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reduzir esforços de entrada de dados e reduzir a circulação de papel. O R/2 fez um enorme
sucesso e, em 1994, a SAP lançou uma nova versão, o R/3 que marcou a mudança de
plataforma do mainframe para servidores de médio porte e arquitetura cliente-servidor. Os
principais desenvolvedores de ERP no mundo atualmente são: SAP, Oracle e SSA.
Segundo Duarte (2003), para se entender a trajetória dos softwares de gestão
integrada, é necessário conceituar duas características desse sistema. A primeira é sua estrutura
tecnológica, composta do equipamento de hardware em que o sistema irá operar, e de uma
plataforma de software, composta principalmente do sistema operacional, da linguagem de
programação e do gerenciador de banco de dados. Além disto, o software pode ser dividido em
dois grupos de aplicativos:
a) os que estão relacionados com o gerenciamento interno da empresa (back office),
ou seja, não estão em contato direto com o cliente ou fornecedor da empresa,
englobando softwares básicos de contabilidade até sistemas complexos que
integram gestão contábil, de orçamento, de contas a pagar, de estoques e de
recursos humanos, e são capazes de avaliar a performance da empresa em diversos
níveis (hierárquico, regional, etc.);
b) aqueles aplicativos relacionados à gestão dos recursos externos à empresa (front
office) – supply chain management, customer relationship management (CRM) e
outros (ROSELINO; GOMES, 2000, p. 42).
Se formos traduzir literalmente, a sigla ERP (Enterprise Resource Planning)
significa “Planejamento dos Recursos da Empresa”. No entanto, é importante enfatizar que,
de acordo com Ozaki e Vidal (2001, p.2), esse significado pode não refletir o que
efetivamente um sistema ERP é capaz de fazer, dada a sua condição atual. No Brasil, os
sistemas ERP são também denominados de Sistemas Empresariais Integrados, Sistemas
Integrados de Gestão Empresarial ou Sistemas Integrados de Gestão ou, ainda, Sistemas
Integrados em Tempo Real. Para efeito deste trabalho, os Sistemas ERP serão tratados por
Sistemas Integrados de Gestão.
A literatura oferece diferentes enfoques ao abordar os Sistemas Integrados de
Gestão (ERP), em termos do seu conceito e real significado. Em essência, o que caracteriza
um sistema ERP, diferenciando-o dos pacotes de softwares tradicionais é a sua integração em
tempo real e o fato de possuir um banco de dados único.
Segundo Valente (2004), a forma como se caracterizam os sistemas ERP é
fundamental para desfazer equívocos em relação aos diferentes sistemas utilizados pelas
organizações. Isso porque também os pacotes de softwares tradicionais permitiam, ao final, a