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Giana Remus
BIODIVERSIDADE DE COLEOPTERA E HEMIPTERA (INSECTA)
ASSOCIADOS À VEGETAÇÃO ARBUSTIVO-ARBÓREA URBANA EM
CRICIÚMA, SANTA CATARINA, BRASIL
Dissertação apresentada ao Programa de
s-Graduação em Ciências Ambientais da
Universidade do Extremo Sul Catarinense
para obtenção do Título de Mestre em
Ciências Ambientais.
Área de Concentração:
Ecologia e Gestão de Ambientes Alterados
Orientador:
Prof. Dr. Luiz Alexandre Campos
Criciúma, SC
2008
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iii
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Bibliotecária: Flávia Cardoso – CRB 14/840
Biblioteca Central Prof. Eurico Back – UNESC
R391b Remus, Giana.
Biodiversidade de Coleoptera e Hemiptera (Insecta)
associados à vegetação arbustivo-arbórea urbana em
Criciúma, Santa Catarina, Brasil / Giana Remus; orientador:
Luiz Alexandre Campos. – Criciúma: Ed. do Autor, 2008.
60 f. : il. ; 30 cm.
Dissertação (Mestrado) Universidade do Extremo Sul
Catarinense, Programa de s-Graduação em Ciências
Ambientais, 2008.
1. Insetos Populações. 2. Coleoptera. 3. Hemiptera. 4.
Vegetação urbana. 5. Plantas hospedeiras. I. tulo.
CDD. 21ª ed. 595.7
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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC
Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão
Unidade Acadêmica de Humanidades, Ciências e Educação
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (Mestrado)
PARECER
Os membros da Banca Examinadora designada pelo Colegiado de
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
(Mestrado) reuniram-se para realizar a argüição da Dissertação de
MESTRADO apresentada pela candidata
GIANA REMUS
,
sob o título:
“Biodiversidade em áreas urbanas: o exemplo de
coleópteros e hemípteros associados à vegetação
arbustivo-arbórea em Criciúma, Santa Catarina,
Brasil”,
para obtenção do grau de
MESTRE EM CIÊNCIAS
AMBIENTAIS
no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC.
Após haver analisado o referido trabalho e argüido a candidata,
os membros são de parecer pela
“APROVAÇÃO”
da Dissertação.
Criciúma, SC, 15 de março de 2008.
Professor Dr. ROBSON DOS SANTOS
Primeiro Examinador
Professor Dr. FLÁVIO ROBERTO MELLO GARCIA
Segundo Examinador
Professor Dr. LUIZ ALEXANDRE CAMPOS
Presidente da Banca e Orientador
Dedico essa obra:
Ao meu amado pai Ludovico Remus (in memorian), o
qual tenho muito orgulho de ter feito parte de sua
existência, obrigada meu pai!
A minha filha Laís, meu maior orgulho e a quem
dedico pelo amor incondicional, pela alegria e pelo
carinho.
AGRADECIMENTOS
Eu consegui! O tempo que passei envolvida com este grande desafio chegou ao fim.
Embora uma dissertação seja um trabalho individual, há contribuições de natureza diversa que
o podem e nem devem deixar de ser realçados. Por essa razão, sou muito grata a todos que
de uma forma ou de outra fizeram alguma coisa por mim nesta caminhada e desejo expressar
os meus sinceros agradecimentos:
À CAPES pela concessão da bolsa, sem ela isso não teria sido possível.
Agradeço com especial carinho:
Ao meu orientador Prof. Dr. Luiz Alexandre Campos pelo desafio lançado, pelo
grande aprendizado, pela amizade, compreensão e pela ajuda antes e durante o tempo de
mestrado.
A minha mãe Erondina e a toda minha família pelo amor e pelas palavras de força
nas horas onde tudo parecia estar sem direção.
A amiga Jacira Silvano que mesmo distante esteve sempre presente.
A grande amiga e conterrânea Ana Paula Widmar pela torcida e pelo apoio em todos
os momentos desta jornada.
As minhas amigas Fernanda Souza Martins e Daniela Behs, pela ajuda, carinho e
apoio durante o tempo que passamos trabalhando juntas nas coletas, no laboratório e fora da
Universidade.
Aos colegas do Laboratório de Biogeografia e Sistemática de Insetos, Jonathan
Frasseto e Filipe Michels pelo auxílio às coletas e ao Renato A. Teixeira pelo auxílio nos
cálculos.
Aos colegas do Herbário Pe. Raulino Reitz (CRI) pelo respeito e pela identificação
das plantas.
Ao MSc. Giuliano Colossi pela ajuda na caracterização das praças e construção das
ortofotografias.
A Professora Teresinha Maria Gonçalves pelo respeito e ajuda.
À banca examinadora, Dr. Flávio Roberto Mello e Prof. Dr. Robson dos Santos pelas
valiosas sugestões.
O meu muito obrigado!
“Ao longo da jornada, lembrarei sempre de que cada dia é
uma dádiva preciosa. E saberei aproveitá-la e dela tirar o
que de melhor, então, acreditarei que haverá outro
presente extraordinário esperando por mim, o amanhã.”
Bradley Trevor Greive
RESUMO
O ambiente urbano é um ecossistema pouco estudado no que se refere a entomofauna e, tendo
em vista o avanço das áreas urbanas e a redução da diversidade biológica, a biodiversidade
urbana deveria ser considerada prioritária para fins de conservação. No presente estudo foram
estimadas a riqueza e a abundância de famílias de Hemiptera e Coleoptera em sete praças e no
fragmento florestal urbano Morro Casagrande no município de Criciúma, Santa Catarina, bem
como as associações entre estas famílias e as espécies de plantas encontradas nas praças.
Foram realizadas coletas de insetos uma vez ao mês das 8 às 11h, de julho de 2006 a junho de
2007. Utilizou-se guarda-chuva entomológico de 50cm de lado, sendo amostradas árvores
com os ramos mais baixos a, no máximo, 2m de altura do solo. Foi amostrada uma árvore de
cada espécie presente em cada praça, definidas por sorteio. No fragmento florestal a
amostragem foi realizada ao longo de trilhas e utilizou-se rede de varredura em áreas abertas.
Os insetos adultos coletados foram identificados até família com chaves dicotômicas. Por
meio de análise de regressão linear, a riqueza e a abundância de insetos foram comparadas
com a riqueza e abundância de espécies de árvores, com a distância em relação ao centro da
cidade e com a porcentagem estimada de usos do solo no entorno de cada praça. Considerou-
se como usos do solo construções, campos, terrenos baldios e jardins, solo exposto, ruas e
estradas, área arborizada ou bosques, e água. A riqueza e abundância de espécies de plantas
foram consideradas apenas para as cinco praças com existência de levantamento florístico. Foi
utilizado o cálculo de distribuição de probabilidade de F (DISTF) para verificar a
significância da correlação entre as variáveis (p<0,01). No fragmento florestal em 36h de
amostragem foram coletados 537 indivíduos, sendo 244 de 12 famílias de Hemiptera e 293 de
20 famílias de Coleoptera. As famílias mais abundantes de cada ordem foram Tingidae e
Chrysomelidae. Nas praças em 42h foram coletados 801 indivíduos, sendo 396 de 11 famílias
de Hemiptera e 405 de 15 famílias de Coleoptera. As praças com maiores riqueza e
abundância foram, respectivamente, Congresso e Resistência Democrática. As famílias mais
abundantes foram Tingidae para Hemiptera e Coccinellidae para Coleoptera. Foram
identificadas 42 espécies de plantas associadas aos insetos, totalizando 165 associações, sendo
71 para Hemiptera e 94 para Coleoptera. As espécies de plantas com maior abundância de
insetos foram Lantana camara L., Duranta repens L., Hybiscus syriacus L., Caesalpinia
pluviosa DC. e Ficus organensis Miq.. As maiores riquezas foram registradas sobre as
mesmas espécies, com D. repens superando L. camara. Os maiores valores de associações
foram obtidos para Cicadellidae e Miridae (Hemiptera), Coccinellidae, Chrysomelidae e
Curculionidae (Coleoptera) e nas praças Congresso, Esperandino Damiani e Mário Diomário
da Rosa. As análises de regressão linear resultaram em correlação positiva significativa
apenas entre a abundância de insetos e a riqueza vegetal (F
1,3
=39,14, P=0,008). Os resultados
obtidos indicam a presença de uma diversidade relativamente alta de Hemiptera e Coleoptera
na área urbana de Criciúma, influenciada positivamente pela diversidade vegetal, e um
número elevado de associações entre famílias de insetos e espécies de plantas. Sugere-se a
investigação das associações em vel específico e a adoção das espécies mais atrativas no
planejamento da arborização urbana.
Palavras-chave: associações inseto-planta; ambiente urbano; fauna urbana; vegetação urbana.
ABSTRACT
The urban environment is an ecosystem poorly studied concerning to the insect fauna, and
considering the expansion of urban areas and the reduction of the biological diversity, urban
biodiversity should be considered prioritary for conservation purposes. In the present study
richness and abundance of families of Hemiptera and Coleoptera were estimated in seven
squares and the urban Forest Fragment Morro Casagrande in Criciúma, Santa Catarina, as
well as the associations among these families and plant species found at the squares. Insect
capture was done once a month from 8:00 to 11:00 a.m., from July 2006 to June 2007. An
entomological umbrella of 50cm was used to sample trees with the lowerest branches with a
maximum distance of 2m from the ground. One tree of each species was randomly chosen and
sampled in each square. In the Forest Fragment sampling was carried out in trails and a sweep
net was used in open areas. Adult insects were collected and identified to family level with
dichotomic keys. Linear regression analyses were used to compare insect richness and
abundance with tree species richness and abundance, with the distance to downtown and with
the estimate percentage land use around each square. Land use considered were constructions,
fields, terrains and gardens, exposed soil, streets and roads, trees, and water. Richness and
abundance of plant species were considered only for five squares with a floristic study
available. The distribution probability of F (DISTF) was used to verify the correlation
significance between the variables (p<0.01). In the Forest Fragment after 36 hours 537
specimens were collected, 244 of 12 families of Hemiptera and 293 of 20 families of
Coleoptera. The most abundant families of each order were Tingidae and Chrysomelidae. In
the squares after 42 hours 801 specimens were collected, 396 of 11 families of Hemiptera and
405 of 15 families of Coleoptera. Congresso and Resistência Democrática were the squares
that presented greatest richness and abundance respectively. The most abundant families were
Tingidae for Hemiptera and Coccinellidae for Coleoptera. Fourty two plant species were
identified associated with insects, representing a total of 165 associations, 71 for Hemiptera
and 94 for Coleoptera. The plant species with greatest insect abundance were Lantana camara
L., Duranta repens L., Hybiscus syriacus L., Caesalpinia pluviosa DC. and Ficus organensis
Miq.. The greatest richness were registered on the same species, with D. repens surpassing L.
camara. The highest association values were obtained for Cicadellidae and Miridae
(Hemiptera), Coccinellidae, Chrysomelidae and Curculionidae (Coleoptera) and at the squares
Congresso, Esperandino Damiani and Mário Diomário da Rosa. Linear regression analyses
result in significant positive correlation only between the insect abundance and plant richness
(F
1,3
=39.14, P=0.008). The results obtained indicate the presence of a relative high diversity
of Hemiptera and Coleoptera in the urban area of Criciúma, positively influenced by plant
diversity, and a high number of associations between insect families and plant species. The
investigation of these associations at species level is suggested, as well as the adoption of the
most attractive plant species in urban treeplanting planning.
Key-words: insect-plant associations; urban environment; urban fauna; urban vegetation.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. mero de indivíduos de Hemiptera e Coleoptera coletados no período de julho de
2006 a junho de 2007 no Fragmento Florestal Morro Casagrande, Criciúma, Santa Catarina
............................................................................................................................................ 25
Tabela 2. mero de indivíduos coletados através dos métodos de coleta de hemípteros e
coleópteros no fragmento florestal Morro Casagrande no período de julho de 2006 à junho de
2007, Criciúma, Santa Catarina............................................................................................ 26
Tabela 3. Famílias de Hemiptera e Coleoptera coletadas em sete praças no município de
Criciúma, Santa Catarina, de julho de 2006 a junho de 2007................................................27
Tabela 4. Número de indivíduos de hemípteros coletados pelo todo de guarda-chuva
entomológico no período de julho de 2006 a junho de 2007 nas praças, Criciúma, Santa
Catarina ...............................................................................................................................28
Tabela 5. Número de indivíduos de colpteros coletados pelo método de guarda-chuva
entomológico (GE) no período de julho de 2006 a junho de 2007 nas praças, Criciúma, Santa
Catarina. ..............................................................................................................................28
Tabela 6. Riqueza de famílias e abundância de Hemiptera e Coleoptera sobre 42 espécies
vegetais, em ordem decrescente conforme o somatório da abundância de insetos por espécie
vegetal, no período de julho de 2006 à junho de 2007 em sete praças de Criciúma, Santa
Catarina. ..............................................................................................................................29
Tabela 7. Abundância de famílias de Hemiptera e Coleoptera sobre 42 espécies vegetais, em
ordem decrescente conforme o somatório das associações por espécie vegetal, nas praças no
período de julho de 2006 a junho de 2007, Criciúma, Santa Catarina....................................35
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Localização geográfica do município de Criciúma e localização das praças
estudadas e do fragmento florestal urbano Morro Casagrande no Município de Criciúma,
Santa Catarina, Brasil. Fonte: IPAT/UNESC........................................................................ 20
Figura 2. Famílias mais abundantes (N) de Hemiptera e Coleoptera amostradas de julho de
2006 a junho de 2007 no Fragmento Florestal Morro Casagrande, Criciúma, Santa Catarina.23
Figura 3. Espécies vegetais com maior abundância de insetos incluídos em Hemiptera e
Coleoptera no período de julho de 2006 a junho de 2007 em sete praças de Criciúma, Santa
Catarina. ..............................................................................................................................31
Figura 4. Espécies vegetais com maior riqueza de famílias de insetos incluídos em Hemiptera
e Coleoptera no período de julho de 2006 a junho de 2007 em sete praças de Criciúma, Santa
Catarina. ..............................................................................................................................32
Figura 5. Somatório das associações entre famílias de Hemiptera e espécies vegetais no
período de julho de 2006 a junho de 2007 em sete praças de Criciúma, Santa Catarina......... 33
Figura 6. Somatório das associações entre famílias de Coleoptera e espécies vegetais no
período de julho de 2006 a junho de 2007 em sete praças de Criciúma, Santa Catarina......... 33
Figura 7. Somatório das associações entre espécies vegetais e Hemiptera e Coleoptera em sete
praças de Criciúma, Santa Catarina. (Legenda das praças: CO - Congresso; CH - da Chaminé;
ED - Esperandino Damiani; MDR - Mário Diomário da Rosa; PB - Pedro Beneton; RD -
Resistência Democrática; TRA - do Trabalhador). ............................................................... 34
Figura 8. Análise de regressão linear entre oito variáveis e a abundância de hemípteros em
sete praças de Criciúma, Santa Catarina. (A – água; Bo bosque; Ca – campo; Co
construções; DC – distância ao centro da cidade; E – ruas; So – solo exposto; T. de EV – total
de espécies vegetais na praça) no período de julho de 2006 a junho de 2007. .......................37
Figura 9. Análise de regressão linear entre oito variáveis e a abundância de colpteros em
sete praças de Criciúma, Santa Catarina, Brasil (A água; Bo bosque; Ca campo; Co
iii
construções; DC – distância ao centro da cidade; E – ruas; So – solo exposto; T. de EV – total
de espécies vegetais na praça) no período de julho de 2006 a junho de 2007. .......................38
Figura 10. Análise de regressão linear entre oito variáveis e a abundância de hemípteros e
coleópteros em sete praças de Criciúma, Santa Catarina, Brasil (A água; Bo bosque; Ca
campo; Co – construções; DC distância ao centro da cidade; E ruas; So – solo exposto; T.
de EV total de espécies vegetais na praça) no período de julho de 2006 a junho de 2007...39
Figura 11. Análise de regressão linear entre o número de indivíduos vegetais e a abundância
de hemípteros e coleópteros em cinco praças de Criciúma, Santa Catarina, Brasil. ...............40
Figura 12. Análise de regressão linear entre o número de espécies vegetais e a abundância de
hemípteros e coleópteros, exceto Tingidae, em cinco praças de Criciúma, Santa Catarina,
Brasil. ..................................................................................................................................41
13
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................... 12
2 OBJETIVOS ................................................................................................................... 16
2.1 Objetivo Geral..............................................................................................................16
2.2 Objetivos Específicos....................................................................................................16
3 MATERIAL E MÉTODOS............................................................................................ 17
3.1 Localização e descrição da área de estudo ..................................................................17
3.1.1 Fragmento Florestal Morro Casagrande....................................................................... 17
3.1.2 Praças.......................................................................................................................... 17
3.1.3 Vegetação ................................................................................................................... 19
3.1.4 Clima .......................................................................................................................... 19
3.2 Metodologia.................................................................................................................. 21
3.2.1 Amostragem e identificação dos insetos ...................................................................... 21
3.2.2 Análise da comunidade de insetos ............................................................................... 21
4 RESULTADOS ............................................................................................................... 23
4.1 Abundância e riqueza de famílias de Hemiptera e Coleoptera ..................................23
4.1.1 Fragmento Florestal Morro Casagrande....................................................................... 23
4.1.2 Praças.......................................................................................................................... 26
4.2 Associações inseto-planta nas praças do município....................................................28
4.3 Influência das variáveis de cobertura de solo e da diversidade vegetal sobre a
abundância de Hemiptera e Coleoptera............................................................................37
5 DISCUSSÃO ................................................................................................................... 42
6 CONCLUSÃO................................................................................................................. 45
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 47
APÊNDICES......................................................................................................................53
12
1 INTRODUÇÃO
As cidades são paisagens artificiais criadas pelo homem, é um mundo onde existem
ruas, casas, avenidas, edifícios, parques e praças, uma mistura do natural com o construído.
Desta forma as grandes cidades contemporâneas constituem-se de um denso espaço com
múltiplas funções onde se estabelecem diversas práticas. Diante disso, Oliva (2003) afirma:
“... cidades existem desde a Pré-História e são estruturas multisseculares que fazem
parte da vida comum, sendo também multiplicadoras, capazes não só de se adaptar à
mudança, como também contribuir poderosamente para ela. A cidade é um conjunto
de máxima concentração e de máxima diversidade de objetos geográficos que
favorece e acomoda grandes contingentes populacionais (p.73).”
Almeida et al. (2004) acrescentam que as cidades são mais um dos artefatos gerados
pela espécie humana e De Angelis et al. (2005) relatam que o rápido crescimento de uma
cidade sem o devido planejamento propicia o surgimento de áreas carentes em infra-estrutura
como redes de água, luz, esgoto, além de praças, arborização urbana e parques. Em meio a
essa geografia que os centros urbanos abrigam aparecem as praças que segundo estudos de
Orlandi (1994 apud DE ANGELIS et al., 2005, p.629) é formal que melhor representa a
qualidade do espaço urbano, a praça constitui, por si , um sucesso a atestar os valores
sociais alcançados pela comunidade, que soube dar o justo valor às suas funções institucionais
na organização civil”.
Para Rigotti (1956 apud DE ANGELIS et al., 2005, p.629), praças são locais onde as
pessoas se reúnem para fins comerciais, políticos, sociais ou atividades de entretenimento e
Webb (1990 apud DE ANGELIS et al., 2005, p.629) afirma que elas oferecem “descanso,
excitação, lugar de encontros de amigos e ver o mundo passar”. Com relação à vegetação
presente nas cidades, há numerosos usos e funções no ambiente urbano e para conhecer o
patrimônio arbustivo-arbóreo de uma localidade em geral as pessoas precisam se dirigir até as
praças (ROCHA; SANTOS; NETO, 2004). Kendle e Forbes e Koh e Sodhi (1997; 2004 apud
PACHECO; VASCONCELOS 2007, p.193) acrescentam que a criação e manutenção de
praças blicas e parques urbanos são uma possibilidade de estratégia de conservação de
paisagens urbanizadas.
O debate sobre as questões ambientais é matéria emergente nos tempos atuais. Dessa
maneira, Dias (1995) enfatiza:
“na medida em que a sociedade tem que gerir a necessidade inevitável de crescer, de
promover o desenvolvimento urbano diante das exigências cada vez mais crescentes
13
da demanda, conflita-se com a perspectiva da degradação dos mananciais, do solo,
dos ecossistemas e a conseqüente diminuição da qualidade de vida (p.71).”
Diante deste contexto os processos de urbanização e industrialização são indicadores
de progresso e desenvolvimento, entretanto eles têm sido a causa da deterioração do meio
urbano.
O ambiente urbano é um ecossistema pouco conhecido e a antropização faz com que
a fauna atual das cidades seja afetada por inúmeros fatores, tanto ecológicos quanto históricos
(JAPYASSÚ; BRESCOVIT, 2005). Conforme Pickett et al. (2001, 2004 apud ANGOLD et
al., 2006) “áreas urbanas são paisagens altamente modificadas e complexas, dentro das quais
áreas verdes ou abertas são vistas como valiosas para o bem-estar humano como também da
vida selvagem”.
MacIntyre et al. (2001) e Julo et al. (2005) descrevem que ecossistemas urbanos
são áreas sob intensa e constante atividade humana, associada à alta densidade populacional,
presença de centros comerciais e industriais e resquícios de vegetação nativa ou alterada; e
que as várias formas de uso antpico da paisagem faz com que haja a substituição das áreas
nativas através do processo de urbanização.
Thomanzini e Thomanzini (2002) acrescentam que a elevação do nível de
antropização do ambiente provoca a diminuição no número de ordens, famílias e espécies
biológicas”. McKinney; Koh e Sodhi; Lessard e Buddle (2002; 2004; 2005 apud PACHECO;
VASCONCELOS 2007, p.193) observam, ainda, que a urbanização transforma os
ecossistemas naturais, resultando em mudanças tais como fragmentação, invasão de espécies
exóticas e extinção local de taxa nativos.
Viana e Pinheiro (1998) apontam que a conservação da biodiversidade representa um
dos maiores desafios deste final de século, em função do elevado nível de perturbações
antpicas dos ecossistemas naturais e, neste contexto, Angold et al. (2006) propõem que a
biodiversidade urbana seja também considerada prioritária para fins de conservação. Para
permitir o planejamento e alcance de metas de conservação da biodiversidade, padrões e
processos ecológicos em ecossistemas urbanos precisam ser conhecidos ou entendidos
(NIEMELÄ, 1999 apud YAMAGUCHI, 2004, p.209). Pacheco e Vasconcelos (2007)
acrescentam que é preciso estudos adicionais para avaliar de que maneira os “espaços verdes”
influenciam as assembléias de espécies. Dentre os diversos grupos de animais, um
particularmente afetado pela vegetação é Insecta.
Os insetos representam, hoje, o maior grupo existente de seres vivos em termos de
diversidade de espécies, contendo de 750.000 a um milhão de espécies descritas, sendo este
14
número maior do que a soma das espécies de todos os outros grupos animais (AZEVEDO,
1998), representando mais da metade das espécies biológicas conhecidas (ROMOSER;
STOFFOLANO JR., 1998). Possuem ainda a maior biomassa, variabilidade genética e o
maior número de interações bióticas entre os metazoários nos ecossistemas terrestres.
Apresentam grande diversidade em termos de espécies e de habitats e são importantes no
funcionamento dos ecossistemas naturais, atuando como predadores, parasitos, fitófagos,
saprófagos e polinizadores (ROSEMBERG et al. 1986; SCHOEREDER 1997 apud
THOMAZINI e THOMAZINI, 2002, p.9). Têm papel primordial na aceleração dos processos
de decomposição da matéria vegetal, na realocação de alguns nutrientes e na determinação da
composição florística da comunidade, por meio do consumo seletivo de algumas espécies.
Consomem grandes quantidades de partes das plantas e, por outro lado, o consumidos por
enormes quantidades de predadores vertebrados, invertebrados, parasitóides, parasitas e
transmissores de agentes patogênicos, determinando, assim, as relações tróficas entre vários
organismos (DINIZ, 2003), constituindo-se como instrumento de monitoramento do ambiente
e como parte dos recursos renováveis. Julião et al. (2005) e Wink et al. (2005) acrescentam
que os insetos são considerados excelentes bioindicadores para avaliar mudanças ambientais,
tais como poluição do ar e da água, sendo indicadores adequados da qualidade do ambiente.
Dentre os insetos as ordens Hemiptera e Coleoptera representam, respectivamente, os
maiores grupos hemimetábolo e holometábolo em termos de número de espécies. Além disso,
em geral possuem elevada densidade populacional, ocupando grande diversidade de nichos
ecológicos, apresentam respostas demográficas e dispersivas mais rápidas do que organismos
com ciclo de vida mais longos, são amostrados em maior quantidade e em escalas mais
refinadas do que os organismos maiores resultando assim, em facilidade de amostragem. Suas
espécies variam, em tamanho, de 0,1 mm a 150 mm e são largamente distribuídos em muitos
ambientes (BORROR e DELONG, 1988; COSTA, 1999; LEWINSOHN; PRADO;
ALMEIDA, 2001; LEWINSOHN; FREITAS; PRADO, 2005).
A biodiversidade de insetos dentro dos limites de áreas urbanas tem recebido pouca
atenção científica. Helden e Leather (2004) ressaltaram a importância de conhecer os fatores
que determinam esse aspecto da biodiversidade, devido à crescente extensão das áreas
urbanas e ao fato de que a riqueza de insetos nessas áreas pode ser alta, tornando-se relevantes
para interesses ecológicos, sociais e ecomicos. De fato, para a fauna de insetos estudada em
áreas urbanas na Europa e na América do Norte, tem sido encontrada uma biodiversidade
consideravelmente alta e com a presença de espécies raras (CHUDZICKA, 1986;
ZAPPAROLI, 1997; McINTYRE, 2000; HOSTETLER; McINTYRE, 2001; HELDEN;
15
LEATHER, 2004). Zaparolli (1997) acrescenta que em Roma a fauna de insetos tem sido
estudada desde século XIX e que na literatura entomológica italiana existem evidências de
numerosas referências sobre insetos encontrados em áreas urbanas e suburbanas (p.ex. Vigna
Tagliant, 1980; Zaparrolli, 1995a,b apud ZAPAROLLI 1997, p.79).
No Brasil tais estudos são raros na literatura científica, as exceções encontradas são
em geral estudos com grupos de interesse econômico como as moscas-das-frutas (Diptera:
Tephritidae) (CANAL et al., 1998), entretanto limitados a áreas periféricas da zona
urbanizada, ou estudos com grupos de interesse sanitário como os culicídeos (Diptera:
Cullicidade) (LOPES et al. 1993; TEODORO et al. 1995; TAIPE-LAGOS; NATAL, 2003) e
flebotoneos (Diptera: Psychodidae) (GALATI et al., 1997). Recentes exceções são os
trabalhos de Julião et al. (2005) sobre a fauna de insetos galhadores associados a plantas
hospedeiras em áreas urbanas e peri-urbanas.
O estudo das comunidades de insetos pode fornecer um entendimento dos processos
e conseqüências de alterações efetuadas em dado ecossistema. Para Zaparolli (1997) tais
estudos podem ser aplicados no planejamento, desenho e manejo urbano. Tal planejamento
deve prever corredores verdes urbanos de vida selvagem para encorajar animais e plantas a
mover-se ao redor de áreas urbanas e assim preservar ou aumentar biodiversidade urbana
(ANGOLD et al., 2006). O conhecimento dos fatores que influenciam na composição da
comunidade de insetos, tais como biodiversidade vegetal, área arborizada, relação espécie-
área, distância entre fragmentos, entre outros são, portanto, fundamentais para o planejamento
urbano do ponto de vista de sua arborização e da criação de áreas verdes, tendo em vista o
incremento da biodiversidade total. Análises faunísticas envolvendo o estudo da relação
espécie-área foram realizados, em sua maioria, em parques ou fragmentos florestais
(MIYASHITA et al., 1998; FERNÁNDEZ-JURICIC, 2000; GRACIANE et al., 2005); o
estudo dessa relação em áreas menores tais como praças são raros (WHITMORE et al., 2002;
HELDEN; LEATHER, 2004).
Portanto, em Criciúma, o estudo da entomofauna associada a praças e a influência da
diversidade vegetal e da área sobre a comunidade de insetos deverá trazer subsídios para o
planejamento da arborização e da criação de áreas verdes, tendo em vista o incremento da
biodiversidade total.
16
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Estimar a riqueza e a abundância de famílias de Hemiptera e Coleoptera em sete
praças e no Fragmento Florestal urbano Morro Casagrande no município de Criciúma, Santa
Catarina.
2.2 Objetivos Específicos
Identificar as famílias de hemípteros e colpteros;
Analisar a flutuação sazonal dos grupos ao longo de um ano;
Comparar a diversidade de insetos nas sete praças com o fragmento florestal;
Comparar a diversidade de insetos com a diversidade vegetal.
17
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Localização e descrição da área de estudo
3.1.1 Fragmento Florestal Morro Casagrande
O fragmento florestal urbano Morro Casagrande (MC) é conhecido por Morro do
Céu, sendo uma APP (Área de Preservação Permanente). Baseada no Art. da Lei
Municipal número 4771/65 a administração municipal através do Decreto Lei número
315/SA/89 demarcou esse fragmento em meio a mancha urbana (PROGESC, 1997). Inserido
nos bairros Comercrio, São Cristóvão e Ceará localizado no município de Criciúma, Santa
Catarina nas coordenadas 28º 41’ 16”S e 49° 21’ 30”W, altitude de 140m (Figura 1). Segundo
Santos et al. (2007) o fragmento tem 13,6 ha e apresenta-se em diferentes estádios
sucessionais de regeneração natural.
3.1.2 Praças
Foram amostradas sete praças da zona urbana de Criciúma, selecionadas por
apresentarem no mínimo dez árvores: Resistência Democrática (RD) no bairro Santa Luzia;
do Congresso (CO), no Centro; Mário Diomário da Rosa (MDR) no bairro Cidade Mineira
Velha; da Chami (CH) e do Trabalhador (TRA) no bairro Próspera; Esperandino Damiani
(ED) no bairro Pio Corrêa; Pedro Beneton (PB) no bairro Rio Maina (Figura 1). Para a
caracterização do entorno das praças foram obesrvados os seguintes parâmetros: aspectos
naturais; aspectos construtivos e de infra-estrutura e aspectos relativos à legislação do uso e
ocupação do solo atual das regiões onde estão inseridas as praças.
A Resistência Democrática localiza-se no extremo oeste da zona urbana, entre os
bairros Santa Luzia, Cidade Mineira e Mãe Luzia; o bairro possui altitudes entre 40 e 170 em
relação ao Morro da Cruz. A maior parte da região possui declividade até 15%, sendo
favorável à ocupação urbana, predominando construções de padrão médio-baixo a baixo, com
18
algumas construções de padrão médio. Também nas proximidades desta praça o uso
residencial é superior aos outros usos existentes mas nota-se que há uma pequena
concentração do uso comercial, principalmente nas suas margens. Poucos lotes ainda não são
ocupados, sendo chamados de baldios, e grande parte das vias são pavimentadas com lajotas
ou asfalto.
A praça do Congresso localiza-se no centro do município, o qual apresenta variação
de altitude de 25m a 60m. Durante muitas décadas a Congresso manteve-se em seu entorno as
características residenciais, pom as antigas residências térreas vêm sendo substituídas por
edifícios de apartamentos. apenas uma instituição de ensino e poucos estabelecimentos
comerciais no entorno das praças, por estar próxima à Praça Nereu Ramos, de vocação
comercial. Por ser a região central do município apresenta características estritamente urbanas
e adensamento médio a alto. O padrão de construção é muito variável onde maior
concentração dos padrões médio, médio-alto e alto e inserções de padrão baixo.
Mário Diomário da Rosa segue os mesmos padrões da RD, porém como
característica principal, no seu entorno concentra-se o uso residencial seguido pelo uso do
ensino onde há uma creche e escola municipal nas suas margens, além do campo de futebol.
Chami e Trabalhador localizam-se a leste do centro, correspondente os bairros da
Grande Próspera. A região possui altitudes que variam de 25m a 140m em relação ao Morro
Casagrande, sendo que grande parte da região possui declividade até 15%, sendo favorável à
ocupação urbana. Apresenta pouca vegetação nativa na encosta do MC, em estágio inicial,
dio e avançado de regeneração; também áreas de reflorestamento com eucaliptos e áreas de
resíduos de mineração de carvão com cobertura de eucaliptos. Grande parte das vias da região
são pavimentadas com lajotas ou asfalto. Possui características urbanas e adensamento de
dio a baixo e apresenta predominantemente os usos residenciais nas proximidades das
praças, porém existe também a concentração de usos comerciais e de serviços.
Os mesmos aspectos que caracterizam Congresso são vistos para a Esperandino
Damiani. Os usos predominantes são residenciais em sua grande maioria, com presença de um
estabelecimento de ensino. um pequeno comércio local e algumas clínicas médicas nas
proximidades, em virtude da localização próxima ao Hospital São José.
A Pedro Beneton encontra-se no extremo noroeste da zona urbana, correspondente à
grande Rio Maina. A praça possui altitudes entre 50m e 260m em relação ao Morro da Cruz.
A maior parte da região possui declividade até 15%, sendo favorável à ocupação urbana.
Destaca-se a presença de agroecossistema com predonio de cultivo de banana no Morro da
Cruz e pequenas áreas destinadas a pastagem, além de poucos resquícios de vegetação nativa.
19
A urbanização concentra-se no Bairro Rio Maina com núcleos menores nos outros bairros.
Possui muitas ruas pavimentadas, porém apresenta ainda um grande número de ruas sem
pavimentação. Existem áreas degradadas em quase todas as comunidades da região, em
diferentes estágios, havendo áreas degradadas urbanizadas, áreas degradadas em recuperação
e outras não recuperadas. Predomina o uso residencial, porém ao longo da Av. dos Imigrantes,
uma concentração do uso comercial e de serviços; observa-se também a presença de
muitos terrenos baldios nas proximidades.
3.1.3 Vegetação
O município está inserido nos donios da Floresta Ombrófila Densa Submontana
(FODS), formação que se desenvolve em altitudes de 30 m até 400 m (SANTA CATARINA,
1991). Leite e Klein (1990) apontam que a FODS é uma das formações mais diversificadas e
complexas do Sul do Brasil. Dados obtidos em levantamento da vegetação arbustivo-arbórea
em 21 praças de Criciúma indicam um total de 65 espécies, das quais 42 são exóticas e 23
nativas (CAZNOK, 2008). Algumas espécies dentre as exóticas destacaram-se pela presea
em maior número de praças: Ligustrum lucidum W.T.Aiton (alfeneiro), Melia azedarach L.
(cinamomo) e Hibiscus rosa-sinensis L. (hibisco), tradicionalmente utilizadas para
arborização urbana. Entre as espécies nativas as que se destacaram em maior mero de
praças são Ficus organensis Miq. (figueira-de-folha-miúda), Syagrus romanzoffiana (Cham.)
Glassm. (jerivá), Senna macranthera Collad. (fedegoso).
3.1.4 Clima
O litoral catarinense apresenta um regime anual de precipitação de certa forma
irregular. Apresenta uma acentuada concentração de chuvas no verão e ausência de chuvas no
inverno (NIMER, 1990).
Segundo o sistema de classificação de Köeppen-Geiger a variação climática Cfa
predomina na região de estudo, caracterizando o clima mesotérmico úmido do tipo
subtropical, sem estação seca definida e com verões quentes (BETTES JÚNIOR, 2001).
20
Figura 1. Localização geográfica do município de Criciúma e localização das praças estudadas: Resistência
Democrática; do Congresso; Esperandino Damiani; do Trabalhador; da Chaminé; rio Diomário da Rosa;
Pedro Beneton e do Fragmento Florestal urbano Morro Casagrande (Morro do Céu) no município de Criciúma,
Santa Catarina, Brasil. Fonte: IPAT/UNESC.
21
3.2 Metodologia
3.2.1 Amostragem e identificação dos insetos
Coletas mensais de insetos foram realizadas durante o período de um ano (julho de
2006 a junho de 2007) sempre no período matutino (8h às 11h), permanecendo-se trinta
minutos para cada praça. Foi amostrada uma árvore de cada espécie presente; no caso da
existência numa mesma praça de mais de um indivíduo da mesma espécie, foi realizado
sorteio para definir a árvore a ser amostrada, quando não se coletava insetos na planta
sorteada fazia-se um novo sorteio e uma nova árvore era amostrada. Foram amostradas apenas
as árvores que apresentaram os ramos mais baixos a, no máximo, 2m de altura do solo. Os
insetos foram coletados batendo-se vigorosamente os ramos com uma haste de madeira
durante cinco segundos sobre um guarda-chuva entomológico de 50cm de lado. Os insetos
que caíam sobre o guarda-chuva eram selecionados visualmente e acondicionado em potes
identificados contendo vapor de acetato de etila para sacrifício e análise em laboratório.
Foram coletados apenas insetos adultos.
No Morro Casagrande, além do guarda-chuva entomológico em duas trilhas, foi
utilizado rede de varredura em uma terceira trilha, perfazendo uma hora de amostragem em
cada trilha. As amostras com a rede foram obtidas com golpes na vegetação em movimentos
de avanço contido a cada 20 passos, quando o material coletado era transferido para sacos
plásticos de 30 L contendo vapor de acetato de etila para permitir o sacrifício para posterior
triagem, montagem e identificação no laboratório.
A identificação foi realizada até família com o uso de chaves dicomicas, sendo os
espécimes contados, numerados e etiquetados. Os espécimes não identificados foram
codificados pela notação Ni”. De cada planta amostrada foi coletado um ramo para
identificação e depósito no Herbário Pe. Dr. Raulino Reitz (CRI) da UNESC. Os insetos
foram preservados a seco na Coleção Entomológica de Referência da UNESC.
3.2.2 Análise da comunidade de insetos
22
Os dados de riqueza (S) e abundância (N) de famílias de insetos foram comparados
com a riqueza e abundância de espécies arbustivo-arbóreas e porcentagem estimada de usos
do solo no entorno de cada praça. Para a estimativa das diferentes ocupações do entorno das
praças foi realizada uma alise de aerofotografia na escala de 1:25000, onde registrou-se a
área relativa de constrões (Co), campos, terrenos baldios e jardins (Ca), solo exposto (So),
ruas e estradas (E), área arborizada ou bosques (Bo) e água (A). O registro de cada variável
foi feito para cada 1 mm ao longo de 4 cm nas direções norte, sul, leste e oeste a partir de cada
praça, equivalendo a 1 km em cada direção. Os valores obtidos foram transformados pelo
arcoseno. Também foi medida a distância de cada praça até o centro da cidade (DC) e
considerados os valores totais, para cada praça, de indivíduos e espécies vegetais amostrados.
Finalmente, foram utilizados os dados de diversidade vegetal total das praças, em termos de
riqueza e abundância, segundo dados de Caznok (2008) para as praças CH, CO, MDR, RD e
TRA. Foi realizada uma alise de regressão linear entre cada variável, a riqueza e a
abundância de hemípteros e colpteros para a investigação da correlação entre estas
variáveis com o objetivo de determinar os fatores que influenciam a riqueza e a abundância
dos insetos coletados. Foi utilizado o lculo de distribuição de probabilidade de F (DISTF)
para verificar a significância da correlação entre as variáveis (p<0,01). As análises estatísticas
foram realizadas com o uso do programa Microsoft Excel e seguiram Helden e Leather
(2004).
23
4 RESULTADOS
4.1 Abundância e riqueza de famílias de Hemiptera e Coleoptera
4.1.1 Fragmento Florestal Morro Casagrande
No Fragmento Florestal Morro Casagrande (MC) em 36h de amostragem foram
coletados 537 indivíduos, resultando na dia de 14,92 indivíduos por hora de coleta. De
Hemiptera, foram coletados 244 indivíduos pertencentes a 12 famílias, sendo que as mais
abundantes foram Tingidae com 75 indivíduos (30,73%) registrados em nove meses de coleta;
Largidae (38 e 15,57%) com ocorrência em oito meses; Pentatomidae (36 e 14,75%) com
ocorrência em 11 meses, sendo a família que apresentou maior ocorrência durante o ano de
amostragem; e Cicadellidae (33 e 13,52%) com ocorrência em nove meses (Figura 2; Tabela
1). Do total de hepteros 128 indivíduos foram coletados com guarda-chuva entomológico,
99 com rede de varredura e 17 manualmente (Tabela 2).
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
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Famílias de insetos
Abundância (N)
Hemípteros Coleopteros
Figura 2. Famílias mais abundantes (N) de Hemiptera e Coleoptera amostradas de julho de 2006 a junho de 2007
no Fragmento Florestal Morro Casagrande, Criciúma, Santa Catarina.
De Coleoptera foram coletados 293 indivíduos de 20 famílias, sendo as mais
abundantes Chrysomelidade com 91 indivíduos (31,06%); Curculionidae (67 e 22,87%),
24
ambas com ocorrência durante os 12 meses de amostragem; Scolytidae (45 e 15,36%) teve
ocorrência durante sete meses; Coccinelidae (29 e 11,88%) registrada em oito meses (Figura
2; Tabela 1). Do total de coleópteros 191 foram coletados com guarda-chuva entomológico,
35 com rede de varredura e 67 manualmente (Tabela 2).
A variação sazonal dos insetos no Morro Casagrande (Tabela 1) resultou em maiores
abundâncias de hemípteros no inverno de 2006, nos meses de julho e setembro, com
respectivamente 53 e 49 indivíduos coletados. As famílias mais abundantes no primeiro mês
foram Lygaeidae (18 indivíduos), Tingidae (17) e Cicadellidae (11) e, no segundos,
Tingidae (31). Em contraste, as menores abundâncias foram registradas na primavera de 2006,
em novembro (seis indivíduos), e no outono de 2007, em junho (oito indivíduos). Para os
coleópteros as maiores abundâncias foram registradas no início da primavera e no inverno de
2006, em outubro (40 indivíduos), julho e setembro (35 indivíduos em cada mês). Em outubro
de 2006 Scolytidae teve maior abundância (19 indivíduos), enquanto que em julho e em
setembro de 2006 Chrysomelidae foi mais abundante (respectivamente 14 e 9 indivíduos). A
maior abundância de Chrysomelidae, entretanto, foi registrada em agosto de 2006 (22
indivíduos), sendo este o quarto mês em abundância para Coleoptera (34 indivíduos). As
menores abundâncias desta ordem foram registradas no outono e no verão de 2007,
respectivamente em junho (nove indivíduos) e março (treze indivíduos).
Quanto à riqueza de famílias os valores mais elevados para Hemiptera foram
encontrados no inverno e no final da primavera de 2006: em setembro foram coletados
indivíduos de oito famílias; em agosto e dezembro foram coletados indivíduos de sete
famílias. Os menores valores foram obtidos no final da primavera de 2006, final do verão e
início do outono de 2007, quando foram coletados indivíduos de quatro famílias
respectivamente nos meses de novembro, março e abril. Para Coleoptera as maiores riquezas
foram registradas na primavera de 2006 e no verão de 2007: em novembro foram coletados
indivíduos de dez famílias; em outubro e em janeiro foram coletados indivíduos de nove
famílias. As menores riquezas foram registradas no final do verão e no outono de 2007, sendo
três famílias em março e maio e duas em junho.
25
Tabela 1. Número de indivíduos de Hemiptera e Coleoptera coletados no período de julho de 2006 a junho de
2007 no Fragmento Florestal Morro Casagrande, Criciúma, Santa Catarina.
2006 2007
Ordem/Família
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
Dez.
Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio Jun.
Total
Hemiptera
Cercopidae 1 1 2
Cicadellidae 11 1 7 3 2 4 2 1 2 33
Coreidae 3 1 1 5
Fulgoroidea 2 3 1 1 2 2 1 12
Largidae 3 2 5 6 8 1 10 3 38
Lygaeidae 18 1 1 1 1 5 2 29
Megarididae 2 1 3
Membracidae 1 1 1 3
Miridae 1 2 2 1 1 7
Pentatomidae 5 1 2 1 5 7 4 5 4 1 1 36
Scutelleridae 1 1
Tingidae 17 7 31 4 3 8 1 2 2 75
Total
53 17 49 13 6 24 16 13 16 12 17 8
244
Coleoptera
Anobiidae 3 2 1 6
Cantharidae 1 1
Carabidae 1 1 2
Cerambycidae 1 1 1 2 5
Cisidae 2 2
Chrysomelidae 14 22 9 3 4 6 1 6 9 3 8 6 91
Cleridae 1 1 2
Coccinellidae 5 7 7 2 3 2 2 1 29
Cucujidae 1 1 1 1 4
Curculionidae 8 2 7 9 8 7 6 4 3 5 5 3 67
Elateridae 2 2 1 4 9
Endomychidae 2 2
Lagriidae 3 4 7
Lathridiidae 1 1 2 4
Meloidae 1 1
Ostomidae 3 3
Scaphidiidae 1 1
Scarabaeidae 1 2 3
Scolytidae 2 4 19 11 5 2 2 45
Tenebrionidae 1 4 5
Não identificado 3 1 4
Total
35 34 35 40 33 25 19 22 13 14 14 9
293
26
Tabela 2. mero de indivíduos e métodos de coleta de hemípteros e coleópteros no fragmento florestal Morro
Casagrande no peodo de julho de 2006 à junho de 2007, Criciúma, Santa Catarina.
Data das coletas
Ordem 2006 2007 Método de coleta
Hemiptera
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Jan
Fev
Mar
Abril
Maio
Jun
Total
GE RV CM
53
17 49
13 6 24 16 13 16 12 17 8
244
128 99 17
Coleoptera
35 34 35 40 33 25 19 22 13 14 14 9
293
191 35 67
*Métodos de coleta: GE: guarda-chuva entomológico; RV: rede de varredura; CM: coleta manual.
4.1.2 Praças
Em 42h de coleta nas sete praças obteve-se um total de 801 indivíduos, uma média
de 19,07 insetos por hora de coleta. Destes, 396 eram exemplares de hemípteros pertencentes
a 11 famílias. As maiores abundâncias foram registradas para Tingidae com 197 indivíduos
coletados (49,74%), predominando na praça RD, Miridae (49 e 12,37%) e Cicadellidae (42 e
10,61%), as duas últimas com ocorrência em todas praças e Miridae predominando em CO
(Tabela 2). A praça com maior abundância de hemípteros foi a RD (195 e 49,24%), porém
este resultado é devido à elevada coleta de Tingidae coletados sobre Lantana camara L. no
local, 168 indivíduos ou 86,15% do total, fato que reflete-se na baixa riqueza de famílias, seis.
A segunda e a terceira praça em abundância, CO e TRA (62 e 49 indivíduos), foram
respectivamente a segunda e a primeira em riqueza de famílias, com oito e nove famílias
representadas. A praça ED foi a que apresentou menor abundância e riqueza, com 15
indivíduos coletados pertencentes a cinco famílias (Tabela 3).
A amostragem de coleópteros resultou em 405 exemplares pertencentes a 15
famílias. As maiores abundâncias foram registradas para Coccinellidae com 272 indivíduos
(67,16%) e maior representatividade na CO, Chrysomelidae (53 e 13,09%) com
predomincia na ED e Curculionidade (39 e 9,63%) predominando na CO, sendo que as três
famílias ocorreram em todas as sete praças (Tabela 3). A praça CO apresentou a maior
abundância e riqueza de famílias, respectivamente 106 indivíduos de oito famílias, seguida da
PB com 82 indivíduos de sete famílias. A praça com a menor riqueza, ED com cinco famílias,
foi a terceira em abundância com 76 indivíduos coletados, enquanto que na praça com a
menor abundância, RD com 17 indivíduos, seis famílias foram registradas (Tabela 3).
27
Tabela 3. Famílias de Hemiptera e Coleoptera coletadas em sete praças no município de Criciúma, Santa
Catarina, de julho de 2006 a junho de 2007.
Praça*
Ordem/Família
CO CH ED PB RD TRA MDR
Total
Hemiptera
62 15 15 37 195 49 23 396
Cercopidae
2 1 3
Cicadellidae
12 5 5 7 8 2 3 42
Coreidae
2 1 3 6
Corimelaenidae
1 1 2
Largidae
4 1 16 2 9 8 40
Lygaeidae
10 4 3 1 2 20
Membracidae
1 2 2 2 1 8
Miridae
17 2 3 3 10 10 4 49
Pentatomidae
5 2 1 7 4 7 2 28
Reduviidae
1 1
Tingidae
11 2 168 14 2 197
Coleoptera
106 53 76 82 17 28 43 405
Anobiidae
1 1 1 3
Cerambycidae
1 1 2
Chrysomelidae
2 9 29 7 3 1 2 53
Coccinellidae
83 36 33 61 8 23 28 272
Cucujidae
1 1
Curculionidae
11 3 9 8 3 1 4 39
Elateridae
1 1
Endomychidae
1 2 3
Lampyridae
1 1
Meloidae
1 1
Ostomidae
1 1
Scaphidiidae
1 1 2
Scarabaeidae
2 1 1 4
Scolytidae
3 1 4 2 1 6 17
Tenebrionidae
4 1 5
*CO - Congresso; CH - da Chaminé; ED - Esperandino Damiani; MDR - Mário Diomário da Rosa; PB - Pedro
Beneton; RD - Resistência Democrática; TRA - do Trabalhador.
Considerando a variação sazonal de insetos nas praças as maiores abundâncias de
hemípteros foram observadas no inverno de 2006, em agosto, e no verão de 2007, em janeiro,
quando foram coletados respectivamente 60 e 49 indivíduos. Destes totais, entretanto, 36 e 32
indivíduos respectivamente pertencem a uma única família, Tingidae. As menores
abundâncias ocorreram no outono de 2007 nos meses de maio e junho, com respectivamente
19 e 18 indivíduos coletados (Tabela 4).
Para os colpteros os períodos de maior amostragem foram na primavera de 2006,
nos meses de outubro e novembro, com o registro respectivamente de 71 e 60 indivíduos. As
menores abundâncias foram encontradas no final do verão e no outono de 2007, sendo o mês
de maio com o registro de cinco indivíduos e os meses de março, abril e junho com 12
indivíduos coletados (Tabela 5).
28
Tabela 4. Número de indivíduos de hemípteros coletados pelo método de guarda-chuva entomológico no peodo
de julho de 2006 a junho de 2007 nas praças, Criciúma, Santa Catarina
2006 2007
Praças*
Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun.
Total
CO
2 9 7 5 10 3 2 1 8 10 1 2 60
ED
1 0 3 0 1 1 1 1 2 4 1 1 16
TRA
3 6 8 1 2 5 2 2 8 1 7 4 49
CH
1 2 1 1 2 1 0 3 0 1 0 2 14
PB
7 4 1 1 4 0 6 2 2 5 2 3 37
RD
11 37 18 14 15 30 33 20 3 5 5 6 197
MDR
3 2 1 2 0 4 5 1 2 0 3 0 23
Total
28 60 39 24 34 44 49 30 25 26 19 18
396
*CO - Congresso; CH - da Chaminé; ED - Esperandino Damiani; MDR - Mário Diomário da Rosa; PB - Pedro
Beneton; RD - Resistência Democrática; TRA - do Trabalhador.
Tabela 5. Número de indivíduos de coleópteros coletados pelo método de guarda-chuva entomológico (GE) no
período de julho de 2006 a junho de 2007 nas praças, Criciúma, Santa Catarina.
2006 2007
Praças*
Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun.
Total
CO
3 10 3 13 14 9 11 7 8 4 1 4 87
ED
2 3 2 12 8 11 7 3 0 2 0 1 51
TRA
7 3 2 8 9 2 4 2 0 1 0 38
CH
11 4 10 4 8 5 3 4 1 0 1 6 57
PB
11 21 13 20 8 9 7 6 3 4 1 0 103
RD
3 2 2 4 5 2 1 2 0 0 2 1 24
MDR
2 7 1 9 8 9 2 6 0 1 0 0 45
Total
39 50 33 71 60 47 35 30 12 12 5 12
405
*CO - Congresso; CH - da Chaminé; ED - Esperandino Damiani; MDR - Mário Diomário da Rosa; PB - Pedro
Beneton; RD - Resistência Democrática; TRA - do Trabalhador.
4.2 Associações inseto-planta nas praças do município
Nas sete praças foram coletados hemípteros e coleópteros sobre 42 espécies vegetais
totalizando 165 associações, sendo 71 para Hemiptera e 94 para Coleoptera (Tabelas 6 e 7).
Quando considerados hemípteros e coleópteros em conjunto, as cinco espécies vegetais com
maior registro de insetos em ordem decrescente de abundância foram Lantana camara L.,
Duranta repens L., Hybiscus syriacus L., Caesalpinia pluviosa DC. e Ficus organensis Miq.
com respectivamente 253, 182, 81, 35 e 31 indivíduos coletados (Tabela 6; Figura 3),
correspondendo a 72,66% da abundância total. Estas também foram as espécies com maior
riqueza de famílias insetos, sendo que sobre D. repens foram registradas 18 famílias, sobre L.
29
camara 12 famílias, sobre H. syriacus e C. pluviosa 11 famílias em cada e oito famílias sobre
F. organensis (Tabela 6; Figura 4).
A elevada abundância de insetos registrada sobre L. camara deveu-se principalmente
à presença de Hemiptera (227 indivíduos), coletados sobre aquela espécie em três praças, CO,
RD e TRA. A maior abundância de hemípteros sobre L. camara foi registrada na RD, 162
indivíduos, destacando-se Tingidae com 144 indivíduos (Figura 3; Apêndice B). Com relação
à riqueza, o maior registro de famílias de hemípteros ocorreu sobre L. camara onde foram
coletados indivíduos de oito famílias (Figura 4).
Tabela 6. Riqueza de famílias e abundância de Hemiptera e Coleoptera sobre 42 espécies vegetais, em ordem
decrescente conforme o somatório da abundância de insetos por espécie vegetal, no período de julho de 2006 à
junho de 2007 em sete praças de Criciúma, Santa Catarina.
Hemiptera Coleoptera Total
Espécie vegetal Nome popular
N* S* N* S* N* S*
Lantana camara L. cambará-de-cheiro 227 8 26 4 253 12
Duranta repens L. pingo-de-ouro 36 9 146 9 181 18
Hybiscus syriacus L. hibisco 36 6 45 5 80 11
Caesalpinia pluviosa DC. sibipiruna 17 6 18 5 35 11
Ficus organensis Miq. figueira-de-folha-miúda
5 4 26 4 31 8
Bauhinia variegata L. pata-de-vaca 18 3 6 2 24 5
Schinus terebinthifolius Raddi aroeira 6 4 17 3 23 7
Ligustrum lucidum W.T.Aitom Ligustro, alfeneiro 6 2 10 5 16 7
Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex DC.) Stand ipê amarelo 1 1 10 1 11 2
Inga marginata Willd. ingá-feijão 1 1 9 4 10 5
Michelia champaca L. magnólia-amarela 3 2 7 2 10 4
Sczygium cumini L. jambolão 1 1 9 4 10 5
Senna macranthera Irwinet Barn. fedegoso 7 3 3 2 10 5
Malvaviscus arboreus Cav. malvavisco 1 1 8 1 9 2
Acalypha wilkesiana Miil.Arg. crista-de-peru 5 3 3 3 8 6
Citrus sp. .. 1 1 7 3 8 4
Ficus benjamina L. figueira-benjamin 2 1 6 4 8 5
Mangifera indica L. mangueira 3 2 5 1 8 3
Nerium oleander L. espirradeira 5 2 3 2 8 4
Camellia japonica L. camélia 1 1 6 3 7 4
Bougainvillea glabra Choisy Hook. buganvília 3 1 3 1 6 2
Magnolia liliflora Desr. magnólia 2 1 3 2 5 3
Psidium guajava L. goiabeira 1 1 4 2 5 3
Chorisia speciosa St.Hill. paineira 1 1 2 2 3 3
Eriobotria japonica (Thunb.) Lindl. ameixeira 0 0 3 1 3 1
Lagerstroema indica L. extremosa 1 1 2 2 3 3
Rhododendrum simsii Planch. azaléia 2 2 1 1 3 3
Schefflera arboricola (Hayata) Merr. .. 2 1 1 1 3 2
Tagetes patuta L. cravo-de-defunto 0 0 2 2 2 2
Terminalia catappa L. nogueira-da-praia 0 0 2 2 2 2
Tibouchina sp. .. 0 0 2 2 2 2
30
Tabela 6. Continução...
Não identificada (Fabaceae) 0 0 2 1 2 1
Alchornea glandulosa Poepp. & Endl. tanheiro 0 0 1 1 1 1
Buxus sempervirens L. buxinho 0 0 1 1 1 1
Clerodendron thomsonae Balf. lágrima-de-cristo 0 0 1 1 1 1
Ficus elastica Roxb. Falsa-seringueira 0 0 1 1 1 1
Hydrangea macrophylla (Thumb.) Ser. hortência 1 1 0 0 1 1
Jacaranda mimosaefolia D.Don jacarandá mimoso 0 0 1 1 1 1
Melia azedarach L. cinamomo 0 0 1 1 1 1
Senna sp. .. 0 0 1 1 1 1
Tabebuia heptaphyla Vell.Tol. ipê-roxo 0 0 1 1 1 1
Tibouchina moricandiana Baill. .. 1 1 0 0 1 1
Σ associações 71 94 165
*N – abundância e S – riqueza de famílias.
Além de L. camara as espécies com maiores abundâncias de Hemiptera, com 36
indivíduos coletados em cada uma foram D. repens, com registro de hepteros nas praças
CH, MDR, PB e TRA, e H. syriacus, nas praças CO, MDR, PB e RD. D. repens apresentou
maior abundância de Hemiptera na CO com 15 indivíduos coletados, enquanto sobre H.
syriacus a maior abundância foi encontrada na PB, 24 indivíduos (Figura 3; Andices A e
D). D. repens apresentou o maior registro de famílias de hemípteros, nove, enquanto sobre H.
syriacus foi registrada a terceira maior riqueza com seis famílias (Figura 4).
O terceiro maior registro de abunncia para hepteros ocorreu sobre Bauhinia
variegata L. (Tabela 6), com 18 indivíduos de três famílias coletados sobre a espécie nas
praças CH (sete indivíduos) e RD (11 indivíduos). Nesta última todos os indivíduos coletados
pertenciam a Tingidae (Apêndice B).
A quarta abundância hemípteros foi registrada sobre C. pluviosa totalizando 17
indivíduos nas praças MDR e RD. A quase totalidade destes indivíduos (15) foi coletada na
RD, destacando-se novamente Tingidae com 11 exemplares (Figura 3; Andice B). Sobre C.
pluviosa foram coletadas seis famílias de hemípteros (Figura 4), representando a terceira
maior riqueza.
D. repens foi a espécie que apresentou os valores mais elevados de abundância e
riqueza de famílias de Coleoptera, respectivamente 146 indivíduos (Figura 3) e nove famílias
(Figura 4) coletados nas praças CH, CO, MDR, PB e TRA. A maior abundância de
Coleoptera sobre D. repens foi registrada na PB (56 indivíduos), seguida da CH (39
indivíduos) (Apêndices D e E). A segunda maior abundância de Coleoptera foi registrada
sobre H. syriacus, com 45 indivíduos coletados (Figura 3) nas praças CO, MDR, PB e RD,
sendo que os maiores valores encontrados na PB (25 indivíduos) e na MDR (10 indivíduos)
31
(Apêndices D e F). H. syriacus, juntamente com C. pluviosa e Ligustrum lucidum,
apresentaram o segundo maior número de famílias de colpteros, cinco (Tabela 6; Figura 4).
L. camara e F. organensis apresentaram o terceiro maior registro de abunncia de
Coleoptera com 26 indivíduos coletados sobre cada espécie (Figura 3). Em L. camara foram
encontrados colpteros nas praças CO, RD e TRA, sendo a maior abundância na CO (14
indivíduos). Sobre F. organensis ocorreram coleópteros nas praças ED, MDR, PB e TRA,
sendo a maior abundância registrada em ED (16 indivíduos) (Apêndices A e G).
0
50
100
150
200
250
300
L
a
n
t
a
n
a
c
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m
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n
s
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s
Abundância (N)
Coleoptera
Hemiptera
Figura 3. Espécies vegetais com maior abundância de insetos incluídos em Hemiptera e Coleoptera no período
de julho de 2006 a junho de 2007 em sete praças de Criciúma, Santa Catarina.
Lantana camara
Duranta repens
Hybiscus syriacus
Caesalpinia pluviosa
Fícus organensis
32
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
D
u
r
a
n
t
a
r
e
p
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n
s
L
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g
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n
e
n
s
i
s
Famílias
Coleoptera
Hemiptera
Figura 4. Espécies vegetais com maior riqueza de famílias de insetos incluídos em Hemiptera e Coleoptera no
período de julho de 2006 a junho de 2007 em sete praças de Criciúma, Santa Catarina.
As famílias de Hemiptera com maior número de associações com espécies vegetais
foram Cicadellidae, associada a 15 espécies, Miridae a 10 espécies, Lygaeidae e Pentatomidae
com nove associações cada. Tingidae, embora tenha apresentado elevada abundância, esteve
associada a oito espécies vegetais (Tabela 7; Figura 5). Para Coleoptera as famílias com mais
associações foram Coccinellidae (31), Chrysomelidae e Curculionidae (17) e Scolytidae
(nove) (Tabela 7; Figura 6).
Duranta repens
Lantana camara
Hybiscus syriacus
Caesalpinia pluviosa
Fícus organensis
33
0
2
4
6
8
10
12
14
16
C
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c
a
d
e
l
l
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M
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L
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R
e
d
u
v
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i
d
a
e
Σ associações
Figura 5. Somatório das associações entre famílias de Hemiptera e espécies vegetais no período de julho de 2006
a junho de 2007 em sete praças de Criciúma, Santa Catarina.
0
5
10
15
20
25
30
35
C
o
c
c
i
n
e
l
l
i
d
a
e
C
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s
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a
e
M
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l
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a
e
O
s
t
o
m
i
d
a
e
Σ associações
Figura 6. Somatório das associações entre famílias de Coleoptera e espécies vegetais no período de julho de
2006 a junho de 2007 em sete praças de Criciúma, Santa Catarina.
As praças nas quais foram registrados os maiores números de associações,
considerando-se o somatório de Hemiptera e Coleoptera, foram CO, com 47 associações, ED
e MDR, com 39 associações cada (Figura 7). Consideradas isoladamente, entretanto, as duas
34
ordens apresentaram resultados diferentes. Para as famílias de Hemiptera as praças CO, TRA
e RD foram aquelas onde ocorreram mais associações, respectivamente 22, 18 e 17, enquanto
que para famílias de Coleoptera ED, CO e MDR apresentaram respectivamente 27, 25 e 24
associações.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
CO ED MDR PB TRA RD CH
Σ associações
Coleoptera
Hemiptera
Figura 7. Somatório das associações entre espécies vegetais e Hemiptera e Coleoptera em sete praças de
Criciúma, Santa Catarina. (Legenda das praças: CO - Congresso; CH - da Chaminé; ED - Esperandino Damiani;
MDR - Mário Diomário da Rosa; PB - Pedro Beneton; RD - Resistência Democrática; TRA - do Trabalhador) no
período de julho de 2006 a junho de 2007 em sete praças de Criciúma, Santa Catarina.
35
Tabela 7. Abundância de famílias de Hemiptera e Coleoptera sobre 42 espécies vegetais, em ordem decrescente conforme o somatório das associações por espécie vegetal, nas
praças no período de julho de 2006 a junho de 2007, Criciúma, Santa Catarina.
Hemiptera
Coleoptera
Espécie vegetal
Cercopidae
Cicadellidae
Coreidae
Corimelaenidae
Largidae
Lygaeidae
Membracidae
Miridae
Pentatomidae
Reduviidae
Tingidae
Anobiidae
Cerambycidae
Chrysomelidae
Coccinellidae
Cucujidae
Curculionidae
Elateridae
Endomychidae
Lampyridae
Meloidae
Ostomidae
Scaphidiidae
Scarabaeidae
Scolytidae
Tenebrionidae
Σ abundância
Σ associões
Duranta repens L. 2 6 1 1 7 4 7 5 3 4 118
12 3 1 1 1 4 2
182
18
Lantana camara L. 13 3 1 4 7 30 5 164
4 17 4 1
253
12
Caesalpinia pluviosa DC. 1 1 2 1 1 11 1 1 12 3 1
35 11
Hybiscus syriacus L. 3 18 2 3 8 2 20 17 3 4 1
81 11
Ficus organensis Miq. 1 1 2 1 4 18 1 3
31 8
Ligustrum lucidum W.T.Aitom 4 2 2 3 2 2 1
16 7
Schinus terebinthifolius Raddi 1 3 1 1 1 15 1
23 7
Acalypha wilkesiana Mul.Arg. 3 1 1 1 1 1
8 6
Bauhinia variegata L. 4 1 13 5 1
24 5
Ficus benjamina L. 2 1 3 1 1
8 5
Inga marginata Willd. 1 5 2 1 1
10 5
Sczygium cumini L. 1 2 4 2 1
10 5
Senna macranthera (Collad.) 2 1 4 2 1
10 5
Camellia japonica L. 1 1 4 1
7 4
Citrus sp. 1 1 4 2
8 4
Michelia champaca L. 2 1 5 2
10 4
Nerium oleander L. 1 4 1 2
8 4
Chorisia speciosa St.Hil. 1 1 1
3 3
Lagerstroema indica L. 1 1 1
3 3
Magnifera indica L. 1 2 5
8 3
Magnolia liliflora Desr. 2 2 1
5 3
Psidium guajava L. 1 1 3
5 3
36
Tabela 7. Continuação...
Rhododendrum simsii Planch. 1 1 1
3 3
Bougainvillea glabra Choisy Hook. 3 3
6 2
Malvaviscus arboreus Cav. 1 8
9 2
Schefflera arboricola (Hayata) Merr. 2 1
3 2
Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex DC.) Stand
1 10
11 2
Tagetes patuta L. 1 1
2 2
Terminalia catappa L. 1 1
2 2
Tibouchina sp. 1 1
2 2
Alchornea glandulosa Poepp. & Endl. 1
1 1
Buxus sempervirens L. 1
1 1
Clerodendron thomsonae Balf. 1
1 1
Eriobotria japonica (Thunb.) Lindl. 3
3 1
Ficus elastica Roxb. 1
1 1
Hydrangea macrophylla (Thunb.) Ser. 1
1 1
Jacaranda mimosaefolia D.Don 1
1 1
Melia azedarach L. 1
1 1
Senna sp. 1
1 1
Tabebuia h eptaphyla Vell.Tol. 1
1 1
Tibouchina moricandiana Baill. 1
1 1
Fabaceae não identificada 2
2 1
Σ abundância 3 42 6 2 39 18 7 49 32 1 197
3 2 53 272
1 39 1 3 1 1 1 2 4 17 5 801
Σ associões 2 15 4 2 6 9 5 10 9 1 8 3 1 17 31 1 17 1 1 1 1 1 2 4 9 4 165
37
4.3 Influência das variáveis de cobertura de solo e da diversidade vegetal sobre a
abundância de Hemiptera e Coleoptera
As análises para verificar a influência das variáveis de cobertura do solo (A, Bo, E,
Ca, Co, DC e So) e o número total de espécies vegetais nas praças (Total de espécies vegetais)
sobre a abundância de insetos resultaram na ausência de correlão para todas as variáveis
medidas, tanto para Hemiptera (Figura 8) e Coleoptera (Figura 9) isoladamente, quanto para
as duas ordens consideradas conjuntamente (Figura 10).
E
y = -0,0002x + 0,2171
R
2
= 0,0816
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0 50 100 150 200 250
So
y = -0,0008x + 0,2457
R
2
= 0,0219
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
0 50 100 150 200 250
Ca
y = -8E-05x + 0,3558
R
2
= 0,0127
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0 50 100 150 200 250
Co
y = 6E-05x + 0,2545
R
2
= 0,003
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0 50 100 150 200 250
Bo
y = -0,0003x + 0,1334
R
2
= 0,0172
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0 20 40 60 80 100 120
A
y = 3E-05x + 0,0034
R
2
= 0,0333
0
0,002
0,004
0,006
0,008
0,01
0,012
0,014
0 20 40 60 80 100 120
DC
y = 17,556x + 2131,8
R
2
= 0,2188
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
0 50 100 150 200 250
T. de EV
y = 0,0043x + 6,6136
R
2
= 0,0246
0
2
4
6
8
10
0 50 100 150 200 250
Figura 8. Análise de regressão linear entre oito variáveis e a abundância de hemípteros em sete praças de
Criciúma, Santa Catarina, Brasil (A água; Bo bosque; Ca campo; Co construções; DC distância ao
centro da cidade; E – ruas; So – solo exposto; T. de EV – total de espécies vegetais na praça) no período de julho
de 2006 a junho de 2007.
38
E
y = 0,0006x + 0,1724
R
2
= 0,1631
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0 20 40 60 80 100 120
So
y = -0,0003x + 0,0851
R
2
= 0,0186
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0 20 40 60 80 100 120
Ca
y = 0,0004x + 0,327
R
2
= 0,0759
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0 20 40 60 80 100 120
Co
y = -0,0006x + 0,2909
R
2
= 0,058
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0,45
0 20 40 60 80 100 120
Bo
y = -0,0003x + 0,1334
R
2
= 0,0172
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0 20 40 60 80 100 120
A
y = 3E-05x + 0,0034
R
2
= 0,0333
0
0,002
0,004
0,006
0,008
0,01
0,012
0,014
0 20 40 60 80 100 120
DC
y = -19,031x + 4226,1
R
2
= 0,0567
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
0 20 40 60 80 100 120
T. de EV
y = 0,0603x + 7,0798
R
2
= 0,2879
0
2
4
6
8
10
12
14
16
0 20 40 60 80 100 120
Figura 9. Análise de regressão linear entre oito variáveis e a abundância de coleópteros em sete praças de
Criciúma, Santa Catarina, Brasil (A água; Bo bosque; Ca campo; Co construções; DC distância ao
centro da cidade; E – ruas; So – solo exposto; T. de EV – total de espécies vegetais na praça) no período de julho
de 2006 a junho de 2007.
39
E
y = -8E-05x + 0,2152
R
2
= 0,0112
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0 50 100 150 200 250
So
y = 0,0008x - 0,0176
R
2
= 0,582
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0 50 100 150 200 250
Ca
y = 1E-05x + 0,3496
R
2
= 0,0003
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0,45
0 50 100 150 200 250
Co
y = -8E-05x + 0,2669
R
2
= 0,0042
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0,45
0 50 100 150 200 250
Bo
y = -0,0007x + 0,1924
R
2
= 0,2661
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0 50 100 150 200 250
A
y = 8E-05x - 0,0042
R
2
= 0,7489
0
0,002
0,004
0,006
0,008
0,01
0,012
0,014
0,016
0 50 100 150 200 250
DC
y = 16,238x + 1266,9
R
2
= 0,154
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
0 50 100 150 200 250
T. de EV
y = -0,0163x + 12,435
R
2
= 0,0782
0
2
4
6
8
10
12
14
16
0 50 100 150 200 250
Figura 10. Análise de regressão linear entre oito variáveis e a abunncia de hemípteros e coleópteros em sete
praças de Criciúma, Santa Catarina, Brasil (A água; Bo bosque; Ca campo; Co construções; DC
distância ao centro da cidade; E ruas; So solo exposto; T. de EV total de espécies vegetais na praça) no
período de julho de 2006 a junho de 2007.
40
A diversidade vegetal conhecida de árvores e arbustos em cinco praças (CH, CO,
MDR, RD e TRA), em termos de abundância, não apresentou correlação significativa com a
abundância de insetos, para Hemiptera (F
1,3
=1,48, P=0,31), Coleoptera (F
1,3
=5,88, P=0,093) e
Hemiptera+Coleoptera (F
1,3
=5,81, P=0,095) (Figura 11). Devido à discrepância resultante do
encontro de agregados de Tingidae esta família foi desconsiderada nas análises.
Hemiptera
y = 0,8276x + 31,201
R
2
= 0,3305
0
20
40
60
80
100
120
0 10 20 30 40 50 60 70
Indivíduos Vegetais
Coleoptera
y = 0,8764x + 17,057
R
2
= 0,6621
0
20
40
60
80
100
120
0 20 40 60 80 100
Indivíduos vegetais
Hemiptera+Coleoptera
y = 0,5711x + 12,143
R
2
= 0,6596
0
20
40
60
80
100
120
0 50 100 150 200
Indivíduos vegetais
Figura 11. Análise de regressão linear entre o número de indivíduos vegetais e a abundância de hemípteros e
coleópteros em cinco praças no período de julho de 2006 a junho de 2007 em sete praças de Criciúma, Santa
Catarina, Brasil.
A riqueza de plantas não apresentou correlação significativa com a abundância de
Hemiptera (F
1,3
=2,85, P=0,19), porém apresentou correlação positiva muito próxima à
significância com a abundância de Coleoptera (F
1,3
=30,22, P=0,012) e foi positivamente
correlacionada com a abundância de Hemiptera+Coleoptera (F
1,3
=39,14, P=0,008) (Figura
12). Da mesma forma que para o total de indivíduos vegetais, as análises foram realizadas
excluindo-se Tingidae devido a discrepância resultante de seus agregados.
41
Hemiptera
y = 0,3001x + 4,7566
R
2
= 0,4873
0
5
10
15
20
25
30
35
0 20 40 60 80
Espécies Vegetais
Coleoptera
y = 0,3068x + 0,1675
R
2
= 0,9097
0
5
10
15
20
25
30
35
0 20 40 60 80 100
Espécies Vegetais
Hemiptera+Coleoptera
y = 0,2024x - 1,7609
R
2
= 0,9288
0
5
10
15
20
25
30
35
0 50 100 150 200
Espécies Vegetais
Figura 12. Análise de regressão linear entre o número de espécies vegetais e a abundância de hemípteros e
coleópteros, exceto Tingidae, em cinco praças no período de julho de 2006 a junho de 2007 em sete praças de
Criciúma, Santa Catarina, Brasil.
42
5 DISCUSSÃO
No Fragmento Florestal Morro Casagrande (MC) a amostragem resultante,
ligeiramente menor em média do que nas praças, possivelmente deveu-se ao encontro nestas
últimas de agregados de tingídeos, fato que não ocorreu no MC. Padrões agregados de
distribuição, segundo Ricklefs (2003), resultam de tendências sociais dos indivíduos em
formarem grupos com diferentes finalidades, entre os quais segurança e reprodução. Segundo
Schuh e Slater (1995), em algumas espécies de Tingidae as ninfas de fato apresentam
agregação e, em certos casos, as colônias desses insetos podem conter mais de 100 indivíduos
e muitas gerações se sucedem. Tal agregação foi observada durante as coletas no presente
estudo, com um número expressivo de tingídeos capturados no guarda-chuva entomológico
provenientes de uma mesma planta. Em inventários faunísticos Tingidae já foi reportada
como uma das famílias mais representativas (CASSON; HODKINSON, 1991).
Mesmo excluindo-se Tingidae os resultados médios para o MC e o conjunto das
praças é extremamente próximo, o que não seria esperado dada a reduzida área e diversidade
vegetal das últimas. Entretanto, as praças estão submetidas a temperaturas mais elevadas,
compactação do solo, área restrita de enraizamento, variações na intensidade de luz e vento e
deficiências dricas e nutricionais, fatores que podem ocasionar estresse em plantas situadas
em centros urbanos, em comparação àquelas situadas em ambientes naturais (DREISTADT;
DAHLSTEN; FRANKIE., 1990). Além disso, o manejo de áreas verdes em centros urbanos
pode influenciar positivamente a composição de espécies de uma comunidade de insetos
(MCGEOCH; CHOWN, 1997), o que pode explicar, em parte, os resultados aqui
apresentados.
Outro aspecto a ser considerado é o estádio sucessional do fragmento florestal Morro
Casagrande. Segundo Santos (2007) este apresenta-se em diferentes estádios sucessionais de
regeneração, com uma significativa presença de espécies secundárias tardias e climácicas de
alto valor ecológico, por serem atrativas de espécies animais generalistas. Insetos herbívoros
exibem uma ampla e variada gama de padrões alimentares, desde aqueles que se alimentam de
uma única espécie de planta, mofagos ou especialistas extremos, até os que se alimentam
de plantas pertencentes a diferentes famílias, conhecidos como pofagos ou generalistas
alimentando-se de uma ampla variedade de plantas (COSTA, 2004). Em virtude da estrutura
fitossociológica encontrada em estágios de regeneração mais tardios, a diversidade de insetos
pode ser relativamente inferior. Southwood; Brown; Reader (1979) obtiveram índices
43
ligeiramente baixos de diversidade para Heteroptera (Hemiptera) e Coleoptera em bosques e
campos em avançado estágio de regeneração, o que seria reflexo da grande mobilidade e
riqueza de espécies de insetos.
Além de Tingidae, as famílias mais abundantes de Hemiptera identificadas no estudo
foram aquelas que apresentam elevada diversidade específica e polifagia, caso de
Pentatomidae com mais de 450 espécies no Brasil (GRAZIA; FORTES; CAMPOS, 1999) e
cerca de 79 em Santa Catarina (L. A. Campos, dados não publicados), e Cicadellidae,
adaptados a explorar uma vasta gama de plantas hospedeiras (MARQUES, 2006). Uma das
maiores famílias de Hemiptera em termos de riqueza e abundância, Miridae, é considerada
pouco representativa no presente estudo, embora seja frequentemente relatada como uma das
famílias mais comumente coletada (CASSON; HODKINSON, 1991; PAULA; FERREIRA,
1998).
As famílias mais abundantes de Coleoptera registradas neste estudo, Coccinellidae,
Chrysomelidae e Curculionidae, estão entre as mais diversas e comuns desta ordem. Segundo
Ianuzzi et al. (2003) as duas últimas são frequentemente as mais abundantes em
levantamentos de fauna de coleópteros e representam as mais bem sucedidas da ordem,
apresentando grande variabilidade de formas e ampla distribuão geográfica. A elevada
abundância de Coccinellidae possivelmente está relacionada a ocorrência de cochonilhas
sobre a vegetação, porém devido à metodologia de coleta estas não foram registradas na
presente amostragem.
Neste estudo observou-se que hemípteros e coleópteros ocorreram principalmente
sobre cinco espécies vegetais, Lantana camara L., Duranta repens L., Hybiscus syriacus L.,
Caesalpinia pluviosa DC. e Ficus organensis Miq., destacando-se as duas primeiras. Marques
(2006) estudou L. camara e D. repens como plantas hospedeiras atrativas para conter a
invasão de cigarrinhas (Cicadellidae) sugadoras de xilema em pomares de laranjas, habitats
naturais e jardins. Estas espécies de plantas foram atrativas para duas importantes pragas,
Bucephalogonia xanthophis (Berg) e Oncometopia facialis (Signoret), as quais podem atuar
como vetores da clorose variegada dos citros (MENEGATTI et al., 2008).
A associação entre plantas e insetos é uma das interações ecológicas mais freqüentes
da natureza e atualmente essa relação tem importância crucial para o conhecimento
fundamental da biodiversidade terrestre (SCHOONHOVEN; JERMY; VAN LOON 1998;
PRADO; LEWINSOHN, 2004). A elevada correlação positiva encontrada entre o número de
espécies vegetais e a abundância de insetos pode ser devida à especialização e ao pequeno
44
tamanho destes organismos, onde cada espécie de árvore representa um hábitat diferente com
sua comunidade particular de insetos (HELDEN; LEATHER, 2004).
Entre as dez primeiras espécies vegetais neste trabalho com maior mero de
associações com insetos, quatro são espécies nativas. L. camara e D. repens foram as duas
espécies mais procuradas por insetos durante o período de amostragem; uma explicação
possível é a fenologia das espécies, com ocorrência de floração ao longo de todo o ano. Tal
disponibilidade alimentar pode facilitar a ocorrência de insetos visitantes distribuídos em
diferentes guildas aliementares. Segundo Root (1967) a guilda representa “um grupo de
espécies que explora a mesma classe de recursos ambientais e de modo semelhante”. Para
Marinoni (2001) essa definição não especifica o tipo de recurso disponível no ambiente a ser
utilizado na criação de uma guilda, podendo envolver diversas características ecológicas,
comportamentais, entre outras. Atividades produtivas podem fornecer estabelecimento da vida
de insetos e rotinas de atividades destinadas a garantir mais facilmente a sua subsistência,
desta forma secreções doces de plantas, folhas, caules, néctares das flores, bulbos, tubérculos,
raízes, cotilédones de grãos em germinação servem de alimento (ZMITROWICZ, 2001).
A diversidade de insetos em áreas urbanas está altamente relacionada com as
condições e recursos disponíveis para as fases de vida do inseto (SAMWAYS, 1994). A
fragmentação de paisagem natural via urbanização e outras atividades humanas é um
fenômeno mundial e a divisão contínua de habitats dentro de pequenas áreas remanescentes
mais isoladas resulta na perda do número de espécies (WATTS; LARIVIÈRE, 2004). Devido
à elevada fragmentação que caracteriza o ambiente urbano, a abundância de recursos vegetais
sofre grandes variações e a limitação na disponibilidade de habitats pode resultar em redução
na diversidade de insetos (SAMWAYS, 1994). O encontro de agregados de Tingidae sobre
uma única planta em uma das praças pode ter sido favorecido por estes fatores.
Viana e Pinheiro (1998) afirmam que fragmentos florestais não existem num vazio
humano, pelo contrário, eles apresentam uma profunda relação com a sociedade envolvente
havendo um histórico de perturbações, reduzindo a área dos remanescentes florestais e
afetando a biodiversidade animal e os serviços ecológicos dela resultante. Para os autores,
existe ainda uma grande lacuna desses resultados na formulação de estratégias para
conservação da biodiversidade em ecossistemas altamente fragmentados. Pacheco e
Vasconcelos (2007) destacam que, para manter a biodiversidade urbana residente em face do
aumento da população e expansão de cidades, o conhecimento ecológico deveria ser bem
integrado dentro do planejamento urbano.
45
6 CONCLUSÃO
A intervenção humana tem um efeito desestabilizador sobre os ecossistemas naturais,
perturbando seu equilíbrio dinâmico. Assim, devido ao alto impacto ambiental causado pela
urbanização seria esperado um pequeno número da diversidade na área urbana de Criciúma.
Porém, o presente estudo da fauna de insetos associada às praças e ao Fragmento Florestal
constatou que apesar de estarem localizados em centros urbanos e sobre pressão antrópica, é
possível ainda encontrar uma elevada biodiversidade de insetos. Os reflexos disso foram a
elevada abundância e riqueza de insetos nos locais amostrados. No fragmento coletou-se uma
nova espécie de Pentatomidae (Hemiptera), indicando que futuros trabalhos são necessários
para um diagnóstico mais preciso da diversidade de insetos na área urbana. Sugere-se, ainda,
estudos abordando as associações inseto-planta para entender melhor os padrões de
diversidade da comunidade de insetos em ambientes urbanos, devido a relevância deste grupo
em estudos sobre biodiversidade.
Tais estudos devem enfocar uso de plantas hospedeiras, a
observação do comportamento alimentar das espécies de insetos e a padronização do esforço
amostral visando um melhor registro da biodiversidade.
Através das análises de regressão linear das variáveis verificou-se que apenas a
riqueza de espécies de plantas apresentou correlação com a diversidade observada de
Hemiptera e Coleoptera. As demais, portanto, parecem não influenciar diretamente esta
parcela da comunidade de insetos. É possível que esta correlação positiva seja devida à
especialização, ao tamanho desses organismos e aos recursos encontrados por eles nesses
ambientes.
A conservação da biodiversidade urbana gera valores e conflitos de opinião, porém a
base deste trabalho apresenta resultados inéditos relacionados à urbanização e à arborização
relacionada a insetos urbanos. Dados obtidos por meio de pesquisa de representação social
com habitantes do entorno das praças (T. M. Gonçalves, dados não publicados) indicam que a
arborização para estas pessoas representa bem-estar, saúde, natureza, humanidade, cidadania
entre outros e está ligada a alguns elementos constitutivos como “vida”. Além disso, para os
entrevistados arborização significa também obter sombra, conforto, paisagem, alimento para
pássaros, vida sadia, respeito, políticas blicas e planejamento. Estes cidadãos sentem-se
bem no local onde moram, mas acham que poderia haver melhorias em seus bairros e que isso
deveria partir do órgão municipal, assim se a prefeitura arborizasse a cidade eles cuidariam
das árvores em frente a suas casas. Diante desses dados, percebe-se que há no imaginário da
46
população pesquisada uma positividade em relação a natureza e a arborização(informação
pessoal de T. M. Gonçalves).
Deste modo, o presente estudo indica que locais arborizados podem fornecer
sustentabilidade local para assembléias de insetos com grande potencial para incrementar a
diversidade biológica. Isto, atrelado a projetos futuros de arborização e planejamento urbano
visando à máxima manutenção da diversidade animal, poderá fornecer condições para
aumentar a riqueza de espécies em paisagens urbanas.
47
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WATTS, C. H.; LARIVIÈRE, Marie-Claude. The importance oh urban reserves for
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Conservation, v. 8, p. 47-58, 2004.
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10, p. 113-126, 2002.
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Ciências Agroveterinárias, v. 4, n. 1, p. 60-71, 2005.
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p.193-212, 2001.
53
APÊNDICES
54
APÊNDICE A. Abunncia de famílias de Hemiptera e Coleoptera sobre espécies vegetais na Praça do Congresso (CO) no período de julho de 2006 a junho de 2007,
Criciúma, Santa Catarina.
Hemiptera
Coleoptera
Espécie vegetal Nome popular
Cercopidae
Cicadelidae
Coreidae
Corimelaenidae
Largidae
Lygaeidae
Membracidae
Miridae
Pentatomidae
Reduvidae
Tingidae
Total
Anobiidae
Cerambycidae
Coccinelidae
Chrysomelidae
Cleridae
Cucujidae
Curculionidae
Elateridae
Endomychidae
Lagriidae
Lampyridae
Lathiridiidae
Meloidae
Ostomidae
Phalacridae
Scarabaeidae
Scolytidae
Scaphidiidae
Tenebrionidae
Total
Buxus sempervirens L. .. 0 1 1
Caesalpinia peltophoroides Benth. sibipiruna 0 10 10
Camellia japonica L. camélia 1 1 2 1 1 4
Chorisia speciosa St. Hill paineira 0 0
Clerodendron thomsonae Balf. lágrima-de-cristo 0 0
Duranta repens L. pingo-de-ouro 2 2 4 2 3 2 15 24 5 1 1 2 33
Eriobotria japonica (Thunb.) Lindl. nêspera; ameixeira 0 3 3
Ficus benjamina L. beringan 0 1 1
Ficus elastica Roxb. .. 0 1 1
Hybiscus syriacus L. hibisco 2 1 2 5 4 2 1 1 8
Lantana camara L. cambará-de-cheiro 8 1 1 3 14 2 7 36 9 1 3 1 14
Magnifera indica L. manga 1 1 4 4
Magnolia liliflora Desr. magnólia 1 1 1 1
Malvaviscus arboreus Cav. .. 1 1 8 8
Michelia champaca L. .. 1 1 4 4
Nerium oleander L. espirradeira 1 1 0
Total 62
92
55
APÊNDICE B. Abundância de famílias de Hemiptera e Coleoptera sobre espécies vegetais na Praça do Resistência Democrática (RD) no período de julho de 2006 a junho de
2007, Criciúma, Santa Catarina.
Hemiptera
Coleoptera
Nome científico Nome popular
Cercopidae
Cicadelidae
Coreidae
Corimelaenidae
Largidae
Lygaeidae
Menbracidae
Miridae
Pentatomidae
Reduvidae
Tingidae
Total
Anobiidae
Cerambycidae
Coccinelidae
Chrysomelidae
Cleridae
Cucujidae
Curculionidae
Elateridae
Endomychidae
lagriidae
Lampyridae
Lathirididae
Meloidae
Ostomidae
Phalacridae
Scarabaeidae
Scolytidae
Scaphidiidae
Tenebrionidae
Total
Bauhinia variegata L. .. 11 11 2 1 3
Caesalpinia peltophoroides Benth.
sibipiruna 1 2 1 11 15 1 1 2 1 5
Hybiscus syriacus L. hibisco 1 1 2 1 1 2
Lantana camara L. cambará-de-cheiro 4 1 4 8 1 144 162 3 3 1 7
Ligustrum lucidum W.T.Aitom ligustro 3 2 5 2 2
Senna macranthera (Collad.) .. 1 1 1 1
Tibouchina moricandiana Baill. .. 1 1 0
Total 197 20
56
APÊNDICE C. Abundância de famílias de Hemiptera e Coleoptera sobre espécies vegetais na Praça do Trabalhador (TRA) no período de julho de 2006 a junho de 2007,
Criciúma, Santa Catarina.
Hemiptera
Coleoptera
Nome científico Nome popular
Cercopidae
Cicadelidae
Coreidae
Corimelaenidae
Largidae
Lygaeidae
Membracidae
Miridae
Pentatomidae
Reduvidae
Tingidae
Total
Anobiidae
Cerambycidae
Coccinelidae
Chrysomelidae
Cleridae
Cucujidae
Curculionidae
Elateridae
Endomychidae
Lagriidae
Lampyridae
Lathirididae
Meloidae
Ostomidae
Phalacridae
Scarabaeidae
Scaphidiidae
Scolytidae
Tenebrionidae
Total
Bougainvillea glabra Choisy Hook. .. 3 3 3 3
Camellia japonica L. camélia 0 1 1
Chorisia speciosa St. Hill paineira 0 0
Duranta repens L. pingo-de-ouro 1 1 2 3 3
Ficus benjamina L. beringan 2 2 1 1 2
Ficus organensis Miq. .. 0 1 1
Lagerstroema indica L. .. 0 1 1
Lantana camara L. cambará-de-cheiro 1 2 3 8 2 13 29 5 5
Psidium guajava L. goiabeira 1 1 3 1 4
Schinus terebinthifolius Raddi .. 1 3 1 1 6 11 1 12
Senna macranthera (Collad.) .. 1 1 4 6 2 2
Senna sp. .. 0 1 1
Total 49 35
57
APÊNDICE D. Abunncia de famílias de Hemiptera e Coleoptera sobre espécies vegetais na Praça Pedro Beneton (PB) no período de julho de 2006 a junho de 2007,
Criciúma, Santa Catarina.
Hemiptera
Coleoptera
Nome científico Nome popular
Cercopidae
Cicadelidae
Coreidae
Corimelaenidae
Largidae
Lygaeidae
Membracidae
Miridae
Pentatomidae
Reduvidae
Tingidae
Total
Anobiidae
Cerambycidae
Coccinelidae
Chrysomelidae
Cleridae
Cucujidae
Curculionidae
Elateridae
Endomychidae
lagriidae
Lampyridae
Lathirididae
Meloidae
Ostomidae
Phalacridae
Scarabaeidae
Scolytidae
Scaphidiidae
Tenebrionidae
Total
Alchornea glandulosa Poepp. & Endl. .. 0 1 1
Camellia japonica L. camélia 0 1 1
Duranta repens L. pingo-de-ouro 2 3 1 6 47 2 6 1 56
Ficus benjamina L. beringan 0 1 1
Ficus organensis Miq. .. 0 5 5
Hybiscus syriacus L. hibisco 2 12 2 1 7 24 6 14 2 3 25
Inga marginata Willd. ingá-feijão 0 2 4 1 1 8
Magnifera indica L. manga 2 2 1 1
Melia azedarach L. cinamomo 0 1 1
Michelia champaca L. .. 1 1 0
Nerium oleander L. espirradeira 1 3 4 1 2 3
Schefflera arboricola (Hayata) Merr. .. 2 2 0
Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex DC.) Stand
ipê amarelo 0 2 2
Tabebuia heptaphyla Vell. Tol. ipê-roxo 0 1 1
Total 39 105
58
APÊNDICE E. Abundância de famílias de Hemiptera e Coleoptera sobre espécies vegetais na Praça da Chaminé (CH) no período de julho de 2006 a junho de 2007, Criciúma,
Santa Catarina.
Hemiptera
Coleoptera
Nome Científico Nome popular
Cercopidae
Cicadelidae
Coreidae
Corimelaenidae
Largidae
Lygaeidae
Membracidae
Miridae
Pentatomidae
Reduvidae
Tingidae
Total
Anobiidae
Cerambycidae
Coccinelidae
Chrysomelidae
Cleridae
Cucujidae
Curculionidae
Elateridae
Endomychidae
Lagriidae
Lampyridae
Lathirididae
Meloidae
Ostomidae
Phalacridae
Scarabaeidae
Scaphidiidae
Scolytidae
Tenebrionidae
Total
Bauhinia variegata L. beringan 4 1 2 7 3 3
Duranta repens L. pingo-de-ouro 1 1 1 2 1 6 34 1 2 1 1 39
Ficus benjamina L. .. 0 1 1
Lagerstroema indica L. .. 1 1 1 1
Ligustrum lucidum W. T. Aitom ligustro alfineiro 0 2 1 1 4
Magnolia liliflora Desr. magnólia 1 1 1 1 2
Total 15 50
59
APÊNDICE F. Abunncia de famílias de Hemiptera e Coleoptera sobre espécies vegetais na Praçario Diomário da Rosa (MDR) no período de julho de 2006 a junho de
2007, Criciúma, SC.
Hemiptera
Coleoptera
Nome científico Nome popular
Cercopidae
Cicadelidae
Coreidae
Corimelaenidae
Largidae
Lygaeidae
Membracidae
Miridae
Pentatomidae
Reduvidae
Tingidae
Total
Anobiidae
Cerambycidae
Coccinelidae
Chrysomelidae
Cleridae
Cucujidae
Curculionidae
Elateridae
Endomychidae
lagriidae
Lampyridae
Lathirididae
Meloidae
Ostomidae
Phalacridae
Scarabaeidae
Scolytidae
Scaphidiidae
Tenebrionidae
Total
Caesalpinia peltophoroides Benth. sibipiruna
1 1 2 1 1 2
Chorisia speciosa St. Hill paineira
1 1 1 1 2
Clerodendron thomsonae Balf. lágrima-de-cristo
0 1 1
Duranta repens L. pingo-de-ouro
1 2 2 1 1 7 10 1 1 3 15
Ficus organensis Miq. ..
1 1 1 3 3 1 4
Hybiscus syriacus L. hibisco
3 1 1 5 6 3 1 10
Ligustrum lucidum W. T. Aitom ligustro
0 1 1 1 3
Schinus terebinthifolius Raddi ..
0 4 1 5
Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex DC.) Stand
ipê amarelo
1 1 2 2
Tagetes patuta L. cravo-de-defunto
0 1 1 2
Tibouchina sp. ..
0 1 1 2
Total
19 48
60
APÊNDICE G. Abundância de famílias de Hemiptera e Coleoptera sobre espécies vegetais na Praça Esperandino Damiani (ED) no período de julho de 2006 a junho de 2007,
Criciúma, SC.
Hemiptera
Coleoptera
Nome científico Nome popular
Cercopidae
Cicadelidae
Coreidae
Corimelaenidae
Largidae
Lygaeidae
Membracidae
Miridae
Pentatomidae
Reduvidae
Tingidae
Total
Anobiidae
Cerambycidae
Coccinelidae
Chrysomelidae
Cleridae
Cucujidae
Curculionidae
Elateridae
Endomychidae
lagriidae
Lampyridae
Lathirididae
Meloidae
Ostomidae
Phalacridae
Scarabaeidae
Scolytidae
Scaphidiidae
Tenebrionidae
Total
Acalypha wilkesiana Miil.Arg. .. 3 1 1 5 1 1 1 3
Caesalpinia peltophoroides Benth. sibipiruna 0 1 1
Citrus sp. .. 1 1 4 1 2 7
Ficus benjamina L. beringan 0 1 1
Ficus organensis Miq. .. 2 2 10 2 1 3 16
Hydrangea macrophylla (Thunb.) Ser. hortência 1 1 0
Inga marginata Willd. ingá-feijão 1 1 1 1
Jacaranda mimosaefolia D.Don jacarandá mimoso
0 1 1
Ligustrum lucidum W. T. Aitom ligustro 1 1 1 1
Michelia champaca L. .. 1 1 1 2 3
Rhododendrum simsii Planch. azaléia 1 1 2 1 1
Schefflera arboricola (Hayata) Merr. .. 0 1 1
Sczygium cumini L. .. 1 1 4 2 2 1 9
Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex DC.) Stand ipê amarelo 0 6 6
Terminalia catappa L. nogueira-da-praia 0 1 1 2
Fabaceae sp. 0 2 2
Total 15 55
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