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Conseqüentemente, as instituições sofrem perdas financeiras decorrentes do
retrabalho, absorvendo o tempo que seria utilizado para realizar outra atividade
(19)
.
As repercussões do cancelamento cirúrgico incidem desfavoravelmente,
não apenas sobre o paciente que tem seu vínculo de confiança rompido em relação
a instituição, como também sobre a equipe de enfermagem (operacionalização do
trabalho, consumo de tempo e recursos materiais, diminuição da qualidade da
assistência) e sobre a própria instituição de cuidados de saúde. O cancelamento do
procedimento cirúrgico aumenta os custos operacionais e financeiros, trazendo
prejuízos para a instituição. O prejuízo financeiro é causado pela deficiência do
processo e pode ser evidenciado pela reserva e perda de oportunidade de inclusão
de outro paciente, subutilização das salas do centro cirúrgico, aumento da taxa de
permanência (e risco de infecção hospitalar), com conseqüente encarecimento do
leito-dia e diminuição da disponibilidade de leitos. Outros inconvenientes poderiam
ser o desperdício de material esterilizado e de pessoal envolvido tanto no preparo da
sala de cirurgia quanto no processo de esterilização
(19)
.
Com relação a hospitalização e suspensão de cirurgia, esses dois fatores
podem se constituir em experiências dolorosas e desagradáveis para pacientes
infanto-juvenis, pois, além de ocasionar um rompimento brusco nas suas atividades
do dia-a-dia, o afastamento do convívio familiar, social e afetivo pode suscitar
nesses pacientes reações com comportamentos regressivos, e de raiva, depressão,
insegurança, rejeição afetiva, dependência, medo e/ou punição.
A intervenção cirúrgica representa um episódio crítico para qualquer
pessoa de qualquer faixa etária, gerando uma crise vital, e nas crianças, o problema
torna-se mais complexo, pois estas são mais sensíveis, e sua capacidade para
raciocinar logicamente e considerar as razões reais para a experiência é limitada.