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As aulas de História são bastante teóricas. É rotina do professor chegar à
sala e cumprimentar os alunos com uma saudação em japonês. Estes têm o hábito
de ficar esperando o professor no corredor, as aulas de História têm seu início
sempre com alguns minutos de atraso. Quando entra na sala, o professor logo pede
silêncio.
Início de aulas de História:
Bom dia pessoal! Ari gathô
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(...) Bom dia, galera, atenção, gente. Pessoal,
psiu! Olha, hora boa pra poder respirar, poder dar conta da gente mesmo
né, pra poder caminhar pra frente. Quando a gente abre um espaço dentro
da gente com o silêncio, é momento em que a gente consegue também
assimilar as coisas e aprender mais. Ei pessoal! Eu vou assim esperar você
e a Paola terminarem, tranqüilo ok? Alguém quer falar mais alguma coisa
antes de fazer o silêncio? “a Ana Paula”, pessoal, olha, vamos ver, vamos
evitar, é essa questão assim de chegar dentro de sala, ter que esperar um
tempo pra poder fazer o silêncio, vamos chegar já com esse
comprometimento tá, ,dentro de sala, pra poder fazer o silêncio, pra poder
ouvir e aprender”.(aula de História, 09/04/2007)
Gente bom dia! Ari gathô (...), vamos entrar. Pessoal, vamos entrar, por
favor, gente, vamos entrar, por favor.Pessoal, é o seguinte, atenção! Quem
tá em silêncio levanta a mão. Presta atenção, silêncio, silêncio, calma, por
favor. Silêncio. (aula de História, 04/06/2007)
Sempre em suas aulas, o professor busca relacionar os fatos históricos com a
atualidade, o que pôde ser visto no decorrer das suas aulas.
(...) eu quero que vocês olhem com um olhar crítico essa questão assim,
porque que nós estamos vendo, por exemplo, um processo de transição,
um processo do feudalismo pra um processo do capitalismo, gente, por
favor, como que vocês verificam depois, hoje em pleno no século XXI, como
que uma potência ela se torna superior, ela se acha dona do mundo, como
que uma pessoa como George W. Bush, (...) e olha que o Bush burla as
eleições pra ganhar, aí tá falando da eleição do Bush, (...) é isso mesmo
pessoal, tá no início, é isso mesmo, tá falando da eleição do George Bush,
como que as eleições americanas elas foram burladas, né, (...) ah, burladas
(...), você já viu esse filme já (...) isso é o que mais se aproxima da verdade
do ataque das torres gêmeas nos Estados Unidos, porque na realidade o
Bush, seu negócio (...) e essas eleições dos Estados Unidos, ela (...) como
se estivesse (...)” (documentário apresentado para a turma para relação do
processo de transição do feudalismo para o capitalismo, 13/04/2007)
“(...) tá falando de uma empresa lusitana, tá falando dos Jesuítas e tá
falando que as colônias de Portugal cresceram sem, digamos assim, a
cultura renascentista, sem universidade, sem faculdade, sem livros, que os
Jesuítas, ali naquele momento, são eles, estavam querendo o quê, doutrinar
o (...) e quem são os índios, mas com o quê, com o conhecimento que os
Jesuítas tinham não é, então eu quero saber como é que você pensa a esse
respeito, você acha que isso influenciou o nosso cotidiano hoje, o Brasil
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Frase em japonês não transcrita aqui.