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Apêndice 05 – Página do Cadernão
“Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer. Devia ter arriscado
mais e até errado mais. Ter feito o que eu queria fazer. Queria ter aceitado, as coisas
como elas são. A cada um cabe a alegria e a dor que vier. O acaso vai nos proteger
enquanto eu andar distraído. Devia ter complicado menos, trabalhado menos, ter
visto o sol se pôr. Devia ter me importado menos, ter morrido de amor. Queria ter
aceitado, a vida como ela é.
A cada um cabe alegria e, a tristeza que vier.”
- Podereis indicar-me, por favor, onde tenho que ir, desde aqui?
- Isso depende de onde queres chegar, contesta o gato.
- Não me importa muito onde... Explica Alice.
- Neste caso, dá no mesmo aonde vais, interrompe o gato.
- Sempre que chegue a alguma parte, termina Alice explicando.
- Oh! Sempre chegaras a alguma parte se caminhas o suficiente, diz o gato.
(LEWIS CAROL)
Eu sei que devia, mas COMO?
1-Romper o círculo vicioso do ensinador: o professor ensina, o aluno aprende...
2-Manter-se atualizado, sem acessar livros, publicações recentes, revistas
especializadas, instrumentos e materiais de estudo...
3-Compartilhar saberes, sem freqüentar os Congressos, Fóruns, e Eventos da
área...
4-Participar de Grupos de Estudo, se quase não sobra tempo...
Como cheguei a docente no Ensino Superior?
“VOCÊ NÃO SABE O QUANTO EU CAMINHEI, PRA CHEGAR ATÉ AQUI”.
“Apesar dos espinhos do capitalismo e do círculo de agruras, todos os educadores
deveriam fazer um esforço no sentido de parar pra pensar. Pensar politicamente,
ultrapassando círculos restritos, indo a fundo nas causas reais da ignorância
opressão e alienação, fenômenos estes visivelmente presentes na sociedade
brasileira, em todos os níveis. Pensar incisivamente sobre seu cotidiano, sua prática,
pensar criticamente, começar a suar frio” (Moacir Gadotti).
Podemos sublinhar a prerrogativa de que o ensino, mais do que qualquer outra prática social
humana, tem a responsabilidade de garantir um atendimento indissociável, ao sujeito epistêmico-
afetivo que chamamos de educando. É nesse princípio fundante que se ancoram os estudos da
Pedagogia Vivencial.
Uma vez que se reconheça que a experiência afetiva é tanto
dependente da cognição inteligente como da intelecção consciente,
que ambos envolvem a percepção, o tomar ciência, de intuir e assim
por diante, então o pensamento e o sentimento não precisam ser
encarados como opostos, polares, mas como manifestações
diferentes de um processo psicológico único (Meyer, 2004, p.282).