36
ambientes (festas, jogos, futebol, culto religioso, etc.),
de determinados grupos (negros, asiáticos,
muçulmanos, etc.), de gênero (masculino, feminino,
indiferenciado, etc.), e assim por diante.
(Rodrigues, Assmar e Jablonski, 2000, p. 81)
As pessoas utilizam-se de todas as informações disponíveis para formar
impressões sobre os fatos ou sobre outras pessoas. Porém, nem sempre dispõe de
informações suficientes para se ter uma percepção coerente. Freedman, Carlsmith e
Sears (1970, p.41) afirmam que:
Uma tendência importante e aparentemente universal é
que as pessoas formam extensas impressões dos
outros com base em informações muito limitadas.
Tendo visto alguém ou mesmo o seu retrato por
apenas alguns minutos, as pessoas tendem a formar
opiniões sobre um grande número de suas
características. Embora os indivíduos, usualmente, não
se mostram francamente confiantes nas opiniões
formadas dessa maneira, eles estão dispostos, de um
modo geral a avaliar a inteligência, idade,
antecedentes, raça, religião, nível de educação,
honestidade, afetividade e muitas outras características
de uma pessoas através dessas impressões.
Sendo que, segundo Penna (1993, p. 11) , para se perceber algo, é necessário
limitar as informações que recebemos.
o ato de perceber ainda pode caracterizar-se pela
limitação informativa. Percebe-se em função de uma
perspectiva. A possibilidade de se apreender a
totalidade do objeto apenas ocorre na imaginação, que,
por outro lado, constitui forma de organização da
consciência inteiramente protegida contra o erro. A
percepção é, assim, forma restrita de captação de
conhecimentos
.
Para Teles (1981) a percepção é definida como o esforço do ser humano de
organizar interiormente os elementos levados pelos sentidos. Refere o autor que
perceber é conhecer, através dos sentidos, objetos e situações. É através da percepção