Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Maria do Carmo Rodrigues Araújo
ABORTO PROVOCADO: FATORES ASSOCIADOS EM MULHERES
ADMITIDAS EM MATERNIDADES PÚBLICAS EM
SÃO LUÍS–MA /BRASIL, 2006.
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em
Ciências da Saúde da Universidade Federal do
Maranhão, como requisito para obtenção do grau de
mestre.
Orientadora: Profª. Dra. Elba Gomide Mochel
São Luís
2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Maria do Carmo Rodrigues Araújo
ABORTO PROVOCADO: FATORES ASSOCIADOS EM MULHERES
ADMITIDAS EM MATERNIDADES PÚBLICAS EM
SÃO LUÍS–MA /BRASIL, 2006.
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em
Ciências da Saúde da Universidade Federal do
Maranhão, como requisito para obtenção do grau de
mestre.
Aprovada em
: 20 / 03 / 2007.
BANCA EXAMINADORA
Orientadora: Profª. Dra. Elba Gomide Mochel
Universidade Federal do Maranhão
_____________________________________________________
1ª Examinadora: Profª. Dra. Josefa Vieira de Lima
UniPaulistana - Centro Universitário Paulistano
2ª Examinadora: Profª. Dra. Anna Paula Ferrário Gonçalves
Universidade Federal do Maranhão
_______________________________________________________
3ª Examinadora: Profª. Dra. Marília da Glória Martins
Universidade Federal do Maranhão
ii
ads:
A meus pais, Meraldo (in memorian) e Irene, que me
deram a vida, a maior de todas as artes;
A Jacques Rocha Braúna, meu eterno amor, pelo
companheirismo do dia-a-dia;
Ao meu bebê Renata, o maior presente de Deus.
iii
AGRADECIMENTOS
A Deus, energia presente em cada poro de meu corpo;
À Professora Dra. Elba Gomide Mochel, pessoa a quem dispenso grande admiração, pela
imensurável contribuição neste trabalho como orientadora, sempre tão gentil e prestativa;
À Professora Dra. Marilene O. R. Borges, Coordenadora do Mestrado, meus sinceros
agradecimentos por ter me possibilitado esta valiosa qualificação;
Aos Professores, Dr. Valdinar Sousa Ribeiro e Dra. Marília da Glória Martins, pelas
importantes e enriquecedoras sugestões dadas a este trabalho durante a pré-banca;
Aos colegas de turma do Mestrado em Ciências da Saúde, pelo agradável convívio
compartilhado na busca do mesmo objetivo;
Aos conceituados professores componentes do corpo docente deste Mestrado, que com
inquestionável sabedoria, viabilizaram a minha formação em Mestre;
Aos dirigentes e funcionários das maternidades, que autorizaram a realização do estudo e
que, de alguma forma, contribuíram para a coleta de dados;
Às mulheres que, apesar do momento delicado de suas vidas, não se furtaram em participar
de forma gratuita e espontânea deste estudo;
A Jacques Rocha Braúna, meu grande e eterno amor, pelo companheirismo do dia-a-dia e
pela fundamental participação na elaboração de todo o trabalho de informática presente
neste estudo;
Ao meu bebê Renata Araújo Braúna, o maior presente de Deus, pelos momentos em que me
fiz ausente, nos primeiros anos de sua existência, para cursar o mestrado.
À Professora Mestra Dulcilene Vilarins Amorim, chefe do Departamento de Enfermagem,
pelo incansável empenho na minha liberação para a realização do Mestrado;
A todos os funcionários da Coordenação do Mestrado, meus sinceros agradecimentos por
seus préstimos;
A todos aqueles que não foram nominalmente mencionados aqui, mas que de alguma forma
contribuíram para a realização deste Mestrado, o meu muito obrigada.
iv
“Sem a convicção de uma harmonia
íntima do Universo, não poderia haver
ciência”.
Albert Einstein
v
RESUMO
Estudo sobre os fatores associados ao aborto provocado em mulheres admitidas por
complicações, em duas maternidades públicas de São Luís-MA (Brasil), no segundo semestre
de 2006. Aplicou-se um questionário com perguntas abertas e fechadas em 80 mulheres que
declararam ter praticado o aborto. Os resultados revelam que a prática do aborto prevalece em
mulheres pobres, acima de 20 anos, solteiras, católicas, de baixo nível de escolaridade, com
emprego definido e usuárias de métodos contraceptivos. A maioria das mulheres referiu, como
método abortivo, o uso do misoprostol, isolado ou associado a outros métodos. Sentimentos
negativos de tristeza e culpa pós-aborto foram referidos na grande maioria dos casos.
Observou-se também, uma redução do número de complicações graves relacionadas ao aborto
provocado nessas maternidades. É necessário que os profissionais que atuam na atenção
básica de saúde promovam, por meio de ações educativas e de acesso aos métodos
contraceptivos, o exercício dos direitos reprodutivos no País.
Palavras-chave: Epidemiologia; Aborto Provocado; Saúde Reprodutiva; Planejamento
Familiar.
vi
ABSTRACT
Study about factors associated to the induced abortion in women admitted by complications,
in two public maternities of São Luís-MA (Brazil), in the second semester of 2006. A
questionnaire was applied with open and closed questions in 80 women that declared to have
practiced the abortion. The results reveal that the practice of the abortion prevails in poor
women, above 20 years, unmarried women, Catholic, of low education level, with defined job
and users of contraceptive methods. Negative feelings of sadness and fault powder-abortion
were referred in the great majority of the cases. It was also observed, a reduction of the
number of serious complications related to the abortion provoked at those maternities. It is
necessary that the professionals who act in the basic attention of health promote, by means of
educative actions and of access to the contraceptive methods, the reproductive right of action
in the Country
Keywords: Epidemiology; Induced abortion; Reproductive health; Family planning.
vii
RESUMEN
Estudio sobre los factores se asoció al aborto provocado en mujeres admitidas por las
complicaciones, en dos maternidades públicos de São Luís - MA (Brasil), en el segundo
semestre de 2006. Un cuestionario fue aplicado con las preguntas abiertas y cerradas en 80
mujeres a quienes eso declaró haber practicado el aborto. Los resultados revelan que los
pacientes del aborto prevalecen en mujeres pobres, por encima de 20 años, mujeres solteras,
católico, del nivel de educación bajo, con el trabajo definido y los usuarios de los métodos
anticonceptivos. La mayoría de las mujeres envían el uso del misoprostol, aislado, como el
método frustrado, o asociar de otros métodos. Los sentimientos negativos de la tristeza y
polvo de falla - el aborto fue enviado en la gran mayoría de las cajas. También era observado,
una reducción del número de las complicaciones serias relacionadas con el aborto provocó a
ésos maternidades. Es necesario que los profesionales que actúan en la atención básica de la
salud promuevan, por medio de acciones educativas y del acceso a los métodos
anticonceptivos, la derecha reproductiva de la acción en el país.
Descriptores: epidemiología; el aborto provocado; la salud reproductora; la planificación
familiar.
viii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Distribuição de mulheres atendidas em duas maternidades segundo
Tipo de aborto. São Luís-MA, 2006.........................................................................15
Tabela 2. Mulheres que provocaram aborto, admitidas em duas maternidades, segundo
Condições sócio-econômicas. São Luís-MA, 2006................................................16
Tabela 3. Mulheres que provocaram aborto, admitidas em duas maternidades, segundo
História reprodutiva. São Luís-MA, 2006..............................................................18
Tabela 4. Mulheres que provocaram aborto, admitidas em duas maternidades, segundo
Método utilizado, uso e dosagem do misoprostol, auxilio e local da prática.
São Luís-Ma, 2006..................................................................................................20
Tabela 5. Mulheres que provocaram aborto, admitidas em duas maternidades, segundo
Motivação, complicações, tempo de internação e sentimentos pós-aborto.
São Luís-MA, 2006................................................................................................22
ix
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Distribuição de mulheres atendidas em duas maternidades, segundo
Maternidade. São Luís-MA, 2006..........................................................................33
Figura 2. Distribuição de mulheres atendidas em duas maternidades, segundo
Tipo de aborto. São Luís-MA, 2006.......................................................................33
Figura 3. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Idade. São Luís-MA, 2006......................................................................................34
Figura 4. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Escolaridade. São Luís-Ma, 2006............................................................................34
Figura 5. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Religião. São Luís-MA, 2006..................................................................................34
Figura 6. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Estado conjugal. São Luís-MA, 2006......................................................................35
Figura 7. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Ocupação. São Luís-MA, 2006................................................................................35
Figura 8. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Renda familiar. São Luís-MA, 2006........................................................................35
Figura 9. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Idade da 1ª relação sexual. São Luís-MA, 2006......................................................36
Figura 10. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Aborto como o desfecho da gravidez. São Luís-MA, 2006....................................36
Figura 11. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Idade gestacional. São Luís-MA, 2006...................................................................36
Figura 12. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Quantidade de filhos vivos. São Luís-MA, 2006....................................................37
Figura 13. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Uso de método contraceptivo. São Luís-MA, 2006................................................37
Figura 14. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Método utilizado. São Luís-MA, 2006...................................................................37
Figura 15. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Via de administração. São Luís-MA, 2006.............................................................38
Figura 16. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Dosagem do misoprostol. São Luís-MA, 2006.......................................................38
x
Figura 17. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Quem auxiliou. São Luís-MA, 2006.......................................................................38
Figura 18. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Local da prática do aborto. São Luís-MA, 2006.....................................................39
Figura 19. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
o Motivo. São Luís-MA, 2006................................................................................39
Figura 20. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Complicações. São Luís-MA, 2006........................................................................39
Figura 21. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Tempo de internação. São Luís-MA, 2006.............................................................40
Figura 22. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
Sentimento pós aborto. São Luís-MA, 2006...........................................................40
xi
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
RESUMÉN
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................13
2. OBJETIVO..........................................................................................................................14
3. METODOLOGIA...............................................................................................................14
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................................15
5. CONCLUSÕES...................................................................................................................24
REFERÊNCIAS....................................................................................................................25
APÊNDICE...........................................................................................................................28
ANEXO 1..............................................................................................................................32
ANEXO 2..............................................................................................................................41
xii
1. INTRODUÇÃO.
Apesar de ser um assunto controverso que envolve aspectos legais, éticos e morais,
além de referentes à saúde pública, clínicos e psicológicos, o aborto provocado é bastante
praticado em todo o mundo: com permissão da lei ou, ao contrário, de modo clandestino
(1)
.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), são realizados
20.000.000 de abortos anualmente. Estima ainda que, no mundo, uma a cada oito mortes
maternas se deve a complicações relacionadas ao aborto provocado
(2)
.
No Brasil, o aborto provocado é proibido por lei, e somente será permitido, quando
necessário para salvar a vida da gestante ou quando a gravidez for resultante de estupro. Fora
esses casos, quem pratica o aborto está sujeito à pena de detenção ou reclusão
(3)
. Todavia,
sabe-se que apesar de o Código Penal incriminar o aborto, ele é bastante praticado e
dificilmente punido judicialmente
(1)
. Tal situação de ilegalidade do aborto impede o
conhecimento exato desse fenômeno em nosso país
(4)
.
Faltam, no Brasil, estudos epidemiológicos sobre abortamento clandestino,
principalmente em populações vulneráveis, de renda muito baixa, onde são maiores as taxas
de mortalidade materna
(5)
. Os dados a que se tem acesso são, em sua maioria, resultados de
pesquisas ou levantamentos feitos em hospitais, especialmente nos que atendem à população
de menor renda
(6)
.
No entanto, o estudo das internações hospitalares por aborto pode trazer
informações indiretas, mas importantes, acerca das repercussões do exercício da sexualidade
para a saúde das mulheres, sobre a dimensão das demandas contraceptivas não atendidas e a
clandestinidade do aborto
(7)
. Outrossim, tem especial relevância para o estudo da morbi-
mortalidade e estimativas de custos desta patologia
(8)
.
Dentre os métodos utilizados para a prática do aborto, o Misoprostol (Citotec) tem
sido o abortivo mais freqüentemente mencionado pelas mulheres que procuram drogas para a
indução do aborto
(9)
. Este medicamento é comercializado no Brasil para o tratamento de
úlcera péptica e tem sido também, uma nova opção em Obstetrícia para amadurecimento
13
cervical e indução do parto, principalmente em gestações a termo, de alto risco, cérvix
imatura e necessidade da resolução do parto em curto prazo
(10).
Todavia, o uso indiscriminado do misoprostol nos primeiros meses da gravidez
tem ocasionado malformações congênitas em recém-nascidos de mulheres expostas a essa
medicação, na tentativa fracassada de provocar aborto
(8,11)
.
O aborto provocado aumenta o risco de morte materna e, ao menos
potencialmente, causa graves danos à saúde física e psíquica da mulher
(12)
, podendo também,
afetar as subseqüentes gestações, aumentando o risco de prematuridade, gravidez ectópica,
abortamento espontâneo, e baixo peso ao nascer
(13)
.
Portanto, o aborto é um problema de saúde que atinge diretamente as mulheres e
precisa ser considerado ou resolvido, o que torna justificável a realização do presente estudo.
2. OBJETIVO.
Identificar os fatores associados ao aborto provocado em mulheres admitidas por
complicações decorrentes desses abortos.
3. METODOLOGIA.
Trata-se de um estudo de casos, com mulheres admitidas com complicações de
aborto em duas maternidades públicas de São Luís-MA. Foram observados os preceitos da
Resolução 196/96 do Ministério da Saúde. Utilizou-se como critério de exclusão as mulheres
que declararam ter sofrido aborto espontaneamente ou de forma acidental, bem como aquelas
que foram submetidas à curetagem uterina por outros diagnósticos. A coleta de dados foi
realizada por meio de um questionário com perguntas estruturadas, abertas e fechadas baseado
na literatura consultada
(11)
, de forma reservada e em horários convenientes para as mulheres,
durante o período de internação na maternidade. Houve apenas um óbito por complicações de
aborto no período da coleta de dados. Perguntou-se sobre características sócio-econômicas,
história reprodutiva, práticas contraceptivas, métodos empregados para a indução do aborto e
14
intercorrências clínico-obstétricas. Foram também revisados os prontuários das internações
hospitalares, para a obtenção de informações complementares a cerca da idade gestacional
(obtida através de exames de ultra-sonografia), das intercorrências clínico-obstétricas, do
tempo de permanência no hospital e do tratamento recebido. Dentre as limitações do estudo é
importante considerar que a amostra, constituiu-se apenas das mulheres que procuraram
atendimento médico, nas maternidades estudadas. Não foram consideradas as mulheres que
provocaram aborto e que não tiveram acesso a tratamento hospitalar na rede pública.
Acredita-se que o estudo poderá contribuir sobremaneira, para a melhoria das Ações de Saúde
Reprodutiva, voltadas para as mulheres de baixo poder aquisitivo. Os dados foram analisados
utilizando-se os programas de computação Bioestat 3.0, EpiInfo 2000, Access e Excel 2003,
para cálculo do qui-quadrado.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.
Nossa pesquisa foi realizada no segundo semestre de 2006, em uma amostra por
conveniência constituída de 80 mulheres que praticaram aborto.
Tabela 1. Distribuição de mulheres atendidas em duas maternidades segundo tipo de aborto. São
Luís-MA, 2006.
Quantidade de abortos
Provocado Espontâneo Total
Local de estudo
f % f % f %
A
65 81,25 240 63,83 305 66,89
B 15 18,75 136 36,17 151 33,11
Total
80 100,00 376 100,00 456 100,00
x² = 9,038 p= 0,0026
Conforme mostra a Tabela 1, de 456 mulheres que foram admitidas por
complicações de aborto e que se submeteram à curetagem uterina, 80 (17,54%) admitiram ter
provocado o aborto.
Os dados encontrados são superiores aos dados da pesquisa de Fusco et al
(5)
, cujo
percentual de aborto foi 13,6%, e também, dos dados encontrados por Silva
(14,15)
, em duas
pesquisas realizadas, na Vila Madalena e na cidade de São Paulo, cujos percentuais foram de
8,3% e 4,5% respectivamente. Em contrapartida, é menor que os dados de outra pesquisa
realizada por Silva
(16)
, onde foi encontrada a freqüência de 20,4%, e menor que os dados
15
encontrados por Fonseca
(11)
, onde dos 620 casos de aborto estudados, 141 (22,7%) foram
provocados.
Tabela 2. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades,
segundo condições socioeconômicas. São Luís-MA, 2006.
Características f %
Idade
10 a 14 anos 3 3,75
15 a 19 anos 24 30,00
20 ou + anos
53 66,25
p = 0,001 x² = 20,91
Escolaridade
1º grau incompleto 5 6,25
1º grau completo 23 28,75
2º grau incompleto 23 28,75
2º grau completo
24 30,00
Superior incompleto 1 1,25
Superior completo 4 5,00
p = 0,06 x² = 17,65
Religião
Católica
38 47,50
Evangélica 24 30,00
Sem religião 13 16,25
Outras 5 6,25
p < 0,001 x² = 31,5
Estado conjugal
Solteira
57 71,25
Casada /União estável 21 26,25
Separada /Viúva 2 2,50
p = 0,03 x² = 6,46
Ocupação
Estudante
21 26,25
Desempregada 11 13,75
Dona de casa 8 10,00
Comerciaria 4 5,00
Empregada doméstica 18 22,50
Outras 18 22,50
Renda familiar
< que 1 salário mínimo 13 16,25
1 a 3 salários mínimos
46 57,50
> que 3 salários mínimos 19 23,75
Não soube informar 2 2,50
p < 0,001 x² = 42,06
Dentre a amostra estudada, a maioria das mulheres está na faixa etária de 20 anos
ou mais (66,25%), enquanto que 30% estão entre os 15 e 19 anos e 3,75% tem idade entre 10
16
a 14 anos. A média de idade das mulheres foi de 21,6 anos, a mediana foi 22, as idades
mínima e máxima foram 12 e 34 anos respectivamente e o desvio padrão 4,46.
Os dados assemelham-se aos encontrados nos estudos de Carvalho et al
(17)
, e de
Sorrentino & Lebrão
(7)
, onde o menor percentual de aborto provocado ocorreu em menores
de 19 anos, e a maior concentração de aborto entre 20 e 29 anos.
Quanto à escolaridade, observou-se que a maioria das mulheres não concluiu nem
o 2º grau. 30% têm 2º grau completo e apenas 5% concluíram o curso superior. O resultado é
semelhante ao estudo realizado por Carvalho et al
(17)
, onde 59% das mulheres que praticaram
aborto tinham por escolaridade o 1º grau ou menos.
No que se refere à religião, 47,5% das mulheres que provocaram aborto disseram
seguir os princípios do catolicismo, seguidas daquelas que se disseram evangélicas (30%).
16,25% informaram não ter religião e 6,25% referiram outras religiões. Os achados não se
distanciam do estudo de Carvalho et al
(17)
, onde foi identificado um percentual de 59,5% de
mulheres católicas, dentre as que praticaram aborto.
Em relação ao estado conjugal, quando dos abortos provocados, a maioria das
mulheres 71,25% estava solteira na época do evento, 26,25% estavam unidas
consensualmente e/ou casadas. Apenas 2,5% eram separadas e/ou viúvas. Os dados
encontrados divergem dos encontrados por Fusco et al
(5)
, onde foi observado que,
aproximadamente 51% das mulheres apresentaram estado conjugal solteira ou separada
quando praticaram o aborto. Em contrapartida, se assemelha aos dados encontrados por Costa
et al
(18)
, que identificou que a proporção de mulheres que pensou em abortar e que
efetivamente interrompeu a gravidez foi significativamente menor entre as mulheres casadas
do que entre as que tinham engravidado em outro tipo de relacionamento
.
Ao se analisar a ocupação dessas mulheres, percebe-se também que o percentual
de estudantes (26,25%) é maior em relação a outras profissões, onde 22,5% são empregadas
domésticas, 22,5% tem profissões variadas, 13,75% estavam desempregadas na época do
evento. Apenas 10% são donas de casa e 5% são comerciarias. Os resultados podem ser
comparados aos do estudo de Fonseca
(11)
, onde a maioria das mulheres era estudante em
relação àquelas com outras ocupações.
17
Referente à condição social, 16,25% das mulheres vivem abaixo do salário
mínimo, a maioria 57,5% vive com 1 a 3 salários mínimos, seguidas de 23,75% que vivem
acima de 3 salários mínimos. Apenas 2,5% das mulheres não souberam informar sobre a
renda familiar. Os dados acima condizem com as conclusões do estudo de Heilborn et al
(19)
,
onde identificaram que o número de abortos foi quatro vezes maior nas mulheres com renda
familiar acima de um salário mínimo. Ratifica-se, portanto, as conclusões de Fusco et al
(5)
, de
que o aborto provocado acontece principalmente em populações vulneráveis, de renda muito
baixa, nas quais o aborto provocado pode levar a conseqüências mais importantes nas taxas de
mortalidade materna.
Tabela 3. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades,
segundo história reprodutiva. São Luís-MA, 2006.
Características f %
Idade da 1ª relação sexual
10 a 14 anos 20 25,00
15 a 19 anos
54 67,50
20 ou + anos 6 7,50
Aborto como desfecho
1ª gravidez
31 38,75
2ª gravidez 20 25,00
3ª gravidez 16 20,00
4ª ou + gravidez 13 16,25
Idade gestacional
De 04 a 08 semanas
39 48,75
De 09 a 12 semanas 26 32,50
De 13 ou + semanas 15 18,75
Filhos vivos
Nenhum
38 47,50
Um filho 21 26,25
Dois filhos 11 13,75
Três ou + filhos 10 12,50
Uso de método contraceptivo
Não faz uso 32 40,00
Contraceptivo oral 8 10,00
Camisinha (condom)
34 42,50
Outros métodos (DIU, AM, diafragma, tabela,
etc...)
6 7,50
No tocante a idade da 1ª relação sexual, observa-se que a maioria das mulheres
(67,5%), teve o início das atividades sexuais entre os 15 e 19 anos, 25% entre 10 a 14 anos e
7,5% com 20 ou mais anos. Esses achados coincidem com os dados encontrados por Carvalho
et al
(17)
, onde apontam que 80% das mulheres que praticaram aborto, tiveram o início da
atividade sexual na adolescência. Pela análise dos dados acredita-se que, o início da atividade
18
sexual na adolescência está associado a um maior número de abortos. Ao contrário, Menezes
(20)
concluiu em seu estudo que, a relação sexual precoce não apareceu associada a um maior
número de abortos.
O aborto foi o desfecho da primeira gravidez em 38,75% dos casos. Porém, a
maioria das mulheres abortou em gravidezes subseqüentes. Como também, a grande maioria
abortou no primeiro trimestre da gravidez. A média de idade gestacional foi de 9,7 semanas, a
mediana foi 10 semanas, as idades gestacionais: mínima e máxima foram 4 e 25 semanas,
respectivamente, com desvio padrão igual a 5,03.
Os dados divergem dos encontrados por Menezes
(20)
, onde o aborto provocado foi
o desfecho da 1ª gravidez em 16,7% dos casos.
Das 80 mulheres que declaram espontaneamente a provocação de abortos, a
maioria (52,5%) é mãe e 47,5% não tem filhos. A média de gravidez por mulher foi de 1,5.
Pode-se perceber que, as mulheres que tem três filhos ou mais, são as que menos praticaram o
aborto em relação àquelas com menos filhos (40%).
Os dados encontrados por Silva & Morel
(16)
apontam que a maioria esmagadora
dos abortos (90,2%), ocorre entre as mulheres com, no máximo, 3 filhos, ou seja, as mulheres
com mais de 3 nascidos vivos fariam aborto muito raramente, o que ratifica os achados deste
estudo.
A maioria das mulheres faz uso de métodos contraceptivos: 42,5% referiram o uso
da camisinha masculina (condom) e 10% referiram o uso de contraceptivo oral, 7,5% utilizam
outros métodos e 40% referiram o não uso de qualquer método. Esses dados se contrapõem ao
estudo de Fonseca et al
(11)
, onde 53,9% das mulheres não fazem uso de métodos
contraceptivos e 20,6% usam contraceptivos orais e apenas 5,7% dos casos fazem uso de
camisinha.
Para Carvalho et al
(17)
, o método contraceptivo mais usado foi a pílula (80,5%),
contrapondo-se também, aos resultados deste estudo.
19
Tabela 4. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
método utilizado, uso e dosagem do misoprostol, auxilio e local da prática.
São Luís-MA, 2006.
Características f %
Método utilizado
Misoprostol
45 56,25
Misoprostol associado a outros métodos 7 8,75
Chás 19 23,75
Outros métodos 9 11,25
Via de administração
Não fez uso 28 35,00
Oral 1 1,92
Vaginal 5 9,62
Oral e vaginal (simultaneamente)
46 88,46
Dosagem do misoprostol
0 comprimido 28 35,00
1 – 3 comprimidos 8 15,38
4 – 6 comprimidos
41 78,85
7 ou + comprimidos 3 5,77
Quem auxiliou
Ninguém 25 31,25
Pai da criança 6 7,50
Amiga
30 37,50
Família 7 8,75
Profissional da saúde 5 6,25
Balconista de farmácia 7 8,75
Local da prática do aborto
Em casa
63 78,75
Casa de amiga 9 11,25
Casa de profissional de saúde 5 6,25
Em outro lugar 3 3,75
Mais da metade (56,25%) das mulheres que provocaram aborto relatou o uso
isolado de misoprostol, em variadas dosagens e vias de administração, ou em combinação
com outros métodos (8,75%), na indução do aborto. Fonseca et al
(8)
; Viggiano et al
(21)
; Costa
& Vessey,
(22)
apontam que freqüências também elevadas foram reportadas em estudos em
Fortaleza (66,0%), Goiânia (39,0%) e Rio de Janeiro (57,0%), indicando que este método é
comumente utilizado entre mulheres que buscam atendimento em hospitais da rede pública.
Quanto à dosagem de misoprostol, a grande maioria das mulheres 78,85%, fez uso
de 04 a 06 comprimidos, 15,38% usaram de 1 a 3 comprimidos e 5,77% usaram 7 ou mais
comprimidos. Ao contrário dos dados encontrados por Fonseca et al
(11)
, onde as dosagens do
misoprostol citadas variaram entre 400 e 5.600 microgramas.
No que se refere à via de administração do referido medicamento, a grande
maioria das mulheres (88,46%) admitiu o uso via oral e vaginal simultaneamente, enquanto
1,92% e 9,62% relataram uso exclusivamente oral ou vaginal, respectivamente. Ainda
comparado ao estudo de Fonseca et al
(11)
, as vias de administração do medicamento foram as
mesmas: oral e vaginal simultaneamente (89,8%), divergindo apenas dos percentuais de
20
mulheres que optaram pelas referidas vias de administração de forma isolada, onde 6,4% e
3,9% relataram uso exclusivamente oral e vaginal, respectivamente.
Com o advento do Misoprostol, o número de abortos praticados em casas
clandestinas diminuiu consideravelmente, haja vista que, referido medicamento provoca o
aborto, esvaziando o conteúdo uterino, de forma não invasiva e menos traumática para as
mulheres. Isso significa que, o uso da referida droga ocasiona um abortamento incompleto,
uma vez que, o conteúdo uterino não é totalmente eliminado, levando as mulheres a procurar
um atendimento hospitalar, a fim de serem submetidas a uma curetagem uterina.
Segundo Barros & Albuquerque
(23)
não existem substâncias propriamente
abortivas que sejam capazes de esvaziar o útero grávido.
Das mulheres que usaram o misoprostol, 37,5% informaram que o conhecimento
sobre este método abortivo foi obtido a partir de outras mulheres (amigas). Entretanto, a
maioria não informou claramente a fonte de obtenção desse medicamento. Apenas 7,5%
referiram que receberam ajuda do pai da criança. Diferentemente do estudo de Costa et al
(18),
que significativamente mais mulheres que conversaram somente com
namorado/marido/companheiro chegaram a abortar, comparada com as que conversaram com
parentes, outras pessoas ou com ninguém.
Quanto ao local onde praticaram o aborto, a maioria das mulheres (78,75%)
declarou que usou o misoprostol em casa. As demais mulheres informaram que praticaram o
aborto em casa de amiga (11,25%), de profissional de saúde (6,25%) e em outros locais
(3,75%).
O uso do chá foi apontado 23,75% das mulheres e 11,25% usaram outros métodos
para provocar o aborto. Observou-se que, a maioria das mulheres que fez uso de chá,
justificou que tomou referida substância porque “não sabia que estava grávida” e/ou que “não
sabia que chá era abortivo”.
No estudo realizado por Osis et al
(6)
, 16,7% das mulheres referiram que pelo
menos uma vez tomaram chá/remédio para menstruar, quando tiveram algum atraso
menstrual.
21
Dos abortos provocados, apenas 05 foram realizados em casas clandestinas (por
auxiliares de enfermagem e/ou parteiras leigas); o oposto do observado por Silva
(14)
em
estudo realizado na Vila Madalena, onde as mulheres têm alto poder aquisitivo.
Tabela 5. Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades, segundo
motivação, complicações, tempo de internação e sentimentos pós-aborto.
São Luís-MA, 2006.
Características f %
Motivos
Gravidez não planejada
31 38,75
Pai não querer assumir a criança 13 16,25
A família não aceitar a gravidez 6 7,50
Medo de assumir responsabilidades 4 5,00
Falta de condições financeiras 7 8,75
Outros motivos 19 23,75
Complicações
Cólica 20 25,00
Sangramento 22 27,50
Cólica e sangramento
33 41,25
Febre 2 2,50
Outros 3 3,75
Tempo de internação
1 dia
37 46,25
2 a 3 dias 36 45,00
4 ou + dias 7 8,75
Sentimentos pós-aborto
Aliviada 18 22,50
Culpada 16 20,00
Triste
36 45,00
Outros 10 12,50
Dentre os mais variados motivos que levaram as mulheres à prática do aborto,
38,75% das entrevistadas declararam que a gravidez foi indesejada, 16,25% informaram que o
pai da criança não quis assumir o filho, 8,25% alegaram falta de condições financeiras, 7,5% a
família não aceitou a gravidez, 5% abortaram por medo de assumir responsabilidades e
23,75% referiram outros motivos.
Houve uma diferença significativa entre as mulheres que abortaram por alegar
gravidez não planejada pelo simples fato de ser solteira, daquelas que alegaram medo de
assumir responsabilidades por não se sentirem preparadas para criar uma criança.
22
Ao contrário do estudo de Costa et al
(18)
, onde mais mulheres 23,2%, que disseram
não estar preparada para criar/educar uma criança abortaram, comparadas com as que deram
outras razões.
Quanto às complicações apresentadas pelas mulheres que praticaram o aborto,
41,25% referiram cólica, acompanhada de sangramento, seguidas daquelas que referiram
somente sangramento (27,5%) e somente cólicas (25%). Apenas 2,5% das mulheres
apresentaram febre e 3,75% outros sintomas como dor de cabeça, tontura, náuseas e vômitos.
Os dados referentes às complicações estão diretamente associados ao tempo de
internação hospitalar, onde 46,25% das mulheres permaneceram internadas por apenas 01 dia,
45% ficaram internadas por 2 a 3 dias e apenas 8,75% permaneceram no hospital por 4 dias
ou mais.
Pela associação feita entre complicações apresentadas e tempo de internação pode-
se concluir que, a grande maioria das mulheres não apresentou complicações graves após o
aborto, e que, o tempo médio das internações foi de 2,5 dias.
Pode-se deduzir também, que a diminuição de complicações resultantes do aborto
provocado deve-se ao tipo de método abortivo utilizado pela maioria das mulheres deste
estudo: o misoprostol e as plantas medicinais (os chás). Ratifica-se, portanto que, ambos são
métodos não invasivos e que não agridem o organismo da mulher de forma traumática, como
a inserção de corpos estranhos na cavidade vaginal e outros métodos invasivos.
Os dados encontrados estão de acordo com o estudo de Fonseca et al
(11)
, onde
mostra que 88,2% das mulheres que abortaram não apresentaram qualquer sinal clínico de
infecção na admissão e que, o tempo médio de hospitalização foi de 2,1 dias.
Em contrapartida, Fusco et al
(5)
, concluiu em seu estudo que houve elevada taxa
de complicações pós-aborto revertidas em internações hospitalares (82,79%).
Sorrentino e Lebrão
(7)
concluíram em seu estudo que, a média de internação
hospitalar foi de 1,7 dias, tendo 94,5% delas durando três dias ou menos e 57,0% um dia ou
menos.
23
Quanto aos sentimentos envolvidos, as maiorias das mulheres (65%) referiram
sentimentos negativos após o aborto, como: “tristeza” (45%) e “sentimento de culpa” (20%).
22,5% referiram terem se sentido bem emocionalmente: aliviada. As demais mulheres
(12,5%) deram respostas que expressam tanto sentimentos positivos quanto negativos em
relação à prática do aborto.
Ao contrário, Costa et al
(18)
constataram que quase metade das mulheres que
abortaram disse que depois se sentiu mal emocional e/ou fisicamente (48,8%). Em seguida
vieram as que referiram terem ficado bem emocional e/ou fisicamente (27,9%), 14,7% deram
respostas que expressam tanto sentimentos positivos quanto negativos em relação a ter
abortado e 6,1% fizeram dissociação entre as sensações físicas e as emocionais.
Broen
(24)
, ao realizar estudo comparando o estado emocional de mulheres que
tiveram abortos, chegou à conclusão que, o aborto provocado tem um efeito muito mais
negativo e duradouro que o aborto espontâneo, chegando a causar na mulher ansiedade,
depressão, culpa e vergonha por até cinco anos. Ao contrário do aborto espontâneo que causa
depressão e ansiedade apenas durante os seis primeiros meses depois da perda do bebê.
Frente à síndrome pós-aborto experimentada pelas 80 mulheres que participaram
do estudo, a grande maioria (91,25%) respondeu que não praticaria o aborto novamente.
Apenas 2,5% responderam que fariam outro aborto, e 6,25% responderam que “vai depender
da situação”.
5. CONCLUSÕES.
Ao final do estudo, podemos chegar as seguintes conclusões:
A prática do aborto prevaleceu em mulheres acima de 20 anos, solteiras, com
baixo nível de escolaridade, com religião católica e com emprego definido. A renda familiar
de até três salários mínimos retrata o baixo poder aquisitivo das mulheres, população mais
vulnerável à mortalidade materna. Todavia, não foi significante o número de complicações
graves decorrentes de aborto provocado.
24
A ilegalidade que reveste o tema pode ter ocasionado a subestimação do número
de casos, tornando difícil à obtenção de informações verídicas.
As políticas de saúde voltadas para o planejamento familiar divergem entre os
estados da federação, pois em algumas capitais, o uso de contraceptivo oral em população de
baixa renda foi significativo em relação aos dados encontrados neste estudo.
Não existe controle rigoroso na comercialização clandestina do misoprostol,
ocasionando o uso indiscriminado desse medicamento pela população feminina, na indução
do aborto.
É necessário que os profissionais que atuam na atenção básica de saúde
promovam, por meio de ações educativas e de acesso aos métodos contraceptivos, o exercício
dos direitos reprodutivos no País.
Os resultados encontrados foram compatíveis com outros estudos já realizados,
todavia, cabe uma investigação minuciosa acerca do fenômeno do aborto, como prioridade
nas ações de saúde pública.
6. REFERÊNCIAS.
(1)
Oliveira, H. C. et al. Tratado de Obstetrícia. Rio de Janeiro: Febrasgo Revinter, 2000.
p.436-8.
(2)
Briozzo, L. et al. El aborto provocado en condiciones de riesgo emergente sanitario en la
mortalidad materna en Uruguay. Situación actual e iniciativas médicas de protección materna.
Rev Med Uruguay, 2002; 18: 4-13.
(3)
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO, Editora América Jurídica, 2006.
(4)
Neto, E. V. Reflexões sobre o aborto. Fhi, [citado em: 4/7/2002] Fonte: Giffin, K.; Costa, S.
As práticas contraceptivas e o aborto no Brasil. Disponível em:
http://www.fhi.org/sp/barbrosp.html. Acesso em: 22.08.2006.
(5)
Fusco, C. L. B. et al. Aborto clandestino: só as mulheres pobres arcam com seu custo?.
“Trabajo presentado en el II Congreso de la Asociación Latinoamericana de Población,
realizado en Guadalajara, México, del 3 al 5 de septiembre de 2006”.
(6)
Osís M. J .D. et al. Dificuldades para obter informações da população de mulheres sobre
aborto ilegal. Rev Saúde Pública, 1996; 30(5): 444-51.
25
(7)
Sorrentino, S. R.; Lebrão, M. L. Os abortos no atendimento hospitalar do Estado de São
Paulo, 1995. Rev. bras. epidemiol. v.1 n.3. São Paulo, dez. 1998.
(8)
Fonseca, W. et al. Determinantes do aborto provocado entre mulheres admitidas em
hospitais em localidade da região Nordeste do Brasil. Rev Saúde Pública. 1996; 30(1): 13-8.
(9)
Coelho, H. L. L. et al. Misoprostol and illegal abortion in Fortaleza, Brazil. Lancet, 341:
1261-63, 1993.
(10)
Macedo, R. M. et al. Misoprostol no Amadurecimento Cervical e Indução do Parto.
Femina, v. 26, n.5, p.379-380, jun. 1998.
(11)
Fonseca, W. et al. Características sócio-demográficas, reprodutivas e médicas de mulheres
admitidas por aborto em hospital da Região Sul do Brasil. Cad. Saúde Pública vol.14 n.2 Rio
de Janeiro Apr./June 1998.
(12)
Junior, P. S. M. L. et al. Aborto, argumentos e números inconsistentes. Rio de Janeiro,
9/9/2005. Disponível em: http://www.aborto.com.br/historia/ha2-1.htm. Acesso em
15.08.2006.
(13)
Schor N. Investigação sobre ocorrência de aborto em pacientes de hospital de centro
urbano do estado de São Paulo, Brasil. Rev Saúde Pública. 1990; 24(2): 144-51.
(14)
Silva, R. S. Aborto Provocado: sua incidência e características – Um estudo com mulheres
em idade fértil (15-49anos), residentes no sub-distrito de Vila Madalena. Tese de
doutoramento, apresentada ao departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde
Pública-USP, 1992.
(15)
Silva R. S. Padrões de aborto provocado na Grande São Paulo, Brasil. Rev Saúde Pública.
1998a; 32(1): 7-17.
(16)
Silva, R. S.; Morell, M. G. G. Em que Medida as Paulistanas Recorrem ao Aborto
Provocado - Trabalho apresentado no XIII Encontro da Associação Brasileira de Estudos
Populacionais, realizada em Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil de 4 a 8 de Novembro de 2002.
(17)
Carvalho, M. L. de O. et al. Gestações não planejadas e contracepção: estudo sobre
pacientes internadas por abortamento em um hospital universitário. Londrina, 2005.
Disponível em: http://www.fazendogenero7.ufsc.br/artigos/D/Duarte-Cestari-Carvalho-
Maciel_11.pdf. Acesso em: 13.10.2006.
(18)
Costa, R. G. et al. A Decisão de Abortar: Processo e Sentimentos Envolvidos. Cad. Saúde
Pública v.11 n.1 Rio de Janeiro jan./mar.1995, p.97-105. ISSN 0102-311X.
(19)
Heilborn, M. L. et al. Aproximações socio-antropológicas sobre a gravidez na
adolescência. Horizontes Antropológicos, 8: 13-45, 2002.
(20)
Menezes, G. M. S; Aquino, E. M. L; Silva, D. O. da. Induced abortion during youth: social
inequalities in the outcome of the first pregnancy. Cad. Saúde Pública; 22(7): 1431-1446, jul.
2006. tab.
(21)
Viggiano, M. G. C et al. Disponibilidade de misoprostol e complicações de aborto
provocado em Goiânia. Jornal Brasileiro de Ginecologia, 106: 55-61, 1996.
26
(22)
Costa, S.; Vessey, M. P. Misoprostol and illegal abortion in Rio de Janeiro, Brazil. Lancet,
341: 1258-61, 1993.
(23)
Barros, F. R. N.; Albuquerque, I. L. Substâncias e medicamentos abortivos utilizados por
adolescentes em unidade secundária de saúde, RBPS 2005; 18 (4): 177-184.
(24)
Broen, A. N. Aborto provocado causa traumas psicológicos por até 05 anos (DEZ -2005).
Disponível em: www.ansa.it/ansalatina.br/notizie/rubriche/entrevistas. Acesso em 25.08.2006.
27
APÊNDICE
28
Questionário para pesquisa sobre aborto.
Hospital:
A
A
A
B
B
B
Características Sócio-econômicas:
1 – Nome:
(só iniciais)
2 – Idade:
anos
3 – Bairro onde mora:
4 – Escolaridade:
nunca freqüentou
1º grau completo
1º grau incompleto
2º grau completo
2º grau incompleto
superior completo
superior incompleto
5 – Qual é a sua religião?
católica
evangélica
sem religião
outras
6 – Qual é o seu estado civil?
solteira
casada
união estável
separada
viúva
7 – Qual é a sua profissão?
estudante nível médio
estudante nível superior
desempregada
dona de casa
comerciaria
empregada doméstica
outra
Qual?__________________________________________
8 – Quem mora na casa em que você mora?
marido
companheiro
pais
filho(s)
parentes
amigo(a)
sozinha
9 – Quanto ganham juntas, todas as pessoas na casa em que
você mora?
menos de um salário mínimo
um salário mínimo
dois salários mínimos
três salários mínimos
acima de três salários mínimos
não soube informar
29
História Reprodutiva:
10 – Qual idade você tinha na sua primeira vez?
_________
anos
11 – Quantas vezes você ficou grávida?
_________
vez(s)
12 – Quantos filhos vivos você tem?
não tenho filho
um filho
dois filhos
três filhos ou mais
13 – O que você faz para evitar filho?
não faz uso (nenhum)
contraceptivo oral (pílula)
camisinha (condom)
outros métodos (DIU, AM, diagrama, tabela, etc.)
14 – Quantos abortos você já teve, incluindo esse?
nenhum
um aborto
dois abortos
três ou mais
15 – Qual é a idade gestacional?
_____________semanas.
16 – Desses abortos, quantos você provocou?
nenhum
um aborto
dois abortos
três ou mais
17 – Desses abortos, quais foram espontâneos?
nenhum
um aborto
dois abortos
três ou mais
(
(
(
A
A
A
g
g
g
o
o
o
r
r
r
a
a
a
e
e
e
m
m
m
d
d
d
i
i
i
a
a
a
n
n
n
t
t
t
e
e
e
s
s
s
ó
ó
ó
i
i
i
r
r
r
e
e
e
m
m
m
o
o
o
s
s
s
f
f
f
a
a
a
z
z
z
e
e
e
r
r
r
r
r
r
e
e
e
f
f
f
e
e
e
r
r
r
ê
ê
ê
n
n
n
c
c
c
i
i
i
a
a
a
a
a
a
e
e
e
s
s
s
s
s
s
e
e
e
ú
ú
ú
l
l
l
t
t
t
i
i
i
m
m
m
o
o
o
a
a
a
b
b
b
o
o
o
r
r
r
t
t
a
a
a
m
m
m
e
e
n
n
n
t
t
t
o
o
o
)
)
)
t
e
18 – Que método você utilizou para fazer o aborto?
citotec (misoprostol)
citotec associado a outro(s) método(s)
Qual(is)?_________________________________________
chás
outros métodos
19 – Caso você tenha usado Misoprostol, como utilizou essa
medicação?
vagina (somente)
oral (somente)
vagina e oral (simultaneamente)
30
20 – Quantos comprimidos você utilizou?
_________
comprimidos
21 – Você recebeu ajuda de alguém para fazer o aborto?
sim
não
22 – Em caso afirmativo, de quem?
do pai da criança
de amiga
da família
de algum profissional da saúde
de balconista de farmácia
23 – Em que local você praticou o aborto?
em casa
na casa de amiga
na casa de um profissional da saúde
em outro lugar
Qual?_________________________________________
24 – Que motivo levou você a praticar o aborto?
gravidez não planejada
o pai da criança não quis assumir o filho
a família não aceitou a gravidez
medo de assumir responsabilidades
falta de condições financeiras
outros
Quais?________________________________________
25 – Qual destes sinais ou sintomas fez você vir para o hospital?
cólica
sangramento
cólica e sangramento
febre
outros
Quais?________________________________________
26 – Há quanto tempo você está aqui no hospital?
______________________________________________
27 – Como você se sente após o aborto?
aliviada
culpada
triste
outros
Quais?________________________________________
28 – Você considera o aborto provocado, como a solução para
uma gravidez indesejada?
sim
não
depende da situação
29 – Você faria outro aborto, caso viesse engravidar outra vez?
sim
não
depende da situação
31
ANEXO 1
32
FIGURAS
Figura 1 - Distribuição de mulheres atendidas em duas
maternidades que praticaram aborto, segundo Maternidade. São
Luís, 2006.
18,75%
81,25%
A
B
Maternidade
21,31%
9,93%
78,69%
90,07%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
Provocado Espontâneo
Figura 2 - Distribuição de mulheres atendidas em duas
maternidades, segundo Tipo de aborto. São Luís - MA, 2006
Maternidade A
Maternidade B
33
Figura 3 - Mulheres que provocaram aborto em duas
maternidades, segundo Idade. São Luís - MA, 2006.
3,75%
30,00%
66,25%
10 a 14 anos 15 a 19 anos 20 ou + anos
Figura 4 - Mulheres que provocaram aborto em duas
maternidades, segundo Escolaridade. São Luís - MA, 2006.
6,25%
28,75%
30,00%
5,00%
1,25%
28,75%
grau incompleto
grau completo
grau incompleto
grau completo
Superior incompleto
Superior completo
Figura 5 - Mulheres que provocaram aborto em duas
maternidades, segundo Religião. São Luís - MA, 2006.
30,00%
16,25%
6,25%
47,50%
Católica
Evangelica
Sem religião
outras
34
Figura 6 - Mulheres que provocaram aborto em duas
maternidades, segundo Estado conjugal. São Luís - MA,
2006.
26,25%
2,50%
71,25%
Solteira
Casada/União estável
Separada/viúva
Figura 7 - Mulheres que provocaram aborto em duas
maternidades, segundo Ocupação. São Luís - MA, 2006.
13,75%
10,00%
5,00%
22,50%
22,50%
26,25%
Estudante
Desempregada
Dona de casa
Comerciária
Empregada doméstica
Outras
Figura 8 - Mulheres que provocaram aborto em duas
maternidades, segundo Renda familiar. São Luís - MA, 2006.
16,25%
23,75%
2,50%
57,50%
< que 1 salário mínimo
1 a 3 salários mínimos
> que 3 salários mínimos
Não soube informar
35
Figura 9 - Mulheres que provocaram aborto em duas maternidades,
segundo Idade da 1ª relação sexual. São Luís-MA, 2006.
25,00%
7,50%
67,50%
10 a 14 anos
15 a 19 anos
19 a 24 anos
Figura 10 - Mulheres que provocaram aborto em duas
maternidades, segundo Aborto como desfecho da gravidez. São
Luís - MA, 2006.
25,00%
20,00%
38,75%
16,25%
gravidez
gravidez
gravidez
ou + gravidez
Figura 11 - Mulheres que provocaram aborto em duas
maternidades, segundo Idade gestacional. São Luís - MA, 2006.
48,75%
18,75%
32,50%
de 04 a 08 semanas
de 09 a 12 semanas
de 13 ou + semanas
36
Figura 12 - Mulheres que provocaram aborto em duas
maternidades, segundo Quantidade de filhos vivos. São Luís -
MA, 2006.
26,25%
13,75%
12,50%
47,50%
Não tem filho
Um filho
Dois filhos
Três filhos ou mais
Figura 13 - Mulheres que provocaram aborto em duas
maternidaes, segundo Uso de método contraceptivo. São Luís -
MA, 2006.
40,00%
10,00%
7,50%
42,50%
Não faz nada
Contraceptivo oral
Camisinha (condom)
outros métodos
Figura 14 - Mulheres que praticaram aborto em duas
maternidades, segundo Método utilizado . São Luís - MA, 2006.
8,75%
23,75%
11,25%
56,25%
Misoprostol
Misoprostol associado a outros métodos
Chás
Outros métodos
37
Figura 15 - Mulheres que provocaram aborto em duas
maternidades, segundo Via de administração. São Luís - MA,
2006
35,00%
1,25%
57,50%
6,25%
Não fez uso
Via oral
Via vaginal
Via oral e vaginal
Figura 16 - Mulheres que provocaram aborto em duas
maternidades, se
g
undo Dosa
g
em do misoprostol. São Luís - MA,
2006.
15,38%
5,77%
78,85%
1 - 3 comprimidos
4 - 6 comprimidos
7 ou + comprimidos
Figura 17 - Mulheres que provocaram aborto em duas
maternidades, segundo Quem auxiliou. São Luís - MA, 2006.
31,25%
7,50%
8,75%
6,25%
8,75%
37,50%
Ninguém
Pai da criança
Amiga
Falia
Profissional da saúde
Balconista de farmácia
38
Figura 18 - Mulheres que praticaram aborto em duas
maternidades, segundo local da prática do aborto. São Luís- MA,
2006.
11,25%
6,25%3,75%
78,75%
Em casa
Na casa de amiga
Na casa de profissional da saúde
Em outro lugar
Figura 19 - Mulheres que praticaram aborto em duas
maternidades, segundo Motivos . São Luís - MA, 2006
16,25%
7,50%
5,00%
8,75%
23,75%
38,75%
Gravidez indesejada Pai não querer assumir a criança
A família não aceitar a gravidez Medo de assumir responsabilidades
Falta de condições financeiras Outros motivos
Figura 20 - Mulheres que provocaram aborto em duas
maternidades, segundo Complicações. São Luís - MA, 2006.
25,00%
27,50%
3,75%
41,25%
2,50%
Cólica
Sangramento
Cólica e sangramento
Febre
Outros
39
Figura 21 - Mulheres que provocaram aborto em duas
maternidades,segundo Tempo de internação. São Luís - MA, 2006.
45,00%
8,75%
46,25%
1 dia 2 a 3 dias 4 ou + dias
Figura 22 - Mulheres que provocaram aborto em duas
maternidades,segundo Sentimento pós aborto. São Luís - MA,
2006.
22,50%
20,00%
12,50%
45,00%
Aliviada
Culpada
Triste
Outros
40
ANEXO 2
41
42
43
REPEn
Revista Paulista
de Enfermagem
Normas Gerais
A Revista Paulista de Enfermagem, editada pela Associação
Brasileira de Enfermagem – Seção São Paulo, propõe-se a
divulgar textos relacionados com a Enfermagem, desde que
os autores sejam sócios da ABEn e assinantes da
Revista. Este periódico publica artigos originais de
informação e de atualização; ensaios; artigos de pesquisa;
resumos de teses e dissertações; notícias, informações
diversas, resenhas; editoriais e cartas que tenham o objetivo
de colaborar com o crescimento e desenvolvimento da
Enfermagem.
Os artigos devem ser inéditos, originais e destinados
exclusivamente à Revista, não sendo permitida sua
apresentação simultânea a outro periódico. Os dados e
conceitos emitidos no trabalho, bem como a exatidão das
referências bibliográficas, serão de inteira responsabilidade
dos autores. Os nomes daqueles que contribuíram de forma
geral ou oferecendo suporte, podem ser listados nos
agradecimentos. Os originais não serão devolvidos ao autor.
Os artigos publicados passam a ser propriedade da ABEn-
SP, reservados os direitos autorais, permitindo-se posterior
reprodução se assegurada a devida citação da fonte.
No caso do trabalho envolver seres humanos, os autores
devem explicitar no texto que foi obtido o consentimento dos
sujeitos por escrito, de acordo com Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido - Resolução 196/96 do Conselho
Nacional de Saúde, e/ou se houver consentimento do
Comitê de Ética da instituição onde o estudo foi realizado.
A aprovação e publicação dos trabalhos dependerá da
observância às normas da Revista e da apreciação por
membros do Conselho Editorial. Sugestões para adequação
poderão ser encaminhadas para o(s) autor(es) que, após as
alterações necessárias, poderá reapresentar o trabalho para
nova avaliação, mas isto não significa o aceite definitivo do
trabalho. Para publicação, além do atendimento às normas
de publicação serão considerados: atualidade, originalidade
e relevância do tema, consistência científica e respeito às
normas éticas.
Quando do encaminhamento do trabalho, faz-se necessário
acompanhar uma carta do(s) autor(es) autorizando e
responsabilizando-se pela publicação exclusiva na Revista
Paulista de Enfermagem. Além do nome completo dos
autores, essa carta deve conter número do registro no
COREN, endereço, telefone e e-mail para contato. Os
trabalhos deverão ser encaminhados à Associação Brasileira
de Enfermagem – Seção São Paulo, à Rua Napoleão de
Barros, 275 – V. Clementino – CEP 04024-000 – São Paulo
– SP.
44
Apresentação dos Originais
1. Os originais deverão ser escritos em Português e
encaminhados em três vias em papel tamanho A4,
impressão em uma única face, com fonte Arial, tamanho 12,
espaço entre linhas de 1,5, margens de 2,5 cm, num total
não excedente a 15 laudas. Deverá ser encaminhado
disquete que contenha cópia do trabalho, no editor de texto
MSWord, versão 6.0 ou superior. Gráficos devem ser
editados no MS Excel e inseridos exatamente no local onde
aparecem no texto. Outras ilustrações (figuras, diagramas e
fotos) devem ser editadas em tons de cinza, visto que o
interior da Revista é impresso em uma cor. Tais ilustrações
devem ser encaminhadas em arquivos separados no formato
“jepg” ou “bitmap”.
Tabelas e quadros devem ser usados com limitação, visto
que em número excessivo podem prejudicar o layout do
texto. Portanto, as tabelas e quadros devem ser explicativos
e sintéticos, evitando a repetição de partes apresentadas
anteriormente no texto; ou ainda, evitando que o texto
posterior repita informações já apresentadas nos quadros ou
tabelas.
2. O trabalho deverá ser encaminhado com folha de rosto
não numerada, que não faz parte de sua estrutura e nem
será encaminhada para apreciação do Conselho Editorial.
Essa folha de rosto deve indicar: título completo do artigo;
nome(s) do(s) autor(es) com indicação em nota de rodapé
de seus títulos universitários e/ou função que exerce(m) na
instituição a que está(ão) vinculado(s).
3. A estrutura dos trabalhos originais deve obedecer à
seguinte seqüência:
3.1. Título: deve indicar o conteúdo do trabalho, serem
escritos em Português, Inglês e Espanhol;
3.2. Resumo: com no máximo 120 palavras, expressando de
maneira concisa os pontos relevantes do texto e as
principais conclusões, escritos na seguinte ordem: em
Português, Inglês e Espanhol;
3.3. Unitermos: três palavras ou expressões que
identifiquem o assunto do trabalho de acordo com a lista de
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS-consultar:
http://decs.bvs.br), elaborada pela BIREME;
3.4. Texto: obedecer a estrutura de trabalho científico,
contendo introdução, objetivos, metodologia, resultados e
discussão, conclusões e/ou considerações finais. Outras
modalidades de trabalhos deverão manter seqüência
pertinente, de modo a conservar a hierarquia do texto. As
citações no texto devem seguir o estilo Vancouver. As
45
entradas de referências no texto devem ser enumeradas em
algarismos arábicos, de acordo com a ordem que forem
mencionados pela primeira vez, sendo a numeração
colocada entre parênteses logo a seguir à sua citação. Não é
mais necessário colocar o nome do autor em letras
maiúsculas nem a citação do ano entre parênteses, basta
colocar o número indicador da ordem em que ele foi citado.
3.5. Referências: Percebendo a tendência de uniformização
quanto à apresentação de artigos em periódicos, o Conselho
Editorial decidiu adotar os Requisitos uniformes para
manuscritos apresentados às revistas médicas elaborado
pelo Comitê Internacional de Editores da Revistas Médicas
(Estilo Vancouver). Este sistema modifica radicalmente a
forma de entrada e listagem de referências. A lista de
referências ao final do texto deve seguir a ordem ou
numeração, de acordo com a seqüência com que aparecem
ao longo do texto. A seguir, alguns exemplos comuns de
referências:
Livros considerados no todo com um autor:
Chaimowicz F. os idosos brasileiros do século XXI. Belo
Horizonte (MG): Postgraduate; 1998.
Livros considerados no todo com até três autores:
Polit DF, Hungler BP. Fundamentos da pesquisa em
enfermagem. Porto Alegre (RS): Artes Médicas; 1995.
Capítulos de livro com autoria específica:
Sousa LS de. A entrevista, o imaginário e a intuição. In :
Gauthier JHM et al. Pesquisa em Enfermagem: novas
metodologias aplicadas. Rio de Janeiro (RJ):
Guanabara-Koogan; 1998. cap. 3, p. 30-50.
Autores corporativos:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de
Assistência à Saúde. Instituto Nacional do Câncer.
Estimativas da incidência e mortalidade por câncer no Brasil
2000. Rio de Janeiro (RJ): INCA, 2000.
Tese e Dissertação:
Paiva S de S. Queimaduras: atendimento hospitalar ao
paciente adulto na fase inicial da injúria (software auto-
instrucional) [Tese]. São Paulo (SP): Escola de Enfermagem
– Universidade de São Paulo; 2001.
46
Artigo de Periódico:
Oguisso T. Generalistas ou especialistas em enfermagem?
Rev Paul Enf 2000; 19(1): 5-14.
Trabalho apresentado em congresso:
Oliveira NM. Atuação da enfermeira em diferentes serviços.
Livro de resumos do 50º Congresso Brasileiro de
Enfermagem; 1998 Out 15-19; Salvador, BA.
Salvador
(BA): ABEn-Seção-BA, 1998.
Documentos eletrônicos:
Ribeiro PSG. Adoção à brasileira: uma análise sócio-jurídica.
Datavenia [periódico online] 1998 agosto [citado em: 2001
Jul 19]; ano 3(18): [10 páginas]. Disponível em URL:
http://www.datavenia.inf.br
3.6. Anexos: devem ser enviados somente se forem
imprescindíveis à compreensão do texto.
ENDEREÇO PARA ENVIO DOS ORIGINAIS
Revista Paulista de Enfermagem
ABEn – Seção São Paulo
R. Napoleão de Barros, 275 – Vila Clementino
São Paulo – SP CEP 04.024-000
47
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo