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Universidade Federal do Ceará
Faculdade de Medicina
Departamento de Fisiologia e Farmacologia
Programa de Pós-Graduação em Farmacologia
“A DISTENSÃO MECÂNICA ATRIAL DIREITA DIMINUI A COMPLACÊNCIA
GÁSTRICA EM RATOS NORMOVOLÊMICOS ANESTESIADOS”
Raimundo Campos Palheta Junior
Fortaleza-Ceará
2006
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Raimundo Campos Palheta Junior
“A DISTENSÃO MECÂNICA ATRIAL DIREITA DIMINUI A COMPLACÊNCIA
GÁSTRICA EM RATOS NORMOVOLÊMICOS ANESTESIADOS”
Dissertação apresentada ao Programa
de Pós-Graduação em Farmacologia da
Faculdade de Medicina da
Universidade Federal do Ceará, como
requisito para a obtenção do grau de
Mestre em Farmacologia.
Orientador: Prof. Dr. Armênio Aguiar
dos Santos.
Fortaleza-Ceará
2006
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FICHA CATALOGRÁFICA
P188d Palheta Junior, Raimundo Campos
A distensão mecânica atrial direita diminui a complacência gástrica em ratos
normovolêmicos anestesiados / Raimundo Campos Palheta Junior.
Fortaleza, 2006.
90 f.
Orientador: Prof. Dr. Armênio Aguiar dos Santos
Dissertação – Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina
1.
Complacência (Medida de Distensibilidade) 2. Fator Natriurético Atrial 3
Volume Sanguíneo I. Santos, Armênio Aguiar (orient.) II. Título
CDD 615.73
4
“A DISTENSÃO MECÂNICA ATRIAL DIREITA DIMINUI A COMPLACÊNCIA
GÁSTRICA EM RATOS NORMOVOLÊMICOS ANESTESIADOS”
Esta dissertação foi submetida como
parte dos requisitos necessários à
obtenção do grau de Mestre em
Farmacologia, outorgado pela
Universidade Federal do Ceará e
encontra-se à disposição dos
interessados na Biblioteca do Centro
de Ciências da referida universidade.
_______________________________________
Raimundo Campos Palheta Junior
Dissertação aprovada em, 28 de julho de 2006
__________________________
Prof. Armenio Aguiar dos Santos
UFC- Faculdade de Medicina
__________________________
Prof. Dr. José Ronaldo Vasconcelos da Graça
UFC-Faculdade de Medicina de Sobral
__________________________
Prof. Dr. Deoclécio Alves Chianca Jr
UFOP- Universidade Federal de Ouro Preto
Agradecimentos
z Ao Orientador e amigo, Prof. Armênio Aguiar dos Santos que me acolheu e
proporcionou a realização deste trabalho fruto de cooperação mútua e
companheirismo, um exemplo de dedicação aos seus alunos.
z Ao Departamento de Fisiologia e Farmacologia da Faculdade de medicina da
Universidade Federal do Ceará, pelo acolhimento neste recinto de aprendizado pela
oportunidade de realização deste trabalho.
z Aos professores do departamento de Fisiologia e Farmacologia, Pedro Magalhães e
Marcellus Loyola, Ronaldo da Graça professores pesquisador os quais me inspiro para
seguir nesta árdua caminhada, Ao Prof. Hélio rola pelos momentos de reflexões sobre
as condutas humanas e aos demais que contribuíram para minha formação.
z Ao Técnico do Biotério do Depto. de Fisiologia e Farmacologia, Haroldo Pinheiro,
mais que prontamente me atendeu, é um grande companheiro e conselheiro nas horas
de incertezas e aflições.
z À minha família, Fátima do Rosário Conceição dos Santos e Raimundo Campos
Palheta, em especial a minha mãe que sempre lutou por um ideal (filhos), aos meus
tios Cláudio e Cacito exemplos de vida e fraternidade e claro aos meus queridos e
eternos irmãos Michel e Raphael pelo logos anos de cooperação. Por fim aqueles que
se foram, mas primordiais para formação de meu caráter e que continuam guiando-me
à felicidade.
z Aos amigos distantes e aos que conquistei, em especial a Rose e Michele pela
confiança e compreensão, Ao Gislano e Fernando que me acompanharam nos
momentos de sucesso e angustias e aos demais anjinhos do Laboratório Escola Luiz
Capelo pelos momentos de aprendizado e companheirismo.
z À Vivian Almeida, pela superação, cumplicidade e compreensão nos momentos
difíceis.
z Ao amigo Moíses Tolentino, amigo novo, que me acompanhou até o último
momento da confecção desta e que muitas vitórias irá compartilhar.
z A Deus que me proporcionou Paz, Saúde e Forças para realiação deste trabalho.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 14 - 16
2 METODOLOGIA 19
2.1 PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS 17
2.2 PROTOCOLO EXPERIMENTAL 19
Grupo Controle 19
Grupos Distensão Atrial 30, 50 e 70 µl 19
Grupo Vagotomia Subdiafragamática e Falsa-Vagotomia 20
Grupo Esplancnicectomia e Falsa Esplancnicectomia 21
3 ANÁLISE ESTATÍSTICA 22
4 RESULTADOS 23
4.1 Grupo Controle
4.2 Grupo Distensão Atrial
4.2.1 Distensão Atrial 30 µl 26
4.2.2 Distensão Atrial 50 µl 29
4.2.3 Distensão Atrial 70 µl 32
4.3 Correlação grau de distensão atrial e aumento no tônus gástrico 35
4.4 Vagotomia subdiafragmática 37
4.5 Falsa-vagotomia subdiafragmática 40
4.6 Esplacnicectomia 43
4.7 Falsa-esplancnicectomia 46
5 DISCUSSÃO 49 - 58
6 CONCLUSÃO 59
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 70 - 80
ANEXOS
Valores individuais da PA, PVC , FC e VG de todos os animais
Lista de Abreviaturas
VG – Volume gástrico;
TGI – trato gastrintestinal;
i.v. – Intravenoso(a);
PA – pressão arterial;
PVC – pressão venosa central;
FC – frequência cardíaca;
PNA- Peptídeo Natriurético atrial;
Lista de Tabelas
Tabela 1 - Distribuição dos valores de volume gástrico (VG), pressão arterial (PA),
freqüência cardíaca (FC) e pressão venosa central (PVC) encontrados nos seis ratos
anestesiados do grupo controle. Pág. 29
Tabela 2 - Distribuição dos valores de volume gástrico (VG), pressão arterial (PA),
freqüência cardíaca (FC) e pressão venosa central (PVC) encontrados nos seis ratos
anestesiados submetidos à distensão atrial direita com 30µl. Pág. 32
Tabela 3 - Distribuição dos valores de volume gástrico (VG), pressão arterial (PA),
freqüência cardíaca (FC) e pressão venosa central (PVC) encontrados nos seis ratos
anestesiados submetidos à distensão atrial direita com 50µl. Pág. 35
Tabela 4 - Distribuição dos valores de volume gástrico (VG), pressão arterial (PA),
freqüência cardíaca (FC) e pressão venosa central (PVC) encontrados nos seis ratos
anestesiados submetidos à distensão atrial direita com 70µl. Pág. 38
Tabela 5 - Distribuição dos valores de volume gástrico (VG), pressão arterial (PA),
freqüência cardíaca (FC) e pressão venosa central (PVC) encontrados nos seis ratos
anestesiados submetidos à vagotomia subdiafragmática prévia e distensão atrial direita
com 50µl. Pág. 43
Tabela 6
- Distribuição dos valores de volume gástrico (VG), pressão arterial (PA),
freqüência cardíaca (FC) e pressão venosa central (PVC) encontrados nos seis ratos
anestesiados submetidos à falsa vagotomia prévia e distensão atrial direita com 50µl.
Pág. 46
Tabela 7
- Distribuição dos valores de volume gástrico (VG), pressão arterial (PA),
freqüência cardíaca (FC) e pressão venosa central (PVC) encontrados nos seis ratos
anestesiados submetidos a esplancnicectomia prévia e distensão atrial direita com 50
µl. Pág. 49
Tabela 8 - Distribuição dos valores de volume gástrico (VG), pressão arterial (PA),
freqüência cardíaca (FC) e pressão venosa central (PVC) encontrados nos seis ratos
anestesiados submetidos à falsa esplancnicectomia e distensão atrial com 50 µl. Pág.
52
Lista de Figuras
Figura 1 - Efeito do tempo de monitoração sobre o Volume Gástrico (VG, em ml), a
Pressão Arterial (PA, em mmHg), a Pressão Venosa Central (PVC, em cmH
2
O) e a
Freqüência Cardíaca (FC, em bpm) em 6 ratos anestesiados do grupo controle. Pág.
30
Figura 2 - Efeito da distensão mecânica atrial com 30µl sobre o Volume Gástrico
(VG, em ml), a Pressão Arterial (PA, em mmHg), a Pressão Venosa Central (PVC,
em cmH
2
O) e a Freqüência Cardíaca (FC, em bpm) em 6 ratos anestesiados. Pág. 33
Figura 3 - Efeito da distensão mecânica atrial com 50µl sobre o Volume Gástrico
(VG, em ml), a Pressão Arterial (PA, em mmHg), a Pressão Venosa Central (PVC,
em cmH
2
O) e a Freqüência Cardíaca (FC, em bpm) em 6 ratos anestesiados. Pág. 36
Figura 4 - Efeito da distensão mecânica atrial com 70µl sobre o Volume Gástrico
(VG, em ml), a Pressão Arterial (PA, em mmHg), a Pressão Venosa Central (PVC,
em cmH
2
O) e a Freqüência Cardíaca (FC, em bpm) em 6 ratos anestesiados. Pág. 39
Figura 5 - Efeito da distensão mecânica atrial com 50µl sobre o Volume Gástrico
(VG, em ml), a Pressão Arterial (PA, em mmHg), a Pressão Venosa Central (PVC,
em cmH
2
O) e a Freqüência Cardíaca (FC, em bpm) em 6 ratos anestesiados
submetidos à vagotomia subdiafragmática prévia. Pág. 44
Figura 6 - Efeito da distensão mecânica atrial com 50µl sobre o Volume Gástrico
(VG, em ml), a Pressão Arterial (PA, em mmHg), a Pressão Venosa Central (PVC,
em cmH
2
O) e a Freqüência Cardíaca (FC, em bpm) em 6 ratos anestesiados
submetidos à falsa vagotomia subdiafragmática prévia. Pág. 47
Figura 7 - Efeito da distensão mecânica atrial com 50µl sobre o Volume Gástrico
(VG, em ml), a Pressão Arterial (PA, em mmHg), a Pressão Venosa Central (PVC,
em cmH
2
O) e a Freqüência Cardíaca (FC, em bpm) em 6 ratos anestesiados
submetidos à esplancnicectomia prévia. Pág. 50
Figura 8
- Efeito da distensão mecânica atrial com 50µl sobre o Volume Gástrico
(VG, em ml), a Pressão Arterial (PA, em mmHg), a Pressão Venosa Central (PVC,
em cmH
2
O) e a Freqüência Cardíaca (FC, em bpm) em 6 ratos anestesiados
submetidos à falsa esplancnicectomia prévia. Pág. 53
Figura A
– Desenho esquemático do sistema empregado para estudar o efeito da
distensão mecânica atrial sobre a complacência gástrica registrada mediante
pletismografia em ratos anestesiados. Pág. 23
Figura B – Representação esquemática do delineamento experimental empregado para
o estudo das variações do volume gástrico registradas por meio de pletismografia em
ratos anestesiados submetidos ou não a distensão atrial. Pág. 25
Figura C – Representação esquemática do delineamento experimental empregado para
o estudo das variações do volume gástrico registradas por meio de pletismografia em
ratos anestesiados submetidos ao pré-tratamentos cirúrgicos laparotomia mediana
seguida ou não (falsa-cirurgia) de vagotomia subdiafragmática e estudados frente a
distensão atrial com 50µl. Pág. 26
Figura D – Representação esquemática do delineamento experimental empregado para
o estudo das variações do volume gástrico registradas por meio de pletismografia em
ratos anestesiados submetidos aos pré-tratamentos cirúrgicos laparotomia mediana
seguida ou não (falsa-cirurgia) de esplancnicectomia + gangliectomia celíaca e
estudados frente à distensão mecânica atrial com 50µl. Pág. 27
Figura R - correlação entre a variação de VG e o grau de distensão atrial, obtida a
partir dos seguintes grupos: Controle (c), Distensão atrial 30 (z), 50 () e 70 µl
(S).Pág. 40
Lista dos Apêndices
Apêndice 1: valores individuais da PA, PVC , FC e VG dos animais controles.
Apêndice 2: valores individuais da PA, PVC , FC e VG dos animais submetidos à
distensão atrial por 30 µL.
Apêndice 3: valores individuais da PA, PVC , FC e VG dos animais submetidos à
distensão atrial por 50 µL.
Apêndice 4: valores individuais da PA, PVC , FC e VG dos animais submetidos à
distensão atrial por 70 µL.
Apêndice 5: valores individuais da PA, PVC , FC e VG dos animais submetidos a
vagotomia subdiafragmática prévia e distensão atrial por 50 µL.
Apêndice 6: valores individuais da PA, PVC , FC e VG dos animais controles da
vagotomia subdiafragmática e submetidos à distensão atrial por 50 µL
Apêndice 7: valores individuais da PA, PVC , FC e VG dos animais submetidos à
esplancnotomia e distensão atrial por 50 µL.
Apêndice 8: valores individuais da PA, PVC , FC e VG dos animais controles da
esplacnotomia e submetidos à distensão atrial por 50 µL.
RESUMO
A distensão mecânica atrial direita diminui a complacência gástrica em ratos
normovolêmicos anestesiados. Raimundo Campos Palheta Júnior. Pós-Graduação
Stricto Senso, Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Faculdade de Medicina,
Universidade Federal do ceará (Grau de mestre). Julho, 2006.
Orientador: Armênio Aguiar dos Santos
Graça et al. (2002) observou em ratos que a hipervolemia aumenta o tônus
gástrico, enquanto a hipovolemia o diminuía. Resolvemos estudar o efeito do
estiramento cardíaco sobre o tônus gástrico e os mecanismos neurais envolvidos.
Metodologia: Ratos albinos machos (n=82, ~320g), anestesiados, com vasos cervicais
canulados para registros hemodinâmicos e distensão do átrio (DA). Um grupo
separado de animais foi submetido à vagotomia subdiafragmática (DAIV) ou
esplancnotomia (DAV). Para registro do volume gástrico (VG), foi introduzido per os
um cateter com um balão de látex posicionado no estômago proximal e acoplado a um
pletismômetro. Após período basal (15min), os ratos foram submetidos aos
protocolos: falso distendido (FDA) ou animais submetidos durante 5 min à DA com
30, 50 ou 70µL, respectivamente (DAI), (DAII) e (DAIII), ou (DAIV) e (DAV)
submetidos a DA com 50µL. Em seguida, houve monitoração nos 30min seguintes,
divididos em intervalos de 10 min, designados de D
10
, D
20
e D
30.
Os dados relativos ao
VG estão representados em percentagem de seus respectivos valores basais. Sendo
analisados por ANOVA seguida do teste de Bonferroni. Resultados: Não houve
variações do VG e PVC no grupo FDA, porém no grupo DAI houve uma diminuição
significativa do VG em D
20 e
D
30
(9.9% e 14%, respectivamente), não houve aumento
da PVC durante a DA. Nos grupos DAII e DAIII o VG diminuiu a partir de D
10
(5% e
5.8%, respectivamente, p<0,05) com persistência em D
20
(8,5 e 13%,respectivamente)
e D
30
(11,5 e 16,5%, respectivamente). Além disso, a PVC aumentou em ambos os
grupos durante a DA (p< 0,05). No grupo IV, a vagotomia preveniu a diminuição do
GV, permanecendo inalterado o VG durante o período experimental. No grupo V, a
esplancnotomia aumentou tal efeito, o VG diminuiu a partir de D
10
(10,5%, p<0,05)
se intensificando em D
20
e D
30
(16 % e 23,4%, respectivamente). Conclusão: A
distensão do balão atrial além de desencadear ajuste hemodinâmicos diminui o VG
em ratos anestesiados, efeito abolido após vagotomia subdiafragmática, e
permanecendo acentuado nos animais esplancnotomizados.
ABSTRACT
The Decreases of Gastric compliance Due do to Rigth Atrial Distension in
Normovolemics Anesthetized Rats. Raimundo Campos Palheta Júnior. Pós-
Graduação Stricto Senso, Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Faculdade de
Medicina, Universidade Federal do ceará (Grau de mestre). Julho, 2006.
Orientador: Prof. Dr. Armênio Aguiar dos Santos.
Graça et al. (2002) observed that hypervolemia increases gastric tone in rats,
while hypovolemia decreases it. Thus, we studied the effects of mechanical right atrial
distension (AD) on the gastric tone and the involved neural mediation. Male Wistar
rats (N=82, ~320g) were anesthetized and the cervical vessels were cannulated for
cardiovascular parameters recording and for AD. To monitor gastric volume (GV), a
catheter with latex balloon was orally introduced and positioned in the proximal
stomach. The catheter was then connected to a communicating vessel system and to a
plethysmometer to monitor GV. After basal period (15min), rats were submitted to
one of the following protocols: Control our Sham Distension (SD). All the
experimental animals had respectively their atrium distended to 30µl(ADI),
50µl(ADII) e 70µl(ADIII) for 5 min. Two other groups were submitted to
subdiaphragmatic Vagotomy (ADIV) or to celiac ganglionectomie (ADV) before
being AD with 50 µL GV and CVP, were monitored for a 30min period
.
Statistics
:
GV are expressed in percent the values basal, were analyzed by One Way ANOVA
followed by Bonferroni's test. Results: GV and CVP did not change in control
animals, but in group ADI, when compared to basal values was decreased by 9,9%(<
0.05) in the first 20 min and by 14% in the third minutes interval after AD while CVP
did not change. The GV compared to respective control values in groups ADII and
ADIII, were decreased by 5 and 5.8% after 10 min; and 8.5 an 13% after 20min; and
to 11.5 and 16.5% 30min after AD(p< 0.05). Besides, CVP was increased in both
groups by during AD (p< 0,05). In group ADIV we observed that vagotomy
completely abolished the GV decrease due to AD in intact animals. While in animals
submitted to ganglionectomie, ADV, contrarily, increased GV by 10.5% in the first 10
min and by 16 and 23.4% after 20 and 30 min respectively.Summary: GV, decreases
in anesthetized rats that had their right atrium distended by ballon. This phenomenon
surely is, at least neurally mediated since it was prevent by vagotomy and enhanced
after splanchnicectomy.
14
1- INTRODUÇÃO
A visão prevalente acerca do volume sanguíneo considera ser sua
regulação resultado da interação funcional exclusiva dos sistemas circulatório e
urinário (Guyton & Hall, 2002). Entretanto, acumula-se na literatura uma série de
evidências clínicas e experimentais indicando a interveniência do trato gastrintestinal
na regulação do balanço hídrico (Michell, 2000).
A hipovolemia aguda, seja por desidratação, restrição na ingesta de
sódio ou sangria, aumenta a absorção entérica ao sal e água fenômenos mediados
por via simpática e pela ação hormonal do sistema renina-angiotensina (levens, 1985).
Já a hipervolemia, advinda da infusão endovenosa de salina ou sangue ou ainda
mediante a congestão venosa central (Higgins & Blair 1971; Humphreys & Earley
1971, Duffy et al. 1978), maximiza a secreção de fluidos e eletrólitos pelo epitélio
intestinal fenômenos mediados por desequilíbrio nas forças de Starling e pela ação
hormonal do sistema renina-angiotensina (levens, 1985).
A relevância fisiológica do papel do trato gastrintestinal para os
ajustes do organismo frente às variações agudas da volemia pode ser avaliada pelos
estudos de Sjövall e cols (1986), que avaliaram os efeitos de mudanças posturais
passivas sobre a permeabilidade do epitélio intestinal em voluntários sadios. A
ortostase maximiza a absorção intestinal de fluidos e eletrólitos, enquanto na posição
de Trendelemburg a secreção jejunal de água e sal é maximizada. Vale salientar que a
restituição da volemia e a própria sobrevivência de animais monogástricos, como o
rato e o coelho, frente à uma hemorragia fica comprometida acaso os animais sejam
submetidos à enterectomia ou ao jejum (Redfors, 1987; Darlington et al, 1995).
Ademais, a capacidade notável dos ruminantes de suportarem uma desidratação mais
prolongada decorre do fato do rúmem destes animais funcionar como um reservatório
de água (Silanikove, 1994).
Nossa contribuição sobre o tema decorre de uma série de
experiências desenvolvidas no Laboratório Escola Prof. Luiz Capelo desde os anos
oitenta acerca do efeito das variações agudas do volume sanguíneo sobre a motilidade
no trato gastrintestinal. Capelo et. al. (1983) verificaram que a hipervolemia mediante
a infusão de salina isotônica até um volume de 50ml/kg em cães anestesiados tornava
o estômago mais resistente à distensão enquanto a sangria até um volume de 30ml/kg
15
aumentava a complacência gástrica como se o estômago fosse um reservatório cuja
capacidade fosse determinada pelo grua do volume do líquido extracelular.
A despeito da originalidade desta observação, o modelo
experimental empregado pelo Prof. Capelo limitava a interpretação dos resultados
pois cães eram submetidos à uma laparotomia e as variações volêmicas foram
consecutivas. Além disso, a infusão de salina ocasiona hemodiluição, acidose e
hipoxemia, introduzindo uma série de vieses enquanto a sangria de tão intensa quase
precipitava o choque hemorrágico (Wiggers, 1950; Inoue et. al. 2000).
No intuito de esclarecer tais dilemas, Graça e cols. (2002) decidiram
re-investigar o fenômeno em ratos. Para tanto desenvolveram e validaram um novo
modelo de avaliação do tônus gástrico mediante pletismografia (Graça e cols. 2000).
A seguir, estudaram um conjunto de ratos anestesiados sob diferentes condições
volêmicas. Enquanto os ratos normovolêmicos mantêm um volume gástrico quase
constante ao longo de 90 minutos, a hipervolemia pela transfusão de sangue
(12.5ml/kg) diminui o volume gástrico, fenômeno que persiste ao menos por 1hora. Já
a sangria (10ml/kg), torna o estômago mais complacente, fenômeno revertido pela
reposição do sangue (Graça et al., 2002).
Parâmetro vital à sobrevida de mamíferos, o volume do líquido
extracelular varia normalmente dentre de uma faixa relativamente estreita, graças a
mecanismos redundantes, tanto neurais como humorais (Burton, 1977). Nos anos
sessenta cristalizou-se na literatura a noção de que a função renal seria modulada por
um “terceiro fator”, além da pressão de perfusão glomerular e da atividade humoral
do sistema “renina-angiotensina-aldosterona”. Na demonstração talvez mais
inequívoca deste fenômeno, Sieker et al (1954) verificaram ser a imersão até o
pescoço de voluntários sadios, normotensos e hidratados, num tanque d’água capaz de
aumentar notavelmente tanto a diurese como a natriurese.
Assim sendo e dado a posição central que ocupam na circulação
sanguínea, os receptores cardio-pulmonares são considerados aferência fundamental
para a monitoração do volume sanguíneo (Zullo, 1991). Ao cabo de uma minuciosa
investigação, de Bold e cols. (1981) finalmente descreveu a existência do fator
natriurético atrial, peptídeo liberado quando da sobrecarga de volume sanguíneo pela
infusão de líquidos ou pela distensão mecânica dos átrios (Pettersson et. al. 1986; Cho
et. al.,1988). Embora seja reconhecido pela potente inibição da absorção de sódio no
túbulo contorcido distal (Fried et. al., 1988) e na ingestão hídrica (Antunes-Rodrigues
16
et al. 1985), o peptídeo natriurético atrial tem propriedades miorelaxantes, seja em
tiras isoladas do intestino e vasos sanguíneos, tanto em animais de laboratório como
em seres humanos (Scott & Maric, 1991; Richards et al. 1985).
Assim sendo, decidimos verificar em ratos anestesiados se: i) a
distensão mecânica do átrio direito, mediante a inflação de um balão intra-atrial, era
capaz de simular a repercussão hemodinâmica da expansão aguda da volemia advinda
da transfusão de sangue; ii) o eventual efeito da distensão mecânica do átrio direito
sobre a complacência gástrica e iii) os possíveis mecanismos neurais envolvidos no
fenômeno.
17
2- METODOLOGIA
Foram utilizados ratos albinos (n=82), machos, entre 300 e 330g de
peso, provenientes do Biotério Central da Universidade Federal do Ceará. Os
procedimentos experimentais foram conduzidos de acordo com o “Guia de Cuidados
Animal” do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal (COBEA), aprovados pelo
Comitê de Ética em Pesquisa com Animais da Faculdade de Medicina da UFC.
2.1- PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS
Os animais foram acondicionados em gaiolas individuais e mantidos
em jejum por 24h com livre acesso a uma solução de rehidratação oral (Na
+
75; Cl
-
65; K
+
20; glicose 75 and citrato de Na
+
10mmol/l, LAFEPE).
Após anestesia com uretana (1.2g/kg, i.p.), os ratos foram
submetidos a traqueostomia. A seguir, introduzimos na artéria carótida esquerda uma
cânula de polietileno (PE 50), preenchida com solução salina e heparina (500U/ml),
reservada para o registro da pressão arterial (PA, em mmHg) e da freqüência cardíaca
(FC, em bpm). Na veia jugular direita introduzimos duas cânulas, plenas de solução
salina com heparina (500U/ml): uma de polietileno (PE 10) e posicionada na junção
das veias cavas; e a outra de silicone (Silastic, i.d. 0.58mm, o.d. 0.97mm, Dow
Corning), inserida até o átrio direito (Figura S). Embora justapostas nas extremidades
distais, a cânula de silicone era 1.0cm maior que a de polietileno. A primeira foi
reservada para o registro da pressão venosa central (PVC, em cmH
2
O) e a segunda
serviu para a distensão do átrio.
Figura S. Cânula de silicone (Silastic, i.d. 0.58mm, o.d. 0.97mm, Dow Corning) contendo um balão
distensível em sua extermidade (seta) utilizada para distensão atrial e acoplada a mesma uma cânula de
polietileno (PE10) para registro da pressão venosa central.
18
Para o estudo da complacência gástrica utilizamos o método de
pletismografia (figura A), descrito e validado em nosso laboratório por Graça e cols
(2000).
Inicialmente, introduzimos per os e com o auxílio de guia metálico
um cateter de polietileno (DE=2.0mm; DI=1.5mm) tendo na extremidade um balão
flácido de látex (volume máximo ~4ml), cuidadosamente posicionado no estômago
proximal. A extremidade livre do cateter foi conectada à base de um reservatório em
“U” (DI=2.5cm, capacidade máxima de 30ml). Mediante um sistema de tripla entrada,
preenchemos o reservatório, a sonda gástrica e o balão flácido com uma solução
iônica padrão (45 mg% de NaCl e 0.3 ml% de Imbebiente BBC Ornano
®
, pré-
aquecida à 37°C), configurando um sistema de vasos comunicantes. Assim sendo, as
variações no tônus do estômago capazes de alterar o volume do balão gástrico ao
serem transmitidas ao reservatório são detectadas continuamente pelo sensor
eletrônico de volume e indicadas no visor do pletismômetro (Ugo Basile 7140).
Exceto quando indicado, o estômago foi distendido com 4cmH
2
O de pressão,
mediante a elevação, logo no início dos experimentos, do nível líquido do reservatório
até 4cm acima do apêndice xifóide.
FIGURA A – Desenho esquemático do sistema empregado para estudar o efeito da
distensão mecânica Atrial sobre a complacência gástrica registrada mediante
pletismografia em ratos anestesiados.
19
2.2- PROTOCOLO EXPERIMENTAL
Após a estabilização da preparação cirúrgica monitoramos os
parâmetros hemodinâmicos e o volume gástrico durante 50 minutos, sendo os 15min
iniciais considerados período basal. O registro contínuo dos parâmetros
hemodinâmicos foi obtido após conexão das cânulas da artéria carótida e veia jugular
a transdutores de pressão (MLT 1050, MLT 0380), acoplados a sistema digital de
aquisição de sinais biológicos (PowerLab/8sp, AD Instruments
®
). Os valores de PA,
FC e PVC foram determinados a partir dos registros gravados no micro-computador
com o auxílio do programa Chart
®
v 4.0 (AD Instruments
®
, Austrália). Já na
monitoração do volume gástrico, inicialmente permitiu-se o livre equilíbrio das
pressões no interior do sistema sendo anotado o conteúdo resultante do reservatório,
doravante chamado de volume gástrico (VG) inicial. Variações adicionais ao volume
gástrico inicial foram anotadas manualmente, em ml, a cada 30 segundos.
Em seguida ao período basal, os animais foram aleatoriamente
submetidos a um dos seguintes protocolos:
Grupo I – grupo controle (falsa distensão), no qual o balão intra-cardíaco foi mantido
intacto;
Grupo II – distensão do balão atrial com 30µl de salina por 5min;
Grupo III – distensão do balão atrial com 50µl de salina por 5min;
Grupo IV – distensão do balão atrial com 70µl de salina por 5min;
A distensão do átrio direito foi obtida mediante inflação do balão da
cânula intra-cardíaca. Para tal, um tubo de silicone (PE50, Silastic
®
) teve a
extremidade previamente obstruída com cola de silicone (Dow Corning) e após ser
imerso em água aquecida à 37
o
C, o referido balão foi construído mediante a
compressão de ar. Ao final do procedimento, o balão da cânula intra-cardíaca tinha a
capacidade de acomodar um volume máximo de 1ml.
Ao término do período de 5min de distensão ou falsa distensão, os
ratos foram monitorados durante os 30min seguintes, sendo tal período dividido em
intervalos consecutivos de 10 min, doravante designados de D
10
, D
20
e D
30
.
20
FIGURA B – Representação esquemática do delineamento experimental empregado
para o estudo das variações do volume gástrico registradas por meio de pletismografia
em ratos anestesiados submetidos ou não a distensão atrial.
De modo a delinear as vias neurais envolvidas nas alterações da
complacência gástrica advindas da distensão atrial, foi realizado uma série de
experimentos em ratos previamente submetidos à vagotomia subdiafragmática ou
esplancnicectomia.
Para tanto, os animais destes sub-grupos foram inicialmente
submetidos à jejum por 24h, mantendo-se o livre acesso à solução de rehidratação
oral. Após anestesia com éter, os ratos foram submetidos a laparatomia e exposição do
esôfago abdominal seguida apenas de manipulação da região do esôfago distal (grupo
falsa vagotomia) ou de vagotomia troncular sub-diafragmática, mediante serotomia do
esôfago 1-1.5cm acima da cárdia e instilação de álcool à 70% segundo Taché e cols.
(1988). Cada sub-conjunto consistiu de ao menos 6 animais. A vagotomia foi
imediatamente confirmada por inspeção com lente de aumento (10x). Em seguida os
ratos foram colocados em gaiolas individuais com dieta livre. Decorridos 48horas da
cirurgia, os animais foram colocados em jejum com livre acesso a soro de reidratação
oral. Após 72horas da cirurgia, o estudo da complacência gástrica foi realizado de
modo similar ao descrito anteriormente.
Grupo V- Vagotomia subdiafragmática + distensão atrial (50µl) por cinco minutos.
Grupo VI- Falsa vagotomia + distensão atrial (50µl) por 5minutos.
21
Por ocasião do experimento, os animais foram mantidos sob
monitoração contínua dos parâmetros hemodinâmicos e do volume gástrico nos
consecutivos períodos basal, distensão e distendido. Os dados obtidos nos 30min
subseqüentes à distensão, foram agrupados em intervalos consecutivos de 10min,
doravante designados de D
10
, D
20
e D30 (Figura 3).
FIGURA C – Representação esquemática do delineamento experimental empregado
para o estudo das variações do volume gástrico registradas por meio de pletismografia
em ratos anestesiados submetidos ao pré-tratamentos cirúrgicos laparotomia seguida
ou não (falsa-cirurgia) de vagotomia subdiafragmática e estudados frente a distensão
atrial com 50µl.
Outros animais compuseram os grupos esplancnicectomia e falsa-
esplancnicectomia. Após 24horas de jejum, os ratos foram submetidos à anestesia
com éter, seguida de laparotomia e exposição apenas do tronco celíaco (grupo
controle falsa-esplancnicectomia) ou de esplancnicectomia, mediante dissecção e
secção do ganglio celíaco e nervos esplâncnicos segundo Taché e cols. (1988). A
esplancnicectomia foi confirmada por inspeção com lente de aumento (10x). Em
seguida, os ratos foram mantidos por 24h em jejum com livre acesso à solução de
reidratação oral. O estudo da complacência gástrica foi realizado de modo similar ao
descrito anteriormente.
Grupo VII- Esplancnicectomia + distensão atrial (50µl) por 5minutos.
Grupo VIII- Falsa esplancnicectomia prévia + distensão atrial (50µl) por cinco
minutos.
Do mesmo modo, os animais foram mantidos sob monitoração
contínua dos parâmetros hemodinâmicos e do volume gástrico nos consecutivos
22
períodos basal, distensão e distendido. Os dados obtidos nos 30min subseqüentes à
distensão, foram agrupados em intervalos consecutivos de 10min, doravante
designados de D
10
, D
20
e D30 (Figura 4).
FIGURA D – Representação esquemática do delineamento experimental empregado
para o estudo das variações do volume gástrico registradas por meio de pletismografia
em ratos anestesiados submetidos aos pré-tratamentos cirúrgicos laparotomia seguida
ou não (falsa-cirurgia) de esplancnicectomia + gangliectomia celíaca e estudados
frente à distensão mecânica atrial com 50µl.
Ao final de todos os experimentos, os ratos, ainda em plano
anestésico, foram sacrificados e o posicionamento dos balões distensor atrial e no
estômago conferido após toracotomia e laparotomia mediana, respectivamente, a caso
o balão não estivesse no local requerido os animais eram excluídos dos grupos.
3- ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os dados dos parâmetros hemodinâmicos (PA, FC e PVC) estão
expressos como média ± erro padrão da média. Já os resultados relativos ao volume
gástrico estão expressos na forma de mediana e intervalo inter-quartil (com valores
dos percentis 25 e 75) e resumidos na forma de “box&whiskers plots”. A análise de
variância (ANOVA) para médias repetidas seguidas do teste de Bonferroni foi
utilizada para comparar as diferenças entre as médias. Diferenças com valores de
P<0.05 serão consideradas significantes.
23
4- RESULTADOS
4.1- Grupo Controle:
A figura 1 e a tabela 1 resumem as oscilações espontâneas
observadas nos parâmetros hemodinâmicos e no tônus gástrico ao longo dos 50min de
monitoração nos ratos do grupo controle. Em relação ao volume gástrico, os valores
anotados no período basal foram de 2,28ml [2,02; 2,45], assim permanecendo em
níveis similares nos períodos subseqüentes, isto é: falsa distensão, D
10’
, D
20’
e D
30’
(respectivamente 2,28 [2,06; 2,45]; 2,29 [2,08; 2,46]; 2,26 [2,06; 2,46] e 2,22ml,
[2,02; 2,43]). Comparado aos seus níveis basais (93,6 ± 3,4mmHg), a PA se manteve
sem variações significantes ao longo dos períodos falsa distensão, D
10’
, D
20’
e D
30’
(respectivamente 92,8 ± 3,1; 91,6 ± 2,9; 92,1 ± 2,7 e 92,6 ± 3,2mmHg). Comparado
aos seus respectivos níveis basais (1,00 ± 0,22cmH
2
O), a PVC se manteve sem
variações significantes ao longo dos períodos falsa distensão, D
10’
, D
20’
e D
30
(respectivamente 1,00 ± 0,32; 1,14 ± 0,76; 1,07 ± 0,53; 0,73 ± 0,50 cmH
2
O). Já no
que concerne à FC cujos níveis basais foram de 391 ± 11 bpm, houve uma queda,
embora não significante, nos valores de FC obtidos ao longo dos experimentos nos
períodos falsa distensão, D
10’
, D
20’
e D
30
(respectivamente 386 ± 11; 380 ± 9; 374 ± 7
e 375 ± 8 bpm).
24
Tabela 1. Distribuição dos valores de volume gástrico (VG), pressão arterial (PA),
freqüência cardíaca (FC) e pressão venosa central (PVC) encontrados nos seis ratos
anestesiados do grupo controle. Os dados de VG estão expressos em forma de
mediana e intervalo interquartil e os demais média + erro padrão da média.
Períodos VG (mL) PVC (cmH
2
O) PA (mmHg) FC (bpm)
Basal 2,28 [2,02; 2,45] 1,00 ± 0,22 93,6 ± 3,4 391 ± 11
Falsa Distensão 2,28 [2,06; 2,45] 1,00 ± 0,32 92,8 ± 3,1 386 ± 11
D
10’
2,29 [2,08; 2,46] 1,14 ± 0,56 91,6 ± 2,9 380 ± 9
D
20’
2,26 [2,06; 2,46] 1,07 ± 0,53 92,1 ± 2,7 374 ± 7
D
30’
2,22 [2,02; 2,43] 0,73 ± 0,50 92,6 ± 3,2 375 ± 8
25
PA (mmHg)
80
90
100
110
FC (bpm)
360
370
380
390
400
410
PVC (cmH
2
O)
0
1
2
3
Basal Fdistensã
o
D10' D20' D30'
1.5
2.0
2.5
3.0
Volume Gástrico (mL)
Figura 1. Efeito do tempo de monitoração sobre o Volume Gástrico (VG, em ml), a
Pressão Arterial (PA, em mmHg), a Pressão Venosa Central (PVC, em cmH
2
O) e a
Freqüência Cardíaca (FC, em bpm) em 6 ratos anestesiados do grupo controle. Os
parâmetros foram monitorados continuamente por 50min, sendo os 15min iniciais
considerados o período basal. A seguir, o balão atrial permaneceu intacto durante
5min (período falsa distensão ou FDistensão). Os valores obtidos no restante da
monitoração foram agrupados em intervalos consecutivos de dez minutos, a saber
períodos D
10’
, D
20’
e D
30’
. Os valores de VG estão representados como “box and
whiskers plots” enquanto nos demais parâmetros encontra-se na forma de média +
erro padrão da média.
26
4.2- Grupos Distensão Atrial:
4.2.1- Distensão Atrial 30µL
A figura 2 e a tabela 2 resumem as variações observadas nos
parâmetros hemodinâmicos e no tônus gástrico dos ratos do grupo de distensão atrial
com 30µl. Em relação aos seus níveis basais (2,25ml [2,10; 2,32]), o volume gástrico
permaneceu inalterado durante o período de distensão atrial (2,22ml [2,08; 2,33]).
Contudo, nos 10min seguintes já se observa tendência à redução nos valores do
volume gástrico para 2,14ml [2,06; 2,27], os quais se tornaram estatisticamente
significante nos períodos D
20
e D
30
(respectivamente 1,99 [1,92; 2,10] e 1,86ml [1,77;
2,09], p<0,05). No que concerne aos parâmetros hemodinâmicos, os níveis de PA
encontrados no período basal foram de 97,2 ± 3,6 mmHg e assim se mantiveram em
níveis estáveis (p>0,05) no decorrer dos experimentos, nos períodos consecutivos
distensão, D
10
, D
20
e D
30
, respectivamente 97,1 ± 3,4; 97,9 ± 3,6; 97,3 ± 2,7 e 98,0 ±
2,8 mmHg. Da mesma forma, a PVC que no período basal foi de 0,78 ± 0,21 cmH
2
O
também se manteve em níveis estáveis (p>0.05) quer durante a distensão (0,7 ± 0,2
cmH
2
O) como nos intervalos subsequentes D
10
, D
20
e D
30
(respectivamente 0,5±0,1;
0,6±0,2 e 0,2±0,3 cmH
2
O). Já quanto à FC, verifica-se bradicardia, tendo os valores
basais de FC caído de 403 ± 9 bpm para 388 ± 7 e 387 ± 10 bpm, respectivamente
durante a distensão e D
10
(p>0,05); tal queda se torna significante nos períodos D
20’
e
D
30
(respectivamente 369 ± 5 e 367 ± 4 bpm, respectivamente).
27
Tabela 2. Distribuição dos valores de volume gástrico (VG), pressão arterial (PA),
freqüência cardíaca (FC) e pressão venosa central (PVC) nos seis ratos anestesiados
submetidos à distensão atrial direita com 30µL. Os dados de VG estão expressos na
forma de mediana e intervalo interquartil e as demais média + erro padrão da média.
*p<0.05 em comparação ao período basal, após ANOVA e teste de Bonferroni.
Períodos VG (mL) PVC (cmH
2
O) PA (mmHg) FC (bpm)
Basal 2,25 [2,10; 2,32 ]
0,7 ± 0,2 97,2 ± 3,6 403 ± 9
Distensão 2,22 [2,08; 2,33]
0,7 ± 0,2 97,1 ± 3,4 388 ± 7
D10 2,14 [2,06; 2,27]
0,5 ± 0,1 97,9 ± 3,6 387 ± 10
D20 1,99 [1,92; 2,10]*
0,6 ± 0,2 97,3 ± 2,7 369 ± 5 *
D30 1,86 [1,77; 2,09]*
0,2 ± 0,3 98,0 ± 2,8 367 ± 4 *
28
PA (mmHg)
90
100
110
FC (bpm)
360
370
380
390
400
410
420
*
*
PVC (cmH
2
O)
-1
0
1
2
Basal Distensão D
10
D
20
D
30
1.7
1.8
1.9
2.0
2.1
2.2
2.3
2.4
*
*
Volume Gástrico (mL)
Figura 2. Efeito da distensão mecânica atrial com 30µl sobre o Volume Gástrico (VG,
em ml), a Pressão Arterial (PA, em mmHg), a Pressão Venosa Central (PVC, em
cmH
2
O) e a Freqüência Cardíaca (FC, em bpm) em 6 ratos anestesiados. Os
parâmetros foram monitorados continuamente por 50min, sendo os 15min iniciais
considerados o período basal. A seguir, o balão atrial foi distendido com 30 µL
durante 5min (período Distensão). Os valores obtidos no restante da monitoração
foram agrupados em intervalos consecutivos de dez minutos, a saber períodos D
10
,
D
20
e D
30
. Os valores de VG estão representados como “box and whiskers plots”
enquanto nos demais parâmetros encontra-se média +
erro padrão da média. *p<0.05
em comparação ao período basal, após ANOVA e teste de Bonferroni.
29
4.2.2- Grupo Distensão Atrial 50µL
A figura 3 e a tabela 3 resumem as oscilações observadas nos
parâmetros hemodinâmicos e no tônus gástrico dos ratos do grupo de distensão atrial
com 50µl. Em relação aos valores basais do volume gástrico (2,36ml [2,15; 2,42]), a
distensão atrial não ocasionou variações significantes (p>0.05) nestes níveis 2,32ml
[2,15; 2,45]. Entretanto, foi registrada queda significativa (p<0,05) no volume
gástrico logo após a distensão do balão intra-atrial, passando para 2,24ml [2,07; 2,40]
no intervalo D
10
, se acentuando para 2,16ml [1,97; 2,33] no intervalo D
20
, e restando
apenas 2,09ml [1,89; 2,21] de volume gástrico no último intervalo D
30
. Em relação
aos respectivos níveis basais (95,1 ± 5,9 mmHg), a distensão atrial não modificou
(p>0,05) os valores da PA (98,7 ± ,2 mmHg), que assim se mantiveram até o final dos
experimentos (97,1 ± 7,2; 99,1 ± 6,4 e 98,0 ± 6,0 mmHg, respectivamente intervalos
D
10
, D
20
e D
30
);. No que se refere à PVC, a distensão do balão intra-atrial com 50µl
elevou, de forma significante (p<0,05) os valores da PVC (de 1,7 ± 1,4 para 4,1 ± 1,4
cmH
2
O). Após a distensão do balão atrial, os valores de PVC logo retornaram para
níveis próximos aos basais (0,9 ± 1,7 cmH
2
O), assim permanecendo nos intervalos
finais (0,8 ± 1,8 e 0,8 ± 2,0 cmH
2
O respectivamente D
20
e D
30
). Considerando os
valores basais (365 ± 5 bpm), houve uma ligeira queda nos valores da FC no período
de D
10
(356 ± 6 bpm, p>0,05), efeito este que pode ser bem evidenciado em D
20
(349
± 7 bpm, P<0,05), sendo mais acentuado nos 10 min finais (343 ± 8 bpm, P<0,05).
30
Tabela 3. Distribuição dos valores de volume gástrico (VG), pressão arterial (PA),
freqüência cardíaca (FC) e pressão venosa central (PVC) nos seis ratos anestesiados
submetidos à distensão atrial direita com 50 µl. Os dados de VG estão expressos na
forma de mediana e intervalo interquartil e os demais média + erro padrão da média.
*p<0.05 em comparação ao período basal, após ANOVA e teste de Bonferroni.
Períodos VG (mL) PVC (cmH
2
O) PA (mmHg) FC (bpm)
Basal 2,36 [2,15; 2,42]
1,65 ±1,36 95,1 ± 5,9 365 ± 5
Distensão 2,32 [2,15; 2,45]
4,1 ±1,4 * 98,7 ± ,2 357 ± 6
D10 2,24 [2,07; 2,40]
0,9 ± 1,7 97,1 ± 7,2 356 ± 6
D20 2,16 [1,97; 2,33]
0,8 ± 1,8 99,1 ± 6,4 349 ± 7 *
D30 2,09[1,89; 2,21]
0,8 ± 2,0 98,0 ± 6,0 343 ± 8 *
31
PVC (cmH
2
O)
-2
0
2
4
6
*
PA (mmHg)
80
85
90
95
100
105
110
FC (bpm)
330
340
350
360
370
380
*
*
Basal
D
istensã
o
D
10
D
20
D
30
1.75
2.00
2.25
2.50
*
*
*
Volume Gástrico (mL)
Figura 3. Efeito da distensão mecânica atrial com 50µl sobre o Volume Gástrico (VG,
em ml), a Pressão Arterial (PA, em mmHg), a Pressão Venosa Central (PVC, em
cmH
2
O) e a Freqüência Cardíaca (FC, em bpm) em 6 ratos anestesiados. Os
parâmetros foram monitorados continuamente por 50min, sendo os 15min iniciais
considerados o período basal. A seguir, o balão atrial foi distendido com 50 µL
durante 5min (período Distensão). Os valores obtidos no restante da monitoração
foram agrupados em intervalos consecutivos de dez minutos, a saber períodos D
10
,
D
20
e D
30
Os valores de VG estão representados como “box and whiskers plots”
enquanto nos demais parâmetros encontra-se na forma de média + erro padrão da
média. *p<0.05 em comparação ao período basal, após ANOVA e teste de
Bonferroni.
32
4.2.3- Grupo Distensão Atrial 70µL
A figura 4 e a tabela 4 resumem as oscilações observadas nos
parâmetros hemodinâmicos e no tônus gástrico dos ratos do grupo distensão atrial
com 70µl. Em comparação aos seus respectivos níveis basais de 2,06ml [1,87; 2,23], o
volume gástrico, não se alterou (p>0.05) quando da distensão atrial (2,07ml [1,88;
2,23]). Entretanto, logo após a distensão observou-se no intervalo D
10
diminuição
significante no volume gástrico (1,94ml [1,84; 2,12]), que se acentuou (p<0,05) para
1,79ml [1,72; 2,00] no intervalo D
20
e assim permanecendo até o intervalo final D
30
(1,72ml [1,58; 1,85]). Quanto aos parâmetros hemodinâmicos e tomando-se como
base os valores de PA encontrados no período controle (96,1 ± 4,7 mmHg), não
observamos variações significantes aos valores da PA seja durante a distensão ou nos
consecutivos intervalos D
10
, D
20
ou
D
30
(respectivamente, 99,8 ± 4,2; 96,5 ± 4,5; 96,9
± 5,1 e 96,8 ± 4,3 mmHg). No entanto, a distensão do balão atrial aumentou (p<0,05)
a PVC dos seus níveis basais de 1,3 ± 1.0cmH
2
O para 4,6 ± 1.0cmH
2
O, após a
deflação a PVC tendeu a voltar gradualmente ao valor basal, pois nos intervalos D
10
e
D
20
se registraram valores respectivamente de 3,4 ± 1,5 e 3,2 ± 1,7 cmH
2
O,
retornando há valores próximos aos basais apenas no intervalo final (0,9 ± 1,7
cmH
2
O). Em relação ao período basal (388 ± 6 bpm) observou-se uma tendência à
diminuição da FC no período D
10
(370 ± 6 bpm, p>0,05), com redução significativa
nos períodos D
20
e D
30
(360 ± 7 e 356 ± 9 bpm, respectivamente; P<0,05).
33
Tabela 4. Distribuição dos valores de volume gástrico (VG), pressão arterial (PA),
freqüência cardíaca (FC) e pressão venosa central (PVC) nos seis ratos anestesiados
submetidos à distensão atrial direita com 70 µl. Os dados de VG estão expressos na
forma de mediana e intervalo interquartil e os demais média + erro padrão da média. *
p<0.05 em comparação ao período basal, após ANOVA e Bonferroni.
Períodos VG (mL) PVC (cmH
2
O) PA (mmHg) FC (bpm)
Basal 2,06 [1,87; 2,23] 1,3 ± 1,0 96,1 ± 4,7 388 ± 6
Distensão 2,07 [1,88; 2,23] 4,6 ± 1,0 * 99,8 ± 4,2 378 ± 5
D10 1,94 [1,84; 2,12]* 3,9 ± 1,5 96,5 ± 4,5 370 ± 6
D20 1,79 [1,72; 2,00]* 3,1 ± 1,7 96,9 ± 5,1 360 ± 7 *
D30 1,72 [1,58; 1,85]* 0,9 ± 1,7 96,8 ± 4,3 356 ± 9 *
34
PA (mmHg)
90
100
110
FC (bpm)
340
350
360
370
380
390
400
PVC (cmH
2
O)
-2
-1
0
1
2
3
4
5
6
Basal
D
istensã
o
D
10
D
20
D
30
1.5
1.7
1.9
2.1
2.3
2.5
*
*
*
Volume Gástrico (mL)
*
*
*
*
Figura 4. Efeito da distensão mecânica atrial com 70µl sobre o Volume Gástrico (VG,
em ml), a Pressão Arterial (PA, em mmHg), a Pressão Venosa Central (PVC, em
cmH
2
O) e a Freqüência Cardíaca (FC, em bpm) em 6 ratos anestesiados. Os
parâmetros foram monitorados continuamente por 50min, sendo os 15min iniciais
considerados o período basal. A seguir, o balão atrial foi distendido com 70 µL
durante 5min (período Distensão). Os valores obtidos no restante da monitoração
foram agrupados em intervalos consecutivos de dez minutos, a saber períodos D
10
,
D
20
e D
30
Os valores de VG estão representados como “box and whiskers plots”
enquanto nos demais parâmetros encontra-se na forma de média +
erro padrão da
média. *p<0.05 em comparação ao período basal, após ANOVA e teste de
Bonferroni.
35
4.3- Correlação entre o grau de distensão atrial e o aumento no tônus gástrico
Analisando os resultados dos grupos controle e distensão atrial (30,
50 e 70µl), observamos que o fenômeno da redução do volume gástrico parecia ser
mais acentuado naqueles animais submetidos a um maior grau de distensão atrial. No
intuito de tentar estabelecer uma possível correlação entre tais parâmetros, obtive
inicialmente para cada animal dos grupos controle, distensão 30µl, distensão 50µl e
distensão 70µl as variações no volume gástrico (em ml) mediante a diferença entre os
valores médios de VG obtidos no período basal e nos respectivos períodos D’30
(grupo controle) ou D30 (grupos experimentais). A seguir, obtive para cada animal
dos grupos controle, distensão 30µl, distensão 50µl e distensão 70µl os graus de
distensão do balão intra-atrial (em ml) mediante a diferença entre os valores do
volume do balão intra-atrial no período basal e nos períodos falsa-distensão (grupo
controle) ou distensão (grupos experimentais). Conforme pode se verificar na figura
R, obtém-se assim uma equação de regressão linear (y=ax+b) representativa do
conjunto dos dados, sendo a=-0,03, b=-4,91, r=0,75, p<0,05.
36
Figura R - Correlação entre a variação de VG e o grau de distensão atrial, obtida a
partir dos seguintes grupos: Controle (c), Distensão atrial 30 (z), 50 () e 70 µl
(S). Inicialmente, obtiveram-se as médias de variações de VG (em ml) dos diversos
grupos no período D
30
em relação ao período basal, com seus respectivos volume de
distensão atrial. A curva apresenta valor de regressão linear (R) igual a r= 0,74909.
37
4.4- Grupo Vagotomia Subdiafragmática
A figura 5 e a tabela 5 resumem as oscilações observadas nos
parâmetros hemodinâmicos e no tônus gástrico dos ratos do grupo de vagotomia
subdiafragmática submetidos à distensão atrial com 50µl. Com relação ao volume
gástrico, se verificou que a vagotomia subdiafragmática preveniu a diminuição do
volume gástrico após distensão atrial, tendo os volumes gástricos do período de
distensão e intervalos D
10
, D
20
e D
30
permanecidos respectivamente em (2,02 [1,93;
2,13]; 2,02 [1,93; 2,15]; 2,01 [ 1,92; 2,16] e 2,00 ml [1,88; 2,17]), portanto valores
similares aos encontrados no período basal 2,00 ml [1,91; 2,11]. Quanto aos
parâmetros hemodinâmicos e tomando-se como base os valores de PA encontrados no
período controle (96,2 ± 5,9 mmHg), não foi observado variações durante a distensão
atrial (95,6 ± 3,6 mmHg), bem como ao longo dos intervalos D
10
, D
20
e D
30
(respectivamente, 97,7 ± 3,0; 96,0 ± 1,6 e 95,2 ± 1,1 mmHg). No entanto, quando
comparado ao basal (-0,5 ± 0,1 cmH
2
O), a distensão atrial foi suficiente para
aumentar a PVC (1,2 ± 0,4 cmH20, p<0,05), retornando há níveis próximos aos basais
em D
10
(-0,5 ± 0,1 cmH
2
O) e assim permanecendo nos intervalos de D
20
e D
30
(-0,49 ±
0,06 e -0,22 ± 0,12 cmH
2
O). Já quanto ‘a FC, quando comparada aos valores basais
(382 ± 9 bpm), a FC permaneceu inalterada durante a distensão atrial (370 ± 6 bpm),
porém verifica-se bradicardia nos intervalos de D
10
, D
20
e D
30
(365 ± 6 ; 357 ± 7 e 347
± 10 bpm, respectivamente; p<0,05).
38
Tabela 5. Distribuição dos valores de volume gástrico (VG), pressão arterial (PA),
freqüência cardíaca (FC) e pressão venosa central (PVC) nos seis ratos anestesiados
submetidos à vagotomia subdiafragmática prévia e distensão atrial direita com 50µl.
Os dados de VG estão expressos na forma de mediana e intervalo interquartil e os
demais média + erro padrão da média. *p<0.05 em comparação ao período basal, após
ANOVA e Bonferroni.
Período VG (mL) PVC (cmH
2
O) PA (mmHg) FC (bpm)
Basal 2,00 [1,91; 2,11]
-0,5 ± 0,1 96,2 ± 5,9 382 ± 9
Distensão 2,02 [1,93; 2,13]
1,2 ± 0,3 * 95,6 ± 3,6 370 ± 6
D10 2,02 [1,93; 2,15]
-0,5 ± 0,1 97,7 ± 3,0 365 ± 6, *
D20 2,01 [ 1,92; 2,16]
-0,5 ± 0,0 96,0 ± 1,6 357 ± 7 *
D30 2,00 [1,88; 2,17]
-0,2 ± 0,1 95,2 ± 1,1 347 ± 10 *
39
PA (mmHg)
90
100
110
FC (bpm)
330
340
350
360
370
380
390
400
PVC (cmH
2
O)
-1
0
1
2
Basal Distensão D
10
D
20
D
30
1.7
1.9
2.1
2.3
Volume Gástrico (mL)
*
Figura 5. Efeito da distensão mecânica atrial com 50µl sobre o Volume Gástrico (VG,
em ml), a Pressão Arterial (PA, em mmHg), a Pressão Venosa Central (PVC, em
cmH
2
O) e a Freqüência Cardíaca (FC, em bpm) em 6 ratos anestesiados submetidos à
vagotomia subdiafragmática prévia. Os parâmetros foram monitorados continuamente
por 50min, sendo os 15min iniciais considerados o período basal. A seguir, o balão
atrial foi distendido com 50µL durante 5min (período Distensão). Os valores obtidos
no restante da monitoração foram agrupados em intervalos consecutivos de dez
minutos, a saber períodos D
10
, D
20
e D
30
Os valores de VG estão representados como
“box and whiskers plots” enquanto nos demais parâmetros encontra-se na forma de
média + erro padrão da média. *p<0.05 em comparação ao período basal, após
ANOVA e Bonferroni.
40
4.5- Falsa Vagotomia:
A figura 6 e a tabela 6 resumem as oscilações observadas nos
parâmetros hemodinâmicos e no tônus gástrico dos ratos do grupo falsa vagotomia e
submetidos à distensão atrial com 50µl. Em relação ao respectivo período basal
2,01ml [1,99; 2,15] não houve alterações no volume gástrico durante a distensão atrial
(2,01ml [1,99 ; 2,15], p>0,05), porém observou-se redução do volume gástrico de
forma significativa (p<0,5), no decorrer do D
10
1,98ml [1,91; 2,13 ], se intensificando
nos consecutivos intervalos de D
20
e D
30
(respectivamente, 1,94 [1,86; 2,08] e 1,86ml
[1,80; 1,98]). Com relação às variações hemodinâmicas, foi observado que em relação
aos basais (92,8 ± 2,4 mmHg) os valores da PA permaneceram inalterados durante a
distensão e intervalos de D
10
, D
20
e D
30
(respectivamente, 91,1 ± 1,8; 92,6 ± 1,3; 91,4
± 1,0 e 91,6 ± 0,1mmHg ;p>0,05). Entretanto, houve tendência da PVC aumentar
durante a distensão atrial (2,5 ± 1,2 cmH
2
O, p>0,05) retornando há valores próximos
aos basais em D
10
(0,6 ± 0,6 cmH
2
O) e permanecendo estável durante os intervalos
D
20
e D
30
(0,7 ± 0,7 e 0,4 ± 0,6 cmH20). Com relação aos valores basais (395 ± 12
bpm), a FC permaneceu inalterada em durante a distensão (388 ± 10, bpm), tendo os
valores reduzidos nos intervalos de D
10
e D
20
(375 ± 10 e 373 ± 10 bpm, p>0,05),
sendo tal bradicardia significante no intervalo final (370 ± 11 bpm, p<0,05).
41
Tabela 6. Distribuição dos valores de volume gástrico (VG), pressão arterial (PA),
freqüência cardíaca (FC) e pressão venosa central (PVC) nos seis ratos anestesiados
submetidos à falsa vagotomia prévia e distensão atrial direita com 50µl. Os dados de
VG estão expressos na forma de mediana e intervalo interquartil e os demais média +
erro padrão da média. *p<0.05 em comparação ao período basal, após ANOVA e
Bonferroni.
Períodos VG (mL) PVC (cmH
2
O) PA (mmHg) FC (bpm)
Basal 2,01 [1,99; 2,15] 0,2 ± 0,5 92,8 ± 2,4 395 ± 12
Distensão 2,01 [1,99; 2,15] 2,5 ± 1,2 91,1 ± 1,8 388 ± 10
D10 1,98 [1,91; 2,13]* 0,6 ± 0,6 92,6 ± 1,3 375 ± 10
D20 1,94 [1,86; 2,08]* 0,7 ± 0,7 91,4 ± 1,0 373 ± 10
D30 1,86 [1,80; 1,98]* 0,4 ± 0,6 91,6 ± 0,1 370 ± 11*
42
PA (mmHg)
90
100
110
FC (bpm)
350
360
370
380
390
400
410
420
PVC (cmH
2
O)
-1
0
1
2
3
4
Bas al Dis te ns ã
o
D
10
D
20
D
30
1.7
1.8
1.9
2.0
2.1
2.2
2.3
*
*
*
Volume Gástrico (mL)
*
Figura 6. Efeito da distensão mecânica atrial com 50µl sobre o Volume Gástrico (VG,
em ml), a Pressão Arterial (PA, em mmHg), a Pressão Venosa Central (PVC, em
cmH
2
O) e a Freqüência Cardíaca (FC, em bpm) em 6 ratos anestesiados submetidos à
falsa vagotomia subdiafragmática prévia. Os parâmetros foram monitorados
continuamente por 50min, sendo os 15min iniciais considerados o período basal. A
seguir, o balão atrial foi distendido com 50 µL durante 5min (período Distensão). Os
valores obtidos no restante da monitoração foram agrupados em intervalos
consecutivos de dez minutos, a saber, períodos D
10
, D
20
e D
30
Os valores de VG estão
representados como “box and whiskers plots” enquanto nos demais parâmetros
encontra-se na forma de média +
erro padrão da média. *p<0.05 em comparação ao
período basal, após ANOVA e teste de Bonferroni.
43
4.6- Esplancnicectomia
A figura 7 e a tabela 7 resumem as oscilações observadas nos
parâmetros hemodinâmicos e no tônus gástrico dos ratos do grupo esplancnicectomia
e submetidos à distensão atrial com 50µl. Com relação ao volume gástrico, junto aos
níveis basais 1,92ml [1,81; 1,97], não foi observada alteração durante a distensão
atrial 1,87ml [1,80; 1,95]. No entanto, a partir do intervalo D
10
, houve uma
diminuição significativa (p<0,05) 1,72ml [1,68; 1,84], sendo mais expressiva nos
intervalos D20 e D30 (respectivamente; 1,61 [1,47; 1,66] e 1,47ml [1,40; 1,56];
p<0,05). Em relação aos respectivos valores basais (96,7 ± 3,3 mmHg), a distensão
atrial não modificou (p>0,05) os valores da PA (97,3 ± 4,0 mmHg), que assim se
mantiveram até o final dos experimentos (95,6 ± 3,9; 96,2 ± 3,9 e 98,5 ± 4,0 mmHg,
respectivamente intervalos D
10
, D
20
e D
30
; p>0,05) . No que se refere à PVC, a
distensão do balão intra-atrial elevou, os valores da PVC de 1,6 ± 0,4 cmH
2
O para 2,7
± 0,4 cmH
2
O (p>0,05). Após a distensão do balão atrial, os valores de PVC logo
retornaram para níveis próximos aos basais (1,4 ± 0,2 cmH
2
O), assim permanecendo
nos intervalos finais (0,8 ± 0,3 e 0,9 ± 0,2 cmH
2
O, respectivamente D
20
e D
30
).
Considerando os valores basais (391 ± 9 bpm), não houve variações significativas
(p>0,05) durante a distensão atrial (381 ± 8 bpm), porém ocorreram reduções da FC
ao longo dos 30 min finais (372 ± 8; 360 ± 6 e 356 ± 6 bpm, respectivamente D
10
, D
20
e D
30
, P<0,05).
44
Tabela 7. Distribuição dos valores de volume gástrico (VG), pressão arterial (PA),
freqüência cardíaca (FC) e pressão venosa central (PVC) nos seis ratos anestesiados
submetidos a esplancnicectomia prévia e distensão atrial direita com 50 µL. Os dados
de VG estão expressos na forma de mediana e intervalo interquartil e os demais média
+ erro padrão da média. *p<0.05 em comparação ao período basal, após ANOVA e
teste de Bonferroni.
Período VG (mL) PVC (cmH
2
O) PA (mmHg) FC (bpm)
Basal 1,92 [1,81; 1,97] 1,64 ± 0,3 96,7 ± 3,3 391 ± 9
Distensão 1,87 [1,80; 1,95] 2,71 ± 0,4 97,3 ± 4,0 381 ± 8
D10 1,72 [1,68; 1,84]* 1,42 ± 0,2 95,6 ± 3,9 372 ± 8 *
D20 1,61 [1,47; 1,66]* 0,77 ± 0,3 96,2 ± 3,9 360 ± 6 *
D30 1,47 [1,40; 1,56]* 0,93 ± 0,2 98,5 ± 4,0 356 ± 6*
45
PA (mmHg)
90
95
100
105
110
FC (bpm)
340
350
360
370
380
390
400
410
PVC (cmH
2
O)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
Bas al Dis te ns ão D
10
D
20
D
30
1.3
1.5
1.7
1.9
2.1
*
*
*
Volume Gástrico (mL)
*
*
*
Figura 7. Efeito da distensão mecânica atrial com 50µl sobre o Volume Gástrico (VG,
em ml), a Pressão Arterial (PA, em mmHg), a Pressão Venosa Central (PVC, em
cmH
2
O) e a Freqüência Cardíaca (FC, em bpm) em 6 ratos anestesiados submetidos à
esplancnicectomia prévia. Os parâmetros foram monitorados continuamente por
50min, sendo os 15min iniciais considerados o período basal. A seguir, o balão atrial
foi distendido com 50 µL durante 5min (período Distensão). Os valores obtidos no
restante da monitoração foram agrupados em intervalos consecutivos de dez minutos,
a saber, períodos D
10
, D
20
e D
30
Os valores de VG estão representados como “box and
whiskers plots” enquanto nos demais parâmetros encontra-se na forma de média +
erro padrão da média. *p<0.05 em comparação ao período basal, após ANOVA e teste
de Bonferroni.
46
4.7- Falsa Esplancnicectomia
A figura 8 e a tabela 8 resumem as oscilações observadas nos
parâmetros hemodinâmicos e no tônus gástrico dos ratos do grupo falsa
esplancnicectomia e submetidos à distensão atrial com 50µl. Considerando o volume
gástrico basal 2,00ml [1,99; 2,23], observou-se que este permaneceu inalterado
durante a distensão atrial 2,00ml [1,99; 2,23], com tendência a redução, a partir do
intervalo D
10
(1,95ml [1,89; 2,19] p>0,05), com diminuição significativa (p<0,05) em
D
20
(1,87ml [1,77; 2,07]) e persistindo nos 10 min finais (1,79ml [1,72; 1,93]).
Quanto aos parâmetros hemodinâmicos, em relação ao período basal (96,1 ± 1,7
mmHg) os valores da PA permaneceram semelhantes ao longo do período de
distensão e intervalos dos 30 min finais (96,9 ± 2,1; 95,2 ± 2,0; 96,4 ± 1,9 e 97,0 ± 2,2
mmHg, respectivamente D
10
, D
20
e D
30
). Entretanto, em relação ao basal (0,44 ± 0,4
cmH
2
O), houve aumento da PVC durante a distensão atrial (2,11 ± 0,5 cmH
2
O,
p<0,05), retornando nos intervalos subsequentes (respectivamente; 0,93 ± 0,3; 0,68 ±
0,4; 0,25 ± 0,6 cmH
2
O, respectivamente D
20
e D
30
). Já quanto à FC, verifica-se que
em relação ao período basal (380 ± 11 bpm), a FC reduziu durante a distensão atrial
(371 ± 5 bpm, p>0,05), no entanto, houve bradicardia significativa (p<0,05) nos 30
min finais (352 ± 10; 353 ± 7 e 339 ± 12 bpm, respectivamente D
10
, D
20
e D
30
).
47
Tabela 8. Distribuição dos valores de volume gástrico (VG), pressão arterial (PA),
freqüência cardíaca (FC) e pressão venosa central (PVC) nos seis ratos anestesiados
submetidos à falsa esplancnicectomia e distensão atrial com 50 µL. Os dados de VG
estão expressos em mediana e intervalo interquartil e os demais média + erro padrão
da média. *p<0.05 em comparação ao período basal, após ANOVA e teste de
Bonferroni.
Período VG (mL) PVC (cmH
2
O) PA (mmHg) FC (bpm)
Basal 2,00 [1,99; 2,23 ]
0,44 ± 0,4 96,1 ± 1,7 380 ± 11
Distensão 2,00 [1,99; 2,23]
2,11 ± 0,5* 96,9 ± 2,1 371 ± 5
D10 1,95 [1,89; 2,19]
0,93 ± 0,3 95,2 ± 2,0 352 ± 10*
D20 1,87 [1,77; 2,07]*
0,68 ± 0,4 96,4 ± 1,9 353 ± 7*
D30 1,79 [1,72; 1,93]*
0,25 ± 0,6 97,0 ± 2,2 339 ± 12*
48
PA (mmHg)
90
100
110
FC (bpm)
320
330
340
350
360
370
380
390
400
PVC (cmH
2
O
-1
0
1
2
3
Basal Disten
o
D
10
D
20
D
30
1.50
1.75
2.00
2.25
2.50
*
*
Volume Gástrico (mL)
*
*
*
*
Figura 8. Efeito da distensão mecânica atrial com 50µl sobre o Volume Gástrico (VG,
em ml), a Pressão Arterial (PA, em mmHg), a Pressão Venosa Central (PVC, em
cmH
2
O) e a Freqüência Cardíaca (FC, em bpm) em 6 ratos anestesiados submetidos à
falsa esplancnicectomia prévia. Os parâmetros foram monitorados continuamente por
50min, sendo os 15min iniciais considerados o período basal. A seguir, o balão atrial
foi distendido com 50 µL durante 5min (período Distensão). Os valores obtidos no
restante da monitoração foram agrupados em intervalos consecutivos de dez minutos,
a saber períodos D
10
, D
20
e D
30
Os valores de VG estão representados como “box and
whiskers plots” enquanto nos demais parâmetros encontra-se na forma de média +
erro padrão da média. *p<0.05 em comparação ao período basal, após ANOVA e teste
de Bonferroni.
49
5- DISCUSSÃO
No presente trabalho, verificamos que o estiramento mecânico do
átrio direito de ratos anestesiados além de provocar reajustes hemodinâmicos diminui
o volume gástrico. A diminuição do volume gástrico foi inclusive diretamente
proporcional ao grau de distensão do balão intra-atrial. Tal diminuição do volume do
estômago se evidencia ainda durante os 5min da distensão atrial, tornando-se
significante no período distendido e assim permanecendo por pelo menos 30min.
Além disso, a esplancnicectomia prévia acentuou a diminuição do volume gástrico,
enquanto a vagotomia sub-diafragmática preveniu tal efeito.
Tendo em vista as observações de Schultz et. al. (1982) que o
estiramento mecânico do coração determina reajustes hemodinâmicos, cuidei de
monitorar a PA, a FC e a PVC durante todo o experimento. Para tanto, utilizei
metodologia considerada padrão pela literatura (Voitkevich, 1969; Kaufman, 1980;
Tsui et al. 1991; Samsel et al. 1994). Os cateteres nos vasos cervicais, conectados a
transdutores de pressão, permitiram o registro contínuo destes parâmetros pelo
sistema digital de aquisição de sinais biológicos. Os valores dos parâmetros
hemodinâmicos encontrados durante o período basal foram similares aos descritos na
literatura (Phillips et al. 1989; Harada et al. 1992; Graça et al., 2002). Nos animais do
grupo controle (falsa-distensão), as oscilações encontradas nos níveis de PA, FC e
PVC não foram significantes e tem origem incerta. De acordo com Persson (1996) o
volume sanguíneo, a pressão arterial e a pressão venosa central constituem fatores
críticos da atividade cardiovascular. Neste sentido, os ratos tiveram livre acesso à
solução de rehidratação oral contendo glicose e sais minerais assegurando, portanto,
boa condição de hidratação conforme pôde ser verificado na avaliação de um grupo a
parte de animais cujos valores das proteínas plasmáticas totais (5.1-6.6g/dl) estão
dentro da faixa considerada normal (4.7-8.2g/dl) para esta espécie (Gross, 1994). Já a
distensão do balão intra-atrial com 50 ou 70µl, ocasionou aumento da PVC e
bradicardia fenômenos manifestados tão mais precocemente quanto maior o grau
de distensão atrial. Em estudos in vitro com coração de ratos, a distensão de balão
intra-atrial também determina aumento na pressão atrial (Kaufman, 2001). Ademais,
Schultz et. al. (1982) observou em cães anestesiados que a distensão atrial direita
também aumenta a pressão venosa central, de 2.6±0.2 para 5.7±0.6mmHg.
50
Em relação à monitoração da motilidade gastrintestinal, a literatura
recomenda o uso de várias metodologias para estudos in vitro (Karakida & Homma,
1989) e in vivo (Capelo et. al., 1983 e Bojo et. al., 1991; Schwizer et al. 1996; Gilja et
al. 1999; Van Der Velde et. al.,, 1999). In vitro, a motilidade gástrica pode ser
estudada seja com sistema isométrico, mantendo o comprimento constante e medindo
as mudanças na tensão, ou mediante sistema isotônico, onde a tensão seja mantida
constante e medindo as mudanças no comprimento muscular (Barlow et. al., 2001). Já
em condições fisiológicas in vivo, a avaliação da motilidade gástrica é mais complexa,
pois o estômago proximal exerce contração tônica fenômeno descrito ainda em
1903 por Cannon, tendo por base estudos radiológicos em gatos.
O registro direto da pressão intraluminal por manometria não
detecta, portanto, as variações sutis no tônus do estômago proximal, eclipsadas por
outros movimentos da víscera. Donde a avaliação carece ser isotônica, mantendo-se a
pressão intraluminal constante para seguir as mudanças no comprimento muscular,
isto é, no volume gástrico. Assim, Aspiroz & Malagelada desenvolveram em 1985 um
sistema barostato para estudos de complacência gástrica em cães. O sistema mantêm
pressão constante dentro de um balão intra-gástrico pela injeção ou retirada de ar.
Quando a pressão cai abaixo de um dado valor, o sistema injeta ar e quando a pressão
aumenta, o sistema aspira ar. Portanto, o volume de ar dentro do balão intraluminal
reflete o tônus da víscera: diminuição do volume gástrico reflete a contração enquanto
sua subida reflete o relaxamento visceral. Tal metodologia foi adaptada por Rouzade
et al (1998) para estudo da complacência gástrica de ratos. No entanto, trata-se de
tecnologia pouco acessível e cara. Neste trabalho monitoramos o volume gástrico por
pletismografia, método de acesso direto e contínuo do tônus gástrico, desenvolvido
em nosso laboratório por Graça et. al. (2000). A reprodutibilidade e a confiabilidade
da monitoração do tônus gástrico em ratos anestesiados por pletismografia já foi
inclusive atestada por outros autores (Souza et al., 2003). No presente trabalho,
obtivemos valores de volume gástrico no período basal similares aos descritos na
literatura (Graça et al., 2002; Souza et al. 2003). No caso dos animais do grupo
controle (falsa-distensão), as oscilações encontradas nos valores de volume gástrico
ao longo dos 50min de monitoração não foram significantes.
51
O volume sanguíneo é parâmetro especialmente importante no
controle da dinâmica cardiovascular, ao assegurar a circulação de oxigênio, nutrientes,
sais minerais, vitaminas, e hormônios para cada célula viva do organismo, assim
como remover os produtos finais do catabolismo e o calor gerado por estas reações. O
volume sanguíneo é composto tanto de líquido extracelular (plasma) como
intracelular (líquido contido na hemácia). Em condições fisiológicas, o volume
sanguíneo é mantido dentro de estreita faixa, donde desvios relativamente leves
constituem agravos patológicos. No caso de ratos, o volume sanguíneo de 7ml/100g
de peso é tido como normal segundo Waynforth & Flecknell (1992). Os mecanismos
homeostáticos que garantem esta constância constituem exemplos notáveis de
sistemas de “feedback” (Burton, 1977).
Variações no volume sanguíneo promovem mudanças das pressões
ao longo do aparelho circulatório, as quais são detectadas por receptores de
estiramento e tensão (ou mecano-receptores) existentes na intimidade dos principais
vasos sistêmicos e em vísceras torácicas e abdominais. Tais receptores são
tradicionalmente descritos segundo a localização em receptores de baixa e de alta
pressão, situados respectivamente nos vasos de capacitância e no sistema arterial
(Brenner, 2003).
A demonstração talvez mais eloqüente do papel dos receptores de
baixa pressão na regulação aguda do volume sanguíneo advém de ensaios clínicos
acerca dos efeitos cardiovasculares e renais da redistribuição do volume sanguíneo.
Assim, quando voluntários sadios são colocados em banho termo-neutro com água até
o pescoço além do aumento da pressão venosa central, da pressão atrial transmural e
da pressão arterial pulmonar (Arborelius et. al., 1972; Epstein et. al., 1972) o
indivíduo apresenta notável diurese e natriurese similar aquela encontrada após a
infusão de salina (Epstein et. al.,1975). Em contraste, a aplicação de pressões
negativas sobre o corpo leva ao acúmulo de sangue nos membros inferiores,
reduzindo a pressão venosa central e o débito cardíaco, além de induzir antidiurese,
sem alterar a pressão arterial ou o fluxo renal plasmático (Nabel et. al., 1987; Miller et
al., 1991).
52
Além de localização estratégica, na junção das circulações venosa e
arterial, os átrios se configuram de complacência ideal para detectar as variações
volêmicas (Zullo, 1991). De fato, Coleridge et al. (1964) descreveram com detalhes as
terminações vagais nos átrios, responsivas à distensão mecânica e à pressão
transmural. Segundo Paintal (1953), apenas os receptores do tipo B seriam ativados
com o enchimento e a distensão atrial. Tal atividade, conduzida pelos nervos
glossofaríngeo e vago até o núcleo do trato solitário (NTS) que juntamente com a área
postrema se conectam com o núcleo parabraquial lateral, de comprovado
envolvimento no balanço do volume do líquido extracelular, graças suas amplas
interconecções com os núcleos hipotalâmicos óptico, paraventricular e central da
amígdala. Segundo Torrente et. al. (1975) e Quail et al. (1987) a distensão do átrio
esquerdo inibe a liberação hipotalâmica da arginina vasopressina (AVP). Além da
inibição ao nível central da ingestão de líquidos (Ohman & Johnson, 1995), a
distensão do átrio direito diminui os tônus pré e pós-capilar dos vasos de resistência
periférica, favorecendo assim a transudação do fluido intersticial (Mellander & Oberg,
1967). Ocasionaria ainda a inibição por vias GABAérgicas centrais da atividade
simpática renal, favorecendo a filtração glomerular e inibindo a permeabilidade do
túbulo contorcido proximal ao sal e água (Weaver, 1977; DiBona & Sawin, 1985;
Myers et. al., 1988; Yang & Coote, 2003).
A atividade cardíaca exibe reajustes reflexos intrínsecos com grande
relevância funcional. Em 1914, Starling observou numa preparação de órgãos isolados
que a distensão cardio-vascular aumenta a contratilidade cardíaca de cães, fenômeno
análogo ao descrito anteriormente por Otto Frank com a musculatura ventricular de
sapo. Em 1915, Bainbridge observou em cães que o aumento do retorno venoso
mediante a injeção endovenosa de salina desencadeia taquicardia reflexa, a qual serve
de base para o entendimento da lei de Frank-Starling. Confirmando estudos prévios de
von Bezold, Cramer descreveu em 1915 claramente a apnéia, bradicardia e hipotensão
arterial após a infusão de veratrum em gatos anestesiados. Por volta de 1939, Jarisch e
Richter confirmaram a ocorrência da tríade bradicardia, bradipnéia e hipotensão, após
a infusão de veratridina em gatos anestesiados, sendo tais efeitos abolidos após
vagotomia. Doravante, tal fenômeno passou a ser conhecido como quimio-reflexo de
Bezold-Jarisch (Dawes & Comroe, 1954).
53
Posteriormente, foi descrita a intervenção de receptores da região
hepato-portal na homeostase do volume sanguíneo. A infusão concomitante de água
destilada na veia porta e de salina hipertônica (NaCl 1,8%) na veia cava, de tal modo
a prevenir alteração na osmolaridade sérica, desencadeia expressiva diurese em ratos
(Haberich, 1968). Tais resultados foram explicados por Hosomi & Morita (1996) pela
ativação de um reflexo hepato-renal pois a natriurese advinda da dupla infusão porto-
cava em coelhos acordados é antecedida pela diminuição da atividade simpática renal
sendo tal fenômeno inalterado pela vagotomia ou desnervação sino-aórtica mas
abolido pela secção dos nervos simpáticos renais. Ademais, a infusão de solução
salina hipertônica (NaCl 20%) na veia porta de coelhos diminui a absorção jejunal de
Na+ e água como se fora um reflexo hepatointestinal (Morita et. al., 1990). Outra
possibilidade é destes fenômenos terem mediação humoral. Neste sentido, a
uroglanilina é um peptídeo de origem entérica capaz de influenciar o transporte
epitelial no intestino delgado e no rim, promovendo a secreção de sal e água como
se fora um hormônio natriurético gastrintestinal (Fonteles et. al., 1998; Nakazato,
2001).
A demonstração talvez mais inequívoca do papel dos receptores de
alta pressão na regulação aguda do volume sanguíneo advém dos ensaios clínicos com
pacientes com fístula artério-venosa. Assim, o fechamento súbito destas fístulas além
de reduzir as pressões intra-cardíacas ocasiona notável natriurese (Winaver et. al.
1988).
Com o desenvolvimento por Carl Ludwig em 1842 da teoria da
filtração glomerular na elaboração da urina e a elucidação por Ernest Starling em
1896 do papel das forças hidrostáticas e oncóticas nos fluxos trans-vasculares do
plasma, ficou evidente ser a pressão de perfusão renal fator determinante na função
renal. Assim, o aumento na pressão de perfusão promove a diurese enquanto a
diminuição na pressão de perfusão ocasiona anti-diurese (Smith, 1982). Na verdade, o
fluxo sanguíneo dos rins e de outras vísceras é mantido quase constante, mesmo sob
amplas variações fisiológicas na pressão arterial, graças ao reflexo miogênico. Desta
forma, com a redução na pressão de perfusão ocorre vasodilatação das arteríolas
aferentes, promovendo assim o aumento na perfusão renal. Já com o aumento na
54
pressão de perfusão há contração das arteríolas aferentes, reduzindo a perfusão renal
(Kirchheim et. al., 1987).
A idéia de fatores, intrínsecos aos rins, determinantes da função
renal surgiu ainda em 1898 com a observação de Tigerstedt e Bergman das
propriedades hipertensivas de extratos renais. Com o desenvolvimento por em
Goldblatt (1934) do modelo de hipertensão renovascular pela constrição mecânica da
artéria renal em cães acordados, foi possível a Page e Menendez isolar em 1939 a
angiotensina no plasma da veia renal. Surge daí o conceito de sistema renina-
angiotensina-aldosterona de papel crucial na regulação da volemia. Ademais, o
aparelho túbulo-glomerular ajuda a manter o balanço de sódio, ao minimizar os
efeitos de eventuais mudanças na perfusão renal e na filtração glomerular (Navar,
1998; Schnermann, 1998).
Estudando voluntários sadios submetidos à gravidade zero, Gauer
et. al. (1954) verificaram notável diurese, indicando a influência de um terceiro fator
na regulação da volemia. A identificação do fator natriurético atrial (ANF) só ocorreu,
entretanto, em 1981 quando de Bold et. al descreveram que o balanço hidro-
eletrolítico afeta a granulação de miócitos enquanto os extratos atriais são capazes de
induzir intensa diurese e natriurese, a ponto de elevar o hematócrito e abaixar a
pressão arterial.
Desde o século passado se sabe que a massagem do seio carotídeo,
simulando um pico hipertensivo, ocasiona inibição da atividade simpática e
estimulação vagal cardíacas além de inibir o tônus simpático vascular. Desta forma, o
abrandamento da atividade cardíaca e a vasodilatação associada podem restaurar,
portanto, a normotensão (Heymans & Folkow, 1982). Além da influência notável na
regulação reflexa da atividade cardiovascular, os baroreceptores carotídeos afetam
ainda a função renal. Segundo Guyton et al. (1952), a estimulação do baroreceptor
carotídeo em ratos acordados aumenta a excreção renal de sódio, independente da
filtração e da perfusão renal enquanto a súbita oclusão da carótida aumenta as
atividades simpáticas sistêmica e renal, promovendo assim a anti-diurese (Keeler,
1974; Gross et. al., 1980; Beers et. al., 1986). Vale ainda salientar que a atividade
baroreceptora afeta inclusive a permeabilidade entérica ao sal e água; pois a súbita
55
oclusão da carótida de gatos anestesiados eleva a absorção jejunal de fluidos e
eletrólitos fenômeno prevenido pela desnervação simpática da alça intestinal
(Sjövall et al., 1986a).
Há ainda mecanoreceptores menos conhecidos noutros territórios,
como no aparelho urinário. Em cães anestesiados, a obstrução ureteral aguda ocasiona
queda expressiva da absorção jejunal de fluidos e eletrólitos como se fora um
reflexo reno-jejunal sendo tal fenômeno inclusive abolido pela desnervação renal
ou pelo uso endovenoso de atropina (Suzuki et. al., 1992).
Segundo o paradigma prevalente em livros texto (Aires, 1999;
Guyton & Hall, 2002), o equilíbrio nos volumes do líquido extracelular e sanguíneo
seria alcançado mediante a interação funcional exclusiva dos sistemas cardio-vascular
e renal. No entanto, acumulam-se, na literatura, evidências da intervenção do trato
gastrintestinal na regulação do volume sanguíneo. Dado suas características
morfofisiológicas, Michell (2002) ressaltou a importância do trato gastrintestinal
como fator primordial para a absorção e secreção de água e eletrólitos, sendo tal
característica importante nos mamíferos, notadamente nos herbívoros. Tal fato se
sustenta pela notória capacidade dos ruminantes em suportar desidratação prolongada,
uma vez que o rumem pode funcionar como reservatório de água (Silanikove, 1994).
Um exemplo notável da contribuição do trato gastrintestinal na homeostase volêmica
ocorre nos camelos que desenvolveram ao longo da deriva natural a capacidade de
suportar desidratação intensa, de até 30% do peso corpóreo. Ao contrário do que
ocorre com outros animais, o camelo não perde o apetite, reduz a perda de líquidos
pelas fezes enquanto é capaz de ingerir, em menos de dez minutos, um volume de
líquido o suficiente para restituir a volemia e assim corrigir a desidratação prévia
(Schmidt-Nielsen, et. al. 1956). Ademais, mesmo em animais monogástricos, como o
coelho e o rato, a restituição da volemia e a sobrevivência frente à sangria está
comprometida acaso sejam submetidos previamente ao jejum ou à enterectomia
(Redfors, 1987; Darlington et. al., 1995).
A nossa contribuição sobre o tema decorre de uma série de estudos
desenvolvidos desde o final dos anos setenta. Inicialmente, Capelo et. al. (1983)
verificaram que a infusão endovenosa de salina isotônica até um volume de 50ml/kg
56
em cães anestesiados tornava o estômago mais resistente à distensão enquanto a
sangria até um volume de 30ml/kg aumentava a complacência gástrica, A seguir, Rola
et. al. (1989) observaram fenômeno similar numa alça intestinal de cães anestesiados,
com aumento do tônus jejunal após a hipervolemia e aumento da complacência
jejunal após a hipovolemia. Tais resultados nos levaram a considerar o TGI como
reservatório cuja capacidade fosse modificada de acordo com a volemia. Como tais
resultados haviam sido obtidos com segmentos estanques do TGI, investigamos então
o efeito destas variações volêmicas sobre o fluxo gastroduodenal de líquido. Em cães
anestesiados, a hipervolemia diminui o fluxo gastroduodenal de líquido, fenômeno
que se manifesta ainda durante a infusão de salina e assim permanece nos 90min
posteriores. Já a sangria aumenta o fluxo gastroduodenal de líquido, efeito revertido
com a reposição de sangue (Santos et al. 1991).
A despeito da originalidade das observações do Prof. Capelo, o
modelo e o delineamento experimentais utilizados limitam a interpretação dos
resultados, pois os cães além de anestesiados eram submetidos à variações volêmicas
consecutivas. Estudando a retenção gástrica de uma refeição líquida em ratos
acordados, Gondim et. al. (1998) observaram que a infusão de salina (18ml/kg)
retarda o esvaziamento gástrico da refeição teste enquanto a sangria (1,5ml/100g) o
acelera em relação as taxas de retenção gástrica do grupo mantido sob normovolemia.
Ademais, o próprio trânsito gastrintestinal parece ser modulado pelo volume
sanguíneo: a infusão endo-venosa de salina retarda a progressão gastrintestinal de
refeição teste em ratos acordados (Oliveira et. al 1998). Entretanto, a infusão de salina
induz hemodiluição, acidose e hipoxemia, introduzindo uma série de vieses enquanto
a sangria, de tão intensa, quase precipitava o choque hemorrágico. No intuito de tentar
dirimir tais questões, Graça et al. (2002) decidiram re-investigar o fenômeno em ratos.
Para tanto inicialmente desenvolveram um novo modelo de avaliação do tônus
gástrico mediante pletismografia (Graça et al., 2000). A seguir, estudaram um
conjunto de ratos anestesiados sob diferentes condições volêmicas. Os ratos
normovolêmicos mantêm o volume gástrico quase constante ao longo de 90 minutos
de monitoração. Já a hipervolemia pela transfusão de sangue (12.5ml/kg) diminui em
11,3% o volume gástrico. Tal fenômeno persiste até 1hora após a transfusão, mesmo
em ratos submetidos à secção dos nervos vago ou esplâncnico. Por outro lado, a
57
sangria (10ml/kg) torna o estômago mais complacente, aumentando o volume gástrico
em 15,8%, fenômeno revertido pela reposição do sangue.
Investigamos ainda se a redistribuição do volume sanguíneo afeta a
motilidade gastrintestinal em ratos acordados. A perda aguda da função renal
mediante nefrectomia bilateral provoca, além da esperada azotemia, retarde no
esvaziamento gástrico de líquido fenômeno tão mais evidente quanto maior o grau
de hipervolemia advindo da retirada do rim (Silva et. al., 2002). O comportamento
motor gastrintestinal também se reajusta frente à insuficiência cardíaca congestiva: o
infarto agudo do miocárdio subseqüente à oclusão da coronária esquerda ocasiona
retarde no esvaziamento gástrico e no trânsito gastrintestinal de uma refeição teste
fenômeno inclusive diretamente proporcional à área de infarto miocárdico (Camurça
et al. 2004).
Tendo em vista este contexto, decidimos verificar se a mera
distensão cardíaca influenciaria a motilidade gastrintestinal. Para tanto e baseado na
literatura, optamos estudar os efeitos sobre o volume gástrico da distensão de balão
intra-atrial mediante a injeção de 30, 50 ou 70µl de salina. Para o estudo das vias
neurais eventualmente envolvidas na diminuição do gástrico, utilizamos o menor grau
de distensão atrial capaz de aumentar de forma consistente a pressão venosa central
ou seja, a expansão do balão intra-atrial com 50µl de salina mesmo volume
empregue por Kauffman (1987) nos estudos acerca dos efeitos renais da distensão
atrial.
Segundo Lindem et. al. (1982), não há procedimentos atraumáticos
e seletivos para avaliação do papel dos mecanoreceptores cardiopulmonares. Assim, a
mera infusão de sangue ou salina pode introduzir vieses feito a elevação da pressão
arterial, a diminuição da pressão oncótica plasmática e do hematócrito, a acidose, a
hipoxemia ou até influenciar a hemodinâmica renal (Franchini, 1998; Inoue et. al.
2000). Outras técnicas envolvem a oclusão das válvulas mitral ou aórtica e até a
estimulação do nervo cardíaco requerendo, entretanto, a toracotomia (Oberg &
Thoren 1973; Mason & Ledsome, 1974).
58
Já a distensão cardíaca com balões pode eventualmente estimular
diferentes receptores, de acordo com a localização do balão e do volume de distensão
fato de importância adicional nos estudos com ratos e camundongos. Contudo, o
desenvolvimento dos tubos de silicone possibilitou a confecção de cateteres
padronizados tendo na extremidade um balão inflável. Investigando o papel
fisiológico do hormônio natriurético atrial na permeabilidade do néfron ao sal e água,
Kauffman et. al. (1990) utilizaram tais balões para distender a junção da veia cava
superior com o átrio direito, procedimento capaz de induzir marcante natriurese e
diurese em ratos acordados fenômenos independentes de hormônio anti-diurético,
aldosterona ou inervação simpática renal. Kauffman et. al. (1987; 1990) descreveram
ainda que a distensão de balão intra-atrial com 50µl não impede o retorno venoso ao
coração de ratos com cerca de 330g de peso simulando, assim, a expansão
intravascular advinda da transfusão de sangue. No presente trabalho, a distensão intra-
atrial com 50 e 70µl aumentou de forma significante os níveis da PVC enquanto a
pressão arterial permaneceu inalterada. Vale salientar que tal procedimento parece não
alterar de forma relevante o débito cardíaco: em um grupo separado de animais
obtivemos, pela técnica de termo-diluição, valores de débito cardíaco similares aos
indicados na literatura para ratos anestesiados. Ademais, fenômeno similar de
aumento no tônus gástrico ocorreu naqueles ratos submetidos a meros 30µl de
distensão atrial, embora não tenha provocado elevação estatisticamente significante
nos valores de PVC (0,7±0,2 vs 0,8±0,2 cmH
2
O).
No presente trabalho, a distensão de balão intra-atrial diminuiu de
forma significante e consistente a freqüência cardíaca, ao contrário de trabalhos
anteriores nos quais a distensão mecânica atrial em cães e ratos anestesiados e
acordados se associam à taquicardia reflexa (Kaufman et al, 1981; Schultz et. al.
1982). No caso, do efeito per si do peptídeo natriurético atrial sobre a regulação da
freqüência cardíaca, evidências que disponho indicam que a infusão intravenosa ou
intra-cardíaca de tal peptídeo também induz bradicardia reflexa em estudos com
caprino e rato (Thomas et al, 1998; Thomas, 2001). Tal bradicardia reflexa é um
efeito protetor cardíaco observado em eventos como infarto do miocárdio, ao impedir
a ocorrência de disritmia cardíaca mediada pelo tônus simpático (Rosenfeld, 1988).
No entanto, não descartamos a possibilidade da diferença observada nos demais
trabalhos devido ser em animais acordados ou da utilização de diferentes anestésicos
59
(Kaufman, 1981). Vale salientar que os animais do grupo controle apresentaram
queda progressiva embora não significante na frequência cardíaca ao longo dos 50min
de monitoração talvez conseqüente à anestesia com uretana (Gross,1994).
Embora o estômago seja considerado víscera única, suas porções
proximal e distal exibem funções distintas, tanto em termos da secreção como na
motilidade. No caso dos ratos, há inclusive limites visíveis destas porções: a porção
proximal apresenta características aglandulares e funciona como reservatório
alimentar e de processamento de digestão bacteriana enquanto a porção distal está
envolvida com a fragmentação e a mistura do alimento com secreções digestivas,
assim como a regulação do esvaziamento gástrico (Swenson & Reece, 1996).
A propriedade gástrica de armazenamento foi revelada ainda
em 1904 por Cannon mediante radioscopia. Em humanos sob jejum, o estômago
proximal se mostra retraído, contendo um pouco de ar e uns 50ml de secreção
gástrica. Com a ingestão das refeições há, simultânea ao relaxamento do esfíncter
esofagiano inferior, breve dilatação do estômago proximal (relaxamento receptivo)
seguida doutra mais duradoura, advinda da distensão das paredes da víscera pelo
volume recém-ingerido (relaxamento adaptativo). Assim, o fundo e o corpo
gástricos acomodam alimentos em camadas segundo a densidade, incorporando
refeições relativamente volumosas sem incremento expressivo na pressão intra-
gástrica. A despeito da natureza elástica das fibras musculares lisas que deslizam
passivamente entre si ao serem estiradas, o aumento na complacência gástrica
decorre principalmente de inibição reflexa por via vagovagal da musculatura lisa
do fundo e do corpo gástrico sendo abolido ex vivo. Tal fenômeno envolve
neurotransmissão não-adrenérgica não-colinérgica (NANC), possivelmente do
tipo NOérgica e/ou VIPérgica (Takahashi & Owyang, 1997; Ergun et. al., 2001)
O estômago proximal também exibe contrações fásicas que geram
pressão suave, mas suficiente para mover o conteúdo luminal para o estômago distal.
Tal atividade surge após as refeições, ao cessarem os estímulos para o relaxamento
gástrico. A duração desse processo varia segundo o volume e a composição da
refeição ingerida. Além do já mencionado efeito vagal inibitório sobre a complacência
gástrica, a ingestão alimentar também libera hormônios, como secretina,
60
colecistocinina (CCK) e polipeptídio inibitório gástrico (GIP) que contribuem para o
relaxamento visceral. Já as contrações do estômago proximal, certamente dependem
de fibras excitarias colinérgicas (Meyer, 1987).
Ainda segundo Cannon, a trituração do alimento envolve quase
somente a porção distal. Tal fato foi sublinhado por Alvarez em 1922 ao
registrar o eletrogastrograma, cujo traçado no estômago proximal é bem estável
enquanto o distal exibe despolarização cíclica. Em 1969, Code descreveu com
maior acurácia tais fenômenos em cães acordados: há um gradiente no potencial
trans-membrana; que se torna mais eletronegativo desde o corpo gástrico para o
piloro. De fato, o estômago dispõe de marca-passo, responsável pelo ritmo elétrico
básico, ao nível do terço superior corpo e na grande curvatura. Sobre tal atividade
elétrica flutuante pode se superpor espículas as quais denotam o influxo de cálcio e
as conseqüentes contraçõesstricas. À medida que tal atividade se propaga ao
piloro se torna mais intensa e veloz (~3x por minuto em humanos). As contrações
gástricas são vigoradas pela estimulação vagal enquanto a estimulação simpática as
enfraquecem (Sarna, 2002).
Em relação ao esvaziamento gástrico, é consenso que cada refeição
evoca uma percepção peculiar de plenitude gástrica. Tal fenômeno foi descrito ainda
em 1822, pelo Dr. William Beaumont ao cuidar de Alexis St. Martin, ferido por
tiro no hipocôndrio. Para surpresa de todos, o paciente sobreviveu ao trauma,
restando na parede abdominal uma fístula gástrica através da qual pôde admirar
pela primeira vez o esvaziamento gástrico humano. Assim, a natureza do
alimento ingerido determina o grau de dissipação do quimo no estômago: mais
rápido para líquidos que para sólidos e, mais rápido para carboidratos que
proteínas e estas que lipídios. Em meados do século XX, o advento da técnica de
intubação gástrica, de refeições teste com corantes e a mensuração do conteúdo
luminal permitiu caracterizar o esvaziamento gástrico como fenômeno reprodutível.
Surgem então relatos da influência da dimensão das partículas e do próprio volume da
refeição ingerida bem como da osmolaridade e da acidez na taxa de esvaziamento
gástrico. Mais recentemente, o advento e ulterior refinamento da cintilografia,
combinando isótopos emissores de radiação gama, geração e análise de imagens
61
digitais permitiram ampliar tais estudos, finalmente realizáveis de forma não-invasiva.
(Van der Velde te. Al., 1999).
Embora cada refeição líquida evoque padrão peculiar de
esvaziamento gástrico, ao sabor das suas propriedades (volume e composição),
padrões gerais estão definidos. O efluxo de soluções de baixa viscosidade dá-se tão
logo sejam ingeridas, de modo exponencial e inversamente proporcional à
osmolaridade, à acidez e ao teor de ácidos graxos de cadeia longa. Soluções
eletrolíticas neutras e de osmolaridade similar à do plasma esvaziam-se rapidamente,
enquanto as de osmolaridade ou acidez elevada, ou ricas em triglicérides ou proteínas
esvaziam-se lentamente. Aliás, a própria taxa de esvaziamento gástrico de líquidos
diminui com o tempo pós-prandial, embora inicialmente seja proporcional ao
volume da refeição. Tal efeito do grau de distensão da víscera sobre o padrão de
esvaziamento gástrico parece ter base física, pois o raio de um cilindro varia com
a raiz quadrada do volume e a tensão circunferencial é proporcional ao raio (Lei
de Laplace)(Meyer, 1987). Considera-se que a parcela do esmago envolvida na
geração da pressão intra-luminal necessária à evacuação de líquido seja o fundo e o
terço proximal do corpo. Aliás, a fundectomia acelera o esvaziamento gástrico de
líquidos, mas não altera a retenção fracional de sólidos (Wilbur et. al., 1974).
Já o esvaziamento dos sólidos depende da atividade motora do
estômago distal. A cada 20s surge da zona de marca-passo onda de contração, que
evolui com velocidade e vigor crescentes, passando de 0,5cm/s e suave depressão na
parede do estômago proximal para alcançar o antro a 4cm/s quase ao ponto de ocluir o
lúmen e elevar a pressão intragástrica até 150mmHg. As contrações antrais, além de
impulsionarem o quimo em direção pilórica, atritam as partículas entre si ao
turbilhonar o conteúdo gástrico, fragmentando-as ainda mais. Através do piloro
passam só partículas pequeninas (raio<1mm) enquanto as maiores são retidas e
retropelidas para o corpo gástrico. Assim, os sólidos, acaso ingeridos em grandes
bocados, só são esvaziados após haver suficiente solubilização; daí o lapso entre o fim
da ingestão de uma refeição e o início do esvaziamento de elementos sólidos. No caso
de refeição mista, o líquido ingerido pode até postergar o esvaziamento do sólido se
aquele tiver composição capaz de estimular mecanismos frenadores (p.ex. alto teor de
62
gordura). Por fim, vazam do estômago as partículas indigeríveis, horas após a última
refeição (Weisbrodt, 2001).
A motilidade do estômago distal já foi comparada à “bomba”
cardíaca, capaz de esguichar o quimo para o duodeno a cada “sístole” antral. Graças à
combinação de achados radiológicos e manométricos, o estômago distal é considerado
um moinho, que tritura o quimo, mas também serve de resistência. À medida em que
a massa do alimento é moída para baixo, os pequeninos fragmentos solúveis se
esvaziam junto da fase líquida, enquanto as partículas maiores são retidas pelo
estômago. Ademais, como o piloro se contrai vigorosamente ao mesmo tempo ou logo
depois do antro terminal, o esvaziamento gástrico ocorre entre e não durante as
contrações antrais. Aliás, a antrectomia ocasiona nítido retarde na evacuação de
sólidos mantendo inalterado a retenção gástrica de líquidos em humanos (Donovan,
1976).
Embora seja importante marco anatômico, o papel funcional do
piloro na regulação do esvaziamento gástrico é discutível. A excisão ou
implantação de tubo rígido no piloro não afeta as taxas de esvaziamento gástrico
para vasta gama de refeões. Ao invés do esfíncter esofagiano inferior,
tonicamente contraído que ao se relaxar deixa o bolus passar livremente, o piloro é
abertura estreita, apertada periodicamente pelas retrações geradas na camada
circular, donde o tamanho da abertura pilórica determina o tamanho máximo da
partícula que o atravessa. O antro, o piloro e o bulbo reagem de forma síncrona à
onda de contração, que ao atingir o piloro, este se retrai e, em seguida, o bulbo
duodenal. Além do piloro, o duodeno, cujo diâmetro é menor que o do antro, também
impõe resistência ao efluxo gástrico. Assim, a motilidade duodenal oferece resistência
significante, segundo a intensidade e o grau de coordenação com o antro e o piloro,
donde o quimo jorra do estômago no curto período entre a oclusão do piloro e a
contração do bulbo duodenal. Já as contrões peristálticas por vezes desaparecem
do duodeno, dando lugar a contrações estacionárias ou mesmo anti-peristálticas,
ocasionando refluxo duodeno-gástrico — condição potencialmente lesiva da bile à
barreira da mucosa gástrica (Rao & Schulze-Delrieu, 1993).
63
No presente trabalho, observamos que a distensão atrial diminui
o volume gástrico em 16%, indicativo de aumento no tônus gástrico. Dado o curto
espaço de tempo entre a distensão atrial e a primeira diminuição significante no
volume gástrico (da ordem de minutos) não se pode afastar a possibilidade de
intermediação de vias autonômicas no presente fenômeno. De fato, a distensão do
átrio, seja mediante a expansão intravascular por infusão de solução salina ou pela
inflação de balão na junção veno-atrial, aumenta o volume urinário e a natriurese em
cães, efeitos estes atenuados pela prévia vagotomia cervical (Henry & Pearce, 1956).
As vísceras gastrintestinais sofrem importante regulação
autonômica, por vias neurais simpáticas e parassimpáticas, identificadas segundo o
ponto de emergência do sistema nervoso central e a localização dos gânglios de onde
partem os corpos celulares dos neurônios pós-ganglionares. Ademais, o TGI dispõe de
complexa rede intramural de neurônios, o sistema nervoso entérico, cuja relevância
pode ser evidenciada pela preservação das funções secretoras, absortivas e motoras,
mesmo após a completa desnervação extrínseca (Rhoades & Tanner, 2003).
As vias parassimpáticas para o trato gastrintestinal são oriundas do
tronco encefálico e da região sacral da medula espinal. Do núcleo motor dorsal no
bulbo partem os corpos celulares de neurônios que se projetam pelos nervos vagos.
Ao nível subdiafragmático, a minoria (~27%) das fibras vagais do rato é via eferente,
provenientes de fibras parassimpáticas pré-ganglionares situadas do núcleo do trato
solitário, área postrema e do núcleo ambíguo ou ainda de fibras pós-ganglionares
simpáticas oriundas dos gânglios cervical superior e torácico com quem fazem
anastomose na região torácica. Estes eferentes fazem sinapse com neurônios do
sistema nervoso entérico no esôfago, no estômago, no intestino delgado, no colón
além da vesícula biliar e pâncreas. Tais fibras atuam sobre a inervação entérica,
controlando de forma rápida e precisa o tubo digestivo, possibilitando os ajustes
necessários na motilidade e na permeabilidade gastrintestinal, como no decorrer da
ingestão e da digestão das refeições (Wood, 2005).
Estudando o fenômeno do relaxamento adaptativo do estômago em
gatos anestesiados, Jansson (1969) observou que o nervo vago abaixo do diafragma
possui fibras eferentes de baixo e de alto limiar, sendo a primeira via excitatória do
64
tipo colinérgica e a segunda inibitória do tipo NANC. Assim, o balanço na atividade
das fibras vagais eferentes definiria momento a momento o tônus da porção proximal
do estômago (Azpiroz & Malagelada, 1987). Vale salientar a existência no nervo vago
na região torácica de fibras de origem simpática, nas quais foram encontradas o
peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP), além da tirosina hidroxilase e da
dopamina ß-hidroxilase (Yang e Zhao, 1999). Além disso, Ahlman & Dahlstron
(1983), observaram que a estimulação vagal desencadeia a liberação de serotonina
pelas células enterocromafins na circulação portal e intestino, sendo tal estímulo
mediado pelas fibras simpáticas presentes no nervo vago, na ocasião também
verificou a presença de substância P e encefalina, substâncias estimulantes da
contração gástrica. Ainda em relação acerca das vias serotoninérgicas, James et. al.
(2005) observaram aumento do tônus no fundo gástrico, bem como no antro e piloro
de ratos quando do tratamento com inibidor de recaptação de serotonina (Fluoxetina).
No que se refere aos ajustes do TGI frente às variações agudas da
volemia, Sjövall et. al. (1983) verificaram em gatos anestesiados que a inspiração sob
pressão negativa torna o epitélio intestinal de absortivo para secretor fenômeno
esse dependente da atividade vagal. No nosso laboratório, o retarde no esvaziamento
gástrico de líquido em ratos acordados submetidos à infusão de salina foi prevenido
pela vagotomia subdiafragmática (Gondim et al., 1999). Entretanto, em ratos
anestesiados, as vagotomias, cervical ou sub-diafragmática, não interferiram no
aumento do tônus gástrico advindo da transfusão sanguínea (Graça, 1999).
Já no presente trabalho, a vagotomia subdiafragmática preveniu a
diminuição do volume gástrico pela distensão do balão intra-atrial. Vale salientar que
a hipervolemia além de estimular os receptores cardiopulmonares (tal como ocorre
quando da distensão mecânica cardíaca), pode interferir na atividade dos
baroreceptores, receptores renais, bem como receptores no sistema nervoso central
(Potts et. Al., 2000). Neste sentido, em outra linha de pesquisa no laboratório acerca
dos efeitos da elevação aguda da pressão intracraniana sobre a motilidade
gastrintestinal, Cristino (2004) descreveu que vagotomia sub-diafragmática também
não conseguiu prevenir o aumento do tônus gástrico induzido pela hipertensão
intracraniana.
65
Já a inervação simpática para as vísceras gastrintestinais é
proveniente das regiões torácica e lombar superior da medula espinal. As fibras
eferentes simpáticas saem da medula espinal pela raiz ventral, para fazer sua primeira
conexão sináptica com neurônios situados nos gânglios simpáticos para-vertebrais,
celíaco, mesentérico superior e mesentérico inferior. Dos gânglios pré-vertebrais, os
corpos neuronais se projetam para o trato digestivo, onde fazem sinapses com os
neurônios do sistema nervoso entérico. Além disso, inervam os vasos sanguíneos, a
mucosa e as regiões especializadas da musculatura (Wood, 2005).
Tais nervos simpáticos inervam o estômago levando fibras eferentes
com influência inibitória sobre a contratilidade visceral, sendo que as vias
adrenérgicas ocasionam hiperpolarização das células gástricas (Abrahamson & Glise,
1984). Estudando o relaxamento adaptativo do estômago de gatos anestesiados,
Jansson (1966) sugeriu que a descarga adrenérgica responsável pela inibição da
motilidade gástrica também inibia neurônios intramurais colinérgicos na parede do
estômago.
É conhecida a importância das vias adrenérgicas para a
sobrevivência de mamíferos em situações de estresse, como no choque hemorrágico,
onde há necessidade de restituição do líquido corpóreo (Redfords & Sjovall, 1984).
De acordo com Sjoval (1985), a atividade dos nervos esplâncnicos estaria tonicamente
inibida por aferentes cardíacos, Em gatos anestesiados, a diminuição da pré-carga
cardíaca, mediante inspiração sob pressão positiva, torna o epitélio intestinal
maximalmente absortivo fenômeno esse dependente da atividade alfa simpática
pois o aumento na permeabilidade intestinal induzido pela respiração sobre pressão
positiva seria abolido após secção dos nervos esplâncnicos (Sjovall, et. al., 1984).
No que concerne aos ajustes do TGI frente às variações agudas da
volemia, Gondim et. al. (1999) registrou que a esplancnotomia não interfere no
retarde do esvaziamento gástrico de líquidos observado após a infusão intravenosa de
salina em ratos acordados. Mesmo em ratos anestesiados, o aumento do tônus gástrico
após a transfusão sanguínea não se altera com a retirada das vias esplâncnicas,
segundo Graça (2004). Já no presente trabalho, o aumento do tônus gástrico após a
distensão do balão intra-atrial foi exacerbado nos animais do grupo esplancnotomia
66
quando comparado aos animais com a via esplâncnica intacta (0,42±0,05 vs.
0,25±0,04 ml, P<0.05 teste “t” não pareado). A nosso ver, esta exacerbação resultaria
da ausência do feedback negativo (inibição da motilidade) oriundo das vias
simpáticas, e desta forma há supremacia do efeito de origem vagal originário da
distensão atrial.
Outra possibilidade de explicação para o fenômeno em questão é de
a distensão mecânica cardíaca ter promovido a ativação de vias parácrino-humorais. A
distensão de balão intra-atrial promove caracteristicamente a liberação de oxitocina,
óxido nítrico, endotelina, e do hormônio natriurético atrial cujas propriedades
vasodilatadoras e natriuréticas podem, em conjunto ou isoladamente, dar vazão ao
excesso virtual de volume no organismo (Ruskoaho et. al., 1997; Skvorak & Dietz,
1997). Algumas destas substâncias, com reconhecidas propriedades vasoativas e
moduladoras da função renal, têm influência na atividade motora do TGI e
eventualmente podem estar envolvidos na diminuição do gástrico descrito neste
trabalho.
Neste sentido, Henry et al (1956) demonstraram que a distensão
atrial esquerda em cães anestesiados induz diurese. Do mesmo modo, Goetz et al 1970
empregando em cães o modelo de tamponamento atrial, elucidou que mudanças na
pressão transmural do átrio controlaria a excreção de Na
+
e água. Com isso, associou-
se diurese e natriurese com aumento da tensão atrial, estabelecendo a função do átrio
no controle da homeostasia (Linden, 1979; Kaczmarczyk et. al., 1981; Cowley et. al.,
1988). Foi quando em 1981 Bold et. al., descreveu a existência de um fator atrial,
responsável pela diurese e natriurese, a partir daí surgiram evidências que eventos
como a indução de hipervolemia por infusão aguda de solução salina, aumento da pré-
carga cardíaca pela posição supina, o exercício, a taquicardia e disfunção ventricular
são fatores que redundam na liberação do peptídeo natriurético atrial (PNA) ao
plasma (Antunes-Rodrigues, 1991; Espiner, 1994). Vários estudos em animais e
humanos confirmam que a distensão atrial e/ou aumento da pressão intra-atrial
desencadeiam a liberação do PNA (Ruskoaho et. al., 1986; Lohmeier et. al., 1994).
Estima-se que um aumento na pressão atrial na ordem de 1mmHg esteja associado a
um aumento dos níveis plasmático de PNA da ordem de 10 para 15 pmol/L
aproximadamente (Espiner et al., 1995).
67
Neste sentido, diversos trabalhos estabelecem relações entre os
átrios, seu peptídeo natriurético, e os mecanismos de regulação hídrico-eletrolítica
(Seeber et. Al, 1986). Em 1988, Kaufman demonstrou que a distensão do átrio direito,
além de reduzir a ingestão de sal e água, aumenta significativamente o conteúdo de
fluido intestinal em ratos. Ademais, a diminuição na absorção entérica de fluidos e
eletrólitos após a hipervolemia é abolida pela extirpação prévia da auriculeta do átrio
direito (Pettersson & Jonsson 1989). De fato, a importância fisiológica do PNA na
regulação da absorção de água e eletrólitos pelo trato gastrintestinal foi evidenciado
com a observação de queda significativa na absorção intestinal de água e sal em ratos
quando da administração de extrato atrial ou de PNA (Catto-Smith et al, 1991; Seeber
et al, 1986). Além disso, o PNA também afeta a motilidade gastrintestinal,
aumentando a magnitude das contrações duodenais em estudos de contratilidade in
vitro (Godellas, 1991). Em ratos acordados, Scott & Maric (1991), observaram que a
injeção intravenosa de PNA com (1.25 nmol/100g, p.v) acelera o trânsito intestinal
aboral de líquidos.
Assim sendo e tendo em vista as evidências existentes na literatura e
o conjunto de experimentos anteriores, resolvemos avaliar, em colaboração com o
Laboratório de Neuroendocrinologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
(coordenado pelo Prof. Antunes Rodrigues juntamente com a Profa. Lucila e
Margareth), se o PNA estaria envolvido no aumento do tônus gástrico observado após
a distensão mecânica do balão intra-atrial. Para tanto utilizamos um grupo separado de
animais, submetidos aos mesmos procedimentos descritos anteriormente. A
determinação do PNA foi feita por RIE segundo a técnica de Gutkowska et. al.
(1984). Assim, verificamos aumento significante nos níveis séricos de PNA, que
passaram do basal de 13,0 ± 1,7 para 30 ± 5,0pg/ml durante os 5 min de distensão
atrial, retornando há valores próximos aos basais após os 10min da deflação do balão
intra-atrial (10.0 ± 2.0pg/ml). No entanto, a anestesia impõe sérias limitações na
interpretação dos fenômenos hormonais (Antunes-Rodrigues, 2004). Isto ficou bem
evidente ao se demonstrar que apenas o ato da anestesia foi capaz de reduzir em 72 %
os níveis plasmáticos basais de PNA que passou de (73.0 ± 6.0 pg/ml) nos animais
acordados, para (20.5 ± 4.0pg/ml) após a anestesia. Vale ainda ressaltar que segundo
Sakata et al. (1988) o estado de vigília não interfere nos efeitos renais da expansão
sanguínea em ratos Brattleboro e Long-Evans, não havendo diferença na diurese e na
68
natriurese entre ratos acordados ou anestesiados, sendo tal resposta nos animais
anestesiados dependente do PNA.
Por fim, tendo em vista a dinâmica da refeição no estômago, é de se
esperar a aceleração do esvaziamento gástrico de líquido conseqüente ao presente
aumento no tônus gástrico. Contudo, em experimentos preliminares verificamos
retarde no esvaziamento gástrico de líquido em ratos acordados quando da distensão
de balão intra-atrial com 30, 50 ou 70µl de salina; isto é, aumenta a retenção gástrica
aos 10min pós-prandiais (respectivamente 58,1; 69,8 e 66,1 vs 44,0%). Em verdade,
há diferenças óbvias no comportamento motor gastrintestinal segundo o estado de
vigília entre animais anestesiados e acordados o que explicariam tal discrepância.
Entretanto, fenômeno similar ocorreu nos nossos estudos prévios onde a expansão
volêmica, tanto em cães (Capelo et. al., 1983) quanto em ratos anestesiados (Graça et.
al., 2002), diminuem a complacência gástrica embora a expansão da volemia em ratos
acordados diminua o esvaziamento gástrico, bem como o trânsito gastrintestinal de
líquidos (Gondim et. al., 1998; Oliveira et. al., 1998). Assim, pode haver a
intervenção de algum outro fator, como por exemplo, um aumento na resistência
duodenal. Neste sentido, vale salientar que a transfusão de sangue em cães
anestesiados aumenta a freqüência e a amplitude das contrações duodenais (Santos &
Oliveira, 1998). Da mesma forma, Scott & Maric, 1991, observou em tiras isoladas do
intestino de rato, que o PNA é responsável pelo efeito dual de aumento da contração
no músculo circular e relaxamento da musculatura longitudinal.
Com isso, corroboramos com a idéia que os receptores cardio-
pulmonares, tão importantes para a homeostase do volume sanguíneo ao
influenciarem tanto a diurese renal (Gilmore & Aggett, 1966) como a permeabilidade
intestinal aos fluidos e eletrólitos (Sjövall et. Al, 1984), modulam ainda o
comportamento motor das porções proximais do TGI, dado a influência da distensão
atrial sobre o tônus gástrico. No intuito de esclarecer a contribuição das vias neuro e
humorais, estudos futuros serão conduzidos com objetivo de investigar os eventuais
mecanismos intercorrentes da distensão atrial sobre a motilidade gastrintestinal em
ratos acordados.
69
6- Conclusão
A distensão mecânica atrial direita, mediante a inflação de balão
intra-atrial, além de produzir aumento na pressão venosa central e bradicardia,
diminui o volume gástrico de ratos anestesiados.
Tal fenômeno manifesta-se ainda durante a distensão do balão com
30, 50 ou 70µl de salina e persiste por pelo menos 30 min após o termino.
A diminuição do volume gástrico mostrou-se diretamente
proporcional ao grau de distensão do balão intra-atrial direita.
O pré-tratamento com vagotomia subdiafragmática preveniu a
diminuição do volume gástrico induzido pela distensão atrial.
O pré-tratamento com esplancnotomia + gangliectomia celíaca
intensificou a diminuição do volume gástrico induzido pela distensão atrial.
70
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81
Anexos
82
Apêndice 1: valores individuais da PA, PVC , FC e VG dos animais controles;
PA (mmHg)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
107,60 104,500 102,40 104,20 107,300
R2
88,20 95,500 95,50 94,20 93,100
R3
90,60 89,510 86,90 84,57 84,080
R4
87,00 82,500 86,80 90,14 87,690
R5
87,51 88,240 83,30 88,40 90,820
R6
100,66 97,050 94,56 91,37 92,560
Média/error
93,6±3.5 92,8±3,1 91,5±2,9 92,1±2,7 92,6±3,2
PVC (cmH
2
O)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
1,24 1,93 2,90 3,00 2,50
R2
- - - - -
R3
0,71 1,00 -0,14 0,34 -0,07
R4
1,46 0,28 0,28 0,64 0,10
R5
0,28 0,30 0,15 0,00 -0,10
R6
1,30 1,50 1,45 1,39 1,23
Média/error
1,00±0,2 1,0±0,3 0,9±0,5 1,0±0,5 0,7±0,5
FC (bpm)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
386 380 373 362 367
R2
392 383 375 367 370
R3
389 387 371 365 373
R4
437 434 421 410 415
R5
390 387 384 379 378
R6
353 348 357 361 350
Média/error
391± 11 386,5 ±11 380 ± 9 374 ± 7 375 ± 9
VG (ml)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
1,9000 1,9400 1,9600 1,9400 1,8900
R2
2,3000 2,3100 2,3200 2,2700 2,1600
R3
2,6000 2,6000 2,6000 2,6300 2,6000
R4
2,1500 2,1800 2,2000 2,1900 2,1700
R5
2,2700 2,2800 2,3100 2,3000 2,2700
R6
2,3000 2,2900 2,2700 2,2600 2,2700
Médiana/Int.i
nterquartil
2,28[2,02;2,4] 2,28[2,06;2,45] 2,29[2,08;2,46] 2,26[2,06;2,46] 2,22[2,02;2,43]
83
Apêndice 2: valores individuais da PA, PVC , FC e VG dos animais submetidos à
distensão atrial por 30 µL;
PA (mmHg)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
110,0 108,5 109,6 110,3 111,6
R2
95,6 97,8 98,4 97,8 97,2
R3
102,9 101,6 101,2 95,5 93,9
R4
98,3 94,2 96,0 94,5 93,7
R5
88,1 96,0 94,5 93,7 93,7
R6
88,8 85,0 87,6 92,3 97,8
Média/error
97,2±3,6 97,1±3,4 97,9±3,6 97,3±2,7 98,0±2,8
PVC (cmH
2
O)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
0,26 1,40 0,08 0,4 0,79
R2
0,61 0,16 0,5 0,8 - 1,00
R3
0,7 0,96 0,43 0,0 - 0,1
R4
1,14 1,15 0,76 0,35 0,2
R5
1,64 0,72 0,57 1,28 1,47
R6
0,35 0,00 0,68 1,00 0,25
Média/error
0,8±0,2 0,7±0,2 0,5±0,1 0,6±0,2 0,2±0,3
FC (bpm)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
404 392 388 383 380
R2
390 383 378 372 367
R3
380 367 362 357 351
R4
386 371 370 366 366
R5
441 405 397 352 360
R6
419 414 431 385 380
Média/error
403±9 388±7 387±10 369±5 367±4
VG (ml)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
2,3 2,34 2,30 2,12 2,12
R2
2,1 2,07 2,04 1,94 1,80
R3
2,3 2,25 2,18 2,09 2,07
R4
2,2 2,2 2,10 1,97 1,84
R5
2,1 2,1 2,08 1,91 1,88
R6
2,35 2,32 2,24 2,02 1,75
Médiana/Intin
terquartil
2,25[2,10;2,3] 2,22[2,08;2,3] 2,14[2,06;2,2] 1,99[1,92;2,0]* 1,86[1,77;2,09]*
84
Apêndice 3: valores individuais da PA, PVC , FC e VG dos animais submetidos à
distensão atrial por 50 µL
PA (mmHg)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
109,0 112,3 111,0 112,2 114,5
R2
114,7 112,9 118,6 117,4 115,1
R3
88,4 99,1 93,5 95,1 95,1
R4
105,3 106,0 105,7 102,5 99,9
R5
78,9 81,4 82,0 82,8 82,7
R6
74,6 80,8 72,1 78,0 81,0
Média/error
95,1±6,8 98,7±5,9 97,2±7,3 98,0±6,5 98,0±6,0
PVC (cmH
2
O)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
-2,47 3,84 4,02 4,32 5,09
R2
-0,8 -0,2 -3,93 4,4 4,21
R3
3,33 3,35 2,70 2,86 3,26
R4
4,79 5,5 5,45 5,07 6,5
R5
-0,48 1,92 0,57 0,23 0,89
R6
5,58 10,2 4,96 5,25 5,37
Média/error
1,6±1,3 4,1±1,4 0,9±1,7 0,7±1,7 0,8±2,0
FC (bpm)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
368,2 366,9 365,0 361,9 358,2
R2
359,4 339,0 345,9 340,1 335,4
R3
376,0 368,9 372,6 365,7 358,4
R4
355,2 346,1 335,7 319,4 307,1
R5
386,3 375,0 369,2 360,7 352,8
R6
347,5 350,0 359,6 347,7 351,0
Média/error
365±5 357±5,9 356±6,0 349±7,0 343±8,1
VG (ml)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
2,40 2,40 2,33 2,28 2,21
R2
2,42 2,46 2,42 2,35 2,22
R3
2,20 2,20 2,16 2,02 1,86
R4
2,32 2,24 2,11 2,05 1,97
R5
2,43 2,44 2,39 2,32 2,21
R6
2,10 2,10 2,04 1,93 1,93
Médiana/Int
interquartil
2,36[2,15;2,42] 2,32[2,15;2,45] 2,24[2,07;2,40] 2,16[1,9;2,33] 2,09[1,89;2,21]
85
Apêndice 4: valores individuais da PA, PVC , FC e VG dos animais submetidos à
distensão atrial por 70 µL;
PA (mmHg)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
111,20 118,20 110,30 115,60 109,2
R2
86,60 90,50 81,60 79,90 78,2
R3
80,00 89,70 84,80 86,20 95,6
R4
96,99 101,78 101,89 100,44 99,9
R5
105,3 99,9 103,2 102,5 103,5
R6
96,5 98,7 97,3 96,5 94,6
Média/error
96,1±4,7 99,8±4 96,5±4,5 96,8±5,1 96,8±4,3
PVC (cmH
2
O)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
3,07 5,48 5,59 4,22 3,58
R2
-1,79 7,76 7,06 6,90 -3,51
R3
-0,74 1,12 -1,35 -1,21 -1,00
R4
0,39 3,12 1,32 -1,97 -3,34
R5
4,04 6,17 8,23 8,15 7,07
R6
2,85 3,95 3,00 3,10 3,00
Média/error
1,3±0,9 4,6±0,9 3,9±1,5 3,2±1,7 0,9±1,7
FC (bpm)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
389, 372, 365, 360, 356,
R2
401, 390, 386, 376, 380,
R3
406, 397, 392, 384, 384,
R4
364, 360, 352, 343, 330,
R5
383, 371, 358, 342, 338,
R6
385, 379, 371, 358, 349,
Média/error
388±6 378±5 370±6 360±7 356±9
VG (ml)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
2,1000 2,1100 2,0200 1,9200 1,8300
R2
1,8500 1,8500 1,8300 1,7400 1,6300
R3
2,2000 2,1800 1,9500 1,8400 1,8100
R4
2,2700 2,2900 2,2300 2,0800 1,8700
R5
2,0300 2,0400 1,9300 1,7500 1,5900
R6
1,9000 1,9100 1,8500 1,7100 1,5700
Mediana/Int
interquartil
2,06[1,87;2,23] 2,07[1,88;2,23] 1,94[1,84;2,12]* 1,79[1,72;2,00]* 1,72[1,58;1,85]*
86
Apêndice 5: valores individuais da PA, PVC , FC e VG dos animais submetidos a
vagotomia subdiafragmática prévia e distensão atrial por 50 µL;
PA (mmHg)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
70,90 88,040 86,240 91,650 92,870
R2
102,60 104,100 98,700 96,600 96,600
R3
114,40 109,500 107,060 101,500 96,730
R4
100,20 93,400 99,900 98,600 98,000
R5
92,96 88,040 92,690 91,660 90,860
R6
96,52 91,010 101,950 96,500 96,140
Média/error
96,2±5,9 95,6±3,6 97,7±3,0 96,0±1,6 95,2±1,1
PVC (cmH
2
O)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
-0,33 -0,530 -0,49 -0,5 -0,210
R2
-0,54 1,530 -0,04 -0,45 0,200
R3
-0,14 1,810 -0,77 -0,28 -0,130
R4
-1,15 1,610 -0,77 -0,74 -0,740
R5
-0,54 1,490 -0,51 -0,49 -0,220
R6
-0,54 1,520 -0,51 -0,49 -0,220
Média/error
-0,5±0,1 1,2±0,3 -0,5±0,1 -0,5±0,0 -0,2±0,1
FC (bpm)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
381,0 369,0 373,0 364,0 360,0
R2
388,0 379,0 376,0 367,0 362,0
R3
389,0 369,0 351,0 332,0 332,0
R4
340,0 342,0 342,0 339,0 301,0
R5
385,0 371,0 370,0 367,0 363,0
R6
412,0 393,0 378,0 373,0 365,0
Média/error
382±9 370,5±6 365±6 357,0±7 347±10
VG (ml)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
1,850 1,870 1,860 1,850 1,810
R2
2,000 2,020 2,030 2,030 2,010
R3
1,980 2,000 2,030 2,040 2,050
R4
2,220 2,240 2,270 2,290 2,300
R5
2,000 2,020 2,000 2,000 1,990
R6
2,010 2,020 2,010 2,000 1,960
Médiana/Int
Interquartil
2,00[1,91;2,11] 2,02[1,93;2,13] 2,02[1,93;2,15] 2,01[1,92;2,16] 2,00[1,88;2,17]
87
Apêndice 6: valores individuais da PA, PVC , FC e VG dos animais controles da
vagotomia subdiafragmática e submetidos à distensão atrial por 50 µL;
PA (mmHg)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
97,52 97,64 95,46 94,73 97,52
R2
84,35 87,29 87,82 87,30 84,35
R3
91,16 92,66 91,46 91,60 91,16
R4
90,90 92,48 90,10 92,16 90,90
R5
93,83 93,96 90,96 91,73 93,83
R6
89,22 91,95 92,98 92,10 89,22
Média/error
92,8±2,4 91,1±1,8 92,6±1,3 91,4±1,0 91,6±1,0
PVC (cmH
2
O)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
1,44 2,360 0,960 0,400 0,080
R2
-2,19 -1,420 -1,500 -2,420 -2,000
R3
1,00 2,155 1,400 1,100 0,900
R4
0,47 2,370 -0,330 1,850 1,420
R5
0,40 8,040 3,010 2,700 2,000
R6
0,57 1,540 0,400 0,520 0,100
Média/error
0,3±0,5 2,5±1,2 0,6±0,6 0,7±0,7 0,4±0,5
FC (bpm)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
434 427 387 388 383
R2
393 391 391 390 389
R3
395 388 375 373 370
R4
370 363 346 337 334
R5
353 358 347 347 341
R6
425 404 407 404 403
Média/error
395±12 388±10 375±10 373±10 370±11
VG (ml)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
2,02 2,02 2,00 1,98 1,90
R2
2,28 2,28 2,26 2,19 2,07
R3
2,00 2,00 1,97 1,90 1,82
R4
2,00 2,00 1,95 1,90 1,82
R5
1,98 1,98 1,87 1,83 1,78
R6
2,02 2,02 2,00 1,98 1,90
Mediana/Int
interquartil
2,01[1,99;2,15
]
2,01[1,99;2,15] 1,98[1,91;2,13]* 1,94[1,86;2,08]* 1,86[1,80;1,98]*
88
Apêndice 7: valores individuais da PA, PVC , FC e VG dos animais submetidos à
esplancnotomia e distensão atrial por 50 µL;
PA (mmHg)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
102,0 99,6 98,0 97,0 98,5
R2
97,40 100,10 92,3 93,88 98,56
R3
96,55 98,02 98,9 98,40 98,30
R4
87,70 84,20 82,1 82,20 84,00
R5
87,90 89,70 91,3 93,90 97,30
R6
109,0 112,3 111,0 112,2 114,5
Média/error
96,76±3,3 97,32±4,0 95,60±3,9 96,26±3,9 98,53±4,0
PVC (cmH
2
O)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
1,00 2,60 1,80 1,36 1,50
R2
2,90 4,40 1,83 1,02 1,05
R3
1,18 1,75 0,30 0,07 0,70
R4
2,60 3,14 1,94 0,02 0,67
R5
1,35 2,46 1,65 1,50 1,08
R6
0,80 1,93 1,00 0,65 0,62
Média/error
1,638±0,3 2,713±0,4 1,420±0,2 0,7700±0,3 0,9367±0,2
FC (bpm)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
390,0 385,0 380,0 365,0 359,0
R2
415, 396, 398, 348, 351,
R3
373, 368, 357, 363, 364,
R4
408, 397, 369, 363, 352,
R5
357, 346, 343, 337, 335,
R6
406, 397, 390, 385, 380,
Média/error
391,5±9,2 381,5±8,4 372,8±8,4 360,2±6,6 356,8±6,1
VG (ml)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
1,95 1,87 1,67 1,43 1,38
R2
1,90 1,90 1,78 1,65 1,53
R3
1,80 1,78 1,73 1,67 1,60
R4
1,82 1,82 1,71 1,59 1,47
R5
1,95 1,88 1,70 1,52 1,43
R6
2,00 2,00 1,90 1,64 1,47
Médiana/Int
interquartil
1,92[1,81;1,97] 1,87[1,80;1,95] 1,72[1,68;1,84]* 1,61[1,47;1,66]* 1,47[1,40;1,56]*
89
Apêndice 8: valores individuais da PA, PVC , FC e VG dos animais controles da
esplacnotomia e submetidos à distensão atrial por 50 µL;
PA (mmHg)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
97,5 98,0 96,9 96,2 95,7
R2
98,5 97,00 96,50 96,00 95,00
R3
96,08 102,28 93,88 97,96 100,11
R4
87,95 87,51 86,30 90,13 91,40
R5
99,84 101,50 101,48 104,39 106,39
R6
96,92 95,17 96,17 93,94 93,57
Média/error
96,1±1,7 96,9±2,1 95,2±2,0 96,4±1,9 97,0±2,2
PVC (cmH
2
O)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
0,4 2,1 0,3 0,2 0,15
R2
0,50 2,00 0,70 0,40 0,80
R3
-0,13 2,28 1,29 -0,66 -1,85
R4
-0,38 0,66 -0,15 0,29 -1,00
R5
2,57 4,29 2,10 2,37 2,58
R6
-0,29 1,38 1,38 1,48 0,84
Média/error
0,4±0,4 2,1±0,5 0,9±0,3 0,7±0,4 0,2±0,6
FC (bpm)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
406 397 392 384 384
R2
389 369 351 335 330
R3
384 363 350 352 310
R4
323 357 324 337 307
R5
388 378 330 345 339
R6
393 365 368 366 365
Média/error
380±12 371±6 352±10 353±7 339±12
VG (ml)
Ratos Basal Distensão 10 min 20 min 30 min
R1
2,07 2,07 2,05 2,00 1,94
R2
2,40 2,40 2,34 2,14 1,94
R3
2,00 2,00 1,95 1,89 1,80
R4
2,00 2,00 1,95 1,85 1,80
R5
2,00 2,00 1,91 1,82 1,77
R6
1,98 1,98 1,88 1,73 1,67
Médiana/Int
interquartil
2,00[1,99;2,23] 2,00[1,99;2,23] 1,95[1,89;2,19] 1,87[1,77;2,07]* 1,79[1,72;1,93]*
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