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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE VETERINÁRIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS
ATIVIDADE ANTIBACTERIANA IN VITRO DE INFLORESCÊNCIAS DE Achyrocline
satureioides (LAM.) DC. – ASTERACEAE – (“macela”, “marcela”) COMO FATOR DE
PROTEÇÃO EM ZOONOSES
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Fabiely Machado Mota
PORTO ALEGRE
2008
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE VETERINÁRIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS
ATIVIDADE ANTIBACTERIANA IN VITRO DE INFLORESCÊNCIAS DE Achyrocline
satureioides (LAM.) DC. – ASTERACEAE – (“macela”, “marcela”) COMO FATOR DE
PROTEÇÃO EM ZOONOSES
Fabiely Machado Mota
Dissertação apresentada
como requisito parcial
para a obtenção do grau
de Mestre em Ciências
Veterinárias na área de
Medicina Veterinária
Preventiva
Orientador: Prof. Dr.
José Maria Wiest
PORTO ALEGRE
2008
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Catalogação na fonte: Biblioteca da Faculdade de Veterinária da UFRGS
M917a Mota, Fabiely Machado
Atividade antibacteriana in vitro de inflorescências de Achyrocline satureoides
(Lam.) DC. – Asteraceae – (“macela”, “marcela”) como fator de proteção em
zoonoses./ Fabiely Machado Mota. – Porto Alegre: UFRGS, 2008.
91 f.; il. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Veterinária,
Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias, Porto Alegre, RS-BR, 2008. José Maria Wiest, Orient.
1. Plantas medicinais: uso terapêutico 2. Atividade antibacteriana: plantas 3.
Achyrocline: zoonoses: microbiologia I. Wiest, José Maria, Orient. II. Título.
CDD 619.4
AGRADECIMENTOS
Aos Amigos de caminhada pelo insistente apoio, dedicação e auxílio em todos os
momentos;
Ao meu Orientador, Prof. Dr. José Maria Wiest, pelo apoio e incentivo nas áreas
científica e pessoal;
A Profa. Dra. Heloísa Helena Carvalho, pelo infatigável apoio ao desenvolvimento
da pesquisa;
A Viviane Zato Mudez (in memoriam) pela sua maravilhosa simplicidade de ser e
nos presentear com sua presença neste plano;
A equipe de bolsistas, agradeço a atenção, interesse e auxílio, pessoal e logístico,
A Eduardo Schmidt, pelo companheirismo, cumplicidade e dedicação, e
A CAPES, pelo importante estímulo à pesquisa, principalmente ao desempenho
deste trabalho através de Bolsa de Estudos.
RESUMO
Através de Testes de Diluição em Sistema de Tubos Múltiplos determinou-se in vitro
atividade antibacteriana em inflorescências de Achyrocline satureioides (Lam.) DC. –
Asteraceae (“macela”, “marcela”), expressa como Intensidade de Atividade de Inibição
Bacteriana (IINIB / bacteriostasia) e Intensidade de Atividade de Inativação Bacteriana
(IINAB / bactericidia), a partir de formas de extração etanólica (hidroalcoolaturas) e hídrica
(decoctos), sobre inóculos padronizados de Enterococcus faecalis (ATCC 19433),
Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Escherichia coli (ATCC 11229) e Salmonella
Enteritidis (ATCC 11076). Enterococcus faecalis apresentou a maior sensibilidade, seguido
por Staphylococcus aureus, enquanto Salmonella Enteritidis e Escherichia coli
apresentaram-se mais resistentes. Dentre as formas de extração, a hidroalcoolatura
apresentou capacidade de inibição e/ou inativação intensa e seletiva frente aos quatro
inóculos bacterianos. Os decoctos mostraram-se completamente ineficazes frente às
bactérias Gram-negativas, enquanto que as Gram-positivas apresentaram somente
bacteriostasia/inibição.
Palavras-chave: Achyrocline satureioides, atividade antibacteriana, inibição bacteriana,
inativação bacteriana.
ABSTRACT
Dilutions Tests in Multiple Tubes System were used to establish the antibacterial activity
“in vitro” of inflorescences of Achyroclines satureioides
(Lam.) DC. – Asteraceae –
(“macela”, “marcela”), from ethanolic extracts (hydroalcoholics) and hydrics (decoction)
on pattern baterial suspension such as Enterococcus faecalis
(ATCC 19433),
Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Escherichia coli (ATCC 11229) and Salmonella
Enteritidis (ATCC 11076) expressed as Intensity Activity of Bacterial Inhibition (IINIB)
and Intensity Activity of Bacterial Inativation (IINAB). The mentioned extract showed to be
more sensibility with Enterococcus faecalis
, followed by Staphylococcus aureus, however
Salmonella Enteritidis
and Escherichia coli showed to be more resistent. Behind the
extraction forms, the hydroalcoholic extract presented intense and selective inhibition and /
or inactivation capacity in relation of the four agents. However the hydroalcoholic extract
presented better antibacterial activity intensity (inhibition / inativation) in relation of the
four bacterial suspensions. Decoctions showed to be completely without capacity in front of
the Gram-negatives bacterias, on the other hand the Gram-positive the bacteriostasy /
inhibition were observed.
Key words: Achyrocline satureioides
, antibacterial activity, bacterial inhibition, bacterial
inativation
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 -
Representação dos valores ordinais arbitrários de intensidade de
atividade atribuídos às variáveis de Intensidade da Atividade de
Inibição Bacteriana / bacteriostasia (IINIB) e de Intensidade de
Atividade de Inativação Bacteriana / bactericidia (IINAB) e suas
correspondentes diluições e doses infectantes dos inóculos..............
43
Tabela 2 -
Intensidade de Atividade de Inibição Bacteriana (IINIB /
bacteriostasia) e Intensidade de Atividade de Inativação Bacteriana
(IINAB / bactericidia) produzida por diferentes formas de extração
de inflorescências de Achyrocline satureioides (Lam.) DC.
(“macela”), na concentração de 50%, sobre inóculos bacterianos
padrões, em até 144 horas de incubação aeróbia à 37°C, média de
três repetições independentes............................................................
44
SUMÁRIO
CAPÍTULO I
1 INTRODUÇÃO...................................................................................... 11
1.1 Considerações Iniciais ............................................................................ 11
1.2 Problema................................................................................................. 12
1.3 Hipóteses................................................................................................. 12
1.4 Objetivos................................................................................................. 12
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................. 14
2.1 Plantas medicinais.................................................................................. 14
2.1.1 Histórico...................................................................................................
14
2.1.2 Planta Medicinal.......................................................................................
15
2.1.3 Planta Medicinal no Brasil.......................................................................
16
2.1.4 Achyrocline satureioides no Rio Grande do Sul.......................................
17
2.2 Aspectos Botânicos e Morfológicos da Achyrocline satureioides........ 17
2.2.1 Família Asteraceae (antiga Compositae)..................................................
17
2.2.2 Achyrocline satureioides (Lam.) DC. “macela”.......................................
18
2.2.3 Utilização da “Macela” na Medicina Popular..........................................
20
2.2.4 Estudos Realizados com a Achyrocline satureioides...............................
21
2.2.5 Constituintes Químicos............................................................................
22
2.2.6 Atividade Biológica..................................................................................
24
2.2.7 Atividade Espasmolítica...........................................................................
26
2.2.8 Toxicidade................................................................................................
26
2.2.9 Atividade Mutagênica..............................................................................
27
2.3 Bactérias Causadoras de Zoonoses....................................................... 28
2.3.1 Zoonoses...................................................................................................
28
2.3.2 Parede Celular Bacteriana........................................................................
28
2.3.3 Bactérias Gram-Negativas........................................................................
29
2.3.3.1 Salmonella Enteritidis..............................................................................
29
2.3.3.2 Escherichia coli........................................................................................
30
2.3.4 Bactérias Gram-Positivas.........................................................................
31
2.3.4.1 Staphylococcus aureus.............................................................................
31
2.3.4.2 Enterococcus faecalis...............................................................................
32
CAPÍTULO II
3 ARTIGO CIENTÍFICO........................................................................ 35
Atividade antibacteriana in vitro de inflorescências de Achyrocline
satureioides (Lam.) DC. – Asteraceae – (“macela”, “marcela”)
Artigo submetido à publicação na Revista Brasileira de Plantas
Medicinais em Janeiro 2008.....................................................................
35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 50
ANEXOS
ANEXO A
Comparação de resultados entre as formas de extração decocto
concentrado, decocto rehidratado e extrato hidroalcoólico frente
às quatro bactérias confrontadas na presença e na ausência de
desinibidor no período de 24 horas.................................................
55
ANEXO B
Comparação de resultados entre as formas de extração decocto
concentrado, decocto rehidratado e extrato hidroalcoólico frente
às quatro bactérias confrontadas na presença e na ausência de
desinibidor no período de 48 horas................................................
57
ANEXO C
Comparação de resultados entre as formas de extração decocto
concentrado, decocto rehidratado e extrato hidroalcoólico frente
às quatro bactérias confrontadas na presença e na ausência de
desinibidor no período de 72 horas..................................................
59
ANEXO D
Comparação de resultados entre as formas de extração decocto
concentrado, decocto rehidratado e extrato hidroalcoólico frente
às quatro bactérias confrontadas na presença e na ausência de
desinibidor no período de 144 horas................................................
61
ANEXO E
Comparação de resultados entre bactérias e formas de extração...
63
ANEXO F
Comparação de resultados entre tempos de exposição e formas de
extração........................................................................................
65
ANEXO G
Comparação de resultados entre formas de extração e tempo de
exposição para Staphylococcus aureus............................................
67
ANEXO H
Comparação de resultados entre formas de extração e tempos de
exposição para E. faecalis................................................................
69
ANEXO I
Comparação de resultados entre formas de extração e tempos de
exposição para S. Enteritidis............................................................
70
ANEXO J
Comparação de resultados entre formas de extração e tempos de
exposição para Escherichia coli......................................................
71
ANEXO K
Comparação de resultados entre bactérias e formas de extração no
período de 24 horas....................................................................
72
ANEXO L
Comparação de resultados entre bactérias e formas de extração no
período de 48 horas....................................................................
73
ANEXO M
Comparação de resultados entre bactérias e formas de extração no
período de 72 horas....................................................................
74
ANEXO N
Comparação de resultados entre bactérias e formas de extração no
período de 144 horas..................................................................
75
ANEXO O
Comparação de resultados entre formas de extração e desinibidor
frente a todas as bactérias no período de 24 horas...........................
76
ANEXO P
Comparação de resultados entre formas de extração e desinibidor
frente a todas as bactérias no período de 48 horas...........................
77
ANEXO Q
Comparação de resultados entre formas de extração e desinibidor
frente a todas as bactérias no período de 72 horas...........................
78
ANEXO R
Comparação de resultados entre formas de extração e desinibidor
frente a todas as bactérias no período de 144 horas.........................
79
ANEXO S
Comparação de resultados entre a presença e a ausência do
desinibidor frente às formas de extração e tempo de exposição
para Staphylococcus aureus.............................................................
80
ANEXO T
Comparação de resultados entre a presença e a ausência do
desinibidor frente às formas de extração e tempo de exposição
para Enterococcus faecalis...............................................................
82
ANEXO U
Comparação de resultados entre a presença e a ausência do
desinibidor frente às formas de extração e tempo de exposição
para Salmonella Enteritidis...............................................................
84
ANEXO V
Comparação de resultados entre a presença e a ausência do
desinibidor frente às formas de extração e tempo de exposição
para Escherichia coli........................................................................
85
ANEXO X
Comparação de resultados por bactérias entre formas de extração
e tempo de exposição para Staphylococcus aureus.........................
86
ANEXO Z
Comparação de resultados por bactérias entre formas de extração
e tempo de exposição para Enterococcus faecalis..........................
87
ANEXO
AA
Comparação de resultados por bactérias entre formas de extração
e tempo de exposição para Salmonella Enteritidis..........................
88
ANEXO
BB
Comparação de resultados por bactérias entre formas de extração
e tempo de exposição Escherichia coli............................................
89
ANEXO
CC
Identificação botânica das inflorescências de “macela”.................
90
CAPÍTULO I
1 INTRODUÇÃO
1.1 Considerações iniciais
O uso das espécies vegetais, com fins de tratamento e cura de doenças e sintomas,
remonta ao início da civilização, desde o momento em que o homem despertou e começou
um longo percurso de manuseio, adaptação e modificação dos recursos naturais para seu
próprio benefício (DI STASI, 1996).
Segundo Schenkel, Gosmann e Petrovick (2003), até o século XIX, os recursos
terapêuticos eram constituídos predominantemente por plantas e extratos vegetais, o que
pode ser ilustrado pelas Farmacopéias da época, onde se verifica que as plantas medicinais
e seus extratos constituíam a maioria dos medicamentos, que pouco se diferenciavam dos
remédios utilizados na medicina popular. No início do século passado, esses recursos
começaram a ser estudados com os instrumentos científicos da ocasião e se estabeleceu
paulatinamente a tendência de utilização de princípios ativos.
Presentemente, as plantas medicinais representam uma das alternativas entre as
diversas fontes de insumos necessários à existência da sociedade, tendo como principal
vantagem o fato de ser uma fonte renovável e, em grande parte, controlável pelo gênero
humano (SCHENKEL, GOSMANN, PETROVICK, 2003).
Conforme Florit (2003), a partir do século XVIII, houve uma separação nítida entre
as ciências sociais e as naturais, separando também o homem do meio ambiente. No
entanto, sabe-se que a transmissão oral continua sendo o principal modo pelo qual o
conhecimento é perpetuado em sociedades tradicionais, como salienta Amorozo (1996).
Considerando as inúmeras transformações decorrentes da evolução humana,
destacando, conseqüentemente, a degradação ambiental com a escassez de recursos
naturais, Schenkel, Gosmann e Petrovick (2003) afirmam que as plantas medicinais e seus
extratos hoje representam uma das alternativas entre as diversas fontes de insumos
necessários à existência da sociedade, tendo como principal vantagem o fato de ser uma
fonte renovável e, em grande parte, controlável pelo homem.
1.2 Problema
Questionou-se a presença de atividade antibacteriana em inflorescências de
Achyrocline satureioides (Lam.) DC. – Asteraceae – (“macela”, “marcela”) expressa como
IINIB (Intensidade de Atividade de Inibição Bacteriana / bacteriostasia) e como IINAB
(Intensidade de Atividade de Inativação Bacteriana / bactericidia).
1.3 Hipóteses
- As inflorescências de Achyrocline satureioides (Lam.) DC. – Asteraceae –
(“macela”, “marcela”), planta utilizada por grande parte da população do Rio Grande do
Sul apresentam atividade antibacteriana seletiva passível de expressão como IINIB
(Intensidade de Atividade de Inibição Bacteriana / bacteriostasia) e como IINAB
(Intensidade de Atividade de Inativação Bacteriana / bactericidia).
- As diferentes formas de extração da planta não influenciam a atividade
antibacteriana em estudo.
1.4 Objetivos
Considerando a utilização medicinal da macela pela população do Rio Grande do
Sul e os diferentes estudos científicos da ação biológica desta planta, o presente trabalho se
propõe determinar a atividade antibacteriana in vitro de extratos etanólico
(hidroalcoolaturas com evaporação do etanol em sistema de rota-vapor e posterior
reconstituição hídrica sob assepsia) e hídrico (decoctos com e sem reconstituição hídrica
posterior) em inflorescências de Achyrocline satureioides (Lam.) DC. – Asteraceae –
(“macela”, “marcela”), expressa como IINIB (Intensidade de Atividade de Inibição
Bacteriana / bacteriostasia) e IINAB (Intensidade de Atividade de Inativação Bacteriana /
bactericidia) sobre bactérias de interesse em alimentos como Enterococcus faecalis (ATCC
19433), Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Escherichia coli (ATCC 11229) e
Salmonella Enteritidis (ATCC 11076).
Manipulam-se, em síntese, as variáveis: bactérias
Gram-negativas e positivas, as formas de extração das soluções conservantes, os tempos de
confrontação e a presença ou ausência de desinibidores bacterianos, permanecendo
constante a concentração final das várias soluções conservantes contendo as diferentes
formas de extração.
Pretende-se ainda, neste trabalho, avaliar cientificamente a utilização da planta
como sistema antimicrobiano natural, fundamentando sua aplicação em ações básicas de
saúde e alimentação.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 PLANTAS MEDICINAIS
2.1.1 Histórico
A origem do conhecimento do homem sobre as virtudes das plantas confunde-se
com sua própria história (ALMEIDA, 2003). Este conhecimento sempre acompanhou a
evolução do homem através dos tempos (FERRO, 2006) e certamente surgiu à medida que
ele tentava suprir suas necessidades básicas, através de casualidades, tentativas e
observações, conjunto de fatores que constituem o empirismo (ALMEIDA, 2003).
As primitivas civilizações cedo se aperceberam da existência, ao lado das plantas
comestíveis, de outras dotadas de maior ou menor toxicidade que, ao serem experimentadas
no combate à doença, revelaram, embora empiricamente, o seu potencial curativo. A
descoberta das propriedades curativas das plantas foi, no início, meramente intuitiva
(empírica) ou dada pela observação dos animais que buscavam nas ervas cura para suas
afecções (FERRO, 2006).
Acredita-se que o registro mais antigo de todos é o Pen Ts´ao, de 2800 a.C., escrito
pelo herborista chinês Shen Numg, que descreve o uso de centenas de plantas medicinais na
cura de várias moléstias.
A eficácia das drogas de origem vegetal é fato desde as mais remotas civilizações,
na chamada “Matriz Geográfica” da civilização ocidental.
Os primeiros tratados médicos de grande importância são de aproximadamente 500
a.C., o “Taxaraca – Samhita e Susruta – Samhita”, prováveis precursores do sistema
UNANI de medicina árabe. Estes sistemas terapêuticos são certamente a origem inspiradora
da medicina hipocrática grega, conhecida como a mãe da medicina ocidental.
Durante as chamadas civilizações clássicas, as drogas vegetais começam a ser
registradas de forma sistemática. Na Grécia, Pedacius Dioscórides escreveu a obra que foi
posteriormente traduzida para o Latim por humanistas do século XV, chamada “Matéria
Médica” que por mais de 1500 anos, durante o período greco-romano e na Idade Média, foi
considerada a bíblia de médicos e farmacêuticos. Dioscórides descreveu a origem,
características e usos em terapêutica de mais de 500 drogas vegetais, aproximadamente 100
drogas de origem animal e outras tantas de origem mineral. Acredita-se que a matéria-
médica, transformada em disciplina didática, deu origem à moderna Farmacognosia. Após a
queda do Império Romano, a Europa atravessou um longo período de obscurantismo
científico entre os séculos V e XV, a chamada Idade Média. De forma paralela, nesse
período, o mundo árabe emergiu com grande atividade científica sendo acrescido de alguns
conhecimentos de origem indiana. Dessa forma, surge a “Medicina Árabe”, destacando-se o
médico Avicena e as suas famosas flores como terapêutica para os males cardíacos. Através
da península ibérica, os conhecimentos árabes ganharam toda a Europa. Muitas drogas,
novas para a época, foram introduzidas na terapêutica européia: canela, limão, noz
moscada, sene, tamarindo e cânfora são algumas das mais importantes.
As descobertas geográficas, ao final do século XV, com a abertura das rotas
marítimas para as Índias e para a América trouxeram o conhecimento de outros vegetais
como o coco, o chá preto e o café, iniciando uma nova era para o estudo de fitofármacos.
Muitas drogas vieram da Antigüidade e através dos séculos sobreviveram aos
diferentes hábitos culturais.
Por outro lado, preciosos conhecimentos perderam-se no decorrer da história das
civilizações, extintas por fenômenos naturais, migrações e, principalmente, pela ocorrência
das invasões gregas, romanas, muçulmanas e pelas colonizações européias, que impuseram
seus costumes, alterando realidades sócio-culturais e econômicas. No Brasil, o
conhecimento dos índios, dos africanos e de seus descendentes está desaparecendo em
decorrência da imposição de hábitos culturais importados de outros países, havendo um
risco iminente de se perder essa importante memória cultural (ALMEIDA, 2003).
2.1.2 Planta Medicinal
Planta medicinal é a planta selecionada, silvestre ou cultivada, utilizada
popularmente como remédio no tratamento de doenças. Segundo a OMS (1978) é toda e
qualquer planta contendo substâncias que possam ser usadas para prevenir, aliviar, curar ou
modificar um processo fisiológico normal ou patológico e que possa servir como fonte de
fitofármacos e de seus precursores para a síntese químico-farmacêutica.
Princípio ativo é uma substância ou um grupo delas, quimicamente caracterizadas,
cuja ação farmacológica é conhecida e responsável, total ou parcialmente, pelos efeitos
terapêuticos do produto fitoterápico (FERRO, 2006).
As plantas representaram, durante séculos, a única fonte de agentes terapêuticos
para o homem. No início do século XIX, com o desenvolvimento da química farmacêutica,
as plantas passaram a representar a primeira fonte de substâncias para o desenvolvimento
de medicamentos. Atualmente, apesar do grande desenvolvimento da síntese orgânica e de
novos processos biotecnológicos, 25% dos medicamentos prescritos nos países
industrializados são originária de plantas e 120 compostos de origem natural, obtidos a
partir de cerca de 90 espécies de plantas, são utilizados na terapia moderna. De fato, os
produtos naturais estão envolvidos no desenvolvimento de 44% de todas as novas drogas
(HOSTETTMANN, QUEIROZ, VIEIRA, 2003).
Países como a China, a Coréia do Norte, o Japão e outros têm feito um esforço
significativo na investigação de fármacos de uso tradicional, o que tem conduzido a
resultados de alto interesse sob o ponto de vista terapêutico e evitado a perda dessa
informação.
Por outro lado, a forma alarmante como se processa em nível de depredação, em
certas regiões, o extermínio de espécies vegetais, mesmo antes de serem investigadas
química e farmacologicamente, justifica que se conceda prioridade a tais estudos. No
cerrado, cerca de 700 a 750 espécies medicinais estão em risco de extinção declarado.
Vários investigadores têm feito importantes revisões sobre o uso medicinal e efeitos tóxicos
de plantas por populações não ocidentalizadas.
É um fato que aproximadamente 80% a 85% da população mundial ainda utiliza
medicamentos à base de plantas. Com o adequado estudo e desenvolvimento destes
sistemas, procura a OMS que melhores cuidados de saúde possam ser estendidos a todos
neste século (FERRO, 2006).
2.1.3 Planta Medicinal no Brasil
Conforme citações em literatura especializada, ainda é difícil estimar com precisão a
grandeza da biodiversidade brasileira. Entretanto, estima-se que o Brasil possua a maior
diversidade genética vegetal do planeta. Apesar do potencial para a busca de novos
fitofármacos ser inegável, estima-se que menos de 10% da flora nacional foi estudada com
fins fitoquímicos e farmacológicos, visando a avaliação das propriedades terapêuticas
(ALMEIDA, 2003).
O Brasil, com cerca de 10% de toda a flora mundial, apesar de ter proporcionado à
humanidade produtos com propriedades extraordinárias, como os curares, a emetina, a
pilocarpina e outros, continua a ser um país com muitas potencialidades, também neste
campo, considerando-se serem menos que 1% as espécies vegetais brasileiras que foram
analisadas sob o ponto de vista químico e farmacológico (FERRO, 2006).
2.1.4 Achyrocline satureioides no Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul há a tradição de colheita da macela na Sexta-Feira Santa,
antes do sol nascer, pois acredita-se que a colheita nesse dia traga mais eficiência ao chá
das flores.
Comprovando a importância que a Achyrocline satureioides (“macela”) tem no
costume popular, através da Lei 11.858, de 05 de dezembro de 2002, ela foi “instituída
como Planta Medicinal Símbolo do Estado do Rio Grande do Sul”.
2.2 Aspectos Botânicos e Morfológicos da Achyrocline satureioides
2.2.1 Família Asteraceae (antiga Compositae)
As Compositae ou Asteraceae compreendem cerca de 1.100 gêneros, com,
aproximadamente, 25.000 espécies (HEEMANN, MIGUEL, MIGUEL, 2006), das quais,
cerca de 600 são encontradas no Rio Grande do Sul (LOPES et al., 2001), e 13 tribos, de
ampla distribuição, bem representadas em regiões tropicais, subtropicais e temperadas. No
Brasil, estão representadas por, aproximadamente, 180 gêneros (HEEMANN, MIGUEL,
MIGUEL, 2006). Os estados do extremo sul do Brasil, compreendendo o Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, possuem uma população relativamente densa e de grande
diversidade de espécies de Asteraceae.
O nome da família Asteraceae, segundo Heemann, Miguel e Miguel (2006), deriva
da estrutura característica da inflorescência, em capítulos florais. É considerada uma das
famílias mais numerosas e evoluídas do reino vegetal.
Heemann, Miguel e Miguel (2006) relatam em seu trabalho que a família
Asteraceae é cosmopolita, com grande concentração de espécies em regiões subtropicais,
temperado-frias e temperadas. Também são muito abundantes nas regiões montanhosas.
Matzenbacher (2003) relata que também podem ser encontrados representantes da família
nas mais variadas condições climáticas, desde regiões tropicais, subtropicais e temperadas,
aos Andes gelados. O endemismo é muito freqüente na família Asteraceae, encontrando-se
certas espécies em áreas muito restritas.
Devido ao seu extraordinário poder de adaptação ambiental, as espécies Asteraceae
podem ser encontradas nos mais variados habitates. Outro fator importante pelo sucesso
biológico é a grande capacidade de dispersão das espécies, cada uma com sua
particularidade inerente às suas características (MATZENBACHER, 2003).
Ervas, arbustos, árvores baixas ou médias, não raro trepadeiras perenes, com
indumento variado não secretor ou glanduloso, com abundantes princípios ativos muito
diversificados, incluindo inulina, alcalóides, com ou sem sistema de canais lactíferos e
condutos ou depósitos, esquizolisígenos de resina, freqüentemente com floema ou canais
vasculares em uma medula. A inflorescência das Asteraceae é o capítulo, que é composto
de um receptáculo comum sobre o qual se inserem as flores, rodeadas por brácteas
especializadas, as brácteas involucrais (chamadas também de escamas ou filarias)
(HEEMANN, MIGUEL, MIGUEL, 2006).
2.2.2 Achyrocline satureioides (Lam.) DC.
Lorenzi e Matos (2002) relatam que a Achyroclines satureioides apresenta nomes
sinônimos como Achyrocline candicans (Kunth) DC., Achyrocline flaccida DC.,
Gnaphalium satureioides Lam., Gnaphalium candicans Kunth, sendo conhecida também
pelos nomes comuns de “macela”, “alecrim-de-parede”, “camomila-nacional”, “macela-
amarela”, “macela-da-terra”, “macela-do-campo”, “macela-do-sertão”, “macelinha”,
“marcela”, “marcela-do-campo”, dentre outros. Segundo Simões (1984) nos países vizinhos
ao nosso é conhecida por “macela galega”, “marcella hembra”, “marcelita” e “yatei-caá”
(em Tupi-guarani).
Seu habitat natural é a América Austral Oriental, florescendo espontaneamente no
Uruguai, Paraguai e sul do Brasil (SIMÕES, 1984; TORRES, 2005). Em nosso Estado,
cresce abundantemente sob forma de vegetal silvestre, tanto em solos arenosos como em
solos basálticos (SIMÕES, 1984).
Caracteriza-se como planta herbácea perene, ereta (LORENZI, MATOS, 2002; PIO
CORREA, 1974) ou de ramos decumbentes, muito ramificada (LORENZI, MATOS, 2002;
CASTRO, CHEMALE, 1993), de 60 a 120 cm de altura, nativa de campos e áreas abertas
do sul e sudeste do Brasil. Folhas simples (LORENZI, MATOS, 2002), alternas, inteiras,
sésseis lineares lanceoladas de até 12 cm de comprimento por 1,8 cm de largura, com
revestimento alvo-tomentoso na face inferior (LORENZI, MATOS, 2002; CASTRO,
CHEMALE, 1993). Inflorescências axilares e terminais, com capítulos amarelados
(LORENZI, MATOS, 2002), em dois tipos de flores, reunidas em panícolas corimbosas. As
flores são amarelo-douradas, as centrais hemafroditas, de corola tubulosa, em número de
uma a duas e as flores marginais quatro ou cinco femininas de corola filiforme, papus
branco (CASTRO, CHEMALE, 1993), possuindo odor característico (SIMÕES, 1984).
Fruto do tipo aquênio, glabro e pardo (CASTRO, CHEMALE, 1993), multiplicando-se
exclusivamente por sementes (LORENZI, MATOS, 2002; CASTRO, CHEMALE, 1993).
É encontrada em todo o Rio Grande do Sul. Prefere luz, podendo, no entanto,
ocupar terrenos de encosta pouco ensolarados. Nos campos altos e secos seu porte é mais
baixo. Nas várzeas produz melhor. Os solos férteis, levemente úmidos e humosos são os
melhores. Não é exigente quanto ao pH. Quanto à colheita, é visada toda a parte aérea, mas
apenas as flores (capítulos) são usadas para fins medicinais. Com relação ao quando colher,
faz-se isto no segundo ano de desenvolvimento da planta, no início do outono (março-
abril), quando os capítulos estão maduros (CASTRO, CHEMALE, 1993).
2.2.3 Utilização da “Macela” na Medicina Popular
Na medicina popular, utiliza-se a “macela” em distúrbios do trato gastrointestinal
(SIMÕES et al., 1988; LAMATY et al., 1991).
A Achyrocline satureioides cresce espontaneamente em pastagens e beira de
estradas, sendo considerada pelos agricultores como “planta daninha”. Suas inflorescências
secas são utilizadas em muitas regiões para o preenchimento de travesseiros e acolchoados,
no entanto, é na medicina caseira onde seu uso é maior, tanto no Brasil como em outros
países da América do Sul.
O chá de suas flores, folhas e ramos secos, na proporção de 5 gramas por litro de
água fervente, é usado no Brasil no tratamento de problemas gástricos, epilepsia e cólicas
de origem nervosa. Também empregado como antiinflamatório, antiespasmódico e
analgésico, para diarréia e disenteria, como sedativa e emenagoga. Em uso externo contra
reumatismo, nevralgias, cólicas (intestinais e renais), menstruações dolorosas, dores
articulares e musculares é recomendada na forma de cataplasma e de banho de imersão.
Na Argentina é ingerida para ajudar a regulação do ciclo menstrual e para o
tratamento da asma. No Uruguai o seu chá tem a mesma aplicação, além do emprego para
problemas estomacais, digestivos e gastrointestinais, como emenagoga, sedativa e
antiespasmódica.
Esta planta tem sido objeto de estudos farmacológicos e clínicos desde os anos 80,
visando a sua validação. Em experiências com animais, tem sido provada suas propriedades
analgésicas, antiinflamatória, relaxante muscular externo e interno (músculos
gastrointestinais), sem nenhum efeito tóxico colateral. Análises químicas mostraram que
esta planta é rica em flavonóides, incluindo alguns totalmente novos, sesquiterpenos e
monoterpenos, sendo que muitas destas substâncias são responsáveis por suas propriedades
ativas (LORENZI, MATOS, 2002).
A sua utilização empírica na medicina popular se faz principalmente na forma de
infusos ou decoctos das inflorescências, sendo também observadas preparações de folhas e
caules (SILVA, 1993). Os usos são bastante variados, destacando-se indicações como
digestiva, carminativa, colagoga, eupéptica, antiinflamatória, emenagoga,
hipocolesterêmica, antidiarreico, antisséptica intestinal (LAMATY et al., 1991; SILVA,
1993; SIMÕES, 1984; TORRES, 2005) e antiespasmódica (LAMATY et al., 1991; SILVA,
1993; SIMÕES, 1984). Seu emprego também está relacionado em quadros de asma
brônquica (SILVA, 1993; SIMÕES, 1984). Simões (1984) relata o emprego da “macela”
em casos de inflamação do apêndice cecal, em lavagens ginecológicas, e em diabéticos, no
controle da glicogênese.
Torres (2005) refere que o uso da “macela” acalma e favorece o sono, sob a forma
de chás ou postas sob o travesseiro.
2.2.4 Estudos realizados com a Achyrocline satureioides
Atualmente, o estudo das plantas está muito difundido, principalmente nas
faculdades de Farmácia, e a cada dia apresentam-se trabalhos científicos sobre as plantas,
sua composição e sua ação terapêutica, bem como a melhor forma galênica de apresentação
e utilização (FERRO, 2006).
Como Silva (1993) relata inúmeros artigos têm sido publicado sobre a ação
biológica sobre os compostos, dos quais podemos citar alguns: a quercetina e a rutina vêm
sendo utilizadas como constituintes de vários produtos farmacêuticos usados para o
tratamento da fragilidade capilar e fleboesclerose; quercetina, rutina, kaempferol-3-
rhamnoglucose e luteolina demonstraram atividade diurética; quercetina, luteolina e
kaempferol e 3-O-metilquercetina apresentaram atividade antiespasmódica em musculatura
lisa de ratos e cobaios; o ácido cafeico e ácido protocatéquico também mostraram atividade
antiespasmódica na musculatura lisa de ratos, a quercetina, luteolina e 3-O-metilquercetina
mostraram atividade antiinflamatória, a luteolina mostrou atividade hipoclorética, a
quercetina mostrou atividade viricida a uma concentração de 100μg/mL em linhagens
humanas e porcina de herpesvírus da parainfluenza; a 3-O-metilquercetina e derivados
apresentam atividade contra picornavírus e vírus da estomatite vesicular, sendo potentes
compostos antipoliovírus. Relacionou também aos compostos flavonoídicos,
principalmente as 3-O-metilflavonas, a atividade antiviral do extrato aquoso de sumidades
floridas de marcela.
Silva (1993) relata a existência de atividade antiespasmódica em extratos alcoólicos
e hidroalcoólicos, elaborados a partir das sumidades floridas de Achyrocline satureioides e
que o extrato alcoólico foi capaz de reduzir os efeitos máximos da noradrenalina e cloreto
de bário, evidenciando a capacidade de exercer um efeito espasmolítico sobre a
musculatura lisa genital de ratos, e que a partir de experimentos realizados em jejuno de
rato, ducto deferente e útero de rata foram evidenciadas atividades colenolítica e
miorrelaxante do extrato aquoso de folhas/caules de Achyrocline satureioides, justificando
o uso popular do infuso como antiespasmódico.
Os extratos aquosos a frio e a quente e extrato etanólico a frio de flores de
“marcela”, apresentaram atividades antiinflamatória, no modelo de inibição do edema das
patas dos ratos produzido por carragenina. Os flavonóides quercetina, 3-metoxi-quercetina
e luteolina também apresentaram atividade antiinflamatória, no modelo de inibição do
edema das patas dos ratos produzido por carragenina. Os extratos aquosos a frio e a quente
e extrato etanólico a frio de flores de “marcela”, apresentaram ação analgésica, no modelo
de inibição dos estiramentos abdominais produzidos por injeção intraperitoneal de uma
solução de ácido acético, em camundongos. O extrato aquoso a quente de flores de
“marcela” apresentou ação sedativa central, no modelo de potenciação do sono barbitúrico
induzido pelo pentobarbital sódico, em camundongos.
Os extratos aquosos a frio e a quente e extrato etanólico a frio de flores de
“marcela”, não provocaram mudanças comportamentais nem mortes dos animais, até 48
horas após sua administração via endovenosa (SIMÕES, 1984).
2.2.5 Constituintes Químicos
Diversos estudos a respeito da composição química de Achyrocline satureioides têm
sido desenvolvidos. Em geral, os estudos são efetuados com as inflorescências, mas a
composição química das folhas e caules também tem sido objeto de estudos. Os
constituintes químicos até agora identificados são flavonóides (SILVA, 1993;
VENDRUSCOLO, RATES, MENTZ, 2005), sob forma de agliconas livres: isognafalina
(SILVA, 1993; SIMÕES, 1984); gnafalina; quercetina (SILVA, 1993; SILVA, 2003;
VENDRUSCOLO, RATES, MENTZ, 2005; SIMÕES, 1984); 3-metoxi-quercetina;
galangina e seus 3-O-metiléteres (SILVA, 2003; SIMÕES, 1984); luteolina (SILVA, 1993;
VENDRUSCOLO, RATES, MENTZ, 2005); 7,4´-dihidroxi-5-O-metiléter; quercetagenina;
tamarixitina; 3,7-dimetoxiquercetina; 5-hidroxi-3,6-7-trimetoxiflavona (almustina); 7-
hidroxi-3,5,8-trimetoxiflavona; 3,5,7,8-tetrametoxiflavona; 5,7,8-trimetoxiflavona; 3,5-
dihidroxi-6,7,8-trimetoxiflavona e 3,5-dihidroxi-7,8-dimetoxiflavona (SILVA, 1993). Há
também relatos de outros componentes isolados das partes aéreas de Achyrocline
satureioides (Lam.) DC. (SILVA, 1993): ácido e ésteres cafeico, clorogênico e
isoclorogênico (SILVA, 1993; SILVA, 2003; VENDRUSCOLO, RATES, MENTZ, 2005),
éster de calerianina, ácido protocatéquico (SILVA, 1993; SILVA, 2003; SIMÕES, 1984),
derivado da fenilpirona, kawapirona (SILVA, 1993; SILVA, 2003; SIMÕES, 1984;
VENDRUSCOLO, RATES, MENTZ, 2005), minerais e polissacarídeos (SILVA, 1993;
SILVA, 2003; VENDRUSCOLO, RATES, MENTZ, 2005), óleos essenciais
(VENDRUSCOLO, RATES, MENTZ, 2005), nor-yangonina (SILVA, 2003; SIMÕES,
1984), uma aglicona flavonoídica polihidroxilada não identificada, 7,4´-dihidroxi-5-
metoxiflavanona, um glusodídeo desta flavanona e o 7-O-glucosídeo da 3-metoxi-
quercetina (SIMÕES, 1984).
Com relação ao aspecto quantitativo da composição química do vegetal, Silva
(1993) cita que há a predominância de agliconas flavonoídicas, identificando a quercetina e
a 3-O-metilquercetina como compostos majoritários das inflorescências de Achyrocline
satureioides, e que as atividades farmacológicas de extratos de Achyrocline satureioides
podem estar relacionadas ao teor predominante de compostos fenólicos.
A quercetina e 3,5-dihidroxi-6,7,8-trimetoxiflavona isolados de extratos acetônicos
de folhas secas de Achyrocline satureioides mostraram-se ativos frente a Staphylococcus
aureus, Bacillus subtilis, Mycobacterium smegmatis e Streptococcus faecalis.
Simões (1984) também cita os constituintes do óleo essencial da “marcela”: α e β-
pineno, limoneno, p-cimeno, dihidrocarvona, citronelol e cariofileno. Este mesmo autor cita
ainda que a partir de uma extração etanólica inicial, seguida de fracionamento por solventes
como éter etílico e metanol e purificação por processos cromatográficos, obtiveram-se
compostos polifenólicos. Do extrato etéreo isolaram-se quatro agliconas flavonoídicas:
quercetina, 3-metoxi-quercetina, luteolina e 7,4´-dihidroxi-5-metoxiflavanona; e um ácido
fenólico do tipo cinâmico: ácido cafeico. Do extrato metanólico separaram-se dois
heterosídeos flavônicos e uma fração x
semipurificada, que por dificuldades nos processos
de purificação, teve sua elucidação estrutural parcialmente impedida. Provavelmente, seu
componente principal seja uma aglicona flavônica polihidroxilada.
No que diz respeito ao aspecto quantitativo da composição química do vegetal, foi
verificada a predominância de agliconas flavonoídicas, tendo sido constatadas em maior
quantidade, quercetina e 3-metoxi-quercetina.
Estas diferenças qualitativas e quantitativas são, possivelmente, devidas a variações
na composição química do vegetal decorrente do período do ciclo vegetativo no qual foram
coletadas as amostras, do tipo do solo, das condições climáticas, ou mesmo por tratar-se de
diferentes variedades botânicas ou espécies químicas.
Na amostra analisada de Achyrocline satureioides (Lam.) DC. por Simões (1984)
foi constatada a presença de quatro agliconas flavonoídicas, quercetina, 3-metoxi-
quercetina, luteolina e 7,4´-dihidroxi-5-metoxiflavanona; dois heterosídeos flavônicos; um
ácido fenólico do tipo cinâmico, o ácido cafeico e uma outra aglicona flavonoídica
polihidroxilada não identificada.
Simões, et al. (1988) citam que as inflorescências produzem alguns flavonóides,
ácidos fenólicos e nor-yangonina, que é uma substância similar a kawapirona, e que das
partes aéreas foram isolados sesquiterpenos e derivados da fenilpirona.
2.2.6 Atividade Biológica
Achyrocline satureioides (Lam.) DC. tem ampla utilização na medicina popular do
RS, abrangendo uma série de atividades biológicas, como no tratamento de distúrbios do
trato gastrointestinal (dores espasmódicas, má digestão, úlceras gástricas), como
antiinflamatório, analgésico, antibacteriano, sedativo, (SIMÕES, 1984).
Testes farmacológicos foram realizados para verificar as atividades biológicas dos
extratos de Achyrocline satureioides, tendo sido relatadas atividade antibacteriana em
extratos das sumidades floridas, atividade antiespasmódica em extratos aquosos, alcoólicos
e hidroalcoólicos das sumidades floridas e extrato aquoso de folhas/caules, ação inibitória
sobre Bacillus subtilis e Staphylococcus aureus em extrato etanólico das sementes,
atividade analgésica em extratos aquosos a frio e a quente e etanólico das inflorescências,
atividade antiinflamatória em extratos aquosos a frio e a quente etanólico, hidroalcoólico e
em extrato seco nebulizado das sumidades floridas, efeitos depressores central em extratos
aquosos a frio e a quente e etanólico das sumidades floridas, atividade imunoestimulante
em extratos aquosos, atividade antiinflamatória em extratos aquosos e alcoólicos de
extratos metanólicos das folhas, atividade antiinflamatória tópica em extratos aquosos e
alcoólicos das sumidades floridas, atividade antiviral contra vírus herpético tipo 1, rinovírus
14, vírus da poliomielite, da estomatite e vírus da imunoinsuficiência tipo 1 em extratos
aquosos (SILVA, 1993).
Vendruscolo, Rates e Mentz (2005) relatam que dados farmacológicos de diferentes
extratos (aquoso, etanólico e hidroalcoólico) e frações purificadas (polissacarídeos e
flavonóides) das inflorescências, folhas e caules têm sido extensivamente estudados “in
vitro” e “in vivo”, por diferentes autores, apresentando resultados promissores para as
seguintes atividades: antiinflamatória, antiespasmódica e analgésica, colerética, sedativa,
imunoestimulante, antiviral, antimicrobiana, hipoglicemiante e antioxidante. Silva (2003)
cita também atividades imunomoduladora, tripanomicida e inseticida.
Quanto às propriedades antibióticas, Simões (1984) relata que a quercetina
apresentou uma fraca atividade em valores de pH acima de 7,0, e boa atividade
antibacteriana em faixa ácida de pH. Em concentrações de 0,075 a 0,10 mg/mL, a
quercetina inibiu completamente Aerobacillus polymyxa, Brucella abortus, Staphylococcus
albus e Staphylococcus aureus, e em uma concentração de 0,15 mg/mL, ela inibiu
parcialmente duas cepas de Streptococcus aerogenes, Escherichia coli, Proteus sp.,
Pseudomonas aeruginosa, P. angulata, P. tobaci e Salmonella oranienburg. Também cita a
atividade antibiótica e várias propriedades do ácido cafeico: atividade antibacteriana contra
Staphylococcus aureus, Corynebacterium diphteriae e Proteus vulgaris; ação
tuberculostática contra Mycobacterium tuberculosis “in vitro”; atividade fungistática contra
Helminthosporium carbonum e poder inibitório do crescimento de Streptomyces scabies.
Em trabalhos de “screening”, já havia sido indicada atividade antibiótica de extratos
de Achyrocline satureioides (Lam.) DC. Com base nos experimentos poder-se-ia explicar a
utilização da “marcela” em algumas afecções de origem microbiana e relacionar-se-ia
então, esta propriedade com alguns flavonóides que foram dela isolados, como a
quercetina, luteolina e galangina (SIMÕES, 1984).
Os extratos das inflorescências foram farmacologicamente avaliados e mostraram
atividades antibacteriana, antiespasmódica, antiinflamatória, analgésica e sedativa, e
ausência de toxicidade aguda. Folhas e talos têm sido relacionados com a atividade
espasmolítica; o óleo essencial das inflorescências é formado fundamentalmente por
monoterpenos (SIMÕES et al., 1988).
2.2.7 Atividade Espasmolítica
Simões (1984) relata a atividade espasmolítica dos extratos alcoólico e hidro-
alcoólico de flores de Achyrocline satureioides (Lam.) DC., e que a atividade sugerida pelo
uso popular e detectada em conjunto com outros pesquisadores nestes seria atribuída à
presença dos flavonóides Q e 3MQ, que quando testados isoladamente também
apresentaram tal atividade.
A análise cromatográfica destes extratos demonstrou uma presença marcante dos
flavonóides quercetina e 3-metoxi-quercetina. Em experimentos realizados “in vitro” com
estes dois flavonóides, obtiveram-se resultados positivos no que diz respeito ao
antagonismo das contrações produzidas pela acetilcolina (10
9
a 10
-4
M) em jejuno isolado de
rato. Utilizaram-nos nas dose 10
-4
M (aproximadamente 30 μg/mL), constatando-se uma
atividade antiespasmódica com características farmacológicas semelhantes às observadas
com 16,6 μg/mL do extrato alcoólico de “marcela” nas mesmas condições experimentais. A
3-metoxi-quercetina mostrou-se mais potente do que a quercetina, no sentido de
antagonizar a atividade contrátil induzida pela acetilcolina (SIMÕES, 1984).
2.2.8 Toxicidade
Com relação aos ensaios de toxicidade, os extratos aquosos a frio, quente e
etanólico das sumidades floridas na concentração de 500mg/kg não provocaram mudanças
comportamentais e nem a morte dos animais, até 48 horas após sua administração
endovenosa (SILVA, 1993).
Nos ensaios de toxicidade excessiva, Simões (1984) cita que os extratos testados de
flores de Achyrocline satureioides (Lam.) DC. não provocaram mudanças comportamentais
nem morte dos animais, podendo-se assim inferir que estes extratos não representam
toxicidade aguda nas condições experimentais utilizadas.
Estes resultados são coincidentes com os dados encontrados na literatura, que
apontam até o momento uma baixa toxicidade para os flavonóides em geral, constituindo
uma vantagem para seu emprego terapêutico. No entanto, apesar desta aparente ausência de
toxicidade aguda ou crônica dos flavonóides em geral, a quercetina apresentou uma
atividade mutagênica para bactérias (teste de Ames), o que não constitui necessariamente
indicação de danos genéticos em organismos superiores. Substâncias com atividade
mutagênica são potencialmente carcinogênicas e por isto estes fatos despertaram atenção e
preocupação da comunidade científica, já que a quercetina encontra-se amplamente
distribuída no reino vegetal, inclusive em muitos alimentos (SIMÕES, 1984).
2.2.9 Atividade Mutagênica
A atividade mutagênica de extratos de Achyrocline satureioides foi realizada para
avaliar o risco à saúde humana devido ao seu uso prolongado (SILVA, 1993).
Silva (1993) relata a atividade mutagênica de infuso a 50% (m/v) das
inflorescências de marcela foi verificada nas linhagens TA 100, TA 98 e TA 102 de
Salmonella typhimurium nos testes de Ames, Cromoteste e Induteste. Entretanto a atividade
mutagênica ou genotóxica foi somente observada na presença de S9 mix, o que sugere que
os flavonóides presentes nos extratos brutos de Achyrocline satureioides não possuem
atividade mutagênica direta, o que pode ser explicado pela presença dos flavonóides em sua
forma pró-mutagênica e/ou pela presença de pequenas quantidades da forma ativa.
Apesar de ter sido observada atividade citológica e antimicrobiana com algumas
flavonas e flavonóides, bem como capacidade teratogênica e mutagênica de flavonóides
como quercetina e kaempferol em células ovarianas de hamster, os compostos polifenólicos
geralmente são inócuos para o homem (SILVA, 1993).
Com relação a quercetina, Silva (1993) cita que há grandes evidências de ação
mutagênica em microrganismos com ou sem ativação microssomal.
2.3 Bactérias Causadoras de Zoonoses
2.3.1 Zoonoses
Segundo Wiest (1984), zoonoses são aquelas doenças compartilhadas na natureza
pela espécie humana e as espécies animais vertebradas inferiores. A Organização Mundial
da Saúde (1966) define-as como aquelas infecções transmitidas naturalmente entre animais
vertebrados e o homem (WIEST, 1984).
As zoonoses têm, mundialmente, uma grande importância para a saúde pública e
bem-estar da população. Especialmente nos países em desenvolvimento estas doenças ainda
registram altas taxas de incidência, mesmo havendo modernas medidas profiláticas e
controle de doenças (ACHA, SZYFRES, 1986).
2.3.2 Parede Celular Bacteriana
A parede celular de uma célula bacteriana é uma estrutura complexa, semi-rígida,
responsável pela forma da célula. A principal função é prevenir a ruptura das células
bacterianas quando a pressão da água dentro da célula é maior que fora dela. Ela também
ajuda a manter a forma de uma bactéria e serve como ponto de ancoragem para os flagelos.
As paredes de bactérias Gram-negativas e Gram-positivas apresentam diferenças
marcantes. Bactérias Gram-negativas possuem uma parede composta de várias camadas
(CARVALHAL, ALTERTHUM, 2004) de peptidioglicanas (TORTORA, FUNKE, CASE,
2000), que diferem na sua composição química e, conseqüentemente, é mais complexa que
a parede das Gram-positivas que, apesar de mais espessa, apresenta predominantemente um
único tipo de macromolécula (CARVALHAL, ALTERTHUM, 2004). Esta é a razão pela
qual as bactérias gram-positivas são mais sensíveis à penicilina do que as bactérias gram-
negativas, que são mais suscetíveis ao rompimento mecânico (TORTORA, FUNKE,
CASE, 2000).
O peptidioglicano representa a maior parte da parede das bactérias Gram-positivas,
atingindo de 15 a 50% da massa seca da célula, ao passo que nas Gram-negativas não
ultrapassa 5%. Além desta macromolécula, encontramos proteínas e ácidos teicóicos que
podem representar até 50% da massa seca da parede (CARVALHAL, ALTERTHUM,
2004).
O conhecimento das diferenças entre as paredes de bactérias Gram-positivas e
Gram-negativas é da mais alta relevância para o estudo dos mecanismos de ação dos
quimioterápicos, de patogenicidade e de outros tantos assuntos que estão relacionados
diretamente à composição química e estrutura da parede bacteriana (CARVALHAL,
ALTERTHUM, 2004).
2.3.3 Bactérias Gram-negativas
2.3.3.1 Salmonella Enteritidis
As salmonelas são bacilos Gram-negativos com flagelo peritríquio (OLIVEIRA,
1984; PELCZAR, CHAN, KRIEG, 1996; POPOFF, MINOR, 2005), excetuando-se S.
gallinarum e S. pullorum que são imóveis. São bastonetes curtos, aeróbios (OLIVEIRA,
1984) e facultativamente anaeróbios (OLIVEIRA, 1984; POPOFF, MINOR, 2005),
fermentam açúcares produzindo gás; produtores de ácido sulfídrico (OLIVEIRA, 1984).
São membros da família Enterobacteriaceae e estão intimamente relacionados com
os gêneros Escherichia e Shigella. Há uma única espécie no gêneroSalmonella enterica -,
mas existem mais de 2.000 sorotipos, todos eles patogênicos para o homem e
freqüentemente para os animais. Os seres humanos são infectados por salmonelas quase
exclusivamente devido ao consumo de água e alimentos contaminados. Elas são largamente
distribuídas na natureza, com humanos e animais sendo seu reservatório primário (JAY,
LOESSNER, GOLDEN, 2005).
São habitantes comuns do trato intestinal de vários animais, principalmente galinhas
e bovinos. Em condições sanitárias precárias, podem contaminar alimentos (TORTORA,
FUNKE, CASE, 2000). A matéria fecal animal é de maior importância que a humana, e a
pele animal pode ser inicialmente contaminada pelas fezes. A Salmonella spp. é mantida na
população animal através de infecções em animais não sintomáticos e no alimento animal
(JAY, LOESSNER, GOLDEN, 2005).
No homem, as salmonelas causam vários tipos de infecções - as mais comuns são a
gastroenterite e a febre tifóide (CAMPOS, 2004) -, que ocorrem através da ingestão de
alimentos contaminados por organismos vivos e em grande número. O período de
incubação varia de acordo com o número de organismos infectantes (7 horas até vários
dias) (OLIVEIRA, 1984).
A transmissão da salmonela para o homem geralmente ocorre pelo consumo de
alimentos contaminados, embora a transmissão pessoa a pessoa possa ocorrer,
particularmente nos hospitais, ou, ainda, através do contato com animais infectados,
principalmente veterinários e trabalhadores de granjas e fazendas. Os produtos alimentícios
de origem animal, como carne, leite e ovos, constituem os veículos mais comumente
incriminados na transmissão desses microrganismos para o homem. Os ovos podem ser
contaminados a partir de rachaduras na casca ou através de infecção transovariana, ou seja,
a partir de um ovário ou oviduto infectado, para a gema, antes da deposição da casca. Além
disto, a estocagem prolongada dos ovos, a temperaturas variáveis de 18 a 30°C, favorece a
multiplicação da bactéria no seu interior. Este modo de transmissão é particularmente
difícil de ser controlado, pois as aves geralmente apresentam infecções assintomáticas.
Nestes casos, a Salmonella Enteritidis tem sido o sorovar mais comumente incriminado,
verificando-se, nos últimos anos, um aumento do seu isolamento tanto de material
biológico de origem humana como de produtos aviários, em vários países do mundo,
inclusive no Brasil (CAMPOS, 2004).
De modo geral, a prevenção das gastroenterites por salmonela tem por base a
manipulação e preparo adequado de alimentos, principalmente ovos e carnes de aves
(CAMPOS, 2004).
2.3.3.2 Escherichia coli
A Escherichia coli foi estabelecida como um patógeno de origem alimentar em
1971 quando queijos importados revelaram estar contaminados com uma cepa
enteroinvasiva que causou enfermidade em aproximadamente 400 indivíduos em 14 estados
americanos.
É uma bactéria pertencente ao gênero Enterobacteriaceae, anaeróbia facultativa e
um dos habitantes mais comuns do trato intestinal, e provavelmente o organismo mais
familiar da microbiologia. Sua presença na água e nos alimentos também é um importante
indicador de contaminação fecal. A E. coli não é normalmente considerada patogênica.
Entretanto, pode ser uma causa comum de infecções do trato urinário, e certas linhagens
produzem enterotoxinas que comumente causam a diarréia do viajante e ocasionalmente
causam várias doenças graves de origem alimentar (TORTORA, FUNKE, CASE, 2000).
Além de ser um patógeno importante, a E. coli é membro da flora intestinal normal
do homem (TRABULSI, ORDOÑEZ, MARTINEZ, 2004), sendo encontrada nas fezes de
todos os indivíduos normais (SCHEUTZ, STROCKBINE, 2005; TRABULSI, ORDOÑEZ,
MARTINEZ, 2004), e de animais. Em hospedeiros com defesas comprometidas, ela pode
ser um excelente patógeno oportunista (SCHEUTZ, STROCKBINE, 2005).
Segundo Scheutz, Strockbine (2005), a Escherichia produz ácidos fortes e
comumente gás na fermentação da D-glicose (positiva no teste vermelho de metila) e não
produz acetilmetilcarbinol (negativo no teste Voges-Proskauer).
A espécie compreende pelo menos cinco categorias de amostras que causam
infecção intestinal por diferentes mecanismos, e várias outras especificamente associadas
com infecções urinárias, meningites e provavelmente outras infecções extra-intestinais.
Cepas patogênicas de Escherichia coli são sorologicamente tipificadas do mesmo
modo que outras Enterobacteriaceae. Baseado nas síndromes e nas características da
doença, e também nos efeitos em certas culturas celulares e grupos sorológicos, cinco
grupos virulentos de E. coli são reconhecidos: enteroagregativa (EAEC),
enterohemorrágica (EHEC), enteroinvasiva (EIEC), enteropatogênica (EPEC) e
enterotoxigênica (ETEC) (JAY, LOESSNER, GOLDEN, 2005).
2.3.4 Bactérias Gram-positivas
2.3.4.1 Staphylococcus aureus
O Staphylococcus aureus é um coco Gram-positivo (TRABULSI, TEIXEIRA,
BUERIS, 2004; PELCZAR, 1996), catalase positivo (TRABULSI, TEIXEIRA, BUERIS,
2004), disposto em agrupamentos característicos; crescem bem em condições de aerobiose
e anaerobiose, mas geralmente não competem bem com outros microrganismos presentes
nos alimentos (PELCZAR, 1996; TRABULSI, TEIXEIRA, BUERIS, 2004). Uma vez em
alimentos suscetíveis, pode ser esperado que seu crescimento induza a produção de
enterotoxinas, causando síndromes severas em humanos, incluindo a gastroenterite
alimentar (TRABULSI, TEIXEIRA, BUERIS, 2004).
A síndrome do envenenamento alimentar estafilococal, ou intoxicação alimentar, foi
primeiro estudada em 1894 por J. Denys e mais tarde, em 1914, por M. A. Barber, que
produziu em si mesmo os sinais e sintomas da doença consumindo leite contaminado com a
cultura de Staphylococcus aureus.
Embora encontrado com relativa freqüência como membro da microbiota normal do
corpo humano, o Staphylococcus aureus é uma das bactérias patogênicas mais importantes,
uma vez que atua como agente de uma ampla gama de infecções, variando desde aquelas
localizadas, geralmente superficiais, até algumas disseminadas, com elevada gravidade. Em
geral, as doenças causadas por este microrganismo podem ser classificadas como somente
superficiais, invasivas ou tóxicas, ou ainda apresentar características mistas, tóxicas e
invasivas. Sua importância clínica tem variado ao longo dos anos, tendo crescido
particularmente devido ao aumento na ocorrência de infecções hospitalares graves causadas
por amostras multirresistentes (TRABULSI, TEIXEIRA, BUERIS, 2004).
As medidas preventivas mais indicadas são as precauções sanitárias durante o
preparo de alimentos perecíveis e a refrigeração do alimento a temperaturas inferiores a 6 a
7°C, devendo os alimentos não permanecerem por várias horas à temperatura ambiente
antes de serem servidos (PELCZAR, 1996).
2.3.4.2 Enterococcus faecalis
Os enterococos constituem um importante grupo de microrganismos que se
destacam, cada vez mais, como patógenos oportunistas, cuja biologia e taxonomia têm
passado por significativas alterações nos últimos anos.
São cocos Gram-positivos, anaeróbios facultativos, catalase negativos, de maior
importância em medicina humana e animal. São microrganismos nutricionalmente
exigentes, mas crescem bem em agar sangue e em caldo nutriente contendo glicose. O
arranjo celular característico é em forma de cadeias ou aos pares.
Os enterococos são membros da flora normal do trato intestinal, e são também
encontrados nas mucosas de outros tratos, embora em menor concentração. As infecções
surgem quando a bactéria se transfere a órgãos ou locais sensíveis. O trato urinário, as
feridas, sobretudo as decorrentes de cirurgias, e a corrente circulatória são os locais mais
freqüentemente infectados.
É a espécie mais freqüente do gênero Enterococcus, compreendendo cerca de 80 a
85% das amostras de enterococos isoladas de material clínico. Ganhou grande
proeminência nos últimos anos, porque se tornou um dos agentes mais importantes de
infecção hospitalar, com o agravante de ter adquirido resistência à maioria dos antibióticos,
incluindo a vancomicina.
O Enterococcus faecalis pertence ao grupo D de Lancefield. Cresce bem em agar
sangue; desenvolve colônias alfa ou não hemolíticas. Algumas amostras são β-hemolíticas.
Ele é membro da flora normal do trato intestinal, podendo ser também encontrado
na mucosa oral e vaginal e na pele. É relativamente freqüente nos alimentos, na água, no
solo e no meio ambiente em geral, inclusive no meio hospitalar. Estudos clínicos também
têm demonstrado que as infecções mais graves são causadas por amostras produtoras de
citolisina. É interessante o fato de que a citolisina expressa atividade, tanto contra células
de mamíferos como contra células bacterianas. Neste aspecto, pode ser considerada uma
bacteriocina, ativa contra Gram-positivos (estafilococos e estreptococos), mas não contra
bactérias Gram-negativas (TEIXEIRA, TRABULSI, 2004).
CAPÍTULO 2
3 ARTIGO CIENTÍFICO
Atividade antibacteriana in vitro de inflorescências de Achyrocline satureioides (Lam.)
DC. – Asteraceae – (“macela”, “marcela”) sobre agentes de interesse em alimentos
MOTA, F.M.
1
; CARVALHO, H.H.C
2
; WIEST, J.M.
1,2,*
1
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Brasil;
2
Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Brasil. * Correspondência: J.M.Wiest – ICTA/UFRGS,
Campus do Vale, Avenida Bento Gonçalves, 9500 –Caixa Postal 15090, CEP 91505-970,
Porto Alegre – RS/Brasil. E-mail: jmwiest@ufrgs.br
RESUMO
Através de Testes de Diluição em Sistema de Tubos Múltiplos determinou-se in vitro
atividade antibacteriana em inflorescências de Achyrocline satureioides (Lam.) DC. –
Asteraceae (“macela”, “marcela”), expressa como Intensidade de Atividade de Inibição
Bacteriana (IINIB / bacteriostasia) e Intensidade de Atividade de Inativação Bacteriana
(IINAB / bactericidia), a partir de formas de extração etanólica (hidroalcoolaturas) e hídrica
(decoctos), sobre inóculos padronizados de Enterococcus faecalis (ATCC 19433),
Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Escherichia coli (ATCC 11229) e Salmonella
Enteritidis (ATCC 11076). Enterococcus faecalis apresentou a maior sensibilidade, seguido
por Staphylococcus aureus, enquanto Salmonella Enteritidis e Escherichia coli
apresentaram-se mais resistentes. Dentre as formas de extração, a hidroalcoolatura
apresentou capacidade de inibição e / ou inativação intensa e seletiva frente aos quatro
inóculos bacterianos. Os decoctos mostraram-se completamente ineficazes frente às
bactérias Gram-negativas, enquanto que as Gram-positivas apresentaram somente
bacteriostasia / inibição.
Palavras-chave: Achyrocline satureioides, atividade antibacteriana, inibição bacteriana,
inativação bacteriana.
ABSTRACT:In vitro” antibacterial activity of inflorescences of Achyroclines
satureioides (Lam.) DC. – Asteraceae – (“macela”, “marcela”) on agents of interest in
food.
Dilutions Tests in Multiple Tubes System were used to establish the antibacterial activity
“in vitro” of inflorescences of Achyroclines satureioides
(Lam.) DC. – Asteraceae –
(“macela”, “marcela”), from ethanolic extracts (hydroalcoholics) and hydrics (decoction)
on pattern baterial suspension such as Enterococcus faecalis
(ATCC 19433),
Staphylococcus aureus
(ATCC 25923), Escherichia coli (ATCC 11229) and Salmonella
Enteritidis (ATCC 11076) expressed as Intensity Activity of Bacterial Inhibition (IINIB)
and Intensity Activity of Bacterial Inativation (IINAB). The mentioned extract showed to be
more sensibility with Enterococcus faecalis
, followed by Staphylococcus aureus, however
Salmonella Enteritidis
and Escherichia coli showed to be more resistent. Behind the
extraction forms, the hydroalcoholic extract presented intense and selective inhibition and /
or inactivation capacity in relation of the four agents. However the hydroalcoholic extract
presented better antibacterial activity intensity (inhibition / inativation) in relation of the
four bacterial suspensions. Decoctions showed to be completely without capacity in front of
the Gram-negatives bacterias, on the other hand the Gram-positive the bacteriostasy /
inhibition were observed.
Key words: Achyrocline satureioides
, antibacterial activity, bacterial inhibition, bacterial
inativation
INTRODUÇÃO
O uso das espécies vegetais, com fins de tratamento de doenças e seus sintomas,
remonta ao início da civilização, desde o momento em que o homem despertou para a
consciência e começou um longo percurso de manuseio, adaptação e modificação dos
recursos naturais para seu próprio benefício (Di Stasi, 1996).
Considerando as inúmeras transformações decorrentes da evolução humana,
destacando, conseqüentemente, a degradação ambiental com a escassez de recursos
naturais, Schenkel et al. (2003) afirmam que as plantas medicinais e seus extratos hoje
representam uma das alternativas entre as diversas fontes de insumos necessários à
existência da sociedade, tendo como principal vantagem o fato de ser uma fonte renovável
e, em grande parte, controlável pelo gênero humano.
Achyrocline satureioides (Lam.) DC. é uma planta pertencente à família Asteraceae,
popularmente denominada “marcela” ou mesmo “macela”. Lorenzi & Matos (2002)
relatam que Achyroclines satureioides apresenta cientificamente sinônimos como
Achyrocline candicans (Kunth) DC., Achyrocline flaccida DC., Gnaphalium satureioides
Lam., Gnaphalium candicans Kunth, sendo conhecida também pelos nomes comuns de
“macela”, “alecrim-de-parede”, “camomila-nacional”, “macela-amarela”, “macela-da-
terra”, “macela-do-campo”, “macela-do-sertão”, “macelinha”, “marcela”, “marcela-do-
campo”, dentre outros. Segundo Simões (1984) nos países vizinhos ao nosso é conhecida
por “macela galega”, “marcella hembra”, “marcelita” e “yatei-caá” (em Tupi-guarani).
Silva (1993) relata sobre a ação biológica de compostos da “macela”: que a
quercetina e a rutina vêm sendo utilizadas como constituintes de vários produtos
farmacêuticos usados para o tratamento da fragilidade capilar e fleboesclerose; que
quercetina, rutina, kaempferol-3-rhamnoglucose e luteolina demonstraram atividade
diurética; que quercetina, luteolina e kaempferol e 3-O-metilquercetina apresentaram
atividade antiespasmódica em musculatura lisa de ratos e cobaios; que o ácido cafeico e
ácido protocatéquico também mostraram atividade antiespasmódica na musculatura lisa de
ratos; que a quercetina, luteolina e 3-O-metilquercetina mostraram atividade
antiinflamatória; que a luteolina mostrou atividade hipocolerética; que a quercetina mostrou
atividade viricida a uma concentração de 100μg/mL em linhagens humanas e suínas de
herpesvírus da parainfluenza; que a 3-O-metilquercetina e derivados apresentam atividade
contra picornavírus e vírus da estomatite vesicular, sendo potentes compostos
antipoliovírus. Este autor relacionou também aos compostos flavonoídicos, principalmente
as 3-O-metilflavonas, a atividade antiviral do extrato aquoso de sumidades floridas de
marcela.
Silva (1993) relata a existência de atividade antiespasmódica em extratos alcoólicos
e hidroalcoólicos, elaborados a partir das sumidades floridas de Achyrocline satureioides e
que o extrato alcoólico foi capaz de reduzir os efeitos máximos da noradrenalina e cloreto
de bário, evidenciando a capacidade de exercer um efeito espasmolítico sobre a
musculatura lisa genital de ratos, bem como que a partir de experimentos realizados em
jejuno de rato, ducto deferente e útero de rata foram evidenciadas atividades colenolítica e
miorrelaxante do extrato aquoso de folhas/caules de Achyrocline satureioides, justificando
o uso popular do infuso como antiespasmódico.
Os extratos aquosos a frio e a quente, bem como o extrato etanólico a frio de flores
de “marcela”, apresentaram atividade antiinflamatória, no modelo de inibição do edema das
patas dos ratos produzido por carragenina. Os flavonóides quercetina, 3-metoxi-quercetina
e luteolina também apresentaram atividade antiinflamatória, no modelo de inibição do
edema das patas dos ratos produzido por carragenina. Os extratos aquosos a frio e a quente
e extrato etanólico a frio de flores de “marcela”, apresentaram ação analgésica, no modelo
de inibição dos estiramentos abdominais produzidos por injeção intraperitoneal de uma
solução de ácido acético, em camundongos. O extrato aquoso a quente de flores de
“marcela” apresentou ação sedativa central, no modelo de potenciação do sono barbitúrico
induzido pelo pentobarbital sódico, em camundongos.
Os extratos aquosos a frio e a quente e extrato etanólico a frio de flores de
“marcela”, não provocaram mudanças comportamentais nem mortes de animais de
experimentação, até 48 horas após sua administração via endovenosa (Simões, 1984).
Quanto aos aspectos químicos, diversos estudos a respeito da composição química
de Achyrocline satureioides têm sido desenvolvidos. Em geral, os estudos são efetuados
com as inflorescências, mas a composição química das folhas e caules também tem sido
objeto de estudos. Os constituintes químicos até agora identificados são flavonóides (Silva,
1993; Vendruscolo et al., 2005), sob forma de agliconas livres: isognafalina (Silva, 1993;
Simões, 1984); gnafalina; quercetina (Silva, 1993; Silva, 2003; Vendruscolo et al., 2005;
Simões, 1984); 3-metoxi-quercetina; galangina e seus 3-O-metiléteres (Silva, 2003;
Simões, 1984); luteolina (Silva, 1993; Vendruscolo et al., 2005); 7,4´-dihidroxi-5-O-
metiléter; quercetagenina; tamarixitina; 3,7-dimetoxiquercetina; 5,7,8-trimetoxiflavona; 5-
hidroxi-3,6-7-trimetoxiflavona (almustina); 7-hidroxi-3,5,8-trimetoxiflavona; 3,5,7,8-
tetrametoxiflavona; 3,5-dihidroxi-6,7,8-trimetoxiflavona e 3,5-dihidroxi-7,8-
dimetoxiflavona (Silva, 1993). Há também relatos de outros componentes isolados das
partes aéreas de Achyrocline satureioides (Lam.) DC. (Silva, 1993): ácido e ésteres cafeico,
clorogênico e isoclorogênico (Silva, 1993; Silva, 2003; Vendruscolo et al., 2005), éster de
calerianina, ácido protocatéquico (Silva, 1993; Silva, 2003; Simões, 1984), derivado da
fenilpirona, kawapirona (Silva, 1993; Silva, 2003; Simões, 1984; Vendruscolo et al., 2005),
minerais e polissacarídeos (Silva, 1993; Silva, 2003; Vendruscolo et al., 2005), óleos
essenciais (Vendruscolo et al., 2005), nor-yangonina (Silva, 2003; Simões, 1984), uma
aglicona flavonoídica polihidroxilada não identificada, 7,4´-dihidroxi-5-metoxiflavanona,
um glusodídeo desta flavanona e o 7-O-glucosídeo da 3-metoxi-quercetina (Simões, 1984).
Com relação ao aspecto quantitativo da composição química do vegetal, Silva
(1993) cita que há a predominância de agliconas flavonoídicas, identificando a quercetina e
a 3-O-metilquercetina como compostos majoritários das inflorescências de Achyrocline
satureioides, e que as atividades farmacológicas de extratos de Achyrocline satureioides
podem estar relacionadas ao teor predominante de compostos fenólicos.
A quercetina e 3,5-dihidroxi-6,7,8-trimetoxiflavona isolados de extratos acetônicos
de folhas secas de Achyrocline satureioides mostraram-se ativos frente a Staphylococcus
aureus, Bacillus subtilis, Mycobacterium smegmatis e Streptococcus faecalis (Silva, 1993).
Lemos et al. (2000) pesquisando especificamente a atividade bactericida de
inflorescências de macela (Achyrocline satureioides) demonstraram atividade bacteriana
em extratos hexânico e clorofórmico sobre oito cepas de Staphylococcus aureus isolados de
leites mamíticos subclínicos.
Simões (1984) cita também os constituintes do óleo essencial da “marcela”: α e β-
pineno, limoneno, p-cimeno, dihidrocarvona, citronelol e cariofileno. Este mesmo autor cita
ainda que a partir de uma extração etanólica inicial, seguida de fracionamento por solventes
como éter etílico e metanol e purificação por processos cromatográficos, obtiveram-se
compostos polifenólicos. Do extrato etéreo isolaram-se quatro agliconas flavonoídicas:
quercetina, 3-metoxi-quercetina, luteolina e 7,4´-dihidroxi-5-metoxiflavanona; e um ácido
fenólico do tipo cinâmico: ácido cafeico. Do extrato metanólico separaram-se dois
heterosídeos flavônicos e uma fração x
semipurificada, que por dificuldades nos processos
de purificação, teve sua elucidação estrutural parcialmente impedida. Provavelmente, seu
componente principal seja uma aglicona flavônica polihidroxilada.
No que diz respeito ao aspecto quantitativo da composição química do vegetal, foi
verificada a predominância de agliconas flavonoídicas, tendo sido constatadas em maior
quantidade, quercetina e 3-metoxi-quercetina (Simões, 1984).
Estas diferenças qualitativas e quantitativas são, possivelmente, devidas a variações
na composição química do vegetal decorrente do período do ciclo vegetativo no qual foram
coletadas as amostras, do tipo do solo, das condições climáticas, ou mesmo por se tratarem
de diferentes variedades botânicas ou espécies químicas (Simões, 1984).
Na amostra analisada de Achyrocline satureioides (Lam.) DC. (“marcela”) por
Simões (1984) foi constatada a presença de quatro agliconas flavonoídicas, quercetina, 3-
metoxi-quercetina, luteolina e 7,4´-dihidroxi-5-metoxiflavanona; dois heterosídeos
flavônicos; um ácido fenólico do tipo cinâmico, o ácido cafeico e uma outra aglicona
flavonoídica polihidroxilada não identificada.
Simões, et al. (1988) citam que as inflorescências produzem alguns flavonóides,
ácidos fenólicos e nor-yangonina, que é uma substância similar a kawapirona, e que das
partes aéreas foram isolados sesquiterpenos e derivados da fenilpirona.
Considerando a utilização medicinal da macela pela população do Rio Grande do
Sul e os diferentes estudos científicos da ação biológica desta planta, o presente trabalho se
propõe determinar a atividade antibacteriana in vitro de extratos etanólico
(hidroalcoolaturas com evaporação do etanol em sistema de rota-vapor e posterior
reconstituição hídrica sob assepsia) e hídrico (decoctos com e sem reconstituição hídrica
posterior) em inflorescências de Achyrocline satureioides (Lam.) DC. – Asteraceae –
(“macela”, “marcela”), expressa como IINIB (Intensidade de Atividade de Inibição
Bacteriana / bacteriostasia) e IINAB (Intensidade de Atividade de Inativação Bacteriana /
bactericidia) sobre bactérias de interesse em alimentos como Enterococcus faecalis (ATCC
19433), Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Escherichia coli (ATCC 11229) e
Salmonella Enteritidis (ATCC 11076). Manipulam-se, em síntese, as variáveis: bactérias
Gram-negativas e positivas, as formas de extração das soluções conservantes, os tempos de
confrontação e a presença ou ausência de desinibidores bacterianos, permanecendo
constante a concentração final das várias soluções conservantes contendo as diferentes
formas de extração.
Pretende-se ainda, neste trabalho, avaliar cientificamente a utilização da planta
como sistema antimicrobiano natural, fundamentando sua aplicação em ações básicas de
saúde e alimentação, a partir da validação de saberes e fazeres locais relacionados ao
cuidado em saúde.
MATERIAL E MÉTODOS
No presente trabalho foram utilizadas inflorescências desidratadas de Achyrocline
satureioides adquiridas de J.V.B. Chas e Temperos Gravataiense
®
, Gravataí, Região
Metropolitana de Porto Alegre / RS, constituindo-se de um “pool” de matéria prima
fornecida por produtores estabelecidos no estado do RS a esta empresa do ramo
fitoterápico. Este material de estudo foi identificado botanicamente pela bióloga Silvia
Maria Marodin (CRBioRS - 17268) a partir de literatura taxonômica e de confrontações
com exsicatas anteriormente depositadas no Herbário do Instituto de Biociências /
Departamento de Botânica da UFRGS, Porto Alegre / RS, Brasil.
As diferentes formas de extração das inflorescências de macela para a determinação
de atividade antibacteriana foram processadas segundo Farmacopéia Brasileira (1959) e
Avancini (2002) e denominadas soluções conservantes ou antibacterianas. Para a obtenção
da forma de extração hidroalcoólica partiu-se de álcool etílico de cereais à 75º GL, na
proporção de 100 g de planta seca para 1000 mL de álcool. Em um prazo não inferior a 15
dias, este extrato foi submetido à destilação fracionada sob pressão reduzida em sistema
rota-vapor, desprezando-se a porção alcoólica com posterior reidratação asséptica do
concentrado final, reestabelecendo-se assim as concentrações iniciais da planta seca no
extrato vegetal. Para obtenção dos extratos aquosos ou decoctos, foram processadas
inflorescências secas na proporção de 100 g de planta para 1000 mL de água destilada
estéril, durante quinze minutos em aquecedor de refluxo, com reconstituição ou não do
volume evaporado através de água destilada estéril. Fez-se controle de esterilidade de todos
os extratos estudados, retirando-se alíquotas de 5 mL, semeada em tubos de Caldo BHI
(Brain Hearth Infusion, OXOID), incubados aerobiamente à 37º C por até 48 horas,
confirmando-se os resultados por plaqueamento em Agar Nutriente (Nutrient Agar,
OXOID).
As formas de extração hidroalcoólicas e por decocção, de Achyrocline satureioides
(Lam.) DC. – Asteraceae – (“macela”, “marcela”), foram confrontados com amostras de
bactérias padrões da American Type Culture Colletion (ATCC), sendo duas Gram-
positivas: Staphylococcus aureus (ATCC 25.923); e Enterococcus faecalis (ATCC 19.433),
e duas Gram-negativas: Escherichia coli (ATCC 11.229) e Salmonella Enteritidis (ATCC
11.076), provenientes da coleção - bacterioteca do Laboratório de Higiene do Instituto de
Ciências e Tecnologia dos Alimentos / UFRGS, mantidas em meios nutriente (Nutrient
Agar, OXOID e BHI-Agar, OXOID), reativadas em infusão de cérebro e coração (BHI,
OXOID) à 36ºC por 18 a 24 horas de incubação aeróbia, atingindo no mínimo 1,0 x 10
8
UFC/mL, para posterior confrontação com as soluções conservantes, devidamente
fracionadas através de diluições seriais logarítmicas / concentrações bacterianas,
controladas biometricamente segundo Cavalli-Sforza (1974).
Para avaliação da atividade antibacteriana das soluções conservantes contendo as
diferentes formas de extração do “pool” de inflorescências de Achyrocline satureioides, lida
como Intensidade de Atividade de Inibição Bacteriana (IINIB / bacteriostasia) e Intensidade
de Atividade de Inativação Bacteriana (IINAB / bactericidia), utilizou-se os Testes de
Diluição segundo Deutsche Veterinärmedizinische Gesellschaft / Sociedade Alemã de
Medicina Veterinária (DVG, 1980), com base na Técnica do Sistema de Tubos Múltiplos,
modificada por Avancini (2002), confrontando as soluções conservantes com oito ou
mesmo nove diluições seriais logarítmicas (10¹ a 10
8
ou 10
9
Unidades Formadoras de
Colônias por Mililitro – UFC / mL) dos inóculos bacterianos, na dependência da
concentração atingida às 24 horas de incubação, durante sua ativação a partir da
bacterioteca.
Entende-se por IINIB (bacteriostasia), o resultado do confronto da bactéria com a
solução conservante em meio específico, e por IINAB (bactericidia), o mesmo resultado,
porém sob a influência dos desinibidores bacterianos acrescidos ao BHI (DVG, 1980;
Andrade & Macedo, 1996; Reybrouck, 1979, 1998). São, segundo Avancini (2002),
representações da atividade biológica inibitória / bacteriostasia ou inativadora / bactericidia
de diferentes soluções antibacterianas ou conservantes, sobre os microrganismos.
Os resultados de IINIB / bacteriostasia e IINAB / bactericidia foram representados
por variáveis ordinais arbitrárias, que assumiram valores de 11 a 2, indicando a intensidade
da atividade antibacteriana, como demonstra a Tabela 1.
Tabela 1 - Representação dos valores ordinais arbitrários de intensidade de atividade
atribuídos às variáveis Intensidade da Atividade de Inibição Bacteriana /
bacteriostasia (IINIB) e de Intensidade de Atividade de Inativação Bacteriana /
bactericidia (IINAB) e suas correspondentes diluições e doses infectantes dos
inóculos.
11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 Variáveis ordinais
de intensidade de
atividade
10
-1
10
-2
10
-3
10
-4
10
-5
10
-6
10
-7
10
-8
10
-9
UFC/mL
diluições dos
inóculos inibidas
ou inativadas
10
8
10
7
10
6
10
5
10
4
10
3
10
2
10
1
1 n.a. UFC/mL – doses
infectantes inibidas
ou inativadas
n.a = ausência de atividade antibacteriana
UFC/mL = Unidades Formadoras de Colônias por mililitro
A avaliação dos resultados obtidos das variáveis de IINIB e de IINAB para as
diferentes formas de extração de macela confrontadas in vitro com os agentes bacterianos
foi verificada através de análise estatística descritiva e análise de variância, com
complementação pelo Teste de Tukey segundo Cavalli-Sforza (1974).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 2 -
Intensidade de Atividade de Inibição Bacteriana (IINIB / bacteriostasia) e Intensidade
de Atividade de Inativação Bacteriana (IINAB / bactericidia) produzida por diferentes
formas de extração de inflorescências de Achyrocline satureioides (Lam.) DC.
(“macela”), na concentração de 50%, sobre inóculos bacterianos padrões, em até 144
horas de incubação aeróbia à 37°C, média de três repetições independentes.
Bactérias ATCC / Desinibidores
S.a. E.f. S.E. E.c.
Forma
de
Extração
Tempo
(hora)
IINIB IINAB IINIB IINAB IINIB IINAB IINIB IINAB
24 10,33 8,00
*
10,33 10,33 11,00 9,67 10,00 10,00
ABe Ae Be Be
48 10,33 8,67
*
10,33 10,33 11,00 11,00 10,00 10,00
ABe Ae Be Be
72 10,33 9,33
*
10,33 10,33 11,00 11,00 10,00 10,00
ABe Ae ABCe BCe
144 10,33 9,33
*
10,33 10,33 11,00 11,00 10,00 10,00
Hidroalco-
olatura
Ae Ae Be Be
Média F 10,186
24 5,00 2,00
*
10,00 2,00
*
2,00 2,00 2,00 2,00
ABe Ae Be Be
48 5,00 2,00
*
10,00 2,00
*
2,00 2,00 2,00 2,00
ABe Ae Be Be
72 6,00 2,00
*
10,00 2,00
*
2,00 2,00 2,00 2,00
ABe Ae Be Be
144 7,00 2,00
*
10,00 2,00
*
2,00 2,00 2,00 2,00
Decocto
com
reconsti-
tuição
ABe Ae Be Be
Média G 3,468
24 8,00 2,00
*
10,00 2,00
*
2,00 2,00 2,00 2,00
Ae Ae Be Be
48 9,00 2,00
*
10,00 2,00
*
2,00 2,00 2,00 2,00
Ae Ae Be Be
72 9,00 2,00
*
10,00 2,00
*
2,00 2,00 2,00 2,00
Ae Ae Be Be
144 10,00 2,00
*
10,00 2,00
*
2,00 2,00 2,00 2,00
Decocto
sem
reconsti-
tuição
Ae Ae Be Be
Média H 3,875
E.f. = Enterococcus faecalis S.E. = Salmonella Enteritidis
E.c. = Escherichia coli S.a. = Staphylococcus aureus
IINIB = sem desinibidor / bacteriostasia IINAB = com desinibidor / bactericidia
- letras maiúsculas (A, B, C) diferentes na mesma linha representam diferença significativa
analisando a resposta das quatro bactérias frente às diferentes formas de extração, independente do
tempo de atuação e da presença ou ausência de desinibidores bacterianos;
- letra minúscula (e) igual na mesma coluna indica que não há diferença significativa quando
analisados os tempos de exposição, independente da bactéria, da presença ou ausência de
desinibidores bacterianos e da forma de extração;
- letras maiúsculas (F, G, H) diferentes na mesma coluna representam diferença significativa entre
os três tipos de extração, independente do tempo de exposição, da bactéria e da presença ou
ausência de desinibidores bacterianos;
- a presença de (*) sobrescrito na mesma linha indica que há diferença significativa entre presença e
ausência de desinibidores bacterianos especificamente na bactéria em teste.
Em relação à Tabela 2, o teste de Tukey referente às quatro bactérias demonstrou
ser o Enterococcus faecalis o agente mais sensível à forma de extração hidroalcoólica,
seguido pelo Staphylococcus aureus, enquanto a Salmonella Enteritidis e a Escherichia coli
apresentaram-se mais resistentes a esta solução conservante, não havendo diferença
significativa entre si (p >0,05). Verifica-se ainda diferença significativa entre os quatro
inóculos bacterianos confrontados (p < 0,05) independentemente dos tempos de exposição
e presença ou ausência de desinibidores bacterianos. Independente dos inóculos desafiados,
não houve diferença significativa (p > 0,05) entre os tempos de exposição, diferença que se
manteve considerando-se cada um dos inóculos, especificamente. Independentemente de
bactéria houve diferença significativa (p < 0,05) de resultados de IINIB e IINAB (ausência
ou presença de desinibidores bacterianos), mas considerando-se a especificidade bacteriana
houve diferença entre Staphylococcus aureus e Enterococcus faecalis (p < 0,05), não
havendo significância entre Salmonella Enteritidis e Escherichia coli. Considerando, por
sua vez, as diferentes formas de extração, frente a todos os inóculos, houve diferença
significativa (p < 0,05); a extração por hidroalcoolatura apresentou diferença significativa
quando relacionada aos dois tipos de decocto (p < 0,05), embora estes últimos (com e sem
reconstituição hídrica sob assepsia) não apresentaram diferença entre si (p > 0,05).
Os resultados permitem concluir, nas condições do experimento, que as soluções
conservantes a partir das diferentes formas de extração das inflorescências de Achyrocline
satureioides (Lam.) DC. – Asteraceae –, apresentaram eficácia bacteriostática e bactericida
diferenciadas, sendo que a hidroalcoolatura apresentou capacidade de inibição e / ou
inativação intensa e seletiva frente aos quatro inóculos bacterianos, enquanto que os
decoctos mostraram-se completamente ineficazes frente às bactérias Gram-negativas, e as
Gram-positivas, somente bacteriostasia / inibição. Independente da forma de extração, do
tempo de confrontação e da presença ou ausência dos desinibidores, Enterococcus faecalis
apresentou a maior sensibilidade, seguido por Staphylococcus aureus, enquanto Salmonella
Enteritidis e Escherichia coli apresentaram-se mais resistentes. Estes resultados coincidem
aos de Silva (1993) e aos de Lemos et al. (2000) em relação às bactérias Gram-positivas
apresentarem-se mais sensíveis. Dorman & Deans (2000), entretanto, embora trabalhando
com óleos essenciais de plantas diferentes, afirmam que os agentes Gram-positivos
apresentam maior tendência de resistência a extratos vegetais.
A pesquisa da atividade antimicrobiana em plantas com indicativos medicinal,
condimentar ou alimentar, dentro do princípio da triagem com droga crua, vem merecendo
ênfase, demonstrada por autores como: Avancini (2002) avaliando 36 plantas com
indicativo etnográfico medicinal da Mata Atlântica residual em Porto Alegre, com ênfase à
escadinha ou sinapismo (Hypericum caprifoliatum); Carvalho et. al. (2005) envolvendo
bacteriostasia e bactericidia de 32 plantas com indicativo condimentar; Sousa & Wiest
(2007) pesquisando especificamente bacteriostasia e bactericidia de garupá (Aloysia
gratissima); Santos et al. (2007) investigando a atividade antimicrobiana do látex da
mangabeira (Hancomia speciosa), bem como Alvarenga et al. (2007) testando atividade
antimicrobiana de extratos vegetais em bactérias patogênicas humanas.
Nas condições do experimento, os resultados permitem concluir, outrossim, que
Achyroclines satureioides, a “macela”, apresenta potencialidades quanto à atividade
antibacteriana com vistas a sua aplicação em ações básicas no cuidado em saúde, uma vez
consideradas as formas de extração, a concentração das soluções conservantes ou
antibacterianas e os próprios agentes causais envolvidos, entre outros fatores.
AGRADECIMENTO
Ao CNPq, pelo apoio e financiamento continuados.
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ANEXOS
ANEXO A
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre os formas de extração decocto concentrado, decocto
rehidratado e extrato hidroalcoólico frente as quatro bactérias confrontadas na presença e na
ausência de desinibidor no período de 24 horas
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Bactérias
Método de
Extração
Desinibidor
Resíduo
3
2
1
65
89,95
656,20
102,72
236,41
29,98
328,10
102,72
3,64
8,24**
90,14**
28,22**
Total 71 1085,28
** = muito significativo (p = 0,99)
MÉDIAS DO DESINIBIDOR
Tratamento Média
Sem Desinibidor 6,89
Com Desinibidor 4,50
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 9,96 (A)*
DC 3,75 (B)
DR 3,38 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
TESTE DE TUKEY PARA BACTÉRIAS
Bactérias Médias
E. faecalis
7,44 (A)*
S. aureus
5,89 (AB)
S. Enteritidis 4,78 (B)
E. coli
4,67 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO B
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre as formas de extração decocto concentrado, decocto
rehidratado e extrato hidroalcoólico frente as quatro bactérias confrontadas na presença e na
ausência de desinibidor no período de 48 horas
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Bactérias
Método de
Extração
Desinibidor
Resíduo
3
2
1
65
91,00
670,36
102,72
252,36
30,33
335,18
102,72
3,88
7,82**
86,39**
26,47**
Total 71 1116,44
** = muito significativo (p = 0,99)
MÉDIAS DO DESINIBIDOR
Tratamento Média
Sem Desinibidor 6,97
Com Desinibidor 4,58
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,08 (A)*
DC 3,88 (B)
DR 3,38 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
TESTE DE TUKEY PARA BACTÉRIAS
Bactérias Médias
E. faecalis
7,44 (A)*
S. aureus
6,17 (AB)
S. Enteritidis 4,83 (B)
E. coli
4,67 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO C
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre as formas de extração decocto concentrado, decocto
rehidratado e extrato hidroalcoólico frente as quatro bactérias confrontadas na presença e na
ausência de desinibidor no período de 72 horas
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Bactérias
Método de
Extração
Desinibidor
Resíduo
3
2
1
65
90,22
699,53
98,00
263,36
30,07
349,77
98,00
4,05
7,42**
86,36**
24,20**
Total 71 1151,11
** = muito significativo (p = 0,99)
MÉDIAS DO DESINIBIDOR
Tratamento Média
Sem Desinibidor 7,06
Com Desinibidor 4,72
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,29 (A)*
DC 3,88 (B)
DR 3,50 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
TESTE DE TUKEY PARA BACTÉRIAS
Bactérias Médias
E. faecalis
7,44 (A)*
S. aureus
6,44(AB)
S. Enteritidis 5,00 (ABC)
E. coli
4,67 (BC)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO D
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre as formas de extração decocto concentrado, decocto
rehidratado e extrato hidroalcoólico frente as quatro bactérias confrontadas na presença e na
ausência de desinibidor no período de 144 horas
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Bactérias
Método de
Extração
Desinibidor
Resíduo
3
2
1
65
1,23
98,38
676,36
112,50
288,70
32,79
338,18
112,50
4,44
7,39**
76,17**
25,34**
Total 71 1175,94
** = muito significativo (p = 0,99)
MÉDIAS DO DESINIBIDOR
Tratamento Média
Sem Desinibidor 7,22
Com Desinibidor 4,72
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,29 (A)*
DC 4,00 (B)
DR 3,69 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
TESTE DE TUKEY PARA BACTÉRIAS
Bactérias Médias
E. faecalis
7,44 (A)*
S. aureus
6,78(A)
S. Enteritidis 5,00 (B)
E. coli
4,67 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO E
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre bactérias e formas de extração
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Bactérias
Formas de
extração
Resíduo
3
2
282
364,25
2698,94
1468,81
121,42
1349,47
5,21
23,31 **
259,02**
Total 287 4532
** = muito significativo (p = 0,99)
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,16 (A)*
DC 3,88 (B)
DR 3,47 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
TESTE DE TUKEY PARA BACTÉRIAS
Bactérias Médias
E. faecalis
7,44 (A)*
S. aureus
6,32(AB)
S. Enteritidis 4,90 (B)
E. coli
4,67 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO F
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre tempos de exposição e formas de extração
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Tempos de
exposição
Formas de
extração
3
2
282
3,22
2698,94
112,50
1,07
1349,47
112,50
0,16 ns
207,93**
Total 287 4532
ns = não significativo (p= 0,95)
** = muito significativo (p = 0,99)
TEMPOS DE EXPOSIÇÃO (horas)
Tempos de Exposição Médias
24 5,69
48 5,78
72 5,89
144 5,97
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,16 (A)*
DC 3,88 (B)
DR 3,47 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO G
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre formas de extração e tempo de exposição
Staphylococcus aureus
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Tempos de
exposição
Formas de
extração
Resíduo
3
2
66
7,82
415,19
410,64
2,61
207,60
6,22
0,42ns
33,38**
Total 71 833,65
ns = não significativo (p= 0,95)
** = muito significativo (p = 0,99)
TEMPOS DE EXPOSIÇÃO (horas)
Tempos de Exposição Médias
24 5,89
48 6,17
72 6,44
144 6,78
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 9,58 (A)*
DC 5,50 (B)
DR 3,88 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO H
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre formas de extração e tempos de exposição
Enterococcus faecalis
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Tempos de
exposição
Formas de
extração
Resíduo
3
2
66
0,00
300,45
733,33
0,00
150,23
11,11
0,00
13,32**
Total 71 1073,78
** = muito significativo (p = 0,99)
TEMPOS DE EXPOSIÇÃO (horas)
Tempos de Exposição Médias
24 7,44
48 7,44
721 7,44
144 7,44
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,33 (A)*
DC 6,00 (B)
DR 6,00 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO I
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre formas de extração e tempos de exposição
Salmonella Enteritidis
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Tempos de
exposição
Formas de
extração
Resíduo
3
2
66
0,71
1213,36
22,25
0,24
606,68
0,34
0,70ns
1784,35**
Total 71 1236,32
ns = não significativo (p= 0,95)
** = muito significativo (p = 0,99)
TEMPOS DE EXPOSIÇÃO (horas)
Tempos de Exposição Médias
24 7,44
48 7,44
721 7,44
144 7,44
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,33 (A)*
DC 6,00 (B)
DR 6,00 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO J
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre formas de extração e tempos de exposição
Escherichia coli
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Tempos de
exposição
Formas de
extração
Resíduo
3
2
66
0,00
1024,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Total 71 1024,00
ns = não significativo (p= 0,95)
** = muito significativo (p = 0,99)
TEMPOS DE EXPOSIÇÃO (horas)
Tempos de Exposição Médias
24 4,78
48 4,78
72 4,78
144 4,78
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,00 (A)*
DC 2,00 (B)
DR 2,00 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO K
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre bactérias e formas de extração no período de 24 horas
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(
GL
)
Soma de Quadrados
(
SQ
)
Quadrado Médio
(
QM
)
F
Bactérias
Formas de
extração
Resíduo
3
2
66
89,95
656,20
339,13
29,98
328,10
5,14
5,83**
63,83**
Total 71 1085,28
** = muito significativo (p = 0,99)
TESTE DE TUKEY PARA BACTÉRIAS
Bactérias Médias
E. faecalis
7,44 (A)*
S. aureus
5,89(AB)
S. Enteritidis 4,78 (B)
E. coli
4,67 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 9,96 (A)*
DC 3,75 (B)
DR 3,38 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO L
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre bactérias e formas de extração no período de 48 horas
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Bactérias
Formas de
extração
Resíduo
3
2
66
91,00
670,36
355,08
30,33
335,18
5,38
5,64**
63,30**
Total 71 1116,44
** = muito significativo (p = 0,99)
TESTE DE TUKEY PARA BACTÉRIAS
Bactérias Médias
E. faecalis
7,44 (A)*
S. aureus
6,17 (AB)
S. Enteritidis 4,83 (B)
E. coli
4,67 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,08 (A)*
DC 3,88 (B)
DR 3,38 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO M
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre bactérias e formas de extração no período de 72 horas
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Bactérias
Formas de
extração
Resíduo
3
2
66
90,22
699,53
361,36
30,07
349,77
5,48
5,49**
63,83**
Total 71 1151,11
** = muito significativo (p = 0,99)
TESTE DE TUKEY PARA BACTÉRIAS
Bactérias Médias
E. faecalis
7,44 (A)*
S. aureus
6,44(AB)
S. Enteritidis 5,00 (B)
E. coli
4,67 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,29 (A)*
DC 3,88 (B)
DR 3,50 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO N
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre bactérias e formas de extração no período de 144 horas
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Bactérias
Formas de
extração
Resíduo
3
2
66
98,38
673,36
404,20
32,79
336,88
6,12
5,36**
55,05**
Total 71 1175,94
** = muito significativo (p = 0,99)
TESTE DE TUKEY PARA BACTÉRIAS
Bactérias Médias
E. faecalis
7,44 (A)*
S. aureus
6,78(AB)
S. Enteritidis 5,00 (B)
E. coli
4,67 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,29 (A)*
DC 4,00 (B)
DR 3,63 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO O
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre formas de extração e desinibidor frente a todas as bactérias
no período de 24 horas
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Desinibidor
Método de
extração
Resíduo
1
2
68
102,72
656,20
326,36
102,72
328,10
4,80
21,40**
68,35**
Total 71 1085,28
** = muito significativo (p = 0,99)
MÉDIAS DO DESINIBIDOR
Tratamento Média
Sem Desinibidor 6,89
Com Desinibidor 4,50
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 9,96 (A)*
DC 3,75 (B)
DR 3,38 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO P
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre formas de extração e desinibidor frente a todas as bactérias
no período de 48 horas
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Desinibidor
Método de
extração
Resíduo
1
2
68
102,72
670,36
343,36
102,72
335,18
5,05
20,34**
66,37**
Total 71 1116,44
** = muito significativo (p = 0,99)
MÉDIAS DO DESINIBIDOR
Tratamento Média
Sem Desinibidor 6,97
Com Desinibidor 4,58
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,08 (A)*
DC 3,88 (B)
DR 3,38 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO Q
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre formas de extração e desinibidor frente a todas as bactérias
no período de 72 horas
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Desinibidor
Método de
extração
Resíduo
1
2
68
98,00
699,53
353,58
98,00
349,77
5,20
18,85**
67,26**
Total 71 1151,11
** = muito significativo (p = 0,99)
MÉDIAS DO DESINIBIDOR
Tratamento Média
Sem Desinibidor 7,06
Com Desinibidor 4,72
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,29 (A) *
DC 3,88 (B)
DR 3,50 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO R
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre formas de extração e desinibidor frente a todas as bactérias
no período de 144 horas
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Desinibidor
Método de
extração
Resíduo
1
2
68
112,50
673,36
390,08
112,50
336,68
5,74
19,60**
58,66**
Total 71 1175,94
** = muito significativo (p = 0,99)
MÉDIAS DO DESINIBIDOR
Tratamento Média
Sem Desinibidor 7,22
Com Desinibidor 4,72
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,29 (A)*
DC 4,00 (B)
DR 3,36 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO S
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre a presença e a ausência do desinibidor frente às formas de
extração e tempo de exposição
Staphylococcus aureus
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Tempo de
exposição
Método de
extração
Desinibidor
Resíduo
3
2
1
65
7,83
415,20
300,13
110,49
2,61
207,60
300,13
1,70
1,36ns
122,12**
176,55**
Total 71 833,65
ns = não significativo (p= 0,95)
** = muito significativo (p = 0,99)
TEMPOS DE EXPOSIÇÃO (horas)
Tempos de Exposição Médias
24 5,89
48 6,17
72 6,44
144 6,78
MÉDIAS DO DESINIBIDOR
Tratamento Média
Sem Desinibidor 8,36
Com Desinibidor 4,28
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 9,58 (A)*
DC 5,50 (B)
DR 3,88 (C)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO T
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre a presença e a ausência do desinibidor frente às formas de
extração e tempo de exposição
Enterococcus faecalis
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Tempo de
exposição
Formas de
extração
Desinibidor
Resíduo
3
2
1
65
0,00
300,45
512,00
261,33
0,00
150,23
512,00
4,02
0,00
37,37**
127,36**
Total 71 1073,78
** = muito significativo (p = 0,99)
TEMPOS DE EXPOSIÇÃO (horas)
Tempos de Exposição Médias
24 7,44
48 7,44
72 7,44
144 7,44
MÉDIAS DO DESINIBIDOR
Tratamento Média
Sem Desinibidor 10,11
Com Desinibidor 4,78
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,33 (A)*
DC 6,00 (B)
DR 6,00 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO U
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre a presença e a ausência do desinibidor frente às formas de
extração e tempo de exposição
Salmonella Enteritidis
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Tempo de
exposição
Formas de
extração
Desinibidor
Resíduo
3
2
1
65
0,71
1213,36
0,68
21,57
0,24
606,68
0,68
0,33
0,73ns
1838,42**
2,06ns
Total 71 1236,32
ns = não significativo (p= 0,95)
** = muito significativo (p = 0,99)
MÉDIAS DO DESINIBIDOR
Tratamento Média
Sem Desinibidor 5,00
Com Desinibidor 4,81
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,71 (A)*
DC 2,00 (B)
DR 2,00 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO V
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados entre a presença e aausência do desinibidor frente às formas de
extração e tempo de exposição
Escherichia coli
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Tempo de
exposição
Formas de
extração
Desinibidor
Resíduo
3
2
1
65
0,00
1024,00
0,00
512,00
0,00
512,00
0,00
7,88
0,00
-
0,00
Total 71 1024,00
** = muito significativo (p = 0,99)
MÉDIAS DO DESINIBIDOR
Tratamento Média
Sem Desinibidor 4,67
Com Desinibidor 4,67
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,00 (A)*
DC 2,00 (B)
DR 2,00 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO X
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados por bactérias entre formas de extração e tempo de exposição
Staphylococcus aureus
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Tempo de
exposição
Formas de
extração
Resíduo
3
2
66
7,82
415,19
410,64
2,61
207,60
6,22
0,42ns
33,38**
Total 71 833,65
ns = não significativo (p = 0,95)
** = muito significativo (p = 0,99)
TEMPOS DE EXPOSIÇÃO (horas)
Tempos de Exposição Médias
24 5,89
48 6,17
72 6,44
144 6,78
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 9,58 (A)*
DC 5,50 (B)
DR 3,88 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO Z
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados por bactérias entre formas de extração e tempo de exposição
Enterococcus faecalis
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Tempo de
exposição
Formas de
extração
Resíduo
3
2
66
0,00
300,45
773,33
0,00
150,23
11,72
0,00
12,82**
Total 71 1073,78
** = muito significativo (p = 0,99)
TEMPOS DE EXPOSIÇÃO (horas)
Tempos de Exposição Médias
24 7,44
48 7,44
72 7,44
144 7,44
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,33 (A)*
DC 6,00 (B)
DR 6,00 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95).
ANEXO AA
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados por bactérias entre formas de extração e tempo de exposição
Salmonella Enteritidis
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Tempo de
exposição
Formas de
extração
Resíduo
3
2
66
0,71
1213,36
22,25
0,24
606368
0,34
0,71ns
1784,35**
Total 71 1236,32
ns = não significativo (p = 0,95)
** = muito significativo (p = 0,99)
TEMPOS DE EXPOSIÇÃO (horas)
Tempos de Exposição Médias
24 4,78
48 4,83
72 5,00
144 5,00
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,71(A)*
DC 2,00 (B)
DR 2,00 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO BB
ANÁLISE DE VARIÂNCIA
Comparação de resultados por bactérias entre formas de extração e tempo de exposição
Escherichia coli
Fontes de
Variação
Graus de Liberdade
(GL)
Soma de Quadrados
(SQ)
Quadrado Médio
(QM)
F
Tempo de
exposição
Formas de
extração
Resíduo
3
2
66
0,00
1024,00
0,00
0,00
512,00
0,00
0,00
-
Total 71 1024,00
** = muito significativo (p = 0,99)
TEMPOS DE EXPOSIÇÃO (horas)
Tempos de Exposição Médias
24 4,67
48 4,67
72 4,67
144 4,67
TESTE DE TUKEY PARA FORMAS DE EXTRAÇÃO
Formas de Extração Médias
EH 10,00 (A)*
DC 2,00 (B)
DR 2,00 (B)
* Médias indicadas pela mesma letra não diferem significativamente entre si (p = 0,95)
ANEXO CC
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