28
mostrarmos primeiro que para algum τ > 0 existe uma fun¸c˜ao em D
τ
e segundo que
se u(x, t) ´e de classe D
T
para algum T > 0, ent˜ao existe T
′
> T e uma extens˜ao de
u(x, t) em IR × [0, T
′
) a qual ´e de classe D
T
′
.
Aplicando o Lema 2.1 para v
j
e v
j+1
, j = 1, 2, . . . , s − 1, temos um n´umero
finito de solu¸c˜oes u
j
(x, t), j = 1, 2, . . . , s − 1, que assumem valores no conjunto
J, e um n´umero finito de choques entre as linhas de descontinuidade. Escolhemos
τ > 0 de modo que ele seja menor que o instante T onde ocorre o primeiro choque
entre as linhas d e descontinuidade. Definimos u(x, t) = u
j
(x, t) se u
0
(x) = v
j
,
j = 1, 2, . . . , s − 1, e u(x, t) = u
s−1
(x, t) se u
0
(x) = v
s
, assim obtemos uma solu¸c˜ao
fraca local admiss´ıvel u(x, t) de (2.1) em IR × [0, τ), pelo Lema 2.1.
Fixando τ , de acordo com a demonstra¸c˜ao do Lema 2.1, temos que se v
j
< v
j+1
,
j = 1, 2, . . . , s − 1, ent˜ao os v´ertices da poligonal que formam a fronteira da casca
convexa do conjunto {(u, w); v
j
≤ u ≤ v
j+1
, w ≥ f(u)}, s˜ao tais que v
j
< u
1
j
<
··· < u
m
j
< v
j+1
, j = 1, 2, . . . , s − 1. Assim, para t ∈ [0, τ) fixo, dado uma parti¸c˜ao
P = {a = x
0
< x
1
< ··· < x
n
= b}, de um intervalo [a, b] ∈ IR, onde u(a, t) = v
j
e
u(b, t) = v
j+1
, para algum j = 1, . . . , s − 1, temos
n
i=1
| u(x
i
, t) − u(x
i−1
, t) |=| u(b, t) − u(a, t) |=| v
j+1
− v
j
| .
Quando v
j
> v
j+1
, j = 1, 2, . . . , s − 1, obtemos o mesmo resultado.
Dessa forma, se u(a, t) = v
1
e u(b, t) = v
s
ent˜ao
n−1
i=1
|u(x
i
, t) − u(x
i−1
, t)| =
j=s−1
j=1
|v
j+1
− v
j
|,
portanto
V ar
IR
u(x, t) = V ar
IR
u
0
(x).
At´e agora, mostramos que u(x, t) satisfaz i) e ii) em IR×[0, τ), resta mostrarmos
que u(x, t) satisfaz iii) em IR × [0, τ).
Para isso ´e suficiente mostrarmos que: supondo v
j
< u
n
< u
n+1
< v
j+1
, sejam
t, t
′
∈ [0, τ) e x
1
, x
2
, x
3
, x
4
, x
5
, x
6
, os pontos onde as linhas de descontinuidade tocam
as retas t e t
′
, conforme a figura (2.5). Notamos que x
1
= α
1
t + c, x
2
= α
1
t
′
+ c, x
3
=