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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM
HISTÓRIA FAMILIAR DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
EMILIA SOARES CHAVES
Fortaleza-CE
2007
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM
HISTÓRIA FAMILIAR DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
Emilia Soares Chaves
Tese apresentada como requisito para a
obtenção do título de Doutor. Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem Doutorado
em Enfermagem. Universidade Federal do
Ceará.
ORIENTADORA:
Dra. Thelma Leite de Araujo
FORTALEZA-CE
2007
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EMILIA SOARES CHAVES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
DOUTORADO EM ENFERMAGEM
ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM
HISTÓRIA FAMILIAR DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
Tese apresentada como requisito para a obtenção do título de
Doutor. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem – Doutorado em
Enfermagem. Universidade Federal do Ceará.
Data da Defesa:
BANCA EXAMINADORA
_____________________________
Dra. Thelma Leite de Araújo
Universidade Federal do Ceará
Presidente
_______________________ ________________________
Dra. Nágela Valadão Cade Dra. Maria Goretti Rodrigues de Queiroz
Universidade Federal do Espírito Santo Universidade Federal do Ceará
Examinadora 2º Examinador
_______________________ __________________________
Marcos Venícios de Oliveira Lopes Lorena Barbosa Ximenes
Universidade Federal do Ceará Universidade Federal do Cea
3º Examinador 4º Examinador
________________________ __________________________
Paulo César de Almeida Thereza Maria Magalhães Moreira
Universidade Estadual do Ceará Universidade Estadual do Ceará
Examinador Suplente Examinador Suplente
“Superação é ter a humildade de aprender com o
passado, não se conformar com o presente e desafiar o
futuro.”
Hugo Bethlem
DEDICATÓRIA
A Deus, pelo seu amor e compaixão por mim.
Aos meus pais e irmãos, pela motivação e
força nos momentos mais difíceis.
AGRADECIMENTOS
À Profa. Dra. Thelma Leite de Araujo por ser não somente a orientadora de
mais um trabalho, mas de todas as situações que causaram dificuldades, dúvidas,
tristezas e alegrias nesses nove anos e meio anos de convivência. Afinal, tudo que sou
hoje profissionalmente devo a ela. Por isso, meu respeito e admiração só tende a
aumentar..
Aos meus colegas de Doutorado, que mudavam a cada semestre, mas que acabei
formando laços muito fortes. Em especial à Gui, minha eterna companheira de
dúvidas e questionamentos.
Aos membros do Projeto Ações Integradas em Saúde Cardiovascular, pela ajuda
e companherismo nos momentos mais difíceis e conturbados. Especialmente às “três
Marias” (Nirla, Tahissa e Rafaela), ao novo trio que já virou quaterto (Daniel, Railka,
Alice e Filipe). A eles estarei eternamente grata.
Aos funcionários do Departamento de Enfermagem, e especificamente aos do
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.
Um agradecimento especial e exclusivo à minha prima Bertília, que não me
deixou sozinha em um dos momentos de maior dificuldade na análise da pesquisa.
Às crianças e adolescentes que participaram do estudo, e aos seus pais ou
responsáveis que permitiram a continuidade de suas participações.
À Coordenação de Apoio ao Pessoal de Ensino Superior (CAPES), pelo apoio
financeiro prestado durante grande parte do Curso de Doutorado.
Um agradecimento especial a todos que aqui não foram citados, pelas
contribuições direta e indireta, e que jamais duvidaram da minha dedicação e
competência.
RESUMO
CHAVES, E. S. Acompanhamento de crianças e adolescentes com
história familiar de hipertensão arterial. Fortaleza: Universidade Federal
do Ceará.
Tese (Doutorado), 2007, 126p.
A presença das alterações da pressão arterial em crianças e adolescentes tem
evidenciado que a hipertensão arterial pode ter sua história inicial nesta etapa de vida.
Acredita-se que os efeitos deletérios da hipertensão, no caso de sua existência, poderiam
ser minimizados se a sua presença fosse detectada precocemente, bastando para isso que
a avaliação da pressão arterial fosse feita periodicamente e constasse como parte
obrigatória das consultas a crianças e adolescentes. Estudos epidemiológicos sobre
pressão arterial na infância também revelam que a persistência de valores elevados nesta
fase da vida reforça a hipótese de que a hipertensão em adultos é resultado direto de
hipertensão na infância. Teve-se como propósito acompanhar por tempo prolongado
crianças e adolescentes com história familiar de hipertensão arterial, Analisando a
evolução dos percentis/classificação de pressão arterial de crianças e adolescentes. O
estudo longitudinal/prospectivo foi desenvolvido em uma comunidade da periferia de
Fortaleza- Ceará. A pressão arterial foi avaliada em cinco encontros: primeiro semestre
de 2004; primeiro semestre de 2005; segundo semestre de 2005; primeiro semestre de
2006 e no segundo semestre de 2006. A coleta de dados foi realizada no domicílio em
períodos pré-determinados. Pelos dados obtidos, foi possível confirmar que crianças e
adolescentes podem ter pressões arteriais elevadas, mesmo sem uma aparente causa
específica e sem sintomatologia. O grupo apresentado foi composto por 141
participantes, na sua maior parte do sexo feminino (71). As idades variaram de 6 a 21
anos no decorrer do período de acompanhamento. Os valores mais elevados de pressão
arterial mostraram-se naqueles do sexo masculino. Um percentual maior das crianças e
adolescentes tinha parentesco de 2º grau com o portador de hipertensão arterial (48,9%),
sendo estes os que mostraram maiores valores médios de PAS e de PAD. Das 92
crianças, 30 crianças permaneceram sem alterações dos percentis de pressão arterial em
todas as avaliações; 42 apresentaram alterações a partir da avaliação; oito mostraram
alteração dos percentis somente na última avaliação realizada; 11 apresentaram
alterações dos percentis de pressão arterial em todas as avaliações e 20 apresentaram
alteração dos percentis em alguma avaliação, mas na última mostraram percentis
normais de pressão arterial. Dos 49 adolescentes, 32 permaneceram sem alterações dos
percentis de pressão arterial em todas as avaliações; oito apresentaram alterações a
partir da avaliação; dois indivíduos mostraram alteração dos percentis somente na
última avaliação; seis apresentaram alterações dos percentis de pressão arterial em todas
as avaliações e três apresentaram alteração dos percentis em alguma avaliação, mas na
última mostraram percentis normais de pressão arterial. Não foi possível identificar
significância estatística em relação aos fatores de risco apresentados ao longo do
acompanhamento, parecendo ser o fator familiar o maior contribuinte para os valores
elevados das pressões arteriais. Confirma-se a necessidade de monitoração da pressão
arterial rotineira de crianças e adolescentes e, mesmo sem correlação estatística
significativa, a identificação precoce de indicadores de risco como sobrepeso,
obesidade, sedentarismo, história positiva para hipertensão, uso de fumo e bebida
alcoólica na prevenção de eventos cardiovasculares futuros.
Descritores: Pressão arterial, Crianças, Adolescentes, Fator Familiar.
ABSTRACT
CHAVES, E. S. Accompaniment of children and adolescents with
family history of arterial hypertension. Fortaleza: Universidade Federal
do Ceará. Thesis (Doctorate), 2007, 117p.
The presence of alterations of blood pression in children and adolescents has shown that
arterial hypertension may have its initial history in this life stage. It is believed that the
harmful effects of hypertension, when they exist, could be minimized if their presence
was detected precociously, if the evaluation of blood pressure was done periodically and
if it were a mandatory part of the consultations to children and adolescents.
Epidemiologic studies about blood pressure in childhood also reveal that the persistence
of high values in this stage of life reinforces the idea that hypertension in adulthood is a
direct result of hypertension in childhood. One aimed to follow children and adolescents
with family history of arterial hypertension for a long time, analyzing the evolution of
percentage/classification of blood pressure in children and adolescents. The
longitudinal/prospective study was developed in a poor community of Fortaleza-Ceará.
The blood pressure was evaluated in five meetings: first semester of 2004; first semester
of 2005; second semester of 2005; first semester of 2006 and second semester of 2006.
The data collection was conducted at home in pre-determined periods. By the data
obtained, it was possible to confirm that children and adolescents can have high blood
pressure, even without an specific cause and no sinthomatology. The group presented
was composed by 141 participants, in the majority females (71). The ages varied from 6
to 21 years old in the period of accompaniment. The highest values of blood pressure
were found in the male patients. A bigger percentage of the children and adolescents
were relatives of second degree of arterial hypertension bearers (48.9%), and these
showed the biggest average values of SBP and DBP. Out of 92 children, 30 remained
with no alterations of the percentages of blood pressure in all evaluations; 42 presented
alterations starting from the 3
rd
evaluation; eight showed alterations of the percentage
only on the last evaluation conducted; 11 showed alterations of the percentages of blood
pressure in all the evaluations and 20 presented alterations of the percentages in some
evaluation, but in the last one showed normal percentage of blood pressure. Out of 49
adolescents, 32 remained with no alterations of the percentages of blood pressure in all
evaluations; eight presented alterations starting from the 3
rd
evaluation; two individuals
showed alterations of the percentages only on the last evaluation; six presented
alterations of the percentages of blood pressure in all the evaluations and three
presented alterations of percentages in some evaluation, but in the last one presented
normal blood pressure percentage. It was not possible to identify statistic significance
concerning the risk factors presented during the accompaniment, apparently being the
family factor the biggest contribution to the high values of blood pressure. It is
confirmed the necessity of a regular monitoring of children and adolescents’ blood
pressure and, even without significant statistic correlation, the precocious identification
of risk factors such as overweight, obesity, sedentarism, positive history to
hypertension, smoking and drinking in the prevention of future cardiovascular events.
Keywords: Blood pressure, Children, Adolescents, Family Factor.
RESUMEN
CHAVES, E. S. Acompañamiento de niños y adolescentes con historia
familiar de hipertensión arterial. Fortaleza: Universidad Federal del
Ceará.
Tesis (Doctorado), 2007, 117p.
La presencia de las alteraciones de la presión sanguínea en niños y adolescentes tiene
evidenciado que la hipertensión arterial puede tener su historia inicial en esto periodo de
vida. Se cree que los efectos deletéreos de la hipertensión, en el caso de su existencia,
podrían ser disminuidos se su presencia fuese detectada precozmente, siendo suficiente
para eso que la evaluación de la presión arterial fuese hecha periódicamente y se
constatase como parte de la obligación de las consultas a los niños y a los adolescentes.
Estudios epidemiológicos sobre presión sanguínea en la niñez también señalan que la
persistencia de valores elevados en esta fase de la vida refuerza la hipótesis de que la
hipertensión en adultos es resultado directo de hipertensión en la niñez. Se tuvo como
objetivo acompañar por tiempo muy largo niños y adolescentes con historia familiar de
hipertensión arterial, haciendo el análisis de la evolución de los percentiles/
clasificación de presión arterial de niños y adolescentes. El estudio longitudinal/
prospectivo fue desarrollado en una comunidad de la periferia de Fortaleza-Ceará. La
presión arterial fue evaluada en cinco encuentros: primer semestre de 2004; primer
semestre de 2005; primer semestre de 2006 y en el segundo semestre de 2006. La
colecta de datos fue realizada en el domicilio en periodos predeterminados. Por los
datos obtenidos, fue posible asegurar que niños y adolescentes pueden tener presiones
arteriales elevadas, mismo que no tenga una causa específica y sin sintomatología. El
grupo presentado fue compuesto por 141 participantes, en su mayoría del sexo
femenino (71). Las edades variaron de 6 a 21 años en el decurso del periodo de
acompañamiento. Los valores más elevados de presión arterial fueron señalados en
aquellos del sexo masculino. Un porcentaje mayor de los niños y adolescentes tenían
parentesco de 2º grado con el portador de hipertensión arterial (48,9%), siendo estos los
que señalaron mayores valores medios de PAS y de PAD. De los 92 niños, 30 niños
permanecieron sin alteraciones de los percentiles de presión arterial en todas las
evaluaciones; 42 presentaron alteraciones a partir de la evaluación; ocho señalaron
alteraciones de los percentiles solamente en la última evaluación realizada; 11
presentaron alteraciones de los percentiles de presión arterial en todas las evaluaciones y
20 presentaron alteración de los percentiles en alguna evaluación, pero en la última
señalaron percentiles normales de presión arterial. De los 49 adolescentes, 32
adolescentes permanecieron sin alteraciones de los percentiles de presión arterial en
todas las evaluaciones; ocho presentaron alteraciones a partir de la evaluación; dos
individuos señalaron alteración de los percentiles solamente en la última evaluación;
seis presentaron alteraciones de los percentiles de presión arterial en todas las
evaluaciones y tres presentaron alteración de los percentiles en alguna evaluación, pero
en la última señalaron percentiles normales de presión arterial. No fue posible
identificar significativamente la estadística en relación a los factores de riesgo
presentados a lo largo del acompañamiento, lo que parece ser el factor familiar lo
mayor contribuyente para los valores elevados de las presiones arteriales. Se asegura la
necesidad de control rutinero de la presión arterial de niños y adolescentes y, mismo sin
la correlación estadística significativa, la identificación precoz de indicadores de riesgo
como sobrepeso, obesidad, sedentarismo, historia positiva para hipertensión, uso de
humo y bebida alcohólica en la prevención de eventos cardiovasculares futuros.
Descriptores: Presión Sanguínea; Niños; Adolescentes; Factor familiar.
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS, QUADROS, FIGURAS E GRÁFICOS
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................12
2OBJETIVOS..................................................................................................................22
3 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................24
3.1 Hipertensão arterial: implicações e prevalência............................................25
3.2 Fatores de risco para hipertensão arterial......................................................26
3.3 Acompanhamento da pressão arterial de crianças e adolescentes.................32
4 METODOLOGIA.........................................................................................................38
4.1 Tipo de Estudo...............................................................................................39
4.2 Local e Período do Estudo.............................................................................39
4.3 População e Amostra.....................................................................................41
4.4 Coleta de Dados.............................................................................................43
4.5 Organização dos Dados.................................................................................45
4.6 Aspectos Éticos do Estudo.............................................................................47
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................................49
5.1 Resultados......................................................................................................50
5.2 Discussão.......................................................................................................67
6 CONCLUSÃO..............................................................................................................76
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................80
8 REFERÊNCIAS...........................................................................................................84
APÊNDICES
ANEXOS
LISTA DE TABELAS, QUADROS, FIGURAS e GRÁFICOS
Tabela 1 – Caracterização dos sujeitos segundo sexo e grau de parentesco com portador
de hipertensão arterial. Fortaleza, 2007.
Tabela 2 - Distribuição dos participantes em função da PAS, PAD, gênero e avaliação.
Fortaleza, 2007.
Tabela 3 Distribuição dos participantes em função da PAS, PAD, parentesco e
avaliação. Fortaleza, 2007.
Tabela 4 - Distribuição dos participantes segundo faixa etária e avaliação. Fortaleza,
2007.
Tabela 5 - Distribuição do número de crianças e adolescentes segundo percentil da PAS
e da PAD e as variáveis faixa etária e avaliação. Fortaleza, 2007.
Tabela 6 - Distribuição dos participantes segundo percentis da PAS e PAD e avaliação.
Fortaleza, 2007.
Tabela 7 - Distribuição dos participantes segundo comparação de percentis da PAS e
PAD e avaliação. Fortaleza, 2007.
Quadro 1 Distribuição da presença dos fatores de risco para hipertensão arterial nas
crianças segundo avaliação. Fortaleza, 2007
Quadro 2 Distribuição da presença dos fatores de risco para hipertensão arterial nos
adolescentes segundo avaliação. Fortaleza, 2007.
Quadro 3 - Distribuição da PAS e PAD em função dos fatores de risco por avaliação.
Fortaleza, 2007.
Quadro 4 - Valores descritivos das variáveis, idade, IMC, PAD e PAS por avaliação.
Fortaleza, 2007.
Quadro 5 - Correlação linear entre PAS e PAD, e IMC e idade por período de avaliação.
Fortaleza, 2007.
Quadro 6 – Médias de PAS e PAD ajustadas pela idade e IMC. Fortaleza, 2007.
Figura 1 -
Mapa de Fortaleza por Secretarias Executivas Regionais. Fortaleza, 2003.
Gráfico 1 - Distribuição dos participantes segundo avaliação e classificação dos
percentis de pressão arterial sistólica (PAS). Fortaleza, 2007.
Gráfico 2 - Distribuição dos participantes segundo avaliação e classificação dos
percentis de pressão arterial diastólica (PAD). Fortaleza, 2007.
Gráfico 3 - Distribuição dos participantes segundo freqüência de verificações da pressão
arterial dentro da faixa de normalidade dos percentis. Fortaleza, 2007.
1 INTRODUÇÃO
_______________________________________________________________
INTRODUÇÃO
Por ser a hipertensão arterial uma doença assintomática e de
evolução silenciosa, nem sempre lhe é dada sua devida importância. Atinge
grande parte da população em todo o mundo e se apresenta como uma
síndrome caracterizada pela presença de níveis de pressão arterial elevados,
associados a alterações hormonais e, no metabolismo, a fenômenos
tróficos. A sua prevalência em crianças e adolescentes varia entre 1,2% a
13%, na dependência de achados em estudos variados (DIRETRIZES,
2006).
A presença das alterações da pressão arterial em crianças e
adolescentes tem evidenciado que a hipertensão arterial pode ter sua
história inicial nesta etapa de vida, no entanto, a atenção dos estudos se
detêm muito mais aos grupos de adultos e idosos. Acredita-se que os
efeitos deletérios da hipertensão, no caso de sua existência, poderiam ser
minimizados se sua presença fosse detectada precocemente, bastando para
isso, que a avaliação da pressão arterial fosse feita periodicamente e
constasse como parte obrigatória das consultas às crianças e aos
adolescentes.
Rabello, Pierin e Mion Júnior (2004) referem que a medida da
pressão arterial é um procedimento usado tanto para o diagnóstico da
hipertensão, como para o acompanhamento dos pacientes hipertensos e
avaliação da eficácia terapêutica. Dessa forma, para os mesmos autores,
esse procedimento é considerado de grande importância, pois níveis
elevados de pressão arterial são tidos como um dos principais fatores de
risco para morbidade e mortalidade cardiovasculares. Por isso, a obstinação
em se alertar para a necessidade da verificação da pressão arterial de
crianças e adolescentes em consultas de rotina nas Unidades Básicas de
Saúde.
A hipertensão arterial, detectada em indivíduos jovens, tem maior
possibilidade de ser de origem secundária, decorrente de doenças renais,
cardiovasculares, endocrinológicas, neurológicas e iatrogênicas. Em estudo
de Silverman, Walker e Nicolau (2000), desenvolvido com crianças e
adolescentes, encontrou-se que na pré-adolescência a hipertensão esteve
mais relacionada a algum outro problema de saúde, mas constatou-se que
na adolescência mais de 80% dos diagnósticos referiram-se à hipertensão
primária ou essencial. No entanto,
desde a década de 70, observou-se que
também a hipertensão primária ou essencial, na qual não se conhece a
origem, vem aumentando nas faixas etárias mais baixas
(FRANCISCHETTI e FAGUNDES, 1996). Isto corrobora com o que
afirmam Moura, Silva, Ferraz e Rivera (2004) ao considerar que
escolares
e, em particular, adolescentes, podem apresentar hipertensão primária ou
essencial, que usualmente é detectada pela avaliação rotineira da pressão
arterial.
Desta forma, a opinião convencional de que a hipertensão na criança
é um evento raro e, na maioria das vezes, secundário a uma outra doença
tem sido questionada por estudos epidemiológicos que m mostrado
aumento da prevalência de hipertensão essencial na faixa etária pediátrica.
Além disso, estudos epidemiológicos sobre pressão arterial na
infância também revelam que a persistência de valores elevados nesta fase
da vida reforça a hipótese de que a hipertensão em adultos é resultado
direto de hipertensão na infância (FUENTES et al, 2002). Este fato tamm
é afirmado em alguns estudos epidemiológicos internacionais sobre pressão
arterial em crianças e adolescentes, mostrando que a sua elevação nesses
indivíduos é fator preditor de continuidade das elevações da pressão na
vida adulta (KOCH, 2003).
Estudos ditos de acompanhamento ou de seguimento, caracterizados
estatisticamente como prospectivos ou longitudinais, estão sendo bastante
realizados. Estes são utilizados para observar/acompanhar pessoas durante
um período de tempo, relativamente longo, a fim de verificar se ocorreu ou
não um resultado ou condição de interesse, normalmente doença ou morte
(VIEIRA, 2003).
Dentro do contexto da hipertensão arterial em crianças e
adolescentes, pode-se constatar um número cada vez maior do
desenvolvimento desses trabalhos em diversas partes do mundo. No Brasil,
no entanto, estudos de acompanhamento, em relação à temática abordada,
não são realizados com freqüência. Talvez este fato se deva por conta do
tempo necessário a ser dispensado a esse tipo de estudo.
Um trabalho tomado como referência é o de Arcuri, Martins e Santos
(2004), que realizou um estudo longitudinal, por 20 anos, sobre a medida
indireta da pressão arterial e a influência da largura do manguito no
diagnóstico da hipertensão arterial. O objetivo deste estudo foi verificar a
incidência de hipertensão diagnosticada nos serviços médicos nos dois
grupos. Para isso, foram acompanhados 492 participantes adultos,
formando dois grupos: um que, em 1983, apresentou valores elevados de
pressão arterial ao utilizar manguitos corretos (237-grupo experimental) e o
outro com valores normais de pressão arterial, utilizando manguito padrão
(255-grupo controle. Os resultados mostraram que 56% do grupo
experimental tornaram-se hipertensos e, no grupo controle, esta incidência
não ultrapassou 24%.
Em estudo de acompanhamento da pressão arterial em crianças
realizado na Austrália (BURKE, BEILIN e DUNBAR, 2001), é referido
que a história familiar de hipertensão é tida como base de identificação
mais acurada para o aumento do risco da persistência de valores elevados
da pressão arterial.
Em outro trabalho referente à influência da história familiar de
hipertensão sobre a reatividade, foi encontrado que 13 dos 30 estudos
mostraram um aumento da reatividade da pressão arterial em associação
com uma história familiar positiva (PICKERING, 2003).
Poucos programas de tratamento conseguem desenvolver atividades
preventivas da saúde das pessoas e, mesmo nos Programas de Saúde da
Família, o paciente com diagnóstico da doença tem seguimento, mas não se
leva em consideração a possibilidade de algum familiar ser portador
assintomático da hipertensão arterial e de necessitar, também, ser
acompanhado por profissionais de saúde.
Esse novo paradigma, na compreensão da hipertensão na faixa etária
pediátrica, ressalta a necessidade de estudos que investiguem os fatores
associados a níveis elevados de pressão arterial. Garcia et al. (2004)
referem que a identificação de possíveis fatores de risco propicia uma
oportunidade para que se possa intervir o mais precocemente possível em
uma seqüência de eventos sabidamente associados com significativa
morbidade e mortalidade em adultos.
A experiência em relação à temática data do curso de graduação em
Enfermagem, quando se iniciou o estudo com crianças e adolescentes em
relação à pressão arterial. No trabalho de conclusão do curso, a monografia
foi desenvolvida com base na avaliação da pressão arterial em adolescentes
escolares, confirmando a percepção de que o diagnóstico precoce poderia
ser uma das formas de diminuição do desenvolvimento de complicações da
hipertensão arterial e que esta poderia, realmente, ter início em crianças e
adolescentes. Os achados permitiram verificar a presença de percentis
iguais ou acima de 95 em 13,4% dos adolescentes do estudo, números
superiores aos citados em diversos trabalhos consultados, indicando a
importância de incluí-los no atendimento preventivo de alterações
cardiovasculares (CHAVES, 2002). É importante destacar que percentis
superiores a 95 em crianças e adolescentes são sugestivos de hipertensão
arterial.
No curso de Mestrado, por meio da dissertação desenvolvida, foi
possível confirmar que crianças e adolescentes podem ter pressões arteriais
elevadas, mesmo sem uma aparente causa específica e sem sintomatologia,
fato levantado por outros estudos. Na dissertação, buscou-se avaliar as
condições da pressão arterial de crianças e adolescentes cujos familiares
fossem portadores de hipertensão arterial, bem como a presença de outros
fatores de risco para esta morbidade. Foi realizado em uma comunidade de
Fortaleza-CE por intermédio de uma Unidade Básica de Saúde da Família
(UBASF), de janeiro a abril de 2004. Teve como amostra 163 crianças e
adolescentes (6 a 18 anos) que atenderam aos critérios de terem história
familiar de hipertensão arterial e morarem na área de abrangência de
atendimento da UBASF. A limitação da faixa inferior a partir de seis anos
de idade deveu-se ao fato de esta ser a idade em que as crianças passam da
fase pré-escolar para a fase escolar. Esta transição se dá tanto a nível
cognitivo como fisiológico, no qual os sistemas e os processos fisiológicos
atingiram um grau de desenvolvimento que em condições normais, permite
sua manutenção em níveis estáveis e ajustamento imediato à necessidade e
estresse variáveis, ainda não possível na fase anterior (WONG, 1999). O
limite máximo de 18 anos foi estabelecido tendo como base o Estatuto da
Criança e do Adolescente que considera o período da adolescência até esta
idade (BRASIL, 1990).
Os achados revelaram que 29 (18%) crianças e adolescentes
apresentaram alterações da pressão arterial, confirmadas em três medidas
em ocasiões diferentes. Dentre estes, 6% mostraram elevação isolada nos
percentis da pressão arterial sistólica (PAS); 5%, elevação isolada nos
percentis da pressão arterial diastólica (PAD) e 8%, elevação conjunta nos
percentis da PAS e PAD. As alterações estiveram mais presentes no sexo
feminino e na faixa etária de 6 a 10 anos. Porém, a média das alterações de
pressão foi maior nos participantes do sexo masculino, com 16 e 17 anos. A
maior parte das crianças e adolescentes eram netos ou filhos dos
hipertensos (CHAVES, 2004).
Os fatores de risco que estiveram mais presentes no estudo em foco,
foram a ingestão elevada de sal, a prática irregular de atividade física e a
ingestão inadequada de legumes e frutas, porém com valores de p>0,05.
Foi identificada correlação entre a elevação dos índices de massa corpórea
(IMC) e as elevações isoladas da PAS e PAD. Embora não se tenham
encontrado associações entre as variáveis, constataram-se diferenças nos
valores da pressão arterial entre aqueles que apresentavam outros fatores de
risco (sobrepeso, obesidade, prática irregular de exercícios). O único fator
de risco comum a todos avaliados, foi a história familiar de hipertensão
arterial, parecendo este ser o que mais influenciou a pressão arterial
naquele grupo. Neste estudo, a média da PAS foi de 110 mmHg, com
desvio padrão de 10,6; a média da PAD foi de 73 mmHg, com 9,7 de
desvio padrão (CHAVES, 2004). Ressalta-se que outros aspectos do
estudo, como alterações nos hábitos de vida, neste grupo de crianças e
adolescentes merecem investigações por um maior período de tempo,
justificando a continuidade da pesquisa.
Tendo em vista o interesse em ingressar no Doutorado e em
continuar o estudo antes citado, teve-se como propósito acompanhar por
tempo prolongado não somente as crianças e adolescentes com alterações
da pressão arterial, mas todos os indivíduos da amostra do estudo anterior.
Esta continuidade justifica-se pelas alterações de crescimento e
desenvolvimento, ocorrendo grandes e rápidas mudanças das crianças e
adolescentes e que poderiam acarretar mudanças tanto de bitos de vida
como alterações orgânicas.
Além disso, no trabalho realizado anteriormente, as maiores
alterações da pressão arterial estiveram presentes em indivíduos na faixa
etária de 6 a 9 anos de idade, quando se avaliou percentis isolados de PAD
e, de PAS e PAD conjuntamente (CHAVES, 2004). Este fato poderia estar
relacionado ao momento do ciclo vital. Aos 6 anos de idade inicia-se uma
fase de transição (fase pré-escolar para a escolar) na qual ocorrem
mudanças fisiológicas culturais e sociais, com aquisição de novos hábitos,
que a criança é introduzida a um meio fora de seu ambiente familiar
(WONG, 1999). Desta forma, apresenta-se mais uma justificativa da
importância de se acompanhar o comportamento da pressão arterial desde
esta idade.
O VII Joint National Commitee (CHOBANIAN et al., 2003)
recomenda que pacientes com hipertensão arterial e co-morbidades
requerem atenção especial e acompanhamento clínico. Essa recomendação
adeqüa-se ao grupo estudado, que as elevações nos valores das pressões
arteriais foram confirmadas em três medidas realizadas em momentos
diferentes.
Observa-se que, esses indivíduos apresentaram, além do fator
familiar como predisponente para alterações cardiovasculares, alguns
fatores de risco relacionados ao estilo de vida, destacando-se: ingestão
cotidiana de sal, prática irregular de exercícios e ingesta inadequada, em
quantidade, de legumes e frutas. A presença destes fatores e ausência de
outros, como álcool e fumo menos comuns nessa idade, também podem
mudar ao longo do tempo, dependo da introdução de novos hábitos, a partir
do membro familiar que faz o tratamento para hipertensão arterial, e
mesmo do contexto social no qual está inserido o jovem.
O surgimento de alterações da pressão arterial com a idade não
representa um comportamento biológico normal. Prevenir esse aumento,
além dos limites de normalidade, constitui a forma mais eficiente de
combater a hipertensão, evitando o elevado custo social de seu tratamento e
suas complicações. A mudança dos hábitos de vida em relação aos fatores
de risco para hipertensão é o meio de prevenção mais importante, antes da
instalação da doença (DIRETRIZES, 2006).
Desta forma, é imprescindível que estes indivíduos sejam
acompanhados para que se possam verificar as mudanças fisiológicas
relativas à pressão arterial e de comportamento (mudanças nos hábitos de
vida) que poderão acontecer ao longo do tempo. É a partir deste ponto que
se pretende dar continuidade ao estudo da pressão arterial em crianças e
adolescentes para responder à seguinte questão: A elevação da pressão
arterial de um grupo de crianças e adolescentes com percentis alterados
será significativamente maior do que naqueles que, num primeiro
momento, encontravam-se na faixa de normalidade?
O acompanhamento desses indivíduos possibilitará, de forma mais
específica e eficiente, intervenções mais direcionadas e uma melhor
previsão do comportamento cardiovascular das crianças e adolescentes na
idade adulta. A educação em saúde dentro do contexto familiar poderá ser
umas das estratégias utilizadas, já que, ao se ter um membro da família
portador de alterações da pressão arterial, os demais deveriam adotar os
mesmos hábitos.
Dessa forma, diante de todo o contexto explicitado, defende-se a tese
de que crianças e adolescente com história familiar de hipertensão arterial
tendem a apresentar ou manter valores elevados de pressão arterial.
2 OBJETIVOS
_______________________________________________
OBJETIVOS
Geral
Analisar a evolução dos percentis/classificação de pressão arterial de
crianças e adolescentes que apresentam história familiar para hipertensão
arterial.
Específicos
- Caracterizar o grupo de crianças investigado quanto às variáveis: sexo,
idade, prática esportiva, consumo de sal, legumes e frutas;
- Caracterizar o grupo de adolescentes investigado quanto às variáveis:
sexo, idade, prática esportiva, tabagismo, etilismo, consumo de sal,
legumes e frutas;
- Comparar a classificação dos percentis de pressão arterial de crianças e
adolescentes que apresentaram alterações com crianças e adolescentes
que manifestaram percentis normais numa primeira avaliação;
- Analisar a evolução dos valores da pressão arterial sistólica e da pressão
arterial diastólica ao longo de cinco avaliações;
- Analisar a evolução dos percentis da pressão arterial sistólica e da
pressão arterial diastólica ao longo de cinco avaliações.
3 REVISÃO DE LITERATURA
_____________________________________________________
3. 1 Hipertensão Arterial: implicações e prevalência
Em todos os estados brasileiros, considerando-se o conjunto de todas
as faixas etárias, as doenças cardiocirculatórias são responsáveis pelo maior
contingente de óbitos, decorrentes de doença arterial coronariana, doenças
cerebrovasculares e insuficiência cardíaca, constituindo-se, atualmente, na
principal causa de gastos em assistência médica pelo Sistema Único de
Saúde (SUS) (BUSS, 1993; BRASIL, 1993).
A hipertensão arterial é uma das doenças crônicas mais prevalentes
em adultos e idosos. Além de representar uma das situações clínicas que
atingem o aparelho circulatório, é também, um dos principais fatores de
risco para as outras doenças do mesmo aparelho (cerebrovasculares,
vasculares, isquêmicas do coração) e de outros, como a diabetes mellitus,
contribuindo para elevar os índices de morbidade e mortalidade (RIBEIRO,
1996; ACHUTTI e ACHUTTI, 1997).
É bastante conhecido que, de acordo com sua etiologia, pode-se
dividi-la em hipertensão essencial ou primária, na qual não é detectada
uma causa específica para a elevação da pressão, constituindo mais de 90%
da população com hipertensão arterial e, em hipertensão secundária,
quando existe uma causa conhecida para a elevação da pressão. Esta
situação está presente em 10% dos hipertensos (DIRETRIZES, 2006). Nos
estudos com crianças e adolescentes, observa-se que é mais comum
encontrar-se a hipertensão secundária, mas a essencial pode achar-se
presente. Os adolescentes com certas características cardiovasculares, como
a elevação da pressão artéria podem ter algum parentesco com portadores
destas alterações, ou seja, estas características podem ter origem genética.
A partir da década de 1960, começaram a surgir grandes
levantamentos epidemiológicos com métodos adequados para os valores
normais da pressão arterial em crianças e adolescentes e buscaram-se,
também, correlações com diversas variáveis como idade, sexo, peso e
história familiar (BRANDÃO et al., 1996). Verifica-se, desta forma, que o
interesse por esta parcela da população em relação à pressão arterial não é
recente, mesmo que na prática, sejam poucos os programas que incluem
essa clientela nas campanhas de prevenção e detecção precoce.
Em um estudo realizado na cidade de Maceió com 1.253 crianças e
adolescentes da rede de ensino da cidade citada, a prevalência da
hipertensão arterial foi de 7,7% (SILVA et al., 2005). Em estudos
realizados em Fortaleza com duas populações diferentes, a prevalência de
elevações da pressão arterial foi de 13,4% e 14,1% (CHAVES, 2002;
CHAVES, 2004). De uma forma geral, é colocado que a prevalência da
hipertensão arterial em crianças e adolescentes encontra-se entre 2% e
13%, na dependência de achados em estudos variados (DIRETRIZES,
2006).
3.2 Fatores de risco para a hipertensão arterial
Diversas Investigações no mundo inteiro são realizadas para
demonstrar a importância de fatores de risco para a hipertensão arterial em
crianças e adolescentes. Silva et al. (2005), ressaltam que esse é o período
no qual os padrões de dieta e o estilo de vida encontram-se em
estruturação. Isto poderia implicar no risco de desenvolvimento de doenças
na vida adulta. Portanto, intervenções sobre os fatores de risco detectados
nessa fase, principalmente no que se referem às estratégias educativas
adotadas, poderiam determinar mudanças benéficas.
Entre os fatores de risco que poderiam justificar a presença de
alterações da pressão arterial, podem-se citar alguns: obesidade,
hereditariedade, tabagismo, etilismo, ingestão elevada de sal e
sedentarismo. Para Bloch (1998), a denominação fator de risco é usada
para indicar uma variável que se acredita estar relacionada à probabilidade
de um indivíduo desenvolver uma doença, mas, na verdade, os fatores de
risco seriam determinantes de incidência; por isso, se pensa na
possibilidade da sua substituição por indicadores de risco.
Analisando os casos de hipertensão primária juvenil, alguns dos
fatores de risco parecem mais presentes, como a obesidade, relacionada à
ingestão inadequada de alimentos e a hereditariedade (FRANCISCHETTI e
FAGUNDES, 1996). Outros autores colocam, também, como fatores
determinantes para a elevação da pressão arterial em crianças e
adolescentes, além dos já citados,
valores iniciais elevados de pressão
arterial, idade, sexo, ingestão de sal, etilismo, tabagismo, sedentarismo e
interação genético-ambiental (ROSA e RIBEIRO, 1999). No entanto, com
relação ao consumo de sal, ingestão de bebida alcoólica e tabagismo, a
literatura consultada não fornece valores estabelecidos para crianças e
adolescentes.
O fator mais importante implicado na gênese da hipertensão
essencial na infância é a obesidade, que está se tornando um problema
epidêmico (SOROF, 2002). Outros fatores associados são: resistência à
insulina, alteração do metabolismo da glicose e do metabolismo lipídico,
redução da complacência arterial (GLASSER, 2001).
É reconhecido que a redução do peso corporal, mesmo quando na
faixa de sobrepeso, diminui consideravelmente a pressão arterial
(RIBEIRO, 1996). No entanto, a prevalência da obesidade, em crianças e
adolescentes, vem crescendo nos países desenvolvidos e tem sido atribuída
principalmente a fatores ambientais e socioculturais, tais como o incentivo
a uma dieta inadequada com alta ingestão de gorduras e carboidratos e a
uma atitude sedentária. No Brasil, embora a desnutrição ainda seja
freqüente, os índices de sobrepeso e obesidade também m aumentando
consideravelmente entre os jovens (PELLANDA et al., 2002). Conforme os
mesmos autores, estudos mostram que aproximadamente 23% das crianças
entre 6 e 12 anos e 21% entre 12 e 17 anos são obesas, sendo importante o
controle do peso nessas faixas etárias para prevenir, não somente
complicações decorrentes da obesidade, mas também alterações
cardiovasculares na fase adulta.
No estudo de Silva et al. (2005), o "risco de sobrepeso" foi
identificado em 9,3% e o sobrepeso esteve presente em 4,5% dos
estudantes.
Como comentado, a ocorrência familiar da hipertensão arterial,
confirmada por vários estudos, é um dos motivos de interesse em se avaliar
população jovem em relação à pressão arterial. Lessa (1998) afirma que a
hipertensão arterial encontra-se freqüentemente associada à
hereditariedade, não se podendo minimizar o papel biológico da herança,
pois estudos documentam o fator genético e/ou agregação familiar nessa
morbidade. Além disso, a interação da predisposição genética com fatores
ambientais são causas presumíveis de hipertensão na faixa etária jovem.
Um outro agravante é que, de acordo com o que afirmam Neutel e
Smith (2003), indivíduos normotensos com tendência para o
desenvolvimento de hipertensão arterial, no qual um dos aspectos que
contribui para isto pode ser uma forte história familiar de hipertensão, têm
mais fatores de risco cardiovasculares. Desta forma, colocam a hipertensão
arterial como uma síndrome herdada de fatores de risco cardiovasculares.
Ao descreverem a influência do fator genético na elevação dos níveis
de pressão arterial, Pellanda et al. (2002) referem que a porcentagem de
crianças e adolescentes com alterações da pressão arterial é maior naqueles
cujos pais (pai e mãe) são hipertensos, comparada com indivíduos que
somente um ou nenhum dos pais é hipertenso, atribuindo como causa
provável uma maior carga genética para o desenvolvimento da hipertensão.
Em outro estudo analisado envolvendo a influência do fator
hereditário na elevação da pressão arterial, foi observado, também, que os
filhos de hipertensos apresentaram maiores valores de pressão sistólica e
diastólica, em relação aos filhos de normotensos, sugerindo a identificação
de uma população com maior probabilidade de desenvolvimento de
hipertensão arterial na vida adulta (ELIAS et al., 2004). Portanto, mais uma
vez fica evidenciada a necessidade de acompanhamento de crianças e
adolescentes com antecedentes familiares para alterações cardiovasculares.
Outro fator de risco importante para elevação da pressão arterial,
inclusive nos grupos de adolescentes, é o tabagismo. Em estudo realizado
por Nozawa et al. (2003) com pacientes fumantes, ex-fumantes e não
fumantes, foi mostrado que esse vício acelera a doença aterosclerótica, mas
influencia igualmente ex-fumantes e não-fumantes quanto ao infarto do
miocárdio. Evitar o cio do fumo deve ser prioridade em qualquer idade,
principalmente entre os jovens. O abandono do tabagismo deve fazer parte
do tratamento não medicamentoso para hipertensão arterial. Esta medida é
recomendado pela IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial
(DIRETRIZES, 2004) devido à sua associação com uma maior incidência e
mortalidade cardiovascular e aumento da pressão arterial. Além disso, a
exposição ao fumo (fumantes passivos) também é considerada um fator de
risco cardiovascular.
No grupo etário representado pelos adolescentes, encontra-se, com
freqüência cada vez maior, a prática de outro hábito relacionado à presença
de valores elevados da pressão arterial: a ingestão de bebidas alcoólicas.
Estudos, citados por Weinberger (2003), demonstraram um efeito bifásico
da ingestão de álcool sobre a pressão arterial: enquanto pequenas
quantidades parecem diminuir a pressão arterial, devido a um efeito
vasodilatador, com o aumento do seu consumo, a pressão arterial aumenta.
As recomendações para indivíduos portadores de hipertensão arterial
limitam o seu consumo a, no máximo, duas doses de bebidas destiladas, ou
dois copos de vinho, ou 660 ml de cerveja por dia (DIRETRIZES, 2006). A
ingestão de álcool em quantidades superiores às recomendadas pode causar
elevação dos valores da pressão arterial.
Mais um fator que merece destaque é a ingestão de sal. Estudos
sugerem haver relação entre consumo de sal e elevação dos níveis de
pressão arterial. Por isso, é recomendada a restrição da ingestão para, em
média, 6 g de cloreto de sódio por dia. Esta restrição beneficiaria ainda
mais os indivíduos que já são hipertensos (RIBEIRO, ZANELLA e
KOHLMANN JÚNIOR 1996). No entanto, refere-se que populações
primitivas de diferentes partes do mundo que consomem pouco ou
nenhuma quantidade de sódio apresentam poucos indivíduos com
hipertensão e suas pressões não aumentam com a idade, como ocorre nas
populações do mundo industrializado (KAPLAN, 2000).
No Brasil, e principalmente no Nordeste, a recomendação da redução
da ingestão de sal não é fácil de ser seguida, pois além dos produtos
industrializados, tem-se elevado consumo de peixes e mariscos, que por si
mesmos já possuem grandes quantidades de sal.
A magnitude do efeito do consumo de sal sobre a pressão arterial, no
entanto, é diluída pelo fato de existirem respostas individuais da pressão
frente a mudanças no seu consumo. Diversos estudos identificaram
indivíduos sensíveis e resistentes ao sal dentro de populações hipertensas e
normotensas. Nos indivíduos sensíveis ao sal, uma redução da ingesta para
2,4 g por dia mostrou diminuição da pressão arterial (WEINBERGER,
2003). Esta quantidade é superior às necessidades fisiológicas de ingestão
de dio, o que mostra que os exageros quanto ao consumo de sal podem
estar relacionados a fatores culturais e aos hábitos alimentares inadequados.
Outro aspecto que influencia os valores da pressão arterial é a prática
de atividade física que, além de reduzir o risco cardiovascular, ajuda na
redução do peso corporal (RIBEIRO, ZANELLA e KOHLMANN
JÚNIOR, 1996; JUZWIAK, PASCHOAL e LOPEZ, 2000). Os autores, no
entanto, são unânimes em afirmar que para a atividade física ser benéfica,
tem que ser realizada, no mínimo, três vezes por semana. Além disso, não
devem ser feitos exercícios que exigem maiores esforços físicos, como o
levantamento de pesos, pois isto poderia causar uma sobrecarga cardíaca,
ocasionando danos mais sérios. Caminhadas seriam as atividades mais
benéficas. Alves (2003) ressalta, mais uma vez, que os benefícios das
atividades físicas não precisam vir de exercícios rigorosos, bastando serem
moderados e praticados de maneira regular.
Em crianças e adolescentes, as vantagens da prática de exercícios são
significantes: estes se tornam mais saudáveis e os efeitos benéficos são
transferidos à vida adulta, uma vez que haveria uma maior possibilidade de
manutenção do hábito.
É importante salientar que quanto maior for o mero de fatores de
risco associados, maior a possibilidade do desenvolvimento de alterações
da pressão arterial. Além disso, como já mencionado, faz-se importante não
somente o acompanhamento dos valores da pressão arterial, mas também
de seus fatores de risco, já que possíveis mudanças ocorridas podem
influenciar diretamente o comportamento da pressão arterial.
3.3 Acompanhamento da pressão arterial de crianças e adolescentes
Como referido em outro momento, em diferentes partes do mundo
são realizados estudos prospectivos, de acompanhamento, seguimento, ou
como são denominados nos trabalhos pesquisados: tracking.
O conceito de tracking tem sido usado como o senso de valores
preditivos futuros de uma variável para medidas iniciais da mesma variável
(BURKE e DUNBAR, 2001).
A partir de um levantamento realizado, na base de dados MEDLINE,
foram encontrados trabalhos abordando o tema em estudo de
acompanhamento de crianças e adolescentes por diferentes períodos de
tempo e em diversas partes do mundo. Na realidade brasileira, o
desenvolvimento de estudos com essa característica ainda são incomuns,
pelo menos no que se refere à pressão arterial de crianças e adolescentes.
Uma pesquisa realizada em 1980 envolveu a medida da pressão
arterial de 3012 sujeitos; três anos depois os participantes foram novamente
abordados e conseguiu-se verificar a pressão arterial de 2 887 pessoas.
Mais tarde, em 1986 foram obtidas as pressões de 2 500 indivíduos de 9 a
24 anos de idade, daqueles contactados na primeira medida. A pressão
arterial foi medida no braço direito, e o e o sons de Korotkoff foram
os indicadores para a determinação da pressão arterial diastólica. Os dados
foram analisados a partir das médias das pressões arteriais obtidas. Os
resultados obtidos indicaram que tanto a pressão arterial sistólica como a
diastólica aumentaram com o decorrer dos anos em todos os indivíduos
independente do sexo (UHARI et al., 1991).
Em um trabalho desenvolvido na Nigéria, acompanhando a pressão
arterial de 208 indivíduos entre 6 e 17 anos de idade, constatou-se que
somente a pressão arterial sistólica, nas crianças entre 6 e 11 anos, sofreu
elevação no período de um ano. Este estudo acompanhou crianças negras
de três escolas, sendo a primeira medida da pressão arterial realizada em
julho de 1984 e a segunda em julho de 1985. As pressões foram tomadas no
braço direito, utilizando um esfigmomanômetro de mercúrio, com
manguito adequado; o quinto som de Korotkoff determinou a pressão
arterial diastólica. Todos os dados foram analisados segundo sexo e idade,
e foram feitas as médias das pressões para a comparação dos dados. Para
todos os grupos (sexo feminino crianças e adolescentes, masculino –
crianças e adolescentes) houve maior persistência de valores elevados em
relação à pressão arterial sistólica (ADAMS-CAMPELL et al., 1992).
Um outro estudo, publicado em 1992, realizado em São Francisco,
trabalhou inicialmente com indivíduos entre 3 e 18 anos de idade, tentando-
se acompanhá-los por um período de 52 anos (1928-1980). O
acompanhamento persistiu por este período, mas nem todos os indivíduos
foram mantidos; a amostra inicial foi de 550 sujeitos, ficando no final 211
participantes. A pressão arterial foi mensurada anualmente em jovens até
18 anos de idade e a partir desta idade a medida foi tomada a cada dez
anos, sendo a pressão arterial tratada como uma variável contínua. Neste
estudo foi constatado que os valores da pressão arterial juvenil era um bom
preditor para os valores na vida adulta (NELSON, RAGLAND e SYME,
1992).
No Japão foram estudados 5 148 indivíduos entre 6 e 15 anos de
idade. Foram medidas as pressões arteriais em intervalos de três anos,
usando o braço direito, com participante na posição sentada. Foram
utilizados esfigmomanômetros de mercúrio e manguitos de larguras
diversificadas. A PAD foi determinada no som de Korotkoff. Criou-se
um índice de classificação da pressão como normal, baixa e elevada, sendo
esta classificação comparada com outras variáveis como história familiar e
período de observação por meio do teste qui-quadrado. Os dados
mostraram que o houve relação significativa entre tracking da pressão
arterial sistólica e história familiar de hipertensão (MORI et al., 1992).
Para alguns autores que pesquisaram sobre pressão arterial, níveis de
colesterol e dados antropométricos em crianças, os estudos longitudinais
foram considerados como um método de avaliação de riscos para a doença
arterial coronária (ABE et al., 1993). Em uma outra pesquisa realizada no
Japão, foi acompanhada a pressão arterial sistólica (PAS) de 223 crianças e
adolescentes entre 6 e 15 anos de idade, por um período de três anos (1978-
1981), sendo realizadas quatro avaliações. Assim como no estudo
mencionado anteriormente, foi usado o braço direito, com participante na
posição sentada e utilizados esfigmomanômetros de mercúrio e manguitos
de larguras diferentes. A PAD foi determinada no som de Korotkoff.
Mais uma vez, para as pressões arteriais foram tiradas médias para se fazer
a comparação com as idades e com os sexos. Verificou-se que a PAS tendia
a manter um incremento de seus níveis com o aumento da idade, em
indivíduos a partir dos 9 anos de idade. Não foi encontrada justificativa
para a ocorrência deste fato (ABE et al, 1993).
Para um trabalho realizado pela Universidade de Indianápolis foram
recrutadas inicialmente 715 crianças, porém para a análise longitudinal
foram consideradas aquelas que participaram de quatro verificações da
pressão arterial, restando assim 509 indivíduos. As pressões foram
verificadas a cada seis meses por dois a cinco anos de acompanhamento.
Foram avaliados dois grupos, crianças negras e crianças brancas. Para cada
grupo foram calculadas as médias das pressões para se fazer as
comparações com as demais variáveis. Foi encontrada uma diferença de 2
mmHg entre as médias dos grupos, ficando as maiores médias para as
crianças negras; meninos tinham média de pressão arterial sistólica mais
alta que meninas tanto brancas quanto negras; a média da pressão arterial
sistólica em meninas negras foi 3 mmHg maior que em garotas brancas;
este fato também ocorreu nos meninos. Quanto à média da pressão arterial
diastólica, esta foi 1,5 mmHg mais elevada em crianças negras que em
crianças brancas (MANATUNGA, JONES e PRATT, 1993).
Na Espanha, pesquisadores estudaram a pressão arterial em 577
crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos de idade, em 1984. Três anos
mais tarde, foi realizada uma segunda avaliação. Foi utilizado o braço
direito e tomado como referência para a determinação da PAD o quarto
som de Korotkoff, existindo dois manguitos de tamanhos diferentes para
realizar a medida da pressão. Aos dados foi aplicado o teste de análise de
variância. Verificou-se que a pressão arterial sistólica havia sofrido um
incremento até os 16 anos de idade e a pressão arterial diastólica aumentou
até os 12 anos. Ao referir a PAS e a PAD em conjunto, o aumento se deu
até por volta dos 13 anos de idade (FONT e RIGUAL, 1993).
Pesquisas deste tipo também foram realizadas na Coréia ao se
acompanhar a pressão arterial de 304 crianças entre 6 e 11 anos de idade
durante cinco anos. As avaliações eram feitas a cada ano, com
esfigmomanômetro de mercúrio e dois manguitos com tamanhos diferentes.
Todos os sujeitos do estudo apresentaram um incremento nos percentis da
PAS e da PAD. Os resultados foram considerados como uma indicação
geral da existência de uma tendência à manutenção para a pressão arterial
das crianças do estudo (SHU et al., 1994).
Em trabalho realizado nos Estados Unidos, foram acompanhados 758
adolescentes por um período de cinco anos, sendo avaliadas anualmente.
Foram tiradas as médias das pressões e constatou-se haver um incremento
da média da pressão arterial sistólica com o decorrer dos anos, sendo maior
nos participantes do sexo masculino que no feminino (DONAHUE,
PRINEAS, GOMEZ e HONG, 1994)
Estudos mais recentes também podem ser encontrados. Entre eles
destacam-se os achados de Burke e Dunbar (2001), que confirmaram, na
Austrália, a manutenção da tendência dos valores de pressão arterial numa
população de crianças e adolescentes. Além disso, o trabalho mostrou uma
associação desse fato com mudanças no índice de massa corporal e com a
história familiar dos jovens avaliados. Participaram do estudo 516 meninos
e 520 meninas de 9 anos de idade; 680 meninos e 630 meninas de 12 anos;
318 meninos e 300 meninas de 15 anos; 330 homens e 326 mulheres de 18
anos. O período da pesquisa foi de nove anos.
Na Finlândia, Fuentes et al. (2002) acompanharam a pressão arterial
sistólica de 100 crianças e adolescentes por um período de 15 anos. Os
achados mostraram que, para os indivíduos entre 6 meses e 7 anos, a PAS
diminuiu com o tempo similarmente em meninos e meninas. para os
participantes com idades entre 7 e 15 anos, a PAS aumentou mais
rapidamente em meninos que em meninas. É afirmado por esses autores
que seus estudos m confirmado que tracking da PAS durante a infância
tem mostrado um bom grau de concordância com todas as estimativas
usadas para avaliá-la.
No ano de 2003, foi publicado um trabalho prospectivo para
determinar a incidência da hipertensão essencial e identificar a influência
da história familiar para o seu aparecimento. Incluiu 90 indivíduos entre 2 e
18 anos de idade com pais ou avós com hipertensão essencial, comparando
com um grupo controle de indivíduos sem familiares com hipertensão, por
seis meses. Dos participantes com história familiar de hipertensão, 30%
apresentaram pressão arterial diastólica acima do percentil 95 e 27%
encontravam-se entre os percentis 90 e 94 (JOSHI et al., 2003).
Pode-se constatar pelos exemplos citados a existência de estudos
longitudinais abordando a temática pressão arterial, crianças e
adolescentes. No entanto, principalmente quando se refere à divulgação em
periódicos, parecem ser mais realizados em países que não o Brasil. Talvez,
os pesquisadores não consigam perceber ainda a importância desses
estudos (prover efetivas medidas de prevenção de complicações, por
exemplo) ou mesmo, devido ao período de tempo necessário para o seu
desenvolvimento, que muitas vezes não pode ser limitado somente a um ou
dois anos.
4 PERCURSO METODOLÓGICO
_____________________________________________________
4.1 Tipo de estudo
O estudo foi longitudinal/prospectivo. Os estudos prospectivos são
aqueles nos quais pessoas com uma característica ou um atributo específico
são identificadas e observadas por um período de tempo para verificar se
ocorreu ou não um resultado ou condição de interesse (VIEIRA, 2003). No
caso específico deste estudo, a condição de interesse foi a presença de
alterações da pressão arterial.
4.2 Local e período do estudo
Atualmente, para efeito administrativo, a cidade de Fortaleza,
município de desenvolvimento do estudo, encontra-se dividida em seis
Secretarias Executivas Regionais (SER).
O desenvolvimento do estudo ocorreu em uma comunidade da
periferia de Fortaleza por intermédio de uma Unidade Básica de Saúde da
Família (UBASF), que realiza ações primárias de saúde. Esta integra a
Secretaria Executiva Regional III, em destaque na figura 1.
Figura 1 – Mapa de Fortaleza por Secretarias Executivas Regionais (http://www.pmf.ce.gov.br,
em 11/10/2003)
A SER III abrange 16 bairros de Fortaleza: Quintino Cunha,
Presidente Kennedy, Parquelândia, Parque Araxá, Antônio Bezerra, Padre
Andrade, Pici, Amadeu Furtado, Rodolfo Teófilo, Autran Nunes, Dom
Lustosa, Bela Vista, Henrique Jorge, Jóquei Clube, João XIII e Bom
Sucesso.
A referida unidade de saúde conta com cinco equipes do Programa
Saúde da Família, que atendem a dois dos 16 bairros de Fortaleza (Jóquei
Clube e Dom Lustosa), com 4.154 famílias. A região atendida é dividida
em cinco áreas, correspondente ao mero de equipes de saúde. Em cada
equipe existem um médico, um enfermeiro, auxiliares de enfermagem e
agentes comunitários de saúde. Na comunidade, já foram realizados outros
trabalhos desenvolvidos por alunos de graduação e mestrandos da área da
enfermagem, com pessoas idosas e adultas, abordando temas diversos,
entre os que se destacam os referentes à educação em saúde.
A pesquisa foi desenvolvida, especificamente, na área três por ser a
única, até o momento da coleta de dados para este estudo, que possuía sua
população total cadastrada, facilitando o acesso aos endereços dos
domicílios e a identificação dos indivíduos com antecedentes familiares
para hipertensão arterial.
Na unidade, foi realizado o trabalho inicial para levantamento dos
indivíduos com alterações da pressão arterial, considerado neste estudo
como acompanhamento. A partir dos resultados obtidos neste primeiro
momento, consolidado em uma dissertação de Mestrado, o grupo continuou
a ser acompanhado, sendo avaliado novamente em janeiro de 2005.
Inicialmente, foi proposto o acompanhamento das crianças e adolescentes
por um período de três anos, com avaliações em média a cada seis meses,
completando seis observações. No entanto, devido ao limite máximo de
perdas aceitáveis (15%) (ROTHMAN e GREENLAND, 1998) foram
realizados cinco acompanhamentos: 1º no primeiro semestre de 2004; 2º no
primeiro semestre de 2005; 3º no segundo semestre de 2005; 4º no primeiro
semestre de 2006; 5º no segundo semestre de 2006.
A fonte de coleta de dados foi primária, junto às crianças e
adolescentes, sendo a coleta de dados realizada nos horários determinados
de acordo com a conveniência das mesmas.
4.3 População e amostra
A população inicial do estudo foi constituída por crianças e
adolescentes (6 a 18 anos) que faziam parte da área de abrangência de
atendimento da UBASF e que possuíam como familiares pessoas
diagnosticadas como portadores de hipertensão arterial.
Os critérios estabelecidos para a inclusão na primeira etapa do estudo
foram:
ter idade entre 6 e 18 anos;
ser familiar de pessoa portadora do diagnóstico de hipertensão
arterial;
residir na área de abrangência de atendimento da Unidade
Básica de Saúde;
aceitação dos pais ou responsáveis legais para participação no
estudo e o respectivo aceite por parte das crianças e
adolescentes.
Para o levantamento da população inicial, foram fontes importantes
os cadastros dos pacientes diagnosticados como portadores de hipertensão
arterial e que estavam sendo acompanhados na unidade básica. A partir dos
cadastros destes pacientes, buscou-se a quantidade de crianças e
adolescentes que atendiam aos critérios de inclusão estabelecidos.
Pelos cadastros feitos pelas Agentes Comunitárias de Saúde (ACS),
havia na área 211 crianças e adolescentes que atendiam aos critérios
estabelecidos. Porém, ao se chegar aos domicílios problemas foram
observados: algumas crianças e adolescentes não tinham parentesco
consangüíneo com portadores de hipertensão arterial; eram filhos adotivos;
não moravam mais na área ou mesmo na cidade; ou, finalmente, a data de
nascimento estava cadastrada errada e a idade era superior a 18 anos.
Depois de retiradas todas estas pessoas, a população totalizou 205
indivíduos.
Utilizou-se para o cálculo do tamanho da amostra a fórmula proposta
por Rea e Parker (2000) para populações finitas:
n = Z
2
α
(σ
p
) x N
Z
2
α
(σ
p
) + (N – 1)Cp
2
onde: n é o tamanho da amostra que se deseja calcular;
Cp é o intervalo de confiança em termos de proporções;
é a contagem Z para rios níveis de confiança (se o grau
de confiança é de 95%, 5% é a probabilidade de erro do
estudo);
σ
p
é o erro padrão para uma distribuição de proporções de
uma amostra;
N é a população.
Considerou-se um erro alfa de 3% e um intervalo de confiança de
95%. A prevalência de hipertensão arterial em adolescentes foi estimada
em 10% com base nas variações encontradas na literatura. Desta forma, a
amostra foi estimada em 161 sujeitos. A amostragem foi probabilística do
tipo randômica sistemática onde os participantes foram selecionados,
inicialmente, a partir dos cadastros familiares feitas pela Unidade de Saúde.
Ao se aplicar os cálculos estatísticos, constatou-se que a amostra e a
população tinham valores aproximados, optando-se, então, pela inclusão de
todos disponíveis, tentando-se buscar os 205 indivíduos. No entanto,
ocorreram algumas perdas, relacionadas à ausência dos jovens no domicílio
no momento da coleta e à desistência da participação em um dos momentos
da coleta das informações. Desta forma, foram avaliados, inicialmente, 163
indivíduos, que representou 80% do total. Este momento representou a
avaliação do atual estudo, realizada no primeiro semestre de 2004.
Alguns participantes mudaram de domicílio e deixaram de fazer
parte da área de abrangência de atendimento da UBASF. Mesmo assim,
tentou-se contatá-los para que o tamanho da amostra não ficasse
prejudicado. No entanto, apesar de todos os esforços, o tamanho da amostra
permaneceu com 141 participantes até o final da avaliação. A perda
ocorrida deveu-se à mudança de domicílio para outros estados ou para
outro local sem informação.
4.4 Coleta de dados
A coleta de dados foi realizada no domicílio em períodos pré-
determinados. Foram realizadas mais quatro avaliações no período de três
anos, além da primeira, realizada no primeiro semestre de 2004, que
consolidou a dissertação de Mestrado, totalizando no final deste estudo
cinco avaliações.
A coleta de dados em momentos diferentes visou confirmar as
alterações na pressão arterial, que medidas casuais podem não
representar o verdadeiro valor da pressão arterial, pois a hipertensão do
jaleco branco é observada também em crianças, atingindo até 44% em
estudos similares (SOROF et al., 2001).
O espaço temporal entre os momentos atendeu à conveniência do
pesquisador, uma vez que na literatura não se encontrou diretrizes que
estabelecessem períodos determinados entre medidas diferentes, levando a
adoção da conveniência como critério para o agendamento das datas.
Dentre os estudos prospectivos encontrados, o espaço temporal entre os
momentos das avaliações variaram, pois também os períodos de
desenvolvimento das pesquisas não foram semelhantes.
Para o registro dos dados foi utilizado um formulário (apêndice A)
com picos relativos a sexo, idade e acompanhamento das condições de
estilo de vida. Além disto, o instrumento permitiu anotações referentes a
peso, altura e os valores da pressão arterial sistólica e da pressão arterial
diastólica, verificados duas vezes com 30 segundos de intervalo entre as
medidas. O instrumento utilizado para o acompanhamento foi o mesmo da
primeira avaliação para que a comparação dos dados pudesse ser realizada.
Procedimento de coleta de dados para obtenção dos valores das
pressões arteriais
Para a realização das medidas da pressão arterial, foram fontes
obrigatórias de referência os trabalhos da American Heart Association,
conhecidos como “Padronização da medida da pressão arterial da American
Heart Association” (PERLOFF et al, 1994). Estes trabalhos o as
diretrizes para os protocolos de medida indireta da pressão arterial.
Preparação do cliente:
Orientar o cliente sobre o procedimento e indagar os valores habituais
da pressão arterial.
Certificar se o cliente não está com a bexiga cheia, não praticou
exercícios físicos e não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou
fumou até 30 minutos antes da medida, deixando-o descansar por cinco
a dez minutos na posição em que será realizada a verificação.
Apoiar o braço descoberto e levemente fletido, numa superfície firme,
permitindo que fique ao nível do coração (4° espaço intercostal).
Apoiar as costas na cadeira, manter as pernas descruzadas e os pés
apoiados no chão.
Técnica de verificação para medida indireta auscultatória da
pressão arterial:
Escolher um local calmo e silencioso.
Palpar a artéria braquial, colocando o manguito 2cm acima da fossa
antecubital, centralizando a bolsa sobre essa artéria, adequando o
manguito à circunferência do braço.
Palpar o pulso radial, enquanto o manguito deve ser inflado e anotar o
ponto em que o pulso desaparece e reaparece na deflação, para a
estimativa da pressão arterial sistólica. Esperar de 15 a 20 segundos para
colocar o estetoscópio nos ouvidos e posicionar firmemente a
campânula do estetoscópio sobre a artéria braquial, evitando
compressão.
Solicitar ao cliente que não fale durante o procedimento de medida.
Inflar o manguito rapidamente até 30mmHg acima do nível estimado da
PAS, determinado pela palpação, e então desinflar num ritmo constante
de 2mmHg por segundo.
Determinar a PAS no momento do aparecimento do som (fase I dos
sons de Korotkoff) e a PAD na fase V (desaparecimento do som).
Quando os batimentos persistirem até o nível zero, recomenda-se que se
registrem os valores do abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e
do seu desaparecimento.
Registrar os valores obtidos, como foram auscultados na escala do
manômetro, que varia de 2 em 2mmHg, evitando arredondamentos para
valores terminados em zero ou cinco.
Anotar os valores encontrados e, após 30 segundos, repetir a medida.
Caso os resultados tenham mais de 6mmHg de diferença, repetir a
medida e informar ao cliente os valores da pressão arterial encontrados.
Quanto aos fatores de risco, o registro foi feito da seguinte forma:
para a prática esportiva semanal, foram considerados sedentários àqueles
que referiram realizar atividade física menos que três vezes por semana;
para o tabagismo e etilismo os que afirmavam fazer uso no momento em
que eram entrevistados; para a ingestão de sal, os indivíduos que ingeriam
alimentos nos quais foram usados o sal, independente da quantidade; para o
consumo diário de legumes e frutas, os participantes deveriam ingerí-los
pelo menos uma vez ao dia, e para as frutas, sua ingestão poderia ser em
formas de sucos, vitaminas ou a própria fruta.
4.5 Organização dos dados
A análise descritiva dos dados para as variáveis qualitativas foi
realizada por meio de tabelas e gráfico e para as variáveis quantitativas
através de quadros de medidas de tendência central, de variabilidade e
medidas de separatrizes.
Para associação entre variáveis categóricas não pareadas foi utilizado
o teste Exato de Fisher e teste de Qui-Quadrado de Pearson.
O teste de Friedman também foi utilizado para a comparação de
variáveis pareadas.
No caso de médias entre três ou mais populações pareadas foi
utilizada a ANOVA para medidas repetidas com a estrutura da matriz de
variância e covariância não estruturada e, a ANCOVA (Análise de
variância com Covariáveis) com medidas repetidas no caso de se utilizar
covariáveis.
Para as variáveis cuja distribuição não foi normal, a comparação da
distribuição de variáveis foi realizado pelo teste Mann_Whitney, no caso de
duas populações independentes, e o teste de Wilcoxon, para duas
populações correlacionadas.
As análises de correlação linear entre duas a duas as variáveis
pareadas foi realizado pelo teste de Spearman.
O programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS Inc.,
Chicago, IL) versão 13 foi utilizado para todas as análises paramétricas e
não-paramétricas dos dados. O nível de significância máximo usado nas
análises estatística foi 5%.
4.6 Aspectos éticos do estudo
A proposta foi encaminhada ao Comitê de Ética do Hospital
Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará,
procurando atender aos aspectos recomendados na resolução 196/96, sobre
pesquisa envolvendo seres humanos (BRASIL, 1996), recebendo parecer
favorável ao seu desenvolvimento.
Os contatos com a instituição (Unidade Básica de Saúde da Família)
foram efetivados mediante ofício encaminhado juntamente com o projeto
de pesquisa à diretoria, solicitando autorização para realização do estudo.
Os responsáveis pelas crianças e adolescentes foram informados
sobre os objetivos do estudo e sua importância, bem como os próprios
sujeitos da pesquisa. Os termos de consentimento livre e esclarecido foram
assinados por todos os pais e/ou responsáveis e pelos participantes com 12
anos ou mais (apêndice B). Foi dado aos indivíduos o direito da não
participação ou desistência a qualquer momento do estudo, bem como a
garantia do anonimato na divulgação dos resultados.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
_____________________________________________________
5.1 RESULTADOS
Foram incluídos no estudo um total de 141 participantes. As
características dos indivíduos do estudo são apresentadas a seguir.
Tabela 1 Caracterização dos sujeitos segundo sexo e grau de
parentesco com portador de hipertensão arterial.
Fortaleza, 2007.
Variáveis N %
1. Sexo
Masculino 70 49,6
Feminino 71 50,4
2. Grau de Parentesco
filho (a) 62 44
neto (a) 66 46,8
bisneto (a) 3 2,1
sobrinho (a) 10 7,1
total 141 100
Verifica-se no grupo avaliado, a presença de 71 (50,4%) crianças e
adolescentes do sexo feminino.
Este fato, que teve como referência a
primeira avaliação, pode ter sido decorrente da ausência no domicílio de
diversas pessoas do sexo masculino que, segundo seus familiares,
estavam vinculados a empregos. Geralmente, na comunidade onde o estudo
foi realizado, são os homens que começam a trabalhar mais cedo, ainda
durante a adolescência tornando-se, dentro da sociedade, economicamente
ativos, enquanto que as mulheres ficam em casa respondendo pelos
afazeres domésticos.
Em relação ao grau de parentesco, a maioria das crianças e
adolescentes era netos (46,8%) ou filhos (44%) de portadores de
hipertensão arterial.
Tabela 2 - Distribuição dos participantes em função da PAS, PAD,
gênero e avaliação. Fortaleza, 2007.
Sexo
Avaliação
Masculino Feminino
p
N Média ep Median
N Média ep Mediana
PAS
70
111,610
1,281
110
71
108,510
1,049
110
0,139
70
112,800
1,651
112
71
109,720
1,021
108
0,237
70
114,200
1,610
112
71
109,920
0,996
108
0,071
70
114,940
1,665
112
71
110,390
1,071
110
0,110
70
115,290
1,684
112
71
110,560
1,056
110
0,118
PAD
70
74,090
1,098
74
71
72,850
1,072
72
0,471
70
76,710
1,184
78
71
74,510
0,858
76
0,135
70
77,490
1,120
78
71
74,730
0,848
76
0,059
70
76,260
1,246
76
71
74,560
0,920
76
0,575
70
76,570
1,249
76
71
74,140
0,900
74
0,292
Verifica-se pela tabela 2 que houve significância marginal na terceira
avaliação tanto da PAS quanto da PAD no que se refere ao gênero, com p =
0,071 e 0,059, respectivamente. Percebe-se também que as médias de PAS
e de PAD foram maiores nos indivíduos do sexo masculino que no
feminino, em todas as avaliações.
Tabela 3 - Distribuição dos participantes em função da PAS, PAD,
parentesco e avaliação. Fortaleza, 2007.
Parentesco
Avaliação
Filho(
a)
Neto (a) / Bisneto (a)
Sobrinho (a) p
N Média ep
Medi
ana
N Média ep Mediana N Média ep Median
PAS
62
111,320
1,217
110
69
108,650
1,169
108
10
111,800
4,016
112
0,593
62
112,350
1,348
112
69
110,670
1,438
110
10
108,400
4,626
107
0,608
62
112,610
1,321
112
69
112,060
1,417
110
10
108,400
4,626
107
0,605
62
113,480
1,555
112
69
112,060
1,421
110
10
111,600
3,525
113
0,932
62
114,290
1,560
112
69
111,860
1,423
110
10
111,600
3,487
111
0,932
PAD
62
74,450
1,022
74
69
71,910
1,193
70
10
78,000
2,422
80
0,015
62
75,940
1,091
76
69
75,510
1,063
78
10
74,200
2,943
77
0,800
62
76,000
1,098
76
69
76,460
0,981
78
10
74,200
2,943
77
0,864
62
75,580
1,113
76
69
75,570
1,169
76
10
73,200
2,736
72
0,652
62
75,030
1,148
74
69
75,800
1,151
76
10
74,200
2,449
75
0,964
Utilizando o teste exato de Mann-Whitney, verificou-se diferença
significativa quando se refere à primeira avaliação da PAD, com p = 0,015.
As maiores médias, tanto de PAS como de PAD foram maiores naqueles
com grau de parentesco, ou seja, quanto mais próximo o grau e
parentesco, maiores foram os valores da pressão arterial.
Quanto à idade, o quadro a seguir contempla a distribuição dos
participantes levando em consideração a avaliação e apresentando média,
mediana e desvio padrão.
Tabela 4 - Distribuição dos participantes segundo faixa etária e
avaliação. Fortaleza, 2007.
Avaliação Faixa etária (anos)
F media
dp mínimo
mediana máximo
1ª Avaliação
< 12 anos 92
8,870
1,841
6
9,0
12
≥ 12 anos 49
15,061
1,560
13
15,0
18
Total 141
11,021
3,434
6
10,0
18
2ª Avaliação
< 12 anos 76
9,921
1,556
7
10,0
12
≥ 12 anos 65
15,800
2,048
13
16,0
20
Total 141
12,631
3,444
7
12,0
20
3ª Avaliação
< 12 anos 76
9,921
1,556
7
10,0
12
≥ 12 anos 65
15,800
2,048
13
16,0
20
Total 141
12,631
3,444
7
12,0
20
4ª Avaliação
< 12anos 62
10,290
1,372
7
10,0
12
≥ 12 anos 79
15,962
2,317
13
16,0
21
Total 141
13,468
3,434
7
13,0
21
5ª Avaliação
< 12 anos 60
10,383
1,277
8
11,0
12
≥ 12 anos 81
16,062
2,363
13
16,0
21
Total 141
13,645
3,437
8
13,0
21
Verifica-se pela tabela, que, comparando todas as avaliações, a
menor idade foi seis anos, quando foi iniciado o estudo, e a maior idade foi
21 anos quando o estudo foi finalizado. Como se trata de um estudo
prospectivo, algumas crianças passaram a ser adolescentes e alguns
adolescentes passaram a ser adultos jovens. Ressalta-se que os indivíduos
que deixaram a fase da adolescência não foram excluídos do estudo tendo
em vista que a proposta foi acompanhar a evolução dos valores da pressão
arterial.
Quadro 1 Distribuição da presença dos fatores de risco para
hipertensão arterial nas crianças segundo avaliação.
Fortaleza, 2007.
1ª aval. 2ª aval. 3ª aval. 4ª aval. 5ª aval.
Avaliação
Fatores
de risco
F F% F F% F F% F F% F F%
Sedentarismo
72 78,3 59 77,6 64 84,2 53 85,5 46 76,7
Etilismo
01 1,1 - - - - - - - -
Tabagismo
- - 01 1,3 - - - - - -
Ingesta inadequada de
legumes
67 72,8 51 67,1 59 77,6 46 74,2 47 78,3
Ingesta inadequada de
frutas
24 26,1 16 21,1 41 53,9 35 56,5 28 46,7
Ingesta de sal
88 95,7 69 90,8 75 98,7 62 100 59 98,3
Sobrepeso
11 12 9 11,8 10 13,2 6 9,7 6 10
Obesidade
8 8,7 7 9,2 4 5,3 3 4,8 3 5
No quadro I, constata-se que o fator de risco com maior modificação,
entre as crianças, foi a ingestão inadequada de frutas; na primeira
avaliação, este fator encontrava-se em 26,1% dos participantes e na última
avaliação, esteve presente em 46,7% dos indivíduos. Vale ressaltar que o
fator mais predominante foi a ingesta de sal para quase 100% dos
participantes em todas as avaliações. O etilismo e o tabagismo não
mostraram grandes freqüências, estando mesmo ausentes na maioria das
avaliações, fato esperado, que o uso dessas drogas geralmente tem início
no período da adolescência.
Quadro 2 Distribuição da presença dos fatores de risco para
hipertensão arterial nos adolescentes segundo
avaliação. Fortaleza, 2007.
1ª aval. 2ª aval. 3ª aval. 4ª aval. 5ª aval.
Avaliação
Fatores
de risco
F F% F F% F F% F F% F F%
Sedentarismo
35 71,4 47 72,3 48 73,8 59 74,7 58 71,6
Etilismo
6 12,2 6 9,2 10 15,4 9 11,4 11 13,6
Tabagismo
4 8,2 4 6,2 3 4,6 3 3,8 3 3,7
Ingesta inadequada de
legumes
29 59,2 41 63,1 48 73,8 59 74,7 58 71,6
Ingesta inadequada de
frutas
8 16,3 14 21,5 40 61,5 45 57 51 63
Ingesta de sal
48 98 64 98,5 63 96,9 76 96,2 79 97,5
Sobrepeso
4 8,2 6 9,2 8 12,3 12 15,2 10 12,3
Obesidade
7 14,3 8 12,3 6 9,2 7 8,9 6 7,4
Percebe-se pelo quadro 2 que a presença dos fatores de risco entre os
adolescentes encontram-se de forma diferente comparando ao grupo de
crianças, apresentado no quadro 1. Aparecem os fatores de risco tabagismo
e etilismo, mesmo que em pequena freqüência. Um fato que chamou maior
atenção foi o aumento notável da freqüência da ingesta inadequada de
legumes (59,2% na primeira avaliação e 71,6% na quinta avaliação) e,
principalmente de frutas (16,3% na primeira avaliação e 63,0% na quinta
avaliação), além da ingestão de sal, de quase 100% em todas as avaliações,
e do sobrepeso (8,2% primeira avaliação e 12,3% na última avaliação). O
fator que mais se destacou risco nos dois grupos, e em todas as avaliações,
foi a ingesta de sal.
Quadro 3 - Distribuição da PAS e PAD em função dos fatores de risco
por avaliação. Fortaleza, 2007.
Prática Esportiva Semanal
Avaliação
menos de 3 vezes 3 vezes ou mais
p
N Média ep Mediana N Média ep Mediana
PAS
1ª Avaliação
107
109,990
0,931
110
34
110,240
1,863
110
0,815
2ª Avaliação
106
110,090
1,038
109
35
114,740
2,266
114
0,035
3ª Avaliação
112
111,020
1,086
110
29
116,000
1,875
114
0,019
4ª Avaliação
112
112,110
1,154
110
29
114,760
1,956
114
0,136
5ª Avaliação
104
112,400
1,151
111
37
114,320
2,072
112
0,399
PAD
1ª Avaliação
107
73,180
0,839
72
34
74,350
1,784
76
0,409
2ª Avaliação
106
74,810
0,788
75
35
78,000
1,696
80
0,064
3ª Avaliação
112
75,640
0,795
76
29
77,860
1,541
80
0,194
4ª Avaliação
112
75,110
0,882
76
29
76,550
1,606
80
0,214
5ª Avaliação
104
75,020
0,949
74
37
76,270
1,248
78
0,300
Tabagismo
Avaliação
Não Sim
p
N Média ep Mediana N Média ep Mediana
PAS
1ª Avaliação
137
109,880
0,851
110
4
116,000
2,944
116
0,119
2ª Avaliação
136
110,910
0,985
110
5
120,400
4,665
122
0,063
3ª Avaliação
138
111,970
0,965
110
3
115,330
8,743
122
0,557
4ª Avaliação
138
112,490
1,016
111
3
120,000
5,033
124
0,154
5ª Avaliação
138
112,770
1,022
112
3
119,330
4,807
122
0,203
PAD
1ª Avaliação 137
73,370
0,784
72
4
76,500
2,872
79
0,505
2ª Avaliação
136
75,350
0,737
76
5
82,400
4,534
80
0,128
3ª Avaliação
138
76,220
0,708
78
3
70,670
7,513
70
0,430
4ª Avaliação
138
75,460
0,783
76
3
72,670
5,925
70
0,621
5ª Avaliação
138
75,320
0,786
76
3
76,670
4,055
76
0,780
Etilismo
Avaliação
Não Sim
p
N Média ep Mediana N Média ep Mediana
PAS
1ª Avaliação
134
110,110
0,857
110
7
108,860
3,851
110
0,962
2ª Avaliação
135
111,200
0,995
110
6
112,330
5,018
115
0,759
3ª Avaliação
131
111,760
0,998
110
10
115,800
3,326
117
0,144
4ª Avaliação
132
112,580
1,049
110
9
113,780
3,307
114
0,499
5ª Avaliação
130
112,710
1,059
112
11
115,270
3,239
112
0,302
PAD
1ª Avaliação
134
73,570
0,777
72
7
71,430
4,336
70
0,689
2ª Avaliação
135
75,750
0,745
78
6
72,330
4,112
74
0,451
3ª Avaliação
131
76,000
0,739
78
10
77,400
2,566
79
0,518
4ª Avaliação
132
75,480
0,806
76
9
74,220
2,817
72
0,703
5ª Avaliação
130
75,110
0,803
76
11
78,180
2,808
76
0,291
Uso diário de sal
Avaliação
Não Sim
p
N Média ep Mediana N Média ep Mediana
PAS
1ª Avaliação
5
109,600
3,487
112
136
110,070
0,857
110
0,933
2ª Avaliação
8
108,750
4,308
110
133
111,400
1,001
110
0,681
3ª Avaliação
3
117,330
10,729
126
138
111,930
0,957
110
0,448
4ª Avaliação
3
119,330
8,743
126
138
112,510
1,008
111
0,270
5ª Avaliação
3
118,000
10,066
126
138
112,800
1,011
112
0,427
PAD
1ª Avaliação
5
75,200
4,883
78
136
73,400
0,777
72
0,488
2ª Avaliação
8
75,250
2,801
77
133
75,620
0,761
78
0,946
3ª Avaliação
3
78,000
3,464
78
138
76,060
0,721
78
0,631
4ª Avaliação
3
78,000
3,464
78
138
75,350
0,787
76
0,509
5ª Avaliação
3
76,000
6,110
80
138
75,330
0,781
76
0,720
Consumo diário de Legumes
Avaliação
Não Sim
p
N Média ep Mediana N Média ep Mediana
PAS
1ª Avaliação
96
109,700
1,010
110
45
110,800
1,490
110
0,521
2ª Avaliação
92
111,070
1,210
110
49
111,590
1,652
110
0,896
3ª Avaliação
107
111,200
1,040
110
34
114,710
2,218
112
0,264
4ª Avaliação
105
112,020
1,070
112
36
114,500
2,382
112
0,533
5ª Avaliação
105
111,920
0,952
112
36
115,780
2,777
111
0,637
PAD
1ª Avaliação
96
72,810
0,995
72
45
74,840
1,111
74
0,160
2ª Avaliação
92
75,170
0,890
76
49
76,410
1,292
78
0,361
3ª Avaliação
107
75,310
0,821
76
34
78,590
1,329
78
0,080
4ª Avaliação
105
74,420
0,828
76
36
78,280
1,764
78
0,066
5ª Avaliação
105
74,500
0,815
74
36
77,830
1,830
78
0,152
Consumo diário de Frutas
Avaliação
Não Sim
p
N Média ep Mediana N Média ep Mediana
PAS
1ª Avaliação
32
108,940
1,353
110
109
110,380
1,004
110
0,717
2ª Avaliação
30
110,730
1,780
110
111
111,390
1,142
110
0,898
3ª Avaliação 81
111,750
1,204
110
60
112,430
1,567
112
0,973
4ª Avaliação
80
111,100
1,206
110
61
114,690
1,667
114
0,108
5ª Avaliação
79
111,670
1,162
112
62
114,480
1,738
112
0,465
PAD
0,402
1ª Avaliação
32
72,380
1,551
70
109
73,780
0,882
74
0,562
2ª Avaliação
30
74,670
1,628
75
111
75,860
0,823
78
0,761
3ª Avaliação
81
75,800
0,943
78
60
76,500
1,078
78
0,078
4ª Avaliação 80
74,030
0,950
74
61
77,210
1,255
76
0,046
5ª Avaliação
79
73,750
0,992
74
62
77,390
1,179
76
0,717
No quadro anterior, ao analisar a distribuição das PAS e da PAD na
forma quantitativa em função de cada um dos fatores de risco, foi utilizado
o teste Exato de Mann-Whitney.
Pode-se então verificar diferença estatisticamente significante para
os fatores de risco relacionados à prática esportiva semanal (nas segunda e
terceira avaliações da PAS), com valor p 0,035 e 0,019, respectivamente, e
ao consumo diário de frutas (na quarta avaliação da PAD), com p = 0,046.
Diferença significativa marginal foi encontrada para os fatores de
risco relacionados à prática esportiva semanal (na segunda avaliação da
PAD), com p = 0,064; ao tabagismo (na segunda avaliação da PAS), com p
= 0,063; ao consumo diário de legumes (nas terceira e quarta avaliação da
PAD), com p = 0,080 e 0,066, respectivamente; e ao consumo diário de
frutas (na terceira avaliação da PAD), com valor p de 0,078. Os demais
fatores de risco relacionados não apresentaram diferenças estatisticamente
significantes.
Quadro 4 - Valores descritivos das variáveis, idade, IMC, PAD e PAS
por avaliação. Fortaleza, 2007.
n media dp mínimo mediana máximo
Avaliação
Idade (anos)
1ª Avaliação 141
11,021
3,434
6
10
18
2ª Avaliação 141
12,631
3,444
7
12
20
3ª Avaliação 141
12,631
3,444
7
12
20
4ª Avaliação 141
13,468
3,434
7
13
21
5ª Avaliação 141
13,645
3,437
8
13
21
IMC (kg/m²)
1ª Avaliação 141
18,766
5,428
8,63
17,60
49,75
2ª Avaliação 141
18,764
5,428
8,63
17,60
49,75
3ª Avaliação 141
19,682
5,124
12,11
18,33
50,00
4ª Avaliação 141
19,682
5,124
12,11
18,33
50,00
5ª Avaliação 141
19,784
4,934
9,24
19,00
39,41
PAS
1ª Avaliação 141
110,050
9,904
90
110
138
2ª Avaliação 141
111,248
11,550
82
110
152
3ª Avaliação 141
112,043
11,370
82
110
152
4ª Avaliação 141
112,652
11,898
88
112
156
5ª Avaliação 141
112,908
11,958
88
112
156
PAD
1ª Avaliação 141
73,461
9,099
50
72
100
2ª Avaliação 141
75,603
8,705
50
78
100
3ª Avaliação 141
76,099
8,409
58
78
100
4ª Avaliação 141
75,404
9,186
58
76
124
5ª Avaliação 141
75,348
9,170
56
76
124
Constata-se pelo quadro 3 que as médias do IMC e da PAS
aumentaram com o decorrer das avaliações. A média do IMC passou de
18,7 para 19,7; PAS passou de 110 mmHg para 112,9 mmHg, considerando
a primeira e última avaliações. Este dado era esperado, pois os
indivíduos tendem a aumentar estes parâmetros à medida que crescem e se
desenvolvem. Quanto à PAD, sua média aumentou até a terceira avaliação
(passou de 73,4 mmHg para 76 mmHg) e sofreu um pequeno decréscimo
nas quarta e quinta avaliações (75 mmHg).
Quadro 5 - Correlação linear entre PAS e PAD, e IMC e idade por
período de avaliação. Fortaleza, 2007.
PAS PAD
N r_Spearman p
(1)
r_Spearman p
(1)
1ª Avaliação
Idade (anos) 141
0,1899
0,0241
0,1245
0,1415
IMC (m/Kg²) 141
0,2616
0,0017
0,1436
0,0893
2ª Avaliação
Idade (anos) 141
0,2467
0,0032
0,0889
0,2948
IMC (m/Kg²) 141
0,1641
0,0519
-0,0159
0,8512
3ª Avaliação
Idade (anos) 141
0,2601
0,0018
0,0922
0,2769
IMC (m/Kg²) 141
0,1722
0,0412
-0,0108
0,8991
4ª Avaliação
Idade (anos) 141
0,3229
0,0001
0,1231
0,1459
IMC (m/Kg²) 141
0,2576
0,0020
0,0649
0,4443
5ª Avaliação
Idade (anos) 141
0,3358
<0,0001
0,1668
0,0480
IMC (m/Kg²) 141
0,2757
0,0009
0,0485
0,5676
(1) : Correlação de Spearman
Estatisticamente, verifica-se que em cada uma das avaliações, existe
associação linear significativa entre PAS e as variáveis Idade e IMC
enquanto que, para o PAD nota-se associação linear significativa com a
idade, p=0,0480, na 5ª avaliação e associação linear com significância
marginal com o IMC , p =0,0893, na 1ª avaliação.
Pelo fato de ser esperado o aumento das médias dos aspectos citados
com o aumento da idade, optou-se por analisar também estes fatores de
forma qualitativa, ou seja, suas classificações de acordo com os valores
encontrados, buscando algum significado mais evidente sobre suas
mudanças com o decorrer do tempo. Para tanto, o IMC foi classificado em
baixo peso, normal, sobrepeso e obesidade; e a pressão arterial, em normal,
limítrofe e alterada.
Quadro 6 Médias de PAS e PAD ajustadas pela idade e IMC.
Fortaleza, 2007.
n media ep
Avaliação
PAS
1ª Avaliação 141
111,1439
0,8701
2ª Avaliação 141
111,3985
0,9308
3ª Avaliação 141
111,9969
0,9153
4ª Avaliação 141
112,1159
0,9526
5ª Avaliação 141
112,2455
0,9614
Avaliação n media ep
PAD
1ª Avaliação 141
73,9071
0,8054
2ª Avaliação 141
75,6316
0,7341
3ª Avaliação 141
76,1020
0,7086
4ª Avaliação 141
75,1899
0,7781
5ª Avaliação 141
75,0843
0,7787
Ao se comparar as avaliações em relação à distribuição de PAS e
PAD para cada avaliação, ajustaram-se estes parâmetros à idade e ao IMC
para que não influenciassem nos valores médios das pressões. Utilizou-se,
para tanto, o modelo da análise de variância (ANOVA) para medidas
repetidas considerando a matriz de variância e covariância não estruturada.
Desta forma, percebeu-se que, em relação à PAS, as médias
aumentaram no decorrer das avaliações, passando de 111 mmHg para 112
mmHg. Quanto à PAD, suas médias aumentaram até a terceira avaliação
(73 mmHg para 76 mmHg) e diminuíram um pouco nas quartas e quintas
avaliações (75 mmHg).
Na tabela a seguir, buscou-se apresentar a classificação dos percentis
de pressão arterial nas crianças e nos adolescentes para cada avaliação
realizada, levando em consideração a possibilidade da formão de quatro
grupos: indivíduos com PAS e PAD normais, indivíduos com PAS e PAD
alteradas, indivíduos com PAS ou PAD na faixa limítrofe e indivíduos com
PAS ou PAD alterada.
Tabela 5 - Distribuição do número de crianças e adolescentes segundo
percentil da PAS e da PAD e as variáveis faixa etária e
avaliação. Fortaleza, 2007.
Idade (anos)
Avaliação < 12 anos ≥ 12 anos
Total
Percentil da PAS e
PAD
n % n % n %
1ª Avaliação PAS e PAD normais 71
77,2%
42
85,7%
113
80,1%
PAS ou PAD limitrofe 1
1,1%
0
0,0%
1
,7%
PAS ou PAD alterado 10
10,9%
5
10,2%
15
10,6%
PAS e PAD alterados 10
10,9%
2
4,1%
12
8,5%
Total 92
100,0%
49
100,0%
141
100,0%
2ª Avaliação PAS e PAD normais 55
72,4%
55
84,6%
110
78,0%
PAS ou PAD limitrofe 13
17,1%
7
10,8%
20
14,2%
PAS ou PAD alterado 0
0,0%
0
0,0%
0
0,0%
PAS e PAD alterados 8
10,5%
3
4,6%
11
7,8%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
3ª Avaliação PAS e PAD normais 42
55,3%
42
64,6%
84
59,6%
PAS ou PAD limitrofe 3
3,9%
2
3,1%
5
3,5%
PAS ou PAD alterado 23
30,3%
17
26,2%
40
28,4%
PAS e PAD alterados 8
10,5%
4
6,2%
12
8,5%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
4ª Avaliação PAS e PAD normais 33
53,2%
51
64,6%
84
59,6%
PAS ou PAD limitrofe 1
1,6%
4
5,1%
5
3,5%
PAS ou PAD alterado 21
33,9%
19
24,1%
40
28,4%
PAS e PAD alterados 7
11,3%
5
6,3%
12
8,5%
Total 62
100,0%
79
100,0%
141
100,0%
5ª Avaliação PAS e PAD normais 33
55,0%
52
64,2%
85
60,3%
PAS ou PAD limitrofe 1
1,7%
4
4,9%
5
3,5%
PAS ou PAD alterado 21
35,0%
23
28,4%
44
31,2%
PAS e PAD alterados 5
8,3%
2
2,5%
7
5,0%
Total 60
100,0%
81
100,0%
141
100,0%
Analisando os dados referentes à primeira avaliação, verifica-se que
um participante apresentou percentil de pressão arterial considerado
limítrofe com referência à PAS; e, dos avaliados com percentis de pressão
arterial classificados como alterados, nove tiveram alteração somente da
PAS e seis somente da PAD.
Na segunda avaliação, dos 20 indivíduos que apresentaram percentis
de pressão arterial limítrofes, nove foram somente da PAS e 11 foram
somente da PAD.
Na terceira avaliação, dois participantes apresentaram apenas
percentis limítrofes de PAS, enquanto em três outros foram encontrados
somente percentis de PAD considerados limítrofes; com referência aos
percentis de pressão arterial considerados alterados, 11 foram somente da
PAS e 29 foram somente da PAD.
Na quarta avaliação, dois participantes apresentaram apenas PAS
limítrofe e três somente PAD limítrofe; no que se refere aos indivíduos
com percentis de pressão classificados como alterados, 11 foram somente
da PAS e 29 foram somente da PAD.
Na quinta e última avaliação, a presença de percentis limítrofes da
PAS foi encontrada em dois participantes e de PAD limítrofes, em três; no
que se refere à classificação dos percentis como alterados, dez foram
somente dos dados referentes à PAS e 34 foram somente quanto à PAD.
Desta forma foi possível dividir os participantes em nove grupos de acordo
com a classificação dos percentis de pressão arterial: grupo 1-indivíduos
que apresentaram tanto percentis de PAS como de PAD dentro da faixa de
normalidade; grupo 2-participantes com percentil de PAS limítrofe e PAD
normal; grupo 3-crianças e adolescentes com PAS alterada e PAD normal;
grupo 4-indivíduos com percentil de PAS normal e de PAD limítrofe;
grupo 5-indivíduos com percentil de PAS limítrofe e PAD limítrofe, grupo
6-participantes com percentil de PAS alterado e PAD limítrofe; grupo 6-
crianças e adolescentes com PAS normal e PAD alterado; grupo 8-
participantes com percentil de PAS limítrofe e PAD alterado; grupo 9-
indivíduos com percentil tanto de PAS como de PAD alterados.
Tabela 6 - Distribuição dos participantes segundo percentis da PAS e
PAD e avaliação. Fortaleza, 2007.
Avaliação
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação Avaliação 5ª Avaliação
PAS e PAD
n % n % n % n % n %
1. PAS normal e PAD normal 113 80,1%
110 78,0% 84
59,6%
84 59,6%
85 60,3%
2. PAS limitrofe e PAD normal 1
0,7%
0
0,0% 5
3,5%
5
3,5%
5
3,5%
3. PAS alterado e PAD normal 5
3,5%
9
6,4% 0
0,0%
0
0,0%
0
0,0%
4. PAS normal e PAD limitrofe 1
0,7%
1
0,7% 18
12,8%
18 12,8%
19 13,5%
5. PAS limitrofe e PAD
limitrofe
2
1,4%
1
0,7% 5
3,5%
5
3,5%
5
3,5%
6. PAS alterado e PAD
limitrofe
3
2,1%
4
2,8% 6
4,3%
6
4,3%
9
6,4%
7. PAS normal e PAD alterado 3
2,1%
4
2,8% 7
5,0%
7
5,0%
5
3,5%
8. PAS limitrofe e PAD
alterado
1
0,7%
1
0,7% 4
2,8%
4
2,8%
6
4,3%
9. PAS alterado e PAD alterado
12 8,5%
11 7,8% 12
8,5%
12 8,5%
7
5,0%
Total 141 100,0%
141 100,0% 141
100,0%
141 100,0%
141 100,0%
Na tabela 4 chama a atenção a evolução do grupo 1, constituída por
participantes que tinham percentis de pressão arterial classificados como
normais, cujo número foi decrescendo com o decorrer das avaliações,
passando de 80,1% para 60,3%; em contrapartida, os grupos 4, 6 e 8,
constituídos respectivamente por participantes com percentis da PAS
normais e da PAD limítrofes, participantes com percentis da PAS alterados
e da PAD limítrofes e por indivíduos com percentis da PAS limítrofes e da
PAD alterados, tiveram aumento de suas freqüências ao longo das
avaliações. Em todos os grupos citados, excetuando o primeiro, percebe-se
que a elevação da PAD esteve presente. Na população deste estudo, os
percentis de PAD foram aqueles com maiores alterações com o decorrer do
tempo.
Ao se comparar a classificação dos percentis de pressão arterial de
crianças e adolescentes que apresentaram alterações com indivíduos que
manifestaram percentis normais na primeira avaliação, tem-se a tabela a
seguir.
Tabela 7 - Distribuição dos participantes segundo comparação de
percentis da PAS e PAD e avaliação. Fortaleza, 2007.
Percentil da PAS
Normal Limítrofe Acima
Total
1ª avaliação
Total
117 4 20 141
2ª avaliação
Normal
114 1 0 115
Limítrofe
1 1 0 2
Acima
2 2 20 24
3ª avaliação
Normal
93 4 12 109
Limítrofe
12 0 2 14
Acima
12 0 6 18
4ª avaliação
Normal
93 4 12 109
Limítrofe
12 0 2 14
Acima
12 0 6 18
5ª avaliação
Normal
96 3 10 109
Limítrofe
11 1 4 16
Acima
10 0 6 16
Percentil da PAD
Normal Limítrofe Acima
Total
1ª avaliação
Total
119 6 16 141
2ª avaliação
Normal
117 0 2 119
Limítrofe
0 6 0 6
Acima
2 0 14 16
3ª avaliação
Normal
80 5 4 89
Limítrofe
22 1 6 29
Acima
17 0 6 23
4ª avaliação
Normal
80 5 4 89
Limítrofe
22 1 6 29
Acima
17 0 6 23
5ª avaliação
Normal
83 3 4 90
Limítrofe
22 3 8 33
Acima
14 0 4 18
Verifica-se, pela tabela 7, que o número de indivíduos com pressão
arterial sistólica e pressão arterial diastólica diminuiu ao longo das cinco
avaliações. Pelo teste de Friedman, comparando a distribuição dos
percentis nos diferentes momentos de avaliação constatou-se que existe
diferença significativa (p<0,001) entre a média dos percentis da PAS e
PAD entre os diferentes momentos de avaliação.
Gráfico 1 - Distribuição dos participantes segundo avaliação e
classificação dos percentis de pressão arterial sistólica
(PAS). Fortaleza, 2007.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação 5ª Avaliação
% de pacienets
Normal
Limítrofe
Acima
No gráfico 1, o percentual de indivíduos com percentis normais de
pressão arterial sistólica diminuiu ao longo do tempo, passando de 83%
para 77,3%, enquanto que os participantes com percentis alterados
(limítrofe e elevada) passaram de 17% (2,8% e 14,2%) para 22,6% (11,3%
e 11,3%), considerando a primeira e a última avaliações.
Gráfico 2 - Distribuição dos participantes segundo avaliação e
classificação dos percentis de pressão arterial diastólica
(PAD). Fortaleza, 2007.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação 5ª Avaliação
% de pacienets
Normal
Limítrofe
Acima
No gráfico 2, o percentual de indivíduos com percentis normais de
pressão arterial diastólica (PAD), assim como da PAS diminuiu ao longo
do tempo, passando de 84,4% para 63,8%, enquanto que os participantes
com alterações (limítrofe e elevada) passaram de 15,6% (4,3% e 11,3%)
para 36,2% (23,4% e 12,8%).
Vale ressaltar que tanto para o percentil de PAS quanto para o
percentil de PAD houve aumento na freqüência do grupo com classificação
limítrofe, enquanto que o grupo com classificação de percentil acima ou
alterado, diminuiu ao longo das avaliações.
Gráfico 3 - Distribuição dos participantes segundo freqüência de
verificações da pressão arterial dentro da faixa de normalidade dos
percentis. Fortaleza, 2007.
62
12
20
2
28
17
0 avaliação
1 avaliação
2 avaliações
3 avaliações
4 avaliações
5 avaliações
Nas cinco avaliações realizadas, 62 participantes apresentaram
percentis normais de pressão arterial em todas elas. No entanto, 17
indivíduos apresentaram alterações dos percentis desde a primeira
avaliação e permaneceram assim aa última. Os demais (62) mostraram
percentis normais de pressão arterial em duas, três ou quatro avaliações.
Levando em consideração a idade de entrada dos participantes, pôde-
se dividir os participantes em dois grupos: crianças e adolescentes. Ao
apresentar o decorrer das avaliações, verificou-se que 30 crianças
permaneceram sem alterações dos percentis de pressão arterial em todas as
avaliações; 42 apresentaram alterações a partir da 3º avaliação; oito
mostraram alteração dos percentis somente na última avaliação realizada;
11 apresentaram alterações dos percentis de pressão arterial em todas as
avaliações e 20 apresentaram alteração dos percentis em alguma avaliação,
mas na última mostraram percentis normais de pressão arterial.
Quando se avaliou os adolescentes, considerando a idade de entrada
no estudo, percebeu-se que 32 adolescentes permaneceram sem alterações
dos percentis de pressão arterial em todas as avaliações; oito apresentaram
alterações a partir da 3º avaliação; dois indivíduos mostraram alteração dos
percentis somente na última avaliação realizada; seis apresentaram
alterações dos percentis de pressão arterial em todas as avaliações e três
apresentaram alteração dos percentis em alguma avaliação, mas na última
mostraram percentis normais de pressão arterial.
5.2 DISCUSSÃO
No que se refere ao gênero dos participantes deste estudo, verificou-
se que seguiu a tendência de trabalhos similares, com maior freqüência de
indivíduos do sexo feminino. Em um trabalho de Rivera et al. (2004) com
amostra de 1253 escolares e adolescentes, 547 eram homens e 706 eram
mulheres. Em outro estudo foram avaliados 607 indivíduos entre 7 e 14
anos; neste também a freqüência foi de 313 meninas (51,6%) e de 294
meninos (48,4%) (RESENDE et al., 1999). Em estudo epidemiológico
realizado por Adan et al. (2004) com 701 crianças de 5 a 9 anos de idade
em escolas públicas e privadas, a prevalência também foi maior de
indivíduos do sexo feminino (52,2%). Em outro estudo, tamm
epidemiológico, desenvolvido por Silva et al. (2005) foram avaliados 1253
estudantes entre 7 e 17 anos e destes 56,3% eram do sexo feminino
Quanto à pressão arterial, este estudo mostrou que as médias de PAS
e de PAD foram maiores no sexo masculino e, tanto para participantes do
sexo feminino como para o sexo masculino, a média dos valores aumentou
com o decorrer do acompanhamento. No estudo de Moreira (2006)
identificou-se, na população estudada, maior número de crianças e
adolescentes do sexo masculino os quais apresentaram maiores valores
tanto da PAS quanto da PAD quando comparados as do sexo feminino. No
estudo de Adam et al. (2004) não houve diferença estatisticamente
significante entre os sexos (p= 0,98), assim como neste estudo em questão.
Investigações no mundo inteiro têm demonstrado a importância da
pesquisa de fatores de risco para a doença arterial coronariana em crianças
e adolescentes, considerando ser esse o período em que os padrões de dieta
e o estilo de vida encontram-se em estruturação, com profundas
implicações no risco de desenvolvimento da doença na vida adulta. Tem-se
demonstrado, também, que a intervenção, mesmo nessa fase, sobre os
fatores de risco detectados, principalmente através do envolvimento das
crianças e adolescentes nas estratégias educativas adotadas, determina
mudanças benéficas no perfil de risco identificado (GARCIA et al., 2004).
Este aspecto é relevante uma vez que os fatores de risco identificados em
crianças e adolescentes tendem a persistir na vida adulta, concorrendo para
o estabelecimento de doença arterial coronariana em faixas etárias cada vez
mais precoces.
Em relação ao fator familiar, Cunningham (2005), apresentando
alguns estudos, mostra que uma pessoa com um histórico positivo de
hipertensão tem entre 2,4 a 5 vezes mais risco de desenvolvimento da
doença. Além disso, os riscos são maiores quanto mais membros da família
forem diagnosticados como portadores de hipertensão arterial antes dos 55
anos de idade. O histórico familiar de hipertensão tem sido usado como
indicador da influência da genética sobre sua epidemiologia. Outros
estudos demonstram que jovens normotensos com uma positiva história
familiar de hipertensão têm valores mais altos da pressão arterial quando
comparados com jovens normotensos com história negativa de hipertensão
(BRANDÃO et al., 2003; CUNNINGHAM, 2005).
No caso deste estudo específico, o fator familiar foi um dos critérios
para inclusão na amostra, independente do grau de parentesco ou mero
de parentes portadores de hipertensão arterial. No entanto, os valores
médios tanto de PAS como de PAD foram maiores para os filhos de
portadores de hipertensão arterial que para aqueles que referiram ser netos.
em estudo de Moreira (2006) que acompanhou crianças e adolescentes
por um período de seis meses, realizando seis avaliações, foi identificado
que os indivíduos que tinham algum parente de segundo grau com
hipertensão tiveram maior elevação dos valores da PAS e da PAD do que
as que tinham parentes de primeiro grau.
Quanto ao fator peso corporal, dados da literatura m mostrado que
a obesidade é um fator de risco independente para um grande mero de
alterações de saúde, inclusive para a hipertensão arterial (BHARGAVA,
2004). Desta forma, medidas preventivas relacionadas à obesidade infantil
são necessárias em função da elevação progressiva da sua prevalência,
assim como a identificação de suas co-morbidades, visando minimizar
complicações crônicas.
Estudos longitudinais, em populações adultas, m demonstrado que
o ganho de peso excessivo está fortemente associado ao risco de doenças
cardiovasculares. Tem sido, também, reconhecido que esses problemas, no
adulto, m sua origem na infância. Garcia et al. (2004), discutem o fato do
sobrepeso e da obesidade, possivelmente, desempenharem desde a infância
um papel deletério para o sistema cardiovascular. Os autores
desenvolveram um estudo transversal, com avaliação de 672 crianças entre
2 e 11 anos de idade, das quais 14% apresentaram sobrepeso e 3,7%
apresentavam valores compatíveis com obesidade. Além disso, com o
aumento do IMC, houve um significativo aumento da pressão arterial
sistólica. Entretanto, essa associação não foi observada para a pressão
diastólica; as crianças obesas apresentam veis menores de pressão
diastólica. Achados semelhantes são referidos por Adam et al. (2004) ao
analisar as variáveis sobrepeso e obesidade, encontrando prevalências de
9,1% e 4,3%, respectivamente. Hipertensão foi significativamente
associada a sobrepeso (p= 0,04) ou obesidade (p= 0,000). No estudo de
Silva et al. (2005), o sobrepeso foi identificado em 56 estudantes,
determinando uma prevalência de 4,5%.
No presente estudo, verificou-se uma prevalência de sobrepeso
maior que de obesidade nas 3ª, 4ª e 5ª avaliações, respectivamente de
12,8%, 12,8% e 11,3%. Além disso, à medida que a dia de IMC
aumentava, os valores médios de PAS e PAD também aumentavam. Isto
corrobora com os achados do estudo de Moreira (2006) que encontrou à
medida que o Índice de Massa corporal aumentava, a mesma ocorrência
com os valores da PAS e da PAD.
Cunningham (2005) mostra que a perda de peso tem como resultado
a redução consistente da pressão arterial, de um modo mais efetivo do que
qualquer outra mudança de estilo de vida. Para redução deste peso, uma das
formas seria a prática de atividade física. Existem múltiplas interações
entre obesidade e atividade física. Segundo Mello, Luft e Meyer (2004),
crianças e adolescentes tendem a ficar obesos quando sedentários e a
própria obesidade poderá fazê-los ainda mais sedentários.
Recomendam-se, no mínimo, que sejam realizadas três sessões por
semana de atividade sica aeróbica de 30 minutos. Atividade física com
exercício de resistência muscular localizada pode ser realizada com
sobrecarga que não ultrapasse 50% a 60% da contração voluntária máxima
(DIRETRIZES, 2006).
Ademais, os bitos da prática de atividades físicas adquiridos na
infância, parecem persistir durante a vida adulta, e poderão adquirir uma
importância vital na prevenção das doenças cardiovasculares (PELLANDA
et al., 2002; GUERRA et al., 2003). No estudo realizado por Silva (2005), a
análise das respostas a um questionário sobre atividade física identificou
1.172 estudantes como sedentários, de forma que essa variável esteve
presente em 93,5%.
No presente estudo, as crianças mostraram-se menos sedentárias que
os adolescentes e a elevação de peso também foi menor nas crianças.
Talvez o fato dos indivíduos menores de 12 anos serem cuidados mais de
perto pelos pais e por na fase da adolescência os indivíduos apresentarem
outros interesses, como a necessidade de trabalhar, justifiquem este achado.
Quanto às pressões arteriais, tanto para a média da PAS como para a da
PAD, os valores foram maiores naqueles que referiram desenvolver algum
tipo de atividade esportiva três ou mais vezes por semana. Esses dados
apresentam-se em oposição aos encontrados em outros estudos, dentre os
quais se destaca o realizado por Moreira (2006), no mesmo contexto social
e com clientela similar, pois foi desenvolvido na mesma cidade e no
mesmo período. No entanto, deve-se levar em conta que o presente estudo
teve como critério metodológico acompanhar crianças e adolescentes com
história familiar de hipertensão arterial e no estudo de Moreira (2006) este
aspecto não foi considerado. Desta forma, nesse último estudo, os
participantes que não praticavam esporte, medianamente, apresentaram
uma maior elevação da pressão arterial sistólica do que aqueles que
praticavam
.
Destaca-se que em ambos os estudos, os dados foram coletados
por inquérito.
Outro fator de risco importante e investigado por muitos
pesquisadores, é o consumo alimentar de sal. Este é um dos fatores
ambientais mais importantes dentre os aspectos multifatoriais envolvidos
na patogênese da hipertensão arterial. As evidências epidemiológicas
indicam que a participação do sal evidencia-se, principalmente nos
indivíduos com predisposição genética (LOPES; BARRETO-FILHO;
RICCIO, 2003).
Koch (2004) refere que a ingestão exagerada de sódio é freqüente no
mundo ocidental e, pelo fato de somente, em média, 20% da população
desenvolver hipertensão, demonstra-se a existência de sensibilidade
variável do ser humano ao sódio. Sendo chamados de sódio-sensíveis os
indivíduos que sofrem elevação de 10% ou 10mmHg da pressão arterial.
Como não é possível saber, sem testes, quem é ou não sódio-
sensível, recomenda-se na alimentação saudável, limitar a ingestão em até
6 gramas de sal por dia, equivalente a quatro colheres de café (4 g) rasas
de sal adicionadas aos alimentos (DIRETRIZES, 2006).
Neste estudo em questão, quase 100% dos participantes faziam uso
de sal na alimentação, em quantidades variadas. Vale ressaltar que todos
tinham parentesco com portador de hipertensão arterial e a maioria morava
com estes portadores. Porém, para as médias de valores da PAS e da PAD,
aqueles que referiram não fazer uso de sal na alimentação apresentaram
maiores valores, excetuando as 1ª e 2ª avaliações da PAD.
Em relação ao etilismo, há controvérsias sobre o efeito do álcool na
pressão arterial. Estudos verificaram uma incidência mais baixa de acidente
vascular cerebral em pessoas com ingestão de álcool de um a dois drinques
por dia em comparação com abstêmios. Apesar disso, é comprovado que
reduzir a ingestão de álcool resulta em pressões arteriais sistólica e
diastólica mais baixas (CUNNINGHAM, 2005).
Recomenda-se limitar a ingestão de bebida alcoólica a 30 g/dia de
etanol para homens, correspondendo a, aproximadamente, 700 ml de
cerveja, 300 ml de vinho e 100 ml de bebida destilada. Para mulheres ou
indivíduos de baixo peso, a recomendação é a metade dessa quantidade
(DIRETRIZES, 2006). Neste estudo, com exceção da avaliação, as
médias de PAS foram maiores naqueles que afirmaram ter o hábito de
consumir bebida alcoólica; em relação à PAD, este fato ocorreu nas e
avaliações.
Cunningham (2005) refere que de doze intervenções estudadas em
cinco ensaios clínicos de prevenção da hipertensão, apenas quatro: perda de
peso, prática de atividade física regular, restrição de sódio e redução na
ingestão de álcool, demonstraram serem eficazes, retardando ou prevenindo
o início da hipertensão arterial. No entanto, o tabagismo também é
considerado por outros autores como determinante para elevações da
pressão arterial e outras patologias.
O uso de fumo (tabagismo) e do álcool (etilismo) foi referido por
apenas uma das crianças deste estudo ao longo do acompanhamento. Já nos
adolescentes, estes hábitos mostraram-se presentes em maior freqüência e
principalmente com relação ao etilismo, referido pelos participantes, como
“social”. Em estudo de Silva et al. (2005), o hábito de fumar apresentou
uma baixa prevalência, sendo relatado por apenas 2,4% dos estudantes
avaliados, não especificando as idades nas quais essas freqüências foram
encontradas.
Vale ressaltar que, com relação ao consumo de sal, ingestão de
bebida alcoólica e tabagismo, a literatura consultada não fornece valores
estabelecidos como não maléficos para crianças e adolescentes.
Em todos os estudos encontrados, a pressão arterial de crianças e
adolescentes foi analisada levando em consideração os valores da PAS e da
PAD e não sua classificação em percentis, por idades, sexo e percentil de
estatura. A classificação é utilizada, neste estudo, para definir se as
pressões dos indivíduos apresentavam-se elevadas ou não, porém no
momento da análise estatística eram tomados como referência os próprios
valores das pressões arteriais. Por este motivo, no presente estudo ao ser
feita a discussão, esta tem como referência o valor da pressão arterial, mas
também são acrescidas algumas considerações em relação aos percentis de
pressão, seguindo-se a forma como foram apresentados nos resultados.
Os estudos são unânimes em considerar que indivíduos com
percentis de pressão arterial igual ou acima de 95, são considerados
portadores de pressão arterial elevada. No presente estudo, além de
apresentar os indivíduos com elevação da pressão arterial (percentil >
95),
também foram classificados os percentis correspondentes à faixa limítrofe
(percentil entre 90 e 95) e de normalidade (percentil < 90).
No decorrer da infância e adolescência ocorrem muitas mudanças
devido ao aumento físico do corpo, como um todo e em suas partes.
Somam-se a isto as variações da capacidade do indivíduo para a realização
de funções cada vez mais complexas. Por estes aspectos, inerentes ao
crescimento e desenvolvimento da criança e do adolescente, é que os
valores da pressão arterial nem sempre se apresentam tão homogêneos.
Finalmente, acrescentam-se, também, os fatores culturais, sócio-
econômicos, nutricionais, ambientais e hereditários.
No trabalho de Adam et al. (2004) a prevalência de hipertensão
arterial foi de 3,6%, não especificando a partir de quais parâmetros esta
hipertensão foi considerada. No estudo de Silva et al. (2005) foram
identificados 97 estudantes com pressão arterial sistólica e/ou diastólica
(média de duas medidas) no percentil >
95, determinando uma prevalência
de hipertensão arterial sistêmica de 7,7%. Vale ressaltar que estas pesquisas
foram estudos transversais, sendo passíveis de modificações ao longo do
tempo. Advém, então, mais uma vez, a justificativa da importância de
acompanhamentos dos indivíduos em faixas etárias jovens.
Os participantes do estudo em questão apresentaram maior
freqüência de alterações com o decorrer do tempo com prevalências de
alterações (limítrofe e acima) de 17%; 18,4%; 22,7%; 22,7% e 22,6%
respectivamente nas 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e avaliações. Estes achados diferem dos
encontrados por Moreira (2006) que mostrou diminuição tanto dos valores
correspondentes à PAS como à PAD das crianças e dos adolescentes ao
longo do tempo de acompanhamento.
6 CONCLUSÃO
_______________________________________________
CONCLUSÃO
O grupo apresentado foi composto por 141 participantes dos quais,
em sua maior parte, por indivíduos do sexo feminino. Verificou-se a
presença de 71 (50,4%) crianças e adolescentes do sexo feminino, com
significância marginal na terceira avaliação tanto da PAS quanto da PAD
com p = 0,071 e 0,059, respectivamente.
Em relação ao grau de parentesco, a maioria das crianças e
adolescentes era netos (46,8%) ou filhos (44%) de portadores de
hipertensão arterial. Identificou-se diferença significativa quando se refere
à primeira avaliação da PAD, com valor de p = 0,015.
As idades variaram de 6 a 21 anos no decorrer do acompanhamento.
No grupo das crianças, a ingestão inadequada de frutas, na primeira
avaliação, encontrava-se em 26,1% dos participantes e na última avaliação,
esteve presente em 46,7%. O fator de risco para hipertensão arterial mais
predominante foi a ingesta de sal para quase 100% dos participantes em
todas as avaliações.
No grupo de adolescentes, a ingestão inadequada de legumes esteve
presente em 59,2% participantes, na primeira avaliação, e em 71,6% na
quinta avaliação. A ingestão inadequada de frutas apareceu em 16,3% na
primeira avaliação e 63,0% na quinta avaliação. A ingestão de sal foi de
quase 100% em todas as avaliações, e o sobrepeso em 8,2% indivíduos na
primeira avaliação e em 12,3% na última avaliação.
Diferença significativa marginal foi encontrada para os fatores de
risco relacionados à prática esportiva semanal (na segunda avaliação da
PAD), com p = 0,064; ao tabagismo (na segunda avaliação da PAS), com p
= 0,063; ao consumo diário de legumes (nas terceira e quarta avaliação da
PAD), com p = 0,080 e 0,066, respectivamente; e ao consumo diário de
frutas (na terceira avaliação da PAD), com valor p de 0,078. Os demais
fatores de risco relacionados não apresentaram diferenças estatisticamente
significantes.
A média do IMC passou de 18,7 para 19,7; PAS passou de 110
mmHg para 112,9 mmHg, considerando a primeira e última avaliações.
Quanto à PAD, sua média aumentou até a terceira avaliação (passou de
73,4 mmHg para 76 mmHg) e sofreu um pequeno decréscimo nas quarta e
quinta avaliações (75 mmHg). Houve associação linear significativa entre
PAS e as variáveis idade e IMC enquanto que, para o PAD notou-se
associação linear significativa com a idade, p=0,0480, na avaliação e
associação linear com significância marginal com o IMC , p =0,0893, na
avaliação.
Os valores mais elevados de pressão arterial mostraram-se naqueles
do sexo masculino.
O percentual de indivíduos com percentis normais de pressão arterial
sistólica diminuiu ao longo do tempo, passando de 83% para 77,3%,
enquanto que os participantes com percentis alterados (limítrofe e elevada)
passaram de 17% (2,8% e 14,2%) para 22,6% (11,3% e 11,3%). O
percentual de indivíduos com percentis normais de pressão arterial
diastólica (PAD), assim como da PAS diminuiu ao longo do tempo,
passando de 84,4% para 63,8%, enquanto que os participantes com
alterações (limítrofe e elevada) passaram de 15,6% (4,3% e 11,3%) para
36,2% (23,4% e 12,8%).
Quanto à hipótese levantada neste estudo de que “independente dos
valores iniciais, crianças e adolescentes que m história familiar de
hipertensão arterial tendem a manter valores elevados da pressão arterial”
pode-se inferir que, na verdade, pelos achados, a maior parte dos
indivíduos não somente mantiveram seus valores e percentis de PAS e
PAD elevados, como muitos que não apresentavam inicialmente alterações,
passaram a mostrá-las no decorrer do acompanhamento.
Dessa forma, é válido salientar a importância do
acompanhamento destes indivíduos com maior atenção pela equipe de
saúde, a fim de que medidas preventivas possam ser iniciadas em fase
precoce da vida, prevenindo ou mesmo retardando o surgimento da
hipertensão na vida adulta ou pelo menos o aparecimento de suas
complicações.
Assim, confirma-se a necessidade de monitoração da pressão
arterial rotineira de crianças e adolescentes e a identificação precoce de
indicadores de risco como sobrepeso, obesidade, sedentarismo, história
positiva para hipertensão, uso de fumo e bebida alcoólica na prevenção
de eventos cardiovasculares futuros.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
_____________________________________________________
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio do estudo foi possível confirmar que crianças e
adolescentes podem ter pressões arteriais elevadas, mesmo sem uma
aparente causa específica e sem sintomatologia. Avaliando-se crianças e
adolescentes com história familiar de hipertensão arterial, conseguiu-se
identificar prevalências maiores que outros estudos, sendo encontradas
elevação isolada dos percentis de PAS, elevação isolada dos percentis de
PAD e elevação conjunta dos percentis de PAS e PAD.
Sendo a hipertensão arterial infantil uma doença com alta morbidade
e importante preditora de hipertensão arterial na vida adulta, o
fundamentais o seu diagnóstico precoce e a prevenção nas primeiras etapas
de vida através do controle dos seus fatores de risco. O modelo assistencial,
no Brasil, do tipo demanda espontânea dificulta o diagnóstico da
hipertensão na infância. A identificação de crianças com aumento da
pressão arterial e, sobretudo, o conhecimento de sua associação com fatores
de risco, como obesidade, é fundamental para gerar uma nova dimensão às
medidas preventivas adotadas em prol da população infantil.
Todos os estudos chamam a atenção sobre a importância da
monitoração da pressão arterial rotineira de crianças e da identificação
precoce de fatores de risco para a prevenção de eventos cardiovasculares no
futuro. Corroboram, também que esta abordagem é ainda negligenciada em
nosso meio.
Fazem-se também necessárias a identificação e intervenções em
relação aos fatores de risco para hipertensão, pois sua influência é
inquestionável para alterações cardiovasculares. O somatório de fatores de
risco contribui para a instalação definitiva da hipertensão arterial.
Em indivíduos que apresentaram alterações confirmadas na pressão
arterial é considerada importante uma avaliação mais específica para se
traçar o perfil do risco cardiovascular (VAGAONESCU e PHILLIPS,
2003). Estes autores colocam como informações necessárias: a história
familiar de doenças cardiovasculares, a presença de diabete melito,
dislipidemia ou tabagismo, índice de massa corporal, doença
cardiovascular conhecida, estilo sedentário de vida, hábitos de dieta e
capacidade de lidar com estresse. Para a complementação dos dados,
alguns exames laboratoriais também fornecem informações necessárias:
açúcar sanguíneo em jejum e perfil lipídico (colesterol total, triglicerídeos,
e colesterol de alta e baixa densidade). Além destes aspectos, outro fator
mencionado em estudos é o número de familiares portadores de hipertensão
arterial que o indivíduo possui, parecendo também influenciar no
surgimento de alterações da pressão arterial.
Neste estudo muitas informações foram coletadas, no entanto,
algumas deixaram de ser feitas, especialmente as referentes aos exames
laboratoriais e as relativas ao quantitativo de parentes com hipertensão,
uma vez que o foco foi avaliar a evolução da pressão arterial das crianças e
adolescentes. Portanto, a análise desses outros fatores pode ser levada em
consideração para o desenvolvimento de trabalhos posteriores.
Como contribuições do presente estudo, pode-se constatá-las quanto
à academia, sendo um importante produto final de informação e
conhecimento para a divulgação da existência de alteração da pressão
arterial em crianças e adolescentes, bem como a importância de detectá-la
precocemente; à comunidade, principalmente aos profissionais que atuam
nos serviços de saúde e aos familiares da população considerada de risco; e,
especialmente, à pesquisadora, que pôde estar mais próxima de uma
clientela que passou a considerá-la parte importante de suas rotinas de
saúde por algum tempo.
REFERÊNCIAS
_______________________________________________
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APÊNDICES
_____________________________________________________
APÊNDICE A
FORMULÁRIO
No.------- Data:--------------
Nome: __________________________________________________________
Endereço: _________________________________________FONE:________
Idade:________ Sexo: M___F____ Escolaridade:________
Escolaridade do pai: ____________ Escolaridade da mãe: ___________
Grau de parentesco: __________
Peso:_______ Estatura:__________ IMC:_____
Prática esportiva semanal: < 3 vezes ____
>
3 vezes____
Fumo: sim _____ não _____ ( quantidade por dia_______)
Bebida alcoólica: sim_____ não_____ (quantidade______)
Dieta: Uso de sal: sim_____ não_____
Consumo diário de legumes: sim_____ não_____
Consumo diário de frutas: sim_____ não_____
Circunferência do braço:________ Manguito utilizado: ___________
*Medidas da pressão arterial: 1
a
. PAS__________ PAD__________
2
a
. PAS__________ PAD__________
( 3ª PAS__________ PAD__________ )
* Intervalo de 30 segundos para cada medida
APÊNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Sou Enfermeira e pretendo acompanhar a pressão arterial e seus fatores de risco
em crianças e adolescentes que tenham parentes com pressão arterial alta e que façam
acompanhamento na Unidade de Saúde do bairro.
Será aplicado um questionário e feita a verificação do peso, da altura e da pressão
arterial das crianças e dos adolescentes duas vezes ao ano durante três anos, começando
em setembro de 2005. As atividades desenvolvidas não oferecem risco. No nosso
relatório, não identificaremos as crianças e os adolescentes, mas lembramos que a
equipe do Programa Saúde da Família seinformada sobre as pessoas que mantiverem
pressões elevadas. A participação neste estudo é voluntária, podendo a criança e o
adolescente deixar de participar a qualquer momento, sem nenhum prejuízo para o
atendimento deles e de seus familiares na Unidade de Saúde.
Desta forma, solicito autorização para que seu familiar (criança ou adolescente)
pelo qual é responsável possa participar deste estudo, se assim também for a sua
vontade.
Caso precise entrar em contato comigo, informo-lhe meu nome e onde posso ser
encontrada:
Emilia Soares Chaves
Rua Alexandre Baraúna, 1115
Bairro: Rodolfo Teófilo
CEP: 60430-160
Fone: 4009 8459
Comitê de Ética em Pesquisa
do Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade
Federal do Ceará
_____________________________________________________________
CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO
Declaro que após devidamente esclarecido pelo pesquisador e ter entendido o que me foi
explicado, concordo em participar da pesquisa.
Fortaleza, de de 200 .
_____________________________________
Assinatura do Participante
____________________________________
Assinatura do Responsável
___________________________________
Assinatura do Pesquisador
APÊNDICE C
Análises Estatísticas
Sexo N casos %
Masculino 70 49,6
Feminino 71 50,4
Total 141 100,0
Parentesco N casos %
Filho (a)
62 44,0
Neto (a)
66 46,8
Bisneto (a)
Neto (a) /
Bisneto (a)
3
69
2,1
48,9
Sobrinho (a)
10 7,1
Total 141 100,0
Valores descritivos da idade por faixa etária e avaliação
Avaliação Idade (anos)
N media dp minimo quartil
mediana
3º quartil
máximo
1ª Avaliação
< 12anos 92
8,870
1,841
6
7,0
9,0
10,0
12
≥ 12 anos 49
15,061
1,560
13
14,0
15,0
16,0
18
Total 141
11,021
3,434
6
8,0
10,0
14,0
18
2ª Avaliação
< 12 anos 76
9,921
1,556
7
9,0
10,0
11,0
12
≥ 12 anos 65
15,800
2,048
13
14,0
16,0
17,0
20
Total 141
12,631
3,444
7
10,0
12,0
15,0
20
3ª Avaliação
< 12 anos 76
9,921
1,556
7
9,0
10,0
11,0
12
≥ 12 anos 65
15,800
2,048
13
14,0
16,0
17,0
20
Total 141
12,631
3,444
7
10,0
12,0
15,0
20
4ª Avaliação
< 12 anos 62
10,290
1,372
7
9,0
10,0
11,3
12
≥ 12 anos 79
15,962
2,317
13
14,0
16,0
18,0
21
Total 141
13,468
3,434
7
11,0
13,0
16,0
21
5ª Avaliação
< 12 anos 60
10,383
1,277
8
9,0
11,0
11,0
12
≥ 12 anos 81
16,062
2,363
13
14,0
16,0
18,0
21
Total 141
13,645
3,437
8
11,0
13,0
16,0
21
Faixa etária vs Sexo
Idade (anos)
Avaliação Sexo < 12 anos ≥ 12 anos
Total
p
n % n % n %
1ª Avaliação Masculino
46
50,0%
24
49,0%
70
49,6%
1,000
Feminino 46
50,0%
25
51,0%
71
50,4%
Total 92
100,0%
49
100,0%
141
100,0%
2ª Avaliação Masculino
38
50,0%
32
49,2%
70
49,6%
1,000
Feminino 38
50,0%
33
50,8%
71
50,4%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
3ª Avaliação Masculino
38
50,0%
32
49,2%
70
49,6%
1,000
Feminino 38
50,0%
33
50,8%
71
50,4%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
4ª Avaliação Masculino
31
50,0%
39
49,4%
70
49,6%
1,000
Feminino 31
50,0%
40
50,6%
71
50,4%
Total 62
100,0%
79
100,0%
141
100,0%
5ª Avaliação Masculino
29
48,3%
41
50,6%
70
49,6%
0,865
Feminino 31
51,7%
40
49,4%
71
50,4%
Total 60
100,0%
81
100,0%
141
100,0%
Faixa etária vs Pratica Esportiva
Idade (anos)
Avaliação < 12 anos ≥ 12 anos
Total
p
Prática Esportiva
Semanal
n % n % n %
1ª Avaliação menos de 3 vezes 72
78,3%
35
71,4%
107
75,9%
0,411
3 vezes ou mais 20
21,7%
14
28,6%
34
24,1%
Total 92
100,0%
49
100,0%
141
100,0%
2ª Avaliação menos de 3 vezes 59
77,6%
47
72,3%
106
75,2%
0,558
3 vezes ou mais 17
22,4%
18
27,7%
35
24,8%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
3ª Avaliação menos de 3 vezes 64
84,2%
48
73,8%
112
79,4%
0,147
3 vezes ou mais 12
15,8%
17
26,2%
29
20,6%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
4ª Avaliação menos de 3 vezes 53
85,5%
59
74,7%
112
79,4%
0,143
3 vezes ou mais 9
14,5%
20
25,3%
29
20,6%
Total 62
100,0%
79
100,0%
141
100,0%
5ª Avaliação menos de 3 vezes 46
76,7%
58
71,6%
104
73,8%
0,564
3 vezes ou mais 14
23,3%
23
28,4%
37
26,2%
Total 60
100,0%
81
100,0%
141
100,0%
Faixa etária vs Tabagismo
Idade (anos)
Avaliação < 12 anos 12 anos
Total
p
Tabagismo
n % n % n %
1ª Avaliação Não 92
100,0%
45
91,8%
137
97,2%
0,013
Sim 0
0,0%
4
8,2%
4
2,8%
Total 92
100,0%
49
100,0%
141
100,0%
2ª Avaliação Não 75
98,7%
61
93,8%
136
96,5%
0,181
Sim 1
1,3%
4
6,2%
5
3,5%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
3ª Avaliação Não 76
100,0%
62
95,4%
138
97,9%
0,096
Sim 0
0,0%
3
4,6%
3
2,1%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
4ª Avaliação Não 62
100,0%
76
96,2%
138
97,9%
0,256
Sim 0
0,0%
3
3,8%
3
2,1%
Total 62
100,0%
79
100,0%
141
100,0%
5ª Avaliação Não 60
100,0%
78
96,3%
138
97,9%
0,261
Sim 0
0,0%
3
3,7%
3
2,1%
Total 60
100,0%
81
100,0%
141
100,0%
Faixa etária vs Etilismo
Idade (anos)
Avaliação < 12 anos 12 anos
Total
p
Etilismo
n % n % n %
1ª Avaliação Não 91
98,9%
43
87,8%
134
95,0%
0,007
Sim 1
1,1%
6
12,2%
7
5,0%
Total 92
100,0%
49
100,0%
141
100,0%
2ª Avaliação Não 76
100,0%
59
90,8%
135
95,7%
0,008
Sim 0
0,0%
6
9,2%
6
4,3%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
3ª Avaliação Não 76
100,0%
55
84,6%
131
92,9%
0,000
Sim 0
0,0%
10
15,4%
10
7,1%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
4ª Avaliação Não 62
100,0%
70
88,6%
132
93,6%
0,005
Sim 0
0,0%
9
11,4%
9
6,4%
Total 62
100,0%
79
100,0%
141
100,0%
5ª Avaliação Não 60
100,0%
70
86,4%
130
92,2%
0,003
Sim 0
0,0%
11
13,6%
11
7,8%
Total 60
100,0%
81
100,0%
141
100,0%
Faixa etária vs Uso diário de sal
Idade (anos)
Avaliação < 12 anos 12 anos
Total
p
Uso diário de
Sal
n % n % n %
1ª Avaliação Não 4
4,3%
1
2,0%
5
3,5%
0,658
Sim 88
95,7%
48
98,0%
136
96,5%
Total 92
100,0%
49
100,0%
141
100,0%
2ª Avaliação Não 7
9,2%
1
1,5%
8
5,7%
0,069
Sim 69
90,8%
64
98,5%
133
94,3%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
3ª Avaliação Não 1
1,3%
2
3,1%
3
2,1%
0,595
Sim 75
98,7%
63
96,9%
138
97,9%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
4ª Avaliação Não 0
,0%
3
3,8%
3
2,1%
0,256
Sim 62
100,0%
76
96,2%
138
97,9%
Total 62
100,0%
79
100,0%
141
100,0%
5ª Avaliação Não 1
1,7%
2
2,5%
3
2,1%
1,000
Sim 59
98,3%
79
97,5%
138
97,9%
Total 60
100,0%
81
100,0%
141
100,0%
Faixa etária vs Consumo diário de Legumes
Idade (anos)
Avaliação < 12 anos 12 anos
Total
p
Consumo
diário de
Legumes
n % n % n %
1ª Avaliação Não 67
72,8%
29
59,2%
96
68,1%
0,129
Sim 25
27,2%
20
40,8%
45
31,9%
Total 92
100,0%
49
100,0%
141
100,0%
2ª Avaliação Não 51
67,1%
41
63,1%
92
65,2%
0,723
Sim 25
32,9%
24
36,9%
49
34,8%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
3ª Avaliação Não 59
77,6%
48
73,8%
107
75,9%
0,694
Sim 17
22,4%
17
26,2%
34
24,1%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
4ª Avaliação Não 46
74,2%
59
74,7%
105
74,5%
1,000
Sim 16
25,8%
20
25,3%
36
25,5%
Total 62
100,0%
79
100,0%
141
100,0%
5ª Avaliação Não 47
78,3%
58
71,6%
105
74,5%
0,436
Sim 13
21,7%
23
28,4%
36
25,5%
Total 60
100,0%
81
100,0%
141
100,0%
Faixa etária vs Consumo diário de Frutas
Idade (anos)
Avaliação < 12 anos 12 anos
Total
p
Consumo
diário de
Frutas
n % n % n %
1ª Avaliação Não 24
26,1%
8
16,3%
32
22,7%
0,212
Sim 68
73,9%
41
83,7%
109
77,3%
Total 92
100,0%
49
100,0%
141
100,0%
2ª Avaliação Não 16
21,1%
14
21,5%
30
21,3%
1,000
Sim 60
78,9%
51
78,5%
111
78,7%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
3ª Avaliação Não 41
53,9%
40
61,5%
81
57,4%
0,396
Sim 35
46,1%
25
38,5%
60
42,6%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
4ª Avaliação Não 35
56,5%
45
57,0%
80
56,7%
1,000
Sim 27
43,5%
34
43,0%
61
43,3%
Total 62
100,0%
79
100,0%
141
100,0%
5ª Avaliação Não 28
46,7%
51
63,0%
79
56,0%
0,061
Sim 32
53,3%
30
37,0%
62
44,0%
Total 60
100,0%
81
100,0%
141
100,0%
Faixa etária vs Percentil do IMC
Idade (anos)
Avaliação < 12 anos 12 anos
Total
p
Percentil
IMC.
n % n % n %
1ª Avaliação Desnutrido 13
14,1%
1
2,0%
14
9,9%
0,076
Normal 60
65,2%
37
75,5%
97
68,8%
Sobrepeso 11
12,0%
4
8,2%
15
10,6%
Obeso 8
8,7%
7
14,3%
15
10,6%
Total 92
100,0%
49
100,0%
141
100,0%
2ª Avaliação Desnutrido 12
15,8%
3
4,6%
15
10,6%
0,153
Normal 48
63,2%
48
73,8%
96
68,1%
Sobrepeso 9
11,8%
6
9,2%
15
10,6%
Obeso 7
9,2%
8
12,3%
15
10,6%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
3ª Avaliação Desnutrido 7
9,2%
3
4,6%
10
7,1%
0,641
Normal 55
72,4%
48
73,8%
103
73,0%
Sobrepeso 10
13,2%
8
12,3%
18
12,8%
Obeso 4
5,3%
6
9,2%
10
7,1%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
4ª Avaliação Desnutrido 7
11,3%
3
3,8%
10
7,1%
0,241
Normal 46
74,2%
57
72,2%
103
73,0%
Sobrepeso 6
9,7%
12
15,2%
18
12,8%
Obeso 3
4,8%
7
8,9%
10
7,1%
Total 62
100,0%
79
100,0%
141
100,0%
5ª Avaliação Desnutrido 9
15,0%
3
3,7%
12
8,5%
0,126
Normal 42
70,0%
62
76,5%
104
73,8%
Sobrepeso 6
10,0%
10
12,3%
16
11,3%
Obeso 3
5,0%
6
7,4%
9
6,4%
Total 60
100,0%
81
100,0%
141
100,0%
Faixa etária vs Pecentil da PAS
Idade (anos)
Avaliação < 12 anos ≥ 12 anos
Total
Percentil da
PAS
n % n % n %
1ª Avaliação Normal 74
80,4%
43
87,8%
117
83,0%
0,293
Limítrofe 2
2,2%
2
4,1%
4
2,8%
Acima 16
17,4%
4
8,2%
20
14,2%
Total 92
100,0%
49
100,0%
141
100,0%
2ª Avaliação Normal 58
76,3%
57
87,7%
115
81,6%
0,145
Limítrofe 2
2,6%
0
0,0%
2
1,4%
Acima 16
21,1%
8
12,3%
24
17,0%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
3ª Avaliação Normal 57
75,0%
52
80,0%
109
77,3%
0,509
Limítrofe 7
9,2%
7
10,8%
14
9,9%
Acima 12
15,8%
6
9,2%
18
12,8%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
4ª Avaliação Normal 48
77,4%
61
77,2%
109
77,3%
0,335
Limítrofe 4
6,5%
10
12,7%
14
9,9%
Acima 10
16,1%
8
10,1%
18
12,8%
Total 62
100,0%
79
100,0%
141
100,0%
5ª Avaliação Normal 45
75,0%
64
79,0%
109
77,3%
0,836
Limítrofe 7
11,7%
9
11,1%
16
11,3%
Acima 8
13,3%
8
9,9%
16
11,3%
Total 60
100,0%
81
100,0%
141
100,0%
Faixa etária vs Percentil da PAD
Idade (anos)
Avaliação < 12 anos ≥ 12 anos
Total
Percentil da
PAD
n % n % n %
1ª Avaliação Normal 76
82,6%
43
87,8%
119
84,4%
0,858
Limítrofe 4
4,3%
2
4,1%
6
4,3%
Acima 12
13,0%
4
8,2%
16
11,3%
Total 92
100,0%
49
100,0%
141
100,0%
2ª Avaliação Normal 61
80,3%
58
89,2%
119
84,4%
0,411
Limítrofe 4
5,3%
2
3,1%
6
4,3%
Acima 11
14,5%
5
7,7%
16
11,3%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
3ª Avaliação Normal 45
59,2%
44
67,7%
89
63,1%
0,435
Limítrofe 16
21,1%
13
20,0%
29
20,6%
Acima 15
19,7%
8
12,3%
23
16,3%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
4ª Avaliação Normal 34
54,8%
55
69,6%
89
63,1%
0,135
Limítrofe 14
22,6%
15
19,0%
29
20,6%
Acima 14
22,6%
9
11,4%
23
16,3%
Total 62
100,0%
79
100,0%
141
100,0%
5ª Avaliação Normal 34
56,7%
56
69,1%
90
63,8%
0,295
Limítrofe 16
26,7%
17
21,0%
33
23,4%
Acima 10
16,7%
8
9,9%
18
12,8%
Total 60
100,0%
81
100,0%
141
100,0%
Faixa etária vs PAS e PAD acima
Idade (anos)
Avaliação < 12 anos 12 anos
Total
p
PAS e PAD
acima
n % n % n %
1ª Avaliação Não 82
89,1%
47
95,9%
129
91,5%
0,217
Sim 10
10,9%
2
4,1%
12
8,5%
Total 92
100,0%
49
100,0%
141
100,0%
2ª Avaliação Não 68
89,5%
62
95,4%
130
92,2%
0,224
Sim 8
10,5%
3
4,6%
11
7,8%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
3ª Avaliação Não 68
89,5%
61
93,8%
129
91,5%
0,385
Sim 8
10,5%
4
6,2%
12
8,5%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
4ª Avaliação Não 55
88,7%
74
93,7%
129
91,5%
0,367
Sim 7
11,3%
5
6,3%
12
8,5%
Total 62
100,0%
79
100,0%
141
100,0%
5ª Avaliação Não 55
91,7%
79
97,5%
134
95,0%
0,136
Sim 5
8,3%
2
2,5%
7
5,0%
Total 60
100,0%
81
100,0%
141
100,0%
Considerando apenas a 1º avaliação encontra-se:
Idade (anos)
Percentil da PAS
< 12 anos >=12 anos
Total
p
1ª Avaliação
PAS e PAD acima
n % n % n %
Não Normal
74
90,2%
43
91,5%
117
90,7%
0,703
Limítrofe
2
2,4%
2
4,3%
4
3,1%
Acima
6
7,3%
2
4,3%
8
6,2%
Total
82
100,0%
47
100,0%
129
100,0%
Sim Acima
10
100,0%
2
100,0%
12
100,0%
Total
10
100,0%
2
100,0%
12
100,0%
Idade (anos)
Percentil da PAD
< 12 anos >=12 anos
Total
p
1ª Avaliação
PAS e PAD acima
n % n % n %
Não Normal
76
92,7%
43
91,5%
119
92,2%
0,875
Limítrofe
4
4,9%
2
4,3%
6
4,7%
Acima
2
2,4%
2
4,3%
4
3,1%
Total
82
100,0%
47
100,0%
129
100,0%
Sim Acima
10
100,0%
2
100,0%
12
100,0%
Total
10
100,0%
2
100,0%
12
100,0%
Percentil da PAD e PAS vs Avaliação
Idade (anos)
Avaliação < 12anos ≥ 12 anos
Total
Percentil do PAS e
PAD
n % n % n %
1ª Avaliação PAS e PAD normais 71
77,2%
42
85,7%
113
80,1%
PAS ou PAD limitrofe 1
1,1%
0
0,0%
1
,7%
PAS ou PAD alterado
10
10,9%
5
10,2%
15
10,6%
PAS e PAD alterados
10
10,9%
2
4,1%
12
8,5%
Total 92
100,0%
49
100,0%
141
100,0%
2ª Avaliação PAS e PAD normais 55
72,4%
55
84,6%
110
78,0%
PAS ou PAD limitrofe 13
17,1%
7
10,8%
20
14,2%
PAS ou PAD alterado
0
0,0%
0
0,0%
0
0,0%
PAS e PAD alterados
8
10,5%
3
4,6%
11
7,8%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
3ª Avaliação PAS e PAD normais 42
55,3%
42
64,6%
84
59,6%
PAS ou PAD limitrofe 3
3,9%
2
3,1%
5
3,5%
PAS ou PAD alterado
23
30,3%
17
26,2%
40
28,4%
PAS e PAD alterados
8
10,5%
4
6,2%
12
8,5%
Total 76
100,0%
65
100,0%
141
100,0%
4ª Avaliação PAS e PAD normais 33
53,2%
51
64,6%
84
59,6%
PAS ou PAD limitrofe 1
1,6%
4
5,1%
5
3,5%
PAS ou PAD alterado
21
33,9%
19
24,1%
40
28,4%
PAS e PAD alterados
7
11,3%
5
6,3%
12
8,5%
Total 62
100,0%
79
100,0%
141
100,0%
5ª Avaliação PAS e PAD normais 33
55,0%
52
64,2%
85
60,3%
PAS ou PAD limitrofe 1
1,7%
4
4,9%
5
3,5%
PAS ou PAD alterado
21
35,0%
23
28,4%
44
31,2%
PAS e PAD alterados
5
8,3%
2
2,5%
7
5,0%
Total 60
100,0%
81
100,0%
141
100,0%
Faixa etária vs PAS e PAD acima
Idade (anos)
Avaliação < 12 anos 12 anos p
PAS e PAD
acima
n % n %
1ª Avaliação Não 82
89,1%
47
95,9%
0,217
Sim 10
10,9%
2
4,1%
Total 92
100,0%
49
100,0%
2ª Avaliação Não 68
89,5%
62
95,4%
0,224
Sim 8
10,5%
3
4,6%
Total 76
100,0%
65
100,0%
3ª Avaliação Não 68
89,5%
61
93,8%
0,385
Sim 8
10,5%
4
6,2%
Total 76
100,0%
65
100,0%
4ª Avaliação Não 55
88,7%
74
93,7%
0,367
Sim 7
11,3%
5
6,3%
Total 62
100,0%
79
100,0%
5ª Avaliação Não 55
91,7%
79
97,5%
0,136
Sim 5
8,3%
2
2,5%
Total 60
100,0%
81
100,0%
Parentesco vs PAS e PAD acima
Parentesco
Avaliação Filho (a) Neto (a)/Bisneto (a) Sobrinho (a) p
PAS e PAD
acima
n % n % n %
1ª Avaliação Não 59
95,2%
63
91,3%
7
70,0%
Sim 3
4,8%
6
8,7%
3
30,0%
Total 62
100,0%
69
100,0%
10
100,0%
2ª Avaliação Não 61
98,4%
63
91,3%
6
60,0%
Sim 1
1,6%
6
8,7%
4
40,0%
Total 62
100,0%
69
100,0%
10
100,0%
3ª Avaliação Não 58
93,5%
62
89,9%
9
90,0%
Sim 4
6,5%
7
10,1%
1
10,0%
Total 62
100,0%
69
100,0%
10
100,0%
4ª Avaliação Não 58
93,5%
62
89,9%
9
90,0%
Sim 4
6,5%
7
10,1%
1
10,0%
Total 62
100,0%
69
100,0%
10
100,0%
5ª Avaliação Não 59
95,2%
66
95,7%
9
90,0%
Sim 3
4,8%
3
4,3%
1
10,0%
Total 62
100,0%
69
100,0%
10
100,0%
Prática Esportiva Semanalvs PAS e PAD acima
Prática Esportiva Semanal
Avaliação menos de 3 vezes 3 vezes ou mais p
PAS e PAD
acima
n % n %
1ª Avaliação Não 96
89,7%
33
97,1%
0,293
Sim 11
10,3%
1
2,9%
Total 107
100,0%
34
100,0%
2ª Avaliação Não 96
90,6%
34
97,1%
0,292
Sim 10
9,4%
1
2,9%
Total 106
100,0%
35
100,0%
3ª Avaliação Não 103
92,0%
26
89,7%
0,712
Sim 9
8,0%
3
10,3%
Total 112
100,0%
29
100,0%
4ª Avaliação Não 103
92,0%
26
89,7%
0,712
Sim 9
8,0%
3
10,3%
Total 112
100,0%
29
100,0%
5ª Avaliação Não 99
95,2%
35
94,6%
1,000
Sim 5
4,8%
2
5,4%
Total 104
100,0%
37
100,0%
Tabagismo vs PAS e PAD acima
Tabagismo
Avaliação Não Sim p
PAS e PAD
acima
n % n %
1ª Avaliação Não 125
91,2%
4
100,0%
Sim 12
8,8%
0
0,0%
Total 137
100,0%
4
100,0%
2ª Avaliação Não 125
91,9%
5
100,0%
Sim 11
8,1%
0
0,0%
Total 136
100,0%
5
100,0%
3ª Avaliação Não 126
91,3%
3
100,0%
Sim 12
8,7%
0
0,0%
Total 138
100,0%
3
100,0%
4ª Avaliação Não 126
91,3%
3
100,0%
Sim 12
8,7%
0
0,0%
Total 138
100,0%
3
100,0%
5ª Avaliação Não 131
94,9%
3
100,0%
Sim 7
5,1%
0
0,0%
Total 138
100,0%
3
100,0%
Etilismo vs PAS e PAD acima
Etilismo
Avaliação Não Sim p
PAS e PAD
acima
n % n %
1ª Avaliação Não 122
91,0%
7
100,0%
Sim 12
9,0%
0
0,0%
Total 134
100,0%
7
100,0%
2ª Avaliação Não 124
91,9%
6
100,0%
Sim 11
8,1%
0
0,0%
Total 135
100,0%
6
100,0%
3ª Avaliação Não 119
90,8%
10
100,0%
Sim 12
9,2%
0
0,0%
Total 131
100,0%
10
100,0%
4ª Avaliação Não 120
90,9%
9
100,0%
Sim 12
9,1%
0
0,0%
Total 132
100,0%
9
100,0%
5ª Avaliação Não 123
94,6%
11
100,0%
Sim 7
5,4%
0
0,0%
Total 130
100,0%
11
100,0%
Uso diário de Sal vs PAS e PAD acima
Uso diário de Sal
Avaliação Não Sim p
PAS e PAD
acima
n % n %
1ª Avaliação Não 4
80,0%
125
91,9%
0,363
Sim 1
20,0%
11
8,1%
Total 5
100,0%
136
100,0%
2ª Avaliação Não 7
87,5%
123
92,5%
0,487
Sim 1
12,5%
10
7,5%
Total 8
100,0%
133
100,0%
3ª Avaliação Não 3
100,0%
126
91,3%
1,000
Sim 0
0,0%
12
8,7%
Total 3
100,0%
138
100,0%
4ª Avaliação Não 3
100,0%
126
91,3%
1,000
Sim 0
0,0%
12
8,7%
Total 3
100,0%
138
100,0%
5ª Avaliação Não 3
100,0%
131
94,9%
1,000
Sim 0
0,0%
7
5,1%
Total 3
100,0%
138
100,0%
Consumo diário de Legumes vs PAS e PAD acima
Consumo diário de Legumes
Avaliação Não Sim p
PAS e PAD
acima
n % n %
1ª Avaliação Não 86
89,6%
43
95,6%
0,338
Sim 10
10,4%
2
4,4%
Total 96
100,0%
45
100,0%
2ª Avaliação Não 83
90,2%
47
95,9%
0,329
Sim 9
9,8%
2
4,1%
Total 92
100,0%
49
100,0%
3ª Avaliação Não 99
92,5%
30
88,2%
0,483
Sim 8
7,5%
4
11,8%
Total 107
100,0%
34
100,0%
4ª Avaliação Não 97
92,4%
32
88,9%
0,503
Sim 8
7,6%
4
11,1%
Total 105
100,0%
36
100,0%
5ª Avaliação Não 101
96,2%
33
91,7%
0,372
Sim 4
3,8%
3
8,3%
Total 105
100,0%
36
100,0%
Consumo diário de Frutas vs PAS e PAD acima
Consumo diário de Frutas
Avaliação Não Sim p
PAS e PAD
acima
n % n %
1ª Avaliação Não 28
87,5%
101
92,7%
0,469
Sim 4
12,5%
8
7,3%
Total 32
100,0%
109
100,0%
2ª Avaliação Não 27
90,0%
103
92,8%
0,701
Sim 3
10,0%
8
7,2%
Total 30
100,0%
111
100,0%
3ª Avaliação Não 75
92,6%
54
90,0%
0,762
Sim 6
7,4%
6
10,0%
Total 81
100,0%
60
100,0%
4ª Avaliação Não 74
92,5%
55
90,2%
0,763
Sim 6
7,5%
6
9,8%
Total 80
100,0%
61
100,0%
5ª Avaliação Não 78
98,7%
56
90,3%
0,044
Sim 1
1,3%
6
9,7%
Total 79
100,0%
62
100,0%
Percentil IMC vs PAS e PAD acima
Percentil IMC
Avaliação Desnutrido Normal Sobrepeso Obeso p
PAS e PAD
acima
n % n % n % n %
1ª Avaliação Não
13
92,9%
88
90,7%
15
100,0%
13
86,70%
Sim
1
7,1%
9
9,3%
0
0,0%
2
13,30%
Total
14
100,0%
97
100,0%
15
100,0%
15
100,00%
2ª Avaliação Não
14
93,3%
87
90,6%
15
100,0%
14
93,30%
Sim
1
6,7%
9
9,4%
0
0,0%
1
6,70%
Total
15
100,0%
96
100,0%
15
100,0%
15
100,00%
3ª Avaliação Não
9
90,0%
99
96,1%
16
88,9%
5
50,00%
Sim
1
10,0%
4
3,9%
2
11,1%
5
50,00%
Total
10
100,0%
103
100,0%
18
100,0%
10
100,00%
4ª Avaliação Não
9
90,0%
99
96,1%
16
88,9%
5
50,00%
Sim
1
10,0%
4
3,9%
2
11,1%
5
50,00%
Total
10
100,0%
103
100,0%
18
100,0%
10
100,00%
5ª Avaliação Não
11
91,7%
103
99,0%
16
100,0%
4
44,40%
Sim
1
8,3%
1
1,0%
0
0,0%
5
55,60%
Total
12
100,0%
104
100,0%
16
100,0%
9
100,00%
Sexo
Avaliação Masculino
Feminino p
N Média ep Mediana N Média ep Mediana
PAS
1ª Avaliação 70
111,610
1,281
110
71
108,510
1,049
110
0,139
2ª Avaliação 70
112,800
1,651
112
71
109,720
1,021
108
0,237
3ª Avaliação 70
114,200
1,610
112
71
109,920
0,996
108
0,071
4ª Avaliação 70
114,940
1,665
112
71
110,390
1,071
110
0,110
5ª Avaliação 70
115,290
1,684
112
71
110,560
1,056
110
0,118
PAD
1ª Avaliação 70
74,090
1,098
74
71
72,850
1,072
72
0,471
2ª Avaliação 70
76,710
1,184
78
71
74,510
0,858
76
0,135
3ª Avaliação 70
77,490
1,120
78
71
74,730
0,848
76
0,059
4ª Avaliação 70
76,260
1,246
76
71
74,560
0,920
76
0,575
5ª Avaliação 70
76,570
1,249
76
71
74,140
0,900
74
0,292
Parentesco
Avaliação
Filho(a) Neto (a) / Bisneto (a)
Sobrinho (a) p
N Média ep
Medi
ana
N Média ep Mediana
N Média ep Mediana
PAS
1ª Avaliação
62
111,320
1,217
110
69
108,650
1,169
108
10
111,800
4,016
112
0,593
2ª Avaliação
62
112,350
1,348
112
69
110,670
1,438
110
10
108,400
4,626
107
0,608
3ª Avaliação
62
112,610
1,321
112
69
112,060
1,417
110
10
108,400
4,626
107
0,605
4ª Avaliação
62
113,480
1,555
112
69
112,060
1,421
110
10
111,600
3,525
113
0,932
5ª Avaliação
62
114,290
1,560
112
69
111,860
1,423
110
10
111,600
3,487
111
0,932
PAD
1ª Avaliação
62
74,450
1,022
74
69
71,910
1,193
70
10
78,000
2,422
80
0,015
2ª Avaliação
62
75,940
1,091
76
69
75,510
1,063
78
10
74,200
2,943
77
0,800
3ª Avaliação
62
76,000
1,098
76
69
76,460
0,981
78
10
74,200
2,943
77
0,864
4ª Avaliação
62
75,580
1,113
76
69
75,570
1,169
76
10
73,200
2,736
72
0,652
5ª Avaliação
62
75,030
1,148
74
69
75,800
1,151
76
10
74,200
2,449
75
0,964
Idade (anos)
Avaliação < 12anos 12 anos p
N Média ep Mediana N Média ep Mediana
PAS
1ª Avaliação 92
108,420
0,960
108
49
113,100
1,503
112
0,007
2ª Avaliação 76
108,340
1,166
108
65
114,650
1,514
112
0,001
3ª Avaliação 76
108,840
1,119
108
65
115,780
1,493
114
<0,001
4ª Avaliação 62
108,160
1,156
108
79
116,180
1,426
114
<0,001
5ª Avaliação 60
108,500
1,154
108
81
116,170
1,431
114
<0,001
PAD
1ª Avaliação 92
72,300
0,944
72
49
75,630
1,267
76
0,045
2ª Avaliação 76
74,760
0,789
76
65
76,580
1,292
78
0,170
3ª Avaliação 76
75,030
0,785
76
65
77,350
1,220
80
0,080
4ª Avaliação 62
73,870
0,915
75
79
76,610
1,167
78
0,078
5ª Avaliação 60
73,670
0,918
74
81
76,590
1,145
76
0,101
Prática Esportiva Semanal
Avaliação menos de 3 vezes 3 vezes ou mais p
N Média ep Mediana N Média ep Mediana
PAS
1ª Avaliação 107
109,990
0,931
110
34
110,240
1,863
110
0,815
2ª Avaliação 106
110,090
1,038
109
35
114,740
2,266
114
0,035
3ª Avaliação 112
111,020
1,086
110
29
116,000
1,875
114
0,019
4ª Avaliação 112
112,110
1,154
110
29
114,760
1,956
114
0,136
5ª Avaliação 104
112,400
1,151
111
37
114,320
2,072
112
0,399
PAD
1ª Avaliação 107
73,180
0,839
72
34
74,350
1,784
76
0,409
2ª Avaliação 106
74,810
0,788
75
35
78,000
1,696
80
0,064
3ª Avaliação 112
75,640
0,795
76
29
77,860
1,541
80
0,194
4ª Avaliação 112
75,110
0,882
76
29
76,550
1,606
80
0,214
5ª Avaliação 104
75,020
0,949
74
37
76,270
1,248
78
0,300
Tabagismo
Avaliação Não Sim p
N Média ep Mediana N Média ep Mediana
PAS
1ª Avaliação 137
109,880
0,851
110
4
116,000
2,944
116
0,119
2ª Avaliação 136
110,910
0,985
110
5
120,400
4,665
122
0,063
3ª Avaliação 138
111,970
0,965
110
3
115,330
8,743
122
0,557
4ª Avaliação 138
112,490
1,016
111
3
120,000
5,033
124
0,154
5ª Avaliação 138
112,770
1,022
112
3
119,330
4,807
122
0,203
PAD
1ª Avaliação 137
73,370
0,784
72
4
76,500
2,872
79
0,505
2ª Avaliação 136
75,350
0,737
76
5
82,400
4,534
80
0,128
3ª Avaliação 138
76,220
0,708
78
3
70,670
7,513
70
0,430
4ª Avaliação 138
75,460
0,783
76
3
72,670
5,925
70
0,621
5ª Avaliação 138
75,320
0,786
76
3
76,670
4,055
76
0,780
Etilismo
Avaliação Não Sim p
N Média ep Mediana N Média ep Mediana
PAS
1ª Avaliação 134
110,110
0,857
110
7
108,860
3,851
110
0,962
2ª Avaliação 135
111,200
0,995
110
6
112,330
5,018
115
0,759
3ª Avaliação 131
111,760
0,998
110
10
115,800
3,326
117
0,144
4ª Avaliação 132
112,580
1,049
110
9
113,780
3,307
114
0,499
5ª Avaliação 130
112,710
1,059
112
11
115,270
3,239
112
0,302
PAD
1ª Avaliação 134
73,570
0,777
72
7
71,430
4,336
70
0,689
2ª Avaliação 135
75,750
0,745
78
6
72,330
4,112
74
0,451
3ª Avaliação 131
76,000
0,739
78
10
77,400
2,566
79
0,518
4ª Avaliação 132
75,480
0,806
76
9
74,220
2,817
72
0,703
5ª Avaliação 130
75,110
0,803
76
11
78,180
2,808
76
0,291
Uso diário de sal
Avaliação Não Sim p
N Média ep Mediana N Média ep Mediana
PAS
1ª Avaliação 5
109,600
3,487
112
136
110,070
0,857
110
0,933
2ª Avaliação 8
108,750
4,308
110
133
111,400
1,001
110
0,681
3ª Avaliação 3
117,330
10,729
126
138
111,930
0,957
110
0,448
4ª Avaliação 3
119,330
8,743
126
138
112,510
1,008
111
0,270
5ª Avaliação 3
118,000
10,066
126
138
112,800
1,011
112
0,427
PAD
1ª Avaliação 5
75,200
4,883
78
136
73,400
0,777
72
0,488
2ª Avaliação 8
75,250
2,801
77
133
75,620
0,761
78
0,946
3ª Avaliação 3
78,000
3,464
78
138
76,060
0,721
78
0,631
4ª Avaliação 3
78,000
3,464
78
138
75,350
0,787
76
0,509
5ª Avaliação 3
76,000
6,110
80
138
75,330
0,781
76
0,720
Consumo diário de Legumes
Avaliação Não Sim p
N Média ep Mediana N Média ep Mediana
PAS
1ª Avaliação 96
109,700
1,010
110
45
110,800
1,490
110
0,521
2ª Avaliação 92
111,070
1,210
110
49
111,590
1,652
110
0,896
3ª Avaliação 107
111,200
1,040
110
34
114,710
2,218
112
0,264
4ª Avaliação 105
112,020
1,070
112
36
114,500
2,382
112
0,533
5ª Avaliação 105
111,920
0,952
112
36
115,780
2,777
111
0,637
PAD
1ª Avaliação 96
72,810
0,995
72
45
74,840
1,111
74
0,160
2ª Avaliação 92
75,170
0,890
76
49
76,410
1,292
78
0,361
3ª Avaliação 107
75,310
0,821
76
34
78,590
1,329
78
0,080
4ª Avaliação 105
74,420
0,828
76
36
78,280
1,764
78
0,066
5ª Avaliação 105
74,500
0,815
74
36
77,830
1,830
78
0,152
Consumo diário de Frutas
Avaliação Não Sim p
N Média ep Mediana N Média ep Mediana
PAS
1ª Avaliação 32
108,940
1,353
110
109
110,380
1,004
110
0,717
2ª Avaliação 30
110,730
1,780
110
111
111,390
1,142
110
0,898
3ª Avaliação 81
111,750
1,204
110
60
112,430
1,567
112
0,973
4ª Avaliação 80
111,100
1,206
110
61
114,690
1,667
114
0,108
5ª Avaliação 79
111,670
1,162
112
62
114,480
1,738
112
0,465
PAD
0,402
1ª Avaliação 32
72,380
1,551
70
109
73,780
0,882
74
0,562
2ª Avaliação 30
74,670
1,628
75
111
75,860
0,823
78
0,761
3ª Avaliação 81
75,800
0,943
78
60
76,500
1,078
78
0,078
4ª Avaliação 80
74,030
0,950
74
61
77,210
1,255
76
0,046
5ª Avaliação 79
73,750
0,992
74
62
77,390
1,179
76
0,717
Idade (anos) vs Avaliação
Avaliação
Idade
(anos) 1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação 5ª Avaliação
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
< 12 anos 92
65,2%
76
53,9%
76
53,9%
62
44,0%
60
42,6%
≥ 12 anos 49
34,8%
65
46,1%
65
46,1%
79
56,0%
81
57,4%
Total
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
Prática Esportiva Semanal vs Avaliação
Avaliação
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação 5ª Avaliação
Prática
Esportiva
Semanal
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
menos de 3
vezes
107
75,9%
106
75,2%
112
79,4%
112
79,4%
104
73,8%
3 vezes ou
mais
34
24,1%
35
24,8%
29
20,6%
29
20,6%
37
26,2%
Total
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
Cochran; p=0,438
Pela tabela acima, segundo os dados observados, nada nos leva a crer que existe diferença significativa,
p=0,438, entre as avaliações em relação a distribuição da prática esportiva semanal.
Tabagismo vs Avaliação
Avaliação
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação 5ª Avaliação
Tabagismo
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
Não
137
97,2%
136
96,5%
138
97,9%
138
97,9%
138
97,9%
Sim
4
2,8%
5
3,5%
3
2,1%
3
2,1%
3
2,1%
Total
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
Cochran; p=0,573
Etilismo vs Avaliação
Avaliação
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação 5ª Avaliação
Etilismo
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
Não
134
95,0%
135
95,7%
131
92,9%
132
93,6%
130
92,2%
Sim
7
5,0%
6
4,3%
10
7,1%
9
6,4%
11
7,8%
Total
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
Cochran; p=
0,281
Uso diário de Sal vs Avaliação
Avaliação
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação 5ª Avaliação
Uso diário de
Sal
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
Não 5
3,5%
8
5,7%
3
2,1%
3
2,1%
3
2,1%
Sim 136
96,5%
133
94,3%
138
97,9%
138
97,9%
138
97,9%
Total 141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
Cochran; p=
0,227
Consumo diário de Legumes vs Avaliação
Avaliação
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação 5ª Avaliação
Consumo
diário de
Legumes
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
Não
96
68,1%
92
65,2%
107
75,9%
105
74,5%
105
74,5%
Sim
45
31,9%
49
34,8%
34
24,1%
36
25,5%
36
25,5%
Total
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
Cochran; p=
0,0534
Pela tabela acima, existe diferença marginal, p=0,0534, entre as avaliações em relação a distribuição do
consumo diário de legumes.
Consumo diário de Frutas vs Avaliação
Avaliação
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação 5ª Avaliação
Consumo
diário de
Frutas
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
Não
32
22,7%
30
21,3%
81
57,4%
80
56,7%
79
56,0%
Sim
109
77,3%
111
78,7%
60
42,6%
61
43,3%
62
44,0%
Total
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
Cochran; p < 0,001
Pela tabela acima, existe diferença significativa , p < 0,001, entre pelo menos duas das avaliações em
relação a distribuição do consumo diário de frutas. Comparando duas a duas as avaliações encontra-se:
Usando o teste de
McNemar-Bouker e a correção de Bonferroni para comparar duas a duas a
avaliação encontra-se:
Tabela dos níveis descritivos (p) obtido pelo teste de McNemar-Bouker no teste da
comparação de dois a dois os períodos em relação a distribuição dos Consumo Diário de Frutas
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação
2ª Avaliação 0,754 <0,001 <0,001
3ª Avaliação <0,001 <0,001 1,000
4ª Avaliação <0,001 <0,001 1,000
5ª Avaliação <0,001 <0,001 0,856 1,000
Usando a correção de Bonferroni, ao nível de significância 5% existe diferença entre as
avaliações quando p < 0,005 e, portanto, neste caso, encontraríamos diferença significativa
entre as avaliações :
1ª e 3º , 1ª e 4ª ; 1ª e 5º ; 2ª e 3º , 2ª e 4ª e também entre 2ª e 5º
Note que, sem a correção de Bonferroni, isto é, considerando que existe diferença significativa
para p< 0,05 é válido somente se você quiser tirar conclusões cujas discussões seriam feitas
sem relacionar os resultados obtidos entre todas as duas a duas as comparações. Assim, se
você quer tirar uma conclusão fechada entre esses resultados então vodeve usar (embora
na área de saúde vocês não costumam usar) a correção de Bonferroni.
(Note que no caso das frutas a discussão acima não tem muito sentido, pois as diferenças, no
teste de MacNemar, sempre ocorreram para p < 0,001).
Para comparar a distribuição dos Percentis do IMC entre as avaliações vou usar o teste de
Friedman (teste não paramétrico)
Percentil IMC vs Avaliação
Avaliação
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação 5ª Avaliação
Percentil IMC
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
Desnutrido
14
9,9%
15
10,6%
10
7,1%
10
7,1%
12
8,5%
Normal
97
68,8%
96
68,1%
103
73,0%
103
73,0%
104
73,8%
Sobrepeso
15
10,6%
15
10,6%
18
12,8%
18
12,8%
16
11,3%
Obeso
15
10,6%
15
10,6%
10
7,1%
10
7,1%
9
6,4%
Total
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
Friedman; p= 0,5737
Assim, segundo os dados observados, nada nos leva a crer que existe diferença significativa, p > 0,05,
entre as avaliações em relação a distribuição dos percentis do IMC.
Percentil da PAS vs Avaliação
Avaliação
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação 5ª Avaliação
Percentil da
PAS
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
Normal
117
83,0%
115
81,6%
109
77,3%
109
77,3%
109
77,3%
Limítrofe
4
2,8%
2
1,4%
14
9,9%
14
9,9%
16
11,3%
Acima
20
14,2%
24
17,0%
18
12,8%
18
12,8%
16
11,3%
Total
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
Friedman; p= 0,7888
Percentil da PAD vs Avaliação
Avaliação
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação 5ª Avaliação
Percentil da
PAD
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
Normal
119
84,4%
119
84,4%
89
63,1%
89
63,1%
90
63,8%
Limítrofe
6
4,3%
6
4,3%
29
20,6%
29
20,6%
33
23,4%
Acima
16
11,3%
16
11,3%
23
16,3%
23
16,3%
18
12,8%
Total
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
Friedman; p < 0,001
Tabela dos níveis descritivos (p) obtido pelo teste de McNemar-Bouker no teste da
comparação de dois a dois os períodos em relação a distribuição dos Percentis da PAD
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação
2ª Avaliação 1,000 <0,001 <0,001
3ª Avaliação <0,001 <0,001 1,000
4ª Avaliação <0,001 <0,001 1,000
5ª Avaliação <0,001 <0,001 0,474 0,474
Usando a correção de Bonferroni, ao nível de significância 5% existe diferença entre as
avaliações quando p < 0,005 e, portanto, neste caso, encontraríamos diferença significativa
entre as avaliações :
1ª e 3º , 1ª e 4ª ; 1ª e 5º ; 2ª e 3º , 2ª e 4ª e também entre 2ª e 5º
Percentil da PAD vs Avaliação
Avaliação
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação 5ª Avaliação
PAS e PAD
acima
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
n
casos
%
Não
129
91,5%
130
92,2%
129
91,5%
129
91,5%
134
95,0%
Sim
12
8,5%
11
7,8%
12
8,5%
12
8,5%
7
5,0%
Total
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
141
100,0%
Cochran; p = 0,5524
Abaixo será feito os cruzamentos mostrando quantos são os pacientes que tinham e deixaram
de ter ou vice-versa a característica das variáveis que apresentaram diferença significativa
entre as avaliações. Talvez essa informação possa ser útil em possíveis comentários da
evolução do desfecho.
Consumo diário de frutas
Não Sim
Total
1ª avaliação
Total
32
109
141
2ª avaliação
Não
26
4
30
Sim
6
105
111
3ª avaliação
Não
24
57
81
Sim
8
52
60
4ª avaliação
Não
24
56
80
Sim
8
53
61
5ª avaliação
Não
25
54
79
Sim
7
55
62
Consumo diário de frutas
Não Sim
Total
2ª avaliação
Total
30
111
141
3ª avaliação
Não
22
59
81
Sim
8
52
60
4ª avaliação
Não
22
58
80
Sim
8
53
61
5ª avaliação
Não
24
55
79
Sim
6
56
62
Consumo diário de frutas
Não Sim
Total
3ª avaliação
Total
81
60
141
4ª avaliação
Não
79
1
80
Sim
2
59
61
5ª avaliação
Não
65
14
79
Sim
16
46
62
Consumo diário de frutas
Não Sim
Total
4ª avaliação
Total
80
61
141
5ª avaliação
Não
64
15
79
Sim
16
46
62
Percentil da PAS
Normal Limítrofe Acima
Total
1ª avaliação
Total
117
4
20
141
2ª avaliação
Normal
114
1
0
115
Limítrofe
1
1
0
2
Acima
2
2
20
24
3ª avaliação
Normal
93
4
12
109
Limítrofe
12
0
2
14
Acima
12
0
6
18
4ª avaliação
Normal
93
4
12
109
Limítrofe
12
0
2
14
Acima
12
0
6
18
5ª avaliação
Normal
96
3
10
109
Limítrofe
11
1
4
16
Acima
10
0
6
16
Percentil da PAS
Normal Limítrofe Acima
Total
2ª avaliação
Total
115
2
24
141
3ª avaliação
Normal
92
2
15
109
Limítrofe
11
0
3
14
Acima
12
0
6
18
4ª avaliação
Normal
92
2
15
109
Limítrofe
11
0
3
14
Acima
12
0
6
18
5ª avaliação
Normal
94
1
14
109
Limítrofe
11
1
4
16
Acima
10
0
6
16
Percentil da PAS
Normal Limítrofe Acima
Total
3ª avaliação
Total
109
14
18
141
4ª avaliação
Normal
109
0
0
109
Limítrofe
0
14
0
14
Acima
0
0
18
18
5ª avaliação
Normal
98
7
4
109
Limítrofe
8
7
1
16
Acima
3
0
13
16
Percentil da PAS
Normal Limítrofe Acima
Total
4ª avaliação
Total
109
14
18
141
5ª avaliação
Normal
98
7
4
109
Limítrofe
8
7
1
16
Acima
3
0
13
16
Percentil da PAD
Normal Limítrofe Acima
Total
1ª avaliação
Total
119
6
16
141
2ª avaliação
Normal
117
0
2
119
Limítrofe
0
6
0
6
Acima
2
0
14
16
3ª avaliação
Normal
80
5
4
89
Limítrofe
22
1
6
29
Acima
17
0
6
23
4ª avaliação
Normal
80
5
4
89
Limítrofe
22
1
6
29
Acima
17
0
6
23
5ª avaliação
Normal
83
3
4
90
Limítrofe
22
3
8
33
Acima
14
0
4
18
Percentil da PAD
Normal Limítrofe Acima
Total
2ª avaliação
Total
119
6
16
141
3ª avaliação
Normal
80
5
4
89
Limítrofe
22
1
6
29
Acima
17
0
6
23
4ª avaliação
Normal
80
5
4
89
Limítrofe
22
1
6
29
Acima
17
0
6
23
5ª avaliação
Normal
83
3
4
90
Limítrofe
23
3
7
33
Acima
13
0
5
18
Percentil da PAD
Normal Limítrofe Acima
Total
3ª avaliação
Total
89
29
23
141
4ª avaliação
Normal
89
0
0
89
Limítrofe
0
29
0
29
Acima
0
0
23
23
5ª avaliação
Normal
77
8
5
90
Limítrofe
10
20
3
33
Acima
2
1
15
18
Percentil da PAD
Normal Limítrofe Acima
Total
4ª avaliação
Total
89
29
23
141
5ª avaliação
Normal
77
8
5
90
Limítrofe
10
20
3
33
Acima
2
1
15
18
Percentil da PAD e PAS vs Avaliação
Avaliação
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação Avaliação
PAS e PAD acima
n % n % n % n % n %
PAS normal e PAD
normal
113
80,1
%
110
78,0
%
84
59,6
%
84
59,6
%
85
60,3
%
PAS limitrofe e PAD
normal
1
0,7%
0
0,0%
5
3,5%
5
3,5%
5
3,5%
PAS alterado e PAD
normal
5
3,5%
9
6,4%
0
0,0%
0
0,0%
0
0,0%
PAS normal e PAD
limitrofe
1
0,7%
1
0,7%
18
12,8
%
18
12,8
%
19
13,5
%
PAS limitrofe e PAD
limitrofe
2
1,4%
1
0,7%
5
3,5%
5
3,5%
5
3,5%
PAS alterado e PAD
limitrofe
3
2,1%
4
2,8%
6
4,3%
6
4,3%
9
6,4%
PAS normal e PAD
alterado
3
2,1%
4
2,8%
7
5,0%
7
5,0%
5
3,5%
PAS limitrofe e PAD
alterado
1
0,7%
1
0,7%
4
2,8%
4
2,8%
6
4,3%
PAS alterado e PAD
alterado
12
8,5%
11
7,8%
12
8,5%
12
8,5%
7
5,0%
Total
141
100,0
%
141
100,0
%
141
100,0
%
141
100,0
%
141
100,0
%
Percentil da PAD e PAS vs Avaliação
Avaliação
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação 5ª Avaliação
PAS e PAD acima
n % n % n % n % n %
PAS e PAD normais
113
80,1
%
110
78,0
%
84
59,6
%
84
59,6
%
85
60,3
%
PAS ou PAD limitrofe 1
0,7%
0
0,0%
5
3,5%
5
3,5%
5
3,5%
PAS ou PAD alterado
15
10,6
%
20
14,2
%
40
28,4
%
40
28,4
%
44
31,2
%
PAS e PAD lalterados 12
8,5%
11
7,8%
12
8,5%
12
8,5%
7
5,0%
Total
141
100,0
%
141
100,0
%
141
100,0
%
141
100,0
%
141
100,0
%
Valores descritivos das variáveis, idade (anos), IMC, PAD e PAS por avaliação.
n media dp minimo 1º quartil mediana quartil máximo
Avaliação
Idade (anos)
1ª Avaliação 141
11,021
3,434
6
8
10
14
18
2ª Avaliação 141
12,631
3,444
7
10
12
15
20
3ª Avaliação 141
12,631
3,444
7
10
12
15
20
4ª Avaliação 141
13,468
3,434
7
11
13
16
21
5ª Avaliação 141
13,645
3,437
8
11
13
16
21
IMC (Kg/m²)
1ª Avaliação 141
18,766
5,428
8,63
15,66
17,60
20,52
49,75
2ª Avaliação 141
18,764
5,428
8,63
15,66
17,60
20,52
49,75
3ª Avaliação 141
19,682
5,124
12,11
16,52
18,33
21,61
50,00
4ª Avaliação 141
19,682
5,124
12,11
16,52
18,33
21,61
50,00
5ª Avaliação 141
19,784
4,934
9,24
16,62
19,00
21,93
39,41
PAS
1ª Avaliação 141
110,050
9,904
90
104
110
116
138
2ª Avaliação 141
111,248
11,550
82
104
110
120
152
3ª Avaliação 141
112,043
11,370
82
104
110
120
152
4ª Avaliação 141
112,652
11,898
88
104
112
120
156
5ª Avaliação 141
112,908
11,958
88
104
112
120
156
PAD
1ª Avaliação 141
73,461
9,099
50
68
72
80
100
2ª Avaliação 141
75,603
8,705
50
70
78
82
100
3ª Avaliação 141
76,099
8,409
58
70
78
82
100
4ª Avaliação 141
75,404
9,186
58
70
76
80
124
5ª Avaliação 141
75,348
9,170
56
70
76
80
124
Fazendo o teste de Kolmogorov-Smirnov para testar, em cada uma das avaliações,
Normalidade das variáveis IMC, PAS e PAD encontrei normalidade apenas em 4 das
avaliações para a PAD por isso, para a análise de correlação linear vou usar o teste de
correlação não paramétrico de Spearman para verificar a correlação entre a idade , IMC com
PAS e PAD.
Por período de avaliação, análise de correlação linear entre PAS, PAD com IMC e Idade.
PAS PAD
N r_Spearman
p
(1)
r_Spearman
p
(1)
1ª Avaliação
Idade (anos) 141
0,1899
0,0241
0,1245
0,1415
IMC (m/Kg²) 141
0,2616
0,0017
0,1436
0,0893
2ª Avaliação
Idade (anos) 141
0,2467
0,0032
0,0889
0,2948
IMC (m/Kg²) 141
0,1641
0,0519
-0,0159
0,8512
3ª Avaliação
Idade (anos) 141
0,2601
0,0018
0,0922
0,2769
IMC (m/Kg²) 141
0,1722
0,0412
-0,0108
0,8991
4ª Avaliação
Idade (anos) 141
0,3229
0,0001
0,1231
0,1459
IMC (m/Kg²) 141
0,2576
0,0020
0,0649
0,4443
5ª Avaliação
Idade (anos) 141
0,3358
<0,0001
0,1668
0,0480
IMC (m/Kg²) 141
0,2757
0,0009
0,0485
0,5676
(1) : Correlação de Spearman
Abaixo ver se as avaliações diferem em relação ao PAD e também ao PAS
Para testar a média entre as avaliações, em relação a PAS e também PAD preciso conhecer a
correlação linear de Pearson entre IMC e também idade com PAS e PAD para saber se é
interessante ajustar as comparação por esses fatores assim abaixo a correlação linear de
Pearson fica:
Por período de avaliação, análise de correlação linear entre PAS, PAD com IMC e Idade.
PAS PAD
Avaliação N r_Spearman
p
(1)
r_Spearman
p
(1)
1ª Avaliação
Idade (anos) 141
0,1968
0,0194
0,1293
0,1265
IMC (m/Kg²) 141
0,2885
0,0005
0,1806
0,0321
2ª Avaliação
Idade (anos) 141
0,2325
0,0055
0,0646
0,4463
IMC (m/Kg²) 141
0,3220
0,0001
0,1031
0,2239
3ª Avaliação
Idade (anos) 141
0,2481
0,0030
0,0713
0,4007
IMC (m/Kg²) 141
0,3126
0,0002
0,0932
0,2717
4ª Avaliação
Idade (anos) 141
0,2973
0,0003
0,1153
0,1733
IMC (m/Kg²) 141
0,4086
0,0000
0,2526
0,0025
5ª Avaliação
Idade (anos) 141
0,3151
0,0001
0,1666
0,0483
IMC (m/Kg²) 141
0,4030
<0,0001
0,1952
0,0204
(1) : Correlação de Spearman
- Para a comparação dos períodos em relação a distribuição das variáveis PAS e IMC
vou usar o teste de não paramétrico de Friedman.
- Ajustando a PAS para idade e IMC observa-se normalidade na distribuição residual e
portanto será usado o modelo da ANOVA para medidas repetidas com matriz de variância e
covariância não estruturada para a comparação dos períodos em relação as dias da PAS
ajustada pela idade e IMC.
- Para a comparação dos períodos em relação as médias da PAD será usado o modelo
da ANOVA para medidas repetidas com matriz de variância e covariância não estruturada.
Análise de comparação das avaliações em relação a Distribuição do IMC
Pelo teste Friedman:
Quadro da comparação das avaliações em relação a distribuição do IMC
Avaliação
n Media ep Mediana
p
141
18,766
0,457
17,60
< 0,001
141
18,764
0,457
17,60
141
19,682
0,431
18,33
141
19,682
0,431
18,33
141
19,784
0,415
19,00
Pelo teste de comparação de sub-hipóteses de Friedman:
Quadro de comparação, ao nível de significância 5%,
duas a duas as avaliações em relação a distribuição do IMC
Conclusão ao nível de significância 5%
Avaliação
ns s s s
s s s
ns ns
ns
s= significativo ; ns = não significativo ao nível de significância 5%
Pelo quadro acima:
Segundo os dados observados, nada leva a crer que as avaliações e diferem significativamente em
relação a distribuição do IMC com também não diferem significativamente as avaliações 3ª , 4ª e 5ª .
A e também a avaliação difere significativamente da 3ª , e avaliação onde, segundo os dados
observados, o IMC médio bem como a mediana do IMC da , e avaliação é superior ao da e
também da 2ª avaliação.
Análise de comparação das avaliações em relação a Distribuição da PAS
Pelo teste Friedman:
Quadro da comparação das avaliações em relação a distribuição do PAS
Avaliação
n Media ep Mediana
p
141
110,050
0,834
110
0,0844
141
111,248
0,973
110
141
112,043
0,958
110
141
112,652
1,002
112
141
112,908
1,007
112
Pelo quadro acima:
Segundo os dados observados, nada leva a crer que as avaliações diferem significativamente em relação
a distribuição do PAS .
Análise de comparação das avaliações em relação à Distribuição da PAS ajustado pelo IMC
Pelo modelo da análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas considerando a matriz
de variância e covariância não estruturada encontra-se:
Por avaliação, média e erro padrão do PAS ajustado pelo IMC
n media ep
Avaliação
PAS ajustado pela idade e IMC
1ª Avaliação 141
110,2040
0,8091
2ª Avaliação 141
111,4031
0,9419
3ª Avaliação 141
111,9487
0,9287
4ª Avaliação 141
112,5586
0,9612
5ª Avaliação 141
112,7863
0,9684
Pelo método de BONFERRONI, testando dois a dois os períodos em relação à média do PAS
ajustada pelo IMC encontra-se:
Comparações de dois a dois os períodos em relação a média do
PAS ajustado pelo IMC.
(I) Avaliação (J) Avaliação
Diferença média
(I-J)
ep p
1ª Avaliação 2ª Avaliação -1,1992
0,8768
1,0000
3ª Avaliação -1,7447
0,9414
0,6593
4ª Avaliação -2,3547
1,0075
0,2083
5ª Avaliação -2,5824
0,9703
0,0868
2ª Avaliação 3ª Avaliação -0,5456
0,3993
1,0000
4ª Avaliação -1,1555
0,7419
1,0000
5ª Avaliação -1,3832
0,7417
0,6424
3ª Avaliação 4ª Avaliação -0,6099
0,6797
1,0000
5ª Avaliação -0,8376
0,6795
1,0000
4ª Avaliação 5ª Avaliação -0,2277
0,3266
1,0000
Pelo quadro acima:
Segundo os dados observados, nada leva a crer que as avaliações diferem significativamente em relação
a distribuição do PAS ajustada pelo IMC.
Análise de comparação das avaliações em relação à Distribuição da PAS ajustado pela idade e IMC
Pelo modelo da análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas considerando a matriz de variância
e covariância não estruturada encontra-se:
Por avaliação, média e erro padrão do PAS ajustado pela idade e IMC
n media ep
Avaliação
PAS ajustado pela idade e IMC
1ª Avaliação 141
111,1439
0,8701
2ª Avaliação 141
111,3985
0,9308
3ª Avaliação 141
111,9969
0,9153
4ª Avaliação 141
112,1159
0,9526
5ª Avaliação 141
112,2455
0,9614
Pelo método de BONFERRONI, testando dois a dois os períodos em relação à média do PAS ajustada
pela idade e IMC encontra-se:
Comparações de dois a dois os períodos em relação a média do
PAS ajustado pela idade e IMC.
(I) Avaliação (J) Avaliação
Diferença média
(I-J)
ep p
1ª Avaliação 2ª Avaliação -0,2546 0,9373 1,000
3ª Avaliação -0,8530 0,9924 1,000
4ª Avaliação -0,9720 1,1143 1,000
5ª Avaliação -1,1016 1,0961 1,000
2ª Avaliação 3ª Avaliação -0,5984 0,3977 1,000
4ª Avaliação -0,7174 0,7584 1,000
5ª Avaliação -0,8470 0,7649 1,000
3ª Avaliação 4ª Avaliação -0,1190 0,7043 1,000
5ª Avaliação -0,2486 0,7121 1,000
4ª Avaliação 5ª Avaliação -0,1296 0,3248 1,000
Pelo quadro acima:
Segundo os dados observados, nada leva a crer que as avaliações diferem significativamente em relação
a distribuição do PAS ajustada pela idade e IMC.
Análise de comparação das avaliações em relação à Distribuição da PAD.
Por avaliação, média e erro padrão da PAD
Avaliação n media ep
PAD
1ª Avaliação 141
73,461
0,766
2ª Avaliação 141
75,603
0,733
3ª Avaliação 141
76,099
0,708
4ª Avaliação 141
75,404
0,774
5ª Avaliação 141
75,348
0,772
Pelo método de BONFERRONI, testando dois a dois os períodos em relação à média do PAD.
Comparações de dois a dois os períodos em relação a média da PAD.
(I) Avaliação (J) Avaliação
Diferença média
(I-J)
ep p
1ª Avaliação 2ª Avaliação -2,1418
0,8221
0,1017
3ª Avaliação -2,6383
0,8664
0,0278
4ª Avaliação -1,9433
0,9326
0,3900
5ª Avaliação -1,8865
0,9395
0,4656
2ª Avaliação 3ª Avaliação -0,4965
0,3001
1,0000
4ª Avaliação 0,1986
0,6225
1,0000
5ª Avaliação 0,2553
0,6172
1,0000
3ª Avaliação 4ª Avaliação 0,6950
0,5873
1,0000
5ª Avaliação 0,7518
0,5774
1,0000
4ª Avaliação 5ª Avaliação 0,0567
0,2130
1,0000
Análise de comparação das avaliações em relação à Distribuição da PAD ajustada pelo IMC.
Por avaliação, média e erro padrão da PAD ajustado pelo IMC
Avaliação n media ep
PAD
1ª Avaliação 141
73,4909
0,7635
2ª Avaliação 141
75,6328
0,7323
3ª Avaliação 141
76,0811
0,7071
4ª Avaliação 141
75,3861
0,7689
5ª Avaliação 141
75,3240
0,7691
Pelo método de BONFERRONI, testando dois a dois os períodos em relação à média do PAD ajustada
pelo IMC encontra-se:
Comparações de dois a dois os períodos em relação a média do
PAD ajustado pelo IMC.
(I) Avaliação (J) Avaliação Diferença média ep p
(I-J)
1ª Avaliação 2ª Avaliação -2,1420
0,8221
0,1017
3ª Avaliação -2,5903
0,8668
0,0331
4ª Avaliação -1,8952
0,9331
0,4413
5ª Avaliação -1,8331
0,9413
0,5347
2ª Avaliação 3ª Avaliação -0,4483
0,3054
1,0000
4ª Avaliação 0,2467
0,6254
1,0000
5ª Avaliação 0,3088
0,6220
1,0000
3ª Avaliação 4ª Avaliação 0,6950
0,5873
1,0000
5ª Avaliação 0,7571
0,5788
1,0000
4ª Avaliação 5ª Avaliação 0,0621
0,2138
1,0000
Análise de comparação das avaliações em relação à Distribuição da PAD ajustada pelo IMC e pela idade.
Por avaliação, média e erro padrão da PAD ajustado pelo IMC e Idade
Avaliação n media ep
PAD
1ª Avaliação 141
73,9071
0,8054
2ª Avaliação 141
75,6316
0,7341
3ª Avaliação 141
76,1020
0,7086
4ª Avaliação 141
75,1899
0,7781
5ª Avaliação 141
75,0843
0,7787
Pelo método de BONFERRONI, testando dois a dois os períodos em relação à média do PAD ajustada
pelo IMC encontra-se:
Comparações de dois a dois os períodos em relação a média do
PAD ajustado pelo IMC e idade .
(I) Avaliação (J) Avaliação
Diferença média
(I-J)
ep p
1ª Avaliação 2ª Avaliação -1,7244
0,8651
0,4785
3ª Avaliação -2,1948
0,9047
0,1635
4ª Avaliação -1,2828
1,0123
1,0000
5ª Avaliação -1,1772
1,0301
1,0000
2ª Avaliação 3ª Avaliação -0,4704
0,3056
1,0000
4ª Avaliação 0,4417
0,6383
1,0000
5ª Avaliação 0,5473
0,6398
1,0000
3ª Avaliação 4ª Avaliação 0,9120
0,6044
1,0000
5ª Avaliação 1,0176
0,6018
0,9274
4ª Avaliação 5ª Avaliação 0,1056
0,2153
1,0000
Por avaliação, valores descritivos dos Percentis
Avaliação n media dp minimo 1º quartil
mediana 3º quartil
máximo
Percentil PAS
1ª Avaliação 141
42,20567
20,53586
1
30
42
55
100
2ª Avaliação 141
41,92908
16,47407
1
32
40
54
100
3ª Avaliação 141
43,01418
16,15858
1
32
40
54
100
4ª Avaliação 141
35,98582
17,79285
1
23
35
47
100
5ª Avaliação 141
36,38298
17,88601
1
23
35
47
100
Percentil PAD
1ª Avaliação 141
47,15603
18,47055
1
36
44
60
100
2ª Avaliação 141
51,19149
17,41876
1
40
56
64
100
3ª Avaliação 141
43,51064
19,79921
1
30
48
57
100
4ª Avaliação 141
29,49645
17,54448
1
19
27
34
100
5ª Avaliação 141
30,53901
18,52123
1
19
27
34
100
Pelo teste de Friedman, comparando a distribuição dos percentis nos diferentes
momentos de avaliação, encontra-se:
Para o percentil da PAS:
Existe diferença significativa, p< 0,001, entre a média dos percentis da PAS entre os
diferentes momentos de avalição.
Comparando dois a dois os períodos encontra-se:
1ª aval 2ª aval 3ª aval 4ª aval
2ª aval
ns
3ª aval
ns ns
4ª aval
s s s
5ª aval
s s s ns
Onde ns= não significativo a 5%,
s = significativo a 5%
Para o percentil da PAD:
Existe diferença significativa, p< 0,001, entre a média dos percentis da PAD entre os
diferentes momentos de avalição.
Comparando dois a dois os períodos encontra-se:
1ª aval 2ª aval 3ª aval 4ª aval
2ª aval
s
3ª aval
ns s
4ª aval
s s s
5ª aval
s s s ns
Onde ns= não significativo a 5%,
s = significativo a 5%
Apresentação do comportamento da classificação dos percentis de
pressão arterial das crianças com o decorrer das avaliações
Participante 1ª avaliação 2ª avaliação 3ª avaliação 4ª avaliação 5ª avaliação
1 N N PAS E e PAD E PAS E e PAD E N
2 N N N N N
3 N N N N N
4 N N N N N
5 N N PAD L PAD L N
8 N N PAD E PAD E PAD L
9 N N PAD L PAD L N
10 N N N N N
11 N N N N PAS L
12 N N PAD L PAD L N
13 N N N N N
14 N N N N N
15 N N N N PAS L e PAD L
17 N PAS E PAS L, PAD E PAS L, PAD E N
19 N N PAD E PAD E N
20 N N N N N
21 N N PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAD E
22 N N PAD L PAD L PAD L
23 N N N N N
24 N N PAD L PAD L PAD L
25 N N PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAS L, PAD E
26 N N N N N
29 N N PAD L PAD L PAD L
30 N N N N N
31 N N PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAS E, PAD L
35 N N PAS L PAS L PAS L
36 N N N N PAD L
37 N N PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAD E
38 N N N N N
39 N N N N N
42 N N N N N
44 N N PAS E, PAD L PAS E, PAD L PAS E, PAD L
45 N N PAD L PAD L PAD L
48 N N PAS L, PAD E PAS L, PAD E PAS L, PAD E
49 N N N N N
51 N N PAS E, PAD L PAS E, PAD L PAS E, PAD L
52 N N N N N
54 N N PAD L PAD L PAD L
55 N N N N N
61 N N PAD L PAD L PAD L
63 PAS E PAS E PAD L PAD L PAS L, PAD E
64 PAS E e PAD E PAS E e PAD E N N N
65 PAS E e PAD E PAS E PAD E PAD E PAD L
66 PAD E PAS L, PAD E N N PAD L
67 PAD E PAD E PAS E, PAD L PAS E, PAD L PAS E, PAD L
68 PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAS L, PAD E PAS L, PAD E PAS L, PAD E
69 PAS E, PAD L PAS E, PAD L PAS L PAS L PAS L
70 PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAD E PAD E N
71 PAS E PAS E N N N
73 PAD L PAD L PAD L PAD L PAD L
75 PAS L e PAD L PAS L e PAD L N N PAS L e PAD L
77 PAS E PAS E PAS E PAS E PAS E
80 N N N N N
81 N N PAS L e PAD L PAS L e PAD L PAD L
84 PAS L PAS E N N N
87 N N PAS L e PAD L PAS L e PAD L N
89 N N PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAS E e PAD E
90 N N N N N
91 N N N N N
92 N N N N N
93 N N N N N
94 N N PAD L PAD L N
96 N N N N N
100 N N N N PAS L e PAD L
104 N N N N PAD L
105 N N N N PAD L
106 N N PAD L PAD L N
107 N N N N N
108 N N PAS L PAS L N
112 N N N N N
113 N N N N N
114 N N N N N
115 N N PAD E PAD E N
116 N N PAS L e PAD L PAS L e PAD L N
117 N N N N N
118 N N N N PAS L, PAD E
119 N N PAD L PAD L PAD L
121 PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAS E e PAD E
122 PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAS E e PAD L PAS E e PAD L PAS E e PAD L
123 PAS E e PAD E PAS E e PAD E N N N
124 PAS E e PAD E PAS E N N N
126 PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAS E e PAD E
127 N PAD E PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAS E e PAD E
129 N N N N N
131 N N N N N
133 PAS E PAS E N N N
135 PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAD L PAD L PAD L
136 N N N N N
138 PAS E e PAD L PAS E e PAD L N N N
139 N N N N N
140 N N N N N
141 N N N N PAS E e PAD E
Legenda: N – pressões normais
PAS E – pressão arterial sistólica elevada
PAD E – pressão arterial diastólica elevada
PAS L – pressão arterial sistólica limítrofe
PAD L – pressão arterial diastólica limítrofe
Apresentação do comportamento da classificação dos percentis de
pressão arterial dos adolescentes com o decorrer das avaliações
Participante 1ª avaliação 2ª avaliação 3ª avaliação 4ª avaliação 5ª avaliação
6 N N PAS L e PAD L PAS L e PAD L N
7 N N N N N
16 N N N N N
18 N N PAD L PAD L PAD L
27 N N N N N
28 N N N N N
32 N N N N N
33 N N PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAS E e PAD E
34 N N PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAD E
40 N N PAS L PAS L PAS L
41 N N PAD L PAD L PAD L
43 N N N N N
46 N N N N N
47 N N N N N
50 N N N N N
53 N N PAS L e PAD L PAS L e PAD L PAS L e PAD L
56 N N N N N
57 N N N N N
58 N N N N N
59 N N N N N
60 N N N N N
62 N N N N N
72 PAS L, PAD E PAD E PAD L PAD L PAD L
74 N PAS E e PAD E N N N
76 PAS L e PAD L PAS E, PAD L N N N
78 N N N N N
79 N N N N N
82 N N N N PAS E e PAD L
83 PAD E PAD E PAS L, PAD E PAS L, PAD E PAS L, PAD E
85 N N N N PAS L
86 N N N N N
88 N N PAD E PAD E PAD E
95 N N N N N
97 N N N N N
98 N N N N N
99 N N N N N
101 N N N N N
102 N N N N N
103 N N N N N
109 N N N N N
110 N N N N N
111 N N N N N
120 N N N N N
125 PAS E PAS E PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAS E e PAD E
128 PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAD L PAD L PAS L e PAD L
130 N N N N N
132 N N N N N
134 PAS E e PAD E PAS E e PAD E PAS E e PAD L PAS E e PAD L PAS E e PAD L
137 PAS E e PAD L PAS E e PAD L PAS E e PAD L PAS E e PAD L PAS E e PAD L
Legenda: N – pressões normais
PAS E – pressão arterial sistólica elevada
PAD E – pressão arterial diastólica elevada
PAS L – pressão arterial sistólica limítrofe
PAD L – pressão arterial diastólica limítrofe
ANEXOS
_______________________________________________
ANEXO A
Gráfico de Desenvolvimento para Cálculo de Percentil de Altura
Menina
Menino
ANEXO B
Valores PA referentes aos percentis 90 e 95% de PA para meninas de 1 a 17 anos
de idade, de acordo com o percentil de estatura
1
Percenti
l
90
95
5%
98
101
10
98
102
25
99
103
50
101
104
75
102
106
90
103
107
95
104
108
PAS (mmHg) por percentil
de altura
5%
52
56
10
52
56
25
53
57
50
53
58
75
54
58
90
55
59
95
55
60
PAD (mmHg) por percentil de altura
2
90
95
99
103
99
103
101
104
102
106
103
107
104
108
105
109
57
61
57
61
58
62
58
62
59
63
60
64
60
64
3
90
95
100
104
101
104
102
106
103
107
104
108
105
109
106
110
61
65
61
65
61
66
62
66
63
67
64
68
64
68
4
90
95
101
105
102
106
103
107
104
108
106
109
107
111
108
111
64
65
64
68
65
69
65
69
66
70
67
71
67
71
5
90
95
103
107
103
107
105
108
106
110
107
111
108
112
109
113
66
71
67
71
67
71
68
72
69
73
69
74
70
74
6
90
95
104
108
105
109
105
110
107
111
109
113
110
114
111
114
69
73
69
73
69
74
70
74
71
75
72
76
72
76
7
90
95
106
110
107
111
1
08
112
109
113
110
114
112
115
112
116
71
75
71
75
71
75
72
76
73
77
74
78
74
78
8
90
95
108
112
109
113
110
114
111
115
112
116
114
117
114
118
72
76
72
77
73
77
74
78
74
79
75
79
76
80
9
90
95
110
114
111
115
112
116
113
116
114
118
116
119
116
120
74
78
74
78
74
79
75
79
76
80
77
81
77
81
10
90
95
112
116
113
117
114
118
115
119
116
120
118
122
118
122
75
79
75
79
76
80
77
81
77
81
78
82
78
83
11
90
95
114
118
115
119
116
120
117
121
119
122
120
124
120
124
76
81
77
81
77
81
78
82
79
83
79
83
80
84
12
90
95
116
120
117
121
118
122
119
123
121
125
122
126
123
126
78
82
78
82
78
82
79
83
80
84
81
85
81
85
13
90
95
118
122
119
123
120
124
121
125
123
126
124
128
124
128
79
83
79
83
79
84
80
84
81
85
82
86
82
86
14
90
95
120
124
121
125
122
126
123
127
124
128
125
129
126
130
80
84
80
84
80
85
81
85
82
86
82
87
83
87
15
90
95
121
125
122
126
123
127
124
128
126
130
127
131
128
131
80
85
81
85
81
85
82
86
83
87
83
88
84
88
16
90
95
122
126
123
127
124
128
125
129
127
130
128
137
129
132
81
85
81
85
82
86
82
87
83
87
84
88
84
88
17
90
95
123
127
123
127
124
128
126
130
127
131
128
131
129
133
81
85
8
1
86
82
86
83
87
83
88
84
88
85
89
Idade
(anos)
Valores PA referentes aos percentis 90 e 95% de PA para meninos de 1 a 17 anos
de idade, de acordo com o percentil de estatura
Idade
(anos)
1
Percenti
l
90
95
5%
94
98
10
95
99
25
97
101
50
99
101
75
101
105
90
102
106
95
103
107
PAS (mmHg) por percentil de altura
5%
49
54
10
49
54
25
50
55
50
51
56
75
5
2
57
90
53
58
95
54
58
PAD (mmHg) por percentil de altura
2
90
95
98
107
99
103
101
105
103
107
104
108
106
110
107
110
54
58
54
59
55
60
56
61
57
62
58
63
58
63
3
90
95
101
105
102
106
103
107
105
109
107
111
109
112
109
113
59
63
59
63
60
64
61
65
62
66
63
67
63
68
4
90
95
103
107
104
108
105
109
107
111
109
113
110
114
111
115
63
67
63
68
64
68
65
69
66
70
67
71
67
72
5
90
95
104
108
105
109
107
111
109
113
111
113
112
116
113
116
66
71
67
71
68
72
69
73
69
74
70
75
71
76
6
90
95
105
109
106
110
105
112
110
114
112
116
113
117
114
118
70
74
70
75
71
75
72
76
76
77
74
78
74
79
7
90
95
106
110
107
111
109
113
111
115
113
117
114
118
115
119
72
77
73
77
73
78
74
79
75
80
76
81
77
81
8
90
95
108
112
109
113
110
114
112
116
114
118
116
119
116
120
74
79
75
79
75
80
76
81
77
82
78
83
79
83
9
90
95
109
113
110
114
112
116
114
118
116
119
117
121
118
122
76
80
76
81
77
81
78
82
79
83
80
84
80
85
10
90
95
111
115
112
116
113
117
115
119
117
121
119
123
119
123
77
81
77
82
78
83
79
83
80
84
81
85
81
86
11
90
95
113
117
114
118
115
119
117
121
119
123
121
125
121
125
77
82
78
82
79
83
80
84
81
85
81
86
8
2
87
12
90
95
115
119
116
120
118
122
120
124
121
125
123
127
124
128
78
83
78
83
79
84
80
85
81
86
82
87
83
87
13
90
95
118
121
119
122
120
124
122
126
124
128
125
129
126
130
78
83
79
83
80
84
81
85
81
86
82
87
83
88
14
90
95
120
124
121
125
123
127
125
129
127
131
128
132
129
133
79
83
79
84
80
85
81
86
82
87
83
87
83
88
15
90
95
123
127
124
128
126
130
128
132
130
133
131
135
132
136
80
84
80
85
81
86
82
86
83
87
84
88
84
89
16
90
95
126
130
127
131
129
133
131
134
132
136
134
138
134
138
81
86
82
86
82
87
83
88
84
88
85
90
86
90
17
90
95
128
132
129
133
131
135
133
137
135
139
136
140
137
141
83
88
84
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87
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