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a) Estratégia é um plano: a estratégia é um plano ou algo semelhante, isto é, uma direção,
um guia ou curso de ação para o futuro. É um caminho que deve ser percorrido entre o
aqui (presente) e o ali (futuro). Neste caso as estratégias seriam deliberadas, ou seja,
pretendidas e de fato planejadas para o alcance de objetivos organizacionais;
b) Estratégia é um padrão: a estratégia é um padrão, ou seja, é a consistência em
comportamento ao longo do tempo. De forma mais sucinta é a maneira com a qual a
empresa costuma agir no tocante às suas tomadas de decisão, isso claro vai depender do
tipo de mercado no qual a empresa atua, se um mercado que exige decisões mais ousadas,
ou se em um mercado onde as essas mesmas decisões ousadas não são tão necessárias;
c) Estratégia é uma posição: a estratégia é também uma posição, isto é, a localização de
determinados produtos em determinados mercados. Neste caso normalmente entram em
cena conceitos como concorrência e cooperação;
d) Estratégia é uma perspectiva: a perspectiva diz respeito a maneira pela qual os
profissionais enxergam o mundo, em função de aspectos éticos, culturais, ideológicos, e
como conseqüência a maneira pela qual a empresa enxerga o mundo, seu ambiente, o que
acaba redundando na própria maneira de elaborar estratégias;
e) Estratégia é um truque (ploy): a estratégia pode ser uma manobra com o intuito de iludir
um concorrente, um blefe, pode ser ameaçar um movimento e não fazê-lo, ou o contrário,
ou seja, movimentar-se sem avisar.
Diferentemente de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000), Andrews (2001, p. 58)
propõe uma definição de estratégia:
Estratégia empresarial é o padrão de decisões em uma empresa que determina e
revela seus objetivos, propósitos ou metas, produz as principais políticas e planos
para a obtenção dessas metas e define a escala de negócios em que a empresa deve
se envolver, o tipo de organização econômica e humana que pretende ser e a
natureza da contribuição econômica e não-econômica que pretende proporcionar a
seus acionistas, funcionários e comunidades.
Cobra (1993, p. 57) acrescenta que:
[...] a função da estratégia é prover métodos que orientem a escolha dos caminhos
para atingir os objetivos assim como as táticas são ações específicas para atingir as
metas. Desse modo, toda estratégia deve direcionar-se para um objetivo claramente
definido, resoluto e facilmente atingível, respeitando, é claro, o princípio de massa,
no qual o poder máximo de combate deve concentrar-se no momento e no lugar
críticos para um propósito definido.
Fahey e Randall (1999) trabalham a estratégia como um instrumento corporativo
que tem como principal função dar um rumo à corporação, pois toda corporação deve estar
apta a responder três importantes questões, a saber: