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molécula ou átomo do tecido cancerígeno, formando assim íons-radicais que interage com o
oxigênio fundamental, também pertencente ao sistema, tendo como resultado produtos oxidantes.
Em relação ao processo tranferência de energia a molécula fotosensitizadora, que se encontra no
estado excitado tripleto, transfere energia para o oxigênio fundamental, obtendo assim o oxigênio
singleto (
1
O
2
), que interage com as moléculas do sistema cancerígeno tendo como resultado
reações posteriores [19].
Em relação ao substituinte na região central do anel macrocíclico as porfirinas podem ser
classificadas como porfirina base livre ou metaloporfirina. Quando os íons metálicos tais como:
Zn (zinco), Mg (magnésio), Ga (gálio), Hg (mercúrio) e Na (sódio) entre outros, são adicionados,
obtemos a metaloforfirina. Dependendo do íon metálico adicionado a função desempenhada pelo
complexo varia, por exemplo: quando o íon adicionado é o ferro a substância desempenha a
função do transporte de oxigênio, para o íon manganês o sistema contribui para o processo de
fotossíntese, e para o ion cobalto o complexo encontra-se na constituição da vitamina B
12
.Quando
o substituinte central for dois íons de hidrogênio a substância é denominada porfirina base livre.
Em relação a suas propriedades fotofísicas (espectros de absorção e emissão), as
porfirinas são classificadas em regulares e irregulares. Porfirinas regulares são aquelas cujos
espectros de absorção e emissão são determinados essencialmente pelos elétrons π do anel
porfirínico [13], sofrendo algumas alterações devido ao substituinte central [18]. Já as porfirinas
irregulares são aquelas nos quais as propriedades de emissão e de absorção diferem da regular
oriunda das transições eletrônicas, cujos elétrons do íon metal interagem fortemente com os
obtais π e π* do anel porfirínico. Isso ocorre pelo fato das camadas ou subníveis de valência, d ou
f, do íon metálico estarem semi-preenchidas [13].
Além das bases livres as metaloporfirinas, cujo íon central apresenta o sub-nivel d vazio,
d
0
, ou completo, d
10
, comportam-se como porfirinas regulares [13]. Os íons metálicos que fazem
com que o complexo porfirínico apresente tal característica são: Li (Lítio), Na (Sódio), Rb
(Rubídio), Be (Berílio), Mg (Manganês), Zn (Zinco), Al (Alumínio), Ga (Gálio), In (Índio), Tl
(Tálio), Sc (Escândio), Ti (Titânio), Zr (Zircônio), Nb (Nióbio) entre outros. Metaloporfirinas dos
grupos IVA e VA em alta estado de oxidação comportam-se como porfirinas regulares, tal como:
Si (Silício), Ge (Germânio), P (Fósforo), As (Arsénio), entre outros.
O espectro de absorção das moléculas de porfirina é composto de duas bandas conhecidas
como: banda B (ou banda de Soret) e banda Q. A banda B ocorre em torno de 400nm e a banda Q