Gerstenberger, Julius Wellhausenn e também Marcos P. M. da Cruz Bailão em sua
tese de doutorado em 2001
65
, é de dominação persa. Período que corresponde a 539 a
332 a.C., segundo Jorge Pixley, Marcos Bailão e também Yohanan Aharoni.
66
Com a expansão do Império Persa, a queda da
Babilônia já estava prevista. John Bright narra os pormenores da situação de
conquista: “de um lado os persas em marcha triunfante, e de outro os moradores da
Babilônia festejando sua libertação, em relação ao seu próprio soberano
Nabônides.”
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Este havia retirado os deuses dos templos das cidades circunvizinhas e
levado os mesmos para a capital, na Babilônia. Decisão que evidentemente não
agradara os moradores locais que passam, por esse motivo e outros, a desgostar de
Nabônides. O livro, Judá e Israel, textos do Antigo Oriente Médio narra os meandros
da conquista persa, liderada por Ciro à Babilônia:
No décimo quarto dia, Sippar foi tomada sem combate.
Nabônides fugiu. No décimo sexto dia, Gubaru,
governador do país de Gutium e as tropas de Ciro
entraram na Babilônia, sem combate (...) Nenhuma
interrupção do que quer que seja teve lugar em Esagil e
nos outros templos (...) No mês de arahsamu, no
terceiro dia Ciro entrou na Babilônia. O estado de paz
foi assinado na cidade, Ciro decretou o estado de paz
para a Babilônia inteira (...) Os deuses no país de
Babilônia que Nabônides havia feito descer para
Babilônia retornaram aos seus santuários.
68
65
Erhard Gerstenberger. Leviticus. A Commentary. The Old Testament Library. 1996, p.7, Julius
Wellhausenn. Prolegomena to the history of Ancient Israel. The classic and original statement of the
theory of “Higher Criticism” of the Old Testament. 1957, p.497, Marcos P. M. da Cruz Bailão.
“Doença Impura como Limite da Identidade Comunitária.” Tese de Doutorado: 2001, p.208ss.
66
Jorge Pixley. A História de Israel a partir dos pobres. 7ª Edição. 2001, p.91. E Marcos P. M. da
Cruz Bailão. “Doença Impura como Limite da Identidade Comunitária.” Tese de Doutorado: 2001,
p.208. Yohanan Aharoni. The Land of the Bible. 1979, p.411.
67
Nabônides (556-539), escreve John Bright, contava naturalmente com o apoio dos elementos
dissidentes da Babilônia, talvez, sobretudo daqueles que sentiam o peso da terrível força econômica e
espiritual dos sacerdotes de Marduk. Mas seu reinado trouxe grandes discórdias à Babilônia, citando
Pritchard, em ANET, p. 305; Albright, em Basor, 120 (1950), p. 22-25, 1978, p.477. Acompanhando
Tadmor H. A history of the Jewish people. 1976, p.165 que também escreve o mesmo.
68
VV.AA. Israel e Judá. Textos do Antigo Oriente Médio. 1985, p.90. Também, cilindros de argila
encontrados na Babilônia celebram a entrada de Ciro na capital quando restabelece o culto a Marduk
como deus supremo, pois Nabônides havia preferido a Sin. “Marduk, o grande senhor, o que cuida das
gentes, viu com alegria suas boas ações e seu reto coração. Lhe ordenou ir a Babilônia, lhe fez tomar o
caminho da Babilônia, caminhou a seu lado como amigo e companheiro. Suas numerosas tropas,
incontáveis como gotas de um rio, avançavam a seu lado com armas erguidas. Lhe fez entrar na
Babilônia sem combate nem luta. Salvou da dificuldade a sua cidade Babilônia. Entregou em sua mão
a Nabônides, rei que não o temia. Todas as gentes da Babilônia, a totalidade do país, da Suméria a