35
TURLEY, 1999). O procedimento de protração maxilar promove o deslocamento da
maxila para baixo, juntamente com a rotação do plano palatal, havendo o giro no
sentido anti-horário (LEE et al., 1997; ISHIKAWA et al., 2000; HIYIAMA et al., 2002;
LIOU e TSAI, 2005; VAUGHN et al., 2005; YU et al., 2007). Outros estudos, porém,
referem que ocorre um giro maxilar no sentido horário decorrente da ERM e protração
(WILLIAMS et al., 1997; GALLAGHER, MIRANDA, BUSCHANG, 1998; PANGRAZIO-
KULBERSH, BERGER, KERSTEN, 1998; ALCAN, KELES, ERVERDI, 2000; FRANCHI,
BACCETTI, McNAMARA, 2000; WESTWOOD et al., 2003; KILINÇ et al., 2007). A
mandíbula, também, move-se pra baixo e para trás, aumentando a convexidade e a
altura facial inferior (WILLIAMS et al., 1997; GALLAGHER, MIRANDA, BUSCHANG,
1998; SILVA FILHO, MAGRO, CAPELOZZA FILHO, 1998; KIM et al., 1999; ISHIKAWA
et al., 2000; SAADIA e TORRES, 2000; SUDA et al., 2000; KELES et al., 2002; CHA,
2003; VAUGHN, 2005; ARMAN, TOYGAR, ABUHIJLEH, 2006; YU et al., 2007). A
correção do overjet negativo também se dá pela rotação da mandíbula para baixo e
para trás, combinada com a retroinclinação dos incisivos inferiores, melhorando a
relação maxilo-mandibular (CHONG, IVE, ÅRTUN, 1996). Isso se deve ao ângulo de
incidência das forças produzidas pelos elásticos, gerando uma força de resistência
direcionada para a mandíbula (GALLAGHER, MIRANDA, BUSCHANG, 1998). Verifica-
se, também, que a ERM seguida da protração maxilar melhora as dimensões do espaço
aéreo nasofaríngeo (HIYAMA et al., 2002; SAYINSU, ISIK, ARUN, 2006; KILINÇ et al.,
2007).
Obtém-se mudanças significativas em relação ao perfil mole dos pacientes após
à ERM seguida da protração maxilar, resultando numa maior convexidade e altura facial
inferior (NGAN et al., 1996; MACDONALD, KAPUST, TURLEY, 1999).
A ERM também pode ser utilizada como esplintagem dos dentes superiores
impedindo a movimentação para anterior durante a protração maxilar, favorecendo a
distribuição das forças para a maxila e evitando, assim, o movimento indesejável
desses dentes (TURLEY, 1988; SILVA FILHO, MAGRO, CAPELOZZA, 1998; KIM et al.,
1999; VAUGHN et al., 2005).