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Universidade de São Paulo
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Caracteres morfológicos e produtivos do algodoeiro em diferentes
configurações de semeadura
Ariana Vieira Silva
Tese apresentada, para obtenção do título de
Doutor em Agronomia. Área de
Concentração: Fitotecnia
Piracicaba
2007
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2
Ariana Vieira Silva
Engenheiro Agrônomo
CARACTERES MORFOLÓGICOS E PRODUTIVOS DO ALGODOEIRO EM
DIFERENTES CONFIGURAÇÕES DE SEMEADURA
Orientador:
Prof. Dr. EDERALDO JOSÉ CHIAVEGATO
Tese apresentada para obtenção do título de Doutor
em Agronomia. Área de Concentração: Fitotecnia
Piracicaba
2007
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3
À Deus,
Ao meu marido Otavio pelo amor, amizade e companheirismo.
DEDICO.
À minha filha Julia.
OFEREÇO.
4
AGRADECIMENTOS
À Universidade de São Paulo e à Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
(USP/ESALQ), pela oportunidade em realizar o curso e à infra-estrutura oferecida.
À Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, e
ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, pelo auxílio
financeiro.
Ao Prof. Dr. Ederaldo José Chiavegato pela orientação científica, dedicação e amizade.
Aos Pesquisadores Científicos Dr. Luiz Henrique Carvalho e Eng. Têxtil Julio Issao
Kondo do Centro de Análise e Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Grãos e Fibras –
Instituto Agronômico de Campinas pelo apoio e infra-estrutura oferecida.
Aos funcionários do Departamento de Produção Vegetal – Agricultura – USP/ESALQ e
do IAC/APTA pela ajuda na condução dos experimentos.
Às secretárias Luciane Aparecida Lopes do Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia e
Sílvia Borghesi do Departamento de Produção Vegetal pela disposição e ajuda no decorrer dos
estudos.
Às bibliotecárias Eliana Maria Garcia e Sílvia Maria Zinsly da USP/ESALQ pela
excelente colaboração na revisão desta tese.
Às amigas de Doutorado, Daniela Moreira Kubiak de Salvatierra e Vanessa de Toledo
Lima e ao colega Guy Mitsuyuki Tsumanuma pela amizade, compreensão e colaboração.
Aos estagiários do Grupo de Experimentação na Cultura do Algodão (GEALG) pela
dedicação na experimentação.
Às novas amizades e colegas adquiridos nesta experiência de vida.
Ao meu marido Otavio pelo amor, presença e auxílio na elaboração deste trabalho.
À minha filha Julia pela inspiração de vida e novas conquistas.
À minha mãe Edméia pela confiança, incentivo e amor incondicional.
Ao meu pai Pedro Eugênio pelo amor e pelas orações.
Aos meus irmãos Camila e Eugênio e meu cunhado César pelo apoio.
À minha sobrinha Maria Eduarda pela alegria.
À minha avó Iara pela solidariedade e carinho.
Ao meu sogro João Caetano e minha sogra Ana Maria pelo apoio e incentivo.
5
A toda a minha família, pelo carinho e perseverança que transmitiram.
As minhas eternas amigas Andrea, Carolina, Luciana e, em especial, Roberta pela força
nos momentos difíceis, mesmo de longe.
A todas as pessoas que, direta ou indiretamente, auxiliaram na realização deste trabalho.
E a Deus, principal responsável por mais esta etapa da minha vida.
6
SUMÁRIO
RESUMO............................................................................................................................ 8
ABSTRACT........................................................................................................................9
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 10
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................... 13
2.1 Ambiente...................................................................................................................... 13
2.2 Caracteres agronômicos de campo............................................................................... 15
2.3 Caracteres agronômicos de laboratório........................................................................ 21
2.4 Características tecnológicas da fibra............................................................................ 22
3 MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................... 25
3.1 Local ............................................................................................................................ 25
3.2 Cultivar......................................................................................................................... 25
3.3 Delineamento Experimental......................................................................................... 25
3.4 Condução do Experimento........................................................................................... 26
3.4.1 Preparo do solo..........................................................................................................26
3.4.2 Semeadura................................................................................................................. 26
3.4.3 Adubação................................................................................................................... 27
3.4.4 Regulador de crescimento......................................................................................... 27
3.4.5 Controle de plantas daninhas..................................................................................... 30
3.4.6 Controle fitossanitário............................................................................................... 31
3.4.7 Colheita...................................................................................................................... 31
3.5 Variáveis Analisadas.................................................................................................... 32
3.5.1 Caracteres agronômicos de campo............................................................................ 32
3.5.2 Caracteres agronômicos de laboratório..................................................................... 32
3.5.3 Características tecnológicas da fibra......................................................................... 33
3.6 Análise estatística......................................................................................................... 34
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................. 35
4.1 Caracteres Agronômicos de Campo............................................................................. 35
4.1.1 Altura média das plantas............................................................................................ 35
7
4.1.2 Altura de inserção do primeiro ramo frutífero........................................................... 38
4.1.3 Número de ramos vegetativos................................................................................... 40
4.1.4 Número de ramos frutíferos....................................................................................... 43
4.1.5 Número de capulhos por planta................................................................................. 45
4.1.6 Produção de algodão em caroço................................................................................ 48
4.2 Caracteres Agronômicos de Laboratório...................................................................... 52
4.3 Características Tecnológicas da Fibra.......................................................................... 59
5 CONCLUSÕES............................................................................................................. 67
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 68
8
RESUMO
Caracteres morfológicos e produtivos do algodoeiro em diferentes configurações de
semeadura
O presente estudo teve por objetivo avaliar o comportamento morfológico e produtivo
da linhagem de algodão 96/319 sob espaçamentos ultra-adensado, adensado e convencional entre
fileiras e número de plantas por metro linear. Os experimentos foram conduzidos em área
experimental pertencente ao Instituto Agronômico de Campinas, município de Campinas e, em
área agrícola no município de Leme, ambos no Estado de São Paulo, nos anos agrícolas de
1999/00 e 2000/01. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso em esquema fatorial,
com 6 repetições, sendo três espaçamentos entre linhas (0,30, 0,60 e 0,90 m) e duas densidades
de plantas por metro linear (7 e 10). Em cada parcela experimental foram marcadas quatro
plantas ao acaso e analisados os seguintes parâmetros: altura média final das plantas, altura de
inserção do 1º ramo frutífero, número de ramos vegetativos e reprodutivos e número de capulhos
por planta. Na área útil de cada parcela foi determinada a produção de algodão em caroço e, em
amostras de 20 capulhos por parcela, foram realizadas as análises dos caracteres agronômicos de
laboratório (massa média de um capulho, massa de 100 sementes e porcentagem de fibra) e das
características tecnológicas da fibra (comprimento, uniformidade de comprimento, tenacidade e
micronaire e maturidade). De acordo com os dados experimentais obtidos, pôde-se concluir que:
no espaçamento ultra-adensado, a produção de algodão em caroço foi, em média, 16% superior
em relação ao espaçamento convencional; quanto à interação espaçamento entre linhas e
densidade de plantas na linha, maior população de plantas resultam em menor número de
capulhos por plantas e maior a produção de algodão em caroço por unidade de área; quanto
menor o espaçamento entre linhas, maior a altura média final das plantas e o número de ramos
vegetativos e, menor o número de ramos frutíferos e o número de capulhos por planta; quanto
maior a densidade de plantas na linha, maior a altura de inserção do primeiro ramo frutífero e o
número de ramos vegetativos; quanto menor o espaçamento entre linhas, menor a massa de um
capulho, a massa de 100 sementes e a porcentagem de fibra; e, quanto maior a densidade de
plantas na linha, menor a massa de um capulho; dentre as características tecnológicas da fibra,
quanto menor o espaçamento, menor o índice micronaire e a maturidade da fibra.
Palavras-chave: Algodão; Espaçamento; Adensado; Densidade; Produção
9
ABSTRACT
Morphologic and productive cotton characters indifferent sow configuration
The main objective of the present work was to study the morphological and productive
behavior of cotton line 96/319 under ultra-narrow row, narrow row and conventional row and
plants per linear meter. The experiments were carried out in an experimental area belonging to
the Instituto Agronômico de Campinas, Campinas city and in commercial agricultural area in
Leme city, both in São Paulo state, during the 1999/00 and 2000/01 season. The experimental
design was in randomized blocks with six replications, three rows (0,30, 0,60 and 0,90 m
between lines) and two densities (7 and 10 plants per linear meter). Four plants per plot were
labeled and analyzed for the average plant height, insertion height of the first fruit branch,
number of vegetative and fruit branches and open bolls per plant. The cotton yield was
determinated in the useful area of each plot and samples of 20 open bolls randomized chosen per
plot were analyzed for agronomical lab characteristics (average open boll mass, mass of 100
seeds and fiber percentage) and fiber technological characteristics (length, length uniformity,
strength, micronaire and maturity). According to the experimental data obtained it was possible to
conclude: cotton yield for the ultra-narrow was average 16% higher than the yields for the
conventional row; for row and plant density interaction, higher plant population resulted smaller
number of open bolls per plant and higher cotton yield per unit area; smaller row resulted higher
average plant height and number of vegetative branches, and smaller number of fruit branches
and open bolls per plant; higher plant density resulted higher insertion height of the first fruit
branch and number of vegetative branches; smaller row resulted smaller average open boll mass,
mass of 100 seeds and fiber percentage; and higher plant density resulted smaller average open
boll mass; among fiber technological characteristics, smaller row resulted smaller micronaire and
fiber maturity.
Keywords: Cotton; Spacing; Narrow row; Density; Yield
10
1 INTRODUÇÃO
A cultura do algodoeiro é amplamente cultivada e comercializada em nosso meio. Por
ser uma fibra natural, com ampla utilização pela indústria têxtil mundial, merece especial
planejamento de safra e cultivo. Os empresários rurais brasileiros vêem se profissionalizando na
busca do aumento das exportações e sua representatividade no mercado global da fibra,
garantindo assim um mercado comprador que justifica aumentos de área e produção e
conseqüente lucratividade.
O algodoeiro é produzido em mais de 60 países, todavia, somente cinco deles, China,
Índia, Paquistão, Estados Unidos e Uzbequistão, representam mais de 70% da produção, da área e
do consumo (ALGODÃO, 2006). Um dos méritos que proporciona estes dados se deve às
vantagens da tecnologia transgênica, liberada amplamente e utilizada nestes países.
A cada safra, o Brasil vem incrementando sua área, e hoje ocupa a sexta posição em
produção e quinta em exportação. Regiões produtoras do Centro Oeste e do Estado da Bahia são
as principais responsáveis por este panorama. Assim, o Brasil como exportador da fibra, precisa
atentar, cada vez mais, à necessidade de fibras de melhor qualidade. Na safra 2005/2006, o país
cultivou a área total de 825 mil ha, com produção totalizada em 4,7 milhões de fardos. Na
presente safra, a estimativa de expansão da cultura é de 24,4%, enquanto a produção deve
aumentar em 34,5%, chegando a 1,4 milhões de toneladas (ALGODÃO, 2007).
Nos últimos anos, o cultivo brasileiro de algodão passou de pequenas áreas com intensa
utilização de mão-de-obra para grandes áreas planas e mecanizáveis no Centro-Oeste e Bahia e,
mais recentemente, no Norte do país. Uma das conseqüências dessa expansão e modernização é a
crescente demanda energética da cultura, fato que pouco contempla uma visão ambiental.
É importante a busca pela racionalização dos fatores ambientais envolvidos no processo
produtivo. A partir do momento em que o alto custo de produção na cotonicultura leva até mesmo
os produtores estruturados e com características empresariais a se questionarem sobre o sistema
de produção adotado em função das freqüentes crises que a agricultura atual enfrenta, deve-se
adotar uma política mais séria em relação à questão produtiva e tecnológica no país, além de
práticas mais sustentáveis de manejo.
11
A configuração de plantio gera modificações nas características morfológicas,
fisiológicas e de produção da planta de algodão, por se tratar esta de uma cultura com
plasticidade considerável segundo Fowler e Ray (1977). Alterações no crescimento e
desenvolvimento das plantas de algodão, em função do arranjo espacial, também foram
observadas por Silva et al. (2006).
Nóbrega et al. (1999) explicam que, em conseqüência do hábito de crescimento
indeterminado do algodoeiro, ocorre uma competição por assimilados entre os drenos
reprodutivos (botões florais, flores e frutos) e os drenos vegetativos (raiz, caule e folhas). Assim,
a alta produtividade pode ser obtida quando se obtém o equilíbrio entre o crescimento e o
desenvolvimento vegetativo das plantas.
A variação entre o número de plantas na linha e o espaçamento entre linhas resulta em
diferentes populações de plantas, ou seja, diversas configurações de semeadura. O espaçamento
ultra-adensado ou “Ultra-Narrow-Row” (UNR), convenciona espaçamento entre linhas de 0,19 m
a 0,38 m (JOST; COTHREN, 1999a; JOST; COTHREN, 1999b); espaçamento adensado ou
“Narrow-Row” (NR) de 0,39 m a 0,76 m (WEIR, 1996; WILLIFORD; RAYBURN; MEREDITH
JUNIOR, 1986); e o convencional, com espaçamentos entre linhas variando a partir de 0,76 m.
Além dos benefícios produtivos, o adensamento na cultura do algodoeiro pode ser
otimizado em solos já degradados (ALLEN et al., 1998) ou salinizados (UNRUH; MURPHY,
2001), e gerar maior precocidade em relação ao sistema convencional, evitando elevadas
populações de pragas no final do ciclo, tais como o bicudo do algodoeiro e as lagartas (CAWLEY
et al., 1998; EDMISTEN et al., 1998; JOST; COTHREN, 1999a; JOST; COTHREN, 2001;
JOST; COTHREN; GERIK, 1998; LANDIVAR; DONATO, 2000; WILLIFORD, 1992). Mais
recentemente, Lamas et al. (2003) reafirmaram a importância da utilização de altas populações de
plantas no controle de pragas e também de plantas daninhas, com conseqüente redução no custo
de produção.
Shurley et al. (2002) reforçam a tese de que os solos secos e em condições marginais
podem ser uma alternativa econômica para a utilização de espaçamentos ultra-adensados.
Outros benefícios gerados pelo estreitamento das entre linhas seriam o de se obter maior
número de frutos com menor área foliar, devido ao aumento na eficiência do uso de água (BEST;
RINEY; KRIEG, 1997), uma vez que a diminuição no número de plantas na linha e no
espaçamento entre linhas pode favorecer a interceptação da radiação solar pelas plantas e
12
diminuir a taxa de evaporação de água do solo (KRIEG, 1997; LANDIVAR; DONATO, 2000;
PRINCE; LIVINGSTON; LANDIVAR, 1999).
Molin; Hugie e Hirase (2004) observaram que o espaçamento ultra-adensado em
algodoeiro resulta numa melhor competição com as plantas daninhas e diminui a produção de
sementes das mesmas. Este fato é explicado por Silva; Chiavegato e Tisselli (2005) e Silva et al.
(2005). Estes autores notaram que o adensamento resulta em fechamento mais rápido das
entrelinhas, maior índice de área foliar e radiação solar absorvida e refletida.
Conforme Reeves (2000), o aumento na população de plantas em conjunto com um
sistema conservacionista do solo, pode diminuir custos com insumos agrícolas, elevar a
rentabilidade em curto prazo e conservar e melhorar as características do solo e a produtividade
em longo prazo nas regiões onde os solos foram muito explorados e encontram-se erodidos,
compactados, com altos teores de alumínio e baixos teores de matéria orgânica, como é o caso
dos Estados do Sul, Sudeste e Nordeste do país, o que propícia benefícios para a agricultura
familiar.
Estudos realizados por Parvin et al. (2001) e Husman et al. (2001) concluíram que o
sistema ultra-adensado gera menor custo de produção em relação ao convencional.
Há muitas perguntas ainda sem resposta neste novo sistema de produção. Silva (2005)
cita vantagens como a maior competição com as plantas daninhas, precocidade na colheita, maior
número de frutos por unidade de área, as quais dependem do manejo correto e realizado no
momento certo, assim como a introdução de matérias genéticos do tipo “cluster”, que podem
proporcionar a adoção eficiente do adensamento.
Portanto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar diferentes configurações de
semeadura, tais como os espaçamentos ultra-adensado, adensado e convencional com densidade
populacional variável em dois locais, anteriormente grandes produtores de pluma, e suas
implicações no crescimento e desenvolvimento das plantas, produtividade e qualidade da fibra.
13
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Ambiente
O ambiente atua em qualquer fase de desenvolvimento da planta de algodão, podendo
alterar tanto a quantidade quanto a qualidade do produto final (CHIAVEGATO, 1995). A
densidade de plantio, topografia, tipo de solo, drenagem e fatores culturais são determinantes no
microclima de uma cultura (ROTEM; PALTI, 1969).
Durante duas safras Kerby; Cassman e Keekey (1990) estudaram a altura de cinco
cultivares de algodão, com características distintas, sob espaçamento entre linhas de 0,76 m e três
densidades de plantas (5, 10 e 15 plantas.m
-1
linear). Observaram que, para a cultivar de maior
porte, o aumento da densidade de plantas diminuiu a altura em um dos anos, exceto no ano em
que a irrigação foi suspensa mais cedo; nas cultivares de porte intermediário, as diferenças anuais
na altura das plantas só foram significativas com 5 plantas.m
-2
ou no máximo com 10 plantas.m
-2
;
as de portes menores não foram afetadas significativamente, nem pela densidade de plantas e nem
pelo ano de cultivo. Contrariamente, diferentes espaçamentos entre linhas estudados por
Buehring et al. (2005), num período de dois anos e em dois locais distintos, não resultaram em
diferentes portes de plantas por ocasião da colheita. Anteriormente, Kerby; Cassman e Keekey
(1990) já salientaram que as interações genótipo, ambiente e densidade de plantas podem explicar
em parte os efeitos inconsistentes da densidade sobre o porte das plantas.
Kerby (1998) concluiu que ocorrem limitações no crescimento vegetativo ao se adotar
altas populações, uma vez que, no geral, as plantas cresceram menos devido as maiores áreas
foliares formadas, o que favoreceu a elevada retenção de frutos. Este sistema de semeadura foi
mais eficiente na interceptação de radiação solar incidente na cultura do algodoeiro, pois
proporcionou um aumento da área foliar (HEITHOLT; PETTIGREW; MEREDITH JUNIOR,
1992).
Estudos conduzidos por Hart et al. (1995) durante três anos, mostraram que os
espaçamentos entrelinhas de 76,2 e 101,6 cm não interferiram na produção de algodão. Também
não observaram diferenças estatísticas nas interações entre espaçamentos e preparo do solo, e
espaçamentos e regulador vegetal.
14
A utilização de espaçamentos adensados e ultra-adensados contribui com maior retenção
de frutos, elevando a produtividade, segundo Krieg (1996). Além da melhor interceptação de luz
por unidade de área o suprimento de água é favorecido pela menor evaporação de água do solo.
Num período de cinco anos, Williford (1992) relatou que, no sistema adensado, a
produção foi maior em todos os anos em relação ao sistema convencional de semeadura. O
mesmo foi observado por Fernandez e Stapper (2005), após dois anos de estudos em área
comercial no Texas, EUA.
Após estudarem por dois anos consecutivos diferentes configurações de semeadura com
espaçamentos entre linhas de 19, 38, 76 e 102 cm, Jost e Cothren (2000) concluíram que, em
regime de deficiência hídrica e sob altas temperaturas, ocorre aumento da produção de algodão
em populações maiores.
A produção de algodão foi superior estatisticamente no sistema ultra-adensado em
comparação ao convencional durante duas safras consecutivas conduzidas por Husman et al.
(2001). Contrariamente, Clawson e Cothren (2002) não verificaram diferença de produção em
diferentes espaçamentos entre linhas durante dois anos de cultivo.
Lamas et al. (2004) estudaram a produtividade de algodão em caroço em dois locais no
estado de Goiás. Com o aumento do espaçamento entre linhas, constataram aumento de produção
em uma das áreas, fato não verificado na outra área avaliada.
Em dois anos de pesquisa, Nichols e Snipes (2001) concluíram que a massa de sementes
e a porcentagem de fibra não variaram com a população de plantas ou o espaçamento adotado.
Furlani Junior et al. (2003) analisaram durante quatro safras e em cinco locais diferentes
as densidades de 6, 10 e 14 plantas.m
-1
, verificando que, quanto maior a densidade, menor a
massa de capulhos e a porcentagem de fibra.
Por três anos consecutivos, Bridge; Meredith Junior e Chism (1973) constataram que,
em menores populações de plantas, é possível obter maiores produções de sementes e capulhos.
A porcentagem de fibra foi superior na menor população de plantas durante os dois primeiros
anos, não ocorrendo diferença no terceiro ano. Em relação às variáveis tecnológicas da fibra, tais
como comprimento, resistência e elongação da fibra, estas não diferiram nas diversas populações
estudadas; já o índice micronaire apresentou-se maior na menor população de plantas de
algodoeiro, em dois dos três anos estudados.
15
Pesquisando o espaçamento convencional de 102 cm e o adensado de 76 cm durante
cinco anos, Williford (1992) observou que, os componentes da qualidade tecnológica da fibra
mostraram-se semelhantes em ambos os sistemas de produção.
O espaçamento ultra-adensado não diferiu do convencional quanto à qualidade de fibra
conforme estudo de dois anos realizados por Howard et al. (2001).
2.2 Caracteres agronômicos de campo
Ao estudar o porte das plantas nos espaçamentos de 25,4 50,8 e 101,6 cm, Gwathmey
(1996) não encontrou diferença significativa para a altura das plantas, que se mostrou diferente
apenas após a aplicação do regulador vegetal cloreto de mepiquat (PIX).
Staut e Lamas (1999) apuraram que, quanto maior a população de plantas por área,
menor a altura final das plantas. Ou ainda, de acordo com Moresco et al. (1999a); Moresco et al.
(1999b), maior a altura das plantas com o aumento no espaçamento entre linhas, assim como
Carvalho et al. (2001b), que constataram maior altura das plantas no espaçamento entre linhas de
0,95 m em comparação ao de 0,76 m. No entanto, Bolonhezi et al. (1999) não verificaram
diferenças estatísticas significativas para a altura média das plantas utilizando os espaçamentos
de 25, 50, 75 e 100 cm.
Silva (2000) estudou a interação entre duas cultivares, três espaçamentos (0,30, 0,60 e
0,90 m) e três densidades de plantas na linha (5, 7,5 e 10 plantas.m
-1
), e observou que em todos
os tratamentos as características originais das cultivares foram mantidas. Ao mesmo tempo, a
altura das plantas foi menor conforme a redução nos espaçamentos entre linhas.
Ao variar a população de plantas por hectare de 100 mil a 500 mil, Beltrão; Pereira e
Oliveira (2001) constataram menor altura das plantas quanto maior a população.
Em relação às características morfológicas estudadas por Fowler e Ray (1977), para duas
cultivares e cinco espaçamentos entre linhas, variando de 12,7 a 50,8 cm, pôde-se averiguar
menor diâmetro de caule, altura das plantas e número de nós e ramos vegetativos e frutíferos por
planta, conforme a redução dos espaçamentos, ao contrário da altura de inserção do 1º ramo
frutífero, que se mostrou maior nos espaçamentos mais adensados. O aumento da densidade
16
também elevou a altura de inserção dos ramos frutíferos, independente da cultivar avaliada, num
estudo das densidades de 4, 8 e 16 plantas.m
-1
realizado por Yamaoka; Pires e Almeida (1982).
Lamas (1988) avaliou a cultivar IAC 20 em Viçosa, MG, sob espaçamentos entre linhas
de 30, 40, 60, 80 100 e 120 cm com densidade de 6 plantas.m
-1
linear, concluindo que, quanto
menor o espaçamento, maior a altura de inserção do 1º ramo frutífero e menor a altura das
plantas, diâmetro do caule e número de capulhos por plantas.
O número de ramos vegetativos e a altura das plantas diminuem com o adensamento.
Porém, maior porcentagem de frutos na 1ª posição em algodoeiro é encontrada no sistema ultra-
adensado (EDMISTEN et al., 1998).
Comparando espaçamento ultra-adensado em relação ao convencional, Cawley et al.
(1998) observaram menor altura das plantas e de número de ramos vegetativos.
Após estudar diversas populações de plantas, Bednarz et al. (1998) concluíram que os
números de ramos vegetativos e reprodutivos são menores nas maiores populações.
Smart (1993); Gerik et al. (1998), trabalharam com espaçamentos entre linhas de 0,76 e
1,02 m e espaçamentos de 0,19, 0,38 e 0,76 m, respectivamente, e não constataram alteração na
altura das plantas e no número de internódios. Ao contrário de Jost e Cothren (2001), que
observaram redução na altura das plantas e no número de nós com o adensamento.
Com apenas uma aplicação de regulador vegetal, Yamaoka et al. (2001) avaliando
espaçamentos entre linhas de 0,30, 0,60 e 0,90 m com densidades médias de 5, 7,5 e 10
plantas.m linear
-1
, encontraram redução no porte das plantas no espaçamento de 0,30 m. Desta
forma, estes autores indicam a pesquisa e o desenvolvimento de cultivares mais compactas para a
viabilidade do espaçamento ultra-adensado.
Altas densidades de plantas, com o espaçamento entre linhas de 0,76 m, resultam em
menor número de ramos frutíferos do que nas menores densidades, sem diferença significativa
para número de nós vegetativos, altura das plantas e altura de inserção do 1º nó. Elevadas
densidades de plantas na linha no espaçamento de 1,02 m proporcionaram maior altura das
plantas (WRIGHT et al., 1998).
Segundo Moresco et al. (1999b), ocorreu diminuição na altura das plantas ao se
comparar espaçamento convencional de 90 cm com o adensado de 76 cm.
Em pesquisa realizada por Silva et al. (2006), com interação entre espaçamento entre
linhas de 0,38, 0,76 e 0,95 m e densidade de 5, 8, 11 e 14 plantas.m linear
-1
, os autores puderam
17
concluir que com o aumento do espaçamento e redução na densidade de plantas, maior será a
altura das plantas. Ainda, maiores densidades de plantas resultaram em maior altura de inserção
do primeiro ramo frutífero. Não houve alteração no número de ramos vegetativos em diferentes
configurações de semeadura, ao contrário do número de internódios e de ramos frutíferos, que se
mostraram menores nas maiores populações de plantas.
Segundo Lamas e Staut (1998), existe uma correlação negativa entre o aumento da
população de plantas e a altura das mesmas, o diâmetro do caule, o número de ramos vegetativos
e reprodutivos e o número de capulhos. Kittock et al. (1986) observaram existir também
correlação negativa entre a população de plantas e portes elevados com a produção.
Após verificarem os espaçamentos entre linhas de 0,38, 0,76 e 0,90m, Silva; Chiavegato
e Tisselli (2005) indicaram uma maior altura de plantas com a elevação do espaçamento.
Resultados semelhantes foram verificados por Silva et al. (2005).
Justi; Bolonhezi e Oliveira (2003a) estudaram quatro cultivares e quatro densidades de
plantas na linha (5, 10, 15 e 20 plantas.m
-1
) concluindo que, nas maiores densidades para todas as
cultivares avaliadas, ocorreu um incremento na altura de inserção do primeiro ramo frutífero,
porém com decréscimo no diâmetro de caule, massa de um capulho e produção de algodão em
caroço.
Em relação à produção média, esta se mostrou superior nos espaçamentos de 0,20 e 0,40
m do que no espaçamento de 0,60 m. Também foi constatado aumento de produção de acordo
com a elevação da densidade de plantas.m linear
-1
de 2, 3, 4 e 5 (HAWKINS; PEACOCK, 1970).
Bridge; Meredith Junior e Chism (1973) evidenciaram aumento significativo na
produção de algodão em populações de plantas acima de 188.000 plantas ha
–1
, após três anos
consecutivos de estudos.
Yamaoka; Pires e Almeida (1982), indicam a densidade de 8 plantas.m linear
-1
para a
produção de algodão em caroço. Utilizando 6 plantas.m
-1
e espaçamentos entre linhas de 30 a 120
cm, Lamas (1988) encontrou que o adensamento reduziu o número de capulhos por planta. Nos
espaçamentos de 60 e 100 cm foram obtidas as maiores produções de algodão em caroço.
Após avaliar o comportamento de genótipos de folha okra e normal, Heitholt; Meredith
Junior e Williford (1996) verificaram que a interação entre aqueles de folhas normais e
espaçamentos entre linhas de 0,76 m foram estatisticamente superiores para produção.
18
Bednarz; Brown e Bader (1999); Carmi e Shalhevet
1
, 1983 apud Carmi (1996); Gerik et
al. (1998) observaram que a elevada produção em altas populações de plantas por área foi
resultado do maior número de frutos por área, apesar da menor massa dos frutos. Ainda, segundo
Patterson e Smith (2001), o número de capulhos por planta variou de dois a cinco no sistema
ultra-adensado.
Conforme a diminuição nos espaçamentos entre linhas, o número de ramos vegetativos e
a produção são menores, mas a porcentagem de frutos de 1ª posição aumenta. Porém, com a
aplicação de regulador vegetal, a maior produtividade foi obtida no espaçamento ultra-adensado
de 0,25 m, em estudo realizado por Atwell et al. (1996).
Entre seis diferentes cultivares, Lamas et al. (2004) constataram que para a maioria
delas, resultou em plantas de maior porte e maior número de capulhos, conforme o aumento no
espaçamento entre linhas.
Conforme a diminuição no espaçamento entre linhas, Lamas et al. (2005) observaram
menor porte das plantas e maior produção, esta também em função do menor número de plantas
por metro.
Segundo Maas (1997), conforme o aumento dos espaçamentos entre linhas de 25,4, 50,8,
76,2 e 101,6 cm, ocorreu o incremento no número de capulhos por planta e na produção. Maiores
produções no espaçamento de 96,5 cm do que no de 25,4 cm também foram encontrados por
Bednarz; Brown e Bader (1999).
Wright et al. (1998), evidenciaram menor número de capulhos e menor produção nas
maiores densidades de plantas na linha no espaçamento de 1,02 m.
Conforme Cawley et al. (1998), apesar da produção não ter se mostrado diferente
estatisticamente entre os espaçamentos ultra-adensado e os convencionais, no primeiro ocorreu
maior porcentagem de capulhos na 1ª posição. Assim como, Jost e Cothren (2001); Jost; Cothren
e Gerik (1998) observaram que, a produção pode não ser alterada em diferentes espaçamentos
entre linhas.
Segundo Lamas e Staut (1998), a produção se dá pelo aumento de plantas por unidade
de área, e conseqüentemente de capulhos. Esta conclusão está de acordo com o estudo realizado
por Gerik et al. (1998), que observaram produções superiores de 37 e 21% nos respectivos
espaçamentos de 19 e 38 cm, em relação ao de 76 cm. E, ainda, conforme Gerik; Lemon e
1
CARMI, A.; SHALHEVET, J. Root effects on cotton growth and yield. Crop Science, Madison, v.23, p.875-878,
1983.
19
Steglich (1999), as produções foram 15 a 113% superiores ao utilizarem o espaçamento ultra-
adensado.
Comparando espaçamentos de 0,19 e 0,91 m, Cawley et al. (1999) concluíram que,
apesar do espaçamento ultra-adensado proporcionar menor número de capulhos por planta, a
produção pode ser igual ou até superior ao do espaçamento convencional.
A altura final das plantas, o número de capulhos por planta e a produção não diferiram
estatisticamente entre os espaçamentos de 38 e 76 cm utilizados por Clay; McCloskey e Husman
(2001) no Arizona.
Martin (2001) observou maiores produções no espaçamento de 0,45 m do que no
espaçamento de 0,90 m, este com a metade de plantas que o primeiro. Assim também foi
verificado mais recentemente por Carvalho et al. (2001a), comparando os espaçamentos de 0,60 e
0,90 m entre linhas, os quais obtiveram maior produção no adensado.
Moresco et al. (1999a), não conseguiram evidenciar diferenças nos espaçamentos entre
linhas de 30, 45, 60, 75, 90 e 105 cm, mas maiores produções foram obtidas na maior densidade
de 12 plantas.m linear
-1
em relação à de 7 plantas.m linear
-1
. Tanto no espaçamento entre linhas
de 0,76 m quanto no de 0,95 m, Carvalho et al. (2001b), avaliando as densidades de 5, 8, 11 e 14
plantas.m linear
-1
, obtiveram produção mais elevada na densidade de 11 plantas.m linear
-1
.
Contrariamente, Gerik et al. (2000) indicaram como única possibilidade para o aumento na
produção, o adensamento nas entre linhas quando não se utiliza alta a densidade de plantas na
linha.
Avaliando os espaçamentos de 0,30, 0,60, 0,90 e 1,20 m e as densidades de 4, 8, 12 e 16
plantas.m
-1
, Lamas et al. (2003) puderam concluir que espaçamentos e densidades elevados
resultam em maiores e menores alturas de plantas, respectivamente; já a redução no espaçamento
entre linhas leva a uma maior produção de fibra.
Mesmo quando da utilização de preparo reduzido do solo, Bader; Roberts e Harris
(2000) observaram que a produção de algodão em caroço no sistema ultra-adensado pode ser
igual ou superior a do convencional.
Uma pequena redução na produção e no número de capulhos por planta é encontrada
com o aumento na população de 100.000 a 500.000 plantas por hectare (BELTRÃO; PEREIRA;
OLIVEIRA, 2001).
20
Quanto mais estreito o espaçamento, menor a produção de algodão de caroço por planta
e por área, conforme Bolonhezi e Justi (2003). Espaçamento adensado de 0,45 m em comparação
ao convencional de 0,90 m também resultou em menor produtividade, segundo Vivan et al.
(2005).
A elevação na produtividade no oeste baiano foi alcançada com a utilização de
espaçamento ultra-estreito, de acordo com Severino et al. (2003). A produção mostrou-se 13%
superior no espaçamento de 0,35 m em relação ao de 0,75 m, enquanto que a densidade de
plantas não influenciou na produção. Assim como Renou et al. (2003), que em altas populações
de plantas obtiveram maior produção de algodão em caroço. Contrariamente, Godoy; Castro e
Garcia (2001); Dong et al. (2005) verificaram que, sob baixa população de plantas, a produção de
algodão em caroço foi elevada.
Aguiar; Melo e Fujimoto (2005) não encontraram diferenças estatísticas significativas
entre cultivares, densidade e espaçamento entre linhas para produtividade, em estudo realizado
em Campo Verde – MT. Ferreira; Lamas e Barbosa (2005) também não encontraram efeito do
espaçamento e da densidade sobre a produção de fibra, mas o número de capulhos por planta foi
maior com o aumento no espaçamento e menor com a elevação da densidade.
Ao utilizarem espaçamento ultra-adensado, Mondino e Peterlin (2003) apuraram a
eficiência do aumento na dose de nitrogênio aplicado em pré-floração, com conseqüente aumento
no número de capulhos por planta.
Trabalhando com espaçamento ultra-adensado (0,25m) e convencional (1,00 m), Molin
et al. (2006) concluíram que no primeiro, o número de capulhos por metro quadrado foi
superior.
Wilson Jr. e York (2005), estudando espaçamentos ultra-adensado e adensado, não
verificaram nenhuma diferença na produção de algodão.
Ao comparar diferentes populações de plantas no espaçamento ultra-adensado, Wilson
Jr.; Edmisten e York (2005) constataram menor número de nós e de capulhos por planta com o
aumento da população. Entretanto, nenhum efeito sobre a altura final das plantas foi observado.
Já a produção, quando comparada ao espaçamento convencional, também não apresentou
diferenças significativas.
Estudando momentos da última irrigação e diferentes populações de plantas, Oliveira;
Bezerra e Oliveira (1999) observaram que, quanto maior a população, maior a altura das plantas,
21
enquanto que, para a produção de algodão em caroço, o melhor resultado foi a interação da
irrigação até os 95 dias com a população de 90.000 plantas.ha
-1
.
Carvalho et al. (2001a), verificaram a interferência do uso de reguladores de
crescimento, concluindo ser a produção aumentada em detrimento do porte das plantas e do
número de capulhos carimados.
Tanto a densidade de plantas, quanto o espaçamento mais estreito, elevaram a produção
de algodão em caroço, em trabalho realizado por Schmidt et al. (2003).
2.3 Caracteres agronômicos de laboratório
Para Hawkins e Peacock (1973), os componentes da produção, tais como: massa de
capulhos e de sementes de algodão e a porcentagem de fibra, não sofreram qualquer alteração sob
variações das populações de plantas por unidade de área. Fato semelhante foi confirmado por
Aguiar; Melo e Fujimoto (2005), em trabalho conduzido no estado do Mato Grosso. Já Fowler e
Ray (1977), observaram que a massa de capulhos e de sementes, porcentagem de fibra e número
de sementes por capulho, foram menores quanto mais adensados os espaçamentos entre linhas.
As massas de capulhos e de 100 sementes também se mostraram menores nos
espaçamentos mais estreitos em estudo conduzido em Viçosa com a cultivar IAC 23 por Lamas
(1988). Foram avalidos espaçamentos entre linhas de 30, 40, 60, 80 100 e 120 cm, mantendo-se a
densidade de 6 plantas.m linear
-1
. Da mesma forma, correlação negativa entre população de
plantas e massa de capulhos também foi verificada por Staut e Lamas (1999). Contrariamente,
Nóbrega et al. (1993), não encontraram diferenças significativas para massa de capulhos e massa
de 100 sementes em diferentes configurações de semeadura estudadas.
No sistema ultra-adensado, a massa de sementes foi maior do que no convencional,
segundo Bednarz; Brown e Bader (1999). O aumento na massa de 100 sementes foi obtido por
Carvalho et al. (2001a), ao utilizarem densidade de 11 plantas.m linear
-1
, tanto em espaçamento
0,76 m, adensado, quanto no de 0,95 m, convencional.
A porcentagem de fibra pesquisada por Jost; Cothren e Gerik (1998) mostrou-se superior
no sistema ultra-adensado em relação ao convencional. Porém, mais recentemente, avaliando o
22
sistema de cultivo adensado, Jost e Cothren (1999b) observaram que, as porcentagens de fibras
não tiveram diferença significativa em comparação ao sistema convencional.
Beltrão; Pereira e Oliveira (2001), pesquisando populações variadas de 100.000 para
500.000 plantas de algodão por hectare, concluíram que a massa de um capulho e a porcentagem
de fibra não apresentaram diferença estatística nas diferentes populações avaliadas. Contreras et
al. (2003), também não verificaram diferença na porcentagem de fibra com o aumento na
população de plantas.
Segundo Justi; Bolonhezi e Oliveira (2003a), a porcentagem de fibra é menor com o
aumento da densidade de plantas na linha para quatro diferentes cultivares estudadas, mantendo
fixo o espaçamento entre linhas de 0,76 m.
Maiores espaçamentos entre linhas elevaram a massa de capulhos e a porcentagem de
fibra, mas estes diminuíram com o aumento da densidade de plantas (FERREIRA; LAMAS;
BARBOSA, 2005). De acordo com Molin et al. (2006), o espaçamento ultra-adensado de 0,25m
resultou em menor massa de capulhos em comparação com o sistema convencional de 1,00 m
entre linhas.
Independente da população de plantas, a porcentagem de fibra não se mostrou diferente
em estudo realizado por Dong et al. (2006).
Com o emprego de regulador vegetal, Carvalho et al. (2001a) verificaram que a massa
de 100 sementes foi maior, em detrimento na porcentagem de fibra.
Gwathmey (1996), avaliando os espaçamentos de 25,4, 50,8 e 101,6 cm com a aplicação
de cloreto de mepiquat (PIX), notou que o produto proporcionou maior porcentagem de fibra.
A massa de capulhos foi superior no espaçamento entre linhas de 0,35 m, quando a dose
do nitrogênio em cobertura foi elevada de 50 para 100 kg.ha
-1
, conforme pesquisa realizada na
Argentina por Mondino e Peterlin (2003).
2.4 Características tecnológicas da fibra
As características tecnológicas da fibra, como comprimento, resistência, finura e
uniformidade da fibra, não apresentaram alterações significativas nas diferentes configurações de
semeadura avaliadas por Nóbrega et al. (1993). De forma semelhante, Gerik et al. (1998)
23
concluíram que, a utilização de variados espaçamentos entre linhas não interferem na qualidade
da fibra.
McKnight e Jost (2001) não constataram efeito do espaçamento entre linhas e da
variação na população de plantas sobre o micronaire, a resistência e o comprimento da fibra.
Avaliando os espaçamentos de 25,4, 50,8 e 101,6 cm, Gwathmey (1998) verificou
também que, independente do espaçamento entre linhas, não houve diferença significativa nas
características tecnológicas de fibra. Do mesmo modo, Bednarz; Brown e Bader (1999), ao
compararem o espaçamento de 25,4 cm com o de 96,5 cm, não encontraram diferenças
significativas para a qualidade da fibra. E, mais recentemente, espaçamentos entre linhas de 0,60
e 0,90 m não alteraram estatisticamente as características tecnológicas da fibra estudadas por
Carvalho et al. (2001b).
Em trabalho realizado por Jost e Cothren (2001), estes concluíram que, nos
espaçamentos ultra-adensados de 0,19 e 0,38 m, o comprimento da fibra foi menor do que nos
espaçamentos convencionais.
A interação entre quatro cultivares de algodoeiro e densidade de plantas na linha,
mantendo o espaçamento entre linhas em 0,76 m, não modificaram estatisticamente as
características tecnológicas da fibra, de acordo com Justi; Bolonhezi e Oliveira (2003b). Todavia,
segundo Heitholt; Meredith Junior e Williford (1996); Jones e Wells (1997), a densidade de
plantas na linha foi o principal determinante das características tecnológicas da fibra.
Hawkins e Peacock (1973) observaram instabilidade para o índice micronaire, pois, o
mesmo, comportou-se superior nos espaçamentos de 50,8 e 101,6 cm do que no espaçamento de
25,8 cm, não diferindo do de 75,6 cm.
Avaliando diferentes espaçamentos entre linhas, mas mantendo a densidade de 6
plantas.m linear
-1
, Lamas (1998) inferiu que, quanto mais adensado o espaçamento nas entre
linhas menor o índice micronaire. De forma semelhante, Godoy; Castro e Garcia (2001),
verificaram que o aumento da população de plantas diminui o micronaire.
Em experimento realizado para avaliar os espaçamentos entre linhas de 0,25, 0,50, 0,75
e 1,00 m e seus efeitos sobre três diferentes genótipos de algodoeiro, Bolonhezi e Justi (2003)
concluíram ser a uniformidade de comprimento superior nos espaçamentos de 0,25 e 1,00 m e o
micronaire inferior no espaçamento mais adensado, para a cultivar CD-401.
24
Quando se verifica a interferência do uso de reguladores de crescimento no algodoeiro,
em geral, ocorre uma elevação no comprimento da fibra, no índice micronaire e na tenacidade da
fibra (Carvalho et al., 2001a).
Estudando o algodão colorido, Silva et al. (2003) encontraram que o aumento na
população de plantas por hectare resultou em um menor comprimento e maior tenacidade da
fibra.
Vivan et al. (2005) avaliaram a colheita mecânica de algodão e concluíram que, o
adensamento elevou a uniformidade de comprimento, o micronaire, a maturidade da fibra e a
resistência.
A interação entre os espaçamentos ultra-adensado e convencional com diferentes
populações de plantas não afetaram a qualidade da fibra avaliada por Wilson Jr.; Edmisten e
York (2005), apesar de uma pequena redução no comprimento da fibra com o aumento da
população.
25
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Local
Os experimentos foram conduzidos no ano agrícola de 1999/2000 e 2000/2001, em área
experimental do Centro Experimental do Instituto Agronômico de Campinas, município de
Campinas e em área agrícola do município de Leme, ambos no estado de São Paulo. O clima das
regiões é do tipo Cwa (clima mesotérmico, úmido, subtropical com inverno seco), segundo a
classificação de Koeppen (VIANELLO; ALVES, 1991).
3.2 Cultivar
A linhagem 96/319 foi escolhida por representar o tipo padrão de genótipos
desenvolvidos e disponíveis na região sudeste do Brasil. Apresenta ciclo semi-determinado,
forma cônica, porte alto, frutos grandes e resistência genética múltipla às doenças e nematóides, o
que a torna um material propício para os sistemas de produção em altas populações de plantas por
área.
3.3 Delineamento experimental
Em ambos os experimentos o delineamento experimental foi o de blocos ao acaso em
esquema fatorial 3 X 2, com 6 repetições, totalizando 36 parcelas. Os espaçamentos entre linhas
de 0,30, 0,60 e 0,90 m, com densidades de 7 e 10 plantas por metro linear.
Todas as parcelas tiveram 5 m de comprimento. As parcelas com espaçamento de 0,90
m foram constituídas por 4 linhas, considerando-se úteis as 2 linhas centrais. O espaçamento de
0,60 m apresentou 5 linhas, com 3 linhas centrais consideradas úteis. No espaçamento de 0,30 m
utilizou-se 8 linhas, considerando-se úteis as 6 linhas centrais. Desta forma, todos os tratamentos
26
apresentaram a área útil de 9 m
2
por parcela, porém, com densidade populacional variável
conforme exposto na Tabela 1. A área total dos experimentos foi de 1.056 m
2
(24 X 44 m).
Tabela 1 – Espaçamento, número de plantas por linha e densidade populacional da linhagem
96/319. Anos agrícolas 1999/00 e 2000/01. Campinas e Leme, SP
Tratamentos Espaçamentos (m)
Nº Plantas
(m linear)
Densidades
(plantas. ha
-1
)
1 0,30 7 233.333
2 0,30 10 333.333
3 0,60 7 116.667
4 0,60 10 166.667
5 0,90 7 77.778
6 0,90 10 111.111
3.4 Condução do Experimento
3.4.1 Preparo do solo
O preparo do solo constou de uma aração na profundidade de 35 cm, utilizando-se arado
hidráulico de aiveca com três “bicos” reversíveis, uma gradagem pesada para destruição dos
torrões maiores e uma gradagem niveladora para a incorporação do herbicida em pré-plantio.
3.4.2 Semeadura
Os experimentos foram semeados manualmente em ambos os locais e nas duas safras
agrícolas. Foram utilizadas as quantidades necessárias de sementes, permitindo o ajuste do
estande final das plantas de 7 e 10 plantas.m linear
-1
para cada tratamento após o desbaste (Tabela
2).
27
Tabela 2 – Data de semeadura e desbaste em dias após a emergência (DAE). Anos agrícolas
1999/00 e 2000/01. Campinas e Leme, SP
Ano Agrícola Local Semeadura Desbaste (DAE)
1999/00 Campinas 23/11/1999 38
1999/00 Leme 09/11/1999 28
2000/01 Campinas 07/11/2000 25
2000/01 Leme 08/11/2000 19
3.4.3 Adubação
Na adubação de semeadura foram utilizados 420 kg.ha-
1
da fórmula comercial 4-20-20,
com base na análise química do solo para ambos os locais.
Em cobertura foram aplicados 579 kg.ha
-1
de sulfato de amônio, ou seja, 116 kg.ha
-1
de
nitrogênio, em uma única aplicação para o espaçamento de 0,30 m e de forma parcelada nos
espaçamentos de 0,60 e 0,90 m, conforme Tabela 3.
Tabela 3 – Adubação nitrogenada em cobertura em dias após a emergência (DAE). Anos
agrícolas 1999/00 e 2000/01. Campinas e Leme, SP
Ano Agrícola Local 1ª Adubação
Cobertura (DAE)
1
2ª Adubação
Cobertura (DAE)
2
1999/00 Campinas 38 58
1999/00 Leme 28 45
2000/01 Campinas 26 46
2000/01 Leme 30 50
1
Adubação realizada nos espaçamentos de 0,30, 0,60 e 0,90 m;
2
Adubação realizada nos espaçamentos de 0,60 e 0,90 m.
3.4.4 Regulador vegetal
O regulador vegetal, cloreto de mepiquat (produto comercial PIX, 50 g i.a..ha
-1
), foi
aplicado parceladamente com pulverizador costal de CO
2
com pressão constante de 42 l.pol
-2
e
com bico X2, conforme o monitoramento semanal da altura das plantas, de forma que os
28
espaçamentos correspondessem a 2/3 da altura final das plantas conforme Righi; Ferraz e Corrêa
(1965); Passos (1977); Gridi-Papp et al. (1992). Portanto, no espaçamento ultra-adensado (0,30
m) a altura final ideal das plantas é de 0,45 m, no adensado (0,60 m) de 0,90 m e no convencional
(0,90 m) de 1,35 m.
Em Campinas e Leme, no agrícola 1999/00, foi aplicado o regulador vegetal de forma
parcelada, sendo que nas parcelas correspondentes ao espaçamento entre linhas de 0,30 m, foram
realizadas duas aplicações de 1,5 e 2,0 l.ha
-1
. Nos espaçamentos entre linhas de 0,60 e 0,90 m foi
aplicada a dose única de 1,0 l.ha
-1
em ambos os locais (Tabelas 4 e 5).
Tabela 4 – Aplicação parcelada de regulador vegetal em ml.ha
-1
conforme o espaçamento entre
linhas e o número de dias após a emergência (DAE). Ano agrícola 1999/00.
Campinas, SP
Espaçamento (m) Dias Após a Emergência (DAE) Regulador Vegetal (ml.ha
-1
)
0,30 38 300
0,30 51 300
0,30 70 900
0,60 38 100
0,60 51 200
0,60 70 300
0,60 89 400
0,90 38 100
0,90 51 200
0,90 70 300
0,90 89 400
29
Tabela 5 – Aplicação parcelada de regulador vegetal em ml.ha
-1
conforme o espaçamento entre
linhas e o número de dias após a emergência (DAE). Ano agrícola 1999/00. Leme, SP
Espaçamento (m) Dias Após a Emergência (DAE) Regulador Vegetal (ml.ha
-1
)
0,30 28 200
0,30 45 300
0,30 57 500
0,30 64 500
0,30 74 500
0,60 28 100
0,60 45 200
0,60 57 300
0,60 74 400
0,90 28 100
0,90 45 200
0,90 57 300
0,90 74 400
Nas Tabelas 6 e 7, encontram-se os valores relativos às aplicações parceladas do
regulador vegetal para Campinas e Leme, respectivamente, no ano agrícola 2000/01. No total, os
diferentes espaçamentos receberam doses diferenciadas, sendo que no de 0,30 m foi aplicado 2,5
e 3,0 l.ha
-1
em Campinas e Leme respectivamente. No espaçamento entre linhas de 0,60 m foi
aplicado 0,6 l.ha
-1
em ambos os locais e no espaçamento de 0,90 m foi aplicado 0,20 e 0,25 l.ha
-1
,
respectivamente, em Campinas e Leme.
30
Tabela 6 – Aplicação parcelada de regulador vegetal em ml.ha
-1
conforme o espaçamento entre
linhas e o número de dias após a emergência (DAE). Ano agrícola 2000/01.
Campinas, SP
Espaçamento (m) Dias Após a Emergência (DAE) Regulador Vegetal (ml.ha
-1
)
0,30 40 300
0,30 47 700
0,30 54 1000
0,30 76 500
0,60 40 100
0,60 54 300
0,60 76 200
0,90 46 100
0,90 76 100
Tabela 7 – Aplicação parcelada de regulador vegetal em ml.ha
-1
conforme o espaçamento entre
linhas e o número de dias após a emergência (DAE). Ano agrícola 2000/01. Leme, SP
Espaçamento (m) Dias Após a Emergência (DAE) Regulador Vegetal (ml.ha
-1
)
0,30 50 400
0,30 55 600
0,30 63 1000
0,30 79 500
0,30 96 500
0,60 55 250
0,60 79 350
0,90 79 250
3.4.5 Controle de plantas daninhas
O controle de plantas daninhas quando necessário foi realizado através de manejo
químico com herbicidas e capinas manuais.
No ano agrícola 1999/00, tanto no experimento realizado em Campinas quanto no de
Leme, foi aplicado em pré-plantio incorporado o herbicida trifuralin (Trifuralina, 445 g i.a.ha
-1
)
na dose de 2,0 l.ha
-1
da formulação comercial, com um volume de calda de 250 l.ha
-1
. Em
Campinas, foi realizada uma capina manual em todos os tratamentos aos 38 DAE e uma segunda
31
capina para os espaçamentos de 0,60 e 0,90 m aos 70 DAE, nestes espaçamentos também foi
aplicado o herbicida em pós-emergência diuron + metano arsenito ácido monossódico – MSMA
(Fortex, 360 g i.a.ha
-1
), na dose de 8,0 l.ha
-1
, com volume de calda de 250 l.ha
-1
aos 86 DAE. No
experimento de Leme, foi realizada apenas uma única capina manual aos 28DAE.
Em Campinas, na safra 2000/01, o herbicida em pré-plantio incorporado trifluralin
(Trifuralina, 445 g i.a.ha
-1
) na dose de 2,0 l.ha
-1
, com um volume de calda de 250 l.ha
-1
foi
utilizado na área experimental. Aos 19 e 26 DAE foram realizadas capinas manuais nas entre
linhas do algodoeiro em todos os tratamentos. Aos 76 DAE foi realizada nos espaçamentos de
0,60 e 0,90 m a aplicação de herbicida em pós-emergência diuron + metano arsenito ácido
monossódico – MSMA (Fortex, 360 g i.a.ha
-1
), na dose de 8,0 l.ha
-1
, com volume de calda de 250
l.ha
-1
. Na área experimental de Leme, aos 19 DAE, foi realizada uma capina manual, sem a
necessidade de aplicação de herbicida em pós-emergência devido à baixa umidade do solo.
3.4.6 Controle fitossanitário
Devido a linhagem 96/319 possuir características de resistência aos principais patógenos
que ocorrem na cultura do algodoeiro, não houve necessidade da utilização de fungicidas durante
todo o ciclo da cultura para os quatro experimentos. Já o controle de pragas foi realizado para
manter o bom crescimento/desenvolvimento das plantas.
Nos dois anos agrícolas foi constatada a presença de nematóides na área experimental de
Leme. E, dentre as pragas controladas de maneira preventiva, as principais foram: tripes
(Frankliniella sp.), pulgão (Apis gossypii Glov.), bicudo (Anthonomus grandis Boh.), ácaro
branco (Polyphagotarsonemus latus Banks) e ácaro rajado (Tetranychus urticae Koch).
3.4.7 Colheita
Previamente à colheita, foram coletados aleatoriamente, para os estudos das
características da fibra, amostras de 20 capulhos por parcela no terço médio das plantas.
Todas as colheitas foram efetuadas manualmente, e quando necessário sendo realizadas
parceladamente (Tabela 8).
32
Tabela 8 – Colheita dos experimentos por parcela em dias após a emergência (DAE). Anos
agrícolas de 1999/00 e 2000/01. Campinas e Leme, SP
Ano Agrícola Local 1ª Colheita (DAE) 2ª Colheita (DAE)
Campinas 153 168
1999/00
Leme 148 155
Campinas
1
144 -
2000/01
Leme
146
2,3
159
3
1
Colheita única;
2
Colheita única para os espaçamentos de 0,60 e 0,90m;
3
Colheita parcelada para o espaçamento de 0,30m.
3.5 Variáveis Analisadas
3.5.1 Caracteres agronômicos de campo
Por ocasião da colheita foram coletadas quatro plantas por parcela para as seguintes
avaliações:
a) altura média final das plantas: com régua graduada mediu-se a altura em centímetros, entre
o nível do solo e o broto apical;
b) altura de inserção do primeiro ramo frutífero: com régua graduada mediu-se a altura em
centímetros, entre o nível do solo e a inserção do 1º ramo frutífero;
c) número de ramos vegetativos: contagem do números de ramos vegetativos;
d) número de ramos frutíferos: contagem do número de ramos frutíferos;
e) número de capulhos por planta: contagem do número de capulhos;
Na área útil de cada parcela experimental foram determinadas:
f) produção de algodão em caroço: massa, em quilogramas, de algodão em caroço, colhido
nas linhas úteis de cada parcela experimental.
3.5.2 Caracteres agronômicos de laboratório
Na amostra de 20 capulhos colhidos ao acaso no terço médio das plantas em cada
parcela experimental, foram realizadas as seguintes determinações:
33
a) massa de um capulho: massa média em gramas, do algodão em caroço de um capulho,
determinada a partir da massa total da amostra;
b) massa de 100 sementes: massa em gramas, de 100 sementes;
c) porcentagem de fibra: massa relativa da fibra obtida após o beneficiamento das amostras,
determinado por diferença, a partir da massa das sementes, e expresso em porcentagem.
3.5.3 Características tecnológicas da fibra
Amostras de 20 capulhos foram coletadas, aleatoriamente, na área útil de cada parcela
experimental e no terço médio das plantas. Posteriormente, foram encaminhadas para análise, no
laboratório do Centro de Análise e Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Grãos e Fibras do
Instituto Agronômico de Campinas/Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios. No
equipamento HVI (High Volume Instrument) da Zellweger Uster/Spinlab série 900, foram
obtidas as seguintes determinações quanto às características da fibra:
a) comprimento de fibra: valor médio, em milímetros, do comprimento “span 2,5%”, obtido a
partir de cinco determinações feitas em cada amostra;
b) uniformidade de comprimento: valor médio, expresso em porcentagem, da uniformidade do
comprimento das fibras, baseado na relação dos valores de comprimento “span 50%” e “span
2,5%”, obtido a partir de cinco determinações feitas em cada amostra;
c) tenacidade: índice médio referente à resistência à tração de uma mecha de fibras, expresso
em g.Tex
-1
, obtido mediante quatro determinações em cada amostra;
d) micronaire: índice que representa a finura da fibra, quando são iguais as condições de
maturidade. Em nosso meio representa mais comumente o complexo finura + maturidade, quando
ambas as propriedades variam. É obtido mediante duas determinações em cada amostra;
e) maturidade: valor médio, expresso em porcentagem, referente à porcentagem de fibras
maduras, obtido a partir de cinco determinações feitas na amostra.
34
3.6 Análise estatística
Os dados das variáveis estudadas foram submetidos às análises de variância pelo teste F
(Tabela 9) e as médias comparadas entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade
(Gomes, 1990). Utilizou-se o sistema de análise estatística – SAS (SAS Institute, 1985).
Tabela 9 – Esquema da análise de variância para os dados das variáveis estudadas
Causas da Variação G.L.
Espaçamento (E) 2
Densidade (D) 1
Interação E x D 2
Bloco 5
Resíduo 25
Total 35
35
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Caracteres agronômicos de campo
4.1.1 Altura média final das plantas
Sabe-se que a altura média final desejável detém estreita relação com o espaçamento
entre linhas para melhor aproveitamento espacial do solo, aumento da área foliar, interceptação
de luz, controle de plantas daninhas e otimização da colheita.
Na safra 1999/00, a altura média final das plantas (Tabela 10), mostrou-se significativo
ao nível de 5% de probabilidade apenas para o fator espaçamento no experimento conduzido em
Leme, enquanto que, no ano agrícola de 2000/01, revelou-se significativo apenas para o fator
espaçamento em Campinas, a 1% de probabilidade, e os fatores espaçamento e densidade, ao
nível de 5% de probabilidade no experimento de Leme.
36
Tabela 10 – Quadrados médios (Q.M.), F das análises de variância (F) e coeficientes de variação
do resíduo (C.V.), referentes à altura média final das plantas (cm) para
espaçamentos (E), densidades (D) e suas interações (média de 6 repetições). Anos
agrícolas 1999/00 e 2000/01. Campinas e Leme, SP
Altura Média Final das Plantas
(cm) – Campinas
Altura Média Final das
Plantas (cm) – Leme
Causas da variação G.L. Q.M. F Q.M. F
Ano Agrícola 1999/00
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 24,36111111 1,46
n.s.
68,86111111 4,09*
Densidade (D) 1 21,77777778 1,30
n.s.
58,77777778 3,49
n.s.
Interação ExD 2 0,19444444 0,01
n.s.
1,86111111 0,11
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 5,96 5,44
Ano Agrícola 2000/01
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 1219,6944444 26,00** 2996,8611111 159,62*
Densidade (D) 1 128,4444444 2,74
n.s.
96,6944444 5,15*
Interação ExD 2 45,8611111 0,98
n.s.
15,3611111 0,82
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 8,08 4,75
*, ** Significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F da análise da variância.
Na Tabela 11, para a altura média final das plantas ano agrícola 1999/00, constata-se que
não ocorreram diferenças significativas entre os diferentes espaçamentos entre linhas avaliados
em Campinas, assim como foi constatado por Bolonhezi et al. (1999) trabalhando com
espaçamentos entre linhas de 25, 50, 75 e 100 cm e por Buehring et al. (2005) em dois anos e
dois locais distintos de pesquisa. Em Leme, no espaçamento de 0,30 m, a altura média final das
plantas foi significativamente menor que do espaçamento de 0,90 m, da mesma forma como
anteriormente observado em outros locais e com outras cultivares por Cawley et al. (1998) e
Yamaoka et al. (2001). O espaçamento de 0,60 m não diferiu dos demais quanto à altura média
final das plantas, assim como foi observado em outras condições por Clay; McCloskey e Husman
(2001) e Gerik et al. (1998) entre os espaçamentos ultra-adensado e adensado. Estes resultados
37
podem ser explicados por Carvalho et al. (2001a) e Gwathmey (1996), pois, segundo estes
autores, o regulador vegetal é o fator interferente no crescimento da planta.
Para o fator densidade de plantas na linha não foi observado diferença significativa na
altura das plantas na safra 1999/00, tanto em Campinas quanto em Leme (Tabela 11).
Contrariamente, Lamas et al. (2003) trabalhando com outras cultivares e em outra região do país
e, Silva et al. (2006) com outra cultivar e na mesma região, encontraram diminuição do porte das
plantas com o aumento da densidade.
Em Campinas, no ano agrícola 2000/01, a altura final das plantas não diferiu nos
espaçamentos adensado (0,60 m) e convencional (0,90 m), porém foi superior ao ultra-adensado
(0,30 m). De modo contrário, Carvalho et al. (2001b) trabalhando com outro material genético e
no mesmo local e, Moresco et al. (1999b) em outra localidade e outras cultivares, observaram
diminuição da altura de plantas no espaçamento convencional quando comparado com o
adensado. Em Leme, a redução na altura das plantas foi em função da diminuição do
espaçamento entre linhas.
Quanto à densidade de plantas na linha na safra 2000/01 da Tabela 11, a altura das
plantas não diferiu entre os tratamentos em Campinas. Já em Leme, a maior densidade
proporcionou plantas de maior porte, contrariamente ao observado por Lamas et al. (2003) e
Silva et al. (2006) em outras localidades e com outras cultivares.
Em todos os dois anos e em ambos os locais estudados, foi observado um fechamento
das entrelinhas mais antecipado no espaçamento de 0,30 m em comparação aos demais
espaçamentos, resultando numa melhor competição com as plantas daninhas.
38
Tabela 11 – Caracteres agronômicos de campo: altura média final das plantas (cm). Anos
agrícolas 1999/00 e 2000/01. Campinas e Leme, SP
Altura Média Final das Plantas (cm)
Tratamentos
Campinas Leme
Ano Agrícola 1999/00
E
1
(0,30m) 69,25 a 72,83 b
E
2
(0,60m) 66,92 a 75,75 ab
E
3
(0,90m) 69,50 a 77,58 a
D.M.S. (5%) 4,16 4,17
D
1
(7 pl/m linear) 67,78 a 74,11 a
D
2
(10 pl/m linear) 69,33 a 76,67 a
D.M.S. (5%) 2,81 2,82
Ano Agrícola 2000/01
E
1
(0,30m) 73,50 b 74,00 c
E
2
(0,60m) 87,92 a 94,50 b
E
3
(0,90m) 92,92 a 105,08 a
D.M.S. (5%) 6,96 4,41
D
1
(7 pl/m linear) 82,89 a 89,56 b
D
2
(10 pl/m linear) 86,67 a 92,83 a
D.M.S. (5%) 4,70 2,97
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
4.1.2 Altura de inserção do primeiro ramo frutífero
Cabe salientar a importância de uma maior altura de inserção do primeiro ramo frutífero
na eficiência operacional da colheita mecanizada, além de evitar o contato dos capulhos com o
solo, minimizando impurezas na fibra.
O teste F, para altura de inserção do primeiro ramo frutífero no ano agrícola 1999/00,
apresentado na Tabela 12 da análise de variância, foi significativo a 5% apenas para o fator
densidade, em Campinas. Do mesmo modo, no ano agrícola de 2000/01 apenas o fator densidade
mostrou-se significativo ao nível de 5% no experimento de Campinas e 1% de probabilidade no
de Leme.
39
Tabela 12 – Quadrados médios (Q.M.), F das análises de variância (F) e coeficientes de variação
do resíduo (C.V.), referentes à altura de inserção do primeiro ramo frutífero (cm)
para espaçamentos (E), densidades (D) e suas interações (média de 6 repetições).
Anos agrícolas 1999/00 e 2000/01. Campinas e Leme, SP
Altura de Inserção do 1º Ramo
Frutífero (cm) – Campinas
Altura de Inserção do 1º
Ramo Frutífero (cm) – Leme
Causas da variação G.L. Q.M. F Q.M. F
Ano Agrícola 1999/00
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 1,86111111 0,38
n.s.
4,33333333 0,55
n.s.
Densidade (D) 1 21,77777778 4,43*
21,77777778 2,79
n.s.
Interação ExD 2 8,52777778 1,74
n.s.
3,11111111 0,40
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 7,70 8,65
Ano Agrícola 2000/01
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 35,58333333 2,50
n.s.
13,36111111 1,40
n.s.
Densidade (D) 1 61,36111111 4,31* 93,44444444 9,81**
Interação ExD 2 1,19444444 0,08
n.s.
4,36111111 0,46
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 12,08 9,88
*, ** Significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F da análise da variância.
De acordo com a Tabela 13, a altura de inserção do primeiro ramo frutífero nas safras
1999/00 e 2000/01, não variou nos diferentes espaçamentos entre linhas avaliados em ambos os
locais. Ao passo que, Fowler e Ray (1977) avaliando cinco diferentes materiais genéticos; e
Lamas (1988) estudando a cultivar IAC 20 em Viçosa, concluíram que a altura de inserção do
primeiro ramo frutífero foi maior nos espaçamentos mais adensados.
Ainda na Tabela 13, referente à safra 1999/00, pelo teste de médias observa-se que a
altura de inserção do primeiro ramo frutífero foi superior na maior densidade em Campinas,
enquanto em Leme, não foi constatada diferença na altura de inserção do primeiro ramo frutífero
entre as densidades de 7 e 10 plantas.m linear
-1
, analogamente ao resultado encontrado em outro
ambiente por Wright et al. (1998).
40
A altura de inserção do primeiro ramo frutífero na safra 2000/01, para o fator densidade,
foi superior nos dois locais da presente pesquisa para a maior densidade de plantas na linha
(Tabela 13). Com este resultado é possível inferir que, com o aumento da densidade de plantas na
linha, ocorre à elevação na altura de inserção do primeiro ramo frutífero.
Tabela 13 – Caracteres agronômicos de campo: altura de inserção do 1º ramos frutífero (cm).
Anos agrícolas 1999/00 e 2000/01. Campinas e Leme, SP
Altura de Inserção do 1º Ramo Frutífero (cm)
Tratamentos
Campinas Leme
Ano Agrícola 1999/00
E
1
(0,30m) 28,92 a 32,83 a
E
2
(0,60m) 28,33 a 32,50 a
E
3
(0,90m) 29,08 a 31,67 a
D.M.S. (5%) 2,25 2,84
D
1
(7 pl/m linear) 28,00 b 31,56 a
D
2
(10 pl/m linear) 29,56 a 33,11 a
D.M.S. (5%) 1,52 1,92
Ano Agrícola 2000/01
E
1
(0,30m) 32,83 a 30,83 a
E
2
(0,60m) 31,50 a 30,42 a
E
3
(0,90m) 29,42 a 32,42 a
D.M.S. (5%) 3,84 3,14
D
1
(7 pl/m linear) 29,94 b 29,61 b
D
2
(10 pl/m linear) 32,56 a 32,93 a
D.M.S. (5%) 2,59 2,12
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
4.1.3 Número de ramos vegetativos
Para o número de ramos vegetativos, o ideal é que ocorra em menor número possível,
em favorecimento aos ramos frutíferos, responsáveis pela produção de frutos.
Na safra 1999/00, o teste F da análise da variância para esta variável, apresentou
significância a 5% de probabilidade para o fator espaçamento no experimento realizado em
41
Campinas (Tabela 14). E, no ano agrícola de 2000/01, para os fatores espaçamento e densidade
ao nível de 1 e 5% de probabilidade respectivamente apenas em Leme.
Tabela 14 – Quadrados médios (Q.M.), F das análises de variância (F) e coeficientes de variação
do resíduo (C.V.), referentes ao número de ramos vegetativos para espaçamentos
(E), densidades (D) e suas interações (média de 6 repetições). Anos agrícolas
1999/00 e 2000/01. Campinas e Leme, SP
Número de Ramos Vegetativos
– Campinas
Número de Ramos
Vegetativos – Leme
Causas da variação G.L. Q.M. F Q.M. F
Ano Agrícola 1999/00
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 0,87250000 3,78* 0,15527778 1,57
n.s.
Densidade (D) 1 0,02250000 0,10
n.s.
0,13444444 1,36
n.s.
Interação ExD 2 0,37750000 1,64
n.s.
0,21194444 2,14
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 8,72 5,76
Ano Agrícola 2000/01
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 0,50777778 2,31
n.s.
0,52333333 5,76**
Densidade (D) 1 0,02250000 0,10
n.s.
0,69444444 7,64*
Interação ExD 2 0,01333333 0,06
n.s.
0,14777778 1,63
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 8,93 5,60
*, ** Significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F da análise da variância.
Para o fator espaçamento, na safra 1999/00 (Tabela 15), em Campinas, o número de
ramos vegetativos no espaçamento ultra-adensado (0,30 m) foi superior estatisticamente ao do
convencional (0,90 m), que opõe o averiguado por Atwell et al. (1996); Cawley et al. (1998);
Edmisten et al. (1998) e Fowler e Ray (1977) em outras condições de clima e solo e com outras
cultivares. O espaçamento de 0,60 m não diferiu estatisticamente dos espaçamentos de 0,30 e
0,90 m. Porém, o número de ramos vegetativos não foi significativamente diferente entre os
espaçamentos no experimento de Leme.
42
Quanto ao fator densidade, o número de ramos vegetativos no ano agrícola 1999/00 não
diferiu, conforme o teste de médias, entre 7 e 10 plantas.m linear
-1
, tanto para Campinas, quanto
para Leme (Tabela 15).
Ainda na Tabela 15, é possível verificar que o número de ramos vegetativos no ano
agrícola 2000/01 foi semelhante entre os espaçamentos entre linhas em Campinas, e em Leme, o
espaçamento ultra-adensado (0,30 m) diferiu apenas do convencional (0,90 m). Ao contrário do
que foi observado por Atwell et al. (1996); Cawley et al. (1998); Edmisten et al. (1998) e Fowler
e Ray (1977) em locais e com materiais genéticos diferentes do presente estudo.
Na safra 2000/01, o número de ramos vegetativos em Campinas não foi afetado
estatisticamente pela densidade (Tabela 15). Na mesma tabela é possível visualizar que o número
de ramos vegetativos na maior densidade foi superior ao da menor em Leme, o que de fato era
esperado em função da maior penetração de luz no dossel.
Tabela 15 – Caracteres agronômicos de campo: número de ramos vegetativos. Anos agrícolas
1999/00 e 2000/01. Campinas e Leme, SP
Número de Ramos Vegetativos
Tratamentos
Campinas Leme
Ano Agrícola 1999/00
E
1
(0,30m) 5,82 a 5,58 a
E
2
(0,60m) 5,39 ab 5,44 a
E
3
(0,90m) 5,32 b 5,36 a
D.M.S. (5%) 0,49 0,32
D
1
(7 pl/m linear) 5,48 a 5,40 a
D
2
(10 pl/m linear) 5,53 a 5,52 a
D.M.S. (5%) 0,33 0,22
Ano Agrícola 2000/01
E
1
(0,30m) 5,43 a 5,58 a
E
2
(0,60m) 5,03 a 5,40 ab
E
3
(0,90m) 5,31 a 5,17 b
D.M.S. (5%) 0,48 0,31
D
1
(7 pl/m linear) 5,23 a 5,24 b
D
2
(10 pl/m linear) 5,28 a 5,52 a
D.M.S. (5%) 0,32 0,21
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
43
4.1.4 Número de ramos frutíferos
O número de ramos frutíferos é considerado componente da produção, uma vez que,
quanto maior este número, maior a possibilidade de aumento no número de capulhos e,
conseqüentemente na produção total.
Na safra 1999/00 (Tabela 16), o número de ramos frutíferos foi influenciado apenas pelo
espaçamento e no experimento realizado em Leme, como se constata pelo teste F na análise de
variância. Ainda na mesma Tabela, o número de ramos frutíferos apresentou-se significativo
tanto no experimento de Campinas como em Leme no ano agrícola de 2000/01, para o fator
espaçamento.
Tabela 16 – Quadrados médios (Q.M.), F das análises de variância (F) e coeficientes de variação
do resíduo (C.V.), referentes ao número de ramos frutíferos para espaçamentos (E),
densidades (D) e suas interações (média de 6 repetições). Anos agrícolas 1999/00 e
2000/01. Campinas e Leme, SP
Número de Ramos Frutíferos –
Campinas
Número de Ramos Frutíferos
– Leme
Causas da variação G.L. Q.M. F Q.M. F
Ano Agrícola 1999/00
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 1,15361111 1,28
n.s.
4,30111111 5,40*
Densidade (D) 1 0,61361111 0,68
n.s.
0,46694444 0,59
n.s.
Interação ExD 2 0,41694444 0,46
n.s.
1,40444444 1,76
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 8,92 9,38
Ano Agrícola 2000/01
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 28,03694444 20,03** 36,59000000 38,44**
Densidade (D) 1 0,75111111 0,54
n.s.
0,81000000 1,17
n.s.
Interação ExD 2 0,11361111 0,08
n.s.
0,14333333 0,21
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 13,35 7,98
*, ** Significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F da análise da variância.
44
Na safra 1999/00, o número de ramos frutíferos não diferiu entre os espaçamentos entre
linhas avaliados no experimento de Campinas. Porém, em Leme, o adensamento causou a
redução destes. A diferença foi estatisticamente constatada entre os espaçamentos de 0,30 e 0,90
m, no entanto, estes dois não foram diferentes de 0,60m (Tabela 17).
No ano agrícola 2000/01, em Campinas, como em Leme, o número de ramos frutíferos
foi inferior no espaçamento entre linhas de 0,30 m quando comparado aos de 0,60 e 0,90 m
(Tabela 17). Assim, constata-se que o adensamento nas entre linhas reverte em menor número de
ramos frutíferos e, conseqüentemente em menor número de capulhos por planta.
Em ambas as safras estudadas (1999/00 e 2000/01) o número de ramos frutíferos não foi
influenciado pela densidade de plantas na linha, como registrado na Tabela 17.
Tabela 17 – Caracteres agronômicos de campo: número de ramos frutíferos. Anos agrícolas
1999/00 e 2000/01. Campinas e Leme, SP
Número de Ramos Frutíferos
Tratamentos
Campinas Leme
Ano Agrícola 1999/00
E
1
(0,30m) 10,31 a 9,01 b
E
2
(0,60m) 10,92 a 9,36 ab
E
3
(0,90m) 10,72 a 10,18 a
|D.M.S. (5%) 0,97 0,91
D
1
(7 pl/m linear) 10,52 a 9,63 a
D
2
(10 pl/m linear) 10,78 a 9,40 a
D.M.S. (5%) 0,65 0,61
Ano Agrícola 2000/01
E
1
(0,30m) 7,20 b 8,70 b
E
2
(0,60m) 9,18 a 11,20 a
E
3
(0,90m) 10,21 a 11,35 a
|D.M.S. (5%) 1,20 0,85
D
1
(7 pl/m linear) 9,01 a 10,57 a
D
2
(10 pl/m linear) 8,72 a 10,27 a
D.M.S. (5%) 0,81 0,57
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
45
4.1.5 Número de capulhos por planta
O número de capulhos por planta e por unidade de área é um dos componentes da
produção que reflete diretamente na produtividade final.
No ano agrícola 1999/00, tanto em Campinas quanto em Leme, o fator espaçamento
entre linhas foi significativo ao nível de 5% e 1% de probabilidade, respectivamente, para o
número de capulhos por planta, na análise de variância na Tabela 18. Na safra 2000/01, o número
de capulhos por planta, revelou-se significativo a 1% nos experimentos de Campinas e Leme,
para o fator espaçamento e a 5% para a interação espaçamento e densidade, no experimento de
Campinas.
Tabela 18 – Quadrados médios (Q.M.), F das análises de variância (F) e coeficientes de variação
do resíduo (C.V.), referentes ao número de capulhos por planta para espaçamentos
(E), densidades (D) e suas interações (média de 6 repetições). Anos agrícolas
1999/00 e 2000/01. Campinas e Leme, SP
Número de Capulhos por Planta
– Campinas
Número de Capulhos por
Planta – Leme
Causas da variação G.L. Q.M. F Q.M. F
Ano Agrícola 1999/00
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 5,50694444 5,35* 5,63694444 6,16**
Densidade (D) 1 0,17361111 0,17
n.s.
0,17361111 0,19
n.s.
Interação ExD 2 0,29361111 0,29
n.s.
0,10027778 0,11
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 28,08 17,34
Ano Agrícola 2000/01
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 35,69083333 58,38** 26,71861111 70,36**
Densidade (D) 1 0,87111111 1,42
n.s.
0,72250000 1,90
n.s.
Interação ExD 2 2,72027778 4,45* 0,16750000 0,44
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 15,23 12,74
*, ** Significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F da análise da variância.
46
De acordo com a Tabela 19, na safra 1999/00, em Campinas, o número de capulhos por
planta no espaçamento de 0,30 m foi inferior estatisticamente ao de 0,60 m. Ao passo que, em
Leme, no espaçamento ultra-adensado (0,30 m) o número de capulhos foi inferior ao
convencional (0,90 m) e, estes não diferenciaram do adensado (0,60 m). Dessa maneira, em
concordância com os estudos realizados por Cawley et al. (1999); Lamas (1988); Lamas et al.
(2004) e Maas (1997) em outras condições locais e cultivares, menores espaçamentos
proporcionam menor número de capulhos por planta, mas em maior quantidade por unidade de
área. Contudo, Aguiar; Melo e Fujimoto (2005); Clay; McCloskey e Husman (2001) e Ferreira;
Lamas e Barbosa (2005), trabalhando em outras condições edafoclimáticas, não constataram
diferença no número de capulhos em função do espaçamento entre linhas.
Tanto em Campinas quanto em Leme, os espaçamentos de 0,60 e 0,90 m apresentaram-
se estatisticamente superiores ao espaçamento de 0,30 m quanto ao número de capulhos por
planta na safra 2000/01, todavia, os mesmos não diferiram entre si (Tabela 19). Porém, em outras
localidades e com outras cultivares, Aguiar; Melo e Fujimoto (2005); Clay; McCloskey e
Husman (2001) e Ferreira; Lamas e Barbosa (2005) não encontraram diferenças entre
espaçamentos entre linhas para essa variável.
Em relação à densidade de plantas, o número de capulhos por planta nos experimentos
em Campinas e Leme, nas safras 1999/00 e 2000/01 (Tabela 19), não foram diferentes para as
duas densidades estudadas neste trabalho. Entretanto, estes resultados discordam do observado
em ambientes distintos por Furlani Junior et al. (2003); Justi; Bolonhezi e Oliveira (2003a) e
Wright et al. (1998).
Através dos dados da Tabela 19, fica evidenciado o fato de que o espaçamento entre
linhas pode influenciar no número de capulhos por planta, sendo que este diminui com o
adensamento, enquanto que, é possível variar o número de plantas na linha sem que o número de
capulhos seja afetado. Ressaltando que, em alguns casos, pode ocorrer a interação entre os fatores
espaçamento e densidade (Tabela 20).
47
Tabela 19 – Caracteres agronômicos de campo: número de capulhos por planta. Anos agrícolas
1999/00 e 2000/01. Campinas e Leme, SP
Número de Capulhos por Planta
Tratamentos
Campinas Leme
Ano Agrícola 1999/00
E
1
(0,30m) 2,85 b 4,80 b
E
2
(0,60m) 4,14 a 5,58 ab
E
3
(0,90m) 3,85 ab 6,17 a
D.M.S. (5%) 1,03 0,97
D
1
(7 pl/m linear) 3,68 a 5,44 a
D
2
(10 pl/m linear) 3,54 a 5,58 a
D.M.S. (5%) 0,70 0,66
Ano Agrícola 2000/01
E
1
(0,30m) 3,16 b 3,13 b
E
2
(0,60m) 5,90 a 5,52 a
E
3
(0,90m) 6,34 a 5,87 a
D.M.S. (5%) 0,80 0,63
D
1
(7 pl/m linear) 5,29 a 4,98 a
D
2
(10 pl/m linear) 4,98 a 4,69 a
D.M.S. (5%) 0,54 0,42
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
Ao analisar a interação entre espaçamento entre linhas e densidade da Tabela 20 para o
número de capulhos por planta, em Campinas, na safra 2000/01, nota-se que, na menor
densidade, o número de capulhos foi inferior no espaçamento de 0,30 m, enquanto que, os
espaçamentos de 0,60 e 0,90 m mostraram-se estatisticamente iguais. Já, na densidade de 10
plantas.m linear
-1
, o número de capulhos aumentou conforme o aumento do espaçamento. No que
se refere ao espaçamento, o ultra-adensado (0,30 m) na densidade de 7 plantas.m linear
-1
resultou
em maior número de capulhos por planta que no de 10 plantas.m
-1
. E, nos espaçamentos
adensado (0,60 m) e convencional (0,90 m), as densidades estudadas não se mostraram
estatisticamente diferentes.
48
Tabela 20 – Caracteres agronômicos de campo: interação espaçamento x densidade para o
número de capulhos por planta. Ano agrícola 2000/01. Campinas, SP
Número de Capulhos por Planta – Campinas 2000/01
Espaçamento Densidade (plantas.m
-1
linear)
entrelinhas (m) 7 10
0,30 3,63 b A 2,68 c B
0,60 6,28 a A 5,52 b A
0,90 5,95 a A 6,73 a A
F 4,45*
C.V. (%) 15,23
D.M.S.
1
1,12
D.M.S.
2
0,93
*, ** Significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F da análise da variância.
Médias seguidas de mesma letra minúscula, na vertical, não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de
probabilidade.
Médias seguidas de mesma letra maiúscula, na horizontal, não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5%
de probabilidade.
D.M.S.
1
– espaçamento dentro de densidade;
D.M.S.
2
– densidade dentro de espaçamento.
4.1.6 Produção de algodão em caroço
A produção de algodão em caroço está estreitamente relacionada e dependente do
número de plantas por unidade de área, do número de ramos frutíferos e do número de capulhos
por planta e por unidade de área, como foi visto anteriormente e, da massa de capulhos que será
abordada mais para frente.
Na análise de variância apresentada na Tabela 21, referentes aos experimentos de
1999/00, constata-se a significância apenas para espaçamento entre linhas ao nível de 1% de
probabilidade, em ambos os locais estudados. Assim como, na safra 2000/01, constata-se
significância de 1% pelo teste F do efeito isolado para o fator espaçamento e para a interação
espaçamento e densidade, no experimento de Campinas. O fator densidade e a interação
espaçamento e densidade mostrou-se significativo em Leme ao nível de 5 e 1% de probabilidade,
respectivamente.
49
Tabela 21 – Quadrados médios (Q.M.), F das análises de variância (F) e coeficientes de variação
do resíduo (C.V.), referentes à produção de algodão em caroço (kg.ha
-1
) para
espaçamentos (E), densidades (D) e suas interações (média de 6 repetições). Anos
agrícolas 1999/00 e 2000/01. Campinas e Leme, SP
Produção de Algodão em
Caroço (kg.ha
-1
) – Campinas
Produção de Algodão em
Caroço (kg.ha
-1
) – Leme
Causas da variação G.L. Q.M. F Q.M. F
Ano Agrícola 1999/00
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 0,78062908 9,78** 0,93795703 8,32**
Densidade (D) 1 0,11787778 1,48
n.s.
0,01886044 0,17
n.s.
Interação ExD 2 0,12054303 1,51
n.s.
0,06755136 0,60
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 11,03 11,02
Ano Agrícola 2000/01
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 0,90885100 13,44** 0,09660036 1,72
n.s.
Densidade (D) 1 0,00150803 0,02
n.s.
0,32148900 5,74*
Interação ExD 2 0,19926232 6,47** 0,42366175 7,56**
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 7,41 6,40
*, ** Significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F da análise da variância.
Analisando a Tabela 22, referente à produção de algodão em caroço na safra 1999/00,
em Campinas, constata-se que no espaçamento ultra-adensado (0,30 m) a produção foi 17,5%
superior à média dos espaçamentos adensado (0,60 m) e convencional (0,90 m). Em Leme, no
espaçamento de 0,30 m a produção foi 16,2% maior em relação à média dos demais
espaçamentos. Os espaçamentos de 0,60 e 0,90 m, adensado e convencional, respectivamente,
não diferiram entre si em ambos os experimentos.
Ainda na Tabela 22, o fator densidade não afetou a produção de algodão em caroço, em
ambos locais em estudo, na safra 1999/00.
Em Campinas, a produção de algodão em caroço na safra 2000/01, quanto ao fator
espaçamento, foi inferior 14,3% no convencional (0,90 m) em relação à média dos espaçamentos
50
ultra-adensado (0,30 m) e adensado (0,60 m) (Tabela 22). Inversamente do que verificaram em
outras localidades e com outras cultivares Atwell et al. (1996); Bednarz; Brown e Bader (1999);
Bolonhezi e Justi (2003); Maas (1997) e Vivan et al. (2005). Entre os espaçamentos entre linhas
analisados no experimento de Leme não ocorreu diferença significativa para produção. Outros
autores como Aguiar; Melo e Fujimoto (2005); Cawley et al. (1998); Clawson e Cothren (2002);
Ferreira; Lamas e Barbosa (2005); Jost e Cothren (2001); Jost; Cothren e Gerik (1998); Moresco
et al. (1999a) e Wilson Jr.; Edmisten e York (2005) notaram estes mesmos resultados sob
condições diferentes de clima, solo e cultivar.
Para a produção de algodão em caroço no ano agrícola 2000/01 (Tabela 22), as duas
densidades avaliadas em Campinas não foram diferentes entre si estatisticamente. A produção na
densidade de 7 plantas.m
-1
foi 5,0% menor que a densidade de 10 plantas.m linear
-1
no
experimento de Leme. Opostamente e sob diferentes locais, Justi; Bolonhezi e Oliveira (2003a) e
Wright et al. (1998) encontraram produção inferior com o aumento da densidade de plantas na
linha.
Tabela 22 – Produção de algodão em caroço (kg.ha
-1
). Anos agrícolas 1999/00 e 2000/01.
Campinas e Leme, SP
Produção de Algodão em Caroço (kg.ha
-1
)
Tratamentos
Campinas Leme
Ano Agrícola 1999/00
E
1
(0,30m) 2842,5 a 3360,3 a
E
2
(0,60m) 2491,6 b 2963,9 b
E
3
(0,90m) 2346,4 b 2820,5 b
D.M.S. (5%) 0,29 0,34
D
1
(7 pl/m linear) 2502,9 a 3071,1 a
D
2
(10 pl/m linear) 2617,4 a 3025,3 a
D.M.S. (5%) 0,19 0,23
Ano Agrícola 2000/01
E
1
(0,30m) 3737,9 a 3699,9 a
E
2
(0,60m) 3582,4 a 3786,9 a
E
3
(0,90m) 3202,9 b 3607,5 a
D.M.S. (5%) 0,26 0,24
D
1
(7 pl/m linear) 3501,3 a 3603,6 b
D
2
(10 pl/m linear) 3514,2 a 3792,6 a
D.M.S. (5%) 0,18 0,16
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
51
Na Tabela 23, para a interação espaçamento e densidade em Campinas na safra 2000/01,
a produção de algodão em caroço na menor densidade de plantas na linha foi 12,0 e 29,5%
superior no espaçamento de 0,30 m em relação aos espaçamentos de 0,60 e 0,90 m,
respectivamente. Na maior densidade, os espaçamentos entre linhas estudados não diferiram entre
si pelo teste de Tukey (5%). No espaçamento de 0,30 m, a densidade de 10 plantas.m linear
-1
resultou em produção 10,6% inferior a densidade de 7 plantas.m linear
-1
. Iguais produções foram
observadas entre as densidades de plantas na linha no espaçamento adensado (0,60 m). A
produção foi 10,2% superior na densidade de 10 plantas.m linear
-1
comparada com a de 7
plantas.m linear
-1
no espaçamento convencional (0,90 m).
Tabela 23 – Caracteres agronômicos de campo: interação espaçamento x densidade para a
produção de algodão em caroço (kg.ha
-1
). Ano agrícola 2000/01. Campinas, SP
Produção de Algodão em Caroço (kg.ha
-1
) – Campinas 2000/01
Espaçamento Densidade (plantas.m
-1
linear)
entrelinhas (m) 7 10
0,30 3946,3 a A 3529,5 a B
0,60 3511,0 b A 3653,8 a A
0,90 3046,5 c B 3359,3 a A
F 6,47**
C.V. (%) 7,41
D.M.S.
1
373,99
D.M.S.
2
309,43
*, ** Significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F da análise da variância.
Médias seguidas de mesma letra minúscula, na vertical, não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de
probabilidade.
Médias seguidas de mesma letra maiúscula, na horizontal, não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5%
de probabilidade.
D.M.S.
1
– espaçamento dentro de densidade;
D.M.S.
2
– densidade dentro de espaçamento.
Em relação à interação entre os fatores espaçamento e densidade pelo teste de Tukey
para a variável produção de algodão em caroço, em Leme, na safra 2000/01, verifica-se na Tabela
24 que, o espaçamento ultra-adensado (0,30 m), na densidade de 7 plantas.m linear
-1
, foi 10,7%
superior ao convencional (0,90 m). Porém, o espaçamento adensado (0,60 m) não mostrou
diferença significativa dos demais espaçamentos em relação à produção na menor densidade de
plantas na linha. Contrariamente, na densidade de 10 plantas.m linear
-1
, a produção mostrou-se
11,0% inferior no espaçamento ultra-adensado (0,30 m) em relação ao adensado (0,60 m), os
52
quais não diferiram do convencional (0,90 m). Tanto no espaçamento de 0,60 m, quanto no de
0,90 m, a maior densidade resultou em produção superiores de 13,4 e 9,6%, respectivamente.
Independente da densidade de plantas na linha, a produção não foi alterada no espaçamento de
0,30 m.
Tabela 24 – Caracteres agronômicos de campo: interação espaçamento x densidade para a
produção de algodão em caroço (kg.ha
-1
). Ano agrícola 2000/01. Leme, SP
Produção de Algodão em Caroço (kg.ha
-1
) – Leme 2000/01
Espaçamento Densidade (plantas.m
-1
linear)
entrelinhas (m) 7 10
0,30 3818,3 a A 3581,5 b A
0,60 3549,8 ab B 4024,0 a A
0,90 3442,7 b B 3772,3 ab A
F 7,56**
C.V. (%) 6,40
D.M.S.
1
340,45
D.M.S.
2
281,67
*, ** Significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F da análise da variância.
Médias seguidas de mesma letra minúscula, na vertical, não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de
probabilidade.
Médias seguidas de mesma letra maiúscula, na horizontal, não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5%
de probabilidade.
D.M.S.
1
– espaçamento dentro de densidade;
D.M.S.
2
– densidade dentro de espaçamento.
Para esta variável, é possível sugerir que a produção de algodão em caroço é favorecida
com a redução do espaçamento, apesar da redução do número de ramos frutíferos e do número de
capulhos por planta com o adensamento das entre linhas, porém, em maior número por unidade
de área, que reflete direta e favoravelmente na produção final.
4.2 Caracteres agronômicos de laboratório
Outro importante componente da produção é massa de um capulho, tanto por planta,
quanto por unidade de área, sendo que está última reflete de forma mais eficiente no sistema
adensado. Lembrando que a massa de capulho está estreitamente relacionada à massa de 100
sementes e à porcentagem de fibra.
53
No experimento em Leme, na safra 1999/00, somente o fator espaçamento da variável
massa de um capulho, foi significativo ao nível de 1%, pelo teste F do quadro de análise de
variância apresentado na Tabela 25. Enquanto que, na safra 2000/01, os valores de F para a massa
de um capulho foram significativos a 1% para o fator espaçamento em ambos os experimentos.
Quanto ao fator densidade, somente para Campinas, observou-se significância a 5%.
Tabela 25 – Quadrados médios (Q.M.), F das análises de variância (F) e coeficientes de variação
do resíduo (C.V.), referentes à massa de um capulho (g) para espaçamentos (E),
densidades (D) e suas interações (média de 6 repetições). Anos agrícolas 1999/00 e
2000/01. Campinas e Leme, SP
Massa de 1 Capulho (g) –
Campinas
Massa de 1 Capulho (g) –
Leme
Causas da variação G.L. Q.M. F Q.M. F
Ano Agrícola 1999/00
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 0,03000000 0,08
n.s.
9,15250000 56,98**
Densidade (D) 1 0,16000000 0,44
n.s.
0,14694444 0,91
n.s.
Interação ExD 2 0,02333333 0,06
n.s.
0,03527778 0,22
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 8,24 5,15
Ano Agrícola 2000/01
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 4,16583333 19,19** 2,48694444 21,86**
Densidade (D) 1 1,44000000 6,63* 0,09000000 0,79
n.s.
Interação ExD 2 0,30083333 1,39
n.s.
0,23250000 2,04
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 6,34 4,54
*, ** Significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F da análise da variância.
A massa de um capulho analisada pelo teste de médias na safra 1999/00 (Tabela 26)
mostrou-se estatisticamente igual entre os espaçamentos no experimento de Campinas. Já em
Leme, pôde-se constatar menor massa de um capulho com o adensamento das entre linhas.
54
Em ambos os locais avaliados no ano agrícola 1999/00, a massa de um capulho não foi
influenciada pelas densidades utilizadas e analisadas pelo teste de médias (Tabela 26).
No ano agrícola 2000/01, em todos os experimentos de Campinas e de Leme, conforme
Tabela 26, constata-se menor massa de capulhos no espaçamento ultra-adensado (0,30 m).
Contudo, em ambos os ambientes, os espaçamentos de 0,60 e 0,90 m não foram diferentes entre
si para a massa de capulhos.
Em Campinas, na safra 2000/01, a densidade de 10 plantas.m linear
-1
resultou em massa
de um capulho inferior a de 7 plantas.m linear
-1
. Em pesquisa realizada com outras cultivares e
em outros locais, Ferreira; Lamas e Barbosa (2005) e Furlani Junior et al. (2003) também
observaram menor massa de capulhos na maior densidade. As duas densidades avaliadas
apresentaram-se estatisticamente iguais para a massa de um capulho no experimento de Leme, na
safra 2000/01 (Tabela 26).
Sendo a massa de um capulho também um componente da produção e, haja visto que, a
mesma é menor nos espaçamentos mais estreitos, é necessário conciliar mais uma vez com os
dados de número de ramos frutíferos e números de capulhos por planta e considerar que por
unidade de área a produtividade final no sistema adensado pode ser superior aos espaçamentos
mais largos.
55
Tabela 26 – Caracteres agronômicos de campo: massa de 1 capulho (g). Anos agrícolas 1999/00 e
2000/01. Campinas e Leme, SP
Massa de 1 Capulho (g)
Tratamentos
Campinas Leme
Ano Agrícola 1999/00
E
1
(0,30m) 7,33 a 6,83 c
E
2
(0,60m) 7,38 a 7,93 b
E
3
(0,90m) 7,28 a 8,56 a
D.M.S. (5%) 0,61 0,41
D
1
(7 pl/m linear) 7,40 a 7,84 a
D
2
(10 pl/m linear) 7,27 a 7,71 a
D.M.S. (5%) 0,41 0,28
Ano Agrícola 2000/01
E
1
(0,30m) 6,71 b 6,91 b
E
2
(0,60m) 7,48 a 7,58 a
E
3
(0,90m) 7,87 a 7,78 a
D.M.S. (5%) 0,47 0,34
D
1
(7 pl/m linear) 7,55 a 7,47 a
D
2
(10 pl/m linear) 7,15 b 7,37 a
D.M.S. (5%) 0,32 0,23
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
Quanto à massa de 100 sementes, em Leme e na safra 1999/00, o teste F da análise de
variância mostrou-se significativo ao nível de 1% de probabilidade, para o fator isolado
espaçamento. Do mesmo modo, no ano agrícola 2000/01, a variável massa de 100 sementes
apresentou valores de F significativos também para o fator espaçamento em Leme, porém a 5%
de probabilidade (Tabela 27).
56
Tabela 27 – Quadrados médios (Q.M.), F das análises de variância (F) e coeficientes de variação
do resíduo (C.V.), referentes à massa de 100 sementes (g) para espaçamentos (E),
densidades (D) e suas interações (média de 6 repetições). Anos agrícolas 1999/00 e
2000/01. Campinas e Leme, SP
Massa de 100 Sementes (g) –
Campinas
Massa de 100 Sementes (g) –
Leme
Causas da variação G.L. Q.M. F Q.M. F
Ano Agrícola 1999/00
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 0,11861111 0,42
n.s.
7,99694444 31,62**
Densidade (D) 1 0,01361111 0,05
n.s.
0,06250000 0,25
n.s.
Interação ExD 2 0,09694444 0,34
n.s.
0,20583333 0,81
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 3,58 3,71
Ano Agrícola 2000/01
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 1,61194444 2,34
n.s.
1,93750000 4,03*
Densidade (D) 1 0,01361111 0,02
n.s.
0,00444444 0,01
n.s.
Interação ExD 2 0,05027778 0,07
n.s.
0,21194444 0,44
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 5,97 5,14
*, ** Significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F da análise da variância.
A Tabela 28 representa a variável massa de 100 sementes pelo teste de Tukey. Em
Campinas, na safra 1999/00, não ocorreram diferenças entre os espaçamentos ultra-adensado
(0,30 m), adensado (0,60 m) e convencional (0,90 m). Em Leme, a massa de 100 sementes foi
inferior no espaçamento ultra-adensado em comparação aos demais. O contrário foi observado
em outra localidade por Bednarz; Brown e Bader (1999), estes, concluíram que a massa de 100
sementes foi superior no espaçamento ultra-adensado em relação ao convencional.
Na safra 2000/01, é possível verificar na Tabela 28 que, assim como no ano agrícola
anterior, a massa de sementes para o fator espaçamento entre linhas não variou no experimento
de Campinas. Ao passo que, em Leme, o espaçamento de 0,30 m revelou uma massa de 100
sementes inferior ao espaçamento de 0,90 m.
57
O fator densidade para a variável massa de 100 sementes nas safras 1999/00 e 2000/01,
submetido ao teste de médias, mostrou-se semelhante nas duas densidades avaliadas e, em ambos
os ambientes estudados (Tabela 28).
Desta forma, verifica-se que o estreitamento das entre linhas pode diminuir a massa de
100 sementes. Contudo, a densidade de plantas na linha não chega a interferir na massa de 100
sementes.
Tabela 28 – Caracteres agronômicos de campo: massa de 100 sementes (g). Anos agrícolas
1999/00 e 2000/01. Campinas e Leme, SP
Massa de 100 Sementes (g)
Tratamentos
Campinas Leme
Ano Agrícola 1999/00
E
1
(0,30m) 14,97 a 12,63 b
E
2
(0,60m) 14,78 a 13,94 a
E
3
(0,90m) 14,94 a 14,13 a
D.M.S. (5%) 0,54 0,51
D
1
(7 pl/m linear) 14,88 a 13,61 a
D
2
(10 pl/m linear) 14,92 a 13,53 a
D.M.S. (5%) 0,37 0,35
Ano Agrícola 2000/01
E
1
(0,30m) 13,99 a 13,03 b
E
2
(0,60m) 13,50 a 13,65 ab
E
3
(0,90m) 14,22 a 13,78 a
D.M.S. (5%) 0,81 0,71
D
1
(7 pl/m linear) 13,88 a 13,47 a
D
2
(10 pl/m linear) 13,92 a 13,49 a
D.M.S. (5%) 0,57 0,48
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
Para a porcentagem de fibra no ano agrícola 1999/00 da Tabela 29, não foram
observadas diferenças significativas para os fatores estudados, bem como a interação entre os
mesmos. Entretanto, no ano agrícola 2000/01, os valores de F foram significativos para o fator
espaçamento em relação à porcentagem de fibra no experimento de Leme.
58
Tabela 29 – Quadrados médios (Q.M.), F das análises de variância (F) e coeficientes de variação
do resíduo (C.V.), referentes à porcentagem de fibra (%) para espaçamentos (E),
densidades (D) e suas interações (média de 6 repetições). Anos agrícolas 1999/00 e
2000/01. Campinas e Leme, SP
Porcentagem de Fibra (%) –
Campinas
Porcentagem de Fibra (%) –
Leme
Causas da variação G.L. Q.M. F Q.M. F
Ano Agrícola 1999/00
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 1,27444444 1,65
n.s.
0,68527778 1,60
n.s.
Densidade (D) 1 0,09000000 0,12
n.s.
0,21777778 0,51
n.s.
Interação ExD 2 1,02333333 1,32
n.s.
0,04194444 0,10
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 2,31 1,68
Ano Agrícola 2000/01
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 3,38361111 7,37** 0,42750000 0,93
n.s.
Densidade (D) 1 0,00027778 0,00
n.s.
0,78027778 1,70
n.s.
Interação ExD 2 0,85194444 1,86
n.s.
0,13027778 0,28
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 1,75 1,78
*, ** Significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F da análise da variância.
No ano agrícola 1999/00, a variável porcentagem de fibra para o fator espaçamento, em
ambos os locais estudados, não foi estatisticamente significativa pelo teste de médias (Tabela 30).
Em outras condições de ambiente, porcentagens inferiores de fibra foram observadas nos
menores espaçamentos por Ferreira; Lamas e Barbosa (2005) e Fowler e Ray (1977). Ao
contrário do que foi encontrado por Jost; Cothren e Gerik (1998).
De acordo com a Tabela 30, a variável porcentagem de fibra no ano agrícola 2000/01,
apresentou diferença apenas para o fator espaçamento em Campinas, onde no menor
espaçamento, mostrou-se inferior. Por ora, os espaçamentos foram semelhantes quanto à
porcentagem de fibra em Leme.
59
Ainda na Tabela 30, nas safras 1999/00 e 2000/01, constatou-se não existir diferenças
quanto a porcentagem de fibra entre as densidades de 7 e 10 plantas.m linear
-1
nos experimentos
de Campinas e Leme. Ferreira; Lamas e Barbosa (2005); Furlani Junior e al. (2003) e Justi;
Bolonhezi e Oliveira (2003a) averiguaram em locais distintos ao do presente estudo que, quanto
maior a densidade, menor a porcentagem de fibra.
Tabela 30 – Caracteres agronômicos de campo: porcentagem de fibra (%). Anos agrícolas
1999/00 e 2000/01. Campinas e Leme, SP
Porcentagem de Fibra (%)
Tratamentos
Campinas Leme
Ano Agrícola 1999/00
E
1
(0,30m) 37,80 a 39,21 a
E
2
(0,60m) 38,43 a 38,93 a
E
3
(0,90m) 38,25 a 38,73 a
D.M.S. (5%) 0,89 0,67
D
1
(7 pl/m linear) 38,21 a 39,03 a
D
2
(10 pl/m linear) 38,11 a 38,88 a
D.M.S. (5%) 0,60 0,45
Ano Agrícola 2000/01
E
1
(0,30m) 38,10 b 37,85 a
E
2
(0,60m) 39,14 a 38,00 a
E
3
(0,90m) 38,80 a 38,23 a
D.M.S. (5%) 0,69 0,69
D
1
(7 pl/m linear) 38,68 a 38,17 a
D
2
(10 pl/m linear) 38,68 a 37,88 a
D.M.S. (5%) 0,47 0,47
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
4.3 Características tecnológicas da fibra
Nos anos agrícolas de 1999/00 e 2000/01, o comprimento de fibra não apresentou
diferenças para os fatores estudados, bem como a interação dos mesmos, de acordo com o teste F
da análise de variância representado na Tabela 31. Comportamento semelhante foi observado
para a uniformidade de comprimento (Tabela 32) e tenacidade da fibra (Tabela 33).
60
Tabela 31 – Quadrados médios (Q.M.), F das análises de variância (F) e coeficientes de variação
do resíduo (C.V.), referentes ao comprimento de fibra (mm) para espaçamentos (E),
densidades (D) e suas interações (média de 6 repetições). Anos agrícolas 1999/00 e
2000/01. Campinas e Leme, SP
Comprimento de Fibra (mm) –
Campinas
Comprimento de Fibra (mm)
– Leme
Causas da variação G.L. Q.M. F Q.M. F
Ano Agrícola 1999/00
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 0,12027778 0,34
n.s.
0,27111111 0,80
n.s.
Densidade (D) 1 0,21777778 0,61
n.s.
0,72250000 2,13
n.s.
Interação ExD 2 0,49694444 1,39
n.s.
0,21000000 0,62
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 2,13 2,10
Ano Agrícola 2000/01
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 0,97000000 2,11
n.s.
0,06861111 0,34
n.s.
Densidade (D) 1 0,01000000 0,02
n.s.
0,01000000 0,05
n.s.
Interação ExD 2 0,09000000 0,20
n.s.
0,10750000 0,53
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 2,40 1,52
*, ** Significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F da análise da variância.
61
Tabela 32 – Quadrados médios (Q.M.), F das análises de variância (F) e coeficientes de variação
do resíduo (C.V.), referentes à uniformidade de comprimento (%) para
espaçamentos (E), densidades (D) e suas interações (média de 6 repetições). Anos
agrícolas 1999/00 e 2000/01. Campinas e Leme, SP
Uniformidade de Comprimento
(%) – Campinas
Uniformidade de
Comprimento (%) – Leme
Causas da variação G.L. Q.M. F Q.M. F
Ano Agrícola 1999/00
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 0,40861111 0,84
n.s.
0,19000000 0,30
n.s.
Densidade (D) 1 0,61361111 1,26
n.s.
2,40250000 3,74
n.s.
Interação ExD 2 1,09527778 2,25
n.s.
1,60333333 2,50
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 1,56 1,77
Ano Agrícola 2000/01
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 1,44750000 2,18
n.s.
0,34027778 0,42
n.s.
Densidade (D) 1 0,75111111 1,13
n.s.
0,04000000 0,05
n.s.
Interação ExD 2 0,65361111 0,98
n.s.
0,56083333 0,70
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 1,79 2,00
*, ** Significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F da análise da variância.
62
Tabela 33 – Quadrados médios (Q.M.), F das análises de variância (F) e coeficientes de variação
do resíduo (C.V.), referentes à tenacidade (g.Tex
-1
) para espaçamentos (E),
densidades (D) e suas interações (média de 6 repetições). Anos agrícolas 1999/00 e
2000/01. Campinas e Leme, SP
Tenacidade (g.Tex
-1
) –
Campinas
Tenacidade (g.Tex
-1
) –
Leme
Causas da variação G.L. Q.M. F Q.M. F
Ano Agrícola 1999/00
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 0,99361111 0,83
n.s.
1,13444444 0,87
n.s.
Densidade (D) 1 0,07111111 0,06
n.s.
0,28444444 0,22
n.s.
Interação ExD 2 0,06861111 0,06
n.s.
0,33777778 0,26
n.s
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 3,46 3,84
Ano Agrícola 2000/01
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 1,71694444 2,43
n.s.
1,67583333 1,84
n.s.
Densidade (D) 1 0,13444444 0,19
n.s.
1,03361111 1,13
n.s.
Interação ExD 2 0,21194444 0,30
n.s.
0,15361111 0,17
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 3,02 3,07
*, ** Significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F da análise da variância.
No que se refere ao índice micronaire na Tabela 34, constata-se que esta variável
apresentou significância ao nível de 1% de probabilidade, para o fator espaçamento em Leme e,
na safra 2000/01, para este mesmo fator, tanto em Campinas quanto em Leme.
63
Tabela 34 – Quadrados médios (Q.M.), F das análises de variância (F) e coeficientes de variação
do resíduo (C.V.), referentes ao índice micronaire para espaçamentos (E),
densidades (D) e suas interações (média de 6 repetições). Anos agrícolas 1999/00 e
2000/01. Campinas e Leme, SP
Micronaire Campinas Micronaire – Leme
Causas da variação G.L. Q.M. F Q.M. F
Ano Agrícola 1999/00
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 0,04333333 2,74
n.s.
0,51861111 30,07**
Densidade (D) 1 0,02250000 1,42
n.s.
0,02777778 1,61
n.s.
Interação ExD 2 0,02333333 1,47
n.s.
0,01694444 0,98
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 3,04 3,30
Ano Agrícola 2000/01
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 0,39694444 10,37** 0,36694444 12,92**
Densidade (D) 1 0,00694444 0,18
n.s.
0,06250000 2,20
n.s.
Interação ExD 2 0,02027778 0,53
n.s.
0,00583333 0,21
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 4,83 4,31
*, ** Significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F da análise da variância.
No ano agrícola 1999/00, em Campinas, os espaçamentos testados não diferiram entre si
para a variável micronaire (Tabela 35). Em Leme, no menor espaçamento, o micronaire foi
inferior aos demais. Opostamente, Vivan et al. (2005) trabalhando com duas outras cultivares e
em dois outros locais observaram que, menores espaçamentos entre linhas tendem a elevar o
índice micronaire.
Apurando os dados da Tabela 35, referentes ao índice micronaire na safra 2000/01, o
mesmo apresentou diferenças entre os espaçamentos avaliados pelo teste de médias em ambos os
experimentos, sendo inferior no ultra-adensado (0,30 m) quando comparado ao adensado (0,60
m) e ao convencional (0,90 m). Contrariamente, em pesquisa realizada em outras condições de
clima, solo e material genético por Vivan et al. (2005), maior micronaire foi verificado conforme
a diminuição do espaçamento. Bednarz; Brown e Bader (1999); Gerik et al. (1998); Gwathmey
64
(1998) e McKnight e Jost (2001) trabalhando em localidades diferentes ao do presente estudo,
afirmaram que o micronaire não se altera, independentemente do espaçamento adotado.
Tanto em Leme, quanto em Campinas, o micronaire não foi influenciado pela densidade
de plantas na linha nas safras 1999/00 e 2000/01 (Tabela 35). Entretanto, estudos conduzidos em
ambientes diferentes por Heitholt; Meredith Junior e Willliford (1996) e Jones e Wells (1997)
demonstraram que, a densidade é um fator que pode alterar o índice micronaire.
Tabela 35 – Caracteres agronômicos de campo: índice micronaire. Anos agrícolas 1999/00 e
2000/01. Campinas e Leme, SP
Índice Micronaire
Tratamentos
Campinas Leme
Ano Agrícola 1999/00
E
1
(0,30m) 4,09 a 3,74 b
E
2
(0,60m) 4,13 a 4,06 a
E
3
(0,90m) 4,21 a 4,13 a
D.M.S. (5%) 0,13 0,13
D
1
(7 pl/m linear) 4,17 a 4,01 a
D
2
(10 pl/m linear) 4,12 a 3,95 a
D.M.S. (5%) 0,09 0,09
Ano Agrícola 2000/01
E
1
(0,30m) 3,85 b 3,72 b
E
2
(0,60m) 4,08 a 3,98 a
E
3
(0,90m) 4,21 a 4,05 a
D.M.S. (5%) 0,20 0,17
D
1
(7 pl/m linear) 4,06 a 3,96 a
D
2
(10 pl/m linear) 4,03 a 3,87 a
D.M.S. (5%) 0,13 0,12
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
A maturidade da fibra avaliada na safra 1999/00 mostrou diferença significativa a 1% de
probabilidade para o fator espaçamento, tanto em Campinas, quanto em Leme, pelo teste F da
análise de variância. Assim também foi verificado na safra 2000/01, ou seja, a maturidade
apresentou significância a 1% somente para o fator espaçamento, mas apenas no experimento de
Leme (Tabela 36).
65
Tabela 36 – Quadrados médios (Q.M.), F das análises de variância (F) e coeficientes de variação
do resíduo (C.V.), referentes à maturidade (%) para espaçamentos (E), densidades
(D) e suas interações (média de 6 repetições). Anos agrícolas 1999/00 e 2000/01.
Campinas e Leme, SP
Maturidade (%) – Campinas Maturidade (%) – Leme
Causas da variação G.L. Q.M. F Q.M. F
Ano Agrícola 1999/00
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 33,38111111 6,22** 16,84083333 9,97**
Densidade (D) 1 18,06250000 3,37
n.s.
0,04000000 0,02
n.s.
Interação ExD 2 15,21333333 2,84
n.s.
1,71083333 1,01
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 3,07 1,70
Ano Agrícola 2000/01
Bloco 5
Espaçamento (E) 2 6,66083333 1,21
n.s.
28,35111111 8,21*
Densidade (D) 1 3,80250000 0,69
n.s.
1,69000000 0,49
n.s.
Interação ExD 2 12,44083333 2,27
n.s.
0,91000000 0,26
n.s.
Resíduo 25
Total 35
C.V. (%) 3,18 2,66
*, ** Significativos aos níveis de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F da análise da variância.
A variável maturidade foi influenciada pelo fator espaçamento no ano agrícola 1999/00,
em Campinas e em Leme, de acordo com o teste de Tukey da Tabela 37, mostrando-se mais
baixa no espaçamento de 0,30 m comparativamente aos demais espaçamentos. Trabalhos
semelhantes, mas em locais e com cultivares diferentes são discordantes destes resultados, tais
como aquele conduzido por Vivan et al. (2005) que observaram maturidade mais alta nos
menores espaçamentos; e as pesquisas realizadas por Bednarz; Brown e Bader (1999); Gerik et
al. (1998) e Gwathmey (1998), os quais demonstraram que o espaçamento entre linhas não
influencia na maturidade da fibra.
Na Tabela 37, a variável maturidade na safra 2000/01, não apresentou diferenças
significativas para o fator espaçamento pelo teste de médias no experimento de Campinas.
Contudo, em Leme, os espaçamentos de 0,30 e 0,60 m foram inferiores ao de 0,90 m quanto à
66
maturidade. Carvalho et al. (2001a) trabalhando nos mesmos locais, mas com cultivares
diferentes, não apuraram diferenças quanto a maturidade entre os espaçamentos de 0,60 e 0,90 m.
Pelo teste de médias para a maturidade, em ambos os locais e nos anos agrícolas de
1999/00 e 2000/01, o fator densidade não diferiu estatisticamente (Tabela 37). Contrariamente,
trabalhos conduzidos em outras condições edafoclimáticas por Heitholt; Meredith Junior e
Williford (1996) e Jones e Wells (1997), demonstraram que a maturidade pode ser alterada pela
densidade de plantas.
Tabela 37 – Caracteres agronômicos de campo: maturidade (%). Anos agrícolas 1999/00 e
2000/01. Campinas e Leme, SP
Maturidade (%)
Tratamentos
Campinas Leme
Ano Agrícola 1999/00
E
1
(0,30m) 73,56 b 75,06 b
E
2
(0,60m) 76,66 a 77,37 a
E
3
(0,90m) 76,18 a 76,68 a
D.M.S. (5%) 2,35 1,32
D
1
(7 pl/m linear) 76,17 a 76,33 a
D
2
(10 pl/m linear) 74,46 a 76,40 a
D.M.S. (5%) 1,59 0,89
Ano Agrícola 2000/01
E
1
(0,30m) 72,80 a 68,73 b
E
2
(0,60m) 74,22 a 69,30 b
E
3
(0,90m) 73,91 a 71,63 a
D.M.S. (5%) 2,38 1,89
D
1
(7 pl/m linear) 73,32 a 70,11 a
D
2
(10 pl/m linear) 73,97 a 69,67 a
D.M.S. (5%) 1,61 1,28
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
67
5 CONCLUSÕES
No presente estudo pode-se concluir que:
- No espaçamento ultra-adensado, a produção de algodão em caroço foi, em média, 16% superior
em relação ao espaçamento convencional;
- Quanto à interação espaçamento entre linhas e densidade de plantas na linha, maior população
de plantas resultam em menor número de capulhos por plantas e maior a produção de algodão em
caroço por unidade de área;
- Quanto menor o espaçamento entre linhas, maior a altura média final das plantas e o número de
ramos vegetativos e, menor o número de ramos frutíferos e o número de capulhos por planta;
- Quanto maior a densidade de plantas na linha, maior a altura de inserção do primeiro ramo
frutífero e o número de ramos vegetativos;
- Quanto menor o espaçamento entre linhas, menor a massa de um capulho, a massa de 100
sementes e a porcentagem de fibra; e, quanto maior a densidade de plantas na linha, menor a
massa de um capulho;
- Dentre as características tecnológicas da fibra, quanto menor o espaçamento, menor o índice
micronaire e a maturidade da fibra.
68
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