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CELSO HELBEL JUNIOR
CRESCIMENTO INICIAL DE DUAS CULTIVARES DE CAFEEIRO EM
CONFORMIDADE COM REGIMES HÍDRICOS E FERTIRRIGAÇÃO
MARINGÁ
PARANÁ
BRASIL
FEVEREIRO
2008
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CELSO HELBEL JUNIOR
CRESCIMENTO INICIAL DE DUAS CULTIVARES DE CAFEEIRO EM
CONFORMIDADE COM REGIMES HÍDRICOS E FERTIRRIGAÇÃO
Tese apresentada à Universidade
Estadual de Maringá, como parte das
exigências do Programa de Pós-
graduação em Agronomia, Área de
Concentração: Produção Vegetal, para
obtenção do título de Doutor.
MARINGÁ
PARANÁ
BRASIL
FEVEREIRO
2008
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CELSO HELBEL JUNIOR
CRESCIMENTO INICIAL DE DUAS CULTIVARES DE CAFEEIRO EM
CONFORMIDADE COM REGIMES HÍDRICOS E FERTIRRIGAÇÃO
Tese apresentada à Universidade
Estadual de Maringá, como parte das
exigências do Programa de Pós-
graduação em Agronomia, Área de
Concentração: Produção Vegetal, para
obtenção do título de Doutor.
APROVADA em
___________________________ __________________________________
Prof. Dr. Élcio Silvério Klosowski Pesquisador Dr. Rogério Teixeira de Faria
___________________________ __________________________________
Prof. Dr. Antônio C. A. Gonçalves Prof. Dr. Paulo Sérgio L. de Freitas
___________________________
Prof. Dr. Roberto Rezende
(Orientador)
ii
A Deus, origem e fonte inesgotável de todo conhecimento e sabedoria.
Aos meus pais, Celso e Carmelita, sinais vivos do carinho, do amor e da
sabedoria que não estão nos livros.
Aos meus irmãos, César, Carlos e Caroline, pela grande oportunidade de poder
convivermos e assim serem parte da minha vida.
À minha querida namorada, Lúcia, amiga, fiel e companheira nos momentos
mais difíceis.
Aos amigos e irmãos, em Cristo da grande família humana, por sempre me
ensinarem que a vida é uma grande caminhada de partilha e uma eterna
escola.
Dedico
iii
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ter me projetado e me amado antes mesmo que eu tivesse
conhecido este mundo e por nunca me abandonar nos momentos difíceis e de
pouca fé, mesmo quando eu O abandono.
Ao CNPq, pela concessão da bolsa de estudos.
À Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Agronomia,
Programa de Pós-graduação em Agronomia - PGA pela oportunidade de
realização deste curso.
Aos Professores do curso de Pós-graduação, pela oportunidade
oferecida e pelos ensinamentos por meio das disciplinas ministradas.
Ao Prof. Orientador, Dr. Roberto Rezende, pelo apoio, orientação,
convívio, dedicação, confiança durante o trabalho e sobretudo pela amizade e
companheirismo.
Aos Professores, Dr. Antônio Carlos Andrade Gonçalves, Dr. Paulo
Sérgio Lourenço de Freitas e Dr. Altair Bertonha, pelo apoio, contribuição e
sugestões durante a realização do trabalho.
Aos funcionários da Secretaria do Curso de Pós-graduação, pelo apoio
durante o trabalho.
Aos funcionários do Centro Técnico de Irrigação do DAG/UEM que
contribuíram na implantação e manejo do experimento, e execução dos
trabalhos de campo: Eduardo Generoso, Osmar Passolongo, Amaurídio, e
Nelson, Jorge e Genias.
Aos amigos e colegas de pós-graduação, pela amizade, convivência e
proveitosa amizade: Tedson Luiz de Freitas Azevedo, João Batista Tolentino
Junior, Marcelo Anami, Rivanildo Dallacort, Leonides Labegalini, Everton
Blainski, Rachel Muilaerte.
Ao meu irmão e estagiário Carlos Helbel, aos estagiários Renan
Soares de Souza e Fausto Marchiori Antunes, e ao colega André pela
disponibilidade e valioso auxílio na implantação, condução do experimento e na
fase de coleta de dados.
iv
Ao colega João Batista Tolentino nior que me auxiliou na análise
estatística dos dados.
À minha família pelo apoio, incentivo, compreensão e motivação
durante o transcorrer do curso.
Finalmente, a todos aqueles que de uma forma ou de outra
contribuíram para a realização e sucesso desse trabalho.
v
BIOGRAFIA
CELSO HELBEL JUNIOR, filho de Celso Helbel e Carmelita Teixeira
Helbel, nascido em Astorga, Estado do Paraná, no dia 30 de novembro de
1974.
Em 1997, diplomou-se em Agronomia, pela Universidade Estadual de
Maringá, no Estado do Paraná.
Em março de 2002, iniciou o curso de mestrado no Programa de Pós-
graduação em Agronomia, área de concentração Produção Vegetal, na
Universidade Estadual de Maringá.
Em março de 2004, iniciou o curso de doutorado no programa no
Programa de Pós-graduação em Agronomia, área de concentração Produção
Vegetal, na Universidade Estadual de Maringá.
vi
ÍNDICE
LISTA DE TABELAS ................................................................................. viii
LISTA DE FIGURAS .................................................................................. xii
RESUMO .................................................................................................... xiv
ABSTRACT ................................................................................................ xvi
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 1
2 REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................
3
2.1 Importância econômica da cafeicultura no Brasil ...................... 3
2.2 Características botânicas e morfológicas do cafeeiro ................ 4
2.3 Fenologia do cafeeiro ..................................................................... 4
2.4 Cultivares ......................................................................................... 5
2.5 Agricultura e cafeicultura irrigadas ...............................................
6
2.6 Fertirrigação do cafeeiro e sistemas de irrigação ....................... 9
2.7 Nutrição e adubação do cafeeiro ...................................................
13
2.7.1 O nitrogênio na nutrição mineral do cafeeiro ........................... 16
2.7.2 O potássio na nutrição mineral do cafeeiro ............................. 18
2.7.3 O fósforo na nutrição mineral do cafeeiro ................................
19
3 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................
21
3.1 Área experimental ........................................................................... 21
3.2 Características climáticas .............................................................. 22
3.3 Instalação do experimento .............................................................
22
3.4 Delineamento experimental ........................................................... 23
3.5 Tratamentos .....................................................................................
23
3.6 Condução da cultura ...................................................................... 26
3.7 Equipamento e manejo da irrigação ............................................. 26
3.8 Fertirrigação ................................................................................... 31
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................. 35
4.1 Variáveis de crescimento da cultura .............................................
35
4.1.1 Diâmetro de caule ....................................................................
35
4.1.2 Diâmetro de copa .....................................................................
31
vii
4.1.3 Altura de planta ........................................................................
41
4.1.4 Número total de ramos plagiotrópicos ..................................... 44
4.1.5 Comprimento do primeiro ramo plagiotrópico ..........................
49
4.1.6 Número de ramificações secundárias do primeiro ramo
plagiotrópico ............................................................................
51
4.1.7 Número de internódios do primeiro ramo plagiotrópico primário ... 54
4.2 Variáveis de previsão da primeira safra da cultura ..................... 59
4.2.1 Comprimento do ramo plagiotrópico do terço médio inferior
da copa ....................................................................................
59
4.2.2 Número de internódios do ramo plagiotrópico do terço médio
inferior da copa ........................................................................
61
4.2.3 Porcentagem de internódios com fruto do primeiro ramo
plagiotrópico ............................................................................
62
4.2.4 Porcentagem de internódios com fruto do ramo plagiotrópico
do terço médio da copa ...........................................................
64
5 CONCLUSÕES ....................................................................................... 66
REFERÊNCIAS .......................................................................................... 67
APÊNDICE ................................................................................................. 76
viii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1
Resultado da análise química do solo, antes do plantio, em
outubro de
2005 ........................................................................
21
Tabela 2 Resultado da análise de micronutrientes, antes do plantio, em
outubro de 2005 ........................................................................
22
Tabela 3 Características físicas do solo das camadas de 0 a 20 e 0 a
40 cm ........................................................................................
22
Tabela 4 Dados meteorológicos médios mensais registrados na
Estação Climatológica da UEM ................................................
27
Tabela 5 Coeficiente de Uniformidade de Christiansen (CUC) para os
setores de irrigação que compõem a área experimental em
outubro de 2005 ........................................................................
31
Tabela 6 Dados meteorológicos médios mensais registrados na
Estação Climatológica da UEM ................................................
32
Tabela 7 Análise de variância para a característica diâmetro de caule
(DC) para cultivares Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr,
2007 ..........................................................................................
36
Tabela 8 Valores médios obtidos para diâmetro de caule (DC) para
cultivar Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007 ..................
36
Tabela 9 Análise de variância da regressão quadrática para diâmetro
de caule (DC) da cultivar Iapar-59 ............................................
37
Tabela 10
Análise de variância da regressão linear para diâmetro de
copa (DCOPA) da cultivar Obatã ..............................................
38
Tabela 11
Análise de variância da regressão linear para diâmetro de
copa (DCOPA) da cultivar Obatã ...........................................
39
Tabela 12
Análise de variância da regressão quadrática para diâmetro
de copa (DCOPA), da cultivar Iapar-59 ....................................
40
Tabela 13
Valores médios obtidos para a característica altura de planta
(AP) para cultivar Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007 ....
41
Tabela 14
Análise de variância para altura de planta (AP) para cultivares
Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007 ...............................
41
ix
Tabela 15
Valores médios obtidos para altura de planta (AP) para
cultivar Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007 ..................
42
Tabela 16
Análise de variância da regressão quadrática para altura de
planta (AP) da cultivar Iapar-59 ................................................
43
Tabela 17
Análise de variância para número total de ramos
plagiotrópicos (NTRP) para as cultivares Obatã e Iapar-59,
UEM, Maringá-Pr, 2007 ............................................................
44
Tabela 18
Valores médios obtidos número total de ramos plagiotrópicos
(NTRP) para cultivar Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr,
2007 ..........................................................................................
45
Tabela 19
Análise de variância da regressão linear para número total de
ramos plagiotrópicos (NTRP) da cultivar Obatã no regime
hídrico irrigado ..........................................................................
45
Tabela 20
Análise de variância da regressão linear para número total de
ramos plagiotrópicos (NTRP) da cultivar Obatã no tratamento
fertirrigado .................................................................................
46
Tabela 21
Análise de variância da regressão quadrática para número
total de ramos plagiotrópicos (NTRP) da cultivar Iapar-59 no
regime hídrico irrigado...............................................................
47
Tabela 22
Análise de variância para comprimento do primeiro ramo
plagiotrópico (CRP) para cultivares Obatã e Iapar-59, UEM,
Maringá-Pr, 2007 ......................................................................
49
Tabela 23
Valores médios obtidos para comprimento do primeiro ramo
plagiotrópico (CRP) para cultivar Obatã e Iapar-59, UEM,
Maringá-Pr, 2007 ......................................................................
50
Tabela 24
Análise de variância da regressão linear para comprimento do
primeiro ramo plagiotrópico (CRP) da cultivar Obatã ...............
50
Tabela 25
Análise de variância para número de ramificações
secundárias do primeiro ramo plagiotrópico (NR) para
cultivares Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007 ...............
51
Tabela 26
Análise de variância da regressão quadrática para número de
ramificações secundárias do primeiro ramo plagiotrópico (NR)
da cultivar Obatã, no tratamento fertirrigado ............................
52
Tabela 27
Valores médios obtidos para número de ramificações do
primeiro ramo plagiotrópico (NR) para cultivar Obatã e Iapar-
59, UEM, Maringá-Pr, 2007 ......................................................
53
x
Tabela 28
Análise de variância para número de internódios do primeiro
ramo plagiotrópico primário da planta (NI) para cultivares
Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007 ...............................
54
Tabela 29
Valores médios obtidos para número de internódios do
primeiro ramo plagiotrópico (NI) para cultivar Obatã e Iapar-
59, UEM, Maringá-Pr, 2007 ......................................................
55
Tabela 30
Análise de variância da regressão quadrática para número de
internódios do primeiro ramo plagiotrópico (NI) da cultivar
Obatã no tratamento fertirrigado ...............................................
55
Tabela 31
Análise de variância da regressão linear para número de
internódios do primeiro ramo plagiotrópico (NI) da cultivar
Obatã no regime hídrico não-irrigado .......................................
56
Tabela 32
Análise de variância da regressão linear para número de
internódios do primeiro ramo plagiotrópico (NI) da cultivar
Iapar 59 no regime hídrico irrigado ...........................................
58
Tabela 33
Análise de variância para comprimento do ramo plagiotrópico
do terço médio da planta (CRP3M) para cultivares Obatã e
Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007 .............................................
59
Tabela 34
Valores médios obtidos para comprimento do ramo
plagiotrópico do terço médio da planta (CRP3M) para cultivar
Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007 ...............................
60
Tabela 35
Análise de variância para número de internódios do ramo
plagiotrópico do terço médio inferior da copa (NI3M) para
cultivares Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007 ...............
61
Tabela 36
Valores médios obtidos para número de internódios do ramo
plagiotrópico do terço médio inferior da copa (NI3M) para
cultivar Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007 ..................
61
Tabela 37
Análise de variância para porcentagem de internódios com
fruto do primeiro ramo plagiotrópico (%Fruto1RP) para
cultivares Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007 ...............
62
Tabela 38
Análise de variância da regressão linear para porcentagem de
internódios com fruto do primeiro ramo plagiotrópico
(%Fruto1RP) da cultivar Obatã no regime hídrico irrigado .......
63
Tabela 39
Valores médios obtidos para porcentagem de internódios com
fruto do primeiro ramo plagiotrópico do cafeeiro para cultivar
Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007 .............................................
64
xi
Tabela 40
Análise de variância para porcentagem de internódios com
fruto do ramo plagiotrópico do terço médio da copa
(%Fruto3M) para cultivares Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-
Pr, 2007 ....................................................................................
64
Tabela 41
Valores médios obtidos para porcentagem de internódios com
fruto do ramo plagiotrópico do teo médio da copa (%Fruto3M)
para cultivar Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007 .............
65
xii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Croqui da área experimental com a distribuição dos
tratamentos e do sistema de irrigação e fertirrigação ...............
25
Figura 2 Precipitação mensal, irrigações mensais executadas, em mm,
durante o experimento, e precipitação média histórica (média
dos últimos 12 anos) .................................................................
28
Figura 3 Valores médios mensais de ETo, ETc e ETcp no período de
agosto de 2006 a agosto de 2007 ............................................
28
Figura 4 Curva de evolução da umidade do solo para o tratamento
irrigado e fertirrigado .................................................................
29
Figura 5 Curva de evolução da umidade do solo para o tratamento
não-irrigado ...............................................................................
30
Figura 6 Médias mensais de temperatura máxima, mínima e média
registradas no período de agosto de 2006 a agosto de
2007....................................................................................
30
Figura 7 Diâmetro de caule do cafeeiro, cultivar Iapar 59, no tratamento
fertirrigado, em função das doses de fertilizantes ......................
37
Figura 8 Diâmetro de copa do cafeeiro, cultivar Obatã, no tratamento
fertirrigado, em função das doses de fertilizantes ....................
39
Figura 9 Diâmetro de copa do cafeeiro, cultivar Iapar 59, no tratamento
fertirrigado, em função das doses de fertilizantes ....................
40
Figura 10
Altura de planta do cafeeiro, cultivar Iapar-59, no regime
hídrico irrigado, em função das doses de fertilizantes ..............
43
Figura 11
Número Total de Ramos Plagiotrópicos da planta do cafeeiro,
cultivar Obatã no regime hídrico irrigado em função das doses
de fertilizantes ...........................................................................
46
Figura 12
Número Total de Ramos Plagiotrópicos da planta do cafeeiro,
cultivar Obatã no tratamento fertirrigado em função das doses
de fertilizantes ...........................................................................
47
Figura 13
Valores médios obtidos para diâmetro de copa (DCOPA) para
cultivar Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007 ..................
48
xiii
Figura 14
Comprimento do primeiro ramo plagiotrópico do cafeeiro,
cultivar Obatã, em função das doses de fertilizantes ...............
51
Figura 15
Número de ramificações secundárias no primeiro ramo
plagiotrópico do cafeeiro, cultivar Obatã, no tratamento
fertirrigado, em função das doses de fertilizantes ....................
52
Figura 16
Número de internódios do primeiro ramo plagiotrópico do
cafeeiro, cultivar Obatã, no tratamento fertirrigado em função
das doses de fertilizantes .........................................................
56
Figura 17 Número de internódios do primeiro ramo plagiotrópico do
cafeeiro, cultivar Obatã, no regime hídrico não-irrigado em
função das doses de fertilizantes .............................................
57
Figura 18 Número de internódios do primeiro ramo plagiotrópico do
cafeeiro, cultivar Iapar-59, no regime hídrico irrigado em
função das doses de fertilizantes .............................................
58
Figura 19 Porcentagem de internódios com fruto do primeiro ramo
plagiotrópico (%Fruto1RP), cultivar Obatã no regime hídrico
irrigado em função das doses de fertilizantes ..........................
63
xiv
RESUMO
HELBEL JUNIOR, Celso, DS, Universidade Estadual de Maringá, fevereiro de
2008. Crescimento inicial de duas cultivares de cafeeiro em conformidade
com regimes hídricos e fertirrigação. Orientador: Dr. Roberto Rezende. Co-
orientadores: Dr. Antônio C. A. Gonçalves e Dr. Paulo Sérgio L. de Freitas
O café é cultivado no Brasil há cerca de três séculos, ao longo dos quais houve
intensa evolução nos sistemas de cultivo. Inicialmente, a produção de café se
concentrou na região sudeste (SP, MG e RJ), estendo-se posteriormente ao
extremo norte da região sul (norte/noroeste do Paraná), com vastos
espaçamentos e cafeeiros com copas amplas. Atualmente, encontram-se
lavouras cafeeiras desde o Paraná até o cerrado nordestino, em grande parte
consistindo de cultivos adensados e em renques. A expansão para regiões com
períodos secos mais intensos tem tornado a irrigação imprescindível para o
sucesso da produção, tanto sob o ponto de vista quantitativo, como qualitativo.
Mesmo nas regiões norte/noroeste do Paraná e sudeste brasileiro, muitas
vezes a produção fica comprometida pela ocorrência de veranicos, durante o
período úmido ou de floradas antes do período das chuvas se iniciar, tornando
a irrigação necessária. A adoção da irrigação, além de garantir um suprimento
de água adequado à planta, pode ser também um veículo prático para a
aplicação de fertilizantes, caracterizando a técnica chamada fertirrigação. Esta
propicia menor utilização de mão-de-obra, maior flexibilidade no parcelamento
e melhor eficiência dos fertilizantes. Assim, o presente trabalho, desenvolvido
na área experimental Centro Técnico de Irrigação (CTI) da Universidade
Estadual de Maringá UEM teve como objetivo avaliar os efeitos de diferentes
regimes hídricos (irrigado, não-irrigado) e fertirrigação combinados com
diferentes doses de adubo para N (15, 30, 45 e 60 g m
-1
), P (3, 6, 9,12 g m
-1
) e
K (15, 30, 45 e 60 g m
-1
) na fase de crescimento inicial, em duas variedades de
café, na região noroeste do Paraná. Foram avaliadas as seguintes variáveis de
crescimento da cultura: diâmetro de caule, diâmetro de copa, altura da planta,
número de ramos plagiotrópicos totais, comprimento do primeiro ramo
xv
plagiotrópico, número de ramificações secundárias do ramo plagiotrópico,
número de internódios do primeiro ramo plagiotrópico; e três variáveis de
previsão da primeira safra da cultura: comprimento do ramo plagiotrópico do
terço médio inferior da copa, número de internódios do ramo plagiotrópico do
terço médio inferior da copa, porcentagem de internódios com fruto do primeiro
ramo plagiotrópico e porcentagem de internódios com fruto do ramo
plagiotrópico do terço médio da copa. Observou-se que a fertirrigação e a
irrigação influenciaram o desenvolvimento inicial do cafeeiro, aumentando a
altura de plantas, diâmetro de copa e o número de ramos plagiotrópicos totais,
A interação entre Regimes hídricos e fertirrigação versus Doses de NPK foi
significativa para algumas variáveis de crescimento, porém esses resultados
não apresentaram tendência comum, que permitisse constatar qual a dose
mais indicada para cada regime hídrico na fase de crescimento inicial do
cafeeiro.
Palavras-chave: Coffea arábica, regimes hídricos, fertirrigação.
xvi
ABSTRACT
HELBEL JUNIOR, Celso, DS, Universidade Estadual de Maringá, February
2008. Initial growth of two coffee cultivars according to water and
fertilization-irrigation regimes. Adviser: Dr. Roberto Rezende. Co-adviser: Dr.
Antônio C. A. Gonçalves and Dr. Paulo Sérgio L. de Freitas.
Coffee shrubs have been cultivated in Brazil for the last three hundred years
during which a highly variegated evolution in culture systems has been
developed. Coffee plantations, initially concentrated in the southeastern region
of Brazil (the states of São Paulo, Minas Gerais and Rio de Janeiro), were later
extended towards the northern section of the southern region (north and
northwestern regions of the state of Paraná), with large spacing and multiple
shrub tops. Coffee shrubs, characterized by dense row cultures, are at present
extant from the Paraná to the backlands of the Brazilian northeastern region.
Expansion towards regions with intense drought periods has triggered
mandatory irrigation for quantitative and qualitative production. Production in the
northern and northwestern regions of the state of Paraná and in southeastern
Brazil is frequently impaired by summer-like periods during the rainy season or
during flowering prior to the start of the rainy season. Consequently, irrigation
becomes mandatory. Besides warranting water supply needed by the coffee
shrub, irrigation may also be a practical method for the applications of fertilizers.
The fertilization-irrigation technique employs less people, constitutes greater
flexibility in parceling and a better efficiency of fertilizers. Current research has
been developed in the Technical Irrigation Center of the State University of
Maringá and evaluated the effects of different water regimes (irrigation; without
any irrigation) and fertilization-irrigation combined with different manure doses
for N (15, 30, 45 and 60 g m
-1
), P (3, 6, 9,12 g m
-1
) and K (15, 30, 45 and 60 g
m
-1
) during the initial growth phase, in two coffee varieties, in the north-western
region of the state of Paraná. Stalk and top diameters, height of plant, number
of total plagiotropic branches, length of the first plagiotropic branch, number of
secondary ramifications of the plagiotropic branch, and the number of inter-
xvii
knots of the first plagiotropic branch were evaluated. Three variables of the first
future harvest of the culture were also assessed, namely, length of plagiotropic
branch from the mean third lower section of the shrub top; number of inter-knots
of the plagiotropic branch of the mean third lower section of the shrub top;
percentage of inter-knots with fruit of the first plagiotropic branch and
percentage of inter-knots with fruit of the plagiotropic branch of the mean third
of the shrub top. Fertilization-irrigation and irrigation affected the initial
development of coffee shrubs and increased plants height, shrub tops
diameter and number of total plagiotropic branches. Interaction between water
regimes and fertilization-irrigation with NPK doses was significant for certain
growth variables. However, results did not present a common trend that would
indicate which dose was adequate for each water regime during the initial
growth phase of the coffee shrub.
Key words: Coffea arabica, water regimes, fertilization-irrigation.
1
1 INTRODUÇÃO
A cultura do café sempre ocupou lugar de destaque na agricultura e na
economia brasileira e, atualmente, o Brasil tem a liderança absoluta da
produção de café no mundo, respondendo por 30% do total. As dimensões
geográficas continentais e o clima tropical, favorável ao cultivo do fruto,
facilitaram a adaptação da planta em solos brasileiros.
Até poucos anos atrás a cultura foi explorada quase exclusivamente
em áreas não-irrigadas. As mudanças no perfil da cafeicultura brasileira, na
última década, resultaram na necessidade de se utilizar sistemas de produção
de maior nível tecnológico, independentemente de se tratar de pequenos,
médios ou grandes cafeicultores.
Assim, a irrigação do cafeeiro passou a ser considerada como fator de
grande importância dentro do sistema produtivo, uma vez que a essa técnica
passou a ser atribuída a responsabilidade de reduzir riscos de baixas
produtividades, em decorrência de prolongados períodos de estiagem
(veranicos). Em outras palavras, apesar da maior concentração das áreas
irrigadas, em regiões onde existem restrições hídricas importantes em períodos
extensos do ano, é significativa também a implantação de projetos de irrigação
em áreas tradicionais de cafeicultura de sequeiro, como o Estado do Paraná,
onde o avanço da irrigação tem permitido vantagens competitivas, resultando
em maior produtividade da lavoura e melhor qualidade do produto final.
O cafeeiro, como as culturas em geral, necessita de água facilmente
disponível no solo, para promover o crescimento de ramos laterais e de suas
ramificações, principalmente no período de formação, quando a planta lança
suas bases para iniciar a sua vida produtiva.
Por meio da irrigação e da evolução dos sistemas localizados, a
cafeicultura passou a contar também com outros benefícios, como é o caso da
fertirrigação. Essa técnica possibilita veicular fertilizantes químicos apropriados
na água de irrigação, e fazer a sua distribuição na cultura, com alta eficiência.
2
Os programas de adubação para a cultura recomendam a aplicação de
nutrientes no solo ou na folha. No entanto, há pouca informação sobre o uso da
fertirrigação para a cultura do café, uma vez que para este sistema a eficiência
de aproveitamento dos fertilizantes pode ser melhor do que a aplicação
convencional.
O nitrogênio (N) e potássio (K) são os elementos minerais mais
frequentemente aplicados, via água de irrigação, pela sua solubilidade e por
apresentarem, em relação aos outros nutrientes, boa mobilidade no solo. O
fósforo (P), por sua vez, mesmo tendo menor solubilidade e sua aplicação ser
recomendada no sulco de plantio, pode ser aplicado em fertirrigação, pois
desta forma diminui a sua fixação no solo, aumentando a sua mobilidade.
Este trabalho foi desenvolvido diante da possibilidade de resposta do
crescimento do cafeeiro, durante a fase de formação, à irrigação e à
fertirrigação com NPK. Espera-se que os resultados do presente trabalho
possibilitem aprofundar conhecimento sobre a influência da água e nutrientes
no crescimento do cafeeiro.
Assim, considerando-se as hipóteses de que a adoção da irrigação
promove maior crescimento inicial da cultura e que a forma de aplicação dos
fertilizantes interfere na sua eficácia, este trabalho teve por objetivo:
- avaliar os efeitos de diferentes regimes hídricos no crescimento inicial
de duas cultivares de café;
- avaliar a adubação NPK aplicada de maneira convencional e via água
de irrigação na fase de formação da lavoura.
3
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Importância econômica da cafeicultura no Brasil
A cultura do café originou-se no continente africano, especificamente
na Etiópia, noculo XV. Depois percorreu a África, a Europa, a América
central, e, em seguida, chegou à Guiana Francesa. Apenas em 1727, foi
introduzida no Brasil, primeiramente em Belém, Estado do Pará, e, em seguida,
nos Estados da BA, MA, RJ, SP, MG, PR, ES, RO e MT (MATIELLO;
CARVALHO, 1983).
A América do Sul é o continente que mais produz café, e o Brasil e a
Colômbia juntos produziram aproximadamente 40% do total mundial nas
últimas décadas (LEITE JUNIOR, 2003).
No período de 1987 a 1998, de uma produção mundial média anual de
100 milhões de sacas de café, cerca de 25% eram provenientes do Brasil.
Em 1998, a receita de exportação do produto atingiu U$$ 2,6 bilhões,
correspondendo a 5,1% do total das exportações brasileiras (EMBRAPA, 2001
apud VILELLA, 2001), ocupando o segundo lugar na pauta de exportação do
Brasil (MENDONÇA et al., 2000) com 24 milhões de sacas beneficiadas
exportadas em 2001/02.
Com produção anual de 41,57 milhões de sacas beneficiadas (60 kg)
na safra 2006/07, o Brasil foi o maior produtor mundial de café, seguido pelo
Vietnã, Colômbia e Indonésia (CONAB, 2006). Mesmo sendo o maior produtor
mundial de café arábico, a produtividade média brasileira ainda é baixa, sendo
de apenas 20,96 sacas ha
-1
de café beneficiado, considerando que o potencial
produtivo das variedades está acima de 50 sacas ha
-1
(FAZUOLI et al., 2002).
A cafeicultura no Brasil é a segunda atividade geradora de empregos e
renda no campo e nas cidades situadas nas regiões produtoras (MENDONÇA
et al., 2000). Embora responda por menos de 5% das divisas geradas, o café
sustenta de 250 a 300 mil produtores e emprega diretamente no setor um
4
contingente de 3 milhões de trabalhadores rurais (MARINO; BREDARIOL,
2003).
2.2 Caractesticas botânicas e morfológicas do cafeeiro
O cafeeiro pertence ao grupo das Fanerógamas, classe Angiosperma,
subclasse Dicotiledônea, ordem Rubiales, família Rubiaceae, tribo Coffeae,
subtribo Coffeinae e gênero Coffea. As espécies Coffea arabica e Coffea
canephora (café robusta) são as únicas cultivadas em grande escala nas
variadas regiões cafeeiras do mundo e representam, praticamente, 100% de
todo café comercializado, com o café arábica participando com cerca de 70%
na produção mundial e o café robusta com 30%. O cafeeiro é uma planta de
porte arbustivo ou arbóreo, de caule lenhoso, lignificado, reto e quase
cilíndrico. Os ramos são dimórficos, sendo seu dimorfismo relacionado à
direção dos ramos em seu crescimento. Aqueles que crescem em sentido
vertical são os ramos ortotrópicos, que formam as hastes ou troncos. Os ramos
laterais, produtivos, saem desses troncos. Crescem na horizontal e são
chamados ramos plagiotrópicos. Estes ramos dão origem a ramos terciários,
formando o palmateamento, característica desejável, que aumenta a área
produtiva da planta, tendo em vista que nos ramos laterais e nas axilas das
folhas é que são formadas as gemas florais, que dão origem à floração e à
frutificação. As folhas do cafeeiro são opostas, inteiras coriáceas e peristentes
(na maioria das espécies), tendo coloração verde mais escura e brilhante na
parte superior do limbo e mais clara e opaca, com nervuras salientes, na parte
inferior (MATIELO et al., 2005).
2.3 Fenologia do cafeeiro
O ciclo fenológico dos cafeeiros da espécie Coffea arábica L. apresenta
sucessão de fases vegetativas e reprodutivas que ocorrem em
aproximadamente dois anos (CAMARGO, 1985).
5
De acordo com Gouveia (1984), no primeiro ano fenológico formam-se
os ramos vegetativos com gemas axilares nos internódios, durante os meses
de dias longos.
A partir de janeiro, quando os dias começam a encurtar, essas gemas
axilares são induzidas por fotoperiodismo a se transformarem em gemas
reprodutivas. Posteriormente, essas gemas florais amadurecem, entram em
dormência e tornam-se aptas a antese, causada principalmente por chuva ou
irrigação (CAMARGO, 1985).
O segundo ano fenológico, segundo Camargo & Camargo (2001),
inicia-se com a floração. Após a fecundação da flor, inicia-se o período de
desenvolvimento do fruto entre os meses de setembro e junho, passando pelos
estádios de chumbinho, expansão rápida, granação até a maturação.
2.4 Cultivares
A cultivar Iapar-59 é um Sarchimor, oriundo do cruzamento (feito em
Portugal) entre o Vila Sarchi (971/10) e o Híbrido de Timor (832/2), recebendo
o número H-361. A geração F2 foi recebida pelo IAC, em Campinas,
denominando-o LC-1669. A F3 foi introduzida no Iapar em 1975 e a progênie
75163-22 recebeu a denominação de Iapar-59. Esta cultivar apresenta 94%
das plantas resistentes à H. vastatrix e sua produtividade inicial (quatro safras)
é cerca de 20% superior àquela do Catuaí, no mesmo espaçamento. A
maturação é medianamente precoce e os frutos o vermelhos. Os brotos são
de cor predominante bronze. O vigor vegetativo das plantas é inferior ao do
Catuaí, sendo o Iapar-59 preferencialmente indicado para regiões mais frias e
chuvosas, para solos mais férteis e para plantios adensados. Esta seleção tem
se mostrado a de menor vigor entre os Sachimores em distribuição. Ela
apresenta resistência ao nematoide M. exígua.
A cultivar Obatã (significa folha forte) é resultante de uma possível
hibridação natural entre o F2 de H-361/4 com Catuaí Vermelho (em 1972).
Apresenta produtividade ligeiramente superior ao Catuaí, consideradas as
primeiras colheitas. Tem porte baixo, folhas largas e de cor verde nos brotos,
frutos grandes, vermelhos, com maturação tardia, semelhante ao Catuaí. É
6
indicado (pelo IAC) para plantios adensados ou em renque. Tem apresentado
menor tolerância à seca. Existe também a linhagem de Obatã amarelo.
2.5 Agricultura e cafeicultura irrigadas
A agricultura irrigada tem sido importante estratégia para otimização da
produção mundial de alimentos. No que tange especificamente ao agronegócio
café, tem-se observado, nos últimos anos, grande interesse pela adoção da
técnica de irrigação. Tal interesse se deve a vários fatores, destacando-se a
expansão da cafeicultura para novas fronteiras, evolução da técnica da
irrigação, diminuição dos custos dos sistemas de irrigação e por último a nova
mentalidade do sistema de produção, a fim de priorizar a eficiência e a
qualidade da produção (MANTOVANI, 2003).
No entanto, a irrigação não deve ser considerada isoladamente, mas
como parte de um conjunto de técnicas utilizadas para garantir a produção
econômica de uma determinada cultura, com adequado manejo dos recursos
naturais, devendo ser levado em conta os aspectos de sistemas de plantio, de
possibilidade de rotação de culturas, de proteção dos solos com culturas de
cobertura, de fertilidade do solo, de manejo integrado de pragas e doenças,
mecanização etc., perseguindo-se a produção integrada e a melhor inserção
nos mercados (MANTOVANI, 2003).
Mendonça et al. (2000) afirmam que não se pode pensar em agricultura
irrigada apenas como acréscimo de água ao sistema de produção tradicional,
mas também como meio de modificar o ambiente agrícola e consequentemente
integrar todos os componentes do sistema produtivo.
Faria e Rezende (1997) afirmaram que a adoção de irrigação em
regiões com déficit hídrico anual superior a 150 mm (áreas marginais) e nas
regiões em que o déficit hídrico não é fator limitante, mas que estão sujeitas à
ocorrência de veranicos ou secas prolongadas nos períodos críticos, é
essencial para se obter elevada produtividade.
No Brasil, a irrigação do cafeeiro iniciou-se por volta de 1946, pela
experimentação e pesquisas desenvolvidas pelo Instituto Agronômico de
Campinas (IAC). Somente tomou vulto prático a partir de 1984, em
consequência da implantação de cafezais em áreas consideradas marginais
7
quanto ao parâmetro climático de déficit hídrico, estipulado pelo zoneamento
climático nacional do extinto Instituto Brasileiro do Café (IBC) e da seção de
climatologia do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) (SANTINATO;
FERNANDES, 2005).
Cerca de 200 mil hectares de café são cultivados em regime de
irrigação, representando cerca de 10% da cafeicultura brasileira. Os cafezais
irrigados estão concentrados especialmente nos Estados do Espírito Santo,
Minas Gerais, Bahia e, em menores áreas, em Goiás, Mato Grosso, Rondônia
e São Paulo. A utilização dessa tecnologia representa, nos dias de hoje,
mesmo nas regiões aptas para o cultivo de sequeiro, um ganho de
produtividade da ordem de 55%, resultado que faz diferença no retorno do
investimento, na estabilidade de produção e na diminuição do risco e do custo
da saca produzida (EMBRAPA, 2004).
Segundo Teixeira et al. (2001), no cenário da cafeicultura atual, com a
ampliação da competição, em áreas não-tradicionais de produção, resta ao
setor adotar estratégias que lhe garantam sobrevivência, num período de
preços em declínio.
Os sistemas de produção de café mais tecnificados e com maior
produtividade tem maior capacidade de resistir às eventuais crises de preço,
quando comparadas aos padrões mais tradicionais com baixa utilização de
insumos (BESSA JUNIOR; MARTIN, 2002).
Para o cafeicultor, a irrigação é uma prática que, além de incrementar
produtividade, pode proporcionar a obtenção de um produto diferenciado, de
melhor qualidade e com perspectiva de bons preços no mercado. Por se tratar
de uma prática relativamente nova na cafeicultura, a perspectiva promissora da
adoção da irrigação deve ser estudada e analisada de forma detalhada, no que
se refere ao planejamento, dimensionamento, manejo e desenvolvimento da
cultura (SOUZA, 2001).
Segundo Vieira et al. (2000), um aspecto que possibilitou o avanço da
cafeicultura irrigada é a disponibilidade de sistema de irrigação mais modernos
a preços mais competitivos. Como as regiões cafeeiras vêm sofrendo com
veranicos prolongados, mesmo em regiões onde a soma da precipitação anual
satisfaz as necessidades da cultura do café, é fundamental que se utilizem
técnicas para evitar déficits hídricos elevados, comprometendo a produção.
8
Apesar da maior concentração das áreas irrigadas, em regiões com
restrições hídricas importantes em períodos extensos do ano, é grande
também a implantação de projetos de irrigação em áreas tradicionais de
cafeicultura de sequeiro, onde os avanços da irrigação têm permitido
vantagens competitivas, traduzidas em maior produtividade da lavoura e
melhor qualidade do produto final (MANTOVANI et al., 2004).
No Paraná, as condições edafoclimáticas possibilitam o cultivo do café
sem irrigação na quase totalidade das áreas produtoras, que correspondem a
7% da área nacional. No entanto, mesmo nestas condições favoráveis, o uso
da irrigação permite a antecipação do plantio, que possibilita a otimização da
mão-de-obra e dos recursos financeiros, com a grande vantagem de
antecipação da primeira colheita (MANTOVANI, 2000).
Gopal e Visveswara (1971) constataram que secas prolongadas e
chuvas inadequadas determinam retardamento do desenvolvimento normal do
cafeeiro, enquanto vários autores verificaram o efeito positivo da irrigação no
crescimento do cafeeiro (MATIELLO; DANTAS, 1987; GERVÁSIO, 1998).
Mudrik et al. (2002), avaliando as diferenças de produtividade entre
lavouras de café manejadas com utilização de irrigação, fertirrigação, e
lavouras não-irrigadas, obtiveram os valores de 87 e 54,8 sc ha
-1
de café
beneficiado para os tratamentos fertirrigados e não-irrigados, respectivamente.
Silva et al. (2003), em experimento em Lavras, Estado de Minas
Gerais, safra 2001/2002, estudando três épocas de irrigação (/06 a 30/09,
15/07 a 30/09 e 1º/09 a 30/09) e regimes hídricos, observaram que a irrigação
realizada entre 1º/06 a 30/09 proporcionou maior produção, 58 scs ha
-1
,
correspondendo a uma produtividade de 186% superior à não-irrigada.
Neste sentido, muitos trabalhos verificaram incremento na produção do
cafeeiro com o advento da técnica da irrigação, confirmando-a como uma das
técnicas disponíveis para se obter esse aumento de produtividade (FARIA et
al.,2001; SOARES, 2001; ANTUNES et al., 2000, DRUMOND et al., 1999;
FERNANDES et al., 1999).
A prática da irrigação no cafeeiro ainda não é utilizada em grande
escala no Brasil, mas a pesquisa tem demonstrado que a irrigação constitui
uma maneira de utilizar a água como insumo, para gerar efeitos econômicos
positivos, pela possibilidade de elevar os rendimentos, concentrar a colheita e
9
obter grãos de melhor qualidade, além de contribuir para a organização do
trabalho agrícola (ZAMORA; SANCHEZ, 1992).
Portanto, de acordo com Mantovani (2000), no contexto da cafeicultura
moderna, a irrigação é uma técnica importante e que tem muito a contribuir
para o aumento da produtividade e, juntamente com a fertirrigação possibilita a
manutenção em patamares elevados e uniformes. Porém, neste ponto é
importante discernir a cafeicultura irrigada de molhação eventual, pois a
primeira trata-se de uma atividade continuada com controles específicos e bem
definidos e com análise integrada de fatores, e a segunda uma atividade
isolada e sem compromisso com um sistema de produção de longo prazo.
2.6 Fertirrigação do cafeeiro e sistemas de irrigação
O uso de adubos na forma líquida, seja em solução, seja em
suspensão, inicialmente, ganhou a expressão de fertilização fluída e, pela
oportunidade de se irrigar e fertilizar a planta e o solo, concomitantemente,
passou-se a empregar uma palavra contraída, oriunda da ação de dois
substantivos que é fertirrigação (NOGUEIRA et al., 1998)
A fertirrigação consiste na fertilização combinada com a irrigação, isto
é, os adubos minerais são injetados na água de irrigação para formar água de
irrigação enriquecida (VITTI et al., 1994).
Santinato et al. (1996) relatam que a fertirrigação se resume na
aplicação de água e fertilizantes ao solo e à planta simultaneamente.
No Brasil, a fertirrigação, vem se firmando como uma técnica muito
promissora, principalmente entre os proprietários de sistemas de irrigação por
métodos pressurizadas (aspersão e localizada), porque por meio deles a água
é conduzida e aplicada através de condutos fechados e sob pressão,
permitindo melhor controle (LEITE JÚNIOR, 2003).
Os sistemas de irrigação mais utilizados na cafeicultura brasileira o
os sistemas por aspersão (pivô central) e a irrigação localizada (gotejamento).
Para se ter êxito com a fertirrigação é fundamental que a distribuição de água
na lavoura tenha boa uniformidade, ou seja, que o sistema seja bem
dimensionado e adequado para este fim (LEITE JÚNIOR, 2003).
10
Os sistemas de irrigação por aspersão são aqueles em que a água é
aspergida sobre a superfície do solo e/ou sobre as plantas. Os tipos mais
utilizados na cafeicultura são os que utilizam aspersores (sistema
convencional), o autopropelido e o pivô central, sendo o último o mais indicado
para a realização da fertirrigação em função do maior coeficiente de
uniformidade de aplicação (VIEIRA; BONOMO, 2000).
No sistema de pivô central, a fertirrigação é mais eficiente quando é
realizada em cafeeiro superadensado ou adensado ou com a utilização do
plantio circular do café e com a substituição dos aspersores convencionais
(sprays) por emissores do tipo LEPA (Low Energy Precision Application) que
permite a fertirrigação de modo mais eficiente em ca com espaçamentos
convencionais (SANTINATO, 2001).
Os sistemas de irrigação localizada aplicam a água diretamente no
local de maior concentração das raízes, com pequena vazão e alta frequência
existindo dois tipos: a microaspersão e o gotejamento. O gotejamento é o mais
indicado para a prática da fertirrigação no cafeeiro pela alta uniformidade de
aplicação de água e por manter o teor de água no solo adequado para a
absorção dos nutrientes (SANTINATO et al., 1996a).
Segundo Santinato (2001), o sistema por gotejamento teve maior
evolução nos últimos anos com o lançamento de gotejadores
autocompensantes, autodrenantes e autolimpantes que proporcionam sistema
altamente eficiente na distribuição de água com custos menores (linhas laterais
mais longas). Em face das limitações de recursos hídricos, grandes áreas de
café começaram a ser irrigadas pelo sistema de gotejamento já que a diferença
de consumo de água dos sistemas pivô central e autopropelido é de 35% e
mais de 100% maior, respectivamente. Estima-se que, no Brasil,
aproximadamente de, 15 a 20 mil hectares plantados com cafeeiros estejam
sendo irrigados por gotejamento (TESSLER, 2002).
De acordo com Fernandes et al. (2001), o sistema de gotejamento para
fertirrigação do cafeeiro deve ser utilizado superficialmente, pois enterrado a
10, 20 ou 30 cm de profundidade independentemente da distância em relação
à linha de cafeeiro (20, 30, 40 ou 50 cm) ocorrem perdas de produtividade da
ordem de 17 a 38%, provavelmente por pior distribuição de água e fertilizantes
11
em profundidade no bulbo fertirrigado, pelas perdas por lixiviação em função do
sistema radicular do cafeeiro estar concentrado nos 30 cm superficiais.
Um outro sistema de irrigação é o de tripas ou mangueira plástica
perfurada a laser (MPP) muito utilizada na cafeicultura e que se enquadra no
sistema de irrigação localizada. Este material sofreu pequena evolução nos
últimos anos, passando de tubos simples (com capacidade de irrigar apenas
uma linha do cafezal) para tubos com perfuração dupla capazes de irrigar duas
linhas. No entanto, embora sirvam para a fertirrigação, não são eficientes na
uniformidade da aplicação de água quanto ao gotejamento (LEITE JÚNIOR,
2003).
A cafeicultura irrigada já é realidade em várias regiões produtoras
brasileiras, em virtude, principalmente, da grande disponibilidade de sistemas e
equipamentos modernos, associado à redução de preços. Porém, o possível
avanço a ser alcançado com a tecnologia da fertirrigação depende do uso
eficiente da água e de fertilizantes, conforme indicações de pesquisas na área
de manejo de irrigação e aplicação de produtos químicos, via água, nas
diferentes condições regionais e socioeconômicas do país (FISHER;
BROWNING, 1979; BERNARDO, 1989; SILVA et al., 1998; PAPADOPOULOS,
1999).
Com a preocupação mundial em adequar práticas agrícolas ao
desenvolvimento sustentável, considerou-se essencial que qualquer nova
tecnologia de produção preserve todos os elementos do contexto ambiental.
Nesse aspecto, enquadra-se a prática da fertirrigação, que tem como
vantagens principais a maior eficiência na aplicação de fertilizantes (menores
perdas), a maior uniformidade de aplicação de água, a possibilidade de
redução da dosagem de nutrientes (consequência da maior eficiência) para um
mesmo potencial produtivo, a redução da compactação do solo e dos danos
mecânicos à cultura (evita-se tráfego de máquinas e implementos), a
adequação da época de aplicação às necessidades da cultura, a eficiente
incorporação do fertilizante pelo controle da lâmina de água e a redução da
lixiviação, principalmente na irrigação por gotejamento (FRIZZONE et al., 1994;
VIEIRA, 1994; SANTINATO et al., 1997; NOGUEIRA et al., 1998;
PAPADOULOS, 1999; VILLAS BOAS et al., 1999).
12
Alguns autores não consideram que a fertirrigação seja somente uma
técnica de irrigação, mas uma nova técnica de cultivo, tamanhas as suas
vantagens econômicas e agrícolas (SAMPAIO et al., 1996). Abreu e Sanchéz
(1987) e Hagin e Tucker (1982) mencionaram que a prática da fertirrigação não
é exclusiva dos sistemas de irrigação localizada. Entretanto, nesse sistema,
pode-se conseguir melhor eficiência na aplicação de fertilizantes, pois os
nutrientes são aplicados somente na região do sistema radicular e com maior
uniformidade de distribuição (CLOWES, 1984; VERMEIREN; JOBLING, 1997).
Essa tecnologia já vem sendo usada há muito tempo em países de
agricultura mais avançada. No entanto, a pesquisa sobre fertirrigação e suas
aplicações práticas, aliadas aos avanços no dimensionamento de sistemas de
irrigação, recentemente está permitindo a expansão dessa técnica
(ANTUNES, 2000).
Embora a fertirrigação por gotejamento ofereça uma série de
vantagens, sua eficiência depende do conhecimento de vários fatores, como
textura, densidade, permeabilidade, pH, teor de cátions trocáveis e
condutividade elétrica do solo, teor de sais da água e características dos
fertilizantes a serem aplicados via água de irrigação, além do correto manejo
da concentração de nutrientes e da frequência de irrigação (SOUSA et al.,
1993). O manejo inadequado de água no solo traz sérios problemas
relacionados às perdas de nutrientes por lixiviação. Já com controle criterioso
da concentração salina, ocorrem reduções dessas perdas e aumento da
absorção de nutrientes pela planta (CALDWELL et al., 1977; FEIGIN et al.,
1982; COELHO, 1994; CADAHÍA, 1998).
Há, por conseguinte, crescente preocupação quanto à utilização efetiva
e eficiente da água e dos fertilizantes. O mais adequado manejo destes foi
identificado como a mais importante contribuição na estratégia necessária para
direcionar os problemas relativos à escassez de água e à prática da agricultura
intensiva. O aumento da eficiência do uso da água e dos fertilizantes constitui o
principal fator para aumentar a produção de alimentos, reverter a degradação
do solo, ou evitar danos irreversíveis a estes, permitindo a sustentabilidade do
ambiente produtivo (PAPADOULOS, 1999).
Os poucos trabalhos, na
área de fertirrigação no Brasil e a pouca
divulgação dos resultados entre os irrigantes, tornam essa técnica ainda pouco
13
conhecida. Quando devidamente divulgada, e com a crescente introdução de
fertilizantes hidrossolúveis no mercado, a fertirrigação deverá tornar-se prática
comum na agricultura irrigada (KALIL, 1992; FRIZZONE et al., 1994; BOMAN,
1996).
Santinato et al. (1996) afirmaram que não ainda informações
precisas sobre os níveis adequados de fertilizantes, aplicados junto à água de
irrigação, necessárias às diversas idades e produção do cafeeiro e em
diferentes condições edafoclimáticas. As presentes indicações o baseadas
na experiência dos autores e nos poucos dados de literatura.
Prado e Nascimento (2003) ressaltaram que, em se tratando de
adubação de formação, existem na literatura poucos trabalhos de pesquisa
realizados para fundamentar uma recomendação específica para esta fase de
desenvolvimento do cafeeiro, existindo praticamente apenas as
recomendações gerais.
2.7 Nutrição e adubação do cafeeiro
Nas condições em que o café é cultivado no Brasil, o nitrogênio (N) é o
elemento que mais limita as produções, pela sua alta demanda pelo cafeeiro e
a pequena disponibilidade da maioria dos solos brasileiros nesse elemento. Em
anos de alta produtividade ou em longos períodos de estiagem, na época
quente do ano, essa deficiência assume importância que poderá afetar
significativamente a produtividade dos cafezais. No conjunto vegetação mais
fruto, o potássio (K) aparece em segundo lugar em quantidade imobilizada por
ano. O fósforo (P) é um elemento exigido em pequenas quantidades e não
uma reação econômica do cafeeiro a esse elemento, mesmo em solo onde o
teor de fósforo solúvel se apresenta baixo (IBC, 1981).
O princípio da aplicação da fertirrigação preconiza a utilização de
produtos solúveis. Assim, na seleção do fertilizante deve-se considerar, além
de outros aspectos, a sua solubilidade, uma vez que esta é extremamente
importante no manejo operacional do sistema e na uniformidade de aplicação
dos produtos. A aplicação de nitrogênio e potássio via água de irrigação,
geralmente, não apresenta problemas, podendo ser utilizados em qualquer
14
sistema de irrigação, sob as formas: uréia, nitrato ou sulfato de amônio como
fonte de N; e cloreto de potássio como fonte de K (SOUSA; SOUSA, 1993).
Malavolta (1993), considerando a composição das plantas aos 6,5 anos
de idade, relata que a demanda dos elementos obedece a seguinte ordem
decrescente:
macronutrientes: N > K > Mg > S > P;
micronutrientes: Fé > Mn > Zn > B Cu.
Segundo Malavolta et al. (2002), a demanda por nutrientes pelo
cafeeiro não varia em função da produção, pois quando a frutificação é baixa, o
crescimento de ramos plagiotrópicos, a formação de folhas e ramos novos
substituem o fruto como dreno de carboidratos e nutrientes. Aos 54 meses
após o plantio, a produtividade foi 34 sc ha
-1
caindo para 7 sc ha
-1
aos 66
meses. Entretanto, nesta época, a extração de nutrientes foi maior
compensando a menor extração pelos frutos pelo maior crescimento
vegetativo.
Para Rena et al. (1996), o estado nutricional do cafeeiro depende da
capacidade da planta em regular ou não a carga de frutos em relação à área
foliar, a cultivar Catuaí, por exemplo, pode apresentar queda precoce nas
primeiras safras por apresentar elevada produção, a qual esgota as reservas
da planta para atender a alta demanda da carga de frutos, podendo levar
algumas plantas à morte.
É importante salientar também que parte das necessidades nutricionais
para a formação de nova vegetação e de frutos é satisfeita pela mobilização de
reservas da planta e não somente extraídas do solo. De acordo com Malavolta
e Lima Filho (1998), em cafeeiros adequadamente nutridos, 23,5% do N e
43,3% do K, contidos nos frutos, vieram das respectivas reservas, enquanto em
plantas deficientes esta mobilização aumenta para 43,3 e 73,3%.
Prezotti et al. (2000), com base em equações de regressão obtidas em
experimentos e medições realizadas em lavouras conduzidas em condições
favoráveis ao bom crescimento do cafeeiro em Minas Gerais, calcularam a
demanda anual de nutrientes de cada parte da planta de café para uma
determinada população e numa determinada idade. Os maiores drenos são as
folhas e os frutos que acumulam aproximadamente 75% dos nutrientes
absorvidos. As flores podem ser consideradas importantes drenos também
15
(MALAVOLTA et al., 2002), tornando importante a antecipação da adubação de
setembro para agosto, o que é facilitado pela fertirrigação, uma vez que os
adubos são aplicados dissolvidos, não dependendo da chuva para serem
absorvidos.
As diferenças, no conteúdo de alguns macro e micronutrientes entre as
cultivares, se devem à variação genética, ao grau de intensidade de demanda
pelo dreno, às flores e às interações entre os nutrientes. A cultivar Catuaí, por
exemplo, é mais exigente que o mundo novo em quase todos os nutrientes,
com exceção do Cu e do Zn (MALAVOLTA et al., 2002).
Outro aspecto importante que se deve conhecer é quando se deve
aplicar o fertilizante, ou seja, o período de maior exigência nutricional pela
planta para que o fertilizante seja mais eficientemente aproveitado e a planta
não sofra deficiência nutricional. Kupper (1976), citado por Malavolta et al.
(1983), num estudo da exigência do cafeeiro em nitrogênio, concluiu que a
quantidade de N retida na parte vegetativa de cafeeiro, com mais de três anos
(1.000 covas ha
-1
), é de 3 a 3,5 kg ha
-1
por mês nos meses de dezembro a
março, e ao redor de 2 kg ha
-1
por mês de abril a junho e em setembro. Nos
meses de menor temperatura (julho a agosto), a taxa de absorção cai para 0,5
kg N ha
-1
. Na frutificação, a demanda de nitrogênio é diferente, na qual a planta
acumula 0,1 kg ha
-1
mês na fase de chumbinho e 0,4 kg ha
-1
mês por saca
beneficiada na fase de granação e maturação.
Carvajal et al. (1969), na Costa Rica, realizaram estudos em solução
nutritiva da absorção de nutrientes pelo cafeeiro arábica, cultivar Bourbon
(plantas com três a quatro anos). Durante um ciclo anual, observaram que o
cafeeiro adulto apresenta mudanças súbitas na velocidade de absorção dos
nutrientes associados com os estados fisiológicos mais importantes. As
maiores quantidades de nutrientes são absorvidas durante a fase de
florescimento e chumbinho com destaque para Ca, P e principalmente o Mg e
com exceção do K, que é mais absorvido no pré-florescimento. O N também é
mais absorvido na fase do florescimento, não alterando muito durante as outras
fases.
A absor
ção de nutrientes, presentes no solo, pelo sistema radicular e
consequente transporte para a parte aérea, ocorre de forma radial (o nutriente
é transportado somente para o lado da parte aérea em que ele foi absorvido)
16
no cafeeiro arábica (FRANCO, 1984) e no conillon (MATIELLO, 1998). Esta
característica do cafeeiro reforça a necessidade de boa distribuição dos
fertilizantes aplicados ao solo ao redor da planta, para que não haja
desequilíbrio no cafeeiro, com excesso de nutrientes de um lado e deficiência
no outro. Em sistemas fertirrigados por gotejamento, é importante que o
tubogotejador esteja bem próximo do caule para que haja esta distribuição
uniforme do fertilizante ao redor da planta.
Os níveis ou doses de nutrientes para o cafeeiro irrigado, em geral, têm
sido os mesmos para o cafeeiro sem irrigação. Entretanto, pelo
desenvolvimento mais rápido, principalmente na fase de formação do cafeeiro,
os níveis de adubação exigidos superam os níveis para o cafeeiro não-irrigado
(SANTINATO et al., 1996).
2.7.1 O nitrogênio na nutrição mineral do cafeeiro
O cafeeiro tem alta exigência de nitrogênio (N) e mesmo considerando
que há diversos nutrientes necessários ao seu bom desenvolvimento, a falta de
N é que mais limita seu crescimento e produção (VAAST et al., 1998). O
suprimento adequado de N, não havendo outros fatores limitantes, é
demonstrado pelo rápido desenvolvimento, no aumento da ramificação dos
galhos frutíferos e na formação de folhas verdes e brilhantes (MALAVOLTA et
al., 1981).
De acordo com Dierendonck (apud MALAVOLTA, 1986), existe relação
direta entre o fornecimento de N e número de folhas no florescimento e número
de gemas floríferas, havendo a necessidade de se cuidar do crescimento da
área foliar mediante a adubação nitrogenada, o que acarretará maior produção
de amido e de outros carboidratos indispensáveis para a formação e o
crescimento dos frutos.
Um fator que aumenta a severidade da falta de N é um período de seca
intensa, pois menor umidade no solo diminui a mineralização da matéria
orgânica e o caminhamento de nitratos para a raiz pelo processo de fluxo de
massa, de acordo com Malavolta (1986).
Carvajal et al. (1969), avaliando a absor
ção líquida dos macronutrientes,
com exceção do enxofre, por plantas de café (Coffea arábica L. var. Bourbon)
17
durante um ciclo vegetativo e reprodutivo completo, constataram que a
contribuição por parte dos nutrientes estudados, no total da absorção líquida,
indicou claramente que o nitrogênio é o elemento quantitativamente mais
importante na nutrição do café, seguido do potássio. A contribuição destes
elementos ao total absorvido de 48 e 28%, respectivamente.
O acúmulo de massa seca e de nutrientes pelo cafeeiro é crescente em
função da idade. No entanto, a retirada anual de nutrientes pela planta adulta
mostra-se semelhante com pouca alteração em função da safra (CORRÊA et
al., 1986). Mesmo com produtividades semelhantes aos 30 e 42 meses, a
extração de nutrientes foi quase o dobro aos 42 meses (143,5 contra 79,4 kg N
planta
-1
aos 30 meses) no cafeeiro Catuaí. No entanto, a quantidade exportada
pelo fruto foi praticamente a mesma (34,9 e 37,7 kg N planta
-1
aos 30 e 42
meses, respectivamente).
De acordo com Coelho (1994) e Villas Boas et al. (1999), o nitrogênio é
o elemento mais frequentemente aplicado, via água de irrigação, pela sua
solubilidade e por apresentar, em relação aos outros nutrientes, alta mobilidade
no solo e consequentemente, alto potencial de perdas, principalmente por
lixiviação. A distribuição espacial do N no solo é fortemente afetada pela fonte
de N adicionada via água de irrigação, amoniacal, nítrica ou amídica. O amônio
pode ser adsorvido pelos coloides do solo e óxidos metálicos, tendo então sua
mobilidade limitada em relação ao nitrato que não é adsorvido. Com o uso da
fertirrigação, pode-se parcelar a aplicação dos fertilizantes nitrogenados de
acordo com a demanda da cultura, reduzindo as perdas, sem onerar o custo de
produção, e não provocando alterações em excesso nas relações N/P e N/K
das folhas, que causam a diminuição da produção.
Carrijo et al. (1999) relatam que os nitratos, quando distribuídos em
lâmina de água adequada, disponibilizam-se imediatamente para a absorção
pelas plantas. Pela diferença de mobilidade, o balanceamento das fontes de
nitrogênio é importante para os processos e interações químicas que ocorrem
no solo. Altas concentrações de nitrato na solução do solo favorecem a
absorção de K
+
, Ca
2+
e Mg
2+
, enquanto as de amônio favorecem a absorção de
fosfatos, sulfatos e o próprio nitrato.
18
2.7.2 O potássio na nutrição mineral do cafeeiro
As exigências de K são equivalentes às de N (SILVA et al., 1999).
Conforme Malavolta (1986) existe uma correlação positiva, bastante íntima,
entre o teor de potássio (K) nas folhas e seu conteúdo de amido; baixando o
nível de K diminui a produção de amido. Como consequência, o
desenvolvimento da planta, o aparecimento de novos ramos e novas folhas
diminuem e as produções caem.
Afirma-se até que o comportamento bienal de produção do cafeeiro,
pelo menos em parte, pode ser explicado com base nas variações no teor de
amido dos tecidos: uma colheita consome as reservas desse carboidrato de
modo que pouco fica disponível no ano seguinte para a vegetação e
frutificação, resultando daí a queda da colheita. A importância do K na
produção de frutos é que uma reserva suficiente desse elemento tende a
diminuir a quantidade de frutos chochos (floats) (GLANDER, 1958).
A aplicação de potássio junto com nitrogênio, via água de irrigação,
vem sendo muito utilizada. Segundo Vitti et al. (1994), a aplicação de K por
meio da fertirrigação praticamente não apresenta problema, pela alta
solubilidade da maioria dos sais de potássio. O ponto crucial é definir em que
condição deve-se fazer o parcelamento desse nutriente.
Em solos arenosos, que normalmente apresentam baixa CTC efetiva e
alto potencial de perdas por lixiviação, o parcelamento é condição essencial.
Na irrigação localizada, ocorre alta concentração de K
+
sob os emissores,
saturando as cargas negativas do solo e causando as movimentações vertical
e lateral, mesmo em solos argilosos (VEIRA; BONOMO, 2000).
Bastos (1994) constatou, em seu trabalho, que diferentes doses de
cloreto de potássio (KCl) influenciaram nas características de crescimento do
cafeeiro. Entre elas, a altura média das plantas e o diâmetro do caule
apresentaram acréscimos significativos com o aumento das doses de potássio.
Segundo Malavolta (1993), as plantas absorvem os elementos da
solução do solo. Portanto, o objetivo da adubação é simplesmente elevar e
manter a sua concentração de modo a atender às exigências do cafeeiro.
Destacou, ainda, o efeito dos elementos em determinadas funções da planta,
19
como, por exemplo, o fato de que altos teores de K estarem associados a
colheitas elevadas.
2.7.3 O fósforo na nutrição mineral do cafeeiro
O P, apesar de ser essencial para a produção dos frutos e para o
rápido crescimento do cafeeiro novo, é um nutriente pouco exigido em
comparação com N e K (GUIMARÃES, 1986)
No entanto, o fósforo possui movimentação muito restrita na maioria
dos solos, principalmente nos argilosos, pela sua forte fixação pelos óxidos do
solo e minerais de argila. Quase todo P é transportado por difusão, processo
lento e de pouca amplitude, que depende da umidade do solo (VIEIRA;
BONOMO, 2000).
A aplicação contínua de ortofosfato (P
2
O
5
), via água de irrigação,
mostrou ser superior à aplicação de P em adequadas quantidades, como
fertilização básica aplicada a lanço. Isto origina do fato de que a adsorção e a
cristalização de P reduzem a sua concentração na solução do solo e então
diminui a absorção de P pelas plantas. São reações dependentes de tempo
que acontecem entre poucas horas a várias semanas. Em razão da frequente
aplicação de P, via água de irrigação, o tempo de sua fixação no solo reduz-se
apreciavelmente, enquanto a concentração de P na solução do solo é
consideravelmente mais alta em fertirrigações sucessivas (NOGUEIRA et al.,
1998).
Nos sistemas de irrigação localizada por gotejamento, o fertilizante
fosfatado é aplicado diretamente na zona de maior concentração de raízes.
Consequentemente, há melhor aproveitamento do P pelas plantas. De acordo
com Villas Boas et al. (1999), trabalhos conduzidos em outros países,
demonstraram que, na irrigação por gotejamento em solo de textura arenosa, o
P pode movimentar-se 20 a 30 cm, tanto no sentido vertical quanto no
horizontal. Em solo argiloso, essa distância pode ser duas a três vezes menor.
Segundo Papadopoulos (1999), a mobilidade de P aumenta de cinco a dez
vezes quando aplicado por sistema de gotejamento e a extensão depende da
dosagem.
20
Folegatti (1999) salienta que, além da textura do solo, a movimentação
de P nele depende do fertilizante, da dose aplicada, da quantidade de água
utilizada, entre outros fatores. Alerta que as possíveis condições que
favorecem o movimento de P aplicado, via gotejamento, são: saturação do solo
superficial por P, próximo aos emissores, e arraste do P pela água. Entre 25%
e 35% do P aplicado pelo gotejamento pode ser aproveitado pelas plantas.
21
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Área experimental
O experimento foi desenvolvido na área experimental do Centro cnico
de Irrigação (CTI) do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de
Maringá (UEM), em Maringá, PR, 23º25 de latitude sul, 51º57 de longitude oeste
e 542 m de altitude média. O relevo da área experimental é considerado
homogêneo, com suave ondulação apresentando declividadedia de 6%.
O solo onde foi instalado o experimento é da classe Nitossolo
Vermelho distroférrico com horizonte A moderado, textura argilosa, fase
floresta tropical subperenifólia (EMBRAPA, 1999). Para a caracterização
química e sica do solo, foram coletadas amostras da área experimental,
dividida em quatro setores, nas profundidades 0 a 20 e 20 a 40 cm
determinando o pH, matéria orgânica (MO), macronutientes (P, H + Al, K, Ca,
Mg), micronutrientes (Fe, Zn, Cu e Mn) e a composição granulométrica,
apresentadas nas Tabelas 1, 2 e 3, analisadas pelo Laboratório de Solos do
Departamento de Agronomia da UEM.
Tabela 1 Resultado da análise química do solo, antes do plantio, em outubro
de
2005.
Setor
Prof.
(cm)
pH
CaCl
2
cmolc dm
-
3
mg dm
-
1
g dm
-
3
V%
Irrigado Al H + Al
Ca Mg K SB CTC P C
Setor 1
0-20 5,0 0,0
4,61 5,01 2,23 0,66 7,90
15,51
1,9 14,22
63,2
20-40 5,0 0,0
4,96 6,24 2,65 0,36 9,25
14,21
0,3 11,85
65,1
Setor 2
0-20 5,4 0,0
4,28 7,42 2,99 0,94 11,35
15,63
3,8 18,57
72,6
20-40 5,5 0,0
3,97 8,89 3,04 0,59 12,52
16,49
1,3 13,43
75,9
Setor 3
0-20 5,1 0,0
4,61 6,06 2,43 0,78 9,27
13,88
2,1 11,46
66,8
20-40 5,2 0,0
4,28 6,45 2,39 0,57 9,41
13,69
1,1 12,25
68,7
Setor 4
0-20 5,3 0,0
4,28 6,44 2,50 0,60 9,54
13,82
0,6 9,88
69,0
20-40 5,4 0,0
3,97 6,16 2,30 0,26 8,72
12,69
0,1 9,10
68,7
Níveis
Adequados*
5-6 <1,0 2-4 1,5-3 ,0,5-1
0,25-0,40
>5,4 >10,4
10-20 1,5-3
50-60
*Fonte: Matielo et al. (2005).
22
Tabela 2 Resultado da análise de micronutrientes, antes do plantio, em
outubro de 2005.
Prof.
(cm)
mg/dm
3
Fe Zn Cu Mn
0-20 110,81 8,44 27,04 285,56
20-40 126,41 6,17 27,73 190,36
Tabela 3 Características físicas do solo das camadas de 0 a 20 e 0 a 40 cm.
Identificação
da Amostra
%
Areia Grossa Areia Fina Silte Argila Textura
0-20 04 16 10 70 argilosa
20-40 4 12 05 79 argilosa
3.2 Caractesticas cliticas
O clima predominante, segundo a classificação de Köeppen, é do tipo
Cfa, ou seja, mesotérmico úmido com chuvas abundantes no verão e inverno
seco, com precipitação média anual de 1.500 mm. Nos meses de dezembro e
janeiro, concentram-se os maiores índices de precipitação e nos meses de
julho e agosto os menores. Segundo a Estação Climatológica Principal da
UEM, a temperatura média anual é de 21,8ºC, e a média das mínimas alcança
17,3º e a média das máximas atinge 27,7ºC. O valor médio da umidade relativa
do ar é igual a 66%.
3.3 Instalação do experimento
O plantio foi realizado em dezembro de 2005, com espaçamento de 2,0
m entre linhas de plantas e 1,0 m entre plantas na linha, o que configurou um
sistema adensado, constituído de 1.800 plantas. Foram utilizadas, neste
trabalho, mudas de cafeeiro (Coffea arábica L.) das cultivares Obatã e Iapar 59,
de origem pé franco, distribuídas alternadamente a cada três linhas, num total
de 24 linhas, com comprimento médio de 40 m.
Após o plantio, a lavoura experimental foi irrigada, em todas as linhas
de cultivo, pelo sistema de irrigação localizada por gotejamento, a fim de
23
garantir o pegamento uniforme das mudas, até o início e diferenciação dos
tratamentos em agosto de 2006.
3.4 Delineamento experimental
O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado,
com parcelas subdivididas. As parcelas foram constituídas pelas quatro
porcentagens da dose recomendada de adubação NPK (tratamento principal),
sorteadas, cada uma formando um setor da área experimental. Em seguida,
dentro de cada setor, as subparcelas foram compostas pelas linhas de plantas
que receberam, por meio de sorteio, o tratamento regime hídrico não-irrigado
e irrigado e a fertirrigação (tratamentos secundários).
Cada unidade experimental constitui-se de uma planta, escolhida ao
acaso (sorteio), nas linhas de cultivo, tendo como bordadura as linhas de
plantas periféricas da área experimental e as três plantas iniciais e finais de
cada linha.
3.5 Tratamentos
Os tratamentos originaram-se da combinação das quatro doses de
NPK, com dois regimes hídricos (com irrigação, sem irrigação) e fertirrigação,
em cada cultivar de café (Obatã e Iapar-59), totalizando 12 tratamentos, com
dez repetições, com uma planta representando uma repetição.
Os tratamentos estudados foram os seguintes:
Tratamento 1: Não-irrigado, aplicação convencional (manual) de
adubo, com dose 50% menor da recomendada (caracterizada
adiante);
Tratamento 2: Não-irrigado, aplicação convencional (manual) de
adubo, com dose 100% da recomendada;
Tratamento 3: Não-irrigado, aplicação convencional (manual) de
adubo, com dose 150% da recomendada;
Tratamento 4: Não-irrigado, aplicação convencional (manual) de
adubo, com dose 200% menor da recomendada;
24
Tratamento 5: Com irrigação, aplicação convencional (manual) de
adubo, com dose 50% menor da recomendada;
Tratamento 6: Com irrigação, aplicação convencional (manual) de
adubo, com dose 100% da recomendada;
Tratamento 7: Com irrigação, aplicação convencional (manual) de
adubo, com dose 150% da recomendada;
Tratamento 8: Com irrigação, aplicação convencional (manual) de
adubo, com dose 200% da recomendada;
Tratamento 9: Com irrigação e fertirrigação, com dose 50% menor
da recomendada;
Tratamento 10: Com irrigação e fertirrigação, com dose 100%
menor da recomendada;
Tratamento 11: Com irrigação e fertirrigação, com dose 150%
menor da recomendada;
Tratamento 12: Com irrigação e fertirrigação, com dose 200%
menor da recomendada.
O croqui com a distribuição dos tratamentos, do sistema de irrigação e
fertirrigação na área experimental, é apresentado na Figura 1.
A definição da dose recomendada, na fase de formação do cafeeiro, foi
baseada em Matiello et al. (2005). A dose recomendada de N e K é de 30 g/m,
para cada nutriente. Variou-se essa dose para mais (45 e 60 g/m) e para
menos (15 g/m). Para o P, a dose recomendada é de 6 g/m. Assim, também se
variou essa dose para mais (9 e 12 g/m) e para menos (3 g/m).
Nas parcelas não-irrigadas e irrigadas, a aplicação da adubação NPK
foi realizada convencionalmente (manual) em cobertura, parcelada em duas
aplicações, durante o período chuvoso, em faixa, com distribuição manual ao
redor das plantas.
As aplicações de fertilizantes, via fertirrigação, foram parceladas duas
vezes por mês, durante cinco meses, totalizando dez aplicações, de agosto a
dezembro de 2006, de acordo com as irrigações definidas pelo critério de
manejo.
25
Setor 1
Setor 2
6
5
6
1
2
1
Setor 3
6
5
4
3
2
1
Setor 4
Tanque de
Fertilizantes
Reservatório
de água para
irrigação
Bomba
Injetora de
Fertilizantes
4
3
2
1
5
6
Legenda:
1
---------
Linha de plantas fertirrigadas, cultivar Iapar-59.
2
---------
Linha de plantas irrigadas, cultivar Iapar-59.
3
---------
Linha de plantas não-irrigadas, cultivar Iapar-59.
4.................................. Linha de plantas não-irrigadas, cultivar Obatã.
5................................. Linha de plantas irrigadas, cultivar Obatã.
6.................................. Linha de plantas fertirrigadas, cultivar Obatã.
Figura 1 Croqui da área experimental com a distribuição dos tratamentos e do
sistema de irrigação e fertirrigação.
Doses de Fertilizantes NPK
Dose 1: 15 g/m de N; 3 g/m de P, 15 g/m de K
Dose 2: 30 g/m de N; 6 g/m de P, 30 g/m de K
Dose 3: 45 g/m de N; 9 g/m de P, 45 g/m de K
Dose 4: 60 g/m de N; 12 g/m de P, 60 g/m de K
26
3.6 Condução da cultura
Durante o período de condução do experimento, procedeu-se aos
tratos culturais e controle fitossanitário, sempre que necessário, seguindo as
recomendações sugeridas por Matielo et al. (2005).
Foram realizadas três capinas manuais, nas linhas e aplicação de
herbicida glifosate, em jato dirigido, nas entre linhas anualmente, no período de
outubro a abril, para controle de plantas daninhas. .
O controle de pragas e doenças não foi necessário durante o período
experimental.
3.7 Equipamento e manejo da irrigação
O método de irrigação utilizado foi o localizado, com sistema de
gotejamento com emissores da marca Goldendrip autocompensantes com
vazão nominal de 1,2 L h
-1
e pressão de serviço de 10 m.c.a. Os gotejadores
foram instalados sob a superfície do solo, a 20 cm do caule das plantas, de
maneira que a superfície molhada formasse faixa contínua ao longo da linha de
plantio. O espaçamento entre gotejadores na linha foi de 0,40 m e 2 m entre
linhas. O sistema de irrigação constitui-se de um conjunto motobomba de 1 cv
que recalcava água até a área experimental, um filtro de disco, registros de
gaveta, manômetros e conexões, linha principal de tubos de PVC 50 mm
(PN80), linhas de derivação de PVC 50 mm (PN60), linhas laterais de tubo
flexível de polietileno (PN40), registros, e gotejadores. Os registros foram
usados na linha principal, dividindo a área em quatro setores, e nas linhas
laterais, no momento da fertirrigação, a fim de individualizar os tratamentos.
O manejo da irrigação foi conduzido utilizando-se o software IRRIGA v.
1.5 GESAI, desenvolvido no Departamento de Engenharia Agrícola (DEA) da
Universidade Federal de Viçosa (UFV). De acordo com Santinato et al. (1996),
adotou-se: coeficiente de cultura (Kc) igual a 0,8 em todo período estudado;
fator de disponibilidade hídrica de 0,5; temperatura ótima para cultura 25
o
C e
área sombreada pela cultura de 40%. A evapotranspiração de referência (Eto)
foi estimada pelo método de Penman-Monteith. Os dados climatológicos para
27
alimentar este software de manejo como temperatura média do ar, temperatura
máxima, temperatura mínima, umidade relativa, velocidade do vento,
precipitação e insolação, foram obtidos diariamente junto à Estação
Climatológica Principal da UEM.
Na Tabela 4, são apresentados os dados meteorológicos médios,
obtidos e utilizados para o manejo da irrigação, durante o experimento na
Estação Climatológica da UEM, localizada próxima à área experimental.
Tabela 4 Dados meteorológicos médios mensais registrados na Estação
Climatológica da UEM.
Mês/Ano
Temperatura(
o
C) Precipitação
(mm)
UR
(%)
HI
(h)
V.V
m s
-1
Máxima Média Mínima
ago/06 27,9 22,6 15,9 20,6 53,1 7,5 1,5
set/06 26,3 21,4 15,1 297,2 65,5 6,5 1,4
out/06 30,2 25,2 19,5 129,6 69,1 7,3 1,0
nov/06 30,6 25,9 20,2 85,3 65,6 7,7 1,0
dez/06 30,6 26,3 21,0 248,9 74,0 6,8 1,0
jan/07 29,4 25,3 21,4 271,5 82,1 5,2 0,9
fev/07 30,5 26,0 21,0 207,4 75,2 7,3 1,1
mar/07 31,6 26,3 21,0 135,0 69,8 7,9 0,9
abr/07 29,6 25,0 19,8 64,4 88,4 7,7 1,0
mai/07 24,9 20,4 15,0 59,2 70,1 7,4 1,0
jun/07 26,5 21,4 15,1 7,8 62,3 8,4 0,9
jul/07 23,9 18,7 12,7 45,7 64,7 6,6 1,2
ago/07 28,2 22,9 16,6 0,0 53,9 8,9 1,1
UR = umidade relativa do ar, HI = horas de insolação, V.V = velocidade do vento.
A precipitação mensal e as irrigações executadas, durante o
experimento, juntamente com a precipitação média histórica (12 anos), podem
ser visualizadas na Figura 2. Observa-se que o período de maior concentração
de chuvas foi de setembro de 2006 a fevereiro de 2007. A partir deste período,
a irrigação constitui-se na principal fonte de água para cultura em fase de
formação.
28
0
50
100
150
200
250
300
350
a
g
o
/
0
6
s
e
t
/
0
6
o
u
t
/
0
6
n
o
v
/
0
6
d
e
z
/
0
6
j
a
n
/
0
7
f
e
v
/
0
7
m
a
r
/
0
7
a
b
r
/
0
7
m
a
i
/
0
7
j
u
n
/
0
7
j
u
l
/
0
7
a
g
o
/
0
7
Data
Lâmina - mm
Precipitação mensal durante o período experimental
Média histórica mensal (12 anos) de precipitão
Irrigação mensal durante o período experimental
Figura 2 Precipitação mensal, irrigações mensais executadas, em mm,
durante o experimento, e precipitação média histórica (média dos
últimos 12 anos).
A metodologia de manejo utilizada pelo software IRRIGA é do
monitoramento do ambiente físico com utilização de algumas variáveis
climáticas para estimar a ETc do cafeeiro em formação, a partir da ETo, o que
vai definir o seu consumo de água. O comportamento dos valores de ETo, ETc
e ETcp pode ser visualizado na Figura 3.
0
1
2
3
4
5
6
a
g
o
/
0
6
s
e
t
/
0
6
o
u
t
/
0
6
n
o
v
/
0
6
d
e
z
/
0
6
j
a
n
/
0
7
f
e
v
/
0
7
m
a
r
/
0
7
a
b
r
/
0
7
m
a
i
/
0
7
j
u
n
/
0
7
j
u
l
/
0
7
a
g
o
/
0
7
Evapootranspiração - mm
ETo mensal
ETc mensal
ETcp = ETo x Kc x Kl (Mensal)
b
Figura 3 Valores médios mensais de ETo, ETc e ETcp no período de agosto
de 2006 a agosto de 2007.
29
Esse monitoramento pode ser visualizado na Figura 2. Determinados
os parâmetros do solo, como capacidade de campo e ponto de murcha
permanente; e os da cultura, como o fator de disponibilidade hídrica para o
cafeeiro, estima-se, então, a disponibilidade de água no solo. Com a
determinação diária da ETc, o programa define a quantidade de água utilizada
pela cultura, o que possibilita a identificação do momento da irrigação e a
lâmina de água necessária, considerando a precipitação efetiva ocorrida no
período.
Observa-se ainda, na Figura 4, que a variação da umidade do solo, no
tratamento irrigado e fertirrigado, permaneceu acima de 50% da água
disponível entre a capacidade de campo e o ponto de murcha permanente, não
causando deficiência hídrica no cafeeiro em formação, no período considerado.
30
32
34
36
38
40
42
44
46
ag
o/0
6
set
/06
out/06
no
v/06
dez
/0
6
j
a
n/07
fe
v
/07
mar/07
ab
r/07
ma
i
/07
jun
/07
jul/07
ag
o/0
7
Umidade do Solo (%)
Média mensal da umidade
Média mensal da CC
Média mensal do PMP
Média mensal da umidade de segurança (%)
Figura 4 Curva de evolução da umidade do solo para o tratamento irrigado e
fertirrigado.
Constata-se um período de déficit programado em junho e julho de
2007, pelo corte da irrigação, visando provocar um déficit hídrico na cultura
para uniformizar a floração.
J
á na Figura 5, observa-se que a umidade do solo esteve em grande
parte do tempo, abaixo da umidade mínima recomendada.
30
30,0
32,0
34,0
36,0
38,0
40,0
42,0
44,0
46,0
a
g
o
/
0
6
s
e
t
/
0
6
o
u
t
/
0
6
n
o
v
/
0
6
d
e
z
/
0
6
j
a
n
/
0
7
f
e
v
/
0
7
m
a
r
/
0
7
a
b
r
/
0
7
m
a
i
/
0
7
j
u
n
/
0
7
j
u
l
/
0
7
a
g
o
/
0
7
Umidade do solo (%)
Média mensal do PMP
Média mensal da CC
Média mensal de umidade atual
Média mensal da umidade de segurança
Figura 5 Curva de evolução da umidade do solo para o tratamento não-
irrigado.
10
15
20
25
30
35
a
g
o
/
0
6
s
e
t
/
0
6
o
u
t
/
0
6
n
o
v
/
0
6
d
e
z
/
0
6
j
a
n
/
0
7
f
e
v
/
0
7
m
a
r
/
0
7
a
b
r
/
0
7
m
a
i
/
0
7
j
u
n
/
0
7
j
u
l
/
0
7
a
g
o
/
0
7
Temperatura C)
Temperatura média mensal Temperatura máxima mensal
Temperatura mínima média
Figura 6 Médias mensais de temperatura máxima, nima e média
registradas no período de agosto de 2006 a agosto de 2007.
Após a montagem do sistema de irrigação, procedeu-se à avaliação da
uniformidade do sistema, por meio do coeficiente de uniformidade de
Christiansen (CUC), utilizando-se a metodologia descrita por Keller e Karmeli
(1975). Para tal utilizou-se a equação 1 que relaciona a vazão de cada
gotejador com a média das vazões de todos os gotejadores.
31
qn
qqi
CUC
.
1100
(1)
em que:
CUC
= coeficiente de uniformidade de Christiansen;
qi
= vazão de cada gotejador, L h
-1
;
q
= vazão média dos gotejadores, L h
-1
;
n
= número de gotejadores.
Os pontos de coleta de dados de vazão, conforme metodologia citada,
consistiram de quatro emissores de quatro linhas laterais, ou seja, a primeira
lateral, a situada a 1/3 e a 2/3 da origem e a última. Em cada linha lateral,
foram avaliados quatro emissores localizados no início, a 1/3 e a 2/3 do
comprimento e no final da linha lateral. Os valores do coeficiente de
uniformidade de Christiansen (CUC), com sistema operando a uma pressão de
10 m.c.a., podem ser observados na Tabela 5.
Tabela 5 Coeficiente de Uniformidade de Christiansen (CUC) para os setores
de irrigação que compõem a área experimental, outubro de 2005.
Setor avaliado
CUC (%)
Setor 1 94,4
Setor 2 91,3
Setor 3 90,1
Setor 4 91,9
3.8 Fertirrigação
As aplicações das doses dos fertilizantes nas parcelas fertirrigadas
foram realizadas através da injeção, na linha principal do sistema de irrigação,
antes do sistema de filtragem. Utilizou-se como equipamento injetor uma
bomba centrífuga de 1/2 cv, com rotor de Noryl
®
, instalada de maneira afogada.
Esta promovia a sucção da solução água + fertilizante de um reservatório com
capacidade de 150 L, onde era feita a mistura.
32
No período de adubação do experimento, foram utilizados, como fonte
de NPK, na fertirrigação, nitrato de cálcio, fosfato monoamônio (MAP) e nitrato
de potássio. Na adubação convencional, utilizou-se o formulado comercial 20-
05-20.
Na operação de fertirrigação, adotou-se o seguinte manejo: primeiro se
aplicava nitrato de cálcio junto com o nitrato de potássio e depois se aplicava
separadamente o fosfato monoamônio (MAP), evitando que houvesse a
formação de precipitados entre o Ca do nitrato com o fosfato do MAP. O tempo
de fertirrigação foi de 30 min. No manejo da fertirrigação, o sistema é iniciado e
finalizado somente com a aplicação de água por 15 min, como forma de
estabilizar a vazão dos gotejadores e como medida preventiva de possíveis
entupimentos.
As doses de NPK, em gramas por metro de linha de plantas e em
quilos por hectare e, seus respectivos setores de aplicação na área do
experimento, estão apresentados na Tabela 6.
Tabela 6 Doses de NPK, em gramas por metro de linhas de cultivo e quilos
por hectare, aplicadas na área experimental de acordo com o setor
experimental, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Dose recomendada N N P
2
O
5
P
2
O
5
K
2
O K
2
O
Setor
% g m
-
1
linha Kg ha
-
1
g m
-
1
linha Kg ha
-
1
g m
-
1
linha Kg ha
-
1
50 15 75 3 15 15 75 1
100 30 150 6 30 30 150 2
150 45 225 9 45 45 225 3
200 60 300 12 60 60 300 4
As avaliações ocorreram nas seguintes épocas: fevereiro de 2007,
junho de 2007, e outubro de 2007. No entanto, o efeito dos tratamentos sobre
as variáveis respostas foi avaliado, comparando-se os resultados obtidos na
avaliação de outubro/07.
Para comparação do crescimento das plantas entre os distintos
tratamentos, foram avaliadas as seguintes variáveis de desenvolvimento da
cultura:
33
diâmetro de caule: medido com paquímetro digital a uma altura de
10 cm do solo;
diâmetro de copa: medido no sentido perpendicular às linhas de
plantio, utilizando com uma trena fixada em um tubo de PVC 3/4;
altura da planta: medida com uma trena fixada em um tubo de PVC
3/4, do colo à gema apical do ramo ortotrópico das plantas;
número total de ramos plagiotrópicos: contagem direta planta a
planta;
comprimento do primeiro ramo plagiotrópico primário: foram
selecionados e marcados em cada planta, o primeiro ramo
plagiotrópico primário; foram utilizadas trenas para as medidas;
número de ramificações secundárias no ramo plagiotrópico
primário: todos os ramos plagiotrópicos primários selecionados foi
contado diretamente o número de ramificações secundárias que
estes apresentavam;
número de internódios do primeiro ramo plagiotrópico primário: em
todos os ramos plagiotrópicos primários selecionados para medida
do comprimento, foi contado diretamente o número de internódios
que estes possuíam;
comprimento do ramo plagiotrópico do terço médio inferior da copa:
foi selecionado, em cada planta, um ramo plagiotrópico primário do
terço médio inferior da copa; foram utilizadas trenas para as
medidas;
número de internódios do ramo plagiotrópico do terço médio inferior
da copa: em todos os ramos plagiotrópicos primários do terço
médio da planta selecionados para medida do comprimento, foi
contado diretamente o número de internódios que estes possuíam;
porcentagem de internódios com fruto do primeiro ramo
plagiotrópico: a partir do número total de internódios do primeiro
ramo plagiotrópico primário selecionado e marcado em cada planta,
calculou-se a porcentagem de internódios com frutos, pela
contagem direta;
34
porcentagem de internódios com fruto do ramo plagiotrópico do
terço médio da planta: a partir do número total de internódios do
ramo plagiotrópico do terço médio da planta, calculou-se a
porcentagem de internódios com frutos, pela contagem direta.
Os dados obtidos foram submetidos ao teste de Shapiro-Wilk para a
verificação da normalidade dos dados e, em seguida, submetidos à análise de
variância. Quando apresentaram diferenças significativas pelo teste F, foi
aplicado teste de Scott-knott, para as varáveis qualitativas (regimes hídricos e
cultivares), e análise de regressão para as variáveis quantitativas (doses de
NPK). Nessas análises, foi utilizado o software estatístico Sisvar.
Fez-se o desdobramento das interações dos tratamentos, de modo a
avaliar o efeito das doses de NPK dentro dos regimes hídricos e da
fertirrigação, mediante o desdobramento dos graus de liberdade nos
componentes linear e quadrático.
A escolha do melhor modelo de regressão teve como critérios de
escolha: a significância da regressão, a não significância do desvio da mesma
e a significância dos seus coeficientes pelo teste t, em nível de 5% de
probabilidade.
35
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Variáveis de crescimento da cultura
Ao final de 14 meses de condução do experimento, todas as
variáveis de crescimento da cultura apresentaram diferenças significativas
em função dos tratamentos. Destacou-se o tratamento regime hídrico e
fertirrigação que, para a maioria das variáveis, apresentaram uma resposta
significativa, provocando na maioria das vezes aumento dos valores
médios das variáveis nos tratamentos irrigado e fertirrigado.
Os efeitos da interação dos tratamentos regime hídrico,
fertirrigação e porcentagem da dose recomendada de fertilizantes não
apresentaram resultados com tendência de comportamento comum a todas
as variáveis, respostas desuniformes, como é possível observar nas
Tabelas e Figuras apresentadas nos próximos itens.
As análises estasticas completas são apresentadas no Apêndice.
4.1.1 Diâmetro de caule
Em ambas as cultivares, a análise de variância para a interação
dose de fertilizante x regime hídrico e fertirrigação não apresentou
significância, indicando que para essa variável não há dependência entre
esses fatores.
Para a cultivar Obatã, apenas o fator regimedrico influenciou
significativamente o diâmetro de caule das plantas de cafeeiro (Tabela 7).
36
Tabela 7 Análise de variância para a característica diâmetro de caule (DC),
para cultivares Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Causas
de variação
Cultivares
Obatã Iapar-59
DC DC
Dose de fertilizante 0,0570
NS
0,0053*
Regime hídrico e fertirrigação 0,0028* 0,0024*
Interação 0,0696
NS
0,2531
NS
Dose/Fertirrigação 0,0060* 0,0017*
Dose/Irrigação 0,3764
NS
0,4073
NS
Dose/Não-irrigado 0,2252
NS
0,8221
NS
Média geral (mm) 39,30 37,40
CV1(%) 9,09 6,50
CV2(%) 8,84 8,10
* significativo em nível de 5% de probabilidade.
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade.
O regime hídrico produziu maior efeito sobre o diâmetro de caule quando
o aporte de água às plantas foi feito através da irrigação ou fertirrigação, como
foi confirmado pelo teste de médias de Scott-Knott (Tabela 8)
Tabela 8 Valores médios obtidos para diâmetro de caule (DC) para cultivar
Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Fatores
Cultivares
DC(mm) DC(mm)
Obatã Iapar-59
Não-irrigado 37,8 b 36,0 b
Irrigado 39,5 a 38,1 a
Fertirrigado 40,6 a 38,2 a
Médias seguidas de letras distintas, na coluna, diferem entre si pelo teste de Scott-knott, em
nível de 5% de probabilidade.
Também é possível verificar, observando a Tabela 8, que para as duas
cultivares, a fertirrigação proporcionou o maior valor de diâmetro, sinalizando a
importância e os benefícios de um melhor aporte de água e maior eficiência
dos fertilizantes quando aplicados simultaneamente com esta, via fertirrigação.
O incremento do diâmetro do caule, em função dos regimes hídricos, veio
confirmar dados semelhantes relatados por outros autores (SNOECK, 1977;
37
ARAÚJO, 1982). Os quais detectaram diferenças significativas entre os valores
médios de diâmetro do caule nos tratamentos com e sem irrigação, em que os
irrigados apresentaram, em média, valores superiores àqueles sem irrigão.
Apesar da análise de variância da interação dos efeitos principais não
indicar diferença significativa para a interação, observou-se, conforme a Tabela
7, que a análise do desdobramento revelou efeito significativo das doses de
fertilizantes dentro do tratamento fertirrigado, influenciando o diâmetro de caule
da cultivar Iapar-59.
A análise de regressão polinomial indicou um polinômio de 2
o
grau
(Tabela 9) como sendo a equação que melhor descreve o comportamento
desta variável em função do fracionamento da dose de fertilizantes
recomendadas (Figura 7).
Tabela 9 Análise de variância da regressão quadrática para diâmetro de
caule (DC) da cultivar Iapar-59.
Causas de variação Prob.>F
Regressão quadrática
0,014*
Desvio
0,125
NS
â
0
0,0000*
â
1
0,0039*
â
2
0,0136*
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
DC = 46,625 - 0,1351%dose+ 0,0005%dose
2
R
2
= 0,85
36,0
37,0
38,0
39,0
40,0
41,0
42,0
0 50 100 150 200 250
%Dose recomendada
Diâmetro de caule (mm
)
Figura 7 Diâmetro de caule do cafeeiro, cultivar Iapar 59, no tratamento
fertirrigado, em função das doses de fertilizantes.
38
O diâmetro de caule decresceu com o aumento da dose de
fertilizantes. É possível que nas doses mais elevadas de fertilizantes possa ter
ocorrido maior acidificação da rizosfera, prejudicando o desenvolvimento das
plantas. Esta constatação pode ser justificada considerando a possibilidade de
alta fertilidade do solo que pode ter impedido o aumento desta variável
acompanhando o aumento das doses de fertilizantes.
4.1.2 Diâmetro de copa
Nas duas cultivares, o diâmetro de copa foi influenciado
significativamente pela interação entre os fatores regime hídrico, fertirrigação e
dose de fertilizantes (Tabela 10).
Tabela 10 Análise de variância para a característica diâmetro de copa
(DCOPA) para cultivares Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr,
2007.
Causas
de variação
Cultivares
Obatã Iapar-59
DCOPA DCOPA
Dose de fertilizante 0,0014* 0,0122*
Regime hídrico e fertirrigação 0,0000* 0,0000*
Interação 0,0035* 0,0428*
Dose/Fertirrigação 0,0000* 0,0003*
Dose/Irrigação
0,0902
NS
0,2713
NS
Dose/Não-irrigado 0,9491
NS
0,7213
NS
Média geral (cm) 169,20 159,80
CV1(%) 6,79 6,13
CV2(%) 5,81 6,56
* - significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
Foi analisada a variância para os desdobramentos, nos quais se fixou
regime hídrico e fertirrigação, variando-se as doses de fertilizante. Para
aqueles que apresentaram efeito significativo, aplicou-se análise de regressão.
Somente para as plantas que receberam fertirrigação, a variação das doses
apresentou diferenças significativas.
39
Tabela 11 Análise de variância da regressão linear para diâmetro de copa
(DCOPA) da cultivar Obatã.
Causas de variação
Prob.>F
Regressão linear
0,0000*
Desvio
0,866
NS
â
0
0,0000*
â
1
0,0000*
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
A equação que melhor se ajustou aos dados observados, para a
cultivar Obatã, foi uma equação de primeiro grau, apresentada na Figura 8.
DCOPA = 143,2+8,75%
dose
R² = 0,99
145,0
150,0
155,0
160,0
165,0
170,0
175,0
180,0
0 50 100 150 200 250
%Dose de NPK recomendada
Diâmetro de Copa (cm)
Figura 8 Diâmetro de copa do cafeeiro, cultivar Obatã, no tratamento
fertirrigado, em função das doses de fertilizantes.
Observando o comportamento do gráfico, pode-se afirmar que o
cafeeiro (cultivar Obatã) apresenta maior resposta às doses de NPK
crescentes, destacando-se o papel de N e K
2
O, elementos fundamentais para o
crescimento desta cultura (VAAS et al., 1998; SILVA et al., 1999) na fase inicial
da lavoura.
O di
âmetro de copa das plantas, submetidas à fertirrigação, da cultivar
Iapar 59, apresentou resposta quadrática significativa às porcentagens de
doses de NPK, como confirma a Tabela 12 e verifica-se na Figura 9.
40
Tabela 12 Análise de variância da regressão quadrática para diâmetro de
copa (DCOPA) da cultivar Iapar-59.
Causas de variação
Prob. > F
Regressão quadrática
0,0000*
Desvio
0,3200
NS
â
0
0,0000*
â
1
0,0000*
â
2
0,0000*
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
DCOPA = 205,13 - 0,7295%dose+ 0,0028%dose
2
R
2
= 0,95
155,0
160,0
165,0
170,0
175,0
180,0
0 50 100 150 200 250
%Dose de NPK recomendada
Diâmetro de Copa (cm)
Figura 9 Diâmetro de copa do cafeeiro, cultivar Iapar 59, no tratamento
fertirrigado, em função das doses de fertilizantes.
Observou-se decréscimo do diâmetro de copa na adubação 100 (30 g m
-1
de N; 6 g m
-1
de P, 30 g m
-1
de K) e 150% da dose de NPK recomendada (45 g m
-1
de N; 9 g m
-1
de P, 45 g m
-1
de K), quando comparadas as doses 50 (15 g m
-1
de N;
3 g m
-1
de P, 15 g m
-1
de K) e 200% (60 g m
-1
de N; 12 g m
-1
de P, 60 g m
-1
de K).
Possivelmente, este comportamento tem relação com os teores de
potássio e fósforo no solo dos setores de aplicação das referidas doses.
Conforme a análise de solo apresentada na Tabela 1, os setores 2 e 3, que
correspondem às doses 2 e 3, respectivamente, contêm maior teor de potássio
e fósforo, o que pode ter contribuído para uma resposta decrescente desta
variável, justificando o observado na Figura 9.
A Tabela 13 mostra que o diâmetro de copa, no regime hídrico irrigado,
foi influenciado significativamente, em ambas as cultivares, quando comparado
41
com o tratamento que não recebeu irrigação. Tal como neste trabalho, Araújo
(1982) constatou que o diâmetro de copa do cafeeiro foi influenciado
positivamente pela irrigação, salientando-se, então, o quanto a irrigação pode
ser benéfica ao desenvolvimento do cafeeiro.
Tabela 13 Valores médios obtidos para diâmetro de copa (DCOPA) para
cultivar Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Fatores
Cultivares
DCOPA(cm) DCOPA(cm)
Obatã Iapar-59
Não-irrigado 165,1 b 150,3 c
Irrigado 175,9 a 161,8 b
Fertirrigado 166,4 b 167,4 a
Médias seguidas de letras distintas, na coluna, diferem entre si pelo teste de Scott-knott, em
nível de 5% de probabilidade.
4.1.3 Altura de planta
Das causas de variação analisadas, para a cultivar Obatã, somente
regime hídrico e fertirrigação apresentaram efeito significativo para a variável
altura de planta. Assim, constataram-se os efeitos significativos dos
tratamentos fertirrigados e irrigados que proporcionaram maior altura das
plantas em relação ao regime não-irrigado.
Tabela 14 Análise de variância para altura de planta (AP) para cultivares
Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Causas
de variação
Cultivares
Obatã Iapar-59
AP AP
Dose de fertilizante
0,1251
NS
0,0375*
Regime hídrico e fertirrigação 0,0236* 0,0001*
Interação 0,4602
NS
0,0137*
Dose/Fertirrigação
0,0941
NS
0,8742
NS
Dose/Irrigação 0,4729
NS
0,0071*
Dose/Não-Irrigado 0,5112
NS
0,0051*
Média geral
109,90 103,50
CV2(%) 6,56 6,86
CV2(%) 7,40 6,18
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
42
A Tabela 15 mostra os valores médios desta variável em função dos
regimes hídricos e fertirrigação para as duas cultivares avaliadas.
Tabela 15 Valores médios obtidos para altura de planta (AP) para cultivar
Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Fatores
Cultivares
AP(cm) AP(cm)
Obatã Iapar-59
Não-irrigado 83,9 b 81,9 b
Irrigado 88,1 a 87,1 a
Fertirrigado 91,7 a 89,7 a
Médias seguidas de letras distintas, na coluna, diferem entre si pelo teste de Scott-knott, em
nível de 5% de probabilidade.
Resultados semelhantes foram encontrados por Faria e Siqueira (1988)
e Matiello e Dantas (1987), quando observaram que entre outras variáveis, os
valores médios de altura da planta foram 39% superiores nos cafeeiros
irrigados, quando comparados aos não-irrigados. Kobayashi e Nagao (1986)
também verificaram incremento na altura das plantas, à medida que aumentou
o nível de irrigação.
Na cultivar Iapar-59, além do efeito significativo isolado de cada fator,
houve diferenças estatísticas significativas para interação das dose de
fertilizantes x regime hídrico e fertirrigação, comprovando a dependência entre
estes fatores.
Desenvolveu-se, então, a análise da interação por meio do
desdobramento do fator dose de fertilizantes dentro dos regimes hídricos e da
fertirrigação (Tabela 14). Observou-se efeito significativo para regime hídrico.
Aplicou-se análise de regressão polinomial, a qual foi significativa
apenas para o regime hídrico irrigado.
A Tabela 16 permite constatar que, a análise de variância da regressão
indicou resposta significativa quadrática da aplicação de porcentagens da dose
de adubação recomendada sobre a altura das plantas do cafeeiro.
43
Tabela 16 Análise de variância da regressão quadrática para altura de planta
(AP) da cultivar Iapar-59.
Causas de variação
Prob.>F
Regressão quadrática
0,0010*
Desvio
0,9490
NS
â
0
0,0012*
â
1
0,0007*
â
2
0,0000*
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
A equação que melhor se ajustou sobre os dados observados e que
descrevem o comportamento dos valores médios da variável em questão está
descrita na Figura 10.
AP = 84,45 + 0,3736%dose - 0,0014%dose
2
R
2
= 0,99
98
100
102
104
106
108
110
0 50 100 150 200 250
%Dose de NPK recomendada
Altura de planta (cm)
Figura 10 Altura de planta do cafeeiro, cultivar Iapar-59, no regime hídrico
irrigado em função das doses de fertilizantes.
Por essa equação, tem-se um aumento inicial na altura de planta,
atingindo um máximo de 109,4 cm, com a aplicação de 133,4% da dose
recomendada de NPK para depois ocorrer um decréscimo em doses mais
altas.
44
O comportamento para as doses extremas (50 e 200%) sinaliza que
tanto o déficit quanto o excesso de nutrientes podem ser prejudiciais ao
crescimento inicial do cafeeiro.
Os modelos ajustados para os setores não-irrigados e fertirrigados não
atenderam aos critérios de significância, ou seja, os modelos polinomiais não
explicaram o comportamento da variável altura de planta para a interação entre
os fatores.
Na Tabela 15, é possível verificar o efeito superior do regime
fertirrigado sobre o não-irrigado, evidenciando o potencial da fertirrigação na
melhoria do aproveitamento dos fertilizantes pela cultura do café.
4.1.4 Número total de ramos plagiotrópicos
Na Tabela 17, é possível constatar o efeito significativo dos regimes
hídricos e fertirrigação sobre o número total de ramos plagiotrópicos da cultivar
Obatã.
Tabela 17 Análise de variância para número total de ramos plagiotrópicos
(NTRP) para as cultivares Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr,
2007.
Causas
de variação
Cultivares
NTRP NTRP
Obatã Iapar-59
Dose de fertilizante 0,0032
*
0,0007
*
Regime hídrico
e fertirrigação
0,0000
*
0,2457
NS
Interação
0,0000*
0,0165
*
Dose/Fertirrigação 0,0001* 0,2083
NS
Dose/Irrigação 0,0358* 0,0000*
Dose/Não-Irrigado 0,0024
NS
0,2354
NS
Média geral (unidade) 45,40 48,90
CV1(%) 11,31 7,53
CV2(%)
4,29 7,12
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
45
O regime hídrico irrigado e a fertirrigação contribuíram para um
aumento significativo no número total de ramos plagiotrópicos dos cafeeiros
Obatã, demonstrando o efeito sinérgico de uma adequada disponibilidade de
água e de uma melhor distribuição dos nutrientes presentes nos fertilizantes,
proporcionado principalmente pela técnica da fertirrigação (Tabela 18).
Maior número de pares de ramos plagiotrópicos também pôde ser
constatado por Mudrik et al. (2002) em cafeeiros submetidos à irrigação,
quando comparados com não-irrigados.
Tabela 18 Valores médios obtidos número total de ramos plagiotrópicos
(NTRP) para cultivar Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Fatores
Cultivares
NTRP NTRP
Obatã Iapar-59
Não
-
irrigado
43,5b 48,2a
Irrigado 45,6a 49,0a
Fertirrigado 45,9a 49,5a
Médias seguidas de letras distintas, na coluna, diferem entre si pelo teste de Scott-knott, em
nível de 5% de probabilidade.
Desdobrando-se as porcentagens da dose de NPK recomendada
dentro de cada regime hídrico e da fertirrigação, evidenciou-se efeito interativo
destas nas plantas de Obatã que receberam irrigação e fertirrigação.
Submetendo-se as médias observadas no tratamento irrigado à análise
de regressão polinomial, obteve-se uma resposta linear descrita na Tabela 19 e
na Figura 11.
Tabela 19 Análise de variância da regressão linear para número total de
ramos plagiotrópicos (NTRP) da cultivar Obatã no regime hídrico
irrigado.
Causas de variação Prob.>F
Regressão linear 0,014*
Desvio 0,091
NS
â
0
0,0000*
â
1
0,0141
*
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
46
NTRP
=
43
+
1,34%
dose
R² = 0,87
40
45
50
0 50 100 150 200 250
%Dose de NPK recomendada
Número Total de Ramos
Figura 11 Número Total de Ramos Plagiotrópicos da planta do cafeeiro,
cultivar Obatã no regime hídrico irrigado em função das doses de
fertilizantes.
Os resultados responderam linearmente, revelando que a irrigação
tende a potencializar o efeito das doses de fertilizantes, mesmo quando
aplicadas de forma tradicional, refletindo, assim, num maior número total de
ramos plagiotrópicos.
Tabela 20 Análise de variância da regressão linear para número total de
ramos plagiotrópicos (NTRP) da cultivar Obatã,no tratamento
fertirrigado.
Causas de variação Prob.>F
Regressão linear
0,000*
Desvio
0,900
NS
â
0
0,0000*
â
1
0,0000*
* significativo em nível de 5% de probabilidade.
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade.
No desdobramento do tratamento fertirrigado, cuja análise de variância
da regressão é apresentada na Tabela 20, a equação que melhor se ajustou
aos dados observados pode ser vista na Figura 12, em que se nota um
aumento linear do número total de ramos das plantas, da Dose 1 em direção à
Dose 4.
47
NTRP = 39,15 + 2,62%dose
R² = 0,89
40
45
50
55
0 50 100 150 200 250
%Dose de NPK recomendada
Número Total de Ramos
Figura 12 Número Total de Ramos Plagiotrópicos da planta do cafeeiro,
cultivar Obatã no tratamento fertirrigado, em função das doses de
fertilizantes.
Esta constatação pode ser justificada pela possibilidade de parcelamento
dos nutrientes, sobretudo do nitrogênio, que se perde com facilidade, e do
potássio, sendo uma das principais vantagens da fertirrigação. Segundo Villas
Bôas et al. (1999), a aplicação mais frequente e em menores quantidades permite
reduzir as perdas de nutrientes, aumentar a eficiência do uso de fertilizantes e
promover aumento do crescimento e produtividade das plantas.
Para a cultivar Iapar 59, a quantidade total de ramos plagiotrópicos foi
afetada pela interação entre os tratamentos, que, uma vez desdobrados,
mostraram diferenças estatísticas apenas para dose de fertilizante dentro do
regime hídrico irrigado.
Tabela 21 Análise de variância da regressão quadrática para número total de
ramos plagiotrópicos (NTRP) da cultivar Iapar-59 no regime
hídrico irrigado.
Causas de variação Prob.>F
Regressão quadrática
0,000*
Desvio
0,351
NS
â
0
0,0000*
â
1
0,0000*
â
2
0,0000*
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
48
Quando submetida à análise de regressão polinomial, a análise de
variância, mostrada na Tabela 21, confirmou a equação quadrática, mostrada
na Figura 9, como a que melhor representou as médias observadas.
NTRP = 32,375+ 0,2933%dose -0,0011%dose
2
R
2
= 0,97
40
45
50
55
0 50 100 150 200 250
%Dose de NPK recomendada
Número Total de Ramos
Figura 13 Número Total de Ramos Plagiotrópicos da planta do cafeeiro,
cultivar Iapar-59, no regime hídrico irrigado, em função das doses
de fertilizantes.
De acordo com a Figura 13, houve aumento no número total de ramos
plagiotrópicos até um máximo observado de 53 ramos com a aplicação de
150% da adubação recomendada e uma diminuição quando a dose de NPK foi
200% da dose recomendada.
Possivelmente, a adubação na maior dose pode ter aumentado a
concentração de íons na solução do solo, diminuindo o potencial osmótico (e,
por consequência, o potencial hídrico) do solo. Assim, conforme Marschner
(1995), não a taxa de suprimento de água, mas também a de nutrientes
para a parte aérea, fica prejudicada resultando em menor crescimento das
plantas.
O comportamento constatado neste tratamento também indica,
comparando-se as doses 100 e 150%, com a dose 200% da recomendação,
menor necessidade de nutrientes para produzir um número total de ramos
plagiotrópicos maior. Fato que sugere efeito positivo da irrigação sobre a
49
movimentação no perfil do solo e, consequente absorção dos nutrientes pelo
cafeeiro, com economia de fertilizantes.
4.1.5 Comprimento do primeiro ramo plagiotrópico
A Tabela 22 mostra que, em ambas as cultivares, o comprimento do
primeiro ramo plagiotrópico foi influenciado significativamente pelos regimes
hídricos e pela fertirrigação.
Tabela 22 Análise de variância para comprimento do primeiro ramo
plagiotrópico (CRP) para cultivares Obatã e Iapar-59, UEM,
Maringá-Pr, 2007.
Causas
de variação
Cultivares
Obatã Iapar-59
CRP CRP
Dose de fertilizante 0,0080
*
0,6724
NS
Regime hídrico e fertirrigação 0,0360
*
0,0291
*
Interação 0,1254
NS
0,08681
NS
Dose/Fertirrigação 0,021* 0,6961
NS
Dose/Irrigação 0,4560
NS
0,0840
NS
Dose/Não-irrigado 0,1695
NS
0,1759
NS
Média geral 90,20 78,10
CV1(%) 7,81 9,17
CV2(%) 8,42 11,32
* significativo em nível de 5% de probabilidade.
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade.
Na Tabela 23, é possível verificar que o maior CRP ocorreu nos
tratamentos que receberam irrigação e fertirrigação, e o menor, nas plantas
não-irrigadas. Nota-se, portanto, aumento do comprimento do primeiro ramo
plagiotrópico, à medida que se aplicou água (irrigação) e água mais fertilizante
(fertirrigação).
50
Tabela 23 Valores médios obtidos para comprimento do primeiro ramo
plagiotrópico (CRP) para cultivar Obatã e Iapar-59, UEM,
Maringá-Pr, 2007.
Fatores
Cultivares
CRP (cm) CRP (cm)
Obatã Iapar-59
Não-irrigado 87,8 b 75,9 b
Irrigado 92,3 a 80,3 a
Fertirrigado 90,3 a 78,2 a
Médias seguidas de letras distintas, na coluna, diferem entre si pelo teste de Scott-knott, em
nível de 5% de probabilidade.
Considerando a resposta desta variável nas plantas que receberam
irrigação e fertirrigação, é importante destacar o efeito positivo que maiores
comprimentos de ramos podem provocar na produtividade da cultura. Segundo
Rena e Maestri (1986), no café arábica, as inflorescências são formadas nas
axilas das folhas opostas dos ramos plagiotrópicos primários (ramos laterais)
crescidos na estação anterior, e esses internódios produzem flores apenas
uma vez. Esse fato faz com que o crescimento dos ramos seja uma das
características a serem usadas para se fazer previsões da futura safra.
Portanto, quanto maior o crescimento dos ramos primários, maior será o
potencial produtivo do ano seguinte, pela presença de maior número de
internódios e, consequentemente, maior número de inflorescências.
A Tabela 22 mostra também que para a cultivar Obatã houve efeito
significativo isolado das doses de fertilizantes testadas. Foi analisada a
regressão polinomial e a análise de variância apresentadas na Tabela 24.
Tabela 24 Análise de variância da regressão linear para comprimento do
primeiro ramo plagiotrópico (CRP) da cultivar Obatã.
Causas de variação
Prob.>F
Regressão linear
0,002*
Desvio
0,412
NS
â
0
0,0000*
â
1
0,0018*
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
A equação linear apresentada, na Figura 14, foi a mais adequada às
médias observadas.
51
CRP = 95,05 - 0,039%dose
R
2
= 0,83
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
0 50 100 150 200 250
%Dose de NPK recomendada
Comprimento do primeiro ramo
plagiotpico (cm)
Figura 14 Comprimento do primeiro ramo plagiotrópico do cafeeiro, cultivar
Obatã, em função das doses de fertilizantes.
Observou-se decréscimo no comprimento dos primeiros ramos com o
aumento da Dose de NPK, sugerindo possível efeito deletério do aumento da
concentração salina do solo, provocado pelas doses crescente de fertilizantes.
Esse resultado contraria os de Malavolta et al. (1981) que, trabalhando com
cafeeiro adulto, cultivar Catuaí, observaram aumento do comprimento do 1
o
ramo plagiotrópico em função de doses de adubação NPK.
4.1.6 Número de ramificações secundárias do primeiro ramo plagiotrópico
Tabela 25 Análise de variância para número de ramificações secundárias do
primeiro ramo plagiotrópico (NR) para cultivares Obatã e Iapar-59,
UEM, Maringá-Pr, 2007.
Causas
de variação
Cultivares
Obatã Iapar-59
NR NR
Dose de fertilizante 0,0005
*
0,0330
*
Regime hídrico e fertirrigação 0,4604
NS
0,0478
*
Interação 0,1326
NS
0,1058
NS
Dose/Fertirrigação 0,0181* 06967
NS
Dose/Irrigação 0,0000* 0,0725
NS
Dose/Não-irrigado 0,4305
NS
0,0111*
Média geral (unidade) 13,10 12,50
CV1(%) 51,64 45,64
CV2(%) 38,63 49,76
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
52
Na cultivar Obatã, apesar do número de ramificações secundárias do
primeiro ramo plagiotrópico não ser influenciado significativamente pela
interação entre os tratamentos, a análise do desdobramento do efeito da
variação das doses de NPK dentro dos regimes hídricos e fertirrigação, indicou
efeito significativo das adubações no regime hídrico irrigado e nas plantas
adubadas por meio da fertirrigação.
Tabela 26 Análise de variância da regressão quadrática para número de
ramificações secundárias do primeiro ramo plagiotrópico (NR) da
cultivar Obatã no tratamento fertirrigado.
Causas de variação Prob.>F
Regressão quadrática
0,0190*
Desvio
0,9210
NS
â
0
0,0002*
â
1
0,0510
*
â
2
0,0188*
* - significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
Assim, a análise de regressão do desdobramento, nas plantas que
receberam fertirrigação, mostrou que houve resposta quadrática significativa às
doses de NPK, como se verifica na Tabela 26 e na Figura 15.
NR = 19,6 - 0,1798%dose + 0,0009%dose
2
R
2
= 0,99
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
0 50 100 150 200 250
%Dose de NPK recomendada
Número de ramificões
secundárias no 1
o
ramo
plagiotrópico
Figura 15 Número de ramificações secunrias no primeiro ramo plagiotrópico
do cafeeiro, cultivar Obatã, no tratamento fertirrigado, em função das
doses de fertilizantes.
53
O número de ramificações secundárias diminuiu, sucessivamente, da
Dose 1 até a Dose 3, aplicadas via fertirrigação. Em seguida, houve
aumento quando se aplicou a Dose 4. Este resultado seguiu a mesma
tendência da variável diâmetro de copa, permitindo atribuir-lhe a mesma
justificativa, ou seja, maiores teores de K e P constatados na análise de solo
dos setores 2 e 3 (Tabela 1), podem ter restringido uma resposta crescente
do número de ramificações às Doses 2 e 3, respectivamente.
A cultivar Iapar 59 mostrou-se afetada apenas pelos efeitos
significativos isolados dos tratamentos. De acordo com a Tabela 27, as
plantas irrigadas e as parcelas não-irrigadas apresentaram
significativamente maior quantidade de ramificações secundárias que
aquelas fertirrigadas.
O aumento do número de ramificações nos cafeeiros que não
receberam irrigação pode ter sido ocasionado pelo maior estresse hídrico
nas plantas deste tratamento, o que ocasiona maior diferenciação das
gemas laterais para a formação de novos ramos, em prejuízo da formação
de frutos (OLIVEIRA, 2002).
Tabela 27 Valores médios obtidos para número de ramificações do primeiro
ramo plagiotrópico (NR) para cultivar Obatã e Iapar-59, UEM,
Maringá-Pr, 2007.
Fatores
Cultivares
NR NR
Obatã Iapar-59
Não
-
irrigad
o
12,4 a 14,0 a
Irrigado 13,8 a 12,9 a
Fertirrigado 13,3 a 10,6 b
Médias seguidas de letras distintas, na coluna, diferem entre si pelo teste de Scott-knott, em
nível de 5% de probabilidade.
54
4.1.7 Número de internódios do primeiro ramo plagiotrópico primário
Tabela 28 Análise de variância para número de internódios do primeiro ramo
plagiotrópico primário da planta (NI) para cultivares Obatã e Iapar-
59, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Causas de variação
Cultivares
Obatã Iapar-59
NI NI
Dose de fertilizante 0,5251
NS
0,0956
NS
Regime hídrico e fertirrigação 0,0007* 0,0267*
Interação 0,0018
*
0,2141
NS
Dose/Fertirrigação
0,0141* 0,2493
NS
Dose/Irrigação
0,2080
NS
0,0152*
Dose/
Não
-
irrigado
0,0062*
0,9100
NS
Média geral (unidade)
29,70 27,60
CV1(%)
6,50 9,18
CV2(%) 8,18 8,82
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
A análise de variância das causas de variação principais mostrou que o
número de internódios do primeiro ramo plagiotrópico sofreu influência
significativa do fator regime hídrico e da fertirrigação (Tabela 28).
O comportamento dos dados médios do número de internódios do
primeiro ramo plagiotrópico primário, para Obatã e Iapar 59, em função dos
regimes hídricos e fertirrigação, é apresentado na Tabela 29.
Seguindo o mesmo comportamento de resposta das variáveis diâmetro
de caule, altura de planta e número de ramificações do primeiro ramo
plagiotrópico, é possível verificar que na cultivar Obatã o NI foi
significativamente igual no regime irrigado e no tratamento fertirrigação, e
estatisticamente superiores ao regime não-irrigado.
Para a cultivar Iapar-59, o NI das parcelas adubadas, via fertirrigação,
foram significativamente superior às irrigadas e as não-irrigadas, que por sua vez,
não apresentaram diferenças estatísticas significativas entre si. Observa-se que,
nos tratamentos fertirrigados, houve maior surgimento de internódios que no
tratamento não-irrigado. Isto significa que para a próxima safra, as plantas que
55
obtiveram maior número de interdios teo maior emissão de botões florais e,
com isso, a possibilidade de maior produtividade. Tal constatação pode ser um
indicativo da importância das características genéticas de uma cultivar
influenciarem na resposta a determinados tratamentos.
Tabela 29 Valores médios obtidos para número de internódios do primeiro
ramo plagiotrópico (NI) para cultivar Obatã e Iapar-59, UEM,
Maringá-Pr, 2007.
Fatores
Cultivares
NI NI
Obatã Iapar-59
Não-irrigado 28,5 b 26,8 b
Irrigado 30,2 a 27,5 b
Fertirrigado 30,5 a 28,3 a
Médias seguidas de letras distintas, na coluna, diferem entre si pelo teste de Scott-knott, em
nível de 5% de probabilidade.
Na cultivar Obatã, o desdobramento do fator dose de fertilizantes dentro
do tratamento não-irrigado e da fertirrigação apontou diferenças significativas.
Com base nas médias observadas, a análise polinomial indicou
resposta quadrática significativa da fertirrigação sobre o número de internódios
em relação às doses de fertilizantes.
A análise de variância da regressão e a equação ajustada são
apresentadas na Tabela 30 e na Figura 16, respectivamente.
Tabela 30 Análise de variância da regressão quadrática para número de
internódios do primeiro ramo plagiotrópico (NI) da cultivar Obatã,
no tratamento fertirrigado.
Causas de variação Prob.>F
Regressão quadrática
0,0030*
Desvio
0,5560
NS
â
0
0,0000*
â
1
0,0080*
â
2
0,0035*
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
56
NI= 34,775
- 0,0989%dose + 0,0004%dose
2
R
2
= 0,97
28
29
30
31
32
33
0 50 1 00 150 2 00 250
%Dose de NPK recomendada
Número de internódios do 1o ramo
plagiotrópico
Figura 16 Número de internódios do primeiro ramo plagiotrópico do cafeeiro,
cultivar Obatã, no tratamento fertirrigado, em função das doses de
fertilizantes.
Nota-se decréscimo da Dose 1 até a Dose 2, em seguida um
acréscimo até a Dose 4, a qual proporcionou o maior número de internódios
entre todos os tratamentos fertirrigados.
Ainda para cultivar Obatã, o desdobramento das doses de fertilizantes
dentro do regime hídrico não-irrigado influenciou significativamente esta
variável.
Tabela 31 Análise de variância da regressão linear para mero de internódios
do primeiro ramo plagiotrópico (NI) da cultivar Obatã no regime
hídrico não-irrigado.
Causas de variação Prob.>F
Regressão linear
0,0010*
Desvio
0,3530
NS
â
0
0,0000*
â
1
0,0009*
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
Submetendo os dados m
édios observados à análise polinomial, obteve-
se, conforme a Tabela 31, resposta linear significativa, observada na Figura 17.
57
NI = 31,2 - 0,022%dose
R
2
= 0,90
26
27
28
29
30
31
0 50 100 150 200 2 50
%Dose de NPK recomendada
Número de interdios do 1
o
ramo
plagiotrópico
Figura 17 Número de internódios do primeiro ramo plagiotrópico do cafeeiro,
cultivar Obatã, no regime hídrico não-irrigado, em função das
doses de fertilizantes.
Houve resposta linear decrescente do número de internódios à
medida que aumentou a porcentagem da dose recomendada de fertilizante
NPK. Este comportamento pode estar relacionado com um possível efeito da
concentração de sais (adubos), numa área relativamente pequena e
localizada próxima à planta (projeção da copa), resultado do manejo
convencional de aplicação (a lanço) das doses avaliadas. Contribui para
esta possibilidade, o maior tempo de permanência das quantidades
crescentes de adubo aplicadas próximas às plantas, considerando que este
regime hídrico não recebeu irrigação, o que aumenta o tempo de
solubilização e diminui a movimentação, em profundidade, dos nutrientes no
perfil do solo.
Na cultivar Iapar-59, observouse efeito da interação apenas no
regime hídrico irrigado, quando se desdobrou dose de fertilizantes dentro
deste regime.
Segundo a análise de variância da regressão, mostrada na Tabela
32, houve resposta linear significativa e crescente do número de internódios.
58
Tabela 32 Análise de variância da regressão linear para número de
internódios do primeiro ramo plagiotrópico (NI) da cultivar Iapar
59 no regime hídrico irrigado.
Causas de variação Prob.>F
Regressão linear
0,0020*
Desvio
0,6270
NS
â
0
0,0000*
â
1
0,0019*
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
A equação linear ajustada é apresentada na Figura 18.
NI = 24,75 + 0,0222%dose
R
2
= 0,93
25
26
27
28
29
30
0 50 100 150 200 250
%Dose de NPK recomendada
Número de interdios do 1o ramo
plagiotpico
Figura 18 Número de internódios do primeiro ramo plagiotrópico do cafeeiro,
cultivar Iapar-59, no regime hídrico irrigado em função das doses
de fertilizantes.
Observa-se aumento crescente no número de internódios da Dose 1
até a 4, sugerindo o efeito positivo da adubação NPK no surgimento de novos
internódios no cafeeiro, possibilitando, assim, elevar sua futura produção de
frutos, uma vez que estas duas características estão diretamente relacionadas
(INSTITUTO BRASILEIRO DO CAFÉ, 1986). Estes resultados estão de acordo
com Tesha e Kumar (1979) que observaram aumento significativo do número
59
de internódios, em plantas de cafeeiro, pela aplicação de N e K associada a
teores adequados de umidade no solo.
4.2 Variáveis de previo da primeira safra da cultura
A fase de formação inicial da cultura do café constitui-se num período
de preparação das plantas para iniciarem sua vida reprodutiva, manifestada
nas primeiras colheitas. Sobre este aspecto, é fato que existe uma relação
direta entre o crescimento vegetativo ocorrido no ano anterior e a produtividade
do cafeeiro no ano posterior.
Assim, avaliou-se mais algumas variáveis, além daquelas que já
vinham sendo acompanhadas, com o intuito de verificar possível efeito dos
tratamentos na primeira colheita eminente, esperada para 2008.
4.2.1 Comprimento do ramo plagiotrópico do terço médio inferior da copa
Tabela 33 Análise de variância para comprimento do ramo plagiotrópico do
terço médio da planta (CRP3M) para cultivares Obatã e Iapar-59,
UEM, Maringá-Pr, 2007.
Causas de variação
Cultivares
Obatã Iapar-59
CRP3M CRP3M
Dose de fertilizante 0,4318
NS
0,1509
NS
Regime hídrico e fertirrigação 0,1572
NS
0,0046*
Interação 0,2852
NS
0,1777
NS
Dose/Fertirrigação
0,3266
NS
0,9804
NS
Dose/Irrigação
0,8919
NS
0,8536
NS
Dose/Não-irrigado 0,1091
NS
0,0042*
Média geral
(cm)
87,40 77,40
CV1(%) 10,68 11,61
CV2(%) 9,79 11,33
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
60
O comprimento do ramo plagiotrópico do terço médio do cafeeiro,
cultivar Obatã, não foi afetado significativamente por nenhum dos tratamentos
(Tabela 33).
Possivelmente, os fotoassimilados dos ramos do terço médio inferior da
copa foram carreados para o enchimento dos frutos em formação, em
detrimento do crescimento vegetativo destes ramos. Esta justificativa corrobora
com Rena e Maestri (2000), os quais afirmam que os frutos, por demandarem
prioritariamente os fotoassimilados, podem influenciar o crescimento do
cafeeiro.
Tabela 34 Valores médios obtidos para comprimento do ramo plagiotrópico
do terço médio da planta (CRP3M) para cultivar Obatã e Iapar-59,
UEM, Maringá-Pr, 2007.
Fatores
Cultivares
CRP3M CRP3M
Obatã Iapar-59
Não-irrigado 85,5 a 73,6 b
Irrigado 89,2 a 79,4 a
Fertirrigado 87,3 a 79,4 a
Médias seguidas de letras distintas, na coluna, diferem entre si pelo teste de Scott-knott, em
nível de 5% de probabilidade.
O crescimento dos ramos das parcelas da cultivar Iapar 59 mostrou
forte influência dos tratamentos irrigação e fertirrigação, que foram
significativamente superiores ao não-irrigados (Tabela 34).
Este padrão de resposta, à semelhança do comportamento do primeiro
ramo plagiotrópico para esta mesma cultivar, reafirma a importância da água
no crescimento dos ramos plagiotrópicos e, consequentemente, na produção
de frutos.
Apesar da análise de variância para desdobramento de dose de
fertilizantes dentro do regime hídrico não-irrigado indicar significância (Tabela
33), a análise de variância da regressão polinomial não apontou nenhum
modelo significativo, que se ajustasse às médias observadas.
61
4.2.2 Número de internódios do ramo plagiotpico do terço médio inferior da copa
Tabela 35 Análise de variância para número de internódios do ramo
plagiotrópico do terço médio inferior da copa (NI3M) para
cultivares Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Causas de variação
Cultivares
Obatã Iapar-59
NI3M NI3M
Dose de fertilizante 0,4993
NS
0,0298*
Regime hídrico e fertirrigação 0,2730
NS
0,0086*
Interação 0,2090
NS
0,0372*
Dose/Fertirrigação
0,1701
NS
0,3869
NS
Dose/Irrigação
0,3581
NS
0,0004*
Dose/
Não
-
irrigado
0,4376
NS
0,7412
NS
Média geral (unidade)
26,00 23,90
CV1(%)
9,31 8,98
CV2(%) 9,25 10,21
* significativo em nível de 5% de probabilidade.
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade.
A cultivar Obatã não demonstrou efeito significativo para esta variável
entre os tratamentos aplicados. Os valores médios do número de internódios
podem ser vistos na Tabela 36.
Tabela 36 Valores médios obtidos para número de internódios do ramo
plagiotrópico do terço médio inferior da copa (NI3M) para cultivar
Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Fatores
Cultivares
NI3M NI3M
Obatã Iapar-59
Não-irrigado 25,6 a 23,0 b
Irrigado 26,5 a 24,2 a
Fertirrigado 26,0 a 24,6 a
Médias seguidas de letras distintas, na coluna, diferem entre si pelo teste de Scott-knott, em
nível de 5% de probabilidade.
62
A quantidade de internódios do ramo plagiotrópico do teo médio inferior
da copa da cultivar Iapar 59 foi influenciada pela interação entre os tratamentos.
O desdobramento da dose de NPK dentro dos regimes hídricos e
fertirrigação mostraram que a interação somente surtiu efeito no tratamento
irrigado. Porém, na análise de regressão polinomial, nenhuma equação
ajustada atendeu aos critérios de significância para seleção de modelo.
De acordo com a Tabela 35, para esta cultivar, o regime hídrico irrigado
e a fertirrigação o diferiram estatisticamente entre si. Ambos proporcionaram
aumento significativo do NI3M em relação ao regime não-irrigado. Esse
comportamento sugere que em condições irrigadas, a aplicação de nutrientes,
no cafeeiro em formação, pode ser feita com melhor resultado por meio da
água de irrigação.
4.2.3 Porcentagem de internódios com fruto do primeiro ramo plagiotrópico
Apesar da análise de variância, para cultivar Obatã, não indicar efeito
significativo para interação entre os tratamentos (Tabela 37), o desdobramento
nos quais se fixou regimes hídricos e variou dose de adubação, verificou
influência significativa das doses no regime irrigado.
Tabela 37 Análise de variância para porcentagem de internódios com fruto do
primeiro ramo plagiotrópico (%Fruto1RP) para cultivares Obatã e
Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Causas de variação
Cultivares
Obatã Iapar-59
%Fruto1RP %Fruto1RP
Dose de fertilizante 0,0001* 0,8405
NS
Regime hídrico
e fertirrigação
0,0000* 0,0000*
Interação 0,0970
NS
0,0810
NS
Dose/Fertirrigação
0,4159
NS
0,1738
NS
Dose/Irrigação
0,0163* 0,1248
NS
Dose/Não-irrigado 0,0001*
0,9394
NS
Média geral (%) 58,80 54,40
CV1(%) 14,09 17,87
CV2(%) 14,75 14,79
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
63
Conforme a Tabela 38, a análise de variância dos modelos de
regressão polinomial indicou significância de um modelo linear para descrever
o comportamento das médias observadas nos tratamentos irrigados.
Tabela 38 Análise de variância da regressão linear para porcentagem de
internódios com fruto do primeiro ramo plagiotrópico
(%Fruto1RP) da cultivar Obatã no regime hídrico irrigado.
Causas de variação Prob.>F
Regressão linear 0,0040*
Desvio 0,3510
NS
â
0
0,0000*
â
1
0,0042*
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
A equação linear ajustada é mostrada na Figura 19.
%Fruto1RP = 50,975 + 0,0707%dose
R
2
= 1
52
54
56
58
60
62
64
66
0 50 100 150 200 250
% Dose de NPK recomendada
% Internódios com frutos do 1
ramo plagiotrópico
Figura 19 Porcentagem de internódios com fruto do primeiro ramo plagiotrópico
(%Fruto1RP) cultivar Obatã no regime hídrico irrigado em função
das doses de fertilizantes.
A porcentagem de internódios com frutos aumentou de maneira
crescente da Dose 1(15 g m
-1
de N; 3 g m
-1
de P, 15 g m
-1
de K) em direção à
Dose 4 (60 g m
-1
de N; 12 g m
-1
de P, 60 g m
-1
de K), manifestando o efeito do
aumento da quantidade de nutrientes minerais na produção da primeira
colheita da cultura em condições irrigadas.
64
Na cultivar Iapar 59, somente regime hídrico e fertirrigação
apresentaram efeito significativo na %Fruto1RP.
Considerando os valores apresentados na Tabela 39, para a cultivar
Iapar 59, constata-se que a fertirrigação destacou-se proporcionando o maior
valor médio significativo na porcentagem de internódios com frutos do 1º ramo
plagiotrópico, o que confirma o potencial desta técnica sobre a produtividade
potencial, da cultura do café, em fase inicial de produção.
Tabela 39 Valores médios obtidos para porcentagem de internódios com fruto
do primeiro ramo plagiotrópico do cafeeiro para cultivar Iapar-59,
UEM, Maringá-Pr, 2007.
Fatores
Iapar-59
%Fruto1RP
Não-irrigado 46,7 c
Irrigado 56,3 b
Fertirrigado 60,3 a
Médias seguidas de letras distintas, na coluna, diferem entre si pelo teste de Scott-knott, em
nível de 5% de probabilidade.
4.2.4 Porcentagem de internódios com fruto do ramo plagiotrópico do terço
médio da copa
Tabela 40 Análise de variância para porcentagem de internódios com fruto do
ramo plagiotrópico do terço dio da copa (%Fruto3M) para
cultivares Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Causas de variação
Cultivares
Obatã Iapar-59
%Fruto3M %Fruto3M
Dose de fertilizante 0,1528
NS
0,2294
NS
Regime hídrico e fertirrigação 0,0013* 0,0002*
Interação 0,3135
NS
0,0381*
Dose/Fertirrigação 0,3427
NS
0,5233
NS
Dose/Irrigação 0,5708
NS
0,0108*
Dose/Não-irrigado 0,0725
NS
0,1664
NS
Média geral (%) 71,70 71,70
CV1(%) 8,23 14,50
CV2(%) 9,26 16,14
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
65
Na Tabela 41, estão apresentadas as porcentagens médias de
internódios com fruto do ramo plagiotrópico do terço médio da copa, de acordo
com os regimes hídricos avaliados na cultivar Obatã. Observa-se, que nos
tratamentos fertirrigados e irrigados, houve maior surgimento de internódios
com frutos que nos tratamentos não-irrigados. Isto sugere que os efeitos de
possíveis déficits hídricos na fase inicial da cultura e a necessidade de
equipamentos e/ou mão-de-obra para aplicação de fertilizantes podem ser
minimizados, simultaneamente, com a utilização da fertirrigação.
Tabela 41 Valores médios obtidos para porcentagem de internódios com fruto
do ramo plagiotrópico do terço médio da copa (%Fruto3M) para
cultivar Obatã e Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Fatores
Cultivares
%Fruto %Fruto
Obatã Iapar-59
Não-irrigado 68,6 b 65,1 b
Irrigado 72,3 a 73,8 a
Fertirrigado 74,2 a 76,1 a
Médias seguidas de letras distintas, na coluna, diferem entre si pelo teste de Scott-knott, em
nível de 5% de probabilidade.
A análise de variância, para a cultivar Iapar 59, indicou efeito
significativo para interação entre os tratamentos (Tabela 40). Nos
desdobramentos nos quais se fixou regime hídrico e fertirrigação, e variou-se
dose de adubação, verificou-se influência significativa das doses no regime
irrigado. No entanto, as equações ajustadas na análise polinomial não
atenderam aos critérios de significância para seleção de modelos.
Analisando então o efeito isolado dos regimes hídricos, as médias
apresentadas na Tabela 41, mostram a superioridade dos tratamentos irrigados
e fertirrigados em relação ao não irrigado.
Este comportamento converge para destacar a exemplo da cultivar
Obatã a influência positiva da irrigação e da fertirrigação na diminuição dos
efeitos negativos das limitações hídricas sobre a primeira safra do cafeeiro e,
ao mesmo tempo, no aumento da eficiência de aplicação de fertilizantes.
66
5 CONCLUSÕES
Considerando as condições experimentais e a resposta das variáveis
estudadas aos tratamentos aplicados, conclui-se que:
a irrigação e a fertirrigação, quando comparadas às condições de
sequeiro, apresentam efeito significativo na fase de formação sobre
as seguintes variáveis de desenvolvimento da cultura:
- diâmetro de caule;
- altura de planta;
- número de ramos plagiotrópicos totais;
- comprimento do primeiro ramo plagiotrópico;
- número de ramificações secundárias do primeiro ramo
plagiotrópico;
- número de internódios do primeiro ramo plagiotrópico.
A irrigação e a fertirrigação do cafeeiro, em fase inicial de formação,
na região noroeste do Paraná, são justificáveis. Tendo em vista que
estas tecnologias garantem maior vigor às plantas, promovem
melhor crescimento inicial da cultura, e contribuem para
precocidade da sua fase produtiva, e possibilitam a aplicação de
fertilizantes, via água de irrigação, aumentando a facilidade e a
eficácia da adubação.
A interação entre Regimes hídricos e fertirrigação versus Doses de
NPK foi significativa para algumas variáveis de crescimento, porém
esses resultados não apresentaram tendência comum que
permitisse definir qual a dose mais indicada para cada regime
hídrico na fase de crescimento inicial do cafeeiro.
67
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76
APÊNDICES
77
APÊNDICE A CULTIVAR OBATÃ
Tabela 1A Valores de P>F obtidos por meio de análise de variância para as
características diâmetro de caule (DCAULE), altura de planta
(AP), número total de ramos plagiotrópicos (NTRP), comprimento
do primeiro ramo plagiotrópico (CRP), número de ramificações
secundárias do primeiro ramo plagiotrópico (NRSec) e número de
internódios do primeiro ramo plagiotrópico (NI) para a cultivar
Obatã, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Causas de variação DCAULE AP NTRP CRP NRSec NI
Dose de fertilizante 0,0570
NS
0,1251
NS
0,0000*
0,0080
*
0,0005
*
0,5251
NS
Regime hídrico 0,0028* 0,0236* 0,0426* 0,0360
*
0,4604
NS
0,0007*
Dose de fertilizante x
Regime hídrico
0,0696
NS
0,4602
NS
0,1374
NS
0,1254
NS
0,1326
NS
0,0018
*
CV(%) 8,84 7,40 10,00 8,42 38,63 8,18
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
Tabela 2A Valores de P > F obtidos por meio de análise de variância para as
características porcentagem de internódios com fruto do primeiro
ramo plagiotrópico (%Fruto1RP) diâmetro de copa (DCOPA),
comprimento do ramo plagiotrópico do terço médio da planta
(CRP3M), número de internódios do ramo plagiotrópico do terço
médio da planta (NI3M), porcentagem de internódios com fruto do
ramo plagiotrópico do terço médio da planta (%Fruto3M) para
cultivar Obatã, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Causas de variação %Fruto1RP
DCOPA
(cm)
CRP3M
(cm)
NI3M %Fruto3M
Dose de fertilizante 0.0001* 0.0014* 0.4318
NS
0.4993
NS
0.1528
NS
Regime hídrico 0.0000* 0.0000* 0.1572
NS
0.2730
NS
0.0013*
Dose de fertilizante x
Regime hídrico
0.0970
NS
0.0035* 0.2852
NS
0.2090
NS
0.3135
NS
CV(%) 14.75 5.81 9.79 9.25 9.26
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
78
Tabela 3A Valores médios obtidos para as características diâmetro de caule
(DCAULE), altura de planta (AP), número total de ramos
plagiotrópicos (NTRP), comprimento do primeiro ramo
plagiotrópico (CRP), número de ramificações do primeiro ramo
plagiotrópico (NR) e mero de internódios do primeiro ramo
plagiotrópico (NI) para cultivar Obatã, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Fatores
DCAULE
(mm)
AP(cm) NTRP
CRP
(cm)
NRSec NI
Regime Hídrico (RH)
Não-irrigado 37,9 b 105,1 b 43,6 c 87,9 b 12,4 a 28,5 b
Irrigado 39,5 a 109,8 a 45,9 a 92,4 a 13,8 a 30,2 a
Fertirrigado 40,6 a 109,0 a 45,6 a 92,3 a 13,3 a 30,5 a
Médias seguidas de letras distintas, na coluna, diferem entre si pelo teste de Scott-knott, em nível de 5% de
probabilidade.
Tabela 4A Resumo da análise de variância de diâmetro de caule, nos
tratamentos avaliados da cultivar Obatã.
F.V. G.L. S.Q. Q.M. Fc Pr>Fc
Dose 3 105.410917 35.136972 2.747 0.0570
erro 1 36 460.435667 12.789880
RH 2 154.606167 77.303083 6.394 0.0028
Dose*RH 6 148.861833 24.810306 2.052 0.0696
erro 2 72 870.445333 12.089519
Total 119 1739.759917
CV 1 (%) 9.09
CV 2 (%) 8.03
Média geral: 39.3 Número de observações: 120
Tabela 5A Resumo da análise de variância de altura de planta, nos
tratamentos avaliados da cultivar Obatã
F.V. G.L. S.Q. Q.M. Fc Pr>Fc
Dose 3 307.000000 102.333333 2.043 0.1251
erro 1 36 1803.133333 50.087037
RH 2 503.816667 251.908333 3.949 0.236
Dose*RH 6 366.450000 61.075000 0.957 0.4602
erro 2 72 4593.066667 63.792593
Total 119 7573.466667
CV 1 (%) 6.56
CV 2 (%) 7.40
Média geral: 107.9 Número de observações: 120
79
Tabela 6A Resumo da análise de variância de número total de ramos
plagiotrópicos totais, nos tratamentos avaliados da cultivar
Obatã.
F.V. G.L. S.Q. Q.M. Fc Pr>Fc
Dose 3 501.000000 167.000000 11.692 0.0000
erro 1 36 514.200000 14.283333
RH 2 133.816667 66.908333 3.300 0.0426
Dose*RH 6 204.850000 34.141667 1.684 0.1374
erro 2 72 1460.000000 20.277778
Total 119 2813.866667
CV 1 (%) 8.39
CV 2 (%) 10.00
Média geral: 45.0 Número de observações: 120
Tabela 7A Resumo da análise de variância de comprimento do primeiro ramo
plagiotrópico, nos tratamentos avaliados da cultivar Obatã.
F.V. G.L. S.Q. Q.M. Fc Pr>Fc
Dose 3 682.966667 227.655556 4.588 0.0080
erro 1 36 1786.333333 49.620370
RH 2 401.716667 200.858333 3.482 0.0360
Dose*RH 6 600.083333 100.013889 1.734 0.1254
erro 2 72 4152.866667 57.678704
Total 119 7623.966667
CV 1 (%) 7.81
CV 2 (%) 8.42
Média geral: 90.2 Número de observações: 120
Tabela 8A Resumo da análise de variância de número de ramificações
secundárias do primeiro ramo plagiotrópico, nos tratamentos
avaliados da cultivar Obatã.
F.V. G.L. S.Q. Q.M. Fc Pr>Fc
Dose 3 1033.500000 344.500000 7.509 0.0005
erro 1 36 1651.533333 45.875926
RH 2 40.266667 20.133333 0.784 0.4604
Dose*RH 6 262.400000 43.733333 1.703 0.1326
erro 2 72 1848.666667 25.675926
Total 119 4836.366667
CV 1 (%) 51.64
CV 2 (%) 38.63
Média geral: 13.1 Número de observações: 120
80
Tabela 9A Resumo da análise de variância de número de internódios do
primeiro ramo plagiotrópico, nos tratamentos avaliados da
cultivar Obatã.
F.V. G.L. S.Q. Q.M. Fc Pr>Fc
Dose 3 8.466667 2.822222 0.758 0.5251
erro 1 36 134.066667 3.724074
RH 2 95.550000 47.775000 8.095 0.0007
Dose*RH 6 140.183333 23.363889 3.959 0.0018
erro 2 72 424.933333 5.901852
Total 119 803.200000
CV 1 (%) 6.50
CV 2 (%) 8.18
Média geral: 29.7 Número de observações: 120
81
APÊNDICE B
CULTIVAR IAPAR-59
Tabela 1B Valores de P>F obtidos por meio de análise de variância para as
características diâmetro de caule (DCAULE), altura de planta
(AP), número total de ramos plagiotrópicos (NTRP), comprimento
do primeiro ramo plagiotrópico (CRP), número de ramificações
secundárias do primeiro ramo plagiotrópico (NRSec) e número de
internódios do primeiro ramo plagiotrópico (NI) para cultivar Iapar
59, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Causas de variação DCAULE AP NTRP CRP NR NI
Dose de fertilizante 0,0375
*
0,0053
*
0,0007
*
0,6724
NS
0,0330
*
0,0956
NS
Regime hídrico 0,0001* 0,0024* 0,2457
NS
0,0291
*
0,0478* 0,0267*
Dose de fertilizante x
Regime hídrico
0,0137
*
0,2531
NS
0,0165* 0,0868
NS
0,1058
NS
0,2141
NS
CV(%)
6,18 8,10 7,12 9,35 49,76 8,82
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
Tabela 2B Valores de P>F obtidos por meio de análise de variância para as
características porcentagem de internódios com fruto do primeiro
ramo plagiotrópico (%Fruto1RP) diâmetro de copa (DCOPA),
comprimento do ramo plagiotrópico do terço médio da planta
(CRP3M), número de internódios do ramo plagiotrópico do terço
médio da planta (NI3M), porcentagem de internódios com fruto do
ramo plagiotrópico do terço médio da planta (%Fruto3M) para
cultivar Iapar 59, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Causas de variação %Fruto1RP
DCOPA
(cm)
CRP3M
(cm)
NI3M %Fruto3M
Dos
e de fertilizante
0.8405
NS
0.0122* 0.1509
NS
0.0298* 0.2294
NS
Regime hídrico 0.0000* 0.0000* 0.0046* 0.0086* 0.0002*
Dose de fertilizante x
Regime hídrico
0.0810
NS
0.0428* 0.1777
NS
0.0372* 0.0381*
CV(%) 14.79 6.56 11.33 10.21 16.14
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
82
Tabela 3B Valores médios obtidos para as características diâmetro de caule
(DC), altura de planta (AP), número de ramos plagiotrópicos totais
(RPT), comprimento do primeiro ramo plagiotrópico (CRP),
número de ramificações do primeiro ramo plagiotrópico (NR) e
número de internódios do primeiro ramo plagiotrópico (NI) para
cultivar Iapar-59, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Fatores
DCAULE
(mm)
AP
(cm)
NTRP
CRP
(cm)
NRSec NI
Regime Hídrico (RH)
Não-irrigado 36,0 b 99,8 b 48,2 a 75,8 b 14,0 a 26,8 b
Irrigado 38,1 a 104,9 a 49,0 a 80,3 a 13,0 a 27,5 a
Fertirrigado 38,2 a 105,8 a 49,5 a 78,3 a 10,6 b 28,3 a
Médias seguidas de letras distintas, na coluna, diferem entre si pelo teste de Scott-Knott, em nível de 5% de
probabilidade.
Tabela 4B Resumo da análise de variância de diâmetro de caule, nos
tratamentos avaliados da cultivar Iapar-59.
F.V. G.L. S.Q. Q.M. Fc Pr>Fc
Dose 3 89.031333 29.677111 5.010 0.0053
erro 1 36 213.268667 5.924130
RH 2 120.653167 60.326583 6.566 0.0024
Dose*RH 6 73.574167 12.262361 1.335 0.2531
erro 2 72 661.5559333 9.188324
Total 119 1158.086667
CV 1 (%) 6.50
CV 2 (%) 8.10
Média geral: 37.4 Número de observações: 120
Tabela 5B Resumo da análise de variância de altura de planta, nos
tratamentos avaliados da cultivar Iapar-59.
F.V. G.L. S.Q. Q.M. Fc Pr>Fc
Dose 3 473.733333 157.911111 3.130 0.0375
erro 1 36 1816.266667 50.451852
RH 2 837.600000 418.800000 10.252 0.0001
Dose*RH 6 711.066667 118.511111 2.901 0.0137
erro 2 72 2941.333333 40.851852
Total 119 6780.000000
CV 1 (%) 6.86
CV 2 (%) 6.18
Média geral: 103.5 Número de observações: 120
83
Tabela 6B Resumo da análise de variância de número total de ramos
plagiotrópicos, nos tratamentos avaliados da cultivar Iapar-59.
F.V. G.L. S.Q. Q.M. Fc Pr>Fc
Dose 3 288.958333 96.3194444 7.121 0.0007
erro 1 36 486.966667 13.526852
RH 2 34.616667 17.308333 1.432 0.2457
Dose*RH 6 203.516667 33.919444 2.805 0.1665
erro 2 72 870.533333 12.090741
Total 119 1884.591667
CV 1 (%) 7.53
CV 2 (%) 7.12
Média geral: 48.9 Número de observações: 120
Tabela 7B Resumo da análise de variância de comprimento do primeiro ramo
plagiotrópico, nos tratamentos avaliados da cultivar Iapar-59.
F.V. G.L. S.Q. Q.M. Fc Pr>Fc
Dose 3 79.825000 26.608333 0.518 0.6724
erro 1 36 1848.766667 51.354630
RH 2 396.466667 198.233333 3.716 0.0291
Dose*RH 6 619.000000 103.166667 1.934 0.0868
erro 2 72 3840.533333 53.340741
Total 119 6784.591667
CV 1 (%) 9.17
CV 2 (%) 9.35
Média geral: 78.1 Número de observações: 120
Tabela 8B Resumo da análise de variância de número de ramificações
secundárias do primeiro ramo plagiotrópico, nos tratamentos
avaliados da cultivar Iapar-59.
F.V. G.L. S.Q. Q.M. Fc Pr>Fc
Dose 3 317.000000 105.666667 3.247 0.0330
erro 1 36 1171.666667 32.546296
RH 2 245.450000 122.725000 3.172 0.0478
Dose*RH 6 424.150000 70.691667 1.827 0.1058
erro 2 72 2785.733333 38.690741
Total 119 4944.000000
CV 1 (%) 45.64
CV 2 (%) 49.76
Média geral: 12.5 Número de observações: 120
84
Tabela 9B Resumo da análise de variância de número de internódios do
primeiro ramo plagiotrópico, nos tratamentos avaliados da
cultivar Iapar-59.
F.V. G.L. S.Q. Q.M. Fc Pr>Fc
Dose 3 43.825000 14.608333 2.282 0.0956
erro 1 36 230.433333 6.400926
RH 2 45.066667 22.533333 3.813 0.0267
Dose*RH 6 50.800000 8.466667 1.433 0.2141
erro 2 72 425.466667 5.909259
Total 119 795.5591667
CV 1 (%) 9.18
CV 2 (%) 8.82
Média geral: 27.6 Número de observações: 120
Tabela 10B Valores de p-valor obtidos por meio de testes de normalidade de
Levene e Shapiro-Wilk das variáveis de crescimento para as
cultivares Iapar 59 e Obatã, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Variavel Teste Iapar Obata
DCAULE levene 27,11 13,57
shapiro-wilk 50,92 2,31
DCOPA levene 38,28 45,33
shapiro-wilk 84,29 94,32
AP
levene 72,13 9,23
shapiro-wilk 88,97 77,18
NTRP levene 23,54 14,40
shapiro-wilk 86,34 27,35
CRP levene 72,75 30,65
shapiro-wilk 84,86 39,02
NR levene 0,65 19,88
shapiro-wilk 97,96 67,62
NI levene 56,53 0,23
shapiro-wilk 57,21 11,11
CRP3M levene 49,66 19,75
shapiro-wilk 0,02 0,01
NI3M levene 53,59 18,70
shapiro-wilk 87,49 0,43
%Fruto1RP levene 89,54 75,10
shapiro-wilk 67,50 98,68
%Fruto3M levene 0,02 6,37
shapiro-wilk 0,01 0,01
OBS: p-valor < 5% não apresentam comportamento normal.
85
Tabela 11B Análise de variância para o desdobramento de dose dentro de
cada regime hídrico e fertirrigação, para as variáveis diâmetro
de caule (DCAULE), diâmetro de copa (DCOPA), altura de
planta (AP), número total de ramos plagiotrópicos (NTRP),
comprimento do primeiro ramo plagiotrópico (CRP) e número de
ramificações secundárias do primeiro ramo plagiotrópico (NR)
para cultivar Obatã, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Causas de variação DCAULE DCOPA AP NTRP CRP NR
Dose/Fertirrigação (F) 0,0060* 0,0000* 0,0941
NS
0,0001* 0,021* 0,01810*
Dose/Irrigação(I) 0,3764
NS
0,0902
NS
0,4729
NS
0,0358* 0,4560
NS
0,0000*
Dose/
o
-
irrigado
(ÑI)
0,2252
NS
0,9491
NS
0,5112
NS
0,0024
NS
0,1695
NS
0,4305
NS
Regressão linear 0,2370
NS
0,0000* ---
0,000*(F)
0,014*(I)
---
0,031*(F)
0,000*(I)
â
0
0,0000 0,0000* ---
0,0000*(F)
0,0000*(I)
---
0,0010*(F)
0,0597
NS
(I)
â
1
0,2373
NS
0,0000* ---
0,0000*(F)
0,0141
*
(I)
---
0,0312*(F)
0,0000*(I)
R
2
10,78 99,13 ---
89,52(F)
86,91(I)
---
45,54(F)
84,26(I)
Regressão quadrática 0,0140* 0,596
NS
---
0,065
NS
(F)
0,531
NS
(I)
---
0,019*(F)
0,070
NS
(I)
Desvio 0,0210* 0,866
NS
0,0310*
0,900
NS
(F)
0,091
NS
(I)
0,0430*
0,921
NS
(F)
0,360
NS
(I)
â
0
0,0000 0,0000* ---
0,0000*(F)
0,0000*(I)
---
0,0002*(F)
0,0147*(I)
â
1
0,0267 0,6021
NS
---
0,3824*(F)
0,8582
NS
(I)
---
0,0510*(F)
0,3349
NS
(I)
â
2
0,0141 0,5963
NS
---
0,0654
NS
(F)
0,5309
NS
(I)
---
0,0188*(F)
0,0698
NS
(I)
R
2
58,32 99,92 ---
99,95(F)
86,91(I)
---
99,91(F)
96,84(I)
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
86
Tabela 12B Análise de variância para o desdobramento de dose dentro de
cada regime hídrico e fertirrigação, para as variáveis número de
internódios do primeiro ramo plagiotrópico (NI), porcentagem de
internódios com fruto do primeiro ramo plagiotrópico
(%Fruto1RP) diâmetro de copa (DCOPA), comprimento do ramo
plagiotrópico do terço médio da planta (CRP3M), número de
internódios do ramo plagiotrópico do terço médio da planta
(NI3M), porcentagem de internódios com fruto do ramo
plagiotrópico do terço médio da planta (%Fruto3M) para cultivar
Obatã, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Causas de variação NI CRP3M NI3M %Fruto1RP %Fruto3M
Dose/Fertirrigação (F) 0,0141* 0,3266
NS
0,1701
NS
0,4159
NS
0,3427
NS
Dose/Irrigação (I) 0,2080
NS
0,8919
NS
0,3581
NS
0,0163* 0,5708
NS
Dose/Não-irrigado (ÑI) 0,0062* 0,1091
NS
0,4376
NS
0,0001* 0,0725
NS
Regressão linear
0,1840
NS
(F)
0,0010*(ÑI)
--- ---
0,0040*(I)
0,0000*(ÑI)
---
â
0
0,0000*(F)
0,0000*(ÑI)
--- ---
0,0000*(I)
0,0000*(ÑI)
---
â
1
0,1843
NS
(F)
0,0009*(ÑI)
--- ---
0,0042*(I)
0,0001*(ÑI)
---
R
2
16,14(F)
89,63(ÑI)
--- ---
79,75(I)
67,88(ÑI)
---
Regressão quadrática
0,0030*(F)
0,4890
NS
(ÑI)
--- ---
0,2580
NS
(I)
0,0080*(ÑI)
---
Desvio
0,5560
NS
(F)
0,3530
NS
(ÑI)
--- ---
0,3510
NS
(I)
0,7840
NS
(ÑI)
---
â
0
0,0000*(F)
0,0000*(ÑI)
--- ---
0,0000*(I)
0,0085*(ÑI)
---
â
1
0,0080*(F)
0,9347
NS
(ÑI)
--- ---
0,5463
NS
(I)
0,0011*(ÑI)
---
â
2
0,0035*(F)
0,4886
NS
(ÑI)
--- ---
0,2577
NS
(I)
0,0081*(ÑI)
---
R
2
96,85(F)
93,33(ÑI)
--- ---
91,83(I)
99,67(ÑI)
---
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
87
Tabela 13B Análise de variância para o desdobramento de dose dentro de
cada regime hídrico e fertirrigação, para as variáveis diâmetro
de caule (DCAULE), diâmetro de copa (DCOPA), altura de
planta (AP), número total de ramos plagiotrópicos (NTRP),
comprimento do primeiro ramo plagiotrópico (CRP) e número de
ramificações secundárias do primeiro ramo plagiotrópico (NR)
para cultivar Iapar 59, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Causas de variação DCAULE DCOPA AP NTRP CRP NR
Dose/Fertirrigação (F)
0,0017* 0,0003* 0,8742
NS
0,2083
NS
0,6961
NS
0,6967
NS
Dose/Irrigação (I) 0,4073
NS
0,2713
NS
0,0071* 0,0000* 0,0840
NS
0,0725
NS
Dose/
Não
-
irrigado
(ÑI)
0,8221
NS
0,7213
NS
0,0051* 0,2354
NS
0,1759
NS
0,0111*
Regressão linear 0,0070* 0,5590
NS
0,2110
NS
(I)
---(ÑI)
0,0110* --- ---
â
0
0,0000* 0,0000*
---(I)
---(ÑI)
0,0000* --- ---
â
1
0,0071* 0,5593
NS
----(I)
---(ÑI)
0,0114* --- ---
R
2
46,48 1,66
----(I)
----(ÑI)
21,87 --- ---
Regressão quadrática
0,0140* 0,0000*
0,0010*(I)
---(ÑI)
0,0000* --- ---
Desvio 0,1250
NS
0,3200
NS
0,9490
NS
(I)
0,0390*(ÑI)
0,3510
NS
--- 0,006*
â
0
0,0000* 0,0000*
0,0000*(I)
---(ÑI)
0,0000* --- ---
â
1
0,0039* 0,0000*
0,0007*(I)
---(ÑI)
0,0000* --- ---
â
2
0,0136* 0,0000*
0,0012*(I)
---(ÑI)
0,0000* --- ---
R
2
85,30 95,16
99,97(I)
---(ÑI)
97,10 --- ---
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
88
Tabela 14B Análise de variância para o desdobramento de dose dentro de
cada regime hídrico e fertirrigação, para variáveis número de
internódios do primeiro ramo plagiotrópico (NI), porcentagem de
internódios com fruto do primeiro ramo plagiotrópico
(%Fruto1RP) diâmetro de copa (DCOPA), comprimento do
ramo plagiotrópico do terço médio da planta (CRP3M), número
de internódios do ramo plagiotrópico do terço médio da planta
(NI3M), porcentagem de internódios com fruto do ramo
plagiotrópico do terço médio da planta (%Fruto3M) para cultivar
Iapar 59, UEM, Maringá-Pr, 2007.
Causas de variação NI CRP3M NI3M %Fruto1RP %Fruto3M
Dose/Fertirrigação (F) 0,2493
NS
0,9804
NS
0,3869
NS
0,1738
NS
0,5233
NS
Dose/Irrigação (I) 0,0152* 0,8536
NS
0,0004* 0,1248
NS
0,0108*
Dose/Não-irrigado (ÑI) 0,9100
NS
0,0042* 0,7412
NS
0,9394
NS
0,1664
NS
Regressão linear 0,0020* --- --- --- ---
â
0
0,0000* --- --- --- ---
â
1
0,0019* --- --- --- ---
R
2
93,23 --- --- --- ---
Regressão quadrática 0,4820
NS
--- --- --- ---
Desvio 0,6270
NS
0,0010* 0,0220* --- 0,0080*
â
0
--- --- --- --- ---
â
1
--- --- --- --- ---
â
2
---- --- --- --- ---
R
2
--- --- --- --- ---
* significativo em nível de 5% de probabilidade
NS
não-significativo em nível de 5% de probabilidade
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