Download PDF
ads:
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
MARCOS DANIEL MARTINS SOUZA
A IMPORTÂNCIA DOS DADOS E INFORMAÇÕES AGROECONÔMICAS PARA
PRODUTORES DE ALGODÃO DE MATO GROSSO
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Orientador: Prof. Dr. Dirceu Grasel
Cuiabá-MT
2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
MARCOS DANIEL MARTINS SOUZA
A IMPORTÂNCIA DOS DADOS E INFORMAÇÕES AGROECONÔMICAS PARA
PRODUTORES DE ALGODÃO DE MATO GROSSO
Dissertação apresentada ao
Programa de Pós-graduação em
Economia da Universidade de
Federal de Mato Grosso, para
obtenção do título de Mestre.
Orientador: Prof. Dirceu Grasel, Dr.
Cuiabá-MT
2008
ads:
AGRADECIMENTOS
A Deus, o centro de tudo. Somente pelas coisas criadas já sou grato.
Minha família, minha esposa Tânia Souza e meus filhos Markus Souza e Thayná
Souza, sementes de Deus na minha vida, regadas e cultivadas pelas minhas escolhas.
Suportaram firmemente meus erros e ausências, em especial no período dedicado a este
trabalho. Sempre retornarei a minha casa para abençoá-la.
Meus amigos, que ajudaram na liberação de energias negativas e reposição de
positivas. Alguém já disse que são mais que irmãos. Em alguns momentos é a expressão da
verdade.
Aos meus professores que contribuíram em muito nosso crescimento intelectual e
formaram suporte extraordinário no aprofundamento inerente ao estado da arte das ciências
econômicas neste curso de caráter Strictu-Sensu.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Dirceu Grasel, que contribuiu extraordinariamente na
plenitude deste trabalho. Cresci intensamente no contato que tivemos, espero mantê-lo sempre
que oportunizado.
Ao Prof. Dr. Arturo Zavala, que contribuiu extraordinariamente neste trabalho,
elucidando o aspecto matemático inerente aos modelos estatísticos aplicados.
Aos meus colegas de academia, inter e intra mestrado, que caracterizam parte
fundamental no crescimento cognitivo que é construído nas discussões acadêmicas embasadas
em contribuições de natureza acadêmica e profissional.
A todos que contribuíram, direta e indiretamente, para qualidade deste trabalho.
RESUMO
A informação se caracteriza como ativo essencial, tanto na dinâmica econômica e
institucional com o apoio das tecnologias de informação e comunicação, como na internet,
sendo essencial para os agentes agroeconômicos, de natureza pública e privada, no espaço e
no tempo. Este patrimônio caracteriza objeto de análise, para elucidação da importância dos
dados e informações agroeconômicas para os produtores de algodão do Estado de Mato
Grosso. A análise tem como suporte primário, dados e informações coletados em pesquisa,
utilizando questionário estruturado, junto aos produtores, fundamentalmente em suas
unidades de produção. Na linha de análise da importância da informação de interesse
agroeconômico para o produtor de algodão de Mato Grosso, abordou-se modelos de sistemas
de informação para o setor agrícola e aspectos da agricultura de precisão. Abordaram-se
aspectos da Nova Economia Institucional e sua aderência com a questão da informação
agroeconômica, com inferências à Economia dos Custos de Transação e Estruturas de
Governança analisadas sob a influência do ativo de informação. Observou-se na Economia da
Informação o relacionamento oferta-demanda inerente a bens de informação em comparação
com a Economia Tradicional, o impacto econômico do fluxo de informação em tempo real,
as Leis Infoeconômicas que traçam uma nova configuração comportamental para a dinâmica
econômica. Para elucidação matemática dos dados e informações coletados utilizou-se
modelos estatísticos de correlação para identificar a relação de causalidade entre variáveis
capturadas no questionário aplicado. Após aplicação dos modelos de correlação, identificou-
se um conjunto de variáveis que apresentaram forte correlação, formando a base de variáveis
para análise de regressão que identificou, dentre as variáveis fortemente correlacionadas,
quais se caracterizaram como de maior importância para o produtor de algodão do Estado de
Mato Grosso. Identificadas as principais variáveis, efetuou-se análise final para indicar as
mais importantes para o produtor de algodão do Estado de Mato Grosso.
Palavras-chave: dados, informação, tecnologia de informação, internet, algodão.
ABSTRACT
The information is characterized as essential assets, both in institutional and economic
dynamics with the support of information technology and communication, such as the
Internet, is essential for the agro economic agents, both public and private, in space and time.
This heritage features an object of analysis for elucidation of the importance of agro economic
data and information for cotton producers in the state of Mato Grosso. The analysis is
basically supported by data and information collected in research, using structured
questionnaire, with the producers, mainly in its production units. Focusing on the analysis of
the agro economics information importance to Mato Grosso's state cotton producers,
information systems models were developed for the agricultural sector and aspects for
agriculture of precision. Aspects of the New Institutional Economics and its adherence to the
issue of agro economic information were approached considering the Economics of
Transaction Costs and Structures of Governance were reviewed under the influence of
information assets. The relationship supply-demand were observed in the Information
Economy inherent to information assets compared to the Traditional Economics, the
economic impact of the flow of information in real time, Infoeconomics Laws that define a
new setting for the dynamic economic behavior. For elucidation of mathematical and
information collected data statistical models of correlation to identify the direction of
causality between variables captured in the applied questionnaire were used. After application
of models of correlation, there were identified a set of variables that showed strong
correlation, forming the basis of variables in the regression analysis that identified, among
those variables strongly correlated, which were characterized as the most important for the
cotton producer of State of Mato Grosso. After the key variables were identified, a final
analysis were made indicating the most important set for the cotton producer of the State of
Mato Grosso.
Key-words: data, information, information technology, internet, cotton.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 17
1.1 O
PROBLEMA ........................................................................................................................ 24
1.2 J
USTIFICATIVA ..................................................................................................................... 25
1.3 H
IPÓTESE ............................................................................................................................. 28
1.4 O
BJETIVOS ........................................................................................................................... 29
2
TEORIA DA OFERTA E DA DEMANDA NA ECONOMIA TRADICIONAL E NA
ECONOMIA DA INFORMAÇÃO .............................................................................................. 30
3
CAPITAL HUMANO E O COMPORTAMENTO DOS ATORES ECONÔMICOS
REFERENCIADOS NO HOMO ECONOMICUS E NO HOMO PSYCHOLOGICUS ............. 36
4
A INFORMAÇÃO E OS PILARES DA NOVA ECONOMIA INSTITUCIONAL ............... 41
5
A INFORMAÇÃO E A ESCOLHA DA ESTRUTURA DE GOVERNANÇA ....................... 53
6
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR AGRÍCOLA E O CONCEITO DE
AGRICULTURA DE PRECISÃO ............................................................................................... 61
7
OS IMPACTOS DO FLUXO DA INFORMAÇÃO EM TEMPO REAL E A NOVA
ECONOMIA SOB A ÓTICA DA ECONOMIA DA INFORMAÇÃO ........................................ 73
8
AS LEIS DA INFOECONOMIA E O NOVO MODELO DA FIRMA NA ERA DA
INFORMAÇÃO ........................................................................................................................... 86
9
OS MODELOS DE CORRELAÇÃO DE PEARSON, KENDALL, SPEARMAN E
DEMANDA POR INFORMAÇÃO AGROECONÔMICA PELO TOMADOR DE DECISÃO –
03 ESTÁGIOS ............................................................................................................................ 106
9.1 C
OEFICIENTE DE CORRELAÇÃO DE PEARSON(R) ............................................................... 106
9.2 O
COEFICIENTE DE TAU DE KENDALL ................................................................................. 107
9.3 O
COEFICIENTE RHO DE SPEARMAN ................................................................................... 108
9.4 O
MODELO DE DEMANDA POR INFORMAÇÃO AGROECONÔMICA PELO TOMADOR DE
DECISÃO 03 ESTÁGIOS .............................................................................................................. 109
10
MÉTODO ........................................................................................................................... 114
10.1 A
PESQUISA....................................................................................................................... 114
10.1.1 D
EFINIÇÃO TÉCNICA DO TIPO DE PESQUISA ..................................................................... 115
10.1.2 O QUESTIONÁRIO ESTRUTURADO E SUA APLICAÇÃO ....................................................... 115
10.1.3 A
AMOSTRA E A COLETA DE DADOS .................................................................................. 120
10.2 A
APLICAÇÃO DO MÉTODO ECONOMÉTRICO ................................................................... 122
11
APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA ........................... 124
11.1 A
PRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA ............................................................. 124
11.1.1 A
NÁLISE DE CORRELAÇÃO ................................................................................................. 124
11.1.2 A
NÁLISE DE REGRESSÃO ..................................................................................................... 156
11.1.2.1 Análise de Regressão I ..................................................................................................... 156
11.1.2.2 Análise de Regressão II .................................................................................................... 161
11.1.2.3 Análise de Regressão III .................................................................................................. 163
11.1.2.4 Análise de Regressão IV .................................................................................................. 167
11.1.2.5 Análise de Regressão V .................................................................................................... 170
11.1.2.6 Análise de Regressão VI .................................................................................................. 172
11.1.2.7 Análise de Regressão VII ................................................................................................. 174
11.1.2.8 Análise de Regressão VIII ............................................................................................... 176
11.2 A
NÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA ........................................................................ 180
12
CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 188
BIBLIOGRAFIA........................................................................................................................ 191
I
DENTIFICAÇÃO DO ENTREVISTADO ........................................................................................... 196
A
TIVIDADE PROFISSIONAL ......................................................................................................... 197
C
ARACTERIZAÇÃO DO ENTREVISTADO ...................................................................................... 197
D
ADOS ECONÔMICOS & INFORMAÇÃO ECONÔMICA .................................................................. 198
D
ADOS/INFORMAÇÕES PÚBLICO E/OU PRIVADA ......................................................................... 199
I
NFORMAÇÃO FORMAL & INFORMAÇÃO INFORMAL .................................................................. 200
I
NFORMAÇÃO CONSULTADA NA INTERNET E EM OUTRAS FONTES ............................................. 201
V
ALOR DA INFORMAÇÃO ............................................................................................................ 203
LISTA DE TABELAS
TABELA 1.1 ÁREA E PRODUÇÃO DA CULTURA DO ALGODÃO HERBÁCEO (EM CAROÇO), EM
MT/19782005. 19
TABELA 2.1 INFORMAÇÕES MÍNIMAS INERENTE A DIMENSÃO PRODUTIVIDADE 34
TABELA 2.2 INFORMAÇÕES MÍNIMAS INERENTE A DIMENSÃO COMPETÊNCIAS. 35
TABELA 2.3 INFORMAÇÕES MÍNIMAS INERENTE A DIMENSÃO PROCESSOS. 36
TABELA 2.4 INFORMAÇÕES MÍNIMAS INERENTE A DIMENSÃO PLANO DE ALOCAÇÃO DE
RECURSOS. 37
TABELA 8.1 CONJUNTO DAS LEIS MAIS IMPORTANTES DA INFOECONOMIA. 86
TABELA 8.2 ASPECTOS DA LEI DA UNIVERSALIDADE. 88
TABELA 8.3 ASPECTOS DA LEI DA INTERCONECTIVIDADE. 90
TABELA 8.4 ASPECTOS DA LEI DA REALIMENTAÇÃO POSITIVA. 92
TABELA 8.5 ASPECTOS DA LEI DO COMPORTAMENTO EXPONENCIAL. 94
TABELA 8.6 ASPECTOS DA LEI DO MOMENTO DE SIGNIFICÂNCIA. 95
TABELA 8.7 ASPECTOS DA LEI DO ATENDIMENTO PERSONALIZADO. 96
TABELA 8.8 ASPECTOS DA LEI DA PRODUÇÃO FLEXÍVEL. 101
TABELA 8.9 ASPECTOS DA LEI DA INDEPENDÊNCIA PREÇOQUALIDADE. 102
TABELA 8.10 ASPECTOS DA LEI DA OBSOLESCÊNCIA ANUNCIADA. 104
TABELA 10.1 REPRESENTATIVIDADE PARTICIPATIVA DOS NÚCLEOS REGIONAIS NA
PESQUISA 122
TABELA 11.1 LEGENDA DE TÉCNICAS DE CORRELAÇÃO PARTICIPANTES. 124
TABELA 11.2 CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS PECUÁRIA, COMÉRCIO, INDÚSTRIA,
SERVIÇOS, TEMPO DE ATIVIDADE AGRÍCOLA, NÍVEL DE INSTRUÇÃO, POSSUÍ COMPUTADOR E
TEMPO DE UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR COM AS VARIÁVEIS UTILIZAÇÃO DA INTERNET
E TEMPO DE UTILIZAÇÃO DA INTERNET. 125
TABELA 11.3 INTERPRETAÇÃO DA CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.2 126
TABELA 11.4 CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS PECUÁRIA, COMÉRCIO, INDÚSTRIA,
SERVIÇOS, TEMPO DE ATIVIDADE AGRÍCOLA, NÍVEL DE INSTRUÇÃO, POSSUÍ COMPUTADOR E
TEMPO DE UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR COM AS VARIÁVEIS GRAU DE IMPORTÂNCIA DE
DADOS, GRAU DE IMPORTÂNCIA DE INFORMAÇÕES, GRAU DE UTILIZAÇÃO DE DADOS E
GRAU DE UTILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES. 128
TABELA 11.5 CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS PECUÁRIA, COMÉRCIO, INDÚSTRIA,
SERVIÇOS, TEMPO DE ATIVIDADE AGRÍCOLA, NÍVEL DE INSTRUÇÃO, POSSUÍ COMPUTADOR E
TEMPO DE UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR COM AS VARIÁVEIS GRAU DE UTILIZAÇÃO DE
CONSULTAS EM FONTE PÚBLICA E GRAU DE UTILIZAÇÃO DE CONSULTAS EM FONTE
PRIVADA. 130
TABELA 11.6 INTERPRETAÇÃO DA CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.5. 131
TABELA 11.7 CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS PECUÁRIA, COMÉRCIO, INDÚSTRIA,
SERVIÇOS, TEMPO DE ATIVIDADE AGRÍCOLA, NÍVEL DE INSTRUÇÃO, POSSUÍ COMPUTADOR E
TEMPO DE UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR COM AS VARIÁVEIS GRAU DE UTILIZAÇÃO EM
FONTE FORMAL , GRAU DE UTILIZAÇÃO DE INFORMAÇÃO EM FONTE INFORMAL,
GRAU DE IMPORTÂNCIA DE INFORMAÇÃO EM FONTE FORMAL E GRAU DE IMPORTÂNCIA DE
INFORMAÇÃO EM FONTE INFORMAL. 132
TABELA 11.8 INTERPRETAÇÃO DA CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.7 134
TABELA 11.9 CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS PECUÁRIA, COMÉRCIO, INDÚSTRIA,
SERVIÇOS, TEMPO DE ATIVIDADE AGRÍCOLA, NÍVEL DE INSTRUÇÃO, POSSUÍ COMPUTADOR E
TEMPO DE UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR COM AS VARIÁVEIS CLIMA/METEREOLOGIA SETOR
PÚBLICO VIA INTERNET, CLIMA/METEREOLOGIA SETOR PRIVADO VIA INTERNET,
CLIMA/METEREOLOGIA SETOR PÚBLICO SEM INTERNET, CLIMA/METEREOLOGIA SETOR
PRIVADO SEM INTERNET, CLIMA/METEREOLOGIA INFORMAÇÃO VIA INTERNET,
CLIMA/METEREOLOGIA DADOS VIA INTERNET, CLIMA/METEREOLOGIA INFORMAÇÃO SEM
INTERNET E CLIMA/METEREOLOGIA DADOS SEM INTERNET. 135
TABELA 11.10 INTERPRETAÇÃO DA CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.9 137
TABELA 11.11 CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS PECUÁRIA, COMÉRCIO, INDÚSTRIA, SERVIÇOS,
TEMPO DE ATIVIDADE AGRÍCOLA, NÍVEL DE INSTRUÇÃO, POSSUÍ COMPUTADOR E TEMPO DE
UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR COM AS VARIÁVEIS ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO / SAFRA SETOR
PÚBLICO VIA INTERNET, ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO / SAFRA SETOR PRIVADO VIA INTERNET,
ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO/ SAFRA SETOR PÚBLICO SEM INTERNET, ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO
/ SAFRA SETOR PRIVADO SEM INTERNET, ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO / SAFRA INFORMAÇÃO
VIA INTERNET, ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO / SAFRA DADOS VIA INTERNET, ESTIMATIVA DE
PRODUÇÃO / SAFRA INFORMAÇÃO SEM INTERNET E ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO / SAFRA
DADOS SEM INTERNET. 138
TABELA 11.12 INTERPRETAÇÃO DA CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.11 140
TABELA 11.13 CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS PECUÁRIA, COMÉRCIO, INDÚSTRIA,
SERVIÇOS, TEMPO DE ATIVIDADE AGRÍCOLA, NÍVEL DE INSTRUÇÃO, POSSUÍ COMPUTADOR E
TEMPO DE UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR COM AS VARIÁVEIS PREÇOS DO PRODUTO SETOR
PÚBLICO VIA INTERNET, PREÇOS DO PRODUTO SETOR PRIVADO VIA INTERNET, PREÇOS DO
PRODUTO SETOR PÚBLICO SEM INTERNET, PREÇOS DO PRODUTO SETOR PRIVADO SEM
INTERNET , PREÇOS DO PRODUTO INFORMAÇÃO VIA INTERNET, PREÇOS DO PRODUTO
DADOS VIA INTERNET, PREÇOS DO PRODUTO INFORMAÇÃO SEM INTERNET E PREÇOS DO
PRODUTO DADOS SEM INTERNET. 141
TABELA 11.14 INTERPRETAÇÃO DA CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.13 143
TABELA 11.15 CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS PECUÁRIA, COMÉRCIO, INDÚSTRIA, SERVIÇOS,
TEMPO DE ATIVIDADE AGRÍCOLA, NÍVEL DE INSTRUÇÃO, POSSUÍ COMPUTADOR E TEMPO DE
UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR COM AS VARIÁVEIS ANÁLISE DO MERCADO NACIONAL DO
ALGODÃO SETOR PÚBLICO VIA INTERNET, ANÁLISE DO MERCADO NACIONAL DO ALGODÃO
SETOR PRIVADO VIA INTERNET, ANÁLISE DO MERCADO NACIONAL DO ALGODÃO SETOR
PÚBLICO SEM INTERNET, ANÁLISE DO MERCADO NACIONAL DO ALGODÃO SETOR PRIVADO
SEM INTERNET, ANÁLISE DO MERCADO NACIONAL DO ALGODÃO INFORMAÇÃO VIA
INTERNET, ANÁLISE DO MERCADO NACIONAL DO ALGODÃO DADOS VIA INTERNET,
ANÁLISE DO MERCADO NACIONAL DO ALGODÃO INFORMAÇÃO SEM INTERNET E
ANÁLISE DO MERCADO NACIONAL DO ALGODÃO DADOS SEM INTERNET. 144
TABELA 11.16 INTERPRETAÇÃO DA CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.15 146
TABELA 11.17 CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS PECUÁRIA, COMÉRCIO, INDÚSTRIA, SERVIÇOS,
TEMPO DE ATIVIDADE AGRÍCOLA, NÍVEL DE INSTRUÇÃO, POSSUÍ COMPUTADOR E TEMPO DE
UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR COM AS VARIÁVEIS ANÁLISE DO MERCADO INTERNACIONAL DO
ALGODÃO SETOR PÚBLICO VIA INTERNET , ANÁLISE DO MERCADO INTERNACIONAL DO
ALGODÃO SETOR PRIVADO VIA INTERNET, ANÁLISE DO MERCADO INTERNACIONAL DO
ALGODÃO SETOR PÚBLICO SEM INTERNET, ANÁLISE DO MERCADO INTERNACIONAL DO
ALGODÃO SETOR PRIVADO SEM INTERNET, ANÁLISE DO MERCADO INTERNACIONAL DO
ALGODÃO INFORMAÇÃO VIA INTERNET, ANÁLISE DO MERCADO INTERNACIONAL DO
ALGODÃO DADOS VIA INTERNET, ANÁLISE DO MERCADO INTERNACIONAL DO ALGODÃO
INFORMAÇÃO SEM INTERNET E ANÁLISE DO MERCADO INTERNACIONAL DO
ALGODÃO DADOS SEM INTERNET. 147
TABELA 11.18 INTERPRETAÇÃO DA CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.17 149
TABELA 11.19 CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS PECUÁRIA, COMÉRCIO, INDÚSTRIA,
SERVIÇOS, TEMPO DE ATIVIDADE AGRÍCOLA, NÍVEL DE INSTRUÇÃO, POSSUÍ COMPUTADOR E
TEMPO DE UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR COM AS VARIÁVEIS CONSULTORIAS DIÁRIAS VIA
INTERNET, CONSULTORIAS DIÁRIAS SEM INTERNET, CONSULTORIAS SEMANAIS VIA INTERNET,
CONSULTORIAS SEMANAIS SEM INTERNET, CONSULTORIAS MENSAIS VIA INTERNET,
CONSULTORIAS MENSAIS SEM INTERNET, CONSULTORIAS ANUAIS VIA INTERNET,
CONSULTORIAS ANUAIS SEM INTERNET CONSULTORIAS CUSTO ANUAL E
CONSULTORIAS NÍVEL DE IMPORTÂNCIA. 150
TABELA 11.20 INTERPRETAÇÃO DA CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.19 152
TABELA 11.21 CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS PECUÁRIA, COMÉRCIO, INDÚSTRIA,
SERVIÇOS, TEMPO DE ATIVIDADE AGRÍCOLA, NÍVEL DE INSTRUÇÃO, POSSUÍ COMPUTADOR E
TEMPO DE UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR COM AS VARIÁVEIS CONFERÊNCIAS E SEMINÁRIOS
DIÁRIOS VIA INTERNET, CONFERÊNCIAS E SEMINÁRIOS DIÁRIOS SEM INTERNET E,
CONFERÊNCIAS E SEMINÁRIOS SEMANAL VIA INTERNET. 153
TABELA 11.22 INTERPRETAÇÃO DA CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.21. 155
TABELA 11.23 VARIÁVEIS PARTICIPANTES DA ANÁLISE DE REGRESSÃO I 156
TABELA 11.24 ANÁLISE DE REGRESSÃO DAS VARIÁVEIS REPORTADAS NA TABELA 11.23 158
TABELA 11.25 VARIÁVEIS PARTICIPANTES DA ANÁLISE DE REGRESSÃO, OPERACIONALIZANDO
A EQUAÇÃO DE REGRESSÃO 2, CONSIDERANDO AS VARIÁVEIS ENCONTRADAS COMO AS MAIS
IMPORTANTES PARA O PRODUTOR DE ALGODÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO QUE ATUA
TAMBÉM SETOR DA PECUÁRIA. 159
TABELA 11.26 ANÁLISE DE REGRESSÃO, OPERACIONALIZANDO A EQUAÇÃO DE
REGRESSÃO 2, CONSIDERANDO AS VARIÁVEIS ENCONTRADAS COMO AS MAIS
IMPORTANTES, OPERACIONALIZANDO A EQUAÇÃO DE REGRESSÃO 1, PARA O PRODUTOR
DE ALGODÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO QUE ATUA TAMBÉM SETOR DA PECUÁRIA. 160
TABELA 11.27 VARIÁVEIS PARTICIPANTES DA ANÁLISE DE REGRESSÃO II. 161
TABELA 11.28 ANÁLISE DE REGRESSÃO DAS VARIÁVEIS REPORTADAS NA TABELA 11.27. 161
TABELA 11.29 ANÁLISE DE REGRESSÃO, OPERACIONALIZANDO A EQUAÇÃO DE REGRESSÃO 4,
CONSIDERANDO A VARIÁVEL ENCONTRADA COMO A MAIS IMPORTANTE PARA O PRODUTOR
DE ALGODÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO QUE ATUA TAMBÉM SETOR DO COMÉRCIO. 162
TABELA 11.30 VARIÁVEIS PARTICIPANTES DA ANÁLISE DE REGRESSÃO III 163
TABELA 11.31 ANÁLISE DE REGRESSÃO DAS VARIÁVEIS REPORTADAS NA TABELA 11.30 164
TABELA 11.32 ANÁLISE DE REGRESSÃO, OPERACIONALIZANDO A EQUAÇÃO DE REGRESSÃO 6,
CONSIDERANDO AS VARIÁVEIS ENCONTRADAS COMO AS MAIS IMPORTANTES PARA O
PRODUTOR DE ALGODÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO QUE ATUA TAMBÉM SETOR
INDUSTRIAL. 165
TABELA 11.33 ANÁLISE DE REGRESSÃO, OPERACIONALIZANDO A EQUAÇÃO DE REGRESSÃO 7,
CONSIDERANDO AS VARIÁVEIS ENCONTRADAS COMO AS MAIS IMPORTANTES PARA O
PRODUTOR DE ALGODÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO QUE ATUA TAMBÉM SETOR
INDUSTRIAL. 166
TABELA 11.34 VARIÁVEIS PARTICIPANTES DA ANÁLISE DE REGRESSÃO IV. 167
TABELA 11.35 ANÁLISE DE REGRESSÃO, OPERACIONALIZANDO A EQUAÇÃO DE REGRESSÃO 8,
CONSIDERANDO AS VARIÁVEIS ENCONTRADAS COMO AS MAIS IMPORTANTES PARA O
PRODUTOR DE ALGODÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO QUE ATUA TAMBÉM SETOR DE
SERVIÇOS. 168
TABELA 11.36 ANÁLISE DE REGRESSÃO, OPERACIONALIZANDO A EQUAÇÃO DE REGRESSÃO 9,
CONSIDERANDO AS VARIÁVEIS ENCONTRADAS COMO AS MAIS IMPORTANTES PARA O
PRODUTOR DE ALGODÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO QUE ATUA TAMBÉM SETOR DE
SERVIÇOS. 169
TABELA 11.37 ANÁLISE DE REGRESSÃO, OPERACIONALIZANDO A EQUAÇÃO DE REGRESSÃO 10,
CONSIDERANDO A VARIÁVEL ENCONTRADA COMO A MAIS IMPORTANTE PARA O PRODUTOR
DE ALGODÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO QUE ATUA TAMBÉM SETOR SERVIÇOS. 170
TABELA 11.38 VARIÁVEIS PARTICIPANTES DA ANÁLISE DE REGRESSÃO V 170
TABELA 11.39 ANÁLISE DE REGRESSÃO, OPERACIONALIZANDO A EQUAÇÃO DE REGRESSÃO 11,
INDICA AS VARIÁVEIS ENCONTRADAS COMO AS MAIS IMPORTANTES CONSIDERANDO TEMPO
DE ATIVIDADE AGRÍCOLA DO PRODUTOR DE ALGODÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO.. 171
TABELA 11.40 VARIÁVEIS PARTICIPANTES DA ANÁLISE DE REGRESSÃO VI 172
TABELA 11.41 ANÁLISE DE REGRESSÃO, OPERACIONALIZANDO A EQUAÇÃO DE REGRESSÃO 12,
INDICA AS VARIÁVEIS ENCONTRADAS COMO AS MAIS IMPORTANTES CONSIDERANDO O
NÍVEL DE INSTRUÇÃO DO PRODUTOR DE ALGODÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO. 173
TABELA 11.42 VARIÁVEIS PARTICIPANTES DA ANÁLISE DE REGRESSÃO VII. 174
TABELA 11.43 ANÁLISE DE REGRESSÃO, OPERACIONALIZANDO A EQUAÇÃO DE REGRESSÃO 13,
INDICA A VARIÁVEL ENCONTRADA COMO A MAIS IMPORTANTE CONSIDERANDO A POSSE DE
COMPUTADOR PELO PRODUTOR DE ALGODÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO. 174
TABELA 11.44 ANÁLISE DE REGRESSÃO, OPERACIONALIZANDO A EQUAÇÃO DE REGRESSÃO 13,
INDICA A VARIÁVEL ENCONTRADA COMO A MAIS IMPORTANTE CONSIDERANDO A POSSE DE
COMPUTADOR PELO PRODUTOR DE ALGODÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO. 175
TABELA 11.45 VARIÁVEIS PARTICIPANTES DA ANÁLISE DE REGRESSÃO VIII 176
TABELA 11.46 ANÁLISE DE REGRESSÃO, OPERACIONALIZANDO A EQUAÇÃO DE REGRESSÃO 15,
INDICA AS VARIÁVEIS ENCONTRADAS COMO AS MAIS IMPORTANTES CONSIDERANDO O
TEMPO DE POSSE DO COMPUTADOR PELO PRODUTOR DE ALGODÃO DO ESTADO DE MATO
GROSSO. 177
TABELA 11.47 ANÁLISE DE REGRESSÃO, OPERACIONALIZANDO A EQUAÇÃO DE REGRESSÃO 16,
INDICA A VARIÁVEL ENCONTRADA COMO A MAIS IMPORTANTE CONSIDERANDO O TEMPO DE
POSSE DO COMPUTADOR PELO PRODUTOR DE ALGODÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO. 178
TABELA 11.48 ANÁLISE DE REGRESSÃO, OPERACIONALIZANDO A EQUAÇÃO DE REGRESSÃO 17,
INDICA A VARIÁVEL ENCONTRADA COMO A MAIS IMPORTANTE CONSIDERANDO O TEMPO DE
POSSE DO COMPUTADOR PELO PRODUTOR DE ALGODÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO. 179
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1.1 ÁREA PLANTADA EM HECTARES, PRODUTIVIDADE EM TONELADAS E
RENDIMENTO MÉDIO EM QUILOGRAMA POR HECTARE, NO PERÍODO DE 1990 A 2008,
DA CULTURA DO ALGODÃO HERBÁCEO NO BRASIL. 20
FIGURA 1.2 MAPA DA ÁREA COLHIDA EM MATO GROSSO 2005. 21
FIGURA 1.3 RELACIONAMENTO ENTRE DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO. 23
FIGURA 2.1 VISÃO GERAL DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. 31
FIGURA 2.2 CLASSIFICAÇÃO REFERENCIAL NÍVEIS ORGANIZACIONAIS E TIPOS DE
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. 33
FIGURA 2.3 MODELO INFORMAÇÕES GERENCIAIS AGROPECUÁRIO, DIRECIONADO AO
SUPORTE DA GESTÃO DA ORGANIZAÇÃO RURAL. 38
FIGURA 2.4 VISÃO GERAL TECNOLÓGICA DA AGRICULTURA DE PRECISÃO, DEMONSTRANDO
AS INTERAÇÕES DE INFORMAÇÃO COM OS ATORES DA ORGANIZAÇÃO RURAL. 39
FIGURA 2.5 CICLO DA AGRICULTURA DE PRECISÃO SOB A ÓTICA CONCEITUAL DE DADOS,
INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO. 39
FIGURA 2.6 CICLO GENÉRICO PARA AGRICULTURA DE PRECISÃO. 41
FIGURA 4.1 CURVA DE OFERTA E DEMANDA. 47
FIGURA 4.2 DEMANDA PERFEITAMENTE INELÁSTICA. 48
FIGURA 4.3 DEMANDA PERFEITAMENTE ELÁSTICA. 48
FIGURA 4.4 A RELAÇÃO ENTRE DEMANDA E OFERTA DE INFORMAÇÃO 51
FIGURA 5.1 NÍVEIS DE ESTUDO DAS INSTITUIÇÕES SOB A ÓTICA NEOINSTITUCIONALISTA. 58
FIGURA 5.2 NÍVEIS DE ESTUDO DAS INSTITUIÇÕES SOB A ÓTICA NEOINSTITUCIONALISTA
EM ANALOGIA COM UM ICEBERG. 65
FIGURA 6.1 ESQUEMA DA INDUÇÃO DAS FORMAS DE GOVERNANÇA. 67
FIGURA 6.2 ESTRUTURA CONCEITUAL DA TEORIA DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO. 69
FIGURA 7.1 AUTOMÓVEIS DE BAIXA QUALIDADE. 84
FIGURA 7.2 AUTOMÓVEIS DE ALTA QUALIDADE. 84
FIGURA 8.1 COMPORTAMENTO MERCADOLÓGICO DE UM PRODUTO OU SERVIÇO NA
INFOECONOMIA. 93
FIGURA 8.2 SUCESSIVAS CURVAS INDICANDO A AMPLITUDE DO MERCADO DE MEMÓRIAS
RAMS, EM TERMOS DE CAPACIDADE EM BITS. 96
FIGURA 8.3 VISÃO DE CRESCIMENTO EXPONENCIAL DO NÚMERO DE USUÁRIOS DA
INTERNET, SENDO SEU PONTO DE DISPARO OCORRIDO EM 1992. 100
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 11.1 VISÃO GRÁFICA DE CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.2 126
GRÁFICO 11.2 VISÃO GRÁFICA DE CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.3 129
GRÁFICO 11.3 VISÃO GRÁFICA DE CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.5 131
GRÁFICO 11.4 VISÃO GRÁFICA DE CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.7 133
GRÁFICO 11.5 VISÃO GRÁFICA DE CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.8 136
GRÁFICO 11.6 VISÃO GRÁFICA DE CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.11 139
GRÁFICO 11.7 VISÃO GRÁFICA DE CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.13 142
GRÁFICO 11.8 VISÃO GRÁFICA DE CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.15 145
GRÁFICO 11.9 VISÃO GRÁFICA DE CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS
NA TABELA 11.17 148
GRÁFICO 11.10 VISÃO GRÁFICA DE CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.19 151
GRÁFICO 11.11 VISÃO GRÁFICA DE CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS REPORTADAS NA
TABELA 11.21 154
17
1 INTRODUÇÃO
Em Mato Grosso, a cultura do algodão tem seus primeiros registros na década de
1930, destacando-se como principal fato, ocorrido em torno de 1933, a introdução da
variedade de algodão herbáceo TEXAS 7111, segundo reporta Paro(2000).
Sob o aspecto tecnológico, Paro(2000) registra que a primeira base beneficiadora de
algodão do Estado foi à empresa denominada Algodoeira Centro Oeste, com suas atividades
iniciadas no ano de 1966 e, a partir de 1984, alterando seu nome para Algodoeira
Palmeirense. Já no inicio da década de 80, a Associação Matogrossense dos Produtores de
Algodão – AMPA, com apoio da EMBRAPA e, posteriormente, da Empresa Matogrossense
de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural – EMPAER, passou a gerenciar pesquisas para
criação de variedades sob demanda das especificidades agrícolas inerentes a Mato Grosso,
tendo como principal resultado o lançamento da variedade Cultivar ITA-90 em 1992,
responsável por grande parte da área plantada de algodão em Mato Grosso.
Em 1986, passou-se a operar na capital de Mato Grosso o primeiro laboratório de
algodão sob gestão do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso - INDEA-
MT, fato esse que caracterizou inicio do apoio a cultura do algodão pelo setor público do
Estado de Mato Grosso.
Paro(2000), registra como resultado do PROALMAT
1
e de uma parceria de pesquisa
operacionalizada a partir de 1996, tendo como atores, a EMBRAPA, Fundação MT e
EMPAER-MT, o surgimento de variedades como Antares e BRS Facual.
O PROALMAT, implantado em 1997 no Estado de Mato Grosso, foi criado com
objetivo de adicionar área plantada de algodão, aprimorar o nível de produtividade com
introdução de tecnologias especificas para realidade climática e geográfica de Mato Grosso,
gerar emprego e renda para os agricultores, fomentar industrialização inerente ao algodão e
instituir mecanismos de comercialização que garantam preços adequados.
1
Programa de Incentivo à Cultura do Algodão foi criado pela Lei Estadual 6.883 de 02/06/1997 e
regulamentado pelo Decreto nº 1.589 de 18/07/1997, fornecendo redução de 75% do ICMS do produto.
Destinase aos produtores rurais, pessoas físicas ou jurídicas, desde que estejam devidamente inscritos no
Cadastro de Contribuintes do Estado de Mato Grosso e deverão requerêlo através do Laudo Técnico Inicial da
AMPA que o encaminha à Câmara Setorial de Incentivo e Tributação do CDA (Conselho de Desenvolvimento
Agrícola).
18
O conjunto de medidas de incentivo e pesquisa, em especial o PROALMAT,
proporcionou expressivo aumento de área plantada, onde a cultura do algodão saiu de 55.075
ha com produtividade de 73.553 toneladas em 1996 para 257.762 ha com produtividade de
1.525.372 toneladas em 2001, caracterizando um aumento, no período, de 468,02% de área
plantada em ha e, aumento de produtividade em toneladas de 591,78%, segundo informa o
anuário estatístico de 2002, referenciado na tabela 1.1.
Está linha histórica de evolução do estado do conhecimento, caracterizada nas ações
de pesquisas e incentivos, tornou Mato Grosso o mais importante produtor de algodão do
País nos dias atuais, segundo as estimativas de safra 2004/05 e 2005/06, disponibilizadas no
banco de dados da CONAB
2
.
2
Companhia Nacional de Abastecimento.
19
Ano/Safra Área(ha) Produção(t)
1978
5.585 4.024
1979
5.200 4.728
1980
4.480 4.914
1981
3.839 3.542
1982
4.388 3.797
1983
2.093 1.909
1984
6.292 8.069
1985
16.945 21.937
1986
16.015 20.408
1987
13.307 16.308
1988
30.744 36.860
1989
42.763 56.605
1990
43.422 57.634
1991
68.443 73.438
1992
53.836 67.862
1993
69.584 85.641
1994
66.059 91.828
1995
69.390 87.458
1996
55.075 73.553
1997
42.259 78.376
1998
106.483 271.038
1999
200.182 630.406
2000
257.762 1.002.836
2001
412.315 1.525.376
2002
328.046 1.141.211
2003
290.531 1.065.779
2004
469.780 1.884.315
2005
482.391 1.682.839
Tabela 1.1
Área e produção da cultura do algodão herbáceo (em caroço), em MT/1978-2005.
Fonte: Anuário Estatístico 2002 e 2006 de Mato Grosso. Pesquisado em 01/04/2008.
Segundo o IBGE
3
- LSPA
4
, em publicação disponibilizada em janeiro de 2008,
demonstrado no gráfico apresentado na figura 1.1, a estimativa inicial de algodão herbáceo
para 2008 é de 4,1 milhões de toneladas, apresentando incremento de 7,1% em relação à safra
de 2007, que apresentou 3,8 milhões de toneladas. O incremento é creditado, em especial, ao
3
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
4
LSPA Levantamento Sistemático de Produção Agrícola que caracteriza pesquisa mensal, planejada
e executada pelo IBGE de previsão e acompanhamento das safras agrícolas no ano cível.
20
aumento de 3,9% de áreas cultivadas em Mato Grosso e, na Bahia, que registrou incremento
de 13,5%, fundamentados no forte incentivo da manutenção dos preços do algodão no
mercado interno e externo.
Figura 1.1
Área plantada em hectares, produtividade em toneladas e rendimento médio em
quilograma por hectare, no período de 1990 a 2008, da cultura do Algodão Herbáceo
no Brasil.
Fonte: IBGE - LSPA Janeiro-2008
Mato Grosso, segundo o IBGE, é caracterizado como maior produtor de Algodão do
Brasil, com área plantada em 2008 totalizando 567.764 hectares e a produção estimada em
2.146.895 toneladas, superiores ao registro de 2007 em 3,9% e 5,5%, respectivamente. Os
pesquisadores do IBGE afirmam que, no Estado de Mato Grosso, grande parte dos produtores
organiza-se em condomínios, acessando diretamente o mercado internacional utilizando o
ferramental de contratos futuros disponibilizados nas Bolsas de Valores, obtendo melhor
eficiência e rentabilidade em suas operações.
Atualmente, o mapa da área colhida em hectares no Estado de Mato Grosso, segundo
Cartogramas do IBGE atualizado em 2005, reporta a configuração demonstrada na figura 1.2
abaixo.
21
Área colhida em 2005
Figura 1.2
Mapa da Área Colhida em Mato Grosso - 2005.
Fonte: IBGE – Cartogramas – 2005.
O histórico que demonstra a ascensão do algodão no Estado de Mato Grosso, passa
pela evolução do conhecimento absorvido pelos agentes públicos e privados que,
naturalmente, desenvolveu-se em fluxos de dados e informões agroeconômicas. Em relação
aos dados, que caracterizam elementos disponibilizados em meios físicos e eletrônicos ainda
não processados em estado “in natura”, em seu momento seminal no Estado, pouco estava
disponível, em especial para a realidade agronômica do Estado de Mato Grosso, sendo o
conhecimento embutido nos pioneiros, a principal fonte de conhecimento para as atividades
agronômicas inerentes a cultura do algodão.
É relevante para esta pesquisa, elucidar o conceito de Conhecimento e seu
relacionamento com conceito de Dados e Informação. Em sentido mais amplo, observando o
aspecto filosófico, conhecimento caracteriza atributo geral inerente aos seres vivos.
22
Caracteristica esta, que o faz reagir ativamente ao ambiente onde se encontra, observadas as
constituição de organização biológica e de sobrevivência. O conhecimento é a união de
princípios, códigos, instintos, idéias e padrões que orientam ações e decisões.
Dados são componentes importantes, mais insuficientes em si só, independente de sua
quantidade, na produção de informações demandas pelo tomador de decisão. Para atender tal
demanda, é necessária a presença do conceito informação. A informação é produzida em um
processo cognitivo de transformação dos dados, podendo expressar o conceito de informação
ao resultado de processamento de dados. Podemos sintetizar o entendimento da distinção e
relação entre Dados e Informações da seguinte forma: Dados caracterizam insumo básico
para produção de Informação.
Desta forma, é importante elucidar a distinção e a relação entre Dados, Informação e
Conhecimento. A figura 1.3, reporta o seguinte fluxo. Existe uma tendência das pessoas em
manter repositório de dados, sejam essas pessoas físicas ou juridicas, por variados motivos.
Esses dados são formatados, sumarizados e em seguida persistidos em banco de dados de
qualquer natureza. Desta forma, os dados estarão prontos para serem acessados, por um
processo cognitivo qualquer, representado por algum algoritmo, com objetivo de produzir
informações sob demanda do tomador de decisão. O acesso a informação produzida,
resultado da operacionalização do processo cognitivo, gera possibilidade de acumulo de
conhecimento pessoal, profissional ou organizacional. O conhecimento acumulado, por sua
vez, deve capacitar o tomador de decisão a demandar, mais e melhores informações, podendo
ser necessária a coleta de mais dados para sua necessidade especifica, caracterizando
novamente o ciclo que sempre possibilitará acumulo de conhecimento aos participantes.
23
Formatação,
Sumarização e
Persisncia
Processo
Cognitivo, Decisão
e Ação
Conhecimento
Acumulado
RESULTADOS
INFORMAÇÃO
DADOS
CONHECIMENTO
Figura 1.3
Relacionamento entre Dados, Informação e Conhecimento.
Fonte: Adaptado de Alter(1999).
Inerente a informação, a disponibilidade maior ao produtor de algodão de Mato
Grosso, estava em fontes externas ao Estado de Mato Grosso, com poucas informações
especificas para realidade agronômica do produtor de algodão Mato Grosso. O conhecimento,
embutido nos produtores, mesmo que adquirido em fontes formais além das fronteiras de
Mato Grosso, ou seja, em pesquisas catalogadas, consultorias especializadas, conferências e
seminários, passaram a ser fontes informais por um bom tempo ao longo da evolução da
cultura do algodão em Mato Grosso, onde, por exemplo, o produtor consulta seu vizinho ou
parente a respeito de uma informação que direcionará uma decisão de produção.
A decisão de adquirir Dados e/ou Informação, Informação Formal ou Informal, passa
pelo estado do conhecimento do capital humano efetivamente disponível ao produtor e, pelo
papel funcional que o produtor ocupa no sistema de produção. Entende-se por capital humano,
o corpo de trabalhadores, com vínculo direto ou indireto, efetivamente disponível ao produtor
de algodão, para decisão inerente a capacidade de processamento de dados e aquisição de
informação de natureza formal ou informal, em fontes públicas, referenciandas no setor
público, ou fontes privadas, caracterizadas na iniciativa privada. Entende-se por papel
funcional no sistema de produção, as atividades que o produtor exerce no sistema de produção
além da produção de algodão, como indústria, comércio, agricultura, pecuária e serviços.
24
A relação entre o capital humano e a utilização de dados é diretamente proporcional,
onde quanto maior o estado do conhecimento do capital humano maior a aquisição de dados
in natura”, caracterizando no produtor adequado potencial de processamento de dados.
Sendo o capital humano de menor estado do conhecimento, a aquisição de dados “in natura
é menor, caracterizando no produtor pouco potencial de processamento de dados, priorizando
assim a aquisição de informação em detrimento a aquisição de dados.
A presente importância dos Dados e Informações, para os produtores de algodão de
Mato Grosso, é o nosso objeto de pesquisa, onde elucida-se neste trabalho, problemas inerente
as decisões de aquisição de Dados e Informações, em Fontes Formais e Informais, de natureza
Pública e Privada, suas dificuldades de acesso e interpretação, buscando no capital humano e
na posição funcional do produtor na cadeia produtiva, as referências necessárias para
elucidação dos aspectos da demanda por dados e informação agronômica, tal como, grau de
importância atribuído pelo produtor de algodão do Estado de Mato Grosso.
1.1 O problema
A AMPA afirma estar diante de um problema de separação inerente a Dados e
Informações. Expõe que não conhece a demanda por Dados e Informações dos produtores de
algodão, tal como o grau de importância desses, atribuído pelos seus associados, que
alcançam 90% dos produtores de algodão de Mato Grosso e, demais produtores de algodão. A
AMPA também reporta que tem depoimentos de seus associados externando que os Dados e
Informações disponibilizadas, são inadequados e insuficientes para suas necessidades de
inteligência agroeconômica. Em relação aos Dados e Informações disponíveis, seus
associados informam que existe dificuldade do capital humano no processamento dos Dados,
geração e aquisição de Informações.
Considerando as informações da AMPA e o interesse de pesquisa da academia,
representada pelo Mestrado em Economia da UFMT, estabeleceu-se parceria entre a AMPA e
o Departamento de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso, quando passou-se a
planejar, projetar e operacionalizar pesquisa de campo, de forma física “in loco” e lógica, via
site disponibilizado na internet, junto aos associados da AMPA, para elucidação dos seguintes
questionamentos formulados a partir do problema exposto pela AMPA.
25
Em relação ao problema acima dissertado, existem indícios de que a utilização de
Dados e Informações pelos produtores de algodão de Mato Grosso, ocorre de forma não
adequada, caracterizando Assimetria de Informação em seu ambiente de atuação.
No ambiente da pesquisa, elegeu-se como variáveis prioritárias a serem analisadas, o
capital humano e o papel funcional do agente na economia, com objetivo de elucidar como
essas variáveis influenciam na demanda por Dados e Informações, em grau de importância,
adquiridos em fontes Formais e Informais, de natureza Pública e Privada, utilizando a Internet
e outros meios.
Da dissertação do problema, derivam-se os seguintes questionamentos a serem
respondidos:
a) Como o Capital Humano e o Papel Funcional do produtor de algodão na
economia, influenciam o produtor de algodão de Mato Grosso na classificação
do grau de importância atribuído aos Dados e Informações, encontrados em
fontes Formais e Informais, de natureza Pública e Privada, utilizando a Internet
e outros meios?
b) Como o Capital Humano e o Papel Funcional do produtor de algodão no
sistema de produção influenciam nas formas de utilização de Dados e
Informações, adquiridos em fontes Formais e Informais, de natureza Pública e
Privada, utilizando a Internet e outros meios?
1.2 Justificativa
Na revisão bibliográfica, constatou-se que, tendo como objeto principal a cultura do
algodão no Estado de Mato Grosso, não existem trabalhos que contemplam investigação da
formação da demanda por dados/informação agroeconômica dos produtores de algodão de
Mato Grosso. Não foi encontrado trabalho que referencia a informação agroeconômica, que
com recortes regionais ou produto específico. Sendo assim, a pesquisa ora desenvolvida, é de
caráter inédito para o Estado de Mato Grosso e a cultura do algodão. Sob forma de perguntas
e respostas, pode-se entender melhor a justificativa.
A. Em relação à cultura do algodão em Mato Grosso e seus produtores, qual a
justificativa de sua escolha?
26
Segundo levantamento disponibilizado na ABRAPA
5
(2007), Mato Grosso caracteriza
um dos mais importantes produtores de algodão do Brasil. Mato Grosso teve na safra de 2007
uma produção de 1.983,9 milhões de toneladas de algodão, que representa 53,5% da produção
nacional, seguido da Bahia que terá produção de 984,3 mil toneladas, Goiás com 268,1 mil
toneladas e Mato Grosso do Sul com 159,9 mil toneladas.
A realidade agrícola atual de Mato Grosso, apresenta posição de liderança na produção
nacional de algodão. O grupo de produtores de algodão de Mato Grosso, apresenta boas
características de organização, sendo aproximadamente 90%, associados à AMPA, o que nos
chamou atenção, sob a ótica da demanda organizacional da pesquisa. A AMPA participou
ativamente na operacionalização da pesquisa, disponibilizando seus engenheiros agrônomos
em campo, organizados em núcleos regionais, onde atuaram na aplicação do questionário. É
importante ressaltar que os agrônomos agregaram importante valor na pesquisa,
considenrando que o questionário aborda conceitos que necessitam de apoio para melhor
entendimento, onde o conhecimento técnico inerente a cultura do algodão é fundamental. Não
obstante, o relacionamento de confiança dos agrônomos com os produtores, caracterizou
importante fator que evitou rejeição a abordagem planejada.
Nesse contexto, a justificativa em atuar no ambiente do produtor de algodão de Mato
Grosso, em parceria com a AMPA, está no reconhecimento da liderança do Estado no setor e,
nas oportunidades de contribuir com sua competitividade no agronegócio nacional e
internacional, em termos da analise da importância dos dados e informações agroeconômicas
para o produtor de algodão de Mato Grosso.
B. Por que analisar Custos de Transação inerente a Informação?
Segundo Williamson(1993), todo o esquema de funcionamento da organização
econômica se baseia na “transação”, onde a transação da informação, caracteriza fator de
suma importância, para avaliar a eficácia e eficiência da aquisição e utilização da informação
pelo produtor de algodão de Mato Grosso.
Williamson(1993) afirma que Custos de Transação, de característica distinta dos
custos de produção, seriam de duas naturezas: custos de coleta de informações e custos de
negociação e estabelecimento de um contrato. Como todo o esquema de funcionamento da
5
Associação Brasileira de Produtores de Algodão (http://www.abrapa.com.br/)
27
organização econômica se baseia na “transação”, que é seu objeto central, deriva-se daí a
seguinte proposição básica: A utilização de um ou outro mecanismo de coordenação, segundo
Coase(1988), seria determinada em função dos custos envolvidos no processamento das
transações. Tais dificuldades, aliadas ao risco de se enfrentarem contratos incompletos, sob
diversas incertezas, pode levar, por exemplo, a empresa decidir evitar o mercado e recorrer a
modelos hierárquicos de organização.
São estabelecidas conexões entre três conceitos fundamentais caracterizados na Nova
Economia Institucional: Especificidade de Ativos, Racionalidade Limitada e Oportunismo.
O inter-relacionamento entre eles se manifesta da seguinte forma: racionalidade limitada,
oportunismo e especificidade de ativos são hipóteses de comportamento, que justificam a
existência de custos de transação. Assim sendo, reporta-se que fatores ambientais conjugados
com fatores humanos, em um ambiente de mercados e hierarquias, explicam o custo de
elaboração, operacionalização e obediência as complexas condições de um contrato, sendo a
informação fator fundamental no processo de decisão do ator econômico.
C. Por que analisar a Economia da Informação?
O fator informação está presente na dinâmica econômica, seja na caracterização das
transformações, na gestão, na operacionalização e no planejamento das organizações. A
informação concentra grande valor econômico e organizacional, como destaca os autores a
seguir.
Shapiro & Varian(1999) afirmam que a informação é um agente dissipador de
incertezas.
Para Drucker(1993), a organização baseada na informação será o modelo de
organização do futuro, fundamentada no conhecimento e formada por profissionais
especializados em trabalhar a informação, seja qual for o seu formato ou tecnologia de
informação e comunicação.
Aldrich(2000) reporta que a informação e suas tecnologias de suporte, caracterizam
mais que um apoio a áreas finalísticas, como a produção de algodão. Afirma, com exemplo,
que a informação altamente integrada e com fluxos contínuos na economia gera valor, renda e
redução de custos, em um primeiro momento, apenas na sua complexa relação interativa e, em
segundo momento, influencia e transforma o processo produtivo.
28
Segundo Stiglitz(2001), a informação afeta os processos de decisão em todos os
contextos, tanto nas firmas como nas famílias.
Sob a ótica da informação, discute-se o capital humano e a posição do agente na
economia, na busca da elucidação do problema reportado pela AMPA, que, em outras
palavras, referencia a busca da eficiência, pela informação, por parte dos seus associados, que
perfazem 90% dos produtores de algodão de Mato Grosso.
1.3 Hipótese
A hipótese que se segue considera a seguinte afirmação:
O estado do conhecimento do capital humano, efetivamente disponível ao produtor, e
o papel funcional na atividade econômica - podendo o produtor assumir mais de um papel
funcional na economia, determinam a formação da demanda, em grau de importância, por
Dados e Informações agroeconômicas inerentes ao produtor de algodão do Estado de Mato
Grosso.
Neste ambiente, quanto melhor o estado do conhecimento do capital humano, mais
dados e menos informações o produtor de algodão de Mato Grosso consumirá, sendo que
quanto pior este estado, mais informações e menos dados o produtor de algodão de Mato
Grosso consumirá em seu processo de tomada de decisão.
Considerando a fonte onde o produtor demanda Dados e Informações, qualificadas
como Formal e Informal, Pública e Privada, o estado do conhecimento do capital humano, que
reporta a capacidade de absorção e processamento de Dados e Informação, influenciará na
decisão inerente a que fonte utilizar, ou qual fonte priorizar, sendo que a orientação política
do setor público - que em suas ações e normatizações institucionalizadas pode direcionar ao
setor público ou privado o desenvolvimento e estoque de Dados e Informações, caracteriza
fator de disponibilidade, que pode direcionar a decisão do produtor de algodão de Mato
Grosso, em que fonte buscar e que tipo de informação priorizar, sendo a confiabilidade
inerente a fonte, determinante no processo.
29
1.4 Objetivos
Sob ótica geral, o objetivo é identificar demanda de Dados e Informações, em grau de
importância, a capacidade de interpretação e assimilação de Dados e Informações e, a
capacidade de processamento de Dados e Informações, observando o nível de capital humano
disponível ao produtor de algodão de Mato Grosso.
Sob ótica especifica, o objetivo é identificar, em que grau de importância o produtor
de algodão de Mato Grosso, demanda Dados e Informações. Identificar em que grau de
importância o produtor de algodão de Mato Grosso, demanda Dados e Informações, em fontes
formal e informal, pública e privada.
30
2 TEORIA DA OFERTA E DA DEMANDA NA ECONOMIA TRADICIONAL E NA
ECONOMIA DA INFORMAÇÃO
Pindyck & Rubinfeld(1999), reportam que a oferta e a demanda, sob a ótica da
economia tradicional, se apresentam, como expressado na observando-se na Figura 4.1.
Figura 4.1
Curva de oferta e demanda.
Fonte: elaboração própria.
Segundo Pindyck & Rubinfeld(1999), o preço e a quantidade , caracterizam
equilíbrio no mercado. O preço mais elevado gera excesso de oferta, promovendo assim a
tendência de queda do preço. O preço mais baixo gera uma escassez de oferta,
proimovendo elevação no preço. A inclinação da curva de oferta sempre será para cima
porque quanto maior o preço, a tendência é de ocorrência de mais firmas interessadas em
produzir e comercializar.
Esses autores ainda reportam que podemos elucidar a relação entre quantidade
ofertada e preço, através da equação: . Exemplificando, um preço maior estimulará
as firmas, operantes e entrantes, a expandir sua produção a curto prazo. A curva de demanda
representada por D, reporta a quantidade desejada pelos consumidores para cada preço
unitário que aceitam pagar, podendo ser escrita da seguinte forma: . O ponto de
interceptação das curvas caracteriza o preço e a quantidade de equilíbrio no mercado.
)(PQQ
SS
=
)(PQQ
DD
=
0
P
1
P
0
Q
2
P
31
Com relação à lei da demanda, ceteris paribus, a queda na quantidade demandada
ocorre em função do aumento de preço, sendo a curva de demanda quase sempre negativa,
considerando o plano, preço e quantidade. Para esta regra, existem duas exceções,
caracterizadas como casos extremos. O primeiro caso é a Demanda Perfeitamente Inelástica,
como mostra a Figura 4.2, caracterizada quando ocorre uma variação qualquer no preço tendo
como resultado variação zero na quantidade demandada, sendo um exemplo clássico, obras de
arte. O segundo caso é a Demanda Perfeitamente Elástica, como mostra a Figura 4.3,
caracterizada quando não ocorre qualquer variação no preço, ocorre uma variação constante
da quantidade demandada, em outras palavras, a quantidade de mercado pode estar em
qualquer nível que o preço é mantido constante.
Figura 4.2
Demanda Perfeitamente Inelástica.
Fonte: elaboração própria.
Figura 4.3
Demanda Perfeitamente Elástica.
Fonte: elaboração própria.
Ocorre que na Economia da Informação, segundo Barreto(2000), a aplicabilidade da
teoria da oferta e demanda, acima reportada, não se aplica como caracterizada em Pindyck &
Rubinfeld(1999).
Conforme este autor, a oferta e a demanda de informação podem ser abordadas em três
diferentes óticas: técnica, econômica e política. A ótica da condição técnica, reporta que a
oferta de informação, procede de um processo de produção e atualização, sob
operacionalização sistemática bem definida, não existindo na sua disponibilização, a
obrigatoriedade de criação de valor de uso, sob a ótica o mercado. Este autor expõe duas
funções básicas no mercado de informação: função de produção de estoque de informação,
conectada a oferta de informação e função de transferência de informação, conectada a
demanda de informação. Sob a ótica da oferta, quase sempre, esta institucionalizada em um
32
determinado contexto especializado. Sob a ótica da demanda, a função de transferência
procura disponibilizar a informação persistida, em meios físicos e lógicos.
Pindyck & Rubinfeld(1999) afirmam que, oferta e demanda se ajustam observadas as
condições atuais existentes no mercado, considerando a oferta quase sempre se ajustando as
variações da demanda.
Para o mercado de informações, existem características específicas inerentes ao ativo
informação, onde em seu ambiente, a oferta é o principal determinante da demanda.
Urqhart(1976) afirma que, a inexistência de resultados providos de utilidade econômica em
pesquisas referentes à transferência de informação ou demanda de informação, implica que
testes fundamentais operacionalizados na economia tradicional não se aplicam ao campo da
informação. Este autor ainda afirma que, o homem da informação é essencialmente diferente
do homem econômico, onde reporta que o homem da informação vive em um ambiente onde
a oferta pode criar demanda. Afirmativa semelhante é reportada na perspectiva apresentada
por Galbraith(1988) .
Barreto(2000) referencia a base conceitual, para elucidar a afirmativa de
Urqhart(1976), onde procura estabelecer relação entre oferta e demanda em um mercado
especifico. Por exemplo, em um mercado de carros novos da categoria W, quando
identificado um aumento na demanda, a oferta conseqüentemente tenderá a se ajustar em
nível mais alto. Em outro sentido, se a demanda desaquecer, a oferta tenderá a se ajustar em
nível mais baixo. Considerando os aspectos da informação, os produtores adicionam sua
oferta de forma recursiva, continuada e cumulativa, não sendo as variações da demanda o
principal estimulo para os ajustes da oferta. Como exemplo, pode-se citar uma biblioteca
eletrônica, ou uma base de dados qualquer disponibilizada, que aumenta sua oferta, em
períodos variados de tempo, mesmo que seus usuários demandantes não sejam adicionados ou
não demandem mais informação. Independente das variações ou não na demanda, sempre
ocorrerá acréscimos de forma recursiva, continuada e cumulativa de unidades de informação.
Esta é uma condição operacional puramente técnica, não sendo econômica e nem política,
caracterizando o agente da informação como tecnicamente operacional. A oferta de
informação necessita atender alguns requisitos básicos de qualidade, como confiabilidade,
circunscrição, atualização e inovação, que caracterizam condição inerente a própria existência
da unidade de informação como ativo com utilidade agregada.
33
Com o aumento contínuo e cumulativo do estoque de informação, Barreto(2000)
reporta que a questão técnica é caracterizada na eficácia
6
e eficiência
7
dos estoques de
informação, inerentes a questão da produção e distribuição da informação. Este crescimento
constante do estoque de informação tende a afetar utilidade da informação, com referência a
consulta e recuperação de informação para distribuição, sob demanda e, a própria capacidade
de produção das unidades de informação. Neste contexto, Barreto(2000), observando o
crescimento contínuo da oferta, afirma que quando este crescimento não é acompanhado de
semelhante acréscimo da demanda, ocorrerá o que denominou de rendimento decrescente de
escala de produção. Ou seja, sempre haverá capacidade ociosa inerente a unidades de
informação, caracterizando o que denominou de ineficiência operacional desejável,
considerando que, no contexto do mercado de informação, está ineficiência se tornou
fundamental para o atendimento dos requisitos de qualidade demandados pelos usuários. Na
prática, isto é demonstrado nas diversas opções de unidades de informação disponíveis para
elucidação de um determinado contexto, teórico, por exemplo, onde algumas unidades serão
recuperadas pelo usuário e outras não, mais aquelas que não serão recuperadas, garantem de
certa forma, a qualidade da oferta de informação.
Ainda segundo este autor, as condições econômicas se refletem nas condições
técnicas, onde a estrutura de custos tradicional deve ser repensada com relação à estrutura
inerente a produção de informação. Os efeitos denominados de rendimento decrescente de
escala de produção e ineficiência operacional desejável fazem com que as unidades de
informação operem sempre com custos crescentes. Em decorrência da manifestação das
condições técnicas e econômicas, identificadas na interação entre oferta e demanda inerente a
unidade de informação, surgem às condições políticas manifestadas nas decisões de
transmissão de informação e potencial geração do conhecimento individualizados e coletivos
no ambiente social. Os detentores de estoques de informação têm o poder sobre a política de
gestão e distribuição, decidindo sobre a concepção, armazenamento e distribuição,
naturalmente buscando maximizar o uso de itens de informação armazenados. A decisão de
maximização, busca a distribuição do máximo de itens de informação possível e passa pela
observação da característica fragmentada da demanda, onde a localização dos demandantes é
6
Neste contexto eficácia é produzir um efeito.
7
Neste contexto eficiência é a melhor combinação de recursos de informação para produzir um efeito
ou a combinação mais eficiente.
34
caracterizada em múltiplos espaços no contexto social. Nesta ação de maximização, surge a
política de distribuição da menor unidade de informação de conhecimento comum, que tem
por objetivo, atingir grande parte da demanda com condições cognitivas para internalizar as
unidades ou pacotes de informação, que sempre deve operar sob risco de aspectos inerente a
qualidade da informação e interesse do individuo pela informação.
A priorização hierárquica das necessidades dos seres humanos foi idealizada por
Maslow(1970), onde busca-se elucidar os fatores determinantes da motivação, performance e
realização no trabalho, configurando uma pirâmide onde hierarquiza as necessidades
humanas, em nível primário, como demandas fisiológicas e de segurança, em nível
secundário, como demandas sociais de grupo e de valores e, em nível terciário, como
demandas de auto-realização em nível de ponderação, capacidade criadora e realização
profissional.
Nesta linha de pensamento, Barreto(2000) observando a interação entre oferta e
demanda de informação, desenvolveu um modelo de demanda em três níveis, como
demonstrado na pirâmide descrita na Figura 4.4.
Figura 4.4
A relação entre Demanda e Oferta de informação.
Fonte: adaptado de Barreto(2000).
Segundo este autor, na pirâmide da demanda, o nível C, direcionado a oferta 3,
demanda informações inerente as necessidades fisiológicas e de segurança física, profissional
e familiar. No nível B, direcionado a oferta 2, a demanda é direcionada as necessidades
sociais de grupo, onde se deseja permanecer, considerando valores internalizados. Este nível
35
apresenta uma característica intrínseca, que é a de configuração da informação para utilidade
própria ou para organizações as quais pertencem. No nível A, direcionado a oferta 1,
demandam informações inerente as suas necessidades de auto-realização, buscando
informação para meditação e incentivo a sua capacidade criadora. Nessa hierarquização, a
agregação de valor nos estoques de informação parte da base para chegar ao topo.
No mercado de informação, a relação entre demandantes e ofertantes é inversamente
proporcional, representado pela interação inversa das pirâmides. Esta afirmativa encontra
respaldo quando identificamos a maior oferta de informação, encontrada no nível 1 da
pirâmide inversa, disponibilizada aos demandantes do nível A, onde se encontram o menor
número de demandantes no mercado de informação.
Sob a ótica dos “fenômenos cognitivos”
8
, segundo Barreto(2000), no ambiente de
produção e distribuição da informação, a oferta pode influenciar fortemente a demanda, a
ponto de criá-la para si, mas não existem garantias de transformação dessa demanda em ações
dinâmicas e inovadoras, pela geração do conhecimento inerente a informação internalizada,
entendendo desta forma que, um grande volume de estoque de informação não é devidamente
aproveitado. Para esse processo terminar na geração de conhecimento,sugere-se a organização
de grupos de informação orientados a interesses especificos, direcionando as funções de
produção e distribuição, com objetivo de promover o efeito dinâmico e inovador inerente a
geração e assimilação do conhecimento.
Como elucidado neste capitulo, entende-se que o homem econômico é essencialmente
diferente do homem da informação, onde este último aproxima-se, em seu comportamento e
características, do Homo Psychologicus abordado na Nova Economia Institucional. O capitulo
seguinte discute o comportamento humano na economia, caracterizando-se o Homo
Economicus e o Homo Psychologicus
8
Fato de interesse científico, suscetível de descrição ou explicação, que estabelece o conjunto dos
processos mentais inerentes ao pensamento, a percepção, a classificação, ao reconhecimento, etc.
36
3 CAPITAL HUMANO E O COMPORTAMENTO DOS ATORES ECONÔMICOS
REFERENCIADOS NO HOMO ECONOMICUS E NO HOMO
PSYCHOLOGICUS
Na Escola Clássica, caracterizada por fortes influências de Smith(1996) e
Ricardo(1996), a elucidação inerente a formação dos preços na economia ocorre a partir da
observação dos custos de produção. A Escola Clássica elucida a formação do preço da
seguinte forma: considerando que um bem W apresenta custo duas vezes maior que o bem Z,
na regra o preço de W seria duas vezes maior que o preço de Z, caracterizando a definição do
preço do bem, em relação diretamente proporcional ao seu custo de produção. A análise da
Escola Clássica, por algum motivo, não considerava em sua amplitude que os custos de
determinados bens dependem também do volume de produção destes, onde se observa
claramente, quando o volume produzido aumenta os custos tendem a diminuir, considerando
também que uma análise da teoria dos preços, implicaria em considerar a demanda por outros
bens.
Tal como apresenta Walras(1996), a análise da demanda
9
de um bem deve considerar
obrigatoriamente sua utilidade, o que a Escola Clássica não considera em sua plenitude, o
conceito de utilidade na determinação dos preços. Uma constatação da Escola Clássica é a de
que, a Economia Política, como os clássicos chamavam a economia, apresentava ao mesmo
tempo, característica de análise e de política. Não existia clara distinção entre o que era
análise econômica e o que era política econômica.
Caminhando nos trilhos da evolução da Teoria Econômica, surge a Escola Neoclássica
em um ambiente de elucidação imperfeita, considerando na análise da formação dos preços o
conceito de utilidade marginal, caracterizado na Lei dos Rendimentos Marginais
Decrescentes, com seus devidos desdobramentos com Menger(1996), Walras(1996),
Jevons(1996) e Marshall(1996), passando o estado da arte da teoria econômica, a reconhecer
definitivamente, as complexas interdependências que operam em um sistema de preços,
caracterizando a complexa interação recíproca entre demanda e oferta de vários bens.
Podemos sintetizar que a Escola Neoclássica ocasionou para si, responsabilidade de
9
No contexto das Ciências Econômicas, caracteriza a quantidade de um bem ou serviço que os
consumidores desejam adquirir por um preço determinado em um dado mercado, durante um determinado
período de tempo.
37
desenvolver uma ciência pura, objetiva e positiva, propondo organizar a ciência
10
econômica,
caracterizada pela abstração e universalidade possível. Como resultado, ocorre à transição da
Economia Política para a denominada Economia, possibilitando a distinção entre Economia
Positiva, que referencia a análise econômica e a Economia Normativa inerente a política
econômica.
Mill(1996), dissertando a respeito dos fundamentos da metodologia que aborda o
homo economicus, utilizando o método dedutivo, pressupõe o isolamento de diversas
motivações humanas, restringindo o escopo em uma única motivação, criando um ambiente
factível de dedução econômica. Este método provou ser eficiente na física matemática,
passando a ser prescrito para a economia política.
Walras(1996) registrou a primeira tentativa para elucidar preços para uma economia,
estabelecendo uma sucessão de modelos, onde caracteriza aspectos de uma economia real
com duas mercadorias, várias mercadorias, produção, crescimento e moeda. A pesquisa deste
autor, estabelece investigações inerentes ao equilíbrio único e estável. Famoso pela criação
do Leiloeiro Walrasiano. Caracteriza-se a introdução de uma restrição na teoria do equilíbrio
geral, pressupondo ferramenta para investigar estabilidade e equilíbrio de preços, onde os
atores registram quanto de cada bem eles desejam ofertar ou demandar, não sendo
considerada nenhuma transação ou produção para estabelecer preços de desequilíbrio.
Considera-se apenas que os preços são nivelados a bens com preços positivos e excesso de
oferta, elevados ao nível de bens com excesso de demanda.
Marshall(1996), um dos colaboradores da escola neoclássica que mais se aproximou
da realidade econômica, foi quem iniciou a elucidação da apuração dos preços, de forma
simultânea, por fatores de custos e de demanda, reconhecendo as complexas
interdependências entre as variáveis que afetam o preço de um produto, caracterizando um
sistema de preços, em um ambiente onde a demanda e a oferta de vários bens, interagem em
influência recíproca. Segundo este autor, a Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes
caracteriza teoria que reporta o impacto econômico da adição de unidades de trabalho na
produção, por exemplo. A lei expressa, ceteris paribus
11
, que o produto marginal de um fator
10
Investigação racional ou estudo da natureza, direcionado à descoberta da verdade.
11
ceteris paribus – expressão em Latim traduzida na economia por "todo o mais é constante" ou
"mantidas inalteradas todas as outras coisas". Utilizada largamente nos estudos econômicos para externar
análise de mercado observando a influência de uma variável sobre outra, sem que as demais sejam alteradas.
38
de produção se reduzirá, conforme o aumento da quantidade utilizada desse fator. Ou seja,
com a inserção de unidades adicionais de trabalho, a produção total aumenta, mas a partir de
certo nível de inserção, a produção marginal tende a entrar em declínio. O preço de um
produto sofre influência de uma gama de outros produtos e insumos, em uma relação de alta
complexidade, sendo pouco provável a análise da formação do preço, considerando todas as
variáveis que o influenciam. A limitação é clara, e a necessidade de estabelecer um escopo
restrito era fundamental para análise da demanda na evolução da Teoria Econômica.
Este modelo de análise de formação de preços referencia amplo conjunto heterogêneo
de mercados de bens. Considerando uma economia de mercado, o preço e a produção de todos
os bens se relacionam em um ambiente dinâmico e interativo, com fortes influências da
informação. Exemplificando, uma mudança no preço de um bem como o automóvel, pode
influenciar outros valores relacionados, como os salários dos metalúrgicos envolvidos na
fabricação e montagem de componentes participantes. Mais ainda, se em um determinado
fabricante de automóvel, o modelo difere em acessórios, a demanda do automóvel pode ser
afetada pela mudança na remuneração dos metalúrgicos, com um efeito conseqüente sobre o
preço do automóvel. Em suma, para estabelecer preço de equilíbrio de um bem é premissa
operacionalizar análise que considere todos os diferentes bens disponíveis no mercado, em
especial com utilidades semelhantes.
Os pressupostos centrais, reportados pela Escola Neoclássica, referenciados em
Toyoshima(1999), considera a racionalidade dos agentes em ações de decisão no mercado e, a
concorrência perfeita nos mercados, necessários para a factíbilidade da análise da formação
dos preços, referenciando a perfeição no mercado, responsável por disseminar as sementes
que, em nosso tempo, denominamos de Teoria Micro e Macroeconômica. O objeto central de
análise na Escola Neoclássica é o homo economicus, acolhendo como hipótese o auto-
interesse e a racionalidade econômica.
As colunas metodológicas, inerente a teoria neoclássica, referenciadas em
Samuelson(1997), reportam os fundamentos da otimização, pelos atores econômicos, dos
arranjos de suas ações no mercado, caracterizados em três elementos: I - empregar as
restrições de escopo, centrando as elucidações dos fenômenos econômicos a partir da ação
dos atores econômicos individualizados; II - empregar axiomas de racionalidade, restringindo
radicalmente as faculdades cognitivas do ator econômico; III - estabelecer que a noção de
equilíbrio seja exigida e, que a análise dos estados de equilíbrio é proveitosa.
39
Esta linha de pensamento caracteriza o modelo de ação racional, onde se intenta
elucidar a conduta econômica, referenciando o individualismo humano, considerando a
onisciência dos agentes – racionalidade ilimitada, maximização da satisfação e equilíbrio
precedente dos mercados.
Com relação a racionalidade comportamental do demandante, caracterizada pela
intenção de maximizar satisfação, segundo Pindyck & Rubinfeld(1999), a contribuição da
teoria neoclássica esta na caracterização da análise das preferências do demandante,
estabelecendo as seguintes hipóteses: economistas partem do pressuposto de que o
consumidor pode ordenar suas cestas de consumo; curvas de preferência reportam variados
tipos de escolha; preferência bem comportadas são monofônicas
12
; a taxa marginal de
substituição influencia a inclinação da curva de indiferença; a escolha ótima do consumidor é
caracterizada pela cesta dentro do conjunto orçamentário do consumidor, que se situa na
curva de indiferença de maior nível.
Decorre que a escola neoclássica, segundo Pereira(1970), estabeleceu um ambiente
restrito, essencialmente abstrato e estático de análise econômica.
Pareto(1996) reporta que a psicologia caracteriza o fundamento da Economia Política,
sendo também em natureza genérica, de todas as ciências sociais. Esta linha de pensamento
indica que as ações de natureza lógica são intensamente consideradas na economia,
referenciados desde a teoria clássica. Nesta esfera psicológica, é condição imprescindível
relacionar as preferências dos indivíduos – caracterizadas como evidências subjetivas e, suas
ações no mercado - caracterizadas como evidências objetivas.
Para Jevons(1866), em visão publicada no período onde se estabelecia o estado da arte
da economia neoclássica, um verdadeiro e completo arcabouço teórico econômico só será
alcançado quando os economistas considerarem em seus pressupostos as fontes originais
norteadoras da ação humana, onde sempre emergem os sentimentos de deleite e consternação,
nascidos da consciência, da compaixão, da ética moral e religiosa.
Em um contexto de realidade econômica, os pressupostos da Economia Neoclássica,
referenciados em Pindyck & Rubinfeld(1999), ou de qualquer teoria proposta, serão
12
Considera um só canal de amplificação.
40
verdadeiros se externarem respostas, que sejam suficientes em si, para elucidar a realidade a
que se propõe analisar.
Na história da Teoria Econômica, identifica-se claramente a consciência de alguns
colaboradores, como Jevons(1866) e Pereira(1999), em relação à imperfeição da análise
econômica, inerente as restrições impostas, hoje materializadas nos pressupostos neoclássicos,
sendo os principais, a racionalidade plena do agente e a concorrência perfeita no mercado.
Tais pressupostos, mantém a teoria econômica distante da realidade das relações econômicas
em uma economia dinâmica, sempre passível de evolução no tempo. O alto grau de
complexidade é compreendido além das fronteiras do homo economicus, demandando
profunda e necessária meditação inerente as faculdades cognitivas além do homo economicus.
As fronteiras restritivas, estabelecidas na teoria neoclássica, em um contexto de evolução da
Teoria Econômica, devem ser expandidas na busca equilibrada da agregação das variáveis que
caracterizam o Homo Psychologicus e sua “instituição cognitiva”
13
com seus valores,
preferências, paixões e decepções. Em uma economia real, as faculdades econômicas e
psicológicas dos atores, se interagem em uma relação de alta complexidade, em
entrelaçamento extraordinário e convergente, que estimula as demandas de natureza
econômica, individuais ou coletivas e, de natureza psicológica, inerente aos processos
cognitivos, caracterizados nos sentimentos, pensamentos e razão.
A Psicologia, o Direito, a Sociologia e o Marketing estão na embaixada da Teoria
Econômica aguardando ansiosamente o visto de entrada, cabe aos economistas recebê-los,
como alguns institucionalistas já tem feito e, disciplinando a entrada e o comportamento de
cada novo colaborador, dentro das novas fronteiras da Teoria Econômica.
A Nova Economia Institucional discute de advoga a proesença das instituições
cognitivas do Homo Psychologicus, em grau de importância, em semelhança a consideração
do Homo Economicus na análise econômica atual. O capitulo seeguinte discute os pilares da
Nova Economia Institucional sob influência do ativo informação.
13
Caracteriza coisa instituída que estabelece o conjunto dos processos mentais inerentes ao
pensamento, a percepção, a classificação, ao reconhecimento, etc.
41
4 A INFORMAÇÃO E OS PILARES DA NOVA ECONOMIA INSTITUCIONAL
14
Fonseca(2001) referencia o contexto das contribuições teóricas e empíricas inerente ao
arcabouço institucional, onde identifica-se os prenunciadores institucionalistas, que registram
o inicio de suas contribuições entre o final do século XIX e início do século XX, tendo como
destaque economistas como Veblen(1965), caracterizando a base da Escola Institucionalista.
A força sediciosa que impelia os institucionalistas, alimentava a crescente insatisfação com as
facilitações teóricas sustentadas pela Teoria Neoclássica, sempre buscando alternativas para
elucidação dos fenômenos sociais em um contexto mais próximo da realidade.
Referenciado em Veblen(1965), o denominado “velho” Institucionalismo norte-
americano, naquele momento, caracterizava uma abordagem alternativa de análise econômica.
Sua linha de pensamento tinha como objeto, as instituições
15
, características culturais – regras
e hábitos, e a própria evolução econômica e social, que sempre apresenta fortes ligações com
a trajetória histórica social, onde a instituição caracteriza objeto de análise na busca da
asseveração da teoria institucionalista, que cresce em um ambiente de concordância e
discordância no paralelo com a ortodoxia atual denominada Teoria Neoclássica.
14
O neoinstitucionalismo, em construção sob influência dos chamados “velhos” institucionalistas,
reporta três grandes grupos de conhecimento: Sociológico, Histórico e Racionalista, sendo este último, com
maior aderência a Nova Economia Institucional. A característica holística é inerente a escola institucionalista.
Segundo o arcabouço teórico da Economia Institucional, podemos inferir a linha de pensamento neo
institucionalista, considerando alguns aspectos: Pressupõe processo econômico contínuo – abordagem
evolutiva; Ênfase na dinâmica do processo interativo – que leva naturalmente para caminho de colisão com a
análise econômica ortodoxa excessivamente dedutiva, estática e abstrata; Característica multidisciplinar ou
holística considera a importância de interesses e conflitos inerentes a vontade humana.
15
No neoinstitucionalista, caracterizase instituições como conjunto de ações implementadas no
controle, ampliação ou liberação da ação individual. Todos esses conceitos são importantes para criação e
estruturação da liberdade em uma economia de mercado de característica livre.
42
Keynes(1996), em uma reflexão referenciando a realidade da teoria econômica em seu
tempo, reporta insatisfação com relação ao contexto teórico:
(...) as idéias dos economistas e dos filósofos políticos, estejam elas
certas ou erradas, têm mais importância do que geralmente se percebe.
De fato, o mundo é governado por pouco mais do que isso. Os homens
objetivos que se julgam livres de qualquer influência intelectual são,
em geral, escravos de algum economista defunto. Os insensatos, que
ocupam posições de autoridade, que ouvem vozes no ar, destilam seus
arrebatamentos inspirados em algum escriba acadêmico de certos anos
atrás. Estou convencido de que a força dos interesses escusos se
exagera muito em comparação com a firme penetração das idéias. É
natural que elas não atuem de maneira imediata, mas só depois de
certo intervalo; isso porque, no domínio da filosofia econômica e
política, raros são os homens de mais de vinte e cinco ou trinta anos
que são influenciados por teorias novas, de modo que as idéias que os
funcionários públicos, os políticos e mesmo os agitadores aplicam aos
acontecimentos atuais têm pouca probabilidade de ser as mais
recentes. Porém, cedo ou tarde, são as idéias, e não os interesses
escusos, que representam um perigo, seja para o bem ou para o mal.
(Keynes, 1996).
Keynes(1996) registra sua indignação, com certas valorizações excessivas inerentes a
algumas linhas teóricas que considera insensata e de interesses escusos, na qual suas ações
não permitem a firme penetração da idéias sensatas que surgem no ambiente econômico,
criticando aqueles que decidem sem compromisso com o desenvolvimento da real teoria
econômica, embasados no passado teórico com forte aderência acadêmica e pouca aderência a
realidade econômica. Críticas a teoria econômica sem plena aderência a realidade, já se
faziam presentes, mesmo de forma implícita, nas obras de muitos economistas renomados. A
questão dinâmica e evolucionária da economia, deve estar presente no ambiente da teoria
econômica, considerando o presente e a visão de futuro em seu arcabouço.
Segundo Fonseca(2001), a característica evolucionária da economia direciona o
pensamento dos institucionalistas, fazendo com que estes recusassem intensamente ponderar
a dinâmica econômica sempre revolvida com a noção de equilíbrio, com certa conformação
marginal recorrente, defendida pela Escola Neoclássica, onde os institucionalistas se
caracterizam na contestação deste pensamento, com maior destaque para Veblen(1998),
43
enfatizando a importância de considerar o processo dinâmico e evolutivo inerente a
economia real na teoria econômica.
A abordagem de Veblen(1998) apresenta três pontos fundamentais:
I. Expõe a inadequação da Teoria Neoclássica, em discutir as inovações,
considerando-as “dadas” e, em conseqüência disso, ignorando as implicações
positivas e negativas de sua implantação;
II. Expõe a inquietação em considerar como ocorrem as mudanças e suas
conseqüências;
III. Enfatiza o processo de progresso econômico e transformação tecnológica.
A situação de hoje define as instituições de amanhã através de um
processo seletivo, coercitivo, agindo sobre a habitual visão das coisas
dos homens, e, assim, alterando ou fortalecendo um ponto de vista ou
uma atitude mental trazida do passado. (Veblen, 1998).
Observando os três pontos e a citação de Veblen(1998), constata-se que, o
institucionalismo caracteriza o conceito de instituição como decorrência de uma conjuntura
presente que conforma o futuro, através de um processo seletivo e controlado, sempre
norteado pela forma como a sociedade visualiza os fatos de seu tempo, o que quase sempre
altera sua visão individual e coletiva. Nesta ótica, sempre as instituições devem ser
consideradas no ambiente de análise econômica em perspectiva presente e futura.
Como objeto de destaque no “velho” institucionalismo é a característica evolutiva das
coisas, em especial da economia, surge, fruto da evolução da própria escola institucionalista a
“Nova Economia Institucional”, onde Coase(1937) é caracterizado como principal
colaborador, entre aqueles que são caracterizados como autores que deram continuidade ao
trabalho de Coase(1937), como Williamson(1993), que enfatiza a transação como objeto
central de análise da firma. Coase(1937) destaca alguns pontos importantes:
I. A organização da firma não seria influenciada apenas por fatores inerentes a
tecnologia, mas também estaria sujeita harmonia das partes envolvidas,
existentes e, em potencial, nos conflitos, em especial de natureza econômica;
44
II. A organização econômica não se daria apenas em razão do lucro, mais
priorizaria também a permanência continua do relacionamento econômico e
social da firma, sendo importante o conceito de estrutura de governança;
III. A firma passaria a considerar custos inerentes ao processamento das
transações, além dos custos referentes a produção. Tais custos passaram a ser
denominados custos de transação e, se originam de duas naturezas: custos de
coleta de informações, por exemplo, sobre os preços e, custos de
estabelecimento de contratos.
Williamson(1991a), a respeito das transações, descreve o seguinte:
Concentro-me nas transações e nos custos que se supõe realizá-las de
um modo institucional e não em outro. Embora a relação da
tecnologia com a organização continue sendo importante, dificilmente
é determinante. Sustento a esse respeito que, salvo algumas exceções,
as indivisibilidades e as inseparabilidades tecnológicas das quais se
valem a teoria convencional para explicar a organização anexa ao
mercado só servem para definir tipos de hierarquias muito simples.
Alternativamente, mantenho que as considerações transacionais, não
as tecnológicas, são as decisivas para determinar qual o modelo de
organização que se há de adotar, em que circunstâncias e por que. O
que chamo de estruturas de falhas de organização é crucial para a
análise. Sua característica é que reconhece expressamente a
importância dos fatores humanos, quando se tentam resolver os
problemas da organização econômica. (Williamson, 1991a).
A partir do pensamente de Williamson(1991a), surgem algumas hipóteses que passam
a integrar o arcabouço da Nova Economia Institucional:
I. As transações de uma organização e os custos inerentes a esta, definem
diferentes modos institucionais de organização, que podem ser caracterizados
como estruturas de governança;
II. A tecnologia não é um fator determinante da firma, ainda que se constitua
aspecto fundamental inerente a sua organização;
III. As “falhas de mercado” caracterizam objetos prioritários no processo de
análise econômica.
45
Passando o foco central às transações da firma, por conseqüência, passa-se
naturalmente a considerar o objeto que materializa as transações, o contrato, que caracteriza
um objeto centrado na informação.
Williamson(1991a), considera que na elaboração de um contrato estão envolvidos
fatores ambientais e fatores humanos, em ambiente de característica horizontal - mercados,
e/ou vertical - hierarquias. O inter-relacionamento desses fatores deve expor o custo de
elaboração de um contrato e de operacionalização deste, respeitando suas disposições sob
condições pouco previsíveis, em um ambiente de riscos, que pode influenciar no modelo de
organização da firma. Inerente a este contexto, surge então os três conceitos basilares
caracterizados na Nova Economia Institucional: custos de transação, racionalidade
limitada e oportunismo.
Segundo Conceição(2002), a interação entre os três conceitos basilares demonstra a
seguinte situação: racionalidade limitada e oportunismo são suposições de comportamento
que explicam a existência de custos de transação. Neste ambiente, a informação caracteriza
objeto fundamental.
É estabelecido uma espécie de microeconomia organizacional, onde os atores buscam
definir o arranjo de suas transações com objetivo de minimizar custos de transação. Dentro
deste aspecto, surge um terceiro conceito, que influencia a constituição dos custos de
transação, a especificidade de ativos que, interagindo com a racionalidade limitada e o
oportunismo, compõe as três forças determinantes dos custos de transação da firma.
Passaremos a entender melhor cada uma dessas forças.
Williamson(1991b), afirma o seguinte:
Nada é mais fundamental em nossa agenda de pesquisa que nossa
visão da natureza dos seres humanos, cujo comportamento estamos
estudando. Faz muita diferença para nossa estratégia de pesquisa
estudar a proximidade do Homo economicus onisciente da teoria da
escolha racional ou a racionalidade limitada do Homo psychologicus
das instituições cognitivas. (Williamson, 1991b).
O conceito racionalidade limitada referencia a restrição cognitiva inerente ao ser
humano, que limita sua capacidade mental na internalização da informação, formulação e
resolução de problemas complexos.
46
A restrição cognitiva, segundo Fonseca(2001), referencia o conceito de cognição que
caracteriza ação de conhecer ou adquirir conhecimento, compreendendo ações de raciocínio,
memória, pensamento, linguagem, percepção, atenção, juízo e imaginação. O Homo
economicus caracteriza objeto criado que não elucida o comportamento do homem na vida
real, sendo sua principal fraqueza a concepção do conceito de generalização do
comportamento humano.
Ações, caracterizam interferências efetuadas no mundo real. Como o objeto é o
conhecimento, referencia-se a reflexão no campo das intenções que buscam o resultado
desejado, baseado em princípios de racionalização e internalização de informações. Em tese, a
ação também implica em desejos - conscientes e inconscientes, como condição fundamental
para a formação dos interesses individuais e coletivos, ponderados como propulsores da
realização dos anseios do ator.
As ações se desenvolvem dinamicamente na interação dos atores, impactando as
estruturas sociais, sendo que estas, podem ser procedentes de ocorrências não conhecidas.
Passando de constituição abstrata ou inacabada para uma constituição concreta, com
significados reais, as ações passam a contribuir para compreensão do comportamento
individual e coletivo na sociedade e, da organização e operacionalização da sua estrutura
social, passando os atores a assumirem uma posição de utilização estratégica de tal estrutura,
norteados pelos seus valores e interesses. Tal utilização pode gerar, atualizar e até mesmo
desabilitar sistemas sociais, avançando para o próximo nível de organização social. Neste
contexto, pode-se inferir que na composição dos sistemas sociais, reportam-se as estruturas
criadas, atualizadas e reproduzidas pela ação estratégica dos atores sociais, através de práticas
sociais, marcadas por uma característica dual, onde sua influência é identificada tanto no meio
como no resultado da ação.
Fonseca(2001) mostra que a sustentação do processo de estruturação dos sistemas
sociais está caracterizado em padrões de acepção, legitimação e dominação, considerando que
o relacionamento pressupõe interação, utilizando comunicação baseada em esquemas
interpretativos, acesso caracterizado a facilidades e normas estabelecidas, identificadas na
integração das práticas sociais. Observa-se neste contexto, que os sistemas sociais são
configurados sob influência de recursos e normas empregadas pelos atores no intercâmbio.
Nesta linha de raciocínio, infere-se claramente que a estrutura social, no tempo e no espaço, é
47
ratificada pela dinâmica social externada, onde as estruturas sociais serão reais apenas durante
a composição dos sistemas sociais, como fruto da inquietação de interações e significados.
Giddens(1989) afirma que as ações, sendo operacionalizadas pelo ator social e
econômico, ambos de natureza humana, estão sujeitas a restrições cognitivas e, como tal,
sofrerão influência da informação imperfeita em sua realização. Neste contexto, pode-se
afirmar que o pressuposto de Assimetria de Informação na interação dos atores deve sempre
ser ratificada no processo de configuração, atualização e reprodução das estruturas sociais ou
instituições. Jamais a informação será perfeita nos atores tomadores de decisões sociais e
econômicas, não pela ausência de sua existência, mais pela restrição cognitiva do ator que a
operacionaliza, inferindo-se claramente, em um ambiente de economia real, a existência do
conceito de racionalidade limitada, jamais plena. Em um ambiente permeado pela Assimetria
de Informação, certamente ocorrerá ações oportunistas na interação entre os atores.
Inerente ao problema da racionalidade limitada, a firma sempre buscará, de forma
continua, organizar e disponibilizar seus recursos físicos e lógicos, de forma a maximizar a
eficiência no fluxo e distribuição da informação, com o objetivo de dotar seus colaboradores
de informação, no limite da racionalidade individual de cada um, em um paradigma
inversamente proporcional, considerando o ambiente interno e externo. Em outras palavras,
maximizando a absorção de informação que fluem do ambiente externo e minimizando a
Assimetria de Informação em seu ambiente interno. A firma sempre deve ter a consciência
que nunca a informação será perfeita, enquanto suas ações forem operacionalizadas por atores
de natureza humana.
Segundo Williamson(1994), o conceito de oportunismo caracteriza ação de
exploração da existência de informação assimétrica na busca de interesses pessoais e
organizacionais com sutileza ou astúcia. O oportunismo, em ambiente assimétrico, pode ser
identificado sob três aspectos: o natural, onde a estrutura sistêmica é considerada de maneira
marginal, onde as decisões serão sempre norteadas pelos interesses pessoais e corporativos; o
sutil, que sempre emerge nos braços da astúcia e da sutileza do ator detentor da informação
excepcional ou exclusiva; o manifesto, que nasce do poder de arbitragem do ator, no contexto
da Assimetria de Informação, agindo este de forma unilateral, pressupondo o comportamento
oportunista dos seus semelhantes. A firma sempre buscará minimizar os riscos de abordagens
oportunistas, em ações direcionadas no ambiente institucional, definido como as regras do
jogo reportadas por North(1994).
48
Um terceiro aspecto, que impõe forte influência nos custos de transação, é a
especificidade de ativos, onde o acesso a informação e internalização do conhecimento
definem a especificidade do ativo humano. Conceição(2002) caracteriza esse termo na
natureza idiossincrática
16
do objeto da transação, que apresenta constituição especialista,
geralmente caracterizado em intensidade de conhecimento e tecnologia. Tais ativos
restringem a interação do ator em um pequeno grupo, em função da especificidade inerente ao
negócio. O grau de especificidade do ativo deve influenciar a estrutura de governança adotada
pela firma de forma diretamente proporcional com relação aos riscos. Ou seja, quanto maior o
grau da especificidade do ativo, maior será o risco nas operações da firma, que a levará a
escolher uma estrutura de governança minimizadora de riscos, tendendo a verticalização de
suas operações e interações com fornecedores e clientes.
Zylbersztajn(2001) afirma que o componente mais importante nas transações é a
especificidade de ativos, onde estabelece dois grupos: a especificidade inerente ao produto e a
especificidade inerente a informação. Inerente ao produto, a especificidade é caracterizada
nos atributos, processos, localidade, tempo do ciclo biológico e perecibilidade, ativos
exclusivos para segregação e logística. Inerente a informação, a especificidade é caracterizada
no tempo para aquisição, tempo para utilização, conhecimento para aquisição, conhecimento
para utilização e alta conectividade entre transações e agentes.
No contexto da teoria institucionalista, pode-se afirmar que a especificidade de ativos
caracteriza variável determinante na elucidação dos custos de transação da firma e, por
conseqüência, para escolha de estruturas de governança, na busca da maximização da
eficiência da firma ou de uma rede de firmas. A Nova Economia Institucional, em uma
abordagem holística, não se nega a discutir todos os aspectos que afetam a firma.
Segundo Williamson(1995), neste cenário surge a figura jurídica dos contratos na
busca da facilitação no processo interativo interno e externo. Na análise dos contratos a serem
estabelecidos, segundo a Economia dos Custos de Transação, é importante observar na firma
alguns aspectos. Em situação que não requer investimentos em ativos específicos, onde o
objeto de transação da firma não seja estratégico, em função de algum parâmetro específico,
ou ainda, se existir variadas alternativas de fornecimento para a firma, infere-se que o
16
Caracteriza certa disposição do caráter do ator que o leva a tomar decisões sempre direcionadas
pelas suas especificidades pessoais, em resposta ao comportamento dos atores externos.
49
mercado operará eficientemente e impossibilitará prováveis comportamentos oportunistas,
sendo facultada aos atores em interação, a decisão em continuar ou descontinuar a interação.
Esta configuração caracteriza tipos recorrentes de transação no mercado, classificando os
contratos como clássicos.
Ainda de acordo com este autor, em transações que abrangem níveis médios ou
intensos de investimentos em ativos específicos, são necessários tipos de contratos específicos
para esta natureza, denominados híbridos ou intermediários. Este tipo de estrutura de
governança demanda arbitragem caracterizada em uma "terceira parte", de natureza privada –
ainda sem a intervenção do poder público, caracterizando relação ternária, na resolução de
conflitos, sempre buscando o objetivo maior de manter a continuidade do contrato.
Na pluralidade da natureza da firma, dedicada a elucidar os limites da eficiência da
firma, a Economia dos Custos de Transação busca os parâmetros para definição das estruturas
de governança, visualizada na natureza dos contratos, adequadas a gestão das transações na
firma, contextualizando três categorias de definição para estruturas de governança: mercado –
interação horizontal; intermediária – interação horizontal e vertical; hierárquica – interação
vertical.
A definição dos mecanismos de estrutura de governança, afeta diretamente os limites
de eficiência da firma e pode representar soluções com custos e potenciais diferenciados para
a mitigação de ações oportunistas nas transações econômicas.
Williamson(1994) expõe que o comportamento oportunista pode ser motivado por
ausência de regras no ambiente ou falhas de mercado, como concorrência imperfeita,
externalidades e informação assimétrica. As imperfeições dos mercados são caracterizadas
nas condições desiguais dos atores no processamento, interpretação e utilização das
informações disponíveis no ambiente público e privado. Em outras palavras, tais imperfeições
de mercado, referenciam a assimetria de informação entre os ofertantes, entre os demandantes
e nas transações entre ofertantes e demandantes. No contexto de uma economia real, onde não
podemos ignorar tais imperfeições, o mercado tem alta dependência da informação, que
colabora intensamente no apoio a mitigação das incertezas.
Sob a ótica da pesquisa Neo-Institucionalistas, segundo Belik et all.(2007), as
instituições são visualizadas em quatro níveis, reportados na figura 5.1. O primeiro nível,
50
considerado mais estável e denominado embeddedness
17
, caracteriza o estudo de instituições
formais, como o Estado e a base religiosa e, as informais, como as tradições, costumes e
códigos de ética constituídos na sociedade ao longo do tempo. O segundo nível, caracterizado
como ambiente institucional, representa as regras formais que legislam sobre as interações dos
atores na sociedade, onde é caracterizada menor estabilidade que a encontrada no primeiro
nível, em função de ser mais propensa as atualizações no legislativo, executivo e judiciário. É
no segundo nível que são identificadas as denominadas regras do jogo reportadas por
North(1994). O terceiro nível é caracterizado na governança ou mais amplamente na
Economia dos Custos de Transação, onde se busca estudar os custos das transações
econômicas da firma, que envolvem ativos e possíveis comportamentos humanos que
conjugados, caracterizam a estrutura de governança a ser operacionalizada na firma. O foco
central das instituições que surgem nesse ambiente deve ser a mitigação dos custos de
transação. O quarto nível é caracterizado na economia neoclássica, e tem seu foco central nos
custos de produção inerentes a bens e serviços. Nesse nível são reportadas as relações
econômicas de compra e venda, a definição dos preços e as questões de qualidade inerente ao
bem ou serviço.
Figura 5.1
Níveis de estudo das instituições sob a ótica Neo-Institucionalista.
Fonte: elaboração própria.
17
Níveis de enraizamento das instituições.
51
A leitura da figura 5.1, apresenta importante visão do ambiente econômico. Em uma
observação mais fidedigna da economia atual, as instituições formais e informais influenciam
fortemente na formação e configuração do ambiente institucional, que caracterizam o que se
denominou regras do jogo. A existência de legislação e o nível de abrangência e eficácia das
regras do jogo, causa influência decisiva na definição dos custos de transação e, por
conseqüência, na configuração da estrutura de governança na firma, que sempre buscará
mitigar riscos inerentes aos custos de transação. Tais custos são adicionados aos custos de
produção, plenamente caracterizados na economia neoclássica, consolidaram o custo total da
firma no ambiente onde atua. Em todos os quatro níveis externados, em especial na inter-
relação entre eles, o fator informação é determinante para seus objetivos, onde quanto menor
for a Assimetria de Informação, maior será seu desenvolvimento.
A teoria econômica, que anseia por maior aderência a economia real, em sua
característica atual e dinâmica evolutiva, deve abordar, elucidar e inter-relacionar os níveis
estruturados na figura 5.1. Observando a economia real e, parte do estado da arte da teoria
econômica dominante na comunidade acadêmica de nossos dias, fortemente caracterizada na
Economia Neoclássica, estabeleceu-se analogia com a figura do iceberg
18
, onde a figura 5.2
apresenta um contexto onde a Escola Neoclássica tem se destacado na comunidade econômica
acadêmica, sendo as demais teorias, cada uma em seu nível de desenvolvimento, ainda não
apresentando forças suficientes para emergir partes significativas e, contemplar a plenitude da
luz da academia econômica, com objetivo de contribuir com a eterna missão da teoria
econômica, de explicar a realidade econômica de natureza dinâmica e evolutiva. Nunca é
demais ressaltar que, em uma economia real, sempre a informação será um fator de influência
decisiva em qualquer nível, demonstrado na figura 5.2.
18
Grande massa de gelo flutuante que se desprendeu de glaciar ou de plataforma de gelo continental
(mares árticos e antárticos). A parte imersa é, em média, sete vezes mais alta que a emersa.
52
Figura 5.2
Níveis de estudo das instituições sob a ótica Neo-Institucionalista em analogia com um
iceberg.
Fonte: elaboração própria.
Em síntese, pode-se afirmar que a proposta metodológica, apresentada pelos
institucionalistas, versa em reorganizar as sociedades, em suas características micro e macro-
análiticas, por meio de uma ampla reforma social de suas instituições, que caracterizam
repositórios de informações regulamentares, onde toda e qualquer atualização no sistema deve
ser configurada através da base institucional da comunidade, nação ou bloco econômico.
A estrutura de governança, que tem na sua configuração a influência direta dos custos
de transações da firma onde os ativos e o comportamento humano ligados a informação
caracterizam as principais variáveis participantes, será discutida no capitulo seguinte,
observando a influência do ativo informação.
N IV
Economia
Neoclássica
(Custos de Produção)
N III
Economia dos Custos
de Transação
(Governança)
N II
Ambiente Institucional
(Regras do Jogo)
N I
Instituições Formais e Informais
(embeddedness)
I
N
F
O
R
M
A
Ç
Ã
O
53
5 A INFORMAÇÃO E A ESCOLHA DA ESTRUTURA DE GOVERNANÇA
Os custos de transação são ampliados em ambientes caracterizados por incertezas e
Assimetria de Informação. A partir desta observação, as instituições demandaram maior
atenção e, passaram a ser objeto de análise na Economia dos Custos de Transação. Surge o
conceito denominado Ambiente Institucional, sob maior influência de North(1990).
Nogueira(2003), afirma que instituições caracterizam conjunto de informações
inerentes a normas restritivas criadas pela sociedade, que organizam as relações de natureza
econômica, social e política. São constituídas por regras informais, constituídas de sanções,
tabus, costumes, tradições e códigos de conduta e, regras formais, caracterizadas nas
constituições, leis e direitos de propriedade. As instituições que são guardiãs das regras
formais, em geral têm a função de restringir o comportamento de instituições, atuando em
nível mais alto com claras influências na formação de regras formais e informais.
Sob a ótica da Economia dos Custos de Transação, as instituições devem ter a
responsabilidade de mitigar os custos de transação no ambiente onde a firma atua,
maximizando resultados das transações em ambientes com diferentes níveis de especialização
e informação.
Segundo Nogueira(2003), a configuração das instituições, deve obrigatóriamente
passar pela verificação dos resultados de uma atualização no ambiente institucional da
economia, descobrindo evidências para subsidiar a composição de um arcabouço teórico para
suscitar e embasar iniciativas de criação de instituições. Como é praticamente impossível criar
um laboratório institucional para testar atualizações no ambiente institucional, tais evidências
devem ser trazidas a luz, a partir de estudos voltados para a história econômica no ambiente,
em questão ou em comparação. Um bom exemplo de evidência objetiva mitigadora de ações
oportunistas caracterizada em um ambiente institucional desejável, é a existência de direitos
de propriedade plenamente determinados e a presença do Estado exercendo seu poder de
definir - poder legislativo, interpretar - poder judiciário e, Enforcement – poder coercivo do
Executivo. Tais características contextualizam um ambiente estável, que é um dos pré-
requisitos para o crescimento econômico continuo.
Zylbersztajn(1995) afirma que, os arranjos institucionais têm no ambiente institucional
e na especificidade dos ativos envolvidos, suas referencias de decisão, sendo a especificidade
54
do capital humano, um dos parâmetros que definiram a configuração da estrutura de
governança a ser operacionaliza na firma.
A firma decidirá por uma configuração horizontal no seguinte contexto: suas
transações envolvem ativos com baixa especificidade e em abundância no mercado; o
ambiente institucional, ou as regras do jogo como afirma North(1990), está organizado e
estabilizado com evidências objetivas de mitigação de custos de transações sob a ótica da
firma; a análise de risco da firma difere o mercado como força suficiente para resolução de
conflitos.
A firma decidirá por uma configuração hibrida no seguinte contexto: suas transações
envolvem ativos com média especificidade e algumas restrições no mercado; o ambiente
institucional está organizado e estabilizado com evidências objetivas de mitigação de custos
de transações sob a ótica da firma; a natureza transação demanda arbitragem e a firma
encontra um ator privado para esse papel, desviando a resolução de conflitos do judiciário
para o ator privado.
A firma decidirá por uma configuração vertical no seguinte contexto: suas transações
envolvem ativos com alta especificidade e muitas restrições no mercado; o ambiente
institucional está organizado e estabilizado com evidências objetivas de mitigação de custos
de transações, mais insuficiente em função da especificidade do ativo envolvido na transação;
a natureza transação demanda verticalização total em função de questão como riscos,
segurança e alta disponibilidade.
Zylbersztajn(1995) expõe três grupos de fatores que influenciam a definição da
escolha de estruturas de governança de melhor eficiência, reportados na figura 6.1.
55
Figura 6.1
Esquema da Indução das Formas de Governança.
Fonte: Zylbersztajn(1995).
Segundo o esquema, as características básicas inerente as transações da firma, são:
especificidade de ativos, risco e freqüência da transação. A especificidade de ativos indicará o
nível de riscos inerente a fornecedores e clientes, em relação diretamente proporcional. Ou
seja, quanto maior a especificidade maior os riscos, demandando maior grau de controle a ser
operacionalizado na estrutura de governança escolhida. Ativos com alta freqüência de
transações tendem a ter baixa especificidade e, conseqüentemente, baixo risco, demandando
menor grau de controle inerente a estrutura de governança escolhida.
De acordo com Azevedo(2000), elementos que assinalam a especificidade inerente aos
produtos e transações dos sistemas agroindustriais, identificados nas características de
perecibilidade, forte participação do frete no custo dos produtos e valor da qualidade e
regularidade dos insumos, configuram forte dependência entre as diferentes camadas de um
sistema agroindustrial.
Sob a ótica do mercado agrícola, a especificidade esta no alto grau de incerteza
inerente a variação de preços e qualidade dos produtos, sob influência das interferências
originadas a partir da ausência de domínio total do homem sobre as manifestações da
56
natureza, externados em fatores como sazonalidades e choques aleatórios de produção
primária.
Sob a ótica do investimento agrícola, a especificidade está relacionada com o longo
período de maturação dos investimentos, em um ambiente de ampla submissão às
manifestações da natureza, onde não é possível operacionalizar celeridade em ajustes de
oferta.
Devidamente elucidada as especificidades, entende-se que o ambiente agrícola é
dotado de elevado grau de incerteza e forte dependência entre as partes envolvidas no sistema.
A necessidade da presença de instituições mitigadoras de Assimetria de Informação e custos
de transação caracteriza fator fundamental para o bom, eficiente e eficaz funcionamento do
sistema agroindustrial.
Segundo North(1990), o Ambiente Institucional expressa às regras do jogo, que
influenciará na escolha da estrutura de governança do empreendedor. A estabilidade das
regras do jogo esta diretamente ligada ao equilíbrio dos poderes instituídos no Estado e,
causaram influência positiva, se existem plenas garantias de serem efetivamente aplicadas,
sendo o inverso verdadeiro. A firma conceberá análise de risco, analisando o Ambiente
Institucional, para configurar sua estrutura de governança com objetivo de minimizar custos
de transação.
Williamson(1989) reporta a estrutura conceitual caracterizada na Teoria dos Custos de
Transação, demonstrada na figura 6.2.
57
Figura 6.2
Estrutura conceitual da Teoria dos Custos de Transação.
Fonte: adaptado de Williamson(1989).
Observa-se, segundo este autor, que nas hipóteses comportamentais de racionalidade
limitada e oportunismo, é fortemente caracterizada na complexidade inerente a questões
cognitivas e de Assimetria de Informação. Estas hipóteses comportamentais conjugadas com
os atributos das transações darão origem aos custos de transação que, influenciaram de forma
decisiva na escolha da estrutura de governança a ser operacionalizada na firma, definida de
forma proporcional ao nível de controle interno desejado pela firma.
A observação da realidade econômica norte-americana, de característica
eminentemente capitalista, levou Galbraith(1988) a refletir sobre a obsolescência do mercado
livre. Este autor apresenta uma visão critica da realidade econômica americana em nosso
tempo, onde afirma que apenas um número reduzido de indústrias norte-americanas enquadra-
se no modelo de mercado, com características horizontais de concorrência perfeita.
Com a intenção de delimitar o escopo de sua contribuição, este autor deixa claro que
não demonstra interesse em criar modelos para disponibilizar alternativas aos problemas
apontados em sua própria critica, sendo interessado apenas em expressar criticas arguciosas e
instigativas ao pensamento econômico sob a ótica institucionalista.
58
Segundo este autor, algumas características são visíveis em mercados de natureza
capitalista, como o norte-americano, por exemplo. Os investimentos atingiram valores
imensos; o intervalo de tempo entre o planejamento da decisão de produzir e a execução da
produção de um bem é longo; o período de maturação do investimento cresceu; tais
intervalos de tempo não são consistentes com o mercado, por onde as firmas devem orientar
suas decisões de planejamento em plena época de produção, em meio a um ambiente de
incerteza quanto ao futuro; a intensidade da incerteza é diretamente proporcional ao período
de maturação do investimento, ou seja, quanto maior o período de maturação maior a
incerteza. Tais condições direcionaram as ações da firma no objetivo principal de mitigar
riscos inerentes as incertezas caracterizadas em uma economia de mercado.
Para mitigar tais riscos, o empreendedor pode escolher entre três linhas de ação:
integralização vertical da firma, onde as decisões internas devem substituir as decisões do
mercado; controlar o mercado, onde a firma deve ser suficientemente grande, a ponto de
influenciar fornecedores e clientes, passando a administrar imperativamente o volume de
produção e os preços de seus próprios bens; recorrer aos contratos de longo prazo, onde
somente as grandes firmas apresentam atributos necessários à estabilidade, no tempo, de tais
contratos.
O que tem-se em comum nas linhas de ação supracitadas, é a busca, pela firma, de um
modelo de planejamento de mercado, onde minimizar os impactos da incerteza é o alvo. O
controle do fluxo de informação e a especificidade do ativo humano caracterizam atributos
fundamentais para tais linhas de ação.
Nesta nova configuração econômica, o capitalista não mais apresenta atributos
suficientes para liderar sua organização, este foi substituído pelo corpo de acionistas que não
tem os mesmos privilégios que o capitalista desfrutava. O perfil técnico é priorizado, na visão
de planejamento, abrindo espaço para a liderança que referencia a tecnoestrutura, que é
caracterizada por uma organização coletiva de executivos, gerentes, engenheiros, cientistas,
planejadores de produtos, pesquisadores de mercado e executivos de vendas, caracterizados
por alta especificidade de ativos, apoiados por um complexo sistema de informações, com
forte internalização de conhecimento técnico.
Atualmente, grande parte dos tecnocratas são organizados sob as seguintes
denominações: CEO - Chief Executive Officer; CFO - Chief Financial Officer; CIO - Chief
59
Information Officer; CKO - Chief Knowledge Officer; CMO - Chief Marketing Officer; COO
- Chief Operating Officer; CPO - Chief Purchase Officer; CSO - Chief Security Officer; CTO
- Chief Technical Officer e CCO - Chief Communication Officer.
Segundo Drucker(1993), a organização baseada na informação será o modelo de
organização do futuro, fundamentada no conhecimento e formada por profissionais
especializados em trabalhar a informação, seja qual for o seu formato ou tecnologia
envolvida.
Hesselbein & Cohen(1999) afirmam que o empreendimento do Século XXI, apresenta
características de organização horizontal, interligada e amorfa – aquele que não possuí
estrutura atômica definida. Em nosso tempo, existe indícios que o futuro de Drucker(1993) já
esta ocorrendo. Guardada as devidas proporções, os indícios indicam que o modelo de
organização antevista por este autor, já opera em nossos dias, com forte especificidade do
ativo capital humano, habilitados e especializados em trabalhar a informação, que caracteriza
seu principal objeto de trabalho.
A priori, Galbraith(1988) afirma que a tecnoestrutura não busca somente a
maximização dos lucros da firma, por mais que este seja de fundamental importância, sendo
também caracterizada por um conjunto de objetivos, como: o crescimento da firma;
atualização tecnológica; rentabilidade suficiente e segura para distribuir dividendos; prover a
poupança para o re-investimento; aumento progressivo dos dividendos e minimização de
riscos. A tecnoestrutura é uma sociedade baseada na informação e, como tal, opera para
mitigar todas as formas de Assimetria de Informação em seus limites de interesse.
Observando o mercado, este autor apresenta uma forma de inversão do start da relação
demandante-ofertante. A economia ortodoxa reporta que o start parte do demandante, que
compra os bens e serviços em resposta a suas definições de necessidades e preferências.
Quando as grandes organizações estão envolvidas nessa relação, a realidade é outra. Uma
indústria de grandes proporções não pode estar vulnerável as incertezas e riscos inerentes ao
mercado e, necessita administrar sua demanda. Após a decisão de planejamento inerente a
produção, a tecnoestrutura tratará de moldar a preferência do consumidor, utilizando
ferramentas ao seu alcance, sendo a mídia muito solicitada. Esta se especializou e adquiriu
grande competência nas técnicas de persuasão das massas, fortemente habilitada nas questões
60
cognitivas inerentes ao ser humano, onde são caracterizadas ligações com os conceitos de
racionalidade limitada, oportunismo e Assimetria de Informação.
Nessa mesma linha de pensamento, este autor expõe que em um passado próximo,
grande parte dos consumidores tinha suas demandas referenciadas nas necessidades básicas,
sendo a comunicação de massas não necessária para fins comerciais, pois não era possível
persuadir as pessoas em suas despesas inerentes à alimentação e abrigo. Apenas uma pequena
parte dos demandantes poderia ser orientada, sendo suficiente para tal, objetos de
comunicação como jornais e revistas.
O surgimento das massas movimentou a firma para um estágio evolutivo de
configuração oligopolista, onde a mídia, principalmente a televisiva, passou a ter grande
importância na estratégia de administração da demanda da firma. O sistema industrial da
atualidade é fortemente dependente das mídias, em especial a televisiva, a ponto de sem
estas, não existir na forma que está configurado atualmente.
Neste contexto, caracteriza-se a economia moderna sob a ótica de dois sistemas ou
setores: sistema de planejamento e sistema de mercado. O sistema de planejamento não adere
à linha de pensamento do modelo neoclássico de operação das firmas no mercado, mas o
sistema de mercado sim. Podemos inferir, de forma mais clara, que o sistema de planejamento
domina a sua conjuntura, controlando de certa forma as incertezas e assimetrias de
informação, enquanto o sistema de mercado é subordinado a sua conjuntura, estando
totalmente vulnerável aos riscos inerentes ao mercado. A informação e as tecnologias de
informação são de relevante importância no contexto dos Sistemas de Mercado e Sistemas de
Planejamento.
Quando reporta-se a respeito de controle e gestão de ativos de informação, referencia-
se obrigatóriamente sistemas de informação. Tais sistemas são desenvolvidos com base em
tecnologias de informação, provendo solução factível para manipulação de variados volumes
de informação. O capitulo seguinte discute sistemas de informação no ambiente agricola,
reportando as dimensões necessárias para efetiva e eficiente gestão da propriedade agricola.
61
6 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR AGRÍCOLA E O CONCEITO DE
AGRICULTURA DE PRECISÃO
A abordagem sistêmica, segundo Churchman(1968), caracteriza conjunto compacto e
conexo de inteligência e utopia, que carcateriza um conjunto de sistemas gerais e seus
subsistemas. Este autor reporta que o coração da abordagem sistêmica caracteriza tanto
desordem como elucidação, onde sintetiza a abordagem sistêmica em algumas características.
i. A abordagem sistêmica é iniciada no conceito de empatia, ou seja, quando se
observa o sistema global pelos olhos do semelhante ou outrem;
ii. A abordagem sistêmica esta restrita a condição de que, toda visão global é
fortemente restrita, afirmando-se que cada visão global absorve apenas parte
do todo;
iii. Inexistem especialistas em abordagem sistêmica, pois a restrição cognitiva
inerente ao ser humano impossibilita a captação do todo.
Uma das definições de sistema, segundo Bertalanffy(1968), reporta que um sistema é
um conjunto de elementos que se inter-relacionam entre si e, com o ambiente onde estão
inseridos. Churchman(1968) reporta que sistema é um conjunto de partes coordenadas para
atingir um conjunto de objetivos.
Em uma analogia biológica, ao se observar o ser humano e os órgãos participantes de
sua estrutura celular, onde observa-se um sistema em intensa interação com objetivo de
prover vida, tem-se uma visão de um sistema orgânico. Quando é estabelecida uma visão, que
se inicia no Universo até as células que formam os órgãos humanos, tem-se uma visão
sistêmica.
A visão sistêmica sempre aborda o todo, como um conjunto de sistemas e subsistemas,
caracterizados como naturais e artificiais, abertos e fechados.
Segundo Katz e Kahn(1996), o conceito de entropia negativa é importante na
operacionalização e manutenção de sistemas. Entropia caracteriza medida da quantidade de
desordem em um sistema, materializado na comunidade cientifica como lei universal da
natureza que afirma que todas as configurações organizacionais caminham para o caos ou
para morte. Desta forma, sistemas devem evitar fortemente o processo entrópico, buscando
adquirir entropia negativa. Um sistema aberto, como a internet, por atrair mais energia do que
necessita, pode adquirir, naturalmente, entropia negativa, caracterizando que em sistemas
62
abertos, a tendência de manter estoques de energia para contingências é maior, em relação a
sistemas fechados. Este conceito é caracterizado como básico para entender o
desaparecimento de sistemas organizacionais na dinâmica econômica.
A gestão da informação é caracteriza como fator terminante no sucesso do produtor
agrícola. Atualmente, onde a alta produtividade e qualidade são características fundamentais
em um ambiente competitivo, as decisões de preparação, plantio, armazenagem e
comercialização devem ser operacionalizadas com menor incerteza possível, onde a
informação no tempo justo e sua utilização adequada, determinará grau de eficácia e
eficiência do produtor rural. Neste ambiente, o domínio das Tecnologias de Informação e
Comunicação, necessárias ao suporte de processos de gestão de informação do produtor
agrícola, é fundamental no dinâmico e competitivo ambiente atual do produtor agrícola.
Sistemas de Informação, caracterizam uma forma de Tecnologia da Informação que,
segundo Neto at all.(2005), pode ser definido como um conjunto de elementos inter-
relacionados que coletam, processam, armazenam e disseminam dados e informação para
suportar a tomada de decisão inerente a organização. A figura 2.1 apresenta visão geral de
um Sistema de Informação.
Figura 2.1
Visão Geral de Sistemas de Informação.
63
Fonte: Neto at all.(2005).
Quanto à organização, segundo Neto at all.(2005), Sistemas de Informação podem ser
estruturados em quatro níveis:
i. Nível de Gestão Estratégica: colaboradores responsáveis por decisões de
longo prazo, sob suporte de conhecimento do ambiente interno e externo da
organização, disponibilizado em sistemas de informação que são
operacionalizados em atividades de planejamento;
ii. Nível de Gestão Tática ou Intermediária: colaboradores intermediários que
tratam das questões táticas sob suporte de Sistemas de Informação para
efetivação de atividades administrativas, de controle, de monitoramento e
tomada de decisão em nível tático;
iii. Nível de Gestão Operacional: colaboradores responsáveis pela produção,
onde operacionalizam sistemas de informação que monitoram e efetivam as
transações organizacionais;
iv. Nível de Gestão do Conhecimento: colaboradores responsáveis pelo trabalho
técnico-especializado sob suporte de sistemas de informação facilitadores do
manuseio de dados, informação e conhecimento.
Referenciando os níveis supra-citados, pode-se classificar os Sistemas de Informações,
relacionados abaixo, em cada nível reportado, como demonstrado na figurar 2.2.
i. SSE – Sistemas de Suporte Executivo (ESS – Executivo Support Systems);
ii. SAD – Sistemas de Apoio à Decisão (DSS – Decision Support Systems);
iii. SIG – Sistemas de Informação de Gestão (MIS – Management Information
Systems);
iv. STC – Sistemas de Trabalho do Conhecimento (KWS – Knowledge Work
Systems);
v. SIE – Sistemas de Informação de Escritório (OIS – Office Information
Systems);
64
vi. SPT – Sistemas de Processamento de Transações (TPS – Transaction
Processing Systems).
Figura 2.2
Classificação referencial - Níveis Organizacionais e Tipos de Sistemas de
Informação.
Fonte: Neto at all.(2005).
Carvalho(2001) propõe um modelo de Sistemas de Informações Gerenciais
Agropecuário – SIG-AGRO, centrado na caixa de ferramentas de Drucker(2001), que reporta
quatro conjuntos de ferramentas de diagnósticos. São eles: informações fundamentais,
informação sobre produtividade, informação sobre competências e informações sobre a
localização de recursos escassos. Esses conjuntos formam a caixa de ferramentas do executivo
para administrar a organização e, habilitar seus colaboradores a procederem avaliações
eficientes.
O modelo de SIG-AGRO abrange os quatro grupos de informações referenciados por
Drucker(2001) da seguinte forma: informações básicas são referenciadas nos processos;
informação inerente a produtividade; informação inerente as competências e informação
inerente ao plano de alocação de recursos.
O SIG-AGRO deve apresentar as seguintes informações mínimas, inerente a dimensão
produtividade, reportadas na tabela 2.1.
65
DIMENSÃO PRODUTIVIDADE
i. Informações sobre o controle de produtos em estoques;
ii. Informações sobre as estatísticas de qualidade dos produtos
agropecuários;
iii. Informações sobre a manutenção e as estatísticas de paradas para conserto
ou reparo das máquinas, tratores, equipamentos e ferramentas;
iv. Informações sobre a análise do solo;
v. Informações sobre a análise técnica das culturas;
vi. Informações sobre o histórico do rebanho reprodutor;
vii. Informações sobre o crescimento e engorda do rebanho destinado ao
abate;
viii. Informações sobre a folha de pagamento;
ix. Informações sobre o controle de férias;
x. Informações sobre a assistência médica;
xi. Informações sobre o desenvolvimento/treinamento da mão-de-obra;
xii. Informações sobre a higiene e a segurança do trabalho;
xiii. Informações sobre o apoio à assistência social;
xiv. Informações fiscais e sociais impostas pelo governo;
xv. Informações públicas – leis que regulamentam e defendem a exploração do
meio ambiente em questões ecológicas (poluição das águas, do ar,
desmatamento);
xvi. Informações sobre a quantidade de produção adquirida, pagamentos
efetuados e pendentes pelos consumidores potenciais;
xvii. Informações sobre importações;
xviii. Informações sobre exportações;
Tabela 2.1
Informações mínimas inerentes a dimensão Produtividade
Fonte: adaptado de Carvalho(2001).
66
Inerente a dimensão que referencia as Competências, o SIG-AGRO deve apresentar as
informações mínimas reportadas na tabela 2.2.
DIMENSÃO COMPETÊNCIAS
i. Informações sobre os seus concorrentes, quais são e onde estão
localizados;
i. Informações sobre quais produtos os seus concorrentes vendem mais;
ii. Informações sobre quanto seus concorrentes faturam;
iii. Informações sobre quais as estratégias competitivas que os seus
concorrentes usam;
iv. Informações sobre a análise técnica das culturas;
v. Informações sobre a capacidade administrativa em ordenar;
vi. Informações sobre a capacidade do quadro de funcionários em realizar
tarefas.
Tabela 2.2
Informações mínimas inerentes a dimensão Competências.
Fonte: adaptado de Carvalho(2001).
67
Referente à Dimensão Processos, o SIG-AGRO deve apresentar as seguintes
informações básicas sobre processos, reportadas na tabela 2.3.
DIMENSÃO PROCESSOS
i. Informações financeiras e contábeis;
ii. Informações sobre controles de contas a pagar;
iii. Informações sobre contas a receber;
iv. Informações sobre custos;
v. Informações sobre orçamentos;
vi. Informações sobre estatísticas de vendas;
vii. Informações sobre o faturamento da empresa;
viii. Informações sobre a administração de carteiras de pedidos de insumos;
ix. Informações sobre a administração de transportes;
x. Informações sobre a projeção do fluxo de caixa;
xi. Informações sobre as análises econômico-financeiras;
xii. Informações sobre as análises de investimentos;
xiii. Informações sobre a análise de financiamentos.
Tabela 2.3
Informações básicas inerentes a dimensão Processos.
Fonte: adaptado de Carvalho(2001).
68
Considerando a Dimensão Plano de Alocação de Recursos, o SIG-AGRO deve
apresentar as informações mínimas, reportadas na tabela 2.4.
DIMENSÃO PLANO DE ALOCAÇÃO DE RECURSOS
i. Informações sobre produtos/serviços oferecidos pelos fornecedores de
insumos de produção;
ii. Informações sobre prazos de entrega oferecidos pelos fornecedores de
insumos de produção;
iii. Informações sobre preços oferecidos pelos fornecedores de insumos de
produção;
iv. Informações sobre condições de pagamentos oferecidas pelos fornecedores
de insumos de produção;
v. Informações sobre empréstimos oferecidos por instituições financeiras;
vi. Informações sobre financiamentos oferecidos por instituições financeiras;
vii. Informações sobre as taxas de juros inerente a
financiamentos/empréstimos oferecidos por instituições financeiras;
viii. Informações sobre aplicações financeiras oferecidas por instituições
financeiras;
ix. Informações sobre custeio por atividade.
Tabela 2.4
Informações básicas inerentes a dimensão Plano de Alocação de Recursos.
Fonte: adaptado de Carvalho (2001).
O SIG-AGRO, concebido a partir do modelo proposto, deve disponibilizar suporte às
atividades desenvolvidas na organização agrícola e, possibilitar otimização da alocação dos
recursos internos e dos processos de conversão. A figura 2.2, apresenta uma representação
gráfica, sintética, do modelo SIG-AGRO.
69
Figura 2.3
Modelo Informações Gerenciais Agropecuário, direcionado ao suporte da
gestão da organização rural.
Fonte: Carvalho(2001).
Uma modalidade agrícola, fortemente acoplada e dependente de Sistemas de
Informação, é a Agricultura de Precisão. Molin(2004) define Agricultura de Precisão da
seguinte forma:
Agricultura de Precisão é um conjunto de ações de gestão do sistema
de produção que considera a variabilidade espacial das lavouras. A
partir da premissa de que a produção nessas áreas não é uniforme no
espaço e no tempo e de que o substrato de produção representado pelo
solo também tem elevada variabilidade espacial, é de se considerar
como fundamental o gerenciamento que incorpore esses fatores
buscando a otimização do sistema. (Molin, 2004)
70
A figura 2.3, mostra a visão geral tecnológica da Agricultura de Precisão,
demonstrando as interações comunicativas em transferência de informação entre os atores da
organização rural.
Figura 2.4
Visão geral tecnológica da Agricultura de Precisão, demonstrando as
interações de informação com os atores da organização rural.
Fonte: SLC/John Deere Precision Farming.
Observando o conceito de Dados, Informação e Conhecimento, o ciclo da Agricultura
de Precisão é caracterizado na figura 2.5.
Figura 2.5
Ciclo da Agricultura de Precisão sob a ótica conceitual de Dados,
Informação e Conhecimento.
Fonte: Adaptado de SLC/John Deere Precision Farming.
71
Segundo Molin(2004), com o surgimento de propriedades agrícolas maiores, as
práticas agrícolas pelo valor médio passaram a ser constante, onde uma amostragem vale para
a propriedade local ou até mesmo outras propriedades, não sendo considerada a variabilidade
de produtividade entre os denominados talhões, caracterizando ações eminentemente de
ordem prática, sem a adoção de recursos técnicos na produção agrícola. Este autor ainda
afirma que a adoção de novas tecnologias sempre é acompanhada de dúvidas e encanto,
caracterizando uma fase de euforia, que promove adoção desordenada e, conseqüentemente,
ocorrendo para muitos, o desapontamento e abandono da adoção. Passada a euforia, ressurge
a adoção pela razão, com equilíbrio e propriedade. Como exemplo deste modelo, este autor
destaca o plantio direto no Brasil, considerando que o momento de euforia inerente a
Agricultura de Precisão, no Brasil, na passou.
Inerente a cultura do algodão, Queiros at all.(2005) afirmam que na cotonicultura,
existem variedades de alta produtividade, com forte especificidades de demandas de
fertilidade do solo e outros insumos, onde reportam que, uma das ações necessárias a
obtenção de alta produtividade é o emprego de fitorreguladores, sob restrição de informação
de tempo e dosagem para sua aplicação, onde na cotonicultura quase sempre é baseada na
altura média e vigor das plantas de algodão restrito a um calculo de área. Segundo este autor,
o agricultor ainda define tempo e dosagem, considerando o valor médio de uma amostra de
alturas coletadas artesanalmente, desconsiderando a variabilidade espacial de altura da planta
de algodão, dentro de determinada área, conseqüentemente, ocorrendo à aplicação quase
sempre inadequada de insumos.
Seguramente, um Sistema de Informações, que integre hardware e software,
automatizado ou semi-automatizado, que disponibilize informações que possibilitem conhecer
a variabilidade espacial das características da planta de algodão, considerando as
especificidades de cada área definida, otimiza a gestão e o manejo da cultura.
72
A figura 2.4 representa um ciclo genérico para operacionalização da Agricultura de
Precisão.
Figura 2.6
Ciclo Genérico para Agricultura de Precisão.
Fonte: elaboração própria.
Em síntese, a Agricultura de Precisão se apresenta como uma ferramenta
extremamente importante para o gerenciamento da produção, metro a metro, dentro da
propriedade, possibilitando operacionalizar melhores decisões, no tempo certo, onde seu
principal objeto é a informação, disponibilizada no tempo certo, sem a qual não é possível sua
operacionalização.
Os sistemas de informação disponibilizam ferramental necessário para promover, em
tempo real, fluxo de informação caracteristico da economia, agregando valor econômico as
instituições. Os impactos econômicos da troca de informação no ambiente econômico, em
tempo real, seram discutidos no capitulo seguinte.
73
7 OS IMPACTOS DO FLUXO DA INFORMAÇÃO EM TEMPO REAL E A NOVA
ECONOMIA SOB A ÓTICA DA ECONOMIA DA INFORMAÇÃO
Considerando a contribuição de Aldrich(2000), a teoria econômica tradicional consiste
em explicar a interação de quatro componentes principais – terra, mão-de-obra, capital e
tecnologia. Ainda que todos esses componentes estejam necessariamente envolvidos em todos
os sistemas econômicos, a magnitude em que cada um causa impacto, em uma economia
específica, varia consideravelmente em função fatores como geográficos, climáticos e
inerentes a culturas. Exemplificando, as primeiras economias eram de natureza agrícola, com
suas atividades focadas na produção, na permuta e no consumo de produtos derivados da
combinação entre trabalho e recursos naturais. Este autor reporta que nas sociedades
denominadas rurais ou agrícolas, a terra e a mão-de-obra eram reconhecidamente os
componentes de maior valor, assim como as inovações tecnológicas, como o arado e as
locomotivas. Entretanto, a sociedade agrícola subsistiria com um mínimo de dinheiro e
tecnologia, mas não poderia subsistir sem terra e mão-de-obra.
Após algum tempo, a revolução industrial apresentou sua força. A tecnologia passou a
apresentar maior importância, em comparação com seu recente passado. Algumas tecnologias,
como o telefone, se apresentavam de forma inteligente, mais ainda com certa irrelevância,
considerando que a economia naquele momento era essencialmente impulsionada pela
capacidade de produzir bens em escala para o mercado de massa.
Neste novo arranjo econômico, no ambiente da revolução industrial, o capital e a mão-
de-obra se apresentam como fatores fundamentais para o sucesso econômico. Observa-se,
claramente, na história, que a economia industrial, de forma gradativa, derivou-se da
economia rural ou agrícola, não sendo diferente o fluxo da próxima evolução, onde a
Economia da Informação é proveniente da Economia Industrial.
Zuffo(2004b), observando na história dos países desenvolvidos, verificou que uma
tecnologia começa a impactar substancialmente uma economia quando sua abrangência está
em 50% ou mais no mercado, expondo como exemplo o ocorrido com a eletricidade em 1914
nos EUA, com os telefones em 1916 e com os automóveis em 1921. Nos EUA, as projeções
indicam que em 2008 a internet atingirá 90% de penetração mercadológica. A internet já
caracteriza a tecnologia propulsora no processo de revolução das organizações, para
configuração em redes, voltada integralmente ao consumidor. A densificação da rede de
74
comunicação com o avanço das TICs
32
e a interoperabilidade, conectando plataformas
heterogêneas, torna viável o mercado eletrônico na rede mundial. O nível reportado de
penetração da tecnologia internet no mercado americano, já caracteriza uma nova Economia,
dentro dos limites da Ciência Econômica, a ser estudada, denominada Economia da
Informação.
Para Stiglitz & Greenwald(1986), a Economia da Informação caracteriza subárea das
Ciências Econômicas, que caracteriza campo de estudo interdisciplinar entre Economia,
Ciência da Informação e Comunicação, considerando a informação como mercadoria e ativo
de produção, com importante relevância nas atividades econômicas, de natureza agrícola,
industrial, comercial e de serviços, no sistema capitalista pós-industrial.
A Economia da Informação passou a assumir seu lugar na comunidade acadêmica, a
partir da publicação dos trabalhos seminais de Stiglitz & Greenwald(1986), que a definiu
como sub-disciplina da Ciência Econômica. Este autor contribuiu com a teoria,
fundamentando os mercados com informações assimétricas. Sua afinidade com a questão da
informação passa pela sua formação construída em Amherst College em 1964, em
Massachusetts e no MIT - Massachusetts Institute of Technology, onde consolidou seu Ph.D.
em 1967. O estilo acadêmico caracterizado no MIT, baseado em modelos simples e concretos,
que pretendem responder questões da realidade econômica, certamente o atraiu e muito
contribuiu para o desenvolvimento de seu trabalho seminal.
Este autor ainda enfatiza que problemas de informação são fundamentais para a
compreensão do mercado econômico e da economia política, onde explora algumas das
implicações da informação imperfeita na economia. A informação afeta os processos de
decisão em todos os contextos, tanto nas firmas como nas famílias, expondo o que denomina
de Economia Política da Informação, que passou a ser seu alvo de estudo, priorizando os
estudos do papel da informação, nos processos políticos e na tomada de decisão coletiva. Por
fim, afirma que na Suécia, há 200 anos, foi homologada uma legislação que tem como base o
princípio da transparência, com vistas a minimizar a assimetria da informação em seus
processos, em especial nos processos políticos. Neste contexto, passa a questionar alguns
cenários de mercado.
32
Tecnologias de Informação e Comunicação.
75
Sob exceção da ocorrência de um número limitado de deficiências no mercado,
Stiglitz(2001) refuta a Eficiência de Pareto
33
, defendida no arcabouço da teoria neoclássica,
justificando que na ocorrência de Assimetria de Informação ou informação imperfeita nunca
existirá a Eficiência de Pareto. Para este autor, a informação agregada é de extrema
importância para o equilíbrio do mercado. O menor fluxo de transferência de informação no
mercado afetará o comportamento do consumidor.
Inicialmente, mantém-se o foco em pequenos mercados particulares, possibilitando a
inserção da variável informação para análise. Este autor descreve como ocorreu o avanço nas
análises econômicas sob a ótica da informação:
We made progress in our analyses because we began with highly
simplified models of particular markets, thet allowed us to think
through carefully each of the assumptions and conclusions. From the
analysis of particular markets (whether the insurance market, as in
Rothschild Stiglitz, the education market, the labor market, or the land
tenancy/sharecropping market), we attempted to identify general
principles, to explore how these principles operated in each of the
other markets. In doing so, we identified particular features, particular
informational assumptions, which seemed to be more relevant in one
market or another. The nature of competition in the labor market is
different than that in the insurance market or the capital market,
though they have much in common. This interplay, between looking at
the ways in which such markets are similar and dissimilar, proved to
be a fruitful research strategy. (Stiglitz, 2001)
Este autor escolheu a estratégia de abordagem, focando mercados particulares, como o
mercado de trabalho e o mercado de educação, ou partes menores desses mercados,
identificando princípios gerais e como esses princípios operam no mercado. Isto possibilitou
a identificação de características de informação, o que lhe era de maior relevância. A
diferença entre os mercados localizados e a forma que trocam informação, revelou-se um
fértil campo estratégico de investigação da informação, como ativo de fundamental
importância na firma, em especial na mitigação da incerteza.
33
A Eficiência ou Ótimo de Pareto caracteriza situação econômica que não possibilite mais inserir
melhorarias na utilidade de um ator sem degradar a utilidade de outro ator econômico. Em uma estrutura ou
modelo econômico podem coexistir diversos ótimos de Pareto.
76
Para Shapiro & Varian(1999), a informação é um agente dissipador das incertezas. Em
uma alusão ao Princípio de Pareto, onde este afirma que, para muitos fenômenos, 80% das
conseqüências advêm de 20% das causas, podemos, em tese e de forma geral, afirmar que
80% das conseqüências inerentes as imperfeições do mercado, de forma direta ou indireta,
tem como fonte, a assimetria de informação que caracteriza apenas 20% das causas de tais
imperfeições no mercado. Neste contexto, a “Tecnologia da Informação”
34
caracteriza objeto
fundamental no processo de mitigação de tais imperfeições.
Esses autores afirmam que, é a tecnologia que muda, e não as leis da economia,
citando o exemplo da mudança tecnológica ocorrida com a inserção do sistema de telefonia,
na primeira metade do Século XX, para entender, por analogia, as atualizações e evoluções
ativadas no ambiente Web
35
, em especial em setores de produtos de software e serviços.
No setor de serviços, segundo Aldrich(2000), a riqueza produzida pela primeira vez
excedeu a riqueza gerada pelas fábricas. Na “economia global”, que tem na interação da
informação seu ponto forte, os limites econômicos, geográficos e políticos não são tão
relevantes como em seu passado recente. Com os paradigmas da revolução industrial,
fortemente estabelecidos e plenamente evoluídos, o tempo presente apresenta a evolução
econômica contemporânea denominada Economia da Informação ou, em alguns momentos,
economia digital, onde a tecnologia, em constante evolução, se apresenta como a força
dominante em todos os sistemas econômicos de características capitalistas, com o ativo
informação, caracterizando variável fundamental na geração de riquezas na economia.
A Tecnologia da Informação vem sendo considerada fator de enorme importância nas
estratégias das organizações públicas e privadas. As firmas de Tecnologia da Informação, que
caracterizam a indústria da informação, apresentaram crescimento espetacular em curto
espaço de tempo, sob a ótica econômica, a ponto de constituírem mercado de valor específico,
34
Tecnologia da Informação ou TI, caracteriza união de tecnologias de fundamentos microeletrônicos,
telecomunicação e informática.
35
World Wide Web significa "rede de alcance mundial", também conhecida como Web e WWW.
Caracteriza um sistema de documentos em hipermídia que são interligados e executados na Internet. Os
documentos podem ser transferidos e visualizados em formato vídeos, sons, hipertextos e figuras, através de
um programa de computador denominado navegador. É importante destacar que Web, substantivo próprio, é
diferente de web, substantivo comum, onde a Web engloba toda a Internet. As webs caracterizam redes
privadas (restritas) que podem ou não fazer parte da Internet.
77
paralelo aos demais mercados, em função de sua especificidade e características complexas,
constantemente evolutivas, altamente distintas das indústrias de manufatura. A NASDAQ
36
é
um exemplo de organização deste mercado.
A NASDAQ é uma bolsa de valores eletrônica, formada por um conjunto de corretores
conectados por sistemas de informação, representantes, em grande parte, de organizações de
pequena e média capitalização. È constituída por ações de firmas de alta tecnologia em
eletrônica, informática, telecomunicações, biotecnologia, etc. Sua origem partiu de uma
petição do Congresso dos Estados Unidos à comissão que regula a bolsa de valores, onde tal
petição caracterizada por um estudo inerente a segurança dos mercados. Esta petição
descreveu a tese de que, os mercados não regulados são pouco transparentes, propondo a
automatização. Em 2000, ocorreu uma importante reestruturação transformando a NASDAQ
em uma firma com fins lucrativos, amplamente geridos por acionistas, emitindo suas próprias
ações para negociação na própria bolsa. Para exemplificar, a força deste mercado eletrônico,
em um passado recente, entre os anos de 1997 e 2000, a NASDAQ excitou 1649 empresas
públicas, gerando no processo 316,5 bilhões de dólares. No tempo presente, continua
desenvolvendo sua capacidade no volume de transações em ritmo proporcional a evolução
tecnológica no mundo, sendo capaz de transacionar 6 bilhões de ações em apenas um dia,
caracterizando a maior bolsa de valores, em atividade, no mundo, em número de transação de
ações e negócios.
Aldrich(2000) afirma que o impacto das tecnologias da informação, é tal que,
atualmente, os fabricantes competem menos por sua habilidade industrial, já com forte
domínio, e mais por sua capacidade de se conectar eletronicamente aos stakeholders
37
, por
meio da Tecnologia da Informação, no constante aprimoramento dos processos. Observando
os distribuidores, identifica-se que estes competem menos por sua capacidade de administrar
uma frota e mais por sua capacidade de estabelecer conexões com os stakeholders, com
objetivo de disponibilizar estrutura e serviços on-line. Um exemplo deste contexto é uma
firma manter seu estoque em uma transportadora, fora de seu domínio, operacionalizando a
gestão e distribuição utilizando tecnologias de informação e comunicação.
36
NASDAQ North American Securities Dealers Automated Quotation System
[http://www.nasdaq.com/].
37
Stakeholders caracterizam as partes interessadas ou intervenientes. Referencia todos os envolvidos
em um processo, como clientes, colaboradores, investidores, fornecedores etc.
78
Quanto ao modelo utilizado pelos varejistas atualmente, estes competem menos nas
questões inerentes a escolha de bens imóveis e projeção de Layouts de lojas, e mais sobre
como identificar e mapear o padrão de compra dos consumidores e otimizar as relações com
os fornecedores utilizando as tecnologias de informação e comunicação disponíveis.
Neste processo de evolução das ciências econômicas no tempo, este autor ainda
destaca que, após os paradigmas da economia agrícola e economia industrial estarem
fortemente fundamentados, emerge a força da Economia da Informação como disciplina a ser
investigada e estudada na nova configuração das relações econômicas, onde a informação, no
tempo e no espaço, sua gestão e operacionalização utilizando as tecnologias de informação e
comunicação, é propulsora do surgimento de uma variedade de bens de informação,
caracterizando variáveis que, atualmente, fazem a diferença e separam os vencedores dos
perdedores no contexto da economia mundial.
Inerente a bens de informação, Just et all.(1998) definem alguns conceitos
importantes, no contexto da análise da informação. Dados caracterizam a matéria-prima in
natura e, as informações, produto elaborado após aplicação sobre os dados de um processo
de negócio que descreve um cenário qualquer. Informação formal é caracterizada em canais
formais de distribuição de dados e informações, como instituições governamentais, institutos
de pesquisa de natureza pública e privada, relatórios e fontes da mídia em geral. Informação
informal é de natureza pessoal, ou seja, é aquela encontrada na família, amigos, vizinhos e
colegas profissionais. Informação digital é caracteriza com base em alguma Tecnologia da
Informação, ou seja, boletins técnicos, revistas eletrônicas, correios eletrônicos e arquivos
descarregados a partir de um endereço na internet, disponibilizados a partir de um modelo de
tecnologia digital. Informações originadas no setor público, referenciam entidades do Estado,
como ministérios, secretarias, companhias, autarquias públicas e serviços de extensão ao
produto. Informações originadas no setor privado, referenciam exportadores, importadores,
indústrias, corretoras, cooperativas, instituições que representam produtores e indústrias,
consultores e organizações de notícias, entre outros, que não estão sob gestão do Estado.
Para Arrow(1984), existem problemas de indivisibilidade inerente ao bem de
informação, relacionados com duas características. A primeira característica referencia a
informação como bem não divisível em sua utilização. A segunda referencia o bem de
informação como bem de difícil apropriação quanto ao retorno de sua produção.
79
A primeira característica explica os custos marginais economicamente desprezíveis e
os custos fixos elevados. Por exemplo, a reprodução de uma referência bibliográfica pode ser
executada centenas de vezes em uma extranet, a custo desprezível, comparado ao
investimento para concepção e gestação da referência, caracterizando indivisibilidade da
informação e dependência mínima do volume de produção. A segunda característica,
referencia a apropriação dos retornos da informação, considerando os baixos custos marginais
ou de reprodução, caracterizados na natureza do bem de informação, reportando como
exemplo, um artigo de imensurável valor para ciência econômica, que pode ser adquirido por
um consumidor que, pelo seu imenso valor para o meio acadêmico, irá torná-lo público em
sua comunidade, sendo que o retorno inerente as unidades adicionais distribuídas não será
apropriado pelo seu produtor. Este autor ainda afirma que reside uma especificidade
importante na Economia da Informação, caracterizada na natureza específica do custo de
informação, que é forte na concepção e gestação, e fraco na produção e distribuição das
unidades adicionais, remunerando menos o produtor de menor escala e mais o produtor de
grande escala.
Segundo Shapiro & Varian(1999), em linha semelhante reportada por Arrow(1984), o
bem de informação possuí características intrínsecas passíveis de elucidação econômica. A
sua concepção quase sempre é de alto custo, mas a reprodução de baixo custo. Publicações
literárias são exemplos e alto custo de concepção e baixo custo de reprodução e distribuição.
Sob a ótica da Economia da Informação, a produção de um bem da informação
envolve alto custo fixo, mas baixo custo marginal. Ou seja, o custo de produzir a primeira
cópia de um bem de informação quase sempre é alto, mas o custo de produzir ou reproduzir
novas unidades adicionais é, economicamente, desprezível. Sob a ótica da análise de custos, a
estrutura que opera na Economia da Informação, insere algumas implicações de relativa
importância, onde a estrutura tradicional não funcionaria. Um exemplo dessas implicações,
seria que a adição de 20% no custo unitário de qualquer bem de informação, não encontraria
justificativa, considerando que o custo marginal é zero. A definição do preço de bens da
informação está centrada na valoração do consumidor e, não nos custos de produção. O fator
informação sobre os requisitos funcionais e não funcionais do produto, sob acesso do
consumidor, impactará na análise de valor do demandante.
Em relação aos custos de transação, Shapiro & Varian(1999) afirmam que no
ambiente da Economia da Informação, custos de transação são a regra, não a exceção. Na
80
análise das operações da firma, deve ser considerado o custo de aprisionamento que
caracteriza um custo de transação internalizado em ativos de informação de uso regular. Neste
contexto, os custos de transação apresentam a extensão do aprisionamento do demandante a
um determinado fornecedor de ativo de informação. Esta é uma variável que sempre deve ser
considerada nas transações inerentes aos sistemas de informação.
As características de aprisionamento são inerentes a Economia da Informação. Shapiro
& Varian(1999) reportam que o aprisionamento do cliente é a regra na Economia da
Informação, pelo fato da informação ser estocada, manipulada e transferida,
operacionalizando um sistema de informação, decomposto em hardware e software, que
demandam especialização para criação, operação, evolução e manutenção, em ciclo
internalizado na firma, que devem influenciar nos custos de transação.
Aldrich(2000) afirma que, o ciclo da Economia da Informação que envolve a firma,
tem seu start a partir de uma manifestação individual, que desencadeia uma série de ações
interligadas, com uma importante especificidade referenciada na variável tempo, que
praticamente inexiste na relação.
Um exemplo dessa complexa interação é descrito por este autor:
Numa manhã de sexta-feira, no lado norte de Chicago, Mark Delany
está sentado em frente do laptop examinando a situação de seu
portfólio de ações. Vendo que diversos de seus investimentos se
valorizaram bem na noite anterior, Mark entra no site da web de seu
banco e vende um número suficiente de ações, de um fundo de
transporte internacional, para poder chamar imediatamente seu
corrector de automóveis e encomendar um carro esporte – fabricado
na Alemanha – com alguns opcionais que ele sempre desejou feitos
sob encomenda. Em menos de uma hora, os operários de uma linha de
montagem em Hamburgo recebem as especificações da fábrica para
montar um conversível vermelho com teto solar, assent de couros de
costas curvas e movies, som quadrafônico, e outras parafernálias que
Mark pediu especificamente. Simultaneamente, os fundos de ações
que Mark vendeu são comprados no Japão por um investidor
institucional que subscreve um serviço financeiro online de aviso-de-
notícias – e que foi informado via e-mail sobre um súbito crescimento
nas vendas de equipamento de transporte de alto valor. Ao meio dia,
hora de Chicago, o fundo já havia subido 2,5 pontos. Uma empresa
81
aérea asiática que participa do fundo, se beneficia da avaliação maior
para encomendar dos jatos jumbo da Boeing, Inc. em Seattle,
Washington. Os rendimentos dessa transação são usados pela Boeing
para pagar os salários de alguns milhares de seus empregados,
inclusive a funcionária da linha de montagem Mary Delany. Às 5
horas, hora do Pacífico, Mary sabe que seu banco recebeu um
depósito eletrônico do seu pagamento semanal e, então, a caminho de
casa, pára numa loja de flores local e usa seu cartão 24 horas para
encomendar uma dúzia de rosas para o irmão Mark, em Chicago, que
nesta manhã festeja o 30º. aniversário, encomendando o carro de seus
sonhos. (Aldrich, 2000)
Observando as transações descritas por este autor, em um espaço de poucas horas, um
único consumidor inicia uma série de acontecimentos, que afetam economias de quatro
países, sete indústrias e inúmeros outros consumidores. O questionamento é: o que realmente
foi trocado? Qualquer dinheiro em espécie (dólares, francos, ienes, marco alemão ou outra
moeda qualquer) foi fisicamente passado de um consumidor, ou instituição, para outro;
qualquer produto(carro, aviões ou flores), não foi fisicamente entregue ainda. Até o menos
tangível, mas inteiramente essencial elemento de qualquer transação econômica, a mão-de-
obra, ainda não operou. Em tese, o carro e os aviões ainda não foram fabricados; as flores
ainda não foram selecionadas, arrumadas os fisicamente entregues. O que então foi trocado?
Apenas informação.
A informação passa do consumidor para a firma e para a sociedade, e as transações se
executam em mercados, que transacionam em ambientes com pouco contato físico. Embora
os aspectos físicos dessas transações ainda não tenham sido completados, até eles sofrem o
impacto radical desse complexo fluxo de informações. Os operários na linha de montagem da
fábrica de automóveis estão fazendo o carro encomendado com suas exigências específicas;
não é um carro comum – produção exclusiva sob o modelo Just in Time. Os jatos jumbo da
fabricante de aviões foram demandados tanto por sua incorporação de sistemas digitais
integrados de entretenimento e comunicações para passageiros, como por suas características
intrínsecas e eficiência comprovada. As rosas que a funcionária da linha de montagem está
enviando ao seu irmão foram colhidas nesta manhã, para distribuição no próximo dia, por
uma rede nacional de floristas, conectados digitalmente via internet.
82
Aplique um multiplicador, neste pequeno cenário, pelos milhões de transações
comerciais operacionalizadas em milhares de indústrias, comércio e serviços em operação nos
países - tecnologicamente providos, sob a ótica da Tecnologia da Informação, ocorrendo em
vários países, a cada segundo de cada dia, pode-se começar a entender, por que as implicações
da Economia da Informação, ou Economia Digital, estão sendo altamente priorizadas na
agenda de todos os CEOs do mundo moderno, conectados digitalmente.
Certamente, as novas tecnologias de informação e comunicação, denominadas TICs,
não caracterizam apenas novos instrumentos e ferramentas, ou uma nova cultura e hábitos de
uma geração. O ambiente Web disponibiliza fundamentos, suficientemente fortes, para
edificação de tipos de redes sociais de alta complexidade, que para serem elucidadas em suas
conformações e dinâmicas, exigem abordagem específica inerente a Ciência da Informação,
que deve avançar priorizando seus objetos de estudo, metodologias, conceitos e modelos.
Varian(2001), referenciando as dificuldades que a informação insere na análise
econômica tradicional, representada pelo estado da arte da Teoria Neoclássica, afirma que se a
informação é um fator que adiciona problemas ou complexidades a teoria econômica
tradicional, pior para a teoria econômica, reportando que, mercados reais apresentam melhor
tratamento a informação, em comparação com a Teoria Econômica tradicional.
Shapiro & Varian(1999), reportam que a diferença essencial entre a chamada “velha”
e “nova economia”, é que a velha economia industrial é movida pelas Economias de Escala e
a Nova Economia da Informação é movida pela Economia de Redes.
Para Zuffo(2004b), a organização em redes já é uma necessidade no mercado, sendo
um novo conceito, a infoeconomia, fortemente caracterizado nas instituições em redes. No
ambiente infoeconômico, as firmas precisam tomar decisões rápidas, onde só será possível em
um ambiente fracamente hierarquizado, passando do modelo vertical para o horizontal,
configurado em redes, onde as responsabilidades deverão ser diluídas entre os trabalhadores
da linha de frente, considerando os objetivos de maior agilidade e redução de custos, onde o
sistema Just in Time deve ser fortemente adotado. Equipes de auto-gestão, com treinamento
interativo, devem participar fortemente desta nova configuração em redes.
Stiglitz(2001) disserta sobre as fontes de Assimetria de Informação, criação de
Assimetrias de Informação, formas de superação da Assimetria da Informação, mecanismos
para redução de Assimetria de Informação, ações de transmissão de informações, contratos e
83
incentivos, reputação no mercado de equilíbrio, eficiência do mercado e o papel do Estado no
equilíbrio, aplicação do novo paradigma baseado na informação, governança corporativa e
retorna na discussão da Eficiência de Pareto, destacando alguns debates políticos
fundamentais no campo da aplicação das idéias básicas e, finaliza trazendo uma reflexão da
política econômica da informação.
Zuffo(2004), descreve um cenário de minimização de Assimetria de Informação.
Afirma que, em uma sociedade altamente conectada, participativa e de nível educacional
elevado, ocorrerá gradativamente à mitigação de Assimetrias de Informação entre as
comunidades e, menores custos de transação, promovendo gradativamente melhor divisão de
riquezas e de conhecimento, que caratceriza fator determinante na demanda pela promoção da
justiça e, naturalmente, desenvolvimento econômico, ético e moral, que caracterizam fatores
imprescindíveis para o avanço social.
Inspirada em Coase(1988), a análise econômica evoluiu passando a considerar custos
de transações, que podem caracterizar custos de aquisição, manutenção e acesso a dados e
informações, com objetivo principal de coordenar transações. Neste contexto, a Assimetria de
Informação esta relacionada com a capacidade cognitiva humana, que impõe limites para
processar a informação, com distribuição desigual da informação. Com relação ao ator
processador da informação, sempre o conhecimento, as habilidades e a experiência serão
diferentes e estarão em constante atualização.
Pindyck & Rubinfeld(1999) reportam o conceito de Assimetria de Informação,
utilizando exemplos, sendo um deles inerente ao mercado de automóveis usados, onde
considera-se dois tipos de automóveis ofertados, o de baixa qualidade e o de alta qualidade.
Partindo do ponto em que, hipoteticamente, considera-se que ofertantes e demandantes
conhecem a plenitude da informação inerente a cada tipo de automóvel usado. A hipótese de
conhecimento pleno das informações, inerente as condições atuais dos automóveis,
caracteriza simetria de informação, fazendo com que cada mercado, o de baixa qualidade e o
de alta qualidade, realize cada um 50%(cinqüenta) das vendas.
Estes autores consideram a presença de assimetria de informação, onde se observa que
ofertantes de automóveis usados detêm muito mais informação inerente ao automóvel em
detrimento aos demandantes. Neste ambiente assimétrico, demandantes passam a estimar que
todos os automóveis tem qualidade média, onde passaram a ter as reais informações apenas
84
algum tempo depois da aquisição. A utilização oportunista da melhor informação, aumenta as
vendas de automóveis usados de baixa qualidade em detrimento as vendas de automóveis
usados de alta qualidade.
As figuras 7.1 e 7.2, ilustram o comportamento de ofertantes e demandantes nesse
mercado.
S h
P h
Q h
D h
D Lm
D m
D L
25.000 50.000
$10.000
Figura 7.1
Automóveis de Baixa Qualidade.
Fonte: Pindyck & Rubinfeld(1999).
SL
P L
Q L
D Lm
D m
D L
75.00050.000
Figura 7.2
Automóveis de Alta Qualidade.
Fonte: Pindyck & Rubinfeld(1999).
85
Na figura 7.1, a curva de demanda por automóveis de melhor qualidade é Dh. À
medida que os compradores reduzem sua expectativa referente à qualidade média dos
automóveis usados no mercado, a curva de demanda percebida se desloca para Dm. Também
na figura 7.2, a curva de demanda percebida para automóveis usados de baixa qualidade se
desloca de DL para Dm. Como resultado desta dinâmica, a quantidade de automóveis de alta
qualidade vendidos cai de 50.000 para 25.000 unidades. A quantidade de automóveis de baixa
qualidade vendidos aumenta de 50.000 para 75.000, caracterizando impacto negativo, sob a
ótica do demandante, a partir da presença de assimetria de informação.
A informação assimétrica, ainda segundo esses autores, tende a criar desvios de
eficiência, patrocinando ambientes onde produtos de baixa qualidade tendem a eliminar
produtos de alta qualidade no mercado. Uma forma de eliminar este desvio de eficiência é a
adoção da padronização, com certificação e garantia. Uma forma de solucionar o problema
da informação assimétrica, esta no envio, pelos ofertantes, de sinais, aos demandantes, sobre a
qualidade de seus produtos, sendo um exemplo, a obtenção de nível acadêmico superior, que é
um sinal de alta produtividade enviada pelos trabalhadores aos seus empregadores.
A relação assimétrica inerente a informação, pode explicar parte dos níveis de
desemprego, mesmo quando trabalhadores demandam intensamente os empregos.
A relação entre dados, informação, conhecimento e tecnologia da informação no
ambiente econômico, carcteriza a presença de um novo ramo de estudo no ambiente teórico
das ciências da informação, que denominou-se Economia da Informação, onde tem-se se
identificado algumas características e leis próprias. O capitulo seguinte discute a Economia da
Informação, suas características e leis no ambiente econômico da atualidade.
86
8 AS LEIS DA INFOECONOMIA E O NOVO MODELO DA FIRMA NA ERA DA
INFORMAÇÃO
Dertouzos(1997) afirma que o mundo da informação apresenta semelhanças, sob a
ótica econômica, com o mundo físico. Este autor reporta que o produto informação só tem
valor para o seu demandante, ou a quem está informação é direcionada. No mundo da
informação, os mediadores não seram esquecidos, pelo contrário, serão cada vez mais
necessários na seleção da informação específica no mercado da informação, sendo seu valor
diretamente proporcional a sua especialização.
Zuffo(2004b), caracterizando o que denomina de Infoeconomia, identificada na
Economia da Informação como curso natural evolutivo da Economia, reporta algumas leis ou
princípios que orientaram o comportamento microeconômico, organizados em três categorias:
Leis Básicas, Leis Comportamentais e Leis Mercadológicas Infoeconômicas. Nesta
dissertação, enfatizaremos aspectos inerentes as Leis Básicas e Leis Mercadológicas
Infoeconômicas.
O universo infoeconômico será caracterizado por alguns princípios ou leis inerentes a
Infoeconomia. A Tabela 8.1 apresenta algumas leis, a partir de um conjunto maior, que serão
sintetizadas com objetivo de elucidar as principais características da denominada
Infoeconomia.
Princípios Básicos
1. Lei da Universalidade;
2. Lei da Interconectividade;
3. Lei da Realimentação Positiva;
4. Lei do Comportamento Exponencial;
5. Lei do Momento de Significância.
Princípios
Mercadológicos
Infoeconômicos
1. Lei do Atendimento Personalizado;
2. Lei da Produção Flexível;
3. Lei da Independência Preço Qualidade;
4. Lei da Obsolescência Anunciada.
Tabela 8.1
Conjunto das Leis mais importantes da Infoeconomia.
Fonte: adaptado de Zuffo(2004b).
87
A Lei da Universalidade, reportada na Tabela 8.1, afirma que a intensidade de
participação do agente, em uma determinada rede, aumenta o número de combinações entre
os membros, agregando valor a rede em escala fatorial, caracterizando um ambiente de
crescimento exponencial do valor participativo agregado a rede, adicionando valor ao novo
participante e aos participantes pré-existentes. À medida que a rede mundial se torna cada vez
mais abrangente, com crescente acesso a tudo e a todos, a importância de tal conectividade se
torna cada vez mais relevante para sociedade, a ponto da exclusão social se dar pela não
participação.
Este rápido crescimento, em termos de valor participativo agregado, coloca em risco a
um axioma da economia tradicional inerente ao preço. A economia tradicional reporta que o
preço esta intimamente vinculado com seu valor agregado, considerando seu custo de
produção ou obtenção, escassez e demanda.
Com a crescente informatização na sociedade, identifica-se uma profunda atualização
nas estruturas organizacional e produtiva, com alteração radical na demanda de bens e
serviços. Neste novo contexto, os custos de produção ou obtenção, disvinculam-se do valor
intrínseco do produto ou serviço. Para entendermos esse fenômeno, este autor faz uma
analogia com o que ocorre na natureza para manutenção da vida, onde os bens mais
importantes são gratuitos ou de menor preço.
Este autor reporta a vinculação entre o valor agregado e o preço, que manteve-se
estável durante a Era Industrial, sendo que o aumento da produtividade, desde o inicio do
Século XX já indicava a possível diminuição desse vínculo. Dessa forma, na
Infoeconomonia, os preços do produto se desvinculam de seu valor intrínseco.
88
A Tabela 8.2 apresenta os aspectos inerentes a Lei da Universalidade.
LEI DA UNIVERSALIDADE
O valor agregado de uma rede cresce com o número de participantes.
O valor do conjunto é superior ao valor de suas partes.
A estrutura em redes tanto vale para o relacionamento externo das instituições
como para sua organização interna.
Axiomas badalados na economia convencional são contrariados com a
desvinculação total do valor em relação ao preço.
Credo convencional.
Valor advém da escassez.
Quando o mercado é plenamente atendido, o objeto se desvaloriza.
A importância sobre o domínio de normas e padrões.
O valor agregado dos serviços e utilidades básicas da vida moderna cresce sem
limites.
O preço dos serviços e utilidades tende a zero à medida que eles se
universalizam.
Tabela 8.2
Aspectos da Lei da Universalidade.
Fonte: adaptado de Zuffo(2004b).
89
A Lei da Interconectividade expressa a interconectividade de tudo a todos, em um
ambiente consolidado, em âmbito universal, através da densificação da rede mundial de
comunicação. A queda crescente do custo de hardwares inteligentes nos últimos 10 anos,
como as pastilhas de silício, viabilizou o uso generalizado de objetos com crescente grau de
inteligência. Objetos móveis como celulares, pagers, PDAs e Laptops, estão criando, em
conjunto com os objetos estacionários como microcomputadores e estações de trabalho, uma
rede extremamente vasta e intrincada. A informação navega em alta velocidade e agrega
valor em seu fluxo.
Considerando a evolução dos recursos computacionais de hardware e software e
redução de seus preços, estima-se que em breve, o mundo estará coberto por uma densa rede,
cujas terminações capilares serão formadas de pastilhas de silício hiperconectadas, que
emitiram pequenas mensagens em uma onda de sensibilidade, em analogia aos nervos
sensoriais de um organismo vivo.
Segundo Dertouzos(1997), a era da informação traduz-se em uma imagem simples:
Um mercado de aldeia do século XXI, onde pessoas e computadores
compram, vendem e trocam informação. (Dertouzos,1997)
Dertouzos(1997) afirma que a internet não mais é apenas uma inovação tecnológica,
passando a patrocinar um movimento cultural que interliga milhões de pessoas, com cada vez
mais organizações econômicas, disponibilizando produtos e serviços na rede, com amplo
leque de solução global inerente as tecnologias de informação e comunicação. Este autor
estima que o impacto deste mercado digital deve atingir 50% do produto nacional nos países
industrializados.
90
Na Tabela 8.3, são reportados os aspectos inerentes a Lei da Interconectividade.
LEI DA INTERCONECTIVIDADE
Custo das pastilhas tendendo a zero.
Valor intrínseco da rede crescendo sem limites.
Expansão da rede de âmbito mundial.
A incorporação de objetos burros aumenta a sensibilidade e a abrangência da
rede e assim amplia sua inteligência.
A agregação de inteligência à rede resulta na estruturação de um sistema
neuronal de âmbito planetário.
Em breve o tráfego de dados superará o de voz (3 anos).
Operação contínua 24 horas por dia.
O custo de comunicação por áudio tende a zero e o custo de canais de vídeo está
se tornando muito baixo.
Ambiente propício ao exercício criativo e à geração de inovações.
Também ambiente propício a propagação de instabilidades e crises.
Tabela 8.3
Aspectos da Lei da Interconectividade.
Fonte: adaptado de Zuffo(2004b).
91
Segundo Zuffo(2004b), a Lei da Realimentação Positiva é caracterizada nas
cooperações sinérgicas que ocorrem no ambiente cientificos e tecnológicos, ampliando a
agregação de valor na rede. A denominada realimentação positiva, ocorre através da intensa
interação nos ambientes culturais científicos e tecnológicos. Os intensos ciclos, que
caracterizam a realimentação positiva, passaram a produzir inovações na infoeconomia,
devido à densificação da rede e proliferação de ambientes culturais científicos e tecnológicos.
Os repositórios culturais caracterizam a célula tronco das intenções de inovar da
sociedade.
Na infoeconomia, a intensa interação na rede mundial torna o tempo de resposta
extremamente baixo, onde o crescimento ocorre de forma exponencial, em função da
realimentação positiva. A essa intensa interação, adicione a sinergia gerada nos agentes, que
acelera sobremaneira a divulgação de produtos e serviços na rede.
92
Na Tabela 8.4, são reportados os aspectos inerentes a Lei da Realimentação Positiva.
LEI DA REALIMENTAÇÃO POSITIVA
A maior participação de atores em uma rede induz seu crescimento exponencial.
A Realimentação Positiva também resulta em crescimento exponencial.
Em ambientes culturais tecnológicos-cientificos, o crescimento torna-se
sistêmico, não se restringindo a uma única firma.
Os repositórios de cultura tecnológico-cientifica são fundamentais na
Infoeconomia.
A dinâmica inovadora de um ambiente cultural cientifico-tecnológico se expande
à medida que o próprio ambiente se expande.
Benções e maldições resultam da fixação de normas e padrões. Prêmios aos
madrugadores e castigos aos retardatários.
Na infoera, os ambientes científicos tecnológicos terão abrangência internacional
e assim, natureza distribuída. Porém, é indispensável à existência de repositórios
tecnológicos locais que garantam o acervo cultural nacional.
Repositórios Virtuais, Telecomunidade e partilhamento de recursos humanos.
A Lei do Comportamento Exponencial afirma que não existe relação unívoca na
ação causa e efeito na Infoeconomia.
A utilização da internet ficou praticamente estável por volta de 25 anos, sendo
utilizada apenas por instituições do governo americano e universidades, até atingir o que se
Tabela 8.4
Aspectos da Lei da Realimentação Positiva.
Fonte: adaptado de Zuffo(2004b).
93
denominou de ponto de disparo. Já na década de 90, já alcançado o ponto de disparo, a
utilização da internet explodiu exponencialmente, alcançando em poucos anos a abrangência
global.
O comportamento mercadológico de um produto na Infoeconomia ocorre da seguinte
forma. A firma tem um produto e um mercado relativamente pequeno, a ponto das demais
organizações não o perceberem. A firma identifica um momento de significância, que
caracteriza a porta de entrada aos grandes mercados. A demanda pelo produto passa a
apresentar crescimento exponencial, caracterizando o inicio do momento de disparo, tornando
a presença do produto significativa e amplamente visível, passando todos a terem
conhecimento do produto. Tal crescimento torna-se cada vez mais abrangente e envolvente
até a saturação do mercado, passando os colaboradores da rede a desenvolver produtos
alternativos com nova tecnologia ou versões mais avançadas do produto.
A Figura 8.1 mostra o comportamento mercadológico supra-citado, caracterizado na
Infoeconomia.
Figura 8.1
Comportamento mercadológico de um produto ou serviço na Infoeconomia.
Fonte: adaptado de Zuffo(2004b).
94
A Tabela 8.5 reporta os aspectos que referenciam a Lei do Comportamento
Exponencial.
LEI DO COMPORTAMENTO EXPONENCIAL
Os fenômenos da difusão estatística na rede mundial seguem uma lei
exponencial.
O momento de disparo é inerente aos processos de crescimento exponencial.
Na Infoeconomia o momento de significância ocorre antes do momento de
disparo.
A importância da determinação do momento de significância.
O curto intervalo de tempo entre momento de significância e momento de
disparo.
Dois fatores concorrem decididamente para o comportamento exponencial dos
produtos da Infoeconomia. O processo difusório do conhecimento de um
produto interessante ao mercado e a realimentação positiva do processo.
A Lei do Momento de Significância caracteriza a presença significativa de um
produto ou serviço no mercado. A detecção desse momento é fundamental na Infoeconomia.
Na economia tradicional a significância de um bem ou serviço é caracterizada no momento
da inovação onde ocorre o ponto de referência para adesão. Na Infoeconomia, o momento de
significância sempre precede o momento da inovação, sempre caracterizando certo risco aos
Tabela 8.5
Aspectos da Lei do Comportamento Exponencial.
Fonte: adaptado de Zuffo(2004b).
95
empreendedores interessados na exploração econômica. Evoluções, de certa forma previsível,
como ocorrem atualmente na microeletrônica
38
, são passíveis de menores riscos.
Na Tabela 8.6 são externados os aspectos inerentes a Lei do Momento de
Significância.
LEI DO MOMENTO DE SIGNIFICÂNCIA
É fundamental dispor de equipes com visões tecnológicas prospectivas para
detecção do momento de significância.
Na era Industrial e Pós-industrial, o momento de significância ocorria no
entorno do momento de disparo.
Na Infoera, o momento de significância sempre ocorre muito antes do momento
de disparo.
Na Infoera, o crescimento exponencial apresenta pequenas constantes de tempo,
sendo seu desenvolvimento muito rápido.
Desse modo, é quase impossível obter dominância do mercado, agindo no
entorno ou após o momento de disparo.
Na Infoera, o momento de significância de um produto está latente no
comportamento psicossocial e nas possibilidades de desenvolvimento tecnológico.
A Figura 8.2 apresenta um gráfico onde é clara observação inerente as pastilhas de
silício - RAMs
39
, quanto ao momento de crescimento, saturação de mercado e decréscimo
38
Previsões normalmente realizadas por uma entidade de classe denominada SEMATECH
(www.sematech.org
) que representa um consórcio de empresas de tecnologia.
Tabela 8.6
Aspectos da Lei do Momento de Significância.
Fonte: adaptado de Zuffo(2004b).
96
exponencial, causado pela substituição por novas pastilhas com maior capacidade de
processamento, menor tempo de acesso, resposta e menor custo.
A Lei do Atendimento Personalizado afirma que o desejo do consumidor, em seus
mínimos detalhes, caracteriza intervenção personalizada no processo de produção. Nesse
processo, o objetivo maior da firma é fidelizar seu cliente e manter um posicionamento
competitivo no mercado, proporcionando a caracterização do cliente participativo.
Dertouzos(1997) destaca a característica modal, encontrada no mercado digital, que
apresenta múltiplas mídias em absoluta sintonia, onde o objeto publicidade não mais foca um
produto previamente definido, e sim produtos sob demanda, onde o demandante faz o pedido
com características específicas de acordo com suas preferências, em um modelo de produção
Just in Time.
39
RAM Random Access Memory ou memória de acesso aleatório, caracteriza um tipo de memória
que permite leitura e escrita, amplamente utilizada como memória primária em sistemas eletrônicos digitais.
Figura 8.2
Sucessivas curvas indicando a amplitude do mercado de memórias RAMs, em termos
de capacidade em bits.
Fonte: adaptado de Zuffo(2004b).
97
O cliente caracterizado na Infoeconomia apresenta crescente renda per capita, que
conjugada com forte interoperatividade suportada na rede mundial, que deve chegar à
plenitude de abrangência, tipificará uma espécie de consumidor com baixa Assimetria de
Informação e bom nível de conhecimento, que naturalmente elevará seu nível de exigência
inerente a qualidade e preço dos produtos.
Todo suporte tecnológico, atualmente disponibilizado e em constante evolução,
considerando o bom nível de conhecimento que caracteriza o consumidor da infoeconomia,
contextualiza tendência voltada para o ego que direcionará o consumidor a afastar-se de
grandes aglomerações humanas, surgindo um espírito individualista com características
narcisistas e egocêntricas, originado a partir da redução de contatos humanos diretos.
Sendo possível a existência de certa personalidade inferior e egoísta na economia,
como afirma Smith(1996), na infoeconomia os suportes tecnológicos, bom nível de
conhecimento e baixa Assimetria de Informação, caracterizam fatores que conjugados, em um
contexto de isolamento escolhido pelo consumidor, molda uma personalidade egocêntrica,
com grande alienação social e intensa dessensibilização com relação os problemas do seu
semelhante.
A Infoeconomia estabelece um crescente ambiente econômico voltado, especialmente,
a personificação de bens e serviços sob demanda do cliente, em tempo real.
98
Na Tabela 8.7 são apresentados os aspectos inerentes a Lei do Atendimento
Personalizado.
LEI DO ATENDIMENTO PERSONALIZADO
Comportamento individual na Infoera ou Infoeconomia
o Narcisismo, egoísmo e alta renda per capita;
o Forte exigência de qualidade e exclusividade;
o Isolacionismo e enorme consciência da privacidade.
Linhas de ação
o Marcas de prestígio, de elitismo e de qualidade;
o Atendimento personalizado em qualquer tempo e em qualquer lugar;
o Despertar da devoção do cliente à rede;
o Conhecimento profundo do cliente e participabilidade.
Atendimento personalizado
o Bens e produtos;
o Remédios e drogas inteligentes;
o Alimentos e especiarias;
o Animais de estimação;
o Trajes e vestimentas;
o Objetos de uso pessoal.
Segundo Zuffo(2004b), a Lei da Produção Flexível expressa à capacidade de
adaptação, sob pena de exclusão da firma do mercado, em ambiente dinâmico e de constante
mutação. A flexibilidade de adaptação da firma é questão de sobrevivência.
Seis fatores emergem na Infoeconomia e no mercado eletrônico, segundo este autor,
com poder mandatário no microcosmo operacional da firma. São eles: o primeiro, caracteriza
necessidade permanente de mutação tecnológica para adaptar ou criar produtos e serviços sob
demanda de novas condições de mercado, que caracteriza fator fundamental no
comportamento social na infoeconomia e suas leis de caráter operacional; o segundo,
Tabela 8.7
Aspectos da Lei do Atendimento Personalizado.
Fonte: adaptado de Zuffo(2004b).
99
caracteriza intenso desenvolvimento e evolução de tecnologias de informação e comunicação,
aplicadas as variadas áreas de negócio e do conhecimento; o terceiro, caracteriza abrangência
exponencial crescente da rede mundial ou internet
40
,que teve seu momento de significância a
partir de 1969, em um projeto militar e seu ponto de disparo entre 1992 e 1996, quando
passou a atrair interesse público, entrando em rota de crescimento exponencial que
testemunhamos em nossos dias, como reportado na Figura 8.3; o quarto, apresenta a difusão
de microtecnologias, com objetivo de atender todos os setores da atividade econômica e
social, expandindo sua área de abrangência tecnológica, extrapolando as fronteiras de setores
fortemente acoplados as tecnologias de informação; o quinto, caracteriza a crescente
ansiedade inerente as questões ambientais, impondo as empresas padrões de características
sustentáveis, onde a tecnologia caracteriza fator fundamental; o sexto, caracteriza surgimento
de novas áreas tecnológicas inerentes a bioengenharia e engenharia genética.
40
O que atualmente denomina Internet, teve sua origem em 1969 com o nome ARPANET, criada pela
ARPA (Advanced Research Projects Agency) subdivisão do Departamento de Defesa dos EUA. Criada sob
demanda da guerra, pois com essa rede, os dados confidenciais do governo dos EUA poderiam ser distribuídos
vários servidores, minimizando o risco de perda de dados no caso de sinistros. Após uso militar, passou a ser
usada por algumas universidades dos EUA, onde os estudantes trocavam resultados de estudos e pesquisas.
Em Janeiro de 1983, a ARPANET migrou seu protocolo de NCP para TCP/IP. Em 1985 surge o FTP. Contudo, a
Internet de hoje, com alta interatividade interligando redes de computadores, disponibilizando conteúdo
multimídia, que só se tornou possível pela contribuição do cientista Tim BernersLee e o Centro Europeu de
Pesquisas Nucleares, que criaram a World Wide Web WWW, prioritariamente interligando sistemas de
pesquisas científicas e, posteriormente, acadêmicas. A rede mundial ganhou maior publicidade a partir dos
anos 1990. Em agosto de 1991, BernersLee publicou seu novo projeto para a WWW, dois anos após começar a
criar a linguagem HTML, o HTTP e as poucas primeiras páginas web. Em 1993 o navegador Mosaic 1.0 foi
disponibilizado, e no final de 1994 o interesse público na Internet já era realidade. Em 1996 a palavra Internet
já não era incomum, em especial nos países desenvolvidos, referindose na maioria das vezes a WWW.
100
Figura 8.3
Visão de crescimento exponencial do número de usuários da internet, sendo seu
Ponto de Disparo ocorrido em 1992.
Fonte: adaptado de Zuffo(2004b).
101
Na Tabela 8.8, são reportados aspectos inerentes a Lei da Produção Flexível.
LEI DA PRODUÇÃO FLEXÍVEL
Permanente mutação tecnológica rumo à completa automação social.
Crescente adoção do modelo organizacional em redes.
Robôs programáveis e adaptáveis em linhas de montagens flexíveis.
Cliente participativo.
Conexão de tudo a todos.
Produtos e serviços personalizados maciçamente.
Tendência a zero do custo de todos os produtos aderentes à Infoeconomia.
Bioengenharia e Engenharia Genética apoiadas em informática, revolucionando
os custos e a produção do setor primário da economia.
Produtos bioadaptáveis personalizados para a saúde e alimentação.
Engenharia genética revolucionando a medicina.
Remédios e drogas inteligentes.
A Lei da Independência Preço-Qualidade afirma que na Infoeconomia, o preço
unitário tende a zero e a qualidade cresce imensamente, onde é caracterizada deflação de
custos e preços sem caráter recessivo. Na prática, na Infoeconomia, o melhor se torna mais
acessível e mais barato, contrapondo o modelo inerente a Era Industrial, onde pequenas
melhorias na qualidade justificariam elevação de preços.
A chegada das Tecnologias de Informação e Comunicação, causou uma verdadeira
revolução, sistematizando meios de produção em massa, revolvendo amplamente a relação
preço-qualidade. Os efeitos dessa revolução, caracterizados nos processos e na informação,
agora se espalham a todos os setores produtivos da economia. Os benefícios aparecem na
Tabela 8.8
Aspectos da
Lei da Produção Flexível.
Fonte: adaptado de Zuffo(2004b).
102
otimização de equipamentos e dispositivos, aumento da eficiência gerencial na indústria, no
agronegócio no setor de serviços.
O intenso processo de automação industrial e a informatização das atividades sob
operacionalização humana, em corrente evolução, romperão definitivamente a relação entre
preço e qualidade de um produto ou serviço. A externalidade identificada, já é caracterizada
na redução dos postos de trabalhos, que exigirá ação sustentadora da manutenção do nível de
demanda, patrocinada pelo Estado com o apoio da iniciativa privada, que tem forte interesse
no processo.
Na Tabela 8.9 são apresentados os aspectos inerentes a Lei da Independência Preço-
Qualidade.
LEI DA INDEPENDÊNCIA PREÇOQUALIDADE
Era Industrial / Melhor Qualidade / Maior Preço.
Sociedade de consumo década de 1920. O fordismo começa a romper o vínculo
Preço-Qualidade.
Infoera: independência de Preço e Qualidade. Dia a dia, o melhor se torna mais
barato.
Explosão das telecomunicações.
Difusão das tecnologias de microeletrônica a outras áreas industriais.
Custo de produtos e serviços tendendo a zero e demanda de novos produtos e
serviços.
Participação global na rede mundial induzindo a intensa geração de novidades.
Visão Wishfull Thinking ignora descompasso entre produção e demanda.
Necessidade de fluxo de recursos para alimentar a demanda.
A Lei da Obsolescência Anunciada afirma que o processo de obsolescência em
termos de inovação tecnológica, ou por simples mudança de comportamento na sociedade
Tabela 8.9
Aspectos da
Lei da Independência Preço-Qualidade.
Fonte: adaptado de Zuffo(2004b).
103
como manifestações modistas, deve ser observado e planejado sob pena de sacrificar a
qualidade de produtos ou serviços. A saturação de mercado caracteriza fator presente na
infoeconomia, em curtos intervalos de tempo, sendo necessário considerar tipos de
obsolescência no planejamento da firma, com a finalidade de resguardar o nome ou marca,
sob pena de ter sua imagem associada a uma referência de má qualidade que, na
Infoeconomia, é mortal, pelo seu poder de abrangência e rápida publicação.
Na Infoeconomia, ao longo do tempo, ocorrem variados tipos de obsolescências, como
os descritos na Tabela 8.10. Pela sua natureza, o tipo de obsolescência de maior freqüência na
Infoeconomia é a tecnológica. Caracterizada como inevitável em função do tempo, é de
fundamental importância conhecer seu comportamento com objetivo de identificar a razão de
introdução de inovações tecnológicas no mercado. Esta é a prática da indústria
microeletrônica e de informática, que estuda o comportamento evolutivo das tecnologias no
mercado, em visão futura de 15 anos.
104
A Tabela 8.10 apresenta aspectos da Lei da Obsolescência Anunciada.
LEI DA OBSOLESCÊNCIA ANUNCIADA
Obsolescência por tempo de vida útil limitado.
o Caracteriza metodologia arriscada, podendo causar destruição do nome
da firma e da marca do produto;
o Só opera eficientemente em mercados protegidos.
Obsolescência por modismo e desatualizações.
o Não necessita de proteção do mercado;
o Vende a idéia de status social;
o Suporta alto nível de competição;
o Desenvolve fidelidade a linha de produtos;
o Problema de reciclagem e biodegradação.
Obsolescência tecnológica.
o A rápida evolução tecnológica torna os produtos naturalmente obsoletos
em determinados intervalos de tempo;
o Exige elevado investimento em ciência e tecnologia;
o Pode ser prevista com boa precisão;
o Altamente competitiva em termos de qualidade e preços;
o Adere integralmente à Infoeconomia;
o Problema de reciclagem e biodegradação.
Produtos em termos de status social.
o Importam a marca e o nome em função do elitismo;
o A qualidade, embora boa, não necessita de excelência;
o Não necessita de atualização tecnológica;
o Desvincula totalmente custos e preços;
o Imensas dificuldades com falsificações e uso indevido do nome.
Remédios e drogas inteligentes.
Tabela 8.10
Aspectos da Lei da Obsolescência Anunciada.
Fonte: adaptado de Zuffo(2004b).
105
Inerente ao novo modelo de organização caracterizado na infoeconomia, alguns
princípios passaram a nortear uma nova configuração da firma, sob o paradigma de
organização em redes.
O primeiro princípio caracteriza a liderança no centro. A organização é configurada
em uma série de círculos homocêntricos, com uma equipe líder no centro. A equipe líder
estabelece o foco, a estrutura de rede e linha de ação. Essa configuração caracteriza uma
equipe de associados. O segundo princípio é a caracterização de linhas periféricas para
assessoria aos clientes. Os agentes da esfera periférica não são simplesmente vendedores,
mais agentes com apoio de sistemas computacionais, que representam, de forma objetiva, os
anseios do cliente. O terceiro princípio caracteriza equipes de suporte que devem, de forma
rápida e eficiente, atender as demandas personalizadas dos clientes em um foco especifico. O
quarto princípio caracteriza a eliminação da burocracia. Ações de rotina e repetitivas devem
ser substituídas por sistemas computacionais especialistas, voltando o agente humano para
ações criativas com foco no cliente. O quinto princípio caracteriza a configuração de cada
equipe em uma unidade de negócio na organização, com foco em conhecer e satisfazer seus
clientes e fornecedores, tendo como principal insumo, a informação e o conhecimento. As
unidades devem dispor de infra-estrutura de processamento e comunicação, conectando as
linhas periféricas a linha de suporte, em um ambiente de tempo real. O sexto princípio
caracteriza a presença de colaborares com visão global da organização, dispondo de respeito e
autoridade para coordenar as ações, nunca comandar. O sétimo princípio exige que todos os
colaboradores conheçam seus objetivos, assumindo plenamente suas responsabilidades em um
ambiente de associados.
Em uma organização que observa tais princípios, certamente o nível de Assimetria de
Informação será mitigado nas relações da firma.
106
9 OS MODELOS DE CORRELAÇÃO DE PEARSON, KENDALL, SPEARMAN E
DEMANDA POR INFORMAÇÃO AGROECONÔMICA PELO TOMADOR DE
DECISÃO – 03 ESTÁGIOS
Segundo Matos(1995), coeficiente de correlação caracteriza a força e a direção do
relacionamento entre duas variáveis aleatórias. Em estatística, de modo geral, a correlação
indica a medida da relação entre duas variáveis ou, pode-se dizer que sintetiza o grau de
relacionamento entre duas variáveis. A correlação determina o quanto uma equação linear
“explica” a relação entre as variáveis.
Na teoria estatística, vários coeficientes são utilizados em situações distintas.
Estaremos abordando aqui o Coeficiente de Correlação de Pearson, Coeficiente de Correlação
de Kendall, conhecido como Tau de Kendall e, o Coeficiente de Correlação de Spearman,
conhecido como Rho de Spearman.
9.1 Coeficiente de Correlação de Pearson(r)
Segundo Levin(1985), o coeficiente de correlação de Pearson mede a associação de
duas variáveis, quando essa relação é apresentada em forma linear e o suposto de
normalidade. Ou seja, a variável Y se distribui normalmente.
Este coeficiente, representado por r, assume apenas valores entre -1 e 1. Onde:
r = 1 : Significa correlação perfeita positiva entre as duas variáveis sob análise;
r = 1 : Significa correlação negativa perfeita entre as duas variáveis sob análise;
r = 0 : Significa que as duas variáveis são independentes linearmente, uma em relação
à outra. É importante ressaltar que pode existir dependência não linear.
O Coeficiente de Correlação de Pearson(r) é calculado da seguinte fórmula:
107
Onde:
São os valores medidos de ambas as variáveis.
e São as médias aritméticas de ambas as variáveis.
9.2 O Coeficiente de Tau de Kendall
Segundo Conover(1980), este coeficiente caracteriza um teste não paramétrico que
mede a associação entre duas variáveis, quando a relação entre elas não é necessariamente
linear, caracterizando-se pelo ordenamento dos dados em seqüência de seu valor.
A metodologia é caracteriza por avaliar o grau de concordância dos dados. Por
exemplo, considerando dois pontos de um plano cartesiano A(1,3; 2,2) e B(1,6; 2,7), observa-
se que estes dois pontos são denominados concordantes em função da verificação de um
aumento em X e um aumento em Y, observando o par ordenado (X, Y), sendo que devem ser
considerados discordantes caso seja observado um aumento de X e uma diminuição em Y.
Estando assim definido, apresentam-se em duas colunas os grupos concordantes e os grupos
discordantes, cada ponto ou par ordenado é avaliado com os demais pontos. Nesta avaliação,
identifica-se em cada ponto o número de pontos concordantes e discordantes por ponto. Em
seguida, somam-se cada coluna, de natureza concordante e discordante, obtendo-se assim a
seguinte relação de correlação:
108
Onde:
Nc = Corresponde ao total de pares ordenados Concordantes.
Nd = Corresponde ao total de pares ordenados Não Concordantes.
n = Corresponde o total de pares ordenados em estudo.
Sendo que , se , afirma-se que a associação é discordante. Ou seja,
existe relação inversa. E se , afirma-se que a associação é concordante. Ou seja, existe
relação direta. Se ·, afirma-se que não existe associação.
9.3 O Coeficiente Rho de Spearman
Segundo Hoel(1981), o coeficiente de correlação Rho de Spearman, mede a
associação de duas variáveis quando a hipótese de normalidade não é considerada. Neste caso,
o método considera o estabelecimento de postos no conjunto de dados em estudo.
Normalmente denominado pela letra grega ρ(rho), caracteriza medida de correlação não-
paramétrica. Nesta correlação, no par ordenado(X,Y), ordena-se, segundo o valor, do primeiro
ao último, gerando posição de dados para X e Y, e se disponibiliza a posição do valor. Cada
posição é conhecida como posto.
Observe que o posto é a posição do valor que ocupa o valor correspondente. Definido
o Posto, o valor do coeficiente é calculado na seguinte fórmula:
Sendo que: .
109
9.4 O Modelo de Demanda por Informação Agroeconômica pelo Tomador de
Decisão – 03 estágios
O modelo teórico estatístico esta referenciado em Zilberman et all.(2002). Este
modelo, apresenta como característica principal, a maximização de lucro, onde estará sendo
usado o método da máxima verossimilhança que sucede em determinar estimadores ou
parâmetros que apresentem características fundamentais de um estimador desejável. Ou seja,
linearidade, não enviesamento e variância mínima. O capital humano e a posição do tomador
de decisão na cadeia caracterizam parâmetros a serem testados.
O modelo de demanda por informação agroeconômica pelo tomador de decisão – 03
estágios, caracteriza modelo de maximização de lucro que tem a informação como fator
fundamental. O tomador de decisão visualiza a informação como um insumo. Vejamos o que
caracteriza resumidamente os 03 estágios:
Estágio I: onde ocorre a decisão sobre quanto de cada tipo de informação disponível
adquirir.
Estágio II: onde o demandante processa a informação e toma decisão inerente a sua
atividade especifica.
Estágio III: onde o resultado da tomada de decisão é externado e o lucro (ou prejuízo)
é realizado.
Estes autores não avaliam explicitamente o valor de cada tipo de conteúdo, mas os
seus padrões de uso e a lógica econômica que delineia esses padrões. Consideram a
diversidade entre usuários de informação agroeconômica, bem como a incerteza que eles
enfrentam.
Segundo esses autores, a teoria da produção reporta que a heterogeneidade entre os
atores, na busca de preços equivalentes, levará ao uso de diferentes quantidades de insumos
de qualidades distintas. Isto posto, afirma-se que a idéia geral do modelo é que aspectos
heterogêneos de tomadores de decisão usarão quantidades variadas de diferentes formatos de
informação.
São identificados três tipos de atributos da informação que são relevantes à análise do
consumo de serviços de suporte a tomada de decisão:
110
O 1º. tipo, caracteriza distinção entre dados e informações;
O 2º. tipo, caracteriza a distinção da origem do conteúdo: pública ou privada. A
pública é produzida e distribuída por uma unidade pública, enquanto a privada é produzida e
distribuída pela mídia, consultorias e organizações coletivas, de natureza privada.
O 3º. tipo, caracteriza a distinção entre a informação formal e informal. A formal é
obtida das organizações ou empresas que tem por função profissional, fornecer serviços de
informação. Todavia, muita informação usada pelos agentes agropecuários como insumo de
tomada de decisão não é ofertada por profissionais, mas sim, de maneira pessoal. A família,
compradores, aqueles que estão próximos e fornecedores de insumos são fontes informais, e
podem caracterizar certo peso na tomada de decisão, em especial para o produtor.
Em modelos de decisão que usam a informação como insumo, o valor da informação é
estabelecido como fator fundamental. O valor é comumente definido como expectativa do
beneficio de usar determinada informação.
Esses autores aperfeiçoam modelos de valor de informação existentes, adicionando
algumas considerações a respeito das variações das capacidades individuais de usar diferentes
formatos de informação e de possuírem necessidades variadas. Pondera-se, em especial, três
fatores que afetam a habilidade e a necessidade do uso de informação: Capital Humano;
Função dos Agentes econômicos no sistema de produção e comercialização; Produto
agropecuário.
Segundo esses autores, os 03 estágios são os seguintes:
Estágio I: Decisão de quanto de cada tipo de informação disponível adquirir.
Considera-se somente 02 tipos de informação. O tomador deve escolher entre
1
I
e
2
I
, sendo que:
i
I
é o fluxo da informação do tipo i selecionado.
1
I
e
2
I
foram representados
pela demanda por informação publica(
1
I
) e privada(
2
I
), ou alternativamente, pela
quantidade demandada por informação formal(
1
I
) e informal (
2
I
) ou, ainda, pelo uso de
dado (
1
I
) e informação(
2
I
).
111
A escolha dos tipos de informação se dá sob incerteza, porque o ator não conhece em
que a informação resultará antes da sua aquisição.
Para compreender as escolhas do ator no primeiro estágio, deve-se prioritariamente
considerar o segundo estágio do modelo, onde a decisão inerente a produção, está sendo
realizada, considerando as informações obtidas (
1
I
e
2
I
) . No primeiro estágio, o ator tem
o seguinte problema:
),,,,|)((max
21
hIIxEU
x
φγ
Onde:
(.)EU
é a utilidade esperada;
é a quase renda com respeito à informação, porque a informação é
processada no estágio II;
x
é um vetor de insumos;
γ
é a ocupação do tomador de decisão dentro da cadeia (produtor, fornecedor de
insumos, consultor, vendedor);
φ
é produto agrícola em que a firma agroeconômica participa;
h
é o nível de capital humano.
112
Estágio II: Processa a informação e operacionaliza decisão sobre a produção, por
exemplo, referente a quantidade de insumos, produtos e comercialização. Nesse estágio a
informação é publicada e processada.
Estágio III: O resultado da tomada de decisão é revelado e o lucro é realizado.
A distribuição
*
apresentará também influência do capital humano
h
. Ou
seja, a habilidade humana de processar a informação que adquiri.
Considerando a exposição, em síntese, estes autores reportam o seguinte:
Os recursos de informação e o ambiente em que funcionam, influenciam suas
demandas por informação. Especificamente, o capital humano e o papel na economia
determinam a extensão da demanda pelos insumos de informação a serem processados. Das
organizações com recursos analíticos de qualidade, a expectativa é que demandem mais dados
in natura”, como os presentes nas fontes públicas. Enquanto que nas firmas com menor
qualificação em capital humano, deve-se demandas mais informação, em detrimento aos
dados, para suporte em suas decisões, utilizando recursos como consultorias.
Estes autores concluem que a restrição de capital humano é que forma a demanda do
agente para um específico tipo de informação. Atores tomadores de decisão, com qualificação
elevada em capital humano, devem utilizar menos informação processada - em estado “in
natura”, por exemplo. De outro lado, aqueles com menor qualificação de capital humano,
devem usar a informação mais processada, sendo clientes de consultorias, mídias e fontes
informais.
Ainda que os resultados sugiram uma especialização na divisão do trabalho entre as
agencias publicas e privadas, isto é, a informação publica se direciona ao atacado enquanto
que a privada atende o varejo, uma caracterização apenas linear seria incompleta. Os
tomadores de decisão na firma agroeconômica, nas indústrias de insumos ou nas
processadoras, também utilizam diretamente serviços públicos. Contudo, as organizações
privadas produzem e alcançam quantidades de informação significativas, independentes das
agências governamentais.
113
Outras variáveis, como a natureza do investimento, complexidade da propriedade
agroeconômica - portfólios de produtos, e uso de tecnologia de informação, também afetam a
demanda por informação.
114
10 MÉTODO
10.1 A pesquisa
No desenvolvimento dos estudos no ambiente acadêmico, surgiu à idéia de pesquisar o
valor e as implicações da informação, sua dinâmica e fluxo, no contexto agroeconômico de
Mato Grosso. Para tal, necessitava-se restringir o escopo e encontrar um setor minimamente
organizado, que apresentasse condições mínimas ao desenvolvimento da pesquisa que, em se
tratando do ativo informação, traria naturalmente, certa complexidade em seu
desenvolvimento.
Analisou-se e decidiu-se escolher, como ator principal, o produtor de algodão de Mato
Grosso, que caracteriza atualmente, o Estado de maior produção desta cultura no Brasil.
Além de caracterizar a maior produção do País, o produtor de algodão está bem organizado
com cerca de 90% de presença em sua entidade representativa de classe, a AMPA.
Em algumas reuniões com diretoria executiva da AMPA, ocorridas no final do 1º.
semestre de 2007, diagnosticamos que realmente se tratava de um setor agrícola bem
organizado, que dividiu o Estado de Mato Grosso em Núcleos Produtores de Algodão
41
, com
presença funcional de Engenheiros Agrônomos em todos seus Núcleos. Passamos então a
planejar e projetar a pesquisa, buscando no modelo Zilberman et all.(2002) e bibliografias que
trabalhou-se a informação, as referências para elucidação descritiva e matemática da demanda
de informação dos produtores de algodão de Mato Grosso. Como resultado inicial,
apresentou-se questionário de pesquisa, que foi submetido a AMPA, onde foi proposta uma
parceria para operacionalização da pesquisa. A AMPA sugeriu algumas atualizações no
questionário, disponível no Anexo I, de acordo com sua demanda especifica, que foram
discutidas e atendidas na customização da segunda versão deste. Após atualização do
questionário, a AMPA aceitou a parceria que foi formalizada com o Departamento de
Economia da Universidade Federal de Mato Grosso.
41
A AMPA divide Mato Grosso, sob a ótica da produção do algodão, em 07(sete) Núcleos: Norte,
MédioNorte, Centro, CentroNorte, CentroLeste, Nordeste e Sul.
115
10.1.1 Definição Técnica do Tipo de Pesquisa
Sob a ótica da base lógica de investigação, referenciando Gil(1999), será abordado o
método indutivo, onde parte-se de fatos particulares caracterizados na amostra, com objetivo
de inferir verdades universais, no conjunto da amostra definida da população de produtores de
algodão de Mato Grosso.
Sob a ótica dos níveis da pesquisa social, será abordada a pesquisa exploratória, onde
se apresenta como principal finalidade, desenvolver, elucidar e modificar conceitos e idéias,
formulando problemas com certa precisão e hipótese pesquisável, com menor rigidez no
planejamento, envolvendo levantamento bibliográfico e documental, entrevistas utilizando
questionário de pesquisa. A pesquisa exploratória desenvolveu-se com objetivo de
proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, relativa à demanda de informação dos
produtores de algodão de Mato Grosso.
O questionário é qualificado como Estruturado, sob embasamento da aplicação de um
questionário, previamente elaborado ou concluído. O questionário foi estruturado em
introdução, instruções de preenchimento, perguntas objetivas e descritivas.
10.1.2 O Questionário Estruturado e sua Aplicação
O questionário foi concebido e direcionado ao produtor de algodão do Estado de Mato
Grosso, com detalhamento disponível no Anexo I, sendo seu objetivo colher dados e
informações agroeconômicas para compor um repositório de dados e informações,
disponibilizando expediente necessário para elucidação, em grau de importância, da demanda
por dados e informações dos produtores de algodão de Mato Grosso, tal como grau de
importância atribuído a variáveis de informação, sob suporte de modelos estatísticos, em
formato matemático e descritivo.
A primeira parte do questionário, refere-se às informações de Identificação do
Entrevistado. O item 01 classifica a pessoa sob pesquisa como proprietário, gerente de
produção, gerente de comercialização ou outro, com espaço para descrição. O item 02
identifica nominalmente e localiza, geograficamente, a propriedade abordada, área plantada
em hectares, se o produtor planta em área própria e/ou arrendada. Não obstante, é de
relevância para pesquisa, identificar o perfil do produtor de algodão de Mato Grosso,
caracterizando seu comportamento por região.
116
A segunda parte referencia a Atividade Profissional, identificando se o produtor de
algodão de Mato Grosso está atuando em outra atividade, seja agrícola, pecuária, comércio,
indústria ou serviços. Esta informação disponibiliza subsídios para entender o estado do
conhecimento do produtor do algodão, que possibilita a ampliação de suas atividades
econômicas, referenciando o objetivo de analisar o capital humano disponível ao produtor de
algodão de Mato Grosso.
A terceira parte refere-se à Caracterização do Produtor, onde identifica-se quanto
tempo este se encontra na atividade agrícola de produção de algodão, seu nível de instrução
alcançado, se o produtor possuí computador e há quanto tempo possuí, se utiliza a internet e
há quanto tempo utiliza. Esta informação é de suma importância, para caracterização do
estado do conhecimento do produtor de algodão de Mato Grosso. Nesta parte, também é
identificado à produtividade média por hectare, possibilitando comparativos regionais, por
exemplo, tendo como variável independente o capital humano e dependente a produtividade
média.
A quarta parte referencia Dados e Informações agroeconômicas. Nesse ponto do
questionário, para resposta sob entendimento correto do questionamento, é importante o
entendimento do conceito de Dados e Informações. Dados são caracterizados como elementos
sem análise ou não processados, em estado “in natura”, que neste formato não agrega valor as
decisões do produtor, sem que ocorra um processamento. Informações são caracterizadas
como objetos que expressam análise de tendências, análise de produtividade nacional e
mundial, previsões de mercado, relatórios de histórico climático, análise de eventos, entre
outros, que caracterizam informações prontas ou processadas, onde existe a agregação de
valor as decisões do produtor. Esta informação foi capturada em escala de importância e
escala de utilização, inerente aos Dados e Informações demandados pelo produtor de algodão
de Mato Grosso, referenciando o objetivo de analisar o grau de importância atribuído aos
Dados e Informação.
A quinta parte refere-se à fonte, classificada como Pública e Privada, onde são
consultados Dados e Informações do produtor de algodão de Mato Grosso. Nesse ponto do
questionário, para resposta sob entendimento correto, é importante o entendimento do que é
caracterizado como Fonte Pública e Fonte Privada. O questionário classificou como Fonte
Pública, instituições do Governo, como secretarias municipais e estaduais, ministérios,
autarquias, institutos de pesquisas de domínio governamental, entre outros serviços públicos.
117
Como Fonte Privada, indústrias, corretoras, cooperativas, associações, consultores,
publicações especializadas do setor privado, entre outros serviços privados. Esta informação
foi capturada em escala de utilização, inerente a consulta, utilização de Dados e utilização de
Informações pelo produtor de algodão de Mato Grosso, referenciando o objetivo de
diagnosticar os acessos que caracterizam maior importância ao produtor.
A sexta parte refere-se ao grau de utilização e importância da Informação Formal e
Informal, atribuído pelo produtor de algodão de Mato Grosso. Nesse ponto do questionário,
para resposta sob entendimento correto, é importante o entendimento do que é caracterizado
como Informação Formal e Informação Informal. O questionário classificou Informação
Formal como aquela que é disponibilizada através dos canais formais como legislação,
relatórios técnicos, pareceres de consultores, e-mails de consultoria, boletins periódicos,
boletins técnicos entre outros. Como Informação Informal, classificou como aquela que é
compartilhada entre amigos, família, colegas de trabalho, vizinhos e próximos. Esta
informação foi capturada em escala de utilização escala de importância, atribuída pelo
produtor de algodão de Mato Grosso, referenciando o objetivo de elucidar qual fonte
consultada é priorizada pelo produtor.
A sétima parte referencia à informação consultada na Internet e em outras fontes.
Nesse ponto do questionário, para resposta sob entendimento correto, é importante o
entendimento conceitual do que é caracterizado como Informação Via Internet e Informação
de Outras Fontes. Informação via internet é caracterizada como aquela que pode ser obtida
através de consulta a internet, bem como por meio de objetos que utilizam tecnologias internet
como portais, sítios, boletins, relatórios, jornais e revistas. Informação de Outras Fontes, são
caracterizadas como aquelas que são disponibilizadas fisicamente através de objetos como
revistas, relatórios, pareceres, correio, fax entre outros. Esta informação é capturada em
escala de utilização, tendo como tipos de fonte a própria internet e revistas especializadas no
setor, jornais, boletins técnicos e periódicos, livros e livretes. Referencia-se aqui, o objetivo
de diagnosticar tipos de informação priorizados pelo produtor, em grau de importância.
Ainda na sétima parte, o produtor é instigado a responder, em escala de utilização
classificada como mais ou menos utilizada, com referência ao consumo de tipos específicos
de informação, se o seu fornecedor esta no setor público e/ou setor privado e, se o acesso a
informação é via internet ou não, com espaço para informação de quem é o seu fornecedor em
cada condição. Inerente a Dados e Informações, o produtor é impelido a responder em escala
118
de utilização, classificada como mais ou menos utilizada, se utiliza Dados e/ou Informações e,
se o acesso a esses Dados e/ou Informações é efetuado via internet ou não. Os tipos de
informação referenciada para resposta do produtor são: Técnicas Agronômicas,
Aquisição/Custo dos Insumos, Clima/Metereologia, Estimativa de Produção/Safra, Preços do
Produto, Análise do Mercado Nacional do Algodão e Análise do Mercado Internacional do
Algodão.
Na oitava parte referencia-se produtos e serviços inerentes a informação, capturando a
freqüência de acesso, ocorrido via internet ou não, o valor despendido na aquisição da
informação e o nível de importância que o produtor atribuí ao produto ou serviço da
informação sob questão. Os produtos e serviços escolhidos para estarem sob questão são:
Consultorias; Conferências e Seminários; Revistas, Livros e Apostilas; Boletins; Outros
Produtos e/ou Serviços. A freqüência de acesso é capturada em escala de utilização,
classificada como mais ou menos utilizada e, periodicidade diária, semanal, mensal e anual. O
valor despendido na aquisição da informação é capturado em intervalos de valores em moeda
nacional. O nível de importância é capturado em valores como alto, médio, pouco e nenhuma
importância, referenciando o objetivo de capturar grau de importância, atribuído pelo
produtor, por tipo de informação.
Na parte final do questionário, o produtor responde a respeito de suas dificuldades
inerentes ao uso de Dados e Informações, escolhendo um ou mais opções dentre nove,
descritas na questão 15 do questionário, sendo a última quando escolhida, necessário
descrever a dificuldade. A questão seguinte reserva espaço ao produtor para reportar
sugestões subjetivas, que objetivam direcionar ações que venham a adicionar melhorias no
ambiente do produtor de algodão de Mato Grosso.
As informações persistidas a partir dos questionários respondidos são analisadas sob a
ótica da estatística descritiva e matemática, buscando estabelecer variáveis e operacionalizar
relacionamento entre as variáveis, com objetivo de elucidar a demanda de informações dos
produtores de algodão de Mato Grosso.
Com relação aos objetivos gerais da pesquisa e as informações capturadas no
questionário, o grau de utilização de Dados e/ou Informação nos diversos tipos de fontes,
formas e periodicidade de acesso, revelam o acesso e a disponibilidade de Dados e
Informações ao produtor de algodão de Mato Grosso. A capacidade de interpretação,
119
processamento e assimilação de Dados e Informações, revela o estado do conhecimento do
capital humano, que é diretamente proporcional ao nível de escolaridade, tempo de
propriedade do computador, tempo de utilização da internet e ausência de dificuldades
associadas ao uso de Dados e Informações.
Com relação aos objetivos específicos da pesquisa e as informações capturadas no
questionário, o grau de importância de Dados e/ou Informação nos diversos tipos de fontes,
formas e periodicidade de acesso, revelam o nível de importância atribuída aos Dados e
Informações pelo produtor de algodão de Mato Grosso. A informação capturada, inerente a
fonte acessada, sendo que as fontes formal e/ou informal, pública e/ou privada, identificam
onde o produtor de algodão de Mato Grosso busca atualmente Dados e/ou Informações de seu
interesse.
Com relação ao ferramental disponibilizado para responder os questionários
submetidos, a mais utilizada foi a forma física via engenheiros agrônomos vinculados a
AMPA, com apenas 04 questionários respondidos via e-mail e nenhum via sitio
disponibilizado na internet. Durante a fase de aplicação do questionário, observa-se que os
produtores, em sua maioria, considerando a complexidade e dimensão do questionário,
adotaram a postura de buscar auxilio dos engenheiros agrônomos da AMPA, com relação aos
conceitos e entendimento do objetivo de cada pergunta reportada no questionário, sendo
prontamente atendidos por estes sob orientação da AMPA. Entende-se que a eficiência da
coleta de informações, não seria a mesma sem a presença dos engenheiros agrônomos da
AMPA, que cumpriram seu papel fundamental de forma a contribuírem com o efetivo sucesso
da pesquisa.
120
10.1.3 A Amostra e a Coleta de Dados
Para cálculo da amostra, operacionalizou-se abaixo, onde efetuou-se cálculo de
amostra proporcional para populações finitas, referenciada em Silva(1997).
n
n
=
= (N . Z
2
. P . Q) / (e
2
(N-1) + Z
2
. P . Q)
Onde:
n = número de elementos da amostra a ser pesquisada;
N= número de elementos da população;
Z
2
= nível de confiabilidade;
P = proporção de ocorrência da variável;
Q = proporção de não ocorrência da variável;
e
2
= margem de erro.
Calculo da amostra, para uma população de 666 proprietários, nível de confiabilidade
igual a 2, proporção de ocorrência da variável igual 0,5, proporção de não ocorrência da
variável igual a 0,5 e margem de erro igual a 10%:
n
n
=
= (N . Z
2
. P . Q) / (e
2
(N-1) + Z
2
. P . Q)
n = (666 x 2
2
x 0,5 x 0,5) / (10%
2
x (666 - 1) + 2
2
x 0,5 x 0,5)
n = 666 / 7,65
n = 87,06
A amostra foi definida no cálculo acima, em 87,06 unidades, sendo redefinida para 86
unidades, em função de alguns questionários terem retornado com dados iguais, em quase
todo seu conteúdo, em função de terem sidos enviados pelo mesmo proprietário de várias
unidades produtoras de algodão da região sul do Estado de Mato Grosso.
Com referência a participação do produtor de algodão de Mato Grosso, associado da
AMPA, foi oportunizado a 100%(cem) dos associados da AMPA responder o questionário,
disponível no Anexo I, utilizando três ferramentais distintos. Pela internet, devidamente
comunicados pela AMPA, onde foi disponibilizado um sitio sob endereço
(http://www.walderson.com/pesquisa/) que caracterizou ferramental de acesso irrestrito a
121
qualquer hora e a qualquer tempo até o término da pesquisa em 31/03/2008. Por e-mail, sendo
enviado um texto explicativo com o questionário em anexo, enviado pela AMPA a todos seus
associados, descrevendo os devidos esclarecimentos inerentes aos motivos e a importância da
pesquisa. Fisicamente, operacionalizada pelos Engenheiros Agrônomos da AMPA em campo,
presentes nos núcleos regionais, no período de 27/08/2007 a 31/03/2008.
Como expressou-se anteriormente, a pesquisa trabalhou diretamente o ativo
informação, que naturalmente apresenta certo grau de complexidade. Sendo o questionário
avaliado como de média complexidade, o que demandava apoio de um técnico para elucidar
alguns conceitos, como o que referencia Dados e Informações, oportunizando assim, respostas
com qualidade e correção. Desta forma, os meios eletrônicos, caracterizados no sitio
disponibilizado na internet e nos e-mails enviados, com o questionário em anexo, foram
utilizados pelos produtores para conhecimento do objeto de pesquisa, com a elucidação de
dúvidas e conceitos efetuados posteriormente pelos engenheiros agrônomos da AMPA, nos
Núcleos Regionais. Pelo nível de complexidade da pesquisa, entendeu-se que a participação
dos engenheiros agrônomos da AMPA, nos Núcleos Regionais, foi de fundamental
importância para efetividade e eficiência da pesquisa.
A representatividade de todas as regiões produtoras de algodão em Mato Grosso,
referenciadas nos Núcleos Regionais estabelecidos pela AMPA, foi garantida durante a
abordagem das propriedades que estiveram sob pesquisa, com quantificação representativa
observada na Tabela 9.1. A maior presença das propriedades do Núcleo Regional Sul, no
momento atual, é explicada pela maior concentração geográfica de propriedades produtoras
de algodão na região Sul de Mato Grosso.
122
Núcleo Regional Representatividade na
Pesquisa(em Questionários)
Percentual de
Participação
Centro 07 8,14%
Centro Leste 12 13,95%
Centro Norte 13 15,12%
Médio Norte 15 17,44%
Noroeste 06 6,98%
Norte 03 3,49%
Sul 30 34,88%
Total de
Propriedades
86
100%
10.2 A Aplicação do Método Econométrico
Disponibilizados e tabulados os dados coletados em questionário, iniciou-se a
aplicação do método econométrico, com objetivo de apresentar elucidação matemática para o
presente comportamento do produtor de algodão de Mato Grosso.
Inicialmente, buscou-se aplicar o modelo de demanda por informação agroeconômica
– 03 estágios, reportado no capitulo 9, que caracteriza fonte das variáveis principais eleitas
para esta pesquisa, o capital humano e a posição do produtor no ambiente econômico. Este
modelo não se apresentou eficiente para nosso objetivo, a medida que não esclarecia
suficientemente suas etapas, dificultando a visualização pontual e matemática, da relação de
influência entre as variáveis definidas, com aderência ao questionário aplicado. Este modelo é
utilizado na pesquisa como idéia inicial dos aspectos de dados e informações inerentes ao
ambiente agroeconômico.
A partir daí, buscou-se uma estratégia para elucidar as relações de causalidade,
relacionando as variáveis eleitas como principais, com as demais variáveis. Para
implementação da estratégia definida, decidiu-se operacionalizar análise de correlação, com
Tabela 10.1
Representatividade participativa dos Núcleos Regionais na
pesquisa.
Fonte: elaboração própria.
123
objetivo de detectar, em alto grau de certeza, a correlação entre as variáveis processadas. Em
uma primeira etapa, escolheu-se três modelos estatísticos para diagnosticar a correlação, em
alto grau de certeza: Coeficiente de Correlação de Pearson, Coeficiente de Tau de Kendall e
Coeficiente de Rho de Spearman. A correlação considerada como forte, é representada pela
presença de correlação identificada nos três modelos reportados. Ou seja, só considerou-se
variáveis como fortemente correlacionadas, quando os três modelos indicaram presença de
correlação. Para análise de correlação, operacionalizou-se o software SPSS
42
for Windows 14,
com resultados reportados no capitulo 11.
Identificada as variáveis fortemente correlacionadas, com demanda e grau de
importância inerente a dados e informações pertinentes ao produtor de algodão de Mato
Grosso, passou-se para segunda etapa da aplicação dos modelos estatísticos, que tem como
principal objetivo elucidar, dentre as variáveis fortemente correlacionadas, quais se
apresentam como mais importante, atualmente, para o produtor de algodão de Mato Grosso. A
estratégia escolhida pata tal elucidação, foi a análise de regressão, operacionalizada no
software MINITAB
43
14, com resultados reportados no capitulo 11.
42
SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), caracteriza pacote estatístico para as ciências
sociais, que teve a sua primeira versão em 1968, é um dos programas de análise estatística mais usados nas
ciências sociais; é também usado por pesquisadores de mercado, na pesquisa relacionada com a saúde, no
governo, educação e outros sectores. Foi criado por Norman H. Nie, C. Hadlai (Tex) Hull e Dale H. Bent. Entre
1969 e 1975 a Universidade de Chicago por meio do seu National Opinion Research Center esteve a cargo do
desenvolvimento, distribuição e venda do programa. [http://www.spss.com.br
]
43
Software estatístico proprietário. Muito utilizado nas universidades nos cursos introdutórios de
estatística. O Software foi desenvolvido em 1972. [http://www.minitabbrasil.com.br/minitab/].
124
11 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA
11.1 Apresentação dos Resultados da Pesquisa
11.1.1 Análise de Correlação
Neste momento da investigação inerente a importância dos dados e informações para
produtor de algodão de Mato Grosso, deseja-se avaliar a relação de correlação entre duas
variáveis, buscando a indicação da existência de alguma evidência objetiva de relação
atuando. Neste sentido, para avaliação desta correlação, foram escolhidos os modelos de
correlação de Pearson, Tau de Kendall e Rho de Spearman.
A tabela 11.1 apresenta legenda inerente aos códigos e seus respectivos sinônimos,
que identificam as correlações identificadas.
Código Sinônimo Técnica de Correlação
0 999
Corresponde a correlação identificada entre duas variáveis
utilizando as três técnicas: Correlação de Pearson, Tau de Kendall
e Rho de Spearman.
1 666
Corresponde a correlação identificada em duas das três técnicas
utilizadas.
2 444
Corresponde a correlação identificada em uma das três técnicas
utilizadas.
3 111
Corresponde a correlação não identificada em nenhuma das três
técnicas utilizadas.
O “código 0” é enfatizado, considerando que este representa forte correlação entre as
variáveis, identificada nas três técnicas utilizadas - Correlação de Pearson, Tau de Kendall e
Rho de Spearman, identificando a existência de forte correlação atestada pelo resultado
apresentado, quando da utilização das três técnicas de correlação consideradas. Os demais
códigos serão ignorados na análise, considerando que a correlação identificada não é
suficientemente forte para tal. Os números 999, 666, 444 e 111, caracterizados como
Tabela 11.1
Legenda de técnicas de correlação participantes.
Fonte: elaboração própria.
125
sinônimos representam respectivamente 0, 1, 2 e 3, utilizados para melhor visualização
gráfica.
A tabela 11.2, reporta forte correlação entre as variáveis que interceptam o número
zero.
Utilização
da Internet
Tempo de
Utilização da
Internet
Pecuária 3 2
Comércio 3 3
Indústria 3 3
Serviços 0 3
Tempo de Atividade
Agrícola
0 2
Nível de Instrução 0 0
Possuí Computador 0 3
Tempo de Utilização
do Computador
0 0
Graficamente, podemos identificar a correlação reportada na tabela 11.2 na forma
abaixo, observando a forte correlação entre as variáveis que se interceptam no valor 999.
Tabela 11.2
Correlação entre as variáveis Pecuária, Comércio, Indústria, Serviços, Tempo de
Atividade Agrícola, Nível de Instrução, Possuí Computador e Tempo de Utilização do
Computador com as variáveis Utilização da Internet e Tempo de Utilização da
Internet.
Fonte: elaboração própria.
126
A tabela 11.3 reporta a interpretação de forte correlação, após processamento de
correlação individualizada entre uma variável alinhada horizontalmente com uma variável
alinha verticalmente, sempre relacionando uma contra outra.
Gráfico 11.1
Visão gráfica de correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.2
Fonte: elaboração própria.
127
VARIÁVEIS COM
FORTE
CORRELAÇÃO
INDICATIVO DE INTERPRETAÇÃO
Setor de Serviços &
Utilização da Internet
Forte indicação de que o produtor de algodão, que atua no Setor de
Serviços, utiliza estrategicamente a Internet
Tempo de Atividade
Agrícola &
Utilização da Internet
Forte indicação de que, quanto maior o tempo de atividade agrícola
do produtor de algodão de Mato Grosso, maior a necessidade de
utilização estratégica da internet, indicando crescente presença da
Tecnologia da Informação nessa atividade agrícola
Nível de Instrução &
Utilização da Internet
& Tempo de
Utilização da Internet
Forte indicação de que quanto maior o Nível de Instrução, maior a
incidência de Utilização da Internet e maior o Tempo de Utilização
da Internet, sendo o nível do estado do conhecimento do produtor
de algodão de Mato Grosso em relação diretamente proporcional a
Utilização da Internet e Tempo de Utilização da Internet
Possuí Computador
& Utilização da
Internet
Forte indicação de que, o produtor de algodão de Mato Grosso
possuí computador e utiliza o mesmo para acessar a internet
Tempo de Utilização
do Computador &
Utilização da Internet
& Tempo de
Utilização da Internet
Forte indicação de que o produtor de algodão de Mato Grosso,
quando possuí computador, utiliza o mesmo para acessar a internet
em média há 05 anos
Tabela 11.3
Interpretação da Correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.2
Fonte: elaboração própria.
128
A tabela 11.4 reporta forte correlação entre as variáveis que interceptam o número
zero.
Grau de
Importância
de Dados
Grau de
Importância de
Informações
Grau de
Utilização de
Dados
Grau de
Utilização de
Informações
Pecuária 3 0 3 0
Comércio 3 3 3 3
Indústria 0 3 3 3
Serviços 3 3 3 3
Tempo de Atividade
Agrícola
3 3 3 3
Nível de Instrução 3 1 3 1
Possuí Computador 3 3 3 3
Tempo de Utilização
do Computador
3 3 3 3
Tabela 11.4
Correlação entre as variáveis Pecuária, Comércio, Indústria, Serviços, Tempo de
Atividade Agrícola, Nível de Instrução, Possuí Computador e Tempo de Utilização
do Computador com as variáveis Grau de Importância de Dados, Grau de
Importância de Informações, Grau de Utilização de Dados e Grau de Utilização de
Informações.
Fonte: elaboração própria.
129
Graficamente, podemos identificar a correlação reportada na tabela 11.4 na forma
abaixo, observando a forte correlação entre as variáveis que se interceptam no valor 999.
Gráfico 11.2
Visão gráfica de correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.3
Fonte: elaboração própria.
130
A tabela 11.5 reporta forte correlação entre as variáveis que interceptam o número
zero.
Grau de
Utilização de
Consultas em
Fonte Pública
Grau de
Utilização de
Consultas em
Fonte Privada
Pecuária 3 3
Comércio 3 3
Indústria 3 3
Serviços 3 3
Tempo de Atividade
Agrícola
3 0
Nível de Instrução 3 1
Possuí Computador 3 3
Tempo de Utilização
do Computador
3 3
Graficamente, podemos identificar a correlação reportada na tabela 11.5 na forma
abaixo, observando a forte correlação entre as variáveis que se interceptam no valor 999.
Tabela 11.5
Correlação entre as variáveis Pecuária, Comércio, Indústria, Serviços, Tempo de
Atividade Agrícola, Nível de Instrução, Possuí Computador e Tempo de Utilização
do Computador com as variáveis Grau de Utilização de Consultas em Fonte Pública e
Grau de Utilização de Consultas em Fonte Privada.
Fonte: elaboração própria.
131
A tabela 11.6 reporta interpretação de forte correlação, após processamento de
correlação individualizada entre uma variável alinhada horizontalmente com uma variável
alinha verticalmente, sempre relacionando uma contra outra.
VARIÁVEIS COM
FORTE
CORRELAÇÃO
INDICATIVO DE INTERPRETAÇÃO
Tempo de Atividade
Agrícola &
Grau de Utilização de
Consultas em Fonte
Privada
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso consulta mais
fontes privadas em detrimento a fontes públicas, apresentando
maior confiabilidade em fontes privadas em detrimento as fontes
públicas, podendo este comportamento estar ligado à questão da
disponibilidade de informações.
Gráfico 11.3
Visão gráfica de correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.5
Fonte: elaboração própria.
Tabela 11.6
Interpretação da Correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.5
Fonte: elaboração própria.
132
A tabela 11.7, reporta forte correlação entre as variáveis que interceptam o número
zero.
Grau de
Utilização de
Informação
de Fonte
Formal
Grau de
Utilização de
Informação
de Fonte
Informal
Grau de
Importância
de Informação
de Fonte
Formal
Grau de
Importância
de Informação
de Fonte
Informal
Pecuária 0 3 3 3
Comércio 3 3 3 3
Indústria 3 3 3 3
Serviços 3 3 3 1
Tempo de Atividade
Agrícola
0 3 0 3
Nível de Instrução 3 3 3 3
Possuí Computador 2 3 3 3
Tempo de Utilização
do Computador
3 3 3 3
Tabela 11.7
Correlação entre as variáveis Pecuária, Comércio, Indústria, Serviços, Tempo de
Atividade Agrícola, Nível de Instrução, Possuí Computador e Tempo de Utilização
do Computador com as variáveis Grau de Utilização em Fonte Formal , Grau de
Utilização de Informação em Fonte Informal, Grau de Importância de Informação em
Fonte Formal e Grau de Importância de Informação em Fonte Informal.
Fonte: elaboração própria.
133
Graficamente, podemos identificar a correlação reportada na tabela 11.7, na forma
abaixo, observando a forte correlação entre as variáveis que se interceptam no valor 999.
Gráfico 11.4
Visão gráfica de correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.7
Fonte: elaboração própria.
134
A tabela 11.8 reporta a interpretação de forte correlação, após processamento de
correlação individualizada entre uma variável alinhada horizontalmente com uma variável
alinha verticalmente, sempre relacionando uma contra outra.
VARIÁVEIS COM
FORTE
CORRELAÇÃO
INDICATIVO DE INTERPRETAÇÃO
Pecuária &
Grau de Utilização de
Informação de Fonte
Formal
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso, quando também
está inserido no setor da Pecuária, atribuí maior grau de importância
a utilização de informação adquiridas em fontes formais em
detrimento as fontes informais;
Tempo de Atividade
Agrícola & Grau de
Utilização de
Informação de Fonte
Formal
Indica que, quanto maior o tempo do produtor de algodão de Mato
Grosso na atividade agrícola, maior é a utilização da informação
proveniente de fontes formais e maior é o grau de importância
atribuído as fontes formais pelo produtor de algodão de Mato
Grosso.
Tabela 11.8
Interpretação da Correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.7
Fonte: elaboração própria.
135
A tabela 11.9 reporta forte correlação entre as variáveis que interceptam o número
zero.
Clima /
Metereol
ogia
Setor
Público
Via
Internet
Clima /
Metereol
ogia
Setor
Privado
Via
Internet
Clima /
Metereol
ogia
Setor
Público
Sem
Internet
Clima /
Metereol
ogia
Setor
Privado
Sem
Internet
Clima /
Metereolo
gia
Informação
Via
Internet
Clima /
Metereo
logia
Dados
Via
Internet
Clima /
Metereolog
ia
Informação
Sem
Internet
Clima /
Metereo
logia
Dados
Sem
Internet
Pecuária 3 0 3 3 3 0 0 3
Comércio 2 3 3 3 3 3 3 3
Indústria 3 3 3 3 3 0 0 1
Serviços
0 3 0 3 3 0 3 0
Tempo de
Atividade
Agrícola
3 3 3 3 3 3 3 3
Nível de
Instrução
3
0 3 3 3 3 3 1
Possuí
Computador
3 3 3 3 3 3 3 3
Tempo de
Utilização do
Computador
3 3 3 3 2
0 3 0
Graficamente, podemos identificar a correlação reportada na tabela 11.9 na forma
abaixo, observando a forte correlação entre as variáveis que se interceptam no valor 999.
Tabela 11.9
Correlação entre as variáveis Pecuária, Comércio, Indústria, Serviços, Tempo de Atividade
Agrícola, Nível de Instrução, Possuí Computador e Tempo de Utilização do Computador com
as variáveis Clima/Metereologia - Setor Público Via Internet, Clima/Metereologia - Setor
Privado Via Internet, Clima/Metereologia - Setor Público Sem Internet, Clima/Metereologia -
Setor Privado Sem Internet, Clima/Metereologia - Informação Via Internet,
Clima/Metereologia - Dados Via Internet, Clima/Metereologia - Informação Sem Internet e
Clima/Metereologia - Dados Sem Internet.
Fonte: elaboração própria.
136
Gráfico 11.5
Visão gráfica de correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.8
Fonte: elaboração própria.
137
A tabela 11.10 reporta a interpretação de forte correlação, após processamento de
correlação individualizada entre uma variável alinhada horizontalmente com uma variável
alinha verticalmente, sempre relacionando uma contra outra.
VARIÁVEIS COM FORTE
CORRELAÇÃO
INDICATIVO DE INTERPRETAÇÃO
Pecuária &
Clima/Metereologia - Setor
Privado Via Internet,
Clima/Metereologia - Dados
Via Internet e
Clima/Metereologia -
Informação Sem Internet
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso,
quando também está inserido no setor da Pecuária,
prioriza o setor privado, utilizando o ferramental internet,
na busca por dados e informações inerentes a
Clima/Metereologia, sendo que também busca a
informação inerente a Clima/Metereologia em meios
físicos sem a utilização da Internet;
Indústria &
Clima/Metereologia - Dados
Via Internet e
Clima/Metereologia -
Informação Sem Internet
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso,
quando também está inserido no setor Industrial, prioriza
a busca de dados de seu interesse utilizando o ferramental
Internet, sendo que também busca informações não
utilizando o ferramental internet;
Serviços & Clima/Metereologia
- Setor Público Via Internet,
Clima/Metereologia - Setor
Público Sem Internet,
Clima/Metereologia - Dados
Via Internet e
Clima/Metereologia - Dados
Sem Internet
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso,
quando também está inserido no setor de Serviços,
prioriza o setor público, utilizando e não utilizando o
ferramental internet na busca por dados em detrimento as
informações, inerentes a Clima/Metereologia de interesse
do produtor de algodão de Mato Grosso;
Nível de instrução &
Clima/Metereologia - Setor
Privado Via Internet
Indica que, quanto maior o nível de instrução do produtor
de algodão de Mato Grosso, maior será sua tendência em
buscar informações inerentes a Clima/Metereologia no
setor privado, utilizando o ferramental internet;
Tempo de Utilização do
Computador &
Clima/Metereologia - Dados
Via Internet e
Clima/Metereologia - Dados
Sem Internet
Indica que, quanto maior o tempo de utilização do
computador pelo produtor de algodão de Mato Grosso,
maior será sua tendência em buscar dados inerentes a
Clima/Metereologia, utilizando e não utilizando o
ferramental internet.
Tabela 11.10
Interpretação da Correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.9
Fonte: elaboração própria.
138
A tabela 11.11 reporta forte correlação entre as variáveis que interceptam o número
zero.
Estimativa
de
Produção /
Safra
Setor
Público Via
Internet
Estimativa
de
Produção /
Safra
Setor
Privado Via
Internet
Estimativa
de
Produção/
Safra
Setor
Público
Sem
Internet
Estimativa
de
Produção /
Safra
Setor
Privado
Sem
Internet
Estimativ
a de
Produção
/ Safra
Informaç
ão Via
Internet
Estimativa
de
Produção
/ Safra
Dados Via
Internet
Estimativa
de
Produção
/ Safra
Informaçã
o Sem
Internet
Estimativa
de
Produção
/ Safra
Dados
Sem
Internet
Pecuária 0 3 3 3 1 3 3 3
Comércio 3 3 3 3 3 3 3 3
Indústria 3 3 3 3 3 3 3 3
Serviços 3 3 3 3 3 3 3
0
Tempo de
Atividade
Agrícola
3 0 3 3 3 3 3 3
Nível de
Instrução
3 3 3 3 3 3 3 1
Possuí
Computador
3 3 3 3 3 3 3 3
Tempo de
Utilização do
Computador
2 3 3 3 2 3 3 3
Graficamente, podemos identificar a correlação reportada na tabela 11.11 na forma
abaixo, observando a forte correlação entre as variáveis que se interceptam no valor 999.
Tabela 11.11
Correlação entre as variáveis Pecuária, Comércio, Indústria, Serviços, Tempo de
Atividade Agrícola, Nível de Instrução, Possuí Computador e Tempo de Utilização
do Computador com as variáveis Estimativa de Produção / Safra - Setor Público Via
Internet, Estimativa de Produção / Safra - Setor Privado Via Internet, Estimativa de
Produção/ Safra - Setor Público Sem Internet, Estimativa de Produção / Safra - Setor
Privado Sem Internet, Estimativa de Produção / Safra - Informação Via Internet,
Estimativa de Produção / Safra - Dados Via Internet, Estimativa de Produção / Safra -
Informação Sem Internet e Estimativa de Produção / Safra - Dados Sem Internet.
Fonte: elaboração própria.
139
Gráfico 11.6
Visão gráfica de correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.11
Fonte: elaboração própria.
140
A tabela 11.12 reporta a interpretação de forte correlação, após processamento de
correlação individualizada entre uma variável alinhada horizontalmente com uma variável
alinha verticalmente, sempre relacionando uma contra outra.
VARIÁVEIS COM
FORTE
CORRELAÇÃO
INDICATIVO DE INTERPRETAÇÃO
Pecuária &
Estimativa de
Produção/Safra -
Setor Público Via
Internet
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso, quando também
está inserido no setor da Pecuária, prioriza o setor público,
utilizando o ferramental internet, na busca por informações
inerentes a estimativa de produção e safra de seu interesse;
Serviços & Estimativa
de Produção/Safra -
Dados Sem Internet
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso, quando também
está inserido no setor de Serviços, prioriza a utilização de dados
inerentes a estimativa de produção e safra, não utilizando o
ferramental internet para obtê-los;
Tempo de Atividade
Agrícola &
Estimativa de
Produção/Safra -
Setor Privado Via
Internet
Indica que, quanto maior o tempo de atividade agrícola do produtor
de algodão de Mato Grosso, maior será sua tendência em buscar
informações inerentes a estimativa de produção e safra, utilizando o
ferramental internet, no setor privado.
Tabela 11.12
Interpretação da Correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.11
Fonte: elaboração própria.
141
A tabela 11.13, reporta forte correlação entre as variáveis que interceptam o número
zero.
Preços
do
Produto
Setor
Público
Via
Internet
Preços
do
Produto
Setor
Privado
Via
Internet
Preços
do
Produto
Setor
Público
Sem
Internet
Preços
do
Produto
Setor
Privado
Sem
Internet
Preços
do
Produto
Informação
Via Internet
Preços
do
Produto
Dados
Via
Internet
Preços do
Produto
Informação
Sem
Internet
Preços
do
Produto
Dados
Sem
Internet
Pecuária 3 0 3 0 3 3 3 3
Comércio 3 0 3 3 3 3 3 3
Indústria 3 0 3 3 3 3 3 3
Serviços 3 3 3 3 3 3 3 3
Tempo de
Atividade
Agrícola
3 3 3 3 3 3 3 3
Nível de
Instrução
3 3 3
0 3 3 3 3
Possuí
Computador
3 3 3 3 3 3 3 3
Tempo de
Utilização do
Computador
0 3 3 3 3 3 3 3
Graficamente, podemos identificar a correlação reportada na tabela 11.13 na forma
abaixo, observando a forte correlação entre as variáveis que se interceptam no valor 999.
Tabela 11.13
Correlação entre as variáveis Pecuária, Comércio, Indústria, Serviços, Tempo de
Atividade Agrícola, Nível de Instrução, Possuí Computador e Tempo de Utilização
do Computador com as variáveis Preços do Produto - Setor Público Via Internet,
Preços do Produto - Setor Privado Via Internet, Preços do Produto - Setor Público
Sem Internet, Preços do Produto - Setor Privado Sem Internet , Preços do Produto -
Informação Via Internet, Preços do Produto - Dados Via Internet, Preços do Produto -
Informação Sem Internet e Preços do Produto - Dados Sem Internet.
Fonte: elaboração própria.
142
A tabela 11.14 reporta a interpretação de forte correlação, após processamento de
correlação individualizada entre uma variável alinhada horizontalmente com uma variável
alinha verticalmente, sempre relacionando uma contra outra.
Gráfico 11.7
Visão gráfica de correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.13
Fonte: elaboração própria.
143
VARIÁVEIS COM
FORTE
CORRELAÇÃO
INDICATIVO DE INTERPRETAÇÃO
Pecuária &
Preços do Produto -
Setor Privado Via
Internet e Preços do
Produto - Setor
Privado Sem Internet
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso, quando também
está inserido no setor da Pecuária, prioriza o setor privado,
utilizando e não utilizando o ferramental internet na busca por
informação inerente a preços do produto de seu interesse;
Comércio &
Preços do Produto -
Setor Privado Via
Internet
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso, quando também
está inserido no comércio, prioriza o setor privado, utilizando o
ferramental Internet na busca por informação inerente a preços do
produto de seu interesse;
Indústria &
Preços do Produto -
Setor Privado Via
Internet
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso, quando também
está inserido na indústria, prioriza o setor privado, utilizando o
ferramental Internet, na busca por informação inerente a preços do
produto de seu interesse;
Nível de Instrução &
Preços do Produto -
Setor Privado Sem
Internet
Indica o seguinte: quanto maior o nível de instrução do produtor de
algodão de Mato Grosso, maior será sua tendência em buscar
informações inerentes a preços do produto no setor privado, não
utilizando o ferramental internet. Esta correlação indica certo grau
de desconfiança do produtor de algodão de Mato Grosso, quanto a
informação inerente a preços do produto, disponibilizada na
Internet, a ponto deste buscar em meios físicos, como pesquisa de
preços “in loco”, buscando obter confiabilidade das informações
demandadas;
Tempo de Utilização
do Computador &
Preços do Produto -
Setor Público Via
Internet
Indica o seguinte: quanto maior o tempo de utilização do
computador pelo produtor de algodão de Mato Grosso, maior será
sua tendência em buscar informações inerentes a preços do produto
no setor público, utilizando o ferramental internet.
Tabela 11.14
Interpretação da Correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.13
Fonte: elaboração própria.
144
A tabela 11.15, reporta forte correlação entre as variáveis que interceptam o número
zero.
Análise do
Mercado
Nacional
do
Algodão
Setor
Público Via
Internet
Análise do
Mercado
Nacional
do
Algodão
Setor
Privado
Via
Internet
Análise
do
Mercado
Nacional
do
Algodão
Setor
Público
Sem
Internet
Análise
do
Mercado
Nacional
do
Algodão
Setor
Privado
Sem
Internet
Análise do
Mercado
Nacional do
Algodão
Informação
Via Internet
Análise
do
Mercado
Nacional
do
Algodão
Dados
Via
Internet
Análise do
Mercado
Nacional do
Algodão
Informação
Sem
Internet
Análise
do
Mercado
Nacional
do
Algodão
Dados
Sem
Internet
Pecuária 3 3 3 3 3 3 3 3
Comércio 3 3 3 3 3 3 3 3
Indústria 3 3 3 3 3 3 3 0
Serviços 3 3
0333 3 3
Tempo de
Atividade
Agrícola
3 3 3 3 3 3 3 3
Nível de
Instrução
3 3 3 3 3 3 3 3
Possuí
Computador
3 0 3 3 3 3 3 3
Tempo de
Utilização
do
Computador
0 3 0333 1 3
Tabela 11.15
Correlação entre as variáveis Pecuária, Comércio, Indústria, Serviços, Tempo de
Atividade Agrícola, Nível de Instrução, Possuí Computador e Tempo de Utilização
do Computador com as variáveis Análise do Mercado Nacional do Algodão - Setor
Público Via Internet, Análise do Mercado Nacional do Algodão - Setor Privado Via
Internet, Análise do Mercado Nacional do Algodão - Setor Público Sem Internet,
Análise do Mercado Nacional do Algodão - Setor Privado Sem Internet, Análise do
Mercado Nacional do Algodão - Informação Via Internet, Análise do Mercado
Nacional do Algodão - Dados Via Internet, Análise do Mercado Nacional do
Algodão - Informação Sem Internet e Análise do Mercado Nacional do Algodão -
Dados Sem Internet.
Fonte: elaboração própria.
145
Graficamente, podemos identificar a correlação reportada na tabela 11.15 na forma
abaixo, observando a forte correlação entre as variáveis que se interceptam no valor 999.
A tabela 11.16 reporta a interpretação de forte correlação, após processamento de
correlação individualizada entre uma variável alinhada horizontalmente com uma variável
alinha verticalmente, sempre relacionando uma contra outra.
Gráfico 11.8
Visão gráfica de correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.15
Fonte: elaboração própria.
146
VARIÁVEIS COM
FORTE
CORRELAÇÃO
INDICATIVO DE INTERPRETAÇÃO
Indústria &
Análise do Mercado
Nacional do Algodão -
Dados Sem Internet
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso, quando também
está inserido na indústria, prioriza os dados em detrimento as
informações, não utilizando o ferramental Internet na busca por
dados para análise do mercado nacional do algodão;
Serviços &
Análise do Mercado
Nacional do Algodão -
Setor Público Sem
Internet
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso, quando também
está inserido no setor de serviços, prioriza o setor público, não
utilizando o ferramental Internet na busca por informações para
análise do mercado nacional do algodão;
Possuí Computador &
Análise do Mercado
Nacional do Algodão -
Setor Privado Via
Internet
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso, quando possuí
computador prioriza o setor privado, utilizando o ferramental
Internet na busca por informações para análise do mercado nacional
do algodão;
Tempo de Utilização
do Computador &
Análise do Mercado
Nacional do Algodão -
Setor Público Via
Internet e Análise do
Mercado Nacional do
Algodão - Setor
Público Sem Internet
Indica o seguinte: quanto maior o tempo de utilização do
computador pelo produtor de algodão de Mato Grosso, maior será
sua tendência em buscar informações, utilizando e não utilizando o
ferramental internet para análise do mercado nacional do algodão.
Tabela 11.16
Interpretação da Correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.15
Fonte: elaboração própria.
147
A tabela 11.17 reporta forte correlação entre as variáveis que interceptam o número
zero.
Análise do
Mercado
Internacional
do Algodão
Setor Público
Via Internet
Análise do
Mercado
Internacional
do Algodão
Setor
Privado Via
Internet
Análise do
Mercado
Internacional
do Algodão
Setor Público
Sem Internet
Análise do
Mercado
Internacional
do Algodão
Setor
Privado Sem
Internet
Análise do
Mercado
Internacional
do Algodão
Informação
Via Internet
Análise do
Mercado
Internacional
do Algodão
Dados Via
Internet
Análise do
Mercado
Internacional
do Algodão
Informação
Sem Internet
Análise do
Mercado
Internacional
do Algodão
Dados Sem
Internet
Pecuária 3 3 3 3 2 1 3 3
Comércio 3 3 0 3 3 3 0 0
Indústria 0 0 0 3 3 3 3 0
Serviços 3 3
0 3 3 3 3 3
Tempo de
Atividade
Agrícola
3 3 3 3 3 3 3 3
Nível de
Instrução
3 3 3 3 0 0 3 3
Possuí
Computador
3 0 3 3 3 3 3 3
Tempo de
Utilização
do
Computador
0 3 0 3 3 3 1 3
Tabela 11.17
Correlação entre as variáveis Pecuária, Comércio, Indústria, Serviços, Tempo de
Atividade Agrícola, Nível de Instrução, Possuí Computador e Tempo de Utilização
do Computador com as variáveis Análise do Mercado Internacional do Algodão -
Setor Público Via Internet , Análise do Mercado Internacional do Algodão - Setor
Privado Via Internet, Análise do Mercado Internacional do Algodão - Setor Público
Sem Internet, Análise do Mercado Internacional do Algodão - Setor Privado Sem
Internet, Análise do Mercado Internacional do Algodão - Informação Via Internet,
Análise do Mercado Internacional do Algodão - Dados Via Internet, Análise do
Mercado Internacional do Algodão - Informação Sem Internet e Análise do Mercado
Internacional do Algodão - Dados Sem Internet.
Fonte: elaboração própria.
148
Graficamente, podemos identificar a correlação reportada na tabela 11.15 na forma
abaixo, observando a forte correlação entre as variáveis que se interceptam no valor 999.
A tabela 11.18 reporta a interpretação de forte correlação, após processamento de
correlação individualizada entre uma variável alinhada horizontalmente com uma variável
alinha verticalmente, sempre relacionando uma contra outra.
Gráfico 11.9
Visão gráfica de correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.17
Fonte: elaboração própria.
149
VARIÁVEIS COM FORTE CORRELAÇÃO INDICATIVO DE INTERPRETAÇÃO
Comércio & Análise do Mercado
Internacional do Algodão - Setor Público
Sem Internet, Análise do Mercado
Internacional do Algodão - Informação Sem
Internet e Análise do Mercado Internacional
do Algodão - Dados Sem Internet
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso,
quando também está inserido no comércio, prioriza
o setor público, em detrimento ao setor privado, na
busca de dados e informações, não utilizando o
ferramental Internet para análise do mercado
internacional do algodão;
Indústria & Análise do Mercado
Internacional do Algodão - Setor Público Via
Internet, Análise do Mercado Internacional
do Algodão - Setor Privado Via Internet,
Análise do Mercado Internacional do
Algodão - Setor Público Sem Internet e
Análise do Mercado Internacional do
Algodão - Dados Sem Internet
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso,
quando também está inserido no setor industrial,
busca informações no setor público e setor privado,
utilizando e não utilizando o ferramental Internet,
dando maior ênfase aos dados, coletados
fisicamente sem o ferramental internet para análise
do mercado internacional do algodão;
Serviços & Análise do Mercado
Internacional do Algodão - Setor Público
Sem Internet
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso,
quando também está inserido no setor de serviços,
prioriza o setor público, em detrimento ao setor
privado, não utilizando o ferramental Internet, na
busca de informações para análise do mercado
internacional do algodão;
Nível de Instrução & Análise do Mercado
Internacional do Algodão - Informação Via
Internet e Análise do Mercado Internacional
do Algodão - Dados Via Internet
Indica o seguinte: quanto maior o Nível de
Instrução do produtor de algodão de Mato Grosso,
maior será sua tendência em buscar dados e
informações, utilizando o ferramental internet, para
análise do mercado internacional do algodão;
Possuí Computador & Análise do Mercado
Internacional do Algodão - Setor Privado Via
Internet
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso,
quando possuí computador, prioriza o setor
privado, utilizando o ferramental Internet na busca
por informações para análise do mercado
internacional do algodão;
Tempo de Utilização do Computador &
Análise do Mercado Internacional do
Algodão - Setor Público Via Internet e
Análise do Mercado Internacional do
Algodão - Setor Público Sem Internet
Indica o seguinte: quanto maior o tempo de
utilização do computador pelo produtor de algodão
de Mato Grosso, maior será sua tendência em
buscar informações no setor público, utilizando e
não utilizando o ferramental internet, para análise
do mercado internacional do algodão.
Tabela 11.18
Interpretação da Correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.17
Fonte: elaboração própria.
150
A tabela 11.19, reporta forte correlação entre as variáveis que interceptam o número
zero.
Cons.
Diárias
Via
Internet
Cons.
Diárias
Sem
Internet
Cons.
Semanais
Via
Internet
Cons.
Semanais
Sem
Internet
Cons.
Mensais
Via
Internet
Cons.
Mensais
Sem
Internet
Cons.
Anuais
Via
Internet
Cons.
Anuais
Sem
Internet
Cons.
Custo
Anual
Cons.
Nível de
Importâ
ncia
Pecuária 0 0 0 3 3 3 3 3 3 0
Comércio 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
Indústria 0 0 0 2 0 3 0 3 3 0
Serviços 2 3 3 3 2 3 2 3 1 3
Tempo de
Atividade
Agrícola
3 3 3 3 3 3 3 2 3 3
Nível de
Instrução
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
Possuí
Computador
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
Tempo de
Utilização do
Computador
0 0 0 0 0 2 0 0 3 3
Tabela 11.19
Correlação entre as variáveis Pecuária, Comércio, Indústria, Serviços, Tempo de
Atividade Agrícola, Nível de Instrução, Possuí Computador e Tempo de Utilização
do Computador com as variáveis Consultorias Diárias Via Internet, Consultorias
Diárias Sem Internet, Consultorias Semanais Via Internet, Consultorias Semanais
Sem Internet, Consultorias Mensais Via Internet, Consultorias Mensais Sem Internet,
Consultorias Anuais Via Internet, Consultorias Anuais Sem Internet Consultorias -
Custo Anual e Consultorias - Nível de Importância.
Fonte: elaboração própria.
151
No gráfico 11.10, podemos identificar a correlação reportada na tabela 11.19 na forma
abaixo, observando a forte correlação entre as variáveis que se interceptam no valor 999.
A tabela 11.20 reporta a interpretação de forte correlação, após processamento de
correlação individualizada entre uma variável alinhada horizontalmente com uma variável
alinha verticalmente, sempre relacionando uma contra outra.
Gráfico 11.10
Visão gráfica de correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.19
Fonte: elaboração própria.
152
VARIÁVEIS COM FORTE
CORRELAÇÃO
INDICATIVO DE INTERPRETAÇÃO
Pecuária &
Consultorias Diárias Via
Internet, Consultorias Diárias
Sem Internet, Consultorias
Semanais Via Internet e
Consultorias - Nível de
Importância Internacional do
Algodão - Dados Sem Internet
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso,
quando também está inserido na pecuária, prioriza
consultorias diárias utilizando e não utilizando o
ferramental Internet. Prioriza consultorias semanais,
utilizando o ferramental Internet. Sempre atribuindo
importância as consultorias em relação ao sucesso de
seu negócio;
Indústria & Consultorias
Diárias Via Internet,
Consultorias Diárias Sem
Internet, Consultorias Semanais
Via Internet, Consultorias
Mensais Via Internet,
Consultorias Anuais Via Internet
e Consultorias - Nível de
Importância
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso,
quando também está inserido na indústria, prioriza
consultorias diárias, utilizando e não utilizando o
ferramental Internet. Prioriza consultorias semanais,
utilizando o ferramental Internet. Prioriza consultorias
mensais e anuais, utilizando o ferramental Internet.
Sempre atribuindo importância as consultorias em
relação ao sucesso de seu negócio;
Tempo de Utilização do
Computador & Consultorias
Diárias Via Internet,
Consultorias Diárias Sem
Internet, Consultorias Semanais
Via Internet, Consultorias
Semanais Sem Internet,
Consultorias Mensais Via
Internet, Consultorias Anuais
Via Internet e Consultorias
Anuais Sem Internet
Indica o seguinte: quanto maior o tempo de utilização
do computador pelo produtor de algodão de Mato
Grosso, maior será sua tendência em buscar
consultorias diárias e semanais, utilizando e não
utilizando o ferramental internet e, consultorias mensais
e anuais utilizando o ferramental internet.
Tabela 11.20
Interpretação da Correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.19
Fonte: elaboração própria.
153
A tabela 11.21 reporta forte correlação entre as variáveis que interceptam o número
zero.
Conferências
e Seminários
Diários Via
Internet
Conferências
e Seminários
Diários
Sem
Internet
Conferências e
Seminários Semanal
Via Internet
Pecuária 0 0 0
Comércio 3 3 3
Indústria 3 3 3
Serviços 3 3 3
Tempo de Atividade
Agrícola
3 2 2
Nível de Instrução
0 3 0
Possuí Computador 3 3 3
Tempo de Utilização do
Computador
2 2 2
No gráfico 11.11, podemos identificar a correlação reportada na tabela 11.21 na forma
abaixo, observando a forte correlação entre as variáveis que se interceptam no valor 999.
Tabela 11.21
Correlação entre as variáveis Pecuária, Comércio, Indústria, Serviços, Tempo de
Atividade Agrícola, Nível de Instrução, Possuí Computador e Tempo de Utilização
do Computador com as variáveis Conferências e Seminários - Diários Via Internet,
Conferências e Seminários - Diários Sem Internet e, Conferências e Seminários -
Semanal Via Internet.
Fonte: elaboração própria.
154
A tabela 11.22 reporta a interpretação de forte correlação, após processamento de
correlação individualizada entre uma variável alinhada horizontalmente com uma variável
alinha verticalmente, sempre relacionando uma contra outra.
Gráfico 11.11
Visão gráfica de correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.21
Fonte: elaboração própria.
155
VARIÁVEIS COM FORTE
CORRELAÇÃO
INDICATIVO DE INTERPRETAÇÃO
Pecuária &
Conferências e Seminários -
Diários Via Internet,
Conferências e Seminários -
Diários Sem Internet e
Conferências e Seminários -
Semanal Via Internet
Indica que o produtor de algodão de Mato Grosso,
quando também está inserido na pecuária, busca
atualização inerente ao conhecimento do seu negócio,
em conferências e seminários, utilizando e não
utilizando o ferramental Internet em periodicidade
diária e, em periodicidade semanal, utilizando o
ferramental Internet;
Nível de Instrução &
Conferências e Seminários -
Diários Via Internet e
Conferências e Seminários -
Semanal Via Internet
Indica o seguinte: quanto maior o Nível de Instrução do
produtor de algodão de Mato Grosso, maior será sua
tendência em buscar atualização do conhecimento em
Conferências e Seminários, em periodicidade diária e
semanal, utilizando o ferramental Internet;
Tempo de Utilização do
Computador & Consultorias
Diárias Via Internet,
Consultorias Diárias Sem
Internet, Consultorias Semanais
Via Internet, Consultorias
Semanais Sem Internet,
Consultorias Mensais Via
Internet, Consultorias Anuais
Via Internet e Consultorias
Anuais Sem Internet
Indica o seguinte: quanto maior o tempo de utilização
do computador pelo produtor de algodão de Mato
Grosso, maior será sua tendência em buscar
consultorias diárias e semanais, utilizando e não
utilizando o ferramental internet e, consultorias mensais
e anuais utilizando o ferramental internet.
Tabela 11.22
Interpretação da Correlação entre as variáveis reportadas na tabela 11.21
Fonte: elaboração própria.
156
11.1.2 Análise de Regressão
A análise de correlação efetuada neste trabalho, tem por objetivo identificar níveis de
importância de dados e informações atribuídos pelo produtor de algodão de Mato Grosso, que
atuam também no setor industrial, de serviços, comercial ou com base no tempo de atividade
agrícola, nível de instrução, se possui computador e tempo que possui computador, sempre
versus variáveis capturadas no questionário de pesquisa. É importante explicitar que o modelo
de regressão é aqui utilizado, única e exclusivamente, para identificar o comportamento da
importância atribuída pelo produtor de algodão de Mato Grosso aos dados e informações, não
sendo o modelo de regressão utilizado como modelo econométrico.
Desta forma, identificaremos dentre as variáveis que apresentaram forte correlação no
modelo de análise de correlação, quais são consideradas de maior importância para o produtor
de algodão de Mato Grosso, sempre referenciando as variáveis indicadas como mais
importantes com duplo asterisco (**) .
11.1.2.1 Análise de Regressão I
Pecuária versus importância informações, utilização informações, utilização
formal, utilização internet, utilizão revistas, utilização boletins,
Técnicas Agronômicas Setor Privado Sem Internet, Técnicas
Agronômicas Dados Via Internet, Técnicas Agronômicas Dados
Sem Internet, Aquisição/Custos Insumos Informação Via
Internet, Clima/Metereologia Setor Privado Via Internet,
Clima/Metereologia Dados Via Internet, Estimativa
Produção/Safra Setor Publico Via Internet, Preços do Produto
Setor Privado Via Internet, Preços do Produto Setor Privado Sem
Internet, Consultoria Diária Via Internet, Consultoria Diária Sem
Internet, Consultoria Semanal Via Internet, Consultoria
Importância, Seminário Diário Via Internet, Seminário Diário
Sem Internet, Seminário Semanal Via Internet.
Tabela 11.23
Variáveis participantes da Análise de Regressão I
Fonte: elaboração própria.
157
Equação de Regressão 1:
Pecuária = - 0,136 + 0,142 importância informações + 0,0021 utilização informações
- 0,0329 utilização formal + 0,0540 utilização internet - 0,0096 utilização
revistas + 0,0254 utilização boletins - 0,051 Técnicas Agronômicas Setor
Privado Sem Internet - 0,050 Técnicas Agronômicas Dados Via Internet +
0,0987 Técnicas Agronômicas Dados Sem Internet - 0,128 Aquisição/Custos
Insumos Informação Via Internet + 0,081 Clima/Metereologia Setor
Privado Via Internet - 0,177 Clima/Metereologia Dados Via Internet +
0,259 Estimativa Produção/Safra Setor Publico Via Internet - 0,0861 Preços
do Produto Setor Privado Via Internet + 0,097 Preços do Produto Setor
Privado Sem Internet + 0,024 Consultoria Diária Via Internet - 0,080
Consultoria Diária Sem Internet + 0,012 Consultoria Semanal Via Internet
+ 0,0597 Consultoria Importância - 0,415 Seminário Diário Via Internet -
0,084 Seminário Diário Sem Internet + 0,234 Seminário Semanal Via
Internet
A tabela 11.24 expressa o resultado da Análise de Regressão, operacionalizando a
Equação de Regressão 1, considerando as variáveis reportadas na tabela 11.23.
158
Prognóstico Coef. Coef. de
EE
T P
Constante
-0,1362 0,4556 -0,30 0,766
Importância informações
0,14188 0,06439 2,20 0,031 **
Utilização informações
0,00211 0,04943 0,04 0,966
Utilização formal
-0,03286 0,03731 -0,88 0,382
Utilização internet
0,05396 0,03489 1,55 0,127
Utilização revistas
-0,00958
0,03076 -0,31 0,757
Utilização boletins
0,02539
0,03358 0,76 0,452
Técnicas Agronômicas Setor Privado
Sem Internet
-0,0513 0,1087 -0,47 0,639
Técnicas Agronômicas Dados Via
Internet
-0,0503 0,1030 -0,49 0,627
Técnicas Agronômicas Dados Sem
Internet
0,09868 0,08529 1,16 0,252
Aquisição/Custos Insumos Informação
Via Internet
-0,1278 0,1054 -1,21 0,230
Clima/Metereologia Setor Privado Via
Internet
0,0807 0,1014 0,80 0,429
Clima/Metereologia Dados Via Internet
-0,1767 0,1154 -1,53 0,130
Estimativa Producao/Safra Setor Publico
Via Internet
0,2594 0,1128 2,30 0,025 **
Preços do Produto Setor Privado Via
Internet
-0,08610 0,09433 -0,91 0,365
Preços do Produto Setor Privado Sem
Internet
0,0975 0,1074 0,91 0,367
Consultoria Diária Via Internet
0,0242 0,1263 0,19 0,849
Consultoria Diária Sem Internet
-0,0795 0,1221 -0,65 0,517
Consultoria Semanal Via Internet
0,0120 0,1410 0,09 0,932
Consultoria Importância
0,05975 0,05081 1,18 0,244
Seminário Diário Via Internet
-0,4151 0,3394 -1,22 0,226
Seminário Diário Sem Internet
-0,0843 0,2628 -0,32 0,749
Seminário Semanal Via Internet
0,2339 0,2984 0,78 0,436
Tabela 11.24
Análise de Regressão das variáveis reportadas na tabela 11.23
Fonte: elaboração própria.
159
A tabela 11.24 reporta a Análise de Regressão, operacionalizando a Equação de
Regressão 1, efetuada considerando as variáveis reportadas na tabela 11.23, que indica as
variáveis “Importância Informações” e “Estimativa Produção/Safra Setor Publico Via
Internet” como as mais importantes para o produtor de algodão do Estado de Mato Grosso
que atua também setor da pecuária.
A seguir, reporta-se análise de regressão, considerando as variáveis encontradas como
as mais importantes para o produtor de algodão de Mato Grosso, operacionalizando a
Equação de Regressão 2.
Pecuária versus Estimativa Produção/Safra Setor Publico Via Internet,
Importância Informações
A Equação de Regressão 2 considera as variáveis encontradas como mais importantes
para o produtor de algodão de Mato Grosso, a partir da operacionalização da Equação de
Regressão 1.
Equação de Regressão 2:
Pecuária = -0,209 + 0,185 Estimativa Produção/Safra Setor Publico Via Internet +
0,185 importância informações
Tabela 11.25
Variáveis participantes da Análise de Regressão, operacionalizando a Equação de
Regressão 2, considerando as variáveis encontradas
como as mais importantes para
o produtor de algodão do Estado de Mato Grosso que atua também setor da pecuária.
Fonte: elaboração própria.
160
A tabela 11.26 expressa o resultado da análise de regressão, operacionalizando a
Equação de Regressão 2, considerando as variáveis encontradas como as mais importantes
para o produtor de algodão de Mato Grosso.
Prognóstico Coef
Coef. De EE T P
Constante
-0,2091
0,3901 -0,54 0,593
Estimativa Produção/Safra Setor
Público Via Internet
0,18457 0,08054 2,29 0,024 **
Importância informações
0,18502 0,04278 4,32 0,000 **
A tabela 11.26 reporta a Análise de Regressão, operacionalizando a Equação de
Regressão 2, que indica as variáveis “Importância Informações” e “Estimativa
Produção/Safra Setor Publico Via Internet” como as mais importantes, onde infere-se que
as duas variáveis apresentam alto grau de importância para o produtor de algodão do Estado
de Mato Grosso, que atua também no setor da pecuária.
Tabela 11.26
Análise de Regressão,
operacionalizando a Equação de Regressão 2, considerando as
variáveis encontradas como as mais importantes, operacionalizando a Equação de
Regressão 1, para o produtor de algodão do Estado de Mato Grosso que atua também
setor da pecuária.
Fonte: elaboração própria.
161
11.1.2.2 Análise de Regressão II
Comércio versus Preços do Produto Setor Privado Via Internet, Análise Mercado
Internacional Setor Publico Sem Internet, Análise Mercado
Internacional Informações Sem Internet, Analise Mercado
Internacional Dados Sem Internet
Equação de Regressão 3 considera as variáveis participantes na tabela 11.27.
Equação de Regressão 3:
Comércio = 1,86 + 0,101 Preços do Produto Setor Privado Via Internet - 0,0466 Análise
Mercado Internacional Setor Publico Sem Internet - 0,0557 Análise
Mercado Internacional Informações Sem Internet - 0,144 Análise Mercado
Internacional Dados Sem Internet
A tabela 11.28 expressa o resultado da Análise de Regressão, considerando as
variáveis reportadas na tabela 11.27, operacionalizando a Equação de Regressão 3.
Prognóstico Coef. Coef.de
EE
T P
Constante
1,85766
0,05528 33,60 0,000 **
Preços do Produto Setor Privado Via
Internet
0,10110 0,03990 2,53 0,013 **
Análise Mercado Internacional Setor
Publico Sem Internet
-
0,04661
0,06763 -0,69 0,493
Análise Mercado Internacional
Informações Sem Internet
-
0,05569
0,07521 -0,74 0,461
Análise Mercado Internacional Dados
Sem Internet
-
0,14353
0,06522 -2,20 0,031
A Equação de Regressão 4 considera a variável encontrada como a mais importante
para o produtor de algodão de Mato Grosso, na análise de regressão operacionalizando a
Equação de Regressão 3.
Tabela 11.27
Variáveis participantes da Análise de Regressão II
Fonte: elaboração própria.
Tabela 11.28
Análise de Regressão das variáveis reportadas na tabela 11.27
Fonte: elaboração própria.
162
Equação de Regressão 4:
Comércio = 1,78 + 0,103 Preços do Produto Setor Privado Via Internet
A tabela 11.29 expressa o resultado da análise de regressão, considerando a variável
encontrada como a mais importante para o produtor de algodão de Mato Grosso,
operacionalizando a Equação de Regressão 4.
Prognóstico
Coef Coef. de
EE
T P
Constante
1,78168
0,05309 33,56 0,000 **
Preços do Produto
Setor Privado Via
Internet
0,10324 0,04146 2,49 0,015 **
A tabela 11.29 reporta a Análise de Regressão, operacionalizada na Equação de
Regressão 4, indica a variável “Preços do Produto Setor Privado Via Internet” como a
mais importante, onde confirma-se que esta variável apresenta alto grau de importância para o
produtor de algodão do Estado de Mato Grosso que atua também no setor do comércio.
Tabela 11.29
Análise de Regressão, operacionalizando a Equação de Regressão 4,
considerando a variável encontrada como a mais importante para o
produtor de algodão do Estado de Mato Grosso que atua também setor do
comércio.
Fonte: elaboração própria.
163
11.1.2.3 Análise de Regressão III
Indústria versus Importância dados, Aquisição/Custo Dados Via Internet,
Aquisição/Custos Insumos Informação Via Internet,
Aquisição/Custo Dados Sem Internet, Preços do Produto Setor
Privado Via Internet, Análise Mercado Nacional Dados Sem
Internet, Análise Mercado Internacional Setor Publico Via
Internet, Análise Mercado Internacional Setor Privado Via
Internet, Análise Mercado Internacional Setor Publico Sem
Internet, Análise Mercado Internacional Dados Sem Internet,
Consultoria Diária Via Internet - 0,103 Consultoria Diária Sem
Internet, Consultoria Semanal Via Internet, Consultoria Mensal
Via Internet, Consultoria Anual Via Internet, Consultoria
Importância
Equação de Regressão 5 considera as variáveis participantes na tabela 11.30.
Equação de Regressão 5:
Indústria = 2,37 - 0,0399 Importância dados - 0,178 Aquisição/Custo Dados Via
Internet + 0,0279 Aquisição/Custos Insumos Informação Via Internet+
0,105 Aquisição/Custo Dados Sem Internet + 0,113 Preços do Produto Setor
Privado Via Internet + 0,0052 Análise Mercado Nacional Dados Sem
Internet - 0,0252 Análise Mercado Internacional Setor Publico Via Internet
- 0,204 Análise Mercado Internacional Setor Privado Via Internet + 0,093
Análise Mercado Internacional Setor Publico Sem Internet - 0,078 Análise
Mercado Internacional Dados Sem Internet - 0,184 Consultoria Diária Via
Internet - 0,103 Consultoria Diária Sem Internet - 0,051 Consultoria
Semanal Via Internet- 0,231 Consultoria Mensal Via Internet + 0,442
Consultoria Anual Via Internet - 0,0634 Consultoria Importância
Tabela 11.30
Variáveis participantes da Análise de Regressão III
Fonte: elaboração própria.
164
A tabela 11.31 expressa o resultado da Análise de Regressão, que considera as
variáveis reportadas na tabela 11.30, operacionalizada na Equação de Regressão 5.
Prognóstico Coef
Coef. de
EE
T P
Constante
2,3741 0,1776 13,37 0,000
**
Importância dados
-0,03985 0,01603 -2,49 0,015
**
Aquisição/Custo Dados Via
Internet
-0,1775 0,1090 -1,63 0,108
Aquisição/Custos Insumos
Informação Via Internet
0,02791 0,07931 0,35 0,726
Aquisição/Custo Dados Sem
Internet
0,10470 0,07135 1,47 0,147
Preços do Produto Setor Privado
Via Internet
0,11335 0,06672 1,70 0,094
Análise Mercado Nacional Dados
Sem Internet
0,00523 0,08889 0,06
0,953
Análise Mercado Internacional
Setor Publico Via Internet
-0,02520 0,08323 -0,30 0,763
Análise Mercado Internacional
Setor Privado Via Internet
-0,20398 0,08690 -2,35 0,022 **
Análise Mercado Internacional
Setor Publico Sem Internet
0,0929 0,1129 0,82 0,414
Análise Mercado Internacional
Dados Sem Internet
-0,0781 0,1039 -0,75 0,455
Consultoria Diária Via Internet
-0,1840 0,1073 -1,72
0,091
Consultoria Diária Sem Internet
-0,10258
0,08179 -1,25 0,214
Consultoria Semanal Via Internet
-0,0507
0,1305 -0,39 0,699
Consultoria Mensal Via Internet
-0,2312
0,1246 -1,86 0,068
Consultoria Anual Via Internet
0,4420
0,2205 2,00
0,049 **
Consultoria Importância
-0,06341 0,04084 -1,55 0,125
Tabela 11.31
Análise de Regressão das variáveis reportadas na tabela 11.30
Fonte: elaboração própria.
165
Equação de Regressão 6 considera as variáveis encontradas como as mais importantes
para o produtor de algodão de Mato Grosso, operacionalizando a Equação de Regressão 5.
Equação de Regressão 6:
Indústria = 2,19 - 0,0316 Importância dados - 0,139 Análise Mercado Internacional
Setor Privado Via Internet - 0,147 Consultoria Anual Via Internet
A tabela 11.32 expressa o resultado da análise de regressão considerando as variáveis
encontradas como as mais importantes para o produtor de algodão de Mato Grosso,
operacionalizando a Equação de Regressão 6.
Prognóstico Coef. Coef. de
EE
T P
Constante
2,1870
0,1166 18,76 0,000 **
Importância dados
-0,03160
0,01374 -2,30 0,024 **
Análise Mercado
Internacional Setor
Privado Via Internet
-0,13884 0,07496 -1,85 0,068
Consultoria Anual
Via Internet
-0,14707 0,07029 -2,09 0,039 **
A tabela 11.32 reporta a Análise de Regressão, operacionalizada na Equação de
Regressão 6, que indica as variáveis “Importância dados” e “Consultoria Anual Via
Internet” como as que apresentam maior grau de importância para o produtor de algodão do
Estado de Mato Grosso, que atua também no setor industrial.
Equação de Regressão 7 considera as variáveis encontradas como as mais importantes
para o produtor de algodão de Mato Grosso, operacionalizando a Equação de Regressão 6.
Tabela 11.32
Análise de Regressão, operacionalizando a Equação de Regressão 6,
considerando as variáveis encontradas como as mais importantes para o
produtor de algodão do Estado de Mato Grosso que atua também setor
industrial.
Fonte: elaboração própria.
166
Equação de Regressão 7:
Indústria = 22,08 - 0,0310 Importância dados - 0,163 Consultoria Anual Via Internet
A tabela 11.33 expressa o resultado da análise de regressão, considerando as variáveis
encontradas como as mais importantes para o produtor de algodão de Mato Grosso,
operacionalizando a Equação de Regressão 7.
Prognóstico
Coef Coef. de EE T P
Constante
2,0813 0,1031 20,19 0,000
**
Importância dados
-0,03104 0,01394 -2,23 0,029
**
Consultoria Anual Via Internet
-0,16342 0,07074 -2,31 0,023
**
A tabela 11.33 reporta a Análise de Regressão, operacionalizada na Equação de
Regressão 7, confirma as variáveis “Importância dados” e “Consultoria Anual Via
Internet” como as que apresentam maior grau de importância para o produtor de algodão do
Estado de Mato Grosso, que atua também no setor industrial.
Tabela 11.33
Análise de Regressão, operacionalizando a Equação de Regressão 7, considerando as
variáveis encontradas como as mais importantes para o produtor de algodão do Estado de
Mato Grosso que atua também setor industrial.
Fonte: elaboração própria.
167
11.1.2.4 Análise de Regressão IV
Serviços versus Utiliza internet, Aquisição/Custo Setor Publico Via Internet,
Aquisição/Custo Setor Publico Sem Internet, Aquisição/Custo
Dados Via Internet, Clima/Metereologia Dados Sem Internet,
Estimativa Produção/Safra Informação Sem Internet, Análise
Nacional Setor Público Sem Internet
Equação de Regressão 5 considera as variáveis participantes na tabela 11.30.
Equação de Regressão 8:
Serviços = 2,59 - 0,608 utiliza internet - 0,0226 Aquisição/Custo Setor Publico Via
Internet - 0,0734 Aquisição/Custo Setor Publico Sem Internet- 0,0885
Aquisição/Custo Dados Via Internet - 0,0461 Clima/Metereologia Dados
Sem Internet + 0,127 Estimativa Produção/Safra Informação Sem Internet
- 0,0517 Análise Nacional Setor Público Sem Internet
Tabela 11.34
Variáveis participantes da Análise de Regressão IV
Fonte: elaboração própria.
168
A tabela 11.35 expressa o resultado da análise de regressão considerando as variáveis
encontradas como as mais importantes para o produtor de algodão de Mato Grosso,
operacionalizando a Equação de Regressão 8.
Prognóstico
Coef Coef. de EE T P
Constante
2,5876 0,1960 13,20 0,000
**
Utiliza internet
-0,6075
0,1883 -3,23 0,002 **
Aquisição/Custo Setor Publico
Via Internet
-,02262 0,08880 -0,25 0,800
Aquisição/Custo Setor Publico
Sem Internet
-,07336 0,05926 -1,24 0,219
Aquisição/Custo Dados Via
Internet
-,08848 0,07218 -1,23 0,224
Clima/Metereologia Dados Sem
Internet
-,04609 0,06640 -0,69 0,490
Estimativa Produção/Safra
Informação Sem Internet
0,12736 0,05782 2,20 0,031 **
Análise Nacional Setor Público
Sem Internet
-,05167 0,07194 -0,72 0,475
A tabela 11.35 reporta a Análise de Regressão, operacionalizada na Equação de
Regressão 8, que indica as variáveis “Utiliza internet” e “Estimativa Produção/Safra
Informação Sem Internet” como as que apresentam maior grau de importância para o
produtor de algodão do Estado de Mato Grosso que atua também no setor de serviços.
Equação de Regressão 9 considera as variáveis encontradas como as mais importantes
para o produtor de algodão de Mato Grosso, operacionalizando a Equação de Regressão 8.
Tabela 11.35
Análise de Regressão, operacionalizando a Equação de Regressão 8,
considerando as variáveis encontradas como as mais importantes para o
produtor de algodão do Estado de Mato Grosso que atua também setor de
serviços.
Fonte: elaboração própria.
169
Equação de Regressão 9:
Serviços = 2,36 - 0,407 utiliza internet - 0,0426 Estimativa Produção/Safra Informação
Sem Internet
A tabela 11.36 expressa o resultado da análise de regressão considerando as variáveis
encontradas como as mais importantes para o produtor de algodão de Mato Grosso,
operacionalizando a Equação de Regressão 9.
Prognóstico
Coef Coef. de EE T P
Constante
2,3571 0,1987 11,86 0,000 **
Utiliza Internet
-0,4073 0,1931 -2,11 0,038 **
Estimativa Produção/Safra
Informação Sem Internet
-0,04255 0,03917 -1,09 0,281
A tabela 11.36 reporta a Análise de Regressão, que indica a variável “Utiliza
Internet” como a que apresenta maior grau de importância para o produtor de algodão do
Estado de Mato Grosso, que atua também no setor de serviços, operacionalizada na Equação
de Regressão 9.
A Equação de Regressão 10 considera a variável encontrada como a mais importante
para o produtor de algodão de Mato Grosso, operacionalizando a Equação de Regressão 9.
Equação de Regressão 10:
Serviços = 2,36 - 0,429 utiliza internet
A tabela 11.37 expressa o resultado da análise de regressão, considerando a variável
encontrada como a mais importante para o produtor de algodão de Mato Grosso,
operacionalizando a Equação de Regressão 10.
Tabela 11.36
Análise de Regressão, operacionalizando a Equação de Regressão 9, considerando as
variáveis encontradas como as mais importantes para o produtor de algodão do Estado de
Mato Grosso que atua também setor de serviços.
Fonte: elaboração própria.
170
Prognóstico
Coef Coef. de EE T P
Constante
2,3571 0,1990 11,85 0,000 **
Utiliza Internet
-0,4286 0,1924 -2,23 0,029 **
A tabela 11.37 reporta a Análise de Regressão, operacionalizada na Equação de
Regressão 10, confirma a variável “Utiliza Internet” como a que apresenta maior grau de
importância para o produtor de algodão do Estado de Mato Grosso que atua também no setor
de serviços.
11.1.2.5 Análise de Regressão V
Tempo
Atividade
Agrícola
versus Utiliza internet, consulta privada, utilização formal,
Importância formal, Estimativa Produção/Safra Setor Privado
Via Internet
Equação de Regressão 11 considera as variáveis participantes na tabela 11.38.
Equação de Regressão 11:
Tempo Atividade Agrícola = 4,43 - 0,661 utiliza internet + 0,0544 consulta privada
+ 0,0199 utilização formal + 0,0481 Importância
formal + 0,168 Estimativa Produção/Safra Setor
Privado Via Internet
Tabela 11.37
Análise de Regressão, operacionalizando a Equação de Regressão 10, considerando a variável
encontrada como a mais importante para o produtor de algodão do Estado de Mato Grosso que
atua também setor serviços.
Fonte: elaboração própria.
Tabela 11.38
Variáveis participantes da Análise de Regressão V
Fonte: elaboração própria.
171
A tabela 11.39 expressa o resultado da análise de regressão considerando a variável
encontradas como a mais importante para o produtor de algodão de Mato Grosso,
operacionalizando a Equação de Regressão 11.
Prognóstico
Coef Coef. de EE T P
Constante
4,4256 0,6308 7,02 0,000
Utiliza internet
-0,6606 0,3986 -1,66 0,101
Consulta privada
0,05443 0,04741 1,15 0,254
Utilização formal
0,01992 0,04845 0,41 0,682
Importância formal
0,04806 0,04952 0,97 0,335
Estimativa Produção/Safra
Setor Privado Via Internet
0,1680 0,1129 1,49 0,141
A tabela 11.39 reporta a Análise de Regressão, operacionalizada na Equação de
Regressão 11, que indica todas as variáveis descritas na tabela 11.39 como igualmente
importantes, considerando o Tempo de Atividade Agrícola do produtor de algodão do Estado
de Mato Grosso.
Tabela 11.39
Análise de Regressão, operacionalizando a Equação de Regressão 11, indica as variáveis
encontradas como as mais importantes considerando Tempo de Atividade Agrícola do
produtor de algodão do Estado de Mato Grosso.
Fonte: elaboração própria.
172
11.1.2.6 Análise de Regressão VI
Nível de
Instrução
versus tempo internet, utilizacao revistas, Técnicas Agronômicas Setor
Público Via Internet, Técnicas Agronômicas Setor Privado Sem
Internet, Técnicas Agronômicas Informação Via Internet,
Técnicas Agronômicas Dados Via Internet, Técnicas
Agronômicas Dados Sem Internet, Aquisição/Custo Setor Privado
Via Internet, Preços do Produto Setor Privado Sem Internet,
Análise Internacional Informação Via Internet, Análise
Internacional Dados Via Internet, Seminário Diário Via Internet,
Seminário Semanal Via Internet
Equação de Regressão 12 considera as variáveis participantes na tabela 11.40.
Equação de Regressão 12:
Nível de Instrução = 3,39 + 0,135 tempo internet + 0,0447 utilização revistas
+ 0,260 Técnicas Agronômicas Setor Público Via Internet - 0,095
Técnicas Agronômicas Setor Privado Sem Internet + 0,354
Técnicas Agronômicas Informação Via Internet- 0,175 Técnicas
Agronômicas Dados Via Internet + 0,033 Técnicas Agronômicas
Dados Sem Internet - 0,186 Aquisição/Custo Setor Privado Via
Internet + 0,319 Preços do Produto Setor Privado Sem Internet -
0,012 Análise Internacional Informação Via Internet
+ 0,078 Análise Internacional Dados Via Internet - 0,400
Seminário Diário Via Internet - 0,279 Seminário Semanal Via
Internet
Tabela 11.40
Variáveis participantes da Análise de Regressão VI
Fonte: elaboração própria.
173
A tabela 11.41 reporta o resultado da análise de regressão, considerando as variáveis
encontradas como as mais importantes para o produtor de algodão de Mato Grosso,
operacionalizando a Equação de Regressão 12.
Prognóstico
Coef Coef. de EE T P
Constante
3,3939
0,4128 8,22 0,000
Tempo internet
0,13476
0,08609 1,57 0,122
Utilização revistas
0,04466
0,03950 1,13 0,262
Técnicas Agronômicas Setor
Público Via Internet
0,2605 0,1991 1,31 0,195
Técnicas Agronômicas Setor
Privado Sem Internet
-0,0945 0,1711 -0,55 0,582
Técnicas Agronômicas
Informação Via Internet
0,3537 0,2314 1,53 0,131
Técnicas Agronômicas Dados
Via Internet
-0,1751 0,1814 -0,96 0,338
Técnicas Agronômicas Dados
Sem Internet
0,0327 0,1340 0,24 0,808
Aquisição/Custo Setor
Privado Via Internet
-0,1855 0,1878 -0,99 0,327
Preços do Produto Setor
Privado Sem Internet
0,3187 0,1783 1,79 0,078
Análise Internacional
Informação Via Internet
-0,0125 0,1591 -0,08 0,938
Análise Internacional Dados
Via Internet
0,0783 0,1960 0,40 0,691
Seminário Diário Via Internet
-0,4004
0,5434 -0,74 0,464
Seminário Semanal Via
Internet
-0,2790 0,4945 -0,56 0,574
A tabela 11.41 reporta a Análise de Regressão, operacionalizada na Equação de
Regressão 11, indica todas as variáveis descritas na tabela 11.41 como igualmente
importantes, considerando o Nível de Instrução do produtor de algodão do Estado de Mato
Grosso.
Tabela 11.41
Análise de Regressão, operacionalizando a Equação de Regressão 12, que indica as
variáveis encontradas como as mais importantes, considerando o Nível de Instrução do
produtor de algodão do Estado de Mato Grosso.
Fonte: elaboração própria.
174
11.1.2.7 Análise de Regressão VII
Possuí
Computador
versus Utiliza internet, Análise Nacional Setor Privado Via Internet,
Análise Mercado Internacional Setor Privado Via Internet
Equação de Regressão 13 considera as variáveis participantes na tabela 11.42.
Equação de Regressão 13:
Possuí Computador = 0,636 + 0,432 utiliza internet - 0,0458 Análise Nacional Setor
Privado Via Internet - 0,0207 Análise Mercado Internacional
Setor Privado Via Internet
A tabela 11.43 expressa o resultado da análise de regressão, considerando a variável
encontrada como a mais importante para o produtor de algodão de Mato Grosso,
operacionalizando a Equação de Regressão 13.
Prognóstico
Coef Coef. de EE T P
Constante
0,6356 0,1161 5,48 0,000 **
Utiliza internet
0,43221 0,09958 4,34 0,000 **
Análise Nacional Setor
Privado Via Internet
-0,04584 0,03689 -1,24 0,218
Análise Mercado
Internacional Setor Privado
Via Internet
-0,02075 0,03198 -0,65 0,518
A tabela 11.43 reporta a Análise de Regressão, operacionalizada na Equação de
Regressão 13, que indica a variável “Utiliza Internet” como a mais importante, considerando a
Tabela 11.42
Variáveis participantes da Análise de Regressão VII
Fonte: elaboração própria.
Tabela 11.43
Análise de Regressão, operacionalizando a Equação de Regressão 13, que indica a variável
encontrada como a mais importante considerando a
Posse de Computador pelo produtor
de algodão do Estado de Mato Grosso.
Fonte: elaboração própria.
175
Posse de Computador pelo produtor de algodão do Estado de Mato Grosso, caracterizando
que o produtor que possuí computador utiliza a internet.
A Equação de Regressão 14, considera a variável indicada como a mais importante,
após operacionalização da Equação de Regressão 13.
Equação de Regressão 14:
Possuí Computador = 0,524 + 0,488 utiliza internet
A tabela 11.44 reporta resultado da análise de regressão, considerando a variável
encontrada como a mais importante para o produtor de algodão de Mato Grosso,
operacionalizando a Equação de Regressão 14.
Prognóstico
Coef Coef. de EE T P
Constante
0,52381 0,09850 5,32 0,000 **
Utiliza internet
0,48810 0,09523 5,13 0,000 **
A tabela 11.44 reporta a Análise de Regressão, operacionalizada na Equação de
Regressão 14, confirma a variável “Utiliza Internet” como a que apresenta maior grau de
importância para o produtor de algodão do Estado de Mato Grosso, considerando a Posse de
Computador.
Tabela 11.44
Análise de Regressão, operacionalizando a Equação de Regressão 13, indica a variável
encontrada como a mais importante considerando a
Posse de Computador pelo produtor
de algodão do Estado de Mato Grosso.
Fonte: elaboração própria.
176
11.1.2.8 Análise de Regressão VIII
Tempo
Computador
versus = Tempo Internet, Aquisição/Custo Dados Via Internet,
Aquisição/Custo Dados Sem Internet, Clima/Metereologia
Dados Sem Internet, Preços do Produto Setor Público Via
Internet, Análise Nacional Setor Público Via Internet, Análise
Nacional Setor Público Sem Internet, Análise Mercado
Internacional Setor Publico Via Internet, Análise Mercado
Internacional Setor Publico Sem Internet, Consultoria Diária
Via Internet, Consultoria Diária Sem Internet, Consultoria
Semanal Sem Internet, Consultoria Semanal Via Internet,
Consultoria Mensal Via Internet, Consultoria Mensal Sem
Internet, Consultoria Anual Sem Internet
Equação de Regressão 15, que considera as variáveis participantes na tabela 11.45.
Equação de Regressão 15:
Tempo Computador = 4,44 + 0,156 tempo internet + 0,110 Aquisição/Custo Dados Via
Internet - 0,331 Aquisição/Custo Dados Sem Internet + 1,25
Clima/Metereologia Dados Sem Internet - 0,870 Preços do
Produto Setor Público Via Internet - 0,238 Análise Nacional
Setor Público Via Internet - 2,69 Análise Nacional Setor
Público Sem Internet + 0,768 Análise Mercado Internacional
Setor Publico Via Internet - 2,59 Análise Mercado
Internacional Setor Publico Sem Internet - 0,136 Consultoria
Diária Via Internet + 0,960 Consultoria Diária Sem Internet -
1,47 Consultoria Semanal Via Internet - 0,185 Consultoria
Semanal Sem Internet + 4,66 Consultoria Mensal Via Internet
- 0,064 Consultoria Anual Sem Internet
Tabela 11.45
Variáveis participantes da Análise de Regressão VIII
Fonte: elaboração própria.
177
A tabela 11.46 reporta resultado da análise de regressão, considerando as variáveis
encontradas como as mais importantes para o produtor de algodão de Mato Grosso,
operacionalizando a Equação de Regressão 15.
Prognóstico
Coef Coef.de EE T P
Constante
4,4388
0,5671 7,83 0,000 **
Tempo Internet
0,1563
0,1575 0,99 0,350
Aquisição/Custo Dados Via Internet
0,1104
0,6159 0,18 0,862
Aquisição/Custo Dados Sem Internet
-0,3305
0,8281 -0,40 0,700
Clima/Metereologia Dados Sem
Internet
1,2508 0,8440 1,48 0,177
Preços do Produto Setor Público Via
Internet
-0,8701 0,3331 -2,61 0,031 **
Análise Nacional Setor Público Via
Internet
-0,2384 0,6017 -0,40 0,702
Análise Nacional Setor Público Sem
Internet
-2,686 2,785 -0,96 0,363
Análise Mercado Internacional Setor
Publico Via Internet
0,7684 0,7261 1,06 0,321
Análise Mercado Internacional Setor
Publico Sem Internet
-2,594 1,035 -2,51 0,037 **
Consultoria Diária Via Internet
-0,1359
0,4394 -0,31 0,765
Consultoria Diária Sem Internet
0,9605
0,6161 1,56 0,158
Consultoria Semanal Via Internet
-1,4713
0,4712 -3,12 0,014 **
Consultoria Semanal Sem Internet
-0,1851
0,4128 -0,45 0,666
Consultoria Mensal Via Internet
4,658
2,003 2,33 0,048 **
Consultoria Anual Sem Internet
-0,0638 0,6379 -0,10 0,923
A tabela 11.46 reporta a Análise de Regressão, operacionalizada na Equação de
Regressão 15, que indica as variáveis “Preços do Produto Setor Público Via Internet”,
Tabela 11.46
Análise de Regressão, operacionalizando a Equação de Regressão 15, indica as variáveis
encontradas como as mais importantes considerando o Tempo de Posse do Computador
pelo produtor de algodão do Estado de Mato Grosso.
Fonte: elaboração própria.
178
Análise Mercado Internacional Setor Publico Sem Internet”, “Consultoria Semanal Via
Internet” e “Consultoria Mensal Via Internet” como as mais importantes para o produtor
de algodão do Estado de Mato Grosso, considerando o Tempo de Posse do Computador.
A Equação de Regressão 16, considera as variáveis indicadas como as mais
importantes, após operacionalização da Equação de Regressão 15.
Equação de Regressão 16:
Tempo Computador = 4,79 - 0,797 Preços do Produto Setor Público Via Internet - 1,71
Análise Mercado Internacional Setor Publico Sem Internet
- 0,357 Consultoria Semanal Via Internet + 1,42 Consultoria
Mensal Via Internet
A tabela 11.47 expressa o resultado da análise de regressão considerando as variáveis
indicadas como as mais importantes para o produtor de algodão de Mato Grosso, após
operacionalização da Equação de Regressão 16.
Prognóstico Coef Coef.de
EE
T P
Constante
4,7860
0,2765 17,31 0,000 **
Preços do Produto Setor Público
Via Internet
-0,7969 0,5035 -1,58 0,129
Análise Mercado Internacional
Setor Publico Sem Internet
-1,7116 0,5562 -3,08 0,006 **
Consultoria Semanal Via Internet
-0,3574
0,4946 -0,72 0,478
Consultoria Mensal Via Internet
1,4178 0,8310 1,71 0,103
A tabela 11.47 reporta a Análise de Regressão, operacionalizada na Equação de
Regressão 16, indica a variável “Análise Mercado Internacional Setor Publico Sem
Internet” como a que apresenta maior grau de importância para o produtor de algodão do
Estado de Mato Grosso, considerado o Tempo de Posse do Computador.
Tabela 11.47
Análise de Regressão, operacionalizando a Equação de Regressão 16, indica a variável
encontrada como a mais importante considerando o Tempo de Posse do Computador pelo
produtor de algodão do Estado de Mato Grosso.
Fonte: elaboração própria.
179
A Equação de Regressão 17, onsidera as variáveis indicadas como as mais
importantes, após operacionalização da Equação de Regressão 16.
Equação de Regressão 17:
Tempo Computador = 4,64 - 1,15 Análise Mercado Internacional Setor Publico Sem
Internet
A tabela 11.48 expressa o resultado da análise de regressão considerando as variáveis
indicadas como as mais importantes para o produtor de algodão de Mato Grosso, após
operacionalização da Equação de Regressão 17.
Prognóstico Coef Coef.de
EE
T P
Constante
4,6364
0,2425 19,12 0,000 **
Análise Mercado Internacional
Setor Publico Sem Internet
-1,1515 0,3500 -3,29 0,003 **
A tabela 11.48 reporta a Análise de Regressão, operacionalizada na Equação de
Regressão 17, que confirma a variável “Análise Mercado Internacional Setor Publico Sem
Internet” como a que apresenta maior grau de importância para o produtor de algodão do
Estado de Mato Grosso, considerado o seu Tempo de Posse do Computador.
Tabela 11.48
Análise de Regressão, operacionalizando a Equação de Regressão 17, indica a variável
encontrada como a mais importante considerando o Tempo de Posse do Computador pelo
produtor de algodão do Estado de Mato Grosso.
Fonte: elaboração própria.
180
11.2 Análise dos Resultados da Pesquisa
O isolamento de diferentes aspectos da pesquisa, é relevante para o entendimento do
todo em momento posterior. Eventos e entidades foram separados no capitulo 11, para
identificar o grau de relação causal e importância das variáveis participantes. Nessa ótica, o
conhecimento captura e concebe a aparência do mundo físico e social do ator principal da
pesquisa sob análise, sendo explicativa nas relações causais, buscando entender o
comportamento do todo a partir das características de suas partes.
A análise trabalha com as variáveis consideradas importantes e muito importantes para
o produtor de algodão do estado de Mato Grosso.
A apresentação dos resultados da pesquisa, reportada no capitulo 11, manteve seu
foco na identificação das relações de causalidade entre as variáveis eleitas no questionário de
pesquisa aplicado, com correlação identificada nos três modelos de correlação aplicados.
Considerando o escopo das variáveis classificadas como importantes, aplicou-se modelo de
regressão para identificar, dentre as classificadas como importantes, as prioritárias,
classificadas como muito importante pelo produtor de algodão de Mato Grosso. Analisar-se-á
primeiramente as classificadas como importantes, para a partir desse grupo, analisar as
classificadas como muito importante para o produtor de algodão de Mato Grosso.
A freqüente utilização da internet, identificada na pesquisa em tempo igual ou superior
a 05 anos, esta relacionada com o Nível de Instrução e a atuação do produtor em outros
setores da economia como a Pecuária, Indústria, Comércio e Serviços. Este fato caracteriza
forte especificidade do ativo humano, disponível ao produtor de algodão de Mato Grosso,
que, sob a ótica da Nova Economia Institucional, abordada no capitulo 5 e 6, deve patrocinar
elevados custos de transação em que, segundo reportado no capitulo 5, a especificidade do
ativo citado, a racionalidade limitada inerente ao ser humano e a incerteza, fortemente
caracterizada nos sistemas de mercado, como afirma o capitulo 6, justificam a escolha de um
arranjo institucional minimizador de custos de transação. A magnitude de tais custos levará o
produtor a escolher arranjo institucional ou estrutura de governança adequada aos seus custos
de transação.
Os tipos de estrutura de governança reportados no capitulo 6, estarão disponíveis no
amboente econômico para escolha do produtor. A estrutura de governança, sob regulação do
mercado, será escolhida pelo produtor, quando este entender que o mercado é suficientemente
capaz de resolver os conflitos inerentes as suas transações. A estrutura de governança hibrida
será escolhida, quando o produtor entender que o mercado é parcialmente suficiente para
181
resolver conflitos inerentes a suas transações, tendo que patrocinar algum tipo de controle
privado sobre suas transações. A estrutura de governança hierárquica será escolhida, quando o
produtor entender que o mercado é totalmente insuficiente para resolver os conflitos inerentes
as suas transações, tendo que patrocinar controles totais em relação aos atores presentes na
definição de suas transações.
O produtor de algodão, que atua na pecuária, utiliza e atribuí maior grau de
importância as informações em detrimento aos dados, escolhendo dessa forma assumir o custo
inerente ao processamento dos dados, por atores externos ao seu domínio, justificada pela
deficiência de capital humano interno ou especialidade e confiabilidade do ator externo.
A fonte de informação priorizada pelo produtor de algodão é de natureza formal, em
detrimento a informal, sendo o tempo de atividade agrícola identificado como determinante
para sua escolha. Esta escolha indica confiabilidade no ambiente institucional que, segundo a
Nova Economia Institucional abordada no capitulo 6, caracteriza as regras do jogo
vivenciadas no ambiente do produtor de algodão de Mato Grosso.
As informações que referenciam clima e metereologia são de grande importância para
toda atividade econômica, que tem na terra e na chuva seus principais insumos. O produtor de
algodão de Mato Grosso que atua na pecuária, também prioriza a busca de informações,
referentes a clima e metereologia, no setor privado, utilizando o ferramental internet. Também
busca dados, utilizando e não utilizando o ferramental internet. Este comportamento indica,
para este tipo de informação, que o nosso produtor confia na iniciativa privada em detrimento
ao setor público, dispondo de capital humano com expertise suficiente para processar dados
coletados, dentro e fora da internet, obtendo a informação desejada para fins de planejamento
e gestão de sua organização, onde o nível de instrução e o tempo de utilização do computador
são apresentados na pesquisa como variáveis diretamente relacionadas com este
comportamento.
Por outro lado, a expertise de seu capital humano, visualizado na Nova Economia
Institucional como especificidade do ativo humano, impõe custos de transações ao produtor
de algodão de Mato Grosso, a medida que deve manter, em clima de incerteza, ambiente
favorável para estabilidade e evolução deste ativo, sendo que pode demandar serviços de
informação dessa natureza a terceiros, transferindo tais custos de transações a ofertantes do
serviço. O grau de especificidade de seus ativos, incluído o capital humano e o ambiente
encontrado no mercado, vai direcionar sua configuração de estrutura de governança ou arranjo
182
institucional, minimizador de custos de transação, segundo afirma a Economia dos Custos de
Transação.
A informação referente à estimativa de safra é de fundamental importância para
estimar a oferta interna e externa, que causará influência nas decisões inerente a área a ser
plantada, diversificação de cultura ou até mesmo migração para outra atividade. Na busca
deste tipo de informação, nosso produtor quando também atua na pecuária, demanda
prioritariamente ao setor público, utilizando o ferramental internet. Quando atua no setor de
serviços, demanda este tipo de informação em fontes fora da internet. Quando considera-se
tempo de atividade agrícola do produtor de algodão de Mato Grosso, este tipo de informação
é demandada no setor privado, utilizando o ferramental internet. Este comportamento variado
na busca por este tipo de informação indica níveis diferenciados de especificidade de capital
humano, disponível ao produtor, de acordo com sua atuação em outros setores da economia.
O tempo de atividade agrícola do produtor é um indicador de acumulo de
conhecimento e expertise, confirmado quando nosso produtor passa a buscar dados para
processamento e geração de informação, em especial aquele que também atua no setor de
serviços, tendo como exemplo o serviço de consultoria agroeconômica.
A informação inerente a preços do produto é de fundamental importância para
qualquer atividade econômica. Quando atua na pecuária, nosso produtor demanda este tipo de
informação no setor privado, utilizando e não utilizando o ferramental internet, sendo que,
quando atua no comércio, demanda no setor privado utilizando o ferramental internet. Quando
é considerado o tempo de atividade agrícola do produtor, sua demanda foca o setor público
utilizando o ferramental internet. Quando é considerado o nível de instrução do produtor, sua
demanda foca o setor privado, porém não utilizando o ferramental internet. Este
comportamento varia de acordo com a posição do produtor em outra atividade econômica,
sendo importante evidenciar que, o maior nível de instrução do produtor faz com que sua
percepção de incerteza seja mais sensível, passando a demandar na iniciativa privada
informações de preços do produto, não utilizando o ferramental internet. Esta elucidação
indica que o produtor pode estar patrocinando pesquisas de preço para satisfazer sua
demanda. Observando as variações da demanda do produtor em função da sua posição em
outra atividade econômica, infere-se que existe variação de especificidade de ativos e,
indicação de assimetria de informação, entre os produtores de algodão de Mato Grosso.
Toda informação referente ao comportamento do produto no mercado interno e
externo é caracterizada como suporte ao planejamento e decisões inerentes a atividade
183
econômica do produtor. Em relação ao mercado interno, o nosso produtor, quando atua no
setor industrial, prioriza demanda por dados em detrimento as informações. Quando atua no
setor de serviços, prioriza demanda por informação, tendo como fonte o setor público em
detrimento ao setor privado. Quando é considerado o tempo de utilização do computador, a
demanda é direcionada ao setor privado, utilizando o ferramental internet e, ao setor público
não utilizando o ferramental internet. Este comportamento pode ser explicado sob a ótica da
confiabilidade nos setores ou maior disponibilização de informações na internet pelo setor
privado em detrimento ao setor público.
Em relação às informações inerentes ao mercado externo, o produtor quando atua no
setor comercial, prioriza como fonte o setor público, não utilizando o ferramental internet,
priorizando dados em detrimento a informação, sendo que, quando atua na indústria, prioriza
como fonte o setor público, utilizando e não utilizando o ferramental internet e, quando
prioriza o setor privado, utiliza o ferramental internet. Quando atua no setor de serviços, foca
sua demanda no setor privado, não utilizando o ferramental internet. Quando é considerado o
nível de instrução do produtor de algodão de Mato Grosso, é priorizada a informação,
utilizando o ferramental internet e, os dados, não utilizando o ferramental internet. O
comportamento variado observado na demanda por este tipo de informação é identificado
mais uma vez, sendo relevante elucidar que, quando se considera a especificidade do capital
humano sob gestão do produtor, este passa a coletar tanto informações como dados, sendo
que, quando se trata de dados, este não utiliza a internet, onde entende-se que os dados
disponibilizados na internet, ou não estão disponibilizados adequadamente ou não são
confiáveis para os fins desejados pelo produtor, sendo necessário certo grau de expertise
disponível ao produtor, para operacionalizar este tipo de análise. A assimetria de informação é
uma indicação para explicar este comportamento do produtor.
A informação disponibilizada em consultorias, conferências e seminários são
essenciais no processo de atualização e acumulo do conhecimento dos agentes econômicos
operantes em um sistema econômico. Para informações disponibilizadas em consultorias
periódicas, quando o produtor de algodão de Mato Grosso atua também na pecuária, este
atribui alto grau de importância a este tipo de informação, priorizando consultorias via
internet, em periodicidades diárias e semanais, sendo que quando se trata de consultorias
diárias, não utiliza ferramental internet. Este último comportamento indica a presença de
consultores internos ou geograficamente próximos, caracterizando mais uma vez forte
especificidade de capital humano disponível ao produtor de algodão de Mato Grosso.
184
Ainda referenciando consultorias, conferências e seminários, quando atua na indústria,
o produtor repete as características da demanda elucidada para o produtor de algodão que
também é pecuarista, acrescentando a esta, consultorias mensais e anuais, utilizando o
ferramental internet. Quando é considerado o tempo de utilização da internet, são
identificadas consultorias diárias, semanais, mensais e anuais, utilizando e não utilizando o
ferramental internet.
O comportamento do produtor que utiliza veementemente a internet que em intensa
busca de dados e informações, podendo o fazer sem auxilio da internet, que possibilitem
acumulo de conhecimento para os fins que deseja, classifica o produtor de algodão de Mato
Grosso, no nível B da pirâmide reportada no capitulo 4, onde este tipo de demandante
demanda informações a partir de valores e expertise internalizados, sendo um dos objetivos,
garantir sua presença na atividade econômica.
Até este ponto, efetuou-se análise das variáveis classificadas como importantes na
análise de regressão. A partir daqui, estaremos focando dentre as variáveis consideradas
importantes, as classificadas, pelo produtor de algodão de Mato Grosso, como as mais
importantes.
Quando o produtor de algodão de Mato Grosso também atua na pecuária, este prioriza
o acesso a informação inerente a estimativa de safra tendo como principal fonte o setor
público, sendo que classifica como muito importante o acesso a informação em detrimento
aos dados. Verifica-se aqui que o nosso produtor de algodão, sob influência da sua posição de
pecuarista e capital humano especifico, aplica os conceitos do modelo de 03 estágios,
reportado no capitulo 9, onde no estágio I, decide-se quanto de cada tipo de informação
adquirir, no estágio II processa a informação adquirida e toma decisões a partir do resultado
do processamento e, no estagio III, realiza lucro ou prejuízo, como resultante da decisão.
Observando este modelo, nosso produtor, em primeiro estágio, decide adquirir informações
inerente a estimativa de safra. Em um segundo estágio, processa essas informações sob
suporte de faculdades cognitivas e tecnológico. Como resultado deste processamento, temos
informações especificas para subsidiar a decisão de área plantada, utilização de insumos ou
até mesmo de não plantar naquele ciclo, direcionando recursos a pecuária. Em um terceiro
estágio, o produtor de algodão colherá lucros ou prejuízos provenientes da decisão
operacionalizada no segundo estágio.
O mundo econômico é extremamente dependente da variável preço, onde o preço de
equilíbrio, supostamente definido a partir do equilíbrio entre oferta e demanda, é desejável na
185
trajetória da estabilidade econômica. Seria passível de investigação mais profunda se, após
análise de regressão, a variável preço do produto não fosse classificada como muito
importante para o produtor de algodão de Mato Grosso. Esta variável se apresentou como
muito importante, quando o produtor também atua no comércio, tendo como principal fonte
de consulta o setor privado, utilizando o ferramental internet para obter a informação. Este
tipo de informação caracteriza-se como essencial na economia, em especial para fins
comerciais, análise da conjuntura econômica, variações de oferta e demanda e,
comportamento histórico no mercado. Este comportamento indica confiabilidade do produtor,
para este tipo de informação, no setor privado e freqüência constante de pesquisa de preços,
utilizando o ferramental internet.
A consultoria anual, utilizando o ferramental internet, e a importância dada aos dados
em detrimento as informações, são caracterizadas na pesquisa, quando o produtor de algodão
de Mato Grosso também atua na indústria. O investimento em consultoria, em periodicidade
anual, indica necessidade do produtor de algodão acumular conhecimebto e especializar
capital humano, para fins de seu interesse, sendo que a preferência por dados em detrimento
as informações, indica que o nosso produtor dispõe de capital humano desenvolvido,
suficientemente capaz de processar os dados coletados e gerar informações.
O alto grau de importância atribuído a utilização da internet, é confirmado na pesquisa
quando o produtor de algodão também atua no setor de serviços. A importância dada a este
aspecto esta ligada a dinâmica do setor de serviços, que utiliza a internet como ferramenta de
marketing, apoio, suporte e até mesmo disponibilização de serviços. A Lei da Universalidade,
reportada no capitulo 8, permite ao produtor participar de uma rede de agregação de valor,
onde o todo é superior ao valor das partes, agregando valor e sendo enriquecido pela
informação na rede. Esta Lei reporta que, o valor dos serviços na rede tendem a zero, a
medida que eles se universalizam na internet, caracterizando comportamento do produtor
quando atribui alto grau de importância a utilização da internet.
Quando abordou-se na pesquisa o produtor de algodão, considerando seu tempo de
atividade agrícola, o alto grau de importância é igualmente atribuído a utilização da internet, a
consulta em fontes da iniciativa privada, a preferência pelas informações de natureza formal e
a estimativa de produção, utilizando o ferramental internet, tendo como principal fonte a
iniciativa privada. Este comportamento é compreendido, em relação diretamente
proporcional, onde verifica-se que quanto maior o tempo de atividade agrícola do produtor de
algodão, mais demandará informações de diferentes aspectos, em qualidade e quantiddades,
186
para fins de permanência na atividade, evolução para níveis diferenciados dentro da própria
atividade, diversificação ou migração para outras atividades. A iniciativa privada tem a
característica de produzir soluções especialistas e flexíveis, operando na Lei da Produção
Flexível, reportada no capitulo 8, onde os princípios de cliente participativo e conexão de tudo
a todos, são considerados na disponibilização de produtos, explicando o comportamento do
produtor, quando prioriza as variáveis destacadas, tendo como fonte principal, a iniciativa
privada. Neste ambiente, a Nova Economia Institucional alerta para o alto grau de
especificidade de ativos inflexíveis, sendo estes físicos ou lógicos, que quando caracterizada,
é considerado fator de impedimento para diversificação e migração.
Quando considerou-se o nível de instrução do produtor de algodão de Mato Grosso, o
alto grau de importância é igualmente atribuído a um grupo heterogêneo de variáveis de
informação, em evidência a seguir. Priorizam técnicas agronômicas, tendo no setor público
sua fonte com utilização do ferramental internet e, no setor privado, não utilizando o
ferramental internet. Em relação a dados e informações inerentes a técnicas agronômicas,
prioriza tanto a aquisição de dados, utilizando e não utilizando o ferramental internet, como a
aquisição de informação, não utilizando o ferramental internet. Em relação à informação
inerente ao custo na atividade agrícola, o produtor prioriza a fonte privada, utilizando o
ferramental internet. Em relação a informação que referencia preços do produto, prioriza o
setor privado, sem a utilização do ferramental internet. Em relação à análise externa, prioriza
igualmente dados e informação, utilizando o ferramental internet. Em relação aos seminários,
prioriza acesso via internet em periodicidade diária e semanal.
Em se tratando do nível de instrução, a demanda expressada acima indica
especialização de capital humano sob gestão do produtor de algodão, com expertise capaz de
coletar dados e informações em fontes variadas, inclusive externas, utilizando intensamente a
internet.
Quando considerou-se o tempo de posse do computador sob domínio do produtor de
algodão de Mato Grosso, destacaram-se como mais importantes, informações referentes a
preços do produto, priorizando como fonte o setor público, sempre utilizando o ferramental
internet. Este comportamento pode ser explicado pela intensa utilização da internet e
disponibilidade desse tipo de informação na internet, sob demanda específica do produtor de
algodão de Mato Grosso.
Considerando às informações inerentes a análise do mercado externo e observado o
tempo de posse do computador, o produtor prioriza como fonte o setor público, sendo que
187
para busca deste tipo de informação, não utiliza o ferramental internet. Este comportamento
pode ser explicado, considerando os seguintes aspectos: ausência desse tipo de informação na
internet, sob formato e conteúdo que atende as especificidades do produtor de algodão de
Mato Grosso; dificuldade de interpretação do conteúdo disponibilizado na internet, já que
uma das dificuldades reportadas, com certa freqüência, na pesquisa, considera critica, a
interpretação de publicações em outras línguas.
Observando o serviço de consultoria e observando o tempo de posse do computador, o
produtor prioriza a utilização do ferramental internet para seu acesso, em periodicidade
semanal e mensal. Este comportamento indica disponibilidade do serviço na internet,
configurado sob demanda específica do produtor de algodão de Mato Grosso.
Considerando o tempo de posse do computador, dentre as variáveis analisadas,
destacou-se como prioritária ao nosso produtor, a análise do mercado externo que prioriza
como fonte o setor público, não utilizando o ferramental internet. O destaque desse tipo de
informação e a forma como é acessada, confirma e indica que o nosso produtor está
analisando o mercado externo sem utilizar a internet, sendo um dos principais impedimentos
registrado na pesquisa, a dificuldade de interpretação em outras línguas. A disponibilidade de
tal conteúdo, sob demanda específica do produtor de algodão ou a capacidade do produtor
para interpretar línguas de seu interesse, certamente faria com que o nosso produtor utilizasse
mais intensamente a internet para este fim.
188
12 CONCLUSÃO
A AMPA expôs seu problema relacionado com elucidação da demanda, em grau de
importância, inerente a Dados e Informações agroeconômicas de interesse do produtor de
algodão de Mato Grosso. A partir daí, delineou-se hipótese baseada na influência do capital
humano e o papel funcional do produtor de algodão de Mato Grosso na atividade econômica e
na configuração da demanda por dados e informação, em grau de importância. Considerando
o problema e a hipótese estabelecida, definiu-se objetivos em direção a confirmação da
hipótese, tendo como fonte de dados e informações, a pesquisa operacionalizada tendo como
ator principal, o produtor de algodão de Mato Grosso.
Concluída a pesquisa, surgem como principais resultados as seguintes elucidações:
a) O produtor de algodão de Mato Grosso utiliza intensamente a internet para
fins inerentes ao seu negócio;
b) O nível de instrução, que caracteriza a base do estado do conhecimento do
produtor, influencia diretamente na decisão de intensa utilização da internet,
em alguns momentos, na preferência por dados em detrimento a informações
e na escolha do tipo de fonte a ser consultada – formal ou informal, público
ou privada;
c) O produtor de algodão de Mato Grosso tem, a sua disposição, capital
humano, com expertise capaz de processar dados e gerar informações;
d) O produtor de algodão de Mato Grosso esta presente em outras atividades
econômicas, como a pecuária, indústria, comércio e serviços;
e) A atividade que o produtor operacionaliza na economia, além da produção
de algodão, influencia diretamente na configuração da cesta de variáveis de
informação a ser demandada, sendo a atribuição de grau de importância a
cada variável de informação da cesta, também influenciada por esta
atividade;
f) As variáveis de informação, após processo estatístico, que se apresentaram
como de maior importância são as seguintes:
a. Estimativa de produção, priorizando o setor publico como fonte,
utilizando ou não o ferramental internet para acesso;
b. Informações de preços do produto, priorizando o setor publico como
fonte e utilizando o ferramental internet para acesso;
189
c. Consultoria, em periodicidade semanal, mensal e anual, utilizando o
ferramental internet para acesso;
d. Análise do mercado externo, não utilizando o ferramental internet
para acesso.
g) Quando foi configurada a cesta de informações, sob influência do Nível de
Instrução do produtor, todas as variáveis da cesta, observadas na análise de
regressão VI – capitulo 11, apresentaram igualdade em grau de importância,
para o produtor de algodão de Mato Grosso.
A hipótese foi confirmada, quando identificou-se a influência do capital humano e do
papel funcional do produtor na atividade econômica na configuração da demanda por dados e
informação, tal como na atribuição de grau de importância as variáveis de informação.
A atividade econômica, em nossos dias, não mais está, exclusivamente, sob suporte da
força física do capital humano, sendo atualmente muito mais amparada pela inteligência,
conhecimentos e tecnologia da informação sob domínio do capital humano. Marx(1996)
denominou de mais-valia relativa o processo de produção que consiste em capacitar e
especializar o capital humano, com objetivo de maior produção, considerando o mesmo
dispêndio de trabalho. Este autor reportou previsão de que este tipo de mais-valia traria
repercussões inimagináveis ao processo produtivo. O que estamos testemunhando é o
processo de mais-valia relativa, onde com dispêndio semelhante, o processo produtivo se
dinamiza e se torna cada vez mais inteligente, eficaz e eficiente, sob suporte de tecnologias de
informação e comunicação, com freqüentes melhores resultados, a ponto de, em alguns
processos, promover separação entre o preço e a qualidade do produto. Quando esta separação
ocorre, segundo a Lei da Independência Preço-Qualidade reportada no capitulo 8, o custo de
produtos e serviços tende a zero e novos produtos e serviços são demandados.
Em se dissertando sobre informação e internet, sempre é importante destacar o caráter
ambivalente da informação, onde a sua dimensão informacional é restringida pela
racionalidade limitada do receptor, podendo a informação, informar e desinformar,
considerando como é abordada, sob a ótica qualitativa e quantitativa. Ocorre que neste mundo
ambivalente da informação, é que se encontra as possibilidades de criar e inovar, em
ambientes aparentemente sem lógica ou organização, sendo a informação, em alguns
momentos e ao mesmo tempo, passível de manipulação e impossível de ser plenamente
190
manipulada. O capital humano estará em bom nível de maturidade, se apresentar inteligência
suficiente para administrar essa característica ambivalente.
Em síntese, elucidou-se aqui a importância atribuída pelo produtor de algodão de Mato
Grosso, a dados e informações no contexto de seu interesse, tal como onde se encontra sua
demanda prioritária quanto a fonte e aos tipos de informação agroeconômica.
Trabalhos futuros, seguindo esta linha de pesquisa, podem buscar elucidação a partir
de uma variável ou um conjunto restrito de variáveis de informação aqui reportadas, buscando
responder, especificamente, os seguintes questionamentos: onde o produtor esta demandando
dados e informações? Quando esta demandando? Como esta demandando? Por que esta
demandando aquele tipo de dados e informação? O objetivo seria propor um modelo que
configure um sistema customizado, considerando especificidades geográficas e climáticas,
para produtores de algodão, em especial para o Estado de Mato Grosso.
Observa-se, nos resultados da pesquisa, que as cestas de ativos de dados e informações
demandadas pelo produtor, variam de acordo com sua segunda atividade econômica e seu
nível de capital humano. Na busca por dados e informação, o produtor navega intensamente,
por variados hosts na internet, sendo sua eficácia e eficiência nessa busca, dependente
diretamente da expertise do capital humano, capaz de garantir quantidade e qualidade
adequada a sua demanda, evitando a assimetria de informação e o caráter ambivalente desta.
Considerando este contexto, propõem-se o desenvolvimento e disponibilização de um
portal de informações que atenda as especificidades identificadas na pesquisa, com relação as
demandas de dados e informação do produtor de algodão de Mato Grosso, em prioridade de
importância. Entende-se que a disponibilização deste portal, deve prover solução para grande
parte dos problemas ligados, direta e indiretamente, ao produtor de algodão do Estado de
Mato Grosso, quando o principal componente é o ativo informação.
191
BIBLIOGRAFIA
ABRAPA, 2007
Levantamento da Safra 2006/2007 – Fonte: CONAB/MAPA
http://www.abrapa.com.br/multissitios_abrapa/publicacao/download.wsp?tmp.arquivo=2
53&tmp.area=483&tmp.texto=&tmp.anexo=1
ALDRICH, 2000
ALDRICH, D. F. Dominando o mercado digital. São Paulo: Makron Books, 2000.
ALTER, 1999
ALTER, S. Information systems: a management perspective. Reading, Mass:
Addison-Wesley, 1999.
ARROW, 1984
ARROW, K. J. The economics of information. The Belknap Press of Harvard
University Press. v.4. Massachusetts, 1984.
BARRETO, 2000
BARRETO, A. A. O mercado de Informação no Brasil. Inf. Londrina. v. 5. n. 1.
jan./jun. 2000
BERTALANFFY, 1968
BERTALANFFY, L. V. General system theory. NY: George Braziller, 1968.
BELIK et all, 2007
Belik, W. Reydon, B. P. Neto, S. Guedes, R. Dimensões do Agronegócio Brasileiro:
Políticas, Instituições e Perspectivas. p. 103-140. Brasília-DF: MDA, 2007.
CARVALHO, 1999
CARVALHO, C. A. P. VIEIRA, M. M. F. LOPES, F. D. Contribuições da
Perspectiva Institucional para Análise das Organizações. Enampad, 1999.
CARVALHO, 2001
CARVALHO, A. R. Sistema de informação para apoio a gestão de unidades de
produção rurais: uma proposta de modelagem. Florianópolis: Dissertação (Mestrado
em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção.
UFSC, 2001.
CHURCHMAN, 1968
CHURCHMAN, C.W. The systems approach. NY: Dell Publication, 1968.
CONOVER, 1980
CONOVER, W.J. Pratical Nonparametric Statistics. John Wiley & Sons. 2ª. Edição,
1980.
COASE, 1988
COASE, R. H. “The Lighthouse in Economics”, in The Firm, The Market and the
Law. Chicago: University of Chicago Press: Chapter 2. 1988.
CONCEIÇÃO, 2002
CONCEIÇÃO, O. A. C. Instituições, Crescimento e Mudança na Ótica
Institucionalista. Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser, 2002.
DERTOUZOS, 1997
DERTOUZOS, M. O Mercado da Informação. Executive Digest, 1997.
192
DRUCKER, 1993
DRUCKER, P. F. A organização fundamentada na informação. 3ª. ed. São Paulo:
Pioneira, 1993.
DRUCKER, 2001
Drucker, P. F. (2001). O melhor de Peter Druker – A Administração. São Paulo:
Livraria Nobel AS, 2001.
FIANI, 2003
FIANI, R. Estado e Economia no Institucionalismo de Douglass North. In: Revista de
Economia Política. vol. 23. nº 2. abril-junho, 2003.
FONSECA, 2001
FONSECA, V. S. Além da Escolha Racional: Exame do Conceito de Estratégia
Organizacional a Partir de Três Perspectivas Contemporâneas. Tese de Doutorado.
Florianópolis-SC. UFSC, 2001.
HESSELBEIN & COHEN, 1999
Hesselbein, F. Cohen, P. M. De Líder para Líder. São Paulo: Futura, 1999.
GALA, 2003
GALA, P. A Teoria Institucional de Douglass North. In: Revista de Economia Política.
vol. 23, nº 2, abril-junho, 2003.
GALBRAITH, 1986
GALBRAITH, J. K. A era da incerteza. São Paulo: Pioneira, 1986.
GALBRAITH, 1988
GALBRAITH, J. K. O novo estado industrial. São Paulo: Nova Cultural, 1988.
GALBRAITH, 2004
GALBRAITH, J. K. Economia das Fraudes Inocentes. São Paulo: Compania das
Letras, 2004.
GIDDENS, 1989
GIDDENS, A. A constituição da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
GIL, 1999
GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5ª. Edição. São Paulo: Atlas, 1999.
GUJARATI, 2000
GUJARATI, D. N. Econometria Básica. São Paulo: Makron Books, 2000.
HOEL, 1981
HOEL, P.G. Estatistica Elementar. São Paulo: Atlas S.A. 1a. Edição, 1981.
JEVONS, 1866
JEVONS, W. S. Brief Account of a General Mathematical Theory of Political
Economy. Journal of the Royal Statistical Society. Londres-XXIX, 1866.
JEVONS, 1996
JEVONS, W. S. A Teoria da Economia Política. Coleção: Os Economistas. São Paulo:
Ed. Abril, 1996.
JUST ET ALL., 1998
JUST, D. WOLF, S.A. WU, S. ZILBERMAN, D. Foundations of agricultural
economic information systems: an empirical assessment. University of
California, Department of Agricultural and Resource Economics: Berkeley, 1998.
KATZ & KAHN, 1996
193
KATZ, D., KAHN, R.L. Características comunes de los sistemas abiertos. In: Teoria
geral de sistemas y administracion publica. Costa Rica: EDUCA-ICAP, 1977.
KEYNES, 1996
KEYNES, J. M. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Coleção: Os
Economistas. São Paulo: Ed. Abril, 1996.
LEVIN, 1985
LEVIN, J. Estatística Aplicada a Ciências Humanas. Harper & Row do Brasil, 2a.
edição, 1985.
MARSHALL, 1996
MARSHALL, A. Princípios de Economia. Coleção: Os Economistas. São Paulo: Ed.
Abril, 1996.
MARX, 1996
MARX, K. O Capital – Crítica da Economia Política. Coleção: Os Economistas. São
Paulo: Ed. Abril, 1996.
MASLOW, 1970
MASLOW, A. H. Motivation and a Personality. New York. Harper, 1970.
MATOS, 1995
MATOS, O. C. Econometria básica: teoria e aplicação. São Paulo: Atlas, 1995.
MOLIN, 2004
MOLIN, J. P. Agricultura de precisão e seus poucos anos de história. São Paulo:
Campo Aberto, 2004.
NETO at all., (2005)
NETO, M. C. PINTO, P. A. COELHO, J. P. P. Tecnologias de Informação e
Comunicação e a Agricultura. Porto: SPI, 2005.
MILL, 1996
MILL, J. S. Princípios de Economia Politica. Coleção: Os Economistas. São Paulo: Ed.
Abril, 1996.
NOGUEIRA, 2003
NOGUEIRA, A. C. L. Custos de Transação e Arranjos Institucionais Alternativos:
uma análise da Avicultura de Corte no estado de São Paulo. USP. São Paulo-SP,
2003.
NORTH, 1990
NORTH, D. C. Institutions, Institutional Change and Economic Performance.
Cambridge: Cambridge University Press. p.107-141, 1990.
NORTH, 1994
NORTH, Douglass. Custos de transação, Instituições e Desempenho Econômico.
Instituto Liberal, 1994.
PARETO, 1996
PARETO, V. Manual de Economia Politica. São Paulo. Ed. Nova Cultural, 1996.
PARO, 2000
PARO, H. A história do algodão em Mato Grosso. Cuiabá: EMPAER-MT, 2000.
PEREIRA, 1970
Pereira, L. C. B. Economia Formal e Economia Política. São Paulo: Fundação Getúlio
Vargas, 1970.
194
PINDYCK & RUBINFELD, 1999
PINDYCK, Robert S. RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. São Paulo: Makron
Books, 1999.
POSSAS, 1985
POSSAS, M. Estrutura de mercado de oligopólio. São Paulo: Hucitec, 1985.
QUEIROS at all., 2005
QUEIROS, L. R. SHIRATSUCHI, L. S. VINHAL, C. D. N.Desenvolvimento de um
Sistema de Protótipo para o Mapeamento da Altura de Plantas de Algodão. Sete
Lagoas - MG: 3º. SIAP, 2005.
RICARDO, 1996
RICARDO, D. Princípios de Economia Política e Tributação. Coleção: Os
Economistas. São Paulo: Ed. Abril, 1996.
SAMUELSON, 1997
SAMUELSON, P. A. Fundamentos da Análise Econômica. Coleção: Os
Economistas. São Paulo: Ed. Abril, 1997.
SHAPIRO & VARIAN, 1999
SHAPIRO, C. VARIAN, H. R. A Economia da Informação: como os princípios
econômicos se aplicam a era da Internet. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
SILVA, 1997.
SILVA, N. N. Amostragem Probabilística. 1ª. Edição. São Paulo: Ed. Imprensa Oficial,
1997.
SLC/John Deere Precision Farming.
SLC/John Deere Precision Farming. Ferramentas para Agricultura de Precisão.
http://www.gpsglobal.com.br/Artigos/Agricola/Ferram.html - 30/05/2008
SMITH, 1996
SMITH, A. A Riqueza das Nações: investigação sobre sua natureza e suas causas.
Coleção: Os Economistas. São Paulo: Ed. Abril, 1996.
STIGLITZ & GREENWALD, 1986
STIGLITZ, J. E. GREENWALD, B. Externalities in Economies with Imperfect
Information and Incomplete Markets. Quarterly Journal of Economics. no. 90, 1986.
STIGLITZ, 2001
STIGLITZ, J. E. INFORMATION AND THE CHANGE IN THE PARADIGM IN
ECONOMICS. Columbia Business School. Columbia University, 1022 International
Affairs Building, 420 West 118th Street. New York, NY 10027. USA. Prize Lecture,
December 8, 2001. http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/2001/stiglitz-
lecture.pdf - consultado em outubro-2007.
TAPSCOTT, 1999
TAPSCOTT, D. Economia Digital. São Paulo: Makron Brooks, 1999.
TOYOSHIMA, 1999
TOYOSHIMA, S. Instituições e Desenvolvimento Econômico – Uma Análise Crítica
das Idéias de Douglas North. IPE-USP. Estudos Avançados. vol. 29. nº 1, 1999.
URQHART, 1976
URQHART, D.J. Economic Analysis of Information Services. J.Doc. v.32. n. 2.
pp.123-125, 1976.
VEBLEN, 1965
VEBLEN, Thorstein. A teoria da classe ociosa: um estudo econômico das instituições.
195
São Paulo: Editora Pioneira, 1965.
VEBLEN, 1998
VEBLEN, Thorstein. Why is economics not an evolutionary science? Cambridge
Journal of Economics. v. 22, 1998.
ZILBERMAN et all, 2002
ZILBERMAN, D. JUST, D. R. WOLF, S. A. Consumption of economic information in
agriculture. American Journal of Agricultural Economics. v. 84, n. 1. USA, 2002.
ZYLBERSZTAJN, 1995
ZYLBERSZTAJN, D. Estruturas de Governança e Coordenação do agribusiness:
uma aplicação da Nova Economia das Instituições. São Paulo: FEA-USP - Tese
(Livre- Docência), 1995.
ZYLBERSZTAJN, 2001
ZYLBERSZTAJN, D. ; MACHADO, Rosa. T. Rastreabilidade e Tecnologia da
Informação na coordenação do Negócio de Carne Bovina no Reino Unido. In: III
Congresso Internacional de Economia e Gestão dos Negócios Agroalimentares, 2001.
WALRAS, 1996
WALRAS, Léon. Compêndios dos Elementos de Economia Política Pura. Coleção:
Os Economistas. São Paulo: Ed. Abril, 1996.
WILLIAMSON, 1989
WILLIAMSON, O. E. Las instituciones económicas del capitalismo. México: Ed.
Fondo de Cultura Económica. p. 10-60, 1989.
WILLIAMSON, 1991a
WILLIAMSON, O. E. Mercados y hierarquias: su análisis y sus implicaciones anti-
trust. México: Fondo de Cultura, 1991.
WILLIAMSON, 1991b
WILLIAMSON, O. E. Comparative economic organization: the analysis of discrete
structural alternatives. Administrative Science. Quarterly, v. 36. p. 269-296. 1991.
WILLIAMSON, 1993
WILLIAMSON, O. E. TRANSACTION COST ECONOMICS AND
ORGANIZATION THEORY. Industrial and Corporate Change. v. 2. n. 2, 1993.
WILLIAMSON, 1994
WILLIAMSON, O. E. Visible and invisible governance. The American Economic
Review, v. 84, n. 2, p. 320-328, may, 1994.
WILLIAMSON, 1995
WILLIAMSON, O. E. Hierarquies, markets and power in the economy: an economic
perspective. Industrial and Corporate Change, v. 4. n. 1. p. 21-52. 1995.
ZUFFO, 2004a
ZUFFO, J. A. A Sociedade e a Economia do novo Milênio: Os Empregos e as
Empresas no Turbulento Alvorecer do Século XXI. Livro I: A Tecnologia e a
Infosociedade. Barueri-SP: Manole,2004.
ZUFFO, 2004b
ZUFFO, J. A. A Sociedade e a Economia do novo Milênio: Os Empregos e as
Empresas no Turbulento Alvorecer do Século XXI. Livro III: A Infoeconomia.
Barueri-SP: Manole, 2004.
196
Anexo I
Este questionário é direcionado ao Produtor de Algodão do Estado de Mato Grosso,
sendo seu objetivo colher dados e informações agroeconômicas, buscando diagnosticar a
necessidade de dados e/ou informações que possibilitem melhor desempenho do Produtor de
Algodão no ambiente onde atua e, estabelecer ambiente para análise estatística e acadêmica
inerente a Demanda de Informação Agroeconômica dos Produtores de Algodão de Mato
Grosso.
Identificação do Entrevistado
1. Dentre as categorias abaixo, marque qual melhor o (a) classifica.
( ) Proprietário
( ) Gerente de Produção
( ) Gerente de Comercialização
( ) Outro(a). ____________________________________
2. Escreva abaixo qual é o Núcleo Regional, Município, Nome do Proprietário, Nome
da Propriedade/Grupo, quantos hectares planta algodão em Área Própria e quantos
em Área Arrendada.
A. Núcleo Regional: ____________________________________________
B. Município: _________________________________________________
C. Nome do Proprietário: ________________________________________
D. Nome da Propriedade/Grupo: __________________________________
E. Planta em Área Própria: _________________ (ha)
F. Planta em Área Arrendada: ______________ (ha)
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA – PRODUTOR DE ALGODÃO DE MT
197
Atividade Profissional
3. Marque, caso exista, outra(s) cultura(s)/atividade(s) em que o(a) senhor(a) (produtor
de algodão) também está inserido atualmente. (pode marcar mais de uma atividade)
( ) Outras Atividades Agrícolas
( ) Pecuária
( ) Comércio
( ) Indústria
( ) Serviços
Caracterização do Entrevistado
4. Marque abaixo há quantos anos sua organização está inserida na atividade agrícola.
( ) 01 ano ou menos
( ) Entre 01 e 02 anos
( ) Entre 02 e 03 anos
( ) Entre 04 anos e 05 anos
( ) Mais de 05 anos
5. Marque abaixo o nível de instrução mais elevado que o(a) senhor(a) alcançou.
( ) Elementar incompleto ou da a série do grau
( ) Elementar completo ou até a a série do grau
( ) Médio ciclo ou da a série do grau
( ) Médio ciclo ou grau
( ) Superior
( ) Mestrado ou Doutorado
6. Qual sua produtividade média de Algodão em Caroço obtida em Arroba por hectare?
__________________________________________________________________
198
7. O(a) senhor(a) tem computador?
( ) Sim - Há Quantos Anos?
( ) 01 ano ou menos
( ) Entre 01 e 02 anos
( ) Entre 02 e 03 anos
( ) Entre 04 anos e 05 anos
( ) Mais de 05 anos
( ) Não
8. O(a) senhor(a) utiliza a internet?
( ) Sim - Há Quantos Anos?
( ) 01 ano ou menos
( ) Entre 01 e 02 anos
( ) Entre 02 e 03 anos
( ) Entre 04 anos e 05 anos
( ) Mais de 05 anos
( ) Não
Dados Econômicos & Informação Econômica
Antes de responder a pergunta (9), leia as definições abaixo:
Dados = números sem análise ou não processados. Por estarem em estado “in natura”,
não agregam valor as decisões do Produtor sem que ocorra um processamento.
Informação = análise de tendências, análise de produtividade nacional e mundial,
textos descritivos que podem incluir previsões de mercado, relatórios de histórico climático,
análise de eventos passados etc. Informações prontas (processadas) que agregam valor as
decisões do Produtor.
199
9. Em uma escala de Grau de Importância e Utilização de 0(NENHUMA) a
10(MUITA), marque abaixo (com X) o Grau de Importância e Utilização de DADOS
e INFORMAÇÕES econômicas na sua organização.
Grau de
Importância
DADOS
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
INFORMAÇÕES
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Grau de
Utilização
DADOS
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
INFORMAÇÕES
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Dados/Informações Público e/ou Privada
Para a pergunta (10), leia as definições abaixo:
Fonte Pública: Instituições do Governo (Secretarias Municipais e Estaduais,
Ministério da Agricultura, IBGE, CONAB e outros serviços governamentais).
Fonte Privada: Indústrias, exportadoras, corretores, cooperativas, organizações da
sociedade, associações de produtores, associações da indústria, consultores, revistas
especializadas no setor, agências de notícias etc.
10. Em uma escala de Grau de Utilização de 0(NENHUMA UTILIZAÇÃO) a
10(MUITA UTILIZAÇÃO), marque (com X) nas perguntas abaixo com referência a
utilização na sua organização.
A. Sobre as CONSULTAS da sua organização, marque o grau de utilização da
FONTE PÚBLICA e da FONTE PRIVADA.
FONTE
PÚBLICA
012345678 9 10
FONTE
PRIVADA
012345678 9 10
200
B. Sobre o uso de DADOS na sua organização, marque o grau de utilização da
FONTE PÚBLICA e da FONTE PRIVADA.
FONTE
PÚBLICA
012345678 9 10
FONTE
PRIVADA
012345678 9 10
C. Sobre o uso de INFORMAÇÃO na sua organização, marque o grau de
utilização da FONTE PÚBLICA e da FONTE PRIVADA.
FONTE
PÚBLICA
0123456789 10
FONTE
PRIVADA
0123456789 10
Informação Formal & Informação Informal
Antes de responder a pergunta (11), leia as definições abaixo:
Informação Formal: é aquela que chega através dos canais formais como
relatórios, pareceres de consultores, e-mails de consultoria, boletins periódicos de
notícias, boletins técnicos etc.
Informação Informal: é aquela compartilhada entre amigos, família, colegas
de trabalho, vizinhos etc.
11. Em uma escala de Grau de Utilização e Importância de 0(NENHUMA) a
10(MUITA), marque abaixo o Grau de Utilização e Importância do uso de DADOS e
INFORMAÇÕES econômicas na sua organização.
A. Sobre o uso de INFORMAÇÃO FORMAL e INFORMAÇÃO
INFORMAL, marque (com X) o grau de Importância e Utilização na sua
organização.
201
Grau de
Utilização
INFORMAÇÃO
FORMAL
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
INFORMAÇÃO
INFORMAL
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Grau de
Importância
INFORMAÇÃO
FORMAL
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
INFORMAÇÃO
INFORMAL
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Informação consultada na Internet e em Outras Fontes
Antes de responder a pergunta abaixo, por favor, leia as definições:
Informação via internet: é aquela que pode ser obtida através de consulta a
internet bem como por meio de boletins, relatórios e revistas via e-mail e ferramenta
eletrônica de recepção e transmissão de arquivos.
Outras Fontes: são aquelas que chegam fisicamente através de revistas, fax,
relatórios e pareceres via correio, etc.
12. Em uma escala de Grau de Utilização de 0(NENHUMA UTILIZAÇÃO) a
10(MUITA UTILIZAÇÃO), marque(com X) na pergunta abaixo o Grau de
Utilização na sua organização.
A. Sobre o uso da INTERNET e OUTRAS FONTES(detalhadas abaixo),
marque (com X) o grau de utilização na sua organização.
I N T E R N E T
01234567 8 9 10
OUTRAS FONTES
REVIST
A
S
ESPECIALIZADAS
NO SETOR
01234567 8 9 10
JORNAIS
01234567 8 9 10
BOLETINS
TÉCNICOS E
PERIÓDICOS
01234567 8 9 10
LIVROS E LIVRETES
01234567 8 9 10
202
13. Para cada tipo de informação agroeconômica, responda as seguintes perguntas. Se
o(a) senhor(a) não consumir nenhum tipo de informação abaixo, deixe o espaço em
branco.
PERGUNTAS
Quem é seu fornecedor?
Marque(com X) e Escreva o nome/site do fornecedor
Mais Usado Menos usado
Dados e/ou Informações
Marque (com X)
Mais Usado Menos usado
Tipo do Fornecedor
Nome do Fornecedor
(SITE)
TIPO DE INFORMAÇÃO
Técnicas
Agronômicas
___________________
___________________
___________________
___________________
1 2 Setor Público (sem internet)
1
2 Setor Público (via internet)
1
2 Setor Privado(sem internet)
1
2 Setor Privado(via internet)
1 2 Informações (via internet)
1
2 Dados (via internet)
1
2 Informações (sem internet)
1
2 Dados (sem internet)
Aquisição/
Custos dos
Insumos
___________________
___________________
___________________
___________________
1 2 Setor Público (sem internet)
1
2 Setor Público (via internet)
1
2 Setor Privado(sem internet)
1
2 Setor Privado(via internet)
1 2 Informações (via internet)
1
2 Dados (via internet)
1
2 Informações (sem internet)
1
2 Dados (sem internet)
Clima/
Metereologia
___________________
___________________
___________________
___________________
1 2 Setor Público (sem internet)
1
2 Setor Público (via internet)
1
2 Setor Privado(sem internet)
1
2 Setor Privado(via internet)
1 2 Informações (via internet)
1
2 Dados (via internet)
1
2 Informações (sem internet)
1
2 Dados (sem internet)
Estimativa de
Produção/
Safra
___________________
___________________
___________________
___________________
1 2 Setor Público (sem internet)
1
2 Setor Público (via internet)
1
2 Setor Privado(sem internet)
1
2 Setor Privado(via internet)
1 2 Informações (via internet)
1
2 Dados (via internet)
1
2 Informações (sem internet)
1
2 Dados (sem internet)
Preços do
Produto
___________________
___________________
___________________
___________________
1 2 Setor Público (sem internet)
1
2 Setor Público (via internet)
1
2 Setor Privado(sem internet)
1
2 Setor Privado(via internet)
1 2 Informações (via internet)
1
2 Dados (via internet)
1
2 Informações (sem internet)
1
2 Dados (sem internet)
Análises do
mercado
nacional do
algodão
___________________
___________________
___________________
___________________
1 2 Setor Público (sem internet)
1
2 Setor Público (via internet)
1
2 Setor Privado(sem internet)
1
2 Setor Privado(via internet)
1 2 Informações (via internet)
1
2 Dados (via internet)
1
2 Informações (sem internet)
1
2 Dados (sem internet)
Análises de
mercado
internacional
do algodão
___________________
___________________
___________________
___________________
1 2 Setor Público (sem internet)
1
2 Setor Público (via internet)
1
2 Setor Privado(sem internet)
1
2 Setor Privado(via internet)
1 2 Informações (via internet)
1
2 Dados (via internet)
1
2 Informações (sem internet)
1
2 Dados (sem internet)
1
2
1 2
203
Valor da Informação
14. A informação é distribuída por vários meios. Na tabela a seguir é apresentada uma
lista de produtos e de serviços ofertados por organizações que disseminam a
informação agroeconômica. Para cada produto ou serviço, responda as seguintes
perguntas.
PERGUNTAS
Marque abaixo a freqüência de
acesso ao Dado/Informação?
Marque (com X)
Mais Usado Menos Usado
Marque (com X) o custo anual de
Dados/informação para sua
organização.
Marque (com X) o nível
de importância para sua
organização.
PRODUTO OU SERVIÇO
Consultorias
1 2 Diário (via internet)
1 2 Diário (sem internet)
1
2 Semanal (via internet)
1
2 Semanal (sem internet)
1
2 Mensal (via internet)
1
2 Mensal (sem internet)
1
2 Anual (via internet)
1
2 Anual (sem internet)
( ) Até R$ 10 mil
( ) Entre R$10 mil e R$ 50 mil
( ) Entre R$ 50 mil e R$ 100 mil
( ) Entre R$ 100 mil e R$ 300 mil
( ) Entre R$ 200 mil e R$ 500 mil
( ) Entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão
( ) Acima de R$ 1 milhão
( ) Alta importância
( ) Média importância
( ) Pouca importância
( ) Nenhuma importância
Conferências
e Seminários
1 2 Diário (via internet)
1 2 Diário (sem internet)
1
2 Semanal (via internet)
1
2 Semanal (sem internet)
1
2 Mensal (via internet)
1
2 Mensal (sem internet)
1
2 Anual (via internet)
1
2 Anual (sem internet)
( ) Até R$ 10 mil
( ) Entre R$10 mil e R$ 50 mil
( ) Entre R$ 50 mil e R$ 100 mil
( ) Entre R$ 100 mil e R$ 300 mil
( ) Entre R$ 200 mil e R$ 500 mil
( ) Entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão
( ) Acima de R$ 1 milhão
( ) Alta importância
( ) Média importância
( ) Pouca importância
( ) Nenhuma importância
Revistas,
Livros e
Apostilas
1 2 Diário (via internet)
12 Diário (se
m
internet)
1
2 Semanal (via internet)
1
2 Semanal (sem internet)
1
2 Mensal (via internet)
1
2 Mensal (sem internet)
1
2 Anual (via internet)
1
2 Anual (sem internet)
( ) Até R$ 10 mil
( ) Entre R$10 mil e R$ 50 mil
( ) Entre R$ 50 mil e R$ 100 mil
( ) Entre R$ 100 mil e R$ 300 mil
( ) Entre R$ 200 mil e R$ 500 mil
( ) Entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão
( ) Acima de R$ 1 milhão
( ) Alta importância
( ) Média importância
( ) Pouca importância
( ) Nenhuma importância
Boletins
1 2 Diário (via internet)
1 2 Diário (sem internet)
1
2 Semanal (via internet)
1
2 Semanal (sem internet)
1
2 Mensal (via internet)
1
2 Mensal (sem internet)
1
2 Anual (via internet)
1
2 Anual (sem internet)
( ) Até R$ 10 mil
( ) Entre R$10 mil e R$ 50 mil
( ) Entre R$ 50 mil e R$ 100 mil
( ) Entre R$ 100 mil e R$ 300 mil
( ) Entre R$ 200 mil e R$ 500 mil
( ) Entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão
( ) Acima de R$ 1 milhão
( ) Alta importância
( ) Média importância
( ) Pouca importância
( ) Nenhuma importância
Outros
Produtos
e/ou Serviços
1 2 Diário (via internet)
1 2 Diário (sem internet)
1
2 Semanal (via internet)
1
2 Semanal (sem internet)
1
2 Mensal (via internet)
1
2 Mensal (sem internet)
1
2 Anual (via internet)
1
2 Anual (sem internet)
( ) Até R$ 10 mil
( ) Entre R$10 mil e R$ 50 mil
( ) Entre R$ 50 mil e R$ 100 mil
( ) Entre R$ 100 mil e R$ 300 mil
( ) Entre R$ 200 mil e R$ 500 mil
( ) Entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão
( ) Acima de R$ 1 milhão
( ) Alta importância
( ) Média importância
( ) Pouca importância
( ) Nenhuma importância
1
2
204
15. Marque uma ou mais opções abaixo, indicando as dificuldades associadas ao uso de
informações e dados pelo Produtor de Algodão. (pode marcar mais de um)
( ) Dificuldades de acesso a Internet
( ) Dificuldades de operação na Internet
( ) Dificuldades de acesso físico as entidades relacionadas com o Produtor de Algodão
( ) Dificuldade de entendimento das informações disponibilizadas via internet
( ) Dificuldades de entendimento das informações disponibilizadas fisicamente
(sem internet).
( ) Dificuldades de entendimento das informações em outros idiomas.
( ) Custo associado ao acesso à informação via internet.
( ) Custo associado ao acesso à informação fisicamente (sem internet).
( ) Outra(s). _________________________________________________
__________________________________________________________
16. Este espaço é reservado às sugestões do Produtor de Algodão de Mato Grosso, com
referência as ações e informações que podem contribuir com a melhoria do seu
negócio.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo