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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSTITUTO DE CIENCIAS EXATAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS
CRONOESTRATIGRAFIA E INTERPRETAÇÃO
PALEOAMBIENTAL DE DEPÓSITOS MIOCENOS DA
FORMAÇÃO SOLIMÕES, REGIÃO DE COARI, AM.
ROSEMERY ROCHA DA SILVEIRA
Manaus
2005
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ii
ROSEMERY ROCHA DA SILVEIRA
CRONOESTRATIGRAFIA E INTERPRETAÇÃO
PALEOAMBIENTAL DE DEPÓSITOS MIOCENOS DA
FORMAÇÃO SOLIMÕES, REGIÃO DE COARI, AM.
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Geociências da
Universidade Federal do Amazonas,
como requisito parcial para obtenção do
Título de Mestre em Geologia. Área de
concentração: Geologia Regional.
Orientador: Prof. AFONSO CÉSAR RODRIGUES NOGUEIRA, Dr.
Co-Orientador: MITSURU ARAI, Dr.
Manaus
2005
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ROSEMERY ROCHA DA SILVEIRA
CRONOESTRATIGRAFIA E INTERPRETAÇÃO
PALEOAMBIENTAL DE DEPÓSITOS MIOCENOS DA
FORMAÇÃO SOLIMÕES, REGIÃO DE COARI, AM.
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Geociências da
Universidade Federal do Amazonas,
como requisito parcial para obtenção do
Título de Mestre em Geologia. Área de
concentração: Geologia Regional.
Dissertação Aprovada em:
BANCA EXAMINADORA
Prof. Afonso César Rodrigues Nogueira, Dr. - Orientador
Universidade Federal do Amazonas - UFAM
José Ricardo Maizatto, Dr.
Centro de Pesquisa da Petrobrás - CENPES/RJ
Maria Lúcia Absy, Dra.
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Manaus
2005
iv
À minha família, pelo constante incentivo.
v
AGRADECIMENTOS
Reservo esta página para externar meus mais sinceros agradecimentos a todos que
direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho, em
especial:
A doutor Afonso César Rodrigues Nogueira a realização deste,
cujo apoio e questionamentos sempre embasados cientificamente
estimularam e preconizaram a inserção de novos conhecimentos;
A Mitsuru Arai por sua co-orientação, presteza na correção e por
suas valiosas sugestões;
Ao Programa de Pós-Graduação em Geociências da Universidade
Federal do Amazonas, pela infraestrutura e apoio externado;
A Prof. Adriana Horbe pelo apoio principalmente através do
projeto coordenado por ela (CTPETRO-CNPq, 460223/01-1);
As doutoras Maria Lúcia Absy e José Ricardo Maizatto por
colaborarem na composição da banca de defesa desta;
A FAPEAM que me apoiou financeiramente durante parte desta
jornada;
Aos geólogos Cecília Lana, Elizabete Pedrão e José Henrique G.
Melo, pelo profissionalismo e ajuda incondicional;
A Igor Augusto Almeida e Sérgio Caixão, Renatinho, Eduardo e
Simoninha, pela ajuda e carinho dispensados.
E aos meus amigos José Bandeira, Joelson Lima Soares,
Humberto Dias Abinader, Mônica Elizeth Freitas e Maria Custódia
pela ajuda e apoio. Aos colegas pelo companheirismo e
desprendimento;
Em particular à Fabio Fernandes, por sua ajuda, sugestões,
paciência e carinho em todo o decorrer dessa jornada.
vi
Ficha catalográfica elaborada por:
Universidade Federal do Amazonas
Cronoest
ratigrafia e Interpretação Ambiental dos Depósitos
Miocênicos da Formação Solimões, região de Coari, AM. / Manaus,
2005.
111 p. ilust.
1. Cronoestratigrafia e Interpretação Ambiental -
Coari 2.
Depósitos Miocênicos da Formação Solimões - Região de
Coari, AM
I. Título.
vii
“Estudai a natureza e, mesmo o que não
puderdes compreender, admirai.
Em todo o universo há beleza e harmonia”.
Ieda Graci
v
SUMÁRIO
RESUMO.................................................................................................................... ix
ABSTRACT................................................................................................................. x
PARTE 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................... 11
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ............................................................................... 11
1.1. Apresentação..................................................................................................11
1.2. Objetivo..........................................................................................................12
1.3. Área de Estudo e Base de Dados....................................................................12
CAPÍTULO 2 - MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................ 14
2.1. Coleta Sistemática de Amostras......................................................................14
2.2. Técnica de Preparação das Amostras..............................................................14
2.3. Análise Palinológica........................................................................................16
2.4. Análise Sedimentológica.................................................................................17
CAPÍTULO 3 - A BACIA DO SOLIMÕES ............................................................. 19
3.1. Geologia Regional...........................................................................................19
3.2. Formação Solimões.........................................................................................22
3.2.1. Estratigrafia e Paleoambiente...................................................................22
3.2.2. Paleontologia............................................................................................23
3.2.3. Idade com Base em Palinomorfos............................................................24
PARTE 2 - RESULTADOS....................................................................................... 25
CAPÍTULO 4 - A FORMAÇÃO SOLIMÕES NA REGIÃO DE COARI ............... 25
4.1. Aspectos Faciológicos e Estratigráficos......................................................25
4.2. Interpretação Paleoambiental......................................................................27
CAPÍTULO 5 - PALINOMORFOS........................................................................... 30
5.1. Introdução .......................................................................................................30
5.2. Descrição Sistemática .....................................................................................31
5.2.1. FUNGI .....................................................................................................31
5.2.2. ALGAE ....................................................................................................33
5.2.3. ACRITARCHA........................................................................................33
5.2.4. SPORITES ...............................................................................................34
Classe MONOLETES IBRAHIM, 1933............................................................34
Classe TRILETES REINSCH emend. DETTMANN, 1963..............................37
5.2.5. POLLENITES..........................................................................................45
Classe INAPERTURATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950 .................45
Classe FENESTRATAE VAN DER HAMMEN, 1956b ..................................46
Classe MONOCOLPATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950 .................48
Classe MONOPORATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950....................51
Classe DIPOCOLPATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950 ....................52
Classe TRICOLPATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950 .......................53
Classe TRIPORATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950 .........................54
Classe TRICOLPORATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950..................57
Classe STHEPHANOCOLPATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950......61
Classe STHEPHACOLPORATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950......62
v
Classe PERIPORATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950 .......................62
Classe POLYADEAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950 ..........................65
5.2.6. SACCITES...............................................................................................65
5.3. Análise Bioestratigráfica.................................................................................68
5.4. Análise Cronoestratigráfica.............................................................................70
PARTE 3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................. 71
CAPÍTULO 6 - DISCUSSÕES E INTERPRETAÇÕES .......................................... 71
6.1. Aspectos Paleoambientais da Formação Solimões com Base no Conteúdo
Palinológico ...........................................................................................................71
6.2. Eventos erosivos na sucessão Solimões..........................................................79
6.3. Correlação com outras unidades do Mioceno da Amazônia...........................80
CAPÍTULO 7 - CONCLUSÕES ............................................................................... 81
CAPÍTULO 8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................. 83
ANEXOS ................................................................................................................... 92
xiv
LISTA DE QUADROS E TABELAS
QUADRO 1 - CLASSIFICAÇÃO HIERÁRQUICA DOS SUBAMBIENTES EM RIOS
MEANDRANTES PROPOSTA POR SHANSTER (1951) E ALLEN (1965)
(IN: SELLEY, 1988)........................................................................................28
QUADRO 2 - ZONEAMENTOS PALINOESTRATIGRÁFICOS DO NORTE DA
AMÉRICA DO SUL (MODIFICADO DE LEITE, 1997)...............................70
TABELA 1. REPRESENTAÇÃO DAS UNIDADES BIOESTRATIGRÁFICAS E
CRONOESTRATIGRÁFICAS IDENTIFICADAS NA REGIÃO DE
COARI (PERFIS SIMPLIFICADOS)...................................................71
TABELA 2 - PALINOMORFOS DA UNIDADE INFERIOR DA FORMAÇÃO
SOLIMÕES. ABREVIATURAS: P01, P02, P03, P09, P12 E P13 = PERFIS
ANALISADOS, E = ESPORO, P = GRÃO DE PÓLEN, A = ALGA, F =
FUNGO, X = ACRITARCA, R = RETRABALHAMENTO E CONT =
CONTAMINANTES.......................................................................................79
xiv
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Mapa geológico e de localização dos pontos de estudo, região de Coari,
Amazonas....................................................................................................................13
FIGURA 2 - Mapa de localização da Bacia do Solimões (Modificado de BARROSO,
2001)........................................................................................................................................19
FIGURA 3 - Carta Estratigráfica da Bacia do Solimões (Modificado de EIRAS et. al,
1994).......................................................................................................................................21
FIGURA 4 - (A) Unidades da Formação Solimões aflorantes na margem direita do Rio
Solimões, região de Coari, afloramento 2. O contato entre as associações 1 (pelito) e 2
(arenito - pelito); notar base do canal com estratificação inclinada heterolítica. B) Base do
canal marcada por fragmentos de madeira. C) Detalhe da estratificação inclinada cruzada
heterolítica...............................................................................................................................27
FIGURA 5 - Distribuição vertical dos palinomorfos encontrados em afloramentos as
margens do Rio Solimões, região de Coari, Bacia do Solimões, AM........................67
FIGURA 6 -
Representação gráfica quantitativa (porcentagem) dos principais palinomorfos
encontrados no ponto 02, a margem direita do Rio Solimões, região de Coari, Amazonas
(300 grãos contados por amostra)
..................................................................................73
FIGURA 7 -
Representação gráfica quantitativa (porcentagem) dos principais palinomorfos
encontrados no ponto 09, a margem direita do Rio Solimões, região de Coari, Amazonas
(300 grãos contados por amostra)
..................................................................................74
xiv
FIGURA 8 -
Representação gráfica quantitativa (porcentagem) dos principais palinomorfos
encontrados no ponto 11, a margem esquerda do Rio Solimões, região de Coari, Amazonas
(300 grãos contados por amostra)
..................................................................................75
FIGURA 9 -
Representação gráfica quantitativa (porcentagem) dos principais palinomorfos
encontrados no ponto 12, a margem direita do Rio Solimões, região de Coari, Amazonas
(300 grãos contados por amostra)
..................................................................................76
FIGURA 10 -
Representação gráfica quantitativa (porcentagem) dos principais
palinomorfos encontrados no ponto 13, a margem direita do Rio Solimões, região de Coari,
Amazonas (300 grãos contados por
amostra)
........................................................................................................................77
FIGURA 11 - Mapa Gravimétrico Bourguer da Bacia do Amazonas, em vermelho
isópacas (Modificado de WANDERLEY FILHO, 1991)...........................................81
xiv
RESUMO
O Mioceno representa um dos períodos da evolução da Terra caracterizado
por pronunciadas mudanças climáticas e bioevolutivas associadas a expressivas
transgressões marinhas. Na América do Sul, estes eventos foram concomitantes com
o contínuo soerguimento da Cordilheira dos Andes causando significativas
modificações paleogeográficas e paleoambientais no continente. Na região centro-
ocidental da Amazônia, o estudo palinológico e estratigráfico de depósitos miocenos
na Formação Solimões, identificou duas associações de fácies, recobertas
discordantemente por depósitos pleistocenos da Formação Içá: 1) Associação 1-
pelito laminado, caracterizada por pelitos cinza ricos em matéria orgânica,
relacionada a um ambiente lacustre; e 2) Associação 2- arenito e pelito com
estratificação inclinada heterolítica representativa de um sistema fluvial meandrante.
O influxo continental é indicado pela ocorrência de fitoclastos e esporos de algas de
água doce (Ovoidites). A idade neomiocena para a Formação Solimões na região de
Coari é indicada pela ocorrência de Echitricolporites spinosus (Superzone X sensu
Muller et al., 1987) e presença de Echiperiporites akanthos, que não atinge o
Plioceno. Palinomorfos transportados como Crassoretitriletes vanraadshoovenii e
Grimsdalea magnaclavata, formas comumente encontradas no Mesomioceno,
confirmam a idade neomiocena e o evento erosivo durante o Mesomioceno. Além
disso, a erosão concomitante de rochas paleozóicas da borda oeste da Bacia do
Amazonas é indicada pela abundância de acritarcos neodevonianos retrabalhados.
xiv
ABSTRACT
The Miocene is one of the periods of Earth characterized by pronounced
climatic and bioevolutive changes associates to the expressive marine transgressions.
In the South America, these events were concomitant with the progressive uplift of
Andes cordillera causing significant paleogeographical and paleoenvironmental
modifications. In the center-western region of the Amazônia, the palynologic and
stratigraphic studies of Miocene Solimões Formation identified two facies
associations, unconformably overlain by Pleistocene siliciclastic deposits of Içá
Formation: 1) The Association 1- laminated pelite, characterized by grey pelites with
concentration of organic matter, related to an lacustrine environment; and 2)
Association 2 sandstone and pelite with heterolithic inclined stratification
representative of a meandering fluvial system. The continental inflow is indicated by
abundance of phytoclast and fresh water algae (Ovoidites). The Neomiocene age for
the Solimoes Formation on the Coari region is indicated by occurrence of
Echitricolporites spinosus (Superzone X sensu Muller et al., 1997) and confirmed by
the presence of Echiperiporites akanthos, it doesn´t reach the Pliocene epoch.
Reworked palynomorphs as Crassoretitriletes vanraadshoovenii and Grimsdalea
magnaclavata, forms commonly found in the Mesomiocene, confirm the
Neomiocene age and the erosive event during Mesomiocene. Additionally, the
concomitant erosion of Paleozoic rocks of western border of Amazonas basin is
indicated by abundant Neodevonian acritarchs.
11
PARTE 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
1.1. Apresentação
A partir da década de 70, intensas pesquisas de cunho geológico foram
desencadeadas nas bacias sedimentares do Brasil, devido a grande demanda por
recursos energéticos, particularmente hidrocarbonetos.
As investigações enfocavam, em especial, os estratos paleozóicos ou
cretáceos, devido a maior concentração de hidrocarbonetos, enquanto que os
depósitos neógenos eram pouco estudados e careciam interpretações paleoambientais
e bioestratigráficas A partir de estudos realizados, na década de 80, no extremo oeste
e parte Ocidental da Amazônia, o Neógeno começou a ser melhor compreendido, em
particular o Mioceno. Este período é de particular interesse geo-histórico, visto que
se processaram significativas mudanças paleogeográficas globais, aliadas as grandes
variações climáticas na história da Terra, o que resultou em oscilações globais do
nível do mar (SALGADO-LABOURIAU, 1994; HOLBOURN et al, 2004).
A Bacia do Solimões é representa, dentre as bacias paleozóicas, um dos
maiores pólos petrolífero do Brasil, e a mais produtiva em área continental, e devido
a sua importância, a necessidade de melhor compreensão sobre a sua história
evolutiva e posicionar as unidades estratigráficas. Embora a bioestratigrafia em
subsuperfície de unidades fanerozóicas esteja bem estabelecida, ainda é deficiente o
estudo cronoestratigráfico de afloramentos, em particular no que concerne à análise
micropaleontológica. Além disso, ainda existem poucos estudos sobre o Neógeno da
Amazônia enfocando a análise dos ambientes deposicionais/
sedimentologia/estratigrafia, o que prejudica o entendimento sobre a evolução
paleoambiental da parte centro-leste da Amazônia.
12
1.2. Objetivo
O escopo deste trabalho é a determinação das associações palinológicas,
análise de ambientes deposionais (sedimentologia/estratigrafia) e correlacionar os
palinomorfos encontrados da porção centro-leste da Bacia do Solimões, aos
zoneamentos estabelecidos para região norte da América do Sul
Os objetivos específicos visam estabelecer a quantificação, identificação e
freqüência dos taxa nos depósitos da região de Coari, para auxiliar as interpretações
paleoclimáticas e paleoambientais.
A determinação de biozonas permitirá a datação relativa da Formação
Solimões. A integração destes dados fornecerá subsídios para o conhecimento do
conteúdo paleoflorísticos dos depósitos Neógenos e esboçar parte da evolução
geológica da região centro-leste da Amazônia.
1.3. Área de Estudo e Base de Dados
O estudo bioestratigráfico e sedimentológicos dos depósitos sedimentares da
Formação Solimões na porção centro-leste da Bacia do Solimões se concentrou em
afloramentos localizados nas adjacências da cidade de Coari, estado do Amazonas
(Figura 1). Estes depósitos apresentam melhor exposição nas escarpas fluviais
restritas as calhas principais do Rio Solimões e seus tributários. Foi possível realizar
investigação estratigráfica contínua na escala de afloramento, durante o período de
vazante, nos meses de outubro e novembro. Em geral, em terra firme estes depósitos
estão recobertos por horizontes de solo e densa vegetação. Dos treze pontos
visitados, sete mostraram-se mais promissores para a análise palinológica por conter
maior espessura de litotipos de coloração cinza escura, ricos em matéria orgânica.
13
Formação Içá
Formação Solimões
Coari/AM
P-12
P-9
P-11
P-1
P-2
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P-13
Quaternário
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FIGURA 1 - Mapa geológico e de localização dos pontos de estudo, região de Coari,
Amazonas.
14
CAPÍTULO 2 - MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Coleta Sistemática de Amostras
O material de estudo abrangeu 66 amostras coletadas em seis afloramentos,
designados como P1, P2, P9, P11, P12 e P13 (Figura 1).
A coleta consistiu em retirada ascendente de material em intervalos de 20 cm,
em amostras de superfície, sendo selecionados os níveis de afloramentos com cores
cinza escuras, indicadoras de ambiente redutor, favorável a preservação de matéria
orgânica. As amostras foram acondicionadas em sacos de plástico, com dados
concernentes a localidade, numeração do ponto, número do perfil e número da
amostra.
2.2. Técnica de Preparação das Amostras
O material coletado foi encaminhado para o Laboratório de Paleontologia da
Universidade Federal do Amazonas, onde foram pesadas em alíquotas de 30 g, para
que seguissem as etapas de tratamento químico, realizado no Centro de Pesquisa da
PETROBRÁS - CENPES/RJ.
As etapas desenvolvidas no CENPES seguem estágios sucessivos e
dependentes, que neste trabalho serão vistas em separado, como segue abaixo:
15
Tratamento Químico
As amostras foram colocadas em béquers de polipropileno de 1000 ml.
Adicionou-se lentamente HCl a 32% controlando a reação com álcool. O ataque com
esta solução foi efetuado por no mínimo 2 (duas) horas. Para a lavagem descartou-se
um pouco do ácido e adicionou-se água. A solução restante foi deixada para decantar
repetindo-se o procedimento por mais três vezes. Posteriormente, adicionou-se à
amostra tratada com HCl, cerca de 200 ml de HF (ácido fluorídrico) 40% a frio, para
eliminar os silicatos, deixando-se a reação se processar por no mínimo 12 horas. Para
se obter um melhor ataque, foi necessário de 4 a 5 dias, até que a reação se
completasse. Caso necessário, controla-se a reação com água.
O sobrenadante formado da reação com o silicato foi eliminado por descarte,
e ao béquer foi adicionada água. Deixou-se decantar por aproximadas três horas.
Repetiu-se a lavagem da amostra por três vezes.
O material retido foi descartado e o resíduo que passou por essa peneira foi
transferido para um tubo de 250 ml e deixado para decantar por três horas e se
eliminou as partículas sobrenadante.
Adicionou-se 50 ml de ácido clorídrico por amostra, para eliminar novamente
os fluorsilicatos. Deixou-se reagir por no mínimo uma hora. Lavou-se três vezes com
água quente, de maneira a manter os fluorsilicatos em solução, para serem
eliminados no descarte de material, o material decantado foi retido.
A amostra foi transferida para tubos de 50 ml, cujo volume foi completado
com água. Leva-se para centrífugar por cinco minutos, a velocidade 1800 rpm
(rotação por minuto). O material ficou concentrado no fundo do tubo, e a água foi
descartada.
Adicionou-se ao tubo ZnCl
2
(cloreto de zinco), submetendo-o novamente à
centrífuga por mais 20 minutos, a fim de separar, por densidade, a amostra.
A matéria orgânica mantém-se flutuante, formando um anel sobrenadante, o
qual foi transferido para outro tubo de 50 ml, posteriormente foi adicionada a solução
de ZnCl
2
(cloreto de zinco) e novamente centrifugada por mais 20 minutos.
O novo sobrenadante formado foi transferido para peneira com malha de 10
µm, onde foi adicionado o HCl diluído (1:1). Lavou-se a amostra no nimo três
vezes. Eliminou-se a matéria ornica húmica solúvel com KOH (hidróxido de
potássio) a 10%, para que ocorresse a concentração dos palinomorfos. O critério
16
usado para definir o tempo de ataque por hidróxido de potássio foi até o momento da
amostra atingir a coloração chá. Após esta etapa, lava-se a amostra por mais três
vezes, no mínimo, repetindo o processo caso não tenha obtido este padrão de
coloração. O material retido na peneira foi transferido para tubos de 10 ml.
Confecção de Lâmina para Análise Palinológica
Para confecção da lâmina foram necessários: lamínula, lâmina, chapa
aquecedora, goma de acácia, água, resíduo tratado, bandejas, entelan, canudos e
palitos descartáveis.
Foi utilizada chapa aquecedora a uma temperatura em torno de 60ºC, fixou-se
a lamínula sobre a chapa com uma gota d´água. Adicionaram-se gotas de água e
goma de acácia sobre a lamínula, misturando-as. Após este procedimento, o resíduo,
previamente concentrado, foi espalhado de modo homogêne até obter a secagem do
material.
A colagem das lamínulas sobre as lâminas foi realizada na capela utilizando
etelan. Para minimizar a formação de bolhas de ar durante esta etapa diminuiu-se ao
máximo o ângulo de projeção da lamínula sobre a lâmina. Deixou-se secar por dois
dias, para que a lâmina estivesse pronta para observação.
2.3. Análise Palinológica
No presente estudo, utilizou-se os microscópios da marca Zeiss, com ocular
de 10X e objetivas de 10X, 40X e 100 X. Os palinomorfos foram fotografados no
microscópio, fazendo-se uso de máquina fotográfica digital. Todas as formas foram
fotografadas em aumento de 400 X, posto que a objetiva de 100 X não favoreceu
uma boa visualização dos palinomorfos.
Para cada estampa foi confeccionada legenda, que consta do nome da
espécie, localidade encontrada, número da amostra e coordenadas do microscópio.
As notações pertinentes às coordenadas nem sempre foram possíveis de serem
anotadas, que o existiu durante todo o decorrer do tempo de trabalho a
disponibilidade de chariot. Algumas notações ainda foram dadas em função do
emprego de England Finder, quando no período de visita técnica ao CENPES.
17
A análise qualitativa visou classificação taxonômica dos palinomorfos
encontrados, para auxiliar a identificação de formas-guias utilizadas nos trabalhos de
REGALI et al. (1974 a e b), GERMERAAD et al. (1968) e MULLER et al. (1987).
A análise qualitativa foi realizada com microscópio com aumentos de até 400X para
permitir a identificação dos taxa.
A análise quantitativa foi utilizada para fornecer subsídio à interpretação
paleoambiental. Para tal foram quantificados os palinomorfos pertencentes aos
grupos: angiospermas, gimnospermas, pteridófitas, briófitas, algas, fungos e
acritarcas. O estabelecimento paleoambiental foi realizado a partir de informações
referentes a afinidades botânicas e paleoecológicas, para tanto se utilizou os
trabalhos de LEITE (1997), HOORN (1994) e YAMAMOTO (1995). Neste trabalho
foi realizado a contagem de 300 palinomorfos por lâmina, tal como sugerido por
HOORN (1993) como amostragem confiável, porém GERMERAAD et al., (1968),
admitem ser suficiente utilizar em lâminas pouco representativas a contagem de 70 a
100 palinomorfos por amostra.
A análise biocronoestratigráfica foi realizada com apoio dos trabalhos
desenvolvidos no Neógeno das bacias brasileiras (REGALI et al., 1974 a e b;
MULLER et al. 1987; CRUZ, 1984 e HOORN, 1993. O trabalho de REGALI et al.
(1974 a e b) tem como base o nível de extinção de palinomorfos, enquanto MULLER
et al, (1987), HOORN (1994) utilizaram em seus zoneamentos na porção Ocidental
da Amazônia a caracterização de zonas de concorrência, zona de amplitude e zona de
associação.
2.4. Análise Sedimentológica
O método adotado para a análise sedimentológica foi o modelo descritivo
para classificação de fácies, que é considerado por SELLEY (1988) o mais
apropriado, pois trata da descrição sem apresentar conotações genéticas.
O termo fácies foi definido por MOORE (1949) como sendo parte de uma
unidade estratigráfica que apresenta características significativamente particulares de
outras partes da unidade, e são, portanto, o registro direto de uma ambiente
deposional específico (WALKER, 1984; MATTHEWS, 1984).
18
De acordo com SELLEY (1970 in SELLEY 1988), pode-se definir uma
fácies com base nos seguintes parâmetros: geometria, paleontologia, estruturas
sedimentares e padrão de paleocorrentes.
Na região de Coari foi possível utilizar, com base na a identificação de fácies,
em particular os parâmetros litológicos e paleontológicos.
19
CAPÍTULO 3 - A BACIA DO SOLIMÕES
3.1. Geologia Regional
A extensa área sedimentar da Região Norte do Brasil recebeu, a princípio, o
termo Bacia do Amazonas. Por motivos operacionais esta bacia foi desmembrada,
sendo reconhecidas como Bacias do Alto, Médio e Baixo Amazonas. A Bacia do
Alto Amazonas, por apresentar evolução geológica diferenciada, foi nomeada como
Bacia do Solimões. (CAPUTO et. al., 1971).
A Bacia Paleozóica do Solimões estende-se por aproximados 400.000 km
2
.
Seu limite ao sul se com o escudo Brasileiro, ao norte com o escudo das Guianas.
O Arco de Purus a separa a leste da Bacia do Amazonas, e a oeste seu limite com a
Bacia do Acre se dá pelo Arco de Iquitos (Figura 2).
ESCUDO BRASILEIRO
ESCUDO DAS GUIANAS
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R
I
72º
66º
60º
54º
0
300 Km
M
A
N
A
U
S
COARI
FIGURA 2 - Mapa de localizaçõ da Bacia do Solimões (Modificado de BARROSO, 2001).
20
A Bacia do Solimões foi implantada em rochas cristalinas e sedimentares
proterozóicas da Província Amazônia Central, subdividida em sub-bacia de
Jandiatuba e sub-bacia do Juruá, separadas pelo alto intra-bacial conhecido como
Alto de Carauari. A primeira sub-bacia mencionada sobrepõem-se ao Cinturão
Rondoniense, de orientação E-W, e tem substrato constituído por rochas de natureza
ígnea e metamórfica. A sub-bacia do Juruá tem o substrato proterozóico de natureza
ígnea, metamórfica e sedimentar e seu eixo deposicional está na direção NE-SW. O
Alto de Carauari já mencionado é uma feição que exerceu forte controle na
sedimentação paleozóica da Bacia do Solimões, em particular nos períodos
Ordoviciano, Devoniano e em menor intensidade no permo-carbonífero.
Do ponto de vista estratigráfico tem-se que as coberturas de plataforma pré-
cambrianas são pouco conhecidas, e são representadas pelas formações Prosperança
e Acari do Grupo Purus e Formação Prainha, definidas principalmente a partir de
investigações de subsuperfície, realizadas pela PETROBRÁS.
A sucessão sedimentar da Bacia do Solimões é formada por cinco
superseqüências que foram depositadas do Ordoviciano ao Quaternário, e inclui as
cinco supersequências deposicionais (SD) (EIRAS et al. 1994). A SD Siluriana-
Devoniana é constituída de folhelhos e arenitos marinhos que onlapam o arco de
Carauari. A SD devoniana-carbonífera é representada por folhelhos, diamictitos e
arenitos de origem marinha raso com tendência progradante. Esta SD é encontrada
nas bacias do Amazonas e Solimões, devido ao comportamento subsidente do Arco
de Purus que durante o Devoniano favorecia a conexão entre as duas bacias. A SD
carbonífera-permiana consiste em depósitos evaporíticos, siliciclástico e carbonatos
formados em ambiente áridos, principalmente eólico, fluvial e lacustre. A SD
cretácea está representada pela Formação Alter do Chão e a SD cenozóica pelas
formações Solimões e Içá. (EIRAS et al. 1994, ROSSETTI et. al., 2005). Durante o
cretáceo ainda existia a conexão entre as duas bacias sedimentares acima
mencionadas. Posteriormente, no início do Cenozóico, o Arco de Purus se
comportara como um alto estrutural entre as bacias. Assim, na bacia do Solimões a
SD Neógena-quaternária está representada por duas seqüências deposicionais. A
primeira de idade neógena representada pelos depósitos predominantemente pelítica
da Formação Solimões e a segunda seqüência que inclui os arenitos e conglomerados
da Formação Içá (Figura 3). Os processos relacionados ao soerguimento dos Andes
21
propiciaram uma nova conexão entre as bacias Solimões e Amazonas, influenciando
em gerar a sedimentação quaternária disposta nas calhas dos grandes rios
amazônicos.
A. do Chão
Fonte Boa
Carauari
Juruá
Jandiatuba
Ue
Ue
Jutaí
JavariMarimari Tefé
Içá
B. Constant
Purus
Neo
Eo
Meso
Permiano
Carbonífero
DevonianoSiluriano
Ordoviciano
Mississippiano Penns.
Triás.
Jurássico Cretáceo
Tert.
Quat.
250
200
450
500
150
100
350
400
300
D - C
Sinéclise
Seqüência
Depositional
Marinho
Normal a
Hipersalino
Fluvio-
Lacustre
Tectônica
Juruá
Magm.
K-QC - P
S - D
O
Rift
Evolução
Tectônica
Litologia
Arco de
Purus
Arco de
Iquitos
Arco de
Carauari
Litoestratigrafia
Unidade
Gr. Fm.
W E
Época
Período
Geocrono.
Carta Estratigráfica da Bacia do Solimões
Ambiente
Tempo
Geológico
(Ma)
Fluvio-
Lacustre
Neo
Neo
Neo
Meso
Eo
Eo
Eo
Eo
Neo
Meso
Eo
Neo
Neo
Eo
Neo
Eo
Pré-
Cambriano
Fluv.,Eolico,
Shoreface
a Offshore
Shoreface
Fluvial a
Aluvial
Fluvial, Deltaico
Glacial, Marinho
Raso a
Offshore
Deltaico,
Marinho Raso
a
Offshore
ALT
SOL
JAN
JAN
JAN
UER
UER
JUT
BCO
PUR
JUR
FTB
V
FTB
V
CAR
V
Solimões
FIGURA 3 - Carta Estratigráfica da Bacia do Solimões (Modificado de EIRAS et. al.,
1994).
22
3.2. Formação Solimões
Na região noroeste da América do Sul, a Formação Solimões, como é
conhecida no Brasil, em particular Amazonas e Acre, apresenta outras
denominações. Na Colômbia é denominada de “Terciário Amazônico”, confinada a
bacia de Caquetá-Putumaya, enquanto no Peru recebe o termo Formação Pebas,
preenchendo as bacias de Pastaza e Ucayali. Os limites exatos ainda são
desconhecidos, em virtude da sua grande área de exposição, e o conhecimento
científico ainda é incipiente.
3.2.1. Estratigrafia e Paleoambiente
Os modelos deposicionais propostos para o Neógeno Amazônico são ainda
alvos de controvérsia. Essas discrepâncias devem-se, em parte, a grande extensão da
área, geralmente recoberta por florestas e a escassez de exposições, geralmente nas
margens de rios e com acesso limitado. Estas condições de investigação têm
influenciado na imprecisão das propostas estratigráficas para a região. Tal como
GAVIS et al. (1977), na Colômbia, a identificação, descrição litológica e de
estruturas sedimentares realizadas por foi também utilizado por muitos autores em
território brasileiro (CAPUTO et al. 1971; BRASIL, 1977; MAIA et al., 1977;
LATRUBESSE et al. 1997).
Os modelos deposicionais propostos para a Formação Solimões incluem o
ambiente flúvio-lacustre e o marinho. Para o modelo deposicional lacustre, os
sedimentos aflorantes da Formação Solimões estão divididos em duas seqüências: de
baixa e alta energia. Os depósitos de baixa energia seriam compostos por sedimentos
verde a verde-acinzentado e estratificação planar a maciça. Os sedimentos de alta
energia seriam constituídos por argilitos, argilitos sílticos a arenosos e níveis
arenosos de granulometria fina à média; vermelhos amarronzados a marrom
contendo estratificação cruzada. (CAPUTO, et al. 1971; MAIA et al. 1977;
LATRUBESSE et al., 1997; SILVA, 2004). O contexto flúvio-lacustre tem sido
defendido, do ponto de vista sedimentológico, pela ocorrência de veios de gipsita e
material carbonático na Formação Solimões, que segundo muitos autores ( e.g.
BRASIL, 1977; MONSCH, 1998), indica clima tropical, depositados em ambiente
23
continental. CAPUTO (1971) sugeriu um ambiente deposicional fluvial meandrante
fino e lagos formados por canais abandonados.
Nos últimos anos o contexto marinho que foi estabelecido (HOORN, 1994)
para a parte mais ocidental, tem sido corroborado pelos trabalhos de natureza
estratigráfica realizados em depósitos Neógenos do Peru, Colômbia e Bolívia
(RÄNSÄNEN et al. 1995, 1998; REBATA et al., 2000; HOMIKOSKI, 2002;
GINGRAS et al. 2000 e 2002). No Brasil a interpretação ambiente continental
(CAPUTO et al., 1971; BRASIL, 1977; MAIA, 1977, LATRUBESSE,1992;
ROSSETTI, et al. 2005) é proposta, bem como a de ambiente marinho aliados aos
dados icnológicos (GINGRAS et al., 2000, NOGUEIRA et al, 2003).
A descrição acima sugere que existem duas linhas de pensamentos. 1)
ambiente flúvio-lacustre, 2) ambiente marinho. Um consenso entre as duas correntes
diz respeito o reconhecimento de duas unidades sedimentares para a Formação
Solimões: uma mais pelítica e outra mais arenosa, indicando deposição menos ou
mais energética. Para os defensores da entrada de um mar na área, as duas unidades
encontradas são denominadas inferior e superior. A interpretação da influência
marinha apóia-se em dados faciológicos, que assumem a ação da entrada do mar,
pelos numerosos achados de estratos com influência de maré (bandeamento de
maré), reconhecidos de forma sistemática no estado do Acre (RÄNSÄNEN et al.
1995; HOMIKOSKI, 2002). REBATA et al. (2000) e de forma discreta em território
brasileiro (GINGRAS et al., 2002; NOGUEIRA et al. 2003).
3.2.2. Paleontologia
Desde o reconhecimento de depósitos terciários no final do século XIX, as
ocorrências de fósseis animais e vegetais tem sido bastante documentadas na
Formação Solimões, em áreas do Brasil, Peru, Colômbia e Venezuela. (e.g. BRASIL,
1977; COSTA, 1979; SILVA, 2004).
Fósseis de mamíferos, aves e répteis tem sido sistematicamente
documentados como pertencentes à Formação Solimões A associação faunística dos
macrofósseis vertebrados é representada pela ocorrência de ictiólitos (PINTO &
PURPER, 1984; MACHADO, 1989, RAMOS et al., 2001), e outros fragmentos de
peixes (MALABARBA et al. 1998; MONSH, 1998, RAMOS et al., 2001;
24
SILVEIRA, 2002), fragmentos de répteis como crodilomorfos, quelônios e serpentes
(RAMOS et al., 2001; SILVEIRA, 2002), fragmento de aves (PEREIRA &
BOCQUENTIN, 1989; RAMOS et al., 2001; SILVEIRA, 2002), vários grupos de
mamíferos terrestres tais como roedores, primatas, tatus, mamíferos aquáticos e
semi-aquáticos, como capivaras e cetáceos como odontocetos e peixes-bois
(RANCY, 2000; CAMPBELL, et al., 2001; SANTOS et al., 1991).
Na Formação Solimões ocorrem bivalves, gastrópodes (COSTA, 1979;
VONHOF et al., 1998), e microfósseis de composição calcária como foraminíferos e
ostracodes e fragmento de caranguejos (PURPER, 1977 e 1979; SHEPPARD &
BATE, 1980; PURPER & PINTO, 1983; MUNHOZ-TORRES et al. 1998; PURPER
& ORNELLAS, 1991; RAMOS et al.,2001; SILVEIRA, 2002).
Icnofósseis do tipo Ophiomorpha, Scolicia, Chondrites, Thalassinoides e
Arenicolites tem sido mencionados somente pouco tempo nestes depósitos
(GINGRAS et al., 2000; GINGRAS et al.,2002, HONIKOSKI, 2002; NOGUEIRA
et al., 2003). Troncos permineralizados e/ou piritizados, linhito e palinomorfos
(REGALI et al., 1974; CRUZ, 1984; MULLER et al., 1987; HOORN, 1993, 1994a e
1994b.; SILVA, 2004).
3.2.3. Idade com Base em Palinomorfos
A primeira referência à idade dos depósitos do Neógeno amazônico foi feita
por DAEMON & CONTREIRAS (1971) que estabeleceram a idade entre Paleoceno
e Pleistoceno. Mais tarde o Serviço Geológico do Brasil, através do Projeto Carvão
do Alto Amazonas, admitiu idades do Eomioceno ao Plioceno (CRUZ, 1984). O
mais recente zoneamento palinológico realizado em depósitos do Neógeno
amazônico, compreende idades entre o Eomiceno a Meso-Neomioceno (HOORN,
1994). Contudo, trabalho mais recente realizado em território brasileiro, próximo à
área de trabalho de HOORN (1994), encontrou-se uma idade Neomiocena (SILVA,
2004).
Para GERMERAAD et al. (1968), o Neomiceno é estabelecido a partir da
zona de Concorrência de Echitricolporites spinosus. Este se encontra associado com
Pisladiporites minimus, Cyatheacidites annulatus, Bombacacidites ciriloensis, bem
como há a extinção de G. magnaclava e C. vanraadshooveni.Essa associação é
também registrada por MULLER et al., (1987) e REGALI et al., (1974 a e b).
25
PARTE 2 - RESULTADOS
CAPÍTULO 4 - A FORMAÇÃO SOLIMÕES NA REGIÃO DE COARI
4.1. Aspectos Faciológicos e Estratigráficos
A análise de fácies foi baseada na descrição de sete afloramentos localizados
na bacia do Solimões (ver item 1.3.). A apresentação das fácies segue o modelo
descritivo sugerido por SELLEY (1988).
Na região de Coari a Formação Solimões alcança espessura mínima de 20 m,
sendo constituída, predominantemente por pelitos e arenitos finos. As análises de
faciológicas e estratigráficas permitiram a individualização de uma unidade
sedimentar para a Formação Solimões e duas fácies foram identificadas:
1) Associação 1 - pelito consiste de camadas que variam de 50 cm a 2 metros
de espessura de pelito cinza escuro, que internamente apresentam estruturas
como laminação planar paralela em camadas de 2 mm a 1 cm de espessura,
porém o mais freqüente é ocorrência maciça. Em alguns afloramentos o pelito
cinza se alterna com lâminas de areia muito fina ou camadas que não
excedem 5 cm de espessura, e formam laminação paralela, e laminação
cruzada planar e cavalgante, porém é menos comum areia/silte com
laminação cruzada cavalgante, e ocorrem raras bioturbações. Fragmentos
vegetais, em particular folhas e palinomorfos preservados na laminação plana
dos pelitos (Figura 4B).
2) Associação 2 - arenito e pelito com estratificação inclinada heterolítica -
camadas de pelito e arenito formando pares em estratificação inclinada
heterolítica (Figura 4A, B e C). Camadas com mergulhos de 30º para NE
próximo ao flanco do canal, diminuindo na lateral para 10º, que trunca ou
passa, de forma gradual ou erosiva, para os pelitos laminados
26
(Associação 1). Ciclos granodecrescente ascendente formados por duas fácies:
2.1. Fácies conglomerado: composta por conglomerados com clastos de
argilas e matriz de areia fina a média, com detritos orgânicos e poucos
troncos de até 40 cm;
2.2. Fácies arenito/argilito: ritmitos de argila cinza/areia fina a média com
detritos orgânicos (sementes, folhas, galhos, dentes de peixes) e intensa
bioturbação. Próximo ao contato com a Formação Içá ocorrem marcas de
raízes e estruturas de deformação.
Estas unidades são recobertas pelos depósitos da Formação Içá, caracterizada
por conglomerados, arenitos médios e pelitos subordinados (Figura 4). Lateralmente
estes arenitos passam para uma sucessão de arenitos finos a médios com
estratificação cruzada, intercalado com pelitos. As estratificações cruzadas exibem
muitas vezes recobrimentos argilosos e superfícies de reativação. Clastos de pelitos
acompanham os planos cruzados e ocorrem na base dos sets de estrutura cruzada.
27
FIGURA 4 - (A) Unidades da Formação Solimões aflorantes na margem direita do Rio
Solimões, região de Coari, afloramento 2. O contato entre as associações 1 (pelito) e 2
(arenito - pelito); notar base de canal com estratificação inclinada heterolítica. B) Base do
canal marcada por fragmentos de madeira. C) Detalhe da estratificação inclinada heterolítica.
4.2. Interpretação Paleoambiental
A interpretação paleoambiental para os depósitos da Formação Solimões
aflorantes na parte central da Amazônia é considerada em território brasileiro como
flúvio-lacustre (BRASIL, 1977; MAIA, et al., 1977; EIRAS et al., 1994, ROSSETTI
et al., 2005). Com base na presença de um cisto de dinoflagelado e estratificação
cruzada heterolítica, NOGUEIRA et al.(2003) inferiram influência marinha para
estes depósitos na região de Coari. Embora a ocorrência de dinoflagelados seja um
incontestável indicador de influência marinha, estes indivíduos não foram registrados
novamente nos atuais estudos paleoambientais da Formação Solimões.
28
Da mesma forma, a estratificação cruzada heterolítica não é determinante de
ambientes costeiros, podendo ser registrada também em ambiente fluvial (THOMAS
et al. 1987). O caráter heterolítico em barras em pontais é normalmente registrado
em depósitos de canais meandrantes, seja em ambiente de maré ou fluvial.
Entretanto, nos depósitos de maré, a contagem de pares de pelitos ou acamamento de
maré (VISSER, 1980) é uma característica que pode ser investigada nos
acamamentos heterolíticos.
Com base na descrição de fácies, pode-se afirmar que a Formação Solimões é
constituída, basicamente, por areias finas a médias e argilas. A expressiva ocorrência
de sedimentos finos é muito comum em depósitos de rios meandrantes do que em
rios em padrão braided, cujos componentes principais são as areias e os
conglomerados (SELLEY, 1988; EINSELE, 1992). A classificação hierárquica dos
ambientes presentes em sistemas de rios meandrantes foi estabelecida por
SHANSTER (1951) e ALLEN (1965) (in: SELLEY 1988), quadro 1.
QUADRO 1 - CLASSIFICAÇÃO HIERÁRQUICA DOS SUBAMBIENTES EM RIOS
MEANDRANTES PROPOSTA POR SHANSTER (1951) E ALLEN (1965) (In:
SELLEY,
1988)
Fundo de canal
Barra de canal
Ativo
Barra de pontal
Depósitos de Canal
Canal abandonado
Diques
Crevasse splay
Lagoas de cheia
Depósitos de Inundação
Bacia de inundação
Pântanos
Embora sejam muitos semelhantes os depósitos de meandro abandonado e os
de planície de inundação, estes podem ser distintos por sua geometria, que no
primeiro caso apresentam uma forma de canal e ocorrência de conglomerados na
base. Em depósitos de planície de inundação, todavia, há predomínio de silte, argila e
areia fina, que podem atingir poucos centímetros de espessura. Laminações cruzadas
podem ocorrer em depósitos dessa natureza.
A cor preta destes pelitos, com abundância de detritos orgânicos preservados,
e a escassa bioturbação, provavelmente devido a deficiência de oxigênio, coaduna
com ambiente redutor, que caracteriza a parte central de um lago (cf. TALBOT &
ALLEN, 1996).
29
Com base nos dados obtidos e comparação com os modelos propostos acima,
pode-se determinar a compatibilidade com os registros de canais ativos de sistemas
fluviais meandrantes adjacentes ou superpostos.
30
CAPÍTULO 5 - PALINOMORFOS
5.1. Introdução
Para realização da sistemática dos grãos de polens e esporos fósseis
encontrados nesse trabalho, foram adotados os trabalhos de classificação de
POTONIÉ (1956, 1958, 1960, 1966, 1979 e 1975), bem como as revisões trabalhos
no que tange a classificação de Sporites (DETTMANN, 1963; KREMP, 1965;
SMITH & BUTTERWORTH, 1967 e TRAVERSE, 1988). A base para classificação
desses grupos citados é a identificação de feições diagnósticas como aberturas,
estratificação de parede, espessamento e/ou extensão de exina e escultura de esporos
e pólens.
Desta forma, foi possível identificar 38 gêneros e 23 espécies de grãos de
pólens de angiospermas e gimnospermas, 24 gêneros e 10 espécies de esporos de
pteridófitas, 7 gêneros de esporos de fungo e 2 gêneros e 2 espécies de algas.
Os trabalhos desenvolvidos em áreas adjacentes e contemporâneas, serviram
de base para reconhecimento de formas encontradas, quando possível a nível
específico. O trabalho de YAMAMOTO (1995) permitiu identificar formas
indicadoras paleoambientais, ao passo que os trabalhos de GERMERAAD et al.,
1968), REGALI et al., (1974 a e b), MULLER et al., 1987, LEITE (1997) e SILVA
(2004) favoreceram a identificação de palinomorfos marcadoras de idade.
Foi possível agrupar os palinomorfos encontrados nas seguintes categorias:
esporos de fungos, algas de água-dece, acritarcas, esporos de pteridófitas e polens de
gimnospermas e angiospermas. Faz-se necessário salientar que o grupo de fungos
não foi estabelecido a nível específico, objetivando apenas reconhecer a informação
paleoecológica que estes possam fornecer. Embora muitos acritarcas tenham sido
identificados (MELO, 2005), suas descrições não constam no presente trabalho, por
se tratar de palinomorfos que remontam ao paleozóico.
31
5.2. Descrição Sistemática
5.2.1. FUNGI
Gênero Monoporisporites (HAMMEN) emend. ELSIK, 1978
Monoporisporites spp 01.
Estampa 01, Foto 01
Descrição: esporo de fungo monoporado, unicelado, psilado, forma esférica
ou subesférica. Poro com ânulo.
Dimensões: corpo 20 x 22 µm.
Afinidade botânica: fungo.
Monoporisporites spp 02.
Estampa 01, Foto 02
Descrição: Esporo de fungo monoporado, unicelado, psilado, forma esférica.
Dimensões: corpo 25 x 18 µm.
Afinidade botânica: fungo.
Gênero Mediaverrusporonites JERZEN & ELSIK, 1986
Mediaverrusporonites sp. 01
Estampa 01, foto 03
Descrição: esporo de fungo unicelado, simetria bilateral, elíptico. Presença de
verrugas na região equatorial.
Dimensões: corpo 50 x 20 µm.
Afinidade botânica: fungo.
32
Mediaverrusporonites sp. 02
Estampa 01, foto 04
Descrição: esporo de fungo unicelado, simetria bilateral, contorno elíptico,
um poro em cada um dos ápices. Presença de cinco verrugas na região equatorial.
Psilado.
Dimensões: corpo 35 x 20 µm.
Afinidade botânica: fungo.
Fusiformisporites sp. 01
Estampa 01, foto 06
Descrição: esporo de fungo dicelado, simetria bilateral, contorno fusiforme,
inaperturado. Superfície psilada.
Dimensões: corpo 24 x 15 µm.
Afinidade botânica: fungo.
Gênero Multicellaesporites (ELSIK) emend. SHEFFY & DILCHER, 1971
Multicellaesporites ssp.
Estampa 01, foto 07
Descrição: Esporo de fungo inaperturado, psilado, com três ou mais células,
dois ou mais septos, forma variável.
Dimensões: corpo 45 x 20 µm.
Afinidade botânica: fungo.
Incertae sedis
Estampa 01, foto 05
Descrição: esporo de fungo tricelado, simetria bilateral, contorno fusiforme,
inaperturado, dois septos com espessuras eqüidistantes. Superfície psilada.
Dimensões: corpo 25 x 20 µm.
Afinidade botânica: fungo.
33
5.2.2. ALGAE
Turma CYSTITES POTONIÉ & KREMP, 1954
Gênero Pediastrum MEYEN, 1829
Estampa 01, foto 08
Descrição: cenóbio tipo compacto, as células são inteiramente unidas umas às
outras, formando anéis concêntricos. Possuem dois anéis, que formam 16 células,
uma célula central, cinco no primeiro anel e 10 no segundo anel.
Dimensões: diâmetro total 40 µm, largura das células 11 e comprimento do
processo 10,5- 11 µm.
Afinidade botânica: Ordem Chlorococcales, Família Hydrodictyaceae.
Gênero Ovoidites POTONIÉ ex KRUTZSCH, 1959
Ovoidites sp. 1
Estampa 01, foto 09
Descrição: esporo elíptico em vista polar e equatorial, rompido em duas
partes iguais no equador. Parede psilada; 0,7 - 1,8 µm.
Dimensões: diâmetro equatorial 20- 35 µm, eixo polar 26 µm.
Afinidade botânica: segundo VAN GEEL & VAN DER HAMMEN (1978),
tanto Ovoidites quanto Schizosporis representam esporos de Zygnemataceae
relacionados com o gênero atual Spirogyra.
5.2.3. ACRITARCHA
Gênero Chomotriletes NAUMOVA ex NAUMOVA, 1953
Chomotriletes circulus
Estampa 01, foto 10
Descrição: formas circulares a ovais em vista polar, biconvexas em vista
equatorial, inaperturados. Cada hemisfério com séries de 5 a 12 estrias ao redor da
34
área polar, concêntrica, formam anéis que podem ser completos, incompletos,
bifurcados ou em arranjo em espiral.
Afinidade botânica: o gênero Chomotriletes pertence ao grupo de Acritarca
segundo FENSOME et al. (1990).
Chomotriletes rubinus
Estampa 01, foto 11
Descrição: formas circulares a ovais em vista polar, biconvexas em vista
equatorial, inaperturados. Cada hemisfério com séries de 10 a 15 estrias ao redor da
área polar, concêntricas, formam anéis que podem ser completos, incompletos,
bifurcados ou espiral.
Afinidade botânica: o gênero Chomotriletes pertence ao grupo de Acritarca
segundo FENSOME et al. (1990).
5.2.4. SPORITES
Divisão SPORITES POTONIÉ, 1893
Classe MONOLETES IBRAHIM, 1933
Gênero Laevigatosporites IBRAHIM, 1933
Laevigatosporites vulgaris
Estampa 02, foto 03
Descrição: esporo monolete, esclerina psilada, âmbito reniforme em vista
equatorial.
Dimensões: diâmetro equatorial 24 µm, diâmetro polar 33,5 µm.
Afinidade botânica: Pteridophyta.
35
Gênero Verrucatosporites PFLUG & THOMPSON IN THOMPSON & PFLUG,
1953
Verrucatosporites usmensis
Estampa 02, foto 04
Descrição: esporo monolete, simetria bilateral, elíptico. A ornamentação
consiste de gemas e verrugas de altura máxima 2,5 µm e espaçamento variável entre
elas.
Dimensões: diâmetro equatorial 20- 25µm, diâmetro polar 15-20 µm.
Afinidade botânica: a espécie assemelha-se a Stenochlaena palustris da
Família Blechnaceae (PLAYFORD, 1982), segundo GERMERAAD et al. (1968).
Gênero Perinomonoletes KRUTZCH, 1967
Perinomonoletes sp.
Estampa 02, foto 07
Descrição: esporo monolete, psilado, envolto em perina com projeções
ruguladas, âmbito reniforme em vista equatorial. Diâmetro polar 48 µm; diâmetro
equatorial - 37 µm.
Dimensões: diâmetro equatorial 27-35 µm, diâmetro polar 20-25 µm.
Afinidade botânica: Aspleniaceae, Asplenium e Thelypteraceae, Thelypteris
(LORENTE, 1986).
Monolete liso 01
Estampa 02, foto 01
Descrição: esporo monolete, psilado, com exina espessa, âmbito reniforme
em vista equatorial.
Dimensões: diâmetro equatorial 50 µm, eixo polar 30 µm.
Afinidade botânica: Pteridophyta.
36
Monolete liso 02
Estampa 02, foto 02
Descrição: esporo monelete, psilado, forma elíptica.
Dimensões: diâmetro equatorial 20 µm, eixo polar 11 µm.
Afinidade botânica: Pteridophyta.
Monolete verrugoso 01
Estampa 02, foto 05
Descrição: esporo monolete, verrugoso, simetria bilateral. Ornamentação
consiste de gemas e verrugas de algura máxima 1,0 µm e espaçamento variável entre
elas.
Dimensões: diâmetro equatorial 24 µm, diâmetro polar 18-20 µm, altura das
verrugas 3-5 µm.
Afinidade botânica: Pteridophyta.
Monolete verrugoso 02
Estampa 02, foto 06
Descrição: esporo monolete, verrusoso, simetria bilateral, subarredondado.
Dimensões: diâmetro equatorial 24 µm, diâmetro polar 18-20 µm, altura das
verrugas 1-2 µm.
Afinidade botânica: Pteridophyta.
Incertae sedis
Estampa 02, foto 08
Descrição: esporo monolete, espinhoso, âmbito reniforme em vista equatorial.
Dimensões: diâmetro equatorial 25 µm, diâmetro polar 20 µm, altura dos
espinhos 2-3,5 µm.
Afinidade botânica: Pteridophyta.
37
Classe TRILETES REINSCH emend. DETTMANN, 1963
Gênero Cyathidites COUPER, 1953
O gênero distingue-se de Deltoispora e Leiotriletes por ter âmbito triangular
de lados côncavos (DETTMANN, 1963; SRIVASTAVA, 1972b).
Cyathidites annulatus COOKSON 1967
Estampa 02, 17
Descrição: Esporo trilete cingulado com contorno equatorial triangular a
subtriangular. Laesura reta, que atinge a borda interior do cíngulo. Área proximal
com tubérculo ou verruga, sobreposta sobre uma protuberância subtriangular, entre a
laesura e o cíngulo.
Dimensões: diâmetro equatorial 40 - 66 µm e cíngulo de 4 - 10 µm.
Afinidade botânica: Cyatheaceae.
Cyathidites sp.
Estampa 02, foto 09
Descrição: esporo trilete, radiossimétrico, âmbito triangular de lados
côncavos e ângulos arredondados; laesura com aproximados
3
/
4
do raio do esporo.
Exina psilada.
Dimensões: diâmetro equatorial 23 - 42 µm; exina 0,5 - 0,6 µm de espessura.
Afinidade botânica: desconhecida.
Kuylisporites waterbolkii POTONIÉ, 1956
Estampa 02, foto 10
Descrição: esporo trilete, psilado com três fissuras laterais, de aproximados
36 µm. Contorno triangular, com lados convexos e ângulos arredondados. Sem
laesura aparente.
Afinidade botânica: Cyatheaeceae, Cyathea horrida (HOORN, 1993).
38
Gênero Deltoispora MINER, 1935
O gênero distingue-se de Leiotriletes e Cyathidites por ter âmbito triangular
de lados retos (DETTMANN, 1963).
Deltoispora adriennnis (POTONIE & GELLETICH, 1933) FREDERIKSEN, 1983
Estampa 02, foto 13
Descrição: esporo trilete, esclerina psilada, anisopolar, radiossimétrico,
âmbito triangular de lados retos e ângulos arredondados; laesura distinta e levemente
ondulada evidente.
Dimensões: Equatorial - 40 µm; Escl. - 1,5 µm; M. trilete - 17 µm.
Afinidade botânica: semelhante a Acrostichum aureum, Polypodiaceae.
(LORENTE, 1986; HOORN, 1993).
Gênero Leiotriletes NAUMOVA ex ISHCHENKO, 1952
O gênero Leiotriletes distingue-se por ter âmbito triangular de lados convexos
(DETTMANN, 1963).
Leiotriletes adriennis (POTONIÉ & GELLETICH) KRUTZSCH, 1959
Estampa 02, foto 14
Descrição: esporo trilete, radiossimétrico, âmbito subtriangular ou
subcircular, de lados retos e convexos e ângulos muito arredondados; laesura
1
/
2
-
4
/
5
raio do esporo. Exina psilada ou escabrada.
Dimensões: eixo polar 35-40 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Psilatriletes peruanus HOORN 1994b
Estampa 02, foto 15
Descrição: esporo trilete, psilado, contorno triangular, lados convexos e
ângulos arredondados. Laesura pouco aberta e com margem.
Dimensões: eixo polar 33-40
µm.
39
Afinidade botânica: Pteridaceae, Pteris.
Cingulatriletes HOORN 1994b
Estampa 02, foto 16
Descrição: grão de pólen trilete, com contorno triangular envolto em um
cíngulo delgado nos vértices e espesso nas faces. Laesura que atinge a borda interior
do cíngulo. Tubérculo ou verruga na área proximal.
Dimensões: eixo polar 25-30 µm, cíngulo na maior espessura 5 µm.
Afinidade botânica: Polypodiaceae.
Gênero Psilatriletes POTONIÉ, 1956
Psilatriletes sp.01
Estampa 02, foto 11
Descrição: esporo trilete, anisopolar, radiossimétrico, esclerina psilada,
âmbito triangular retas e ápices arredondados.
Dimensões: eixo polar 25-30 µm, espessura da exina 0,5 µm.
Afinidade botânica: Pteridophyta.
Psilatriletes sp.02
Estampa 02, foto 12
Descrição: esporo trilete, anisopolar, radiossimétrico, esclerina psilada,
âmbito com acentuado contorno triangular e ápices ligeiramente arredondado.
Dimensões: eixo polar 25-30 µm, espessura da exina 0,5 µm.
Afinidade botânica: Pteridophyta.
Gênero Polypodiaceoisporites POTONIÉ, 1951 ex POTONIÉ, 1956
Polypodiaceoisporites cf. potonie
Estampa 02, foto 18
Descrição: esporo trilete, radiossimétrico, âmbito triangular de lados retos a
convexos ou côncavos e ângulos arredondados, contorno do corpo central semelhante
40
ao contorno do cíngulo; laesura quase atinge o cíngulo, em geral apresenta distinto
margo. Corpo central com ornamentação verrugosa ou com corrugas nos lados
proximal e distal; cíngulo psilado.
Dimensões: eixo polar 35-40 µm, espessura do cíngulo 3-5 µm.
Afinidade botânica: Polypodiaceae, Pteris (LORENTE, 1986)
Polypodiaceoisporites sp. 01
Estampa 02, foto 19
Descrição: esporo trilete, âmbito triangular de lados côncavos, contorno de
corpo central semelhante ao contorno do cíngulo psilado. O cíngulo no ângulo é mais
delgado que nos lados. Corpo central apresenta-se ornamentado por verrugas.
Dimensões: eixo polar 35-40 µm, espessura do cíngulo 2-3,5 µm.
Afinidade botânica: Pteridaceae.
Polypodiaceoisporites sp. 02
Estampa 03, foto 01
Descrição: esporo trilete, âmbito triangular de ângulos truncados, presença de
cíngulo psilado, sendo este mais delgado nos ângulos. Corpo central apresenta-se
ornamentado por verrugas.
Dimensões: eixo polar 30-35 µm, maior espessura do cíngulo 3-5 µm.
Afinidade botânica: Pteridaceae.
Polypodiaceoisporites sp. 03
Estampa 03, foto 02
Descrição: esporo trilete, âmbito triangular de ângulos arredondados, cíngulo
psilado. Corpo central apresenta-se ornamentado por verrugas.
Dimensões: eixo polar 35-40 µm, espessura do cíngulo 3-5 µm.
Afinidade botânica: Pteridaceae.
41
Polypodiaceoisporites sp. 04
Estampa 03, foto 03
Descrição: esporo trilete, âmbito triangular verrugoso, de ângulos
arredondados e com verruga, cíngulo verrugoso. Corpo central apresenta-se
ornamentado por verrugas.
Dimensões: eixo polar 25 µm, maior espessura do cíngulo 3-5 µm.
Afinidade botânica: Pteridaceae.
Polypodiaceoisporites sp. 05
Estampa 03, foto 04
Descrição: esporo trilete, âmbito triangular, de ângulos arredondados, cíngulo
psilado. Corpo central apresenta-se ornamentado por verrugas e pronunciada laesura.
Dimensões: eixo polar 20-25 µm, espessura do cíngulo 3,5-5 µm.
Afinidade botânica: Pteridaceae.
Verrutriletes sp. 01
Estampa 03, foto 06
Descrição: esporo trilete, verrugoso, âmbito subtriangular com lados
convexos. Verrugas com altura de 1,5 µm.
Dimensões: eixo polar 30-35 µm, altura das verrugas 3,0 µm.
Afinidade botânica: Pteridophyta.
Verrutriletes sp. 02
Estampa 03, foto 07
Descrição: esporo trilete, verrugoso, âmbito subtriangular com lados
convexos.
Dimensões: eixo polar 40 µm, verrugas com altura de aproximados 0,5 µm.
Afinidade botânica: Pteridophyta.
42
Gênero Foveotriletes POTONIÉ, 1956
Segundo DETTMAN (1963), o gênero Foveotriletes distingue-se de
Foveosporites BALME (1957) por apresentar âmbito triangular de lados côncavos. O
gênero Foveosporites é caracterizado pela ornamentação em fovéolas e âmbito
circular a triangular de lados convexos.
Foveotriletes ornatus
Estampa 03, foto 12
Descrição: esporo trilete, corpo foveolado, esclerina psilada, âmbito
triangular e lados côncavos. Radialmente simétrico, isopolar.
Dimensões: eixo polar 35-40 µm, esclerina de aproximados 0,5 µm.
Afinidade botânica: Lycopodiaceae.
Gênero Magnastriatites GERMERAAD et al., 1968
Magnastriatites grandiosus
Estampa 03, foto 13
Descrição: esporo esférico, trilete, anisopolar, exina grosseiramente estriada,
exceto sobre a área de contato na região proximal que é circundada por uma “estria”
circular.
Dimensões: Equatorial - 57,5 µm; estrias - 1,5 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Gênero Cicatricosisporites POTONIÉ & GELLETICH, 1933
Cicatricosisporites sp. 01
Estampa 03, foto 14
Descrição: esporo trilete, anisopolar, radiossimétrico, esclerina estriada,
âmbito circular a triangular, marca trilete pouco distinta. Distingue-se do
Cicatricosisporites dorogensis pelo ultimo apresentar estrias em padrão ondulado.
Dimensões: diâmetro equatorial – 60,5 µm; estrias – 2,0 µm.
Afinidade botânica: Schizaeaceae.
43
Cicatricosisporites sp. 02
Estampa 03, foto 15
Descrição: esporo trilete, anisopolar, radiossimétrico, esclerina estriada,
âmbito triangular, marca trilete bem visível, aberta e com margem.
Dimensões: diâmetro polar – 48,5 µm; estrias – 2,5 µm.
Afinidade botânica: Schizaeaceae.
Cicatricosisporites sp. 03
Estampa 03, foto 16
Descrição: esporo trilete, anisopolar, radiossimétrico, esclerina estriada,
âmbito circular a triangular, marca trilete bem visível, fechada e sem margem.
Dimensões: diâmetro polar – 52,5 µm; estrias – 3,0 µm.
Afinidade botânica: Schizaeaceae.
Gênero Salvinia SEGUIER, 1754
Salvinia spp.
Estampa 03, foto 17
Descrição: esporo trilete agrupados em tecido esponjoso. Não tem projeções
periféricas, o que lhe diferencia de Azolla, embora esta também possa não ter
gloquídios.
Dimensões: diâmetro total - 65 µm.
Afinidade botânica: Salviniaceae.
Esporo espinhoso 01
Estampa 03, foto 08
Descrição: esporo trilete, radiossimétrico, isopolar, espinhoso, âmbito
subtriangular com lados convexos.
Dimensões: diâmetro polar 23,5-25 µm; altura dos espinhos 3,0 - 5,5 µm.
Afinidade botânica: Pteridophyta.
44
Esporo rugulado 01
Estampa 03, foto 05
Descrição: esporo trilete, âmbito triangular, de ângulos arredondados, cíngulo
psilado. Corpo central rugulado e laesura pouco visível.
Dimensões: eixo polar 30-35 µm, espessura do cíngulo 3,5 µm.
Afinidade botânica: Pteridaceae.
Esporo estriado 01
Estampa 03, foto 09
Descrição: esporo trilete, estriado, âmbito subtriangular com lados côncavos,
radiossimétrico, isopolar.
Dimensões: eixo polar 22,5-26 µm, altura das estrias 1,0 - 1,5 µm.
Afinidade botânica: Pteridophyta.
Esporo estriado 2
Estampa 03, foto 10
Descrição: esporo trilete, corpo estriado, âmbito subtriangular com lados
côncavos, radiossimétrico.
Dimensões: eixo polar 23,5-25 µm, altura das estrias 0,5 - 1,0 µm.
Afinidade botânica: Pteridophyta.
Esporo estriado 3
Estampa 03, foto 11
Descrição: esporo trilete, presença de cíngulo psilado envolvendo todo o
corpo estriado grosso, âmbito subtriangular com lados côncavos, radialmente
simétricos.
Dimensões: diâmetro polar 26,5 µm; altura estrias 1,0 µm; cíngulo 3,5 µm.
Afinidade botânica: Pteridophyta.
45
5.2.5. POLLENITES
Divisão POLLENITES POTONIÉ, 1893
Classe INAPERTURATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950
Pólen baculado
Estampa 04, foto 01
Descrição: grão de pólen esférico, inaperturado, isopolar, exina baculada,
âmbito circular.
Dimensões: diâmetro 23,5-25 µm; altura das báculas 1,5-2,5 µm.
Afinidade botânica: Angiospermas.
Pólen gemado
Estampa 04, foto 02
Descrição: grão de pólen esférico, inaperturado, isopolar, exina gemada,
âmbito circular.
Dimensões: diâmetro 22,5-25 µm; altura das verrugas 2,0-2,5 µm.
Afinidade botânica: Angiospermas.
Pólen indeterminado
Estampa 04, foto 03
Descrição: grão de pólen esférico, inaperturado, isopolar, exina verrugosa,
âmbito circular a subcircular.
Dimensões: diâmetro 25 µm; altura das verrugas 0,5-1,0 µm.
Afinidade botânica: Angiospermas.
46
Classe FENESTRATAE VAN DER HAMMEN, 1956b
Gênero Fenestrites VAN DER HAMMEN, 1956b
Fenestrites spinosus VAN DER HAMMEN, 1956b
Estampa 04, foto 04
Descrição: grão de pólen simples, radialmente simétrico, isopolar, esférico.
Exina tectada, reticulada, malha hexagonal. Colpos e poros indistintos,
provavelmente tricolporado. Exina fenestrada formada por crista, espinhos no topo
da crista.
Dimensões: 30-38 µm (inclui crista e exclui espinhos).
Afinidade botânica: Asteraceae (Compositae).
Fenestrites spp. VAN DER HAMMEN, 1956b
Estampa 04, foto 05
Descrição: grão de pólen simples, radialmente simétrico, isopolar, esférico,
apresenta em vista polar malha hexagonal. Colpos e poros indistintos.
Dimensões: 45 µm (incluindo a crista).
Afinidade botânica: Angiospermas.
Fenestrites spp. 02
Estampa 04, foto 06
Descrição: grão de pólen simples, radialmente simétrico, isopolar, oblato.
Exina tectada, reticulada, malha poligonal ou irregular. Colpos e poros indistintos
Dimensões: 18,5-23,0 µm (incluindo a crista).
Afinidade botânica: Angiospermas.
Pólen espinhoso 01
Estampa 04, foto 07
Descrição: grão de pólen grande, elipsoidal, abertura indistinta, isopolar.
Exina contendo espinhos grossos, espessamento na base dos espinhos, espaçado de 5
- 8 µm aproximadamente.
47
Dimensões: 55-60 µm (excluindo os espinhos).
Afinidade botânica: Angiospermas.
Pólen espinhoso 02
Estampa 04, foto 08
Descrição: grão de pólen retangular, abertura indistinta, isopolar, superfície
do grão com espinhos grossos, espessamento na base dos espinhos, com 6 µm de
altura e espaços de 5 µm entre os espinhos.
Dimensões: 55-60 µm (excluindo os espinhos).
Afinidade botânica: Angiospermas.
Pólen espinhoso 03
Estampa 04, foto 09
Descrição: grão de pólen esférico, abertura indistinta, espinhoso, com espinho
de espaços aproximados 5 µm, altura dos espinhos de 8 - 10 µm.
Dimensões: 45 µm (excluindo os espinhos).
Afinidade botânica: Angiospermas.
Pólen espinhoso 04
Estampa 04, foto 10
Descrição: grão de pólen elíptico, abertura indistinta, isopolar, espinhoso,
com de espaços entre espinhos de aproximados 2,5 - 3,5 µm, altura dos espinhos de
3,5 µm.
Dimensões: 20 µm (incluindo os espinhos).
Afinidade botânica: Angiospermas.
Pólen espinhoso 05
Estampa 04, foto 11
Descrição: grão de pólen esférico a subesférico, abertura indistinta, isopolar,
espinhoso, com de espaços entre espinhos de aproximados 2,5 - 3,5 µm, altura dos
espinhos de 3,5 µm.
48
Dimensões: 40 µm (excluindo os espinhos).
Afinidade botânica: Angiospermas.
Classe MONOCOLPATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950
Psilamonocolpites (VAN DER HAMMEN) GARCÍA DE MUTIS, 1965
Psilamonocolpites rinconii DUEÑAS, 1986
Estampa 04, foto 14
Descrição: grão de pólen simples, monocolpado, superfície psilada, simetria
bilateral, isopolar.
Dimensões: diâmetro equatorial de aproximados 40 µm, exina 1,5-2,0 µm.
Afinidade botânica: Palmae.
Psilamonocolpites sp.01
Estampa 04, foto 13
Descrição: grão de pólen simples, monocolpado, isopolar, superfície do grão
psilada, simetria bilateral.
Dimensões: diâmetro equatorial 20 µm, exina 0,5-0,8 µm.
Afinidade botânica: Palmae.
Gênero Clavamonocolpites GONZÁLEZ GUZMÁN, 1967
Clavamonocolpites cf. lorentei MULLER, DE GIACOMO & VAN ERVE, 1987.
Estampa 04, foto 15
Descrição: grão de pólen simples, monocolpado, verrugoso, simetria bilateral,
clavado.
Dimensões: diâmetro 17-23 µm; clavas com altura aproximada 1 µm.
Afinidade botânica: Palmae.Iriartea.
49
Gênero Mauritiidites VAN HOEKEN-KLINKENBERG, 1964
Mauritiidites franciscoi (VAN DER HAMMEN 1956) VAN HOEKEN-
KLINKENBERG, 1964
Estampa 04, foto 16
Descrição: grão de pólen monocolpado, isopolar, âmbito elíptico,
espessamento na base dos espinhos, simetria bilateral.
Dimensões: diâmetro equatorial 27-48 µm, espinho 1,5-2,5 µm de
comprimento; espessura da exina 0,8-1,5 µm .
Afinidade botânica: Palmae, Mauritia.
Mauritiidites sp.
Estampa 04, foto 17
Descrição: grão monocolpado, isopolar, âmbito elíptico, espinhoso e pouco
espaçado, colpo visível.
Dimensões: diâmetro equatorial 32 µm, espinho 1,0-2,0 µm de comprimento;
espessura da exina 0,8-1,5 µm.
Afinidade botânica: Palmae, Mauritia (?).
Gênero Proxapertites VAN DER HAMMEN, 1956
Proxapertites tertiaria VAN DER HAMMEN, 1956
Estampa 04, foto 18
Descrição: grão de pólen monocolpado, finamente clavado, contorno ovalado.
Dimensões: diâmetro equatorial 32 µm, espinho 1,0-2,0 µm de comprimento;
espessura da exina 0,8-1,5 µm.
Afinidade botânica: Annonaceae, Crematosperma (VAN DER HAMMEN),
1956.
50
Pólen reticulado 01
Estampa 04, foto 19
Descrição: grão monocolpado, radialmente simétrico, anisopolar. Exina
reticulada; em vista polar é oval.
Dimensões: diâmetro equatorial 32-35 µm.
Afinidade botânica:desconhecida.
Pólen microreticulado 01
Estampa 04, foto 20
Descrição: grão de pólen simples, monocolpado, esférico, superfície do grão
microreticulada, radialmente simétrico, isopolar.
Dimensões: diâmetro equatorial 18-21 µm.
Afinidade botânica: Angiospermas.
Pólen monocolpado espinhoso 01
Estampa 05, foto 01
Descrição: grão de pólen simples, monocolpado, isopolar, âmbito elíptico,
espinhoso e com espaços de aproximados 10 - 15 µm. Colpo visível e largo, de
aproximados 10 µm em seu maior diâmetro.
Dimensões: diâmetro equatorial 23 µm; altura dos espinhos 1-1,5 µm.
Afinidade botânica: Palmae.
Pólen monocolpado espinhoso 02
Estampa 05, foto 02
Descrição: grão simples, monocolpado, isopolar, âmbito elíptico,
microespinhoso e com espaços entre eles bastante próximos. Colpo visível e largo.
Dimensões: diâmetro 23-25 µm; altura dos espinhos 0,5-1,0 µm.
Afinidade botânica: Palmae.
51
Pólen reticulado 01
Estampa 05, foto 03
Descrição: grão monocolpado, isopolar, âmbito elíptico, reticulado. Colpo
visível e largo.
Dimensões: diâmetro equatorial 25 µm.
Afinidade botânica: Palmae.
Pólen reticulado 02
Estampa 05, foto 04
Descrição: grão simples, monocolpado, superfície do grão reticulado. Colpo
largo.
Dimensões: diâmetro equatorial aproximado 62 µm.
Afinidade botânica: Palmae.
Pólen indeterminado 02
Estampa 04, foto 12
Descrição: grão de pólen subesférico, isopolar, monocolpado, baculado com
espaçamento entre estes de aproximados 5 µm.
Dimensões: aproximados 43 µm.
Afinidade botânica: Palmae.
Classe MONOPORATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950
Gênero Monoporites COOKSON, 1947
Monoporites annulatus VAN DER HAMMEN, 1954
Estampa 05, foto 05
Descrição: grão simples, radialmente simétrico, anisopolar, esférico,
monoporado, poro com ânulo, exina psilada muito delgada, em geral dobrado.
52
Dimensões: diâmetro equatorial 23-37 µm; exina 0,3-0,5 µm, diâmetro do
poro 2,0-3,5 µm..
Afinidade botânica: gramineae.
Monoporites sp. 01
Estampa 05, foto 06
Descrição: grão elíptico, monoporado, poro com ânulo, exina psilada muito
delgada.
Dimensões: diâmetro equatorial 25 µm; exina 0,5µm, diâmetro do poro
3,5µm..
Afinidade botânica: gramineae.
Classe DIPOCOLPATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950
Multimarginites vanderhammenii GERMERAAD et al., 1968
Estampa 05, foto 07
Descrição: grão de pólen dicolpado, com retículo na superfície formando
“degraus”. Contorno esférico.
Dimensões: 40-53 µm.
Afinidade botânica: Trichantera gigantae e Sanchezia klugii.
Pólen reticulado indeterminado 03
Estampa 05, foto 08
Descrição: grão de pólen dicolpado, reticulado grosso envolvendo toda a
superfície do grão, formando padrão parecido com Cróton.
Dimensões: 27-35 µm.
Afinidade botânica: Angiosperma.
53
Classe TRICOLPATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950
Gênero Crototricolpites LEIDELMEYER, 1966
Crototricolpites americanus
Estampa 05, foto 09
Descrição: grão oblato, radiossimétrico, isopolar, tricolpado, colpos bem
abertos, âmbito circular, exina densamente clavada, clavas em padrão croton.
Dimensões: diâmetro equatorial 30,5 µm; exina 2,5 µm, clavas 1µm.
Afinidade botânica: Euphorbiaceae, Klaineanthus.
Crototricolpites annemariae LEIDELMEYER, 1966
Estampa 05, foto 10
Descrição: grão subprolato, isopolar, aparenta ser inaperturado, âmbito
circular a subcircular, exina clavada, apresenta padrão croton.
Dimensões: diâmetro equador 48 µm;diâmetro equador 41µm; exina
(incluindo clavas) 3 µm, clavas 11,5 µm.
Afinidade botânica: Euphorbiaceae, Croton.
Retitricolpites cf. simplex GONZÁLEZ-GUZMÁN, 1967.
Estampa 05, foto 11
Descrição: grão de pólen simples, isopolar, tricolpado. Colpo distinto, largura
aproximada do colpo 7 µm, com margo. Superfície completamente reticulada,
inclusive o colpo.
Dimensões: diâmetro equador 25 µm; exina 1,5 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Pólen tricolpado verrugoso 01
Estampa 05, foto 12
Descrição: grão de polens tricolpado, elíptico, verrugoso, isopolar.
Dimensões: diâmetro equador 41µm; exina (incluindo verrugas) 0,8 µm.
Afinidade botânica: Bombacaceae.
54
Pólen tricolpado espinhoso 01
Estampa 05, foto 13
Descrição: grão de polens tricolpado, colpo largo e de aproximados 20 µm,
espinhosos poucos e espaçados, âmbito subelíptico.
Dimensões: diâmetro equador 40µm; exina (incluindo espinhos) 3,5 µm.
Afinidade botânica: Bombacaceae.
Pólen tricolpado espinhoso 02
Estampa 05, foto 14
Descrição: grão de pólen simples, simetria radial, isopolar, tricolpado,
superfície apresentando báculas. Colpos visíveis, com diâmetro aproximado 5 µm.
Dimensões: diâmetro equador 22 µm; exina (excluído espinhos)3,5 µm;
espinhos 2,5µm.
Afinidade botânica: Angiosperma.
Classe TRIPORATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950
Proteacidites cf. triangulatus LORENTE 1986
Estampa 05, foto 15
Descrição: grão de pólen simples, triporado, isopolar, radialmente simétrico,
superfície do grão psilada.
Dimensões: diâmetro equador 30 µm; exina 1,5 µm.
Afinidade botânica: Sapindaceae - Proteaceae.
Corsinipollenites undulatus GONZÁLEZ-GUZMÁN, 1981
Estampa 05, foto 16
Descrição: grão de pólen radiossimétrico, isopolar, amb subtriangular de
lados convexos; em geral grãos unidos em tétrade. Triporado, poros conspícuos e
ânulos bem desenvolvidos, alguns grãos com aparente vestíbulo. Sexina rugulada
55
(undulada) e em perfil apresenta aspecto em verrugas. Alguns grãos apresentam
filamentos na face proximal.
Dimensões: diâmetro equatorial 54-69 µm; diâmetro do poro cerca de 6-
11µm; exina 2,5-3µm.
Afinidade botânica: gênero Jussiaea da Família Onagraceae (GONZÁLES-
GUZMÁN, op. cit.)
Corsinipollenites oculus-noctis (THIERGART, 1940) NAKOMAN, 1965
Estampa 05, foto 17
Descrição: pólen triporado (com poros de aproximados 4 µm), psilado,
contorno subcircular de lados convexos.
Dimensões: diâmetro equatorial 33-66 µm; diâmetro do poro cerca de 3,5-9
µm; exina 1,5-2,5 µm.
Afinidade botânica: Ludwigia (HOORN, 1993).
Retitriporites cf. dubiosus GONZÁLEZ-GUZMÁN 1967
Estampa 05, foto 18
Descrição: pólen de pólen simples, triporado, reticulado, anisopolar.
Dimensões: diâmetro equador 60 µm; exina 3,5 µm.
Afinidade botânica: Rubiaceae (?).
Echitricolporites spinosus VAN DER HAMMEN, 1956b
Estampa 05, foto 19
Descrição: grão subesférico, tricolporado, aberturas indistintas, exina tectada,
densamente espinhosa. Espinhos com aproximados 3,0 µm (comprimento) e 0,5-1
µm.
Dimensões: diâmetro equador 23 µm (excluindo os espinhos).
Afinidade botânica: Asteraceae (Compositae).
56
Echitricolporites sp.1
Estampa 05, foto 20
Descrição: grão de pólen radiossimétrico, isopolar, âmbito subcircular.
Tricolporado, colpo curto 10 µm de profundidade. Poros indistintos, com espinhos
proeminentes e nexina desenvolvida 2,5 µm de espessura. Espinhos de altura 3 - 3,5
µm e base 2,5 µm , encurvados ou retos.
Dimensões: diâmetro equatorial total 53 µm; exina até 3 µm na base dos
espinhos.
Afinidade botânica: Angiospermas.
Echitricolporites sp.2
Estampa 06, foto 01
Descrição: grão de pólen esférico, abertura indistinta, isopolar, espinhoso,
com espinho de espaços aproximados 1,5 - 2,5 µm, altura dos espinhos de 3,5 µm.
Dimensões: diâmetro equatorial total 17 µm (excluindo os espinhos); exina
até 3 µm na base dos espinhos; altura dos espinhos 4,5 µm.
Afinidade botânica: Asteraceae (Compositae).
Pólen triporado 01
Estampa 06, foto 02
Descrição: grão de pólen esférico, isopolar, radialmente simétrico, psilado ou
verrucado.
Dimensões: diâmetro equador 20 µm; exina 0,8 µm.
Afinidade botânica: Angiosperma.
Pólen triporado 02
Estampa 06, foto 03
Descrição: grão de len simples, triporado, (com poros de aproximados 5
µm), psilado com corpo rugulado, subcircular.
Dimensões: diâmetro equador 22 µm; exina 0,5 µm.
Afinidade botânica: Rubiaceae (?).
57
Classe TRICOLPORATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950
Gênero Bombacacidites COUPER, 1960
Bombacacidites cf. bellus FREDERIKSEN, 1983
Estampa 06, foto 04
Descrição: grão oblato, isopolar, radiossimétrico, brevitricolporado,
planoaperturado, colpos com margo, âmbito subtriangular, exina heterorreticulada.
Dimensões: diâmetro equador 49 µm; exina 1,5 µm; margo 2,5 µm.
Afinidade botânica: Bombacaceae, pseudobombax/Bombax (LORENTE,
1986).
Bombacacidites cf. ciriloensis MULLER, DI GIACOMO & VAN ERVE, 1987
Estampa 06, foto 05
Descrição: grão oblato, isopolar, radiossimétrico, brevitricolporado,
planoaperturado, colpos curto, âmbito subtriangular, poros indistintos.
Dimensões: diâmetro equador 29 µm; exina 0,5-1µm.
Afinidade botânica: Bombacaceae.
Bombacacidites sp. 01
Estampa 06, foto 06
Descrição: grão oblato, isopolar, radiossimétrico, brevitricolporado,
planoaperturado, âmbito subtriangular, exina heterorreticulada.
Dimensões: diâmetro equador 22 µm; exina 0,5-0,8 µm.
Afinidade botânica: Bombacaceae.
58
Bombacacidites sp. 02
Estampa 06, foto 07
Descrição: grão oblato, isopolar, radiossimétrico, brevitricolporado,
planoaperturado, âmbito subtriangular.
Dimensões: diâmetro equador 30 µm; exina 0,5-1,0 µm.
Afinidade botânica: Bombacaceae.
Gênero Psilatricolporites VAN DER HAMMEN, 1956
Psilatricolporites cf. atalayensis HOORN, 1994
Estampa 06, foto 08
Descrição: grão de pólen oblato, tricolporado, psilado, radialmente simétrico,
isopolar, poros e colpos distintos.
Dimensões: diâmetro equador 22 µm; exina 3,5 µm.
Afinidade botânica: Sapotaceae (?).
Psilatricolporites sp. 01
Estampa 07, foto 09
Descrição: grão de pólen simples, tricolporado, psilado, radialmente
simétrico, isopolar, poros.
Dimensões: diâmetro equador 19 µm; exina 3,5 µm.
Afinidade botânica: Angiospermas.
Psilatricolporites sp. 02
Estampa 06, foto 10
Descrição: grão esférico, isopolar, radiossimétrico, tricolporado, colpos com
margo, rugulada, com tectum liso ou verrucado.
Dimensões: diâmetro equador 45 µm; exina 0,8-1,0 µm.
Afinidade botânica: Angiospermas.
59
Psilatricolporites sp.03
Estampa 06, foto 11
Descrição: grão esférico, tricolporado, isopolar, radiossimétrico, exina
psilada.
Dimensões: diâmetro equador 20 µm; exina 0,5-0,8 µm.
Afinidade botânica: Pelliciraceae, Pelliciera.
Psilatricolporites sp.04
Estampa 06, foto 12
Descrição: grão oblato em vista equatorial, isopolar, radiossimétrico,
tricolporado, colpos com margo, exina psilada.
Dimensões: diâmetro equador 20 µm; exina 0,8-1,0 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Psilatricolporites sp.05
Estampa 06, foto 13
Descrição: grão oblato em vista equatorial, isopolar, radiossimétrico,
tricolporado, colpos com margo, exina psilada.
Dimensões: diâmetro equador 25 µm; exina 0,5 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Gênero Retitricolporites VAN DER HAMMEN & WYMSTRA emend. HEKEL,
1972
Retitricolporites sp. 01
Estampa 06, foto 14
Descrição: grão de pólen simples, oblato, isopolar, tricolporado, toda a
superfície finamente reticulada, colpos e poros distintos.
Dimensões: diâmetro equador 20-22 µm; exina 0,8-1,0 µm.
Afinidade botânica: Rubiaceae (?).
60
Retitricolporites sp. 02
Estampa 06, foto 15
Descrição: grão de pólen simples, oblato, isopolar, tricolporado. Superfície do
grão reticulada, com colpos e poros distintos. Colpo com largura de até 3 µm.
Dimensões: diâmetro equador 19 µm; exina 0,5 µm.
Afinidade botânica: Rhizophoraceae (?).
Retitricolporites sp. 03
Estampa 06, foto 16
Descrição: grão de len simples, oblato, isopolar, tricolporado, reticulado.
Colpos de 5 µm de largura e poros distintos.
Dimensões: diâmetro equador 21 µm; exina 1,0 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Retitricolporites sp. 04
Estampa 07, foto 01
Descrição: grão de pólen simples, isopolar, tricolporado. Superfície do grão
reticulada, colpos e poros distintos.
Dimensões: diâmetro equador 43 µm; exina 2,5 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Retitricolporites irregularis VAN DER HAMMEN & WIJMSTRA, 1964
Estampa 07, foto 02
Descrição: grão oblato, isopolar, radiossimétrico, tricolporado, âmbito
circular, exina reticulada, muri rugulado.
Dimensões: diâmetro equador 30 µm; exina 1,0 µm; muri 0,5 µm.
Afinidade botânica: Euphorbiaceae, Amanoa oblongifolia.
61
Pólen tricolporado 01
Estampa 07, foto 03
Descrição: grão de pólen tricolporado, isopolar, radialmente simétrico,
superfície psilada, âmbito subcircular.
Dimensões: diâmetro equador 37 µm; exina 1,5 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Classe STHEPHANOCOLPATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950
Retistephanocolpites sp. 01
Estampa 07, foto 04
Descrição: grão simples, simetria radial, isopolar, esférico, estefanocolpado.
Colpos curtos, em número de oito a dez. Exina com retículo baixo, uniforme,
recobrindo toda a superfície do grão.
Dimensões: diâmetro equatorial 22 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Retistephanocolpites sp. 02
Estampa 07, foto 05
Descrição: grão simples, simetria radial, isopolar, subesférico, sincolpados.
Colpos longos. Exina com retículo baixo, uniforme, espículos dispostos sobre toda a
superfície do grão.
Dimensões: diâmetro equatorial 42 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Retistephanocolpites sp. 03
Estampa 07, foto 06
Descrição: grão simples, simetria radial, isopolar, em vista polar é circular,
estefanocolpado. Exina com retículo médio, uniforme, recobrindo toda a superfície
do grão. Grande área polar.
62
Dimensões: diâmetro equatorial 45 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Classe STHEPHACOLPORATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950
Psilastephanocolporites sp.
Estampa 07, foto 07
Descrição: grão simples, radialmente simétrico, isopolar, periporado,
superfície psilada muito delgada. Poros distintos.
Dimensões: diâmetro equatorial 21 µm; diâmetro dos poros 6 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Classe PERIPORATAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950
Pólen psilado periporado 01
Estampa 07, foto 08
Descrição: grão simples, radialmente simétrico, isopolar, periporado,
superfície psilada muito delgada. Poros distintos.
Dimensões: diâmetro equatorial 21 µm; diâmetro dos poros 6 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Pólen psilado periporado 02
Estampa 07, foto 09
Descrição: grão de pólen simples, radialmente simétrico, superfície psilada-
rugulada, isopolar. Colpo indistinto. Poros distintos.
Dimensões: diâmetro equatorial 35 µm; diâmetro dos poros 6 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Gênero Perisyncolporites pokornyi GERMERAAD, HOPPING & MULLER, 1968
Estampa 07, foto 10
Descrição: grão de pólen isopolar, esférico, ás vezes de contorno angular.
Sincolporado, colpos retos ou curvos, em geral largos. Poros circulares ou ovais.,
localizados ou não nos colpos. Sexina psilada, alguns grãos apresentam columelas.
63
Dimensões: diâmetro equatorial 31 µm; exina 3 µm; diâmetro dos poros 2,5
4,5 µm de diâmetro.
Afinidade botânica: Malpighiaceae.
Alnipollenites verus
Estampa 07, foto 11
Descrição: grão de pólen simples, radialmente simétrico, isopolar, cúbico
com exina psilada. Poros de 3-6 µm de diâmetro, conectados por arco.
Dimensões: 28-31µm.
Afinidade botânica: de acordo com GERMERAAD correspondência com
o gênero Alnus.
Echiperiporites akanthos
Estampa 07, foto 12
Descrição: grão simples, esférico, radiossimétrico, isopolar, espinhoso,
periporado. Base e extremidade aguda, espinhos muito curtos.
Dimensões: 22-37 µm; poros de diâmetro 1,5-2,5µm; espinhos 0,5-0,8 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Echiperiporites sp. 01
Estampa 07, foto 13
Descrição: grão simples, esférico, radiossimétrico, isopolar, espinhoso. Base
do espinho largo e extremidade aguda.
Dimensões: 20 µm (incluindo espinhos); espinhos 0,5-0,8 µm de altura e base
com espessura de 1,0-1,5 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Echiperiporites estelae
Estampa 07, foto 14
Descrição: grão simples, esférico, exina tectada, tectum espinhoso, espinhos
com pontas arredondadas e base intumescida.
64
Dimensões: 60 µm (incluindo espinhos); espinhos 3,0 µm de altura e base
com espessura de 1,5-2,0 µm.
Afinidade botânica: Malvaceae, Thespesia ou Hibiscus.(GERMERAAD et al,
1968).
Pólen indeterminado 3
Estampa 08, foto 13
Descrição: grão de pólen simples, esférico, periporado, radialmente simétrico.
Superfície do grão psilado.
Dimensões: 20 µm; poros com diâmetro 3,5µm.
Afinidade botânica: desconhecido.
Pólen indeterminado 4
Estampa 08, foto 14
Descrição: grão de pólen simples, subesférico, radialmente simétrico,
anisopolar.
Dimensões: 57-63 µm de diâmetro.
Afinidade botânica: desconhecida.
Pólen indeterminado 5
Estampa 08, foto 15
Descrição: grão de pólen simples, esférico-subesférico, radialmente simétrico,
isopolar. Colpo indistinto ou ausente. Apêndices simples em forma de asas,
envolvendo todo o grão.
Dimensões: 25-31 µm; apêndices de 3,5- 5,0 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
Pólen indeterminado 6
Estampa 08, foto 16
Descrição: grão de pólen simples, contorno triangular, radialmente simétrico,
poro no centro da face do corpo. Exina com espículas em toda a superfície.
Dimensões: 17 µm; poros com diâmetro 0,5 µm.
Afinidade botânica: desconhecida.
65
Classe POLYADEAE IVERSEN & TROELS-SMITH, 1950
Gênero Polyadopollenites THOMPSIN & PFLUG, 1953
Polyadopollenites sp. 01
Estampa 08, foto 09
Descrição: Políade formada por quatro ou duas tétrades de grãos triporados,
poros indistintos, psilados.
Dimensões: diâmetro do grão 25-37 µm; diâmetro da políade 62-71µm.
Afinidade botânica: Mimosaceae.
5.2.6. SACCITES
Turma SACCITES ERDTMAN, 1947
Subturma Disaccites COOKSON, 1947
Gênero Podocarpidites COOKSON ex COUPER, 1953
Podocarpidites sp. 01
Estampa 08, foto 10
Descrição: grão de pólen bissacado, contorno do corpo circular em vista
polar, comprimento duas vezes maior que a largura. Zona germinal larga e as bases
de inserção dos sacos seguem uma linha curva. Retículo do saco é aberto e fino;
muros não passíveis de definição.
Dimensões: comprimento total do grão 45µm; comprimento do corpo 18 µm,
largura do corpo 20 µm; comprimento do saco 20 µm; largura do saco 25 µm.
Afinidade botânica: Podocarpus, Família Podocarpaceae.
66
Podocarpidites sp. 02
Estampa 08, foto 11
Descrição: grão de pólen bissacado, contorno do corpo circular em vista
polar, comprimento ligeiramente maior que a largura. Zona germinal de difícil
visualização. Retículo do saco é fechado e grosso.
Dimensões: comprimento total do grão 40 µm; comprimento do corpo 18 µm,
largura do corpo 22 µm; comprimento do saco 18 µm; largura do saco 25 µm.
Afinidade botânica: Podocarpus, Família Podocarpaceae.
Podocarpidites sp. 03
Estampa 08, foto 12
Descrição: grão de pólen bissacado, contorno do corpo circular em vista
polar, comprimento ligeiramente maior que a largura. Retículo do saco aberto e fino.
Dimensões: comprimento total do grão 43µm; comprimento do corpo 20 µm,
largura do corpo 20 µm; comprimento do saco 20 µm; largura do saco 25 µm.
Afinidade botânica: Podocarpus, Família Podocarpaceae.
67
FIGURA 5 – Distribuição vertical dos palinomorfos encontrados em afloramentos as margens do Rio Solimões, região de Coari, Bacia do Solimões, AM
68
5.3. Análise Bioestratigráfica
A representação gráfica da distribuição vertical de grãos de pólen adquirida
neste trabalho pode ser visualizada das Figuras 05, que permitem reconhecer os
intervalos de ocorrência das formas, bem como sua freqüência e diversidade de
palinomorfos em afloramentos.
A comparação com os zoneamentos estabelecidos para o norte da América do
Sul (Quadro 2), permitiu reconhecer na região de Coari, depósitos de neomicena, e
sobreposto a este depósito de idade pleistocena, correspondentes a Formação Içá.
A maioria dos palinomorfos encontrados ocorre desde o eomioceno, tais
como:
Echiperiporites akanthos, Fenestrites spinosus, Crototricolpites annemarie,
Mauridiitides franciscoi, Magnastriatites grandiosus, Cyathiadites annulatus,
Polypodiaceoisporites potonie, Monoporites annulatus, Corsinipollenites undulatus.
Contudo, a presença de
Echitricolporites spinosus,
marca o Neomioceno. Apresença
de
Alnipollenites verus
permite conferir ao depósito sobreposto a Formação Solimões
uma idade Pleistocena, de acordo a proposição de GERMERAAD
et al.,
(1968).
Em geral, é possível definir o intervalo Mioceno médio pela ocorrência de
formas-guias como
Grinsdalea magnaclavata,
e por
Crassoretitriletes
vanraadshoovenii
, que corresponde ao Mioceno inferior e médio. É constatada que
estas formas são freqüentes nos depósitos desta idade, embora muitas vezes possam
ocorrer separadamente, como constatado por LEITE (2004) e SILVA (2004). Neste
trabalho a única ocorrência de um pólen de
Grimsdalea magnaclavata
apresenta
feições de retrabalhamento que indica erosão de parte dos depósitos do Mioceno
Médio.
A presença de
Echiperiporites akanthos,
indica que os depósitos da Formação
Solimões na região de Coari não ultrapassam o Neomioceno, uma vez que esta
espécie não atinge o Plioceno. Assim, é admitida a idade Neomicena para os
depósitos da Formação Solimões. A idade pleistocena da Fornação Içá é sugerida
pela ocorrência de
Alnipollenites verus,
um pólen abundante nos depósitos
pleistocenos (MULLER et al. 1987).
A análise dos palinomorfos encontrados na região de Coari permitiu
identificar duas biozonas:
E. spinosus
(Neomioceno), em fácies pelito e estratificação
69
inclinada heterolítica; e
Alnipollenites verus
(Pleistoceno) em depósitos
siliciclásticos da Formação Içá.
QUADRO 2 ZONEAMENTOS PALINOESTRATIGRÁFICOS DO NORTE DA
AMÉRICA DO SUL (MODIFICADO DE LEITE, 1997).
EO
MESO
NEO
PL IO C E N O
PLE IST O C E N O
CARIBE
Germeraad 1968
et al
BRASIL
Regali 1974
et al,
VENEZUELA
Lorente, 1986
AMAZÔNIA
OCIDENTAL
Hoorn, 1983
NORTE da
AMERICA DO SUL
Muller 1987
et al.,
Alnipollenites
verus
Alnipollenites Alnipollenites
verus
Echitricolporites
mcneillyi
Retistephanocolpites
gracilis
Echitricolporites
mcneillyi
Echitricolporites
spinosus
Pachidermites
diederixii
Grimsdalea
magnaclavata
Fenestrites
longispinosus
Grimsdalea
Crassoretitriletes
Asteraceae
Grimsdalea
Crassoretitriletes
Crassoretitriletes
vanraadshoovenii
Grimsdalea
magnaclavata
Crassoretritriletes
vanraadshoovenii
Psiladiporites Psiladiporites/
Crototricolpites
Echitricolporites
maristellae
Psiladiporites
minimus
Retitricolporites
Multimarginites
vanderhammenni
Psiladiporites
minimus
Psitricolporites
triangularis
Verrutricolporites
Verrutricolporites/
Cicatricosisporites
Verrutricolporites
rotundiporus/
Echidiporites
barbeitoiensis
Verrutricolporites
M
I
O
C
E
N
O
70
5.4. Análise Cronoestratigráfica
A análise bioestrátigráfica da região de Coari favoreceu a determinação de
unidades bioestratigráficas. A partir desta análise forma definidos dois intervalos
cronoestratigráficos: Neomioceno e Pleistoceno (Tabela 2), correspondentes,
respectivamente a Formação Solimões e Formação Içá.
TABELA 1. Representação das unidades bioestratigráficas e cronoestratigráficas
identificadas na região de Coari (perfis simplificados).
71
PARTE 3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
CAPÍTULO 6 - DISCUSSÕES E INTERPRETAÇÕES
6.1. Aspectos Paleoambientais da Formação Solimões com Base no Conteúdo
Palinológico
Na região de Coari, a associação de palinomorfos permite identificar aporte
continental (Tabela 1), que varia de lacustre a canais meandrantes ativos,
representados por, respectivamente, fácies pelito e arenito/pelito da Formação
Solimões, em ambiente de floresta inundável, adjacente à floresta de terra firme.
Em padrões gerais pode-se vislumbrar a presença de pólens de angiospermas,
esporos de pteridófitas, esporos de fungos, além de elementos aquáticos como
mássulas de esporos atribuídos a Salviniaceae (pteridófitas de água-doce)
,
Chomotriletes
sp.
, Magnastriatites grandiosus
e algas de água-doce, aqui
representado pelo gênero
Ovoidites
e
Pediastrum.
A associação de triletes lisos (
Deltoispora adriennis, Leiotriletes
sp.,
Laevigatosporites
sp.,
Psilatriletes
sp. e outros), monoletes verrugosos
(
Verrucatosporites usmensis
, e outros), monolete espinhoso,
Cyatheacidites,
Magnastriatites, Polypodiaceoisporites
e angiospermas (
Bombacacidites,
Monoporites annulatus,
Mauritiidites
sp.,
Perisyncolporites pokornyi
e outros) e são
presentes em grande parte dos intervalos de amostragem, com pequenas oscilações
em abundância., associados a fitoclastos lenhosos (lenhos de plantas terrestres) e
não-lenhosos (fragmentos de cutículas).
A melhor representação de palinomorfos encontra-se em depósitos de pelitos,
em que uma evidente ambiente de estagnação, marcada pela alta freqüência e
diversidade de formas. Nesses níveis os picos conspícuos de
Bombacacidites
e
Monoporites annulatus
mostram uma relação inversa, que marca a oscilação entre os
arbóreos e arbustivos (Figura 7).
72
M
a
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a
/
r
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g
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0
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10
20
10
5
5
50
10
10
4020
18
19
FIGURA 6 - Representação gráfica quantitativa (porcentagem) dos principais palinomorfos encontrados no ponto 02, a
margem direita do Rio Solimões, região de Coari, Amazonas (300 grãos contados por amostra).
73
P
t
e
r
i
d
o
f
i
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a
01
11
00
02
04
06
08
10
12
14
16
18
1
2
Cinza superior
11
0
30
10
9
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6
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2
FIGURA 7 - Representação gráfica quantitativa (porcentagem) dos principais palinomorfos encontrados no ponto 09, a
margem direita do Rio Solimões, região de Coari, Amazonas (300 grãos contados por amostra).
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FIGURA 8 - Representação gráfica quantitativa (porcentagem) dos principais palinomorfos encontrados no ponto 11, a
margem esquerda do Rio Solimões, região de Coari, Amazonas (300 grãos contados por amostra).
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FIGURA 9 - Representação gráfica quantitativa (porcentagem) dos principais palinomorfos encontrados no ponto 12, a
margem direita do Rio Solimões, região de Coari, Amazonas (300 gãos contados por amostra).
76
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(%)
FIGURA 10 - Representação gráfica quantitativa (porcentagem) dos principais palinomorfos encontrados no ponto 13, a
margem direita do Rio Solimões, região de Coari, Amazonas (300 grãso contados por amostra).
77
Contudo, na associação 2 (arenito/pelito com estratificação inclinada
heterolítica) há redução expressiva na quantidade de palinomorfos que desfavorece a
contagem de 300 palinomorfos para serem considerados como representativos. A alta
energia deste sistema é evidenciada pela ocorrência de
Pediastrum
restrito a
depósitos de barra em pontal da Formação Solimões e Içá. Dentre os elementos
autóctones, o
Pediastrum
é forte indicador de corpos lacustres de pouca
profundidade ou rios de maior energia. Tal como na associação 1 (pelito laminado), o
aporte continental é evidente pela ocorrência de fitoclastos não-lenhosos bem
preservados.
A associação de pteridófitas e palmeiras indica que durante o Neomioceno
indica condições climáticas tropicais, com períodos quentes e úmidos (REGALI,
1971; LIMA & CUNHA, 1986, LIMA
et al.
1991). Outra indicação para altas
temperaturas e umidade na região, é a abundâcia e diversidade de esporos de fungos
em todos os níveis amostrados, com pequenas oscilações.
A configuração do paleoambiente continental com incursões marinhas
proposta por HOORN (1994), é um modelo que pode ser aplicado principalmente
para as áreas mais ocidentais da Amazônia, em rochas que remontam ao Mioceno
Médio ou Mioceno Inferior, já que a autora não faz referencia em seu trabalho a
depósitos de idade Neomiocena. Contudo, a presença de elementos de florestas
inundáveis e vegetação de restinga de planície fluvial como palmeiras, gramíneas e
floresta de terra firme, condiz com a interpretação dada por HOORN (1994), que
permite deduzir que a distribuição de pólens e esporos não mudaram no decorrer do
Mioceno.
Os níveis pelíticos da Formação Içá apresentam grãos de pólens de
angiospermas, pteridófitas e raras algas de água doce. Por outro lado, os níveis
siliciclásticos apresentam uma redução expressiva na freqüência e diversidade de
formas, provavelmente reflexo de um sistema fluvial de alta energia. Além disso, a
ocorrência de esporos de fungos admite permanência de condições úmidas e quentes.
78
TABELA 2 - PALINOMORFOS DA UNIDADE INFERIOR DA FORMAÇÃO
SOLIMÕES. ABREVIATURAS: P02, P03, P09, P12 E P13 = PERFIS ANALISADOS, E =
ESPORO, P = GRÃO DE PÓLEN, A = ALGA, F = FUNGO, X = ACRITARCA, R =
RETRABALHAMENTO, CONT = CONTAMINANTES.
P02 P03 P09 P12 P13
Acritarca (X/R) X X X
Bombacacidites sp. (P) X X X X X
Chomotriletes sp. (X) X X X X X
Cicatricosisporites sp. (E) X X X X
Cyatheacidites annulatus (E) X X X X
Magnastriatites grandiosus (E) X X X X X
Maranhites brasiliensis (X/R) X X X X
Maranhites insulatus (X/R) X X X X
Mássula de esporos (Saviniaceae?) X X X X
Mauritiidites sp. (P) X X
Monolete liso (E) X X X X X
Monolete microespinhoso (E) X
Monolete verrugoso (E) X X X X X
Monoporites sp. (P) X X X X X
Monosulcites sp. (P) X
Multimarginites vanderhammeni (P) X
Ovoidites liso (A) X X X X X
Podocarpidites sp. (P) X X X X
Pólen c/ exina espessa X X X X
Polypodiaceoisporites potonie (E) X X X X
Polypodiaceoisporites (E) X X X X
Prasinofíceas (A) X X
Psilatricolporites sp. emtrade (P) X X
Rhizophagites sp. (F/CONT) X
Tasmanites liso (A/R) X
Tasmanites reticulado (A/R) X
Trilete foveo-reticulado (E) X X X X
Trilete liso (E) X X X X X
Trilete ornamentado (E) X X X X
Trilete verrugoso (E) X X X X
Trilete zonado ornamentado (E/R) X X X X
Verrucatosporites usmensis (E) X X X X
79
6.2. Eventos erosivos na sucessão Solimões
A ocorrência de palinomorfos retrabalhados na sucessão estudada indica um
evento de erosão importante ocorrido no Neomioceno. Palinomorfos miocenos
retrabalhados como
Cyatheacidites annulatus
,
Foveotriletes ornatu
e
Grimsdalea
magnaclavata
na fácies arenito/pelito. Além disso, nos depósitos estudados ocorrem
várias formas de acritarcos retrabalhados que alcançam até 25% do conteúdo de
palinomorfos. Destacam-se
Maranhites brasiliensis, Maranhites insulatus,
Umbellasphaeridium
sp.,
Multiplisphaeridium
e muitos acantomorfos
indeterminados. Os palinomorfos miocenos retrabalhados indicam a ação do sistema
fluvial meandrante removendo parte dos depósitos de idade Mesomiocena da
Formação Solimões. Por outro lado, os palinomorfos de idade neodevoniana têm sido
interpretados como advindos dos Andes (CAMPBELL & FRAILEY, 1984;
FRAILEY
et al.
1988; HOORN, 1993; HOORN
et al.
1995; LATRUBESSE, 1992).
Entretanto, o excelente grau de preservação dos palinomorfos paleozóicos
retrabalhados na área de estudo, admite áreas fontes próximas, possivelmente a borda
NW da Bacia do Amazonas.
As rochas paleozóicas na borda noroeste da Bacia do Amazonas passaram por
um estágio erosivo importante desde o Neocretáceo, com a implantação do sistema
fluvial da Formação Alter do Chão (NOGUEIRA
et al
., 1997; HORBE
et al
., 1999).
No Mioceno, enquanto a bacia do Amazonas se comportava como uma antéclise, a
Bacia do Solimões era subsidente como indicado pela ausência de paleossolos
lateríticos e a predominância de fácies subaquosas. O Arco de Purus se comportou
como uma barreira geográfica importante no Mioceno, balizando o sistema lacustre-
fluvial da Bacia do Solimões (Figura 11). A ocorrência de lateritas neógenas,
implantadas nas rochas cretáceas da Formação Alter do Chão, indica um momento de
clara exposição no Mioceno da Bacia do Amazonas (COSTA
et al.,
1999; HORBE
et
al
., 1999). Embora as rochas paleozóicas dessa bacia estejam soterradas por mais de
1.000 m de espessura pelos depósitos cretáceos na calha principal, em suas bordas
estes depósitos não alcançam 200 metros (CAPUTO
et al
., 1971; WANDERLEY
FILHO, 1991). Esta espessura reduzida favoreceu a erosão completa, durante o
Néogeno, dos depósitos cretáceos e parcialmente dos paleozóicos, com intervalo
mais superior restrito ao Lockhoviano (COELHO, 1994). Os depósitos com
80
acritarcos neodevonianos da borda oeste da Bacia do Amazonas foram as prováveis
fontes para os sedimentos da Formação Solimões.
FIGURA 11 - Mapa Gravimétrico Bourguer da Bacia do Amazonas, em vermelho as
curvas de isópacas (Modificado de WANDERLEY FILHO, 1991).
6.3. Correlação com outras unidades do Mioceno da Amazônia
As rochas da Formação Solimões são de ampla distribuição as margens dos
rios da Bacia do Solimões. Os depósitos do Mioceno Superior tendo sido assinalada
por SILVA (2004) no poço 1AS-32-AM, no oeste do estado do Amazonas, bem
como em superfície, mas localidade de Patos e Elizete, no Acre. A investigação
executada por CRUZ (1986) no estado do Amazonas, também faz referência a
depósitos de idade Neomiocena em subsuperfície.
Ainda que tenha sido reportado ocorrência de depósitos dessa idade na região
do Caribe e Venezuela, estes são produtos de investigação em subsuperfície
(GERMERAAD
et al
., (1968); MULLER
et al
.,
(1987).
81
CAPÍTULO 7 - CONCLUSÕES
1.
O conteúdo palinológico da Formação Solimões na região de Coari e
constituído de 128 palinomorfos, destacando-se as espécies
Deltoispora
adriennis, Leiotriletes adriennis, Ovoidites
sp.,
Magnastriatites grandiosus,
Cyathiadites annulatus, Multimarginites vanderhammenni,
Polypodiaceoisporites potonie, Monoporites annulatus, Crototricolpites
annemarie, Proxapertites tertiaria, Retitriporites dubiosus, Foveotriletes
ornatus, Retistephanocolporites simplex, Corsinipollenites undulatus,
Psilatricolporites crassus, Retitricolporites irregularis.
as formas que
possuem inferências biostratigráficas e paleoecológica são:
Echiperiporites
akanthos
e
Echitricolporites spinosus
e a associação de flora acima citada.
2.
A análise palinológica desenvolvida na região de Coari permitiu que fosse
reconhecida o intervalos de tempo Neomioceno, marcado pela biozona
Echitricolporites spinosus
(Superzone X
sensu
Muller
et al
., 1987).
3.
Na associação 2 (arenito pelito) diminuição numérica significativa dos
palinomorfos, e a maior representação é de matéria orgânica não-lenhosa.
Essa redução na quantidade e freqüência dos palinomorfos aponta para um
ambiente desfavorável a preservação, devido a maior energia fluvial.
82
4.
A associção 1 (pelito), assim como a associação 2, apresenta forte influxo de
palinomorfos continentais (polens e esporos), associados a fitoclastos
lenhosos (lenhos de plantas terrestres) e não-lenhosos (fragmentos de
cutículas), que indica proximidade de exuberante vegetação com diversidade
de espécimens.
5.
A presença de até 25% de acritarcos neodevonianos no conteúdo palinológico
da Formação Solimões, indica retrabalhamento de rochas sedimentares
paleozóicas. Esta ocorrência sugere áreas próximas à região de Coari,
provavelmente bordas da Bacia do Amazonas, intensamente erodidas durante
o Neogeno.
6. Em alguns afloramentos é possível constatar que canal meandrante removeu
parte da Formação Solimões, evidenciado pelo retrabalhamento do próprio
Mioceno, como indicado pela ocorrência de retrabalhamento do pólen
Grimsdalea magnaclavata, Crassoretitriletes vahaandshoovenii,
Foveotriletes ornatus
. Esta unidade é correlata à porção noroeste do estado
do Amazonas e porção sul do estado do Acre (SILVA, 1994).
7.
A distinção da flora encontrada na Formação Solimões comparável àquela
apontada em trabalhos que tratam do Mioceno Médio-Superior pode ser
decorrente do forte controle dos Arcos estruturais que funcionaram como
barreiras geográficas, associadas às mudanças das condições paleoambientais
e paleoclimáticas que tem condicionado as diferenças de abundância e
freqüência da flora Amazônica desde o Neógeno.
83
CAPÍTULO 8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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92
ANEXOS
ESTAMPA 01
01. Monoporisporites spp 01
Ponto 09 - Amostra 01 - cinza inferior, coordenadas 37 x 72.
02. Monoporisporites spp 02.
Ponto 12 - Amostra 01 - cinza claro, coordenadas 24 x 62.
03. Mediaverrusporonites sp. 01
Ponto 09 - Amostra 03 cinza inferior, coordenadas 12 x 60.
04. Mediaverrusporonites sp. 02
Ponto 09 - Amostra 01 cinza inferior, coordenadas 32 x 66.
05. Incertae sedis
Ponto 02 - Amostra 09, sem descrição de coordenadas.
06. Fusiformisporites sp. 01
Ponto 02 - Amostra 04 cinza inferior, 12 x 59.
07. Multicellaesporites ssp.
Ponto 02 - Amostra 04, coordenadas 17 x 69.
08. Pediastrum sp.
Ponto 09 - amostra 02 A cinza superior, coorndenadas 39 x 64.
09. Ovoidites sp.01
Ponto 02 - Amostra 05, coordenadas 27 x 63.
10. Chomotriletes circulus
Ponto 02, Perfil 02 - Amostra 13 A, (N32/1).
11. Chomotriletes rubinus
Ponto 02, Perfil 01- Amostra 04 A, 1 x 70.
12. Acantomorfo indeterminado
Ponto 09 - Amostra 01 A cinza inferior, coordenadas 37 x 71.
13. Acantomorfo indeterminado
Ponto 02 - Amostra 05 A, coordenadas 09 x 64.
14. Umbellasphaeridium deflandrei
Ponto 02- Amostra 04, coordenadas desconhecidas.
15. Multiplicisphaeridium sp.
Ponto 02 - Amostra, coordenadas desconhecidas.
16. Umbellasphaeridium saharicum
Ponto 02 - Amostra 06, coordenadas desconhecidas.
17. Maranhites brasiliensis
Ponto 12 - Amostra 01, cinza claro, coordenadas 42 x 73.
18. Maranhites insulatus
Ponto 02 - Amostra 03 A, (S62/2).
ESTAMPA 01
02
01
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
01
16
15
17
18
20
µ
m
ESTAMPA 02
01. Monolete liso 01
Ponto 12 - Amostra 07 A, coordenadas 08 x 66.
02. Monolete liso 02
Ponto 12 - Amostra 17 A, coordenadas 22 x 73.
03. Laevigatosporites vulgaris
Ponto 11 - Amostra 06, coordenadas 11 x 63.
04. Verrucatosporites usmensis
Ponto 11 - Amostra 07, coordenadas 15 x 64.
05. Monolete verrugoso 01
Ponto 12 - Amostra 07, coordenadas 35 x 73.
06. Monolete verrugoso 02
Ponto 11 - Amostra 07 B, coordenadas 11 x 63.
07. Perinomonoletes sp.
Ponto 13, Perfil 01 - Amostra 10 C, coordenadas 07 x 66.
08. Incertae sedis
Ponto 12 - Amostra 01 cinza inferior, coordenadas 18 x 68.
09. Cyathidites sp.
Ponto 11 - Amostra 07 B, coordenadas 13 x 67.
10. Kuylisporites waterbolkii
Ponto 02 - Amostra 05 A, coordenadas 09 x 64.
11. Psilatriletes sp. 01
Ponto 12, Amostra 01 - cinza claro, coordenadas 23 x 70.
12. Psilatriletes sp. 02
Ponto 02 - Amostra 05 A, coordenadas 13 x 71.
13. Deltoispora adriennnis
Ponto 09, Amostra 01 - cinza inferior, coordenadas 32 x 79.
14. Leiotriletes adriennis
Ponto 11, Amostra 06 (topo), coordenadas 12 x 59.
15. Psilatriletes peruanus
Ponto 12 - Amostra 04, coordenadas 27 x 75.
16. Cingulatriletes sp.
Ponto 02 - Amostra 06 A, coordenadas 14 x 62.
17. Cyathidites annulatus
Ponto 02 - Amostra 05 A, coordenadas 21 x 77.
18. A. Vista proximal de Polypodiaceoisporites cf. potoniei
18. B. Vista distal de Polypodiaceoisporites cf. potoniei
Ponto 11 - Amostra 06, coordenadas 14 x 76.
19. Polypodiaceoisporites sp. 01
Ponto 12 - Amostra 06, coordenadas 17 x 63.
ESTAMPA 02
01
02 03
04
05
07
09
10
11
12
13
14
15
16
18 A
20
µ
m
17
06
08
19
18 B
ESTAMPA 03
01. Polypodiaceoisporites sp. 02
Ponto 12 - Amostra 03 B, coordenadas 33 x 70.
02. Polypodiaceoisporites sp. 03
Ponto 02 - Amostra 08 C, coordenadas 32 x 68.
03. Polypodiaceoisporites sp. 04
Ponto 09 - Amostra 02 A, cinza superior, coordenadas 34 x 72.
04. Polypodiaceoisporites sp. 05
Ponto 02, perfil 02 - Amostra 13 A, coordenadas 11 x 74.
05. Esporo rugulado 01
Ponto 12 - Amostra 03 A, coordenadas 34 x 67.
06. Verrutriletes sp. 01
Ponto 02 - Amostra 04 B, coordenadas 08 x 75.
07. Verrutriletes sp. 02
Ponto 11 - Amostra 07 A, coordenadas 14 x 68.
08. Esporo espinhoso 01
Ponto 12 - Amostra 03 A, coordenadas 35 x 65.
09. Esporo estriado 01
Ponto 02 - Amostra 04 B, coordenadas 07 x 63.
10. Esporo estriado 02
Ponto 12 - Amostra 06, coordenadas 29 x 71.
11. Esporo estriado 03
Ponto 02, Perfil 01 - Amostra 06, coordenadas 34 x 67.
12. A. Vista Proximal de Foveotriletes ornatus
12 B. Vistta Dsital de Foveotriletes ornatus
Ponto 02, Perfil 01 - Amostra 08, coordenadas 11 x 74.
13. Magnastriatites grandiosus
Ponto 02, perfil 01 - Amostra 05 A, coordenadas.
14. Cicatricosisporites sp. 01
Ponto 02, Perfil 01 - Amostra 01 B, (J43/2).
15. Cicatricosisporites sp. 02
Ponto 02, Perfil 02 – Amostra 13, coordenadas 11 x 68.
16. Cicatricosisporites sp. 03
Ponto 02, Perfil 01 - Amostra 07 A, (R65/3).
17. Salvinia spp.
Ponto 02 - Amostra 03, coordenadas 16 x 75.
18. Tétrade de esporos triletes rugulados
Ponto 02- Amostra 07 , coordenadas 17 X 72.
ESTAMPA 03
04
03
06
07
08
111009
18
12 A
20
µ
m
13
14
15
16
01
02
05
07
17
12 B
ESTAMPA 04
1. Pólen baculado
Ponto 12 - amostra 04 B, coordenadas 15 x 67.
2. Pólen gemado
Ponto 09, Perfil 01 - Amostra 06, coordenadas 30 x 65.
3. Pólen indeterminado
Ponto 12 - Amostra 08 B, coordenadas 13 x 63.
4. Fenestrites spinosus
Ponto 09 - Amostra 06 cinza inferior, coordenadas 8 x 75.
5. Fenestrites spp.
Ponto 09, perfil 02 - Amostra 02B, coordenadas desconhecidas.
6 Fenestrites spp. 2
Ponto 12 - Amostra 03, coordenadas 34 x 68.
7. Pólen espinhoso 01
Ponto 12 - Amostra 05 A, coordenadas 09 x 75.
8. Pólen espinhoso 02
Ponto 11 - Amostra 07 B, coordenadas 16 x 71.
9. Pólen espinhoso 03
Ponto 11 - Amostra 07 B, coordenadas 17 x 65.
10. Pólen espinhoso 04
Ponto 02 - amostra 05 A, coordenadas 17 x 73.
11. Pólen espinhoso 05
Ponto 11 - Amostra 04 A, coordenadas 11 x 67.
12. Pólen indeterminado 02
Ponto 12 - amostra 07, coordenadas 15 x 66.
13. Psilamonocolpites sp.01
Ponto 12 - Amostra 01 A cinza claro, coordenadas desconhecidas.
14. Psilamonocolpites rinconi
Ponto 11 - Amostra 07 B, coordenadas 12 x 62.
15. Clavamonocolpites cf. lorentei
Ponto 02, Perfil 02 - Amostra 15 A, coordenadas 26 x 74.
16. Mauriditidites franciscoi
Ponto 11 - Amostra 07 A, coordenadas 6 x 60.
17. Mauritiidites sp.
Ponto 11- Amostra o6 (topo), coordenadas 15 x 62.
18. Proxapertites tertiaria
Ponto 12- Amostra 04ª, coordenadas 29 x 76.
19. Pólen reticulado 01
Ponto 02, Perfil 02 - Amostra 19 A, coordenadas 15 x 72.
20. Pólen microreticulado 01
Ponto 09 superior - Amostra 02 B, coordenadas 21 x 68.
ESTAMPA 04
ESTAMPA 05
01. Pólen monocolpado espinhoso 01
Ponto 11 - Amostra 06 (topo), coordenadas 16 x 75.
02. Pólen monocolpado espinhoso 02
Ponto 09 inferior - Amostra 04A, coordenadas 39 x 65.
03. Pólen reticulado 01
Ponto 12 - Amostra 03 A., coordenadas 24 x 64.
04. Pólen reticulado 02
Ponto 11 - Amostra 07 A, coordenadas 16 x 67.
05. Monoporites annulatus
Ponto 12 - Amostra 08 B, coordenas 15 x 64.
06. Monoporites 01
Ponto 09 inferior - Amostra 02 A, coordenadas 19 x 71.
07. Multimarginites vanderhammenii
Ponto 12 - Amostra 03 A, coordenadas 30 x 74.
08. Pólen reticulado indeterminado 03
Ponto 11 - Amostra 07 B, coordenadas 17 x 73.
09. Crototricolpites americanus
Ponto 11 - Amostra 07B, coordenadas 01 x 63.
10. Crototricolpites annemariae
Ponto 12 - Amostra 05ª, coordenadas 9 x 68.
11. Retitricolpites cf. simplex
Ponto 12 - Amostra 01, coordenadas 14 x 69.
12. Pólen tricolpado verrugoso 01
Ponto 02, Perfil 01 - Amostra 08, coordenadas 11 x 70.
13. Pólen tricolpado espinhoso 01
Ponto 12 - Amostra 03 A, coordenadas 35 x 65.
14. Pólen tricolpado espinhoso 02
Ponto 12 -Amostra 01, coordenadas 23 x 69.
15. Proteacidites cf. triangulatus
Ponto 09 - Amostra 03 A, coordenadas 04 x 73.
16. Corsinipollenites undulatus
Ponto 12- Amostra 06, coordenadas 20 x 64.
17. Corsinipollenites oculus-noctis
Ponto 02 - Amostra 21, coordenadas 12 x 72.
18. Retitriporites cf. dubiosus
Ponto 12 - Amostra 01 cinza claro, coordenadas 25 x 73.
19. Echitricolporites spinosus
Ponto 12 -Amostra 01 cinza claro, coordenadas 15 x 76.
20. Echitricolporites sp.1
Ponto 12 - Amostra 01, coordenadas 28 x 68.
ESTAMPA 05
ESTAMPA 06
01. Echitricolporites sp. 02
Ponto 09 - Amostra 04 cinza inferior, coordenadas 15 x 72.
02. Pólen triporado 01
Ponto 09 - Amostra 03 cinza inferior, coordenadas 13 x 61.
03. Pólen triporado 02
Ponto 02, Perfil 02 - Amostra 17, coordenadas 11 x 65.
04. Bombacacidites cf. bellus
Ponto 02 – Amostra 06 A, coordenadas 12 x 63.
05. Bombacacidites ciriloensis
Ponto 1, Perfil 1 - Amostra 01A, coordenadas 1 x 69.
06. Bombacacidites sp. 01
Ponto 1, Perfil 1 - Amostra 05 A, coordenadas 11 x 65.
07. Bombacacidites sp. 02
Ponto 02 - amostra o2 A, sem coordenadas.
08. Psilatricolporites cf. atalayensis
Ponto 02, Perfil 02 - Amostra 17 A, coordenadas 35 x 65.
09. Psilatricolporites sp. 01
Ponto 12 - amostra 04, coordenadas 13 x 72.
10. Psilatricolporites sp. 02
Ponto 12 - Amostra 03, coordenadas 34 x 67.
11. Psilatricolporites sp. 03
Ponto 02, Perfil 02 - Amostra 21, coordenadas 17 x 73.
12. Psilatricolporites sp. 04
Ponto 11 - Amostra 07 A, coordenadas 14 x 70.
13. Psilatricolporites sp. 05
Ponto 1, Perfil 1 - Amostra 05 A, coordenadas 14 x 72.
14. Retitricolporites sp. 01
Ponto 12 - amostra 01 cinza claro, coordenadas 14 x 64.
15. Retitricolporites sp. 01
Ponto 02, Perfil 02 - Amostra 18, coordenadas 19 x 65.
16. Retitricolporites sp. 01
Ponto 12 - Amostra 05 A, coordenadas 21 x 61.
ESTAMPA 06
ESTAMPA 07
01. Retitricolporites sp. 04
Ponto 12, - Amostra 05, coordenadas 21 x 61.
02. Retitricolporites irregularis
Ponto 11 - Amostra 07, coordenadas 11x 69.
03. Pólen tricolporado 01
Ponto 12 - Amostra 07 A, coordenadas 17 x 65.
04. Retistephanocolpites sp. 01
Ponto 12 - Amostra 07, coordenadas 30 x 68.
05. Retistephanocolpites sp. 02
Ponto 12 - Amostra 06, coordenadas 8 x 75.
06. Retistephanocolpites sp. 03
Ponto 11 - Amostra 07A, coordenadas 02 x 74.
07. Psilastephanocolporites sp.
08. Pólen psilado periporado 01
Ponto 11 - Amostra 07 A, coordenadas 09 x 71.
09. Pólen psilado periporado 02
Ponto 11 - Amostra 06, coordenadas 11 x 69.
10. Perisyncolporites pokornyi
Ponto 13, Perfil 01 - Amostra 10 C, coordenas 6 x 70.
11. Alnipollenites verus
Ponto 02, Perfil 02 - Amostra 16.
12. Echiperiporites akanthos
Ponto 02, Perfil 02 - Amostra 12, coordenadas 12 x 75.
13. Echiperiporites sp. 01
Ponto 12 - Amostra 08, coordenadas 11 x 69.
14. Echiperiporites stellae
Ponto 11 – Amostra 07 A, coordenadas desconhecidas.
15. Polyadopollenites sp. 01
Ponto 02, Perfil 02 - Amostra 15 A., coordenadas 18 x 65.
ESTAMPA 07
ESTAMPA 08
01. Podocarpidites sp. 01
Ponto 02, Perfil 02 - amostra 16.
02. Podocarpidites sp. 02
Ponto 02 - amostra 07, coordenadas 27 x 69.
03. Podocarpidites sp. 03
Ponto 09, Perfil 01 inferior - Amostra 04, coordenadas 12 x 71.
04. Pólen indeterminado 01
Ponto 02, Perfil 02 - Amostra 13, coordenadas 14 x 67.
05. Pólen inderteminado 02
Ponto 02, Perfil 01 - Amostra 2 B, coordenadas 17 x 66.
06. Pólen indeterminado 03
Ponto 13 - Amostra 06, coordenadas 21 x 71.
07. Pólen indeterminado 04
Ponto 12 - Amostra 08, coordenadas 12 x 75.
08. Crassoretitriletes cf. vahaandshoovenii - Retrabalhado
Ponto 02 - Amostra 01B, coordenadas 11 x 66.
09. Grimsdalea magnaclavata - Retrabalhado
Ponto 02 - Amostra 01B, coordenadas 13 x 72.
ESTAMPA 08
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