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obteve um índice de 0,75 ingressos/vagas oferecidas, enquanto que em 2005, esse índice foi
de 0,54 ingressos/vagas oferecidas. Significa dizer que, a proporção de ingressos é
relativamente menor, dada a crescente oferta de vagas em inúmeras faculdades distribuídas
em Salvador, na RMS e nos demais municípios baianos, comparando com o número de
inscritos, que está, a cada dia, se reduzindo.
Devido a tal contexto, esse setor vem passando por uma fase de reestruturação, que
consiste numa sucessão de fusões, incorporações e falências, bem como numa tendência de
segmentação, para atender às classes C e D. (JORNAL DO COMÉRCIO , 2005).
O estado da Bahia segue essa tendência. Segundo Nadja Viana, presidente da
Associação Baiana de Mantenedoras do Ensino Superior (Abames) e membro da Comissão
Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), as instituições no Brasil estão
fundindo-se com o objetivo de se fortalecer.
O movimento começou no ano passado. A universidade paulista
Anhaguera abriu capital na Bolsa de Valores e em um único dia
arrecadou R$460 milhões, em ações; e com isso, começou a comprar
instituições em São Paulo. A universidade carioca Estácio de Sá
também se expandiu, ampliando sua rede de ensino para o Nordeste,
inclusive com a aquisição na Bahia das Faculdades Integradas da Bahia
(FIB). O grupo Pitágoras, de Minas Gerais, também, está saindo do
estado e ampliando sua rede de ensino (TRIBUNA DA BAHIA, 2008).
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Na Bahia quatro IES foram adquiridas por grupos de fora do Estado. Recentemente a
Faculdade de Tecnologia Empresarial (FTE), a Faculdade Área 1, as Faculdades Jorge
Amado (FJA) e a Faculdade Baiana de Ciências (Fabac).
A Faculdade Jorge Amado foi adquirida, no início de 2007, pela Whitney
International University System; uma rede universitária global, com sede no Estado
americano do Texas. A Fabac foi recentemente adquirida pela instituição pernambucana
Maurício de Nassau. As Faculdades Nordeste (Fanor), do Ceará, compraram a Área 1 e a
FTE. A Faculdade Salvador (FACSAL) e o Instituto Baiano de Ensino Superior (Ibes), do
grupo paulista Objetivo, estão consolidados no mercado baiano, assim como a Unime, de
propriedade de uma instituição do estado de Mato Grosso.
Redes educacionais do Sul e do Sudeste do País interessam-se pelo ensino superior
nordestino. No final de novembro de 2007, o grupo paulista Sartre COC adquiriu a faculdade
Esamc, ampliando, assim, a área de atuação da rede, já consolidada nos ensinos fundamental
e médio. (TRIBUNA DA BAHIA, 2008).
Devido a esse panorama de expansão, que vem gerando uma gama variada de
empregos diretos e indiretos, num setor de vital importância para o desenvolvimento do país,