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negócio, segundo Hisrich e Peters (2004), um empreendedor aparece como uma ameaça, um
concorrente agressivo, enquanto, para outros, o mesmo empreendedor pode ser um aliado,
alguém que gera e cria riquezas e desenvolve comunidades, produzindo empregos e renda.
3. Ser empreendedor é atuar em um processo dinâmico de criar mais riquezas,
assumir os principais riscos em termos de patrimônio, tempo e/ou comprometimento com a
carreira ou que provêem valor para algum produto ou serviço, e este valor deve ser, de algum
modo, infundido por este sujeito.
Embora cada uma dessas definições configure os empreendedores de uma
perspectiva ligeiramente distinta, todas contêm noções semelhantes, como novidade,
organização, criação, riqueza e risco. Ainda assim, cada definição é um pouco restritiva, já
que os empreendedores são encontrados em todas as profissões – educação, medicina,
pesquisa, direito, arquitetura, engenharia, igrejas. Para incluir todos os tipos de
comportamento empreendedor, a seguinte definição de empreendedorismo contempla melhor
o conjunto (Hisrich e Peters, 2004, p.29):
“Empreendedorismo é o processo de criar algo novo, com valor,
dedicando o tempo e o esforço necessário, assumindo os riscos financeiros,
psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as conseqüentes
recompensas da independência econômica satisfação e realização pessoal”.
Cada autor, a seguir enumerado, entende de empreendedorismo e de crescimento
econômico à sua maneira. Respeitando os períodos históricos e a visão clássica de cada um,
passa-se a analisar suas convicções:
Max Weber (2003) entende que a ética protestante foi a responsável pelo
desenvolvimento do capitalismo na Europa. A questão, portanto, na visão de Max Weber, é
ideológica.
Hutington (1915, apud Hisrich e Peters, 2004) defende que os países mais ricos
estavam em uma faixa de clima temperado, “energético”. O clima seria o responsável pelo
estímulo dos negócios e no desenvolvimento de determinadas regiões.