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Fernando Carneiro Ribeiro
Avaliação da influência de diferentes materiais obturadores do
sistema de canais radiculares na suscetibilidade à fratura da raiz,
por meio do teste de compressão
Orientador:
Prof. Dr. Manoel D. Sousa Neto
Ribeirão Preto
2006
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Fernando Carneiro Ribeiro
Avaliação da influência de diferentes materiais obturadores do
sistema de canais radiculares na suscetibilidade à fratura da raiz,
por meio do teste de compressão
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em
Odontologia da Universidade de Ribeirão Preto como parte
dos requisitos para obtenção do título de Mestre em
Odontologia, sub-área Endodontia.
Orientador:
Prof. Dr. Manoel D. Sousa Neto
Ribeirão Preto
2006
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Ribeiro, Fernando Carneiro,
A779a Avaliação da influência de diferentes materiais obturadores
do sistema de canais radiculares na suscetibilidade à fratura
da raiz, por meio do teste de compressão / Fernando
Carneiro Ribeiro. - - Ribeirão Preto, 2006
74 + anexo.
Orientador: Prof. Dr Manoel D. Sousa Neto
Dissertação (mestrado) – Universidade de Ribeirão Preto,
UNAERP, Odontologia, área de concentração: Endodontia, 2006.
1. Odontologia. 2. Endodontia. 3. Canal Radicular. 4- Tratamento.
I. Título
CDD: 617.6342
Este trabalho foi realizado no Laboratório de Pesquisas em
Odontologia da Universidade de Ribeirão Preto.
“A LUA EM TODO LAGO BRILHA PORQUE ALTA VIVE.”
Fernando Pessoa
Dedicatória
Aos meus queridos pais, Ernesto Carneiro Ribeiro Neto (
in memorian
) e
Aurora Carneiro Ribeiro (
in memorian
), por terem me dado amor, carinho, exemplo,
estímulo, capacidade e coragem para que eu avançasse a mais este ponto da minha
jornada profissional.
Agradecimentos
Ao coordenador do curso de pós-graduação em Odontologia da UNAERP,
Prof. Dr. Manoel D. de Sousa Neto, exemplo de dedicação, trabalho e incentivo
na busca pelo aprimoramento como pessoa, professor e pesquisador.
Aos professores do curso de Pós-Graduação em Odontologia da
Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), Prof. Dr. Antonio Miranda da Cruz
Filho, Prof. Celso Bernardo de Souza Filho, Profª. Drª. Lisete Diniz
Casagrande, Prof. Dr. Luiz Pascoal Vansan, Profª. Drª. Neide Aparecida
de Souza Lehfeld, Prof. Renato Roperto, Prof. Dr. Ricardo Gariba Silva,
Profª. Drª. Rosemary Linhare R. Pietro, Profª. Drª. Yara Terezinha Correa
Silva Sousa, pelos ensinamentos transmitidos com amor, dedicação e
profissionalismo.
Ao Prof. Edson Alfredo, por seu apoio e atenção na realização da parte
experimental desta Dissertação.
À Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), pela recepção e acolhida
tão profissional quanto calorosa, fornecendo toda a estrutura necessária para que
eu concluísse o curso com êxito. Ressalto o carinho e atenção de seus
funcionários e prestadores de serviços (LIAPE, Clínica Odontológica, xerox,
cantina, fornecedores de materiais odontológicos).
Aos colegas de turma de mestrado, Alessandro Rogério Giovani,
Alexandra Gonçalves, André Marcussi Lara, Charles Stefani Moreira
Alencar, Fábio Henrique Pasqualin, Gisele Aihara Haragushiku, João
Gonçalves Júnior, José Estevam Vieira Ozório, Larissa Lustosa Lima Dias,
Marcos Arantes Marino, Priscila de Oliveira da Silva, Sylvia Maria Bin
Nomelini e Volmir Fornari, pelos momentos alegres e ajuda mútua. Espero que
nos encontremos ainda por muitas vezes, apesar da distância e atribulações.
Em especial, ao colega e amigo José Estevam Vieira Ozório, por ter me
auxiliado de forma prestimosa com o sacrifício do seu valioso tempo.
Aos amigos, que preenchem minha vida com alegria solidariedade
À minha família, com todos os seus membros, pelo apoio, incentivo e por
ser meu porto seguro.
A Deus, que me dá força para lutar por meio da fé e a Quem só tenho a
agradecer por tudo que tenho e me tem acontecido até então.
Sumário
RESUMO
SUMMARY
INTRODUÇÃO................................................................................... 01
REVISTA DA LITERATURA................................................................ 05
PROPOSIÇÃO.................................................................................... 33
MATERIAL E MÉTODOS..................................................................... 35
RESULTADOS.................................................................................... 45
DISCUSSÃO...................................................................................... 54
CONCLUSÃO..................................................................................... 62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................... 64
ANEXO
Resumo
Resumo
O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência de materiais obturadores do
sistema de canais radiculares na resistência à fratura de raízes de dentes humanos.
Setenta e dois incisivos inferiores foram seccionados transversalmente, abaixo do limite
amelocementário, para obtenção de raízes com 12 mm. Os canais radiculares foram
preparados com sistema Profile, com diâmetro cirúrgico correspondente ao instrumento
40.06 e terços cervical e médio instrumentados com instrumento 70.12 do sistema GT.
A obturação dos canais radiculares foi realizada pela técnica da condensação lateral com
os seguintes materiais: GI. Sem obturação (controle); GII. Endofill + guta-percha; GIII.
Sealer 26 + guta-percha; GIV. AH Plus + guta-percha; GV. Epiphany + guta-percha;
GVI. Epiphany + Resilon. Após o endurecimento dos cimentos, um desgaste de 2 mm
foi realizado na porção lingual das raízes com broca cilíndrica diamantada, resultando
em secção em forma de “L”. Em seguida, as raízes foram incluídas em matriz metálica
com resina acrílica. Os corpos-de-prova foram submetidos ao ensaio de compressão
para fratura em Máquina Universal de Ensaios com dispositivo fixo que permitiu a
aplicação da carga com inclinação de 45º em relação ao longo eixo da raiz, na
velocidade de 1 mm/min. A análise de variância evidenciou que não houve diferença
estatisticamente significante (p>0,05) entre GI (162,16 ± 41,40), GII (168,46 ± 37,56),
GIII (164,83 ± 37,75), GIV (168,29 ± 38,70), GV (172,35 ± 20,59) e GVI (193,10 ±
42,83). Verificou-se que os materiais obturadores testados, bem como as suas
associações, não aumentaram a resistência à fratura de raízes tratadas
endodonticamente.
Summary
Summary
This study evaluated the influence of different endodontic sealers on dental root fracture
susceptibility using the compression test. Seventy-two inferior incisives were
transversally sectioned below the cementoenamel junction to obtain roots of 12 mm
length. Root canals were prepared with the Profile System. The surgical diameter
corresponded to the 40.06 instrument. The cervical and medium thirds were prepared
with the 70.12 instrument of the GT System. The root canals obturation was performed
by the lateral condensation technique with the following materials: GI- without
obturation (control); GII- Endofill + gutta-percha; GIII- Sealer 26 + gutta-percha; GIV-
AH Plus + gutta-percha; GV- Epiphany + gutta-percha; GVI- Epiphany + Resilon. After
the sealers setting time, a 2-mm transversal wear was performed in the lingual portion
of each root using cylindrical burs, and sequentially they were included in metallic rings
with acrylic resin. The especimens were submitted to the compression test using a
Universal Testing Machine with a 45º inclination load at 1mm/min. The ANOVA test
showed no statistical difference (
p
>0,05) among GI (162,16 ± 41,40), GII (168,46 ±
37,56), GIII (164,83 ± 37,75), GIV (168,29 ± 38,70), GV (172,35 ± 20,59) e GVI
(193,10 ± 42,83). The solid materials (Gutta-percha or Resilon) combined with the
endodontic sealers were not able to increase the root fracture resistance in canals
submitted to the biomechanical preparation.
Introdução
Introdução
2
Dentes tratados endodonticamente são considerados mais suscetíveis à fratura
vertical que dentes com vitalidade pulpar (TROPE; RAY, 1992). Esse tipo de fratura
apresenta um prognóstico desfavorável resultando, na maioria dos casos, na perda do
elemento dental (MEISTER et al., 1980).
As causas associadas a maior suscetibilidade da raiz à fratura vertical podem
resultar de procedimentos endodônticos como remoção de estrutura dental durante a
instrumentação (ZANDBIGLARI et al., 2006) e preparo para contenção intra-radicular
(SIRIMAI et al, 1999), utilização do hipoclorito de sódio (SIM et al., 2001), desidratação
da dentina (HELFER et al., 1972), medicação intra-canal por mais de trinta dias
(ANDREASEN et al., 2002; DOYON et al., 2005), excesso de pressão exercida durante a
condensação lateral durante a obturação do canal radicular (MEISTER et al., 1980;
BENDER; FREELAND, 1983).
No que diz respeito à instrumentação do canal radicular, instrumentos têm sido
desenvolvidos com maior conicidade e, conseqüentemente, apresentam maior
capacidade de remoção de dentina, característica que pode influenciar negativamente
na resistência de raízes (ZANDBIGLARI et al., 2006).
Considerando-se que o tratamento endodôntico é necessário e que esses
procedimentos são importantes para o sucesso da terapia, seria vantajoso que a
obturação do canal radicular, além do selamento adequado, pudesse minimizar a
suscetibilidade da raiz à fratura.
Para que a obturação do canal radicular possa aumentar a resistência da raiz é
necessária a utilização de um material que possa se unir à estrutura dentinária radicular
Introdução
3
(ZANDBIGLARI et al., 2006). A partir do desenvolvimento dos cimentos com capacidade
adesiva, à base de ionômero de vidro e de resina epóxica, pesquisas foram realizadas a
fim de verificar a sua capacidade de reforçar as raízes tratadas endodonticamente,
entretanto, os resultados obtidos são controversos. Enquanto TROPE; RAY (1992)
observaram maior resistência à fratura em dentes obturados com cimento à base de
ionômero de vidro, APICELLA et al. (1999) não verificaram diferença entre este cimento
e dentes não obturados. COBANKARA et al. (2002) observaram resultados semelhantes
entre os cimentos de iônomero de vidro e resina epóxica, por outro lado,
LERTCHRAKARN et al. (2002) verificaram que o cimento à base de ionômero de vidro foi
mais efetivo que o cimento à base resina epóxica no reforço de raízes tratadas
endodonticamente.
Avanços na tecnologia adesiva alimentam o desejo de reduzir a infiltração
marginal apical e coronária (TAY et al., 2005) e possibilitar reforço da raiz tratada
endodonticamente (TEIXEIRA et al., 2004) por meio da união do material obturador às
paredes dos canais radiculares. Para cumprir este objetivo, um cimento resinoso de
metacrilato foi desenvolvido juntamente com um
primer
auto-condicionante.
O cimento Epiphany (Pentron Clinical Technologies, Wallingford, CT, USA) é um
compósito à base de resina de metacrilato de polimerização dual, que possui em sua
composição partículas de carga como hidróxido de cálcio, sulfato de bário, vidro de
bário e sílica (VERSIANI et al., 2006).
Este cimento é utilizado com um material sólido denominado Resilon (Resilon
Research LLC, Madison, CT, USA), composto por polímeros de poliéster sintéticos
Introdução
4
termoplastificáveis, similar à guta-percha. A associação do cimento Epiphany com o
Resilon forma um monobloco que se adere às paredes da dentina (SHIPPER et al.,
2004, EZZIE et al., 2006; OLIVEIRA et al., 2006; MALTEZOS et al., 2006; VERSIANI et
al., 2006; SOUSA et al., 2006). SHIPPER; TROPE (2004) sugeriram que este monobloco
seria desejável para a completa obturação do canal por permitir menor infiltração
marginal cervical em caso de perda ou fratura do selamento coronário provisório.
Estudos
in vitro
(SHIPPER et al., 2004) e
in vivo
(SHIPPER et al., 2005) têm
demonstrado boa resistência do monobloco à penetração bacteriana.
Diante da expectativa de melhor desempenho do material obturador dos canais
radiculares, a partir do aprimoramento do sistema adesivo e da formação do
monobloco, TEIXEIRA et al. (2004) verificaram aumento da resistência à fratura de
dentes cujos canais foram obturados com o sistema Epiphany.
Diante das divergências apontadas na literatura em relação à possibilidade de
reforço de raízes tratadas endodonticamente por meio da obturação e da promessa de
melhores resultados com a utilização do cimento de metacrilato novas pesquisas devem
ser realizadas.
Revista da Literatura
Revista da Literatura
6
PRINZ (1912), quando preconizou a utilização de parafina para obturação de
canais radiculares, enumerou as características desejáveis que um material obturador
deveria ter, entre elas, não ser putrefativa, ser estéril, selar hermeticamente o canal
radicular e apresentar radiopacidade.
GROSSMAN (1958), relatando a ocorrência de escurecimento coronário
provocado por cimento endodôntico contendo prata, introduziu cimento à base de óxido
de zinco/eugenol sem aquele elemento, assim como também destacou algumas de suas
propriedades como ser de fácil manipulação, possuir plasticidade, adesividade e
radiopacidade.
CURSON; KIRK (1968) avaliaram a influência da adesão dos cimentos
endodônticos na retenção de núcleos cimentados em incisivos superiores. Os cimentos
utilizados foram à base de óxido de zinco/eugenol (comum, de presa rápida e
fortificado), cimento de Grossman, Rickert, Diaket, Tubliseal e AH 26. Os dentes ficaram
armazenados em água destilada e os núcleos foram tracionados com tensiômetro em
intervalos de 24 horas, 48 horas, 7 dias, 16 dias e 30 dias. Os resultados mostraram que
a resistência dos cimentos à base óxido de zinco/eugenol (fortificado), Diaket e AH 26
diminuiu com o tempo e que, entre os que mantiveram a força de tração, o melhor
desempenho foi do cimento à base de óxido de zinco/eugenol comum. Os autores
ressaltaram a importância da adesão dos cimentos endodônticos às paredes do canal no
sentido de evitar deslocamento do material obturador durante preparo de espaço para
núcleo e que a contração pode interferir negativamente nesta propriedade.
GROSSMAN (1976) estudou algumas propriedades físicas dos cimentos
Revista da Literatura
7
obturadores de canais radiculares, dentre elas a adesividade. Os materiais testados
foram: AH 26, Diaket, Kerr Sealer, Mynol, N2, N2 no-lead, Procosol, RC2B, Roth 801,
Roth 811, Tubliseal e cimento de óxido de zinco/eugenol. Os resultados demonstraram
que quanto menor o tamanho das partículas, mais fácil é a manipulação do cimento,
tornando a mistura mais suave e com melhor escoamento. Todos os cimentos
apresentaram evidências de contração quando expostos à temperatura ambiente por 5
a 7 dias. A adesividade foi avaliada por meio de balança onde a tração foi exercida com
incrementos de pesos de 100 gramas e a força transmitida por sistema de correntes. Os
cimentos AH 26 e Diaket, que são resinosos, apresentaram maior adesão que os
cimentos à base de óxido de zinco/eugenol que constituiu o grupo de pior desempenho.
McCOMB; SMITH (1976) avaliaram
in vitro
algumas propriedades físicas de
alguns cimentos obturadores de canais radiculares (KERR antiseptic pulp canal sealer,
Tubliseal, Procosol nonstaining, Procosol Silver, PCA, Roth 801, Roth 511, Diaket e AH
26) e as compararam com as propriedades de dois cimentos endodônticos
especialmente preparados, com fórmulas à base de policarboxilato (5TD e 5TDR). As
propriedades estudadas foram: escoamento, tempo de endurecimento, radiopacidade,
adesão à dentina radicular, resistência à compressão e solubilidade. Os cimentos à base
de óxido de zinco/eugenol não apresentaram adesão à dentina, o mesmo ocorrendo
com os cimentos à base de na polivinílica; os à base de resina epóxica apresentaram
adesão superior, e os cimentos à base de policarboxilato aderiram duas vezes mais à
dentina que o AH 26. Os autores salientaram que quanto maior a quantidade de
resíduos orgânicos e inorgânicos no interior do canal radicular, menor a adesão dos
Revista da Literatura
8
cimentos às paredes dentinárias.
Em revisão de literatura, BRANSTETTER; FRAUNHOFER (1982) evidenciaram as
propriedades e capacidade de selamento dos cimentos endodônticos. No trabalho, os
autores enumeraram 11 características desejáveis, dentre elas, a de possuir boa adesão
às paredes do canal radicular.
RSTAVIK et al. (1983) pesquisaram a adesividade à dentina e à guta-percha e a
infiltração, com teste de penetração de corante, dos cimentos endodônticos AH 26,
Procosol, Forfénan, Diaket, Kloroperka N-, Endométhasone, N2 Normal e De Trey Zinc.
O substrato de dentina foi obtido de superfícies coronárias de molares preparadas com
lixa 600 e a base de guta-percha foi confeccionada em moldes cilíndricos com 4 mm de
diâmetro interno. A Máquina Universal de Ensaios exerceu tração à velocidade de 1
mm/min e a força de ruptura foi registrada em Newtons (N) para cálculo de
transformação dos resultados em MN/m
2
. O AH 26 apresentou os maiores valores de
adesão tanto à dentina quanto à guta-percha, enquanto o N2 Normal e Procosol
apresentaram os menores valores de infiltração, o que levou os autores a concluírem
que não existia correlação entre força de adesão e valores de infiltração.
A partir de 1983, a
American Dental Association
estabeleceu normas e testes
para avaliação de materiais obturadores endodônticos na Especificação 57, porém o
teste de adesividade não foi incluído pela inexistência de consenso quanto ao melhor
método de análise dessa propriedade.
HOLCOMB et al. (1987) investigaram a carga necessária para provocar fratura
vertical em 60 dentes incisivos inferiores tratados endodonticamente. Os canais foram
Revista da Literatura
9
instrumentados e obturados pela técnica da condensação lateral onde o espaçador foi
acoplado a Máquina Universal de Ensaios e utilizado até que ocorresse a fratura da raiz.
Os autores observaram fratura nos sentidos mesio-distal ou vestíbulo-lingual da raiz
com 1,5 Kg de força, o menor valor registrado durante o teste.
JEFFREY; SAUNDERS (1987) verificaram a possibilidade de embricação mecânico
e a existência de união química entre o cimento Tubliseal e a superfície da guta-percha
que poderia ter sofrido alteração na sua composição após o tratamento da superfície.
Para isso, cones de guta-percha e cones de prata foram submetidos a jato de partículas
de 250 µm para aumento da rugosidade superficial. Um aparato especialmente
desenvolvido permitiu inserção dos cones em posição vertical no cimento endodôntico e,
decorrido o tempo de presa, Máquina de Universal de Ensaios tracionou o conjunto à
velocidade de 0,5 mm/min com a força registrada em Newton. Houve diferença
significante no grupo da guta-percha com maiores valores (5,78 N) para as que
apresentavam superfície áspera, enquanto entre os grupos de cone de prata não houve
diferença significante.
WENNBERG; RSTAVIK (1990) estudaram a adesividade à dentina e à guta-
percha dos cimentos AH 26, CRCS, Diaket, clorofórmio-resina, Kloroperka, ProcoSol,
Sealapex e Tubliseal. Cilindros de dentina de dentes de bovinos e guta-percha com 3,7
mm de diâmetro foram unidos pelos cimentos e armazenados por 24 horas. Máquina
Universal de Ensaios foi utilizada para aplicar a força de ruptura à velocidade de 1
mm/min. O melhor resultado de adesão foi apresentado pelo AH 26, enquanto o
Sealapex apresentou os piores resultados. Os cimentos CRCS, Kloroperka, Procosol,
Revista da Literatura
10
clorofórmio-resina e Sealapex apresentaram falha de coesão ao serem submetidos à
análise das superfícies fraturadas. O tratamento prévio da dentina com EDTA causou
aumento significativo na adesão do Procosol, clorofórmio-resina, Sealapex e Tubliseal.
GETTLEMAN et al. (1991) verificaram o desempenho dos cimentos endodônticos
AH 26, Sultan e Sealapex em relação à adesividade à dentina, com e sem a camada de
smear
,
por meio de teste de tração em Máquina Universal de Ensaios. Os resultados
demonstraram diferenças estatísticas significantes entre os cimentos sendo que o de
maior força de adesão foi o AH 26 e o pior resultado foi observado com o Sealapex.
Apenas o AH 26 teve adesão aumentada na ausência da camada de
smear
. A análise de
superfície revelou fratura adesiva nos grupos com camada de
smear
e coesiva em 25%
do grupo AH 26 sem camada de
smear
.
SAUNDERS et al. (1992) realizaram o preparo biomecânico, com remoção da
camada de
smear
, e obturação de incisivos humanos com cimento obturador à base de
ionômero de vidro (Vitrebond). A adesão do cimento à guta-percha foi avaliada por
técnica de ruptura por tração em Máquina Universal de Ensaios à velocidade de 5,0
mm/min sobre cone de guta-percha #80 inserido no cimento. Os autores comprovaram
que o Vitrebond apresentou boa adesividade à guta-percha, porém a adesividade à
parede do canal radicular não foi avaliada.
SORNKUL; STANNARD (1992) avaliaram a resistência à fratura de dentes pré-
molares inferiores obturados e restaurados com diferentes materiais em comparação a
dentes que não foram submetidos a nenhum tratamento. A força para provocar a
fratura foi aplicada em duas direções, ou seja, em ângulo de 45º e paralela em relação
Revista da Literatura
11
ao longo eixo do dente com Máquina Universal de Ensaios à velocidade de 0,5 mm/min.
As raízes não tratadas endodonticamente apresentaram maior resistência à fratura.
OKSAN et al. (1993) pesquisaram a influência da camada de
smear
na
penetração de quatro cimentos endodônticos (Diaket, N2 Universal, SPAD e Forfenan)
nos túbulos dentinários. A presença da camada de
smear
impediu a penetração dos
cimentos nos túbulos dentinários, enquanto sua remoção com EDTA e hipoclorito de
sódio permitiu a penetração em maior profundidade do Diaket, N2 e SPAD. O Forfenan
apresentou o menor nível de penetração.
FIDEL et al. (1994) avaliaram a adesividade de alguns cimentos à base de
hidróxido de cálcio (Sealer 26, Sealapex, Apexit e CRCS) à dentina com e sem
condicionamento pelo EDTA. O estudo consistiu na colocação de cilindros de alumínio
sobre dentina oclusal de molares que foram posteriormente preenchidos com os
cimentos. Após o tempo de endurecimento, foi utilizado dispositivo de tração com força
aumentada por incremento de massa. O Sealapex e Apexit apresentaram os menores
valores de adesividade. A aplicação do EDTA sobre a dentina aumentou a adesão dos
cimentos à superfície com exceção do Sealapex.
SOUSA-NETO (1994) estudou o efeito da adição de óleos vegetais ao eugenol
sobre algumas propriedades físicas do cimento tipo Grossman, dentre as quais a
capacidade de adesão do cimento à dentina. O autor observou que a adição de óleos
vegetais ao eugenol reduziu a capacidade de adesão e que, quanto maior a relação pó-
líquido, maior era a adesividade à dentina.
WEIGER et al. (1995) verificaram a capacidade de adesão do cimento à base de
Revista da Literatura
12
ionômero de vidro (Keta-Cem), após o tratamento das paredes dentinárias com diversas
soluções: EDTA 20% seguido de irrigação com NaOCl 1%, ácido fosfórico 37%, ácido
cítrico 6%, ácido nítrico 2,5%, ácido poliacrílico 10% e 20%, e NaOCl 0,9% como
controle. O método utilizado avaliou a força de adesão, nos sentidos longitudinal e
tangencial, em cilindros de dentina obtidos das paredes dos canais instrumentados. Os
autores concluíram que o condicionamento da dentina com EDTA e irrigação final com
NaOCl seria recomendado para aumentar a adesão do cimento de ionômero de vidro às
paredes do canal radicular.
SILVA et al. (1997) submeteram os cimentos Fillcanal, N-Rickert, Endométhasone
e Endométhasone Ivory ao teste de adesão, com e sem a camada de
smear
. A
superfície dentinária foi obtida com o desgaste da oclusal de 40 molares sobre a qual
cilindros de alumínio foram fixados, preenchidos pelos cimentos a serem testados e
tracionados por máquina que aplicava a força proporcional a incrementos graduais de
massa. A força necessária para que ocorresse a separação do conjunto foi expressa em
quilogramas e a tensão de tração em Mega-Pascal. A ordem decrescente de adesão foi
Fillcanal, N-Rickert, Endométhasone e Endométhasone Ivory, sendo que não houve
diferença significante de adesividade entre os grupos, com e sem condicionamento
ácido. A exceção foi o Endométhasone que teve sua adesividade aumentada.
MANNOCCI et al. (1998) observaram por meio de Microscopia Eletrônica de
Varredura (MEV) a interface guta-percha/resina/dentina em canais obturados com AH
26 e agente de união de dentina (All Bond 2). Os resultados mostraram a presença de
resina no interior dos túbulos dentinários e presença de camada híbrida, assim como
Revista da Literatura
13
uma boa interação na interface resina/guta-percha, além dos autores considerarem a
possibilidade de união micromecânica entre ambos os materiais.
APICELLA et al. (1999) analisaram a influência da obturação dos canais
radiculares na resistência à fratura de raízes de incisivos, caninos e pré-molares
obturados pela condensação lateral e cone único com os cimentos Roth´s 801 e Ketac-
Endo. Os dentes foram inseridos verticalmente em base de acrílico com 9 mm de porção
coronária exposta. A Máquina Universal de Ensaios foi utilizada para exercer força (N)
em direção ao longo eixo da raiz à velocidade de 1 mm/min, até que ocorresse a
fratura. Os autores concluíram que o Ketac-Endo e o Roth’s 801 não aumentaram a
resistência à fratura das raízes, não havendo diferença estatística significante entre eles.
LALH et al. (1999), por meio de teste de cisalhamento, avaliaram a adesividade à
dentina dos seguintes cimentos obturadores de canais radiculares à base de ionômero
de vidro: Ketac-Endo, KT-308 (cimento experimental) e ZUT (combinação do KT-308 e
um agente antimicrobiano). Noventa incisivos bovinos foram selecionados e tiveram
suas coroas desgastadas até a exposição da dentina. Estes dentes foram divididos em
três grupos, para receberem diferentes condicionamentos da superfície dentinária
exposta: tratamento com água destilada, tratamento com NaOCl 2,6% e tratamento
com solução de EDTA 17%, seguido da irrigação com NaOCl 2,6%. Os resultados do
teste de cisalhamento demonstraram que os cimentos experimentais KT-308 e ZUT
aderiram melhor à dentina que o cimento Ketac-Endo, e que a adesão de todos os três
cimentos endodônticos testados foi superior na presença da camada de
smear
.
MENDONÇA et al. (2000) pesquisaram a influência do envelhecimento do eugenol
Revista da Literatura
14
sobre as propriedades de escoamento, tempo de presa e adesão do cimento de
Grossman. O envelhecimento do eugenol foi realizado pela exposição do líquido à luz e
temperatura ambiente por períodos de 30, 60, 90, 120, 150 e 180 dias. O teste de
adesão foi executado por meio de tração em cilindros de alumínio (10 mm X 6 mm)
preenchidos com os cimentos e fixados sobre a oclusal de molares cujo esmalte foi
removido. O conjunto foi tracionado em Máquina Universal de Ensaios acoplada aos
cilindros por meio de uma alça. Os autores, concluíram que o eugenol envelhecido
aumentou a fluidez do cimento após 120 dias e que o tempo de presa e a adesão
diminuíram.
CHUNG et al. (2001) analisaram adesão de cimentos à base de ionômero de vidro
à dentina radicular condicionada por diferentes medicações intracanal. Cento e vinte
incisivos bovinos foram irrigados com hipoclorito de sódio por 30 segundos e secos. Os
espécimes foram divididos em 4 grupos (n=30) de acordo medicações intracanais: G1.
pasta de hidróxido de cálcio, G2. solução de clorexidina a 0,12%, G3. formocresol ou
G4. água destilada. Os espécimes foram mantidos nessas medicações por 7 dias. Após
esse período, os grupos foram divididos em 3 subgrupos (n=10) de acordo com o
cimento empregado: Ketac-Endo, KT-308 (cimento experimental) e ZUT (KT-308 +
prata). Após 48 h, os espécimes foram submetidos ao teste de cisalhamento na Máquina
Universal de Ensaios (1 mm/min). Os resultados demonstraram que o Ketac-Endo
demonstrou menores valores de resistência ao cisalhamento quando comparado aos
demais cimentos (p<0,05). Com relação às diferentes medicações intracanal, os autores
verificaram que o ZUT não apresentou diferença estatisticamente significante entre as
Revista da Literatura
15
soluções; o KT-308 apresentou os menores de adesão para a clorexidina e água; e o
Ketac-Endo proporcionou menores valores para o hidróxido de cálcio, formocresol e
água. Concluiu-se que as diferentes medicações intracanal influenciaram na adesão dos
cimentos de ionômero de vidro à dentina radicular.
PÉCORA et al. (2001) estudaram o efeito do EDTAC e do
laser
Er:YAG sobre a
adesão de cimentos endodônticos à base de resina epóxica (AH Plus, Topseal, AH 26,
Sealer 26 e Sealer Plus) na dentina humana de 99 molares que foram divididos em 3
grupos: G1. dentina sem tratamento; G2. dentina tratada com EDTAC por 5 minutos, e
G3. dentina irradiada com
laser
Er:YAG por 1 minuto (4 Hz, 200 mJ). Os diferentes
tratamentos da dentina demonstraram resultados com diferença significante, com
maiores valores para a dentina irradiada. A aplicação de EDTAC obteve valores
intermediários. O método utilizado neste estudo permitiu concluir que a aplicação de
laser
Er:YAG e EDTAC à dentina aumentou a adesão dos cimentos endodônticos, sendo
que o AH Plus apresentou o melhor resultado.
TIMPAWAT et al. (2001) realizaram um estudo para determinar a força de adesão
de diferentes cimentos à base de ionômero de vidro (Ketac-Endo, Espe, Seefeld,
Germany) nas paredes do canal radicular, depois de pré-ratamento com diferentes
condicionadores ácidos de superfície, usados em dentística restauradora, comparados
com EDTA, que é o irrigante endodôntico padrão para remover a camada de
smear
da
parede do canal. Os resultados desse estudo sugeriram que os ácidos cítrico ou
fosfórico deveriam ser considerados uma alternativa ao EDTA para a rotina da remoção
da camada de
smear
.
Revista da Literatura
16
COBANKARA et al. (2002) avaliaram a influência dos cimentos Ketac-Endo, AH 26
e da camada de
smear
na capacidade de alterar a resistência à fratura de raízes. Para
isso, 72 raízes de caninos superiores foram incluídas em acrílico com 15º de inclinação
em relação à base para que, durante a aplicação da força com Máquina Universal de
Ensaios, ocorresse simulação da posição de oclusão dos dentes anteriores na cavidade
bucal. Não houve diferença entre o AH 26 e Ketac-Endo, assim como a camada de
smear
não influenciou na resistência à fratura. As raízes obturadas apresentaram mais
resistência em comparação às não obturadas.
LERTCHIRAKARN et al. (2002) avaliaram a resistência de raízes de incisivos
obturadas com AH Plus, Tubliseal e Ketac-Endo. A metodologia consistiu na colocação
da camada de silicone em torno das raízes simulando o periodonto e, posteriormente,
na aplicação da força exercida pela Máquina Universal de Ensaios no sentido do longo
eixo do dente. Os autores observaram que o AH Plus e Tubliseal não aumentaram a
resistência das raízes, e que as obturadas com Ketac-Endo apresentaram resistência
semelhante às raízes não submetidas ao preparo biomecânico.
LEE et al. (2002) em estudo,
in vitro
, compararam quatro tipos de cimentos
endodônticos (Kerr, à base de óxido de zinco e eugenol; Sealapex, à base de hidróxido
de cálcio; AH26, à base de resina epóxi; Ketac-Endo, à base de ionômero de vidro)
quanto a adesão à dentina e à guta-percha. Cilindros de alumínio (5 mm de diâmetro)
foram posicionados, com auxílio de cera, sobre superfícies planas de dentina coronária e
de guta percha e preenchidos com um dos cimentos estudados. Após o tempo de
endurecimento, suas resistências à tração foram mensuradas. Os cimentos
Revista da Literatura
17
endodônticos apresentam a seguinte ordem crescente de adesão à dentina:
Kerr<Sealapex<Ketac-Endo<AH26, enquanto que a adesão à guta-percha ocorreu da
seguinte forma: Ketac-Endo<Sealapex<Kerr<AH26.
SOUSA-NETO et al. (2002a) estudaram o efeito do laser Er:YAG na superfície
dentinária sobre a adesividade aos cimentos endodônticos Grossman, N-Rickert,
Endomethazone e Sealer 26. Quarenta molares humanos tiveram as coroas cortadas
para exposição de dentina e anéis de alumínio (10 mm x 6 mm) foram preenchidos com
os cimentos testados sobre essas superfícies, para a realização do teste na Máquina
Universal de Ensaios Instron 4444. Os dentes foram divididos em dois grupos: G1 sem
aplicação de laser e G2 com laser Er:YAG (Kavo Key Laser 2; 11mm de distância focal,
perpendicular à superfície, freqüência de 4 Hz, 200 mJ de energia, 62 J de energia total
e 313 pulsos, tempo de aplicação de 1 minuto e 2,25W de potência). O cimento Sealer
26 mostrou a melhor adesão com e sem aplicação do laser; enquanto que Grossman e
N-Rickert apresentaram valores intermediários e o Endomethazone apresentou o pior
resultado. A aplicação do laser não alterou a adesividade dos cimentos à base de OZE,
entretanto, aumentou à do Sealer 26.
SOUSA-NETO et al. (2002b) avaliaram,
in vitro,
o efeito da aplicação das soluções
quelantes EDTA, EGTA, e CDTA sobre a dentina humana na adesividade e infiltração
apical dos seguintes cimentos obturadores dos canais radiculares: Sealer 26, Sealapex,
N-Rickert, e Endofill. Além disso, observaram a possível existência de correlação
matemática entre os testes de adesividade e infiltração marginal apical. Foram utilizados
80 molares superiores e inferiores para o teste de adesividade, que tiveram suas coroas
Revista da Literatura
18
desgastadas na face oclusal até a obtenção de uma superfície de dentina plana, onde o
cimento era depositado com auxílio de um cilindro de alumínio (10 mm x 6 mm). O
teste de adesividade foi realizado através da Máquina Universal de Ensaio Instron 4444.
O teste de infiltração marginal apical utilizou 160 caninos superiores que, após a
instrumentação e obturação dos canais radiculares, foram submetidos ao processo de
diafanização para a visualização do nível de infiltração marginal apical. A penetração do
nanquim na região apical foi medida atras do microscópio de mensuração. Os dentes
foram divididos em 4 grupos: grupo 1, água destilada; grupo 2, EDTA, grupo 3, EGTA;
grupo 4, CDTA. Os resultados evidenciaram diferença significante (p<0.01) entre os
cimentos e soluções testadas e não evidenciaram correlação matemática entre os testes
de adesividade e infiltração marginal. O cimento Sealer 26 e a solução de EDTA
apresentaram os melhores resultados para os testes de adesividade e infiltração
marginal apical.
TAGGER et al. (2002) tiveram como objetivo desenvolver um método efetivo e
facilmente reprodutível para avaliar a adesividade dos cimentos endodônticos. Para
tanto, realizou-se um corte de 2 mm na coroa de terceiros molares extraídos de modo a
expor a dentina para que esta servisse de superfície de teste. Os dentes foram fixados
em anéis de acrílico e sobre a superfície de dentina colocou-se tubos de polietileno de 5
mm que foram preenchidos com o cimentos a serem testados. Um anel ligado a estes
tubos permitia que estes fossem tracionados pela Máquina Universal de Ensaios (Instron
4444) após o endurecimento do cimento a uma velocidade constante de 0.5 mm/min.
Os autores concluem que este método é adequado para avaliar a adesividade
in vitro
Revista da Literatura
19
dos cimentos endodônticos.
GOGOS et al. (2003) compararam a força de adesão do cimento resinoso (AH 26)
à dentina humana submetida a dois tipos de condicionamento e com a aplicação dos
agentes de união Single-Bond, Bond-1 e Clearfill SE Bond. O substrato utilizado foi
superfícies de fragmentos de dentina de dentes unirradiculares divididos em 7 grupos de
12 espécimes. O tratamento da dentina para remoção da camada de
smear
constituiu
na aplicação de EDTA 15% (2 minutos) e de ácido fosfórico a 35% enquanto o grupo
com a camada de
smear
foi
tratado apenas com NaOCl 2%. O cimento AH 26 foi
colocado sobre a dentina após a aplicação dos agentes de união. A força de tração
paralela à interface dentina/cimento foi exercida com Máquina Universal de Ensaios à
velocidade de 0,5 mm/min e registrada em unidades de MPa. A utilização dos agentes
de união melhorou significativamente a adesão do AH 26 à dentina intraradicular e os
melhores resultados obtidos pertenceram ao grupo do Clearfill SE Bond.
PICOLI et al. (2003) estudaram,
in vitro,
o efeito da aplicação do laser Er:YAG e
da solução de EDTAC na superfície dentinária, sobre a adesividade de diferentes tipos
de cimentos endodônticos contendo hidróxido de cálcio. Foram utilizados 60 molares
superiores humanos e suas superfícies oclusais foram desgastadas, deixando exposta
uma superfície plana de dentina. No Grupo I, a superfície dentinária não recebeu
nenhum tratamento; no Grupo II foi aplicada a solução de EDTAC por 5 minutos; no
Grupo III, a dentina recebeu aplicação do laser Er:Yag com os seguintes parâmetros:
Potência de 2,25 W, DF 1 mm, freqüência de 4 Hz, tempo de aplicação de 1 minuto,
energia de 200 mJ, energia total aplicada ao dente de 62 J. Após o tratamento da
Revista da Literatura
20
dentina exposta, os dentes foram divididos em quatro sub-grupos, constituídos de 5
dentes cada um, para receberem os seguintes cimentos a serem avaliados: Sealer 26
®
,
Apexit, Sealapex, CRCS. A adesão foi mensurada com o auxílio da Máquina Universal de
Ensaios. Os resultados evidenciaram haver diferença significante (p<0,01) para os
cimentos avaliados e os tratamentos aplicados à superfície dentinária. Os cimentos
puderam ser agrupados, quanto à sua adesividade à dentina, em ordem crescente, na
seguinte forma: Sealer 26, CRCS, Apexit e Sealapex. A aplicação do laser Er:YAg e da
solução de EDTAC foram eficientes em aumentar a adesão do cimento Sealer 26 e
Apexit. A aplicação do laser só foi significativamente superior à solução de EDTAC em
propiciar aumento na adesividade do cimento Sealer 26 à dentina.
SALEH et al. (2003) avaliaram, por meio de MEV e espectroscopia dispersiva de
energia, as interfaces entre cimentos endodônticos/dentina e cimento/guta percha
rompidas após o teste de resistência de união. As superfícies de dentina, condicionadas
com ácido fosfórico à 37% por 30 segundos, ácido cítrico à 25% por 30 segundos,
EDTA à 17% por 5 minutos e água destilada (controle) foram unidas ao disco de guta-
percha com os seguintes cimentos testados: cimento de Grossman, Apexit, Ketac-Endo,
AH Plus, RoekoSeal Automix e RoekoSeal Automix com um
primer
experimental. A
spectroscopia dispersiva de energia traçou sucessivamente componentes do cimento
nas superfícies rompidas. Alguns dos cimentos penetraram nos túbulos dentinários
quando a superfície foi tratada com ácidos. Porém, esses
tags
de cimento permanecem
obliterando os túbulos após o rompimento da união apenas para alguns cimentos
(cimentos de Grossman, RoekoSeal Automix com um
primer
experimental, AH
Revista da Literatura
21
Plus/EDTA). Esses autores verificaram que não houve relação entre o aumento da
resistência de união com a dentina e a penetração dos cimentos endodônticos para o
interior dos túbulos dentinários.
IMAI; KOMABAYASHI (2003) avaliaram a adesividade à dentina, a capacidade
seladora e as propriedades físicas (ISO) de um cimento endodôntico resinoso injetável
(Endoresin-2) desenvolvido pelos próprios autores. Neste novo cimento, o pó constituía-
se de polimetilmetacrilato e sulfato de bário e o líquido de um monômero de
metilmetacrilato e tributilboranato, que após espatulado, apresentava consistência
passível de injeção no canal radicular. Para os testes a face vestibular de dentes bovinos
foi polida com lixa # 400 e a camada de
smear
foi removida com EDTA 17%. Um
cilindro de poliester de 8 mm de diâmetro foi fixado na superfície dental com resina. O
cimento Endoresin-2 foi inserido no cilindro e após 24 h foram submetidos a testes de
adesão na Máquina Universal de Ensaios com velocidade de 2 mm/min. A adesividade
do cimento à dentina foi verificada por meio de MEV da superfície após o teste de
tração e a capacidade de selamento apical por meio do teste de infiltração em Nankin. O
valor médio obtido para força de tração foi de 7,3 MPa e a análise das superfícies sob
MEV revelou fraturas coesivas na resina. Os autores concluíram que o Endoresin-2
apresentou maior capacidade de selamento quando comparado ao Sealer/gutta-percha
(utilizado como controle), capacidade de formação de tags no interior dos túbulos
dentinários e propriedades físicas de acordo com as preconizadas pela ISO.
NAJAR et al. (2003) estudaram a adesividade do cimento obturador à base de
ionômero de vidro, Ketac-Endo com e sem a presença da camada de
smear
, em relação
Revista da Literatura
22
a outros dois cimentos obturadores: Grossman e Sealer 26. Foram utilizados 60 molares
humanos que tiveram suas coroas desgastadas na face oclusal até a obtenção de uma
superfície de dentina plana. Os dentes foram divididos em três grupos, de acordo com
os cimentos testados. Cada grupo foi subdividido em dois grupos de dez dentes, onde
um grupo não sofreu remoção da camada de
smear
e o outro teve a remoção da
camada de
smear
pela aplicação do EDTAC por cinco minutos. Para o teste de
adesividade, foi utilizada a Máquina Universal de Ensaio Instron 4444. Os resultados
evidenciaram que a adesividade dos cimentos Ketac e Grossman foram estatisticamente
semelhantes entre si e apresentaram valores inferiores ao cimento Sealer 26,
independentemente da remoção da camada de
smear
. O cimento Sealer 26 apresentou
adesividade superior aos cimentos testados e a remoção da camada de
smear
aumentou ainda mais sua adesividade.
TAGGER et al. (2003) estudaram a adesão à guta-percha dos cimentos CRCS,
Apexit, PCS, Ketac-Endo, Bioseal, AH 26, Sealer 26, Roth’s e Sealapex. Foram utilizados
discos de guta-percha com 10 mm de diâmetro e 2 mm de espessura, preparados por
meio do aquecimento dos cones e fixados em anéis de PVC. A superfície de contato foi
padronizada em 7,65 mm
2
e os cimentos foram depositados nos anéis para realização
do teste de tração em Máquina Universal de Ensaios (0,5 mm/min). Os cimentos Roth´s
e Sealapex não apresentaram adesividade, portanto foram excluídos da análise
estatística. A média de valores obtidos variou de 0,56 MPa (Ketac-Endo) a 6,44 MPa
(Sealer 26). Os cimentos Sealer 26 e AH 26 apresentaram os maiores valores de adesão
à guta-percha, diferente estatisticamente dos demais grupos. Os cimentos à base de
Revista da Literatura
23
resina epóxica apresentaram os maiores valores de adesão em relação aos demais
cimentos estudados.
GOGOS et al. (2004) compararam a força adesiva dos cimentos endodônticos
Fibrefill, Endion, Topseal e CRCS por meio do teste de tração. Quaretna e oito raízes
humanas unirradiculares tiveram suas coroas e ápices radiculares removidos e foram
seccionadas longitudinalmente. A dentina radicular destes foi aplainada com lixa 600 e a
camada de
smear
formada removida com EDTA 15% e NaOCl 2,5%. Os cimentos
testados foram colocados em cilindros de 3 mm sobre a dentina. O teste de tração foi
realizado com Máquina Universal de Ensaios à velocidade de 0,5 mm/min até a ruptura
do conjunto na interface dentina/cimento, registrando a força em KNewtons. As
superfícies dentinárias foram analisadas sob MEV para verificar o tipo de fratura
(adesiva/coesiva). A análise estatística demonstrou-se que o cimento Fibrefill
apresentou os maiores valores de adesão quando comparados aos demais cimentos, e
os cimentos Endion e CRCS apresentaram os piores resultados de adesividade. A
inspeção das superfícies fraturadas mostrou falhas adesivas à dentina para o Fibrefill e
coesivas para o Endion. Os cimentos CRCS e Topseal revelaram os dois tipos de falhas
(adesivas e coesivas).
SHIPPER et al. (2004) avaliaram
in vitro
a infiltração bacteriana de
Streptococcus
mutans
e
Enterococcus faecalis
durante 30 dias em canais radiculares obturados com
guta-percha e Resilon, com duas técnicas de obturação (condensação lateral e vertical).
Cento e cinqüenta e seis raízes foram padronizadas em 16 mm de comprimento e
instrumentadas até a lima 50. Seguiu-se a divisão destas em: G1-G2. Condensação
Revista da Literatura
24
lateral e vertical com guta-percha e cimento AH 26; G3-G4. Condensação lateral e
vertical com guta-percha e cimento Epiphany; G5-G6. Condensação lateral e vertical
com Resilon e Epiphany. O teste microbiano foi realizado por meio da verificação da
passagem dos microrganismos de uma cultura microbiana presente na região cervical
do canal radicular até a região apical deste que apresentava um meio de cultura sem
microrganismos. Após análise estatística pelo teste não paramétrico de Kruskal-Wallis
demonstrou diferença estatística significante entre os grupos testados e o teste U de
Mann-Whitney demonstrou que os grupos obturados com Resilon apresentaram menos
valores de infiltração quando comparados à guta-percha.
A verificação da resistência à fratura de raízes obturadas com Resilon,
empregando diferentes técnicas, foi realizada por TEIXEIRA et al. (2004) em 80 dentes
uniradiculares. As coroas foram removidas e as raízes padronizadas em 14 mm de
comprimento. Seguiram com o preparo químico-mecânico e remoção da camada
residual. Os 5 grupos de 16 amostras cada ficaram distribuídos em raízes sem
obturação, obturadas pela condensação lateral e AH 26, obturadas pelo System-B e
Obtura com AH 26, condensação lateral com Resilon e System-B e Obtura com Resilon.
Após a aplicação e análise estatística dos valores da força obtida em Máquina Universal
de Ensaios do momento em que ocorria a fratura, os resultados levaram à conclusão
que o grupo do Resilon apresentava aumento na resistência das raízes.
DOYON et al. (2005) observaram que o hidróxido de cálcio em veículo aquoso
preenchendo o canal radicular por longos períodos diminuiu a resistência à fratura do
dente. Os autores preencheram os canais radiculares de 102 dentes divididos em 3
Revista da Literatura
25
grupos iguais com solução salina, hidróxido de cálcio misturado a solução salina e
formulação comercial de hidróxido de cálcio (Metapaste). Os grupos foram avaliados por
30 e 180 dias quanto à resistência à fratura em teste com Máquina Universal de Ensaios
exercendo a compressão sobre discos com espessura de 1 mm obtidos das raízes dos
dentes. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos em 30 dias
de observação, mas, após 180 dias, houve diferença significante (p<0,05) para o grupo
com hidróxido de cálcio em veículo aquoso que apresentou menores valores de fratura.
ELDENIZ et al. (2005) observaram o desempenho dos cimentos Diaket, AH Plus e
Endo-Rez quanto à capacidade de adesão à dentina em 90 molares humanos. Os 2/3
coronários foram removidos e a dentina exposta, com e sem a camada de
smear
, foi
utilizada como substrato. A força aplicada para que ocorrese a fratura foi aplicada
paralela à superfície de dentina com Máquina Universal de Ensaios à velocidade de 0,5
mm/min. Os modelos de fratura foram submetidos à análise em microscopia com 22X
de aumento. O cimento AH Plus se destacou entre os três e apresentou maior força de
adesão nos dois grupos. O tipo de fratura foi predominantemente coesiva no grupo do
AH Plus, enquanto a fratura adesiva predominou no grupo do Endo-Rez e Diaket.
GESI et al. (2005) investigaram, por meio de teste de
push-out
, a resistência de
interface e os tipos de fratura em canais obturados com sistema Epiphany/Resilon e
guta-percha com AH Plus. A técnica de termoplastificação foi realizada com System-B e
Obtura II. Os segmentos de raiz foram obtidos pelo seccionamento 2 mm abaixo da
junção amelocementária o que resultou na obtenção de 33 fatias de 3 a 4 mm de
espessura no grupo do Resilon e 30 no grupo do AH Plus. O teste de compressão foi
Revista da Literatura
26
realizado em Máquina Universal de Ensaios à velocidade de 0,5 mm/min e a força
expressa em MPa. A análise da fratura sob MEV no grupo do Epiphany/Resilon mostrou
tags
de resina nos túbulos dentinários enquanto, no grupo do AH Plus, a dentina
intraradicular permaneceu coberta pelo cimento com bolhas remanescentes. Os autores
concluíram que a força de interface do cimento Epiphany/Resilon à dentina não foi
superior ao do cimento à base de resina epóxica (AH Plus).
HIRAISHI et al. (2005) verificaram a adesividade do cimento endodôntico à base
de resina metacrilato Next ao Resilon por meio de dispositivo que aplicava a força no
sentido transversal ao corpo-de-prova em Máquina Universal de Ensaios. A metodologia
incluiu a confecção de discos de Resilon com rugosidades 320, 180 e de superfície lisa
para adesão ao cimento endodôntico e ao compósito de resina como controle. Análise
do tipo de fratura foi realizada com MEV. Os resultados mostraram forças
estatisticamente significantes (p<0,01) para deslocamento dos discos no grupo do
compósito e que o aumento da rugosidade do Resilon não melhorou a força de adesão
ao cimento à base de metacrilato. As fraturas no grupo do compósito foram
predominantemente coesivas enquanto que no grupo do Resilon ocorreu maior número
de adesivas com pequeno número de fraturas mistas.
NAKASHIMA; TERATA (2005) analisaram a influência da remoção da camada de
smear
sobre a adesividade dos cimentos endodônticos Canals, Canals N, Apatite Root
Sealer e AH 26 em dentinas de bovinos. A dentina foi preparada com lixa # 600 para
formação da camada de
smear
e tubos de polietileno foram colocados sobre a superfície
para serem preenchidos pelos cimentos endodônticos em 4 grupos de 10 amostras. A
Revista da Literatura
27
comparação foi realizada entre o grupo com camada de
smear
e dois grupos onde
houve tratamento da dentina com EDTA a 3% e 15%. Os resultados dos testes de
tração mostraram maior adesão nos grupos com EDTA do que nos não tratados. O
grupo do AH 26 obteve os maiores valores de força de tração com valores similares nos
dois grupos com EDTA. Os autores concluíram que o EDTA a 3% seria mais adequado
para uso clínico em comparação ao EDTA a 15%.
SOUSA-NETO et al. (2005) avaliaram o efeito da aplicação dos
lasers
Er:YAG e
Nd:YAG, em diferentes parâmetros, nas superfícies dentinárias internas da região
cervical de dentes humanos, sobre a adesividade do Sealer 26 pelo método do
push-
out.
Quarenta e cinco caninos superiores foram seccionados transversalmente na junção
amelocementária e a 8 mm da mesma em sentido apical, criando cilindro de raiz que foi
incluído em resina acrílica autopolimerizável. Com auxílio de uma broca troncônica
foram preparados os canais radiculares dos corpos-de-prova. Os mesmos foram
divididos aleatoriamente em 9 grupos. No grupo I a dentina foi tratada com 2 mL de
EDTAC por 5 minutos. Do grupo II ao V a dentina foi tratada com o
laser
Er:YAG com os
seguintes parâmetros: 8 Hz e 200 mJ; 8 Hz e 400 mJ; 16 Hz e 200 mJ; 16 Hz e 400 mJ
respectivamente. Do grupo VI ao IX a dentina foi tratada com o
laser
Nd:YAG com os
seguintes parâmetros: 10 Hz e 1 W; 10 Hz e 2 W; 15 Hz e 1 W; 15 Hz e 2 W
respectivamente. Os condutos foram preenchidos com cimento à base de resina epóxi e
submetidos ao teste de tração na Máquina Universal de Ensaios. A análise estatística
dos resultados evidenciou diferença ao nível de 1% entre os tratamentos com os
lasers
Er:YAG e Nd:YAG com maiores freqüências e o EDTAC. Conclui-se que o aumento da
Revista da Literatura
28
freqüência, independente do aumento da potência, dos
lasers
Er:YAG e Nd:YAG,
provocou aumento da adesividade do cimento obturador à base de resina epóxi em
relação ao grupo tratado com EDTAC.
STUART et al. (2005) verificaram a capacidade do sistema obturador
Epiphany/Resilon, guta-percha e resina composta fluida em reforçar as raízes de dentes
imaturos tratados endodonticamente. Para tanto, simularam a condição de dentes com
ápice incompletamente formado realizando o preparo biomecânico dos canais e
traspassando o forame apical em 1 mm com broca de Peeso nº 5. Foram utilizados 48
segmentos divididos em 4 grupos de igual número de raízes com 12 mm de
comprimento. O hidróxido de cálcio foi colocado por 7 dias como medicação intracanal e
o forame apical selado com MTA. Os grupos foram tratados como a seguir: G1. sem
tratamento (controle negativo); G2. sem obturação; G3. obturação com ThermaSeal e
guta-percha por termoplastificação; G4. obturação com Epiphany/Resilon por
termoplastificação; G5. obturação com resina composta autopolimerizável. Máquina
Universal de Ensaios foi utilizada para aplicar força em ângulo de 130º e velocidade de
5 mm/min em relação ao longo eixo das raízes na junção amelocementária. Os grupos 1
e 5 exibiram os maiores valores de fratura assim como não houve diferença significante
entre os dentes tratados.
NUNES (2006) estudou a adesividade do cimento Epiphany à dentina radicular
previamente tratada com hipoclorito de sódio a 1% e com EDTA a 17%, em
comparação ao cimento AH Plus, pelo método do
push-out
. Raízes de 60 caninos
superiores humanos foram seccionadas transversalmente na junção amelocementária e
Revista da Literatura
29
a 8 mm da mesma, criando cilindros de raiz que, após inclusão em resina acrílica
autopolimerizável, tiveram seus canais radiculares preparados com auxílio de uma ponta
troncônica. Os corpos-de-prova foram divididos aleatoriamente em 3 grupos de acordo
com a solução utilizada: GI - água destilada (controle), GII - hipoclorito de sódio a 1% e
GIII - EDTA a 17%. Após o tratamento da dentina, cada grupo foi divido em dois
subgrupos de acordo com o cimento obturador a ser testado: Epiphany e AH Plus. Os
corpos-de-prova foram submetidos ao teste do
push-out
na Máquina Universal de
Ensaios, com velocidade constante de 1mm/minuto. A análise estatística dos resultados
evidenciou diferença ao nível de 5%. Concluiu-se que o cimento AH Plus apresentou
valores de adesividade superiores aos obtidos pelo cimento Epiphany,
independentemente do tratamento utilizado, e que a aplicação do EDTA 17% propiciou
aumento da adesividade dos dois cimentos obturadores estudados.
HIRAISHI et al. (2006) investigaram se a presença da camada de resina livre de
oxigênio recobrindo a guta-percha seria necessária para melhorar a adesão ao cimento
à base de metacrilato, no caso, o EndoREZ. Os autores compararam dois grupos
experimentais constituídos de 24 discos de guta-percha (15 mm de diâmetro; 0,5 mm
de espessura) onde, no grupo 1, foi utilizada como fornecida pelo fabricante e, no grupo
2, foram recobertas por duas camadas de adesivo de dentina. Um terceiro grupo
controle foi constituído de 24 discos de compósito que foram utilizados para avaliar o
endurecimento do EndoREZ sem fotopolimerização. Cilindros de compósito foram
aderidos aos discos de guta-percha com o cimento EndoREZ e a força para ruptura foi
aplicada transversalmente ao conjunto com fios ortodônticos tracionados por Máquina
Revista da Literatura
30
Universal de Ensaios à velocidade de 1 mm/min. Os resultados revelaram que o
EndoREZ apresentou, com diferença estatisticamente significante, força de adesão 4,9
vezes maior no grupo da guta-percha coberta por adesivo de dentina em comparação
ao grupo com guta-percha que continha apenas resina original (p<0,05). Os autores
concluíram que o aprimoramento da ativação da camada de resina aplicada à guta-
percha pelo fabricante pode melhorar a adesão aos cimentos à base de metacrilato.
TAY et al. (2006) verificaram se o Resilon com diferentes rugosidades poderia
interferir na adesão do cimento obturador Real Seal. Tubos de poliuretano, com
diâmetro interno de 3,25 mm, foram unidos com Real Seal a discos de Resilon de
superfícies lisas e rugosidades grau 320 e 180 constituindo três grupos de 10 amostras.
Discos de resina composta foram utilizados como controle. Após o tempo total de
endurecimento do cimento obturador, Máquina Universal de Ensaios foi utilizada para
aplicar força transversal de tração na base dos cilindros à velocidade de 1 mm/min até a
ruptura na interface de união. Os valores foram expressos em MPa. Os resultados
revelaram diferença significante entre os grupos e a resina composta foi superior aos
grupos do Resilon (p<0,001). O aumento da rugosidade para grau 180 do Resilon
resultou em maior valor de adesão quando comparado ao de superfície lisa. A análise
sob MEV revelou fratura coesiva no grupo da resina composta e adesiva nos grupos do
Resilon. O aumento da rugosidade do Resilon melhorou a adesão ao cimento obturador
Real Seal.
A força de adesão do novo sistema de obturação Epiphany/Resilon foi comparada
a diferentes combinações de guta-percha e AH Plus em estudo realizado por UNGOR et
Revista da Literatura
31
al. (2006). Canais radiculares de 65 dentes uniradiculares foram instrumentados com
sistema Pro Taper e obturados pela condensação lateral como a seguir: G1. AH Plus +
guta-percha; G2. AH Plus + Resilon; G3. sistema Epiphany/Resilon; G4. Epiphany +
guta-percha; G5. apenas guta-percha (controle). O preparo para o teste de push-out
consistiu na obtenção de segmentos de raízes com 1,13 mm de espessura por meio de
seccionamento perpendicular ao longo eixo logo abaixo da junção amelocementária. O
material obturador foi submetido à compressão com ponta de 1 mm de diâmetro
acoplado à Máquina Universal de Ensaios à velocidade de 1 mm/min até que ocorresse
o deslocamento da obturação. A força foi expressa em MPa. Análise estatística revelou
que houve diferença significante entre os grupos (p<0,001) e que, na comparação
múltipla pareada, o grupo 4 (Epiphany+guta-percha) apresentou adesão superior aos
outros grupos. O grupo 5 (guta-percha) teve pior desempenho. A inspeção da superfície
sob lupa estereoscópica com aumento de X20 revelou fratura principalmente adesiva à
dentina em todos os grupos. O sistema Epiphany/Resilon não foi superior em adesão à
combinação do cimento AH Plus com a guta-percha.
O módulo de elasticidade e a resistência coesiva da guta-percha e do Resilon
foram investigados por WILLIANS et al. (2006) em teste de tração para avaliação de
polímeros por meio de Máquina Universal de Ensaios. Os dois materiais foram
submetidos à avaliação em condição a seco e após imersão em água por 30 dias. O
Resilon apresentou valores maiores de força coesiva do que a guta-percha sob condição
a seco com diferença estatisticamente significante, mas não houve diferença após 30
dias de imersão em água. Quanto aos resultados da avaliação do módulo de
Revista da Literatura
32
elasticidade, houve diferença estatisticamente significante apenas no grupo submetido à
imersão em água, onde o Resilon apresentou os maiores valores. Os autores concluíram
que os valores de força coesiva e módulo de elasticidade do Resilon e guta-percha não
são suficientes para proporcionar o reforço de raízes quando obturadas com estes
materiais, já que são inferiores aos da dentina.
ZANDBIGLARI et al. (2006) estudaram a influência de diferentes instrumentos
utilizados no preparo do canal radicular e da obturação na resistência à fratura de
caninos inferiores. Os grupos de 24 raízes foram divididos como a seguir: G1. preparo
biomecânico com Sistema GT; G2. preparo biomecânico com Flexmaster; G3. preparo
biomecânico com limas manuais tipo K-file. Foi realizada a subdivisão de cada grupo em
canais com e sem obturação com cimento AH Plus. Um grupo de 12 raízes não foi
submetido a nenhum tipo de tratamento (controle). A parede lingual foi reduzida em 2
mm e então a raiz, incluída em acrílico com inclinação de 15º, foi submetida ao teste de
compressão até que ocorresse a fratura. O grupo controle apresentou os maiores
valores para fratura em comparação aos outros grupos (p<0,05). A força necessária
para fraturar as raízes do G1 foi significantemente menor em relação à requerida para
fraturar as raízes dos grupos G2 e G3, permitindo concluir que o preparo biomecânico
com instrumentos de grande conicidade pode diminuir a resistência do dente. A
obturação dos canais não influenciou na resistência à fratura das raízes.
Proposição
Proposição
34
O objetivo deste estudo ex vivo foi avaliar, por meio do teste de compressão, a
influência do sistema Epiphany/Resilon e dos cimentos Endofill, Sealer 26, AH-Plus, e
Epiphany associados à guta-percha na resistência à fratura de raízes de incisivos
inferiores.
Material e Métodos
Material e Métodos
36
Após aprovação do projeto deste estudo pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade de Ribeirão Preto (Anexo), foram selecionados 72 incisivos inferiores
humanos extraídos e mantidos em solução de timol a 0,1%. Os dentes foram lavados
em água corrente por 24 horas e a superfície radicular externa foi limpa com ultra-som
(Profi II Ceramic, Dabi Atlante Ltda, Ribeirão Preto, SP, Brasil).
A seleção dos dentes obedeceu aos seguintes critérios: a) ausência de fraturas ou
fissuras, verificada com auxílio de lupa estereoscópica (ZEISS, Stemi 2000-C, Germany)
sob aumento de 20X; b) presença de apenas um canal radicular e ausência de
calcificação ou reabsorção, avaliadas por meio de radiografias no sentido vestíbulo-
lingual e mesio-distal; c) espessura mesio-distal, a 12 mm do ápice, nas faces vestibular
e lingual, entre 3,5 e 3,8 mm e 2,9 e 3,1 mm, respectivamente; e espessura vestíbulo-
lingual entre 6,3 e 6,5 mm, aferidas com auxílio de paquímetro digital (Digimess, Shiko
Precision gaging Ltd, China) (Figura 1A).
Os dentes foram seccionados transversalmente na sua porção cervical com disco
de carborundum (Dentorium, New York, N.Y., USA) montado em peça de mão à baixa
rotação (Dabi Atlante Ltda, Ribeirão Preto, SP, Brasil), sob refrigeração ar/água,
próximo da junção amelocementária, a fim de se obter comprimento de 12 mm para a
porção radicular (Figuras 1B e 1C). As coroas foram desprezadas.
A seguir, foram realizados sulcos perpendiculares ao longo eixo das raízes com
disco de carborundum para proporcionar retenção (Figura 1D), evitando assim que se
desalojassem do bloco de resina acrílica que as revestia quando do teste de
compressão.
Material e Métodos
37
Figura 1. Seleção e padronização das amostras. A) Aferição da espessura mesio-distal na face vestibular
do incisivo inferior; B) Disco de carborundum posicionado na região do corte para remoção da coroa; C)
Raiz com 12 mm de comprimento; D) Confecção dos sulcos com disco de carborundum (1 sulco na
vestibular e 2 na lingual).
Para determinação do comprimento de trabalho, uma lima 10 ou 15 tipo K
(Dentsply, Maillefer, Ballaigues, Suíça) foi cuidadosamente introduzida no interior do
canal radicular até que sua ponta coincidisse com o forame apical e, deste
comprimento, foi subtraído 1 mm (Figura 2A).
Inicialmente, o terço cervical das raízes foi preparado com o instrumento 70.12
do sistema GT (Dentsply/Tulsa Dental, Tulsa, OK, USA) até a profundidade de 5 mm.
As raízes foram submetidas ao preparo biomecânico com a seguinte seqüência de
Material e Métodos
38
instrumentos do sistema Profile 04/06 (Dentsply/Tulsa Dental, Tulsa, OK, USA): 30.06,
25.06, 20.06, 30.04, 25.04, 20.04, 30.06, 35.06 e 40.06. Ressalta-se que para cada
grupo foi utilizado um conjunto de instrumentos (Figuras 2B, 2C e 2D).
O motor utilizado para acionar os instrumentos rotatórios foi o ENDO PRO Torque
(VK DRILLER Equipamentos Elétricos Ltda, Jaguaré, São Paulo, Brasil) a 350 rpm e 3,5
N/cm de torque (Figura 2E).
Após cada instrumento utilizado, os canais eram irrigados com 2 ml de NaOCl a
1%, usando seringa plástica descartável (Ultradent Products Inc., South Jordan, Utah,
USA) e agulha NaviTip (Ultradent Products Inc., South Jordan, Utah, USA). A aspiração
foi feita com ponta siliconizada (Capillary tip, Ultradent Products Inc., South Jordan,
Utah, USA). A irrigação final foi realizada com 2 ml de EDTAC 17% por 5 minutos
seguida de 5 ml de água destilada.
A
Material e Métodos
39
Figura 2. Instrumentos utilizados no preparo biomecânico dos canais radiculares. A) Instrumentos do
Sistema Profile 04/06; B) Instrumentos Profile complementares: 30/.06, 35/.06 e 40/.06; C)
Instrumento GT 70/.12 para preparo cervical; D) Motor elétrico para acionamento dos instrumentos
com controle de torque e velocidade.
A seguir, os espécimes foram distribuídos aleatoriamente em 6 grupos, para
serem obturados com os diferentes materiais obturadores testados (Figuras 3A a 3D):
Grupo I. Raízes sem obturação (controle)
Grupo II. Endofill (Dermo Lab. Ltda, Petrópolis, Brasil) e guta-percha;
Grupo III. Sealer 26 (Dentsply Ind. Com Ltda, Petrópolis, Brasil) e guta-percha;
Grupo IV. AH Plus (De Trey Fréres, SA, Zurich) e guta-percha;
Grupo V. Epiphany (Pentron Clinical Technologies, CT, USA) e guta-percha;
Grupo VI. Epiphany (Pentron Clinical Technologies, CT, USA) e Resilon;
Testes preliminares foram realizados para determinação da relação pó/líquido,
pó/resina e pasta/pasta, e do tempo de endurecimento dos cimentos obturadores
segundo metodologia preconizada por SOUSA-NETO et al. (2002).
Material e Métodos
40
A técnica de obturação utilizada foi a da condensação lateral, que consiste em
levar inicialmente cimento ao canal radicular com uma lima de menor calibre e,
posteriormente, o cone principal com o cimento.
Figura 3. Materiais obturadores dos canais radiculares. A) Sistema Epiphany/Resilon; B) Cimento
endodôntico AH Plus; C) Cimento endodôntico Sealer 26; D) Cimento endodôntico Endofill.
Os cones secundários foram colocados com o auxílio do espaçador digital tipo “B”
(Dentsply, Maillefer, Ballaigues, Suíça), utilizados com movimentos oscilatórios e pressão
em direção ao ápice, forçando-o entre o cone principal e as paredes do canal radicular.
A remoção do espaçador foi realizada aplicando-se ao mesmo movimento de rotação
anti-horário contínuo.
Material e Métodos
41
Uma vez concluída a condensação lateral foi feito o corte do excesso de material
obturador com condensador de Paiva nº 2 aquecido ao rubro, 2 mm abaixo da entrada
do conduto, seguido da condensação vertical.
Vale salientar que, previamente à obturação, o
primer
auto-condicionante foi
aplicado nas paredes internas dos espécimes obturados com o cimento Epiphany. Após
o corte do excesso da obturação, o cimento Epiphany foi submetido à fotopolimerização
por 40 segundos com aparelho Ultralux (Dabi Atlante Ltda, Ribeirão Preto, SP, Brasil)
com 500 mw/cm
2
e 500 nm.
A entrada dos canais foi selada com provisório Coltosol (Vigodent, Rio de Janeiro,
Brasil). Todos espécimes foram radiografados com objetivo de checar a qualidade da
obturação. Os procedimentos descritos foram realizados por um único operador.
As raízes ficaram armazenadas por três vezes o tempo de endurecimento dos
cimentos endodônticos, a 37ºC e 95% de umidade, em estufa ECB 1.2 (Odontobras,
Ribeirão Preto, Brasil), conforme preconizado por SOUSA-NETO et al. (2002).
Após obturação, um desgaste transversal cervical da porção lingual das raízes,
com extensão de 2 mm, foi feito com broca cilíndrica diamantada nº 57 HP (SM) (KG
Sorensen, Barueri, São Paulo, Brasil) sob refrigeração, resultando em uma secção em
forma de “L” (Figuras 4A e 4B).
A confecção dos corpos-de-prova foi realizada como descrito a seguir.
Inicialmente, as raízes foram centradas em matriz metálica com formato de um
paralelepípedo de base quadrada com aresta de 16,5 mm de largura e 31,0 mm de
comprimento com o auxílio de cera na porção apical, para que ficassem mantidas em
Material e Métodos
42
posição vertical. O segmento de raiz projetado para o exterior do matriz apresentava 6
mm de comprimento e a aferição do posicionamento perpendicular das raízes em
relação ao plano horizontal foi realizada com o auxílio de esquadro (STANLEY, São
Paulo, São Paulo, Brasil). Em seguida, resina acrílica autopolimerizável (JET Clássico,
São Paulo, Brasil) foi vertida nas matrizes até a borda, o que determinou a inclusão de 6
mm do segmento radicular. O excesso de resina nas laterais da matriz foi removido e o
conjunto permaneceu em repouso pelo tempo de 1 hora para endurecimento total do
acrílico (Figuras 4C e 4D).
Figura 4. Preparo do corpo-de-prova. A) Broca diamantada nº 57 HP (SM) utilizada na redução da
porção lingual; B) Preparo da porção lingual com auxílio de broca diamantada para obtenção do formato
em “L”; C) Inclusão da raiz na matriz metálica com acrílico autopolimerizável; D) Corpo-de-prova com 6
mm de projeção de raiz
Material e Métodos
43
Para que os corpos-de-prova permanecessem em ângulo de 45º em relação ao
plano horizontal durante o ensaio de compressão, foi desenvolvida uma base de aço
inox (3 cm de largura X 3 cm de altura X 8,5 cm de comprimento) que possuía sítio com
inclinação de 45º em relação ao plano horizontal para o encaixe sem folgas dos cilindros
de metal (Figura 5A). Conseqüentemente, as raízes incluídas nos cilindros também
apresentaram o mesmo grau de inclinação ao serem submetidas à fratura. Este
conjunto foi posicionado na Máquina Universal de Ensaios Instron 4444 (Instron
Corporation, Canton, MA, USA), sob a célula de carga.
A aplicação da força, no ponto da junção da face interna da parede vestibular
com a entrada do canal radicular da raiz, foi realizada com uma ponta de aço inox (1,5
mm de diâmetro X 8 mm) com a base especialmente desenhada para acoplamento à
célula de carga da Máquina Universal de Ensaios que foi acionada à velocidade de 1
mm/min (Figuras 5B, 5C e 5D).
O momento da fratura era determinado quando ocorria queda abrupta da força,
observada no visor da Máquina Universal de Ensaios.
Os fragmentos dos corpos-de-prova foram observados em lupa estereoscópica
(ZEISS, Stemi 2000-C, Germany) com aumento de 25X para análise do tipo de fratura. A
falha era considerada adesiva quando ocorria na interface dentina/cimento ou
cimento/material sólido. Era considerada coesiva quando a ruptura ocorria no material
obturador, e mista quando ocorria a combinação dessas rupturas.
A análise estatística foi realizada com o auxílio do software GMC 8.1,
desenvolvido pelo Prof. Dr. Geraldo Maia Campos, da Faculdade de Odontologia de
Material e Métodos
44
Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. Os dados originais da força necessária para
fratura dos corpos-de-prova foram submetidos a testes estatísticos preliminares com o
objetivo de verificar a distribuição amostral. A análise dos testes preliminares levou à
conclusão de que a distribuição normal amostral era normal, diante disto, o teste
Análise de Variância foi utilizado.
Figura 5. Ensaio para fratura das raízes. A) Base de metal com sítio para encaixe e
posicionamento do corpo-de-prova a 45º; B) Ponta de metal, com base desenhada para
acoplamento à célula de carga, com diâmetro de 1,5 mm; C) Máquina Universal de Ensaios
Instron 4444 (UNAERP-Ribeirão Preto); D) Ensaio de compressão com a força sendo aplicada
na parede interna da face vestibular até o momento da fratura.
Resultados
Resultados
46
Os dados utilizados neste estudo foram os valores correspondentes à força
necessária para a fratura das raízes. Cada um dos 6 grupos era constituído de 12
corpos-de-prova, obtendo-se 72 valores no total. Os valores obtidos estão
demonstrados na Tabela I.
Os dados originais foram submetidos a série de testes preliminares para avaliar
se a distribuição amostral era normal. Os cálculos dos parâmetros amostrais sugerem
que a distribuição é normal, uma vez que há 22 dados acima e 23 dados abaixo da
média (Tabela II)
TABELA I. Valores da força, em Newton (N), para fratura das raízes de incisivos inferiores.
Não obturados Guta-percha Resilon
Endofill Sealer 26 AH Plus Epiphany
Epiphany
175,1 167,1 163,2 131,2 148,5 149,4
128,9 211,2 132,9 169,4 148,9 219,7
133,2 236,6 194,3 211,2 144,9 187,9
223,9 151,6 122,5 172,5 195,9 227,6
89,3 146,0 134,8 107,9 198,1 207,5
226,1 124,8 183,0 210,5 161,2 145,9
144,7 153,9 151,2 184,1 175,8 155,9
192,4 153,2 206,6 105,8 179,2 215,5
124,5 207,3 233,4 184,8 184,3 181,9
189,3 112,3 176,3 167,4 150,9 159,7
167,8 156,0 116,0 150,9 198,7 171,6
150,8 201,5 163,8 223,8 181,9 294,7
Média ± DP 162,1 ± 41,4 168,4 ± 37,5 164,8 ± 35,7 168,3 ± 38,7 172,3 ± 20,6 193,1± 42,8
Resultados
47
TABELA II. Cálculo dos parâmetros amostrais. Valores originais.
Parâmetros amostrais
Valores originais
Soma dos erros amostrais
- 0,0003
Soma dos quadrados dos erros 89759,9297
Termo de correção 0,0000
Variação total 89759,9297
Média geral da amostra 0,0000
Variância da amostra 1284,2244
Desvio padrão da amostra 35,5559
Erro padrão da média 4,1903
Mediana, por dados agrupados - 0,6584
Número de dados da amostra 72,0000
Dados abaixo da média 23,0000
Dados iguais à média 27,0000
Dados acima da média 22,0000
Calculou-se então a distribuição das freqüências por intervalo de classe
acumulados, nos quais os intervalos de classe baseiam-se na média e no desvio padrão
amostral, como mostra a Tabela III.
Resultados
48
TABELA III. Distribuição de freqüências. Valores originais.
A. Freqüência por intervalo de classe:
Intervalo de classe M-3s M-3s M-1s Méd M+1s M+2s M+3s
Freqüências absolutas: 0,0 4 19 27 16 5 1
Em valores percentuais: 0,0 5,6 20,4 37,5 22,2 6,9 1,4
B. Freqüências acumuladas:
Intervalos de classe M-3s M-3s M-1s Méd M+1s M+2s M+3s
Freqüências absolutas: 0,0 4 23 50 66 71 72
Valores percentuais: 0,0 5,6 31,9 69,4 92,7 98,6 100,0
Com os dados das freqüências acumuladas, traçou-se uma curva experimental a
qual foi sobreposta uma normal matemática. A discrepância entre as duas curvas
mostra seu grau de aderência (Figura 6).
Observa-se, na Figura 6, que a curva normal e a curva experimental estão
bastante próximas entre si, indicando haver normalidade entre as amostras testadas.
Resultados
49
Figura 6. Curva experimental e normal dos percentuais
acumulados de freqüência.
Traçou-se o histograma de freqüências da distribuição dos erros amostrais e a
curva normal, os quais podem ser vistos na Figura 7, onde se nota a distribuição central
dos dados ao redor da média, com números equivalentes abaixo e acima dela, o que é
indício de que a distribuição dos erros amostrais é normal.
Resultados
50
Figura 7. Histograma de freqüência da distribuição dos
erros amostrais e curva normal.
A seguir, realizou-se o teste de aderência da distribuição das freqüências por
intervalo de classe da distribuição normal em relação à mesma distribuição dos dados
amostrais. Verificou-se que a probabilidade de distribuição experimental ser normal foi
de 91,74% (Tabela IV).
Resultados
51
Tabela IV. Teste de aderência à curva normal. Valores originais.
A. Freqüência por intervalo de classe:
Intervalo de classe M-3s M-2s M-1s Méd M+1s M+2s M+3s
Curva normal 0,44 5,4 24,20 39,89 24,20 5,4 0,44
Curva experimental 0,00 5,56 26,39 37,50 22,22 6,94 1,39
B. Cálculo do Qui-quadrado:
Graus de liberdade: 4 Interpretação
Valor do Qui-quadrado: 0,95 A distribuição testada
Probabilidade de Ho:
91,7400%
é normal
A análise do conjunto de resultados obtidos nesses testes preliminares levou à
conclusão de que a distribuição amostral era normal, o que nos conduziu para a
realização da análise estatística paramétrica, cujos resultados são vistos a seguir.
O teste paramétrico que melhor se adaptou ao modelo matemático proposto foi a
análise de variância, pelo fato de se tratar de teste que permite a comparação de
múltiplos dados independentes. Os resultados da análise de variância podem ser vistos
na Tabela V.
TABELA V. Análise de Variância. Valores originais.
Fonte de variação Soma dos quadrados G.L. Quadrados médios (F) Prob. Ho
Entre colunas 7425,0000 5 1485,0000 1,09 37,335%
Resíduo 89760,0000 66 1360,0000
Variação total 97185,0000 71
Resultados
52
O teste da análise de variância demonstrou não haver diferença significante
(p>0,05) entre os grupos estudados, ou seja, os materiais obturadores não
aumentaram a resistência das raízes à fratura.
Entretanto, pode-se ressaltar que o menor valor de ruptura foi obtido no grupo
de raízes cujos os canais não obturadas e o maior valor no grupo de raízes obturadas
com Sistema Epiphany/Resilon. A análise do intervalo de confiança permite observar
que o grupo de raízes não obturadas teve considerável variação entre os valores mínimo
e máximo, em contrapartida, quando as raízes foram obturadas essa variação foi menor,
conforme pode ser observado na Tabela VI.
TABELA VI. Sumário dos dados estatísticos dos valores originais
Grupo Valores
médios
Desvio
padrão
Mediana Valores
Mínimos
Valores
máximos
I. C. 95%
De Para
Não obturado 162,17 41,4 159,3 89,3 226,1 135,9 188,5
Endo-fill 168.46 37,5 154,9 112,3 236,6 144,6 192,3
Sealer 26 164,83 35,7 165,5 116,0 233,4 142,1 187,5
AH Plus 168,29 38,7 170,9 105,8 223,8 143,7 192,9
Epiphany/guta 172,36 20,6 177,5 144,9 198,7 159,3 185,4
Epiphany/resilon 193,11 42,8 184,9 145,9 294,7 165,9 220,3
Após a análise das fraturas foi possível observar que houve um predomínio de
falhas adesivas tanto ao material sólido quanto à dentina. Em relação às falhas ao
material sólido, observa-se que o Sealer 26 apresentou maior percentual de fraturas à
Resultados
53
guta-percha. O Sistema Epiphany/Resilon apresentou o maior percentual de falhas
mistas. As fraturas ocorridas com o AH Plus foram predominantemente adesivas à guta-
percha e mistas. Os resultados com valores percentuais do tipo de fratura ocorrida em
cada grupo estão descritos na Tabela VII.
TABELA VII. Tipos de fratura nos diferentes grupos (valores percentuais)
Tipo de fratura Guta-percha Resilon
Endofill Sealer 26 AH Plus Epiphany
Epiphany
Adesiva ao material sólido 43,0 55,0 54,5 26,0 21,4
Adesiva à dentina 38,5 16,6 14,0 35,5 35,1
Mista
18,5 28,4 32,5 38,5 43,5
Discussão
Discussão
55
O sucesso da terapia endodôntica está relacionado ao adequado cumprimento
das diferentes fases do tratamento, que são interdependentes entre si. Durante o
preparo biomecânico, a remoção da dentina é necessária para promover a limpeza e
desinfecção, bem como modelar o canal para receber a obturação, diante disso, o
enfraquecimento da raiz é inevitável.
Uma maneira de contornar esse efeito indesejado é promover o reforço da
estrutura radicular por meio de materiais obturadores adesivos, de modo similar ao que
é realizado na Odontologia Restauradora com as restaurações adesivas.
Adesão pode ser definida como um processo no qual duas superfícies de
composições moleculares diferentes unem-se por forças de atração, sejam elas
químicas, físicas ou mecânicas (ERICKSON, 1992). Considerando-se as forças
mecânicas, a adesão ocorre por aprisionamento do material em outro corpo, dentro de
cavidades naturais ou artificiais. A adesão química pode ser obtida pelas forças de
valência primárias, como por exemplo, ligações covalentes e metálicas. A adesão física,
por sua vez, depende das forças de valência secundárias: forças de Van der Walls,
forças de Dispersão de London e pontes de hidrogênio (NAKABAYASHI; PASHLEY,
2000).
Para que ocorra adesão, é necessário que haja proximidade com íntimo contato
entre os materiais que se pretende unir. Portanto, uma condição primordial é a
capacidade de umectação do líquido num material sólido (PHILLIPS, 1996). Esta
capacidade de umectação permitirá a aproximação necessária entre dois materiais,
facilitando a atração molecular e propiciando adesão (ERICKSON, 1992).
Discussão
56
Adesividade do cimento obturador significa sua capacidade de aderir às paredes
dentinárias do canal radicular e propiciar um meio cimentante que promova a união dos
cones de guta-percha entre si e destes com a dentina (SOUSA-NETO et al., 2005).
A adesão do material obturador às paredes dentinárias é importante tanto em
situações estáticas como dinâmicas. Na situação estática, a adesão elimina espaços que
possam permitir a percolação de fluídos entre a obturação e a dentina (ORSTAVIK et al,
1983). Em uma situação dinâmica, a adesão é necessária para impedir o deslocamento
da obturação durante procedimentos operatórios (STEWART, 1958). Desse modo, o
aumento da resistência à fratura pode estar relacionado a maior adesão do cimento às
paredes do canal radicular.
O ensaio de compressão, por meio da utilização da Máquina Universal de Ensaios,
é a metodologia que tem sido utilizada para estudar a influência da obturação no
aumento da resistência à fratura de raízes tratadas endodonticamente (TROPE; RAY,
1992; APICELLA et al., 1999; COBANKARA et al., 2002; LERTCHIRAKARN et al., 2002;
TEIXEIRA et al., 2004; STUART et al., 2005; ZANDBIGLIARI et al., 2006), conforme
realizado neste experimento.
Quando dentes extraídos são utilizados neste tipo de estudo, a padronização da
amostra e da metodologia é importante para obtenção de resultados fidedignos. Em
relação à metodologia aplicada neste experimento, alguns aspectos merecem ser
destacados. Os dentes utilizados foram incisivos inferiores, com canal único, pois são
dentes mais suscetíveis à fratura vertical, conforme relatado por LERTCHIRAKARN et al.
(2002).
Discussão
57
O ângulo de incidência de força sobre o corpo-de-prova foi de 45º, que é o
ângulo interincisal formado entre os incisivos superiores e inferiores (MOHL et al.,
1991). Na literatura observa-se variação deste ângulo. COBANKARA et al. (2002) e
ZANDBIGLARI et al. (2006) empregaram inclinação de 15º em função do ângulo
interincisal na cavidade bucal dos caninos superiores humanos. APICELLA et al. (1999),
LERTCHIRAKARN et al. (2002) e TEIXEIRA et al. (2004) aplicaram a força paralelamente
ao longo eixo das raízes.
A padronização das raízes utilizadas e do preparo biomecânico permitiu a
obtenção de corpos-de-prova com espessura dentinária, conicidade e volume de
obturação semelhante, procurando garantir que esses fatores não interferissem na
capacidade adesiva dos materiais utilizados.
Após a obturação dos canais radiculares, os espécimes foram radiografados com
objetivo de confirmar a sua qualidade, conforme proposto por APICELLA et al. (1999),
LERTCHIRAKARN et al. (2002) e ZANDBIGLARI et al. (2006).
No preparo dos corpos-de-prova, foi realizado desgaste de 2 mm na porção
lingual das raízes para obtenção de secção em forma de “L”, com a finalidade de
prevenir a fratura transversal total da raiz ao nível da inserção no acrílico, conforme
detalhe utilizado por COBANKARA et al. (2002) e ZANDBIGLARI et al. (2006).
A ponta utilizada no ensaio de compressão apresenta formato circular com 1,5
mm de diâmetro para que a força aplicada incidisse apenas na junção entre a obturação
e a entrada do canal radicular, ao contrário de COBANKARA et al. (2002) e
ZANDBIGLARI et al. (2006) que utilizaram pontas em forma de lâmina com 1 mm de
Discussão
58
espessura e 10 mm de largura, essa largura ultrapassa o diâmetro mésio-distal dos
dentes utilizados (caninos superiores), provavelmente por se tratar de dentes com maior
resistência à fratura.
As falhas que ocorreram após o teste de compressão foram classificadas em
adesivas, coesivas e mista de acordo com SALEH et al. (2003).
Os resultados obtidos nesses estudos evidenciaram que não houve diferença
estatisticamente significante entre os grupos (p>0,05), ou seja, os materiais
obturadores testados não provocaram o aumento da resistência das raízes à fratura.
Esses resultados podem ser confirmados pelos tipos de fraturas ocorridas, onde se
observa o predomínio de falhas do tipo adesiva, tanto ao material sólido (guta-percha e
Resilon) quanto à dentina. Semelhantes resultados foram obtidos por APICELLA et al.
(1999), COBANKARA et al. (2002) e STUART et al. (2005).
De maneira geral, observou-se o predomínio de falhas do tipo adesiva, causadas
principalmente pela fraca ligação do cimento à dentina ou ao material sólido (guta-
percha ou Resilon), confirmando que os cimentos testados não foram capazes de
aumentar à resistência das raízes à fratura. No entanto observou-se que o cimento
Epiphany, utilizado com a guta-percha ou com o Resilon apresentou maior porcentagem
de falhas mista, o que demonstra a capacidade de união desse cimento à dentina, que
pode ser observada pelos maiores valores de força média necessários para fraturar as
raízes, embora não havido diferença estatisticamente significante entre os grupos
estudados.
Discussão
59
A nova geração de cimentos obturadores à base de resina de metacrilato,
juntamente com
primer
auto-condicionante, trouxe expectativas em relação ao melhor
selamento marginal coronário e apical e desempenho na adesão, o que poderia se
traduzir em maior resistência da raiz à fratura. No entanto, os resultados obtidos com
este sistema, no presente estudo, não corresponderam à expectativa em relação ao
aumento da resistência da raiz à fratura. Estes resultados provavelmente devem-se aos
seguintes fatores:
1. A polimerização do cimento na interface com a dentina pode ter sofrido a
influência do oxigênio presente na parede dentinária interna e no interior dos
túbulos dentinários. Segundo FRANCO et al
.
(2002), o oxigênio inibe a vinil
polimerização nas resinas compostas. Os compósitos não completam a
polimerização e aproximadamente 40 a 60% das ligações de carbono
permanecem insaturadas (FINGER et al., 1996). Esse raciocínio foi descrito por
RUEGGEBERG; MARGESON (1990), que afirmaram que o oxigênio pode produzir
fina película de polímero com baixo grau de polimerização. Isso provavelmente
causou inibição de polimerização do cimento Epiphany.
2. Limitação do escoamento do cimento resinoso, que sofre polimerização após sua
inserção no canal radicular e fotoativação coronária, o que resulta em falhas na
interface cimento/dentina, conforme descrito por TAY et al. (2005). A nosso ver,
o maior escoamento do cimento provavelmente possibilitaria maior contato deste
com o
primer
e conseqüentemente maior embricação com a dentina. TAY et al.
(2005) observaram, por meio de MEV, que o
primer
estava presente em toda
Discussão
60
extensão do canal radicular, inclusive na porção apical, o que reforça que a falha
na interface cimento-dentina estava relacionada ao cimento e não à aplicação do
primer
.
3. Incapacidade de fotoativação do cimento em toda a extensão do corpo-de-prova,
o que poderia gerar a incompleta polimerização, resultando na presença de
monômeros residuais do cimento na porção mais profunda do corpo-de-prova
(NUNES, 2006).
4. Baixo módulo de elasticidade da guta-percha e do Resilon em relação à dentina,
que confere a estes polímeros elastoméricos pouca capacidade de reforçar raízes
de dentes obturadas com este material (WILLIANS et al, 2006).
Embora o trabalho de TEXEIRA et al. (2004) conclua que o sistema
Epiphany/Resilon aumentou a resistência à fratura de dentes tratados
endodonticamente quando comparado à obturação de Epiphany/guta-percha, observa-
se em seus resultados que não houve diferença estatística entre os grupos
experimentais e o grupo que foi obturado. Esses achados são semelhantes ao presente
estudo.
Em relação aos cimentos AH Plus e Sealer 26, a literatura tem demonstrado
maior de adesão à parede dentinária que os cimentos à base de óxido de zinco-eugenol,
e à base de ionômero de vidro (SOUSA-NETO et al., 2002a e b; TAGGER et al., 2003;
ELDENIZ et al., 2005; SOUSA-NETO et al., 2005). Os cimentos à base de resina epóxi
penetram melhor nas microirregularidades devido ao seu escoamento e elevado tempo
de polimerização. Essas propriedades favorecem maior embricação entre o cimento e a
Discussão
61
dentina que, aliada à coesão entre suas moléculas (SOUSA-NETO et al., 2002a),
promove maior resistência à remoção e/ou deslocamento da superfície da dentina, o
que se traduz em maior adesividade (SOUSA NETO et al., 2005). Essa capacidade de
adesão, no entanto, não é capaz de diminuir a suscetibilidade das raízes à fratura,
conforme resultados obtidos no presente trabalho e nos estudos de APICELLA et al.
(1999), COBANKARA et al. (2002) e STUART et al. (2005).
Diante do exposto, a expectativa de aumentar a resistência da raiz à fratura a
partir da utilização da nova geração de cimentos obturadores à base de resina de
metacrilato, juntamente com
primer
auto-condicionante, não se confirmou no presente
estudo, embora possa observar, pela análise dos valores mínimos, máximos e intervalo
de confiança, uma tendência a maior resistência à fratura nos espécimes obturados pelo
sistema Epiphany/Resilon. Novos estudos e tecnologias devem ser desenvolvidos a fim
de aperfeiçoar os sistemas adesivos, buscando diminuir a suscetibilidade das raízes à
fratura inerente ao tratamento endodôntico.
Conclusão
Conclusão
63
De acordo com os resultados obtidos neste experimento, parece lícito concluir
que os materiais obturadores Endofill, Sealer 26, AH Plus, a combinação Epiphany/guta-
percha e o sistema Epiphany/Resilon não aumentaram a resistência das raízes de
incisivos inferiores à fratura, no entanto, a análise dos valores mínimos, máximos e
intervalo de confiança evidencia uma tendência a maior resistência à fratura nos
espécimes obturados pelo sistema Epiphany/Resilon.
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