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informacional quando há falhas na estética, na transparência, na clareza, na
objetividade da mensagem.
As organizações enfrentam dificuldades em face de ruídos significativos
na área da comunicação interna, até porque lidar com pessoas é uma ação bastante
complexa, mas, por outro lado se constitui em uma fonte inesgotável de
aprendizado. Os ruídos podem causar interferências, deturpações, distorções que
tendem a provocar alterações nas mensagens transmitidas e/ou recebidas.
Assim, o processo pode ser estudado matematicamente, não do
ponto de vista determinístico, mas do probabilístico, isto é, nem
todo sinal emitido pela fonte de informação percorre o processo de
modo a chegar ao destino. O sinal pode sofrer perdas, mutilações,
distorções, podem também sofrer ruídos, interferências,
vazamentos, e ainda, ampliações ou desvios. O boato é um
exemplo típico de comunicação distorcida, ampliada, e, muitas
vezes, desviada (STONER; FREEMAN, 1999, p. 27).
Nesse entendimento, num sistema de comunicação, toda fonte de erros
ou distorções no conceito de ruídos, leva a uma informação ambígua ou que induz a
erros, ao se verificar numa conversa telefônica, quando o ambiente é barulhento, e
diante das interrupções e da impossibilidade de se contatar pessoalmente com o
interlocutor. Em conseqüência, recorre-se a repetição, chegando-se a redundância,
para tentar superar os vários tipos de ruídos existentes. Aliás, essa prática é comum
e se constata efetivamente nas organizações.
Thayer (1979) defende a existência de cinco modalidades de ruídos
existentes na comunicação interna da organização, ou seja, o interpessoal, o
individual, o econômico, o geográfico, o temporal, bem como nos canais e nos
meios.
A barreira organizacional diz respeito à estrutura e procedimentos
convencionais da organização, que podem obstacularizar ou facilitar a eficiência dos
trabalhos ante a disseminação das informações. Decorrente da distância física entre
os membros de uma organização, tanto em termos de localização física como da
própria estrutura da organização. É possível que um funcionário necessite da
colaboração de outro, no entanto, por trabalharem em locais físicos distintos é
possível se defrontarem com algumas dificuldades na comunicação, tanto do ponto
de vista do lapso temporal, quanto de locomoção e transporte (THAYER, 1979).