foi
significante (valor de p = 3,364 e
-7
) para Cmax e (valor de p = 3,116 e
-14
) para ASC
0-48h,
pois houve
uma diminuição dos valores de T4 nestes parâmetros farmacocinéticos no segundo internamento
(ANEXO H).
O efeito de seqüência reflete diferenças envolvendo a variabilidade individual entre os
voluntários randomizados; conforme Dong et al. (1997), essas diferenças não têm importância clínica
em estudos de bioequivalência. Uma vez que os voluntários selecionados obedecem a uma rigorosa
seleção e encontram-se dentro dos critérios clínicos de normalidade.
De forma semelhante à levotiroxina, os resultados de C
max
, e ASC
0-48 h
da liotironina
evidenciam que o efeito de seqüência também não foi significante (valor de p = 0,4762 para C
max
, e
valor de p = 0,4748 para ASC
0-48h
), logo a variação inter-individual não interferiu de modo
significativo nos valores encontrados para C
max
e para ASC
(0-48h)
. Entretanto o efeito de período foi
significante (valor de p = 1,358 e
-9
) para C
max
, e (valor de p = 9,705 e
-13
) para ASC
0-48 h
, sendo também
observado, no segundo internamento, uma redução de C
max
e ASC
0-48 h
de T3 (ANEXO A).
Os resultados da análise de variância (ANOVA) da Levotiroxina demonstraram um
significante efeito de período, onde se observou uma diminuição dos níveis séricos do T4, no segundo
internamento, independente da aleatorização. Deve ser ressaltado que todos os voluntários respeitaram
o período correto de "washout", de 35 dias, conforme o protocolo recomendado pelo Food and Drug
Administration (FDA, 2000a).
80
Esse efeito pode ser explicado pela supressão de TSH em decorrência da administração de
levotiroxina exógena, deste modo a redução na síntese de TSH acarretaria numa menor estimulação da
tireóide e conseqüentemente diminuição dos níveis séricos do hormônio T4 endógeno. Desta forma a
secreção endógena de T4 sofre um declínio relevante como uma conseqüência dos efeitos sistêmicos
da levotiroxina exógena (WALTER-SACK et al.; CLANGET; DING. et al., 2004).
Nas Tabelas 16 e 17 podemos observar que não houve alterações significativas entre o
C
max
e a ASC
(0-48h)
de ambos os analitos, T4 e T3, das formulações teste e referência quando
consideramos isoladamente cada fase de internamento. Todavia quando esta análise envolve a
comparação desses parâmetros farmacocinéticos entre a 1ª e a 2ª fase, pode-se destacar uma redução
significativa dos resultados no segundo internamento. Contudo, as diferenças entre as ASC
(0-48h)
são
mais relevantes, pois essa medida representa valores referentes a vários pontos, enquanto que o C
max
representa um valor pontual. E segundo Walter-Sack, Clanget, Ding e colaboradores (2004) um valor
máximo é menos sensível a variações de concentrações do que áreas.
Tabela 16 – Parâmetros farmacocinéticos (
X
± DP) da levotiroxina obtidos após a administração de
duas formulações de 600µg de Levotiroxina sódica.
1ª FASE 2ª FASE
TESTE REFERÊNCIA TESTE REFERÊNCIA
C
max
(ng.mL
-1
)
127,53 ± 17,44 135,41 ± 9,25 103,96 ± 11,90 110,75 ± 12,59
ASC
0-48h
(ng.h.mL
-1
)
4806,64 ± 581,91 4922,33 ± 517,66 2923,85 ± 574,86 2800,22 ± 390,71
Tabela 17 – Parâmetros farmacocinéticos (
X
± DP) da liotironina obtidos após a administração de
duas formulações de 600µg de Levotiroxina sódica.
1ª FASE 2ª FASE
TESTE REFERÊNCIA TESTE REFERÊNCIA
C
max
(ng.mL
-1
)
1,23 ± 0,10 1,00 ± 0,14 1,17 ± 0,15 1,01± 0,10
ASC
0-48h
(ng.h.mL
-1
)
54,00 ± 4,99 50,67 ± 5,90 40,89 ± 4,49 40,91± 3,80
Conforme Walter-Sack et al. (2004) o efeito de período em um estudo de
biodisponiblidade de substâncias endógenas poderia ser atribuído à variação sazonal, pois é observado
que indivíduos saudáveis habitantes das mais diversas regiões geográficas do planeta, apresentam
níveis mais altos de T4 no inverno, enquanto níveis mais baixos de T4 são detectáveis durante a
estação mais quente, o verão. Essa redução de T4 nos períodos mais quentes do ano é responsável pela
diminuição da taxa de metabolismo basal e conseqüentemente por uma maior tolerância ao calor,
81
enquanto que a elevação de seus níveis em períodos mais frios se justifica pela necessidade do
organismo em se manter aquecido através do aumento da taxa de metabolismo basal. Todavia neste
estudo, como a realização da etapa clínica aconteceu em um pequeno intervalo de tempo,
aproximadamente 40 dias, não podemos atribuir o efeito de período constatado a uma variação
sazonal.
Nas Tabelas 18 e 19 estão apresentados os parâmetros farmacocinéticos médios, usando
um intervalo de confiança de 90%, obtidos das concentrações séricas de levotiroxina e liotironina;
após a administração das formulações referência (Puran®T4) e teste (Levotiroxina sódica). Pode-se
notar que os resultados obtidos para os medicamentos referência e teste são semelhantes, tanto para a
média como para o IC (90%). Para o produto referência foram utilizados 23 voluntários no cálculo da
média e IC (90%), o valor ausente corresponde ao voluntário 10 que não compareceu na segunda fase
da pesquisa.
Tabela 18 – Média, DP e IC (90%) dos parâmetros farmacocinéticos da levotiroxina obtidos após a
administração de duas formulações de 600µg de Levotiroxina sódica.
Formulação
Parâmetros Farmacocinéticos
Puran
®
T4
(Referência)
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Média (valor n)
3907,41 (23) ± 6,41,42 3865,25 (24) ± 1115,68
ASC
0-48h
(ng.h.mL
-1
)
(IC 90%)
(3487,07 – 4327,74) (3474,93 – 4255,56)
Média (valor n)
123,62 (23) ± 16,54 115,74 (24) ± 18,92
C
max
(ng.mL
-1
)
(IC 90%)
(117,70 – 129,54) (109,12 – 122,36)
Média
3,11 (23) ± 1,34 4,11(23) ± 2,63
T
max
(h)
(IC 90%)
(2,59 – 3,54) (2,67 – 9,21)
Tabela 19 – Média, DP e IC (90%) dos parâmetros farmacocinéticos da liotironina obtidos após a
administração de duas formulações de 600µg de Levotiroxina sódica.
Formulação
Parâmetros Farmacocinéticos
Puran
®
T4
(Referência)
Liotironina
(Teste)
Média (valor n)
46,00 (23) ± 7,02 47,44 (24) ± 8,15
ASC
0-48h
(ng.h.mL
-1
)
(IC 90%)
(43,50 – 48,50) (44,59 – 50,29)
Média (valor n)
1,09 (23) ± 0,15 1,12 (24) ± 0,17
C
max
(ng.mL
-1
)
(IC 90%)
(1,04 – 1,15) (1,06 – 1,18)
Média
7,66 (23) ± 9,67 12,17 (24) ± 16,37
T
max
(h)
(IC 90%)
(4,20 – 11,11) (6,44 – 17,90)
82
De maneira semelhante ao estudo desenvolvido por Cerutti et al. (1999), os valores de T
max
tanto para a levotiroxina como para a liotironina demonstraram em alguns casos grandes diferenças
(ANEXO G), entretanto segundo Marzo (1993), o pico de tempo em que se atinge a concentração
máxima não é tão relevante, tendo em vista que as concentrações desses hormônios não apresentam
padrões de picos séricos bem definidos.
Para a levotiroxina as razões das médias geométricas do C
max
e ASC
0-48h
das formulações
teste e referência
foram 92,97% e 97,87%, respectivamente. O intervalo de confiança de 90% foi de
88,70– 97,44% e 93,10 - 102,88%, respectivamente. Com relação a liotironina as razões das médias
geométricas do C
max
e ASC
0-48h
das formulações teste e referência
foram 101,37% e 101, 85%,
respectivamente. O intervalo de confiança de 90% foi de 98,46 – 104,37% e 99,13 – 104,64%,
respectivamente.
Formulações farmacêuticas são consideradas bioequivalentes quando a razão das médias
de C
max
e ASC
(0-48h)
apresentarem-se entre 80–125% (considerando um intervalo de confiança de 90%)
(FDA, 2002). Os resultados estatísticos demonstraram que a formulação de levotiroxina sódica teste
foi bioequivalente à formulação Puran® T4 quanto à taxa (C
max
) e extensão de absorção (ASC) após
uma dose única de 600μg por via oral, conforme pode ser observado nas Tabelas 20 e 21.
Tabela 20 – Avaliação de biodisponibilidade a partir da razão das médias de C
max
e ASC
0-48 h
da
Levotiroxina (T4). Dados transformados em logaritmo natural.
Razão: Levotiroxina
Sódica/ Puran
®
T4
Média
Geométrica
IC (90%) CV (%) Poder
do Teste
(%)
Bioequi-
valência
C
max
*(ng.mL
-1
)
92,97 (88,70 – 97,44) 9,24 > 95,00 SIM
ASC
0-48h
*
(ng.h.mL
-1
)
97,87 (93,10 – 102,88) 9,82 > 95,00 SIM
*O voluntário 10 não foi utilizado no cálculo do IC (90%)
Tabela 21 – Avaliação de biodisponibilidade a partir da razão das médias de C
max
e ASC
0-48 h
da
Liotironina (T3). Dados transformados em logaritmo natural.
Razão: Liotironina/ Puran
®
T4
Média
Geométrica
IC (90%) CV (%) Poder
do Teste
(%)
Bioequi-
valência
C
max
*(ng.mL
-1
)
101,37 (98,46 – 104,37) 5,66 > 95,00 SIM
ASC
0-48 h
*(ng.h.mL
-1
)
101,85 (99,13 – 104,64) 5,30 > 95,00 SIM
* O voluntário 10 não foi utilizado no cálculo do IC (90%).
83
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As formulações de levotiroxina nas doses utilizadas (600μg) demonstraram boa
tolerabilidade por parte dos voluntários, bem como segurança terapêutica, visto que não acarretaram
reações adversas graves.
A metodologia analítica foi considerada adequada para a determinação das concentrações
séricas de levotiroxina e liotironina, uma vez que se mostrou precisa, exata, específica e reprodutível.
A redução dos níveis de TSH após a administração das formulações de 150 μg de
levotiroxina sódica, na dose de 600 μg, em indivíduos saudáveis demonstra indiretamente a eficácia
terapêutica desses fármacos.
A análise dos parâmetros farmacocinéticos da levotiroxina e da liotironina após a
administração de duas formulações de 150μg em voluntários sadios mostrou que as formulações
estudadas apresentaram resultados semelhantes que estão de acordo com as especificações das
agências reguladoras (FDA e ANVISA), que estipulam que a razão entre as médias de C
max
e de ASC
0-
48th
situam-se entre 80 e 125% com um intervalo de confiança de 90%.
84
7 CONCLUSÃO
As formulações estudadas, sob a forma de comprimidos de 150μg de levotiroxina sódica,
apresentaram biodisponibilidades semelhantes, quando administradas em dose única de 600μg, por via
oral a voluntários sadios; sendo então consideradas bioequivalentes.
Com base nos resultados observados sugere-se que os protocolos de biodisponibilidade
sejam desenvolvidos através de delineamentos paralelos, visando eliminar efeito de período e incluam
a determinação de TSH como parâmetro indireto de eficácia terapêutica.
Nossos resultados demonstraram que a administração da formulação Teste (Levotiroxina)
e Referência (Puran®T4) apresentam equivalência de velocidade e intensidade de absorção de T3 e T4
e, dessa forma as duas formulações podem ser consideradas bioequivalentes.
85
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da diretoria
colegiada da Anvisa (RDC) nº 135, de 29 de maio de 2003. Estabelece regulamento técnico para
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92
ANEXO A – LISTA DE RANDOMIZAÇÃO
Estudo de biodisponibilidade comparativa entre uma formulação contendo levotiroxina sódica
produzida pelo Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. (TETROID® comprimido de 150μg)
versus Puran® T4 produzido pelo Sanofi-synthelabo Ltda (comprimido de 150μg - formulação
referência) em voluntários sadios
LISTA DE RANDOMIZAÇÃO PROPOSTA
INICIAIS PERÍODO I PERÍODO II
1. CA120583 PURAN® T4 TETROID® - ACHÉ
2. SS250283 TETROID® - ACHÉ PURAN® T4
3. MS260387 PURAN® T4 TETROID® - ACHÉ
4. TA071177 TETROID® - ACHÉ PURAN® T4
5. FC101073 PURAN® T4 TETROID® - ACHÉ
6. JA310776 TETROID® - ACHÉ PURAN® T4
7. RC100483 PURAN® T4 TETROID® - ACHÉ
8. SB180784 TETROID® - ACHÉ PURAN® T4
9. GG280574 PURAN® T4 TETROID® - ACHÉ
10. AC060367 TETROID® - ACHÉ PURAN® T4
11. DC051184 PURAN® T4 TETROID® - ACHÉ
12. TS180383 TETROID® - ACHÉ PURAN® T4
13. FR060184 PURAN® T4 TETROID® - ACHÉ
14. FA221268 TETROID® - ACHÉ PURAN® T4
15. RD300683 PURAN® T4 TETROID® - ACHÉ
16. DS040182 TETROID® - ACHÉ PURAN® T4
17. JF301084 PURAN® T4 TETROID® - ACHÉ
18. ZC140279 TETROID® - ACHÉ PURAN® T4
19. FQ200455 PURAN® T4 TETROID® - ACHÉ
20. RP080187 TETROID® - ACHÉ PURAN® T4
21. WA150785 PURAN® T4 TETROID® - ACHÉ
22. JF230284 TETROID® - ACHÉ PURAN® T4
23. GS031057 PURAN® T4 TETROID® - ACHÉ
24. LM040878 TETROID® - ACHÉ PURAN® T4
93
ANEXO B – CASE REPORT FORMULARY (CRF)
FOLHA DE CADASTRO
Dados do Voluntário
Nome
Nascimento
Data Local
Sexo
Masculino Feminino
Grau de Instrução
Estado Civil
Solteiro(a) Casado(a) Viúvo(a)
Divorciado(a)
Filiação
Mãe
Endereço Residencial
Telefone(s)
Residencial Celular Recados
RG
Órgão
Emissor
Data
Emissão
CPF
PRONTUÁRIO- UNIFAC
*
O nome e o Nº Protocolo, Nº e código do Voluntário são preenchidos quando da inclusão do voluntário no estudo
Responsável pelas Informações Assinatura Data da Assinatura
94
HISTÓRIA CLÍNICA – PRÉ-ESTUDO
Dados do Voluntário
Nascimento Idade Sexo Raça Ocupação
M
F
C M N A
O
Caucasóide Mulata Negra Amarela Outra
Medidas
Pressão Arterial
Sistólica / Diastólica
(Após 5 min sentado)
Pulso Arterial
Altura Peso Corporal
(Roupas leves)
Índice de Massa
Corporal
Temperatura
(axilar)
mm/Hg batimentos/min m kg Kg/m
2
ºC
Revisão de Sistemas
Sistema / História Normal Anormal Forneça os detalhes que julgar pertinentes
Alergias
Alergia a drogas
Olhos-ouvidos-nariz-garganta
Respiratório
Cardiovascular
Gastrintestinal
Geniturinário
Sistema Nervoso Central
Hematopoiético-Linfático
Endócrino-Metabólico
Dermatológico
Músculo-esquelético
Estabilidade Emocional
Abuso de Álcool ou Drogas
História Familiar
História Cirúrgica
Outras Informações
O profissional deve também averiguar se há suspeita de não enquadramento do voluntário em função dos
Critérios de Inclusão / Exclusão, assinalando o campo apropriado nas folhas onde constam estes critérios.
Hist. Obstétrica
Gest..: Partos: Abortos:
Cesáreas:
DUM:
Voluntárias
Mulheres
Método Anticoncepcional
ACO ACIM DIU Outro:
Tabagismo
Fumante
Qtde:
Nunca Doou
Nunca Fumou Ex-Fumante
Época:
Doação de Sangue
Última doação:
Café
Nega
Consumo
Qtde. / dia :
Chá
Nega
Consumo
Qtde. / dia :
Álcool
Nega
Consumo
Qtde. / sem.:
Outras inf:
Informar p.ex., o nome do anticoncepcional
Profissional Responsável pela Avaliação Assinatura Data da Assinatura
95
EXAME FÍSICO – PRÉ-ESTUDO
Exame Físico
Item Normal Anorma
l
Forneça os detalhes que julgar pertinentes
Aparência
Pele/ Mucosas
Cabeça e Pescoço
Tireóide
Olhos
Ouvidos
Nariz
Boca/ Garganta
Tórax
Coração
Fígado
Baço
Gânglios Linfáticos
Condição Neurológica
Extremidades
Músculo-esquelético
Comentários Adicionais
Recomendações
Reiteradas as restrições quanto ao uso de medicamentos ? Sim Não
Reiteradas as restrições de dieta (alimentos e bebidas) ? Sim Não
Reiterada a possibilidade de falha do ACO / DIU, bem como a
recomendação do uso de preservativos ?
Sim
Não
Não se Aplica
Reiteradas as demais diretrizes e restrições previstas em
protocolo ?
Sim Não
Médico Responsável pela Avaliação Assinatura Data da Assinatura
96
EXAMES LABORATORIAIS – PRÉ-ESTUDO
1/2
Hematologia
Coletado em:
Marque quando solicitar repetição do Hemograma
Data * Parâmetro Valor Correção Valores de Referência
Hemoglobina g/dL Homem: 13,5 - 18 Mulher: 11,5 – 16,4
Hematócrito % Homem: 40 – 54 Mulher: 36 - 47
Eritrócitos 10
6
/mm
3
Homem: 4,5 – 6,5 Mulher: 3,9 - 5,8
VCM Micra 76,0 – 96,0
HbCM Pg 27 - 32
Leucócitos 10
3
/mm
3
5 – 10
Contagem Diferencial %
Bastões 1 – 3
Segmentados 40 – 75
Linfócitos 20 – 45
Monócitos 2 – 10
Basófilos 0 – 1
Eosinófilos 1 – 6
Outros -
Plaquetas 10
3
/mm
3
150 - 450
Tempo de Protrombina S n.d n.d
Percentual de Ativação % n.d n.d
Tempo de Tr. Parc.Ativ. s n.d n.d
Comentários Globais
Bioquímica
Coletado em:
Marque quando solicitar repetição do Teste
Data * Parâmetro Valor Correção Valores de Referência
Colesterol Total mg/dL < 200
Triglicerídeos mg/dL < 150
Proteínas Totais g/dL 6,6 – 8,7
Albumina mg/dL 3,4 – 4,8
Globulinas g/dL -
Ácido Úrico mg/dL Homem: 3,4 - 7,0 Mulher: 2,4 - 5,7
Bilirrubina Total mg/dL Até 1,1
Direta mg/dL Até 0,3
Indireta mg/dL Até 0,7
Fosfatase Alcalina U/L Homem: < 270 Mulher: < 240
γGT
U/L Homem: 8 - 61 Mulher: 5 - 36
TGO (AST) U/L Homem: até 38 Mulher: até 32
TGP (ALT) U/L Homem: até 41 Mulher: até 31
TSH
T3
T4
Uréia mg/dL 10 - 50
Creatinina mg/dL 0,7 - 1,2
Glicose em jejum mg/dL 70 - 105
Comentários Globais
* A ser preenchida somente quando a data da coleta do material para a 1ª realização de algum teste diferir da data indicada no cabeçalho. Não usar para repetições
97
EXAMES LABORATORIAIS – PRÉ-ESTUDO
2/2
Análise de
Urina
Coletado em:
Marque quando solicitar a repetição do Ex. de
Urina
Data * Parâmetro Valor Correção Valores de Referência
Densidade 1005 – 1030
pH 4,5 – 8,0 (média 6,0)
Proteínas -
Glicose -
Corpos Cetônicos -
Urobilinogênio Traços Normais
Bilirrubina -
Nitritos -
Análise Microscópica
Glób. Brancos < 03
Glób. Vermelhos -
Cilindros 0 – 1
Céls Epiteliais Algumas
Cristais -
Bactérias -
Outros -
Comentários Globais
Fezes
Coletado em:
Marque quando solicitar a repetição do Ex. de Fezes
Parasitológico Positivo Negativo
Comentários:
Sorologia
Coletado em:
Marque quando solicitar a repetição do Teste
Parâmetro Resultado Comentários
Hepatite B Positivo Negativo
Hepatite C Positivo Negativo
HIV 1 + HIV 2 Positivo Negativo
Teste Gravidez
Coletado em:
Repetição Solicitada NÃO APLICÁVEL
β
HCG
Positivo Negativo
Comentários:
Responsável pela transcrição dos dados Assinatura Data da Assinatura
Médico Responsável pela Avaliação Assinatura Data da Assinatura
98
ECG – PRÉ-ESTUDO
Parâmetros
ECG 12 derivações Marque quando solicitar a repetição do Exame
FC bpm
Ritmo
Cardíaco
Intervalo PR s
Duração do
QRS
s
QT s
Normal
Não clinicamente significativo
Diagnóstico
Anormal
Clinicamente significativo
Especificação da Anomalia
(preencher caso tenha sido assina-lado
“Diagnóstico Anormal”,
independentemente de ser significativo)
Conclusão
Apto para participação no Estudo Não Apto
Apto com restrições
12.
ndique as restrições
específicas
13. Observações
Comentários
Médico Responsável pela Avaliação Assinatura Data da Assinatura
99
AVALIAÇÃO PRÉ-ESTUDO
Repetição de Exames
ASSINALE SE NÃO REALIZADO
Parâmetro
Data Coleta
(dd/mm)
Resultado
Responsável pela
transcrição dos dados
Rubrica e Data
Hemograma
Bioquímica
Exame de Urina
Exame de Fezes
Sorologia
ECG
Comentários
Médico Responsável pela Avaliação Assinatura Data da Assinatura
CRITÉRIOS DE ADMISSÃO
1/2Data de Referência da Avaliação
100
Critérios de Inclusão
1.
O voluntário tem entre 18 e 50 anos de idade. Sim Não
2.
O índice de massa corpórea do voluntário é maior ou igual a 19 e menor
ou igual a 30.
Sim Não
3.
O voluntário foi examinado e considerado com boas condições de saúde
ou
sem doenças significativas, a juízo médico, de acordo com as regras
definidas no Protocolo e avaliações a que foi submetido: história clínica,
medidas de pressão e pulso, exame físico, ECG, e exames laboratoriais
complementares.
Sim Não
4.
O voluntário é capaz de compreender a natureza e objetivo do estudo,
inclusive os riscos e efeitos adversos e com intenção de cooperar com o
pesquisador e agir de acordo com os requerimentos de todo o ensaio, o
que vem a ser confirmado mediante a assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido.
Sim Não
Critérios de Exclusão
1.
O voluntário tem hipersensibilidade conhecida á levotiroxina ou a
compostos quimicamente relacionados (tiroxina); história de reações
adversas graves ou hipersensibilidade a qualquer droga
Sim Não
2.
O voluntário que apresentou ou apresenta qualquer condição patológica
que possa interferir na farmacocinética (absorção, distribuição, excreção
ou metabolismo) ou farmacodinâmica da levotiroxina.
Sim Não
3.
Uso de terapia de manutenção com qualquer droga. Sim Não
4.
Tem história de doença, hepática, renal, pulmonar, epiléptica,
hematológica ou psiquiátrica; tem hipo ou hipertensão de qualquer
etiologia que necessite de tratamento farmacológico; tem história ou teve
infarto do miocárdio, angina pectoris e/ou insuficiência cardíaca.
Sim Não
5.
Achados eletrocardiográficos não recomendados. a critério do
investigador. para a participação no estudo.
Sim Não
6.
Os resultados dos exames laboratoriais complementares estão fora dos
valores considerados normais de acordo com as normas deste protocolo,
a menos que sejam considerados não clinicamente significativos pelo
investigador .
Sim Não
7.
O voluntário apresenta qualquer um dos testes de função da tireóide (T3,
T4 e THS) com valores anormais
8.
Voluntária do sexo feminino com βHCG positivo
A Data de Referência corresponde à última data na qual as informações foram obtidas para fins de utilização na avaliação dos Critérios de Admissão.
Corresponde, normalmente à data do Exame Físico, salvo a realização de entrevista, avaliação de resultados de exames laboratoriais complementares ou
outro contato por parte equipe considerado para avaliação dos Critérios de Admissão.
101
CRITÉRIOS DE ADMISSÃO
2/2
Critérios de Exclusão
7.
O Voluntário fuma mais que dez cigarros por dia. Sim Não
8.
O voluntário ingere mais do que 5 xícaras de café ou chá por dia. Sim Não
9.
Tem história de abuso de álcool ou drogas. Sim Não
10.
Fez uso de medicação regular dentro das duas semanas que antecedem o
início do tratamento deste estudo e/ou fez uso de qualquer medicação
dentro de uma semana antes do início do tratamento deste estudo. Ou os
casos em que, com base na meia-vida do fármaco e/ou s ativos, possa ser
assumida a completa eliminação.
Sim Não
11.
Foi internado por qualquer motivo durante as 8 semanas antes do
primeiro período de tratamento deste estudo.
Sim Não
12.
Terapia dentro dos 3 meses prévios ao início do tratamento deste estudo
com qualquer droga que se conheça ter um potencial tóxico bem definido
nos grandes órgãos
Sim Não
13.
O voluntário participou de qualquer estudo experimental ou ingeriu
qualquer droga experimental dentro dos 3 meses que antecedem o início
do tratamento deste estudo
Sim Não
14.
O voluntário doou ou perdeu 450 mL ou mais de sangue dentro dos três
meses que antecederam o estudo ou doou mais de 1500mL dentro dos 12
meses anteriores ao início do tratamento deste estudo.
Sim Não
15.
O voluntário tem qualquer condição que o impede de participar do
estudo, à juízo do investigador
Sim Não
Conclusão
Após a avaliação da história, exame físico, exames
laboratoriais, ECG, critérios de inclusão e exclusão o médico
responsável considerou o Voluntário:
Apto para participação no Estudo
Não Apto
Médico Responsável pela Avaliação Assinatura Data da Assinatura
102
PRIMEIRO PERÍODO DE INTERNAÇÃO
1/6
Internação
ASSINALE SE O VOLUNTÁRIO NÃO
COMPARECEU
Admitido na UNIFAC Data Horário
Rubrica:
Exames Laboratoriais*
Material Coletado em: Data
Hemoglobina Hematócrito Creatinina TGO (AST) TGP (ALT) Rubrica
Valor
Valores Normais
H: 13,5 – 18,0
M: 11,5 – 16,4
H: 40,0 – 54,0
M: 36,0 – 47,0
H: 0,70 – 1,2
M: 0,50 – 0,9
H: até 38
M: até 32
H: até 41
M: até 31
g/dL % mg/dL U/L U/L -
* Solicitado somente quando exigido pelo protocolo
Avaliação Inicial Segurança / Aderência
Alguma mudança significativa desde o exame
de seleção ?
Não Sim
Comentários:
Algum sinal, sintoma ou doença desde o
exame de seleção ?
Não Sim
Preencher a folha de Sinais e Sintomas Pré-Dose
Ingeriu medicamentos nos 14 dias que
precedem a data do início do tratamento ?
Não Sim
Preencher a folha de medicação Pré-dose
Suspeita de abuso de drogas ou ingeriu
bebidas alcoólicas nas últimas 12 horas ?
Não Sim
Realizar teste previsto no Protocolo
Resultado:
Ingeriu alimentos ou bebidas constantes nas
restrições de dieta
Não Sim
Comentários:
Foi hospitalizado por qualquer motivo
Não
Sim
Comentários:
Doou ou perdeu Sangue (> 450mL)
Não
Sim
Comentários:
Encontra-se enquadrado em qualquer outro
Critério de Exclusão ?
Não Sim
Comentários:
Avaliação Pré-dose de Aderência
Deixou de cumprir as restrições de dieta,
sobretudo período de Jejum.
Não Sim
Comentários:
Realizou exercício físico intenso durante a
Internação (12 horas antes da medicação).
Não Sim
Comentários:
Deixou de cumprir qualquer outra restrição
(
ou resposta positiva na reavaliação do
s
critérios acima )
Não Sim
Comentários:
O voluntário ratificou seu desejo de participar
do Estudo? (Consentimento Informado)
Sim
Não
Caso assinalada a coluna à direita em qualquer dos 11
itens acima Preencher abaixo
O médico responsável (em conjunto com o Pesquisador Principal
no caso de uso de medicamentos) decidiu que o Voluntário:
permanece apto para participar no Estudo
deve ser desligado do Estudo
Obs.: Complete as Folhas de “Sinais e Sintomas Pré-dose” e "Medicação Pré-dose" quanto ao status pré-dose.
Médico Responsável pela Avaliação Assinatura Data da Assinatura
UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS
2/6
Princípio(s) Ativo(s) Nome Comercial
Forma
Farmacêutica
Data do Início
Tratamento
(dd-mm-aa)
Hora
(hh:mm ou turno)
Dose
(em unidades)
Via
Administ.
Duração
Tratamento
Intervalo de
Doses
(1x/dia, … 8/8h)
Prescrição
Data do
Término
Tratamento
(dd-mm-aa)
Prescrição:
Equipe UNIFAC Prescrição Externa Auto-medicação
SINAIS E SINTOMAS PRÉ-DOSE
T
1
T
2
T
3
T
4
Utilize o campo acima para qualquer outra informação julgada relevante
Revisão Pré-Dose
A ser realizada imediatamente antes da administração da 1ª dose da medicação do Estudo.
Revisado em:
(data )
Foi utilizada alguma medicação desde o prazo de controle
previsto no Protocolo até o início do Tratamento ?
Não
Sim Complementar o quadro acima
Médico Responsável pela Revisão Pré-dose Assinatura Data da Assinatura
PRIMEIRO PERÍODO DE INTERNAÇÃO
3/6
Formulação deste Período de Internação:
REFERENCIA
PURAN® T4 – Sanofi-synthelabo
Serão Administrados: 04 comprimidos de 150μg
Administração(ões)
Data
Administração
(dd/mm/aa)
Jejum
Observou
o jejum previsto?
Administração
[ 1 ] Administrado de acordo c/
Protocolo
[ 2 ] Erro/Inversão na randomização
[ 3 ] Erro na dose
[ 9 ] Outro
Rubrica
Sim Não 1[ ] 2[ ] 3[ ] 9[ ]
Indique os detalhes no campo de Observações disponível na penúltima folha desta seção
Coleta de Amostras
Materia
l:
Sangue
Volume por
amostra:
4,5mL
Nº de
Ordem
Tempo
de
Coleta
(hh:mm)
Horário Previsto
(hh:mm)
Horário Real
(hh:mm)
Desvios
Atrasos /
Indisponibilidade /
Outros
.
Rubrica
(coluna para correções)
(coluna para correções)
1
30 min Pré
2
15 min Pré
3
00:00h
4
00:30h
5
01:00h
6
01:30h
7
02:00h
8
02:30h
9
03:00h
10
04:00h
11
06:00h
12
08:00h
13
10:00h
14
12:00h
15
18:00h
16
24:00h
17
48:00h
Atraso na coleta [A1] Problema no acesso venoso [A2] Atraso do Voluntário [A3] Erro Operacional
Não coletada [N1] Problema no acesso venoso [N2] Não comparecimento do Voluntário [N3] Erro Operacional
Outros Casos [6] Amostra Hemolisada [7] Amostra Hiperlipêmica [8] Perda no Processamento [9] Outros desvios
105
PRIMEIRO PERÍODO DE INTERNAÇÃO
4/6
Refeições
Última alimentação ocorreu pelo menos 8h antes da administração: Sim Não
O término do jejum ocorreu pelo menos 2h após a administração: Sim Não
Refeição
Data
(dd/mm/aa)
Horário
(Relógio 24h)
(hh:mm )
Refeição Ingerida?
(S/N)
Rubrica
Ceia
S N
Almoço
S N
Lanche da tarde
S N
Jantar
S N
Ceia
S N
Desjejum
S N
Ingestão de Líquidos
Ingestão de líquidos interrompida 2h antes da administração: Sim Não
Liberação de líquidos ocorrida 2h depois da administração: Sim Não
Outras Informações
Rubrica e Data:
106
PRIMEIRO PERÍODO DE INTERNAÇÃO
5/6
Sinais Vitais
Ordem
Tempo
após
1ª dose
(hh:mm)
Horário
Previsto
(Relógio 24h )
(hh:mm)
Horário
Real
(Relógio 24h )
(hh:mm)
Pressão Arterial
(Sentado)
(mmHg)
(p/ correções)
Pulso
(Sentado)
(bpm)
(p/ correções)
Temperatura
(axilar)
(ºC)
(p/ correções)
Rubrica
1
0:00h
2
1:00h
3
2:00h
4
4:00h
5
6:00h
6
8:00h
7
10:00h
8
12:00h
9
24:00h
10
48:00h
Observações
Rubrica e Data:
107
PRIMEIRO PERÍODO DE INTERNAÇÃO
6/6
Avaliação Para-Alta
Alguma mudança significativa desde o exame
anterior ?
Não Sim
Comentários:
Algum Evento Adverso durante o internamento ?
Não
Sim
Preencher a folha de “Eventos Adversos.
Ingeriu medicamentos concomitantes ao tratamento
?
Não
Sim
Preencher a folha de
Medicação Pós-dose
Deixou de cumprir alguma restrição do Protocolo?
Não
Sim
Preencher folha de comentários adicionais
A alta ocorreu por desligamento do Voluntário ?
Não
Sim
Preencher o quadro de “Término Prematuro” e
comentários adicionais, caso haja relação.
14.
PREENCHER ABAIXO SOMENTE NO CASO DE DESLIGAMENTO
Algum das formulações sob investigação foi ingerida ?
Não
Sim
Preencher abaixo:
Reiteradas as restrições de doação e participação em estudos ?
Sim Não
Conclusão:
Alta Autorizada Alta inicialmente não autorizada
Rubrica:
Caso a Alta não tenha sido inicialmente autorizada, informar a Data e
Horário em que a Alta foi concedida (fazer registro no campo
Observações)
___________________________________________________
Responsável pela Avaliação
____/____/____ _____:_____
Data Horário
Observações
Rubrica e Data:
Saída da UNIFAC
O voluntário deixou a UNIFAC logo após a autorização de alta Rubrica
Efetivada em
Data
:
Horário:
108
SEGUNDO PERÍODO DE INTERNAÇÃO
1/6
Internação
ASSINALE SE O VOLUNTÁRIO NÃO
COMPARECEU
Admitido na Unidade Data Horário
Rubrica:
Exames Laboratoriais*
Material Coletado em: Data
Hemoglobina Hematócrito Creatinina TGO (AST) TGP (ALT) Rubrica
Valor
Valores Normais
H: 13,5 – 18,0
M: 11,5 – 16,4
H: 40,0 – 54,0
M: 36,0 – 47,0
H: 0,70 – 1,2
M: 0,50 – 0,9
H: até 38
M: até 32
H: até 41
M: até 31
g/dL % mg/dL U/L U/L -
* Solicitado somente quando exigido pelo protocolo
Avaliação Inicial Segurança / Aderência
Alguma mudança significativa desde o exame
anterior ?
Não Sim
Comentários:
Algum sinal, sintoma ou doença desde o
exame anterior ?
Não Sim
Preencher a folha de Eventos Adversos
Ingeriu medicamentos desde a alta da
internação anterior ?
Não Sim
Preencher a folha de medicação Pós-dose
Suspeita de abuso de drogas ou ingeriu
bebidas alcoólicas nas últimas 12 horas ?
Não Sim
Realizar teste previsto no Protocolo
Resultado:
Ingeriu alimentos ou bebidas constantes nas
restrições de dieta
Não Sim
Comentários:
Foi hospitalizado por qualquer motivo
Não
Sim
Comentários:
Doou ou perdeu Sangue (> 450mL)
Não
Sim
Comentários:
Encontra-se enquadrado em qualquer outro
Critério de Exclusão ?
Não Sim
Comentários:
Avaliação Pré-dose de Aderência
Deixou de cumprir as restrições de dieta,
sobretudo período de Jejum
Não Sim
Comentários:
Realizou exercício físico intenso durante a
Internação (12 horas antes da medicação)
Não Sim
Comentários:
Deixou de cumprir qualquer outra restrição
(
ou resposta positiva na reavaliação do
s
critérios acima )
Não Sim
Comentários:
O voluntário ratificou seu desejo de participar
do Estudo? (Consentimento Informado)
Sim
Não
Caso assinalada a coluna à direita em qualquer dos 11
itens acima Preencher abaixo
O médico responsável (em conjunto com o Pesquisador Principal
no caso de uso de medicamentos) decidiu que o Voluntário:
permanece apto para participar no Estudo
deve ser desligado do Estudo
Obs.: Complete as Folhas de “Sinais e Sintomas Pré-dose” e "Medicação Pré-dose" quanto ao status pré-dose.
Médico Responsável pela Avaliação Assinatura Data da Assinatura
109
SEGUNDO PERÍODO DE INTERNAÇÃO
2/6
Formulação deste Período de Internação:
TESTE
TETROID® - Ache Laboratório Farmacêutico
Serão Administrados: 04 comprimidos de 150μg
Administração(ões)
Data
Administração
(dd/mm/aa)
Jejum
Observou
o jejum previsto?
Administração
[ 1 ] Administrado de acordo c/
Protocolo
[ 2 ] Erro/Inversão na randomização
[ 3 ] Erro na dose
[ 9 ] Outro
Rubrica
Sim Não 1[ ] 2[ ] 3[ ] 9[ ]
Indique os detalhes no campo de Observações disponível na penúltima folha desta seção
Coleta de Amostras
Materia
l:
Sangue
Volume por
amostra:
4,5mL
Nº de
Ordem
Tempo
de
Coleta
(hh:mm)
Horário Previsto
(hh:mm)
Horário Real
(hh:mm)
Desvios
Atrasos /
Indisponibilidade /
Outros
.
Rubrica
(coluna para correções)
(coluna para correções)
1
30 min Pré
2
15 min Pré
3
00:00h
4
00:30h
5
01:00h
6
01:30h
7
02:00h
8
02:30h
9
03:00h
10
04:00h
11
06:00h
12
08:00h
13
10:00h
14
12:00h
15
18:00h
16
24:00h
17
48:00h
Atraso na coleta [A1] Problema no acesso venoso [A2] Atraso do Voluntário [A3] Erro Operacional
Não coletada [N1] Problema no acesso venoso [N2] Não comparecimento do Voluntário [N3] Erro Operacional
Outros Casos [6] Amostra Hemolisada [7] Amostra Hiperlipêmica [8] Perda no Processamento [9] Outros desvios
110
SEGUNDO PERÍODO DE INTERNAÇÃO
3/6
Refeições
Última alimentação ocorreu pelo menos 8h antes da administração: Sim Não
O término do jejum ocorreu pelo menos 2h após a administração: Sim Não
Refeição
Data
(dd/mm)
Horário Real
(Relógio 24h)
(hh:mm)
Refeição Ingerida?
(S/N)
Rubrica
Ceia
S N
Almoço
S N
Lanche da tarde
S N
Jantar
S N
Ceia
S N
Desjejum
S N
Ingestão de Líquidos
Ingestão de líquidos interrompida 2h antes da administração: Sim Não
Liberação de Líquidos ocorrida 2h depois da administração: Sim Não
Outras Informações
Rubrica e Data:
111
SEGUNDO PERÍODO DE INTERNAÇÃO
4/6
Sinais Vitais
Ordem
Tempo
após
1ª dose
(hh:mm)
Horário
Previsto
(Relógio 24h )
(hh:mm)
Horário
Real
(Relógio 24h )
(hh:mm)
Pressão Arterial
(Sentado)
(mmHg)
(p/ correções)
Pulso
(Sentado)
(bpm)
(p/ correções)
Temperatura
(axilar)
(ºC)
(p/ correções)
Rubrica
1
0:00h
2
1:00h
3
2:00h
4
4:00h
5
6:00h
6
8:00h
7
10:00h
8
12:00h
9
24:00h
10
48:00h
Observações
Rubrica e Data:
112
SEGUNDO PERÍODO DE INTERNAÇÃO
5/6
Avaliação Pré-Alta
Alguma mudança significativa desde o exame
anterior ?
Não Sim
Comentários:
Algum Evento Adverso durante a hospitalização ?
Não
Sim
Preencher a folha de “Eventos Adversos.
Ingeriu medicamentos concomitantes ao tratamento
?
Não
Sim
Preencher a folha de
Medicação Concomitante
Deixou de cumprir alguma restrição do Protocolo?
Não
Sim
Preencher folha de comentários adicionais
A alta ocorreu por desligamento do Voluntário ?
Não
Sim
Preencher o quadro de “Término Prematuro” e
comentários adicionais, caso haja relação.
15.
PREENCHER ABAIXO SOMENTE NO CASO DE DESLIGAMENTO
Alguma das formulações sob investigação foi ingerida ?
Não
Sim
Preencher abaixo:
Reiterada a necessidade de comparecer ao Exame Pós Alta ?
Sim Não
Reiteradas as restrições de doação e participação em estudos ?
Sim Não
Conclusão:
Alta Autorizada Alta inicialmente não autorizada
Rubrica:
Caso a Alta não tenha sido inicialmente autorizada, informar a Data e
Horário em que a Alta foi concedida (fazer registro no campo
Observações)
___________________________________________________
Responsável pela Avaliação
____/____/____ _____:_____
Data Horário
Observações
Rubrica e Data:
Saída da UNIFAC
O voluntário deixou a UNIFAC logo após a autorização de alta Rubrica
Efetivada em Data:
Horário:
UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS
6/6
Princípio(s) Ativo(s) Nome Comercial
Forma
Farmacêutica
Data do Início
Tratamento
(dd-mm-aa)
Hora
(hh:mm ou turno)
Dose
(em unidades)
Via
Administ.
Duração
Tratamento
Intervalo de
Doses
(1x/dia, … 8/8h)
Prescrição
Data do
Término
Tratamento
(dd-mm-aa)
Prescrição:
Equipe UNIFAC Prescrição Externa Auto-medicação
SINAIS E SINTOMAS PÓS-DOSE
T
1
T
2
T
3
T
4
Utilize o campo acima para qualquer outra informação julgada relevante
Revisão Alta
A ser realizada imediatamente após a administração da 2ª dose da medicação do Estudo.
Revisado em:
(data )
Foi utilizada alguma medicação desde o início do tratamento até o término do estudo clínico?
Não
Sim Complementar o quadro acima
Médico Responsável pela Revisão Pós-dose Assinatura Data da Assinatura
114
EXAME FÍSICO – PÓS ESTUDO
ASSINALE SE NÃO REALIZADO
(Ver Encerramento do Estudo)
(Se necessário, preencher Folha de EAs)
Pressão Arterial
Sistólica / Diastólica
(Após 5 min sentado)
Pulso Arterial
(Sentado)
Peso Corporal
(Roupas leves)
Temperatura
(axilar)
mm/Hg batimentos/min kg ºC
Exame Físico
Item Normal Anormal Forneça os detalhes que julgue pertinentes
a
Pele/ Mucosa
Cabeça e Pescoço
Tireóide
Olhos
Ouvidos
Nariz
Boca/ Garganta
Tórax
Coração
Fígado
Baço
Gânglios Linfáticos
Condição Neurológica
Extremidades
Músculo-esquelético
Comentários Adicionais
Assinalar somente no encerramento do estudo, já que o voluntário pode vir a comparecer em uma nova convocação
Médico Responsável pela Avaliação Assinatura Data da
Assinatura
115
EXAMES LABORATORIAIS – PÓS ESTUDO
1/2
Hematologia
Coletado em:
Marque quando solicitar repetição do Hemograma
Data * Parâmetro Valor Correção Valores de Refrência
Hemoglobina g% Homem: 13,5 -18 Mulher: 11,5 – 16,4
Hematócrito % Homem: 40 - 54 Mulher: 36 - 47
Eritrócitos 10
6
/mm
3
Homem: 4,5 – 6,5 Mulher: 3,9 - 5,8
VCM Micra 76,0 – 96,0
HbCM Pg 27 - 32
Leucócitos 10
3
/mm
3
5 – 10
Contagem Diferencial %
Bastões 1 – 3
Segmentados 40 – 75
Linfócitos 20 – 45
Monócitos 2 – 10
Basófilos 0 – 1
Eosinófilos 1 – 6
Outros -
Plaquetas 10
3
/mm
3
150 - 450
Tempo de Protrombina S n.d n.d
Percentual de Ativação % n.d n.d
Tempo de Tr. Parc.Ativ. s n.d n.d
Comentários Globais
116
ASSINALE SE NÃO REALIZADO
(Ver Encerramento do Estudo)
* A ser preenchida somente quando a data da coleta do material para a 1ª realização de algum teste diferir da data indicada no cabeçalho. Não usar para repetições
Bioquímica
Coletado em:
Marque quando solicitar repetição do Teste
Data * Parâmetro Valor Correção Valores de Referência
Colesterol Total mg/dL < 200
Triglicerídeos mg/dL < 150
Proteína Total g/dL 6,6 – 8,7
Albumina mg/dL 3,4 – 4,8
Globulinas g/dL -
Ácido Úrico mg/dL Homem:3,4 a 7,0 Mulher:2,4 a 5,7
Bilirrubina Total mg/dL Até 1,1
Direta mg/dL Até 0,3
Indireta mg/dL Até 0,7
Fosfatase Alcalina U/L Homem: < 270 Mulher: < 240
γGT
U/L Homem: 8 - 61 Mulher: 5 - 36
TGO (AST) U/L Homem: até 38 Mulher: até 32
TGP (ALT) U/L Homem: até 41 Mulher: até 31
TSH
T3
T4
Uréia mg/dL 10 – 50
Creatinina mg/dL 0,7 – 1,2
Glicose em jejum mg/dL 70 – 105
Comentários Globais
117
Análise de Urina
Coletado em:
Marque quando solicitar a
repetição do Ex. de Urina
Data * Parâmetro Valor Correção Valores de Referência
Densidade 1005 – 1030
pH 4,5 – 8,0 (média 6,0)
Proteínas -
Glicose -
Corpos Cetônicos -
Urobilinogênio Traços Normais
Bilirrubina -
Nitritos -
Análise Microscópica
Leucócitos < 03
Hemácias -
Cilindros 0 – 1
Céls Epiteliais Algumas
Cristais -
Bactérias -
Outros -
Comentários Globais
Responsável pela Transcrição dos Dados Assinatura Data da
Assinatura
Médico Responsável pela Avaliação Assinatura Data da
Assinatura
EXAMES LABORATORIAIS – PÓS ESTUDO
2/2
118
AVALIAÇÃO PÓS-ESTUDO
Repetição de Exames
ASSINALE SE NÃO REALIZADO
Parâmetro Data
Coleta
(dd/mm)
(Novo)
Resultado
Responsável
Avaliação
Rubrica e Data
Hemograma
Bioquímica
Exame de Urina
ECG
Outros
Comentários
Médico Responsável pela Avaliação Assinatura Data da Assinatura
119
E C G – PÓS ESTUDO
ASSINALE SE NÃO REALIZADO
(Ver Encerramento do Estudo)
Parâmetros
ECG 12 derivações
HR bpm
Ritmo
Cardíaco
Intervalo PR s
Duração do
QRS
s
QT s
Normal
Não clinicamente significativo
Diagnóstico
Anormal
Clinicamente significativo
Especificação da Anomalia
(preencher caso tenha sido assina-lado
“Diagnóstico Anormal”,
independentemente de ser significativo)
Conclusão Comparativa
Inalterado ou sem alterações clinicamente relevantes
(em relação ao ECG pré-tratamento)
Nova alteração ou piora
em relação à situação inicial
Preencher a folha de Eventos Adversos,
indicando o as condições pré e pós estudo
Preencher demais folhas complementares s/n
Melhora em relação à situação
inicial
Outro
Especificar abaixo e preencher a folha de
Eventos Adversos, se aplicável
Não comparado
Observações:
Médico Responsável pela Avaliação Assinatura Data da
Assinatura
120
ENCERRAMENTO DA ETAPA CLÍNICA
1/2
Avaliação
Foram evidenciadas diferenças significativas entre
os resultados de exame laboratoriais pré e pós-
estudo ? *
Não Sim
Preencher a folha de Eventos Adversos, indicando o
exame e os valores pré e pós estudo
Preencher demais folhas complementares se necessário
Foram evidenciadas diferenças significativas entre
os achados de exame clínico / físico pré e pós-
estudo ? *
Não Sim
Preencher a folha de Eventos Adversos, indicando o as
condições pré e pós estudo
* As alterações laboratoriais ou de história clínica/exame físico consideradas não significativas (N.S.) não devem ser assinalas como "Sim"
Segurança
Alguma mudança significativa desde a últim
a
avaliação ?
Não Sim
Comentários:
Algum Evento Adverso desde a última avaliação ?
Não
Sim
Preencher a folha de “Eventos Adversos” .
Deixou de cumprir restrições previstas no
Protocolo desde a última avaliação ?
Não
Sim
Preencher a folha de “Eventos Adversos” .
Ingeriu medicamentos concomitantes ao
tratamento ?
Não
Sim
Preencher a folha de
Medicação Pós-dose
Reiteradas as restrições de doação e participação em estudos ? Sim Não
121
Responsável pelas informações Assinatura Data
Término Prematuro
ASSINALE SE NÃO HOUVE TÉRMINO PREMATURO
Antes dos Períodos de Tratamento (antes da 1ª internação)
Durante o
º Período
de Tratamento
Antes da administração das terapias previstas
Após a administração, durante a internação
Após ter recebido alta da internação
Ocasião em que foi
observada a saída:
Data:
Hora:
Não compareceu à Avaliação Pós-Estudo ou parte dela
O fato ocorreu:
Em Função de Devido a
Decisão
da Equipe
Resposta positiva à reavaliação de Critério de Exclusão
Não Aderência às exigências do Protocolo
EAs Outras razões, a juízo do investigador
Decisão
do
Voluntário
Razões Pessoais Retirada Consentimento
EAs Intolerância aos Procedimentos
Indisponibilidade Outras razões
Informação Não Disponível
Constatação de Simples Abandono (Não houve retorno por parte do voluntário)
Óbito Data do Óbito
_____/_____/_____
(ver Eventos Adversos)
Principal Causa Mordis___________________________________________________
122
ENCERRAMENTO DA ETAPA CLÍNICA
2/2
Informações Finais
Data em que foi administrada a última dose dos produtos sob Investigação:
(indicar a data relativa ao último período de internação)
Encerramento:
Conclusão do Estudo - Alta regular da Etapa Clínica após todas as avaliações
Desistência / Retirada do Consentimento antes da 1º internação / administração terapia
Alta regular após Término Prematuro, com as avaliações aplicáveis *
Encerramento Administrativo do CRF por abandono, sem completar as Avaliações Pós-Estudo **
Encerramento Administrativo do CRF; o Voluntário permanece sob acompanhamento ***
(a documentação do acompanhamento ou abandono após o encerramento do CRF será anexada ao Arquivo do Estudo)
Encerramento devido à óbito (ver Eventos Adversos e Término Prematuro)
* O voluntário desistiu ou foi desligado do estudo por qualquer motivo (inclusive EAs), mas compareceu em todos os exames de alta e/ou outras avaliações aplicáveis
** O voluntário abandonou durante as internações ou durante as avaliações pós estudo, ou não retornou para acompanhamento de EAs .
*** Inclui os casos em que está prevista a conclusão das avaliações e os casos em que EAs permanecem em aberto, sob acompanhamento após o encerramento do CRF. Envolve
os casos em que, por questão de prazos, há necessidade de encerramento administrativo do CRF, independentemente do potencial de retorno/comparecimento do voluntário
(Mesmo com Alta regular, o surgimento de Eventos Adversos pode ensejar acompanhamento a posteriori do encerramento deste CRF, que serão documentadas à parte e anexadas ao Arquivo do Estudo)
Comentários Adicionais:
Eu certifico que:
Revisei todos os dados em todas as páginas deste CRF e, até onde é de meu melhor conhecimento,
eles estão corretos, completos e, quando transcritos, correspondem exatamente aos registros originais.
Responsável pela Garantia da Qualidade Assinatura Data
Investigador Principal Assinatura Data
123
FOLHA DE EVENTO ADVERSO
Nº de Ordem do Evento 1
Assinale caso se trate de uma nova versão relativa ao mesmo evento
Detalhes Evento
Data Início do Evento
Adverso
Hora
Antes da administração do Produto sob Investigação *
Após a administração, durante a internação
Após ter recebido alta da internação
Queixa / Diagnóstico
* Ocorrências antes da administração do Produto sob Investigação no 1º Período não são Eventos Adversos
Classificações
Seriedade Não Sério Sério
Intensidade Leve Moderado Severo
Relação c/ Terapia Provável Possível Não Relacionado Desconhecido
Expectativa
Somente no
caso de
Reações
Adversas
Esperado o Esperado
Quando a natureza, intensidade ou
freqüência não é consistente com a
informação disponível na literatura
Conduta
Tratamento Farmacológico * Outra Terapia Hospitalização
Conduta Imediata
Observação (ou nenhuma ação
imediata)
Outros Não Aplicável
Exames Complem. Desnecessário Solicitados Exames:
Detalhes
* Os Tratamentos Farmacológicos são descritos na Folha de Medicação concomitante constante no
CRF.
Próximo Acomp. Retornos já programados Solicitado retorno adicional em:
Desligamento O médico retirou o Voluntário do Estudo em função do Evento
O Voluntário resolveu interromper sua participação no estudo em função do Evento
Outras Informações
Desfecho
Avaliado em
Data:
Término
Data Hora Duração
o Encerrado (Ver
abaixo)
Recuperação: Total Com Seqüelas
Evento Adverso ainda presente: Sob Observação Sob Tratamento
Status
(escolha apenas 1
opção)
Falecimento Dados Não Disponíveis (Não compareceu aos retornos solicitados)
Outras Informações
Responsável pelas Informações Assinatura Data da
Assinatura
124
FOLHA DE EVENTO ADVERSO
Nº de Ordem do Evento 2
Assinale caso se trate de uma nova versão relativa ao mesmo evento
Detalhes Evento
Data
Início do Evento
Adverso
Hora
Antes da administração do Produto sob
Investigação *
Após a administração, durante a internação
Após ter recebido alta da internação
Queixa / Diagnóstico
*Ocorrências antes da administração do Produto sob Investigação no 1º Período não são Eventos Adversos
Classificações
Seriedade Não Sério Sério
Intensidade Leve Moderado Severo
Relação c/ Terapia Provável Possível o Relacionado Desconhecido
Expectativa
Somente no
caso de
Reações
Adversas
Esperado o Esperado
Quando a natureza, intensidade ou
freqüência não é consistente com a
informação disponível na literatura
Conduta
Tratamento Farmacológico * Outra Terapia Hospitalização
Conduta Imediata
Observação (ou nenhuma ação
imediata)
Outros Não Aplicável
Exames Complem. Desnecessário Solicitados Exames:
Detalhes
* Os Tratamentos Farmacológicos são descritos na Folha de Terapias Adicionais constante no CRF.
Próximo Acomp. Retornos já programados Solicitado retorno adicional em:
Desligamento O médico retirou o Voluntário do Estudo em função do Evento
O Voluntário resolveu interromper sua participação no estudo em função do Evento
Outras Informações
Desfecho
Avaliado em
Data:
Término
Data Hora Duração
o Encerrado (Ver
abaixo)
Recuperação: Total Com Seqüelas
Evento Adverso ainda presente: Sob Observação Sob Tratamento
Status
(escolha apenas 1
opção)
Falecimento Dados Não Disponíveis (Não compareceu aos retornos solicitados)
Outras Informações
Responsável pelas Informações Assinatura Data da
Assinatura
125
COMENTÁRIOS ADICIONAIS
Evolução
Data
Hora
126
ANEXO C – DECLARAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM
SERES HUMANOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
127
ANEXO D -
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Estudo de biodisponibilidade comparativa entre uma formulação contendo
levotiroxina sódica produzida pelo Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
(TETROID® - comprimido de 150μg) versus Puran® T4 produzido pelo Sanofi-
sythelabo Ltda (comprimido de 150μg - formulação referência) em voluntários sadios.
(UNIFAC 10/2005)
Você está sendo convidado a participar de um projeto de pesquisa. Sua participação
é importante, porém, você não deve participar contra a sua vontade. Leia atentamente as
informações abaixo e faça qualquer pergunta que desejar, para que todos os procedimentos
desta pesquisa sejam esclarecidos.
O abaixo-assinado, ________________________________________________,
______ anos, RG nº________________ declara que é de livre e espontânea vontade que
está participando como voluntário do projeto de pesquisa supracitado, de responsabilidade
de dos Médicos/Pesquisadores Profa Dra. Maria Elisabete Amaral de Moraes, Prof. Dr.
Manoel Odorico de Moraes, Prof. Fernando Antonio Frota Bezerra e da Dra. Gilmara Silva
de Melo Santana da Unidade de Farmacologia Clínica (UNIFAC) da Universidade Federal
do Ceará. O abaixo-assinado está ciente que:
NATUREZA E PROPÓSITO DO ESTUDO
O objetivo da pesquisa é verificar se o comprimido de 150μg de levotiroxina,
produzidas pelo Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.,(TETROID® - formulação teste)
atinge níveis no sangue equivalentes comprimido de 150μg de levotiroxina (Puran® T4 -
formulação referência) produzido pela Sanofi-sythelabo Ltda. Você receberá as duas
medicações, cada uma em uma ocasião diferente. A ordem que você tomará cada
medicação obedecerá um sorteio.
128
PROCEDIMENTOS A SEREM REALIZADOS E RESPONSABILIDADES
Antes de sua participação no estudo e após a sua participação você será convidado a
ir na Unidade de Farmacologia Clínica para avaliar a sua condição de saúde. Você será
examinado por um médico que lhe fará um exame completo, medindo o seu pulso, sua
temperatura, sua pressão arterial. Também será feito um exame do coração
(eletrocardiogrrama). O médico lhe perguntará se você teve ou tem alguma doença e se
você faz uso de algum medicamento. Durante a visita serão coletadas amostras de sangue,
urina e fezes para exames laboratoriais. Os exames laboratoriais incluem exame de sangue
completo como hemograma completo (hemoglobina, hematócrito, contagem diferencial de
glóbulos brancos, contagem de glóbulos vermelhos e plaquetas); bioquímica sangüínea
(glicose no sangue, proteínas totais, albumina, transaminases oxalacética e pirúvica,
gamaglutamil trasnferase, creatinina, uréia, ácido úrico, colesterol e triglicerídeos); exame
sumário de urina (Urina I) .Exames para a hepatite B e C e para AIDS (HIV 1 e HIV2), T3,
T4 e TSH, no sangue, e exame de fezes (protoparasitológico), serão feitos somente no pré
estudo.
Durante o estudo, você será internado duas vezes por aproximadamente 36 horas
cada período, com intervalo mínimo de 35 dias. Em cada internamento:
a) será colhida uma amostra de sangue para dosagem de creatinina, hemoglobina,
hematócrito, transaminases e colesterol total;
b) serão administrados 04 comprimidos de 150μg de levotiroxina, acompanhado de
240 mL de água sem gás;
c)serão coletadas 17 amostras de sangue de 8 mL, cada, através de agulha
introduzida em veia superficial para a dosagem do medicamento e mais uma amostra de 10
mL antes da administração da medicação para o controle do método de dosagem do
medicamento no sangue.
d) em intervalos regulares, será verificada sua pressão, pulso e temperatura;
129
e) serão também servidas refeições padronizadas [ceia, na noite da internação (se
não interferir com o jejum); almoço, lanche da tarde, jantar e ceia no dia de administração
do medicamento; café da manhã no dia de alta] ou bebidas em horários preestabelecidos.
Após a coleta de 24 horas você receberá alta da Unidade de Farmacologia Clínica, devendo
retornar para coleta de 48 horas após a administração da medicação, em cada internação.
Um total de 300mL de sangue será colhido durante todo o estudo.
A duração total de sua participação na pesquisa está estimada em dias, a contar da
primeira internação, após o processo de seleção.
RESPONSABILIDADES
É condição indispensável, para participação no ensaio clínico, que esteja em boa
saúde e, portanto, não esteja no momento sob tratamento médico ou fazendo uso de
quaisquer drogas ou medicações e que tampouco tenha participado de outro estudo clínico
com medicamentos nos últimos 3 meses. Algumas regras deverão ser seguidas para sua
participação no estudo: a) não pode ser dependente de drogas ou álcool e caso o
investigador tenha alguma suspeita, poderá solicitar exame de urina para detecção do uso
de drogas; b) não pode ter doado (ou retirado/perdido por qualquer motivo) sangue ou
plasma dentro dos três meses que antecedem o estudo ou ter doado 1500 mL (um litro e
meio) no período de um ano antecedendo o estudo; c) não pode tomar bebidas contendo
cafeína e xantinas (café, chá, coca-cola, etc) nas 12 horas que antecedem as internações até
a última coleta.
É ainda de sua responsabilidade em relação a sua participação no ensaio clínico: a)
comparecer às internações na data e horários informados; b) permanecer em jejum pelo
tempo previsto (pelo menos 14 horas) em cada internação; c) tomar toda a medicação
prevista; d) Ingerir toda a alimentação e líquidos que tenham sido previstos; e) retornar à
Unidade de Farmacologia Clínica 1 vez em cada internação para a coleta da amostra de
sangue após a alta de cada uma das internações, no horário indicado pela equipe, relativo à
coleta de 48 horas; f) retornar à Unidade de Farmacologia Clínica na data, horário e local
130
combinados, para realização da consulta e exames de alta, independentemente de haver sido
interrompida sua participação no estudo ou de sua desistência.
POSSÍVEIS RISCOS E DESCONFORTOS
A administração oral de levotiroxina de maneira continuada pode causar reações
leves como: palpitação, insônia, dor de cabeça, febre, aumento do suor e diarréia.
Entretanto o aparecimento de efeitos indesejáveis após administração de dose única de
levotiroxina tem menor probabilidade de aparecer. Além dos efeitos citados, a
administração de qualquer medicamento pode causar reações imprevisíveis.
A retirada de sangue é um procedimento seguro e pode causar um leve desconforto,
além de uma mancha roxa pequena no local da picada que freqüentemente resolve sem
maiores problemas.
BENEFÍCIOS OU COMPENSAÇÕES
A participação neste estudo, não tem objetivo de submetê-lo a um tratamento
terapêutico. Conseqüentemente, não se espera que a participação no estudo traga qualquer
benefício em função do tratamento.
INTERCORRÊNCIAS (efeitos indesejáveis)
Se você sofrer algum malefício em decorrência direta de sua participação no estudo,
você receberá tratamento nesta Instituição, sem qualquer custo. Não haverá no entanto
qualquer compensação de ordem financeira em função do ocorrido, a não ser que a
condição faça jus da indenização prevista no Seguro de Vida em Grupo mencionado
abaixo. Contudo, ao assinar este termo, você não está renunciando qualquer direito legal
que você possui.
Durante o período de 90 dias a partir da data da assinatura deste termo, o voluntário
estará assegurado (Seguro de Vida em Grupo).
131
RESSARCIMENTO
De acordo com valores previamente estabelecidos, os voluntários serão ressarcidos
das despesas e tempo despendidos na realização do supracitado estudo clínico após a
consulta de alta. Caso desista ou seja dispensado antes do estudo ser finalizado o voluntário
receberá proporcionalmente ao tempo despendido, no final do estudo. Entende também que
a desistência ou dispensa antes do comparecimento para a primeira internação não dá
direito a ressarcimento.
Estima-se que durante o período de sua participação no Estudo vocês terão como
despesa apenas os gastos de deslocamento da residência ou trabalho até à Unidade de
Farmacologia Clínica para internação e consultas, bem como coletas de amostras após a
alta; ou ao Laboratório de Análises Clínicas para a realização dos exames. Ainda deve ser
previsto eventuais visitas posteriores para acompanhamento dos eventos adversos. O
ressarcimento destas despesas já está incluído no valor estabelecido no item acima.
PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA
Sua participação é voluntária e você tem a liberdade de desistir ou interromper a
participação neste estudo no momento que desejar. Neste caso, você deve informar
imediatamente sua decisão ao pesquisador ou a um membro de sua equipe, sem necessidade
de qualquer explicação e sem que isto venha interferir no seu atendimento médico desta
Instituição.
Obteve todas as informações e esclarecimentos necessários para poder decidir
conscientemente sobre a participação no referido ensaio clínico.
Independente de seu desejo e consentimento, sua participação no ensaio clínico
poderá ser interrompida, em função a) da ocorrência de eventos adversos; b) da ocorrência
de qualquer doença que, a critério médico, prejudique a continuação de sua participação no
estudo; c) do não cumprimento das normas estabelecidas; d) de qualquer outro motivo que,
132
a critério médico, seja do interesse de seu próprio bem estar ou dos demais participantes; e)
da suspensão do Estudo como um todo.
A Unidade de Farmacologia Clínica o manterá informado, em tempo oportuno,
sempre que houver alguma informação adicional que possa influenciar seu desejo de
continuar participando no estudo e prestará qualquer tipo de esclarecimento em relação ao
progresso da pesquisa, conforme sua solicitação.
A interrupção não causará prejuízo ao seu atendimento, cuidado e tratamento pela
equipe da Unidade de Farmacologia Clínica .
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES QUANTO A PARTICIPAÇÃO NO ESTUDO
Os registros que possam identificar sua identidade serão mantidos em sigilo, a não
ser que haja obrigação legal de divulgação. A Unidade de Farmacologia Clínica não
identificará o voluntário por ocasião da publicação dos resultados obtidos.
Contudo, o(s) monitor(es) do Estudo, auditor(es), membros do Comitê de Ética em
Pesquisa do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará, ou autoridades do(s)
órgão(s) governamentais envolvido(s) na fiscalização e acompanhamento do estudo terão
direito de ter acesso aos registros originais de dados clínicos de sua pessoa, coletados
durante a pesquisa, na extensão em que for permitido pela Lei e regulamentações
aplicáveis, com o propósito de verificar os procedimentos e dados do ensaio, sem no
entanto violar a condição de que tais informações são confidenciais. Ao assinar este Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido, você está também autorizando tal acesso, mesmo se
você se retirar do Estudo.
133
CONTATOS E PERGUNTAS
Caso surja alguma intercorrência, deverá procurar a Unidade de Farmacologia
Clínica (Fone 288-8250) e solicitar que a mesma contacte os médicos responsáveis pelo
ensaio clínico ou então entrar em contato diretamente com os mesmos nos telefones
indicados no final deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Poderá contactar a Dra. Maria Elisabete Amaral de Moraes para receber
informações adicionais, relacionadas à pesquisa ou quanto aos seus direitos como
voluntário.
Poderá contactar a Secretaria do Comitê em Pesquisa do complexo hospitalar da
UFC, fone 288 8338, para apresentar recursos ou reclamações em relação ao ensaio
clínico.
Se você concorda com o exposto acima leia e assine o documento abaixo.
ASSINATURAS
Eu declaro que li cuidadosamente todo este documento denominado Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido e que, após, tive nova oportunidade de fazer perguntas
sobre o conteúdo do mesmo o também sobre o Estudo e recebi explicações que
responderam por completo minhas dúvidas e reafirmo estar livre e espontaneamente
decidindo participar do Estudo.
Ao assinar este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido eu também estou
certificando que toda a informação que eu prestei, incluindo minha história médica, é
verdadeira e correta até onde é de meu conhecimento, e declaro estar recebendo uma cópia
assinada deste documento.
Ao assinar este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido estou autorizando o
acesso às minhas informações, conforme explicitado anteriormente.
134
Ao assinar este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido eu não renunciei
qualquer direito legal que eu venha a ter ao participar deste Estudo.
Fortaleza,_____/_____/______
Nome do voluntário Data Assinatura
Nome da pessoa que está obtendo o termo
de consentimento
Data Assinatura
Nome da Testemunha (somente necessário
se o voluntário não souber ler)
Data Assinatura
CONTROLE INTERNO Nº do Estudo: _____/____ Nº do Voluntário: ___
TELEFONES PARA CONTATO
UNIDADE DE FARMACOLOGIA CLÍNICA (85) 3288-8250
Dra. Maria Elisabete Amaral de Moraes (85) 3288 8346
Dr. Manoel Odorico de Moraes (85) 3288 8201
Dr. Fernando Antonio Frota Bezerra (85) 3288 8346
Gilmara Silva de Melo Santana (85) 3288 8060
135
ANEXO E – PROTOCOLO DO FDA
136
ANEXO F – CERTIFICADO DE ANÁLISE DOS
ANALITOS
CERTIFICADO DE ANÁLISE DA LEVOTIROXINA (T4)
137
138
CERTIFICADO DE ANÁLISE DA LIOTIRONINA (T3)
139
140
ANEXO G – Gráficos das Curvas de Concentrações versus tempo e os
Parâmetros Farmacocinéticos para cada voluntário
Gráficos e parâmetros farmacocinéticos da LEVOTIROXINA
VOL 01
Voluntário 1
0 10 20 30 40 50
0
100
200
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 1
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran®
(Referência)
T
max
(h)
4,00 4,00
C
max
(ng*mL
-1
)
102,80 133,30
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
2782,19 3911,03
t
1/2
(h)
53,41 86,06
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
2782,19 3911,03
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
6827,46 12056,03
141
VOL 02
Voluntário 2
0 10 20 30 40 50
0
50
100
150
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 2
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
2,00 4,00
C
max
(ng*mL
-1
)
120,40 99,70
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
3546,15 2289,01
t
1/2
(h)
54,61 38,57
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
3546,15 2289,01
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
8462,06 4358,81
142
VOL 03
Voluntário 3
0 10 20 30 40 50
0
100
200
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 3
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
4,00 2,50
C
max
(ng*mL
-1
)
102,80 144,50
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
2331,61 4725,70
t
1/2
(h)
38,50
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
2331,61 4725,70
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
7819,23
143
VOL 04
Voluntário 4
0 10 20 30 40 50
0
100
200
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 4
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
2,50 4,00
C
max
(ng*mL
-1
)
149,00 119,60
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
5244,59 2869,86
t
1/2
(h)
90,11 29,11
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
5244,59 2869,86
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
18296,35 4608,70
VOL 05
144
Voluntário 5
0 10 20 30 40 50
0
100
200
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 5
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
6,00 2,50
C
max
(ng*mL
-1
)
92,70 142,40
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
2559,00 5005,41
t
1/2
(h)
39,85 75,91
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
2559,00 5005,41
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
4979,16 15716,49
VOL 06
145
Voluntário 6
0 10 20 30 40 50
0
100
200
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 6
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
1,50 4,00
C
max
(ng*mL
-1
)
141,20 101,80
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
5178,10 2995,03
t
1/2
(h)
103,78 56,87
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
5178,10 2995,03
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
20989,24 7704,12
VOL 07
146
Voluntário 7
0 10 20 30 40 50
0
50
100
150
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 7
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
3,00 2,00
C
max
(ng*mL
-1
)
83,20 121,40
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
2403,23 4478,25
t
1/2
(h)
68,11 75,26
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
2403,23 4478,25
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
6186,50 13707,09
VOL 08
147
Voluntário 8
0 10 20 30 40 50
0
100
200
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 8
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
2,00 3,00
C
max
(ng*mL
-1
)
161,00 113,40
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
5120,96 3090,45
t
1/2
(h)
89,79 92,54
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
5120,96 3090,45
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
17763,87 10713,58
VOL 09
148
Voluntário 9
0 10 20 30 40 50
0
100
200
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 9
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
10,05 2,50
C
max
(ng*ml
-1
)
118,80 145,40
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
4297,93 5547,80
t
1/2
(h)
82,06 127,68
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
4297,93 5547,80
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
13733,25 24243,74
VOL 10
149
Voluntário 10
0 10 20 30 40 50
0
50
100
150
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 10
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
4,00
C
max
(ng*mL
-1
)
123,80
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
5235,35
t
1/2
(h)
200,43
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
5235,35
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
34092,77
VOL 11
150
Voluntário 11
0 10 20 30 40 50
0
100
200
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 11
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
8,00 4,00
C
max
(ng*mL
-1
)
101,20 140,30
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
2525,57 4593,10
t
1/2
(h)
38,74 72,20
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
2525,57 4593,10
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
4258,15 14706,94
VOL 12
151
Voluntário 12
0 10 20 30 40 50
0
50
100
150
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 12
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
4,00 3,00
C
max
(ng*mL
-1
)
126,30 116,70
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
4610,31 3209,13
t
1/2
(h)
87,79 31,01
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
4610,31 3209,13
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
15870,47 5065,47
VOL 13
152
Voluntário 13
0 10 20 30 40 50
0
100
200
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 13
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
6,00 1,50
C
max
(ng*mL
-1
)
108,60 138,10
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
2899,75 5173,03
t
1/2
(h)
38,91 108,65
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
2899,75 5173,03
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
5537,77 21083,67
VOL 14
153
Voluntário 14
0 10 20 30 40 50
0
50
100
150
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 14
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
2,00 1,50
C
max
(ng*mL
-1
)
125,00 123,30
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
4940,72 3009,58
t
1/2
(h)
174,98 33,95
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
4940,72 3009,58
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
29604,89 5532,34
VOL 15
154
Voluntário 15
0 10 20 30 40 50
0
100
200
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 15
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
4,00 3,00
C
max
(ng*mL
-1
)
101,80 140,70
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
2706,38 5971,07
t
1/2
(h)
40,35 198,84
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
2706,38 5971,07
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
6118,03 38415,88
VOL 16
155
Voluntário 16
0 10 20 30 40 50
0
50
100
150
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 16
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
2,00 3,00
C
max
(ng*mL
-1
)
122,00 89,10
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
4552,90 2676,86
t
1/2
(h)
43,47
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
4552,90 2676,86
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
5047,43
VOL 17
156
Voluntário 17
0 10 20 30 40 50
0
100
200
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 17
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
2,50 2,00
C
max
(ng*mL
-1
)
92,00 131,90
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
2919,68 4938,23
t
1/2
(h)
58,08 137,66
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
2919,68 4938,23
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
7444,33 22951,22
VOL 18
157
Voluntário 18
0 10 20 30 40 50
0
50
100
150
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 18
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
48,00 3,00
C
max
(ng*mL
-1
)
89,80 96,60
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
3885,00 1903,63
t
1/2
(h)
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
3885,00 1903,63
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
VOL 19
158
Voluntário 19
0 10 20 30 40 50
0
100
200
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 19
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
3,00 3,00
C
max
(ng*mL
-1
)
124,80 133,10
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
3754,78 4976,88
t
1/2
(h)
85,51 182,53
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
3754,78 4976,88
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
13019,93 31495,11
VOL 20
159
Voluntário 20
0 10 20 30 40 50
0
50
100
150
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 20
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
3,00 2,50
C
max
(ng*mL
-1
)
125,00 124,20
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
4893,25 3042,73
t
1/2
(h)
107,05 70,88
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
4893,25 3042,73
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
18947,45 10118,69
VOL 21
160
Voluntário 21
0 10 20 30 40 50
0
100
200
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 21
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
4,00 2,00
C
max
(ng*mL
-1
)
116,70 138,90
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
3144,53 4951,02
t
1/2
(h)
47,13 118,41
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
3144,53 4951,02
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
7999,17 20001,64
161
VOL 22
Voluntário 22
0 10 20 30 40 50
0
50
100
150
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 22
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
2,00 2,50
C
max
(ng*mL
-1
)
121,30 107,50
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
4938,89 2712,20
t
1/2
(h)
213,96 40,35
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
4938,89 2712,20
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
35374,17 6222,38
162
VOL 23
Voluntário 23
0 10 20 30 40 50
0
50
100
150
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 23
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
3,00 3,00
C
max
(ng*mL
-1
)
102,10 114,90
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
2761,58 4796,45
t
1/2
(h)
37,21 199,08
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
2761,58 4796,45
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
5628,52 31908,61
163
VOL 24
Voluntário 24
0 10 20 30 40 50
0
50
100
150
Referência
Teste
Tempo (h)
Levotiroxina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 24
Levotiroxina Sódica
(Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
12,00 8,00
C
max
(ng*mL
-1
)
125,50 126,40
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
5533,45 3003,93
t
1/2
(h)
294,60
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
5533,45 3003,93
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
52667,68
164
Gráficos e parâmetros farmacocinéticos da LIOTIRONINA
Voluntário 1
0 10 20 30 40 50
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
1.50
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 1
Liotironina (Teste)
Puran®
(Referência)
T
max
(h)
4,00 24,00
C
max
(ng*mL
-1
)
1,10 1,20
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
47,30 49,60
t
1/2
(h)
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
47,30 49,60
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
165
Voluntário 2
0 10 20 30 40 50
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 2
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
0,00 8,00
C
max
(ng*mL
-1
)
1,10 1,00
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
44,20 40,25
t
1/2
(h)
130,46
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
44,20 40,25
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
190,82
166
Voluntário 3
0 10 20 30 40 50
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 3
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
4,00 24,02
C
max
(ng*mL
-1
)
1,00 1,10
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
37,25 45,90
t
1/2
(h)
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
37,25 45,90
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
167
Voluntário 4
0 10 20 30 40 50
0.75
1.00
1.25
1.50
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 4
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
2,50 4,00
C
max
(ng*mL
-1
)
1,30 1,10
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
55,88 43,23
t
1/2
(h)
180,12
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
55,88 43,23
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
277,10
168
Voluntário 5
0 10 20 30 40 50
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
1.50
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 5
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
3,00 2,50
C
max
(ng*mL
-1
)
1,00 1,20
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
39,97 52,56
t
1/2
(h)
118,50 2194,00
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
39,97 52,56
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
176,74 3534,37
169
Voluntário 6
0 10 20 30 40 50
0.75
1.00
1.25
1.50
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 6
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
24,00 0,00
C
max
(ng*mL
-1
)
1,20 0,90
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
52,85 41,23
t
1/2
(h)
5694,67
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
52,85 41,23
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
7435,33
170
Voluntário 7
0 10 20 30 40 50
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 7
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
1,50 24,00
C
max
(ng*mL
-1
)
1,00 1,10
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
39,68 45,83
t
1/2
(h)
242,42
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
39,68 45,83
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
319,46
171
Voluntário 8
0 10 20 30 40 50
0
1
2
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A,
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 8
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
48,00 4,00
C
max
(ng*mL
-1
)
1,30 1,00
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
57,48 43,10
t
1/2
(h)
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
57,48 43,10
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
172
Voluntário 9
0 10 20 30 40 50
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
1.50
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 9
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
10,05 3,00
C
max
(ng*ml
-1
)
0,90 1,20
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
39,47 49,45
t
1/2
(h)
512,52
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
39,47 49,45
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
631,00
173
Voluntário 10
0 10 20 30 40 50
0
1
2
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 10
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
24,00
C
max
(ng*mL
-1
)
1,30
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
57,65
t
1/2
(h)
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
57,65
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
174
Voluntário 11
0 10 20 30 40 50
0.75
1.00
1.25
1.50
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 11
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
0,00 1,50
C
max
(ng*mL
-1
)
1,00 1,30
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
39,98 52,15
t
1/2
(h)
157,89 197,38
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
39,98 52,15
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
222,20 393,86
175
Voluntário 12
0 10 20 30 40 50
0.75
1.00
1.25
1.50
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A,
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 12
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
2,00 18,02
C
max
(ng*mL
-1
)
1,30 1,20
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
57,88 46,65
t
1/2
(h)
101,21
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
57,88 46,65
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
2,00 178,06
176
Voluntário 13
0 10 20 30 40 50
0.7
0.8
0.9
1.0
1.1
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 13
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
0,00 0,00
C
max
(ng*mL
-1
)
0,90 1,10
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
39,45 50,60
t
1/2
(h)
211,01 358,63
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
39,45 50,60
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
282,99 568,00
177
Voluntário 14
0 10 20 30 40 50
0.75
1.00
1.25
1.50
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 14
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
0,00 0,00
C
max
(ng*mL
-1
)
1,20 1,10
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
56,71 42,48
t
1/2
(h)
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
56,71 42,48
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
178
Voluntário 15
0 10 20 30 40 50
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 15
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
0,00 0,00
C
max
(ng*mL
-1
)
0,70 0,80
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
32,55 37,85
t
1/2
(h)
3003,08 6487,40
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
32,55 37,85
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
3065,32 7525,33
179
Voluntário 16
0 10 20 30 40 50
0.0
0.5
1.0
1.5
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 16
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
2,00 2,50
C
max
(ng*mL
-1
)
1,20 0,90
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
51,18 35,88
t
1/2
(h)
155,89
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
51,18 35,88
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
215,79
180
Voluntário 17
0 10 20 30 40 50
0.7
0.8
0.9
1.0
1.1
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 17
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
0,50 0,00
C
max
(ng*mL
-1
)
0,90 1,10
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
39,10 51,75
t
1/2
(h)
327,20
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
39,10 51,75
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
416,74
181
Voluntário 18
0 10 20 30 40 50
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 18
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
48,00 2,00
C
max
(ng*mL
-1
)
1,10 0,90
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
47,03 35,43
t
1/2
(h)
115,32
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
47,03 35,43
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
151,88
182
Voluntário 19
0 10 20 30 40 50
0.75
1.00
1.25
1.50
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 19
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
0,50 24,00
C
max
(ng*mL
-1
)
1,10 1,30
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
49,48 57,03
t
1/2
(h)
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
49,48 57,03
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
183
Voluntário 20
0 10 20 30 40 50
0.75
1.00
1.25
1.50
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 20
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
24,00 0,00
C
max
(ng*mL
-1
)
1,40 1,10
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
61,97 45,83
t
1/2
(h)
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
61,97 45,83
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
184
Voluntário 21
0 10 20 30 40 50
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
1.50
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 21
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
4,00 0,00
C
max
(ng*mL
-1
)
1,20 1,20
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
42,05 54,13
t
1/2
(h)
113,74 669,87
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
42,05 54,13
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
189,73 1117,19
185
Voluntário 22
0 10 20 30 40 50
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
1.50
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 22
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
24,00 2,50
C
max
(ng*mL
-1
)
1,20 0,90
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
53,36 37,20
t
1/2
(h)
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
53,36 37,20
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
186
Voluntário 23
0 10 20 30 40 50
0
1
2
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 23
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
18,00 24,00
C
max
(ng*mL
-1
)
1,20 1,40
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
44,40 61,20
t
1/2
(h)
7307,12
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
44,40 61,20
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
10586,34
187
Voluntário 24
0 10 20 30 40 50
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
1.50
Referência
Teste
Tempo (h)
Liotironina (ng/mL)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Parâmetros
Farmacocinéticos
Voluntário 24
Liotironina (Teste)
Puran
®
(Referência)
T
max
(h)
48,00 8,00
C
max
(ng*mL
-1
)
1,20 1,00
ASC
0-ult h
(ng*h*mL
-1
)
51,78 38,73
t
1/2
(h)
ASC
0-48h
(ng*h*mL
-1
)
51,78 38,73
ASC
0-
(ng*h*mL
-1
)
188
ANEXO VIII – TABELAS DE SEQUENCIA E PERÍODO PARA A LEVOTIROXINA
Tabela 1: ANOVA para In(C
max
) Levotiroxina
Fonte g.l. SQ QM F Valor de p
Inter-individual
Seqüência
Resíduos (Inter)
1
21
6,161e
-06
0,3775
6,161e
-06
0,0179
0,0003
2,0998
0,9854
0,0483
Intra-individual
Fármaco
Período
Resíduos (Intra)
1
1
21
0,0451
0,4579
0,1798
0,0451
0,4579
0,0085
5,2674
53,4875
0,0321
3,364e
-07
Total
45 1,0964
Tabela 2: ANOVA para In(ASC(
0-48h)
) Levotiroxina
Fonte g.l. SQ QM F Valor de p
Inter-individual
Seqüência
Resíduos (Inter)
1
21
0,0143
0,6946
0,0143
0,0330
0,4349
3,4227
0,5167
0,0034
Intra-individual
Fármaco
Período
Resíduos (Intra)
1
1
21
2,835e
-05
3,1253
0,2029
2,835e
-05
3,1253
0,0096
0,0029
323,3919
0,9573
3,116e
-14
Total
45
4,1792
189
ANEXO IX – TABELAS DE SEQUENCIA E PERÍODO PARA A LIOTIRONINA
Tabela 3: ANOVA para In(C
max
) Liotironina
Fonte g.l. SQ QM F Valor de p
Inter-individual
Seqüência
Resíduos (Inter)
1
21
0,0137
0,5483
0,0137
0,0261
0,5260
7,9154
0,4762
6,852e
-06
Intra-individual
Fármaco
Período
Resíduos (Intra)
1
1
21
0,0049
0,3438
0,0692
0,0049
0,3438
0,0032
1,5116
104,2298
0,2324
1,358e
-09
Total
45 0,9928
Tabela 4: ANOVA para In(ASC(
0-48h)
) Liotironina
Fonte g.l. SQ QM F Valor de p
Inter-individual
Seqüência
Resíduos (Inter)
1
21
0,0104
0,4163
0,0104
0,0198
0,5294
6,9865
0,4748
1,918e
-05
Intra-individual
Fármaco
Período
Resíduos (Intra)
1
1
21
0,0091
0,6456
0,0595
0,0091
0,6456
0,0028
3,2280
227,5118
0,0867
9,705e
-13
Total
45
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