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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
AVALIAÇÃO DA RESPOSTA CLÍNICA E IMUNOLÓGICA LOCAL
DE PACIENTES COM NEOPLASIA INTRA-EPITELIAL CERVICAL
GRAUS II E III TRATADAS COM INTERFERON ALFA-2B
INTRALESIONAL
MARÍLIA DE CARVALHO MARDEGAN
UBERABA – MG
2008
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
Avaliação da resposta clínica e imunológica local de pacientes com
neoplasia intra-epitelial cervical graus II e III tratadas com interferon
alfa-2b intralesional
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-
graduação em Patologia, área de
concentração em Patologia Ginecológica e
Obstétrica”, da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro, como requisito parcial
para obtenção do Título de Mestre.
Aluna: Marília de Carvalho Mardegan
Orientador: Prof. Dr. Eddie Fernando Candido Murta
Co-orientadoras: Profa. Dra. Márcia Antoniazi Michelin
Profa. Dra. Sheila Jorge Adad
Uberaba – MG
Setembro/2008
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Dedico esta tese:
A Deus e a Nossa Senhora da Abadia
por serem o meu refúgio em todos os momentos difíceis; por iluminarem o meu caminho
todos os dias.
Ao meu esposo Antônio Fernando Mardegan Filho
por seu companheirismo, carinho e cumplicidade em todas as horas.
À minha filha Maria Luísa de Carvalho Mardegan
pela incrível experiência da maternidade, por sua paciência e compreensão nos inúmeros
momentos em que não lhe dei a devida atenção por estar envolvida na elaboração deste
trabalho.
À minha irmã Marisa de Carvalho Ramos
pela amizade incondicional e por sua colaboração no desenvolvimento deste trabalho.
À memória de minha mãe Ilma Isabel de Carvalho
pela vida; pelo carinho e por sua fundamental importância na minha formação humana.
Ao Prof. Dr. Eddie Fernando Candido Murta, Professor Titular da Disciplina de
Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
pelo exemplo de dedicação e compromisso com a pesquisa e pela oportunidade de realizar
este trabalho.
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Agradeço à Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), pela estrutura
proporcionada durante a minha formão profissional e na realização deste trabalho.
À Disciplina de Ginecologia e Obstetrícia, juntamente com todo seu corpo
docente, médicos, residentes e outros funcionários.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), à
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e à Financiadora
de Estudos e Projetos (FINEP) pelo apoio financeiro.
Ao Prof. Dr. Eddie Fernando Cândido Murta, pelo constante incentivo e
orientação deste trabalho.
À Profa. Dra. Márcia Antoniazi Michelin e à Profa. Dra. Sheila Jorge Adad pela
co-orientação deste trabalho.
À Dra. Ana Cristina Barcelos por encaminhar as pacientes do ambulatório de
Colposcopia para participação neste estudo.
Aos técnicos de laboratório Celso Tadeu Barbosa dos Santos, por seu auxílio
fornecido no laboratório de Imunologia, e Heloísa Helena Vieira pela coleta de sangue das
pacientes.
Às secretárias Nilva Aparecida da Silva Aveiro, Zelma Rocha Camargos Pereira e
Dóris Lima Dayrell de Carvalho pela colaboração nos ambulatórios.
À Eliane Resende, funcioria da Biblioteca Frei Eugênio, pela grande eficiência
e rapidez na obtenção de artigos científicos.
Aos professores do Curso de pós-graduação em Patologia, pelos ensinamentos.
Aos meus familiares: Antônio (esposo), Maria Luísa (filha), Marisa (irmã), Ana
Maria e Antonio Fernando (sogros), Elza e José (tios) pelo constante apoio durante a
minha graduação e pós-graduação.
vi
À Profa. Ana Maria Bertini Mardegan pela correção ortográfica deste trabalho.
A todas as pacientes que participaram deste projeto pela confiança e compromisso
possibilitando o desenvolvimento científico.
E a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste
trabalho.
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1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 19
2. HIPÓTESES................................................................................................................ 31
3. OBJETIVOS ............................................................................................................... 33
4. MATERIAL E MÉTODOS......................................................................................... 35
5. RESULTADOS........................................................................................................... 51
6. DISCUSSÃO .............................................................................................................. 68
7. CONCLUSÕES........................................................................................................... 74
8. RESUMO.................................................................................................................... 76
9. ABSTRACT................................................................................................................ 80
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 84
ANEXOS
ANEXO A – Parecer consubstanciado do Comitê de Ética
ANEXO B – Protocolo de Pesquisa
ANEXO C – Termo de consentimento
ANEXO D – Concentração de cada citocina durante o tratamento
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Figura 1.0. Exemplo de resultado gráfico de avaliação de citocinas Kit Th1/Th2........44
Figura 2.0. Exemplo de resultado gráfico de avaliação de citocinas inflamatórias
(Human Inflammation Kit)...................................................................... 44
Figura 3.0. Preparação de Diluições de padrão de citocinas........................................46
Figura 4.0. Médias ± DP da concentração de IFN-γ em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes. p =
0,7006 (Friedman)....................................................................................56
Figura 4.1. Médias ± DP da concentração de IFN-γ em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha
terapêutica. p= 0,5243 (Friedman)............................................................56
Figura 4.2. Médias ± DP da concentração de IFN-γ em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram
resposta terapêutica. p = 0,6522 (Friedman) ............................................ 56
Figura 5.0. Médias ± DP da concentração de IL-10 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes. p=0,7892
(Friedman).............................................................................................. 57
Figura 5.1. Médias ± DP da concentração de IL-10 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha
terapêutica. p= 0,7274 (Friedman)............................................................57
Figura 5.2. Médias ± DP da concentração de IL-10 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram
resposta terapêutica. p = 0,5612 (Friedman) ............................................ 57
Figura 6.0. Médias ± DP da concentração de IL-6 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes.
*p=0,0274 (Friedman) com p< 0,05 entre a aplic. e 18ª aplic. (Pós-
teste de Dunns) ........................................................................................58
Figura 6.1. Médias ± DP da concentração de IL-6 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha
terapêutica. p= 0,0538 (Friedman)........................................................... 58
Figura 6.2. Médias ± DP da concentração de IL-6 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram
resposta terapêutica. p = 0,1514 (Friedman) ............................................ 58
Figura 7.0. Médias ± DP da concentração de IL-4 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes. p=0,1062
(Friedman).............................................................................................. 59
xi
Figura 7.1. Médias ± DP da concentração de IL-4 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha
terapêutica. p= 0,9097 (Friedman)........................................................... 59
Figura 7.2. Médias ± DP da concentração de IL-4 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram
resposta terapêutica. p = 0,1066 (Friedman) ............................................ 59
Figura 8.0. Médias ± DP da concentração de IL-2 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes. p=0,4936
(Friedman)...............................................................................................60
Figura 8.1. Médias ± DP da concentração de IL-2 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha
terapêutica. p= 0,7274 (Friedman)............................................................60
Figura 8.2. Médias ± DP da concentração de IL-2 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram
resposta terapêutica. p = 0,2982 (Friedman) .............................................60
Figura 9.0. Médias ± DP da concentração de IL-1β em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes. p=0,4663
(Friedman)...............................................................................................61
Figura 9.1. Médias ± DP da concentração de IL-1β em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha
terapêutica. p= 0,7273 (Friedman)........................................................... 61
Figura 9.2. Médias ± DP da concentração de IL-1β em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram
resposta terapêutica. p = 0,5206 (Friedman) .............................................61
Figura 10.0. Médias ± DP da concentração de IL-12 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes. p=0,9899
(Friedman)...............................................................................................62
Figura 10.1. Médias ± DP da concentração de IL-12 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha
terapêutica. p= 0,6076 (Friedman)............................................................62
Figura 10.2. Médias ± DP da concentração de IL-12 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram
resposta terapêutica. p = 0,8566 (Friedman) .............................................62
Figura 11.0. Médias ± DP da concentração de IL-8 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes. p=0,5915
(Friedman)...............................................................................................63
xii
Figura 11.1. Médias ± DP da concentração de IL-8 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha
terapêutica. p= 0,3420 (Friedman)............................................................63
Figura 11.2. Médias ± DP da concentração de IL-8 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram
resposta terapêutica. p = 0,6522 (Friedman) .............................................63
Figura 12.0. Médias ± DP da concentração de TNF-α em amostras de secreção
vaginal,colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes. p=0,4673
(Friedman)...............................................................................................64
Figura 12.1. Médias ± DP da concentração de TNF-α em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha
terapêutica. p= 0,1476 (Friedman)............................................................64
Figura 12.2. Médias ± DP da concentração de TNF-α em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram
resposta terapêutica. p = 0,6522 (Friedman) .............................................64
Figura 13.0. Gráfico de médias de IL-6, durante o tratamento, por grupo de
pacientes com falha e resposta terapêutica (p< 0,05, teste de Mann
Whitney)..................................................................................................65
Figura 14.0. Gráfico de médias de TNF-α, durante o tratamento, por grupo de
pacientes com falha e resposta terapêutica (p< 0,05, teste de Mann
Whitney)..................................................................................................65
Figura 15.0. Médias ± DP da carga viral de HPV de alto risco, em amostras
colhidas antes do tratamento e ao seu término, nos grupos de pacientes
que apresentaram resposta e falha terapêutica...........................................66
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Tabela 1. Diagnóstico inicial e final por biópsia de todas as pacientes e conduta
tomada em cada caso, após o término do tratamento..................................... 52
Tabela 2. Carga viral de HPV de alto risco, em amostras colhidas antes do
tratamento e ao seu término, nos grupos de pacientes que apresentaram
resposta e falha terapêutica........................................................................... 66
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HPV: Papilomavírus humano
DNA: ácido desoxirribonucléico
IFN: interferon
NK: célula Natural Killer
INCA: Instituto Nacional de Câncer
NIC: Neoplasia intra-epitelial cervical
NIC I: Neoplasia intra-epitelial cervical grau I
NIC II: Neoplasia intra-epitelial cervical grau II
NIC III: Neoplasia intra-epitelial cervical grau III
LSIL: Lesão intra-epitelial escamosa de baixo grau
HSIL: Lesão intra-epitelial escamosa de alto grau
IgG: Imunoglobulina G
IgA: Imunoglobulina A
Th1: linfócitos T auxiliares tipo 1
Th2: linfócitos T auxiliares tipo 2
Th3: linfócitos T auxiliares tipo 3
IL: Interleucina
TGF-β: Fator de Crescimento Transformante-β
TNF: Fator de Necrose Tumoral
MHC: Complexo de Histocompatibilidade Principal
IFNAR1: Receptor de Interferon tipo 1
IFNAR2: Receptor de Interferon tipo 2
IRF: fatores reguladores de IFN
IFCPC: Federação Internacional de Patologia Cervical e Colposcopia
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TAP: Tempo de Protombina
TTPA: Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado
AST: Aspartato-aminotransferase
ALT: Alanino-aminotransferase
g: Unidade de medida da força centrífuga relativa
ul: microlitro
pg: picograma
ml: mililitro
O
C: Grau Célsio
BD CBA: Becton Dickinson Cytometric bead array
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1. INTRODUÇÃO
1
2
1.1 PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) 3
4
O Papilomavírus humano (HPV) é um DNA vírus de dupla fita, com 5
aproximadamente 8000 pares de bases, pertencente à família Papovaviridae, que é 6
transmitido pela relação sexual com parceiro portador. O vírus infecta a pele ou a mucosa 7
resultando em uma variedade de condições clínicas. Mais de 100 tipos de rus foram 8
identificados até hoje e cerca de um terço deles infecta o trato genital inferior. 9
(LONGWORTH & LAIMINS, 2004; DE VILLIERS et al., 2004). 10
Os tipos virais são divididos em duas categorias: baixo e alto risco. Os 11
primeiros, entre eles o HPV 6 e 11, induzem lesões benignas clinicamente representadas 12
pelas verrugas e condilomas. os últimos, HPV 16, 18, 31, 33, 45 entre outros, estão 13
associados ao ncer do trato genital inferior, sendo que 16 e 18 são os mais importantes 14
no desenvolvimento das lesões neoplásicas cervicais (SCHIFFMAN, 1995; CLIFFORD et 15
al., 2003). 16
No colo, os rus infectam principalmente as células cervicais metaplásicas 17
sendo que o DNA viral incorpora-se ao DNA celular fazendo surgir, assim, os coilócitos 18
nas camadas intermediárias e superficiais do epitélio cervical. 19
O genoma viral pode ser dividido em três regiões: a região precoce (early) 20
contendo os genes E1, E2, E4, E5, E6 e E7 que são necessários à replicação viral e com 21
propriedades de transformação oncogênica; a região tardia (late) contendo os genes L1 e 22
L2 responsáveis pela formão de proteínas do capsídeo viral e a região regulatória (LCR), 23
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que contém a origem da replicação e controla a transcrição e replicação. O HPV pode ser 1
encontrado no material cervical nas formas epissomal ou integrada. Na forma epissomal o 2
DNA viral permanece no núcleo da célula hospedeira não estando integrado ao DNA da 3
mesma enquanto que, na forma integrada, ocorre incorporação do DNA viral a o DNA da 4
célula hospedeira havendo quebra do DNA viral entre a região E1 e L1 com perda do gene 5
E2 e, com isso, descontrole do feedback-negativo da expressão de oncogenes regulados 6
pela proteína E2. A freqüência com que o HPV 16 é encontrado em formas integradas, 7
geralmente aumenta com a progressão da lesão. Estudos mostram que essa integração faz 8
aumentar a expressão de E6 e E7 (JEON et al., 1995; JEON & LAMBERT, 1995) e essas 9
oncoproteínas levam a alterações dos genes supressores tumorais, p53 e pRb 10
respectivamente, sendo essenciais para indução da transformação celular e carcinogênese 11
(NARISAWA-SAITO & KIYONO, 2007). 12
A imunidade inata ao HPV é mediada por rios mecanismos, dentre eles, a 13
síntese de interferon (IFN), a ativação de macrófagos e de células Natural Killers (NK). O 14
HPV pode interagir com o sistema imune e evadir ou inativar a resposta imune 15
(STANLEY, 2001; STERN et al., 2000; KONYA & DILLNER, 2001). São múltiplos os 16
mecanismos de evasão do vírus: 1- o HPV não tem fase de disseminação sangüínea; 2- não 17
causa lise de queratinócitos, não induzindo assim resposta inflamatória; 3- a produção e 18
liberação do vírus ocorrem nas células escamosas diferenciadas, distantes das células 19
imunocompetentes da submucosa (TINDLE et al., 2002; FRAZER et al., 1999). 20
A infecção cervical pelo HPV é geralmente transitória na maioria das mulheres 21
infectadas (70 a 90%), ocorrendo a eliminação do rus em 12 a 24 meses depois do 22
diagnóstico inicial. A persistência do HPV em 10 a 30%, especialmente com tipos 23
oncogênicos, está fortemente associada ao desenvolvimento de lesões intra-epitelias 24
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cervicais de alto grau (SCOTT et al., 1999). Existem evidências de que a interação de 1
citocinas/quimiocinas liberadas durante a resposta imune, celular e humoral, é responsável 2
pela regressão, persistência ou progressão de lesões associadas ao HPV, no entanto os 3
mecanismos envolvidos nessas respostas ainda são pouco conhecidos (GONÇALVES & 4
DONALDI, 2004). 5
6
1.2 CÂNCER DE COLO UTERINO E LESÕES PRECURSORAS – ASPECTOS 7
GERAIS 8
9
O câncer de colo uterino tem sido considerado um problema de saúde mundial. 10
É a segunda neoplasia mais comum entre as mulheres em todo o mundo, sendo responsável 11
por cerca de 500 mil casos novos e pela morte de aproximadamente 230 mil mulheres por 12
ano. No Brasil o número de casos novos esperados para 2008 é de 18.680 e, não 13
considerando os tumores de pele não-melanoma, ele é o mais incidente entre as mulheres 14
da região norte, o segundo mais incidente nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste e o 15
terceiro na região Sudeste (ficando atrás somente da neoplasia de mama e dos tumores do 16
cólon e reto). A taxa bruta de incidência estimada em 2008 é de 19,18 casos novos para 17
cada 100 mil mulheres no Brasil e variando de 12,23 a 16,29 no estado de Minas Gerais 18
(INCA-Estimativa de câncer, 2008) 19
Os carcinomas do colo uterino são precedidos por lesões pré-malignas, pré-20
invasivas denominadas neoplasias intra-epiteliais cervicais cuja evolução pode perdurar 21
por anos. O desenvolvimento dessas lesões e, conseqüentemente, do câncer de colo uterino 22
está intimamente associado à infecção pelo HPV. 23
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O termo Neoplasia Intra-epitelial Cervical (NIC) para as lesões precursoras do 1
câncer de colo uterino foi criado por Richart em 1967 e dividiu as lesões em três graus (I, 2
II e III ou carcinoma in situ). Em 1988 a classificação de Bethesda subdividiu as neoplasias 3
intra-epiteliais cervicais em: Lesão intra-epitelial escamosa de baixo grau (LSIL), 4
compreendendo: Displasia leve/ NIC I e alterações celulares associadas ao Papiloma Vírus 5
Humano (HPV); Lesão intra-epitelial escamosa de alto grau (HSIL): Displasia moderada/ 6
NIC II, Displasia severa, Carcinoma in situ / NIC III. 7
No estudo colposcópico a NIC se apresenta como uma zona de transformação 8
anormal representada pela presença de leucoplasia, epitélio acetobranco, mosaico, 9
pontilhado, vasos atípicos, orifícios glandulares espessados ou erosão (STAFL & 10
WILBANKS, 1991). 11
Histologicamente a NIC I se caracteriza pela presea de atipias celulares leves 12
acometendo apenas o 1/3 basal do epitélio; na NIC II s observa-se anormalidades nucleares 13
mais acentuadas e mitoses numerosas que se estendem até os 2/3 proximais do epitélio; na 14
NIC III as anormalidades nucleares e as mitoses o intensas e estão presentes em toda a 15
espessura do epitélio. 16
O diagnóstico precoce das lees precursoras pode ser suspeitado a partir da 17
simples coleta da citologia cérvico-vaginal de rotina e confirmado pela biópsia guiada pela 18
colposcopia, o que possibilita o tratamento dessas lesões impedindo sua progressão para o 19
câncer. 20
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1.3 TRATAMENTO DAS NEOPLASIAS INTRA-EPITELIAIS CERVICAIS (NICs) 1
2
As NICs podem apresentar regressão espontânea ou progressão a lesões mais 3
graves. As lesões de baixo grau (LSIL) apresentam alto índice de regressão espontânea. 4
Estudos (SCHLECHT et al., 2003; MOSCICKI et al., 2004) mostraram que mais de 90 % 5
das pacientes com LSIL apresentaram regressão em 24 meses. O consenso publicado em 6
2006 para manejo de pacientes com neoplasia intra-epitelial (WRIGHT et al., 2007) 7
recomenda seguimento com citologia a cada 6 meses para pacientes com LSIL, devendo 8
ser complementada com colposcopia em caso de teste positivo para HPV, com retorno ao 9
seguimento anual de rotina após 2 citologias negativas para neoplasia intra-epitelial 10
cervical. 11
para as lesões de alto grau, NIC II e NIC III, o mesmo consenso (WRIGHT 12
et al., 2007) confirma a inaceitabilidade de seguimento apenas com citologia e colposcopia 13
desse tipo de lesão, devendo ser instituído tratamento, seja com métodos ablativos (laser) 14
ou excisionais (conização a frio, conização a laser, alça diatérmica), sendo os primeiros 15
somente indicados em caso de colposcopia satisfatória. As técnicas excisionais apresentam 16
a vantagem de permitir o estudo histológico e a avaliação das margens cujo 17
comprometimento é importante fator preditivo de recidiva. 18
Não há um consenso na literatura quanto às possíveis complicações durante a 19
gestação advindas de conização ou de alça diatérmica prévias. Alguns estudos não 20
apontam aumento da incidência de intercorrências obstétricas em gestantes anteriormente 21
submetidas a esses procedimentos (MILHEIRAS et al., 2005). Por outro lado outros 22
trabalhos mostram que essas intercorrências existem e são responsáveis por significativo 23
aumento da morbimortalidade perinatal. Entre as mais comuns estão: o trabalho de parto 24
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pré-termo, o baixo peso ao nascer e a ruptura prematura das membranas (SJØBORG et al., 1
2007; SADLER & SAFTLAS, 2007; JAKOBSSON et al., 2007; KYRGIOU et al., 2006). 2
Uma metanálise recentemente publicada (KYRGIOU et al., 2006) evidenciou que a 3
conização (a frio e a laser) se associou ao aumento do índice de trabalho de parto pré- 4
termo, do baixo peso fetal e à maior incidência de cesariana. A alça diatérmica esteve 5
significantemente associada ao aumento do índice de trabalho de parto pré-termo, do baixo 6
peso fetal e da ruptura prematura das membranas. 7
Tendo em vista o crescente número de infecção pelo HPV e o aparecimento de 8
NIC em jovens (MOSCICKI, 2007) cresce a preocupação com o desenvolvimento de 9
terapias que não interfiram com o futuro reprodutivo das pacientes. 10
O tratamento conservador com interferon intralesional pode estar entre as 11
opções terapêuticas de pacientes em idade fértil uma vez que não altera a anatomia do colo 12
uterino que é o maior fator gerador das complicações durante a gestação. 13
14
1.4 IMUNIDADE DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 15
16
O trato genital inferior pode ser dividido em dois compartimentos: vagina e 17
ectocérvice com sua flora comensal e o útero e as tubas que são estéreis. A esterilidade 18
endocervical varia de acordo com alterações hormonais do ciclo menstrual. 19
O epitélio estratificado da vagina e ectocérvice e o muco secretado pelas 20
células endocervicais funcionam como uma importante barreira à entrada de agentes 21
infecciosos. Este muco é composto por água, íons, proteínas, imunoglobulinas, além de 22
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enzimas e lactoferrina que funcionam como agentes bacteriostáticos (SCHUMACHER et 1
al., 1977; QUAYLE et al., 1998; VALORE et al., 1998). 2
O sistema imune do trato genital feminino faz parte do extenso sistema de 3
imunidade de mucosas com algumas particularidades. A classe de imunoglobulinas 4
secretadas é principalmente IgG e não IgA e a resposta imune é muito influenciada pelas 5
alterações hormonais, o que não é observado em outros tios (JOHANSSON & LYCKE, 6
2003) . 7
A resposta imune do trato genital inferior pode ser agrupada em duas 8
categorias: imunidade inata e adaptativa. Esta última é responsável por resposta específica 9
frente a determinado patógeno (bactérias, rus e fungos), processo esse que inclui ativação 10
de linfócitos, produção de citocinas, citotoxidade e síntese de anticorpos por linfócitos B. 11
A resposta imune inata envolve lulas (macrófagos, lulas dendríticas, neutrófilos, 12
células NK) e fatores solúveis (defensinas, óxido trico, componentes do complemento 13
entre outros) e, apesar não ser específica, representa a primeira linha de defesa contra a 14
invasão de patógenos (WIRA et al., 2005). 15
16
1.5 CITOCINAS 17
18
As citocinas são proteínas secretadas por células tanto da imunidade inata 19
como da adaptativa produzidas em resposta a microrganismos e outros antígenos e são 20
mediadoras e reguladoras de reações imunes e inflamatórias. A denominação interleucina 21
(IL) foi criada para citocinas produzidas por leucócitos e que atuam sobre os mesmos, 22
entretanto esse termo é empregado amplamente para a maioria das citocinas sendo usado 23
para classificá-las. Elas possuem vida dia curta e atuam se ligando a receptores 24
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específicos na membrana da célula-alvo. Apresentam as seguintes propriedades: são 1
moculas pleitpicas (podem atuar em diversos tipos celulares), possuem efeitos 2
redundantes (várias citocinas podem efetuar as mesmas ações) e podem influir na ação de 3
outras citocinas de forma sinérgica ou antagônica (ABBAS & LICHMAN, 2005). 4
A resposta imunitária efetuada por linfócitos T CD4+ é classificada em perfis 5
de acordo com as citocinas que produzem, sendo três os mais estudados: Th1, Th2 e Th3 6
(OHTSUKA & SANDERSON, 2000). 7
As células Th1 secretam citocinas pró-inflamatórias como interferon γ (IFN-γ), 8
fator de necrose tumoral (TNF)-α e β, fator estimulador de colônias de granulócitos 9
macrófagos (GM-CSF), IL-1α e β, IL-2, IL-8 e IL-12. Essas citocinas promovem a 10
imunidade celular e são necessárias para efetuar respostas mediadas principalmente por 11
fagócitos contra microorganismos intracelulares (entre eles os rus) e contra células 12
tumorais. Já as células Th2 produzem as citocinas IL-3, IL4, IL5, IL6, IL9, IL10, IL13 que 13
favorecem a resposta humoral contra patógenos extracelulares e respostas alérgicas 14
(BENDTZEN et al, 1995; GONÇALVES & DONADI, 2004). O padrão de resposta Th3 é 15
representado pela produção de TGF-β o qual inibe a proliferação e diferenciação de 16
linfócitos T e a ativação de macrófagos (citocina reguladora). 17
Existem evidências de que a resposta imune mediada por células, sistêmica e 18
local, é importante no curso da infecção pelo HPV (WU & KURMAN, 1997). Alises 19
quantitativas e qualitativas de citocinas têm sido usadas para caracterizar a resposta imune 20
em infecções pelo HPV associadas à NIC. 21
22
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1.6 IMUNOTERAPIA COM INTERFERON NO TRATAMENTO DAS LESÕES DE 1
ALTO GRAU 2
3
O complexo interferon (IFN) é uma família de glicoprotnas sintetizadas por 4
células de diferentes origens. Tem várias funções entre elas: 1- inibidora da multiplicação 5
viral, 2- imunomoduladora, estimulando lulas NK e monócitos, 3- anti-angionica e 6
anti-proliferativa (HALLER et al., 2006). 7
Até o momento são reconhecidos três tipos de IFNs : tipo I, tipo II e tipo III 8
(RANDALL & GOODBOURN, 2008). O tipo I inclui os IFNs -α, -β, -ω, -ε, -τ, -δ, e –κ. O 9
tipo II tem no IFN-γ seu representante único; enquanto o tipo III, de descrição mais 10
recente, é representado pelos IFNs-λ1, -λ2 e -λ3 (referidos respectivamente como IL-29, 11
IL-28A e IL-28B) (ANK et al., 2006 ; UZÉ & MONNERON, 2007). 12
Os IFNs -α, -β e -γ são os que estão mais diretamente implicados na resposta 13
imune durante a infecção viral. O IFN-α é produzido principalmente por linfócitos 14
infectados por vírus (sendo o interferon alfa-2b produzido com a tecnologia do DNA 15
recombinante), o IFN-β é sintetizado por vários tipos celulares, dentre eles os fibroblastos 16
e o IFN-γ, linfocina derivada do estímulo de linfócitos T e lulas NK (STELLATO, 17
1992). 18
Os interferons tipo I são proteínas compostas por 165 a 200 aminoácidos com 19
formato helicoidal, constituídas por cinco α-hélices (MITSUI & SENDA, 1997). São 20
codificados por genes do cromossomo 9 e possuem dois receptores, IFNAR1 e IFNAR2, 21
presentes na membrana celular (codificados por genes do cromossomo 21) (HARDY et al., 22
2004; U et al., 2007). O donio intracelular desses receptores está associado com 23
específicas tirosino-quinases (Tyk-2) que são fosforiladas em outras tirosino-quinases 24
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(família Janus de proteínas quinases): JAK1 e JAK2. A ligação do IFN ao receptor também 1
resulta na fosforilação de IRFAR1 por Stat1 e Stat2. Essas Stats recrutadas para a 2
fosforilação de IFRAR1 formam dois complexos denominados fator ativador de IFN-α 3
(AAF) e fator genético 3 estimulador de IFN (ISGF3). Esses fatores são translocados para 4
dentro do núcleo e unidos a seqüências de DNA chamadas GAS (seqüência ativadora de 5
IFN-γ) e ISRE (elemento responsável pela estimulação de interferon). A sinalização de 6
IFN resulta na indução de transcrição de centenas de genes-alvo dentre eles o gene p53, 7
supressor de tumor. A indução de IFN-α /β é regulada por fatores reguladores de IFN (IRF) 8
(HONDA et al., 2005). 9
Células tumorais geralmente apresentam defeitos estruturais e são destruídas 10
por apoptose, morte celular programada. IFNs podem induzir apoptose por um mecanismo 11
que consiste em ativação de cascata de caspases (EARNSHAW et al.,1999; BARTON et 12
al., 2005; MUSCAT et al., 2006; SAIDI et al., 2006). A apoptose induzida por IFN-α está 13
associada à ativação de caspases 1, 2, 3, 8 e 9 (THYRELL et al., 2002). A 14
imunomodulação e a inibição da angionese são mecanismos antitumorais indiretos do 15
IFN. Quanto à imunomodulação os interferons atuam aumentando o número de células T 16
citotóxicas, lulas NK e células dendríticas. A inibição da angionese pode resultar da 17
apoptose de células endoteliais o que é importante na inibição do crescimento tumoral e na 18
formação de metástases (LINDNER, 2002). 19
Estudos recentes têm mostrado aplicabilidade do interferon no tratamento de 20
diversas patologias, entre elas: a hepatite viral, a esclerose múltipla e o ncer (BORDEN 21
et al., 2007). Desde o início dos anos 80, vários estudos têm utilizado o interferon no 22
tratamento do câncer ginecológico com respostas variadas (NOMELINI et al., 2007). 23
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Em se tratando do interferon-α, alguns trabalhos mostram remissão da doença 1
variando de 30 a 80% dos casos (CHOO et al., 1986; DUNHAM et al., 1990; STELLATO, 2
1992). Entretanto, outros autores aplicando interferon alfa-2b intralesional obtiveram 3
resultados semelhantes ao placebo (BYRNE et al., 1986; FROST et al., 1990). 4
Vários trabalhos (CINEL et al., 1991; PENNA et al., 1994; ROTOLA et al., 5
1995;
KATESMARK et al., 1999; MICHELETTI et al., 1992; GRISMONDI et al., 1995) 6
mostraram bons resultados com o uso do ß-Interferon no tratamento das NICs. 7
Estudos envolvendo o IFN-γ no tratamento das NICs apresentaram sucesso 8
terapêutico (IWASAKA et al., 1990) mas o resultado a longo prazo foi inferior ao 9
tratamento cirúrgico ( SIKORKI & ZRUBE, 2003). 10
Em se tratando de neoplasia invasiva, MURTA & MURTA (2004) obtiveram 11
cura de paciente com carcinoma invasivo de vagina tratado com interferon alfa-2b 12
intralesional. 13
O fato de a gravidez ser um evento cada vez mais tardio na vida da mulher, 14
aliado à ocorrência de infecção pelo HPV estar se tornando cada vez mais freqüente em 15
pacientes jovens urge que terapias clínicas, que não alterem o futuro reprodutivo das 16
pacientes, como, por exemplo, o uso do interferon, sejam testadas e aprimoradas. 17
Até o momento, nenhum estudo avaliou as alterações imunológicas 18
ocasionadas pelo interferon no ambiente vaginal e a relação dessas alterações com a 19
resposta clínica ao tratamento. O conhecimento das alterações imunológicas na terapêutica 20
com interferon é de fundamental importância para o desenvolvimento de estratégias no 21
tratamento do câncer e de suas lesões precursoras. 22
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2. HIPÓTESES
1
2
1- Pacientes com neoplasia intra-epitelial cervical graus II e III podem 3
apresentar regressão cnica da lesão quando tratadas com interferon alfa-2b 4
intralesional. 5
6
2- A variação da concentração das citocinas na secreção vaginal durante o 7
tratamento pode estar relacionada com a resposta clínica. 8
9
3- Ocorre diminuição da carga viral do HPV durante o tratamento com 10
interferon. 11
12
13
14
15
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3. OBJETIVOS
1
2
3
1- Avaliar a resposta clínica de pacientes com lesão de alto grau tratadas com 4
Interferon alfa-2b através de exame colposcópico e biópsia. 5
6
2- Avaliar parâmetros imunológicos, como a presença citocinas presentes na 7
secreção vaginal, antes, durante e após o tratamento (citocinas IL1β, IL2, 8
IL-4, IL6, IL8, IL-10, IL-12, TNF, INF-γ). 9
10
3- Avaliar a presea de HPV de alto risco e correlacionar a carga viral do 11
mesmo (antes e após o tratamento) com a resposta clínica. 12
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4. MATERIAL E MÉTODOS
1
2
4.1 MATERIAL 3
4
4.1.1 Pacientes 5
6
O grupo de estudo foi composto de pacientes com idade entre 18 e 50 anos 7
com diagnóstico de Neoplasia Intra-epitelial Cervical graus II e III não submetidas a 8
tratamento prévio. De cada paciente foram obtidas informações sobre idade, hábitos e 9
condições de vida (tabagismo, uso drogas, número de parceiros), métodos contraceptivos 10
usados, tendo sido orientado o uso de condon durante todo o tratamento. A identificação 11
das pacientes foi feita por números, sendo que a primeira paciente a participar do trabalho 12
recebeu a identificação 1”, a segunda “2” e assim por diante. 13
O estudo foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da 14
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (Anexo A). Além disso, também foi obtido 15
Consentimento livre e esclarecido, por escrito, de cada paciente ou de seus familiares 16
(Anexo C). 17
18
4.1.2 Critério de inclusão 19
20
Os critérios para inclusão foram: 21
a) ausência de sangramento durante o exame; 22
b) lesão maior que 1cm
2
; 23
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c) colposcopia satisfatória; 1
d) não utilização de antibióticos orais, fungicidas ou cremes vaginais durante 2
os 30 dias anteriores; 3
e) não utilização de antiinflamatórios ou imunodepressores 15 dias antes do 4
início do tratamento até o término do mesmo; 5
f) nenhuma atividade sexual, pelo menos dois dias antes do dia da coleta das 6
amostras; 7
g) nenhuma história prévia de tratamento para NIC. 8
9
4.1.3 Critérios de exclusão 10
11
Os critérios para exclusão foram: 12
a) pacientes portadoras de doenças imunodepressoras, cardiopatias graves ou 13
com alteração da função hepática ou renal; 14
b) gestantes; 15
c) pacientes cujo uso de antiinflamatórios ou imunodepressores não poderiam 16
ser suspensos durante o tratamento com interferon; 17
d) relato de intolerabilidade ao interferon; 18
e) ausência de lesão visível à colposcopia ou lesão muito pequena (inferior a 1 19
cm
2
). 20
21
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4.2 MÉTODOS 1
2
4.2.1 Modelo de estudo 3
4
Foi realizado um estudo prospectivo no Hospital Escola da Universidade 5
Federal do Triângulo Mineiro, Ambulatório Maria da Glória, pelas Disciplinas de 6
Ginecologia e Obstetcia, Imunologia e Patologia Cirúrgica. 7
8
4.2.2 Colposcopia 9
10
As pacientes selecionadas de acordo com os critérios descritos anteriormente 11
foram encaminhadas pelo ambulatório de Colposcopia da Universidade Federal do 12
Triângulo Mineiro (UFTM) e tinham biópsia positiva para lesão de alto grau. Antes da 13
primeira e da última aplicação foram submetidas a exame colposcópio e tiveram as 14
imagens fotografadas através de videocolposcópio (Programa “Software” Vídeo 15
Diagnose
R
). 16
A exposição do colo uterino foi obtida através da introdução de espéculo 17
vaginal. Após tal procedimento foi instilado ácido acético a 3% , seguido de lugol e 18
bissulfito. A classificação colposcópica utilizada no estudo seguiu a da Internacional 19
Federation for Cervical Pathology and Colposcopy (IFCPC) determinada em Roma, no 20
ano de 1990 (STAFL & WILBANKS, 1991). De acordo com essa classificação, são 21
considerados achados normais o epitélio pavimentoso original, o epitélio cilíndrico e zona 22
de transformação normal. Os critérios de anormalidade são divididos, de acordo com a sua 23
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gravidade, em lesões maiores e lesões menores. São consideradas lesões menores as que 1
apresentam epitélio acetobranco fino, mosaico regular, leucoplasia fina e vasos típicos. 2
as lees maiores caracterizam-se por epitélio branco espessado, mosaico irregular, 3
pontilhado irregular, leucoplasia espessada e vasos atípicos. 4
Na última aplicação do interferon foi realizada coleta de biópsia e de citologia 5
oncótica tríplice. A biópsia foi dirigida por colposcopia com auxílio de Pinça de Thomas 6
Gaylor de 24 cm, 2 mm. O fragmento foi embebido em solução de formaldeído e 7
encaminhado para estudo anátomo-patológico para confirmação da resposta ao tratamento. 8
9
4.2.3 Anátomo-patológico 10
11
Foi realizado estudo anátomo-patológico dos fragmentos de biópsia de colo 12
uterino embebidos em parafina, pelo Serviço de Patologia Cirúrgica do Hospital Escola - 13
UFTM, sendo que os casos foram revisados por um único observador (Profa. Dra. Sheila 14
Jorge Adad, co-orientadora do trabalho). Todos os dados cnicos, laboratoriais e 15
histológicos foram arquivados em banco de dados específico para o estudo. 16
17
4.2.4 Aplicação do interferon 18
19
Foi usado neste trabalho o Interferon alfa-2b humano recombinante 3.000.000 20
U (Blauferon B
R-
Blausiegel). Cada caixa da medicação é composta de um frasco-ampola 21
com liófilo acompanhado de ampola com diluente de 1,0 ml que foram acondicionados 22
em geladeira à temperatura de 4º C. O medicamento foi mantido fora do refrigerador por 23
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cerca de 15 minutos antes de sua utilização. 1
Para a reconstituição foram adotados os seguintes passos (orientados na bula 2
da medicação): 1-retirou-se o lacre de plástico do frasco-ampola do liofilizado, 2-fez-se a 3
limpeza da supercie da tampa com algodão umedecido com álcool, 3- abriu-se a ampola 4
de diluente e, com auxílio de uma seringa, retirou-se a água da ampola de diluente, 4- 5
perfurou-se a parte central da tampa do frasco-ampola do liofilizado e injetou-se o diluente 6
vagarosamente, 5- agitou-se suavemente aguardando a completa dissolução do liofilizado, 7
6- retirou-se com o auxílio de uma seringa de 1ml a solução reconstituída. 8
As aplicações foram feitas utilizando-se seringa de 1,0 ml e agulha 13 x 0,45 9
três vezes por semana em dias alternados (segundas, quartas e sextas-feiras), por 6 semanas 10
consecutivas, perfazendo um total de 18 aplicações, sendo que em cada aplicação era 11
administrada a dose de 3.000.000 U. 12
A exposição do colo uterino foi obtida através da introdução de espéculo 13
vaginal e a antissepsia do colo e paredes vaginais foi feita com gaze embebida em 14
polvidine pico usando, para isso, pinça de Cherron. Procedia-se então à aplicação da 15
medicação. Em lesões múltiplas ou ocupando mais de um quadrante do colo, as aplicações 16
foram feitas alternadamente em cada lesão (no caso de lesões isoladas) ou em cada 17
quadrante (no caso de lesões contínuas). 18
Durante o tratamento foram dosados desidrogenase lática, hemoglobina, 19
leucócitos, plaquetas, fosfatase alcalina, tempo de protombina (TAP) e tempo 20
tromboplastina parcial ativada (TTPA), uréia, creatinina, AST e ALT uma vez que havia 21
possibilidade de influência do interferon nestes fatores. 22
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4.2.5 Coleta da secreção vaginal para dosagem de citocinas 1
2
A secreção vaginal foi coletada através da introdução da escova para citologia 3
e esta, após introduzida, girada uma vez no fundo de saco vaginal. A seguir a mesma foi 4
colocada em um tubo eppendorf
R
de 0,5 ml contendo 0,3ml de solução salina. Após 5
quebrar a haste, o tubo foi fechado, submetido a agitação em vortex por 1min, invertido e 6
realizado um orifício na parte inferior do mesmo. Com cuidado o mesmo foi encaixado em 7
um tubo eppendorf
R
de 1,5ml e submetido à centrifugação por 5 minutos a 300g. Após a 8
centrifugação, o tubo de cima foi descartado e
finalmente o volume foi acertado para 500ul 9
com solução salina e o material estocado a –20°C para posteriores dosagens. 10
A secreção vaginal foi colhida antes da primeira, da sexta, da décima segunda e 11
décima oitava (última) aplicação. 12
13
4.2.6 Técnica de Realização do Teste de Captura Híbrida 14
15
Para pesquisa do HPV foi realizado técnica de captura de híbridos. Todo o 16
procedimento de coleta foi realizado com base no manual de orientação da empresa Digene 17
do Brasil, fornecedora dos kits e equipamento utilizado no teste de captura híbrida. Para 18
coleta foi utilizado kit coletor especial, composto de um tubete com solução conservadora 19
para ácido desoxirribonucléico (DNA) e uma escova. Foi realizado exposição do colo 20
uterino através da introdução de um espéculo vaginal. As realizar a remoção do excesso 21
de muco ao redor do orifício externo e da ectocérvix com utilização de uma gaze, foi 22
introduzido 1 cm da escova no canal cervical e procedeu-se o movimento de rotação por 23
três vezes no sentido horário. A seguir escovava-se a ectocérvix e as paredes vaginais. 24
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Imediatamente após a coleta a escova foi inserida no tubete, dentro de solução tampão; a 1
haste da escova foi quebrada e o tubete fechado. Movimento de agitação do mesmo foi 2
realizado por 30 segundos a fim de promover homogeneização da amostra. Após esse 3
procedimento o material foi congelado a uma temperatura de 70 graus negativos para fins 4
de conservação. 5
Foi utilizado aparelho marca Captura Híbrida
R
II System DML 2000 sistema 6
de microplaca com amplificação de sinal por quimioluminescência. As informações e a 7
metodologia abaixo descrita constam no manual de instrução fornecido pela Digene
R
do 8
Brasil. 9
Para a detecção do HPV o kit possui 18 tipos virais agrupados em dois pools 10
de sondas. As sondas para os rus de baixo risco incluem os tipos 6, 11, 42, 43 e 44, 11
representando aproximadamente 70% desse grupo de rus. Em relação aos rus de alto 12
risco, o sistema contém as sondas com os tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 13
e 68, representando aproximadamente 99% desse grupo de vírus. A sensibilidade da 14
microplaca é de 1 pg/ml, equivalente a 0,1 pia de vírus por lula. A primeira etapa do 15
teste consistiu na realização de digestão e desnaturação que foram feitas ao mesmo tempo 16
no próprio tubo de coleta. Adicionou-se à amostra, nessa etapa, uma solução contendo 17
hidróxido de sódio, que, além de digerir qualquer outra estrutura, desnaturava o DNA, 18
separando as pontes de hidrogênio que unem as bases nitrogenadas para facilitar a 19
hibridização. Na etapa de desnaturação, o DNA era submetido a altas temperaturas e a pH 20
alcalino, deixando as bases nitrogenadas livres para a hibridização. Para esse procedimento 21
necessitou-se de banho-maria à 65º C durante uma hora. Após a digestão e a desnaturação, 22
75 µl da amostra foram transferidos para os microtubos, a fim de que se proceder a 23
hibridização. Nessa etapa, as sondas de RNA foram diluídas em diluente próprio e 24
aliquotadas na quantidade de 25 µl nos microtubos. A hibridização demandou banho-maria 25
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à 65º C durante uma hora. Depois de hibridizado, o material foi transferido para uma 1
microplaca com paredes recobertas por anticorpos monoclonais, a fim de eliminar a 2
possibilidade de reação cruzada, “anti-RNA: DNA”, que iriam reagir com os híbridos 3
formados anteriormente. Essa etapa é denominada captura híbrida e se fez com um rotary-4
shaker à temperatura de 20-25º C durante uma hora. A partir da captura, quando já se 5
formou um complexo “anti-RNA: DNA - híbrido”, passou-se para a fase de detecção. Toda 6
a solução contida na microplaca foi desprezada, e foi adicionado anti-RNA: DNA” 7
conjugado a fosfatase alcalina que reagiria com o complexo ligado à parede da microplaca. 8
Essa fase teve duração de 30 minutos à temperatura de 20-25º C. Após esse período, 9
novamente desprezou-se o material quido da microplaca e uma única lavagem do ensaio 10
foi feita. Com ela retirou-se o excesso de fosfatase alcalina que não formou complexo 11
anticorpo-híbrido-anticorpo. O substrato Emerald era adicionado e degradado pela 12
fosfatase alcalina durante 15 minutos. O grau de degradação do substrato depende da 13
quantidade de enzima ligada ao complexo, o que produz diferentes intensidades de cor, que 14
foram lidas por quimioluminescência, em equipamento apropriado. Todo o teste de captura 15
híbrida conta com controles negativos e positivos, testados em triplicata. O ensaio usa as 16
leituras dos controles para validação e cálculo do cut off. A validação do teste e o lculo 17
do cut off são feitas baseadas em alguns critérios: 18
a) o coeficiente de variação das leituras entre os microwells dos controles 19
negativos ou positivos não deverá ultrapassar 25%; 20
b) a divisão das médias das leituras de RLU (unidade relativa de luz) dos 21
controles positivos pelos negativos deverá ser superior a 2; 22
c) os controles negativos deverão respeitar o limite máximo de background de 23
250 RLU; 24
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d) o valor do cut off da reação será expresso pela média dos controles 1
positivos. 2
Houve ainda dois outros controles intra-teste. O primeiro quando se fez a 3
adição do reagente de desnaturação. Todas as amostras devem tornar-se de cor roxa, o que 4
certeza de que todas as amostras foram desnaturadas. O segundo, quando da adição das 5
sondas, a coloração deve mudar de roxo para amarelo, assegurando que todas as amostras 6
receberam a quantidade ideal de sonda. A leitura é totalmente automatizada, o 7
quimiolumiômetro é comandado por um software que analisa os números recebidos de 8
leitura e faz todos os cálculos de validação do ensaio. O relatório final do teste foi feito 9
pelo software, não havendo margem de erro nos cálculos. As etapas de digestão e 10
desnaturação foram realizadas uma única vez. O kit para detecção do HPV permite a 11
realização de 96 testes, sendo 42 testes para vírus de alto grau, 42 testes para rus de baixo 12
grau, 3 controles negativos e 3 controles positivos para rus de alto grau e 3 controles 13
negativos e 3 controles positivos para vírus de baixo grau. 14
15
4.2.7 Citometria de Fluxo 16
17
A detecção de moléculas IL1β, IL2, IL-4, IL6, IL8, IL-10, IL-12, TNF, INF-γ 18
foi feita por citometria de fluxo (Cytometric bead array) em Citômetro de Fluxo BD FACS 19
Calibur TM de acordo com protocolo sugerido pela Becton Dickinson (BD
TM
CBA). 20
Citometria de fluxo é um método de análise que permite a discriminação de 21
diferentes partículas com base no tamanho e na cor. CBA emprega uma série de partículas 22
com intensidades distintas de fluorescência para detectar simultaneamente múltiplos 23
elementos solúveis. O BD CBA utiliza a sensibilidade de detecção amplificada de 24
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imunofluorescência através de citometria para medir elementos baseado no imunoensaio e 1
permite detecções múltiplas com pequeno volume. Foram utilizados dois kits sendo um 2
para citocinas inflamatórias (IL-8, IL-1β, IL-6, IL-10, TNF, IL-12) e outro para citocinas 3
Th1/Th2 (IL-2, IL4, IL-6 IL-10, TNF, IFN-γ). 4
As citocinas capturadas são incubadas com anticorpos e formam complexos 5
“sanduíches” que são lidos em BD CBA e o resultado é obtido na forma de gráficos (como 6
exemplificado nas figuras 1.0 e 2.0) e as concentrações são obtidas a partir de software da 7
Becton Dickinson (BD
TM
CBA). 8
Foi utilizado aparelho Citômetro de Fluxo, marca “Cytometric Bead Array” 9
BD
TM
. Toda a metodologia descrita está padronizada nos catálogos de produtos da BD
R
, 10
empresa fornecedora do aparelho e dos kits usados neste trabalho. 11
12
13
14
15
16
Figura 1.0: Exemplo de resultado gráfico de avaliação de citocinas Kit Th1/Th2 17
18
19
20
21
22
23
Figura 2.0: Exemplo de resultado gráfico de avaliação de citocinas inflamatórias (Human 24
Inflammation Kit) 25
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4.2.7.1 Metodologia para análise das citocinas “Kit Th1/Th2” 1
2
O Kit Human Th1/Th2 cytokine II” (BD
TM
CBA) contém: Capture beads de 3
IL-2 humana, Capture beads de IL-4 humana, Capture beads de IL-6 humana, Capture 4
beads de IL-10 humana, Capture beads de TNF humano, Capture beads de IFN-γ, 5
Reagente de detecção de Th1/Th2 humano “PE”, Padrão de citocinas humanas Th1/Th2, 6
uma amostra de Cytometer Setup beads, Detector PE de controle positivo, Detector FITC 7
de controle positivo, um frasco de Wash Buffer, um frasco de diluente teste e um frasco de 8
Serum Enhancemente Buffer. 9
Para a preparação do padrão para citocinas do Kit Th1/Th2 foram seguidos os 10
seguintes passos: 1- foi aberto um frasco de Padrão de Citocinas Humanas Th1/Th2 11
liofilizado e transferidas as esferas de padrão para um tubo de polipropileno rotulado como 12
tubo (tubo principal top standart); 2- foram reconstituídos os padrões com 2,0 ml de 13
diluente padrão tendo sido utilizado uma pipeta para homogeneização lenta; 3- foram 14
rotulados 8 tubos de 12x75 mm seguindo a seguinte ordem: 1:2, 1:4, 1:8, 1:16, 1:32, 1:64, 15
1:128 e 1:256; 4- foram pipetados 300µl de diluente padrão para cada um dos 8 tubos; 5- 16
foi realizado uma série de diluições sendo transferidos 300 µl do tubo top standart para o 17
tubo 1:2 e misturados vagarosamente a seguir, após 300 µl deste tubo para o tubo 1:4 e 18
assim por diante até o tubo 1:256 (figura 3.0) ; 6- foi preparado um tubo contendo diluente 19
padrão para servir como controle negativo: 0pg/ml. 20
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1
Figura 3.0: Preparação de Diluições de padrão de citocinas 2
3
Para a preparação das amostras seguiram-se os seguintes passos: 1- foram 4
misturados 10 µl de cada capture bead para cada tubo a ser analisado (32 amostras, 9 tubos 5
com padrão de citocinas e 1 controle negativo), 2- foram centrifugados a 200g por 5 6
minutos e aspirado o sobrenadante; 3- foi ressuspendida a mistura das beads com Serum 7
Enhancedment Buffer (o mesmo volume aspirado anteriormente); 4- foram incubados os 8
tubos com as misturas por 30 minutos protegido da exposição da luz; 5- transferidos 50 µl 9
da mistura das beads para cada tubo teste, 6- foram adicionados 50 µl de Reagente de 10
detecção Th1/Th2 humano PE para cada tubo teste, 7- foram adicionados 50 µl das 11
diluições de padrões de citocinas humanas Th1/Th2 para cada tubo teste, 8- foram 12
adicionados 50 µl da amostra para cada tubo teste, 9- foram incubados os tubos por 3 horas 13
protegidos da exposição da luz, e após esse período foi adicionado 1 ml de Wash Buffer em 14
cada tubo e centrifugado a 200g por 5 minutos, 10- foi desprezado o sobrenadante e 15
adicionado 300 µl de Wash Buffer em cada tubo. 16
Para a configuração do citômetro foram preparados 3 tubos denominados de A, 17
B e C. Em cada tubo foi adicionado 50 µl de Cytometer Setup beads. Adicionaram-se 50 µl 18
de Controle positivo FITC no tubo B e 50 µl de Controle positivo PE no tubo C. Os tubos 19
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foram incubados por 30 minutos protegidos da luz. As esse procedimento adicionaram-1
se 400 µl de Wash Buffer nos tubos B e C e 450 µl de Wash Buffer no tubo A e então, os 2
tubos foram utilizados para configuração do citômetro. 3
Foi iniciada a análise das amostras no citômetro de fluxo (BD
TM
CBA), sendo 4
que cada amostra era agitada por cerca de 3-5 segundos em vortex antes de cada análise. 5
6
4.2.7.2 Metodologia para alise das citocinasKit Human Inflammation (BD
TM
CBA) 7
8
O “Human Inflammation” (BD
TM
CBA) contém: Capture beads de IL-8 9
humana, Capture beads de IL-1β humana, Capture beads de IL-6 humana, Capture beads 10
de IL-10 humana, Capture beads de TNF humano, Capture beads de IL-12p70, Reagente 11
de detecção de citocinas inflamatórias “PE”, Padrão de citocinas inflamatórias, uma 12
amostra de Cytometer Setup beads, Detector PE de controle positivo, Detector FITC de 13
controle positivo, um frasco de Wash Buffer, um frasco de diluente teste e um frasco de 14
Serum Enhancemente Buffer. 15
Para a preparação do padrão para citocinas inflamatórias foram seguidos os 16
seguintes passos (semelhantes aos anteriormente descritos para a preparação do padrão 17
para citocinas do Kit Th1/Th2”): 1- foi aberto um frasco de Padrão de Citocinas 18
Inflamatórias Humanas liofilizado e transferido as esferas de padrão para um tubo de 19
polipropileno rotulado como tubo (tubo principal top standart); 2- foram reconstituídos 20
os padrões com 2,0 ml de diluente padrão tendo sido utilizado uma pipeta para 21
homogeneização lenta; 3- foram rotulados 8 tubos de 12x75 mm seguindo a seguinte 22
ordem: 1:2, 1:4, 1:8, 1:16, 1:32, 1:64, 1:128 e 1:256; 4- foram pipetados 300µl de diluente 23
padrão para cada um dos 8 tubos; 5- foi realizada uma série de diluições sendo transferidos 24
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300 µl do tubo top standart para o tubo 1:2 e misturado vagarosamente, após 300 µl deste 1
tubo para o tubo 1:4 e assim por diante até o tubo 1:256 (como mostrado na figura 3) ; 6- 2
foi preparado um tubo contendo diluente padrão para servir como controle negativo: 3
0pg/ml 4
Para a preparação das amostras foram seguidos os seguintes passos: 1- foram 5
misturados 10 µl de cada capture bead para cada tubo a ser analisado (32 amostras, 9 tubos 6
com padrão de citocinas e 1 controle negativo), 2- foram centrifugados a 200g por 5 7
minutos e aspirado o sobrenadante; 3- foi ressuspendida a mistura das beads com Serum 8
Enhancement Buffer (o mesmo volume aspirado anteriormente); 4- foram incubados os 9
tubos com as misturas por 30 minutos protegido da exposição da luz; 5- foram transferidos 10
50 µl da mistura das beads para cada tubo teste, 6- foram adicionados 50 µl das diluições 11
de padrões de citocinas inflamatórias para cada tubo teste; 7- foram adicionados 50 µl da 12
amostra para cada tubo teste; 8- os tubos foram incubados por 1,5 hora protegidos da 13
exposição à luz; 9- foi adicionado 1 ml de Wash Buffer em cada tubo e centrifugado a 200g 14
por 5 minutos; 10- foi aspirado o sobrenadante deixando aproximadamente 100 µl de 15
líquido em cada tubo; 11- foram adicionados 50 µl de Reagente de detecção de citocinas 16
inflamatórias PE para cada tubo teste, que foram agitados e novamente incubados por mais 17
1,5 hora protegidos de exposição à luz ; 12- após esse período foi adicionado 1 ml de Wash 18
Buffer em cada tubo e centrifugado a 200g por 5 minutos, 13- foi desprezado o 19
sobrenadante e adicionados 300 µl de Wash Buffer em cada tubo. 20
Foi feita a alise das amostras no citômetro de fluxo (BD
TM
CBA), sendo que 21
cada amostra era agitada por cerca de 3-5 segundos em vortex antes de cada análise. 22
23
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4.2.8 Avaliação da resposta clínica 1
2
Foi considerada resposta o desaparecimento completo da lesão de alto grau 3
confirmado com estudo histológico e foi considerada falha terapêutica quando houve 4
persistência de lesão de alto grau ou progressão da mesma. 5
Todas as pacientes com NIC II ou III que apresentaram persistência de lesão de 6
alto grau foram encaminhadas imediatamente para tratamento cirúrgico complementar 7
(alça diatérmica ou conização). 8
9
4.2.9 Análise Estatística 10
11
A análise estatística foi realizada através do programa GraphPad Prism 4 e 12
Microsoft Excel. Os resultados das dosagens das citocinas em cada grupo de pacientes 13
(respostas e falhas) foram analisados pelo teste de Friedman seguido de teste de Dunn para 14
definir as diferenças entre as amostras (amostra inicial, 6
a
aplicação, 12
a
aplicação e 18
a
15
aplicação). Para analisar as diferenças entre as respostas e falhas em cada amostra foi 16
usado o teste de Mann Whitney. 17
Para comparar a carga viral, antes e após o tratamento, nos dois grupos, foi 18
usado o teste de Wilcoxon. 19
A significância estatística foi estabelecida em p< 0,05. 20
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5. RESULTADOS
1
2
Participaram deste trabalho 8 pacientes. A idade mínima foi de 22 anos e 3
máxima de 50 anos com média de idade de 31,5 anos. 4
Quanto aos hábitos e condições de vida questionados no protocolo inicial 5
(paridade, tabagismo e número de parceiros sexuais) constatou-se que 75 % (n=6) eram 6
multíparas, 62,5% (n=5) das pacientes eram tabagistas, 62,5% já tinham tido 3 ou mais 7
parceiros sexuais e a idade média de sexarca foi 16,75 anos (mínima de 14 e máxima de 18 8
anos). 9
No diagnóstico inicial observou-se que 62,5 % (n= 5) foram de NIC II e 37,5 10
% (n= 3) de NIC III. Achados colposcópicos de lesões maiores foram observados em 11
100% das pacientes consistindo em epitélio acetobranco espessado (100%, n= 8), mosaico 12
irregular (50%, n= 4), pontilhado irregular (62,5 %, n= 5), e vasos atípicos (37,5%, n= 3). 13
Nas pacientes que apresentaram boa resposta clínica (62,5%), a análise colposcópica 14
evidenciou sinais de regressão da lesão a partir da segunda semana após o início das 15
injeções. O que pôde ser observado foi: fragmentação do mosaico e atenuação gradativa de 16
áreas de epitélio acetobranco espesso com substituição das mesmas por epitélio escamoso 17
metaplásico (prancha 1). 18
Quando avaliada a resposta cnica, 62,5% (n= 5) das pacientes tiveram boa 19
resposta enquanto que 37,5 % (n= 3) apresentaram falha terapêutica. Quanto ao tamanho 20
da lesão apresentado antes do tratamento: 25% (n= 2) das pacientes tinham lesão ocupando 21
apenas um quadrante do colo uterino e em 75% (n= 6) a lesão ocupava mais de um 22
quadrante. Relacionando-se a resposta cnica ao tamanho da lesão, as pacientes com lesão 23
ocupando apenas um quadrante (n= 2) tiveram 100% de resposta ao tratamento enquanto 24
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que as pacientes com lesão ocupando mais de um quadrante (n= 6) tiveram 50% de 1
resposta (n= 3) e 50% de falha terapêutica (n= 3). Desse modo todas as pacientes com 2
falha terapêutica tinham lesão ocupando mais de um quadrante. 3
Os efeitos colaterais referentes ao uso da medicação foram observados em 4
100% das pacientes e consistiram em: mialgia, febre baixa (em torno de 38º C) e astenia, 5
sintomas estes restritos ao dia da aplicação, iniciando em média 2 horas após a aplicação 6
com duração de até 8 horas. Em nenhum caso houve necessidade de se interromper ou 7
suspender o tratamento. Nenhuma paciente apresentou alteração de função hepática, renal 8
ou de coagulação e os exames colhidos durante o tratamento (desidrogenase lática, 9
hemoglobina, leucócitos, plaquetas, fosfatase alcalina, TAP e TTPA, uréia, creatinina, 10
AST e ALT) não mostraram alteração. 11
A tabela 1 mostra o diagnóstico inicial e final (após o término do tratamento) 12
de cada paciente assim como a resposta clínica ao tratamento e a conduta tomada em cada 13
caso. As pacientes com resposta foram encaminhadas para seguimento trimestral no 14
ambulatório de colposcopia enquanto que das que tiveram falha (n= 3), uma foi submetida 15
à alça diatérmica e duas à conização (indicação baseada principalmente no tamanho da 16
lesão). 17
Tabela 1 - Diagnóstico inicial e final por biópsia de todas as pacientes e conduta tomada 18
em cada caso, após o término do tratamento. 19
Paciente
Idade
(anos)
Diagnóstico
Inicial
Diagnóstico
final
Resposta/Falha Conduta
1 23 NIC II NIC I Resposta Seguimento
2 22 NIC III NIC I Resposta Seguimento
3 36 NIC III
Infecção pelo
HPV
Resposta Seguimento
4 50 NIC II NIC I Resposta Seguimento
5 25 NIC II NIC III
Falha
terapêutica
Alça
diatérmica
6 30 NIC II
Infecção pelo
HPV
Resposta Seguimento
7 38 NIC III NIC II
Falha
terapêutica
Conização
8 28 NIC II NIC II
Falha
terapêutica
Conização
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Prancha 1: Imagens colposcópicas das lesões antes do tratamento e após o seu término
Colposcopia da paciente 1 antes do tratamento
Colposcopia da paciente 1 normino do
tratamento (boa resposta)
Colposcopia da paciente 3 antes do tratamento
Colposcopia da paciente 3 normino do
tratamento (boa resposta)
Colposcopia da paciente 7 antes do tratamento
Colposcopia da paciente 7 no término do
tratamento (falha terapêutica)
Colposcopia da paciente 8 antes do tratamento
Colposcopia da paciente 8 no término do
tratamento (falha terapêutica)
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As médias de concentração de cada citocina, antes do tratamento e durante o 1
mesmo, estão representadas nas figuras de 4.0 a 14.0. 2
Nas mulheres que tiveram falha houve aumento da média de concentração de 3
IFN-γ (figura 4.1) e queda na última aplicação (p= 0,5243, teste de Friedman). Nas que 4
tiveram resposta (figura 4.2), os níveis foram praticamente constantes durante todo o 5
tratamento (p= 0, 6522, teste de Friedman). 6
Quanto à IL-10, as figuras 5.1 e 5.2 mostram que o conjunto das pacientes que 7
tiveram falha terapêutica apresentou média de concentração mais elevada na amostra 8
inicial do que as pacientes que tiveram resposta (p= 0,5714, teste de Mann Whitney). 9
Durante o tratamento, as pacientes que tiveram falha apresentaram níveis decrescentes nas 10
dias dessa interleucina (p= 0,7274, teste de Friedman) enquanto que nas que tiveram 11
resposta as médias mantiveram-se praticamente constantes (p= 0,5610, teste de Friedman). 12
A dia da concentração de IL-6 (figura 13.0) mostrou-se significativamente 13
bem elevada na sexta aplicação no grupo de pacientes que teve falha quando comparado 14
com o grupo das que tiveram resposta na mesma aplicação (p= 0,0357, teste de Mann 15
Whitney). Analisando-se todas as pacientes (figura 6.0) a variação da média de 16
concentração dessa interleucina foi significativa (p= 0,0274, teste de Friedman). 17
A média da concentração de IL-4 (figuras 7.0, 7.1 e 7.2) manteve-se 18
praticamente constante no grupo das pacientes que tiveram falha terapêutica (p= 0,9097, 19
teste de Friedman) e no grupo das que tiveram resposta (p= 0,1066). Esse fato foi também 20
observado com a IL-2 (figuras 8.0, 8.1 e 8.2). 21
Quanto à IL-1β (figuras 9.0, 9.1 e 9.2), o grupo de pacientes que tiveram falha 22
terapêutica apresentou média de concentração bem elevada durante todo o tratamento (p= 23
0,7274, teste de Friedman) enquanto que nas pacientes que tiveram resposta, as 24
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concentrações se mantiveram mais baixas e quase que invariáveis (p= 0,5206, teste de 25
Friedman). 26
Avaliando-se a concentração média de IL-12 (figuras 10.0, 10.1 e 10.2), não 27
foi observada variação significativa nem no grupo das pacientes com falha (p= 0,6076, 28
teste de Friedman) e nem no grupo das pacientes que obtiveram boa resposta (p= 0,8566, 29
teste de Friedman). 30
Em se tratando da IL-8 (figuras 11.0, 11.1 e 11.2) foi observada constância na 31
concentração média nas pacientes que tiveram falha (p= 0,3420, teste de Friedman) e 32
diminuição dessa concentração, no grupo que apresentou resposta (p= 0,6522, teste de 33
Friedman), sendo que as amostras iniciais deste grupo tinham níveis superiores dessa 34
interleucina quando comparadas com as pacientes com falha terapêutica. 35
A média de concentração de TNF-α (figuras 12.0, 12.1, 12.2 e 14.0) foi 36
significativamente maior na sexta aplicação no grupo que apresentou falha terapêutica 37
quando comparado com o grupo das respostas na mesma aplicação (p= 0,0357, teste de 38
Mann Whitney). 39
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IFN-γ
IFN-χ
χχ
χ em todas as pacientes
A. Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
2
4
6
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A. Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras de todas as pacientes
Concentração de IFN-
χ
χ
χ
χ
em pg/ml
Figura 4.0: Médias
±
DP da concentração de IFN-γ em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes. p = 0,7006
(Friedman)
IFN-χ
χχ
χ nas pacientes que tiveram falha
A. Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
2
4
6
8
10
12
14
A. Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras das pacientes que tiveram falha
Concentração de IFN-
χ
χ
χ
χ
em pg/ml
Figura 4.1: Médias
±
DP da concentração de IFN-γ em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha terapêutica.
p= 0,5243 (Friedman)
IFN-χ
χχ
χ nas pacientes que responderam
A. Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
2
4
6
8
10
12
14
A. Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras das pacientes que responderam
Concentração de IFN-
χ
χ
χ
χ
em pg/ml
Figura 4.2: Médias
±
DP da concentração de IFN-γ em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram resposta
terapêutica. p = 0,6522 (Friedman)
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78
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IL-10
IL-10 em todas as pacientes
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
10
20
30
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras de todas as pacientes
Concentração de IL-10 em pg/ml
Figura 5.0: Médias
±
DP da concentração de IL-10 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes. p=0,7892
(Friedman)
IL-10 nas pacientes que tiveram falha
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
10
20
30
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras das pacientes que tiveram falha
Concentração de IL-10 em pg/ml
Figura 5.1: Médias
±
DP da concentração de IL-10 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha terapêutica.
p= 0,7274 (Friedman)
IL-10 nas pacientes que responderam
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
10
20
30
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras das pacientes que responderam
Concentração de IL-10 em pg/ml
Figura 5.2: Médias
±
DP da concentração de IL-10 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram resposta
terapêutica. p = 0,5612 (Friedman)
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86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
IL-6
IL-6 em todas as pacientes
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
500
1000
1500
2000
2500
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras de todas as pacientes
Concentração de IL-6 em pg/ml
Figura 6.0: Médias
DP da concentração de IL-6 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes. *p=0,0274
(Friedman) com p< 0,05 entre a 6ª aplic. e 18ª aplic. (Pós-teste de Dunns)
IL-6 nas pacientes que tiveram falha
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
500
1000
1500
2000
2500
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras das pacientes que tiveram falha
Concentração de IL-6 em pg/ml
Figura 6.1: Médias
DP da concentração de IL-6 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha terapêutica.
p= 0,0538 (Friedman)
IL-6 nas pacientes que responderam
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
500
1000
1500
2000
2500
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras das pacientes que responderam
Concentração de IL-6 em pg/ml
Figura 6.2: Médias
DP da concentração de IL-6 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram resposta
terapêutica. p = 0,1514 (Friedman)
M
ARÍLIA D E
C
AR VALHO
M
ARD EG AN
M
ESTRADO EM
P
AT OLOGI A
G
INEC OLÓGI CA
UFTM
59
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
IL-4
IL-4 em todas as pacientes
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
1
2
3
4
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras de todas as pacientes
Concentrão de IL-4 em pg/ml
Figura 7.0: Médias
±
DP da concentração de IL-4 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes. p=0,1062
(Friedman)
IL-4 nas pacientes que tiveram falha
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
1
2
3
4
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras das pacientes que tiveram falha
Concentração de IL-4 em pg/ml
Figura 7.1: Médias
±
DP da concentração de IL-4 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha terapêutica.
p= 0,9097 (Friedman)
IL-4 nas pacientes que responderam
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
1
2
3
4
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras das pacientes que responderam
Concentração de IL-4 em pg/ml
Figura 7.2: Médias
±
DP da concentração de IL-4 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram resposta
terapêutica. p = 0,1066 (Friedman)
M
ARÍLIA D E
C
AR VALHO
M
ARD EG AN
M
ESTRADO EM
P
AT OLOGI A
G
INEC OLÓGI CA
UFTM
60
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
IL-2
IL-2 em todas as pacientes
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
1
2
3
4
5
6
7
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras de todas as pacientes
Concentrão de IL-2 em pg/ml
Figura 8.0: Médias
±
DP da concentração de IL-2 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes. p=0,4936
(Friedman)
IL-2 nas pacientes que tiveram falha
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
1
2
3
4
5
6
7
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras das pacientes que tiveram falha
Concentração de IL-2 em pg/ml
Figura 8.1: Médias
±
DP da concentração de IL-2 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha terapêutica.
p= 0,7274 (Friedman)
IL-2 nas pacientes que responderam
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
1
2
3
4
5
6
7
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras das pacientes que responderam
Concentração de IL-2 em pg/ml
Figura 8.2: Médias
±
DP da concentração de IL-2 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram resposta
terapêutica. p = 0,2982 (Friedman)
M
ARÍLIA D E
C
AR VALHO
M
ARD EG AN
M
ESTRADO EM
P
AT OLOGI A
G
INEC OLÓGI CA
UFTM
61
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
139
140
141
142
143
144
IL-1β
IL-1 em todas as pacientes
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
1000
2000
3000
4000
5000
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
10000
20000
30000
Amostras de todas as pacientes
Concentração de IL-1 em pg/ml
Figura 9.0: Médias
DP da concentração de IL-1β em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes. p=0,4663
(Friedman)
IL-1 nas pacientes que tiveram falha
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
1000
2000
3000
4000
5000
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
26000
50000
74000
Amostras das pacientes que tiveram falha
Concentração de IL-1 em pg/ml
Figura 9.1: Médias
DP da concentração de IL-1β em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha terapêutica.
p= 0,7273 (Friedman)
IL-1 nas pacientes que responderam
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
1000
2000
3000
4000
5000
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras das pacientes que responderam
Concentração de IL-1 em pg/ml
Figura 9.2: Médias
DP da concentração de IL-1β em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram resposta
terapêutica. p = 0,5206 (Friedman)
M
ARÍLIA D E
C
AR VALHO
M
ARD EG AN
M
ESTRADO EM
P
AT OLOGI A
G
INEC OLÓGI CA
UFTM
62
145
146
147
148
149
150
151
152
153
154
155
156
157
158
159
160
IL-12
IL-12 em todas as pacientes
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras de todas as pacientes
Concentração de IL-12 em pg/ml
Figura 10.0: Médias
DP da concentração de IL-12 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes. p=0,9899
(Friedman)
IL-12 nas pacientes que tiveram falha
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras das pacientes que tiveram falha
Concentração de IL-12 em pg/ml
Figura 10.1: Médias
±
DP da concentração de IL-12 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha terapêutica.
p= 0,6076 (Friedman)
IL-12 nas pacientes que responderam
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras das pacientes que responderam
Concentração de IL-12 em pg/ml
Figura 10.2: Médias
DP da concentração de IL-12 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram resposta
terapêutica. p = 0,8566 (Friedman)
M
ARÍLIA D E
C
AR VALHO
M
ARD EG AN
M
ESTRADO EM
P
AT OLOGI A
G
INEC OLÓGI CA
UFTM
63
161
162
163
164
165
166
167
168
169
170
171
172
173
174
175
176
IL-8
IL-8 em todas as pacientes
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
10000
20000
30000
40000
50000
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras de todas as pacientes
Concentração de IL-8 em pg/ml
Figura 11.0: Médias
±
DP da concentração de IL-8 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes. p=0,5915
(Friedman)
IL-12 nas pacientes que tiveram falha
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras das pacientes que tiveram falha
Concentração de IL-12 em pg/ml
Figura 11.1: Médias
±
DP da concentração de IL-8 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha terapêutica.
p= 0,3420 (Friedman)
IL-8 nas pacientes que responderam
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
10000
20000
30000
40000
50000
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras das pacientes que responderam ao tratamento
Concentração de IL-8 em pg/ml
Figura 11.2: Médias
±
DP da concentração de IL-8 em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram resposta
terapêutica. p = 0,6522 (Friedman)
M
ARÍLIA D E
C
AR VALHO
M
ARD EG AN
M
ESTRADO EM
P
AT OLOGI A
G
INEC OLÓGI CA
UFTM
64
177
178
179
180
181
182
183
184
185
186
187
188
189
190
191
192
193
TNF-α
TNF-α
αα
α em todas as pacientes
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
5
10
15
20
25
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras de todas as pacientes
Concentração de TNF-
α
α
α
α
em pg/ml
Figura 12.0: Médias
±
DP da concentração de TNF-α em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, de todas as pacientes. p=0,4673
(Friedman)
TNF-α
αα
α nas pacientes que tiveram falha
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
5
10
15
20
25
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras das pacientes que tiveram falha
Concentração de TNF-
α
α
α
α
em pg/ml
Figura 12.1: Médias
±
DP da concentração de TNF-α em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram falha terapêutica.
p= 0,1476 (Friedman)
TNF-α
αα
α nas pacientes que responderam
A.Inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
0
5
10
15
20
25
A.Inicial
6a aplic
12a aplic
18a aplic
Amostras das pacientes que responderam
Concentrão de TNF-
α
α
α
α
em pg/ml
Figura 12.2: Médias
±
DP da concentração de TNF-α em amostras de secreção
vaginal, colhidas durante o tratamento, das pacientes que tiveram resposta
terapêutica. p = 0,6522 (Friedman)
M
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M
ARD EG AN
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ESTRADO EM
P
AT OLOGI A
G
INEC OLÓGI CA
UFTM
65
0
500
1000
1500
2000
2500
A inicial 6a aplic 12a
aplic
18a
aplic
Amostras colhidas durante o
tratamento
Concentração de IL-6 em pg/ml
grupo que apresentou
falha terapêutica
grupo que apresentou
boa resposta
194
Figura 13.0: Gráfico de médias de IL-6, durante o tratamento, por grupo de pacientes com 195
falha e resposta terapêutica (p< 0, 05, teste de Mann Whitney). 196
197
0
2
4
6
8
10
12
14
A inicial 6a aplic 12a aplic 18a aplic
Amostras colhidas durante o
tratamento
Concentração de TNF em pg/ml
grupo que apresentou
falha terapêutica
grupo que apresentou
boa resposta
198
Figura 14.0: Gráfico de médias de TNF-
α
, durante o tratamento, por grupo de pacientes 199
com falha e resposta terapêutica (p< 0, 05, teste de Mann Whitney). 200
201
A carga viral de HPV de alto risco, de cada paciente, está expressa na tabela 2. 202
Comparando-se a carga viral, antes do tratamento e ao término do mesmo, no grupo das 203
pacientes que tiveram falha e no grupo das que tiveram resposta (figura 15.0), observou-se 204
queda significativa da carga viral nas pacientes com resposta (p= 0,0313, teste de 205
Wilcoxon). 206
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Tabela 2 - Carga viral de HPV de alto risco, em amostras colhidas antes do tratamento e ao 207
seu término, nos grupos de pacientes que apresentaram resposta e falha 208
terapêutica. 209
210
Pacientes
com boa
resposta
Antes do
tratamento
Após o
tratamento
Pacientes com
falha
terapêutica
Antes do
tratamento
Após o
tratamento
Paciente 1 156,0 72,0 Paciente 5 110,0 264,0
Paciente 2 38846,0 6302,0 Paciente 7 2181,0 602,0
Paciente 3 40230,0 1378, 0 Paciente 8 16682,0 251482,0
Paciente 4 102,0 94,0
Paciente 6 62,0 54,0
211
212
213
214
215
216
217
218
219
220
Figura 15.0: Médias ± DP da carga viral de HPV de alto risco, em amostras colhidas antes 221
do tratamento e ao seu término, nos grupos de pacientes que apresentaram resposta e falha 222
terapêutica. 223
224
respostas antes respostas após falhas antes falhas após
0
10000
20000
100000
200000
Amostras das pacientes com resposta e falha terapêutica
ante s do tratamento e ao seu término
Carga Viral de HPV de alto risco (n
o
de cópias)
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W
|ávâááûÉ
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68
6. DISCUSSÃO
1
2
Existem evidências que diversos fatores aumentam o risco de infecção pelo 3
HPV e o desenvolvimento de NIC ou câncer, dentre eles pode-se citar o tabagismo, a 4
paridade (CASTELLSAGUÉ & MUÑOZ, 2003), o número de parceiros sexuais e o início 5
de atividade sexual antes dos 25 anos (AULT, 2006). Em nosso trabalho, todos esses 6
fatores foram observados: 75 % eram multíparas (3 ou mais partos), 62,5 % das pacientes 7
eram fumantes, 62,5% tinham história de terem tido 3 ou mais parceiros e a idade média 8
de sexarca foi 16,75 anos. 9
O uso de Interferon no tratamento das NICs teve seu início da década de 80 e, 10
talvez por divergência quanto à obtenção de boa resposta clínica, os trabalhos abordando 11
essa terapêutica ficaram, em sua maioria, restritos a essa década. CHOO et al. (1986) 12
administrando interferon
α
e ß perilesional em pacientes com NIC, observaram que o 13
interferon
α
induziu remissão completa da lesão em 85,7% das pacientes e dessas 50% 14
apresentaram recidiva entre 12 e 24 meses após o tratamento; com o interferon ß a resposta 15
completa ocorreu em apenas 40% dos casos. Resultado semelhante com o uso do interferon 16
α
foi obtido por DUNHAM et al. (1990). STELLATO (1992) usando metodologia parecida 17
com a nossa, obteve resposta completa em 33% dos casos, regressão parcial em 58% e 18
falha terapêutica em 8% . MURTA & MURTA (2004) obtiveram cura de paciente com 19
neoplasia invasiva de vagina usando interferon alfa-2b intralesional. Entretanto, BYRNE et 20
al. (1986) usando gel de interferon
α
topicamente em NICs e FROST et al. (1990) 21
aplicando interferon alfa-2b intralesional obtiveram resultados semelhantes ao placebo. 22
Observamos em nosso grupo de estudo (n= 8) que 62,5 % das pacientes 23
apresentaram boa resposta ao tratamento com desaparecimento da lesão de alto grau, 24
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69
enquanto que 37,5 % das pacientes tiveram falha terapêutica, sendo que não foi por s 1
abordado o seguimento a longo prazo. 2
Quanto às evidências colposcópicas de regressão da lesão, observadas durante 3
o tratamento (fragmentação do mosaico e atenuação gradativa de áreas de epitélio 4
acetobranco espesso com substituição das mesmas por epitélio escamoso metaplásico), 5
nossos achados são semelhantes aos observados por CHOO et al. (1986), sendo que na 6
avaliação desses autores, alterações já foram observadas a partir do terceiro dia de 7
tratamento enquanto que em nosso trabalho as mesmas foram observadas mais tardiamente 8
(a partir da segunda semana de tratamento). Avaliando-se o tamanho da lesão, nossos 9
achados sugerem que lesões menores têm maior probabilidade de resposta completa, mas a 10
presença de lesões maiores (ocupando mais de um quadrante) não contra-indica o 11
tratamento, tendo em vista que 50% das pacientes com esse tipo de lesão tiveram sucesso 12
terapêutico. 13
Os efeitos colaterais menores, previstos no bulário da medicação (Blauferon B 14
R-
Blausiegel), foram observados em 100 % dos casos durante o tratamento (febre, cefaléia, 15
mialgia e astenia) mas são concordantes com a literatura (STELLATO,1992). Efeitos 16
colaterais maiores (alteração do sistema nervoso central, cardiopatia, mielodepressão) não 17
foram observados e, em nenhum caso houve alteração de hemograma, coagulograma, 18
enzimas hepáticas e renais. 19
Na literatura, ainda não existe nenhum trabalho avaliando concentração de 20
citocinas na secreção vaginal com a resposta cnica das pacientes com NIC, submetidas ao 21
tratamento com interferon intralesional . 22
Experimentos sugerem que o aumento da produção de IL-10 e IL-4 poderia ser 23
um mecanismo usado por células tumorais para escapar do reconhecimento do sistema 24
imune (CLERICI et al., 1997; SEO et al., 2001). Sabe-se também que IL10 e TGF-
β
25
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inibem a maturação de lulas dendríticas e podem indiretamente bloquear respostas por 1
linfócitos T citotócicos (LOSKOG et al., 2006). Os efeitos biológicos de IL-10 resultam de 2
sua capacidade de inibir funções de macrófagos ativados, além de inibir a expressão de 3
moléculas MHC classe II em macrófagos o que, por sua vez, diminui a ativação de lulas 4
T e a imunidade mediada por lulas. A IL-4, principal estímulo para desenvolvimento de 5
lulas Th2, pode antagonizar os efeitos ativadores de IFN-
γ
sobre os macrófagos e, desse 6
modo, inibir reações imunes mediadas por lulas (ABBAS & LITCHMAN, 2005). Em 7
nosso estudo, foram observadas concentrações iniciais de IL-10 superiores nas pacientes 8
que tiveram falha terapêutica (figura 5.1) e, embora tenha sido observada queda dessas 9
concentrações durante o tratamento, as mesmas se mantiveram em níveis mais elevados do 10
que os observados no grupo das pacientes que obtiveram boa resposta. Embora isso não 11
tenha sido estatisticamente comprovado, sugere-se que níveis mais elevados de IL-10 12
podem estar relacionados à falha ao tratamento. Quanto à IL-4 foram observados níveis 13
baixos dessa interleucina em todas as pacientes, durante o tratamento, não tendo sido 14
observada diferença significativa nas concentrações dessa interleucina entre os grupos de 15
resposta e falha terapêutica. 16
A IL-6, que atua tanto na resposta inata quanto na adquirida, mostrou 17
concentrações bastante elevadas nas pacientes que tiveram falha (em média maior que 500 18
pg /ml) e veis mais baixos nas pacientes com resposta (p = 0,0357 pelo teste de Mann 19
Whitney, quando avaliada a sexta aplicação). Estudo recente observou aumento da 20
concentração de IL-6 e IL-8 na secreção vaginal de pacientes com NIC (TAVARES-21
MURTA et al., 2007). foi demonstrado que a expressão de IL-6 no câncer cervical está 22
relacionada ao tamanho do tumor (maior que 2 cm) e que a mesma promove a angiogênese 23
tumoral favorecendo o desenvolvimento do câncer cervical (WEI et al., 2001). Em nosso 24
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trabalho, todas as pacientes que tiveram falha terapêutica tinham lesão ocupando mais de 1
um quadrante o que pode justificar o aumento expressivo dessa citocina nesse grupo. 2
Já se observou aumento da concentração de IL-8 em secreção vaginal de 3
pacientes com ncer cervical, sendo ela também considerada uma citocina pró-4
inflamatória (TJIONG et al., 1999). Existem evidências de que essa interleucina tem um 5
papel fundamental na angionese e está associada aos tumores avançados do colo uterino 6
(FUJIMOTO et al., 2000). Nosso trabalho, embora não tenha evidenciado diferença 7
significativa na concentração de IL-8 entre os grupos (falhas e respostas), mostrou níveis 8
bem elevados dessa concentração em ambos os grupos (em média maior que 4000 pg/ml) o 9
que está de acordo com a literatura (TAVARES-MURTA et al., 2007). 10
Estudos apontam aumento da concentração de TNF-
α
em pacientes com NIC 11
(PARDO-GOVEA et al., 2005; AZAR et al., 2004). Entretanto, em outros trabalhos (BAIS 12
et al., 2007; LEE et al., 2004; EL-SHERIF et al., 2001) observou-se decréscimo sistêmico 13
de interleucinas Th1 (IFN-
γ
, TNF-
α
e IL-2) relacionados ao aumento do grau da NIC. 14
SCOTT et al. (1999) sugere que a persistência da infecção viral do HPV se daria por falha 15
em expressar citocinas Th1. Observamos, em nosso estudo, níveis baixos (em média menor 16
que 15 pg) de IFN-
γ
, TNF-
α
, IL-2 e IL-12 tanto nas pacientes que tiveram falha como nas 17
que responderam ao tratamento. Isso faz reforçar a idéia de que ocorre decréscimo de 18
citocinas Th1 nas lesões de alto grau, tendo em vista que todas as pacientes tinham esse 19
diagstico. 20
Quanto à IL-1
β
observamos níveis médios de sua concentração mais elevados 21
no grupo de pacientes que tiveram falha terapêutica (figura 9.1) o que não foi observado no 22
grupo das que responderam bem ao tratamento (p> 0,05). Esta interleucina produzida por 23
vários tipos celulares, inclusive queratinócitos, atua como um mediador na inflamação 24
local e, com base no observado no presente trabalho, sugere-se que níveis muito elevados 25
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dessa interleucina seria fator de falha terapêutica no tratamento com interferon 1
intralesional. 2
Estudos avaliando carga viral do HPV em pacientes com NIC sugerem que a 3
mesma aumenta com a progressão do grau da doença (SWAN et al., 1999; WOODMAN et 4
al., 2007). BYRNE at al. (1986), usando interferon gel topicamente, não observaram 5
alteração significativa na carga viral antes do tratamento e após o mesmo. ROTOLA et al. 6
(1995) usando
β
-Interferon no tratamento das NICs também não observaram alteração da 7
carga viral com a terapêutica. Nenhum trabalho, entretanto, avaliou a carga viral antes do 8
tratamento com interferon alfa-2b intralesional e as o seu término. Em nossa casuística, 9
após o término do tratamento, as pacientes com resposta cnica mostraram queda 10
significativa da carga viral (p< 0,05) o que não foi observado no grupo que apresentou 11
falha terapêutica. Isso faz pensar que o tratamento com interferon alfa-2b intralesional, 12
através de seu mecanismo de ação, levaria à diminuição da carga viral o que favoreceria a 13
involução das lesões de alto grau. 14
Mais estudos, com aumento do mero de pacientes, ainda são necessários 15
para melhor elucidação do padrão de resposta imune no tratamento com o interferon alfa-16
2b e, então, será possível apontar características que possam sugerir maior chance de 17
resposta ao tratamento. 18
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7. CONCLUSÕES
1
2
1-
O tratamento das NICs graus II e III com Interferon alfa-2b intralesional 3
apresentou boa resposta clínica na maioria das pacientes. 4
5
2-
Durante o tratamento a concentração de IL-6 e TNF-
α
na secreção vaginal é 6
bem mais elevada no grupo de pacientes que apresentaram falha terapêutica 7
quando comparado com o grupo que obteve resposta. 8
9
3-
Houve queda significativa da carga viral de HPV de alto risco nas pacientes 10
com resposta terapêutica. 11
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8. RESUMO
1
2
Introdução: O HPV é um DNA rus de dupla fita que pode infectar o trato 3
genital inferior. A sua persistência, especialmente com tipos oncogênicos, está fortemente 4
associada ao desenvolvimento de lesões intra-epitelias cervicais de alto grau. O tratamento 5
dessas lesões é usualmente excisional (conização a frio, conização a laser, alça diatérmica) 6
e alguns estudos têm apontado aumento da incidência de intercorrências obstétricas em 7
mulheres previamente submetidas a tratamento excisional como, o trabalho de parto-pré 8
termo, o baixo peso ao nascer e a ruptura prematura das membranas. O tratamento 9
conservador com interferon intralesional pode estar entre as opções terapêuticas de 10
pacientes em idade fértil uma vez que não altera a anatomia do colo uterino que é o maior 11
fator gerador das complicações durante a gestação. 12
Objetivos: Avaliar a resposta clínica de pacientes com Neoplasia Intra-epitelial 13
Cervical (NIC) graus II e III tratadas com interferon alfa-2b através de exame colposcópico 14
e biópsia; analisar alteração de parâmetros imunológicos, como citocinas presentes na 15
secreção vaginal, antes, durante e as o tratamento (citocinas IL1
β
, IL2, IL-4, IL6, IL8 , 16
IL-10, IL-12, TNF, INF
γ
); verificar a presença de HPV de alto risco e correlacionar a 17
carga viral (antes e após o tratamento) com a resposta clínica. 18
Material e Métodos: O grupo de estudo foi composto por pacientes com idade 19
entre 18 e 50 anos com diagstico de lesão de alto grau não submetidas a tratamento 20
prévio. Foi usado neste trabalho o interferon alfa-2b humano recombinante 3.000.000 U 21
(Blauferon B
R-
Blausiegel) intralesional (18 aplicações em dias alternados). Antes da 22
primeira e da última aplicação as pacientes foram submetidas a exame colposcópio com o 23
uso de videocolposcópio. Secreção vaginal foi colhida durante o tratamento para análise 24
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das citocinas o que foi feito por Cytometric bead array (Citômetro de Fluxo BD FACS 25
Calibur TM), protocolo sugerido pela Becton Dickinson (BD
TM
CBA). A avaliação da 26
carga viral de HPV de alto risco foi feita por Captura híbrida. 27
Resultados: O diagstico inicial foi 62,5 % (n= 5) de NIC II e 37,5 % (n= 3) 28
de NIC III. Quanto à resposta ao tratamento: 62,5% (n=5) tiveram resposta enquanto que 29
37,5 % (n=3) tiveram falha terapêutica, sendo que essas últimas tinham lesão ocupando 30
mais de um quadrante. A média da concentração de IL-6 mostrou-se significativamente 31
bem elevada na sexta aplicação no grupo de pacientes que tiveram falha quando 32
comparadas com o grupo das que tiveram resposta na mesma aplicação (p= 0,0357, teste 33
de Mann Whitney). Analisando-se todas as pacientes, a variação da média de concentração 34
dessa interleucina foi significativa (p=0,0274, teste de Friedman). Quanto à IL-1
β
, o grupo 35
de pacientes que teve falha terapêutica apresentou média de concentração bem elevada 36
durante todo o tratamento (p= 0,7274, teste de Friedman) enquanto que, nas pacientes que 37
tiveram resposta, as concentrações se mantiveram mais baixas e quase que invarveis (p= 38
0,5206, teste de Friedman). A média de concentração de TNF-
α
foi significativamente 39
maior na sexta aplicação no grupo que apresentou falha terapêutica quando comparado 40
com o grupo que obteve resposta, na mesma aplicação (p= 0,0357, teste de Mann 41
Whitney). Comparando-se a carga viral, antes do tratamento e após o término do mesmo, 42
grupo das pacientes que tiveram falha e no grupo das que tiveram resposta observou-se 43
queda significativa da mesma (p= 0,0313, teste de Wilcoxon). 44
Conclusões: O tratamento das NICs II e III com interferon alfa-2b intralesional 45
apresentou boa resposta clínica na maioria das pacientes. A concentração de IL-6 e TNF-
α
46
na secreção vaginal, durante o tratamento é bem mais elevada no grupo de pacientes que 47
apresentaram falha terapêutica quando comparado com o grupo que obteve resposta. A 48
média de concentração de TNF-
α
foi significativamente maior na sexta aplicação do grupo 49
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que apresentou falha terapêutica quando comparado com o grupo das respostas na mesma 50
aplicação. Existe queda significativa da carga viral de HPV de alto risco nas pacientes com 51
resposta terapêutica. 52
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9. ABSTRACT
1
2
Introduction: HPV is a DNA virus of tape double which can infect the lower 3
genital tract. Its persistence, especially with oncogenic types is highly associated with the 4
development of the high-grade squamous intraepithelial lesions. Treatment of these lesions 5
is usually excisional (cold conization, laser conization, diathermic conization) and some 6
studies have pointed the increase of the obstetric complications incidence in these women 7
such as, preterm labor, low birth weight and premature rupture of the membranes in 8
women previously submitted to these treatments. Conservative treatment with intralesional 9
interferon can be among the therapeutical options of patients in fertile age since it does not 10
alter the anatomy of the uterine cervix which is the greatest fact that causes complications 11
during pregnancy. 12
Objectives: Evaluate the clinical response of the patients with Cervical 13
Intraepithelial Neoplasia (CIN) II and III treated with interferon-
α
-2b through colposcopy 14
and biopsy; analyze alteration of the immunological parameters, such as cytokines present 15
in the vaginal secretion, before, during and after the treatment, (cytokines IL 1
β
, IL2, IL-4, 16
IL6, IL8, IL-10, IL-12, TNF, INF
γ
); verify the presence of high-risk HPV and correlate 17
viral load (before and after the treatment) with the clinical response. 18
Material and Methods: The study group was made up by patients aged 18 to 19
50 years old, with a diagnosis of high-grade cervical intraepithelial neoplasia, not 20
submitted to previous treatment. In this work it was used Intralesional Human recombinant 21
Interferon-
α
-2b 3.000.000 (Blauferon B
R-
Blausiegel) (18 applications in alternate days). 22
Before the first and at the last application patients were submitted to a colposcopy with the 23
videocolposcopy. Vaginal secretion was collected during the treatment for cytokines 24
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analysis, what was done by Cytometric bead array (Flow cytometry BD FACS Calibur 1
TM, protocol suggested by Becton Dickinson (BD
TM
CBA). Typing HPV was performed 2
by hybrid capture. 3
Results: Initial diagnosis was 62,5% (n=5) of CIN II and 37,5% (n=3) of CIN 4
III. Related to the treatment response: 62,5% (n=5) had response while 37,5% (n=3) had 5
therapeutic failure, with these last ones with lesion occupying more than one quarter. 6
Concentration average of IL-6 (picture 6) showed itself significantly high in the sixth 7
application in the group of patients which had failure compared to the group of the ones 8
who had response in the same application (p=0,357, Mann Whitney Test). Analyzing all 9
the patients (picture 6.1) the range of the average concentration of this interleukin was 10
significant (p=0,0274, Friedman’s test). Related to the IL-1
β
(picture 9), the group of 11
patients who had responses the concentrations continued lower and almost unchanged 12
(p=0,5206, Friedman’s test). Average TNF-
α
concentration (picture 12) was significantly 13
higher in the sixth application in the group that presented therapeutic failure when 14
compared to the group of responses for the same application (p=0,0357, Mann Whitney’s 15
test). Comparing the viral load, before and after the treatment in the group of patients who 16
had failure and in the group of those with response (picture 13) it was observed a 17
significant decrease of it in the patients with response (p=0, 0313, Wilcoxon’s test). 18
Conclusions: High-grade CINs treatment with Intralesional Interferon-
α
-2b 19
presented good clinical response in the majority of the patients. IL-6 and TNF-
α
20
concentration in the vaginal secretion, during the treatment, is higher in the group of 21
patients that presented therapeutic failure when compared to the group that had response. 22
TNF-
α
average concentration was significantly higher in the sixth application in the group 23
that presented therapeutic failure when compared to the group with responses in the same 24
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application. There is a significant decrease of the high-grade HPV viral load in the patients 1
with therapeutic responses. 2
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PRENDIVILLE, W.; PARASKEVAIDIS, E. Obstetric outcomes after conservative 114
treatment for intraepithelial or early invasive cervical lesions: systematic review 115
and meta-analysis. Lancet, London, v. 367, n. 9509, p. 489-498, Feb. 2006. 116
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70- TAVARES-MURTA, B. M.; DE RESENDE, A. D.; CUNHA, F. Q.; MURTA, E. F. 235
Local profile of cytokines and nitric oxide in patients with bacterial vaginosis and 236
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cervical intraepithelial neoplasia. Eur. J. Obstet. Gynecol. Reprod. Biol., 237
Amsterdam v. 138, n. 1, p. 93-99, May 2008. 238
71- THYRELL, L.; ERICKSON, S.; ZHIVOTOVSKY, B.; POKROVSKAJA, K.; 239
SANGFELT, O.; CASTRO, J.; EINHORN, S.; GRANDÉR, D. Mechanisms of 240
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Biochimie, Paris, v. 89, n. 6-7, p. 729-734, June/July 2007. 250
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76- VALORE, E. V.; PARK, C. H.; QUAYLE, A. J.; WILES, K. R.; McCRAY, P. B. Jr.; 254
GRANZ, T. Human beta-defensin 1: an antimicrobial peptide of urogenital tissues. 255
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77- WEI, L. H.; KUO, M. L.; CHEN, C. A.; CHENG, W. F.; CHENG, S. P.; HSIEH, F. J.; 257
HSIEH, C. Y. Interleukin-6 in cervical cancer: the relationship with vascular 258
endothelial growth factor. Gynecol. Oncol., New York, v. 82, n. 1, p. 49-56, July 259
2001. 260
78- WIRA, C. R.; FAHEY, J. V.; SENTMAN, C. L.; PIOLI, P. A.; SHEN, L. Innate and 261
adaptive immunity in female genital tract: cellular responses and interactions. 262
Immunol. Rev., Copenhagen, v. 206, p. 306-335, Aug. 2005. 263
79- WOODMAN, C. B.; COLLINS, S. I.; YOUNG, L. S. The natural history of cervical 264
HPV infection: unresolved issues. Nat. Rev. Cancer, London, v. 7, n. 1, p. 11-22, 265
Jan. 2007. 266
80- WRIGHT, T.C. Jr; MASSAD, L. S.; DUNTON, C. J.; SPITZER, M.; WILKINSON, 267
E. J.; SOLOMON, D.; 2006 AMERICAN SOCIETY FOR COLPOSCOPY AND 268
CERVICAL PATHOLOGY-SPONSORED CONSENSUS CONFERENCE. 2006 269
Consensus guidelines for the management of women with cervical intraepithelial 270
neoplasia or adenocarcinoma in situ. Am. J. Obstet. Gynecol., St. Louis, v. 197, n. 271
4, p. 340-345, Oct. 2007. 272
81- WU, T. C.; KURMAN, R. J. Analysis of cytokine profiles in patients with human 273
papillomavirus-associated neoplasms. J. Natl. Cancer Inst., Oxford, v. 89, n. 3, p. 274
245-250, Feb. 1997. 275
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ANEXO A: Parecer consubstanciado aprovado pelo CEP (folha 1/3)
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ANEXO A: Parecer consubstanciado aprovado pelo CEP (folha 2/3)
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ANEXO A: Parecer consubstanciado aprovado pelo CEP (folha 3/3)
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ANEXO B: Protocolo do Projeto (folha 1/2)
Protocolo de Pesquisa
Avaliação da resposta clínicae imunológica local de pacientes com Neoplasia
Intraepitelial Cervical graus II e III tratadas com Interferon alfa-2b intralesional.
Nome: _____________________________________________RG: __________
Endereço:________________________________________Tel:______________
Idade:_________Paridade : ____________ DUM :___________ Data:_________
Tabagismo: ( ) Sim ( ) Não
Número de parceiros:
Uso de Antibióticos orais, antifúngicos ou cremes vaginais nos últimos 30 dias :( ) Sim
( ) Não
Relação sexual nos últimos 2 dias: ( ) Sim ( ) Não
Método anticonceptivo em uso:___________________________________
Início da aplicação do interferon (data):
Fim da aplicação do interferon (data):
Semana/ data 1 18ª
Desid. lática
hemoglobina
leucócitos
plaquetas
Fosf. alcalina
Colposcopia :
Antes da aplicação do interferon (data):
ZTA
EAB tênue
EAB denso
Mosaico fino
Mosaico grosseiro
Vasos Atípicos
Leucoplasia tênue
Leucoplasia espessa
Erosão
JEC visível
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
VCE n
o
e laudo:____________
Biópsia n
o
e laudo:____________
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ANEXO B: Protocolo do Projeto (folha 2/2)
18ª Aplicação do interferon (data):
ZTA
EAB tênue
EAB denso
Mosaico fino
Mosaico grosseiro
Vasos Atípicos
Leucoplasia tênue
Leucoplasia espessa
Erosão
JEC visível
( ) sim ( ) não
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( ) sim ( ) não
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( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
VCE n
o
e laudo:____________
Biópsia n
o
e laudo:____________
Resposta Clínica: ( ) boa resposta ( ) falha terapêutica
No caso de falha terapêutica tratamento posterior recomendado:
______________________________________________________________
Sintomatologia relatada durante o tratamento:
( ) cefaléia
( ) mialgia
( ) hipertermia
( ) astenia
( ) outros
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ANEXO C: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (folha 1/2)
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Votem um tipo de doença denominada neoplasia intraepitelial cervical (NIC)
de alto grau e está sendo convidada a participar do estudo “Avaliação da resposta
imunológica e cnica de pacientes com Neoplasia Intraepitelial Cervical de alto grau
tratadas com Interferon alfa-2b intralesional”. Os avanços na área de saúde ocorrem
através de estudos como este, por isso sua participação é importante. O objetivo do estudo
é:
Tratar esta doença com uma medicação denominada interferon alfa-2b que
será administrada dentro da lesão no colo do útero com aulio de uma
seringa e agulha.
Será avaliada a resposta ao tratamento (por exemplo, se houve melhora ou
não da lesão) e se analisará a importância do sistema de defesa durante o
tratamento.
E caso vo participe, será necessário coletar material para o estudo que
estamos propondo, alem dos que já são normalmente coletados para os exames de rotina. É
também importante saber que:
A medicação será aplicada 3 vezes por semana em dias alternados por 6
semanas (total de 18 aplicações);
É de suma importância o comparecimento nos dias das aplicações para não
prejudicar o tratamento;
Vo deverá usar método anticonceptivo durante o tratamento, pois a
medicação pode acarretar vários danos para o bebê em caso de gestação no
curso do tratamento.
Esta medicação pode levar a alterações em algumas substâncias presentes
no organismo como desidrogenase lática, hemoglobina, leucócitos,
plaquetas e fosfatase alcalina, por isso essas substâncias serão dosadas
durante o tratamento. Para dosagem é necessário a coleta de sangue que
será realizada no laborario do Hospital Escola;
A medicação pode ocasionar alguns efeitos colaterais como:
Febre, calafrios, mal esta geral, mialgia, diminuição do apetite, diminuão
dos leucócitos e das plaquetas.
No caso de não ocorrer melhora da doença ou mesmo se houver apenas
melhora parcial vo será prontamente encaminhada para tratamento
cirgico complementar.
Vopoderá ter todas as informações que quiser e poderá não participar da
pesquisa ou retirar seu consentimento a qualquer momento sem prejuízo no seu
atendimento. Pela sua participação no estudo, você não receberá qualquer valor em
dinheiro, mas terá a garantia de que todas as despesas necessárias para a realização da
pesquisa não serão de sua responsabilidade. Seu nome não aparecerá em qualquer
momento do estudo, pois você será identificada com um número.
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ANEXO C: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (folha 2/2)
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE, APÓS ESCLARECIMENTO
Eu, _______________________________________________, li e/ou ouvi o
esclarecimento acima e compreendi para que serve o estudo e qual procedimento a
que serei submetido. A explicão que recebi esclarece os riscos e benefícios do
estudo. Eu entendi que sou livre para interromper minha participação a qualquer
momento, sem justificar minha decisão e que isso não afetará meu tratamento. Sei
que meu nome não será divulgado, que não terei despesas e não receberei dinheiro
para participar do estudo. Eu concordo em participar do estudo.
Uberaba,......./......./......
________________________________ ____________________
Assinatura do voluntário ou seu Documento de identidade
Representante legal
___________________________________
Assinatura do pesquisador Responsável
Dra. Marília de Carvalho Mardegan
___________________________________
Assinatura do pesquisador Orientador
Prof. Dr. Eddie Fernando Cândido Murta
Telefone de contato dos pesquisadores: 3318-5326/3318-5565
Em caso de dúvida em relação a este documento, vopode entrar em contato com
o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, pelo
telefone 3318-5854.
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ANEXO D: Concentrações de cada citocina, por paciente, em amostras colhidas
durante o tratamento (folha 1/2).
Concentração em pg/ml Citocina Paciente
Amostra inicial 6ª Aplicação 12ªAplicação 18ªAplicação
IFN-γ 1 5,5 3,7 3,3 5,0
IFN-γ 2 0,0 2,0 3,0 4,9
IFN-γ 3 3,1 1,4 4,2 3,5
IFN-γ 4 2,7 2,2 4,0 3,9
IFN-γ 5 0,0 7,0 2,1 2,5
IFN-γ 6 1,6 2,8 2,7 0,0
IFN-γ 7 0,0 5,9 0,0 0,0
IFN-γ 8 13,6 7,4 19,4 0,0
IL-10 1 2,9 0,0 2,3 4,4
IL-10 2 2,6 2,7 3,6 3,2
IL-10 3 4,6 3,3 2,7 4,2
IL-10 4 2,1 4,5 4,1 3,0
IL-10 5 0,0 5,2 3,1 2,1
IL-10 6 3,2 1,6 2,4 3,7
IL-10 7 1,3 2,5 1,8 4,0
IL-10 8 37,5 13,0 9,4 2,4
IL-6 1 52,8 26,6 21,2 13,8
IL-6 2 55,1 44,4 747,6 9,9
IL-6 3 67,4 5,8 492,2 10,4
IL-6 4 4,6 452,7 1082,2 204,5
IL-6 5 297,9 1431,9 47,3 4,2
IL-6 6 117,6 368,0 75,3 18,6
IL-6 7 14,8 2336,8 983,3 602,2
IL-6 8 1437,3 2260,9 1632,2 217,2
IL-4 1 4,7 3,1 3,7 2,7
IL-4 2 1,6 2,9 3,1 2,4
IL-4 3 4,4 2,9 3,5 2,7
IL-4 4 2,7 3,2 3,2 3,1
IL-4 5 2,2 3,5 2,8 2,1
IL-4 6 2,4 1,8 2,3 0,0
IL-4 7 1,2 2,9 3,1 3,5
IL-4 8 4,7 3,8 4,5 1,7
IL-2 1 7,4 3,5 4,6 5,9
IL-2 2 2,0 3,9 5,4 5,2
IL-2 3 4,9 4,5 5,4 4,6
IL-2 4 3,5 8,0 7,1 2,9
IL-2 5 2,4 6,0 4,3 3,9
IL-2 6 4,8 3,6 4,9 3,4
IL-2 7 4,0 5,7 2,6 4,1
IL-2 8 7,4 5,5 5,9 3,1
IL-1β 1 48,4 131,1 17,0 4,2
IL-1β 2 29,7 134,7 503,3 15,9
IL-1β 3 268,2 1,3 93,9 3,4
IL-1β 4 21,3 8,9 40,3 91,5
IL-1β 5 2,1 20,5 6,9 3,6
IL-1β 6 10,5 8,7 5,3 3,2
IL-1β 7 160,4 49,1 263,1 632,1
IL-1β 8 12230,0 5000,0 115048,6 662,3
M
ARÍLIA D E
C
AR VALHO
M
ARD EG AN
M
ESTRADO EM
P
AT OLOGI A
G
INEC OLÓGI CA
UFTM
ANEXO D: Concentrações de cada citocina, por paciente, em amostras colhidas
durante o tratamento (folha 2/2).
Concentração em pg/ml Citocina Paciente
Amostra inicial 6ª Aplicação 12ªAplicação 18ªAplicação
IL-12 1 1,5 1,3 1,8 1,2
IL-12 2 1,0 0,0 1,3 2,5
IL-12 3 9,4 1,1 1,5 1,6
IL-12 4 1,3 2,0 1,4 2,0
IL-12 5 1,4 1,8 1,3 0,0
IL-12 6 0,0 1,5 1,4 1,4
IL-12 7 1,6 1,8 1,1 1,5
IL-12 8 2,0 0,0 4,1 1,5
IL-8 1 5000,0 93348,8 2646,7 4171,2
IL-8 2 2372,9 2646,7 5000,0 8931,6
IL-8 3 4967,1 38,8 1975,7 687,1
IL-8 4 19635,9 17352,9 5781,5 13105,5
IL-8 5 813,7 5000,0 5989,0 62,5
IL-8 6 20471,1 1079,4 1109,6 400,0
IL-8 7 5000,0 6908,2 5000,0 5000,0
IL-8 8 5000,0 5000,0 5000,0 5000,0
TNF-α 1 4,7 3,1 6,0 6,7
TNF-α 2 2,3 3,7 5,4 4,6
TNF-α 3 6,9 1,9 5,8 4,1
TNF-α 4 2,7 4,4 5,1 3,1
TNF-α 5 2,6 5,7 2,9 3,9
TNF-α 6 4,6 1,3 5,0 1,9
TNF-α 7 3,5 3,5 3,5 3,6
TNF-α 8 73,8 261,4 52,4 2,2
Catalogação na fonte: Biblioteca da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
M278a Mardegan, Marília de Carvalho.
Avaliação da resposta clínica e imunológica local de pacientes
com neoplasia intra-epitelial cervical graus II e III tratadas com interferon
alfa-2b intralesional / Marília de Carvalho Mardegan . – 2008.
90f. : tab. ; graf. ; fig.
Dissertação (Mestrado em Patologia Ginecológica)
Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, 2008.
Orientador: Prof. Dr. Eddie Fernando Candido Murta.
1.
COLO DO ÚTERO
.
2.
NEOPLASIA INTRA
-
EPITELIAL CERVICAL
.
3.
IMUNOTERAPIA
.
4.
I
NTERFERON ALFA
-2
B
.
I.
T
ÍTULO
.
II.
M
URTA
,
E
DDIE
FERNANDO CANDIDO
.
CDU 618.146
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