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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E
CONTABILIDADE
CURSO DE MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO
SUZETE SUZANA ROCHA PITOMBEIRA
COMPETÊNCIAS GERENCIAIS E EXPERIÊNCIA NA
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS EM UMA EMPRESA DE
ENGENHARIA DE MOVIMENTO:
UM ESTUDO DE CASO
FORTALEZA
2007
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1
SUZETE SUZANA ROCHA PITOMBEIRA
COMPETÊNCIAS GERENCIAIS E EXPERIÊNCIA NA SOLUÇÃO DE
PROBLEMAS EM UMA EMPRESA DE ENGENHARIA DE MOVIMENTO:
UM ESTUDO DE CASO
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado
Profissional em Administração, da
Universidade Federal do Ceará, como requisito
parcial para a obtenção do Título de Mestre em
Administração.
Área de Concentração: Administração de
Recursos Humanos.
Orientadora: Profa. Dra. Terezinha de Jesus
Pinheiro Maciel.
FORTALEZA
2007
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2
Catalogação-na-publicação
Biblioteca da FEAAC
PITOMBEIRA, Suzete Suzana Rocha
Competências gerenciais e experiência na solução de
problemas em uma empresa de engenharia de movimento:
um estudo de caso / Suzete Suzana Rocha Pitombeira.
Fortaleza, 2007.
000 f.
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Profissional
em Administração, da Universidade Federal do Ceará
UFC.
1. Competências. 2. Experiências 3. Solução de Problemas.
3
Suzete Suzana Rocha Pitombeira
COMPETÊNCIAS GERENCIAIS E EXPERIÊNCIA NA SOLUÇÃO DE
PROBLEMAS EM UMA EMPRESA DE ENGENHARIA DE MOVIMENTO:
UM ESTUDO DE CASO
Esta dissertação foi apresentada no dia 08 de agosto de 2007, como requisito parcial para
obtenção do Título de Mestre em Administração na área de concentração em Gestão de
Recursos Humanos, da Universidade Federal do Ceará, tendo sido aprovada pela Banca
Examinadora composta pelos seguintes professores:
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________
Profa. Dra. Terezinha de Jesus Pinheiro Maciel
Universidade Federal do Ceará
Orientadora
_____________________________________________
Profa. Dra. Maria Naiula Monteiro Pessoa
Universidade Federal do Ceará
_____________________________________________
Prof. Dr. Roberto Ney Ciarlini Teixeira
Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
4
Ao meu pai - in memoriam - por ter me
ensinado que cada um tem o direito de ser o
que quiser ser.
5
AGRADECIMENTOS
A todos que colaboraram com este trabalho, e em especial:
À Odete, minha mãe, que sempre apostou na minha educação.
Ao Ernesto, meu marido, pelo bom exemplo de perseverança e dedicação aos estudos
científicos.
Aos queridos Aline e Glauber, meus filhos, razão do meu viver, pela maturidade nas
ações.
Ao prof. Tales Cavalcante e prof. Genuíno Sales que, mesmo não sabendo, fizeram
com que eu sempre buscasse o desenvolvimento das competências profissionais.
À empresa Aguasolos pela atenção prestada.
Ao Dr. Fernando Rodrigues por abrir as portas de sua empresa para mim.
À Renata Franco pela amizade profissional e ajuda na agilização deste trabalho.
Aos amigos, prof. Dr. Fernando Melo Nunes, profa. Wedja Costa, profa. Márcia
Rodrigues, profa. Paula Rocha,
que estenderam suas mãos nos momentos mais difíceis.
Aos colegas de turma pela juventude e espontaneidade
.
Aos professores do Curso pelos ensinamentos.
Ao Professor Dr. Roberto Ciarlini Teixeira por ter proporcionado o prazer de tê-lo na
banca.
Às professoras Dra. Naiula Monteiro Pessoa e Dra. Terezinha de Jesus Maciel
,
grandes
motivadoras deste trabalho, obrigada pelo amparo, pela acolhida, pela amizade.
6
“O importante não é aquilo que
fazem de nós, mas o que nós
mesmos fazemos com o que os
outros fizeram de nós”.
Jean-Paul Sartre
7
RESUMO
O presente estudo objetivou identificar o grau de importância da experiência como elemento
da competência para a solução de problemas gerenciais. Adotou-se o estudo de caso de modo
descritivo, em uma empresa prestadora de serviço em engenharia de movimento, localizada
no estado do Ceará, e certificada pela norma ISO 9000/2000, a qual contempla a busca da
qualidade em suas diretrizes estratégicas. Foram aplicados oito questionários com os gerentes
de diversas áreas. Os resultados dessa investigação, associados à teoria pertinente,
possibilitaram a verificação segundo as manifestações dos agentes pesquisados, que a
experiência pessoal é necessária ao desenvolvimento das competências básicas e específicas
dos gerentes, e estas competências contribuem para a solução dos problemas gerenciais.
Confirma-se na prática que a competência é constituída pelo modo como os trabalhadores
concebem o trabalho, formam e organizam os conhecimentos e as habilidades em
competências distintas na realização de suas atividades profissionais.
Palavras-Chave: Competência, Experiência, Solução de problema.
8
ABSTRACT
The current study aimed to identify the degree of importance experience has as an element of
competencies, in problem solving of management work. A case study was conducted
descriptively throughout the research at a movement engineering company, located in the
state of Ceará, certified by ISO 9000/2000, which searches for quality in its strategic
guidelines. Eight surveys were answered by the managers of various areas. The results of this
data, along with the relevant theory, made it possible to check according to the ones
researched that personal experience is necessary to the development of managers` basic and
specific competencies, and these contribute to the solution of management problems. In
practice, it is confirmed that competencies are made up by how workers see the job, build up
and organize the knowledge and abilities in different competencies in the carrying out of their
professional activities.
KEY WORDS: Competencies, Experience, Problem solving.
9
LISTA DE QUADROS
Quadro 1.1 – Funções de Recursos Humanos e tendências ................................. 18
Quadro 2.1 – Conceito e classificação de competências...................................... 24
Quadro 2.2 – Classificação dos níveis de competência........................................ 27
Quadro 2.3 – Principais correntes teóricas........................................................... 31
Quadro 2.4 – O relacionamento entre a tomada de decisão e a resolução de
problema........................................................................................ 45
Quadro 3.1 – Delineamento da pesquisa.............................................................. 53
Quadro 4.1 – Perfil dos gerentes da empresa....................................................... 60
10
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 4.1 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 1a ............ 62
Gráfico 4.2 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 1b ............ 62
Gráfico 4.3 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 1c ............ 63
Gráfico 4.4 Competência básica 1 ................................................................ 64
Gráfico 4.5 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 2a ............ 64
Gráfico 4.6 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 2b ............ 65
Gráfico 4.7 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 2c ............ 65
Gráfico 4.8 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 2d ............ 66
Gráfico 4.9 Competência básica 2 ................................................................ 66
Gráfico 4.10 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 3a ............ 67
Gráfico 4.11 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 3b ............ 68
Gráfico 4.12 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 3c ............ 68
Gráfico 4.13 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 3d ............ 69
Gráfico 4.14 Competência básica 3 ................................................................ 69
Gráfico 4.15 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 4a ............ 70
Gráfico 4.16 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 4b ............ 71
Gráfico 4.17 Competência básica 4 ................................................................ 71
Gráfico 4.18 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 5a ............ 72
Gráfico 4.19 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 5b ............ 72
Gráfico 4.20 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 5c ............ 73
Gráfico 4.21 Competência básica 5 ................................................................ 73
Gráfico 4.22 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 6a ............ 74
Gráfico 4.23 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 6b ............ 75
Gráfico 4.24 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 6c ............ 75
Gráfico 4.25 Competência básica 6 ................................................................ 76
Gráfico 4.26 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 7a ............ 77
Gráfico 4.27 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 7b ............ 77
Gráfico 4.28 Competência básica 7 ................................................................ 78
Gráfico 4.29 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 8a ............ 79
Gráfico 4.30 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 8b ............ 79
Gráfico 4.31 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 8c ............ 80
Gráfico 4.32 Competência básica 8 ................................................................ 81
Gráfico 4.33 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 9a ............ 82
Gráfico 4.34 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 9b ............ 82
Gráfico 4.35 Competência básica 9 ................................................................ 83
Gráfico 4.36 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 10a .......... 83
Gráfico 4.37 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 10b .......... 84
Gráfico 4.38 Graus atribuídos x Agente pesquisado do indicador 10c .......... 84
Gráfico 4.39 Competência básica 10 .............................................................. 85
Gráfico 4.40 Competência específica – Gerência Comercial......................... 87
Gráfico 4.41 Competência específica – Gerência Financeira......................... 88
Gráfico 4.42 Competência específica – Gerência Contábil............................ 89
Gráfico 4.43 Competência específica – Gerência Manutenção...................... 90
11
Gráfico 4.44 Competência específica – Gerência Operacional...................... 92
Gráfico 4.45 Competência específica – Gerência Qualidade ......................... 93
Gráfico 4.46 Competência específica – Gerência Suprimentos ..................... 94
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 15
1.1 PROBLEMÁTICA................................................................................. 16
1.2 PRESSUPOSTOS................................................................................... 16
1.3 OBJETIVOS........................................................................................... 17
1.4 JUSTIFICATIVA ................................................................................... 17
1.5 O ESTUDO E A ÁREA DE RECURSOS HUMANOS........................ 18
1.6 METODOLOGIA................................................................................... 19
1.7 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO ..................................................... 20
2 COMPETÊNCIA.................................................................................. 21
2.1 SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS DE
COMPETÊNCIA.................................................................................... 22
2.2 COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS OU EMPRESARIAIS....... 26
2.3 COMPETÊNCIA INDIVIDUAL/ GERENCIAL.................................. 28
2.3.1 Atributos e especificidades das competências individuais..................... 34
2.4 COMPETÊNCIA E SEUS ELEMENTOS............................................. 35
2.4.1 Conhecimento......................................................................................... 35
2.4.2 Habilidades ............................................................................................. 36
2.4.3 Experiência ............................................................................................. 37
2.4.4 Outros elementos .................................................................................... 41
2.5 COMPETÊNCIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMA ............................... 42
2.6 COMPETÊNCIA E A NORMA ISO..................................................... 48
3 METODOLOGIA................................................................................. 50
3.1 NATUREZA E CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA....................... 50
3.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA...................................................... 52
3.3 COLETA DE DADOS ........................................................................... 53
3.3.1 Criação do instrumento de coleta de dados ............................................ 54
3.3.2 Processo de coleta de dados.................................................................... 55
3.4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS................................... 56
4 ESTUDO DE CASO............................................................................. 57
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO.............................. 57
4.1.1 Dimensão física e operacional................................................................ 57
4.1.2 Dimensão administrativa e humana........................................................ 58
4.1.3 Perfil dos gerentes................................................................................... 59
4.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS........................................................... 60
4.2.1 Análise referente ao pressuposto específico 1 do estudo ....................... 61
4.2.1.1 Competência básica 1: Liderança motivadora/comprometimento ......... 61
4.2.1. 2 Competência básica 2: Organização, planejamento e gerenciamento do tempo 64
4.2.1.3 Competência básica 3: Tratar ocorrências de não-conformidade, propor
ações corretivas e preventivas – Pró-atividade, flexibilidade, inovação
solução de problemas.............................................................................. 67
13
4.2.1.4 Competência básica 4: Elaborar relatórios gerenciais – Capacidade de
análise e de síntese, ação concentrada, percepção.................................. 70
4.2.1.5 Competência básica 5: Elaborar e cumprir metas – Foco em resultados 71
4.2.1.6 Competência básica 6: Cumprir e fazer cumprir procedimentos do
setor – Espírito de equipe ....................................................................... 74
4.2.1.7 Competência básica 7: Otimizar custos – Habilidade técnica................ 76
4.2.1.8 Competência básica 8: Promover os cuidados com saúde, segurança
e meio ambiente – Comunicação interpessoal........................................ 78
4.2.1.9 Competência básica 9: Participar da elaboração do planejamento
estratégico – Visão sistêmica.................................................................. 81
4.2.1.10 Competência básica 10: Gerir equipe de trabalho – Foco em pessoas... 83
4.2.2 Análise referente ao pressuposto específico 2 do estudo ....................... 86
4.2.2.1 Competências específicas: Gerência Comercial..................................... 86
4.2.2.2 Competências específicas: Gerência Financeira .................................... 88
4.2.2.3 Competências específicas: Gerência Contábil........................................ 89
4.2.2.4 Competências específicas: Gerência Manutenção.................................. 90
4.2.2.5 Competências específicas: Gerência Operacional.................................. 91
4.2.2.6 Competências específicas: Gerência Qualidade..................................... 92
4.2.2.7 Competências específicas: Gerência Suprimentos................................. 93
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................... 96
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................... 100
ANEXOS................................................................................................ 105
Anexo I: QUESTIONÁRIO 1 ............................................................... 106
Anexo II: QUESTIONÁRIO 2.............................................................. 108
Anexo III: QUESTIONÁRIO 3.............................................................. 109
Anexo IV: QUESTIONÁRIO 4 ............................................................. 110
Anexo V: QUESTIONÁRIO 5............................................................... 111
Anexo VI: QUESTIONÁRIO 6 ............................................................. 112
Anexo VII: QUESTIONÁRIO 7........................................................... 113
Anexo VIII: QUESTIONÁRIO 8.......................................................... 114
Anexo IX: DESCRIÇÃO DE CARGO .................................................. 115
Anexo X: DESCRIÇÃO DE CARGO.................................................... 116
Anexo XI: DESCRIÇÃO DE CARGO .................................................. 117
Anexo XII: DESCRIÇÃO DE CARGO................................................. 118
Anexo XIII: DESCRIÇÃO DE CARGO................................................ 119
Anexo XIV: DESCRIÇÃO DE CARGO ............................................... 120
Anexo XV: DESCRIÇÃO DE CARGO................................................. 121
Anexo XVI: PERFIL DOS GERENTES................................................ 122
Anexo XVII: TABELA COMPETÊNCIAS BÁSICAS......................... 123
1 INTRODUÇÃO
No mundo do trabalho surgem novas formas de controle, novas formas de gestão e de
organização, aumenta a complexidade das relações, o mercado de trabalho sofre com elevados
índices de desemprego e novas competências são requeridas para possibilitar a
competitividade organizacional em nível global.
As organizações, em especial as empresas capitalistas com fins lucrativos, de repente
viram-se inseridas neste “novo mundo”, onde a adaptação é requisito de sobrevivência.
Surgem novos parâmetros de qualidade, novas exigências e novas competências
organizacionais. As chamadas “novas competências” não traduzem exatamente novidades,
mas, sim, um novo conjunto de competências atuais que são importantes e/ou desejáveis pelas
empresas para se manterem competitivas no contexto atual.
As competências gerenciais que estão em nível individual, são geralmente concebidas
como resultado de um conjunto de conhecimentos, habilidades e atributos que o gerente
emprega em determinadas situações e que agregam valor à organização e ao indivíduo.
É importante ressaltar as enormes diferenças existentes entre as organizações; empresas
de diferentes tipos que vivem em ambientes especiais, seja pelo ramo de atuação, certa
proteção mercadológica ou outros relevantes fatores intervenientes, como o ambiente social,
cultural e político em que estão inseridas. Estas organizações têm ritmos de mudança
diferentes e, portanto, tendem a ter exigências diferentes quanto às competências. Mas, todas
participam do macro ambiente, sendo suscetíveis a ele. E os gerentes estão no seio dos
processos organizacionais, sendo o elo de ligação entre a direção maior e os colaboradores.
O presente estudo constitui-se de uma pesquisa em uma empresa de engenharia de
movimento, onde se procura verificar as competências gerenciais com enfoque na experiência
e na solução de problemas.
16
1.1 PROBLEMÁTICA
A atividade humana se depara diariamente no confronto com eventos, ou seja, com o
imprevisto, o inesperado, o que perturba o desenrolar normal de um sistema de produção ou
serviço. Trabalhar é, fundamentalmente, estar em expectação atenta a esses eventos, é
pressenti-los e enfrentá-los, quando ocorrem. O indivíduo deve confrontar o evento, deve
resolver os problemas que esse evento revela ou gera.
Considerando o contexto, desempenho e objetivos de uma empresa de engenharia de
movimento, onde todos os profissionais ao desempenharem suas funções são requeridos de
resolver problemas e atingir objetivos imediatos, busca-se identificar o elenco de
competências básicas e específicas exigidas e quais são utilizadas pelos gerentes no
desempenho de suas tarefas. Busca-se também determinar o grau em que a experiência,
elemento da competência, contribui para a resolução de problemas surgidos no trabalho das
gerências.
Esta pesquisa propõe, através de um estudo de caso, responder a questão: em que grau a
experiência, elemento da competência, contribui para a solução de problema no trabalho
gerencial?
1.2 PRESSUPOSTOS
O pressuposto geral da pesquisa é que: a experiência pessoal, como elemento da
competência, tem alto grau de importância na solução de problemas gerenciais.
A busca do pressuposto geral está alicerçada nos seguintes pressupostos específicos: (1)
quando o grau de experiência necessária ao desenvolvimento de uma competência é alto,
maior é a ajuda na solução de problema; (2) na percepção dos gerentes, o grau de experiência
necessária às competências específicas de sua atuação é alto, e o grau de ajuda à solução de
problema também é alto.
17
1.3 OBJETIVOS
Investigar o grau de importância da experiência como elemento da competência para a
solução de problemas gerenciais, em uma empresa de engenharia de movimento, é o objetivo
central do estudo.
Na busca deste objetivo geral, outros objetivos foram trabalhados: (1) identificar/listar
as competências básicas exigidas dos gerentes que atuam em uma empresa de engenharia de
movimento, e as competências específicas para cada tipo de gerência; (2) determinar a
correlação existente entre o grau de experiência e o grau de ajuda à solução de problema
gerencial; (3) determinar o grau de importância da experiência, na percepção dos gerentes,
para cada competência específica nas áreas gerenciais, e o grau de ajuda à solução de
problema.
1.4 JUSTIFICATIVA
As competências gerenciais emergem como um importante tema de recentes estudos na
área de Recursos Humanos abrindo espaço para uma visão mais completa do
desenvolvimento de gestores. O aumento da complexidade do trabalho do gerente exige
ampliação de suas competências individuais.
A rotina diária dos gerentes, cientistas, engenheiros, trabalhadores de todas as áreas é
amplamente dedicada ao trabalho de solução de problemas e de tomada de decisão. O trabalho
destes profissionais define os rumos de uma sociedade e de suas organizações. Nada é mais
importante para o bem-estar de uma sociedade que os indivíduos consigam ter sucesso no
tratamento de problemas, tanto nos níveis organizacionais como pessoais. Em outras palavras,
que haja eficácia na solução de problemas e na tomada de decisão (Simon,1987).
Em termos de sua relevância, esta pesquisa revela-se significativa, sobretudo, ao
ampliar os estudos sobre competência gerencial correlacionando a experiência profissional e a
solução de problema.
18
O estudo também contribui com resultados que propiciam, tanto à organização estudada
como a outras organizações, o desenvolvimento de políticas e práticas de gestão de recursos
humanos que as coloquem no caminho da modernidade, considerando como foco de sua
dimensão o indivíduo.
O presente estudo justifica-se tanto do ponto de vista teórico, pela contribuição para a
pesquisa de um tema atual e relevante, quanto do ponto de vista prático, pela possibilidade de
melhorar as práticas atuais de desenvolvimento de competências e avançar na compreensão
das competências gerenciais.
1.5 O ESTUDO E A ÁREA DE RECURSOS HUMANOS
Segundo Gramigna (2006), a área de Recursos Humanos, antes centralizadora e
responsável por todos os processos de pessoal, vem assumindo seu espaço estratégico,
descentralizando-se, distribuindo as responsabilidades pelo desenvolvimento das pessoas aos
gerentes diretos, instrumentalizando-se e partindo para uma gestão integrada e focada no
negócio.
O presente estudo, com foco nas competências gerenciais e experiência na solução de
problemas da empresa, se insere nas tendências da nova era de RH, como pode ser
evidenciado na relação com as funções básicas de RH, conforme quadro 1.1:
FUNÇÃO DE RH TENDÊNCIA
PROVIMENTO
Avaliação do candidato tendo como base o
perfil de competências exigido para o cargo.
CAPACITAÇÃO
Programas de treinamento e desenvolvimento
por competências.
AVALIAÇÃO
Avaliação como ferramenta de gestão das
competências dos colaboradores.
REMUNERAÇÃO
Foco na pessoa, através de avaliação e
remuneração por competências.
Quadro 1.1 – Funções de Recursos Humanos e tendências.
Fonte: Adaptado de Gramigna (2006).
19
Percebe-se, portanto, a integração das diversas funções de Recursos Humanos, aos
intentos estratégicos da empresa através do apoio proporcionado pelo estudo das
competências.
1.6 METODOLOGIA
Fachin (2001) considera que todo trabalho científico deve ser apreciado em
procedimentos metodológicos, que conduzem a um modo no qual se realiza uma operação
denominada conhecer, outra de agir e outra de fazer. Tais operações são desempenhadas pelo
ser humano, a fim de desenvolver adequadamente um estudo.
Sem método seria incompreensível falar de ciência, porque não poderia ser colocado em
evidência o conjunto de etapas operacionais ocorrido na manipulação para alcançar
determinado objetivo científico (FACHIN, 2001).
O presente estudo classifica-se quanto aos objetivos em descritivo, pois tem como
objetivo principal descrever algo, que no caso, foi concentrado no levantamento das
percepções dos gerentes relativas às suas competências.
Quanto à natureza, o estudo é quali-quantitativo. Os instrumentos usados na coleta dos
dados foram variados. Segundo Triviños (1990), todos os meios que se usam na investigação
quantitativa podem ser empregados também no enfoque qualitativo. Para Yin (2001), pode-se
basear o estudo de caso em qualquer mescla de provas quantitativas e qualitativas.
Quanto à abordagem técnica, a pesquisa é um estudo de caso, pois de acordo com
Becker (1994), possibilita observar e descrever aspectos de uma realidade, o que vem de
encontro à expectativa do estudo, que é de ampliar a compreensão acerca das competências
gerenciais, com enfoque na experiência e solução de problema.
Detalhamentos sobre os procedimentos metodológicos foram registrados no capítulo
quatro deste trabalho.
20
1.7 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO
O estudo está estruturado em seis capítulos, cada um com objetivos específicos para sua
elaboração.
O primeiro capítulo apresenta sua introdução, a questão que motivou seu
desenvolvimento, os pressupostos da pesquisa, seus objetivos gerais e específicos, a
justificativa, assim como a relação do estudo com a linha de pesquisa do Mestrado
Profissional em Administração, a metodologia e a estrutura da dissertação.
O segundo capítulo aborda o tema “Competências”, buscando mostrar suas variadas
dimensões e o estado da questão.
O terceiro capítulo discorre sobre a metodologia da pesquisa, demonstrando os métodos
e técnicas utilizadas para o desenvolvimento do trabalho.
O quarto capítulo caracteriza o objeto de estudo, a empresa na qual o estudo foi
realizado, mostra o perfil dos entrevistados, e a análise dos resultados em relação aos
pressupostos.
O quinto capítulo apresenta as considerações finais, incluindo as conclusões quanto à
resposta do problema e dos objetivos da pesquisa e conclusões quanto aos pressupostos.
O sexto capítulo lista o referencial bibliográfico do estudo.
21
2 COMPETÊNCIA
No cenário atual, em que as organizações buscam maior competitividade, a questão das
competências é um tema que vem despertando o interesse dos estudiosos em gestão de
pessoas. A palavra competência atualmente é entendida e empregada para determinar diversos
significados, não os ligados às características da pessoa, como conhecimentos, habilidades
e atitudes, como outros voltados para a tarefa e, conseqüentemente para resultados (FLEURY;
FLEURY, 2001).
Essa questão apresenta duas faces. De um lado, estão as empresas com um conjunto
próprio de competências, que se originaram durante o seu processo de desenvolvimento; de
outro, estão as pessoas, também com seu conjunto de competências (DUTRA, 2001). Esses
dois fatores mobilizados entre si são capazes de gerar desafios que orientam a empresa para
resultados.
No Brasil, país em que a concorrência torna-se cada vez mais acirrada, o movimento
está ganhando força e arregimentando adeptos. Fala-se sobre o assunto em grandes
corporações, empresas multinacionais, instituições públicas e em médias e pequenas
empresas. A corrida da globalização exige que os olhares estejam voltados para o capital
intelectual, uma vez que a riqueza das empresas e das nações depende da disponibilização do
conhecimento, das habilidades e das atitudes das pessoas (GRAMIGNA, 2002).
Para fazer a diferença de mercado, garantindo a vantagem competitiva, a combinação
qualidade e preço não bastam mais. Com tecnologia disponível a um custo acessível, as
empresas de vanguarda focam suas atenções nas pessoas, pois são elas que, com suas
competências, realmente fazem a diferença. Segundo Dutra (2001), organização e pessoas,
lado a lado, propiciam um processo contínuo de troca de competências, gerando vantagens
competitivas únicas.
No Brasil, os estudos sobre a temática competência começaram a surgir, com alguma
insistência, em meados da década de 80. Foi nessa época que pesquisadores e consultores
22
começaram a se interessar pelo tema, apesar de parecer ainda um pouco confuso (ZARIFIAN,
2001).
Apesar da noção de competência não ser um termo novo, existe uma diversidade de
conceitos, implicações e mesmo noções distintas de competência que causam muitas dúvidas
em relação a sua compreensão e aplicabilidade. Conforme Boterf (1999) trata-se de um
conceito em construção. Portanto, a necessidade de neste capítulo, apresentar-se o surgimento
e evolução dos conceitos de competência; as competências organizacionais, individuais e
gerenciais; e elementos da competência.
2.1 SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS DE COMPETÊNCIA
A busca por indivíduos capacitados, ou seja, competentes para o desempenho de
determinada função pelas organizações não é recente. Na época em que se utilizava o
princípio taylorista, se procurava selecionar indivíduos preparados e se treinava os
mesmos, apesar de haver apenas a preocupação com o desempenho de atividades específicas,
ou seja, apenas eram treinadas as habilidades técnicas relacionadas ao trabalho.
Com as novas teorias advindas pelas pressões e complexidade das relações de trabalho,
como a Teoria das Relações Humanas, aspectos sociais e comportamentais do trabalho
passaram a ser considerados.
Na cada de 30, começaram a ser desenvolvidos programas mais estruturados para
supervisores, como o TWI Training Within Industry, introduzido no Brasil na década de 50,
que envolvia os cursos: ensino correto de um trabalho, relações humanas no trabalho, métodos
de trabalho e desenvolvimento de programas de treinamento. Passou-se a requerer, das
pessoas em cargos de chefia, habilidades interpessoais, para um melhor clima organizacional.
“Tratava-se, entretanto, do desenvolvimento de habilidades e não de competências sociais,
que agregassem valor à organização.” (FLEURY & FLEURY, 2000a, p. 59)
23
A abordagem sociotécnica, surgida na Europa na década de 60, superava as
preocupações de caráter humanista, buscando a visão de um sistema integrado. Após esta
abordagem, surge o Modelo Japonês, nos anos 80, e a visão estratégica da empresa faz-se
mais presente.
Enfim, os anos 90, com os novos desafios, “levou ao alinhamento definitivo das
políticas de gestão de recursos humanos às estratégias empresariais, incorporando à prática
organizacional o conceito de competência, como base do modelo para se gerenciarem
pessoas”. (FLEURY & FLEURY, 2000a, p. 64).
Nas línguas neolatinas, o termo competência (do latim competentia) tem a mesma raiz
que a palavra competir (competere). Na língua portuguesa, competência pode significar um
direito ou jurisdição, capacidade, mas também conflito, luta e oposição. Na língua espanhola
competência significa ao mesmo tempo competição e competência.
A palavra competência, no fim da Idade Média, era associada à linguagem jurídica, e
dizia respeito à faculdade atribuída a alguém ou a uma instituição para apreciar e julgar certas
questões. Por extensão, o termo passou a designar o reconhecimento social sobre a capacidade
de alguém pronunciar-se a respeito de determinado assunto e, mais tarde, passou a ser
utilizado para qualificar o indivíduo capaz de realizar determinado trabalho (BRANDÃO e
GUIMARÃES, 2001).
De acordo com Stroobants (1977), citado por Luz (2001), os sociólogos do trabalho
apontam uma mudança metodológica, uma vez que as competências dependem do modo
como se as considera, isto é, seriam uma construção social dos atores que desempenham papel
relevante na organização social. Por essa razão, faz sentido examinar os diferentes conceitos
de competência, bem como as diferenças de significação que assume em diversos países.
O quadro 2.1 mostra o conceito e a classificação das competências em diferentes países,
segundo Luz (2001):
24
PAÍS CONCEITO CLASSIFICAÇÃO
CANADÁ
A educação se inicia com a
identificação do que se espera
que o estudante seja capaz de
fazer ao final do programa. A
educação baseada em
competências é um enfoque
sistêmico sobre o
desenvolvimento e formação
Qualificação acadêmica
Qualificações de
desenvolvimento pessoal
Qualificações para trabalhar
em equipe
ESTADOS UNIDOS
As competências são atributos
que o empresário de alto
rendimento de hoje busca nos
empregados de amanhã. A
produção de alto rendimento
está vinculada às novas formas
de organização de trabalho e
se baseia no critério de que o
aumento da qualidade,
produtividade e flexibilidade é
obtido pela utilização eficaz
da força de trabalho.
Competências práticas
Competências fundamentais
Não existe um modelo
nacional unificado de
competências; cada estado é
autônomo.
FRANÇA
A competência é um conjunto
de saberes mobilizados em
situação de trabalho.
Saberes ou conhecimentos
específicos
Saberes colocados em prática,
saber-fazer, aptidões
Inteligência pessoal e
profissional, capacidades.
REINO UNIDO
Competência é o conjunto de
habilidades e conhecimentos
que se aplicam no
desempenho de uma função
ocupacional, a partir das
demandas requeridas pelo
emprego.
Competências específicas do
setor
Competências genéricas
Competências ou habilidades
essenciais
Quadro 2.1 – Conceito e classificação de competências.
Fonte: Steffen (1999), Joras (1995) apud Luz (2001).
Conforme Luz (2001), não há unanimidade quanto à definição de competência. O termo
não é plenamente claro e inequívoco, uma vez que é utilizado com diferentes sentidos, em
diferentes contextos e com várias ênfases em seus componentes essenciais.
Barato (1998) menciona duas linhas principais: a escola francesa, que enfatiza a
vinculação entre trabalho e educação, considerando as competências como resultado da
educação sistemática; e a escola britânica, que define competências tomando como referência.
25
o mercado de trabalho e enfatizando fatores ou aspectos ligados a descritores de desempenho
requeridos pelas organizações produtivas
Segundo Bitencourt
(2001),
com base na análise das várias correntes de estudos
(americana, latinoamericana, francesa, australiana) sobre a questão de competências, é
importante salientar que o conceito de competência está relacionado aos seguintes aspectos:
1. Desenvolvimento de conceitos, habilidades e atitudes (formação) Boyatizis
(1982), Parry (1996), Boog (1991), Becker (2001), Spencer e Spencer (1993),
Magalhães et al. (1997), Hipólito (2000), Dutra et al. (1998),Sandberg (1996);
2. Capacitação (aptidão) Moscovicci (1994), Magalhães et al. (1997), Dutra et al.
(1998), Zarifian (2001);
3. Práticas de trabalho, capacidade de mobilizar recursos, fato esse que a difere do
conceito de potencial (ação) - Sparrow e Bognanno (1994), Durand (1998), Hase et
al. (1998), Cravino (2000), Ruas (1999), Moscovicci (1994), Boterf (1997),
Perrenoud (1998), Fleury e Fleury (2000), Davis (2000), Zarifian (2001);
4. Articulação de recursos (mobilização) – Boterf (1997);
5. Busca de melhores desempenhos (resultados) - Boyatizis (1982), Sparrow e
Bognanno (1994), Parry (1996), Hase et al.(1998), Becker et.al. (2001), Spencer e
Spencer (1993), Cravino (2000), Ruas (1999), Fleury e Fleury (2000), Hipólito
(2000), Dutra et al. (1998), Davis (2000), Zarifian (2001);
6. Questionamento constante (perspectiva dinâmica) – Hipólito (2000);
7. Processo de aprendizagem individual no qual a responsabilidade maior desse
processo deve ser atribuída ao próprio indivíduo (autodesenvolvimento) - Bruce
(1996);
8. Relacionamento com outras pessoas (interação) – Sandberg (1996).
Atualmente, o termo competência tem sido empregado pelas organizações com
diferentes significados. Dependendo da área da empresa ou mesmo nas diferentes disciplinas
que compõem os cursos de Administração (Marketing, Finanças, Recursos Humanos,
Tecnologia da Informação, Industrial, etc.), o termo pode assumir um significado diferente.
Os significados mais comuns atribuídos a ele são: competência como autoridade, competência
26
como capacitação, competência como competição, competência como qualificação,
competência como incumbência e competência como suficiência. (SOUZA, 2001)
Mesmo considerando a grande variedade de significados atribuídos ao termo, há
convergência no sentido de classificar as competências segundo duas dimensões: as
organizacionais (envolvem toda a organização) e as individuais (envolvem as pessoas e
equipes).
2.2 COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS OU EMPRESARIAIS
Para Sant’anna (2002), a idéia de competência é antiga, mas está revalorizada no
presente em decorrência de fatores como os processos de reestruturação produtiva em curso, a
intensificação das descontinuidades e imprevisibilidades das situações econômicas,
organizacionais e de mercado e as sensíveis mudanças nas características do mercado de
trabalho, resultantes, em especial, dos processos de globalização. Nesse contexto, emerge a
ênfase nas chamadas competências organizacionais, que segundo Resende (2000) são o
conjunto de conhecimentos, habilidades, tecnologia e comportamentos que uma organização
deve buscar e dispor, de forma integrada, com vistas a impactar positivamente seu
desempenho e assegurar vantagem competitiva.
Boog (1991, p. 15), fornece a seguinte definição: “competência empresarial é o
conjunto de qualidades e características que a empresa desenvolve e aperfeiçoa, com
continuidade, bens e serviços que atendam às necessidades e encantem seus clientes e
usuários”.
Os autores Prahalad e Hammel (1995) definem outro conceito, o core competencies, ou
“competências essenciais”, como um conjunto de habilidades e tecnologias que resultam por
aportar um diferencial fundamental para a competitividade da empresa. Essas competências
encontram-se no nível estratégico da organização e seriam as responsáveis por criar
diferenciais junto aos clientes, por exemplo, a criação de valor agregado a um produto ou
serviço, junto à concorrência, como também são determinantes para o seu crescimento.
27
Complementando essa afirmação, Prahalad (1997) infere que o determinante no
desenvolvimento das competências essenciais da organização é a sua “intenção estratégica”.
Isso significa que as empresas, ao descobrirem o que faziam de melhor, aproveitaram ao
máximo essa oportunidade, reunindo em torno delas o que havia de melhor em recursos
humanos, tornando-se diferenciadas das demais.
Ruas (2001) está de acordo com os conceitos dos autores acima. Ele afirma que
“competências essenciais são as competências que diferenciam a empresa perante
concorrentes e clientes e constituem a razão de sua sobrevivência e devem abranger todas as
áreas, grupos e pessoas da organização”.
Para um melhor entendimento do que é a noção de competências, Ruas (2000)
classifica-as em três níveis dentro das organizações (conforme quadro 2.2): estratégico, que
abrange a empresa como um todo; funcional, são as competências necessárias para realizar
as funções básicas da empresa e aparecem sob a forma de competências coletivas; e
gerencial, que estabelece um conjunto ideal de qualificações necessárias para que o
indivíduo atinja a performance para a obtenção do resultado. De acordo com Ruas (2000), é
nesse nível que se estabelece uma relação fundamental entre competências individuais e
coletivas, sendo a partir daí, que ocorre a maior parte de desenvolvimento de ações de
competências.
Quadro 2.2. – Classificação dos níveis de competência.
Fonte: Ruas (2000, p. 16).
Nível Estratégico
Competências
Essenciais
Nível Funcional
(grupo)
Competências
Funcionais
Competências
Gerenciais
Nível Gerencial
(individual)
28
Segundo Ruas (2000), a identificação das competências gerenciais é precedida
necessariamente pela identificação das competências essenciais da organização. O autor
considera o papel das competências essenciais o mais importante nas dimensões
organizacionais, tendo em vista, segundo ele, estarem as competências individuais e
gerenciais contidas nas competências essenciais.
2.3 COMPETÊNCIA INDIVIDUAL/ GERENCIAL
Segundo Drucker (1999), a gerência é uma função genérica de todas as organizações,
qualquer que seja a missão específica das mesmas. Ela é o órgão genérico da sociedade do
conhecimento. O gerente seria o responsável pela aplicação e pelo desempenho do
conhecimento.
As competências gerenciais emergem como um importante tema de recentes estudos na
área de Recursos Humanos. No atual contexto de competitividade, o desenvolvimento de
competências e a compatibilidade deste com a valorização humana nas organizações torna-se
relevante. O aumento desta complexidade do trabalho do gerente exige ampliação de suas
competências individuais.
Segundo Boog (1991), a gerência realiza equilibradamente o potencial de resultados, de
pessoas e de inovação da organização; o gerente faz a ligação entre a empresa e as pessoas
que nela trabalham, sendo responsável pela composição de forças e interesses.
A literatura designa uma série de funções gerenciais, geralmente incluindo a capacidade
de liderança como premissa para o exercício do cargo. Na realidade, muitos gerentes têm
dificuldades com a liderança, e é possível verificar que gerência e liderança não estão
necessariamente juntas. Porém, cada vez mais a liderança é incorporada nos quesitos de
seleção e promoção de gerentes, que a competitividade exige mudanças, e as mudanças são
facilitadas quando há lideranças.
29
O papel gerencial é caracterizado pelo exercício de: habilidades técnicas, que
representam o conhecimento específico de um cargo gerencial, normalmente associado à área
funcional do gerente; habilidades humanas, que representam a habilidade que o gerente deve
ter no trato com as pessoas; habilidades conceituais, que representam a necessidade de o
gerente ter uma visão do todo, uma visão sistêmica (Boog, 1991).
Boog (1991) apresenta algumas atividades gerenciais típicas na percepção dos próprios
gerentes: obter e administrar recursos, planejar atividades, assegurar o atingimento de metas,
estruturar a sua área de trabalho, planejar o futuro, liderar uma equipe, estar disponível para
ouvir o seu pessoal, motivar subordinados, integrar-se com outras áreas, propor e defender os
interesses da sua área, comunicar-se adequadamente, escrever relatórios, verificar progressos,
estar atento para o ambiente externo, tomar decisões e outras tarefas “burocráticas”.
A mudança no papel gerencial tem realmente sido grande. alguns anos, quase todos
os gerentes tinham uma idéia clara do que era requerido deles. Uma função gerencial podia
ser representada por uma curva de aprendizado que o gerente começava a ascender desde a
sua nomeação e, ao alcançar o topo, podia permanecer ali por um largo tempo e logo se
tornava experiente. Hoje, em virtude da mudança contínua, no momento em que o gerente tem
um vislumbre do topo de uma curva de aprendizado que está sendo escalada, uma nova
aprendizagem aparece; o trabalho gerencial se amplia (FREEDBERG, 2000).
Com a internacionalização da economia, desenvolvimento de alianças estratégicas e
várias transformações organizacionais, a função gerencial passou a requerer uma série de
novas habilidades. Aliás, não apenas habilidades, mas “conhecimentos, habilidades e
atitudes”. Os gerentes são exigidos quanto à liderança de trabalhos em equipe, gestão da
informação, aperfeiçoamento de relações com problemas e crises, visão e adaptação às novas
realidades de mercados locais para mercados internacionais e mudanças de enfoque quanto à
visão de empresa e qualidade.
Spender (2001) destaca o papel dos gerentes na geração de um ambiente que promova
significado para as pessoas. Os gerentes estão desafiados a ir além das análises convencionais
para capturar e analisar novos fenômenos, como as interações entre os indivíduos e o contexto
30
em que estão coletivamente embutidos, que lhes demandam novos insights sobre como
influenciar os sistemas de atividades e a comunidade de práticas. Isso remolda o espaço de
decisão dos gerentes, “que em vez de serem designers da organização ou meros dentes da
engrenagem do mecanismo de solução racional de problemas, são mais jardineiros que
moldam os processos de crescimento natural do sistema de conhecimento” (SPENDER, 2001,
p. 46).
Enquanto na teoria da organização convencional os gerentes estão desenhando, usando
recursos e controlando a organização, no modelo de conhecimento esquematizado por
Spender (2001), eles estão influenciando o grau dos recursos da organização, sendo que
grande parte da organização emerge das interações entre os componentes que os gerentes
tornam disponíveis. Os gerentes são desafiados a criar e moldar os bens públicos (que dão às
organizações seu sentido de identidade e de localização no mundo) que fornecem significado
para as pessoas ativas no sistema. O significado está fundamentado nos sistemas de práticas
que compõem a organização e seus relacionamentos com outros. As atividades estão
embutidas em um universo cercado de significados que possibilitam às comunidades
responder a situações imprevistas a partir de práticas.
No quadro 2.3 estão apresentados alguns conceitos que objetivam compor um quadro de
referência contemplando as principais correntes teóricas acerca da noção de competência
gerencial.
31
AUTORES CONCEITOS ÊNFASE
Boterf (1999, p.109)
“Saber mobilizar e combinar
os recursos pessoais
(conhecimentos, habilidades,
atitudes) e os recursos do seu
ambiente, de maneira
pertinente, numa situação
específica”.
Combinação de recursos para
ação em contextos variados.
Fleury e Fleury (2000, p. 21)
“Um saber agir responsável e
reconhecido, que implica
mobilizar, integrar, transferir
conhecimentos, recursos,
habilidades, que agreguem
valor econômico à organização
e valor social ao indivíduo”.
Agregação de valor
econômico e social
Parry (1998, p. 60)
“Cluster de conhecimentos,
atitudes e habilidades
relacionadas que influem na
realização de uma atividade”.
Performance no trabalho
Zarifian (2001, P. 68)
“A competência é “o tomar
iniciativa” e “o assumir
responsabilidade” do indivíduo
diante de situações
profissionais com as quais se
depara”
Entendimento prático de
situações complexas
Quadro 2.3 – Principais correntes teóricas.
Fonte: Elaborado com base nos conceitos dos autores.
Os conceitos apresentados permitem identificar-se alguns aspectos convergentes sobre a
noção de competência: a competência é o resultado da mobilização, combinação, articulação,
integração de conhecimentos, capacidades, experiências, atitudes; a efetividade da
competência acontece através da ação numa situação real, em condições específicas do
ambiente de trabalho. E esta noção de competência norteou todo o estudo desenvolvido pela
pesquisadora nesta dissertação.
Ruas (2000) destaca a importância de clarear os conceitos e de distinguir alguns termos
que envolvem a temática sobre competência e sugere que: a noção de competência gerencial
deve ser pensada como uma ação através da qual se mobiliza conhecimentos, habilidades e
32
aptidões pessoais e profissionais; a competência deve ser, de um lado, distinguida dos
recursos que a potencializam (exemplo: saber escutar ou saber coordenar ou dirigir uma
reunião de negociação). De outro, não deve ser confundida com o desempenho esperado, que
é quantificação da performance.
Boterf (1999) apresenta as competências necessárias ao profissional gerir uma situação
profissional complexa, que significam saber inventar, reconstruir e inovar, tal qual:
Saber agir com pertinência: A competência se revela mais no saber agir do que no saber
fazer, quando se sabe enfrentar um acontecimento ou um imprevisto. O profissional deve
saber ir além do prescrito, agir em situações imprevistas, tomar iniciativas e decisões,
negociar, fazer escolhas, aceitar riscos, reagir às eventualidades e aos problemas, inovar o
cotidiano e assumir responsabilidades; saber agir e saber antecipar incidentes.
Saber mobilizar em um contexto: A competência requer saber agir em situação, isto é,
dominar uma técnica e colocá-la em prática num contexto que pode ser familiar como
também pode ser um contexto de competitividade e de estresse. O autor cita a característica
emergente da competência, ou seja, ela “emerge” de um ator em situação, na junção de um
saber e de um contexto. A mobilização das competências deve seguir duas condições: uma
objetiva, externa, do contexto, e outra condição subjetiva, que o sujeito atribui. Em função da
junção da percepção que o indivíduo tem das condições existentes, ele estimará se pode ou
não ativar a prática do que ele sabe. A competência profissional não reside nos recursos
(conhecimentos, capacidades,...) a mobilizar, mas na própria mobilização destes recursos. Isso
não depende somente da mobilização dos recursos próprios do profissional e sim da
mobilização dos recursos de uma rede de profissionais. Os conhecimentos e as habilidades de
um profissional não dependem apenas de sua pessoa, mas também das redes às quais ele
pertence. Assim, os conhecimentos e as habilidades somente adquirem o status de
competência quando são comunicados e compartilhados.
Saber combinar: Torna-se necessário integrar saberes múltiplos. Diante de um problema para
resolver ou de um projeto para realizar, deve-se construir uma arquitetura cognitiva particular
da competência, uma combinação pertinente de múltiplos ingredientes. Tudo o que o
profissional sabe não é útil a todo momento. Tudo o que está acumulado na “memória a longo
33
prazo” deve ser selecionado e tratado na memória a curto prazo. estruturação e
reestruturação dos conhecimentos e das habilidades. síntese e não simples justaposição,
recombinação permanente e não simples adição.
Saber transpor: O profissional competente não se limita a repetir, ele sabe transpor utilizar
novos conhecimentos e habilidades e colocar em prática em contextos distintos. As
competências genéricas ou transversais podem ser aplicadas em situações variadas, através de
uma construção combinatória, ou seja, a partir da reflexão sobre as práticas reais que o
profissional poderá investir novamente sua experiência em novas práticas e situações
profissionais diversas. Aprendendo a reconhecer problemas de acordo com o contexto, o
profissional será capaz de aprender e de aprender a aprender, isto é, ele saberá não somente
resolver um problema em particular, mas várias categorias de problemas e de “indicadores de
contexto”.
Saber aprender e saber aprender a aprender: O profissional faz da sua prática profissional
uma oportunidade de criação do saber. Ele sabe entender as lições da experiência e
transformar sua ação em experiência. Boterf (1999) refere-se ao aprendizado de “duas voltas”
(double loop learning) em que o indivíduo corrige não só a ação, mas a teoria, a gica
subjacente e as premissas que estão na base de suas estratégias de ação. Cada experiência,
com suas particularidades, como as características do contexto, os atores, os objetivos, os
problemas e os imprevistos, pode ser uma fonte de aquisição de conhecimentos que resulta da
prática de: saber diagnosticar (capacidade de classificar o problema); modificar ou criar
quadros de assimilação (assimilação de informações novas a um esquema preexistente), e
formalizar processos e procedimentos.
Saber se engajar: O profissional engajado é capaz de tomar iniciativas e fazer propostas. O
autor sugere que em breve as descrições de atividades profissionais serão referências, em
relação às quais cada um terá que expressar a sua subjetividade. O engajamento do
profissional depende das implicações afetivas na situação. Ele avaliará diferentemente cada
situação em função da “coragem” que tem para enfrentá-la e, conseqüentemente, os recursos
pessoais que estão prontos a investir.
34
2.3.1 Atributos e especificidades das competências individuais
Em primeiro lugar, de se ressaltar a sua natureza composta. Como sublinhou Le
Boterf (1995), na qual a competência exige a conjunção dos componentes: o saber, o poder e
o querer. A competência combina diferentes formas de saberes técnicos e teóricos e
experiências se alimentando de uma dinâmica de acumulação, combinando conceitos de
Ausubel apud Moreira e Masini (1982), de saberes e de transformação da experiência em um
saber de utilização.
Para Le Boterf (1995), a competência se situa numa encruzilhada com três eixos, a
pessoa, (sua biografia, socialização), sua formação educacional e sua experiência profissional.
Segundo o mesmo autor, a competência é um saber agir responsável e que é reconhecido
pelos outros. Implica saber como mobilizar, integrar e transferir os conhecimentos, recursos e
habilidades em um contexto profissional determinado.
Levy-Leboyer (1997) apud Souza (2001), na mesma linha, fala de atitudes,
personalidade e competências, destacando o senso difuso dentro da linguagem corrente.
Atitudes e personalidade, segundo o autor, permitem a variação de comportamentos na
execução de tarefas específicas, enquanto competência refere-se à pratica integrada de ambos.
Em Medef (2002) apud Schiller (2005) é afirmado que ela tem diferentes níveis
(individuais, organizacionais), que mobilizam recursos de naturezas diferentes (intelectuais,
psicológicos, comportamentais) e que resultam em ações de naturezas diferentes (saber, saber
fazer, saber dizer, saber comunicar, etc.), sendo, portanto, multidimencional e multiforme. O
“saber” – conjunto de conhecimentos adquiridos por estudo, que podem ser científicos,
técnicos ou funcionais –, o “saber-fazer” conjunto de capacidades adquiridas pela prática
profissional, dentro da situação de trabalho –, o “saber-ser” – composta pelas atitudes e
comportamentos como iniciativa capacidade de trabalhar em equipe, que permitem utilizar os
conhecimentos de forma eficaz, dentro das situações profissionais. É afirmado ainda que o
sucesso dessa combinatória não se obtém pela adição de recursos, mas por uma mistura de
elementos tanto ligados ao indivíduo, quanto ao contexto. Uma vez colocados em contato com
35
a atividade, eles são modificados por ela e constituem um conjunto estruturado que tem suas
características próprias.
Schwartz apud Ramos (2002), nesta linha, explica que a competência produz a
articulação entre a dimensão experimental (“saber fazer” a partir da experiência) e dimensão
conceitual (saberes teóricos tradicionalmente valorizados na lógica da qualificação) dos
saberes necessários à ação.
2.4 COMPETÊNCIA E SEUS ELEMENTOS
Segundo Souza (2001), os elementos que constituem as competências individuais são
apresentados de diversas formas, podendo mostrar variações, dependendo do autor.
Entretanto, uma predominância em torno dos seguintes elementos que constituem a
competência: conhecimentos, habilidades, experiência, juízos de valor, relacionamento
social e traços de personalidade. De acordo com a perspectiva do autor, cada um dos
diferentes elementos poderá assumir um grau de importância maior em relação aos demais.
Por exemplo, autores mais preocupados com a gestão das pessoas, tendem a dar maior ênfase
às atitudes e aos traços de personalidade.
Mais recentemente, autores como Nonaka e Takeuchi (1997) concentram-se,
principalmente, sobre o conhecimento e suas diversas formas de manifestar-se nas
organizações. E, para Boterf (2003) a experiência é uma segunda via de aquisição dos
conhecimentos.
2.4.1 Conhecimento
Uma das classificações que vem sendo difundida pela literatura divide o conhecimento
em duas categorias: conhecimento explícito e conhecimento tácito.
36
O conhecimento explícito (abstrato) supõe o conhecimento objetivo e racional que as
pessoas possuem. Este tipo de conhecimento é adquirido, principalmente, através da
informação, via de regra pela educação formal. Esta categoria de conhecimento está
codificada e estruturada e, geralmente, pode ser transferida entre as pessoas de maneira formal
e relativamente fácil. Portanto, a formalização, a codificação e a sistematização deste tipo de
conhecimento, por parte das organizações e das escolas, tornam rápida a sua transmissão (a
um custo relativamente baixo) para um grande grupo de pessoas.
O conhecimento tácito (experimental) é uma categoria de conhecimento pessoal
incorporado pela experiência e envolvem os chamados fatores intangíveis como crenças
pessoais e sistema de valores. É um tipo de conhecimento específico do contexto, portanto,
difícil de ser formalizado e comunicado. Envolve saberes cognitivos e conhecimentos
técnicos. Os conhecimentos cognitivos referem-se aos modelos mentais, envolvendo a forma
como se percebe e se define a realidade. Já os elementos técnicos abarcam as capacidades
concretas. A principal característica deste tipo de conhecimento está na dificuldade que as
pessoas têm de poder articular tudo o que conhecem. O conhecimento tácito pode articular-se,
entretanto é difícil de ser codificado, inclusive para o próprio indivíduo. A transmissão para
outras pessoas é complexa e a sua reprodução em outro contexto é lenta, exigindo presença
física, observação direta e supervisão permanente por parte de quem pretende transmitir o
conhecimento (HERZOG apud SOUZA, 2001).
2.4.2 Habilidades
Habilidade implica saber como fazer, ou seja, envolve a capacidade prática, física e
mental e é adquirida, principalmente, através do treinamento e da experiência adquirida.
Envolve, sobretudo, o conhecimento de regras sobre procedimentos e habilidades de
comunicação. O conhecimento que suporta as habilidades é em grande parte tácito, portanto,
uma pessoa que possui uma habilidade não consegue transmiti-la com muita facilidade
através da linguagem, considerando que para aprendê-la é necessário praticá-la. Uma das
características da habilidade é que, uma vez aprendidas, são desenvolvidas automaticamente.
37
Algumas vezes o termo aptidão é utilizado no lugar de habilidade. Talvez porque a idéia
de aptidão também possa estar associada à capacidade inata da pessoa, ao passo que a idéia de
habilidade está mais relacionada a uma qualidade ou destreza, adquirida com a prática e com
o exercício. De qualquer forma, a aptidão também é um componente da competência.
(HERZOG apud SOUZA, 2001).
De acordo com Levy-Leboyer (1997) apud Souza (2001), o desenvolvimento de
habilidades está fortemente relacionado à experiência. A experiência é uma forma de
aquisição dos conhecimentos, principalmente tácitos, oriundos das vivências pessoais.
Diferentemente dos conhecimentos explícitos que, pelo menos no plano conceitual, são
independentes dos indivíduos, os conhecimentos acumulados pela experiência são inerentes à
pessoa. Neste sentido, a experiência em si mesma não pode ser transmitida aos outros.
2.4.3 Experiência
Francis Bacon, no início do século XVII, pôde estabelecer que a experiência é a
primeira chave do saber, desde que adequadamente tratada (ZARIFIAN, 2001).
Segundo Spinoza, toda a experiência é, no início, uma percepção, no sentido preciso de
um modo de conceber um evento: ela é um encontro singular que um indivíduo tem com uma
coisa (uma situação, um corpo, uma vizinhança...) que lhe é externa. E é na passagem da
percepção de um evento singular para um universal que se forma realmente a experiência.
(ZARIFIAN, 2001).
Segundo Therrien e Loyola (2001), em linhas gerais, o saber de experiência foi
abordado teoricamente à luz da práxis (Vasquez, 1977; Gramsci, 1978), segundo a ótica
socioepistemológica (Tardif, Lessard e Lahaye, 1991), na perspectiva da ação comunicativa
(Habermas, 1997), como experiência social (Dubet, 1994), numa compreensão de sujeito
reflexivo (Schön, 1987, 1994), além de ser confrontado aos pressupostos do professor-
pesquisador (Perrenoud, 1995, 1997).
38
Como observa Perrenoud (2000), o conceito de competência, da mesma forma que os
saberes de experiência e os saberes de ação, suscitou alguns anos inúmeros trabalhos. As
definições a propósito da noção de competência podem representar perspectivas teóricas
divergentes. Trata-se de um conceito muito requisitado e discutido.
Para o mesmo autor, a competência é a capacidade de mobilizar diversos recursos
cognitivos para enfrentar um tipo de situação. Essa definição apóia-se em quatro aspectos: a)
as competências não são elas mesmas saberes ou atitudes, mas mobilizam, integram e
orquestram tais recursos; b) essa mobilização só é pertinente em situação, sendo cada situação
singular, mesmo que se possa tratá-la em analogia com outras, encontradas; c) o exercício
da competência passa por operações mentais complexas, subentendidas por esquemas de
pensamento que permitem determinar (mais ou menos consciente e rapidamente) e realizar
(de modo mais ou menos eficaz) uma ação relativamente adaptada à situação; d) as
competências profissionais constróem-se, em formação, mas também ao sabor da navegação
diária, de uma situação de trabalho a outra (PERRENOUD, 2000, p. 15).
Tardif (2000) apud Therrien e Loyola (2001), inspirando-se na ergonomia aplicada ao
trabalho docente, entende que competências são modalidades práticas de utilização de
conhecimentos aplicados em situações apropriadas, através de comportamentos e de atitudes
típicas em relação às finalidades da tarefa. "Ser competente é ser capaz de utilizar e de aplicar
procedimentos práticos apropriados em uma situação de trabalho concreta" (p. 4-5). A partir
destas considerações, pode-se dizer que o saber-fazer específico do trabalho, não pode ser
definido abstratamente, mas unicamente em função da tarefa a realizar, articulada às suas
respectivas finalidades.
Autores como Therrien(1997), Tardif et al.(1991), Gauthier et al.(1998), Porlán et
al.(1997), entre outros, identificam a experiência como uma das categorias do saber
profissional.
Para Tardif et al. (1991), os saberes da experiência seriam aqueles resultantes do
trabalho cotidiano, no conhecimento do seu meio, que surgem e são validados pela
39
experiência. Gauthier et al. (1998) entendem que seria o conjunto de saberes que se
consolidam a partir das experiências pessoais e particulares.
O saber da experiência é um saber oriundo da prática e sobre a prática, no entanto, nossa
compreensão é que ele difere daquilo que alguns autores identificam por conhecimento
prático.
O conhecimento prático, segundo Pacheco e Flores (1999), é um conhecimento feito de
experiências, orientado para a ação, derivado da experiência pessoal, adquirido pela prática e
pelo confronto de experiências, ligado ao modo pessoal e profissional de agir, caracterizado
pelas idéias de reconstrução, singularidade, contextualização e intersubjetividade. Ele envolve
um conjunto complexo de conhecimentos orientados para a prática que existe, quer no nível
dos argumentos práticos, quer no nível da reflexão na ação.
Ao referir-se ao conhecimento prático, Pérez- mez (1995, p.102) cita Yinger, que o
considera como a capacidade para manejar a complexidade e resolver problemas práticos,
através da integração inteligente e criativa do conhecimento e da técnica, e Schön (1995) apud
Campos e Diniz (2001), que o analisa como um processo de reflexão na ação, ou como um
diálogo reflexivo com a situação problemática concreta.
É, nesse aspecto, segundo Campos e Diniz (2001), que reside a diferença entre
conhecimento prático e saber da experiência, pois este último não necessariamente envolve o
diálogo reflexivo, ou o nível de elaboração e articulação, que se entende existir no
conhecimento prático.
O saber da experiência é um conjunto de saberes tácitos e pouco articulados, obtidos ao
longo de um processo de socialização profissional, “fabricado artesanalmente" (como diz
Perrenoud, 1993) e, conforme entende Tardif et al. (1991), incorporado sob a forma de
habitus e de habilidades.
A “experiência profissional” constitui ao mesmo tempo um espaço de aprendizagem
incontornável e um método organizador da competência, (THERRIEN & LOYOLA, 2001).
40
Para Sandberg (2000) citado por Luz (2001), a competência é vista como elemento
constituinte do significado que a experiência do trabalho assume para quem o realiza.
Dessa forma, os atributos usados na realização de uma atividade não são independentes
do contexto; a competência, por sua vez, é constituída pela estrutura básica dos significados
incorporados pelos trabalhadores, isto é, o modo como concebem o trabalho, formam e
organizam os conhecimentos e as habilidades em competências distintas, na realização de
suas atividades profissionais.
Segundo Zarifian (2001) experiência não quer dizer empirismo. Quando a atividade é
fortemente intelectualizada, pode-se dizer que a experiência mobiliza, intuitivamente, fundos
de conhecimento e raciocínios intelectuais complexos. “Mobiliza-os, porém, em direção à
ação e conforme a singularidade da situação, não como uma atividade própria do pensamento
ou como a simples aplicação de um conhecimento” (ZARIFIAN, 2003).
Para Tardif (2000), em toda ocupação, o tempo surge como um fator importante para
compreender os saberes dos trabalhadores, na medida em que trabalhar remete a aprender a
trabalhar, ou seja, a dominar progressivamente os saberes necessários à realização do
trabalho: "a vida é breve, a arte é longa", diz o provérbio. Em várias ocupações a
aprendizagem do trabalho passa por uma escolarização mais ou menos longa cuja função é
fornecer aos futuros trabalhadores conhecimentos teóricos e técnicos preparatórios para o
trabalho. Mas, mesmo assim, raramente acontece que essa formação teórica não tenha de ser
completada com uma formação prática, isto é, com uma experiência direta do trabalho,
experiência essa de duração variável e graças à qual o trabalhador se familiariza com seu
ambiente e assimila progressivamente os saberes necessários à realização de suas tarefas.
Em suma, pode-se dizer que os saberes ligados ao trabalho são temporais, pois são
construídos e dominados progressivamente durante um período de aprendizagem variável, de
acordo com cada ocupação. Essa dimensão temporal decorre do fato de que as situações de
trabalho exigem dos trabalhadores conhecimentos, competências, aptidões e atitudes
específicas que só podem ser adquiridas e dominadas em contato com essas mesmas situações
(Durand 1996; Montmollin 1996; Tersac 1996) apud Tardif (2000). Em outras palavras, as
situações de trabalho parecem irredutíveis do ponto de vista da racionalidade técnica do saber
(Schön 1983) apud Tardif (2000), segundo a qual a prática profissional consiste numa
41
resolução instrumental de problemas baseada na aplicação de teorias e técnicas científicas
construídas em outros campos (por exemplo, através da pesquisa, em laboratórios etc.). Essas
situações exigem, ao contrário, que os trabalhadores desenvolvam, progressivamente, saberes
oriundos do próprio processo de trabalho e nele baseados. São exatamente esses saberes que
exigem tempo, prática, experiência, hábito etc.
2.4.4 Outros elementos
Herzog apud Souza (2001) sugere outros elementos que também integram a
competência, como juízos de valor: são as percepções que as pessoas têm acerca da realidade
ou suas crenças e atuam como filtros, conscientes ou não, no processo de conhecimento da
cada um; relacionamento social: consiste na relação que as pessoas estabelecem com as
outras; características da personalidade: as características de personalidade das pessoas devem
estar adequadas ao trabalho desenvolvido. É um elemento fundamental que pode facilitar ou
dificultar no desenvolvimento de atitudes que contribuem para o desenvolvimento das
competências individuais.
Percebe-se que há uma tendência, no meio acadêmico, de denominar os elementos
anteriormente citados (juízos de valor, relacionamento social e traços de personalidade) como
atitude, que envolveria basicamente, a identidade e a determinação do saber ser/agir. E
diferentes adoções quanto ao aspecto atitude, sendo utilizado atitudes, atributos, valores,
entre outros termos.
Segundo Zarifian (2001), a atitude traduz o que sustenta e estabiliza o comportamento.
È a maneira pela qual um indivíduo se conduz em face da realidade em geral.
Kanaane (1995, p. 59) define atitude como “uma reação avaliativa, apreendida e
consolidada no decorrer da experiência de vida do indivíduo”. O mesmo autor coloca que a
atitude tem componentes básicos, presentes na sua formação: componente afetivo-emocional,
componente cognitivo, componente comportamental e componente volitivo, sendo este último
constituído de motivações, desejos, expectativas e necessidades inatos e adquiridos.
42
Para Ruas (1998) apud Bittencourt (2001), deve-se saber agir para se poder empregar
adequadamente os conhecimentos e habilidades (iniciativa e empreendedorismo,
confiabilidade, espírito inovador, flexibilidade para considerar opiniões diferentes das suas,
flexibilidade para reconhecer erros, disposição para aprender, persistência, etc).
Segundo Fleury e Fleury (2000), saber agir significa saber tratar a complexidade e a
diversidade, antecipar-se e agir em tempo certo, com visão sistêmica.
Do ponto de vista de Brandão e Guimarães (2001), a abordagem que parece ter maior
aceitação, tanto no meio acadêmico como no empresarial, divide o conceito de competência
em três dimensões: conhecimento, habilidades e atitudes.
2.5 COMPETÊNCIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMA
Le Boterf (2003) considera que o profissional não pode mais definir sua identidade
referindo-se unicamente ao “saber-fazer” de um ofício. Ele deve mobilizar o conjunto dos
recursos de sua personalidade para encontrar uma solução para o problema de seu cliente. O
profissional se compromete a tudo fazer para resolver um problema ou reagir a uma situação.
Para Luz (2001), competência pressupõe a capacidade de transferência, de
aprendizagem e de adaptação. Não é imitar, mas poder adaptar a conduta às situações novas e
imprevistas; “é poder improvisar onde os outros não fazem mais do que repetir (LE BOTERF,
1995)”. Mas tal improvisação não se faz ao acaso, pressupõe uma rigorosa preparação, pois é
ela que permite ao indivíduo criar sobre uma base de conhecimentos e habilidades,
transferindo-os e integrando-os para conseguir resultados, ou resolver problemas em outras
situações concretas.
É oportuno trazer a interpretação que alguns autores têm sobre o que seja um problema.
Segundo Newell e Simon (1972), um indivíduo está com um problema quando quer alguma
coisa e não sabe imediatamente que ões deve desenvolver para alcançá-la. Para Simon
(1997) e Newell et al. (1972), problemas são bem estruturados quando os testes, para verificar
43
se uma solução proposta é de fato uma possível solução, são claros e facilmente aplicados,
além de existir um conjunto de potenciais soluções para o problema. Os problemas são mal
estruturados quando não possuem estas características.
Por sua vez, Ackoff apud Pidd (1998) traz, além dos conceitos de problema, os de
enigma e confusão. Para ele, enigma: é um conjunto de circunstâncias nas quais não existe
ambigüidade, quer algum pensamento tenha sido dado sobre o que está acontecendo ou o que
precisa ser feito. As questões que precisam ser enfrentadas são totalmente claras, a gama de
opções é completamente conhecida e existe uma única solução correta, para o enigma.
Problema é também considerado um conjunto de circunstâncias nas quais não existe
ambigüidade, porém não tem uma única solução conhecida como correta.
Pidd (1998) frisa que “assim, para os problemas, no sentido que o termo é usado aqui,
pode haver consenso sobre a questão central a ser atacada, mas podem aparecer muitas
soluções igualmente válidas”. As diversas soluções a que se refere Pidd estão intimamente
ligadas à formulação do problema a sua ampliação ou redução podem aumentar ou reduzir
as possíveis saídas -, e às abordagens utilizadas para auxiliar na chegada a elas.
Quanto ao terceiro e último conceito, Ackoff apud Pidd (1998) diz que “uma confusão é
um conjunto de circunstâncias nas quais existe uma ambigüidade extrema e nas quais podem
existir desacordos [...] e pode não haver maneira de saber se uma solução, como tal, existe”.
Os perigos do enquadramento de uma situação como se fosse outra são alertados por Pidd
(1998): “um dos maiores enganos ao se lidar com confusões é retirar parte de uma confusão,
tratá-la como um problema e solucioná-la como um enigma, ignorando suas ligações com
outros aspectos da confusão”.
Entende-se que o conceito dado para “confusão” está muito próximo do que Newell et
al. (1972) e Simon (1997) denominam de “problema mal estruturado”. Da mesma forma, o
conceito dado por Ackoff apud Pidd (1998) para “problema” está muito próximo do fornecido
para “problema bem estruturado”, por Newell et al. (1972) e Simon (1997).
44
Outra definição é a trazida por Langley et al. apud Pidd (1998). Estes autores
consideram todas as situações indesejáveis, sejam elas enigmas, problemas ou confusões
como constructos sociais, ou seja, o analista da situação é quem a define ou a constrói, assim
como faz qualquer indivíduo quando avalia a beleza de algo ou de alguém. Isto não quer dizer
que o analista tenha na sua mente todos os aspectos da situação. Pidd (1998) menciona que
uma organização pode estar tendo resultados ruins e cada participante dela interpretar a
situação de uma forma. Neste caso, deveriam ser aceitas interpretações diversas além de
diversas possibilidades de solução. A realidade ou a visão que os indivíduos têm dela é
multifacetada. Não é por acaso que a representação ou a estruturação do problema (ou do
enigma ou da confusão) ganha papel de destaque nos estudos de solução de problemas e da
tomada de decisão.
No que se refere à solução propriamente dita, evoluiu-se da idéia de que uma vez
resolvido um problema, ele permaneça resolvido por todo o tempo, para a idéia de que ele
permanece resolvido por um período finito de tempo, em função do aumento da complexidade
dos problemas. Enquanto no início das pesquisas em solução de problemas se lidava com
enigmas ou problemas bem estruturados, agora a ênfase recai sobre os problemas mal
estruturados.
A solução de problema envolve três etapas, de acordo com Simon (1987): a escolha de
problemas que requerem atenção; a representação do problema e a definição de metas; a
descoberta ou o desenho de cursos de ação adequados.
Segundo Stair (2006), o modelo de Simon foi incorporado por George Huber e
transformado em um modelo que abrange todo o processo de resolução de problema,
conforme o quadro 2.4:
45
PROJETO
ESCOLHA
IMPLEMENTAÇÃO
MONITORAMENTO
RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS
TOMADA
DE
DECISÃO
INFORMAÇÃO
Quadro 2.4 – O relacionamento entre a tomada de decisão e a resolução de problema.
Fonte: Stair, 2006.
O primeiro estágio do processo de resolução de problemas é o estágio da informação. E,
segundo Stair (2006), durante este estágio potenciais problemas e oportunidades são
identificados e definidos; informações relativas à causa e ao escopo do problema também são
obtidas e agrupadas; as restrições relativas ao ambiente e aos recursos envolvidos são
investigados. Durante o estágio de projeto, Stair (2006) considera que são desenvolvidas e
apresentadas as alternativas para a resolução do problema, e a factibilidade dessas soluções é
avaliada. O terceiro e último estágio, o estágio da escolha, envolve optar por uma das
soluções previamente discutidas.
Para Stair (2006), a resolução de problema inclui e vai além de tomar decisões. A
atividade inclui também o estágio da implementação, que ocorre quando a solução é de fato
posta em prática, e o estágio de monitoramento, quando as pessoas responsáveis pela tomada
de decisão avaliam a implementação e determinam se os resultados previstos foram
alcançados e se alguma modificação faz-se necessária.
46
Para Bachrah & Baratz apud Hickson et al. (1996) e Pettigrew apud Motta (1997) todas
as atividades organizacionais são politicamente dirigidas. Determinados problemas são
deliberadamente afastados da agenda decisória por interesses individuais ou de grupos. Nesta
mesma linha, Motta (1997) destaca que “na visão da organização como arena política, os
objetivos organizacionais são na verdade objetivos de indivíduos que têm poder suficiente
para impor suas preferências a outros”.
Por outro lado, Ansoff (1977) apud Motta (1997), e Simon apud Motta (1997) defendem
que, ao entrarem nas organizações, as pessoas adaptam suas metas e valores as suas
responsabilidades organizacionais. Simon (1997) diz que “a racionalidade humana recebe, por
conseguinte, seus objetivos e integrações do ambiente institucional em que opera e pelo qual é
moldada”. Os mecanismos detectados por ele e que são utilizados pelas organizações para
influenciar as decisões de seus membros são: 1- A divisão de trabalho entre os seus membros,
fazendo com que o indivíduo dirija e limite a sua atenção à atividade ou grupo delas [mesmo
quando se pensa na multifuncionalidade, como nos sistemas produtivos atuais]; 2 - O
estabelecimento de padrões de desempenho; 3 - A comunicação das decisões através da
hierarquia, estabelecendo sistemas de autoridade e influenciação; 4 - O estabelecimento de
canais formais e informais para as informações fluírem e as decisões serem tomadas; 5 - O
treinamento e a “endoutrinação” para que sejam evidenciados os critérios de decisão
organizativos.
Ao questionar os grandes mestres de xadrez sobre a rapidez na escolha de suas jogadas
ou os gerentes sobre suas decisões rápidas, em pesquisas desenvolvidas, Simon et al.(1987) e
Simon (1997) destacam que estes profissionais dizem ser isto viabilizado pela intuição,
aplicando-se experiência profissional à situação. O resultado de experimentos com jogadores
de xadrez – um mestre e um novato – mostrou, segundo Simon (1997), que a maior rapidez de
movimentos do primeiro em relação ao segundo está associada a conhecimento refinado
(“expert”). O mestre em xadrez acumula, com o tempo, padrões de informações com os seus
respectivos significados na sua memória, e este conhecimento é que permite a performance
diferenciada entre os dois jogadores. Este, então, é o segredo da intuição.
Nesta mesma linha, Pandolfini (1999) professor, cronista, comentarista e mestre em
xadrez e considerado o Peter Drucker ou o Carl Sagan do xadrez diz que: O xadrez, tal qual
47
o conhecemos, vem sendo jogado desde o século 14. Suas estratégias foram analisadas,
refinadas e analisadas novamente. É por isto que tantos enxadristas aprendem um conjunto de
princípios e depois passam a obedecer a esses princípios de maneira mecânica. Eles iniciam
cada partida da mesma maneira. Reagem a determinado ataque da mesma forma. Eles jogam
obedecendo às regras, mas também criam uma situação em que facilmente poderão ser
derrotados por um jogador que tiver repensado essas regras.
A análise, no mundo organizacional, destes eventos é semelhante. Embora se difunda a
noção de que o julgamento intuitivo tem diferentes propriedades do julgamento lógico, Simon
(1997) ressalta que as evidências indicam que as habilidades intuitivas dos gerentes seguem o
mesmo caminho descrito dos mestres do xadrez, ou seja, uma quantidade considerável de
conhecimento é absorvida pela experiência e pela participação em treinamentos. Este
conhecimento é organizado na memória em termos de padrões reconhecíveis e informações
associadas, cuja recuperação ocorre quando o indivíduo reconhece possíveis opções para um
determinado problema. Este conhecimento aliado com algumas capacidades dedutivas do
indivíduo, como é o caso da análise meio-fim, permite soluções rápidas e satisfatórias. As
pesquisas nesta área têm buscado entender o comportamento dos “experts” e dos novatos,
para conseguir tornar novatos em “experts”.
Ao invés de existirem dois tipos de gerentes – o intuitivo e o racional – o mais plausível
é a existência de uma série de estilos de resolução de problemas e de tomada de decisão como
resultado da combinação dos dois tipos de habilidades. O que ideterminar que estilo adotar
será a natureza do problema, segundo Simon (1997).
Para Barato (1998), a competência pode ser compreendida como resultante de múltiplos
saberes, obtidos das mais variadas formas aprendizagem formal, transferência de
conhecimento entre pessoas, adaptação de experiências anteriores que possibilitam ao
indivíduo criar uma base de conhecimentos e habilidades capazes de resolver problemas em
situações concretas.
48
2.6 COMPETÊNCIA E A NORMA ISO
O objetivo desta seção é descrever sucintamente a estrutura dos Sistemas de Gestão da
Qualidade (SGQs) baseados nas normas ISO 9000. Esta descrição se torna importante por
contextualizar a competência da empresa do estudo, que é certificada pela norma ISO 9000-
2000.
ISO significa Internacional Organization for Standardization e tem sede na Suíça. É
uma organização que reúne órgãos oficiais de normatização de todo o mundo e tem como
objetivo desenvolver, coordenar os esforços de normatização (GIOVANNINI, 2002).
A norma ISO 9000 tem como objetivo proporcionar diretrizes para a estruturação de um
SGQ eficaz. A empresa que adota as normas ISO 9000 opta por estruturar seu SGQ em torno
de um conjunto de regras básicas. As normas, que podem ser adotadas por qualquer tipo de
empresa, não abordam aspectos operacionais específicos. Elas se limitam a definir regras
básicas para garantir a busca da qualidade pela organização. A ABNT, em sua edição da
norma ISO 9000, no Brasil formalmente chamada de NBR ISO 9000, assim define a
finalidade da norma: “A NBR ISO 9000 descreve os fundamentos de sistemas de gestão da
qualidade e estabelece a terminologia para estes sistemas”. (ABNT, 2000)
As normas estão no topo de uma hierarquia de regras. A aplicação das normas gera um
Manual da Qualidade que contem as diretrizes básicas da empresa, inclusive sua Política da
Qualidade. Em um terceiro nível nesta hierarquia estão os procedimentos que especificam em
maior detalhe as atividades dos agentes do SGQ. Em um quarto nível estão as Instruções de
trabalho, que especificam detalhadamente, de acordo com uma necessidade devidamente
avaliada pelo SGQ, as atividades operacionais.
Segundo Leme (2005), a norma ISO a partir da atualização da versão 2000 exige a
implantação de gestão por competência, trazendo alguns requisitos e exigências, tais como:
determinar as competências necessárias; fornecer treinamento ou tomar outras ações; avaliar a
eficácia das ações executadas; manter registros de educação, treinamento, habilidades e
experiência.
49
Os modelos da qualidade representam um conjunto de boas práticas a serem adotadas
pelas organizações em seu dia-a-dia. Apesar de cada um dos modelos apresentar uma visão
própria, eles são unânimes em destacar a importância de preparar o pessoal para o trabalho e
gerenciar capacitação, habilidades e programas de treinamento.
A Série ISO 9000 é formada por um conjunto de normas que representam o consenso
internacional sobre boas práticas de gerenciamento, visando garantir o atendimento aos
requisitos do cliente e a melhoria contínua, independente da área de atuação da organização.
A norma ISO 9001:2000 [ABNT 1998a] estabelece um conjunto de requisitos
necessários para que um Sistema de Gestão da Qualidade seja efetivo, considerando seus oito
princípios básicos: foco no Cliente, liderança, envolvimento das pessoas, abordagem de
processo, abordagem sistêmica da gestão, melhoria contínua, abordagem com base em fatos
para apoiar a tomada de decisão; relacionamentos mutuamente benéficos com fornecedores.
Na perspectiva da ISO 9001:2000, “o pessoal que executa atividades que afetam a
qualidade do produto deve ser competente com base em educação, treinamento, habilidades e
experiência apropriados”. Para tal, “a organização deve: determinar as competências
necessárias para o pessoal que executa trabalhos que afetam a qualidade do produto; fornecer
treinamento ou tomar outras ações para satisfazer essas necessidades de competência; avaliar
a eficácia das ações executadas; assegurar que o seu pessoal esteja consciente quanto à
pertinência e importância de suas atividades e de como elas contribuem para atingir os
objetivos da qualidade; manter registros apropriados de educação, treinamento, habilidade e
experiência” [ABNT 1998a].
50
3 METODOLOGIA
Gil (1997) considera que para o conhecimento ser científico, torna-se necessário
verificar o método que proporcionou alcançar esse conhecimento. Para Goldenberg (1977), a
metodologia científica vai além das regras de como fazer uma pesquisa. A mesma contribui
para a reflexão e proporciona um novo olhar sobre o mundo: um olhar científico, curioso,
indagador e criativo.
Este capítulo trata dos procedimentos metodológicos adotados para a realização do
estudo, observando-se a natureza e caracterização da pesquisa, a delimitação do estudo, e as
técnicas de coleta de dados.
3.1 NATUREZA E CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
Para a realização deste estudo foi utilizado o método de pesquisa baseado em dados de
natureza qualitativa com enfoque descritivo, através de levantamento de informações
realizadas em uma empresa prestadora de serviços em engenharia de movimento.
De acordo com Gil (2002), a pesquisa descritiva tem como principal objetivo descrever
as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações
entre as variáveis.
Na opinião de Mattar (2005), a pesquisa descritiva é utilizada nos casos em que haja a
necessidade de descrever características de grupos, estimar proporção de elementos em uma
população específica que tenha determinadas características ou comportamentos e descobrir a
existência de relações entre variáveis.
Sob o ponto de vista dos autores mencionados, a pesquisa deste trabalho classificou-se
como descritiva porque teve a intenção de descrever o resultado das percepções dos gerentes
relativas às suas competências, experiências e solução de problema.
51
Segundo Godoy (1995c), apesar de não haver uma forte tradição qualitativa na pesquisa
em Administração, a partir da década de 70 foi possível perceber um crescente aumento de
interesse por este tipo de abordagem.
A abordagem qualitativa oferece, como possibilidades de pesquisa, o estudo de caso, a
pesquisa documental e a etnografia (Godoy, 1995b). Optou-se pelo estudo de caso devido a
pesquisa buscar a análise de um fato contemporâneo dentro de uma realidade, conforme cita
Godoy:
“O estudo de caso tem-se tornado a estratégia preferida quando os pesquisadores
procuram responder às questões “como” e “por quê” certos fenômenos ocorrem,
quando pouca possibilidade de controle sobre os eventos estudados e quando o
foco de interesse é sobre fenômenos atuais, que só poderão ser analisados dentro de
algum contexto de vida real.” (GODOY, 1995b, p. 25).
Ainda sobre pesquisa qualitativa é válido registrar o pensamento de Richardson (1989),
devido o estudo tratar de um tema que envolve aspectos relacionados a percepções, e aspectos
subjetivos ligados à organização:
“Os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a
complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis,
compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais,
contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior
nível de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento
dos indivíduos”. (RICHARDSON, 1989, p. 39)
Segundo Yin (1981) apud Roesch, (1996), o estudo de caso é uma estratégia de
pesquisa que busca examinar um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto.
Conforme Gil (1997) o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo de um ou
de poucos objetos, de maneira a permitir conhecimento amplo e detalhado do mesmo; tarefa
praticamente impossível mediante os outros delineamentos considerados. As abordagens
técnicas utilizadas foram: pesquisa documental e pesquisa bibliográfica e os instrumentos que
serviram para a coleta foram: a observação empírica e o questionário fechado.
52
A pesquisa documental constitui-se no exame de materiais de natureza diversa,
buscando-se interpretações novas e/ou complementares (Godoy, 1995b). Este instrumento foi
utilizado para embasar a caracterização da empresa, identificação de ramos de atuação,
mercados, formas de organização, estratégias e outros fatores relevantes. Foram colhidos e
analisados materiais diversos diretamente relacionados à empresa, como folhetos, jornais e
revistas internos, materiais de planejamento, instrumentos de avaliação, relatórios, desenhos
de cargos, material disponível em home page, projetos, entre outros, conforme dispostos pela
empresa.
A pesquisa bibliográfica foi instrumento fundamental na composição do levantamento
teórico sobre o tema, para definição de conceitos atuais e de desenvolvimento de
competências relevantes para os gerentes, segundo as expectativas e exigências do mundo
empresarial globalizado.
A observação empírica, semi-estruturada, auxiliou na análise do caso estudado,
através das percepções registradas pela pesquisadora no decorrer do estudo. Gil (1997, p. 35)
afirma que “qualquer investigação em ciências sociais deve-se valer, em mais de um
momento, de procedimentos observacionais”. Segundo Godoy (1995b, p. 27), a observação
tem um papel essencial no estudo de caso.
O questionário fechado segundo Triviños (1990) também pode ser utilizado na
pesquisa qualitativa, sendo que o pesquisador precisa caracterizar um grupo de acordo com
seus traços gerais. No estudo, foram utilizados oito questionários: um de competências
organizacionais básicas, e sete de competências gerenciais específicas.
3.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA
De acordo com Yin (2001), o estudo de caso busca examinar um fenômeno
contemporâneo dentro de seu contexto, não se divorciando deste, como é o caso dos
delineamentos experimentais, e também se diferenciando do método histórico por referir-se
ao presente e não ao passado.
53
O estudo foi desenvolvido em uma empresa cearense, prestadora de serviços em
engenharia de movimento, localizada na cidade de Fortaleza, no período de março de 2005 a
abril de 2006. Destacam-se como sujeitos da pesquisa, os gerentes da matriz da empresa:
gerente comercial, gerente financeiro, gerente contábil, gerente de manutenção, gerente da
qualidade, gerente de suprimentos e gerente operacional.
As etapas que foram seguidas no desenvolvimento da pesquisa são as contidas no
quadro 4.1.
Quadro 3.1 - Delineamento da pesquisa
Fonte: Elaborado pela pesquisadora.
3.3 COLETA DE DADOS
Com relação à coleta de dados, Yin (1981) apud Roesch (1996), coloca que o estudo de
caso não requer necessariamente um único modo de coleta, podendo-se trabalhar tanto com
Formulação do
problema
Criação do
instrumento de coleta
de dados e conduta
para a aplicação
Coleta de dados
Resultados do estudo
Análise dos dados
Conforme explicitado no item 1.1 deste estudo.
Elaboração dos questionários a partir do estudo da
descrição de cargos da empresa em estudo, e definição
das competências básicas da empresa e competên
cias
específicas das gerências. Observ
ação para conduzir a
aplicação, conforme item 3.3.1 deste estudo.
Aplicação dos questionários com sete gerent
es de
diversas áreas da empresa, conforme item 3.3.2
deste
estudo.
Tabulação, tratamento estatístico dos d
ados,
elaboração de gráficos e tabelas, conforme
item 3.4
deste estudo.
Descrição e interpretação dos gráficos e tabelas,
apresentação dos resultados, elaboração do relatório
final, conforme capítulo 4 deste estudo.
54
evidências quantitativas como qualitativas. A seguir, expõe-se a criação do instrumento de
coleta de dados, e o processo de coleta.
3.3.1 Criação do instrumento de coleta de dados
A criação do instrumento de coleta de dados iniciou-se com a preocupação em serem
identificados indicadores de competências gerenciais básicas da empresa, essência da
pesquisa. Quando da análise das descrições de cargos das gerências, foi possível estabelecer
esses indicadores de competência básica, pois eles se repetiam e se confirmavam em cada
descrição de cargo gerencial. O mesmo ocorreu quando da identificação das competências
específicas de cada gerência. As descrições de cargo estão apresentadas nos Anexos IX, X,
XI, XII, XIII, XIV, XV.
Segundo Barrenne e Zuniga (2004), no Brasil as competências chave (ou transversais)
são entendidas como competências gerais e a competência de serviço como competência
específica de acordo com o parágrafo único do artigo 6
º da Resolução CNE/CEB nº 04/99.
Num segundo momento buscou-se agrupar os indicadores encontrados para cada tipo de
competência (básica e específica), isto é, procurou-se descrever cada competência através de
seus indicadores, tendo como fonte de pesquisa Rabaglio (2004) e Leme (2005).
Quanto à verificação do grau de experiência e o grau de ajuda à solução de problema
criou-se uma escala de valores para cada indicador de competência, representando os graus:
1– grau baixo; 2 – grau médio; 3 – grau alto; e 4 – grau muito alto.
Foram criados oito instrumentos de coleta de dados: um instrumento único para todas as
gerências, referente às competências básicas, Questionário 1 - Anexo I; e sete questionários,
um para cada tipo de gerência, referente às competências específicas, Questionário 2 Anexo
II, Questionário 3 Anexo III, Questionário 4 Anexo IV, Questionário 5 Anexo V,
Questionário 6 – Anexo VI, Questionário 7 - Anexo VII, Questionário 8 – Anexo VIII.
55
Além destas formas de coleta de dados, a pesquisadora participou ativamente do
cotidiano da empresa pesquisada, em reuniões de diretoria, assessoria e gerência. Estas
participações permitiram assimilar, de forma empírica, parte da cultura e dos valores,
conhecer melhor a gestão, dificuldades e oportunidades, bem como obter informações
coletadas formalmente.
3.3.2 Processo de coleta de dados
Para Gil ( 2002), o estudo de caso é o mais completo de todos os delineamentos, pois
vale-se tanto de dados de gente quanto de dados de papel.
A pesquisa envolveu todos os gerentes de uma empresa prestadora de serviços em
engenharia de movimento, das áreas de suprimentos, manutenção, contábil, financeira,
qualidade, operacional e comercial.
Os dados foram coletados utilizando-se oito questionários com alternativas fixas,
apresentadas com escala numérica representando o grau de percepção dos gerentes. O
primeiro questionário (Anexo I) serviu de instrumento para determinar a correlação existente
entre o grau de experiência e o grau de ajuda à solução de problemas gerenciais da empresa
estudada, relativo às competências básicas. Os outros questionários, (Anexos II, III, IV, V, VI,
VII, VIII), serviram de instrumento para determinar o grau de importância da experiência para
as competências específicas de cada área gerencial, assim como o grau de ajuda à solução de
problemas gerenciais relativo a cada competência específica.
A aplicação dos questionários foi realizada pela pesquisadora com cada gerente
individualmente, durante o mês de abril de 2007. Nos encontros marcados era apresentado o
instrumento de pesquisa, realizando-se uma explicação inicial sobre a pesquisa, e pedindo-se
o preenchimento de um formulário sobre informações pessoais, Anexo XVI. Em seguida, o
gerente realizava o preenchimento de dois questionários: um referente às competências
básicas (Questionário 1) e outro referente à competência específica da gerência consultada.
56
3.4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Nessa etapa, foram utilizados recursos manuais e informatizados para organizar os
dados obtidos. Os indicadores foram analisados envolvendo procedimentos, como a
codificação das respostas, tabulação eletrônica dos dados e cálculos estatísticos, análise e
interpretação.
O objetivo da análise de dados do estudo foi descrever, interpretar e explicar os dados
coletados, a fim de que estes respondessem às questões formuladas no estudo.
Na compreensão de Lakatos e Marconi (2001), os dados devem obedecer os seguintes
passos antes da análise e interpretação: Seleção - é o exame minucioso dos dados. De posse
do material coletado, deve-se submetê-lo a uma verificação crítica, a fim de se detectar falhas
ou erros, evitando informações confusas, distorcidas ou incompletas que venham a prejudicar
o resultado da pesquisa; Codificação - técnica operacional utilizada para caracterizar dados
que se relacionam. Os dados passam a ser símbolos, podendo ser tabelados e contados; e
Tabulação - disposição dos dados em tabelas, possibilitando maior facilidade na verificação
das inter-relações. Permite sistematizar os dados de observação conseguidos pelas diferentes
categorias e representá-los graficamente.
Foram utilizadas as seguintes técnicas para a realização do trabalho: distribuição de
freqüências, apresentação dos gráficos em linha e em barra, médias e correlações.
57
4 ESTUDO DE CASO
Neste capítulo apresenta-se a caracterização do objeto de estudo, as informações
referentes ao perfil dos gerentes, e a análise dos resultados obtidos através da aplicação dos
instrumentos de pesquisa com a análise dos dados referentes ao Questionário1 Anexo I - de
competências básicas, e a análise dos questionários gerenciais individuais, referentes às
competências específicas - Anexos II, III, IV, V, VI, VII, VIII.
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO
4.1.1 Dimensão física e operacional
A empresa em estudo é uma prestadora de serviços em engenharia de movimento,
situando-se a matriz na cidade de Fortaleza, e tendo três filiais situadas nas cidades de
Paraoapebas (PA), São Luís (MA) e Mossoró (RN). Suas atividades tiveram início no Estado
há 30 anos, e a empresa cresceu muito desde então, tendo hoje um faturamento de 4,5 milhões
de reais mensais.
A empresa se destaca por ser pioneira na região no ramo de serviços e locação de
guindastes e equipamentos, transporte de cargas leves e pesadas, além de ser a mais bem
estruturada nesse segmento.
Possui equipamentos de tecnologia de ponta, o que a coloca a frente do seu tempo. O
parque de equipamentos de içamento e transportes horizontais e verticais da empresa
possibilitam tanto a remoção técnica em pequenas e longas distâncias quanto à viabilização de
operação, de peças de grande tonelagem. Mais do que uma locadora de serviços de
equipamentos especializados, é uma empresa capaz, disposta a dividir riscos com seus
clientes, integrando-se ao projeto do cliente desde sua fase de elaboração de planejamento da
movimentação da carga até sua efetiva execução.
58
Por ser a mais bem estruturada empresa da sua região, atuando na área de levantamento
e movimentação de cargas especiais, a empresa vem investindo em guindastes de última
geração, procedentes dos mercados Alemão, Francês, Americano e Japonês, totalmente
informatizados, os quais estão aptos a operar em qualquer tipo de terreno, oferecendo assim
maior segurança aos seus clientes.
Pioneira na região no segmento de elevações e movimentações de cargas, e transportes
especializados, estabelece sua marca de qualidade no mercado, investindo constantemente em
sua equipe de colaboradores, procurando sempre atualizar seus equipamentos acompanhando
o que existe de mais moderno em tecnologia de máquinas no mundo.
4.1.2 Dimensão administrativa e humana
Atualmente com cerca de 400 empregados, sendo 100 administrativos e 300
operacionais, a empresa conta com profissionais de formação predominantemente técnica,
sendo a direção composta, em sua maioria, por engenheiros.
Um fator relevante observado é o contexto atual de mudanças que a empresa está
vivenciando ocasionado pela implantação do sistema de qualidade ISO 9001. Isso tem trazido
uma série de inovações e adaptações. A cultura organizacional vem sendo atingida e o corpo
gerencial revelou, no conteúdo de seus relatos, os anseios e desafios advindos destas
mudanças no capital da empresa.
A empresa zela pela integridade física de seus colaboradores no ambiente laboral, na
valorização da segurança no trabalho, e na preservação do meio ambiente. Para isso, adota um
comportamento de segurança, meio ambiente e saúde (SMS) no trabalho, com a implantação
de processos, políticas e procedimentos. Todos os colaboradores são treinados nas atividades
que irão desenvolver através dos diálogos diários de segurança (DDS).
59
A empresa investe em novos talentos e em mão de obra especializada, e valoriza o ser
humano em detrimento da máquina através de treinamentos de capacitação técnica,
relacionamento interpessoal, e ginástica laboral.
A responsabilidade social é um compromisso da empresa com o propósito de melhorar a
realidade social das áreas fragilizadas da comunidade. Para isso mantém projetos de qualidade
de vida das pessoas, a partir da iniciativa de seus colaboradores, com a doação de horas
produtivas de trabalho para a realização de trabalho voluntário.
A empresa implantou o “Programa de jovens talentos” com a contratação de portadores
de deficiência física. Com essa iniciativa recebeu o prêmio “Empresa cidadã”, no evento
Troféu Visão Social, promovido pelo Consórcio Social da Juventude, integrante do Programa
Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego – PNPE, do Ministério do Trabalho.
A empresa tem planos e projetos futuros como a inauguração de sua nova sede, para
comportar os grandes sonhos, e a atuação fora do país buscando novos mercados.
4.1.3 Perfil dos gerentes
Segundo Godoy (1995b, p. 21), em estudos qualitativos, o pesquisador busca captar o
fenômeno em estudo a partir da perspectiva das pessoas nele envolvidas, considerando todos
os pontos de vista relevantes.
O quadro 5.1 apresenta o perfil dos gerentes da empresa. Verifica-se que a equipe
gerencial demonstra ser homogênea em relação à escolaridade, tendo curso superior na área
específica de atuação. As idades variam entre 25 e 45 anos, e não predominância de sexo.
A média de tempo no cargo de gerência, na empresa, é de 2 anos e meio, e em outras
empresas é de 2 anos.
60
GERÊNCIA
IDADE
SEXO
GRAU DE
ESCOLARIDADE
TEMPO
EMPRESA
TEMPO
CARGO
FORMAÇÃO
ESCOLAR
MESMA
FUNÇÃO
OUTRA
EMPRESA
TEMPO
Suprimentos
25
anos
Masc. Superior 3 anos 06 meses Administração não
-
Operacional
34
anos
Masc.
Superior
incompleto
9 anos
2 anos
Engenharia
elétrica
não
-
Manutenção
45
anos
Masc.
Superior
4 anos
4 anos
Engenharia
mecãnica
não
-
Contábil
42
anos
Fem.
Superior
7 anos
7 anos
Ciências
contábeis
sim
4 anos
Financeira
28
anos
Fem.
Superior
1 ano e
06 meses
1 ano e
06 meses
Economia
sim
2 anos
Qualidade
28
anos
Fem.
Superior
1 ano e
02 meses
1 ano e
02 meses
Administração
de empresas
sim
1 ano e
06 meses
Comercial
39
anos
Masc.
Superior
1 ano e
02 meses
1 ano e
02 meses
Administração
de empresas
sim
7 anos
Quadro 4.1 – Perfil dos gerentes da empresa.
Fonte: Elaborado pela autora.
4.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Os estudos de caso podem ter apoio da estatística, e o auxílio de formulário ou
entrevista, e em casos excepcionais, o questionário como instrumento de pesquisa. E, quando
assim ocorrer, os dados devem ser representados sob a forma de tabelas, quadros, gráficos
estatísticos e por meio de uma análise descritiva que os caracterizam (FACHIN, 2001).
A análise dos resultados foi realizada em duas partes: a primeira com uma análise
quantitativa, referente ao pressuposto específico um (1) do estudo, a partir da análise da
Tabela de Competências Básicas dos Gerentes (Anexo XVII), onde é apresentada uma síntese
dos resultados obtidos relativos às competências básicas dos gerentes e de seus indicadores,
em que se tem uma visão ampla das medidas, desvio padrão e correlação das variáveis
estudadas, para a construção dos gráficos; e a segunda parte, com uma análise qualitativa,
61
referente ao pressuposto específico dois (2) do estudo, quando são apresentadas as
competências gerenciais específicas.
4.2.1 Análise referente ao pressuposto específico um (1) do estudo
Primeiro pressuposto específico da pesquisa: Quando o grau de experiência necessária
ao desenvolvimento de uma competência é alto, maior é a ajuda na solução de problema.
Para a análise da correlação entre o grau de experiência e o grau de ajuda à solução de
problema se tornar clara estabeleceu-se intervalos de valores e denominações para cada
intervalo, como: (0 0,2] = correlação fraca; (0,25 0,50] = correlação média; (0,50 0,75]
= correlação forte; (0,75 – 1,0] = correlação muito forte.
As siglas E.P. e S.P. apresentadas nos gráficos das competências básicas significam
experiência pessoal e solução de problema, respectivamente. As sete gerências estão
representadas pelos números de 1 a 7, e a escala dos graus é a escala apresentada no
Questionário 1, (Anexo 1) deste estudo: 1 grau baixo; 2 grau médio; 3 grau alto; 4
grau muito alto.
4.2.1.1 – Competência básica 1: Liderança motivadora/comprometimento
O gráfico 4.1 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal (EP) e solução
de problema (SP) relativa ao indicador de competência 1a: Conhecer e cumprir as normas da
empresa. A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,47, o que indica tratar-se de uma
correlação positiva, média, significativa.
62
1
2
3
4
5
6
7
E. P.
0
1
2
3
4
5
6
indicador 1a
E. P.
S. P.
Agente Pesquisado
Grau
Gráfico 4.1 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 1a: Conhecer e cumprir as normas da
empresa.
Fonte: Elaborado pela autora.
O gráfico 4.2 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 1b: incentivar os colaboradores para o
cumprimento das normas. A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,09, o que indica
tratar-se de uma correlação fraca, pouco significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E. P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
indicador 1b
E. P.
S.P.
Grau
Gráfico 4.2 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 1b: Incentivar os colaboradores para o
cumprimento das normas.
Fonte: elaborado pela autora.
63
O gráfico 4.3 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução
de problema relativa ao indicador de competência 1c: Reconhecer/repreender comportamento
de acordo com as normas. A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,40, o que indica
tratar-se de uma correlação positiva, média, significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 1c
E.P.
S.P.
Gráfico 4.3 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 1c: Reconhecer/ repreender comportamento
de acordo com as normas.
Fonte: elaborado pela autora.
No gráfico 4.4 a competência básica 1: Liderança motivadora/comprometimento,
através dos indicadores 1a, 1b, 1c, apresenta freqüência maior nos graus 3 e 4 (alto e muito
alto) tanto na experiência pessoal como na solução de problema. Observa-se que para esta
competência é importante a experiência pessoal e ela ajuda na solução de problema.
64
0,00
4,76
42,86
52,38
0,00
9,52
38,10
52,38
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
1 2 3 4
Grau
Freq ü ência (% )
Experiência
Pessoal
Solão de
Problema
Gráfico 4.4 - Gráfico do porcentual de freqüência x grau de
experiência/ajuda à solução de problema-
Competência básica 1.
Fonte: Elaborado pela autora.
4.2.1.2 - Competência básica 2: Organização, planejamento e gerenciamento do tempo.
O gráfico 4.5. representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 2a: Planejar tarefas diárias. A correlação
encontrada entre as duas variáveis é 0,17, o que indica tratar-se de uma relação fraca.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Indicador 2a
E.P.
S.P.
Agente Pesquisado
Grau
Gráfico 4.5 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 2a: Planejar tarefas diárias.
Fonte: Elaborado pela autora
O gráfico 4.6 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 2b: Distribuir/delegar tarefas. A correlação
65
encontrada entre as duas variáveis é 0,49, o que indica tratar-se de uma relação média,
significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Indicador 2b
E.P.
S.P.
Agente Pesquisado
Grau
Gráfico 4.6 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 2b: Distribuir/delegar tarefas.
Fonte: Elaborado pela autora.
O gráfico 4.7 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 2c: Controlar tempo de execução das tarefas.
A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,90, o que indica tratar-se de uma relação
muito forte, e muito significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Indicador 2c
E.P.
S.P.
Grau
Agente Pesquisado
Gráfico 4.7 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 2c: Controlar tempo de execução das
tarefas.
Fonte: Elaborado pela autora.
O gráfico 4.8 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 2d: Rever processos de execução das tarefas.
66
A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,60, o que indica tratar-se de uma relação
forte e significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Indicador 2d
E.P.
S.P.
Grau
Agente Pesquisado
Gráfico 4.8 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 2d: Rever processos de execução das
tarefas.
Fonte: Elaborado pela autora.
A competência básica 2: Planejar,organizar e gerenciar serviços, através dos indicadores
2a, 2b, 2c e 2d, apresenta freqüência maior nos graus 3 e 4 (alto e muito alto) na experiência
pessoal, e grau 3 (alto) na solução de problema. Observa-se para esta competência a
importância da experiência pessoal assim como a ajuda à solução de problema.
0,00
17,86
35,71
46,43
10,71
17,86
35,71 35,71
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
1 2 3 4
Grau
F req ü ên cia (% )
Experncia
Pessoal
Solução de
Problema
Gráfico 4.9 - Gráfico do porcentual de freqüência x grau de experiência/
ajuda à solução de problema - Competência básica 2.
Fonte: Elaborado pela autora.
67
4.2.1.3 Competência básica 3: Tratar ocorrências de não-conformidade,
propor ações corretivas e preventivas Pró-atividade,
flexibilidade, inovação, solução de problemas.
O gráfico 4.10 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 3a: Antecipar-se diante de ações onde erros
podem ser evitados. A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,75, o que indica
tratar-se de uma relação forte e significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Indicador 3a
E.P.
S.P.
Grau
Agente Pesquisado
Gráfico 4.10 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 3a: Antecipar-se diante de ações onde erros
podem ser evitados.
Fonte: Elaborado pela autora.
O gráfico 4.11 representa a relação entre as variáveis experiências pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 3b: Encontrar novas soluções com a equipe
para a solução de problemas e adversidades. A correlação encontrada entre as duas variáveis é
0,24, o que indica tratar-se de uma relação fraca.
68
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Indicador 3b
E.P.
S.P.
Agente Pesquisado
Grau
Gráfico 4.11 Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 3b: Encontrar novas soluções com a equipe
para a solução de problemas e adversidades.
Fonte: Elaborado pela autora.
O gráfico 4.12 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 3c: Analisar os problemas trabalhando em
cima das causas e não dos sintomas. A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,68, o
que indica tratar-se de uma relação forte, significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Indicador 3c
E.P.
S.P.
Grau
Agente Pesquisado
Gráfico 4.12 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 3c: Analisar os problemas trabalhando em cima
das causas e não dos sintomas.
Fonte: Elaborado pela autora.
O gráfico 4.13 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 3d: Resolver problemas individuais e da
equipe. A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,38, o que indica tratar-se de uma
relação média, significativa.
69
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Indicador 3d
E.P.
S.P.
Agente Pesquisado
Grau
Gráfico 4.13 Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 3d: Resolver problemas individuais e da
equipe.
Fonte; Elaborado pela autora.
No gráfico 4.14, a competência básica 3: Tratar ocorrências de não-conformidade,
propor ações corretivas e preventivas, através dos indicadores 3a, 3b, 3c e 3d, apresenta
freqüência maior nos graus 3 e 4 (alto e muito alto) tanto na experiência pessoal, quanto na
solução de problema. Trata-se, portanto, de uma competência em que a experiência pessoal é
importante e ajuda na solução de problema.
0,00
7,14
39,29
53,57
0,00
14,29
46,43
39,29
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
1 2 3 4
Grau
Freqüência (%)
Experiência
Pessoal
Solução de
Problema
Gráfico 4.14 – Gráfico do porcentual de freqüência x grau de experiência/ajuda à
solução de problema- Competência básica 3.
Fonte: Elaborado pela autora.
70
4.2.1.4 Competência básica 4: Elaborar relatórios gerenciais Capacidade de
análise e de síntese, ação concentrada, percepção.
O gráfico 4.15 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 4a: Analisar relatórios, gráficos, cálculos,
demonstrativos e documentos das rotinas gerenciais. A correlação encontrada entre as duas
variáveis é 0,88, o que indica tratar-se de uma relação muito forte e muito significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Indicador 4a
E.P.
S.P.
Grau
Agente Pesquisado
Gráfico 4.15 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 4a: Analisar relatórios, gráficos, cálculos,
demonstrativos e documentos das rotinas gerenciais.
Fonte: Elaborado pela autora.
O gráfico 4.16 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 4b: Comunicar de forma escrita e falada, com
clareza e objetividade, os resultados do setor. A correlação encontrada entre as duas variáveis
é 0,09, o que indica tratar-se de uma relação fraca, pouco significativa.
71
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 4b
E.P.
S.P.
Gráfico 4.16 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 4b: Comunicar de forma escrita e falada, com
clareza e objetividade, os resultados do setor.
Fonte: Elaborado pela autora.
No gráfico 4.17, a competência básica 4: Elaborar relatórios gerenciais, através dos
indicadores 4a, 4b, apresenta freqüência maior nos graus 3 e 4 (alto e muito alto) tanto na
experiência pessoal, quanto na solução de problema. Percebe-se a importância atribuída à
experiência pessoal e à ajuda na solução de problema com relação a esta competência.
0,00
7,14
35,71
57,14
0,00 0,00
50,00 50,00
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
1 2 3 4
Grau
Freqüência (%)
Experiência
Pessoal
Solução de
Problema
Gráfico 4.17 - Gráfico do porcentual de freqüência x grau de experiência/ajuda à
solução de problema - Competência básica 4.
Fonte: Elaborado pela autora.
4.2.1.5 Competência básica 5: Elaborar e cumprir metas – Foco em resultados
O gráfico 4.18 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 5a: Gerenciar e investir no desenvolvimento
72
da equipe com o objetivo de resultados eficazes. A correlação encontrada entre as duas
variáveis é 0,75, o que indica tratar-se de uma relação forte, significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 5a
E.P.
S.P.
Gráfico 4.18 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 5a: Gerenciar e investir no desenvolvimento da
equipe com o objetivo de resultados eficazes.
Fonte: Elaborado pela autora.
O gráfico 4.19 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 5b: Cumprir prazos sem prejuízo da qualidade.
A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,42, o que indica tratar-se de uma relação
média, significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 5b
E.P.
S.P.
Gráfico 4.19 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 5b: Cumprir prazos sem prejuízo da qualidade.
Fonte: Elaborado pela autora.
O gráfico 4.20 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 5c: Tomar ações necessárias para obter o
73
melhor resultado possível. A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,88, o que
indica tratar-se de uma relação muito forte, e muito significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 5c
E.P.
S.P.
Gráfico 4.20 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 5c: Tomar ações necessárias para obter o
melhor resultado possível.
Fonte: Elaborado pela autora.
No gráfico 4.21, a competência básica 5: Elaborar e cumprir metas, através dos
indicadores 5a, 5b e 5c, apresenta freqüência maior nos graus 3 e 4 (alto e muito alto) tanto
na experiência pessoal, quanto na solução de problema. Nesta competência, a experiência
pessoal também é considerada muito importante assim como a ajuda na solução de problema.
0,00
4,76
38,10
57,14
0,00
4,76
47,62 47,62
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
1 2 3 4
Grau
Freqüência (%)
Experiência
Pessoal
Solução de
Problema
Gráfico 4.21 - Gráfico do porcentual de freqüência x grau de experiência/ajuda à
solução de problema- Competência 5.
Fonte: Elaborado pela autora.
74
4.2.1.6 Competência básica 6: Cumprir e fazer cumprir procedimentos
do setor – Espírito de equipe.
O gráfico 4.22 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 6a: Monitorar o desempenho e progresso das
atividades. A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,84, o que indica tratar-se de
uma relação muito forte, muito significativa
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 6a
E.P.
S.P.
Gráfico 4.22 Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 6a: Monitorar o desempenho e progresso das
atividades.
Fonte: Elaborado pela autora.
O gráfico 4.23 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 6b: Promover divisões justas de tarefas. A
correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,75, o que indica tratar-se de uma relação
forte, significativa.
75
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 6b
E.P.
S.P.
Gráfico 4.23 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 6b: Promover divisões justas de tarefas.
Fonte: Elaborado pela autora.
O gráfico 4.24 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 6c: Observar e redefinir procedimentos. A
correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,81, o que indica tratar-se de uma relação
muito forte, e muito significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 6c
E.P.
S.P.
Gráfico 4.24 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 6c: Observar e redefinir procedimentos.
Fonte: Elaborado pela autora.
76
A competência básica 6: Elaborar e cumprir metas, através dos indicadores 6a, 6b e 6c
apresenta freqüência maior nos graus 3 e 4 (alto e muito alto) na experiência pessoal, e na
solução de problema freqüência maior no grau 2 (médio), e no grau 3 (alto). Nesta
competência a importância da experiência pessoal é grande e a ajuda na solução de problema
é significativa.
0,00
9,52
47,62
42,86
0,00
33,33
38,10
28,57
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
1 2 3 4
Grau
Freqüência (%)
Experiência
Pessoal
Solução de
Problema
Gráfico 4.25 - Gráfico do porcentual de freqüência x grau de experiência/ajuda à
solução de problemas - Competência 6.
Fonte: Elaborado pela autora.
4.2.1.7 - Competência básica 7: Otimizar custos – Habilidade técnica
O gráfico 4.26 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 7a: Conhecer e executar a política de custos
utilizada pela empresa. A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,78, o que indica
tratar-se de uma relação muito forte, muito significativa.
77
1
2
3
4
5
6
7
E.P
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 7a
E.P
S.P.
Gráfico 4.26 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 7a: Conhecer e executar a política de custos
utilizada pela empresa.
Fonte: Elaborado pela autora.
O gráfico 4.27 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 7b: Orientar colaboradores na otimização de
custos. A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,47, o que indica tratar-se de uma
relação média, significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 7b
E.P.
S.P.
Gráfico 4.27 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 7b: Orientar colaboradores na otimização de
custos.
Fonte: Elaborado pela autora.
78
No gráfico 4.28, a competência básica 7: otimizar custos, através dos indicadores 7a, 7b
apresenta freqüência maior nos graus 3 e 4 (alto e muito alto) tanto na experiência pessoal,
quanto na solução de problema. Observa-se nesta competência a importância da experiência
pessoal e da ajuda à solução de problema.
0,00
7,14
42,86
50,00
0,00
21,43
42,86
35,71
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
1 2 3 4
Grau
Freqüência (%)
Experncia
Pessoal
Solução de
Problema
Gráfico 4.28 Gráfico do porcentual de freqüência x grau de experiência/ajuda à
solução de problemas - Competência básica 7.
Fonte: Elaborado pela autora.
4.2.1.8 Competência básica 8: Promover os cuidados com saúde,
segurança e meio ambiente – Comunicação inter-pessoal.
O gráfico 4.29 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 8a: Orientar colaboradores no cumprimento
das normas de segurança. A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,60, o que indica
tratar-se de uma relação forte, significativa.
79
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 8a
E.P.
S.P.
Gráfico 4.29 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 8a: Orientar os colaboradores no cumprimento
das normas de segurança.
Fonte: Elaborado pela autora.
O gráfico 4.30 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 8b: Incentivar os colaboradores no cuidado
com a saúde. A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,81, o que indica tratar-se de
uma relação muito forte, e muito significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 8b
E.P.
S.P.
Gráfico 4.30 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 8b: Incentivar os colaboradores no cuidado com
a saúde.
Fonte: Elaborado pela autora.
80
O gráfico 4.31 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 8c: Promover a conscientização dos
colaboradores na relação com o meio-ambiente. A correlação encontrada entre as duas
variáveis é 0,84, o que indica tratar-se de uma relação muito forte, e muito significativa
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 8c
E.P.
S.P.
Gráfico 4.31 Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 8c: Promover a conscientização dos
colaboradores na relação com o meio-ambiente.
Fonte: elaborado pela autora.
No gráfico 4.32, a competência básica 8: Promover os cuidados com saúde, segurança e
meio-ambiente, através dos indicadores 8a, 8b e 8c apresenta freqüência maior nos graus 3 e
4 (alto e muito alto) tanto na experiência pessoal, quanto na solução de problema. Confirma-
se o grau de importância da experiência pessoal e da ajuda à solução de problema nesta
competência.
81
0,00
9,52
28,57
61,90
0,00
33,33
23,81
42,86
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
1 2 3 4
Grau
Freqüência (%)
Experiência
Pessoal
Solão de
Problema
Gráfico 4.32 Gráfico do porcentual de freqüência x grau de experiência/ajuda à solução
de problemas - Competência básica 8.
Fonte: Elaborado pela autora.
4.2.1.9 Competência básica 9: Participar da elaboração do
planejamento estratégico – Visão sistêmica.
O gráfico 4.33 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 9a: Conhecer os processos da empresa. A
correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,47, o que indica tratar-se de uma relação
média, significativa.
82
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 9a
E.P.
S.P.
Gráfico 4.33 - Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 9a: Conhecer os processos da empresa.
Fonte: Elaborado pela autora.
O gráfico 4.34 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 9b: Compartilhar a visão da empresa com os
colaboradores. A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,73, o que indica tratar-se
de uma relação forte, significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 9b
E.P.
S.P.
Gráfico 4.34 Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 9b: Compartilhar a visão da empresa com os
colaboradores.
Fonte: Elaborado pela autora.
No gráfico 4.35, a competência básica 9: Participar da elaboração do planejamento
estratégico, através dos indicadores 9a, 9b apresenta freqüência maior nos graus 3 e 4 (alto e
83
muito alto) tanto na experiência pessoal quanto na solução de problema. Mais uma vez se
confirma à importância da experiência pessoal e a ajuda á solução de problema nesta
competência.
0,00 0,00
21,43
78,57
0,00 0,00
42,86
57,14
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
1 2 3 4
Grau
Freqüência (%)
Experiência
Pessoal
Solução de
Problema
Gráfico 4.35 – Gráfico do porcentual de freqüência x grau de experiência/ajuda à
solução de problemas - Competência básica 9.
Fonte: Elaborado pela autora.
4.2.1.10 Competência básica 10: Gerir equipe de trabalho – Foco em pessoas
O Gráfico 4.36 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 10a: Identificar necessidades de treinamento.
A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,51, o que indica tratar-se de uma relação
forte, significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 10a
E.P.
S.P.
Gráfico 4.36 Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 10a: Identificar necessidades de treinamento.
Fonte: Elaborado pela autora.
84
O Gráfico 4.37 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 10b: Incentivar o cumprimento de metas. A
correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,55, o que indica tratar-se de uma relação
forte, significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 10b
E.P.
S.P.
Gráfico 4.37 Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 10b: Incentivar o cumprimento de metas.
Fonte: Elaborado pela autora.
O gráfico 4.38 representa a relação entre as variáveis experiência pessoal e solução de
problema relativa ao indicador de competência 10c: Incentivar a aprendizagem e
desenvolvimento da equipe. A correlação encontrada entre as duas variáveis é 0,17, o que
indica tratar-se de uma relação fraca, pouco significativa.
1
2
3
4
5
6
7
E.P.
0
1
2
3
4
5
6
Agente Pesquisado
Grau
Indicador 10c
E.P.
S.P.
Gráfico 4.38 Gráfico de graus atribuídos x agente pesquisado do
indicador 10c: Incentivar a aprendizagem e
desenvolvimento da equipe.
Fonte: Elaborado pela autora.
85
No gráfico 4.39, a competência básica 10: Gerir a equipe de trabalho, através dos
indicadores 10a, 10b e 10c apresenta freqüência maior nos graus 3 e 4 (alto e muito alto) tanto
na experiência pessoal, quanto na solução de problema. Observa-se nesta competência a
importância atribuída à experiência pessoal e à ajuda à solução de problema.
0,00 0,00
38,10
61,90
0,00
4,76
47,62 47,62
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
1 2 3 4
Grau
Freqüência (%)
Experiência
Pessoal
Solução de
Problema
Gráfico 4.39 Gráfico do porcentual de freqüência x grau de experiência/ajuda à
solução de problemas - Competência básica 10.
Fonte: Elaborado pela autora.
Verificou-se ao longo desta análise, a correlação existente entre o grau de experiência e
o grau de ajuda à solução de problema gerencial. As correlações apresentaram-se
significativas, acima de 0,50, em 60% dos indicadores de competência básica, tais como: 2c,
2d, 3a, 3c, 4a, 5a, 5c, 6a, 6b, 6c, 7a, 8a, 8b, 8c, 9b, 10a, 10b, registradas no instrumento de
coleta. É importante salientar, que em nenhum indicador houve descorrelação, e que em 29
indicadores avaliados, todas as correlações estiveram acima de 0,09.
Observou-se que alguns indicadores de competência básica apresentam baixa correlação
entre o grau de experiência pessoal e o grau de ajuda à solução de problema sendo porém
pouco significativos, tais como os indicadores 1b incentivar os colaboradores para o
cumprimento das normas; 2a planejar tarefas diárias; 3b encontrar novas soluções com a
equipe para a solução de problemas e adversidades; 4b comunicar de forma escrita e falada,
com clareza e objetividade os resultados do setor; 10c incentivar a aprendizagem e
desenvolvimento da equipe. Mas a baixa correlação destes indicadores não afetou o resultado
geral de correlação de cada competência que não se apresenta inferior a 0,34 - grau de
correlação considerado médio e significativo.
86
Através da análise dos gráficos de freqüência verificou-se que o grau de experiência
necessária ao desenvolvimento das 10 competências básicas exigidas dos gerentes é
considerado alto, tornando-se maior a ajuda na solução de problema.
Os dados demonstram na prática o que foi citado no item 2.3 do referencial teórico deste
trabalho: cabe ao profissional estimar se pode ou não ativar a prática do que ele sabe, e a
mobilização não depende somente dos seus recursos próprios e sim da mobilização dos
recursos de uma rede de profissionais. Ele deve mobilizar o conjunto dos recursos de sua
personalidade para encontrar uma solução para o problema que enfrenta, se comprometendo a
tudo fazer para resolver um problema. Cada experiência pode ser uma fonte de aquisição de
conhecimentos que resulta da prática, na capacidade de classificar o problema.
No item 2.4.3 comenta-se que as competências profissionais constroem-se também ao
sabor da navegação diária, de uma situação de trabalho a outra. E a experiência é um método
organizador da competência que conduz o indivíduo para o reconhecimento de possíveis
opções para a solução de um determinado problema.
4.2.2 - Análise referente ao pressuposto específico dois (2) do estudo
O segundo pressuposto específico da pesquisa é: Na percepção dos gerentes, o grau de
experiência necessária às competências específicas de sua atuação é alto, e o grau de ajuda à
solução de problemas também é alto.
4.2.2.1 – Competências específicas: Gerência Comercial
O Gráfico 4.40 representa as sete competências específicas da gerência comercial, com
os indicadores (a, b e c). Na competência 1: utilizar sistema informatizado, os indicadores a
(redigir documento no Word), b (realizar planilhas de custo no Excel), e c (realizar pesquisas
na Internet) apresentam alto grau de experiência pessoal e, grau médio em c e alto grau em a
e b na ajuda à solução de problemas. Na competência 2: comunicar com clareza e
objetividade, o indicador a (estabelecer políticas e procedimentos de comunicação com
87
clientes externos) apresenta alto grau na experiência pessoal e médio grau de ajuda à solução
de problema. Na competência 3: manter relacionamento com clientes, os indicadores a
(coordenar os serviços de atendimento ao cliente externo, b (realizar negociações com
clientes) e c (solucionar reclamações de clientes), o grau de experiência pessoal apresenta-se
muito alto em a e alto em b e c, e o grau de ajuda à solução de problemas apresenta-se alto em
todos os indicadores. Na competência 4: gerenciar contratos, o indicador a (analisar proposta
e sugerir precificação) apresenta grau de experiência pessoal alto e ajuda à solução de
problema também alto. Na competência 5: utilizar técnicas de gestão financeira e contábil, os
indicadores a (apresentar previsões de faturamento) e b ( elaborar orçamentos) o grau de
experiência pessoal é alto assim como o grau de ajuda à solução de problemas. Na
competência 6: analisar portais de licitação, os indicadores a ( executar e gerenciar as etapas
das concorrências desde o recebimento do edital até o envio da proposta ao cliente) e b
(acompanhar a realização de concorrências eletrônicas) o grau de experiência pessoal
apresenta-se alto, assim como o grau de ajuda à solução de problemas. Na competência 7:
Pesquisar e analisar mercado, os indicadores a (acompanhar a atuação dos concorrentes), b
(coordenar equipe de venda) e c (realizar e/ou acompanhar pesquisas de satisfação de clientes
e pós-venda) o grau de experiência pessoal é alto em a e c e muito alto em b, e o grau de
ajuda à solução de problemas é médio em a e c e muito alto em b.
Gerência Comercial
0
1
2
3
4
a
b
c
a
a
b
c
a
a
b
a
b
a
b
c
1
2
3
4
5
6
7
Competência
Grau
1
E.P.
S.P
.
Gráfico 4.40 – Competências específicas – Gerência Comercial.
Fonte: Elaborado pela autora.
88
4.2.2.2 Competências específicas: Gerência Financeira
O gráfico 4.41 representa as quatro competências específicas da gerência financeira,
com os indicadores (a, b e c). Na competência 1: Utilizar sistema informatizado, os
indicadores a (redigir documento no Word), e c (realizar pesquisas na Internet) apresentam
alto grau de experiência pessoal, sendo em b (realizar planilhas de custo no Excel) o grau
muito alto; e grau médio em c e alto grau em a e b na ajuda à solução de problemas. Na
competência 2: Analisar contexto organizacional e conjuntural, o indicador a (identificar
oportunidades de ganhos financeiros), b (conferir documentos e instrumentos contratuais) e c
(determinar indicadores financeiros e acompanhá-los) apresentam alto grau na experiência
pessoal assim como na ajuda à solução de problema. Na competência 3: assegurar o adequado
controle sobre toda a movimentação financeira da empresa, os indicadores a (supervisionar e
orientar as atividades da área financeira), b (selecionar colaboradores na área financeira), o
grau de experiência pessoal e ajuda à solução de problema apresentam-se muito alto em a e b.
Na competência 4: Negociar com instituições financeiras, o indicador a (captar recursos
financeiros ao menor custo possível ou obter melhores taxas de remuneração para as
aplicações financeiras) apresenta muito alto grau na experiência pessoal, assim como na ajuda
à solução de problema.
Gerência Financeira
0
1
2
3
4
a b c
a
b
c
a
b
a
1 2
3 4
Competência
Grau
E.P.
S.P
Gráfico 4.41 - Competências Específicas – Gerência Financeira.
Fonte: Elaborado pela autora.
89
4.2.2.3 Competências específicas: Gerência Contábil
O gráfico 4.42 representa as quatro competências específicas da gerência contábil, com
os indicadores (
a, b e c
). Na competência
1
: Utilizar sistema informatizado, o indicador
a
(redigir documento no Word) apresenta alto grau na experiência pessoal e muito alto grau na
ajuda à solução de problema,
o indicador
b
(realizar planilhas de custo no Excel) apresenta
médio grau na experiência pessoal e alto grau na ajuda à solução de problema, e
c
(realizar
pesquisas na Internet) apresenta alto grau de experiência pessoal assim como na ajuda à
solução de problema. Na competência
2
: Analisar as normas e as leis trabalhistas, o indicador
a
(instruir colaboradores na rotina da folha de pagamento), e
b
(administrar o departamento
pessoal e apurar custo de pessoal) apresentam alto grau na experiência pessoal assim como na
ajuda à solução de problema. Na competência
3
: Analisar e aplicar a legislação fiscal, os
indicadores
a
(supervisionar as atividades de escrituração fiscal),
b
(pesquisar e estudar a
legislação fiscal e tributária, e orientar as demais áreas da empresa de acordo com as
exigências legais), o grau de experiência pessoal e ajuda à solução de problema apresentam-se
muito alto em
a
e
b.
Na competência
4
: Analisar as informações contábeis, o indicador
a
(analisar e encerrar balancete e balanço) e
b
(elaborar a declaração anual do imposto de renda)
apresentam muito alto grau na experiência pessoal, assim como na ajuda à solução de
problema.
Gerência Contábil
0
1
2
3
4
a
b
c
a
b
a
b
a
b
1
2
3
4
Competência
Grau
E.P.
S.P
Gráfico 4.42 - Competências específicas – Gerência Contábil.
Fonte: Elaborado pela autora.
90
4.2.2.4 Competências específicas: Gerência Manutenção
O gráfico 4.43 representa as quatro competências específicas da gerência de
manutenção, com os indicadores (
a, b e c
). Na competência
1
: Utilizar sistema informatizado,
o indicador
a
(redigir documento no Word) apresenta médio grau na experiência pessoal e
alto grau na ajuda à solução de problema,
o indicador
b
(realizar planilhas de custo no Excel)
apresenta médio grau na experiência pessoal e alto grau na ajuda à solução de problema, e
c
(realizar pesquisas na Internet) apresenta médio grau de experiência pessoal e alto grau na
ajuda à solução de problema. Na competência
2
: Utilizar manuais técnicos, o indicador
a
(analisar manuais técnicos para treinamento dos mecânicos), apresenta alto grau na
experiência pessoal assim como na ajuda à solução de problema. Na competência
3
:
Gerenciar as oficinas de manutenção, o indicador
a
(acompanhar o desempenho das equipes
de manutenção) apresenta alto grau de na experiência pessoal assim como na ajuda à solução
de problema, o indicador
b
(analisar os custos com manutenção dos veículos e equipamentos)
e o indicador
c
(especificar tecnicamente as pas para reposição) apresentam grau muito
alto de experiência pessoal e ajuda à solução de problema
.
Na competência
4
: Avaliar
condições de máquinas e equipamentos, o indicador
a
(analisar laudo técnico das peças
substituídas) e
b
(otimizar a utilização dos equipamentos) apresentam muito alto grau na
experiência pessoal, e alto grau na ajuda à solução de problema, o indicador
c
(supervisionar o
histórico dos equipamentos) apresenta alto grau na experiência pessoal e muito alto grau na
ajuda à solução de problema.
Gerência Manutenção
0
1
2
3
4
a
b
c a
a
b
c
a b
c
1
2
3
4
Competência
Grau
E.P.
S.P
Gráfico 4.43 - Competências Específicas – Gerência Manutenção.
Fonte: Elaborado pela autora.
91
4.2.2.5 Competências específicas: Gerência Operacional
O gráfico 4.44 representa as cinco competências específicas da gerência operacional,
com os indicadores (
a, b e c
). Na competência
1
: Utilizar sistema informatizado, o indicador
a
(redigir documento no Word) apresenta muito alto grau na experiência pessoal e alto grau na
ajuda à solução de problema,
o indicador
b
(realizar planilhas de custo no Excel) apresenta
alto grau na experiência pessoal assim como na ajuda à solução de problema, e
c
(realizar
pesquisas na Internet) apresenta muito alto grau de experiência pessoal assim como na ajuda à
solução de problema. Na competência
2
: Gerenciar as atividades operacionais, o indicador
a
(realizar o rodízio dos funcionários em operação), apresenta muito alto grau na experiência
pessoal e alto grau na ajuda à solução de problema, o indicador
b
(analisar as solicitações de
numerários de alimentação, alojamento, combustível e outros, da atividade operacional) e o
indicador
c
(acompanhar a disponibilidade de equipamento) apresentam graus muito alto na
experiência pessoal assim como na ajuda à solução de problema.. Na competência
3
: Planejar
soluções para atendimento a serviços, todos os indicadores:
a
(dimensionar serviços para
operações de elevado grau de complexidade),
b
(analisar os planos de
rigging
) e o indicador
c
(planejar e acompanhar a execução das operações) apresentam grau muito alto de
experiência pessoal e ajuda à solução de problema
.
Na competência
4
: Planejar recursos
humanos, o indicador
a
(definir processos de trabalho) e
b
(definir cronograma de férias e
folgas dos operadores junto ao departamento pessoal) apresentam muito alto grau na
experiência pessoal, e alto grau na ajuda à solução de problema, o indicador
c
(levantar
necessidades de treinamento dos colaboradores da área operacional) apresenta alto grau na
experiência pessoal e muito alto grau na ajuda à solução de problema, quanto ao indicador
d
(planejar desenvolvimento da mão de obra) apresenta grau muito alto tanto para a
experiência pessoal como para a ajuda à solução de problema. Na competência
5
: Utilizar
manuais técnicos, o indicador
a
( analisar manuais técnicos para treinamento dos operadores)
apresenta grau muito alto tanto na experiência pessoal como na ajuda à solução de problema.
92
Gerência Operacional
0
1
2
3
4
a
b c
a
b
c
a
b
c
a
b
c
d
a
1 2
3
4
5
Competência
Grau
E.P.
S.P
Gráfico 4.44 - Competências específicas – Gerência Operacional.
Fonte: Elaborado pela autora.
4.2.2.6 Competências específicas: Gerência Qualidade
O gráfico 4.45 representa as cinco competências específicas da gerência da qualidade,
com os indicadores (
a, b e c
). Na competência
1
: Utilizar sistema informatizado, os
indicadores
a
(redigir documento no Word) e
b
(realizar planilhas de custo no Excel)
apresentam muito alto grau na experiência pessoal assim como na ajuda à solução de
problema, e
c
(realizar pesquisas na Internet) apresenta grau médio na experiência pessoal
assim como na ajuda à solução de problema. Na competência
2
: Manter sistema da qualidade,
o indicador
a
(elaborar documentos do sistema de gestão da qualidade, verificando e
analisando o conteúdo e uniformizando a linguagem ao padrão da norma ISO), apresenta
muito alto grau na experiência pessoal e médio grau na ajuda à solução de problema, o
indicador
b
(controlar documentos e registros inerentes ao sistema de gestão da qualidade)
apresenta alto grau de experiência pessoal e médio grau na ajuda à solução de problema.. Na
competência
3
: Aprimorar processos da qualidade, todos os indicadores:
a
(avaliar sistemas,
processos, organização e métodos), e
b
(propor mudanças nos processos para melhoria da
qualidade e otimização dos recursos) apresentam grau alto de experiência pessoal e grau
muito alto na ajuda à solução de problema
.
Na competência
4
: Coordenar auditorias internas,
o indicador
a
(selecionar e convocar os auditores internos, definindo, distribuindo e
supervisionando as tarefas ) apresenta alto grau de experiência pessoal e muito alto grau na
ajuda à solução de problema, e
b
(realizar e acompanhar as auditorias da qualidade, avaliando
os métodos de trabalho utilizados) apresenta muito alto grau na experiência pessoal, assim
93
como na ajuda à solução de problema. Na competência
5
: Orientar para a solução de
problema, o indicador
a
(avaliar não-conformidades) e
b
(apoiar as áreas na solução de
problemas) apresentam grau muito alto tanto na experiência pessoal como na ajuda à solução
de problema.
Gerência Qualidade
0
1
2
3
4
a b
c
a
b a
b
a
b
a b
1
2 3 4
5
Competência
Grau
E.P.
S.P
Gráfico 4.45 - Competências específicas – Gerência Qualidade.
Fonte: Elaborado pela autora.
4.2.2.7 Competências específicas: Gerência Suprimentos
O gráfico 4.46 representa as cinco competências específicas da gerência de suprimentos,
com os indicadores (
a, b e c
). Na competência
1
: Utilizar sistema informatizado, os
indicadores
a
(redigir documento no Word) e
b
(realizar planilhas de custo no Excel) e
c
(realizar pesquisas na Internet) apresentam alto grau na experiência pessoal e médio grau na
ajuda à solução de problema. Na competência
2
: Avaliar necessidade de compra, o indicador
a
(analisar custos incidentes em compras), apresenta muito alto grau na experiência pessoal
como também na ajuda à solução de problema, o indicador
b
(analisar custos incidentes em
compras) apresenta alto grau de experiência pessoal e muito alto grau na ajuda à solução de
problema, e
c
(controlar a alteração de preços e monitorar preços de mercado) apresenta muito
alto grau tanto na experiência pessoal como na ajuda à solução de problema. Na competência
3
: Propiciar parcerias com fornecedores, o indicador:
a
(estabelecer contato amistoso com
fornecedores) apresenta grau alto de experiência pessoal e grau muito alto na ajuda à solução
de problema
.
Na competência
4
: Analisar cotações, o indicador
a
(acompanhar a negociação
de preços com fornecedores), e
b
(acompanhar a negociação das formas de pagamento e prazo
94
de entrega com fornecedores) apresentam muito alto grau na experiência pessoal, assim como
na ajuda à solução de problema. Na competência
5
: Avaliar especificações de produtos e
equipamentos, o indicador
a
(verificar a adequação dos pedidos às especificações dos
fornecedores) apresenta muito alto grau tanto na experiência pessoal como na ajuda à solução
de problema.
Gerência Suprimentos
0
1
2
3
4
a
b c
a
b
c
a
a b
a
1
2
3
4 5
Competência
Grau
E.P.
S.P
Gráfico 4.46 - Competências específicas – Gerência Suprimentos.
Fonte: Elaborado pela autora.
Na análise das percepções dos sete gerentes em relação às experiências necessárias às
competências específicas de suas atuações constatou-se que dentre os 78 indicadores de
competência específica analisados apenas 6.4% apresentaram um grau médio na experiência
pessoal, e 93.6% grau alto e muito alto. Com relação ao grau de ajuda da competência à
solução de problema, os gerentes consideraram o grau médio em 7.8% das respostas, e graus
alto e muito alto em 92.2%. O grau baixo não foi atribuído aos indicadores.
Ao analisarem-se as percepções dos gerentes sobre as suas competências específicas,
relacionando-as com o suporte teórico deste trabalho pode-se citar a visão de alguns autores
sobre a importância da experiência e da solução de problema.
No item 2.3.1 é citado que a competência é um saber como mobilizar, integrar e
transferir os conhecimentos, recursos e habilidades em um contexto profissional adequado. A
competência produz a articulação do saber fazer a partir da experiência e os saberes
necessários à ação.
95
De acordo com o que foi citado no item 2.4.3, a experiência mobiliza em direção à ação
e conforme a singularidade da situação. O conhecimento prático é feito de experiências,
orientado para a ação, derivado da experiência pessoal, e é a capacidade para resolver
problemas práticos. Portanto, a competência é vista como elemento constituinte do significado
que a experiência do trabalho assume para quem o realiza.
96
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma vez concluídas as análises, faz-se necessário formalizar os aspectos que indicam a
resposta do problema levantado que foi: Em que grau a experiência, elemento da
competência, contribui para a solução de problema no trabalho gerencial?
Assim, neste capítulo são apresentadas conclusões relacionadas à consecução dos
objetivos inicialmente propostos, à verificação dos pressupostos do trabalho, e sugestões para
futuros estudos.
O objetivo central do estudo foi investigar o grau de importância da experiência como
elemento da competência para a solução de problemas gerenciais. Para isto, estabeleceu-se
objetivos específicos que contribuíssem para a busca do objetivo geral.
Quanto ao primeiro objetivo específico, a pesquisa se propunha: Identificar e listar as
competências básicas exigidas dos gerentes que atuam na empresa do estudo, e identificar as
competências específicas de cada tipo de gerência. Este objetivo foi atingido ao serem
identificadas as competências básicas e específicas contidas no documento “Descrição de
Cargo” da empresa onde foi realizado o estudo (Anexos IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV).
Essas competências foram listadas e agrupadas por indicadores, isto é, procurou-se descrever
cada competência através de seus indicadores, tendo como fonte de pesquisa Rabaglio (2004)
e Leme (2005), conforme Anexo I competências básicas e Anexos II, III IV, V, VI, VII,
VIII – competências específicas.
Outro objetivo específico deste estudo foi determinar a correlação existente entre o grau
de experiência e o grau de ajuda à solução de problema gerencial. Na análise dos dados
resultantes da aplicação do questionário (Anexo I), relativo às competências básicas dos
gerentes, confirmou-se que há uma forte e significativa correlação entre a experiência pessoal
e a ajuda à solução de problema, o que leva a concluir que a experiência pessoal é necessária
para o desenvolvimento das competências básicas e estas competências ajudam na solução de
problema.
97
Quanto ao objetivo específico: Determinar o grau de importância da experiência na
percepção dos gerentes, para cada competência específica, e o grau de ajuda à solução de
problema, a análise partiu dos dados dos questionários relativos às sete áreas gerenciais
estudadas (ANEXOS II, III, IV, V, VI, VII, VIII). Todos os gerentes consideraram a
experiência pessoal necessária para o desenvolvimento das competências específicas, pois a
média dos graus atribuídos foi alta. Também foi considerado alto o grau de ajuda das
competências específicas à solução de problema. A atribuição de grau médio à experiência
pessoal e à ajuda na solução de problema em algumas competências específicas sugere que
seja feita futuramente uma avaliação dos indicadores de competência a fim de se verificar sua
importância para o desempenho gerencial.
O pressuposto geral da pesquisa: A experiência pessoal, como elemento da
competência, tem alto grau de importância na solução de problemas gerenciais, está
alicerçado por dois pressupostos específicos.
Com relação ao primeiro pressuposto específico estabelecido: Quando o grau de
experiência necessária ao desenvolvimento de uma competência é alto, maior é a ajuda na
solução de problema, constatou-se que, na percepção dos gerentes, o grau de experiência
necessária ao desenvolvimento das competências básicas é alto, e estas competências ajudam
na solução de problemas gerenciais. Na percepção dos gerentes, as competências básicas
exigidas pela empresa ao serem desenvolvidas necessitam de muita experiência pessoal, e os
gerentes consideram que as competências básicas ajudam na solução de problemas gerenciais
sendo, portanto, a experiência pessoal imprescindível para a solução dos problemas gerenciais
existentes na empresa.
Com relação ao segundo pressuposto específico: Na percepção dos gerentes o grau de
experiência necessária às competências específicas de sua atuação é alto, e o grau de ajuda à
solução de problema também é alto, verificou-se a importância da experiência pessoal em
todas as competências específicas, constatando-se também a forte relação entre a experiência
pessoal necessária para o desenvolvimento da competência e a importância de cada
competência específica para a solução de problema.
98
Confirma-se na prática o que foi exposto no referencial teórico sobre a competência
constituída pelo modo como os trabalhadores concebem o trabalho, formam e organizam os
conhecimentos e as habilidades em competências distintas na realização de suas atividades
profissionais.
Portanto, o pressuposto geral do estudo é confirmado pelas constatações de que a
experiência pessoal, como elemento da competência tem alto grau de importância na solução
de problemas gerenciais.
O estudo constatou ainda, por meio das observações da pesquisadora que participou do
dia a dia da empresa, que o termo competência vem sendo adotado formalmente pela empresa
pesquisada, bem como sua conceituação aproxima-se à revisão teórica realizada de que a
competência é o resultado da mobilização, combinação, articulação, integração de
conhecimentos, capacidades, experiências, atitudes. Isto confirma a ascensão do conceito de
competências gerenciais, em fase de assimilação e cada vez mais presente nas organizações,
mesmo que ainda utilizado com diferentes significados, às vezes prevalecendo as habilidades,
às vezes o conhecimento, sendo a atitude um recurso de competência ainda pouco explorado,
e tratado de forma cautelosa.
É importante também destacar que os quesitos exigidos dos gerentes na empresa
pesquisada são compatíveis com o levantamento bibliográfico realizado, com destaque
especial para as atividades gerenciais típicas citadas por Boog (1991) no item 2.3 deste
trabalho, tais como: obter e administrar recursos, planejar atividades, assegurar o atingimento
de metas, estruturar a área de trabalho, planejar o futuro, liderar uma equipe, estar disponível
para ouvir, motivar subordinados, integrar-se com outras áreas, propor e defender os
interesses da área, comunicar-se adequadamente, escrever relatórios, verificar progressos,
estar atento para o ambiente externo, tomar decisões.
O vínculo entre as competências organizacionais e as competências gerenciais precisa
ser melhor desenvolvido, sendo este um aspecto importante, ressaltado na base teórica, e na
prática nem sempre valorizado e explicitado pela empresa. Um trabalho neste sentido pode
99
fortalecer as competências gerenciais, a partir da explicitação da importância e da relação
entre elas.
As novas elaborações sobre competências gerenciais trazem luz para a área de Recursos
Humanos, abrindo espaço para uma visão mais completa do desenvolvimento de gestores. A
partir da valorização das competências, em todo o seu significado, toda a área de Recursos
Humanos tende a ter grandes mudanças, permeando e integrando seus subsistemas, em um
trabalho que será cada vez mais estratégico. A Administração de Recursos Humanos avançará
neste sentido: a participar estrategicamente da organização.
A abordagem do problema e as análises efetuadas não pretendem ser esgotadas neste
estudo, nem poderiam. Elas expressam apenas a complexidade do assunto e revelam
limitações que requerem a realização de outras pesquisas. Sugere-se: a revisão de alguns
indicadores de competência com base para a solução de problema; a realização de pesquisas
similares em outras amostras e em outras realidades empresariais, reaplicando os mesmos
instrumentos de coleta de dados, promovendo maior segurança na generalização das
conclusões sobre a correlação da experiência como elemento da competência, e a solução de
problemas, promovendo a competência gerencial; a análise das competências gerenciais nas
empresas, e o estilo de gestão; estudo do processo de desenvolvimento de competências
gerenciais associadas à criatividade das equipes e à inovação organizacional. Outra
possibilidade é realizar a pesquisa nos diferentes níveis organizacionais, com participantes de
organizações em níveis estratégico, tático ou operacional.
Sendo um tema atual, são inúmeras as possibilidades, e espera-se que este trabalho
tenha uma repercussão positiva e que contribua tanto para a prática quanto para a teoria da
área de Recursos Humanos.
100
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105
ANEXOS
106
Anexo I
INSTRUMENTO DE PESQUISA
QUESTIONÁRIO 1
QUADRO DE COMPETÊNCIAS BÁSICAS DOS GERENTES
Este quadro é um instrumento de pesquisa de um estudo sobre competências gerenciais, cujos
dados servirão de base para nossa dissertação de mestrado em Administração de Recursos
Humanos da UFC.
Para colaborar com a pesquisa, leia com atenção os indicadores de competência determinando o
grau de experiência que você considera necessário para cada competência exigida na sua atuação
gerencial. A seguir, determine o grau de ajuda de cada competência para a solução de problemas
no seu dia- a- dia gerencial.
Considere a escala a seguir: 1-grau baixo, 2-grau médio, 3-grau alto, 4-grau muito alto.
INDICADORES DE COMPETÊNCIA
GRAU DE
EXPERIÊNCIA
PESSOAL
GRAU DE AJUDA
À SOLUÇÃO DE
PROBLEMA
1 2 3 4 1 2 3 4
1-Cumprir as normas da empresa (Liderança
motivadora/Comprometimento)
a-conhecer e cumprir as normas da empresa;
b-incentivar os colaboradores para o cumprimento
das normas;
c-reconhecer/repreender comportamento de acordo
com as normas.
2 -Planejar, organizar e gerenciar serviços
(Organização, planejamento e gerenciamento do
tempo)
a-planejar tarefas diárias;
b-distribuir/delegar tarefas;
c-controlar o tempo de execução das tarefas;
d-rever processos de execução das tarefas.
3-Tratar ocorrências de não-conformidade, propor
ações corretivas e preventivas (Pró-atividade,
Flexibilidade, Inovação, Solução de problemas)
a-antecipar-se diante de ações onde erros podem ser
evitados;
b-encontrar novas soluções com a equipe para a
resolução de problemas e adversidades
c-analisar os problemas trabalhando em cima das
causas e não dos sintomas;
d-resolver problemas individuais e da equipe;
107
INDICADORES DE COMPETÊNCIA
GRAU DE
EXPERIÊNCIA
PESSOAL
GRAU DE AJUDA
À SOLUÇÃO DE
PROBLEMA
1 2 3 4 1 2 3 4
4-Elaborar relatórios gerenciais (capacidade de
análise e síntese, ação concentrada, percepção)
a-analisar relatórios, gráficos, cálculos,
demonstrativos e documentos das rotinas gerenciais;
b-comunicar de forma escrita e falada, com clareza
e objetividade, os resultados do setor.
5- Elaborar e cumprir metas (Foco em resultados)
a-gerenciar e investir no desenvolvimento da
equipe, com o objetivo de resultados eficazes;
b-cumprir prazos sem prejuízo da qualidade;
c-tomar ações necessárias para obter o melhor
resultado possível.
6-Cumprir e fazer cumprir procedimentos do setor
(Espírito de equipe)
a-monitorar o desempenho e progresso das
atividades;
b-promover divisões justas de tarefas;
c-observar e redefinir procedimentos.
7-Otimizar custos (Habilidade técnica)
a-conhecer e executar a política de custos utilizada
pela empresa;
b-orientar colaboradores na otimização de custos;
8-Promover os cuidados com saúde, segurança e
meio-ambiente (Comunicação inter-pessoal)
a-orientar os colaboradores no cumprimento das
normas de segurança;
b-incentivar os colaboradores no cuidado com a
saúde;
c-promover a conscientização dos colaboradores na
relação com o meio-ambiente
9-Participar da elaboração do planejamento
estratégico (Visão sistêmica)
a-conhecer os processos da empresa;
b-compartilhar a visão da empresa com os
colaboradores;
10-Gerir equipe de trabalho (Foco em pessoas)
a-identificar necessidades de treinamento
b-incentivar o cumprimento de metas
c-incentivar a aprendizagem e desenvolvimento da
equipe.
Fonte: Quadro idealizado pela pesquisadora, baseado em Leme (2005) e Rabaglio (2004).
108
Anexo II
INSTRUMENTO DE PESQUISA
QUESTIONÁRIO 2
QUADRO DE COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS PARA CADA TIPO DE GERÊNCIA
GERÊNCIA:
Financeira
EXPERIÊNCIA MÍNIMA EXIGIDA: 2 anos
INDICADORES DE COMPETÊNCIA
GRAU DE
EXPERIÊNCIA
PESSOAL
GRAU DE AJUDA
À SOLUÇÃO DE
PROBLEMA
1 2 3 4 1 2 3 4
1-Utilizar sistema informatizado -
(Conhecimento em informática)
a-Redigir documentos no
word;
b-Realizar planilhas de
custo no excel;
c-Realizar pesquisas na
internet.
2-Analisar contexto organizacional e
Conjuntural (econômico e político) -
(Conhecimento e prática em gestão
Financeira).
a-Identificar oportunidades de ganhos
financeiros.
b-Conferir documentos e instrumentos
contratuais.
c--Determinar indicadores financeiros e
acompanhá-los.
3- Assegurar o adequado controle
sobre toda a movimentação financeira
da empresa –(Conhecimento e prática
em gestão de pessoas)
a-Supervisionar e orientar as atividades da
área financeira
b-Selecionar colaboradores na área
financeira.
4- Negociar com instituições financeiras –
(Conhecimento e Prática em gestão de
custos).
a-Captar recursos financeiros ao menor
custo possível ou obter melhores taxas
de remuneração para as aplicações
financeiras.
109
Anexo III
INSTRUMENTO DE PESQUISA
QUESTIONÁRIO 3
QUADRO DE COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS PARA CADA TIPO DE GERÊNCIA
GERÊNCIA: Contábil EXPERIÊNCIA MÍNIMA EXIGIDA: 05 anos
GRAU DE
EXPERIÊNCIA
PESSOAL
GRAU DE AJUDA
À SOLUÇÃO DE
PROBLEMA
INDICADORES DE COMPETÊNCIA
1 2 3 4 1 2 3 4
1-Utilizar sistema informatizado -
(Conhecimento em informática)
a-Redigir documentos no word;
b-Realizar planilhas de custo no excel;
c-Realizar pesquisas na internet.
2-Analisar as normas e leis Trabalhistas –
(Conhecimento em Legislação Trabalhista)
a-Instruir colaboradores na rotina da
folha de pagamento;
b- Administrar o Depto. Pessoal e apurar
custos de pessoal.
3-Analisar e aplicar a legislação fiscal
(Conhecimento em Legislação fiscal)
a-Supervisionar as atividades de
escrituração fiscal.
b- Pesquisar e estudar toda a legislação
fiscal e tributária, e orientar as demais
áreas da empresa de acordo com as
exigências legais.
4- Analisar as Informações Contábeis –
(conhecimento em legislação Contábil)
a-Analisar e encerrar balancete e balanço.
b-Elaborar a declaração anual do imposto
De renda.
110
Anexo IV
INSTRUMENTO DE PESQUISA
QUESTIONÁRIO 4
QUADRO DE COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS PARA CADA TIPO DE GERÊNCIA
GERÊNCIA: Comercial EXPERIÊNCIA MÍNIMA EXIGIDA: 03 anos
INDICADORES DE COMPETÊNCIA
GRAU DE
EXPERIÊNCIA
PESSOAL
GRAU DE AJUDA
À SOLUÇÃO DE
PROBLEMA
1 2 3 4 1 2 3 4
1- Utilizar sistema informatizado
(Conhecimentos em informática)
a-Redigir documentos no word;
b-Realizar planilhas de custo no excel;
c-Realizar pesquisas na internet
2-Comunicar com clareza e objetividade
(Comunicação)
a- Estabelecer políticas e procedimentos de
comunicação com clientes externos
3-. Manter Relacionamento com clientes.
(Relacionamento inter-pessoal)
a-Coordenar os serviços de atendimento ao
cliente externo
b- Realizar negociações com clientes;
c-Solucionar reclamações de clientes.
4-Gerenciar contratos.
(Conhecimento em custos e formação de preços)
a-Analisar propostas e sugerir precificação
5-Utilizar técnicas de gestão financeira
e contábil (Conhecimento em Matemática
financeira e contabilidade básica)
a-Apresentar previsões de faturamento.
b-Elaborar orçamentos
6-Analisar portais de Licitação
(Conhecimento em Licitações)
a-Executar e gerenciar as etapas das
concorrências desde o recebimento do edital até o
envio da proposta ao cliente
b-acompanhar a realização de concorrências
eletrônicas.
7- Pesquisar e analisar mercado
(Conhecimento em Marketing)
a-Acompanhar a atuação dos concorrentes;
b- Coordenar equipe de vendas;
c- Realizar e/ou acompanhar pesquisas
de satisfação de clientes e pós-venda.
111
Anexo V
INSTRUMENTO DE PESQUISA
QUESTIONÁRIO 5
QUADRO DE COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS PARA CADA TIPO DE GERÊNCIA
GERÊNCIA: Operacional EXPERIÊNCIA MÍNIMA EXIGIDA: 05 anos
INDICADORES DE COMPETÊNCIA
GRAU DE
EXPERIÊNCIA
PESSOAL
GRAU DE AJUDA
À SOLUÇÃO DE
PROBLEMA
1 2 3 4 1 2 3 4
1-Utilizar sistema informatizado -
(Conhecimento em informática)
a-Redigir documentos no word;
b-Realizar planilhas decusto no excel;
c-Realizar pesquisas na internet
2- Gerenciar as atividades operacionais -
(Conhecimento em Logística)
a-Realizar o rodízio dos funcionários em operação;
b-Analisar as solicitações de numerários de
alimentação, alojamento, combustível, e outros, da
atividade operacional;
c- Acompanhar a disponibilidade de equipamentos
3- Planejar soluções para atendimento a
Serviços (Conhecimento e prática em movimentação
de carga)
a-Dimensionar serviços para operações de elevado
grau de complexidade;
b-Analisar os planos de rigging;
c-Planejar e acompanhar a execução das operações
4-Planejar recursos humanos
(Conhecimento e prática em gestão de pessoas)
a-Definir processos de trabalho;
b-Definir cronograma de férias e folgas dos
operadores, junto ao departamento de pessoal;
c-Levantar necessidades de treinamento dos
colaboradores da área operacional;
d-Planejar desenvolvimento da mão-de-obra.
5-Utilizar manuais técnicos
(Conhecimento em inglês técnico)
a-analisar manuais técnicos para
treinamento dos operadores.
112
Anexo VI
INSTRUMENTO DE PESQUISA
QUESTIONÁRIO 6
QUADRO DE COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS PARA CADA TIPO DE GERÊNCIA
GERÊNCIA: Suprimentos EXPERIÊNCIA MÍNIMA EXIGIDA: 01 ano
INDICADORES DE COMPETÊNCIA
GRAU DE
EXPERIÊNCIA
PESSOAL
GRAU DE AJUDA
À SOLUÇÃO DE
PROBLEMA
1 2 3 4 1 2 3 4
1--Utilizar sistema informatizado -
(Conhecimento em informática)
a-Redigir documentos no word;
b-Realizar planilhas de custo no excel;
c-Realizar pesquisas na internet
2- Avaliar necessidade de compra
(Conhecimento em Gestão de compra
e estoque)
a- Analisar custos incidentes em compras;
b- Planejar e monitorar o nível de estoques;
c- Controlar a alteração de preços e monitorar
preços de mercado.
3-Propiciar parcerias com fornecedores –
(Relacionamento inter-pessoal)
a-Estabelecer contato amistoso com
fornecedores.
4-Analisar cotações – (Conhecimento em
técnicas de negociação)
a-Acompanhar a negociação de preços com
fornecedores;
b-Acompanhar a negociação das formas de
pagamento e prazo de entrega com
fornecedores.
5-Avaliar especificações de produtos e
Equipamentos - (Conhecimento das
Especificações técnicas de produtos e
equipamentos automotivos)
a-Verificar a adequação dos pedidos às
especificações dos fornecedores.
113
Anexo VII
INSTRUMENTO DE PESQUISA
QUESTIONÁRIO 7
QUADRO DE COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS PARA CADA TIPO DE GERÊNCIA
GERÊNCIA: Qualidade EXPERIÊNCIA MÍNIMA EXIGIDA: 02 anos
INDICADORES DE COMPETÊNCIA
GRAU DE
EXPERIÊNCIA
PESSOAL
GRAU DE AJUDA
À SOLUÇÃO DE
PROBLEMA
1 2 3 4 1 2 3 4
1-Utilizar sistema informatizado -
(Conhecimento em informática)
.
a-Redigir documentos no word;
b-Realizar planilhas de custo no excel;
c-Realizar pesquisas na internet
2- Manter sistema da qualidade -
(Conhecimento da Norma ISO)
Elaborar documentos do sistema
de gestão da qualidade, verificando e analisando o
conteúdo e uniformizando a linguagem ao padrão da
norma ISO.
Controlar documentos e registros
inerentes ao sistema de gestão da qualidade.
3-Aprimorar processos da qualidade (Conhecimento
de métodos e técnicas e gestão de processos)
Avaliar sistemas, processos,
organização e métodos.
Propor mudanças nos processos para melhoria da
qualidade e otimização dos recursos.
4- Coordenar auditorias internas -
(Conhecimento em auditoria interna da Qualidade)
a-Selecionar e convocar os auditores internos da
qualidade, definindo, distribuindo e supervisionando
as tarefas;
b-Realizar e acompanhar as auditorias da qualidade,
avaliando os métodos de trabalho utilizados.
5-Orientar para a solução de
Problemas – (Conhecimento em
análise e solução de problemas)
a-Avaliar não-conformidades;
b-Apoiar as áreas na solução de
problemas.
114
Anexo VIII
INSTRUMENTO DE PESQUISA
QUESTIONÁRIO 8
QUADRO DE COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS PARA CADA TIPO DE GERÊNCIA
GERÊNCIA: Manutenção EXPERIÊNCIA MÍNIMA EXIGIDA: 03 anos
INDICADORES DE COMPETÊNCIA
GRAU DE
EXPERIÊNCIA
PESSOAL
GRAU DE AJUDA
À SOLUÇÃO DE
PROBLEMA
1 2 3 4 1 2 3 4
1--Utilizar sistema informatizado -
(Conhecimento em informática)
a-redigir documentos no word;
b-realizar planilhas de custo no excel;
c-realizar pesquisas na internet
2- Utilizar manuais Técnicos -
(inglês intermediário)
a-analisar manuais técnicos para
treinamento dos mecânicos.
3-Gerenciar as oficinas de manutenção
(Conhecimento e prática em Mecânica
Automotiva)
a-Acompanhar o desempenho da
equipe de manutenção;
b-Analisar os custos com manutenção
dos veículos e equipamentos;
c-Especificar tecnicamente as peças
para aquisição.
4-Avaliar condições de máquinas e
equipamentos –(Conhecimento
em máquinas e equipamentos de
engenharia de movimento)
a-Analisar laudo técnico das peças
substituídas;
b-Otimizar a utilização dos equipamentos;
c-Supervisionar o histórico dos equipamentos.
115
Anexo IX - DESCRIÇÃO DE CARGO
Título
Gerente Contábil
Área
Contabilidade
Descrição Sumária
do Cargo
Planejar, organizar e supervisionar as atividades da contabilidade geral, visando assegurar que todos os
relatórios e registros sejam feitos de acordo com os princípios e normas contábeis e legislação pertinente,
dentro dos prazos e das normas estabelecidos pela empresa.
Sexo
Indiferente
Faixa etária
Acima de 30 anos
Supervisão
recebida
Superintendente
Supervisão
exercida
Assistente Contábil; Auxiliar
Administrativo; Encarregado de Pessoal
Principais
Atribuições
1. Supervisionar as atividades da contabilidade.
2. Analisar as informações contábeis e preparar relatórios gerenciais.
3. Cumprir determinações das assessorias jurídica e contábil.
4. Analisar e emitir os livros contábeis;
5. Supervisionar as atividades de escrituração fiscal e da apuração do imposto de renda e
contribuição social;
6. Analisar e encerrar balancete e balanço e apresentar as demonstrações do resultado do exercício à
direção.
7. Elaborar a declaração anual do imposto de renda, de pessoa jurídica e física (acionistas) junto com
a assessoria contábil;
8. Pesquisar e estudar toda a legislação fiscal e tributária, e orientar as demais áreas da empresa de
acordo com as exigências legais, quando necessário.
9. Atender e acompanhar os trabalhos de auditoria ou solicitações de órgãos fiscalizadores.
10. Elaborar e conferir as obrigações acessórias municipal, estadual e federal.
11. Emitir ou acompanhar emissão, e controlar notas fiscais.
12. Supervisionar as notas fiscais de compra e venda;
13. Emitir ou atualizar, e controlar certidões negativas.
14. Analisar caixas e lançamentos em geral;
15. Administrar os tributos da empresa (apuração, cálculo, compensação).
16. Conciliar informações contábeis e financeiras da empresa.
17. Verificar as provisões lançadas pelo assistente contábil.
18. Controlar o ativo permanente e depreciação;
19. Analisar devolução de remessas para conserto e de compras em desacordo com o pedido.
20. Supervisionar o arquivo.
21. Administrar o Depto. Pessoal e apurar custos de pessoal;
22. Realizar e acompanhar abertura e fechamento de empresas;
23. Fazer levantamento das retenções de impostos e compensação;
24. Prestar contas do desempenho da contabilidade ao Diretor Financeiro.
25. Cumprir e fazer cumprir as normas e procedimentos estabelecidos.
26. Tratar as ocorrências de não-conformidades pertinentes à sua área.
Responsabi-lidades
Supervisão de pessoas; materiais e equipamentos; documentos e moeda; contatos pessoais internos e
externos; informações confidenciais; erros.
Condições de
trabalho
Condições normais de ambiente de escritório.
Escolaridade
Nível superior completo (Contabilidade)
Conhecimentos
necessários
Conhecimento em informática (excel, Word); Legislação trabalhista, fiscal e contábil.
Conhecimentos
desejáveis
Conhecimentos na área financeira, fluxo de caixa, cálculos, inglês.
Experiência
Experiência: 05 anos no exercício da profissão, preferencialmente em empresas de serviços, transporte ou
engenharia.
116
ANEXO X - DESCRIÇÃO DE CARGO
Título
Gerente Financeiro
Área
Financeira
Descrição Sumária
do Cargo
Exercer a gerência das operações financeiras e de riscos da empresa, incluindo negociações com
fornecedores e setor bancário. Planejar, dirigir e controlar os recursos e as atividades da organização,
com o objetivo de minimizar o impacto financeiro da materialização dos riscos.
Sexo
Indiferente
Faixa etária
30 a 50 anos
Supervisão
recebida
Superintendente
Supervisão
exercida
Assistente Financeiro; Auxiliar
Financeiro
Principais
Atribuições
Principais
Atribuições
01.Supervisionar e orientar as atividades da área financeira, visando assegurar o adequado controle
sobre toda a movimentação financeira da empresa.
02.Analisar contexto organizacional e conjuntural (econômico e político).
03Identificar oportunidades de ganhos financeiros.
04.Conferir documentos e instrumentos contratuais.
05.Determinar indicadores financeiros e acompanhá-los.
06.Verificar diariamente o faturamento da empresa e realizar projeções.
07.Realizar levantamento de endividamento bancário da empresa (nacional e internacional);
08.Conferir planilha de fluxo de caixa diariamente, inserir dados sobre investimentos e fazer
consolidação anual.
09.Elaborar relatórios gerenciais, apurar resultados e disponibilizar informações.
10.Avaliar a saúde financeira da empresa diariamente.
11.Negociar com instituições financeiras, visando captar recursos financeiros ao menor custo
possível ou obter melhores taxas de remuneração para as aplicações financeiras.
12.Controlar as contas bancárias e monitorar as operações de crédito.
13.Gerenciar riscos e participar da elaboração de planos de contingência.
14.Analisar e solicitar garantias de crédito.
15.Analisar e promover ações de cobrança.
16.Apresentar à diretoria análise da situação econômica e financeira da empresa.
17.Conciliar informações contábeis e financeiras da empresa.
18.Participar e/ou conduzir reuniões internas e externas.
19.Participar das atividades relacionadas com o planejamento estratégico da empresa, levantando e
analisando as informações relevantes sobre o cenário econômico-financeiro, visando contribuir
para o atingimento dos objetivos e metas organizacionais.
20.Propor mudanças no planejamento econômico-financeiro e orçamentário da empresa, visando
obter os melhores resultados esperados no curto, médio e longo prazos.
21.Simular resultados com base em cenários econômicos ou políticos.
22.Acompanhar os fundos de investimentos.
23.Realizar fechamento de câmbio e analisar melhor forma de fechamento de câmbio;
24.Atualizar relação de frotas;
25.Monitorar o fluxo de compras (notas fiscais) da matriz e bases;
26.Analisar relatório de compras das bases;
27.Acompanhar os contratos fechados pela área comercial e participação em licitações.
28.Controlar e manter atualizado o livro de despesas dos sócios;
29.Manter relacionamentos com gerentes de bancos e fornecedores.
30.Atualizar cadastros da empresa junto aos bancos.
31.Prestar contas do desempenho da área financeira ao Diretor Financeiro.
32.Cumprir e fazer cumprir as normas e procedimentos estabelecidas.
33.Tratar as ocorrências de não-conformidades pertinentes à sua área.
Responsabi-lidades
Supervisão de pessoas; materiais e equipamentos; documentos e moeda; contatos pessoais internos e
externos; informações confidenciais; erros.
Condições de
trabalho
Condições normais de ambiente de escritório.
Escolaridade
Nível superior completo (Economia ou Administração)
Conhecimentos
necessários
Conhecimento em informática (Excel Avançado, Outlook Express, Internet); utilização da calculadora
HP 12C; gestão financeira; gestão de pessoas; custos;
Conhecimentos
desejáveis
contabilidade; orçamentos; processo bancário; importações; s-graduação em área pertinente ao
negócio da empresa.
Experiência
Experiência anterior de no mínimo três anos na área financeira e de dois anos no cargo de gerente
financeiro.
117
ANEXO XIDESCRIÇÃO DE CARGO
Título
Gerente da Qualidade
Área
Qualidade
Descrição Sumária
do Cargo
Coordenar a implantação e manutenção do sistema de gestão da qualidade, visando contribuir para o
aprimoramento dos processos, sistemas de informação e qualidade do serviço da empresa e manutenção da
certificação na norma ISO 9001.
Sexo
Indiferente
Faixa etária
Acima de 25 anos
Supervisão recebida
Superintendente
Supervisão
exercida
Áreas envolvidas com o sistema de gestão
da qualidade.
Principais
Atribuições
Principais
Atribuições
01.Levantar e analisar os procedimentos existentes em todas as áreas da empresa, visando à padronização e
formalização em procedimentos escritos.
02.Analisar os procedimentos e forma de execução das tarefas para adequá-los à norma ISO 9001.
03.Divulgar a política da qualidade em todos os níveis da organização, visando à conscientização e
envolvimento de todas as áreas em relação à qualidade.
04.Promover a discussão para a elaboração dos objetivos e metas da qualidade.
05.Avaliar sistemas, processos, organização e métodos.
06.Definir indicadores e padrões de desempenho.
07.Participar de comissões internas e definir prioridades para o plano de implantação do sistema de gestão
da qualidade.
08.Identificar deficiências em processos, sistemas e tarefas, promovendo a conscientização dos
colaboradores envolvidos e engajá-los na busca de soluções e melhoria contínua.
09.Propor mudanças nos processos para melhoria da qualidade e otimização dos recursos.
10.Coordenar e promover reuniões periódicas para avaliação dos índices estatísticos e/ou registros
apresentados pelos gerentes das diversas áreas.
11.Relatar à alta direção o desempenho do sistema de gestão da qualidade.
12.Acompanhar andamento das atividades executadas pelas áreas.
13.Promover treinamentos relativos à qualidade.
14.Elaborar o manual da qualidade e o controle de distribuição e revisão.
15.Elaborar documentos do sistema de gestão da qualidade, verificando e analisando o conteúdo e
uniformizando a linguagem ao padrão da norma ISO.
16.Controlar documentos e registros inerentes ao sistema de gestão da qualidade.
17.Dar tratamento estatístico aos dados relacionados com a qualidade, para elaboração de relatórios
gerenciais.
18.Coordenar as reuniões do Comitê da Qualidade, para análise crítica do sistema da qualidade.
19.Apoiar as áreas na solução de problemas, identificando e removendo barreiras, atuando como facilitador
para mudanças de comportamentos e assimilação de mudanças.
20.Organizar e supervisionar a formação de auditores internos da qualidade.
21.Selecionar e convocar os auditores internos da qualidade, definindo, distribuindo e supervisionando as
tarefas.
22.Realizar e acompanhar as auditorias da qualidade, avaliando os métodos de trabalho utilizados.
23.Organizar pautas de reuniões ligadas à qualidade, preparar atas e registros pertinentes.
24.Programar atividades e trabalhos relacionados com a comunicação da qualidade.
25.Controlar as ocorrências de não-conformidades e o acompanhar o tratamento dispensado.
26.Definir e implantar um sistema de ação corretiva nos casos dos desvios dos procedimentos ou de impacto
negativo no sistema de gestão da qualidade.
27.Avaliar a eficácia das modificações ou correções de procedimentos.
28.Propor ações preventivas.
29.Monitorar os índices de desempenho dos processos;
30.Cumprir e fazer cumprir os procedimentos estabelecidos.
Responsabi-lidades
Supervisão de pessoas; materiais e equipamentos; documentos; contatos pessoais internos e externos;
informações confidenciais.
Condições de
trabalho
Condições normais de ambiente de escritório.
Escolaridade
Nível superior concluído ou em curso
Conhecimentos
necessários
Conhecimento em informática (Officel, Outlook Express, Internet); Método de análise e solução de
problemas – MASP; metrologia para a qualidade; elaboração de documentos da qualidade; norma ISO 9001;
auditores internos da qualidade; programa 5S.
Conhecimentos
desejáveis
Conhecimento no negócio da empresa; normas ambientais e de segurança; implementação de treinamentos;
curso superior em Administração.
Experiência
Experiência anterior de no mínimo dois anos em gestão da qualidade e/ou ter participado de processo de
implantação e certificação da norma ISO 9001.
118
ANEXOXII
– DESCRIÇÃO DE CARGO
Título
Gerente de Suprimentos
Área
Suprimentos
Descrição Sumária
do Cargo
Gerenciar equipes de trabalho que atuam em processos de compra, armazenagem e movimentação de
matérias-primas, materiais indiretos, equipamentos, insumos e serviços.
Sexo
Indiferente
Faixa etária
Acima de 25 anos
Supervisão
recebida
Superintendente
Supervisão
exercida
Comprador; Almoxarife
Principais
Atribuições
1. Avaliar necessidades de compra do cliente interno;
2. Propiciar parcerias com fornecedores;
3. Analisar cotações;
4. Acompanhar a negociação de preços com fornecedores;
5. Acompanhar os indicadores de eficiência do setor;
6. Acompanhar a qualificação de novos fornecedores;
7. Acompanhar o monitoramento dos fornecedores;
8. Equalizar preços ofertados;
9. Vistar cotação de preços para compras dentro do limite de autorização;
10. Informar aos setores os prazos e quantidades mínimas para compra;
11. Analisar custos incidentes em compras;
12. Acompanhar a negociação das formas de pagamento e prazo de entrega com fornecedores;
13. Priorizar compras de emergência;
14. Contratar serviços de terceiros;
15. Aprovar pedidos de compras;
16. Planejar e monitorar o nível de estoques;
17. Acompanhar a programação e execução das entregas de mercadorias;
18. Supervisionar o recebimento dos materiais adquiridos;
19. Administrar espaço de estocagem;
20. Acompanhar inventários de estoques;
21. Controlar a alteração de preços e monitorar preços de mercado;
22. Estabelecer critérios de atualização do cadastro de fornecedores;
23. Acompanhar informações financeiras dos fornecedores;
24. Desqualificar fornecedores;
25. Supervisionar custos com transportes e fretes;
26. Controlar entrada e saída de materiais;
27. Fixar critérios para descarte;
28. Cumprir as normas estabelecidas na empresa;
29. Participar de reuniões quando convocado.
30. Cumprir e fazer cumprir os procedimentos estabelecidos;
31. Tratar as ocorrências de não-conformidades, ações corretivas e preventivas da área de
suprimentos.
Responsabi-lidades
Materiais e equipamentos; contatos pessoais internos e externos; documentos; erros.
Condições de
trabalho
Condições normais de ambiente de escritório.
Escolaridade
Nível superior completo, preferencialmente em Administração ou Engenharia
Conhecimentos
necessários
Gestão de Estoques; relacionamento inter-pessoal; informática nível médio.
Conhecimentos
desejáveis
Especificações técnicas de produtos e equipamentos automotivos; conhecimento do ramo de
engenharia ou transportes; técnicas de negociação.
Experiência
Experiência anterior de no mínimo um ano na função.
119
Anexo XIII -
DESCRIÇÃO DE CARGO
Título
Gerente Comercial
Área
Comercial
Descrição Sumária
do Cargo
Planejar, organizar e supervisionar as atividades comerciais da empresa, visando a atingir os objetivos
estabelecidos de volumes de vendas, participação de mercado e qualidade no atendimento. Pesquisar e analisar
mercado; propor estratégias; definir e acompanhar metas. Manter relacionamento com clientes.
Sexo
Indiferente
Faixa etária
Acima de 25 anos
Supervisão recebida
Diretor Comercial
Supervisão
exercida
Assistente Comercial
Principais
Atribuições
Principais
Atribuições
01.Participar da elaboração da política comercial.
02.Colaborar na elaboração do planejamento estratégico da empresa.
03.Pesquisar mercado e analisar tendências.
04.Desenvolver e acompanhar os planos de prospecção de mercado, identificando novas áreas de atuação, fazendo
os contatos necessários para captação de novos clientes, visando aumentar de vendas e a participação de mercado.
05.Acompanhar a atuação dos concorrentes.
06.Manter relacionamento com clientes.
07.Gerenciar contratos.
08.Solicitar visitas da área técnica, operacional ou de segurança aos clientes de contrato de serviço ou SPOT.
09.Coordenar os serviços de atendimento ao cliente.
10.Coordenar equipe de vendas.
11.Controlar as emissões de propostas comerciais, em termos de preços, prazos, especificações técnicas e
capacidade de atendimento.
12.Comunicar aos clientes qualquer alteração de contrato após aceitação pela empresa.
13.Analisar propostas e sugerir precificação para aprovação da diretoria.
14.Realizar negociações com clientes.
15.Delegar atribuições e cobrar resultados.
16.Realizar e/ou acompanhar pesquisas de satisfação de clientes e pós-venda.
17.Solucionar reclamações de clientes.
18.Estabelecer políticas e procedimentos de comunicação.
19.Estabelecer metas e indicadores de desempenho da área comercial.
20.Monitorar metas e indicadores de desempenho.
21.Cumprir metas.
22.Analisar desempenho da área comercial e elaborar relatórios gerenciais de resultados, mensalmente.
23.Gerenciar as medições dos serviços para apresentação à diretoria comercial;
24.Apresentar previsões de faturamento.
25.Implementar serviços de atendimento a clientes.
26.Planejar ações para promoção da imagem institucional, eventos, convenções, etc.
27. Representar a empresa, quando solicitado.
28. Desenvolver e acompanhar a execução dos planos de vendas pelas filiais.
29. Elaborar orçamentos.
30. Executar e gerenciar as etapas das concorrências desde o recebimento do edital até o envio da proposta ao
cliente, conforme fluxo de concorrências.
31. Acessar portais on-line para acompanhar a realização de concorrências eletrônicas.
32. Otimizar custos e gerir lucratividade.
33. Elaborar planos de incentivo à equipe de vendas.
34. Negociar condições e prioridade dos projetos.
35. Divulgar normas e procedimentos relativos à saúde, segurança e meio ambiente.
36. Gerenciar o arquivo comercial da empresa
37. Participar e/ou conduzir reuniões.
38. Relatar e acompanhar o tratamento das ocorrências de não-conformidade.
39. Prestar contas à Diretoria Comercial.
40. Cumprir e fazer cumprir os procedimentos do setor.
41. Cumprir as normas estabelecidas na empresa.
Responsabi-lidades
Materiais e equipamentos; documentos; contatos pessoais internos e externos; informações confidenciais; erros.
Condições de
trabalho
Condições normais de ambiente de escritório; ter disponibilidade para viagens.
Escolaridade
Nível superior completo em Administração, Marketing ou Engenharia.
Conhecimentos
necessários
Comunicação; informática básica; relacionamento inter-pessoal; custos e formação de preços; marketing; gestão de
pessoas; matemática financeira; licitações; contabilidade básica.
Conhecimentos
desejáveis
Inglês fluente; inglês técnico; conhecimento do ramo de atuação da empresa.
Experiência
Experiência de no mínimo três anos no cargo de gerente comercial, preferencialmente em empresas de engenharia
ou transporte.
120
ANEXO XIV – DESCRIÇÃO DE CARGO
Título
Gerente Operacional
Área
Operacional
Descrição Sumária
do Cargo
Planejar, organizar e gerenciar os serviços de transporte de cargas e operações, através de políticas de
utilização de frota, de pessoal e infra-estrutura, visando garantir a qualidade e produtividade dos
serviços realizados.
Sexo
Masculino
Faixa etária
30 a 40 anos
Supervisão
recebida
Superintendente
Supervisão
exercida
Coordenador operacional
Principais
Atribuições
Principais
Atribuições
01.Definir planos operacionais;
02.Definir processos de trabalho;
03.Planejar recursos humanos e materiais das operações;
04.Acompanhar e/ou executar as vistorias técnicas para dimensionamento do negócio e equipamentos;
05.Gerenciar as atividades operacionais: execução dos serviços contratados, prazos acordados com
clientes, avaliação da qualidade dos serviços executados, cobrar e avaliar o resultado da obra, entre
outras;
06.Fornecer dados à gerência técnica quanto a utilização dos recursos para a execução dos serviços
(custo de utilização das máquinas e equipamentos, tempo em disponibilidade ou em manutenção,
pessoal, etc.);
07.Auxiliar a gerência comercial na avaliação dos serviços e pesquisas de satisfação de clientes;
08.Elaborar relatório de vistoria;
09.Conduzir e/ou participar de reuniões;
10.Dimensionar serviços para operações de elevado grau de complexidade;
11.Acompanhar e estudar os planos de rigging enviados pelos clientes;
12.Acompanhar a execução das operações em clientes, quando houver necessidade;
13.Realizar visitas e prospectar clientes;
14.Realizar o rodízio dos funcionários em operação;
15.Definir cronograma de férias e folgas dos operadores, junto ao departamento de pessoal;
16.Estabelecer e acompanhar metas e indicadores de desempenho da área operacional;
17.Analisar as solicitações de numerários de alimentação, alojamento, combustível, e outros, da
atividade operacional;
18.Promover a integração entre as bases, visando garantir a uniformidade e cumprimento dos
procedimentos estabelecidos;
19.Levantar necessidades de treinamento dos colaboradores da área operacional;
20.Planejar desenvolvimento da mão-de-obra;
21.Planejar soluções de atendimento a clientes;
22.Analisar demanda operacional;
23.Racionalizar custos operacionais;
24.Acionar serviços de manutenção;
25.Controlar uso e funcionalidade dos equipamentos de segurança;
26.Acompanhar a disponibilidade de equipamentos;
27.Controlar a execução de serviços de terceiros;
28.Adaptar processos operacionais às novas tecnologias;
29.Promover condições de segurança, saúde, meio ambiente e qualidade;
30.Negociar condições e prioridades de projetos;
31.Cumprir e fazer cumprir os procedimentos estabelecidos;
32.Cumprir as normas da empresa;
33.Relatar e acompanhar o tratamento das ocorrências de não-conformidades;
34.Prestar contas à Superintendência e Diretoria Operacional;
Responsabi-lidades
Por supervisão de pessoas; por materiais e equipamentos; documentos; contatos pessoais inter-pessoais
internos e externos; erros.
Condições de
trabalho
Ter disponibilidade para viagens
Escolaridade
Nível superior em Engenharia ou Administração
Conhecimentos
necessários
Logística, movimentação de carga, gestão de pessoas, habilitação na categoria “B”, inglês técnico,
informática avançada (word, excel, power point, autocad.
Conhecimentos
desejáveis
Inglês avançado; SMS – Saúde, Meio Ambiente e Segurança.
Experiência
Experiência de no mínimo 05 anos na área operacional.
121
ANEXO XV - DESCRIÇÃO DE CARGO
Título
Gerente de Manutenção
Área
Manutenção
Descrição Sumária
do Cargo
Planejar e controlar as atividades de manutenção, visando assegurar o adequado desempenho da frota
(equipamentos e veículos), contribuindo para a qualidade das operações realizadas pela empresa.
Sexo
Masculino
Faixa etária
25 a 45 anos
Supervisão recebida
Superintendente
Supervisão
exercida
Coordenador de Manutenção;
Encarregado de Oficina
Principais
Atribuições
01.Assegurar as condições de desempenho dos equipamentos;
02.Otimizar a utilização dos equipamentos, através do desenvolvimento dos planos de manutenção
preventiva;
03.Controlar as análises de lubrificantes, estabelecendo as ações que devem ser adotadas;
04.Acompanhar o estoque dos insumos críticos (óleos, graxas, tintas, lâmpadas, fusíveis, filtros, pneus,
etc.);
05.Programar junto com as gerências técnica e operacional as paradas para manutenção dos equipamentos;
06.Supervisionar o cadastro de Ordens de Serviço no sistema informatizado;
07.Supervisionar o histórico dos equipamentos;
08.Analisar os custos com manutenção dos veículos e equipamentos;
09.Contribuir para a redução dos custos através da adequada manutenção dos equipamentos;
10.Planejar, organizar e dirigir as atividades de engenharia de manutenção, definindo as prioridades de
execução.
11.Analisar a condição dos equipamentos em conjunto com a gerência técnica.
12.Gerenciar as oficinas de manutenção da matriz e bases;
13.Acompanhar o desempenho da equipe de manutenção junto com o coordenador de manutenção;
14.Elaborar relatórios gerenciais e encaminhar à Superintendência (custos com manutenção, situação dos
equipamentos, laudos técnicos, etc.);
15.Analisar laudo técnico das peças substituídas;
16.Definir e acompanhar o destino dado às peças e materiais descartados;
17.Elaborar e acompanhar os indicadores de desempenho da área de manutenção.
18.Participar da elaboração e cumprir as metas do setor;
19.Autorizar requisições de materiais;
20.Especificar tecnicamente as peças para aquisição;
21.Autorizar as solicitações e ordens de compras de produtos e serviços;
22.Acompanhar as solicitações de compras dos insumos críticos;
23.Acompanhar o resultado dos serviços terceirizados;
24.Supervisionar a organização e manutenção do pátio (layout);
25.Supervisionar o controle dos instrumentos de medição e monitoramento;
26.Controlar os documentos e registros da área;
27.Controlar os equipamentos não-conformes;
28.Analisar e planejar ações corretivas para os equipamentos não-conformes;
29.Prestar contas à Superintendência;
30.Relatar a ocorrência e tratar as não-conformidades da área;
31.Cumprir e fazer cumprir os procedimentos do setor.
32.Cumprir as normas estabelecidas na empresa.
Responsabilidades
Por supervisão de pessoas; materiais e equipamentos; documentos; contatos pessoais internos e externos;
informações confidenciais; erros.
Condições de
trabalho
Ter disponibilidade para viagens.
Escolaridade
Nível superior em Engenharia (Mecânica ou Elétrica)
Conhecimentos
necessários
Gestão de pessoas; planejamento e controle; informática (nível médio); mecânica automotiva; máquinas e
equipamentos;
Conhecimentos
desejáveis
Instrumentos de medição e monitoramento / metrologia; controle de documentos; suprimentos;
lubrificação; sistemas hidráulicos e pneumáticos; eletro-eletrônico; inglês intermediário / técnico.
Experiência
Experiência de no mínimo 03 anos na atividade (com manutenção de frotas), preferencialmente em
empresas de engenharia ou transporte.
122
ANEXO XVI
PERFIL DOS GERENTES PARTICIPANTES DA PESQUISA
IDADE: ___________________________________________________________________
SEXO: F ( ) M ( )
CARGO: __________________________________________________________________
TEMPO NA EMPRESA:_____________________________________________________
TEMPO NO CARGO: _______________________________________________________
FORMAÇÃO: Ensino médio ( )
Ensino superior incompleto ( )
Ensino superior completo ( )
CURSO DE GRADUAÇÃO:__________________________________________________
Já desempenhou a mesma função em outra empresa? Sim ( ) Não ( )
Por quanto tempo? __________________________________________________________
15
ANEXO XVII
TABELA COMPETÊNCIAS BÁSICAS DOS GERENTES
Exper. Pessoal Solução de Prob.
Freqüência em (%)
EP1 EP2 EP3 EP4 EP5 EP6 EP7 SP1 SP2 SP3 SP4 SP5 SP6 SP7
Média
EP
Média
SP
Desv
Padr
EP
Desv
Padr
SP
Correl
EPxSP
Exper. Pessoal
Solução de Prob.
SUP QP MAN
CONT
FIM COM
G SUP QP MAN
CONT
FIM COM
G
1 2 3 4 1 2 3 4
1_
4,00
3,33
4,00
3,33 3,33
2,67
3,67
3,33
3,00
3,67
3,67 4,00
3,00
3,33
3,48 3,43 0,47 0,37 0,34 0,00
4,76 42,86
52,38
0,00 9,52 38,10
52,38
a.
4 3 4 4 3 3 4 4 3 4 4 4 4 4 3,57 3,86 0,53 0,38 0,47 0,00 0,00 42,86 57,14 0,00 0,00 14,29 85,71
b.
4 4 4 3 4 3 4 3 3 4 4 4 3 4 3,71 3,57 0,49 0,53 0,09 0,00 0,00 28,57 71,43 0,00 0,00 42,86 57,14
c.
4 3 4 3 3 2 3 3 3 3 3 4 2 2 3,14 2,86 0,69 0,69 0,40 0,00 14,29 57,14 28,57 0,00 28,57 57,14 14,29
2_
4,00
3,25
3,25
2,75 3,75
3,00
3,00
3,00
2,50
3,50
2,50 4,00
2,50
2,75
3,29 2,96 0,44 0,59 0,61 0,00 17,86 35,71 46,43
10,71 17,86 35,71 35,71
a.
4 4 4 3 3 3 3 3 4 4 3 4 4 3 3,43 3,57 0,53 0,53 0,17 0,00 0,00 57,14 42,86 0,00 0,00 42,86 57,14
b.
4 4 4 3 4 4 3 3 4 4 2 4 2 3 3,71 3,14 0,49 0,90 0,49 0,00 0,00 28,57 71,43 0,00 28,57 28,57 42,86
c.
4 2 3 3 4 3 2 3 1 3 3 4 2 1 3,00 2,43 0,82 1,13 0,90 0,00 28,57 42,86 28,57 28,57 14,29 42,86 14,29
d.
4 3 2 2 4 2 4 3 1 3 2 4 2 4 3,00 2,71 1,00 1,11 0,60 0,00 42,86 14,29 42,86 14,29 28,57 28,57 28,57
3_
3,50
3,00
3,75
2,75 4,00
3,50
3,75
2,50
3,00
3,75
3,00 4,00
2,75
3,75
3,46 3,25 0,44 0,58 0,61 0,00 7,14 39,29 53,57
0,00 14,29 46,43 39,29
a.
4 3 4 3 4 3 4 3 3 4 3 4 3 4 3,57 3,43 0,53 0,53 0,75 0,00 0,00 42,86 57,14 0,00 0,00 57,14 42,86
b.
4 4 4 3 4 4 4 2 4 4 3 4 3 4 3,86 3,43 0,38 0,79 0,24 0,00 0,00 14,29 85,71 0,00 14,29 28,57 57,14
c.
3 2 4 3 4 4 4 3 3 4 3 4 3 4 3,43 3,43 0,79 0,53 0,68 0,00 14,29 28,57 57,14 0,00 0,00 57,14 42,86
d.
3 3 3 2 4 3 3 2 2 3 3 4 2 3 3,00 2,71 0,58 0,76 0,38 0,00 14,29 71,43 14,29 0,00 42,86 42,86 14,29
4_
4,00
3,00
3,50
3,00 4,00
3,50
3,50
3,50
3,50
3,00
3,00 4,00
3,50
4,00
3,50 3,50 0,41 0,41 0,50 0,00 7,14 35,71 57,14
0,00 0,00 50,00 50,00
a.
4 2 3 3 4 3 4 4 3 3 3 4 3 4 3,29 3,43 0,76 0,53 0,88 0,00 14,29 42,86 42,86 0,00 0,00 57,14 42,86
b.
4 4 4 3 4 4 3 3 4 3 3 4 4 4 3,71 3,57 0,49 0,53 0,09 0,00 0,00 28,57 71,43 0,00 0,00 42,86 57,14
5_
3,67
3,67
4,00
3,00 3,33
3,67
3,33
3,33
4,00
4,00
3,00 3,33
3,00
3,33
3,52 3,43 0,33 0,42 0,66 0,00 4,76 38,10 57,14
0,00 4,76 47,62 47,62
a.
4 4 4 3 3 3 4 3 4 4 3 3 3 4 3,57 3,43 0,53 0,53 0,75 0,00 0,00 42,86 57,14 0,00 0,00 57,14 42,86
b.
4 3 4 3 3 4 4 4 4 4 3 3 3 4 3,57 3,57 0,53 0,53 0,42 0,00 0,00 42,86 57,14 0,00 0,00 42,86 57,14
c.
3 4 4 3 4 4 2 3 4 4 3 4 3 2 3,43 3,29 0,79 0,76 0,88 0,00 14,29 28,57 57,14 0,00 14,29 42,86 42,86
6_
2,67
3,00
4,00
2,67 4,00
3,33
3,67
2,67
2,00
4,00
2,33 3,67
2,67
3,33
3,33 2,95 0,58 0,73 0,88 0,00 9,52 47,62 42,86
0,00 33,33 38,10 28,57
a.
3 3 4 3 4 4 4 3 2 4 2 4 3 4 3,57 3,14 0,53 0,90 0,84 0,00 0,00 42,86 57,14 0,00 28,57 28,57 42,86
b.
3 3 4 2 4 3 3 3 2 4 2 3 3 3 3,14 2,86 0,69 0,69 0,75 0,00 14,29 57,14 28,57 0,00 28,57 57,14 14,29
c.
2 3 4 3 4 3 4 2 2 4 3 4 2 3 3,29 2,86 0,76 0,90 0,81 0,00 14,29 42,86 42,86 0,00 42,86 28,57 28,57
123
16
TABELA COMPETÊNCIAS BÁSICAS DOS GERENTES (Continuação)
Exper. Pessoal Solução de Prob.
Freqüência em (%)
EP1 EP2 EP3 EP4 EP5 EP6 EP7 SP1 SP2 SP3 SP4 SP5 SP6 SP7
Média
EP
Média
SP
Desv
Padr
EP
Desv
Padr
SP
Correl
EPxSP
Exper. Pessoal
Solução de Prob.
SUP QP MAN
CONT
FIM COM
G SUP QP MAN
CONT
FIM COM
G
1 2 3 4 1 2 3 4
7_
3,50
2,50
4,00
3,50 3,50
3,50
3,50
3,50
2,50
3,00
3,50 4,00
2,50
3,00
3,43 3,14 0,45 0,56 0,38 0,00 7,14 42,86 50,00
0,00 21,43 42,86 35,71
a.
3 2 4 4 4 4 3 3 2 3 4 4 3 2 3,43 3,00 0,79 0,82 0,78 0,00 14,29 28,57 57,14 0,00 28,57 42,86 28,57
b.
4 3 4 3 3 3 4 4 3 3 3 4 2 4 3,43 3,29 0,53 0,76 0,47 0,00 0,00 57,14 42,86 0,00 14,29 42,86 42,86
8_
3,67
3,67
4,00
2,33 4,00
3,33
3,67
3,00
3,33
4,00
2,00 4,00
2,00
3,33
3,52 3,10 0,57 0,83 0,85 0,00 9,52 28,57 61,90
0,00 33,33 23,81 42,86
a.
4 4 4 2 4 4 4 3 4 4 2 4 2 4 3,71 3,29 0,76 0,95 0,60 0,00 14,29 0,00 85,71 0,00 28,57 14,29 57,14
b.
3 3 4 2 4 3 4 3 2 4 2 4 2 3 3,29 2,86 0,76 0,90 0,81 0,00 14,29 42,86 42,86 0,00 42,86 28,57 28,57
c.
4 4 4 3 4 3 3 3 4 4 2 4 2 3 3,57 3,14 0,53 0,90 0,84 0,00 0,00 42,86 57,14 0,00 28,57 28,57 42,86
9_
3,50
4,00
3,00
4,00 4,00
4,00
4,00
3,00
3,50
3,00
4,00 4,00
3,50
4,00
3,79 3,57 0,39 0,45 0,81 0,00 0,00 21,43 78,57
0,00 0,00 42,86 57,14
a.
4 4 3 4 4 4 4 3 3 3 4 4 4 4 3,86 3,57 0,38 0,53 0,47 0,00 0,00 14,29 85,71 0,00 0,00 42,86 57,14
b.
3 4 3 4 4 4 4 3 4 3 4 4 3 4 3,71 3,57 0,49 0,53 0,73 0,00 0,00 28,57 71,43 0,00 0,00 42,86 57,14
10_
3,00
4,00
4,00
3,00 3,33
4,00
4,00
3,00
4,00
3,00
2,67 4,00
3,33
4,00
3,62 3,43 0,49 0,57 0,49 0,00 0,00 38,10 61,90
0,00 4,76 47,62 47,62
a.
3 4 4 3 3 4 4 3 4 3 2 4 4 4 3,57 3,43 0,53 0,79 0,51 0,00 0,00 42,86 57,14 0,00 14,29 28,57 57,14
b.
3 4 4 3 4 4 4 3 4 3 3 4 3 4 3,71 3,43 0,49 0,53 0,55 0,00 0,00 28,57 71,43 0,00 0,00 57,14 42,86
c.
3 4 4 3 3 4 4 3 4 3 3 4 3 4 3,57 3,43 0,53 0,53 0,17 0,00 0,00 42,86 57,14 0,00 0,00 57,14 42,86
Fonte: Elaborada pela autora.
124
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