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Estas variedades foram aceitas pela comunidade científica (GILLESPIE et al., 2000;
MAGALHÃES et al., 2000; ARTHURS & THOMAS, 2001, BLANFORD & THOMAS,
2001; OUEDRAGO et al., 2003; ALBURQUEQUE et al., 2005; RANGEL et al., 2005).
O ciclo parassexual é uma alternativa de sexo encontrado em alguns Anamorfos dos
Ascomycotina e Basidiomycotina. Messias & Azevedo (1980), descreveram pela primeira vez
o ciclo parassexual de M. anisopliae a partir de linhagens mutantes homocarióticas haplóidies,
e obtiveram linhagens diplóides que foram confirmadas pela haploidização, utilizando a
substância Cloroneb. As estruturas reprodutivas em M. anisopliae são representadas por
conidióforos e conídios. Os conidióforos são estruturas especializadas, hialinas, simples ou
ramificadas que dão origem as fiálides, também hialinas, onde ocorre a mitose. Em M.
anisopliae, a formação dessas estruturas segue o modelo fiálidico proposto por Hughes
(1953), que culmina com produção de conídios de coloração esverdeada Hammil (1972), de
inserção basipetal (LUNA-ALVES LIMA, 1985). A mesma autora também demonstrou que
os conídios de M. anisopliae apresentam variação quanto à forma, à disseminação e ao
número de núcleos. Através de estudos citológicos, em oito linhagens selvagens, nove
mutantes e dez diplóides, encontrou grande variação nos conídios onde observou formas
cilíndricas, globosas, ovóides, elípticas, triangulares, alantoides e hialodídimas. Esta última
foi descrita pela primeira vez na literatura.
Entre os fungos utilizados no controle biológico de pragas ou com potencial para
tanto, M. anisopliae é o que mais tem merecido atenção dos pesquisadores por isso maior
número de informação foi acumulada a seu respeito conforme constataram MONTEIRO et al.
(1998). Esses autores citam ainda, que o fungo apresenta estrutura reprodutiva semelhante a
um esporodóquio na descrição de outros autores. Contudo, essa forma semelhante ao
esporodóquio, é na verdade a justaposição dos conidióforos que se entrelaçam frouxamente,
devido às grandes ramificações das estruturas hifais, mas os conidióforos continuam
individualizados (LUNA-ALVES LIMA, 1985; XAVIER-SANTOS, 1999b; KUKLINSKY-
SOBRAL et al., 2004).
O ciclo biológico de M. anisopliae se inicia coma a germinação dos conídios. Estes,
em condições adequadas emitem um tubo germinativo que após diferenciação hifal, forma o
micélio; neste, a medida que o fungo se desenvolve, surgem em parte determinada, os
conidióforos. Entre o terceiro e quinto dia de crescimento os conídios se apresentam de cor
branca, tornado-se esverdeados com o amadurecimento da colônia (RIBEIRO et al., 1992).
Na fase parasitária, o fungo desenvolve estruturas denominadas apressórios (FERRON, 1978),